Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi, sér. Ciências Naturais, Belém, v. 1, n. 1, p. 65-140, jan-abr. 2005 65 1 Parte da dissertação de mestrado da primeira autora. 2 UFRA-Universidade Federal Rural da Amazônia. Departamento de Engenharia Florestal. Av. Tancredo Neves s/nº, Terra Firme, CEP 66.077-530, Cx. Postal. 917. Belém-Pará, Brasil. 3 Museu Paraense Emílio Goeldi. Cx. Postal, 399. CEP 66.040-170, Belém-Pará, Brasil. ([email protected]) ([email protected]) A Xiloteca (Coleção W A Xiloteca (Coleção W A Xiloteca (Coleção W A Xiloteca (Coleção W A Xiloteca (Coleção Walter A. Egler) do Museu P alter A. Egler) do Museu P alter A. Egler) do Museu P alter A. Egler) do Museu P alter A. Egler) do Museu Paraense Emílio Goeldi araense Emílio Goeldi araense Emílio Goeldi araense Emílio Goeldi araense Emílio Goeldi 1 Wood Collection (W ood Collection (W ood Collection (W ood Collection (W ood Collection (Walter A. Egler Collection) of Museu P alter A. Egler Collection) of Museu P alter A. Egler Collection) of Museu P alter A. Egler Collection) of Museu P alter A. Egler Collection) of Museu Paraense Emílio Goeldi araense Emílio Goeldi araense Emílio Goeldi araense Emílio Goeldi araense Emílio Goeldi 1 Cristina Neves Fonseca 2 Pedro L. B. Lisboa 3 Cláudia Viana Urbinati 3 Resumo Resumo Resumo Resumo Resumo: A madeira é uma das mais importantes fontes do extrativismo vegetal na região amazônica e, sua forma de extração, vem recebendo especial atenção de instituições de pesquisa e organizações não governamentais pois, por um longo período foi considerada uma atividade que causa impacto ambiental. Hoje, com os constantes trabalhos de conscientização e aplicação de planos de manejo florestal, esta situação vem sendo revertida, com perspectivas futuras de desenvolvimento econômico da região, garantindo, ao mesmo tempo, a conservação ambiental. Neste contexto, encontramos as xilotecas, que abrigam coleções de madeiras de várias regiões do Brasil e do exterior. Até hoje, poucas informações encontram-se disponíveis na literatura sobre as coleções de madeiras provenientes da Amazônia, bem como sobre o surgimento dos estudos em anatomia de madeira. As xilotecas são de elevada importância, devido ao grande interesse dos centros consumidores de madeira na correta identificação e, de pesquisadores que desenvolvem trabalhos sobre espécies madeireiras. Palavras- alavras- alavras- alavras- alavras-Chave Chave Chave Chave Chave: Amazônia; Madeira; Xiloteca; Anatomia. Abstract Abstract Abstract Abstract Abstract: The purpose of this paper is to broach the appearence of wood anatomical research in the Amazon Basin, and to illustrate the value of wood collection that shelter the variation anatomical structure present in this region. Although wood represents the most significant natural resource in Amazonia, the rate of extractive activity is yet too very reduced once the heterogeneous vegetation is more stressed than in any other tropical ecosystem. The importance in wood collection for preservation and scientific interests will continue to grow as long as large scale timber extraction remains in Amazonia. As wood continues to be consumed, the importance placed an researching different aspects of this natural resource continue to amount, and the value of such research is also gaining acceptance among laypersons as well. Key W ey W ey W ey W ey Words ords ords ords ords: Amazon; Wood; Wood collection; Anatomy.
