1 www.consultoriaampla.com.br SUMÁRIO 1. LEVANTAMENTO E DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA - SAA ....................................................................... 20 1.1. ASPECTOS GERAIS DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ............ 20 1.1.1. Manancial ........................................................................................................ 21 1.1.2. Captação ......................................................................................................... 22 1.1.3. Adução ............................................................................................................ 23 1.1.4. Estações Elevatórias ....................................................................................... 23 1.1.5. Estações de Tratamento ................................................................................. 24 1.1.6. Reservação ..................................................................................................... 25 1.1.7. Rede de Distribuição ....................................................................................... 25 1.2. LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS.............................................................. 27 1.2.1. Leis, Decretos, Portarias e Resoluções........................................................... 27 1.2.2. Normas Técnicas - ABNT ................................................................................ 28 1.3. HIDROGRAFIA E MANANCIAIS ........................................................................ 29 1.3.1. Hidrografia ....................................................................................................... 29 1.3.2. Mananciais ...................................................................................................... 31 1.3.2.1. Manancial de Superfície – Rio Pirapó .......................................................... 31 1.3.2.2. Manancial Subterrâneo – Aquífero Serra Geral ........................................... 38 1.4. SISTEMA PRODUTOR SUPERFICIAL PIRAPÓ ............................................... 39 1.4.1. Elevatórias de Captação de Água Bruta no Rio Pirapó ................................... 40 1.4.2. Adução de Água Bruta .................................................................................... 45 1.4.3. Consumo de Energia Elétrica Atual - Baixo e Alto Recalque .......................... 47 1.4.4. Estação de Tratamento de Água - ETA .......................................................... 49 1.4.4.1. Chegada de Água Bruta ............................................................................... 49 1.4.4.2. Floculadores ................................................................................................. 50 1.4.4.3. Decantadores ............................................................................................... 51 1.4.4.4. Filtros............................................................................................................ 51 1.4.4.5. Avaliação geral das instalações e equipamentos dos principais componentes da ETA ...................................................................................................................... 53 1.4.4.6. Laboratório ................................................................................................... 53 1.4.4.7. Produtos Químicos ....................................................................................... 55
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SUMÁRIO
1. LEVANTAMENTO E DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL DO SISTEMA DE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA - SAA ....................................................................... 20
1.1. ASPECTOS GERAIS DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ............ 20
por sumidouro a infiltração no solo do efluente da fossa séptica.
Um entendimento do que sejam e como funcionam as soluções individuais de
tratamento de esgoto é exposto a seguir:
Fossa Séptica
A fossa séptica é um dispositivo de tratamento de esgoto destinado a receber a
contribuição de um ou mais domicílios, e com capacidade de dar aos esgotos um
grau de tratamento compatível com a sua simplicidade e custo. São câmaras
convenientemente construídas para reter os despejos por um período de tempo
especificamente determinado, de modo a permitir a sedimentação dos sólidos e a
retenção do material graxo contido nos esgotos, transformando-os,
bioquimicamente, em substâncias e compostos mais simples e estáveis.
É uma unidade de tratamento que tem por finalidade propiciar, juntamente com
unidades complementares, uma destinação adequada dos esgotos domiciliares, a
qual é essencial para a proteção da saúde pública. Aproximadamente 50 tipos de
infecções podem ser transmitidas de uma pessoa doente para uma pessoa sadia
através das fezes humanas. Epidemias de febre tifóide, cólera, desinteria, hepatite
infecciosa e inúmeros casos de verminoses são algumas doenças que podem ser
transmitidas pela destinação inadequada dos esgotos.
Todos os despejos (esgoto doméstico) devem ser encaminhados à fossa séptica,
sendo que os de cozinha devem passar antes por uma caixa de gordura, a fim de
evitar a impermeabilização das paredes do sumidouro, dificultando a infiltração. No
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interior da fossa séptica os despejos deslocam-se horizontalmente com pequena
velocidade, nela permanecendo por 12 a 24 horas. A pequena velocidade de
escoamento permite que os sólidos mais pesados dirijam-se ao fundo, para formar o
lodo, e que os menos pesados subam para flutuar na massa líquida, constituindo a
escuma.
O lodo acumulado no fundo da fossa sofre ação das bactérias anaeróbias (que
atuam na ausência de oxigênio), transformando-se em substâncias sólidas
parcialmente mineralizadas, que se liquefazem e formam gases. A escuma que fica
suspensa na fossa constitui-se de material graxo e sólidos em mistura com gases. A
fossa deve ter um dispositivo que impeça o escoamento dessa escuma para o
sumidouro. O líquido, já parcialmente clarificado, escoa pela saída da fossa,
dirigindo-se ao sumidouro.
O dimensionamento das fossas sépticas deve atender aos preceitos contidos na
Norma Técnica Brasileira da ABNT NBR 7229/1993, que fixa as condições exigíveis
para projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos, incluindo o
tratamento, e a disposição do efluente e do lodo sedimentado.
A fossa séptica deverá ser construída em concreto ou alvenaria de tijolo, atendendo
às condições de segurança, durabilidade, estanqueidade e resistência às agressões
químicas dos despejos. Poderá ainda ser adquirida pronta em concreto pré-moldado.
O lodo digerido que fica depositado na fossa deverá ser removido anualmente,
trabalho este que deve ser feito por empresa especializada.
A localização da fossa séptica e do sumidouro deve respeitar as distâncias mínimas
indicadas pela NBR 7229/1993 da ABNT, quais sejam: 1,50 metros dos limites do
terreno, 1,50 metros das edificações e 1,50 metros entre a fossa séptica e o
sumidouro. É proibida a construção da fossa séptica e do sumidouro no passeio
público/calçada por constituir sério perigo de contaminação da rede pública de
abastecimento de água.
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Sumidouro
É um poço escavado no terreno, com as paredes em alvenaria, que tem a finalidade
de receber o líquido que vem da fossa séptica e permitir sua infiltração no solo.
Tem o objetivo de permitir, de forma adequada, a infiltração no terreno da parte
líquida do esgoto já tratado parcialmente pela fossa séptica. É muito importante a
construção do sumidouro. Somente com a fossa séptica a parte líquida do esgoto
que continua ainda contaminada poderia não escoar, entupindo a fossa
rapidamente. Outro risco seria o líquido contaminado ficar exposto próximo à
residências, oferecendo riscos à saúde pública.
O sumidouro recebe o esgoto líquido no seu interior e através de suas paredes
permite a infiltração no terreno, onde a maior parte das bactérias e vírus causadores
das diversas doenças nos humanos é eliminada. A sua utilização deve ser feita em
terrenos constituídos de solos permeáveis (arenosos).
As dimensões de um sumidouro são calculadas de acordo com a NBR 13969/1997
da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.
O sumidouro pode ser construído em alvenaria de tijolo, de pedra ou anéis de
concreto, de tal maneira que permita a infiltração do esgoto líquido no terreno.
Filtro Anaeróbio
O filtro anaeróbio é um tanque construído em concreto (pode ser também pré-
moldado de concreto ou de material plástico), contendo material filtrante no seu
interior (geralmente brita no 4), com a finalidade de receber o líquido que vem da
fossa séptica. Nele é realizado um segundo tratamento do esgoto.
O filtro anaeróbio é indicado para ser utilizado em terrenos em que não há infiltração,
ou esta é muito baixa, impossibilitando o uso do sumidouro, que em solos pouco
permeáveis, fica cheio com facilidade. Do ponto de vista sanitário e ambiental, o filtro
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reduz o risco de contaminação de lençóis subterrâneos de água, pois não existe
infiltração no solo.
É de todo interessante mencionar que existem prefeituras municipais que exigem a
infiltração no solo do efluente proveniente do filtro anaeróbio. No entanto, para que
isto seja possível, o solo precisa ser permeável. Quanto isto não acontece, o
efluente do filtro anaeróbio é admitido lançar na galeria de águas pluviais. Ressalte-
se que isto tem sido adotado para unidades uni-familiares. Para unidades multi-
familiares é exigido tratamento convencional compacto, normalmente lodo ativado e
suas derivações.
O filtro anaeróbio consiste de um reator biológico onde o esgoto é depurado por
meio de micro-organismos não aeróbios (que atuam na ausência de oxigênio),
dispersos tanto no espaço vazio do filtro quanto nas superfícies do meio filtrante.
As dimensões de um filtro anaeróbio são calculadas de acordo com a NBR
13969/1997 da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.
O filtro anaeróbio deverá ser construído em concreto, podendo ser também adquirido
pronto em concreto pré-moldado ou em material plástico. Deverá ser executado
fundo falso com furos de 2,5 cm, bem como instalados tubos furados para coleta do
efluente e encaminhamento à saída do filtro.
O filtro anaeróbio deve ser limpo quando for observada a obstrução do leito filtrante,
através de procedimentos especializados.
É interessante, sempre que possível, que o efluente do filtro anaeróbio lançado nas
galerias de águas pluviais, e que tem como destino final os corpos de água
superficiais, passe por um processo desinfecção. Este, no entanto, deve ser
efetuado de forma criteriosa, compatível com a qualidade do corpo receptor, e
segundo as diretrizes do órgão ambiental. Pode-se utilizar a desinfecção com cloro,
por gotejamento (hipoclorito de sódio) ou por pastilha (hipoclorito de cálcio).
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2.2.2.2. Modelo Padrão das Unidades das Soluções Individuais
Nas Figuras 81 à 85, é apresentado o modelo padrão comumente utilizado pelas
prefeituras municipais para as unidades componentes das soluções individuais de
tratamento e destinação final de esgotos domiciliares.
Figura 81: Instruções para a Localização das Unidades Componentes de Solução Individual.
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Figura 82: Modelo de Caixa de Gordura.
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Figura 83: Modelo de Fossa Séptica.
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Figura 84: Modelo de Filtro Anaeróbio.
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Figura 85: Modelo de Sumidouro.
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2.2.3. Sistemas Coletivos
À medida que a população cresce, aumentando a ocupação de terras (maior
concentração demográfica), as soluções individuais passam a apresentar
dificuldades cada vez maiores para a sua aplicação. A área requerida para a
infiltração torna-se demasiadamente elevada, e às vezes maior do que a área
disponível. Além disto, a proximidade das residências, provocada pelo adensamento
cada vez maior da ocupação urbana, aumenta a possibilidade de contaminação do
lençol freático pelo efluente da fossa séptica. Em função disto, as soluções coletivas
ou também chamados os sistemas coletivos, passam a ser os mais indicados.
Os sistemas coletivos consistem em canalizações assentadas nos arruamentos e/ou
passeios que recebem os esgotos brutos dos imóveis, transportando-os até uma
unidade de tratamento, e finalizando com uma destinação final sanitariamente
adequada para o efluente líquido e para o lodo gerado no processo de tratamento.
Em áreas urbanas, a solução coletiva mais indicada para a coleta dos esgotos pode
ter as seguintes variantes:
2.2.3.1. Sistema Unitário ou Combinado
Neste sistema os esgotos sanitários e as águas da chuva são conduzidos ao seu
destino final, numa mesma canalização. No Brasil este sistema não tem sido
recomendado devido aos seguintes inconvenientes:
O regime de chuvas torrenciais no País demanda tubulações de grandes
diâmetros, com capacidade ociosa no período seco;
Custos iniciais elevados;
Riscos de refluxo do esgoto sanitário para o interior das residências por
ocasião das cheias;
As estações de tratamento não são dimensionadas para tratar toda a vazão
que é gerada no período de chuvas. Assim, uma parcela de esgotos sanitários
não tratados que se encontram diluídos nas águas pluviais será extravasada
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para o corpo receptor, sem sofrer tratamento, provocando ocorrência do mau
cheiro proveniente de bocas de lobo e demais pontos do sistema.
Algumas cidades brasileiras que já contavam com um sistema unitário ou
combinado, há décadas, passaram a adotar o sistema que separa as águas
residuárias das águas pluviais, o chamado sistema separador absoluto, procurando
converter pouco a pouco o sistema original ao novo sistema. Outras cidades
brasileiras que ainda não tinham sido beneficiadas por serviços de esgotos,
adotaram, desde o início, o sistema separador absoluto.
2.2.3.2. Sistema Separador Absoluto
Os esgotos sanitários e as águas da chuva neste sistema são conduzidos ao seu
destino final em canalizações independentes. No Brasil, adota-se basicamente o
sistema separador absoluto devido às vantagens relacionadas a seguir:
O afastamento das águas pluviais é facilitado, pois, pode-se ter diversos
lançamentos ao longo do curso de água, sem necessidade de seu transporte a
longas distâncias;
Menores dimensões das canalizações de coleta e afastamento das águas
residuárias;
Possibilidade do emprego de diversos materiais para as tubulações de esgotos,
tais como: tubos cerâmicos, concreto, PVC, e em casos especiais, também
ferro fundido (normalmente emissários);
Redução dos custos e prazos de construção;
Possível planejamento de execução das obras por partes, considerando a
importância para a comunidade e as disponibilidades de recursos;
Melhores condições para o tratamento dos esgotos sanitários; e
Não-ocorrência de transbordo dos esgotos nos períodos de chuva intensa,
reduzindo-se a possibilidade da poluição dos corpos de água.
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O sistema separador absoluto possui atualmente no Brasil duas modalidades
principais, quais sejam: Sistema Convencional e Sistema Condominial.
O Sistema Convencional é a solução coletiva de esgotamento sanitário mais
utilizada, onde as unidades componentes são as seguintes:
Rede coletora;
Ligações prediais;
Interceptores;
Estações elevatórias;
Emissários;
Estação de tratamento (ETE);
Disposição final do efluente tratado; e
Destinação final do lodo gerado no processo de tratamento.
O Sistema Condominial de esgotos tem sido apresentado como uma alternativa a
mais no elenco de opções disponíveis ao projetista, permitindo que este possa fazer
a escolha mais econômica quando do desenvolvimento do projeto.
Este sistema constitui uma nova relação entre a população e o poder público, tendo
como característica uma importante cessão do poder público e a ampliação da
participação popular, alterando a forma tradicional de atendimento à comunidade
com esta importante infra-estrutura de saneamento.
Como este sistema baseia-se na coleta de esgoto dentro do lote, ou seja, com a
presença de rede coletora e poços de visita construídos no próprio terreno do
usuário, é imprescindível um programa prévio bastante abrangente de
conscientização e educação sanitária à Comunidade, dando-se ênfase a autorização
da passagem da tubulação de esgoto nas propriedades, bem como da melhor
maneira de gerenciar a sua operação, de forma a evitar principalmente problemas de
entupimentos.
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2.2.4. Tratamento dos Esgotos
O grau da remoção dos poluentes, no tratamento de esgoto, de forma a adequar o
lançamento do efluente a uma qualidade desejada, ou ao padrão vigente, está
associado aos conceitos de nível e eficiência do tratamento. Usualmente,
consideram-se os seguintes níveis:
Tratamento Preliminar: Objetiva apenas a remoção dos sólidos grosseiros e areia.
Tratamento Primário: Visa à remoção de sólidos sedimentáveis e parte da matéria
orgânica.
Tratamento Secundário: Predominam mecanismos biológicos, cujo objetivo é
principalmente a remoção de matéria orgânica, e eventualmente nutrientes
(nitrogênio e fósforo).
Tratamento Terciário: Tem por objetivo remover principalmente remover os
nutrientes nitrogênio e fósforo. Uma estação de tratamento de esgoto conterá os
níveis necessários para o tratamento do efluente de acordo com o tipo e quantidade
de poluentes nele presentes. Os mecanismos que são utilizados para a remoção dos
poluentes em uma estação de tratamento do esgoto, são os seguintes:
Para Remoção dos Sólidos
Gradeamento (retenção de sólidos grosseiros), desarenação (retenção da areia
presente no esgoto bruto), sedimentação (separação de partículas com densidade
superior à do esgoto) e absorção (retenção na superfície de aglomerados de
bactérias ou biomassa).
Para Remoção da Matéria Orgânica
Sedimentação (separação de partículas com densidade superior à do esgoto),
absorção (retenção na superfície de aglomerados de bactérias ou biomassa e
estabilização (utilização pelas bactérias como alimento, com conversão a gases,
água e outros compostos inertes).
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Para Remoção de Nutrientes (Nitrogênio e Fósforo)
Tratamento físico-químico (coagulação e flotação).
Para Remoção de Organismos Transmissores de Doenças
Radiação ultravioleta, radiação do sol ou artificial (condições ambientais adversas,
pH, falta de alimento, competição com outras espécies) e desinfecção (adição de
algum agente desinfetante). O padrão da qualidade do efluente que deve sair da
estação de tratamento de esgoto está regulamentado pela Resolução CONAMA No
357/2005. Via de regra os estados da federação tem também seus próprios padrões,
alguns mais restritivos. Saliente-se que os padrões regionais não podem adotar
valores mais flexíveis, ou seja, superiores aos previstos na legislação federal.
2.2.5. Licenciamento Ambiental de Sistemas de Esgotos Sanitários
O Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA exige licenciamento ambiental
para sistemas de esgotamento sanitário, conforme previsto na Resolução No 377 de
09 de Outubro de 2006, Art. 2o, Itens V e VI. Tal normativa legal cita que para as
unidades de coleta, transporte e tratamento de esgoto sanitário é necessária a
Licença Ambiental de Instalação (LAI) e a Licença Ambiental de Operação (LAO) ou
ato administrativo equivalente: ato administrativo único que autoriza a implantação e
operação do empreendimento.
2.2.6. Obrigatoriedade de Conectar-se à Rede Pública de Esgoto
A Lei No 11.445/2007 (também conhecida como a Lei do Saneamento) cita em seu
Art. 45: “as edificações urbanas deverão, obrigatoriamente, conectar-se às redes
públicas de água e esgotamento sanitário, utilizando-se dos serviços prestados pelo
Poder Público (diretamente ou por intermédio de terceiros)”. Cita ainda: “Enquanto
ausentes as redes coletivas de esgotamento sanitário, tanto em zona urbana quanto
em zona rural, deverão as residências utilizar sistemas individuais, os quais são
adotados para atendimento uni-familiar, através do lançamento dos esgotos
domésticos gerados em uma unidade habitacional, usualmente em fossa séptica
seguida de dispositivo de infiltração no solo (sumidouro, vala de infiltração ou
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irrigação sub-superficial). A edificação de obra pública possui as mesmas obrigações
que as particulares, ou seja, deverá atender as exigências legais, inclusive de
implantação de sistema de esgoto sanitário”.
