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Aula 09 RETA FINAL - Questões Comentadas de Português p/ TCU - Técnico Professor: Ludimila Lamounier
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  • Aula 09

    RETA FINAL - Questes Comentadas de Portugus p/ TCU - Tcnico

    Professor: Ludimila Lamounier

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    AULA 09 LNGUA PORTUGUESA

    Ol, amigos do Estratgia!

    Hoje a nossa Aula 09 de Lngua Portuguesa do curso de Questes de Lngua Portuguesa para o concurso do TCU Tcnico Federal de Controle Externo.

    Vamos comear a nossa aula?

    O objetivo desta aula treinar suas habilidades de Interpretao de Textos. Sabemos como, cada vez mais, o domnio do assunto pode ser decisivo para a aprovao.

    SUMRIO PGINA Lista de Questes 02 - 37 Gabarito 38 - 39 Questes Comentadas - Reescrita e correo gramatical 40 117 Interpretao de Texto: um pouco de teoria 118 - 130

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    LISTA DE QUESTES

    Questo 01 (CESPE) Analista Judicirio TJ-SE/2014 (Adaptada)

    (Texto para as questes 01 e 02)

    A vida do Brasil colonial era regida pelas Ordenaes Filipinas, um cdigo legal que se aplicava a Portugal e seus territrios ultramarinos. Com todas as letras, as Ordenaes Filipinas asseguravam ao marido o direito de matar a mulher caso a apanhasse em adultrio. Tambm podia mat-la por meramente suspeitar de traio. Previa-VHXP~QLFRFDVRGHSXQLomRVHQGRRPDULGRWUDtGRXPpeoHRDPDQWHGHVXDPXOKHUXPDpessoa de maior qualidade, o assassino poderia ser condenado a trs anos de desterro na frica.

    No Brasil Repblica, as leis continuaram reproduzindo a ideia de que o homem era superior mulher. O Cdigo Civil de 1916 dava s mulheres casadas o status de LQFDSD]HV(ODVVySRGLDm assinar contratos ou trabalhar fora de casa se tivessem a autorizao expressa do marido.

    H tempos, o direito de matar a mulher, previsto pelas Ordenaes Filipinas, deixou de valer. O machismo, porm, sobreviveu nos tribunais. O Cdigo Penal de 1890 liYUDYDGDFRQGHQDomRTXHPPDWDYDHPHVWDGRGHFRPSOHWDSULYDomRGHVHQWLGRV2 DWXDO &yGLJR 3HQDO GH DEUHYLD D SHQD GRV FULPLQRVRV TXH DJHP VRE RGRPtQLRGHYLROHQWDHPRomR2VFULPHVSDVVLRQDLV eufemismo para a covardia encaixam-se perfeio nessas situaes. Em outra bem-sucedida tentativa de aliviar a responsabilidade do homem, os advogados inventaram o direito da OHJtWLPDGHIHVDGDKRQUD

    O machismo uma praga histrica. No se elimina da noite para o dia. A criao da Lei Maria da Penha, em 2006, em que se previu punio para quem agride e mata mulheres, foi um primeiro e audacioso passo. O segundo passo contra o machismo a educao.

    Ricardo Westin e Cintia Sasse. Dormindo com o inimigo. In: Jornal do Senado. Braslia, 4/jul./2013, p. 4-5. Internet: (com adaptaes).

    Em relao s ideias e s estruturas lingusticas do texto acima, julgue o item a seguir.

    No primeiro perodo do segundo pargrafo, sobrepem-se duas informaes: a de que, mesmo no Brasil Repblica, as leis traduziram a viso machista de superioridade masculina e a de que essa viso imperava antes dessa poca.

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    Questo 02 (CESPE) Analista Judicirio TJ-SE/2014

    Em relao s ideias e s estruturas lingusticas do texto acima, julgue o item a seguir.

    Depreende-VH GR WH[WR TXH RV WHUPRV SHmR VXEOLQKDGRQR WH[WR H SHVVRD GHPDLRUTXDOLGDGHVXEOLQKDGRQR WH[WR ID]HPUHIHUrQFLDjFODVVHVRFLDOGRPDULGRtrado e do amante, respectivamente.

    Questo 03 (CESPE) Procurador Municipal Prefeitura de Boa Vista/2010

    (Adaptada)

    H duas maneiras de olhar para o desenvolvimento no mundo contemporneo. Uma, profundamente influenciada pelo crescimento da economia e pelos valores que lhe esto subjacentes, refere-se ao desenvolvimento essencialmente como uma expanso rpida e sustentada do produto nacional bruto per capita, talvez qualificada por uma exigncia de que os frutos dessa expanso alcancem todas as camadas da comunidade. Uma segunda viso, que contrasta com a anterior, v o desenvolvimento como um processo que aumenta a liberdade dos envolvidos para perseguir quaisquer objetivos que valorizem. Em consonncia com essa viso do desenvolvimento, a expanso da capacidade humana pode ser descrita como a caracterstica central do desenvolvimeQWR 2 FRQFHLWR GH FDSDFLGDGH GH XPDpessoa pode ser encontrado em Aristteles, para quem a vida de um indivduo pode ser vista como uma sequncia de coisas que ele faz e que constituem uma sucesso de funcionamentos. A capacidade refere-se s combinaes alternativas de funcionamentos a partir das quais uma pessoa pode escolher. Assim, a noo de capacidade essencialmente um regime de liberdade o leque de opes que uma pessoa tem para decidir que tipo de vida levar. A pobreza, nessa viso, no reside apenas no estado de empobrecimento em que uma pessoa pode realmente viver, mas tambm na falta de oportunidade real imposta por constrangimentos sociais, bem como circunstncias pessoais para escolher outros tipos de vida.

    Amartya Sem. Desenvolvimento com opulncia, ou com liberdade efetiva. In: Planeta, maio/2010, p. 75 (com adaptaes).

    Acerca das estruturas lingusticas do texto acima, julgue o item seguinte.

    Preservam-VHRVHQWLGRHDFRUUHomRJUDPDWLFDODRVHVXEVWLWXLUWHPVXEOinhado no texto) por dispe.

    Questo 04 (CESPE) Programador de Computador TJ-SE/2014 (Adaptada)

    No imaginrio Livro das Espcies, que, teimosamente, repousa na estante da histria do futebol, os brasileiros figuram como macacos no mnimo h mais de

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    noventa anos. Em 1920, ao disputarem o campeonato sul-americano no Chile, os LQWHJUDQWHV GD HTXLSH QDFLRQDO IRUDP FKDPDGRV GH PDFDTXLWRV SRU XP MRUQDOargentino. O Brasil se indignou, porm pelos motivos errados: para o governo, conforme se l no apndice do livro de Mario Filho (1908-1966), O Negro no Futebol %UDVLOHLURDTXHVWmRSDVVDYDSHODLPDJHPTXHD5HS~EOLFDSUHFLVDYDFRQVWUXLUGHsi prpria, deixando para trs os vestgios ligados escravido e miscigenao, em um momento em que os discursos ePWRUQRGDHXJHQLDHUDPLPSHUDWLYRV2escritor carioca Lima Barreto (1881-1922), mulato e pobre, para quem o futebol era HPLQHQWHPHQWH XP IDWRU GH GLVVHQVmR, destacou, com ironia, em uma famosa FU{QLFDTXHDQRVVDYLQJDQoDpTXHRVDUJHQWLQRVQmRGLVtinguem, em ns, cores; WRGRV QyV SDUD HOHV VRPRV PDFDTXLWRV 1R GRPLQJR R WDO /LYUR GDV (VSpFLHVJDQKRXLQIHOL]PHQWHXPDQRYDHGLomRPDVSHORPHQRVUHYLVWDHDWXDOL]DGD(FRPLVVRXPDYHUVmRGRWRGRVVRPRVPDFDTXLWRV

    Eram trinta minutos do segundo tempo do jogo Villareal versus Barcelona quando o brasileiro Daniel Alves, titular da equipe azul e gren, se encaminhou para bater um HVFDQWHLR8PDEDQDQDHQWmRIRLDWLUDGDHPVXDGLUHomR2ODWHUDOXPEDLDQRGHtrinta anos de idade, paUGRFRPRVHGL]QRVFHQVRVHGHROKRVYHUGHVUHDJLXGHforma inesperada para o pblico e certamente tambm para o agressor: pegou a fruta, descascou-a e a ps na boca.

    Aquele era o oitavo caso de racismo nos gramados espanhis somente na atual temporada. Teria sido alvo de tmidos protestos no fosse a reao irreverente do MRJDGRUEUDVLOHLURHDHQWUDGDHPFHQDGRFUDTXH1H\PDUVHXFRPSDQKHLURGHBarcelona e da seleo brasileira. Na noite do prprio domingo, o atacante postou trs imagens em sua conta no Instagram. Na ltima delas, aparecia empunhando XPDEDQDQDDR ODGRGH VHX ILOKR'DYL /XFFDTXHSRU VXDYH] VHJXUDYDXPDprovidencial banana de pelcia. Na legenda, o ex-santista escreveu a hashtag #somostodosmacacos em quatro idiomas: portugus, ingls, espanhol e Catalo. At a ltima quinta-feira, essa postagem havia recebido quase 580.000 curtidas, HQTXDQWRXPDOHJLmRGHFHOHEULGDGHVGRVHVSRUWHVGDVDUWHV GDSROtWLFDHWFrepetia o gesto em apoio a Daniel Alves.

    Rinaldo Gama. Como Daniel Alves derrotou o racismo. Internet: (com adaptaes).

    Julgue o item abaixo.

    2VHJPHQWRHPLQHQWHPHQWHXPIDWRUGHGLVVHQVmRVXEOLQKDGRQRtexto) pode ser substitudo, sem prejuzo de sentido, por: sobremaneira um fator de disputa.

    Questo 05 (CESPE) Programador de Computador TJ-SE/2014 (Adaptada)

    No imaginrio Livro das Espcies, que, teimosamente, repousa na estante da histria do futebol, os brasileiros figuram como macacos no mnimo h mais de noventa anos. Em 1920, ao disputarem o campeonato sul-americano no Chile, os LQWHJUDQWHV GD HTXLSH QDFLRQDO IRUDP FKDPDGRV GH PDFDTXLWRV SRU XP MRUQDOargentino. O Brasil se indignou, porm pelos motivos errados: para o governo, conforme se l no apndice do livro de Mario Filho (1908-1966), O Negro no Futebol %UDVLOHLURDTXHVWmRSDVVDYDSHODLPDJHPTXHD5HS~EOLFDSUHFLVDYDFRQVWUXLUGHsi prpria, deixando para trs os vestgios ligados escravido e miscigenao,

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    HPXPPRPHQWRHPTXHRVGLVFXUVRVHPWRUQRGDHXJHQLDHUDPLPSHUDWLYRV2escritor carioca Lima Barreto (1881-1922), mulato e pobre, para quem o futebol era HPLQHQWHPHQWH XP IDWRU GH GLVVHQVmR GHVWDFRX FRP LURQLD HP XPD Iamosa FU{QLFDTXHDQRVVDYLQJDQoDpTXHRVDUJHQWLQRVQmRGLVWLQJXHPHPQyVFRUHVWRGRV QyV SDUD HOHV VRPRV PDFDTXLWRV 1R GRPLQJR R WDO /LYUR GDV (VSpFLHVJDQKRXLQIHOL]PHQWHXPDQRYDHGLomRPDVSHORPHQRVUHYLVWDHDWXDOL]DGD(com issoXPDYHUVmRGRWRGRVVRPRVPDFDTXLWRV

    Eram trinta minutos do segundo tempo do jogo Villareal versus Barcelona quando o brasileiro Daniel Alves, titular da equipe azul e gren, se encaminhou para bater um escanteio. Uma banana, ento, foi atirada ePVXDGLUHomR2ODWHUDOXPEDLDQRGHWULQWDDQRVGHLGDGHSDUGRFRPRVHGL]QRVFHQVRVHGHROKRVYHUGHVUHDJLXGHforma inesperada para o pblico e certamente tambm para o agressor: pegou a fruta, descascou-a e a ps na boca.