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1 Parte da dissertação de mestrado da primeira autora.2 UFRA-Universidade Federal Rural da Amazônia. Departamento de Engenharia Florestal. Av. Tancredo Neves s/nº, Terra Firme,
A Xiloteca (Coleção WA Xiloteca (Coleção WA Xiloteca (Coleção WA Xiloteca (Coleção WA Xiloteca (Coleção Walter A. Egler) do Museu Palter A. Egler) do Museu Palter A. Egler) do Museu Palter A. Egler) do Museu Palter A. Egler) do Museu Paraense Emílio Goeldiaraense Emílio Goeldiaraense Emílio Goeldiaraense Emílio Goeldiaraense Emílio Goeldi11111WWWWWood Collection (Wood Collection (Wood Collection (Wood Collection (Wood Collection (Walter A. Egler Collection) of Museu Palter A. Egler Collection) of Museu Palter A. Egler Collection) of Museu Palter A. Egler Collection) of Museu Palter A. Egler Collection) of Museu Paraense Emílio Goeldiaraense Emílio Goeldiaraense Emílio Goeldiaraense Emílio Goeldiaraense Emílio Goeldi11111
Cristina Neves Fonseca 2
Pedro L. B. Lisboa 3
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ResumoResumoResumoResumoResumo: A madeira é uma das mais importantes fontes do extrativismo vegetal na região amazônica e, sua forma deextração, vem recebendo especial atenção de instituições de pesquisa e organizações não governamentais pois, porum longo período foi considerada uma atividade que causa impacto ambiental. Hoje, com os constantes trabalhos deconscientização e aplicação de planos de manejo florestal, esta situação vem sendo revertida, com perspectivasfuturas de desenvolvimento econômico da região, garantindo, ao mesmo tempo, a conservação ambiental. Nestecontexto, encontramos as xilotecas, que abrigam coleções de madeiras de várias regiões do Brasil e do exterior. Atéhoje, poucas informações encontram-se disponíveis na literatura sobre as coleções de madeiras provenientes daAmazônia, bem como sobre o surgimento dos estudos em anatomia de madeira. As xilotecas são de elevadaimportância, devido ao grande interesse dos centros consumidores de madeira na correta identificação e, depesquisadores que desenvolvem trabalhos sobre espécies madeireiras.
AbstractAbstractAbstractAbstractAbstract: The purpose of this paper is to broach the appearence of wood anatomical research in the Amazon Basin, and toillustrate the value of wood collection that shelter the variation anatomical structure present in this region. Althoughwood represents the most significant natural resource in Amazonia, the rate of extractive activity is yet too veryreduced once the heterogeneous vegetation is more stressed than in any other tropical ecosystem. The importancein wood collection for preservation and scientific interests will continue to grow as long as large scale timberextraction remains in Amazonia. As wood continues to be consumed, the importance placed an researchingdifferent aspects of this natural resource continue to amount, and the value of such research is also gaining acceptanceamong laypersons as well.
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CONSIDERAÇÕES GERAIS
As florestas tropicais têm como uma das suasprincipais características abrigar uma rica biodiversidadeque, estimulada pelas condições de temperatura eumidade dos ecossistemas, tem perdurado pormilênios. Uma significativa parcela dessas florestas(50%) está situada na América Latina e o restantenos continentes asiático, africano e na Oceania.De acordo com Lisboa et. al. (1991) a florestaamazônica cobre 6,5 milhões de km2 no norte daAmérica do Sul, sendo o Brasil, o detentor da maiorparcela (58%), abrangendo uma área de 4.990.520km2 de floresta. Do ponto de vista ecológico, ostrês ambientes florestais mais expressivos são:floresta de terra firme, floresta de várzea e igapó.Em toda a região, a madeira representa uma dasmais valiosas fontes de recursos do extrativismovegetal, com aproximadamente 45,5 bilhões de m3
(Pandolfo, 1978). Sobral Filho (1984), mencionaem seu estudo sobre a utilização de espéciesamazônicas que o índice de aproveitamento de todoo potencial madeireiro da região era, na década de70, muito reduzido, face à distância dos grandescentros consumidores e a grande heterogeneidadeda vegetação que na Amazônia é bem maisacentuada do que em outras florestas tropicais. Asituação mudou desde então, com a abertura denovos troncos rodoviários e a implantação deprojetos de colonização (por exemplo, ProgramaPolonoroeste, em Rondônia), os quais criaramacessos aos estoques de madeira nas áreas de terrafirme, até então pouco explorados. O esgotamentodos estoques de madeira da várzea somado a maioroferta de madeiras – tanto em quantidade quantoem diversidade – na terra firme, vem deslocandoos centros de exploração da várzea para a terrafirme. O pólo madeireiro de Paragominas, no estadodo Pará, é um exemplo dessa nova situação.Outras razões, que surgiram com o início daexploração, contribuem para o baixo aproveitamentomadeireiro. São eles: a falta de informações sobre as
propriedades físicas, mecânicas, biológicas, sobre ouso adequado das madeiras e a sofrível credibilidadedo mercado amazônico que hoje é considerado omaior exportador de madeiras tropicais. A introdução,mesmo involuntária de outras madeiras, semelhantesno aspecto externo àquelas que são solicitadas,porém, com qualidade inferior para o comércio, deixaos importadores algumas vezes relutantes, uma vezque o controle de qualidade que assegura aexportação das madeiras no Brasil nem sempre tembase cientifica, sendo, portanto, precário. A pluralidadedos nomes vulgares utilizados dificulta acomercialização, causando prejuízos não só aocomprador, mas também ao vendedor. Por exemplo,certas empresas comercializam o mogno (Swieteniamacrophylla King, Meliaceae) com o nome vulgar deitaúba (Mezilaurus itauba Taub ex Mez , Lauraceae).Em função destas dificuldades, é necessária aintensificação de estudos sobre a qualidade demadeiras ainda desconhecidas no mercado externo,porque a introdução dessas espécies no comérciopoderá contribuir para reduzir a pressão sobreaquelas madeiras que estão sendo exploradasseletivamente, evitando, assim, o esgotamento dasreservas de madeiras de lei na Amazônia. Apesardesta situação, dados da Associação das IndústriasExportadoras de Madeiras do Estado do Pará -AIMEX (2001), para o ano de 2000, indicavam queo mercado amazônico de madeiras estavam emexpansão. Este fato deve-se, principalmente, ao seuenorme potencial, à exaustão das florestas asiáticase africanas e à introdução progressiva de novasespécies madeireiras no mercado exportador,algumas delas carecendo de estudos de suaspropriedades físicas, mecânicas e biológicas.Assim, estudos básicos e aplicados sobre as madeirasamazônicas são fundamentais e devem estarassociados às pesquisas na área de silvicultura emanejo florestal. Eles fornecerão subsídios paraamenizar o impacto que a atividade madeireira trazsobre a floresta e sobre a vulnerabilidade à extinçãode espécies nobres.