2.3. LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS APLICÁVEIS AO SETOR DE ESGOTO
Dentre os instrumentos legais aplicáveis ao Setor de Esgotamento Sanitário, e que
foram consideradas de alguma forma no presente diagnóstico, são listadas a seguir
aquelas de maior relevância, quais sejam:
2.3.1. Leis, Decretos e Resoluções
Resolução CONAMA No 05 de 15 de Junho de 1988 que trata do licenciamento
de obras de saneamento;
Lei Federal No 8.987 de 13 de Fevereiro de 1995, que dispõe sobre o regime
de concessão e permissão da prestação de serviços públicos previsto no Artigo
175 da Constituição Federal;
Lei Federal No 9.433 de 08 de Janeiro de 1997, que institui a Política de
Recursos Hídricos e cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos
Hídricos;
Resolução CONAMA No 237 de 19 de Dezembro de 1997, que define as
atividades ou empreendimentos sujeitas ao licenciamento ambiental;
Lei Federal No 9.605 de 12 de Fevereiro de 1998, que dispõe sobre as sanções
penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio
ambiente, e dá outras
providências (Seção III, Da Poluição e Outros Crimes Ambientais, Artigo 54,
Incisos III, IV e V);
Resolução SEMA No 31 de 24 de Agosto de 1998 que dispõe sobre o
licenciamento ambiental, autorização florestal e anuência prévia para
desmembramento e parcelamento de gleba rural, e dá outras providências;
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Decreto Estadual No 3.179 de 21 de Setembro de 1999, que dispõe sobre a
especificação das sanções aplicáveis às condutas e atividades lesivas ao meio
ambiente, e dá outras providências;
Lei Estadual No 12.726 de 26 de Novembro de 1999 que institui a Política
Estadual de Recursos Hídricos, e dá outras providências;
Decreto Estadual No 2.317 de 17 de Julho de 2000 que define as atribuições da
SEMA e da SUDERHSA;
Resolução CONAMA No 274 de 29 de Novembro de 2000, define a
classificação das águas doces, salobras e salinas essencial à defesa dos níveis
de qualidade, avaliados por parâmetros e indicadores específicos (condições
de balneabilidade);
Lei Federal No 10.257 de 10 de Julho de 2001 (Estatuto das Cidades), que
regulamenta os Artigos 182 e 183 da Constituição Federal e estabelece
diretrizes gerais da política urbana;
Decreto Estadual No 4.646 de 31 de Agosto de 2001 que dispõe sobre o regime
de outorga de direito de uso de recursos hídricos, e dá outras providências;
Decreto Estadual No 5.361 de 26 de Fevereiro de 2002 que define os
instrumentos de cobrança pelo direito de uso de recursos hídricos, e dá outras
providências;
Resolução CONAMA No 357 de 17/03/2005, dispõe sobre a classificação dos
corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como
estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras
providências;
Resolução CONAMA No 375 de 29 de Agosto de 2006 que define critérios e
procedimentos para o uso agrícola de lodos de esgoto gerados em estações de
tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados, e dá outras
providências;
Resolução CONAMA No 377 de 09 de Outubro de 2006 que dispõe sobre
licenciamento ambiental simplificado de Sistema de Esgotamento Sanitário;
Lei Federal No 11.445 de 05 de Janeiro de 2007, que define as diretrizes
nacionais para o saneamento básico;
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Resolução SEMA No 21 de 22 de Abril de 2007 que dispõe sobre licenciamento
ambiental, estabelece condições e padrões ambientais para empreendimentos
de saneamento, e dá outras providências;
Resolução CONAMA No 396 de 03 de Abril de 2008, que dispõe sobre a
classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento das águas
subterrâneas;
Resolução CONAMA No 397 de 03 de Abril de 2008 que altera o Inciso II do §
4º e a Tabela X do § 5º, ambos do Art. 34º da Resolução CONAMA No
357/2005, que dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes
ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e
padrões de lançamento de efluentes;
Decreto Federal No 6.514/2008 que dispõe sobre as infrações e sanções
administrativas ao meio ambiente, estabelece o processo administrativo federal
para apuração destas infrações, e dá outras providências;
Lei Estadual No 16.242 de 13 de Outubro de 2009 que cria o Instituto das
Águas do Paraná – IAP. Esta nova autarquia, vinculada à Secretaria Estadual
do Meio Ambiente – SEMA, substituiu a Superintendência de Desenvolvimento
de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental – SUDERHSA;
Resolução SEMA No 53 de 16 de Novembro de 2009 que acrescenta os
parágrafos 1o e 2o ao Artigo 8º da Resolução SEMA No 021 de 22/04/2007; e
Decreto Federal No 7.217 de 21 de Junho de 2010 que regulamentou a Lei
Federal ou Lei do Saneamento No 11.445 de 05 de Janeiro de 2007, que define
as diretrizes nacionais para o saneamento básico.
2.3.2. Normas Técnicas da ABNT
ABNT/NBR 9061, Segurança de escavação a céu aberto;
ABNT/NBR 9648/1986, Estudo de concepção de sistemas de esgoto sanitário;
ABNT/NBR 9649/1986, Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário;
ABNT/NBR 9800/1987, Critérios para lançamento de efluentes líquidos
industriais no sistema coletor público de esgoto sanitário;
ABNT/NBR 9814/1987, Execução de rede coletora de esgoto sanitário;
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ABNT/NBR 9897/1987, Planejamento de amostragem de efluentes líquidos e
corpos receptores;
ABNT/NBR 9898/1987, Preservação e técnicas de amostragem de efluentes
líquidos e corpos receptores;
ABNT/EB 2185/1991, Fixa as condições mínimas exigíveis para aceitação e
recebimento de grades de barras retas, de limpeza manual para serem
utilizadas nas elevatórias e estações de tratamento de esgotos sanitários;
ABNT/NBR 12207/1992, Projeto de interceptores de esgoto sanitário;
ABNT/NBR 12208/1992, Projeto de estações elevatórias de esgoto sanitário;
ABNT/NBR 12209/1992, Projeto de estações de tratamento de esgoto
sanitário;
ABNT/NBR 12266/1992, Projeto e execução de valas para assentamento de
tubulação de água, esgoto ou drenagem urbana;
ABNT/NBR 7229, Projeto, construção e operação de sistemas de tanques
sépticos;
ABNT/NBR 9896/1993, Glossário de poluição das águas;
ABNT/NBR 130591993, Fixa as condições exigíveis para fabricação e
recebimento de grades de barras retas, de limpeza mecanizada, utilizadas nas
estações de tratamento de esgotos sanitários e nas estações elevatórias;
ABNT/NBR 131601993, Fixa as condições exigíveis para fabricação e
recebimento de grades de barras curvas, de limpeza mecanizada, utilizadas
nas estações de tratamento de esgotos sanitários e nas estações elevatórias;
ABNT/NBR 13969/1997, Tanques sépticos – Unidades de tratamento
complementar e disposição final dos efluentes líquidos – Projeto, construção e
operação;
ABNT/NBR 7362-2/1999, Sistemas enterrados para condução de esgoto, Parte
2: Requisitos para tubos de PVC com junta maciça;
ABNT/NBR 8890/2003, Tubo de concreto, de seção circular, para águas
pluviais e esgotos sanitários – Requisitos e métodos de ensaio (Esta Norma
substituiu a NBR 8890/1985);
ABNT/NBR 7362-1/2005, Sistemas enterrados para condução de esgoto, Parte
1: Requisitos para tubos de PVC com junta elástica;
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ABNT/NBR 7362-3/2005, Sistemas enterrados para condução de esgoto, Parte
3: Requisitos para tubos de PVC com dupla parede; e
ABNT/NBR 7362-4/2005, Sistemas enterrados para condução de esgoto, Parte
4: Requisitos para tubos de PVC com parede de núcleo celular.
2.4. DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS EXISTENTE
2.4.1. Concepção do Sistema Existente
A Cidade de Maringá conta com uma topografia privilegiada, o que proporcionou a
implantação de um sistema de esgotos sanitários totalmente por gravidade, desde a
coleta até a estação de tratamento (ETE). Tal conformação topográfica fez com que
o Sistema Existente de Esgotos Sanitários do município de Maringá não tenha
nenhuma estação elevatória.
O Sistema de esgotamento sanitário existente é constituído de três sub-sistemas
independentes, conforme apresentado no croqui básico no Anexo B, quais sejam:
Sub-Sistema da Bacia do Ribeirão Mandacarú;
Sub-Sistema da Bacia do Ribeirão Pinguim; e
Sub-Sistema da Bacia do Ribeirão Morangueira.
Cada um destes sub-sistemas possuem suas próprias instalações de coleta,
transporte, tratamento e destinação final do efluente.
2.4.2. Bairros Atendidos
Os bairros atendidos em seu todo ou em parte por sub-sistema de esgotos sanitários
são relacionados no Quadro 32.
153
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Quadro 32: Relação dos Bairros Atendidos por Sub-Sistema de Esgotos Sanitários.
Sub-Sistema Bairros Atendidos
Totalmente Em Parte
Sub-Sistema Bacia
Ribeirão Mandacarú
Parque das Grevileas 1, 2 e 3
Jardim Diamante
Jardim Copacabana
Conjunto Residencial Herman Moraes de
Barros
Parque das Palmeiras
Jardim Vitória
Parque das Bandeiras
Parque Residencial Quebec
Jardim Imperial 1 e 2
Residencial Cidade Nova
Loteamento Cidade Jardim
Vila Nevada
Jardim do Sol
Vila Santo Antônio
Conjunto Residencial Maurício Shulmann
Residencial Cristóvão Colombo
Jardim Universitário
Zona 07
Zona 09
Zona 06
Jardim Alvorada
Morangueirinha
Jardim Tóquio
Parque Residencial
Eldorado
Parque Avenida
Jardim Licce
Jardim Dias I
Fonte: SANEPAR – Gerência da Unidade Regional de Maringá.
154
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Quadro 32: Relação dos Bairros Atendidos por Sub-Sistema de Esgotos Sanitários da Cidade de Maringá/PR (continuação)
Sub-Sistema Bairros Atendidos
Totalmente Em Parte
Sub-Sistema Bacia
Ribeirão Mandacarú
Vila Ipiranga
Jardim Monte Belo
Vila Progresso
Jardim Canadá
Jardim Carolina
Jardim Moreschi
Jardim Alto da Boa Vista
Jardim Real
Jardim Santa Helena
Jardim Paris I, II, III e IV
Jardim Império do Sol
Sub-Divisão do Lote 144A
Parque das Laranjeiras
Jardim Brasília
Jardim Tropical
Núcleo Social Papa João XXIII
Cidade Universitária
Vila Santa Isabel
Jardim Los Angeles
Jardim Maravilha
155
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Sub-Sistema Bacia
Ribeirão Pinguim
Zona 05
Ampliação da Zona 05
Zona 04
Conjunto Habitacional Itamarati
Parque Itaipu I e II
Jardim Industrial
Loteamento Residencial BIM
Condomínio Residencial Vinhedo
Conjunto Habitacional Inocente VL. Nova JR
Jardim Iguaçu
Jardim Verônica
Jardim Gauporé
Parque Residencial Rio Branco
Jardim Nações
Condomínio Residencial Céu Azul
Jardim Alamar
Condomínio Residencial Portal de Segóvia
Jardim Higienópolis
Jardim Itália I e II
Conjunto Residencial Angelo Planas
Jardim Universo
Jardim São Clemente
Jardim Atami
Conjunto Residencial João de Barro I
Santa Felicidade
Jardim Ipanema
Jardim Arpoador
Condomínio Horizontal Vlillagio Bourdon
Jardim Novo Horizonte I, II e III
Jardim Itapuá
Zona de Armazens
Zona 01
Sub-Sistema Bacia
Ribeirão Morangueira
Loteamento Sumaré
Jardim Andrade
Jardim Novo Alvorada
Jardim Santa Clara
Loteamento Ebenezer I e II
Conjunto Rodolpho Bernardes
Jardim Dias I
Jardim Licce
Jardim Tóquio
Parque Avenida
Parque Residencial
Eldorado
Jardim Alvorada I e II
Fonte: SANEPAR – Gerência da Unidade Regional de Maringá.
156
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Quadro 32: Relação dos Bairros Atendidos por Sub-Sistema de Esgotos Sanitários da Cidade de Maringá/PR (continuação)
Sub-Sistema Bairros Atendidos
Totalmente Em Parte
Sub-Sistema Bacia Ribeirão Morangueira
Vila Morangueira Jardim Acema Jardim Castor Conjunto Residencial Acácias Chácara Morangueira Jardim Acema Jardim Virgínia Jardim Tupinambá Conjunto Habitacional Léa Leal Jardim Dourado Parque Residencial Patrícia Jardim Santa Alice JD. Pinheiros II Jardim Oásis Conjunto Branca J. Camargo Vieira Sub-Divisão Lote 87B Jardim São Francisco Conjunto Paulino V. Filho Loteamento Batel Jardim Colina Verde Conjunto Itaparica Jardim Grajaú Conjunto Champagnat Jardim Plata Jardim Campos Elíseos Conjunto Village Blue Jardim Novo Oásis Jardim Pinheiros I, II e III Vila Nova Vila Ruth Vila Regina Vila Ipiranga Jardim Guararapes Jardim Internorte Parque Industrial I e II Jardim América Jardim Liberdade I e II Conjunto Karina Jardim da Glória
Zona Industrial Conjunto Requião
Fonte: SANEPAR – Gerência da Unidade Regional de Maringá.
2.4.3. Rede Coletora
A rede coletora do Sistema Existente de Esgotos Sanitários da Cidade de Maringá
possui atualmente uma extensão total de 1.057.884 metros (dado de Maio/2011),
assim distribuída por sub-sistema:
157
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Sub-Sistema Bacia Ribeirão Mandacarú: 401.996 metros (38%)
Sub-Sistema Bacia Ribeirão Pinguim: 370.260 metros (35%)
Sub-Sistema Bacia Ribeirão Morangueira: 285.628 metros (27%)
Total: 1.057.884 metros (100%).
O Quadro 33 apresentado a seguir mostra a distribuição da rede coletora existente
por diâmetro e tipo de material.
Quadro 33: Extensões da Rede Coletora por Diâmetro e Tipo de Material do Sistema Existente de Esgotos Sanitários da Cidade de Maringá/PR – Dado de Maio/2011.
Diâmetro (mm) Extensão (metros) Tipo de Material
50 12 Tubo PVC
100 7.164 Tubo Cerâmico
100 856 Tubo PVC
150
433.066 Tubo PVC
85 Tubo Ferro Dúctil
432.631 Tubo Cerâmico
200
7.394 Tubo PVC
1.047 Tubo Ferro Dúctil
45.594 Tubo Cerâmico
71.429 Tubo Cimento Amianto
250 4.994 Tubo PVC
10.557 Tubo Cerâmico
300 357 Tubo Ferro Dúctil
3.225 Tubo PVC
24.902 Tubo Cimento Amianto
14.571 Tubo Cerâmico
Total 1.057.884
Fonte: SANEPAR – Gerência da Unidade Regional de Maringá.
Os dados do Quadro 33 mostram que uma parcela significativa da rede coletora de
esgoto da Cidade de Maringá é antiga, o que é justificado pela presença de
expressivas extensões de tubos cerâmicos e de cimento amianto, respectivamente
158
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510.517 metros e 96.331 metros. Os tubos de cimento amianto, em especial, não
são mais usados, e provavelmente deverão ser futuramente substituídos em sua
íntegra por tubos de PVC.
Outro aspecto a comentar é também a presença de 8.032 metros de tubos com
diâmetro inferior a 150 mm,o qual é usualmente adotado no Brasil como diâmetro
mínimo em projetos de redes coletoras de esgoto. Ressalte-se que tubos em
diâmetros inferiores a 150 mm dificultam os trabalhos de desobstrução de redes
coletoras de esgoto com os equipamentos hoje disponíveis no mercado.
Desta forma, provavelmente deverão ser substituídos gradativamente no futuro um
total de 104.363 metros de tubulação da rede coletora de esgoto existente (96.331
metros de tubos cerâmicos e 8.032 metros de tubos com diâmetros inferiores a 150
mm).
Um histórico das extensões da rede coletora de esgoto implantada nos últimos 6
anos indicam um incremento médio anual de 41.810 metros (4,64%), conforme
mostrado no Quadro 34. O menor crescimento da rede coletora de esgoto ocorreu
no ano de 2009 com 11.190 metros (1,23%) e o maior em 2011 com 76.535 metros
(7,80%).
159
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Quadro 34: Extensões Anuais da Rede Coletora do Sistema de Esgotos Sanitários
Ano
Extensão (metros)
No Ano
Incremento
Em Metros Em (%)
2005 807.027 – –
2006 835.502 28.475 3,53
2007 853.545 18.043 2,16
2008 910.833 57.288 6,71
2009 922.023 11.190 1,23
2010 981.3491
59.326 6,43
2011 1.057.8842
76.535 7,80
Média do Período 41.810 4,64
Fonte: SANEPAR – Gerência da Unidade Regional de Maringá. 1 Valor ajustado.
2 Dado de Maio/2011.
2.4.4. Interceptores
Os interceptores existentes no Sistema de Esgotos Sanitários da Cidade de
Maringá/PR possuem uma extensão total de 57.110 metros, distribuídos por sub-
sistema, extensão e diâmetro conforme mostrado no Quadro 35. A maior extensão
de interceptor está concentrada na Bacia do Ribeirão Pingüim com 25.337 metros
(44,37%), seguida da Bacia do Ribeirão Morangueira com 16.668 metros (29,19%) e
da Bacia do Ribeirão Mandacarú com 15.105 metros (26,44%). Os diâmetros dos
interceptores variam de 150 a 900 mm.
160
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Quadro 35: Extensões e Diâmetros dos Interceptores por Sub-Sistema de Esgotos Sanitários
Nome do
Interceptor
Sub-Sistema
Bacia Ribeirão Mandacarú
Bacia Ribeirão Pinguim
Bacia Ribeirão Morangueira
Diâmetro
(mm)
Extensão
(m)
Diâmetro
(mm)
Extensão
(m)
Diâmetro
(mm)
Extensão
(m)
I – 1.1 600 1.367 – – – –
I – 1.2 600 2.505 – – – –
EMI – 01 600 1.231 – – – –
I – 1.1 (1) 700 1.816 – – – –
I – 6.1
300 913 – – – –
400 1.010 – – – –
500 1.315 – – – –
I – 6.2
150 933 – – – –
200 592 – – – –
250 126 – – – –
EMI – 06 500 1.406 – – – –
600 1.891 – – – –
I – 0 Cleópatra – – 600 2.874 – –
I – 0 Moscados – – 600 2.974 – –
I – 2.2 – – 200 935 – –
EMI – 02
– – 250 863 – –
– – 300 1.423 – –
– – 600 469 – –
– – 700 1.603 – –
– – 800 1.150 – –
– – 900 2.856 – –
I – 8 – – 200 2.315 – –
– – 300 7.875 – –
Total Sub-Sistema 15.105 25.337 –
Fonte: SANEPAR – Gerência da Unidade Regional de Maringá.