    Aquele era o oitavo caso de racismo nos gramados espanhis somente na atual temporada. Teria sido alvo de tmidos protestos no fosse a reao irreverente do jogador brasileiro HDHQWUDGDHPFHQDGRFUDTXH1H\PDUVHXFRPSDQKHLURGHBarcelona e da seleo brasileira. Na noite do prprio domingo, o atacante postou trs imagens em sua conta no Instagram. Na ltima delas, aparecia empunhando XPDEDQDQDDR ODGRGH VHX ILOKR'DYL /XFFDTXHSRU VXDYH] VHJXUDYDXPDprovidencial banana de pelcia. Na legenda, o ex-santista escreveu a hashtag #somostodosmacacos em quatro idiomas: portugus, ingls, espanhol e Catalo. At a ltima quinta-feira, essa postagem havia recebido quase 580.000 curtidas, HQTXDQWRXPDOHJLmRGHFHOHEULGDGHVGRVHVSRUWHVGDVDUWHVGDSROtWLFDHWF repetia o gesto em apoio a Daniel Alves.

    Rinaldo Gama. Como Daniel Alves derrotou o racismo. Internet: (com adaptaes).

    Julgue o item abaixo.

    2 WUHFKR 7HULD VLGR DOYR GH WtPLGRV SURWHVWRV QmR IRVVH D reao irreverente do MRJDGRU EUDVLOHLUR VXEOLQKDGR QR WH[WR SRGHULD VHU UHHVFULWR VHP SUHMXt]R GDcoerncia do texto, da seguinte forma: O racismo teria sido alvo de grandes protestos, se no fosse a reao irreverente do jogador brasileiro.

    Questo 06 (CESPE) Conhecimentos Bsicos para os Cargos 4 e 8 TC-DF/2014

    (Adaptada)

    Na casa todos dormiam. Todos, menos a irm.

    Era quieta, essa irm. No cantava, no ria; mal falava. Trazia gua do poo, varria o terreiro, passava a roupa, comia pouco, magra que era e ia para a cama sem dar boa-noite a ningum. Dormia num puxado, um quartinho s dela; tinha nojo dos irmos. Se, na cama, suspirava ou revirava os olhos, nunca ningum viu. O nome dela era Honesta.

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    (Nome dado pela me. O pai queria-a ali, na roa; a me, porm, tinha esperana que um dia a filha deixasse o campo e fosse para a cidade se empregar na casa de uma famlia de bem. E que melhor nome para uma empregada do que Honesta? O pai acreditava no campo; a me secretamente ansiava pela cidade por um cinema! Nunca tinha entrado num cinema! Minha filha far isto por mim, dizia-se, sem notar que a filha vagueava por paisagens estranhas, distantes do campo, distantes da cidade, distantes de tudo. [...])

    Moacyr Scliar. Doutor Miragem. Porto Alegre: L&PM, 1998, p. 22-3 (com adaptaes).

    Julgue o item subsequente, com base nas ideias e estruturas lingusticas do texto acima.

    $ H[SUHVVmR YDJXHDYD SRU VXEOLQKDGD QR WH[WR SRGHULD VHU VXEVWLWXtGDpor VRQKDYDFRPVHPSUHMXt]RDRVHQWLGRRULJinal do texto.

    Questo 07 (CESPE) Conhecimentos Bsicos para os Cargos 4 e 8 TC-DF/2014

    (Adaptada)

    O Programa Cincia sem Fronteiras, lanado em 2011, busca promover a consolidao, expanso e internacionalizao da cincia e tecnologia brasileiras, com inovao e competitividade, por meio do intercmbio com outros pases. No mbito do programa, sero concedidas, at 2015, mais de 100 mil bolsas de estudos no exterior para estudantes de graduao e ps-graduao. O Cincia sem Fronteiras tambm pretende atrair pesquisadores do exterior interessados em trabalhar no Brasil. Esse incentivo torna-se imperativo no incio do sculo XXI, devido extrema velocidade com que cincia e tecnologia se desenvolvem. H dcadas, pases como China e ndia tm enviado estudantes para pases centrais, com resultados muito positivos. Provavelmente, o programa brasileiro vai acelerar a mobilidade internacional e proporcionar avanos na cincia brasileira. Essa iniciativa louvvel talvez inspire outras no menos importantes como o estmulo mobilidade nacional de estudantes , que ainda so incipientes. Estudantes do Acre, de Rondnia ou do Maranho certamente seriam beneficiados com a estada de um ano em universidades de So Paulo, Rio de Janeiro e Braslia. Da mesma forma, alunos de So Paulo, Rio de Janeiro e Braslia se beneficiariam com uma temporada no Acre, em Rondnia ou no Maranho. Essa troca de experincias seria um instrumento de coeso e compreenso dos diferentes aspectos culturais e de problemas comuns e especficos de diferentes regies brasileiras.

    Isaac Roitman. Brasil sem fronteiras. In: Revista DARCY. Braslia: UnB, n. 11, jun.-jul./2012, p. 7 (com adaptaes).

    Julgue o item subsequente, no que se refere s ideias e aos aspectos lingusticos do texto acima.

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    Seriam mantidos a correo gramatical e o sentido original do texto caso a locuo WrPHQYLDGRVXEOLQKDGDQRWH[WRIRVVHVXEVWLWXtGDSRUHQYLDUDP

    Questo 08 (CESPE) Conhecimentos Bsicos para os Cargos 4 e 8 TC-DF/2014

    (Adaptada)

    O Programa Cincia sem Fronteiras, lanado em 2011, busca promover a consolidao, expanso e internacionalizao da cincia e tecnologia brasileiras, com inovao e competitividade, por meio do intercmbio com outros pases. No mbito do programa, sero concedidas, at 2015, mais de 100 mil bolsas de estudos no exterior para estudantes de graduao e ps-graduao. O Cincia sem Fronteiras tambm pretende atrair pesquisadores do exterior interessados em trabalhar no Brasil. Esse incentivo torna-se imperativo no incio do sculo XXI, devido extrema velocidade com que cincia e tecnologia se desenvolvem. H dcadas, pases como China e ndia tm enviado estudantes para pases centrais, com resultados muito positivos. Provavelmente, o programa brasileiro vai acelerar a mobilidade internacional e proporcionar avanos na cincia brasileira. Essa iniciativa louvvel talvez inspire outras no menos importantes como o estmulo mobilidade nacional de estudantes , que ainda so incipientes. Estudantes do Acre, de Rondnia ou do Maranho certamente seriam beneficiados com a estada de um ano em universidades de So Paulo, Rio de Janeiro e Braslia. Da mesma forma, alunos de So Paulo, Rio de Janeiro e Braslia se beneficiariam com uma temporada no Acre, em Rondnia ou no Maranho. Essa troca de experincias seria um instrumento de coeso e compreenso dos diferentes aspectos culturais e de problemas comuns e especficos de diferentes regies brasileiras.

    Isaac Roitman. Brasil sem fronteiras. In: Revista DARCY. Braslia: UnB, n. 11, jun.-jul./2012, p. 7 (com adaptaes).

    Julgue o item subsequente, no que se refere s ideias e aos aspectos lingusticos do texto acima.

    Seriam preservados o sentido original do texto e sua correo gramatical caso o WUHFKR WDPEpP SUHWHQGH DWUDLU VXEOLQhado no texto) fosse substitudo por pretende, ainda, atrair.

    Questo 09 (CESPE) Analista Judicirio TRE-GO/2015

    Os primeiros anos que se seguiram Proclamao da Repblica foram de grandes incertezas quanto aos trilhos que a nova forma de governo deveria seguir. Em uma rpida olhada, identificam-se dois grupos que defendiam diferentes formas de se exercer o poder da Repblica: os civis e os militares. Os civis, representados pelas elites das principais provncias So Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul , queriam uma repblica federativa que desse muita autonomia s unidades regionais. Os militares, por outro lado, defendiam um Poder Executivo forte e se opunham autonomia buscada pelos civis. Isso sem mencionar as

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    acirradas disputas internas de cada grupo. Esse era um quadro que demonstrava a grande instabilidade sentida pelos cidados que viveram naqueles anos. Mas havia cidados?

    Formalmente, a Constituio de 1891 definia como cidados os brasileiros natos e, em regra, os naturalizados. Podiam votar os cidados com mais de vinte e um anos de idade que tivessem se alistado conforme determinao legal. Mas o que, exatamente, significava isso? Em 1894, na primeira eleio para presidente da Repblica, votaram 2,2% da populao. Tudo indica que, apesar de a Repblica ter abolido o critrio censitrio e adotado o voto direto, a participao popular continuou sendo muito baixa em virtude, principalmente, da proibio do voto dos analfabetos e das mulheres.

    No que se refere legislao eleitoral, alguns instrumentos legais vieram a pblico, mas nenhum deles alterou profundamente o processo eleitoral da poca. As principais alteraes promovidas na legislao contemplaram o fim do voto censitrio e a manuteno do voto direto. Essas modificaes, embora importantes, tiveram pouca repercusso prtica, j que o voto ainda era restrito analfabetos e mulheres no votavam e o processo eleitoral continuava permeado por toda sorte de fraudes.

    Ane Ferrari Ramos Cajado, Thiago Dornelles e Amanda Camylla Pereira. Eleies no Brasil: uma histria de 500 anos. Braslia: Tribunal Superior Eleitoral, 2014, p. 27-8. Internet: (com

    adaptaes).

    Julgue o item que se segue, acerca das estruturas lingusticas do texto.

    2 WUHFKR TXH VH VHJXLUDP j 3URFODPDomR VXEOLQKDGR QR WH[WR SRGHULD VHUreescrito, sem alterao da ideia original nem prejuzo gramatical, da seguinte forma: que seguiram a Proclamao.

    Questo 10 (CESPE) Nvel Superior Anatel/2014 (Texto para as questes 10 e 11)

    A ANATEL anunciou novas regras para os servios de telefonia fixa e mvel, banda larga e televiso por assinatura, que buscam melhorar a transparncia das empresas com seus clientes e ampliar os direitos dos ltimos em relao oferta de servios. Destacam-se, entre as novas normas, aquelas que facilitam a vida do usurio e reduzem as barreiras de contato com a contratada, como a exigncia de que haja uma forma de cancelamento por meio da Internet, a obrigatoriedade de que a empresa retorne a ligao que caia durante um atendimento e a necessidade de que o cliente receba retornos a suas solicitaes em, no mximo, trinta dias. Alm disso, as promoes devem ser mais transparentes e ampliadas a todos os contratantes, estendendo-se aos que j possuem produtos e no usufruem de nenhuma condio especial.

