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ANÁLISE DE ALIMENTOS AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS AULA 4
49

A.b aula 4 amostragem

Jan 11, 2017

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Page 1: A.b aula 4 amostragem

ANÁLISE DE

ALIMENTOS

AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO

DE AMOSTRAS

AULA 4

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CLASSIFICAÇÃO DA ANÁLISE DE ALIMENTOS

Pesquisa: é utilizada para desenvolver ou adaptar

métodos analíticos exatos, precisos, sensíveis, rápidos,

eficientes, simples e de baixo custo na determinação de

um dado componente do alimento.

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MÉTODOS DE ANÁLISE

Objetivo:

Determinar um componente específico (medida de

massa ou volume, potencial elétrico, etc.)

Ou vários componentes (composição centesimal);

Tipos de métodos de análise:

•Métodos convencionais: gravimetria

volumetria

•Métodos instrumentais.

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QUANDO UTILIZAR OS MÉTODOS CONVENCIONAIS?

Alto custo dos equipamentos eletrônicos;

Não existe equipamento disponível para determinada

análise;

Requer-se um método convencional, sob o aspecto da

lei, por se tratar de um método oficial;

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ESCOLHA DO MÉTODO ANALÍTICO

Quantidade relativa do componente desejado

Exatidão requerida

Composição química da amostra

Recursos disponíveis

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ESCOLHA DO MÉTODO ANALÍTICO

Quantidade relativa do componente desejado:

Componentes maiores: mais de 1%; Métodos Analíticos Clássicos ou Convencionais:

Gravimétricos e Volumétricos

Componentes menores: entre 0,01 e 1%;

Técnicas mais sofisticadas e altamente sensíveis:

Métodos Instrumentais

Componentes micros: menos de 0,01%;

Técnicas mais sofisticadas e altamente sensíveis:

Métodos Instrumentais

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Exatidão requerida:

Métodos Clássicos

-Exatidão de 99,9%

-Composto analisado se encontra em mais de 10% na

amostra.

Métodos mais sofisticados

-Exatidão cai bastante

-Componentes presentes em quantidade menores que

10%.

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Composição química da amostra

A escolha do método vai depender da composição

química dos alimentos.

Na maioria das determinações em alimentos, as

amostras são complexas, necessitando de uma

extração ou separação prévia dos componentes a ser

analisado.

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Recursos disponíveis

Melhor método de análise: alto custo, que pode ser

limitante em função do tipo de equipamento ou até

mesmo ao tipo de reagente ou pessoal especializado.

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FLUXOGRAMA GERAL PARA ANÁLISE QUANTITATIVA

Amostragem

Processamento da amostra

Reações químicas Mudanças físicas

Separações

Medidas

Processamento de dados

Avaliação estatística

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1. INTRODUÇÃO

Conceitos:

Amostra: “uma porção limitada do material tomada do

conjunto - o universo, na terminologia estatística -

selecionada de maneira a possuir as características

essenciais do conjunto”.

Amostragem: é a série sucessiva de etapas operacionais

especificadas para assegurar que a amostra seja obtida

com a necessária condição de representatividade.

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Amostra bruta: A amostra é obtida através de

incrementos recolhidos segundo critérios adequados. A

reunião dos incrementos forma a amostra bruta.

Amostra de laboratório: é o resultado da redução da

amostra bruta mediante operações conduzidas de

maneira a garantir a continuidade da condição de

representatividade da amostra.

Lote: Quantidade do alimento de mesma composição e

características físicas, químicas e sensoriais, produzida e

manuseada numa mesma batelada, sob as mesmas

condições.

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Etapas que compreendem o processo de amostragem:

Coleta da amostra bruta

Preparação da amostra de laboratório;

Preparação da amostra para análise.

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Fatores que interferem na amostragem:

Inspeção/ Finalidade da Inspeção:

“Aceitação ou rejeição”.

Avaliação da qualidade média e determinação da

uniformidade;

Legislações específicas para amostragem em

triplicada (prova, contraprova e testemunho).

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Fatores que interferem na amostragem:

Controle de qualidade Final ou em processo:

Natureza do lote: Tamanho, divisão em sub-lotes e

se está a granel ou embalado;

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Fatores que interferem na amostragem:

Natureza do material em teste: Sua homogeneidade.

Tamanho unitário, história prévia e custo;

Natureza dos procedimentos de teste: Significância,

procedimentos destrutivos ou não destrutivos e tempo e

custo das análises.

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Aspectos fundamentais para a amostragem:

• A amostra deve ser representativa da totalidade do

alimento;

• A amostra não deve causar prejuízo econômico

significativo;

• A parte da amostra a ser analisada numa análise de

contraprova deve ser representativa da totalidade da

amostra.