161
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Quando 35: Extensões e Diâmetros dos Interceptores por Sub-Sistema de Esgotos Sanitários da Cidade de Maringá/PR (continuação)
Nome do
Interceptor
Sub-Sistema
Bacia Ribeirão
Mandacarú
Bacia Ribeirão
Pinguim
Bacia Ribeirão
Morangueira
Diâmetro
(mm)
Extensão
(m)
Diâmetro
(mm)
Extensão
(m)
Diâmetro
(mm)
Extensão
(m)
I – 3.1
– – – – 300 690
– – – – 400 677
– – – – 500 811
I – 3.2 – – – – 250 1.438
I – 3.3
– – – – 250 543
– – – – 300 1.409
– – – – 400 590
EMI – 03 – – – – 600 105
– – – – 700 1.386
EMI – 07 – – – – 300 3.162
I – 4.1 – – – – 250 734
– – – – 300 694
EMI – 04 – – – – 400 1.780
– – – – 400 1.359
– – – – 500 1.290
Total 15.105 25.337 16.668
Fonte: SANEPAR – Gerência da Unidade Regional de Maringá.
2.4.5. Estações Elevatórias/Emissários
O Sistema de Esgotos Sanitários da Cidade de Maringá/PR não possui estações
elevatórias, tampouco emissários. Todo o sistema de coleta e transporte dos
esgotos é realizado por gravidade até os centros de tratamento (ETE).
162
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2.4.6. Ligações Prediais
O Sistema de Esgotos Sanitários da Cidade de Maringá/PR possui atualmente um
total de 81.689 ligações prediais de esgoto (dado de Abril de 2011). A distribuição
destas ligações prediais de esgoto por classe de usuário, bem como para os demais
meses anteriores do ano de 2011 é mostrada no Quadro 36.
Quadro 36: Número de Ligações Prediais por Tipo de Usuário no Sistema de Esgotos Sanitários da Cidade de Maringá/PR – Dados de Janeiro a Abril de 2011.
Mês Ano
2011
Número de Ligações Prediais de Esgoto por Tipo de Usuário
Residencial Comercial Industrial Poder
Público Total
Janeiro 69.038 9.378 497 721 79.634
Fevereiro 69.697 9.426 501 722 80.346
Março 70.373 9.450 507 728 81.058
Abril 70.922 9.516 517 734 81.689
Fonte: SANEPAR – Gerência da Unidade Regional de Maringá.
As ligações prediais de esgoto para a classe de usuário residencial predominam. Em
Abril de 2011 elas representaram 86,82% (70.922 unidades) do total existente nesta
data.
Um histórico do crescimento anual do número de ligações prediais de esgoto no
período de 2005 a 2011 (meses de Janeiro a Abril) é apresentado no Quadro 37.
163
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Quadro 37: Crescimento Anual do Número de Ligações Prediais no Período de 2005 à abril de 2011.
Ano Número de Ligações
Prediais no Ano1
Incremento Anual
Em Número de Ligações Em (%)
2005 52.526 – –
2006 58.408 5.882 11,20
2007 62.877 4.469 7,65
2008 67.490 4.613 7,34
2009 73.513 6.023 8,92
2010 79.378 5.865 7,98
Média Anual do Período 5.370 8,62
Janeiro/2001 79.634 2562
0,32
Fevereiro/2011 80.346 7122
0,89
Março/2011 81.058 7122
0,89
Abril/2011 81.689 6312
0,78
Média Mensal Ano 2011 5782
0,72
Fonte: SANEPAR – Gerência da Unidade Regional de Maringá. 1 Dado de 31 de Dezembro de cada ano.
2 Incremento mensal.
Os dados do Quadro 8 mostram que no período de 2005 a 2010 o incremento médio
anual do número de ligações prediais de esgoto alcançou 5.370 unidades. O menor
incremento anual ocorreu no ano de 2007, onde foram executadas 4.469 novas
ligações (7,65%). O maior incremento anual ocorreu no ano de 2009 com 6.023
novas ligações (8,92%).
No ano de 2011 os dados disponibilizados indicam que nos quatros primeiros meses
houve um incremento médio mensal de 578 novas ligações. A continuar este
incremento mensal até o final do ano, o número total de ligações no ano de 2011
atingirá praticamente a mesma média do período de 2005 a 2010.
Nas Figuras 86 e 87 apresentadas a seguir é mostrado o padrão de ligação predial
de esgoto adotado pela SANEPAR, bem como as instruções para a sua execução.
164
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Figura 86: Modelo Padrão de Ligação Predial de Esgoto Adotado pela SANEPAR e
Instruções Gerais para a sua Execução.
Figura 87: Modelo Padrão de Ligação Predial de Esgoto Adotado pela SANEPAR e Instruções
165
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2.4.7. Economias
O Sistema de Esgotos Sanitários da Cidade de Maringá/PR possui atualmente um
total de 118.157 economias de esgoto (dado de Abril de 2011). A distribuição destas
economias de esgoto por classe de usuário, bem como para os demais meses
anteriores do ano de 2011 é mostrada no Quadro 38.
Quadro 38: Número de Economias por Tipo de Usuário no Sistema de Esgotos Sanitários da Cidade de Maringá/PR – Dados de Janeiro a Abril de 2011.
Mês Ano
2011
Número de Economias de Esgoto por Tipo de Usuário
Residencial Comercial Industrial Poder
Público Total
Janeiro 100.447 14.064 513 729 115.753
Fevereiro 101.223 14.109 517 730 116.579
Março 101.921 14.129 523 736 117.309
Abril 102.679 14.203 533 742 118.157
Fonte: SANEPAR – Gerência da Unidade Regional de Maringá.
As economias de esgoto para a classe de usuário residencial predominam. Em Abril
de 2011 elas representaram 86,90% (102.679 unidades) do total existente nesta
data.
Um histórico do crescimento anual do número de economias de esgoto no período
de 2005 a 2011 (meses de Janeiro a Abril) é apresentado no Quadro 39.
166
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Quadro 39: Crescimento Anual do Número de Economias no Sistema de Esgotos Sanitários da Cidade de Maringá no Período de 2005 à 2011 (Janeiro a Abril).
Ano Número de Economias
no Ano1
Incremento Anual
Em Número de
Economias Em (%)
2005 82.611 – –
2006 89.106 6.495 7,86
2007 94.942 5.836 6,55
2008 100.608 5.666 5,97
2009 108.039 7.431 7,39
2010 115.441 7.402 6,85
Média Anual do Período 6.566 6,92
Janeiro/2001 115.753 3122
0,27
Fevereiro/2011 116.579 8262
0,71
Março/2011 117.309 7302
0,63
Abril/2011 118.157 8482
0,72
Média Mensal Ano 2011 5432
0,58
Fonte: SANEPAR – Gerência da Unidade Regional de Maringá. 1 Dado de 31 de Dezembro de cada ano.
2 Incremento mensal.
Os dados do Quadro 39 mostram que no período de 2005 a 2010 o incremento
médio anual do número de economias de esgoto alcançou 6.566 unidades (6,92%).
O menor incremento anual ocorreu no ano de 2008, onde foram executadas 5.666
novas economias (5,97%). O maior incremento anual ocorreu no ano de 2009 com
7.431 novas economias (7,39%).
No ano de 2011 os dados disponibilizados indicam que nos quatros primeiros meses
houve um incremento médio mensal de 543 novas economias.
A continuar este incremento mensal até o final do ano, o número total de economias
no ano de 2011 atingirá praticamente a mesma média do período de 2005 a 2010.
Analisando os dados de ligações prediais e economias de esgoto existentes no
Sistema de Esgotos Sanitários da Cidade de Maringá/PR, considerando como data
de referência o Mês de Abril de 2011, temos os seguintes indicadores:
167
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Número total de ligações prediais: 81.689 unidades
Número total de economias: 118.157 unidades
Extensão total da rede coletora: 1.057.884 metros
Relação (economia/ligação): 1,45
Relação (extensão de rede/ligação): 12,95 m/ligação
Relação (extensão de rede/economia): 8,95 m/economia
Os indicadores acima calculados estão em conformidade com a média nacional.
2.4.8. Estação de Tratamento de Esgoto (ETE)
2.4.8.1. ETE 01 Mandacarú
A ETE1 Mandacarú, doravante denominada ETE Mandacarú, pertencente ao Sub-
Sistema de Esgotos Sanitários da Bacia do Ribeirão Mandacarú fica localizada em
Lotes de Terras No 118–B–2. O seu arranjo e capacidade lhe confere, segundo
padronização da SANAPER, uma classificação tipo ETE Classe C.
A ETE Mandacarú possui seguintes unidades:
Caixa de chegada;
Gradeamento mecanizado;
Desarenador tipo ciclônico;
Calha parshall para medição da vazão afluente à ETE (esgoto bruto);
Reatores anaeróbios de leito fluidizado (RALF);
Leitos de secagem;
Laboratório; e
Poço profundo para atender as demandas de água do complexo de tratamento.
Esta ETE possui uma vazão de projeto igual a 362,79 L/s e operou no Mês de Maio
de 2011 com uma vazão média mensal de 87,00 L/s ou 23,98% de sua capacidade
nominal ou de projeto. O Quadro 40 discrimina para os anos do ano de 2010 e para
168
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os meses de Janeiro a Maio de 2011 as vazões médias mensais de esgoto bruto
tratadas na ETE Mandacarú.
Quadro 40: Vazões Médias Mensais de Esgoto Bruto Tratadas na ETE Mandacarú do Sub-Sistema de Esgotos Sanitários do Ribeirão Mandacarú.
Ano Mês Vazão Média Mensal (L/s)
2010
Janeiro 213,36
Fevereiro 217,38
Março 167,85
Abril 157,40
Maio 155,20
Junho 165,57
Julho 139,45
Agosto 144,38
Setembro 142,48
Outubro 140,06
Novembro 119,49
Dezembro 102,31
Média Mensal no Ano de 2010 155,41
2011
Janeiro 107,77
Fevereiro 127,22
Março 97,74
Abril 87,24
Maio 87,00
Média Mensal do Ano de 2011 101,39
Média Mensal de Todo o Período 139,52
Fonte: SANEPAR – Gerência da Unidade Regional de Maringá.
As vazões médias mensais de esgoto tratadas na ETE Mandacarú no período de
Janeiro de 2010 a Maio de 2011 tiveram uma variação significativa. Por exemplo, em
Fevereiro de 2010 a vazão média mensal foi de 217,38 L/s (o maior valor medido).
Por outro lado, a vazão média mensal em Maio de 2011 foi de apenas 87,00 L/s (o
menor valor medido). A média do ano de 2010 foi de 155,41 L/s e a referente aos
meses do ano de 2011 alcançou o valor de 101,39 L/s. Em todo o período
(Janeiro/2010 a Maio/2011) a vazão média mensal foi de 139,52 L/s.
169
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Verifica-se também uma diminuição contínua da vazão média mensal ao longo do
ano de 2010, passando de 213,36 L/s em Janeiro para 102,31 L/s em Dezembro. O
mesmo ocorreu nos meses de 2011, com 107,77 L/s em Janeiro e 87,00 L/s em
Maio.
Nos primeiros cinco meses do ano de 2010 a vazão média mensal foi de 182,24 L/s
contra 101,39 L/s nos cinco primeiros meses do ano de 2011.
Como foi ampliada a rede coletora e houve aumento no número de ligações prediais
e economias, não poderia ter havido uma diminuição da vazão de esgoto bruto que
adentra à ETE. Provavelmente houve erro na leitura da vazão que adentra à ETE,
ficando ao cargo da Operadora – SANEPAR informar o que ocorreu com estas
medições.
O corpo receptor do efluente da ETE Mandacarú é o Ribeirão Mandacarú,
enquadrado como Corpo de Água Doce de Classe 2 e possui uma vazão mínima
(Q7,10 ou Q98) igual a 106 L/s.
A SANEPAR monitora o funcionamento da ETE Mandacarú através da análise dos
seguintes parâmetros, cuja periodicidade é mensal:
Para o Efluente da ETE: sólidos suspensos e sólidos sedimentáveis, DQO,
DBO, Óleos e graxas, pH, óleos minerais, óleos vegetais e gorduras vegetais,
temperatura e fósforo total.
Para as Águas do Corpo Receptor: sólidos suspensos, sólidos sedimentáveis
e sólidos totais dissolvidos, DQO, DBO, óleos e graxas, pH, temperatura,
Fonte: SANEPAR – Gerência da Unidade Regional de Maringá. VMP ... Valor máximo permitido. * Valores máximos permitidos pela Resolução CONAMA 357/2005. ** Valores máximos permitidos pelo IAP – Instituto das Águas do Paraná, Portaria N
o 1013 de 24 de Agosto de
2010 (autorização de uso das águas do Ribeirão Mandacarú para o lançamento do efluente da ETE Mandacarú).
Resultado Superior ao Valor Máximo Permitido
171
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Quadro 41: Resultados do Monitoramento do Efluente da ETE Mandacarú no Ano de 2010 (continuação)
Fonte: SANEPAR – Gerência da Unidade Regional de Maringá. VMP ... Valor máximo permitido. * Valores máximos permitidos pela Resolução CONAMA 357/2005. ** Valores máximos permitidos pelo IAP – Instituto das Águas do Paraná, Portaria N
o 1013 de 24 de Agosto de
2010 (autorização de uso das águas do Ribeirão Mandacarú para o lançamento do efluente da ETE Mandacarú).
Resultado Superior ao Valor Máximo Permitido
Comentário: Analisando os resultados mostrados no Quadro 41 pode-se dizer que a
ETE Mandacarú não vem operando com a eficiência desejada. Todos
os resultados mensais do ano de 2010 para o efluente desta Unidade
de Tratamento de Esgoto apresentaram valores de DBO e DQO
superiores ao máximo estabelecido pelo IAP – Instituto de Águas do
Paraná, quando da expedição da outorga do uso das águas do
Ribeirão Mandacarú para o lançamento do efluente da ETE
Mandacarú. Esta outorga é objeto da Portaria No 1013 datada de 24 de
Agosto de 2010 do IAP. Para o parâmetro Sólidos Sedimentáveis um
total de 8 (67%) das 12 análises mensais realizadas no ano de 2010
também apresentaram resultados em desconformidade com a
legislação, apesar de não em valores significativos.
172
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Quadro 42: Resultados do Monitoramento das Águas do Corpo Receptor (Ribeirão Mandacarú) no Ano de 2010.
Fósforo total ≤ 0,05 mg/l 0,02 0,63 0,03 0,98 0,06 0,98 0,05 1,25 0,25 1,49 NI 1,43
Fonte: SANEPAR – Gerência da Unidade Regional de Maringá. VMP...Valor máximo permitido pela Resolução CONAMA 357/2005. VA ...Virtualmente ausente. PR...Presente. NI...Não informado. * Valor máximo permitido não estabelecido pela RC 357/2005 e/ou IAP.
Resultado Superior ao Valor Máximo Permitido
173
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Quadro 42: Resultados do Monitoramento das Águas do Corpo Receptor (Ribeirão Mandacarú) no Ano de 2010 (continuação)
Fonte: SANEPAR – Gerência da Unidade Regional de Maringá. VA...Virtualmente ausente. PR ... Presente. NI ... Não informado. * Valor máximo permitido não estabelecido pela Resolução CONAMA 357/2005 e/ou IAP.
174
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Comentário: Analisando os resultados mostrados no Quadro 42 pode-se dizer que o
efluente da ETE Mandacarú foi decisivo para a piora da qualidade das
águas do corpo receptor (Ribeirão Mandacarú). Contribuíram para tal
as concentrações presentes no efluente em níveis superiores aos
desejados dos parâmetros DBO, DQO, Fósforo Total, Nitrogênio
Amoniacal, Coliformes Totais e Coliformes Termotolerantes. As
concentrações do parâmetro oxigênio dissolvido no efluente
contribuíram também de forma decisiva para a diminuição da
concentração do oxigênio dissolvido presente nas águas do corpo
receptor a montante do ponto de lançamento do efluente. Quanto aos
resultados bacteriológicos, a não cloração do efluente contribuiu de
maneira significativa para o aumento das concentrações de Coliformes
Totais e Termotolerantes nas águas do corpo receptor a jusante do
ponto de lançamento do efluente.
O volume médio diário de lodo gerado no processo de tratamento é de 90,64 m³/dia,
com um teor de sólidos de 1%. Após tratamento com cal (calagem), o lodo é
utilizado como adubo na agricultura. Os produtos químicos utilizados na ETE
Mandacarú são a cal, óxido de ferro e polímero. Os consumos mensais destes
produtos químicos no ano de 2010 são mostrados no Quadro 43.
175
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Quadro 43: Consumo Médio Mensal de Produtos Químicos na ETE Mandacarú no Ano de 2010.
Mês Ano 2010 Consumo Mensal de Produto Químico
Cal (Kg) Óxido de Ferro (Kg) Polímero (Kg)
Janeiro 2.440 0 0
Fevereiro 2.520 0 0
Março 2.120 0 0
Abril 1.840 0 0
Maio 1.960 0 0
Junho 2.120 0 0
Julho 2.620 0 0
Agosto 2.160 0 0
Setembro 2.080 0 0
Outubro 1.920 0 0
Novembro 2.020 0 0
Dezembro 3.760 350 20
Total 27.560 350 20
Média Mensal 2.297
Fonte: SANEPAR – Gerência da Unidade Regional de Maringá.
2.4.8.2. ETE 02 Sul
A ETE 02 Sul, doravante denominada ETE Sul, pertencente ao Sub-Sistema de
Esgotos Sanitários da Bacia do Ribeirão Pinquim, fica localizada na Estrada
Jaguaruna, Lote 05, Gleba Ribeirão Pinquim, no Município de Marialva/PR, próximo
da confluência dos Ribeirões Pinquim e Borba Gato. O seu arranjo e capacidade lhe
confere, segundo padronização da SANAPER, uma classificação tipo ETE Classe C.
A ETE Sul possui as seguintes unidades:
Caixa de chegada;
Gradeamento mecanizado;
Caixa de areia com removedor e lavador de areia;
Calha parshall para medição da vazão afluente à ETE (esgoto bruto);
176
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Reatores anaeróbios de leito fluidizado (RALF);
Decantadores secundários;
Filtros biológicos convencionais de alta carga;
Adensador;
Desaguamento do lodo por centrífuga;
Barracão de cura de lodo (calagem);
Pátio de cura de lodo (630 m²);
Estação elevatória dos RALFs para o adensador;
Estação elevatória de lodo dos decantadores;
Estação elevatória de recirculação para os filtros biológicos;
Estação elevatória do sobrenadante do adensador;
Tanque de contato para desinfecção com cloro;
Laboratório; e
Poço profundo para atender as demandas de água do complexo de tratamento.
A ETE Sul possui uma vazão de projeto igual a 482 L/s e operou no Mês de Maio de
2011 com uma vazão média mensal de 193 L/s ou 40% de sua vazão de projeto. O
Quadro 44 apresentado a seguir discrimina para os anos do ano de 2010 e para os
meses de Janeiro a Maio de 2011 as vazões médias mensais de esgoto bruto
tratadas na ETE Sul.
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Quadro 44:Vazões Médias Mensais de Esgoto Bruto Tratadas na ETE Sul do Sub-Sistema de Esgotos Sanitários da Bacia do Ribeirão Pinquim.