    A estratgia da agncia reguladora de fato parece contribuir para que o consumidor seja mais bem atendido e tenha acesso a todos os benefcios a que tem direito. No entanto, necessrio que a fiscalizao seja estrita, uma vez que as regras desse setor so recorrentemente atualizadas e mesmo assim boa parte das empresas

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    permanece com prticas irregulares. A baixa competitividade do mercado faz com que a qualidade dos servios e do atendimento oferecidos deixe a desejar e permite que os preos cobrados por pacotes de canais, minutos para celular ou Internet assumam valores altos, sobretudo quando comparados aos de outros pases.

    aconselhvel que o usurio permanea sempre atento s ofertas disponveis no somente na empresa contratada como tambm em suas concorrentes, para aumentar seu poder de barganha em momentos nos quais quiser negociar preos e condies melhores. A solicitao de portabilidade ou a demonstrao da inteno de trocar os servios pelos oferecidos por uma concorrente que oferea condies melhores tm-se mostrado boas estratgias, visto que as empresas comumente dispem de vantagens para no perder seus consumidores.

    Samy Dana. De olho em gastos com telefonia e direitos de consumidores. In: Folha de S.Paulo, 21/7/2014 (com adaptaes).

    O item subsequente apresenta uma proposta de reescrita de trecho do texto. Julgue-o com relao correo gramatical e preservao da informao prestada no texto original.

    1R HQWDQWR LUUHJXODUHV VXEOLQKDGR QR WH[WR 7RGDYLD p SUHFLVR TXH Dfiscalizao seja rigorosa, haja vista que as regras aplicveis a esse setor so frequentemente atualizadas e ainda assim boa parte das empresas d continuidade a prticas irregulares.

    Questo 11 (CESPE) Nvel Superior Anatel/2014

    O item subsequente apresenta uma proposta de reescrita de trecho do texto. Julgue-o com relao correo gramatical e preservao da informao prestada no texto original.

    SDUDDXPHQWDUPHOKRUHVVXEOLQKDGRQR WH[WRFRPYLVWDVDDXPHQWDUVHXpoder de barganha em ocasies que desejar discutir preos e condies melhores.

    Questo 12 (CESPE) Analista Judicirio TJ-CE/2014

    As experincias perdidas constituem uma rede de lembranas legtimas. Pode at ser que o vivido mesmo, po po, queijo queijo, ocupe uma parte bem reduzida de nossas memrias. Penso que existe um acervo de saudades lotado de imagens do que se viveu s atravs de relatos alheios, da literatura e da imaginao. possvel ter saudades, por exemplo, da infncia da sua av, se ela te contou episdios com graa, imaginao e alguma nostalgia. Algumas cenas contadas por ela passam a te pertencer tambm.

    As saudades do que eu queria ter feito e no fiz se constroem de trs pra frente. depois, s depois, que voc se d conta de que prestou ateno ao que acontecia sua direita e no percebeu algo muito mais interessante que se passava esquerda. Ou vice-versa. Claro, existem tambm as escolhas. Nesse caso penso que se eu

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    quisesse mesmo, mesmo, fazer x em vez de y, teria feito. Essa coleo de vacilos escreve uma histria. No horizonte virtual das possibilidades que foram deixadas pra traz, deve haver um duplo meu, vivendo a vida que foi dos outros.

    No recebi o impacto dos primeiros filmes de Glauber Rocha, nem do Godard dos anos 60. Mas no me entrego no em matria de filmes e livros, tudo se recupera. Viva os livros e filmes que no li nem vi. Por conta deles, estou salva do tdio at morrer.

    A lista das coisas perdidas no tem fim. S as canes eu no deixei passar. As canes me salvaram de ficar fora do mundo. Estavam todas no ar, trazidas pelo vento diretamente para minha memria musical. Respirei canes, sonhei canes, entendi o Brasil desde o primeiro samba, porque existem as canes. Vivi sempre a condio dessa cidadania dupla, uma vida no cho, outra no plano das canes que recobrem o mundo ou, pelo menos, o pas em que nasci. As canes ampliaram o meu tempo, transcenderam o presente e, 34 numa gambiarra genial, juntaram um monte de pontas soltas desde antes de eu nascer.

    As canes: j que no virei cantora opa: eis a um arrependimento sincero! , espero um dia escrever alguma coisa altura delas.

    Maria Rita Khel. In: Internet: (com adaptaes).

    Sem prejuzo do sentido original do texto e de sua correo gramatical, o WUHFKR$VFDQo}HVPHVDOYDUDPGHILFDUIRUDGRPXQGR(VWDYDPWRGDVQRDU WUD]LGDV SHOR YHQWR GLUHWDPHQWH SDUD PLQKD PHPyULD PXVLFDO(sublinhado no texto) poderia ser reescrito da seguinte forma:

    a) As canes, que estavam todas no ar, trazidas pelo vento diretamente para minha memria musical, salvaram-me de ficar fora do mundo.

    b) Trazidas pelo vento diretamente para minha memria musical, todas as canes, que estavam no ar, me salvaram de ficar fora do mundo.

    c) As canes me salvaram de ficar fora do mundo, que estavam todas no ar, trazidas pelo vento diretamente para minha memria musical.

    d) As canes, trazidas pelo vento diretamente para minha memria musical, me salvaram de ficar fora do mundo quando estavam todas no ar.

    e) As canes que estavam todas no ar, trazidas pelo vento diretamente para minha memria musical, me salvaram de ficar fora do mundo.

    Questo 13 (CESPE) Analista Judicirio TJ-CE/2014

    Dado o carter transitrio de nossas lembranas, a passagem do tempo est entre os principais fatores que afetam negativamente a qualidade de uma recordao, porque promove o esquecimento e facilita a ocorrncia de distores da memria. medida que o tempo transcorre e novas informaes vo sendo processadas, tendemos a esquecer informao sobre eventos passados. A transitoriedade

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    DSRQWDGDSRU6FKDFWHU FRPRXPGRV VHWHSHFDGRVDRVTXDLVDPHPyULDhumana est sujeita e envolve o esquecimento e o empobrecimento de nossas UHFRUGDo}HV &RP R WHPSR QRVVDV UHFRUGDo}HV SHUGHP D IRUoD H D ULTXH]Dtornando-se mais genricas, pobres em detalhes e com menor vivacidade. A recuperao de um fato na memria tende, com o tempo, a ter como base os aspectos mais gerais da experincia, ou mesmo o conhecimento que temos sobre o episdio vivido e no a recordao do que de fato aconteceu. Tal processo, que envolve a passagem de recordaes mais especficas e detalhadas a descries mais gerais e reconstrutivas da experincia, cria, por sua vez, um solo frtil para a RFRUUrQFLD GH RXWURV HUURV e distores da memria. Tais distores so observadas tanto em relatos de adultos quanto nos de crianas.

    Internet:

    6HP SUHMXt]R GR VHQWLGR RULJLQDO GR WH[WR R SHUtRGR 'DGR R FDUiWHUtransitrio de nossas lembranas, a passagem do tempo est entre os principais fatores que afetam negativamente a qualidade de uma recordao, porque promove o esquecimento e facilita a ocorrncia de GLVWRUo}HV GD PHPyULD VXEOLQKDGR QR WH[WR SRGHULD VHU FRUUHWDPHQWHreescrito da maneira a seguir:

    a) Dado o carter transitrio de nossas lembranas, a passagem do tempo est entre os fatores elementares, afetando negativamente a qualidade de uma recordao, ao promover o esquecimento e ao facilitar a ocorrncia de distores da memria.

    b) Em razo do carter transitrio de nossas lembranas, a passagem do tempo, uma vez que promove o esquecimento e facilita a ocorrncia de distores da memria, est entre os principais fatores que afetam negativamente a qualidade de uma recordao.

    c) A passagem do tempo, devido o carter transitrio de nossas lembranas, est entre os principais fatores afetando negativamente a qualidade de uma recordao, porque promove o esquecimento e facilita a ocorrncia de distores da memria.

    d) Diante do carter transitrio de nossas lembranas, a passagem do tempo est entre os principais fatores que afeta negativamente a qualidade de uma recordao, pois, ao promover o esquecimento, facilita a ocorrncia de distores da memria.

    e) A passagem do tempo est, entre os principais fatores, que afetam negativamente a qualidade de uma recordao, onde promove o esquecimento e facilita a ocorrncia de distores da memria, diante do carter transitrio de nossas lembranas.

    Questo 14 (CESPE) Nvel Superior ICMBio/2014

    Construmos coisas o tempo todo, mas como saberemos quanto tempo vo durar? Se construirmos depsitos para resduos nucleares, precisaremos ter certeza de que os contineres vo resistir at que o material dentro deles no mais seja perigoso. E, se no quisermos encher o planeta de lixo, bom sabermos quanto tempo leva

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    para que plsticos e outros materiais se decomponham. A nica forma de termos certeza submetendo esses materiais a testes de estresse por cerca de 100 mil anos para ver como reagem. Ento, poderamos aprender a construir coisas que realmente duram RX TXH VH GHFRPS}HP GH XPD IRUPD YHUGH ([SHULPHQWRVsubmeteriam materiais ao desgaste e a ataques qumicos, como variaes de alcalinidade, e, ainda, alterariam a temperatura ambiente para simular os ciclos de dia e noite e das estaes. Com as tcnicas de simulao em laboratrios de que dispomos atualmente, por exemplo, no se pode prever como ser o desempenho da bateria de um carro eltrico nos prximos quinze anos. As simulaes de computador podem, por fim, tornar-se sofisticadas a ponto de substituir experimentos de longo prazo. Enquanto isso, no entanto, precisamos adotar cautela extra ao construirmos coisas que precisam durar.

    Kristin Persson. Como os materiais se decompem? In: Scientific American Brasil, s/d, 2013 (com adaptaes)

    Acerca de aspectos estruturais do texto acima e das ideias nele contidas, julgue o item a seguir.

    $ H[SUHVVmR QR HQWDQWR VXEOLQKDGD QR WH[WR SRGHULD VHU VXEVWLWXtGD SHORvocbulo entretanto, sem que houvesse prejuzo correo gramatical e ao sentido do texto

    Questo 15 (CESPE) Nvel Superior ICMBio/2014

    O ofcio de catador conquistou espao em mbito pblico em 2010, com a sano da Poltica Nacional de Resduos Slidos. Aps vinte anos de tramitao, a nova lei regula a destinao dos produtos com ciclo de vida durvel, integrando o poder pblico, as empresas e a populao na gesto dos resduos. Os estados e municpios devero adotar os novos parmetros at agosto de 2014, caso contrrio, no recebero recursos da Unio. Nesse contexto, a lei prope incentivos dos municpios para a organizao desses trabalhadores em cooperativas, em detrimento do trabalho autnomo dos catadores de rua. A maioria dos catadores autnomos, entretanto, moradora de rua ou desempregada, sem acesso ao mercado de trabalho formal. Em muitos casos, so dependentes qumicos ou alcolatras, e no tm horrios estabelecidos para o trabalho. Entre as razes para preferir a informalidade, esto a liberdade para estabelecer horrios, a desconfiana da hierarquia das cooperativas, o pagamento semanal em vez de dirio e a incompatibilidade com a forma da organizao.

    Emily Almeida. Emancipao dos catadores. In: Darcy, set.-out./2013 (com adaptaes)

    Acerca de aspectos estruturais do texto acima e das ideias nele contidas, julgue o item a seguir.

    Sem prejuzo para o sentido original e para a correo gramatical do texto, o SHUtRGR(PPXLWRVFDVRVWUDEDOKRVXEOLQKDGRQRWH[WRSRGHULDVHUUHHVFULWR

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    da seguinte forma: Em muitos casos, o catador dependente qumico ou alcolatra, e no tem horrios estabelecidos para o trabalho.