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Cuidados fundamentais na amostragem:

• As unidades amostrais que compõem a amostra deverão possuir a mesma identidade, origem, marca, classificação, lote, data de fabricação e de validade;

• Verificar a integridade das embalagens;

• Não coletar produtos que estejam em condições inadequadas de conservação, deteriorado e com prazo de validade expirado;

• Manusear cuidadosamente as amostras para evitar possíveis danos;

• Não transportar a amostra junto com outros produtos químicos

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2. COLETA DA AMOSTRA BRUTA

A coleta de amostras constitui a primeira fase da

análise do produto.

A amostra bruta deve ser uma

réplica, em ponto reduzido, do

universo considerado, no que diz

respeito tanto à composição como à

distribuição do tamanho da partícula.

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2. COLETA DA AMOSTRA BRUTA

Amostras Fluídas (Líquidas e Pastosas)

Homogêneas

Coletadas em frascos com o mesmo volume (alto, meio e fundo do

recipiente), após agitação e homogeneização.

Amostras Sólidas

Diferem em textura, densidade e tamanho de partículas, por isso

devem ser moídas e misturadas.

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2. COLETA DA AMOSTRA BRUTA

• Material a ser analisado: granel ou

embalado em caixas, latas, etc.

• Embalagens únicas ou pequenos lotes: todo

material deve ser tomado como amostra

bruta.

QUANTIDADES

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Quantidades:

Para lotes maiores, a amostragem

deve:

-Compreender de 10 a 20% do nº de embalagens

contidas no lote;

-Compreender de 5 a 10% do peso total do alimento a

ser analisado;

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3. REDUÇÃO DA AMOSTRA BRUTA –AMOSTRA DE LABORATÓRIO

“A amostra bruta é freqüentemente

grande demais para ser convenientemente

trabalhada em laboratório e, portanto, deve

ser reduzida.”

“A redução vai depender do tipo de

produto a ser analisado e da análise.”

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3. REDUÇÃO DA AMOSTRA BRUTA –AMOSTRA DE LABORATÓRIO

• Alimentos secos (em pó ougranulares):

•a redução pode ser feita manualmente ou por meio de

equipamentos.

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3. REDUÇÃO DA AMOSTRA BRUTA –AMOSTRA DE LABORATÓRIO

Quarteamento: manual

- Colocar a amostra sobre uma folha de papel;

- Misturar bem e espalhar formando um quadrado.

- Dividir o quadrado em 4 quadrados menores(ABCD).

- Rejeitar 2 quadrados opostos e misturar os 2 restantes e

novamente misturar, espalhar e dividir, e assim sucessivamente até

chegar ao tamanho ideal de amostra

A B

C D

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Quarteamento;

E F

G H

A B

C D

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3. REDUÇÃO DA AMOSTRA BRUTA –AMOSTRA DE LABORATÓRIO

• Alimentos líquidos:•Misturar bem o líquido no recipiente por agitação, por inversão e por

repetida troca de recipientes.

•Retirar porções de líquido de diferentes partes do recipiente

misturando as porções no final.

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3. REDUÇÃO DA AMOSTRA BRUTA –AMOSTRA DE LABORATÓRIO

• Alimentos Úmidos:•A amostra deve ser picada ou moída e misturada. A estocagem deve

ser sob refrigeração.

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3. REDUÇÃO DA AMOSTRA BRUTA –AMOSTRA DE LABORATÓRIO

Alimentos semiviscosos e pastosos

(pudins, molhos, etc.) e alimentos líquidos

contendo sólidos: as amostras devem ser

picadas em liquidificador, misturadas e as

alíquotas retiradas para análise.

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3. REDUÇÃO DA AMOSTRA BRUTA –AMOSTRA DE LABORATÓRIO

•Alimentos com emulsão (manteiga emargarina):

•as amostras devem aquecidas a 35º C num frasco com tampa, que

depois é agitado para homogeneização.

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3. REDUÇÃO DA AMOSTRA BRUTA –AMOSTRA DE LABORATÓRIO

•Frutas:•As frutas grandes devem ser cortadas ao meio no sentido

longitudinal e transversal, de modo a reparti-las em quatro partes.

Duas partes opostas devem ser descartadas, e as outras duas

devem ser juntadas e homogeneizadas em liquidificador. As frutas

pequenas podem ser simplesmente homogeneizadas inteiras no

liquidificador.

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4. Preparação da Amostra para Análise

Extração ou tratamento químico.

Desintegração mecânica: moagem dealimentos secos. Para amostras úmidas,a desintegração pode ser feita emmoedores do tipo para carnes, emliquidificadores ou processadores.

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Desintegração química:

• Vários agentes químicos podem ser usados nadispersão ou solubilização dos componentes dosalimentos.