Ano Mês Vazão Média Mensal (L/s)
2010
Janeiro 179,00
Fevereiro 179,00
Março 168,87
Abril 169,80
Maio 164,06
Junho 170,02
Julho 161,46
Agosto 156,38
Setembro 163,22
Outubro 171,65
Novembro 171,65
Dezembro 186,31
Média Mensal no Ano de 2010 170,12
2011
Janeiro 204,44
Fevereiro 204,44
Março 203,12
Abril 201,39
Maio 193,00
Média Mensal do Ano de 2011 201,28
Média Mensal de Todo o Período 179,29
Fonte: SANEPAR – Gerência da Unidade Regional de Maringá.
A ETE Sul operou no ano de 2010 como uma vazão média mensal de 170,12 L/s e a
referente aos meses do ano de 2011 alcançou 201,28 L/s, um incremento de
18,32%. Em todo o período (Janeiro/2010 a Maio/2011) a vazão média mensal foi de
179,29 L/s.
No ano de 2010 a menor vazão média mensal foi de 156,38 L/s (Agosto) e a maior
de 186,31 L/s (Dezembro). Nos cinco primeiros meses de 2011 a menor vazão
ocorreu no mês de Maio com 193,00 L/s e a maior nos meses de Janeiro e Fevereiro
com 204,44 L/s.
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O corpo receptor do efluente da ETE Sul é o Ribeirão Pinquim, enquadrado como
Corpo de Água Doce, Classe 2. Possui no ponto de lançamento do efluente da ETE
Sul uma vazão mínima (Q7,10 ou Q98) igual a 158,44 L/s.
A SANEPAR monitora o funcionamento da ETE Sul através da análise dos seguintes
parâmetros, cuja periodicidade é mensal:
Para o Efluente da ETE: temperatura, pH, DQO, DBO, óleos minerais, óleos
vegetais e gorduras vegetais, sólidos sedimentáveis, sólidos suspensos totais e
fósforo total.
Para as Águas do Corpo Receptor: temperatura, pH, DQO, DBO, sólidos
suspensos, sólidos sedimentáveis e sólidos totais dissolvidos, óleos e graxas,
Fonte: SANEPAR – Gerência da Unidade Regional de Maringá. VMP ... Valor máximo permitido. * Valores máximos permitidos pela Resolução CONAMA 357/2005. ** Valores máximos permitidos pelo IAP – Instituto das Águas do Paraná, Portaria N
o 1015 de 24 de Agosto de 2010
(autorização de uso das águas do Ribeirão Pinquim para o lançamento do efluente da ETE Sul).
Resultado Superior ao Valor Máximo Permitido
Quadro 45: Resultados do Monitoramento do Efluente da ETE Sul no Ano 2010 (continuação)
Fonte: SANEPAR – Gerência da Unidade Regional de Maringá. VMP ... Valor máximo permitido. * Valores máximos permitidos pela Resolução CONAMA 357/2005. ** Valores máximos permitidos pelo IAP – Instituto das Águas do Paraná, Portaria N
o 1015 de 24 de Agosto de 2010
(autorização de uso das águas do Ribeirão Pinquim para o lançamento do efluente da ETE Sul).
Resultado Superior ao Valor Máximo Permitido
Comentário: Analisando os resultados mostrados no Quadro 45 pode-se dizer que a
ETE Sul também não vem operando com a eficiência desejada. Das 12
análises mensais realizadas no ano de 2010 para o efluente desta
180
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Unidade de Tratamento de Esgoto, em 7 (58%) delas os valores de
DBO superaram o máximo estabelecido pelo IAP – Instituto de Águas
do Paraná, quando da expedição da outorga do uso das águas do
Ribeirão Pinquim para o lançamento do efluente da ETE Sul. Esta
outorga é objeto da Portaria No 1015 de 24 de Agosto de 2010 do IAP.
Quanto ao parâmetro DQO, um total de 9 (75%) das 12 análises
mensais realizadas no ano de 2010 apresentaram resultados acima do
estabelecido pelo IAP. Quanto aos demais parâmetros analisados,
estes estão em conformidade com a legislação.
Quadro 46: Resultados do Monitoramento das Águas do Corpo Receptor (Ribeirão Pinquim) no
Fonte: SANEPAR – Gerência da Unidade Regional de Maringá. VMP...Valor máximo permitido pela Resolução CONAMA 357/2005. VA ...Virtualmente ausente. PR...Presente. NI...Não informado. * Valor máximo permitido não estabelecido pela RC 357/2005 e/ou IAP.
Resultado Superior ao Valor Máximo Permitido
181
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Quadro 46: Resultados do Monitoramento das Águas do Corpo Receptor (Ribeirão Pinquim) no Ano de 2010 (continuação)
Fonte: SANEPAR – Gerência da Unidade Regional de Maringá. VA...Virtualmente ausente. PR ... Presente. NI ... Não informado. * Valor máximo permitido não estabelecido pela Resolução CONAMA 357/2005 e/ou IAP.
Comentário: Analisando os resultados mostrados no Quadro 46 pode-se dizer que o
efluente da ETE Sul foi decisivo para a piora da qualidade das águas
do corpo receptor (Ribeirão Pinquim). Contribuíram para tal as
concentrações presentes no efluente em níveis superiores aos
desejados dos parâmetros DBO, DQO, Fósforo Total, Nitrogênio
Amoniacal Total, Coliformes Totais e Coliformes Termotolerantes. As
baixas concentrações do parâmetro oxigênio dissolvido no efluente
também contribuíram de forma decisiva para a diminuição da
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concentração do oxigênio dissolvido presente nas águas do corpo
receptor a montante do ponto de lançamento do efluente. Quanto aos
resultados bacteriológicos, a não cloração do efluente contribuiu de
maneira significativa para o aumento das concentrações de Coliformes
Totais e Termotolerantes nas águas do corpo receptor a jusante do
ponto de lançamento do efluente.
O volume médio diário de lodo gerado no processo de tratamento é de 99,21 m³/dia,
com um teor de sólidos de 1%. Após tratamento com cal (calagem), o lodo é
utilizado como adubo na agricultura. Os produtos químicos utilizados na ETE Sul são
a cal, óxido de ferro e polímero. Os consumos mensais destes produtos químicos no
ano de 2010 são discriminados no Quadro 47.
Quadro 47: Consumo Médio Mensal de Produtos Químicos na ETE Sul no Ano de 2010.
Mês Ano 2010 Consumo Mensal de Produto Químico
Cal (Kg) Óxido de Ferro (Kg) Polímero (Kg)
Janeiro 600 0 0
Fevereiro 840 0 0
Março 260 0 0
Abril 720 0 0
Maio 900 0 0
Junho 2.320 0 0
Julho 2.380 0 0
Agosto 580 0 0
Setembro 2.080 0 0
Outubro 420 0 0
Novembro 3.260 0 98
Dezembro 1.140 0 94
Total 15.500 0 192
Média Mensal 1.292
Fonte: SANEPAR – Gerência da Unidade Regional de Maringá.
183
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2.4.8.3. ETE 03 Alvorada
A ETE 03 Alvorada, doravante denominada ETE Alvorada, pertencente ao Sub-
Sistema de Esgotos Sanitários da Bacia do Ribeirão Morangueira, fica localizada
próxima ao Jardim Alvorada e da confluência do Ribeirão Morangueira com o
Ribeirão Água Pirapó. O seu arranjo e capacidade lhe confere, segundo
padronização da SANAPER, uma classificação tipo ETE Classe C.
A ETE Alvorada possui as seguintes unidades:
Caixa de chegada;
Gradeamento mecanizado;
Desarenador;
Calha parshall para medição da vazão afluente à ETE (esgoto bruto);
Reatores anaeróbios de leito fluidizado (RALF);
Leitos de secagem; e
Laboratório.
A ETE Alvorada possui uma vazão de projeto igual a 228,60 L/s e operou no Mês de
Maio de 2011 com uma vazão média mensal de 69,30 L/s ou 30,31% de sua vazão
de projeto. O Quadro 48 mostra para os meses do ano de 2010 e para os meses de
Janeiro a Maio de 2011 as vazões médias mensais de esgoto bruto tratadas na ETE
Alvorada.
184
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Quadro 48: Vazões Médias Mensais de Esgoto Bruto Tratadas na ETE Alvorada do Sub-Sistema de Esgotos Sanitários da Bacia do Ribeirão Alvorada.
Ano Mês Vazão Média Mensal (L/s)
2010
Janeiro 103,63
Fevereiro 107,94
Março 85,63
Abril 80,00
Maio 65,90
Junho 73,55
Julho 67,76
Agosto 67,76
Setembro 74,57
Outubro 70,91
Novembro 70,91
Dezembro 80,55
Média Mensal no Ano de 2010 79,09
2011
Janeiro 80,91
Fevereiro 77,30
Março 78,78
Abril 74,57
Maio 69,30
Média Mensal do Ano de 2011 76,17
Média Mensal de Todo o Período 78,23
Fonte: SANEPAR – Gerência da Unidade Regional de Maringá.
A ETE Alvorada operou no ano de 2010 como uma vazão média mensal de 79,09
L/s e a referente aos meses do ano de 2011 alcançou 76,17 L/s. Em todo o período
(Janeiro/2010 a Maio/2011) a vazão média mensal foi de 78,23 L/s. No ano de 2010
a menor vazão média mensal foi de 65,90 L/s (Maio) e a maior alcançou 107,94 L/s
(Dezembro). Nos cinco primeiros meses de 2011 a menor vazão ocorreu no mês de
Maio com 69,30 L/s e a maior no mês de Janeiro com 204,44 L/s.
O corpo receptor do efluente da ETE Alvorada é o Ribeirão Morangueira,
enquadrado como Corpo de Água Doce, Classe 2. Possui no ponto de lançamento
do efluente da ETE Alvorada uma vazão mínima (Q7,10 ou Q98) igual a 65,00 L/s.
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A SANEPAR monitora o funcionamento da ETE Alvorada através da análise dos
seguintes parâmetros, cuja periodicidade é mensal:
Para o Efluente da ETE: temperatura, pH, DQO, DBO, óleos minerais, óleos
vegetais e gorduras vegetais, sólidos sedimentáveis, sólidos suspensos totais e
fósforo total.
Para as Águas do Corpo Receptor: temperatura, pH, DQO, DBO, sólidos
suspensos, sólidos sedimentáveis e sólidos totais dissolvidos, óleos e graxas,
Fonte: SANEPAR – Gerência da Unidade Regional de Maringá. VMP ... Valor máximo permitido. * Valores máximos permitidos pela Resolução CONAMA 357/2005. ** Valores máximos permitidos pelo IAP – Instituto das Águas do Paraná, Portaria N
o 1014 de 24 de Agosto de
2010 (autorização de uso das águas do Ribeirão Morangueira para o lançamento do efluente da ETE Alvorada).
Resultado Superior ao Valor Máximo Permitido
Quadro 49: Resultados do Monitoramento do Efluente da ETE Alvorada no Ano de 2010 (continuação)
Fonte: SANEPAR – Gerência da Unidade Regional de Maringá. VMP ... Valor máximo permitido. * Valores máximos permitidos pela Resolução CONAMA 357/2005. ** Valores máximos permitidos pelo IAP – Instituto das Águas do Paraná, Portaria N
o 1014 de 24 de Agosto de
2010 (autorização de uso das águas do Ribeirão Morangueira para o lançamento do efluente da ETE Alvorada).
Resultado Superior ao Valor Máximo Permitido
187
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Comentário: Analisando os resultados mostrados no Quadro 49 pode-se dizer que a
ETE Alvorada também não vem operando com a eficiência desejada. Todas as 12
análises mensais realizadas no ano de 2010 para os parâmetros DBO e DQO
superaram o máximo estabelecido pelo IAP – Instituto de Águas do Paraná, quando
da expedição da outorga do uso das águas do Ribeirão Morangueira para o
lançamento do efluente da ETE Alvorada. Esta outorga é objeto da Portaria No 1014
de 24 de Agosto de 2010 do IAP. Quanto aos demais parâmetros analisados, estes
estão em conformidade com a legislação.
Quadro 50: Resultados do Monitoramento das Águas do Corpo Receptor (Ribeirão Morangueira) no Ano de 2010.
Fonte: SANEPAR – Gerência da Unidade Regional de Maringá. VMP...Valor máximo permitido pela Resolução CONAMA 357/2005. VA ...Virtualmente ausente. PR...Presente. NI...Não informado. * Valor máximo permitido não estabelecido pela RC 357/2005 e/ou IAP. Resultado Superior ao Valor Máximo Permitido
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Quadro 50: Resultados do Monitoramento das Águas do Corpo Receptor (Ribeirão Morangueira) no Ano de 2010 (continuação)
Fonte: SANEPAR – Gerência da Unidade Regional de Maringá. VA...Virtualmente ausente. PR ... Presente. NI ... Não informado. * Valor máximo permitido não estabelecido pela Resolução CONAMA 357/2005 e/ou IAP.
Comentário: Analisando os resultados mostrados no Quadro 50 pode-se dizer que o
efluente da ETE Alvorada foi também decisivo para a piora da
qualidade das águas do corpo receptor (Ribeirão Morangueira).
Contribuíram para tal as concentrações presentes no efluente em
níveis superiores aos desejados dos parâmetros DBO, DQO, Fósforo
Total, Nitrogênio Amoniacal Total, Coliformes Totais e Coliformes
189
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Termotolerantes. As baixas concentrações do parâmetro oxigênio
dissolvido no efluente também contribuíram de forma decisiva para a
diminuição da concentração do oxigênio dissolvido presente nas águas
do corpo receptor a montante do ponto de lançamento do efluente.
Quanto aos resultados bacteriológicos, a não cloração do efluente
contribuiu de maneira significativa para o aumento das concentrações
de Coliformes Totais e Termotolerantes nas águas do corpo receptor a
jusante do ponto de lançamento do efluente.
O volume médio diário de lodo gerado no processo de tratamento é de 46,13 m³/dia,
com um teor de sólidos de 1%. Após tratamento com cal (calagem), o lodo é
utilizado como adubo na agricultura. Os produtos químicos utilizados na ETE
Alvorada são a cal e óxido de ferro. Os consumos mensais dos produtos químicos
em 2010 são discriminados no Quadro 51.
Quadro 51: Consumo Médio Mensal de Produtos Químicos na ETE Alvorada no Ano de 2010.
Mês Ano 2010 Consumo Mensal de Produto Químico
Cal (Kg) Óxido de Ferro (Kg)
Janeiro 3.900 250
Fevereiro 4.430 250
Março 3.400 325
Abril 3.040 325
Maio 3.580 400
Junho 3.320 400
Julho 4.040 325
Agosto 5.600 375
Setembro 5.060 375
Outubro 4.000 200
Novembro 4.100 375
Dezembro 4.080 375
Total 48.550 3.975
Média Mensal 4.046 331
Fonte: SANEPAR – Gerência da Unidade Regional de Maringá.
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2.4.9. Licenciamento Ambiental
Todas as estações de tratamento do Sistema de Esgotos Sanitários da Cidade de
Maringá possuem licença ambiental de operação, documento este emitido pelo IAP
– Instituto das Águas do Paraná, quais sejam:
ETE 01 Mandacarú: Portaria IAP No 1.013 de 24 de Agosto de 2010, com prazo
de validade de 2 (dois) anos.
ETE 02 Sul: Portaria IAP No 1.015 de 24 de Agosto de 2010, com prazo de
validade de 2 (dois) anos.
ETE 03 Morangueira: Portaria IAP No 1.014 de 24 de Agosto de 2010, com
prazo de validade de 2 (dois) anos.
2.4.10. Volumes de Esgoto Faturado
Os volumes mensais de esgoto faturado no ano de 2010 e nos primeiros cinco
meses do ano de 2011 são discriminados no Quadro 52. O volume total faturado de
esgoto no ano de 2010 alcançou 20.174.151 m³, com uma média mensal de
1.681.179 m³. Nos primeiros cinco meses do ano de 2011 o volume total de esgoto
faturado foi de 8.725.578 m³, com uma média mensal de 1.745.116 m³. O volume
médio mensal no ano de 2011 cresceu 3,81% em relação a média mensal do ano de
2010.
Fazendo uma comparação do volume médio mensal com os quantitativos de
ligações prediais e economias, temos os seguintes números:
Para o Ano de 2010
Número de ligações prediais (dado de Dezembro/2010): 79.378 unidades
Número de economias (dado de Dezembro/2010): 115.441 unidades
Volume médio mensal de esgoto faturado (média ano 2010): 1.681.179 m³
Volume médio mensal faturado de esgoto por ligação predial: 21,18
m³/ligação/mês
191
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Volume médio mensal faturado de esgoto por economia: 14,56
m³/economia/mês
Para o Ano de 2011
Número de ligações prediais (dado de Maio/2011): 81.689 unidades
Número de economias (dado de Maio/2011): 118.157 unidades
Volume médio mensal de esgoto faturado (média ano 2011): 1.745.116 m³
Volume médio mensal faturado de esgoto por ligação predial: 21,36
m³/ligação/mês
Volume médio mensal faturado de esgoto por economia: 14,77
m³/economia/mês
Quadro 52: Volumes de Esgoto Faturado no Sistema de Esgotos Sanitários da Cidade de Maringá no Ano de 2010 e nos Meses de Janeiro a Maio de 2011.
Ano Mês Volume Mensal Faturado (m³)
2010
Janeiro 1.642.329
Fevereiro 1.588.641
Março 1.661.445
Abril 1.683.665
Maio 1.629.823
Junho 1.598.806
Julho 1.658.435
Agosto 1.682.674
Setembro 1.792.578
Outubro 1.730.028
Novembro 1.763.761
Dezembro 1.741.966
Total Ano 2010 20.174.151
Média Mensal Ano 2010 1.681.179
2011
Janeiro 1.722.170
Fevereiro 1.712.580
Março 1.766.698
Abril 1.772.911
Maio 1.751.219
Total Ano 2011 8.725.578
Média Mensal Ano 2011 1.745.116
Fonte: SANEPAR – Gerência da Unidade Regional de Maringá.
192
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2.4.11. Programa de Identificação e Eliminação de Ligações Irregulares de
Esgoto
A SANEPAR implantou nos sistemas de esgotos sanitários por ela operados no
Estado do Paraná o “Programa Se Ligue na Rede”, apresentado na Figura 88, que
tem por objetivo prevenir passivos de ligações domiciliares de esgoto. É através
deste programa que a estatal atua de forma rigorosa no sentido de conscientizar a
população para que esta ligue corretamente seus esgotos na rede coletora ou corrija
as irregularidades das caixas de esgoto.
Figura 88: Instruções para Executar e/ou Regularizar as Ligações Prediais de Esgoto –
“Programa Se Ligue na Rede”. Fonte: SANEPAR – Gerência da Unidade Regional de Maringá.
As vistorias são feitas em imóveis residenciais, comerciais e industriais. No período
de 2006 a Dezembro de 2010 estas vistorias foram direcionadas para a Região das
Microbacias dos Ribeirões Mandacarú e Morangueira, contribuintes do Rio Parapó, a
montante do ponto de captação da SANEPAR para o suprimento de água potável.