    Questo 16 (CESPE) Analista Legislativo Cmara dos Deputados/2014 (Texto para as questes 16 e 17)

    O calor infernal nas regies Sul e Sudeste no comeo do ano parece um evento singular. Uma breve retrospectiva da histria do planeta nos ltimos anos, contudo, mostra que esses episdios esto se tornando cada vez mais comuns. Sem dvida alguma, haver outras ondas de calor to fortes quanto essa ou maiores que ela ao ORQJR GDV SUy[LPDV GpFDGDV (VVHV VmR RV FKDPDGRV HYHQWRV H[WUHPRV 1HVVHrtulo se enquadram a ampliao do nmero de furaces por temporada, as secas na Amaznia, as ondas de calor e os alagamentos, entre outros. O aumento da frequncia dos eventos extremos o principal sintoma das mudanas climticas que vo muito alm do calor. o que cientistas afirmam h anos. Pode parecer paradoxal, mas os modelos climticos explicam como o aumento mdio de temperatura da Terra leva a invernos mais rigorosos. Sobre o Polo Norte, existe o que os cientistas chamam de vrtice polar. um ciclone permanente que fica ali, girando. Em sua fora normal, ele segura as frentes frias nessas altas latitudes. Entretanto, com a temperatura da Terra cada vez mais alta, existe uma tendncia de que o vrtice polar se enfraquea. Assim, as frentes frias, antes fortemente presas naquela regio, dissipam-se para latitudes mais baixas, o que faz com que o frio polar chegue aos Estados Unidos da Amrica, por exemplo. Mudana climtica no sinnimo puro e simples de aumento da temperatura mdia da Terra. Outros processos, que envolvem a possvel savanizao da Amaznia, o aumento dos desertos e o deslocamento das regies mais propcias para a agricultura, tambm esto inclusos no pacote.

    Salvador Nogueira. Clima extremo. In: Superinteressante, mar./2014 (com adaptaes).

    Em relao ao texto acima, julgue o item a seguir.

    $ VXEVWLWXLomR GD IRUPD YHUEDO FKDPDP VXEOLQKDGD QR WH[WR SHOD forma verbal denominam no prejudicaria a correo gramatical ou o sentido original do texto.

    Questo 17 (CESPE) Analista Legislativo Cmara dos Deputados/2014

    Em relao ao texto acima, julgue o item a seguir.

    2 SHUtRGR 8PD EUHYH UHWURVSHFWLYD FDGD YH] PDLV FRPXQV VXEOLQKDGR QRtexto) poderia ser corretamente reescrito da seguinte forma: Contudo, uma breve retrospectiva da histria do planeta nos ltimos anos, mostra que esses episdios esto se tornando cada vez mais comuns.

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    Questo 18 (CESPE) Contador MTE/2014

    3DVVH Oi QR 5+ 1mR VmR SRXFDV DV YH]HV HP TXH RV FRODERUDGRUHV GH XPDempresa recebem essa orientao. No so poucos os chefes que no sabem como tratar um tema que envolve seus subordinados, ou no tm coragem de faz-lo, e empurram a responsabilidade para seus colegas da rea de recursos humanos. Promover ou comunicar um aumento de salrio com o chefe mesmo; resolver conflitos, comunicar uma demisso, selecionar pessoas, identificar necessidades de WUHLQDPHQWRpOiFRPR5+(PSOHQRVpFXOR;;,DLQGDH[LVWHPHPSUHVDVFXMRVexecutivos no sabem quem so os reais responsveis pela gesto de seu capital humano. Os responsveis pela gesto de pessoas em uma organizao so os gestores, e no a rea de RH. Gente o ativo mais importante nas organizaes: o propulsor que as move e lhes d vida. Portanto, os aspectos que envolvem a gesto de pessoas tm de ser tratados como parte de uma poltica de valorizao desse ativo, na qual gestores e RH so vasos comunicantes, trabalhando em conjunto, cada um desempenhando seu papel de forma adequada.

    Jos Luiz Bichuetti. Gesto de pessoas no com o RH! In: Harvard Business Review Brasil. (com adaptaes).

    Acerca dos aspectos estruturais e interpretativos do texto acima, julgue o item a seguir.

    No haveria prejuzo para a correo gramatical do texto nem alterao de seu VHQWLGRRULJLQDOFDVRRSHUtRGR2VUHVSRQViYHLVGH5+VXEOLQKDGRQRWH[WRfosse reescrito da seguinte forma: A responsabilidade pela gesto de pessoas em uma organizao no cabe aos gestores, mas rea de RH.

    Questo 19 (CESPE) Contador MTE/2014

    A possibilidade de ter renda permanente, possuir uma vida confortvel e no ser escravo do salrio ainda uma realidade apenas para uma pequena parcela da populao brasileira. Com maior acesso ao crdito e aos bens de consumo, a maioria das pessoas, mesmo com maior permanncia no emprego, ainda gasta muito mais do que ganha e, eventualmente, contrai dvidas que arrunam qualquer possibilidade de estabilidade financeira. Desde que se tenha disposio para promover algumas mudanas de comportamento, que, inicialmente, podem parecer complicadas, ser possvel construir um novo cenrio e passar definitivamente de devedor para investidor. O primeiro passo o pagamento das dvidas mais caras, com juros mais altos, como, por exemplo, as dvidas contradas no carto de crdito. Pagar as contas do cotidiano no prazo correto tambm colabora para o equilbrio financeiro. H ainda outros mitos que fazem parte do comportamento do brasileiro. Entre eles, destacam-se o conceito de que, para ser investidor, preciso ter muito dinheiro disponvel e a ideia de que os produtos existentes no mercado financeiro so muito complexos.

    Mauro Calil. Deixe de ser devedor. Internet: (com adaptaes).

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    Julgue o item subsequente, referentes s ideias e aos aspectos lingusticos do texto acima.

    6HULDPPDQWLGDVDFRHUrQFLD WH[WXDOHD FRUUHomRJUDPDWLFDO VHRSHUtRGR 'HVGHTXHSDUDLQYHVWLGRUVXEOLQKDGRQRWH[WRIRVVHUHHVFULWR da seguinte forma: A menos que se tenha disposio para promover algumas mudanas de comportamento, que, inicialmente, podem parecer complicadas, no ser possvel construir um novo cenrio e passar definitivamente de devedor para investidor.

    Questo 20 (CESPE) Mdico do Trabalho CAIXA/2014

    H grande variao nos padres de consumo em diferentes partes do mundo, conforme o nvel de desenvolvimento e das condies de produo. reas desenvolvidas consomem diferentes propores de alimentos quando comparadas s em desenvolvimento. Maiores propores de alimentos de origem animal, variados tipos de vegetais, frutos, acares e bebidas so consumidos nas reas desenvolvidas, enquanto nas em desenvolvimento consomem-se grandes quantidades de cereais e starchy foods (razes, tubrculos, incluindo batata, batata-doce, inhame e mandioca). Nos pases em desenvolvimento, o consumo de vegetais e frutas menor do que nos pases desenvolvidos e o consumo de alimentos de origem animal mnimo. O consumo de acar vem aumentando em todas as partes do mundo. Em alguns pases em desenvolvimento, esse consumo tem aumentado mais do que nos pases desenvolvidos. Mas o acar particularmente muito consumido na Amrica do Norte, na Oceania, na maioria dos pases europeus e na Amrica Latina. As mais elevadas propores no consumo de leos e gorduras verificam-se entre os pases da Europa e Amrica do Norte. Entre as bebidas alcolicas, cervejas e vinhos so as mais comuns em todo o mundo, mas seu consumo ocorre principalmente na Europa. Em todas as partes do mundo, so usadas bebidas alcolicas, mas essas bebidas no acompanham a dieta diria da mesma forma que a cerveja e o vinho.

    Edeli Simioni de Abreu et al. Alimentao mundial: uma reflexo sobre a histria. In: Revista Sade e Sociedade. 2001, vol. 10, n. 2, p. 3-14 (com adaptaes).

    Em relao s ideias e a aspectos lingusticos do texto acima, julgue o item seguinte.

    Caso se optasse pela estrutura pronominal, escrevendo-se mas a Europa os consome mais HP OXJDU GR WUHFKR PDV VHX FRQVXPR RFRUUH SULQFLSDOPHQWH QD(XURSDVXEOLQKDGRQRWH[WRQmRKDYHULDSUHMXt]RSDUDDFRUUHomRJUDPDWLFDOQHPpara o sentido original do texto.

    Questo 21 (CESPE) Oficial da Polcia Militar PM-CE/2013

    Mundo animal

    No morro atrs de onde eu moro vivem alguns urubus. Eles decolam juntos, cerca de dez, e aproveitam as correntes ascendentes para alcanar as nuvens sobre a

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    Lagoa Rodrigo de Freitas. Depois, planam de volta, dando rasantes na varanda de casa. O grupo dorme na copa das rvores e lembra o dos carcars do Mogli. s vezes, eles costumam pegar sol no terrao. Sempre que dou de cara com um, trato-o com respeito. O urubu um pssaro grande, feio e mal-encarado, mas da paz. Ele no ataca e s vai embora se algum o afugenta com gritos.

    Recentemente, notei que um bem-te-vi aparecia todos os dias de manh para roubar a palha da palmeira do jardim. De vez em quando, trazia a senhora para ajudar no ninho. Comecei a colocar po na mesa de fora, e eles se habituaram a tomar o caf conosco. Agora, quando no encontram o repasto, cantam, reclamando do atraso. Um outro casal descobriu o banquete, no sei a que gnero esses dois pertencem. A cor um verde-escuro brilhante, o tamanho menor do que o do bem-te-vi e o Pavarotti da dupla o macho.

    A ideia de prender um passarinho na gaiola, por mais que ele se acostume com o dono, muito triste. Comprei um periquito, uma vez, criado em crcere privado, e o soltei na sala. Achei que ele ia gostar de ter espao. Sa para trabalhar e, quando voltei, o pobre estava morto atrs da poltrona. Ele tentou sair e morreu dando cabeadas no vidro. Carrego a culpa at hoje. De boas intenes o inferno est cheio.

    O Rio de Janeiro existe entre l e c, entre o asfalto e a mata atlntica, mas a fauna daqui mais delicada do que a africana e a indiana. Quem tem janela perto do verde conhece bem o que conviver com os micos. Nos meus tempos de So Conrado, eu costumava acordar com um monte deles esperando a boia. Foi a primeira vez que experimentei cativar espcies no domesticadas.

    Lano aqui a campanha: crie vnculos com um curi, uma paca ou um formigueiro que seja. Eles so fiis e conectam voc com a me natureza. Experimente, ponha um pozinho no parapeito e veja se algum aparece.

    Fernanda Torres. In: Veja Rio, 2/12/2012 (com adaptaes).

    Com relao s ideias e s suas estruturas lingusticas do texto apresentado, julgue o item a seguir.

    1RWUHFKR'HYH]HPTXDQGRWUD]LDDVHQKRUDSDUDDMXGDUQRQLQKRVXEOLQKDGRQR WH[WR R VXEVWDQWLYR VHQKRUD SRGH VHU VXEVWLWXtGR VHP SUHMXt]R SDUD DVinformaes veiculadas no texto, pelo termo fmea.

    Questo 22 (CESPE) Nvel Superior SUFRAMA/2013

    As lnguas amaznicas hoje: quantidade e diversidade

    Atualmente so faladas na Amaznia cerca de 250 lnguas indgenas, cerca de 150 em territrio brasileiro. Embora aparentemente altos, esses nmeros so o resultado de um processo histrico a colonizao europeia da Amaznia que reduziu drasticamente a populao indgena nos ltimos 400 anos. Estima-se que, s na Amaznia brasileira, o nmero de lnguas e de povos teria sido de uns 700 imediatamente antes da penetrao dos portugueses. Apesar da extraordinria

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    reduo quantitativa, as lnguas ainda existentes apresentam considervel diversidade, o que caracteriza a Amaznia como uma das regies de maior diferenciao lingustica do mundo, com mais de 50 famlias lingusticas.