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5. Preservação da Amostra

Inativação enzimática: serve prapreservar o estado original doscomponentes de um material vivo.

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5. Preservação da Amostra

•Diminuição das mudanças lipídica:

•os métodos tradicionais de preparo de

amostras podem afetar a composição dos

extratos lipídicos.

• Resfriar a amostra rapidamente antes da

extração e congelá-la se for estocar.

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Controle do ataque oxidativo: preservação a baixatemperatura (N líquido) para a maioria dosalimentos.

Controle do ataque microbiológico: congelamento,secagem e uso de conservadores, ou a combinaçãode quaisquer dos três.

5. Preservação da Amostra

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Alimentos de origem vegetal:

Constituição genética: variedade;

Condições de crescimento;

Estado de maturação;

Estocagem: tempo e condições;

Parte do alimento: casca ou polpa

6. FATORES A SEREM CONSIDERADOSNA AMOSTRAGEM

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Alimentos de origem animal:

Conteúdo de gordura;

Parte do animal;

Alimentação do animal;

Idade do animal;

Raça.

6. FATORES A SEREM CONSIDERADOSNA AMOSTRAGEM

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3. TRANSPORTE DA AMOSTRA PARA O

LABORATÓRIO

Transportar e estocar amostra de alimentos damesma forma que são comercializados

As amostras para exame físico-químicos deverãoser enviadas separadas daquelas destinadas aexame microbiológico.

Regras gerais:

As amostras deverão ser acondicionadas emrecipiente esterilizados (microbiológico) e limpose íntegros (físico químicas).

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Alimentos com baixa atividade de água:

- Desidratados, secos podem ser transportados e

estocados em T°C ambiente e protegidos da

umidade;

Alimentos perecíveis refrigerados:

- Devem ser transportados e mantidos refrigerados

até o momento da análise;

- Não deve ser congelado;

-Tempo máximo entre a coleta e análise: 36 horas

0 a4,4ºC

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Alimentos perecíveis congelados:

- Devem ser transportados e mantidos congelados

até o momento da análise;

-Temperatura de estocagem não deve ser > - 10°C

- Os alimentos poderão ser transportados em caixas

plásticas com gelo suficiente para envolver toda a

amostra;

- Pode ser utilizado "gelo seco" desde que a

embalagem não seja permeável aos gases.

Transporte: Caixa de isopor com gelo,por até 24 a30 horas. Tempo superior, usar gelo seco.

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Alimentos prontos:

- Amostras de pratos prontos para consumo servidos

a quente deverão ser transportadas sob

refrigeração, evitando-se assim o aumento da

contaminação inicial, devido à queda gradual da

temperatura do alimento, mantendo-o em

temperatura de risco e com conseqüente

crescimento microbiano.

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4. INFORMAÇÕES QUE DEVEM ACOMPANHAR A

AMOSTRA

Tipo de amostra e processo usado na fabricação –

lingüiça defumada;

Fabricante,data de fabricação e número do lote;

Solicitante da análise;

Data e local da coleta;

Razão da análise: controle de qualidade interno do

fabricante, avaliação da conformidade do produto com padrões

legais, registro de novo produto, concorrência pública, amostra

envolvida em surto, etc.;

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5. RECEPÇÃO DA AMOSTRA NO LABORATÓRIO

Amostra com embalagem aberta (Surtos):

- Identificar o fato no final do laudo.

Regra geral:

Observar as condições de transporte e daembalagem

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Estocagens das amostras até análise

Refrigeradas perecíveis:

- Manter sob refrigeração até no máximo 24 hs;

Congeladas:

- Manter no máximo a -18°C por 7 dias;

Não perecíveis:

- Manter em lugar fresco, protegidos da luz e

umidade.

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6. QUANTIDADE DA AMOSTRA NECESSÁRIA

PARA ANÁLISE

PRODUTO SETOR

MICROBIOLOGIA

SETOR

FÍSICO-QUÍMICA

Leite pasteurizado 01L 01embalagem 01 embalagem

Leite em pó, farinhas lácteas 250 g 250g

Manteiga, queijos e margarinas. 400 g 400 g

Produtos cárneos 500 g 500 g

Pescado “in natura” cru 500 g 500 g

Pescado enlatado 02 embalagens 02 embalagens

Pão e produtos de panificação 300 g 300 g

Mel de abelha 200 g 200 g

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PRODUTO SETOR

MICROBIOLOGIA

SETOR

FÍSICO-QUÍMICA

Mistura para sopas, caldos,

molhos e misturas ou pós para

sobremesas.

250 g 250 g

Refrigerantes e cervejas 01 embalagem 01 embalagem

Chocolate, bombons e biscoitos e

bolachas.

300 g 300 g

Sorvetes 400 g 400 g

Sucos e refrescos 250 mL 250 mL