Neste período foram feitas vistorias em 50.233 imóveis, dos quais 15.370 (30,60%)
encontravam-se irregulares. A maioria das irregularidades (91%) foram encontradas
193
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nas caixas de gorduras e nas caixas de inspeção de esgoto, o restante (9%) eram
ligações clandestinas de galerias de águas pluviais na rede coletora de esgoto.
2.4.12. Pontos Críticos no Sistema de Coleta de Esgoto
A rede coletora de esgoto na Cidade de Maringá possui alguns pontos críticos, os
quais estão sendo monitorados pela SANEPAR no sentido de identificar quais as
soluções operacionais que mais se adaptam as condições locais. A relação destes
pontos críticos é mostrada no Quadro 53.
Quadro 53: Relação dos Principais Pontos Críticos Existentes no Sistema de Coleta de Esgotos.
Número Localização do Ponto crítico
1 Zona 01 – Centro – Q22 DT 01 a 22 entre a Av. Duque de Caxias, Av. Herval, Rua Santos Dumont e Rua Neo Alves Martins
2 Zona 01 – Centro – Q41 DT 01 a 06 entre a Av. Brasil e Rua Otávio Perioto
3 Zona 04 – Q48 DT 11, 12, 13, 15, 16, 17, 18 a 01 entre as Ruas Fernão Dias Carneiro Leão, José de Alencar e Parigot de Souza
4 Zona 07 – Q115 e 116 – Av. Pedro Taques entre a Rua Santo Antonio e a Av. Colombo
5 Zona 07 – Q5, 6 , 13, 14 e 21 – Av. Bento Munhoz da Rocha Neto
6 Zona 07 – Q31, 32, 33 e 34 – Rua Demétrio Ribeiro
7 Zona 03 – Q96 e 103 – Av. Laguna
8 Zona 04 – Q55 DT 18 – Av. Nobrega e Rua Nilo Peçanha (Country Clube Maringá)
9 Conjunto Guararapes – Q7 Lt 566 e Lt 567 D – Rua Dom Pedro I
10 Jardim da Glória – Q7 DT 01 a 13 – Rua Frei Caneca
11 Jardim da Glória – Q5 DT 07 a 17 – Av. Guaiapó
12 Zona 08 – Q06 a 16 – Av. Monteiro Lobato
13 Parque das Laranjeiras – Av. Mandacarú (HU)
14 Vila Progresso – Av. Mandacarú (Distrito Policial)
15 Jardim Social
16 Jardim Alvorada – Rua Leonor de Held e Rua Rio Grande do Norte
17 Jardim Batel – Rua Rio São Francisco e Rua Guarino Basseto
18 Jardim São Jorge – Rua Frederico Ozana
19 Zona 05 – Q86 e 87C DT 06 a 06D – Av. Teixiera Mendes e Rua Rangel Canno
Fonte: SANEPAR – Gerência da Unidade Regional de Maringá.
194
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2.4.13. Serviços de Manutenção na Rede Coletora e nos Ramais Prediais
No ano de 2010 foram realizados pela SANEPAR um total de 5.175 serviços de
manutenção na rede coletora e nos ramais prediais do Sistema de Esgotos
Sanitários da Cidade de Maringá/PR, uma média de 431 serviços por mês.
No ano de 2011 foram 2.798 serviços, uma média de 560 serviços por mês, ou seja,
um incremento de 30% em relação a média do ano de 2010. Os quantitativos
mensais destes serviços realizados no ano de 2010 e nos primeiros cinco meses do
ano de 2011 são mostrados no Quadro 54.
Quadro 54: Quantitativos dos Serviços de Manutenção na Rede Coletora e nos Ramais Prediais do Sistema de Esgotos Sanitários da Cidade de Maringá/PR nos Anos de 2010 e 2011.
Ano Mês Quantitativo de Serviços
2010
Janeiro 299
Fevereiro 387
Março 352
Abril 355
Maio 342
Junho 349
Julho 461
Agosto 435
Setembro 505
Outubro 593
Novembro 557
Dezembro 540
Total Ano 2010 5.175
Média Mensal Ano 2010 431
2011
Janeiro 578
Fevereiro 503
Março 461
Abril 413
Maio 412
Total Ano 2011 2.798
Média Ano 2011 560
195
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2.4.14. População Atendida
A população urbana atendida com serviços de esgoto no Município de Maringá/PR
considerando os dados do ano de 2010 é de 300.618 habitantes, o que significa uma
cobertura em esgoto de 85,73% assim calculado:
População urbana (dado Censo IBGE 2010): 350.653 habitantes
Taxa de ocupação domiciliar (dado Censo IBGE 2010): 3,00 habitante/domicílio
Número de economias tipo residenciais em Dezembro de 2010: 100.206
unidades
População urbana atendida com serviços de esgoto: (100.206 x 3,00) =
300.618 hab.
Cobertura em esgoto: [(300.618/350.653) x 100] = 85,73%.
A população urbana do Município de Maringá/PR atendida com serviços de esgoto
no período de 2005 a 2010, segundo dados disponibilizados pela SANEPAR, é
mostrada no Quadro 59. Pelos números apresentados percebe-se, para o ano de
2010, uma diferença entre a população urbana atendida com Serviços de Esgoto
calculada pela SANEPAR e pela Consultora AMPLA utilizando os dados oficiais do
Censo 2010 IBGE.
Quadro 55: População Urbana Atendida com Serviços de Esgoto no Município de Maringá no Período 2005 à 2010.
Ano
População Urbana
(habitantes) Cobertura
(%)
No de
Economias
Residenciais
Taxa de Ocupação
Adotada
(hab./dom.) Total Atendida
2005 315.558 227.622* 72,13* 71.182* 3,1977*
2006 322.283 245.366* 76,13* 77.084* 3,1831*
2007 329.152 258.307* 78,48* 81.906* 3,1537*
2008 336.167 297.950* 88,63* 86.932* 3,4274*
2009 343.332 304.341* 88,64* 93.500* 3,2550*
2010 350.653** 324.108* 92,43*
100.206* 3,1977*
300.618*** 85,73*** 3,0062**
* Dados SANEPAR. ** Dados IBGE Censo 2010. *** Cálculo Consultora AMPLA.
196
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2.4.15. Pontos Fortes e Pontos Fracos do Sistema de Esgoto Existente
2.4.15.1. Pontos Fortes
Uma avaliação sucinta do Sistema de Esgotos Sanitários da Cidade de Maringá/PR
permite citar como pontos fortes:
Não existência de estações elevatórias no sistema de coleta e transporte dos
esgotos até as unidades de tratamento (ETE´s), um caso digno de ser citado;
Alto índice de cobertura em esgoto, alcançando em Dezembro de 2010 o
percentual de 85,73%. Apenas para fins de comparação, a atual cobertura em
esgoto na Cidade de Maringá (dado Dezembro 2010) supera a média nacional
em 34,73 pontos percentuais (a média nacional em coleta de esgoto está em
torno de 51,00%);
Uma boa estrutura em termos de pessoal e equipamentos para as atividades
de operação e manutenção do sistema;
Existência de rede coletora dupla em todos os arruamentos, o que facilita os
trabalhos de manutenção (evita, por exemplo, interromper o trânsito para a
execução dos trabalhos de manutenção), não danifica a pavimentação dos
arruamentos cujos serviços de repavimentação tem alto custo, a rede coletora
está assentada em profundidades menores, maior simplificação dos serviços
de execução de ligações prediais, e permite atender um aumento das vazões
de contribuição por um possível acréscimo da densidade populacional não
prevista quando da elaboração do projeto sem a necessidade de implantar rede
complementar;
Existência de cadastro informatizado atualizado das tubulações de esgoto e
suas respectivas ligações prediais;
Existência de um programa de identificação e eliminação de ligações
irregulares de esgoto; e
Todo o esgoto coletado é 100% tratado (a média nacional é da ordem de 35%);
A SANEPAR possui outorga do uso das águas dos corpos receptores de todas
as estações de tratamento de esgoto, emitidas pelo IAP – Instituto das Águas
do Paraná; e
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A SANEPAR possui licença ambiental de operação do Sistema de Esgotos
Sanitários da Cidade de Maringá, abrangendo todos os três sub-sistemas
independentes.
2.4.15.2. Pontos Fracos
Como pontos fracos do Sistema de Esgotos Sanitários da Cidade de Maringá/PR
podemos citar:
Existência de uma expressiva extensão de rede coletora em tubos de cimento
amianto,
Totalizando 96.331 metros, que deverá ser substituída;
Existência de 8.032 metros de rede coletora constituída de tubos com diâmetro
inferior a 150 mm, que deverá ser substituída devido aos freqüentes problemas
de entupimento;
Mau estado de conservação das estações de tratamento de esgoto (ETE´s);
A ETE Mandacarú não vem operando com a eficiência desejada, uma vez que
todos os resultados mensais do ano de 2010 para o efluente desta Unidade de
Tratamento de Esgoto apresentaram valores de DBO e DQO superiores ao
máximo estabelecido pelo IAP – Instituto de Águas do Paraná, quando da
expedição da outorga do uso das águas do Ribeirão Mandacarú para o
lançamento do efluente da ETE Mandacarú. Esta outorga é objeto da
PORTARIA No 1013 datada de 24 de Agosto de 2010 do IAP. Para o parâmetro
Sólidos Sedimentáveis um total de 8 (67%) das 12 análises mensais realizadas
no ano de 2010 também apresentaram resultados em desconformidade com a
legislação, apesar de não em valores significativos;
O efluente da ETE Mandacarú foi decisivo para a piora da qualidade das águas
do corpo receptor (Ribeirão Mandacarú) segundo os dados mensais analisados
para o ano de 2010. Contribuíram para tal as concentrações presentes no
efluente em níveis superiores aos desejados dos parâmetros DBO, DQO,
Fósforo Total, Nitrogênio Amoniacal, Coliformes Totais e Coliformes
Termotolerantes. As concentrações do parâmetro oxigênio dissolvido no
efluente contribuíram também de forma decisiva para a diminuição da
198
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concentração do oxigênio dissolvido presente nas águas do corpo receptor a
montante do ponto de lançamento do efluente. Quanto aos resultados
bacteriológicos, a não cloração do efluente contribuiu de maneira significativa
para o aumento das concentrações de Coliformes Totais e Termotolerantes nas
águas do corpo receptor a jusante do ponto de lançamento do efluente;
A ETE Sul também não vem operando com a eficiência desejada. Das 12
análises mensais realizadas no ano de 2010 para o efluente desta Unidade de
Tratamento de Esgoto, em 7 (58%) delas os valores de DBO superaram o
máximo estabelecido pelo IAP – Instituto de Águas do Paraná, quando da
expedição da outorga do uso das águas do Ribeirão Pinquim para o
lançamento do efluente da ETE Sul. Esta outorga é objeto da Portaria No 1015
de 24 de Agosto de 2010 do IAP. Quanto ao parâmetro DQO, um total de 9
(75%) das 12 análises mensais realizadas no ano de 2010 apresentaram
resultados acima do estabelecido pelo IAP;
Pode-se dizer que o efluente da ETE Alvorada foi também decisivo para a piora
da qualidade das águas do corpo receptor (Ribeirão Morangueira).
Contribuíram para tal as concentrações presentes no efluente em níveis
superiores aos desejados dos parâmetros DBO, DQO, Fósforo Total,
Nitrogênio Amoniacal Total, Coliformes Totais e Coliformes Termotolerantes.
As baixas concentrações do parâmetro oxigênio dissolvido no efluente também
contribuíram de forma decisiva para a diminuição da concentração do oxigênio
dissolvido presente nas águas do corpo receptor a montante do ponto de
lançamento do efluente. Quanto aos resultados bacteriológicos, a não cloração
do efluente contribuiu de maneira significativa para o aumento das
concentrações de Coliformes Totais e Termotolerantes nas águas do corpo
receptor a jusante do ponto de lançamento do efluente;
Pode-se dizer que a ETE Alvorada também não vem operando com a eficiência
desejada. Todas as 12 (100%) análises mensais realizadas no ano de 2010
para os parâmetros DBO e DQO superaram o máximo estabelecido pelo IAP –
Instituto de Águas do Paraná, quando da expedição da outorga do uso das
águas do Ribeirão Morangueira para o lançamento do efluente da ETE
Alvorada. Esta outorga é objeto da Portaria No 1014 de 24 de Agosto de 2010
do IAP;
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O efluente da ETE Alvorada foi também decisivo para a piora da qualidade das
águas do corpo receptor (Ribeirão Morangueira). Contribuíram para tal as
concentrações presentes no efluente em níveis superiores aos desejados dos
Cobertura em esgoto: [(304.627/349.120) x 100] = 87,26%.
Salienta-se que no quantitativo da população urbana total estão também
contabilizadas as populações de três distritos localizados na área rural, quais sejam:
Iguatemi, Floriano e São Domingos. Oficialmente estes distritos fazem parte da área
urbana do Município de Maringá/PR, tanto que eles são denominados de distritos
urbanos.
Os distritos urbanos supra mencionados, apesar de possuírem todos uma cobertura
em água de 100%, não possuem sistema público de esgotamento sanitário. Isto faz
248
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com que descontadas as suas populações, a cobertura em esgoto na área urbana
da Sede do Município de Maringá seja de 89,52% assim calculada:
População urbana total do município (dado Censo IBGE 2010): 349.120
habitantes
População total dos distritos urbanos existentes: 8.822 habitantes
População urbana da Sede do Município (dado Censo IBGE 2010): (349.120 –
8.822) = 340.298 habitantes
População urbana da Sede do Município atendida com serviços de esgoto:
304.627 habitantes
Cobertura em esgoto na Sede do Município: [(304.627/340.298) x 100] =
89,52%.
A cobertura em esgoto – CBE ao longo do tempo é o indicador utilizado para
verificar o atendimento ao registro de universalização dos serviços. Esta cobertura é
calculada anualmente pela seguinte expressão:
CBE = (NIL x 100)/NTE, onde:
CBE = cobertura pela rede coletora de esgoto, em porcentagem;
NIL = número de imóveis ligados à rede coletora de esgoto; e
NTE = número total de imóveis edificados na área de prestação dos serviços.
Na determinação do número total de imóveis edificados na área de prestação dos
serviços – NTE, não serão considerados os imóveis que não estejam ligados à rede
coletora, tais como aqueles localizados em loteamentos cujos empreendedores
estiverem inadimplentes com suas obrigações perante a legislação vigente, a
Prefeitura Municipal, a Operadora dos Serviços e demais poderes constituídos.
Na quantificação do número total de imóveis ligados à rede coletora de esgoto – NIL,
não serão considerados os imóveis ligados às redes que não estejam conectadas a
coletores tronco, interceptores ou outros condutos de transporte dos esgotos a uma
instalação adequada de tratamento. Não serão considerados ainda, os imóveis cujos
249
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proprietários se recusem formalmente a ligarem seus imóveis ao sistema público de
esgotos sanitários.
Conforme já mencionado anteriormente, no Município de Maringá fazem parte da
área urbana, além da própria Sede, três distritos localizados na área rural que não
são atendidos com serviço de esgoto.
Desta forma, as metas de cobertura em esgoto propostas para serem cumpridas ao
longo do período de planejamento do PMAE – 30 anos (2012 a 2041) serão
diferenciadas, ou seja, serão metas específicas para a Sede do Município e para os
distritos urbanos, conforme mostrado no Quadro 77 apresentado a seguir.
Quadro 77: Metas de Cobertura em Esgoto – CBE Projetadas para a Cidade de Maringá – Sede do Município e para os Distritos Urbanos ao Longo do Período de Planejamento do PMAE.
Ano Metas de Cobertura em Esgoto – CBE Propostas pelo PMAE (%)
Para a Sede do Município Para os Distritos Urbanos 4
2010 89,52 1
–
2011 90,00 –
2012 2
90,50 –
2013 91,00 –
2014 91,50 –
2015 92,00 50,00
2016 93,00 55,00
2017 94,00 60,00
2018 95,00 65,00
2019 95,00 70,00
2020 a 20413
95,00 70,00
1 Cobertura existente considerando apenas a população urbana da Sede do Município – Cidade de Maringá.
2 Ano de início do período de planejamento do PMAE.
3 Ano de final do período de planejamento do PMAE.
4 Distritos Urbanos de Iguatemi, Floriano e São Domingos.
7.1.2. Eficiência do Tratamento de Esgoto (IQE)
Todo o esgoto coletado deverá ser adequadamente tratado de modo a atender a
legislação vigente e as condições locais. A qualidade dos efluentes lançados nos
cursos de água naturais será medida pelo Índice de Qualidade do Efluente (IQE).
250
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O IQE será mensurado a partir de princípios estatísticos que privilegiam a
regularidade da qualidade dos efluentes lançados nos corpos receptores, sendo o
seu valor final pouco afetado por resultados que apresentem pequenos desvios em
relação aos limites fixados.
Assim, para o cálculo do IQE será usado o resultado das análises laboratoriais das
amostras de efluentes coletados no conduto de descarga final da estação de
tratamento de esgoto (ETE), obedecendo um programa de coleta que atenda a
legislação vigente, e seja representativa para o cálculo estatístico adiante definido. A
freqüência de apuração do IQE será mensal, utilizando os resultados das análises
efetuadas nos últimos 3 (três) meses.
Para apuração do valor do IQE, o sistema de controle de qualidade dos efluentes a
ser implantado pela Operadora dos Serviços de Esgoto deverá incluir um sistema de
coleta de amostras e de execução de análises laboratoriais que permitam o
levantamento dos dados necessários, além de atender a legislação vigente.
O IQE será calculado como a média ponderada das probabilidades de atendimento
da condição exigida para cada um dos parâmetros constantes do Quadro 78,
considerados os respectivos pesos, sendo que a probabilidade de atendimento de
cada um dos parâmetros será obtida através da teoria da distribuição normal ou de
Gauss.
Quadro 78: Condições Exigidas para os Parâmetros no Cálculo do IQE.
Parâmetro Símbolo Condição Exigida Peso
Materiais sedimentáveis SS Menor que 0,1 ml/l 1 0,35
Substâncias solúveis em hexana SH Menor que 100 mg/L 0,30
DBO DBO Menor que 60 mg/l 2 0,35
1 Em teste de uma hora em Cone Imhoff.
2 DBO de 05 dias a 20º C (DBO5,20).
Determinada a probabilidade de atendimento para cada parâmetro, o IQE será
obtido através da seguinte expressão:
IQE = 0,35 x P (SS) + 0,30 x P (SH) + 0,35 x P (DBO) em %, onde:
251
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P(SS): Probabilidade de que seja atendida a condição exigida para materiais
sedimentáveis;
P(SH): Probabilidade de que seja atendida a condição exigida para substâncias
solúveis em hexana; e
P(DBO): Probabilidade de que seja atendida a condição exigida para a demanda
bioquímica de oxigênio.
A apuração mensal do IQE não isenta a Operadora da obrigação de cumprir
integralmente o disposto na legislação vigente, nem de suas responsabilidades
perante outros órgãos fiscalizadores. A meta a ser cumprida, desde o início de
operação do sistema, é IQE = 95%.