    Aryon DalO,JQD5RGULJXHV$VSHFWRVGDKLVWyULDGDVOtQJXDVLQGtJHQDVGD$PD]{QLD,Q0GRS. Simes (Org.). Sob o signo do Xingu. Belm: IFNOPAP/UFPA, 2003, p. 37-51 (com

    adaptaes).

    No que se refere s ideias e aos aspectos lingusticos do texto acima, julgue o item seguinte.

    Sem prejuzo da correo gramatical e do sentido original do texto, o trecho (VWLPD-VH TXH DQWHV GD SHQHWUDomR GRV SRUWXJXHVHV VXEOLQKDGR QR WH[WRpoderia ser reescrito da seguinte forma: Apenas na Amaznia brasileira se calcula que o nmero de lnguas e de povos teriam sido de 700 imediatamente antes da chegada dos colonizadores.

    Questo 23 (CESPE) Nvel Superior SUFRAMA/2013

    Com efeito, a habitao em cidades essencialmente antinatural, associa-se a manifestaes do esprito e da vontade, na medida em que esses se opem natureza. Para muitas naes conquistadoras, a construo de cidades foi o mais decisivo instrumento de dominao que conheceram. Max Weber mostra admiravelmente como a fundao de cidades representou, para o Oriente Prximo e particularmente para o mundo helenstico e para a Roma imperial, o meio especfico de criao de rgos locais de poder, acrescentando que o mesmo fenmeno se verifica na China, onde, ainda durante o sculo passado, a subjugao das tribos miaotse pode ser relacionada urbanizao de suas terras. E no foi sem boas razes que esses povos usaram de semelhante recurso, pois a experincia tem demonstrado que ele , entre todos, o mais duradouro e eficiente. As fronteiras econmicas estabelecidas no tempo e no espao pelas fundaes de cidades no Imprio Romano tornaram-se tambm as fronteiras do mundo que mais tarde ostentaria a herana da cultura clssica.

    Srgio Buarque de Holanda. Razes do Brasil. So Paulo: Companhia das Letras, 1995 (com adaptaes).

    Julgue o seguinte item, relativo ideia e ao aspecto semntico do texto apresentado.

    6HP SUHMXt]R GR VHQWLGR RULJLQDO GR WH[WR D H[SUHVVmR QD PHGLGD HP TXH(sublinhada no texto) poderia ser substituda por medida que.

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    Questo 24 (CESPE) Conhecimentos Bsicos TC-DF/2014 (Texto para as questes 24 e 25)

    O Programa Cincia sem Fronteiras, lanado em 2011, busca promover a consolidao, expanso e internacionalizao da cincia e tecnologia brasileiras, com inovao e competitividade, por meio do intercmbio com outros pases. No mbito do programa, sero concedidas, at 2015, mais de 100 mil bolsas de estudos no exterior para estudantes de graduao e ps-graduao. O Cincia sem Fronteiras tambm pretende atrair pesquisadores do exterior interessados em trabalhar no Brasil. Esse incentivo torna-se imperativo no incio do sculo XXI, devido extrema velocidade com que cincia e tecnologia se desenvolvem. H dcadas, pases como China e ndia tm enviado estudantes para pases centrais, com resultados muito positivos. Provavelmente, o programa brasileiro vai acelerar a mobilidade internacional e proporcionar avanos na cincia brasileira. Essa iniciativa louvvel talvez inspire outras no menos importantes como o estmulo mobilidade nacional de estudantes , que ainda so incipientes. Estudantes do Acre, de Rondnia ou do Maranho certamente seriam beneficiados com a estada de um ano em universidades de So Paulo, Rio de Janeiro e Braslia. Da mesma forma, alunos de So Paulo, Rio de Janeiro e Braslia se beneficiariam com uma temporada no Acre, em Rondnia ou no Maranho. Essa troca de experincias seria um instrumento de coeso e compreenso dos diferentes aspectos culturais e de problemas comuns e especficos de diferentes regies brasileiras.

    Isaac Roitman. Brasil sem fronteiras. In: Revista DARCY. Braslia: UnB, n. 11, jun.-jul./2012, p. 7 (com adaptaes)

    Julgue o item, no que se refere s ideias e aos aspectos lingusticos do texto acima.

    Conclui-se do texto que a velocidade do desenvolvimento da cincia e tecnologia impe a formulao de polticas voltadas ao intercmbio cientfico, caso do Cincia sem Fronteiras, cujo objetivo promover a consolidao, a expanso e a internacionalizao da cincia e tecnologia no Brasil.

    Questo 25 (CESPE) Conhecimentos Bsicos TC-DF/2014

    Julgue o item, no que se refere s ideias e aos aspectos lingusticos do texto acima.

    De acordo com o texto, a mobilidade interna de alunos vinculados a distintas universidades do pas resultaria em um choque cultural, o que poderia beneficiar tanto os prprios estudantes quanto a cincia, j que eles teriam de lidar com SUREOHPDV FRPXQV H HVSHFtILFRV GH GLIHUHQWHV UHJL}HV EUDVLOHLUDV WUHFKo sublinhado no texto).

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    Questo 26 (CESPE) Conhecimentos Bsicos ANTAQ/2014

    Um dos principais desafios para o Brasil conhecer a Amaznia. Sua vocao eminentemente hdrica impe, ao longo dos sculos, a necessidade do deslocamento de seus habitantes atravs dos rios. Muito antes da chegada dos colonizadores na Amaznia, os nativos j utilizavam canoas. Ainda hoje, grande parte da populao amaznica vive da pesca. Alm disso, o deslocamento do ribeirinho se faz atravs da infinidade de rios que retalham a grandeza territorial. Mas para conhecer a Amaznia de verdade preciso entender sua posio estratgica para o pas. Os rios so a chave para esse conhecimento. So as estradas que a natureza construiu e em cujas margens se desenvolveram inmeras povoaes. Portanto, impossvel pensar em Amaznia sem associar a importncia que os rios tm para o desenvolvimento econmico e social. Eles devem ser vistos como os grandes 16 propulsores do desenvolvimento sustentvel da regio.

    Domingos Savio Almeida Nogueira. In: Internet: (com adaptaes).

    Em relao ao texto acima, julgue o item a seguir.

    Predomina no texto a narrao, j que nele se identificam um cenrio e uma ao.

    Questo 27 (CESPE) Analista Tcnico Administrativo MDIC/2014 (Texto para as questes 27 e 28)

    O Congresso Nacional aprovou, em novembro de 2011, o Plano Brasil Maior, a poltica industrial do governo federal para os anos de 2011 a 2014. O plano cria possibilidades de uma mudana significativa na estrutura tributria brasileira, incentivando a competitividade da indstria nacional, especialmente no caso de estados de vocao exportadora como Minas Gerais. Minas o segundo estado que mais vende para o exterior, com uma participao que alcana em torno de 15% das vendas externas brasileiras.

    At outubro de 2011, o estado acumulou supervit comercial de US$ 23,7 bilhes, o maior valor observado entre todas as demais unidades da Federao. As exportaes alcanaram o volume de US$ 34,1 bilhes.

    Uma medida significativa do plano a previso de devoluo, ao exportador, de 3% da receita obtida com a venda de bens industrializados para o exterior. As empresas tero direito devoluo em espcie ou podero usar os recursos devolvidos para abater dbitos referentes a outros tributos com a Unio.

    Outra medida expressiva a desonerao da folha de pagamentos de setores intensivos em mo de obra, como confeces, calados e softwares, que concentram em Minas percentuais relevantes do total de postos de trabalho ofertados no pas: cerca de 11,5%, 8,1% e 8,0%, respectivamente. At 2014, esses setores deixaro de pagar a alquota de 20% da contribuio patronal para a previdncia social, que ser substituda por um percentual cobrado sobre a receita da empresa. O governo deixa, assim, de onerar a criao de empregos para

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    incentivar as contrataes e a formalizao. Tambm sero beneficiados pela medida os setores de couro, empresas de call center e empresas de transporte pblico coletivo urbano.

    Fernando Pimentel. In: Estado de Minas, 1./12/2011 (com adaptaes).

    Com base nas ideias desenvolvidas no texto, julgue o item a seguir. O texto apresenta algumas medidas do Plano Brasil Maior, elaborado pelo governo federal com o propsito especfico de beneficiar Minas Gerais.

    Questo 28 (CESPE) Analista Tcnico Administrativo MDIC/2014

    Com base nas ideias desenvolvidas no texto, julgue o item a seguir. Infere-se do texto que, para incentivar a competitividade das empresas, o governo federal adotou uma poltica de desonerao tributria.

    Questo 29 (CESPE) Auditor Governamental CGE-PI/2014

    Talvez o distinto leitor ou a irresistvel leitora sejam naturais, caso em que me apresso a esclarecer que nada tenho contra os naturais, antes pelo contrrio. Na verdade, alguns dos meus melhores amigos so naturais. Como, por exemplo, o festejadssimo cineasta patrcio Geraldo Sarno, que baiano e natural pois neste mundo as combinaes mais loucas so possveis. Certa feita, estava eu a trabalhar em sua ilustre companhia quando ele me convidou para almoar (os cineastas, tradicionalmente, tm bastante mais dinheiro do que os escritores; deve ser porque se queixam muito melhor). Aceito o convite, ele me leva a um restaurante que, apesar de simptico, me pareceu um pouco estranho. Por que a maior parte das pessoas comia com ar religioso e contrito? Que prato seria aquele que, olhos revirados para cima, mastigao estoica, e expresso de quem cumpria dever penosssimo, um casal comia, entre goles de uma substncia esverdeada e viscosa que lentamente se decantava para grande prejuzo de sua j emtica aparncia numa jarra suspeitosa? Logo fui esclarecido, quando meu companheiro e anfitrio, os olhos cintilantes e arregalados, me anunciou:

    Surpresa! Vais comer um almoo natural! Joo Ubaldo Ribeiro. A vida natural. In: Arte e cincia de roubar galinha. Rio de Janeiro: Nova

    Fronteira, 1998.

    Acerca das ideias e das estruturas lingusticas do texto I, julgue o item a seguir.

    Infere-se da leitura do texto que, para o autor, os baianos no so naturalmente adeptos da alimentao natural.

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    Questo 30 (CESPE) Tcnico MPU/2015

    A partir de uma ao do Ministrio Pblico Federal (MPF), o Tribunal Regional Federal da 2.a Regio (TRF2) determinou que a Google Brasil retirasse, em at 72 horas, 15 vdeos do YouTube que disseminam o preconceito, a intolerncia e a discriminao a religies de matriz africana, e fixou multa diria de R$ 50.000,00 em caso de descumprimento da ordem judicial. Na ao civil pblica, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidado (PRDC/RJ) alegou que a Constituio garante aos cidados no apenas a obrigao do Estado em respeitar as liberdades, mas tambm a obrigao de zelar para que elas sejam respeitadas pelas pessoas em suas relaes recprocas.