7.1.3. Índice de Conformidade do Esgoto Tratado - ICE
Para avaliar a conformidade do esgoto tratado é utilizado o Índice de Conformidade
de Esgoto Tratado (ICE), onde são avaliados os parâmetros estipulados pela
legislação ambiental apontados no licenciamento da unidade de tratamento esgotos.
Visando identificar a conformidade do esgoto tratado com os padrões a serem
seguidos, o ICE, sintetiza de maneira percentual o número de parâmetros analisados
que atendem os limites estipulados pela legislação ambiental em vigor.
Para se obter o índice, devem ser listados os parâmetros que serão analisados. Com
a análise obtida, avalia-se o atendimento ao padrão em questão. Por fim, o índice é
obtido através do cálculo percentual entre o número total de amostras que
atenderam ao padrão e o número total de amostras analisadas.
Será, utilizado a seguinte expressão como forma de sintetizar o cálculo:
ICE = (NTAAAP / NTAA)x100
Onde:
ICE – Índice de Conformidade do Esgoto Tratado;
NTAAAP – Número Total de Amostras Analisadas que Atenderam ao Padrão;
252
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NTAA – Número Total de Amostras Analisadas.
Este índice deve ser obtido mensalmente. Os valores a serem atingidos ao longo do
período do Plano são mostrados no Quadro 79.
Quadro 79: Metas do ICE.
Ano Meta do ICE (%)
1 Medição inicial
2 Incremento necessário para atingir 90%, se inferior a este percentual
3 em diante Incremento de 1% ao ano, até atingir e manter, no mínimo, 90%
7.2. PROJEÇÃO DAS VAZÕES DE ESGOTO
Para identificação das necessidades futuras de ampliação/otimização dos
componentes do sistema de esgotos sanitários, serão utilizados os dados referentes
ao levantamento e diagnóstico da situação atual, das evoluções populacionais
previstas ao longo do período de planejamento e do percentual de cobertura fixado,
sendo necessário, ainda, definir a produção per capita de esgoto e os parâmetros
normatizados, o que será feito a seguir.
7.2.1. Produção per Capita de Esgoto (qe)
O volume per capita de esgoto gerado por habitante é calculado em função do valor
do consumo médio per capita de água.
O histórico dos dados operacionais existentes dos Serviços de Água no Município de
Maringá identifica um valor atual para o consumo médio per capita de água igual a
158 L/hab.dia (per capita líquido, sem as perdas de água no sistema de distribuição
e incluindo os consumos comerciais, industriais e públicos).
A fórmula para o cálculo do volume médio per capita de esgoto é a seguinte:
P = Q x C (L/hab.dia), onde:
253
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P: Produção média diária per capita de esgoto em L/hab.dia
Q: Consumo médio diário per capita de água em L/hab.dia
C: Coeficiente de retorno = 0,80
Portanto: P = 158 L/hab.dia de água x 0,80 = 126,40 L/hab.dia.
7.2.2. Parâmetros Normatizados
Coeficiente de Retorno (C)
É o valor do consumo de água que retorna como esgoto na rede coletora. Será
adotado o valor previsto em norma, ou seja: C = 0,80.
Coeficientes de Variação de Vazão
Para os coeficientes de variação de vazão estão sendo adotados os valores
preconizados por norma, quais sejam:
- Coeficiente de variação máxima diária (K1) = 1,20
- Coeficiente de variação máxima horária (K2) = 1
Vazão de Infiltração Unitária (qi)
Foi adotado para a vazão de infiltração unitária o valor normalmente adotado para a
região, ou seja: qi = 0,05 L/s.km.
254
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7.3. PROJEÇÃO DA QUANTIDADE DE LIGAÇÕES E DE EXTENSÕES DE REDES
DE ESGOTO
7.3.1. População Urbana Atendida
A população urbana atendida com serviços de esgoto é de 304.627 habitantes
(Base Dezembro 2010), o que corresponde a um índice de cobertura igual a 87,26%;
descontadas as populações dos distritos urbanos, que não são atendidos com
serviço de esgotamento, a cobertura em esgoto da Sede do município, cuja
população urbana é de 340.298 habitantes (dado Censo IBGE 2010), passa de
87,26% para 89,52%.
Desta forma, a população urbana do município a ser atendida com serviços de
esgoto ao longo do período de planejamento do PMAE foi projetada conforme os
seguintes critérios:
inicialmente foi montado o Quadro 80 contendo a projeção das populações
urbanas total e atendida apenas para a Sede do Município de Maringá,
calculadas utilizando as coberturas propostas;
em seguida foi elaborado o Quadro 81 abrangendo, individualmente, a projeção
das populações total e atendida para os distritos urbanos, calculadas utilizando
as respectivas coberturas propostas; e
finalmente foi criado o Quadro 82 englobando as projeções das populações
urbanas total e atendida com serviços de esgoto na Sede do Município e nos
distritos urbanos.
A projeção populacional foi elaborada pela empresa DRZ, sendo sua utilização
autorizada e indicada pela Administração Municipal.
255
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Quadro 80: Projeção das Populações Urbana e Atendida com Serviços de Esgoto na Sede do Município de Maringá/PR no Período de Planejamento do PMAE.
Ano Cobertura
Adotada (%)
População Urbana da Sede (habitantes)
Total Atendida
2010
89,52 1 340.298
2 304.627
1
2011 90,00 346.818 312.136
2012 3
90,50 353.463 319.884
2013 91,00 360.126 327.715
2014 91,50 366.764 335.589
2015 92,00 373.411 343.538
2016 93,00 380.062 353.458
2017 94,00 386.713 363.510
2018 95,00 393.361 373.693
2019 95,00 400.001 380.001
2020 95,00 406.670 386.337
2021 95,00 413.325 392.659
2022 95,00 419.960 398.962
2023 95,00 426.616 405.285
2024 95,00 433.244 411.582
2025 95,00 439.886 417.892
2026 95,00 446.540 424.213
2027 95,00 453.202 430.542
2028 95,00 459.870 436.877
2029 95,00 466.542 443.215
2030 95,00 473.214 449.553
2031 95,00 479.884 455.890
2032 95,00 486.550 462.223
2033 95,00 493.208 468.548
2034 95,00 499.856 474.863
2035 95,00 506.492 481.167
2036 95,00 513.163 487.505
2037 95,00 519.816 493.825
2038 95,00 526.450 500.128
2039 95,00 533.113 506.457
2040 95,00 539.752 512.764
2041 4
95,00 546.419 519.098 1
Valores realizados. 2
Dado do Censo de 2010 IBGE. 3 Ano de início do período de planejamento do PMAE.
4 Ano de final do período de planejamento do PMAE.
256
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Quadro 81: Projeção das Populações Urbana e Atendida com Serviços de Esgoto nos Distritos Urbanos de Iguatemi, Floriano e São Domingos no Período de Planejamento do PMAE.
Ano Cobertura
Adotada
(%)
População Urbana dos Distritos Urbanos (habitantes)
70,00 11.247 2.182 737 9.163 7.873 1.527 516 9.916 1 Ano de início do período de planejamento do PMAE.
2 Ano de final do período de planejamento do PMAE.
257
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Quadro 82: Projeção das Populações Urbana e Atendida com Serviços de Esgoto no Município de Maringá/PR (Sede + Distritos Urbanos) no Período de Planejamento do PMAE.
Ano População Urbana (habitantes) População Urbana Atendida (hab.) Cobertura
3 Ano de início do período de planejamento do PMAE.
4 Ano de final do período de planejamento do PMAE.
258
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7.3.2. Taxa de Atendimento Populacional por Ligação Predial de Esgoto
O número de habitantes atendidos por ligação predial de esgoto ao longo do período
de planejamento do PMAE, além de quantificar a evolução das ligações a serem
executadas, permitirá estimar, conforme mais adiante exposto, as respectivas
extensões anuais de rede coletora de esgoto, as quais, por sua vez, possibilitarão
calcular as vazões de infiltração.
Na Cidade de Maringá – Sede do Município existia um total de 79.378 ligações
prediais de esgoto (Dado SANEPAR – Base Dezembro 2010), o que resulta numa
taxa de atendimento populacional (TAP) igual a:
TAP = (populacional urbana atendida)/(no total de ligações prediais de esgoto)
TAP = (304.627)/(79.378) = 3,84 habitantes/ligação de esgoto.
Desta forma, o número de ligações prediais de esgoto previstas ao longo do período
de planejamento será obtido pela divisão da população urbana atendida pela taxa de
atendimento populacional (TAP), ou seja:
No de ligações prediais de esgoto = População urbana atendida/3,84 hab./ligação
7.3.3. Taxa de Extensão de Rede Coletora por Ligação Predial
A identificação da extensão da rede coletora de esgoto a ser assentada no período
de planejamento é importante, visto que ela sofrerá infiltrações de água ao longo do
seu traçado, provocando, com isto, um aumento das vazões a serem bombeadas
pelas estações elevatórias, levando em conseqüência, também, a um aumento da
vazão de esgoto a ser tratada na ETE.
Segundo dados fornecidos pela SANEPAR, a rede coletora de esgoto existente na
Cidade de Maringá – Sede do Município tem uma extensão total de 1.057.884 m
(Dado SANEPAR – Base Dezembro 2010), estando conectadas a esta um total de
79.378 ligações prediais de esgoto.
259
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Com base nestes dados obtém-se a seguinte taxa de extensão de rede coletora por
ligação predial de esgoto (TEL):
TEL = (1.057.884 metros)/(79.378 ligações) = 13,33 metros/ligação.
A partir dos valores identificados para a TAP e para a TEL, foi possível então estimar
o número de ligações prediais e a extensão de rede coletora ao longo do período de
planejamento do PMAE.
É importante mencionar que a SANEPAR tem como norma assentar a rede coletora
de esgoto nos passeios, comumente chamada de rede dupla. No cadastro da rede
coletora de esgoto existente na Cidade de Maringá, fornecido pela SANEPAR, isto
ficou claramente constatado. Saliente-se que na extensão total da rede coletora de
esgoto hoje existente na área urbanizada do Município de Maringá já está
considerada esta duplicidade. Assim, tal critério deverá ser obedecido quando da
estimativa das extensões futuras de rede coletora ao longo do período de
planejamento do PMAE.
7.3.4. Quantitativos de Ligações Prediais Projetadas
7.3.4.1. Maringá – Sede do Município
Os quantitativos de ligações prediais de esgoto a serem executadas ao longo do
período de planejamento do PMAE na Cidade de Maringá – Sede do Município são
discriminados no Quadro 83, os quais foram calculados utilizando a taxa de
atendimento populacional (TAP) anteriormente calculada (3,84 habitantes/ligação).
260
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Quadro 83: Número de Ligações Prediais de Esgoto Previstas no Período de Planejamento do Plano Municipal de Saneamento – PMAE para a Sede do Município – Cidade de Maringá.
Ano População Urbana
Atendida (habitantes)
Número de Ligações Prediais
Total Incremento
Anual Acumulado
2010 304.627 1
79.378 1
– –
2011 312.136 81.285 1.907 1907
2012 2
319.884 83.303 2.018 3.925
2013 327.715 85.342 2.039 5.964
2014 335.589 87.393 2.051 8.015
2015 343.538 89.463 2.070 10.085
2016 353.458 92.046 2.583 12.668
2017 363.510 94.664 2.618 15.286
2018 373.693 97.316 2.652 17.937
2019 380.001 98.959 1.643 19.580
2020 386.337 100.609 1.650 21.230
2021 392.659 102.255 1.646 22.877
2022 398.962 103.896 1.641 24.518
2023 405.285 105.543 1.647 26.165
2024 411.582 107.183 1.640 27.804
2025 417.892 108.826 1.643 29.448
2026 424.213 110.472 1.646 31.094
2027 430.542 112.120 1.648 32.742
2028 436.877 113.770 1.650 34.392
2029 443.215 115.421 1.651 36.042
2030 449.553 117.071 1.651 37.693
2031 455.890 118.721 1.650 39.343
2032 462.223 120.371 1.649 40.992
2033 468.548 122.018 1.647 42.639
2034 474.863 123.662 1.645 44.284
2035 481.167 125.304 1.642 45.925
2036 487.505 126.954 1.651 47.576
2037 493.825 128.600 1.646 49.222
2038 500.128 130.242 1.641 50.863
2039 506.457 131.890 1.648 52.511
2040 512.764 133.532 1.642 54.154
2041 3 519.098 135.182 1.649 55.803
1 Valores realizados.
2 Ano de início do período de planejamento.
3 Ano de final do período de planejamento.
261
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7.3.4.2. Distritos Urbanos
Os quantitativos de ligações prediais de esgoto a serem executadas ao longo do
período de planejamento do PMAE nos distritos urbanos são discriminados no
Quadro 84, os quais foram calculados tendo como referência a mesma taxa de
atendimento populacional (TAP) utilizada para calcular as ligações prediais de
esgoto para a Sede do Município – Cidade de Maringá.
262
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Quadro 84: Número de Ligações Prediais de Esgoto Previstas no Período de Planejamento do Plano Municipal de Saneamento – PMAE para os Distritos Urbanos.
Ano População Urbana Atendida (hab.) Número de Ligações Prediais
Iguatemi Floriano São Domingos Iguatemi Floriano São Domingos Soma
2010 – – – – – – –
2011 – – – – – – –
2012 1
– – – – – – –
2013 – – – – – – –
2014 – – – – – – –
2015 3.843 746 252 1.001 194 66 1.261
2016 4.302 835 282 1.120 217 73 1.411
2017 4.776 927 313 1.244 241 82 1.567
2018 5.263 1.021 345 1.371 266 90 1.726
2019 5.763 1.118 378 1.501 291 98 1.890
2020 5.859 1.137 384 1.526 296 100 1.922
2021 5.955 1.155 390 1.551 301 102 1.953
2022 6.051 1.174 397 1.576 306 103 1.985
2023 6.147 1.192 403 1.601 310 105 2.016
2024 6.242 1.211 409 1.626 315 107 2.047
2025 6.338 1.230 415 1.651 320 108 2.079
2026 6.434 1.248 422 1.676 325 110 2.110
2027 6.530 1.267 428 1.701 330 111 2.142
2028 6.626 1.285 434 1.726 335 113 2.173
2029 6.722 1.304 441 1.751 340 115 2.205
2030 6.818 1.323 447 1.776 345 116 2.236
2031 6.914 1.341 453 1.801 349 118 2.268
2032 7.010 1.360 459 1.826 354 120 2.299
2033 7.106 1.379 466 1.851 359 121 2.331
2034 7.202 1.397 472 1.876 364 123 2.362
2035 7.297 1.416 478 1.900 369 124 2.393
2036 7.393 1.434 485 1.925 373 126 2.425
2037 7.489 1.453 491 1.950 378 128 2.457
2038 7.585 1.472 497 1.975 383 129 2.488
2039 7.681 1.490 503 2.000 388 131 2.519
2040 7.777 1.509 510 2.025 393 133 2.551
2041 2 7.873 1.527 516 2.050 398 134 2.582
1 Ano de início do período de planejamento.
2 Ano de final do período de planejamento.
263
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7.3.4.3. Total – Sede do Município + Distritos Urbanos
Os quantitativos de ligações prediais de esgoto a serem executados ao longo do
período de planejamento do PMAE, considerando num todo a Sede do Município –
Cidade de Maringá e os distritos urbanos, são discriminados no Quadro 85
apresentado a seguir.
264
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Quadro 85: Incremento do Número de Ligações Prediais de Esgoto Previsto para a Sede do Município – Cidade de Maringá e Distritos Urbanos
Ano
Número de Ligações Prediais
Sede Distritos Urbanos Soma
No Ano Acumulado No Ano Acumulado No Ano Acumulado
2010 – – – – – –
2011 1.907 1907 0 0 1.907 1.907
2012 1
2.018 3.925 0 0 2.018 3.925
2013 2.039 5.964 0 0 2.039 5.964
2014 2.051 8.015 0 0 2.051 8.015
2015 2.070 10.085 1.261 1.261 3.331 11.346
2016 2.583 12.668 151 1.411 2.734 14.079
2017 2.618 15.286 155 1.567 2.773 16.853
2018 2.652 17.937 160 1.726 2.812 19.663
2019 1.643 19.580 164 1.890 1.807 21.470
2020 1.650 21.230 32 1.922 1.682 23.152
2021 1.646 22.877 31 1.953 1.677 24.830
2022 1.641 24.518 32 1.985 1.673 26.503
2023 1.647 26.165 31 2.016 1.678 28.181
2024 1.640 27.804 31 2.047 1.671 29.851
2025 1.643 29.448 32 2.079 1.675 31.527
2026 1.646 31.094 32 2.110 1.678 33.204
2027 1.648 32.742 32 2.142 1.680 34.884
2028 1.650 34.392 31 2.173 1.681 36.565
2029 1.651 36.042 32 2.205 1.683 38.247
2030 1.651 37.693 32 2.236 1.683 39.929
2031 1.650 39.343 31 2.268 1.681 41.611
2032 1.649 40.992 32 2.299 1.681 43.291
2033 1.647 42.639 32 2.331 1.679 44.970
2034 1.645 44.284 31 2.362 1.676 46.646
2035 1.642 45.925 31 2.393 1.673 48.318
2036 1.651 47.576 32 2.425 1.683 50.001
2037 1.646 49.222 32 2.457 1.678 51.679
2038 1.641 50.863 32 2.488 1.673 53.351
2039 1.648 52.511 31 2.519 1.679 55.030
2040 1.642 54.154 32 2.551 1.674 56.705
2041 2 1.649 55.803 31 2.582 1.680 58.385
1 Ano de início do período de planejamento.
2 Ano de final do período de planejamento.
265
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7.3.5. Extensões de Rede Coletora Previstas
7.3.5.1. Maringá – Sede do Município
As extensões de rede coletora a serem assentadas ao longo do período de
planejamento do PMAE na Sede do Município – Cidade de Maringá, são
discriminadas no Quadro 86, as quais foram calculadas utilizando a taxa de
extensão de rede coletora por ligação predial de esgoto (TEL) anteriormente
calculada (13,33 metros/ligação).
266
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Quadro 86: Extensões de Rede Coletora de Esgoto Previstas para a Sede do Município de Maringá/PR no Período de Planejamento do PMAE.
Ano Número Total de
Ligações Prediais
Extensão da Rede Coletora (metros)
Total Incremento
No Ano Acumulado
2010 79.378 1
1.057.884 1
0 0
2011 81.285 1.083.529 25.645 25.645
2012 2
83.303 1.110.429 26.900 52.545
2013 85.342 1.137.609 27.180 79.725
2014 87.393 1.164.949 27.340 107.065
2015 89.463 1.192.542 27.593 134.658
2016 92.046 1.226.973 34.431 169.089
2017 94.664 1.261.871 34.898 203.987
2018 97.316 1.297.222 35.351 239.338
2019 98.959 1.319.123 21.901 261.239
2020 100.609 1.341.118 21.995 283.234
2021 102.255 1.363.059 21.941 305.175
2022 103.896 1.384.934 21.875 327.050
2023 105.543 1.406.888 21.954 349.004
2024 107.183 1.428.749 21.861 370.865
2025 108.826 1.450.651 21.902 392.767
2026 110.472 1.472.592 21.941 414.708
2027 112.120 1.494.560 21.968 436.676
2028 113.770 1.516.554 21.994 458.670
2029 115.421 1.538.562 22.008 480.678
2030 117.071 1.560.556 21.994 502.672
2031 118.721 1.582.551 21.995 524.667
2032 120.371 1.604.545 21.994 546.661
2033 122.018 1.626.500 21.955 568.616
2034 123.662 1.648.414 21.914 590.530
2035 125.304 1.670.302 21.888 612.418
2036 126.954 1.692.297 21.995 634.413
2037 128.600 1.714.238 21.941 656.354
2038 130.242 1.736.126 21.888 678.242
2039 131.890 1.758.094 21.968 700.210
2040 133.532 1.779.982 21.888 722.098
2041 3 135.182 1.801.976 21.994 744.092
1 Valores realizados.
2 Ano de início do período de planejamento.
3 Ano de final do período de planejamento.
267
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7.3.5.2. Distritos Urbanos
As extensões de rede coletora a serem assentadas ao longo do período de
planejamento nos distritos urbanos são discriminadas no Quadro 87, as quais foram
calculadas utilizando a mesma taxa de extensão de rede coletora por ligação predial
de esgoto (TEL).
268
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Quadro 87: Extensões de Rede Coletora de Esgoto Previstas para os Distritos Urbanos no Período de Planejamento do PMAE.
Ano Número de Ligações Prediais Extensão de Rede Coletora de Esgoto (m)
Iguatemi Floriano São Domingos Iguatemi Floriano São Domingos Soma
2010 – – – – – – –
2011 – – – – – – –
2012 1
– – – – – – –
2013 – – – – – – –
2014 – – – – – – –
2015 1.001 194 66 13.343 2.586 880 16.809
2016 1.120 217 73 14.930 2.893 973 18.795
2017 1.244 241 82 16.583 3.213 1.093 20.888
2018 1.371 266 90 18.275 3.546 1.200 23.021
2019 1.501 291 98 20.008 3.879 1.306 25.194
2020 1.526 296 100 20.342 3.946 1.333 25.620
2021 1.551 301 102 20.675 4.012 1.360 26.047
2022 1.576 306 103 21.008 4.079 1.373 26.460
2023 1.601 310 105 21.341 4.132 1.400 26.873
2024 1.626 315 107 21.675 4.199 1.426 27.300
2025 1.651 320 108 22.008 4.266 1.440 27.713
2026 1.676 325 110 22.341 4.332 1.466 28.140
2027 1.701 330 111 22.674 4.399 1.480 28.553
2028 1.726 335 113 23.008 4.466 1.506 28.979
2029 1.751 340 115 23.341 4.532 1.533 29.406
2030 1.776 345 116 23.674 4.599 1.546 29.819
2031 1.801 349 118 24.007 4.652 1.573 30.232
2032 1.826 354 120 24.341 4.719 1.600 30.659
2033 1.851 359 121 24.674 4.785 1.613 31.072
2034 1.876 364 123 25.007 4.852 1.640 31.499
2035 1.900 369 124 25.327 4.919 1.653 31.899
2036 1.925 373 126 25.660 4.972 1.680 32.312
2037 1.950 378 128 25.994 5.039 1.706 32.738
2038 1.975 383 129 26.327 5.105 1.720 33.152
2039 2.000 388 131 26.660 5.172 1.746 33.578
2040 2.025 393 133 26.993 5.239 1.773 34.005
2041 2 2.050 398 134 27.327 5.305 1.786 34.418
1 Ano de início do período de planejamento.
2 Ano de final do período de planejamento.
269
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7.3.5.3. Total – Sede do Município + Distritos Urbanos
Os quantitativos de extensões de rede coletora de esgoto a serem executados ao
longo do período de planejamento do PMAE, considerando num todo a Sede do
Município – Cidade de Maringá e os distritos urbanos, são mostrados no Quadro 88
apresentado a seguir.
270
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Quadro 88: Incremento Anual da Rede Coletora de Esgoto Previsto para a Sede do Município – Cidade de Maringá e Distritos Urbanos no Período de Planejamento do PMAE.
Ano
Extensão da Rede Coletora (metros)
Sede Distritos Urbanos Soma
No Ano Acumulado No Ano Acumulado No Ano Acumulado
2010 – – – – – –
2011 25.645 25.645 – – 25.645 25.645
2012 1
26.900 52.545 – – 26.900 52.545
2013 27.180 79.725 – – 27.180 79.725
2014 27.340 107.065 – – 27.340 107.065
2015 27.593 134.658 16.809 16.809 44.402 151.467
2016 34.431 169.089 1.986 18.795 36.417 187.884
2017 34.898 203.987 2.093 20.888 36.991 224.875
2018 35.351 239.338 2.133 23.021 37.484 262.359
2019 21.901 261.239 2.173 25.194 24.074 286.433
2020 21.995 283.234 426 25.620 22.421 308.854
2021 21.941 305.175 427 26.047 22.368 331.222
2022 21.875 327.050 413 26.460 22.288 353.510
2023 21.954 349.004 413 26.873 22.367 375.877
2024 21.861 370.865 427 27.300 22.288 398.165
2025 21.902 392.767 413 27.713 22.315 420.480
2026 21.941 414.708 427 28.140 22.368 442.848
2027 21.968 436.676 413 28.553 22.381 465.229
2028 21.994 458.670 426 28.979 22.420 487.649
2029 22.008 480.678 427 29.406 22.435 510.084
2030 21.994 502.672 413 29.819 22.407 532.491
2031 21.995 524.667 413 30.232 22.408 554.899
2032 21.994 546.661 427 30.659 22.421 577.320
2033 21.955 568.616 413 31.072 22.368 599.688
2034 21.914 590.530 427 31.499 22.341 622.029
2035 21.888 612.418 400 31.899 22.288 644.317
2036 21.995 634.413 413 32.312 22.408 666.725
2037 21.941 656.354 426 32.738 22.367 689.092
2038 21.888 678.242 414 33.152 22.302 711.394
2039 21.968 700.210 426 33.578 22.394 733.788
2040 21.888 722.098 427 34.005 22.315 756.103
2041 2 21.994 744.092 413 34.418 22.407 778.510
1 Ano de início do período de planejamento.
2 Ano de final do período de planejamento.
271
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7.3.6. Ligações Prediais e Extensões de Rede Coletora a Cargo da Operadora e
de Empreendedores
Tendo como referência a visita técnica de campo, bem como informações obtidas
junto a Prefeitura Municipal de Maringá/PR, é possível considerar que cerca de 25%
das novas ligações prediais e de ampliações da rede coletora de esgoto sejam
decorrentes de loteamentos particulares, cabendo, portanto, aos respectivos
empreendedores a responsabilidade de executar as suas expensas tais serviços.
Esta distribuição de responsabilidade será considerada apenas para a área urbana
da Sede do Município.
Dentro deste enfoque, os quantitativos de ligações prediais e extensões de rede
coletora de esgoto anteriormente calculados para a Sede do Município de Maringá
no período de planejamento do PMAE, foram distribuídos num equivalente de 75%
do total previsto para a Operadora e os restantes 25% para os empreendedores,
conforme mostrado nos Quadros 89 (Ligações Prediais) e 90 (Extensão de Rede
Coletora). No Quadro 91 é apresentado um resumo destes quantitativos.
272
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Quadro 89: Incremento Anual do Número de Ligações Prediais de Esgoto Previsto para a Sede do Município – Cidade de Maringá e Distritos Urbanos no Período de Planejamento do PMAE a
Cargo da Operadora e dos Empreendedores.
Ano
Número Previsto de Ligações Prediais de Esgoto (un)
Quadro 90: Incremento Anual da Extensão da Rede Coletora de Esgoto Previsto para a Sede do Município – Cidade de Maringá e Distritos Urbanos no Período de Planejamento do PMAE a
Cargo da Operadora e dos Empreendedores.
Ano
Extensão Prevista de Rede Coletora de Esgoto (metros)
Quadro 91: Resumo dos Quantitativos de Ligações Prediais e de Extensão da Rede Coletora de Esgoto Previsto para a Sede do Município – Cidade de Maringá e Distritos Urbanos no
Período de Planejamento do PMAE a Cargo da Operadora e dos Empreendedores.
Ano Número de Ligações Prediais Extensão da Rede Coletora (m)
7.4. CONCEPÇÃO PROPOSTA PARA SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
A situação atual do atendimento com serviços de esgoto na Sede do Município de
Maringá, a localização geográfica dos distritos urbanos e a otimização na aplicação
dos recursos financeiros necessários, levaram a propor no PMAE a seguinte
concepção para o Sistema de Esgotos Sanitários do Município de Maringá/PR:
Manter a concepção do sistema de esgotamento sanitário existente no
Município de Maringá, o qual é constituído de três sub-sistemas independentes,
funcionando por gravidade;
Implantar um sistema independente de esgotos sanitários para atender
conjuntamente os Distritos Urbanos de Iguatemi e São Domingos, uma vez que
estes estão localizados próximos um do outro. A Estação de Tratamento (ETE)
deverá ficar situada junto a Rodovia Federal BR-376 entre os dois distritos
urbanos; e
Implantar um sistema coletivo independente de esgotos sanitários para atender
o Distrito Urbano de Floriano.
7.4.1. Distribuição da População Urbana Projetada por Sistema
7.4.1.1. Sistema de Esgotos Sanitários da Cidade de Maringá
Uma vez que a Cidade de Maringá – Sede do Município é atendida por três sub-
sistemas de esgotos sanitários independentes, e estando esta concepção mantida
no PMAE, há necessidade de se identificar as populações urbanas atendidas em
cada um deles ao longo do período de planejamento do Plano.
A estratificação da população urbana atendida por sub-sistema independente foi
feita tendo como referência o percentual do número de economias residenciais de
esgoto existentes (Base Dezembro 2010) em cada um deles, conforme o Quadro 92.
276
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A seguir foi aplicado este percentual sobre a população urbana atendida total para a
Cidade de Maringá, já calculada anteriormente. Os resultados deste cálculo são
mostrados no Quadro 93.
Quadro 92: Distribuição Percentual do Número de Economias Residenciais Existentes na Cidade de Maringá por Sub-Sistema Independente de Esgotos Sanitários.
Sub-Sistema Independente N
o de Economias
Residenciais
Participação em
Percentagem (%)
Bacia Ribeirão Mandacarú 40.239 40,16
Bacia Ribeirão Pinguim 32.973 32,91
Bacia Ribeirão Morangueira 26.994 26,93
Soma 100.206 100,00
277
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Quadro 93: População Urbana Atendida por Sub-Sistema Independente de Esgotos Sanitários.
Ano
Pop.
Urbana
Atendida
(hab)
População Atendida por Sub-Sistema (hab)
Bacia Ribeirão
Mandacarú
(40,16%)
Bacia Ribeirão
Pinguim
(32,91%)
Bacia Ribeirão
Morangueira
(26,93%)
2010 304.627 1
122.338 100.253 82.036
2011 312.136 125.354 102.724 84.058
2012 1
319.884 128.465 105.274 86.145
2013 327.715 131.610 107.851 88.254
2014 335.589 134.773 110.442 90.374
2015 343.538 137.965 113.058 92.515
2016 353.458 141.949 116.323 95.186
2017 363.510 145.986 119.631 97.893
2018 373.693 150.075 122.982 100.636
2019 380.001 152.608 125.058 102.334
2020 386.337 155.153 127.144 104.041
2021 392.659 157.692 129.224 105.743
2022 398.962 160.223 131.298 107.440
2023 405.285 162.762 133.379 109.143
2024 411.582 165.291 135.452 110.839
2025 417.892 167.825 137.528 112.538
2026 424.213 170.364 139.608 114.241
2027 430.542 172.906 141.691 115.945
2028 436.877 175.450 143.776 117.651
2029 443.215 177.995 145.862 119.358
2030 449.553 180.540 147.948 121.065
2031 455.890 183.085 150.033 122.771
2032 462.223 185.629 152.118 124.477
2033 468.548 188.169 154.199 126.180
2034 474.863 190.705 156.277 127.881
2035 481.167 193.237 158.352 129.578
2036 487.505 195.782 160.438 131.285
2037 493.825 198.320 162.518 132.987
2038 500.128 200.851 164.592 134.684
2039 506.457 203.393 166.675 136.389
2040 512.764 205.926 168.751 138.087
2041 3
519.098 208.470 170.835 139.793
1 Valor realizado. /
2 Ano de início do período de planejamento. /
3 Ano de final do período de planejamento.
278
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7.4.1.2. Sistema de Esgotos Sanitários dos Distritos Urbanos de Iguatemi e São
Domingos
Os Distritos Urbanos de Iguatemi e São Domingos deverão ser atendidos por um
único sistema de esgotos sanitários. Assim, as populações urbanas atendidas para
este sistema integrado são as mostradas no Quadro 94.
Quadro 94: População Urbana Atendida no Sistema Integrado de Esgotos Sanitários dos
Distritos Urbanos de Iguatemi e São Domingos.
Ano População Urbana Atendida por Distrito (habitantes)
Iguatemi São Domingos Soma
2010 – – –
2011 – – –
2012 1
– – –
2013 – – –
2014 – – –
2015 3.843 252 4.095
2016 4.302 282 4.584
2017 4.776 313 5.089
2018 5.263 345 5.608
2019 5.763 378 6.141
2020 5.859 384 6.243
2021 5.955 390 6.345
2022 6.051 397 6.448
2023 6.147 403 6.550
2024 6.242 409 6.651
2025 6.338 415 6.753
2026 6.434 422 6.856
2027 6.530 428 6.958
2028 6.626 434 7.060
2029 6.722 441 7.163
2030 6.818 447 7.265
2031 6.914 453 7.367
2032 7.010 459 7.469
2033 7.106 466 7.572
2034 7.202 472 7.674
2035 7.297 478 7.775
2036 7.393 485 7.878
2037 7.489 491 7.980
2038 7.585 497 8.082
2039 7.681 503 8.184
2040 7.777 510 8.287
2041 2
7.873 516 8.389 1 Ano de início do período de planejamento.
2 Ano de final do período de planejamento.
279
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7.4.1.3. Sistema Independente de Esgotos Sanitários do Distrito Urbano de
Floriano
O Distrito Urbano de Floriano terá um sistema independente de esgotos sanitários,
logo, a população urbana a ser atendida ao longo período de planejamento do
PMAE é a mostrada no Quadro 95 apresentado a seguir.
Quadro 95: População Urbana Atendida no Sistema Independente de Esgotos Sanitários do Distrito Urbano de Floriano.
Ano População Urbana
Atendida (habitantes)
Ano População Urbana
Atendida (habitantes)
2010 – 2026 1.248
2011 – 2027 1.267
2012 1 – 2028 1.285
2013 – 2029 1.304
2014 – 2030 1.323
2015 746 2031 1.341
2016 835 2032 1.360
2017 927 2033 1.379
2018 1.021 2034 1.397
2019 1.118 2035 1.416
2020 1.137 2036 1.434
2021 1.155 2037 1.453
2022 1.174 2038 1.472
2023 1.192 2039 1.490
2024 1.211 2040 1.509
2025 1.230 2041 2
1.527 1 Ano de início do período de planejamento.
2 Ano de final do período de planejamento.
7.4.2. Distribuição da Rede Coletora Projetada por Sistema
7.4.2.1. Sistema de Esgotamento Sanitário do Município de Maringá
O conhecimento dos quantitativos da rede coletora que deverá ser assentada ao
longo do período de planejamento do PMAE em cada um dos sub-sistemas
independentes de esgotamento sanitário do Município de Maringá é importante, uma
vez que a partir deles poderão ser calculadas a vazões de infiltração, as quais
devem ser levadas em consideração no dimensionamento das unidades de coleta,
280
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transporte e tratamento. Para a identificação destes quantitativos de rede coletora foi
adotado o mesmo critério usado para o cálculo das populações urbanas atendidas
em cada um dos sub-sistemas independentes, conforme mostrado no Quadro 96.
Quadro 96: Extensões de Rede Coletora Previstas nos Sub-Sistemas Independentes de Esgotos Sanitários da Cidade de Maringá no Período de Planejamento do PMAE.
Ano
Extensão Total
de Rede
coletora de
Esgoto (m)
Extensão Rede Coletora por Sub-Sistema Independente (m)
PUA ... População urbana atendida. CO ... Carga orgânica. DU ... Distrito urbano.
1 Ano de início do período do PMAE.
2 Ano de final do período do PMAE.
Sistema de Esgoto Existente Sistema de Esgoto a Implantar
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292
7.6. IDENTIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES
As ações propostas ora apresentadas foram desenvolvidas atendendo
obrigatoriamente as Premissas, as Obrigações e o Plano de Metas fixado, bem
como as projeções para o sistema de coleta e tratamento de esgoto.
7.6.1. Etapas dos Investimentos Propostos
No Plano Municipal de Saneamento – PMAE do Município de Maringá/PR as etapas
propostas para a realização dos investimentos necessários deverão obedecer o
seguinte cronograma físico:
Etapa 1: Meta de Curto Prazo: Ano 1 (Ano 2012) ao Ano 4 (Ano 2015);
Etapa 2: Meta de Médio Prazo: Ano 5 (Ano 2016) ao Ano 8 (Ano 2019);e
Etapa 3: Meta de Longo Prazo: Ano 9 (Ano 2020) ao Ano 30 (Ano 2041).
7.6.2. Descrição Sucinta do Plano de Esgotamento Sanitário Proposto
7.6.2.1. Rede Coletora
As extensões de rede coletora de esgoto que deverão ser assentadas ao longo do
período de planejamento do PMAE totalizam 752.873 m, sendo 179.616 m por conta
dos empreendedores privados, 538.839 m por conta da operadora na sede e 34.418
nos distritos. Uma distribuição percentual estimada por diâmetro da rede coletora a
ser assentada é mostrada no Quadro 105 apresentado a seguir.
Quadro 105: Percentuais por Diâmetro da Rede Coletora de Esgoto a Ser Assentada pela Operadora ao Longo do Período de Planejamento do PMAE no Município de Maringá/PR.
Diâmetro
(mm)
Distribuição Estimada
por Diâmetro - Sede (%)
Distribuição Estimada por
Diâmetro - Distritos (%)
150 82 85
200 12 15
250 2 x
300 4 x
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293
Utilizando-se os percentuais adotados, resulta nas seguintes extensões totais de
rede por diâmetro cuja implantação ficará a cargo da operadora, seja na sede e nos
distritos, como mostrado no Quadro 106.
Quadro 106: Percentuais por Diâmetro da Rede Coletora de Esgoto a Ser Assentada pela Operadora ao Longo do Período de Planejamento do PMAE no Município de Maringá/PR.