    Para a PRDC/RJ, somente a imediata excluso dos vdeos da Internet restauraria a dignidade de tratamento, que, nesse caso, foi negada s religies de matrizes africanas. Corroborando a viso do MPF, o TRF2 entendeu que a veiculao de vdeos potencialmente ofensivos e fomentadores do dio, da discriminao e da intolerncia contra religies de matrizes africanas no corresponde ao legtimo exerccio do direito liberdade de expresso. O tribunal considerou que a liberdade de expresso no se pode traduzir em desrespeito s diferentes manifestaes dessa mesma liberdade, pois ela encontra limites no prprio exerccio de outros direitos fundamentais.

    Internet: (com adaptaes).

    A respeito das ideias e das estruturas lingusticas do texto, julgue o item subsequente.

    Predomina no texto em apreo o tipo textual narrativo.

    Questo 31 (CESPE) Analista Judicirio TRE-GO/2015 (Texto para as questes 31 e 32)

    Os primeiros anos que se seguiram Proclamao da Repblica foram de grandes incertezas quanto aos trilhos que a nova forma de governo deveria seguir. Em uma rpida olhada, identificam-se dois grupos que defendiam diferentes formas de se exercer o poder da Repblica: os civis e os militares. Os civis, representados pelas elites das principais provncias So Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul , queriam uma repblica federativa que desse muita autonomia s unidades regionais. Os militares, por outro lado, defendiam um Poder Executivo forte e se opunham autonomia buscada pelos civis. Isso sem mencionar as acirradas disputas internas de cada grupo. Esse era um quadro que demonstrava a grande instabilidade sentida pelos cidados que viveram naqueles anos. Mas havia cidados?

    Formalmente, a Constituio de 1891 definia como cidados os brasileiros natos e, em regra, os naturalizados. Podiam votar os cidados com mais de vinte e um anos de idade que tivessem se alistado conforme determinao legal. Mas o que, exatamente, significava isso? Em 1894, na primeira eleio para presidente da Repblica, votaram 2,2% da populao. Tudo indica que, apesar de a Repblica ter

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    abolido o critrio censitrio e adotado o voto direto, a participao popular continuou sendo muito baixa em virtude, principalmente, da proibio do voto dos analfabetos e das mulheres.

    No que se refere legislao eleitoral, alguns instrumentos legais vieram a pblico, mas nenhum deles alterou profundamente o processo eleitoral da poca. As principais alteraes promovidas na legislao contemplaram o fim do voto censitrio e a manuteno do voto direto. Essas modificaes, embora importantes, tiveram pouca repercusso prtica, j que o voto ainda era restrito analfabetos e mulheres no votavam e o processo eleitoral continuava permeado por toda sorte de fraudes.

    Ane Ferrari Ramos Cajado, Thiago Dornelles e Amanda Camylla Pereira. Eleies no Brasil: uma histria de 500 anos. Braslia: Tribunal Superior Eleitoral, 2014, p. 27-8. Internet: (com

    adaptaes).

    De acordo com as ideias veiculadas no texto,

    os instrumentos legais acerca da legislao eleitoral que surgiram logo aps a promulgao da Constituio de 1891 tinham os objetivos de ampliar a parcela votante da populao e diminuir as fraudes ocorridas durante o processo eleitoral, mas fracassaram nesses aspectos.

    Questo 32 (CESPE) Analista Judicirio TRE-GO/2015

    De acordo com as ideias veiculadas no texto,

    o fim do voto censitrio e a manuteno do voto direto foram importantes porque denotaram a preocupao do governo com o povo e constituram o incio do processo democrtico no Brasil.

    Questo 33 (CESPE) Agente de Polcia Federal Polcia Federal/2014 (Texto para as questes 33 e 34)

    Migrar e trabalhar. Quando esses verbos se conjugam da pior forma possvel, acontece o chamado trfico de seres humanos. O trfico de pessoas para explorao econmica e sexual est relacionado ao modelo de desenvolvimento que o mundo adota. Esse modelo baseado em um entendimento de competitividade que pressiona por uma reduo constante nos custos do trabalho.

    No passado, os escravos eram capturados e vendidos como mercadoria. Hoje, a pobreza que torna populaes vulnerveis garante oferta de mo de obra para o trfico ao passo que a demanda por essa fora de trabalho sustenta o comrcio de pessoas. Esse ciclo atrai intermedirios, como os gatos (contratadores que aliciam pessoas para serem exploradas em fazendas e carvoarias), os coiotes (especializados em transportar pessoas pela fronteira entre o Mxico e os Estados Unidos da Amrica) e outros animais, que lucram sobre os que buscam uma vida

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    mais digna. Muitas vezes, a iniciativa privada uma das principais geradoras do trfico de pessoas e do trabalho escravo, ao forar o deslocamento de homens, mulheres e crianas para reduzir custos e lucrar. Na pecuria brasileira, na produo de cacau de Gana, nas tecelagens ou fbricas de tijolos do Paquisto.

    O trfico de pessoas e as formas contemporneas de trabalho escravo no so uma doena, e sim uma febre que indica que o corpo est doente. Por isso, sua erradicao no vir apenas com a libertao de trabalhadores, equivalente a um antitrmico necessrio, mas paliativo. O fim do trfico passa por uma mudana profunda, que altere o modelo de desenvolvimento predatrio do meio ambiente e dos trabalhadores. A escravido contempornea no um resqucio de antigas prticas que vo desaparecer com o avano do capital, mas um instrumento utilizado pelo capitalismo para se expandir.

    Leonardo Sakamoto. O trfico de seres humanos hoje. In: Histria viva. Internet: (com adaptaes).

    Julgue o item subsequente, acerca de ideias e estruturas lingusticas do texto acima.

    2V WHUPRV IHEUH VXEOLQKDGR QR WH[WR DQWLWpUPLFR VXEOLQKDGR QR WH[WR HSDOLDWLYRVXEOLQKDGRQR WH[WRH[SUHVVDPDDQDORJLDGR WUiILFRGHSHVVRDVHGRtrabalho escravo na atualidade com um padro doentio cuja erradicao passa pela libertao dos trabalhadores, embora no se limite a ela.

    Questo 34 (CESPE) Agente de Polcia Federal Polcia Federal/2014

    Julgue o item subsequente, acerca de ideias e estruturas lingusticas do texto acima.

    Segundo o texto, a devastao do meio ambiente e a explorao de mo de obra escrava caracterizam o modelo de desenvolvimento atual.

    Questo 35 (CESPE) Analista Judicirio TJ-SE/2014

    A vida do Brasil colonial era regida pelas Ordenaes Filipinas, um cdigo legal que se aplicava a Portugal e seus territrios ultramarinos. Com todas as letras, as Ordenaes Filipinas asseguravam ao marido o direito de matar a mulher caso a apanhasse em adultrio. Tambm podia mat-la por meramente suspeitar de traio. Previa-VHXP~QLFRFDVRGHSXQLomRVHQGRRPDULGRWUDtGRXPSHmRHRDPDQWHGHVXDPXOKHUXPDSHVVRDGHPDLRUTXDOLGDGHRDVVDVVLQRSRGHULD VHUcondenado a trs anos de desterro na frica.

    No Brasil Repblica, as leis continuaram reproduzindo a ideia de que o homem era superior mulher. O Cdigo Civil de 1916 dava s mulheres casadas o status de LQFDSD]HV(ODVVySRGLDPDVVLQDUFRQWUDWRVRXWUDEDOKDUIRUDGHFDVDVHWLYHVVHPa autorizao expressa do marido.

    H tempos, o direito de matar a mulher, previsto pelas Ordenaes Filipinas, deixou de valer. O machismo, porm, sobreviveu nos tribunais. O Cdigo Penal de 1890

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    livrava da condenao quem matava HPHVWDGRGHFRPSOHWDSULYDomRGHVHQWLGRV. O atual Cdigo Penal, de 1940, abrevia a pena dos criminosos que agem VRE RGRPtQLRGHYLROHQWDHPRomR2VFULPHV SDVVLRQDLV eufemismo para a covardia encaixam-se perfeio nessas situaes. Em outra bem-sucedida tentativa de aliviar a responsabilidade do homem, os advogados inventaram o direito da OHJtWLPDGHIHVDGDKRQUD.

    O machismo uma praga histrica. No se elimina da noite para o dia. A criao da Lei Maria da Penha, em 2006, em que se previu punio para quem agride e mata mulheres, foi um primeiro e audacioso passo. O segundo passo contra o machismo a educao.

    Ricardo Westin e Cintia Sasse. Dormindo com o inimigo. In: Jornal do Senado. Braslia, 4/jul./2013, p. 4-5. Internet: (com adaptaes).

    Em relao s ideias e s estruturas lingusticas do texto acima, julgue o item.

    $VH[SUHVV}HVHPHVWDGRGHFRPSOHWDSULYDomRGHVHQWLGRVVXEOLQKDGRQRWH[WRVRE R GRPtQLR GH YLROHQWD HPRomR VXEOLQKDGR QR WH[WR H OHJtWLPD GHIHVD GDKRQUD VXEOLQKDGR QR WH[WR VmR LGHQWLILFDGDV QR WH[WR FRPR HVWUDWpJLDVexploradas nos tribunais para aliviar a responsabilidade de homens que cometem crimes contra as mulheres.

    Questo 36 (CESPE) Analista Judicirio TJ-SE/2014

    Em vinte e poucos anos, a Internet deixou de ser um ambiente virtual restrito e transformou-se em fenmeno mundial. Atualmente, h tantos computadores e dispositivos conectados Internet que os mais de quatro bilhes de endereos disponveis esto praticamente esgotados. Por essa razo, a rede mundial concentra as atenes no s das pessoas e de governos, mas tambm movimenta um enorme contingente de empresas de infraestrutura de telecomunicaes e de empresas de contedo. Pela Internet so compradas passagens areas, entradas de cinema e pizzas; acompanham-se as notcias do dia, as aes do governo, os gols e os captulos das novelas; e so postadas as fotos da ltima viagem, alm de serem comentados os ltimos acontecimentos do grupo de amigos. No entanto, junto com esse crescimento do mundo virtual, aumentaram tambm o cometimento de crimes e outros desconfortos que levaram criao de leis que criminalizam determinadas prticas no uso da Internet, tais como invaso a stios e roubo de senhas. Devido ao aumento dos problemas motivados pela digitalizao das relaes pessoais, comerciais e governamentais, surgiu a necessidade de se regulamentar o uso da Internet.

    Internet: (com adaptaes).

    No que se refere s ideias e aos aspectos lingusticos do texto acima, julgue o item a seguir.

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    Depreende-se da leitura do texto que a criao de leis que criminalizam prticas relacionadas ao uso da Internet e a discusso acerca da necessidade de regulamentao do uso da Internet so respostas ao crescimento dos problemas advindos da expanso do mundo virtual.

    Questo 37 (CESPE) Analista Judicirio TJ-CE/2013

    Estudante sou, nada mais. Mau sabedor, fraco jurista, mesquinho advogado, pouco mais sei do que saber estudar, saber como se estuda, e saber que tenho estudado. Nem isso mesmo sei se saberei bem. Mas, do que tenho logrado saber, o melhor devo s manhs e madrugadas. Muitas lendas se tm inventado, por a, sobre excessos da minha vida laboriosa. Deram, nos meus progressos intelectuais, larga SDUWHDRXVRHPDEXVRGRFDIpHDRHVWtPXORKDELWXDOGRVSpVPHUJXOKDGRVQiJXDfria. Contos de imaginadores. Refratrio sou ao caf. Nunca recorri a ele como a estimulante cerebral. Nem uma s vez na minha vida busquei num pedilvio o espantalho do sono.