Diâmetro
(mm)
Extensão Estimada por
Diâmetro -
Sede e Distritos (m)
150 471.103
200 69.823
250 10.777
300 21.554
Conforme mencionado no Relatório de Diagnóstico, uma parcela significativa da
rede coletora de esgoto existente no Município de Maringá é constituída de tubos de
cimento, totalizando 96.331 metros. Além de não serem mais especificados em
projetos no País, os tubos de cimento tem baixa durabilidade. Desta forma, está
sendo previsto no PMAE a substituição destes tubos por tubos de PVC, ponta e
bolsa, junta elástica.
Outro aspecto a comentar é também a presença de 8.032 metros de tubos com
diâmetro inferior a 150 mm, o qual é usualmente adotado no Brasil como diâmetro
mínimo em projetos de redes coletoras de esgoto. Ressalte-se que tubos em
diâmetros inferiores a 150 mm dificultam os trabalhos de desobstrução de redes
coletoras de esgoto com os equipamentos hoje disponíveis no mercado. Desta
forma, está previsto uma substituição gradativa de um total de 104.363 metros de
tubulação da rede coletora de esgoto existente (96.331 metros de tubos cerâmicos e
8.032 metros de tubos com diâmetros inferiores a 150 mm). Esta substituição será
lançada nos investimentos previstos no PMAE como melhoria operacional.
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294
7.6.2.2. Ligações Prediais
As ligações prediais de esgoto que deverão ser executadas ao longo do período de
planejamento do PMAE totalizam 56.493 unidades, sendo 13.480 por
empreendedores, 40.427 unidades pelo operador na sede e 2.586 unidades nos
distritos.
7.6.2.3. Estações Elevatórias
Conforme já mencionado no Relatório de Diagnóstico, o Sistema de Esgotos
Sanitários da Cidade de Maringá não possui estações elevatórias, ou seja, todo o
esgoto coletado vai por gravidade até as Estações de Tratamento (ETE´s). Isto é um
aspecto técnico altamente favorável, e pouco comum no Brasil. Diante de tal fato,
não foram previstas estações elevatórias nas obras de ampliação do Sistema de
Esgotos Sanitários da Cidade de Maringá – Sede do Município.
Por outro lado, foram previstas estações elevatórias nos sistemas de esgotos
sanitários que serão implantados nos distritos urbanos, sendo 3 (três) unidades no
Sistema Integrado de Esgotos Sanitários dos Distritos Urbanos de Iguatemi e São
Domingos e 1 (uma) unidade no Sistema de Esgotos Sanitários do Distrito Urbano
de Floriano.
7.6.2.4. Emissários
Está previsto a construção de 4 (quatro) emissários, sendo 3 (três) no Sistema
Integrado de Esgotos Sanitários dos Distritos Urbanos de Iguatemi e São Domingos
e 1 (um) no Sistema de Esgotos Sanitários do Distrito Urbano de Floriano.
7.6.2.5. Estações de Tratamento de Esgoto Existentes
Ao comparar as capacidades nominais em termos de vazão média diária das
Estações de Tratamento de Esgoto (ETE´s) existentes na Sede do Município de
Maringá, com a média das vazões médias diárias medidas no ano de 2010 em cada
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295
uma delas (dado fornecido pela SANEPAR), observa-se que todas estas unidades
de tratamento estão operando atualmente com bastante folga, conforme mostrado
no Quadro 107 apresentado a seguir.
Quadro 107: Capacidades Nominais de Projeto e Vazões Médias Diárias Atuais de Operação das Estações de Tratamento de Esgoto (ETE´s) Existentes no Município de Maringá/PR.
Unidade de
Tratamento
Capacidade
Nominal (L/s)1
Vazão Atual de
Operação (L/s)2
Comprometimento Atual da
Capacidade Nominal (%)
ETE Mandacarú 362,79 155,41 42,84
ETE Pinguim 482,00 170,12 35,29
ETE Morangueira 228,60 79,09 34,60
Soma 1.073,39 404,62 37,70
1 Dados fornecidos pela SANEPAR.
2 Vazão média diária mensal do ano de 2010 (dado SANEPAR).
No entanto, quando se calcula para o ano de 2010 as vazões médias diárias para
cada uma das ETE´s existentes (ver Quadro 108), tendo como referência a
população urbana atendida e o consumo médio diário per capita de água do ano de
2010, os números obtidos diferem um pouco, conforme mostrado no Quadro 109.
Por segurança, serão usados os percentuais de comprometimento calculados no
PMAE.
Quadro 108: Capacidades Nominais de Projeto e Vazões Médias Diárias Atuais de Operação das Estações de Tratamento de Esgoto (ETE´s) Existentes no Município de Maringá/PR – Base
1 População urbana localizada na Sede do Município – Cidade de Maringá/PR (dado Censo IBGE 2010).
2 Calculada utilizando o valor de 126,40 L/hab.dia (80% do consumo médio diário per capita de água calculado
para o ano de 2010) e uma vazão de infiltração de 0,05 L/s.Km.
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296
Quadro 109: Comparação das Vazões Médias Diárias Medidas pela SANEPAR com as Calculadas no PMAE para as ETE´s Existentes no Município de Maringá/PR – Base Ano 2010.
Comparando as capacidades atuais de tratamento das Estações de Tratamento de
Esgoto (ETE´s) Existentes no Município de Maringá com as vazões de esgoto a
serem tratadas ao longo do período de planejamento do PMAE (ver Quadro 110),
verifica-se que:
As atuais vazões nominais ou de projeto das Estações de Tratamento de
Esgoto Existentes na Sede do Município de Maringá são superiores as vazões
médias diárias de esgoto que deverão ser tratadas nestas Unidades ao longo
de todo o período de planejamento do PMAE, ou seja, nenhuma delas precisa
ser ampliada, conforme se verifica no Quadro 110;
Quadro 110: Comparativo entre as Capacidades Atuais das Estações de Tratamento de Esgoto (ETE´s) Existentes no Município de Maringá com as Vazões de Esgoto a Serem Tratadas ao
Longo do Período de Planejamento do PMAE.
Unidade de Tratamento
Vazão Média Diária de Tratamento (L/s)
Capacidade
Atual 1
Vazões Necessárias nas Etapas do PMAE
Etapa 1 (1 – 4)
2012/2015
Etapa 2 (5 – 8)
2016/2019
Etapa 3 (9 – 30)
2020/2041
ETE Bacia Mandacarú
362,79 225,78 249,75 341,17
ETE Bacia Pinguim 482,00 185,02 204,66 279,58
ETE Bacia Morangueira
228,60 151,40 167,47 228,78
Soma 1.073,39 562,20 621,88 849,53
1 Dado fornecido pela SANEPAR.
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297
Os investimentos necessários, inclusive já programados pela SANEPAR,
tratam-se unicamente de obras de melhorias operacionais visando melhorar a
performance destas Unidades de Tratamento, cujo resultado desejado é a
obtenção de um efluente tratado que atenda as exigências da legislação
federal e estadual, o que hoje não é atendido pelas instalações existentes. Isto
foi constatado in loco pelos técnicos da Consultora AMPLA quando da visita
técnica de campo realizada para o levantamento de dados.
As obras de melhorias nas três Estações de Tratamento de Esgoto Existentes
deverão ser executadas na Etapa 1 do PMAE, que corresponde ao período entre os
anos calendários de 2012 (Ano 1) a 2015 (Ano 4).
7.6.2.6. Estações de Tratamento de Esgoto a Implantar
O Plano Municipal de Saneamento prevê investimentos para a implantação de
sistema de esgotos sanitários nos Distritos Urbanos de Iguatemi, São Domingos e
Floriano.
No caso dos Distritos Urbanos de Iguatemi e São Domingos, serão atendidos por um
único sistema de esgotos sanitários, face a proximidade entre eles.
O Distrito Urbano de Floriano, por outro lado, será atendido por um sistema de
esgotos sanitários próprio.
Neste contexto, está se propondo no PMAE a construção das estações de
tratamento destes dois sistema de sistema de esgotos sanitários nas seguintes
etapas:
a) ETE do SES de Iguatemi e São Domingos
Data de Implantação: Etapa 1 – Ano 4 do PMAE – Ano Calendário 2015.
Capacidade (vazão média diária) da ETE construída na Etapa 1: dois módulos
de 5,30 L/s cada um totalizando 10,60 L/s.
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298
Alcance da capacidade da ETE construída na Etapa 1: Ano 11 do PMAE ou
Ano Calendário 2022.
Data de Ampliação da ETE: Etapa 3 – Ano 11 do PMAE – Ano Calendário
2022.
Capacidade (vazão média diária) da ETE ampliada na Etapa 3: mais um
módulo de 5,30 L/s um totalizando 15,90 L/s.
Capacidade (vazão média diária) necessária da ETE no final da Etapa 3 do
PMAE (Ano 30 – Ano Calendário 2041) = 13,73 L/s.
Folga de vazão no Ano 30 do PMAE (Ano Calendário 2041): 15%.
b) ETE do SES de Floriano
Data de Implantação: Etapa 1 – Ano 4 do PMAE – Ano Calendário 2015.
Capacidade (vazão média diária) da ETE: 2,50 L/s.
Face a pequena vazão necessária no final do período de planejamento do PMAE,
esta ETE deverá ser construída em uma única etapa.
7.6.2.7. Corpos Receptores dos SES Existentes (Sede do Município)
A princípio deverão continuar sendo aproveitados os corpos receptores atualmente
utilizados para o lançamento dos efluentes tratados nas Estações de Tratamento de
Esgoto Existentes (Ribeirão Mandacarú, Ribeirão Pinguim e Ribeirão Morangueira).
Isto porque as capacidades de tratamento das ETE´s existentes não deverão ser
ampliadas, e já se dispõe de licenciamento ambiental de operação para estas
Unidades de Tratamento.
Saliente-se ainda que as vazões outorgadas pelo órgão ambiental para os três
corpos receptores são superiores as vazões de tratamento previstas para o final do
período de planejamento do PMAE (Ano 30 ou Ano Calendário 2041).
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299
7.6.2.8. Corpos Receptores dos SES a Implantar (Distritos Urbanos)
Os projetos executivos dos Sistemas de Esgotos Sanitários dos Distritos Urbanos de
Iguatemi, São Domingos e Floriano deverão apontar quais os corpos receptores
mais adequados para receber os efluentes tratados das respectivas ETE´s, sendo
certo que existem alternativas técnicas bastante aceitáveis.
7.6.2.9. Destinação Final do Lodo Gerado nas ETE´s Existentes e a Implantar
Como o esgoto a ser tratado é doméstico e o lodo gerado no sistema é um lodo
exclusivamente biológico e secundário, normalmente não existem restrições quanto
a sua utilização na agricultura, desde que seja obedecido o que prevê a Resolução
CONAMA No 375 de 29 de Agosto de 2006, que define critérios e procedimentos
para o uso agrícola de lodos de esgoto gerados em estações de tratamento de
esgoto sanitário e seus produtos derivados, e dá outras providências”.
7.6.2.10. Licenciamento Ambiental
A atual Operadora – SANEPAR dispõe para todos os sistemas de esgotos sanitários
existentes na Sede do Município de Maringá as respectivas licenças ambientais de
operação.
Quanto aos sistemas de esgotos sanitários que serão implantados nos distritos
urbanos, as licenças ambientais deverão ser solicitadas ao órgão ambiental
competente tão logo estejam concluídos os projetos executivos destes sistemas de
esgoto.
7.6.2.11. Resumo das Obras e Serviços Previstos no PMAE
Nos Quadros 111 e 112 a seguir é apresentado um resumo das obras e serviços
previstos para o período de planejamento do PMAE.
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Quadro 111: Resumo das Obras e Serviços no SES – Sede.
DESCRIÇÃOCURTO
PRAZO
MÉDIO
PRAZO
LONGO
PRAZO
A - SEDE
1. RECUPERAÇÃO DE UNIDADES OPERACIONAIS 58% 21% 21%
1.1 Substituição da Tubulação Existente em Diâmetros Menores que 150 mm 20% 40% 40%
1.2 Execução de Obras de Melhorias nas Estações de Tratamento Existentes 100% 0% 0%
1.2.1 ETE 1 - Mandacaru 100% 0% 0%
1.2.2 ETE 3 - Alvorada 100% 0% 0%
1.2.3 ETE 2 - Sul 100% 0% 0%
1.3 Substituição de Redes de Concreto e Respectivas Ligações 20% 40% 40%
1.3.1 Substituição de Rede de 200 mm 20% 40% 40%
1.3.2 Substituição de Redes de 300 mm 20% 40% 40%
1.3.3 Substituição de Ramais 20% 40% 40%
2. CRESCIMENTO VEGETATIVO - REDES E LIGAÇÕES 17% 17% 66%
2.1 Projeto Executivo 56% 9% 35%
2.2 Rede Coletora 15% 18% 67%
2.2.1 Em DN 150 mm - PVC, PB, JE 15% 18% 67%
2.2.2 Em DN 200 mm - PVC, PB, JE 15% 18% 67%
2.2.3 Em DN 250 mm - PVC, PB, JE 15% 18% 67%
2.2.4 Em DN 300 mm - PVC, PB, JE 15% 18% 67%
2.3. Execução de Ligações Prediais 15% 18% 67%
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Quadro 112: Resumo das Obras e Serviços no SES – Distritos.
DescriçãoCURTO
PRAZO
MÉDIO
PRAZO
LONGO
PRAZO
1. IGUATEMI 63% 18% 19%
1.1 Projeto Executivo do Sistema de Esgoto Sanitário e Licenciamento
Ambiental100% 0% 0%
1.2 Rede - Crescimento Vegetativo 49% 24% 27%
1.2.1.1 Em DN 150 mm 0% 0% 0%
1.2.1.2 Em DN 200 mm 0% 0% 0%
1.3 Execução de Ligações Prediais 49% 24% 27%
1.4 Elevatória 100% 0% 0%
1.5 Estação de Tratamento 100% 0% 0%
2. FLORIANO 69% 15% 16%
2.1 Projeto Executivo do Sistema de Esgoto Sanitário e Licenciamento
Ambiental100% 0% 0%
2.2 Rede - Crescimento Vegetativo 49% 24% 27%
2.2.1.1 Em DN 150 mm 0% 0% 0%
2.2.1.2 Em DN 200 mm 0% 0% 0%
2.3 Execução de Ligações Prediais 49% 24% 27%
2.4 Elevatória 100% 0% 0%
2.5 Estação de Tratamento 100% 0% 0%
3. SÃO DOMINGOS 74% 12% 14%
3.1 Projeto Executivo do Sistema de Esgoto Sanitário e Licenciamento
Ambiental100% 0% 0%
3.2 Rede - Crescimento Vegetativo 49% 24% 27%
3.2.1.1 Em DN 150 mm 49% 24% 27%
3.2.1.2 Em DN 200 mm 49% 24% 27%
3.3 Execução de Ligações Prediais 49% 24% 27%
3.4 Elevatória 100% 0% 0%
3.5 Estação de Tratamento 100% 0% 0%
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302
8. PROGNÓSTICOS DAS NECESSIDADES PARA O SISTEMA DE GESTÃO DE
SERVIÇOS
8.1. METAS PARA O SISTEMA DE GESTÃO DOS SERVIÇOS
8.1.1. Índice de Eficiência nos Prazos de Atendimento - IEPA
A eficiência no atendimento ao público e na prestação do serviço pelo prestador será
avaliada através do Índice de Eficiência nos Prazos de Atendimento – IEPA.
O índice será calculado mensalmente com base no acompanhamento e avaliação
dos prazos de atendimento dos serviços de maior freqüência; propõe-se como prazo
o período de tempo decorrido entre a solicitação do serviço pelo usuário e a data de
inicio dos trabalhos, sendo que no Quadro 113 estão apresentados os prazos de
atendimento dos serviços.
Os prazos são para solicitações efetuadas dentro do horário comercial (2ª a 6ª feira,
das 8:00 às 17:00 h), fora desse período os mesmos deverão ser majorados em
100%.
Quadro 113: Prazos para Execução dos Serviços.
Serviço Unidade Prazo
Ligação de água Dias úteis 5
Reparo de vazamentos de água Horas 12
Reparo de cavalete Horas 12
Falta de água local ou geral Horas 12
Ligação de esgoto Dias úteis 10
Desobstrução de redes e ramais de esgoto Horas 12
Ocorrências relativas a repavimentação Dias úteis 3
Verificação da qualidade da água Horas 6
Verificação de falta de água/pouca pressão Horas 6
Restabelecimento do fornecimento de água por débito Horas 24
Restabelecimento do fornecimento a pedido Dias úteis 2
Ocorrências de caráter comercial Dias úteis 2
Remanejamento de ramal de água Dias úteis 5
Deslocamento de cavalete Dias úteis 3
Substituição de hidrômetro a pedido do cliente Dias úteis 2
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303
O IEPA será determinado como segue:
IEPA = (Quantidade de serviços realizados no prazo estabelecido x 100)/(quantidade
total de serviços realizados).
As metas fixadas para esse indicador estão apresentadas no Quadro 114, a seguir:
Quadro 114: Metas para o IEPA.
Ano Meta do IEPA (%)
1 Medição Inicial
2 Incremento necessário para atingir 90%, se inferior a este percentual
Do ano 3 em diante Incremento de 3% ao ano, até atingir e manter, no mínimo, 95%
8.1.2. Índice de Satisfação do Cliente no Atendimento - ISCA
O indicador de satisfação do cliente no atendimento - ISCA deve mensurar o grau de
satisfação do usuário em relação ao atendimento recebido, devendo ser calculado
mensalmente e avaliado como média anual.
A obtenção dos dados para integrar o índice deve ser efetuado por amostragem, em
quantidade suficiente que garanta a representatividade do universo de solicitações,
sendo que da pesquisa deverão constar obrigatoriamente os itens relacionados no
Quadro 115 a seguir apresentados.
Quadro 115: Condições a Serem Verificadas na Satisfação dos Clientes.
Item Condição a ser verificada
Atendimento personalizado Atendimento em tempo inferior a 15 minutos
Atendimento telefônico Atendimento em tempo inferior a 5 minutos
Cortesia no atendimento Com cortesia
Sem cortesia
Profissionalismo no atendimento Com profissionalismo
Sem profissionalismo
Conforto oferecido pelas instalações físicas, mobiliário e equipamentos.
Com conforto
Sem conforto
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304
O indicador deverá ser calculado como segue:
ISCA = (quantidade de atendimentos pesquisados no padrão X 100)/(Quantidade
total de serviços pesquisados).
As metas fixadas para esse indicador estão apresentadas no Quadro 116.
Quadro 116: Metas para o ISCA.
Ano Meta do ISCA (%)
1 Medição Inicial
2 Incremento necessário para atingir 90%, se inferior a este percentual
Do ano 3 em diante Incremento de 3% ao ano, até atingir e manter, no mínimo, 98%
8.1.3. Índice de Eficiência na Arrecadação – IEAR
A eficiência da arrecadação é um indicador que permite o acompanhamento da
efetividade das ações que viabilizem o recebimento dos valores faturados.
O acompanhamento deverá ser mensal e referenciado sempre ao mês base,
devendo ser apurado até o terceiro mês do faturamento. Após esse período passará
a ser considerado como um serviço ineficiente em relação à efetividade de