    Ao que devo, sim, o mais dos frutos do meu trabalho, a relativa exabundncia de sua fertilidade, a parte produtiva e durvel da sua safra, s minhas madrugadas. Menino ainda, assim que entrei para o colgio, alvidrei eu mesmo a convenincia desse costume, e da avante o observei, sem cessar, toda a vida. Eduquei nele o meu crebro, a ponto de espertar exatamente hora, que comigo mesmo assentava, ao dormir. Sucedia, muito amide, encetar eu a minha solitria banca de estudo uma ou s duas da antemanh. Muitas vezes me mandava meu pai volver ao leito; e eu fazia apenas que lhe obedecia, tornando, logo aps, quelas amadas lucubraes, as de que me lembro com saudade mais deleitosa e entranhvel.

    Tenho, ainda hoje, convico de que nessa observncia persistente est o segredo feliz, no s das minhas primeiras vitrias no trabalho, mas de quantas vantagens alcancei jamais levar aos meus concorrentes, em todo o andar dos anos, at velhice. Muito h que j no subtraio tanto s horas da cama, para acrescentar s do estudo. Mas o sistema ainda perdura, bem que largamente cerceado nas antigas imoderaes. At agora, nunca o sol deu comigo deitado e, ainda hoje, um dos meus raros e modestos desvanecimentos o de ser grande madrugador, madrugador impenitente.

    Rui Barbosa. Orao aos moos. Rio de Janeiro: Fundao Casa de Rui Barbosa, 1997, p. 31.

    Com relao aos sentidos do texto acima, assinale a opo correta.

    a) Para acordar cedo, o narrador tomava caf e mergulhava os ps na gua fria.

    b) medida que envelheceu, o narrador deixou de acordar cedo para estudar.

    c) O narrador afirma que desobedecia s ordens de seu pai, permanecendo acordado para estudar.

    d) CoQIRUPHRQDUUDGRUXPDGH VXDV ORXFXUDV FRQVLVWHHPVHUXP PDGUXJDGRULPSHQLWHQWHVXEOLQKDGRQRWH[WR

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    e) Todos os sucessos do narrador foram obtidos por meio do hbito de acordar de madrugada.

    Questo 38 (CESPE) Agente de Polcia Federal Polcia Federal/2004

    Os novos sherlocks

    Dividida basicamente em dois campos, criminalstica e medicina legal, a rea de percia nunca esteve to na moda. Seus especialistas volta e meia esto no noticirio, levados pela profuso de casos que requerem algum tipo de tecnologia na investigao. Tambm viraram heris de seriados policiais campees de audincia. Nos EUA, maior produtor de programas desse tipo, o sucesso to grande que o horrio nobre, chamado de prime time, ganhou o apelido de crime time. Seis das dez sries de maior audincia na TV norte-americana fazem parte desse filo.

    Pena que a vida de perito no seja to fcil e glamorosa como se v na TV. Nem todos utilizam aquelas lanternas com raios ultravioleta para rastrear fluidos do corpo humano nem as cDQHWDVFRPUDLRODVHUTXHWUDoDPDWUDMHWyULDGDEDOD&RPo avano tecnolgico, as provas tcnicas vm ampliando seu espao no direito EUDVLOHLUR SULQFLSDOPHQWH QD iUHD FULPLQDO GHFODUD R SUHVLGHQWH GD 2$%63mas, antes disso, j havia peritos que recorriam s mais diversas cincias para tentar solucionar um crime.

    Na diviso da polcia brasileira, o pontap inicial da investigao dado pelo perito, sem a companhia de legistas, como ocorre nos seriados norte-americanos. Cabe a ele examinar o local do crime, fazer o exame externo da vtima, coletar qualquer tipo de vestgio, inclusive impresses digitais, pegadas e objetos do cenrio, e levar as evidncias para anlise nos laboratrios forenses.

    Pedro Azevedo. Folha Imagem, ago./2004 (com adaptaes).

    A respeito do texto acima, julgue o item subsequente.

    Est explcita no ltimo pargrafo do texto a seguinte relao de causa e consequncia: o perito examina o local do crime, faz o exame externo da vtima e coleta qualquer tipo de vestgio porque precisa levar as evidncias para anlise nos laboratrios forenses.

    Questo 39 (CESPE) Auditor de Controle Externo TC-DF/2014

    Empossado na prefeitura carioca, Negro de Lima arregalou os olhos quando os tcnicos em urbanismo informaram-lhe que havia oito milhes de ratos na cidade. 3HUJXQWRX&RPRpTXHYRFrVFRQWDUDP"

    A respeito de certos eventos, a mdia tambm chuta nmeros astronmicos. Agora, na visita do papa, a informao geral foi a de que, na praia de Copacabana, havia WUrVPLOK}HVGHSHUHJULQRVHPXPDGDVFHULP{QLDV5HFHELGHXPOHLWRUXPDFDUWDesclarecedora:

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    3UDLDGH&RSDFDEDQD&RPSULPHQWRPHWURV/DUJXUDPpGLDPHWURV$mdia local contagiou a mdia estrangeira, mantendo, em unssono, que trs milhes de fiis estavam na praia, todinhos ao mesmo tempo! Sem descontar os obstculos que diminuem a rea total (palco, restaurantes, quiosques etc.), o simples clculo que, se a densidade mdia de cada m2 da rea fosse de trs pessoas por m2, o total de pessoas poderia chegar a 1,2 milho.

    Segundo o clculo de um pesquisador consultado, havia, nesse dia, 560.000 SHVVRDVPDUJHPGHSDUDPDLVRXSDUDPHQRV

    Em 1964, quando lancei na Cinelndia um livro com as crnicas que escrevia no Correio da Manh contra o regime militar, o jornal informou que havia 3.000 pessoas na praa. Os jornais que apoiavam a ditadura garantiram que s havia 18 gatos-pingados.

    Carlos Heitor Cony. Folha de S.Paulo, 4/8/2013 (com adaptaes).

    Julgue o item a seguir, relativo a aspectos gramaticais e ideias desenvolvidas no texto acima.

    No segundo pargrafo do texto, o autor explicita seu descrdito em relao informao de que havia 8 milhes de ratos no Rio de Janeiro.

    Questo 40 (CESPE) Analista Legislativo Cmara dos Deputados/2014

    Em episdio que no sei mais se se estuda na Histria do Brasil, pois nem mesmo sei se ainda se estuda Histria do Brasil, nos contavam, s vezes com admirao, que D. Pedro, o da Independncia, irritado com a primeira Assembleia Constituinte brasileira, por ele considerada folgada e ousada, encerrou a brincadeira e outorgou a Constituio do novo Estado. Decerto a razo no esta, antes um sintoma, mas vejo a um momento exemplar da tradio de encarar o Estado (que, na conversa, chamamos GHJRYHUQRFRPRQRVVRPHVWUHHRVQRVVRVGLUHLWRVFRPRpor ele dadivados. Os governantes no so mandatrios ou representantes nossos, mas patres ou chefes.

    Claro, h muito que discutir sobre o conceito de praticamente cada palavra que vou usar isto sempre, de alguma forma, possvel , mas vamos fingir que existe consenso sobre elas, no h de fazer muito mal agora. Nunca, de fato, tivemos democracia. E a Repblica no trouxe nenhuma mudana efetivamente bsica para o povo brasileiro, nenhuma revoluo ou movimento o fez. Tudo continua como era dantes, s que os defeitos, digamos, de fbrica, vo piorando com o tempo e ficam cada vez mais difceis de consertar. Alguns, na minha lgubre opinio, jamais tero reparo, at porque a Humanidade, pelo menos como a conhecemos, deve acabar antes.

    Joo Ubaldo Ribeiro. A gente se acostuma a tudo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006, p. 113-4 (com adaptaes).

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    Em relao ao trecho acima reproduzido, julgue o item que se segue.

    2YRFiEXOREULQFDGHLUDVXEOLnhado no texto) utilizado pelo autor para se referir, GHIRUPDMRFRVDDRVWUDEDOKRVGD$VVHPEOHLD&RQVWLWXLQWHGLVVROYLGDSRU'3HGUR

    Questo 41 (CESPE) Analista Legislativo Cmara dos Deputados/2014

    Tarde de vero, levado ao jardim na cadeira de braos sobre a palhinha dura a capa de plstico e, apesar do calor, manta xadrez no joelho. Cabea cada no peito, um fio de baba no queixo. Sozinho, regala-se com o trino da corrura, um cacho dourado de giesta e, ao arrepio da brisa, as folhinhas do choro faiscando verde, verde! Primeira vez depois do insulto cerebral aquela nsia de viver. De novo um homem, no barata leprosa com caspa na sobrancelha e, a sombra das folhas na cabecinha trmula, adormece. Gritos: Recolha a roupa. Maria, feche a janela. Prendeu o Nero? Rebenta com fria o temporal. Aos trancos Joo ergue o rosto, a chuva escorre na boca torta. Revira em agonia o olho vermelho uma coisa, que a famlia esquece na confuso de recolher a roupa e fechar as janelas?

    Dalton Trevisan. Ah, ? Rio de Janeiro: Record, 1994. p. 67 (com adaptaes).

    Em relao ao texto acima, julgue o item.

    2XVRGDV IRUPDVYHUEDLVHUJXHVXEOLQKDGRQRWH[WRH5HYLUDVXEOLQKDGRQRtexto), denotativas de movimento, indica a recuperao fsica do personagem, GHFRUUHQWHGDUHWRPDGDGDkQVLDGHYLYHUVXEOLQKDGRQRWH[WR

    Questo 42 (CESPE) Analista Legislativo Cmara dos Deputados/2014

    Vista do avio, a cidade de edifcios arrojados lembra Dubai, s que insulada na estepe verde. Desde 1997, quando o presidente Nursultan Nazarbayev transferiu a capital de Almaty, maior centro urbano do pas, para Astana, no norte, a cidade no para de receber investidores e arquitetos famosos, atrados pelas receitas de petrleo do Cazaquisto. Oficialmente, o presidente Nazarbayev justificou a mudana alegando o risco permanente de terremoto em Almaty e a falta de espao para crescimento. Contudo, tambm queria integrar o norte habitado por russos maioria cazaque. Hoje, a populao de Astana 65% de origem cazaque, 23% russa, 3% ucraniana, 1,7% trtara e 1,5% alem. A nova capital a fronteira de expanso econmica do pas, irresistvel para os jovens.

    Braslia asitica. In: Planeta, fev./2014 (com adaptaes).

    Julgue o prximo item, referente s ideias e aos aspectos lingusticos do texto acima.

    2XVRGRVYRFiEXORV2ILFLDOPHQWHVXEOLQKDGRQRWH[WRH&RQWXGRVXEOLQKDGRno texto) leva o leitor a concluir que as razes alegadas publicamente para a

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    mudana da capital do Cazaquisto no foram as nicas razes para tal mudana ter ocorrido.

    Questo 43 (CESPE) Diplomata Instituto Rio Branco/2014 (Texto para as questes 43 e 44)

    Jos Lins do Rego, em ensaio admirvel dedicado a Fialho de Almeida, pe talvez H[DJHUDGD rQIDVH QD FRQGLomR GH WHO~ULFR GH )LDOKR FRPR YLUWXGH DFLPD GHqualquer outra num escritor. Tanto que nos d a impresso de que, em literatura, s os telricos se salvam. O que me parece generalizao muito prxima da verdade; mas no a verdade absoluta.

    Nem Ea nem Ramalho foram rigorosamente telricos e, entretanto, sua vitalidade nas letras portuguesas das que repelem, meio sculo depois de mortos os dois grandes crticos, qualquer unguento ou leo de complacncia com que hoje se pretenda adoar a reviso do seu valor social, os dois tendo atuado como revolucionrios ou, antes, renovadores no s das convenes estticas da lngua e da literatura, como das convenes sociais do povo e da nao que criticaram duramente para, afinal, terminarem cheios de ternura patritica e at mstica pela WUDGLomR SRUWXJXHVD 8P UHYROWDGR FRQWUD R IUDQFHVLVPR RX FRVPRSROLWLVPRque o afastara dos clssicos, da cozinha dos antigos, da vida e do ar das serras; o RXWUR HQMRDGR GR UHSXEOLFDQLVPR TXH tambm o separara de tantos valores bsicos da vida portuguesa, fazendo-o exigir da Monarquia e da Igreja, em Portugal, atitudes violentamente contrrias s condies de um povo apenas tocado pela Revoluo Industrial e pela civilizao carbonfera do norte da Europa.

    Gilberto Freyre. Ea, Ramalho como renovadores da literatura em lngua portuguesa. In: Alhos & Bugalhos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1978, p. 15 (com adaptaes).

    Em relao ao texto acima, julgue (C ou E) o item seguinte. Fialho de $OPHLGDH5DPDOKR2UWLJmRVmRRVGRLVJUDQGHVFUtWLFRVVXEOLQKDGRQRtexto) que no demonstraram nem complacncia nem conservadorismo em relao necessidade de recuperar aspectos da lngua e da literatura de Portugal.

    Questo 44 (CESPE) Diplomata Instituto Rio Branco/2014

    Em relao ao texto acima, julgue (C ou E) o item seguinte. O autor do texto manifesta incondicional apoio tese de Jos Lins do Rego sobre )LDOKRGH$OPHLGDFRPRHYLGHQFLDDH[SUHVVmRHPHQVDLRDGPLUiYHOVXEOLQKDGRno texto).

    Questo 45 (CESPE) Agente de Polcia Federal Polcia Federal/2014

    O trfico internacional de drogas comeou a desenvolver-se em meados da dcada de 70, tendo tido o seu boom na dcada de 80. Esse desenvolvimento est

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    estreitamente ligado crise econmica mundial. O narcotrfico determina as economias dos pases produtores de coca e, ao mesmo tempo, favorece principalmente o sistema financeiro mundial. O dinheiro oriundo da droga corresponde lgica do sistema financeiro, que eminentemente especulativo. Este QHFHVVLWDFDGDYH]PDLVGHFDSLWDOOLYUHSDUDJLUDUHRWUiILFRGHGURJDVSURPRYHRDSDUHFLPHQWRPiJLFRGHVVHFDSLWDOTXHVHDFXPXODGHPRGRUiSLGRHVHPRYHvelozmente.

    A Amrica Latina participa do narcotrfico na qualidade de maior produtora mundial de cocana, e um de seus pases, a Colmbia, detm o controle da maior parte do WUiILFR LQWHUQDFLRQDO $ FRFDtQD JHUD GHSHQGrQFLD HP JUXSRV HFRQ{PLFRV H DWpmesmo nas economias de alguns pases, como nos bancos da Flrida, em algumas ilhas do Caribe ou nos principais pases produtores Peru, Bolvia e Colmbia, para citar apenas os casos de maior destaque. Na Bolvia, os lucros com o narcotrfico chegam a US$ 1,5 bilho contra US$ 2,5 bilhes das exportaes legais. Na Colmbia, o narcotrfico gera de US$ 2 a 4 bilhes, enquanto as exportaes oficiais geram US$ 5,25 bilhes. Nesses pases, a corrupo generalizada. Os narcotraficantes controlam o governo, as foras armadas, o corpo diplomtico e at as unidades encarregadas do combate ao trfico. No h setor da sociedade que no tenha ligao com os traficantes e at mesmo a Igreja recebe contribuies destes.

    Osvaldo Coggiola. O comrcio de drogas hoje. In: Olho da Histria, n.o 4. Internet: (com adaptaes).

    Julgue o prximo item, referente aos sentidos do texto acima.

    O texto, que se classifica como dissertativo, expe a articulao entre o trfico internacional de drogas e o sistema financeiro mundial.

    Questo 46 (CESPE) Agente de Polcia PC-DF/2013

    Balano divulgado pela Secretaria de Segurana Pblica do Distrito Federal (SSP/DF) aponta reduo de 39% nos casos de roubo com restrio de liberdade, o famoso sequestro-relmpago, ocorridos entre 1. de janeiro e 31 de agosto deste ano, em comparao com o mesmo perodo do ano passado foram 520 ocorrncias em 2012 e 316 em 2013.

    Em agosto deste ano, foram registrados 39 casos de sequestro-relmpago em todo o DF, o que representa reduo de 32% do nmero de ocorrncias dessa natureza criminal em relao ao mesmo ms de 2012, perodo em que 57 casos foram registrados. Entre as 39 vtimas, foram abordadas no Plano Piloto, regio que lidera a classificao de casos, seguida pela regio administrativa de Taguatinga, com oito ocorrncias. Segundo a SSP, o cenrio diferente daquele do ms de julho, em que &HLOkQGLD H *DPD WLQKDP R PDLRU Q~PHUR GH FDVRV GRV FULPHV IRUDPcometidos nos fins de semana, no perodo da noite, e quase 70% das vtimas eram do sexo masculino, o que mostra que a escolha da vtima baseada no princpio da RSRUWXQLGDGHHDOHDWyULDQmRHPIXQomRGRJrQHUR

    Ao todo, 82% das vtimas (32 pessoas) estavam sozinhas no momento da abordagem dos bandidos, por isso as foras de segurana recomendam que as

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    pessoas tomem alguns cuidados, entre os quais, no estacionar em locais escuros e distantes, no ficar dentro de carros estacionados e redobrar a ateno ao sair de residncias, centros comerciais e outros locais.

    DF registra 316 ocorrncias de sequestro-relmpago nos primeiros oito meses deste ano. R7, 6/9/2013. Internet: (com adaptaes).

    Julgue o prximo item, relativo aos sentidos e aos aspectos lingusticos do texto acima.

    O texto, predominantemente informativo, refuta a ideia de que os alvos preferenciais dos autores de sequestros-relmpago seriam do sexo feminino.

    Questo 47 (CESPE) Analista em Geocincias CPRM/2013

    Os depsitos de ferro de Carajs

    Os enormes depsitos de ferro da Serra dos Carajs so associados sequncia vulcanossedimentar do Grupo Gro-Par descrita inicialmente por Tolbert et al. (1971) e Beisiegel et al. (1973) como constituda de trs unidades: unidade vulcnica mfica inferior, denominada formao Parauapebas; unidade de jaspilitos intermediria, denominada formao Carajs; e unidade vulcnica mfica superior. Sills e diques de rochas mficas a intermedirias so intrusivos nas trs unidades definidas. Ao longo da Serra dos Carajs, o grupo Gro-Par dividido em trs segmentos: Serra Norte, Serra Leste e Serra Sul, onde o grau de metamorfismo varia sensivelmente, sendo nitidamente mais elevado na Serra Sul. Neste ltimo segmento, a influncia da zona de cisalhamento de alto ngulo provocou a completa recristalizao dos jaspilitos, o que conduziu formao de verdadeiros itabiritos. O desenvolvimento atual da minerao a cu aberto do enorme depsito de ferro de Carajs interessa principalmente no que se refere aos corpos N4 e N8, nos quais o metamorfismo ausente e limitado a zonas de cisalhamento locais. Nessas reas, o protominrio constitudo por uma camada de jaspilitos, com espessura entre 100 m e 400 m, totalmente preservados, que foram descritos por Meirelles (1986) e Meirelles e Dardenne (1993).

    Marcel Auguste Dardenne e Carlos Schobbenhaus. Depsitos minerais no tempo geolgico e pocas metalogenticas. In: L. A. Bizzi, C. Schobbenhaus, R. M. Vidotti e J. H. Gonalves.

    Geologia, tectnica e recursos minerais do Brasil. CPRM, Braslia, 2003, p. 376 (com adaptaes)

    Considerando as informaes e estruturas do texto acima, julgue o item seguinte.

    O carter descritivo do texto e o emprego de linguagem excessivamente tcnica tornam a sua leitura inacessvel ao pblico a que esse gnero textual se destina.

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    Questo 48 (CESPE) Analista Judicirio CNJ/2012

    Como afirma Foucault, a verdade jurdica uma relao construda a partir de um paradigma de poder social que manipula o instrumental legal, de um poder-saber que estrutura discursos de dominao. Assim, no basta proteger o cidado do poder com o simples contraditrio processual e a ampla defesa, abstratamente assegurados na Constituio. Deve haver um tratamento crtico e uma posio poltica sobre o discurso jurdico, com a possibilidade de revelar possveis contradies e complexidades das tbuas de valor que orientam o direito.

    Ora, o conceito de justia o de um discurso construdo dentro de uma instncia de poder, e construdo dentro de uma processualidade. Segundo Lyotard, no existe um discurso a priori correto ou verdico, mas narrativas entrecruzantes em busca de verdades parciais, histricas. O discurso sobre a justia no pode ser diferente. Ele h de ser plurissignificativo, embasado em valores diversificados, mutveis, conhecidos retoricamente, e no no fechamento kantiano, platnico e cartesiano dos sentidos prvios, imutveis, unissignificativos do que seja o justo.

    Somente o processo isocrtico e com estruturao em um paradigma democrtico-constitucional de fiscalizao constante das premissas discursivas pode levar a um processo justo e a um direito justo em algum sentido.

    Dessa forma, justia a busca da processualidade para que os agentes partcipes do processo e, latu sensu, toda a sociedade possam participar e controlar a institucionalizao do justo.

    Newton de Oliveira Lima. Um valor discursivo e poltico. In: Revista Jus Vigilantibus. Internet: (com adaptaes)

    Com relao aos sentidos e a aspectos lingusticos do texto acima, julgue o item que se segue.

    No texto, que se caracteriza como dissertativo-argumentativo, o autor defende a ideia de que, no discurso jurdico, os fins justificam os meios.

    Questo 49 (CESPE) Analista Judicirio TJ-RO/2012

    Portugal, janeiro de 1872.

    Registremos esta preciosa declarao do chefe da oposio. Vamos guard-la, como uma joia em algodo.

    O Sr. Luciano de Castro, chefe da oposio, fez, no relatrio que precede o seu projeto de reforma administrativa, uma exposio sombria da administrao do pas.

    A confessa que acabou a f poltica e a dignidade poltica; que no existem partidos com ideias, mas faces com invejas; que o pas est desorganizado e entregue ao abandono; que cada reforma cai, sucessivamente, a cada governo; que as leis so

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    um aparato de eloquncia parlamentar, e no uma eficcia de organizao civil... Enfim que o pas chegou ltima decadncia administrativa.

    Registremos esta confisso sincera do Sr. ministro do Reino. Vamos guard-la, como um bicho precioso em esprito de vinho.

    O Sr. Sampaio, ministro do Reino, no relatrio do seu projeto de reforma administrativa, declara que a administrao, como est, uma confuso vergonhosa, uma desorganizao funesta, um abandono mortal... Enfim que o pas chegou ltima decadncia administrativa.

    Resultado: o ministro do Reino e o chefe da oposio declaram, oficialmente, o pas num estado deplorvel de administrao.

    Ora, nem a reforma do Sr. Luciano se efetuar, nem a reforma do Sr. Sampaio se realizar.

    De tal sorte, que resta? Que estamos num abominvel estado de administrao segundo confessa o governo e segundo confessa a oposio: e que ficamos nesse estado!

    risonho.

    Ea de Queirs. As