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Neste contexto, as xilotecas (coleções de madeiras)disponibilizam nos seus acervos uma relevanteamostra da biodiversidade das florestas existentesno Brasil e no exterior. Estes acervos servem debase para diversas pesquisas no campo da anatomiae disciplinas afins. Na Amazônia, as três maiorescoleções, estão nas xilotecas da Embrapa AmazôniaOriental, no Instituto Nacional de Pesquisas daAmazônia (INPA) e no Museu Paraense EmílioGoeldi (MPEG).
IMPORTÂNCIA DAS MADEIRAS TROPICAIS
A madeira foi uma das primeiras matérias-primasnaturais usadas pelo homem; a sua abundância emúltiplas utilidades, somadas ao conhecimentoempírico de suas propriedades físicas e mecânicas,contribuíram para a popularização de seu emprego,pelas civilizações primitivas. Através dos séculos,conheceram-se exemplos históricos e notáveis deseu uso, como aqueles referidos no Gênesis e noNovo Testamento: Arca de Noé, a Arca da Aliançae a Cruz utilizada no martírio e na crucificação deJesus Cristo (Brotero, 1941; Cavalcante, 1983,1986; La Madera, 1987; Mattar et al., 1996; Paula;Alves, 1997).Na Europa, até o século XVII, uma dezena de espécieslocais e outra dezena de importadas satisfaziamplenamente a demanda de madeira do comércio eas necessidades da indústria que, por tradição, usavaessa matéria-prima na confecção de mobília e nasconstruções naval e civil. Outras espécies, depropriedades consideradas inferiores para o consumo,foram intensamente utilizadas como combustível, oque contribuiu para que as reservas florestais daquelecontinente rapidamente se esgotassem. Com oimpacto negativo da exaustão das madeiras européiassobre a demanda as indústrias foram obrigadas, maistarde, a recorrer às florestas coloniais (Pereira, 1937).
A atividade florestal constituiu-se, até o início doséculo XVII, na principal fonte de divisa entre o Brasile a Coroa portuguesa. Apesar do atraso científicoda metrópole lusa e de sua colônia na América doSul, o conhecimento sobre o uso da madeiraacumulou-se ao longo do tempo. Já naquelaocasião, Ambrósio Fernandes Brandão5 haviapercebido que era necessário aprofundar oconhecimento sobre a riqueza florestal do BrasilColônia e que, publicações sobre ela poderiam serdistribuídas a profissionais como engenheiros edecoradores, principais responsáveis pelo uso de umpequeno número de espécies madeireiras naconstrução.No Brasil, a madeira tem desempenhado umpapel de destaque desde a chegada dosportugueses. Deu origem ao nome Brasil porcausa do pau-brasil (Caesalpinia echinata L.,Leguminosae Caesalpinioideae), uma espécieabundante e muito explorada na Mata Atlânticadurante a fase colonial (Burger; Richter, 1991; Paula;Alves, 1997). Em relação à Amazônia, as estatísticaseconômicas do século XVIII não registraram amadeira, do Pará, enviada para Portugal. Porém,segundo Cruz (1964), para atender aos constantespedidos da Coroa, muitos foram os navios quedeixaram a baía de Guajará, com destino ao Tejo(Portugal), abarrotados de madeiras. Por volta de1875, encerrava-se o ciclo de exploraçãocomercial do pau-brasil, devido à drástica reduçãono número de árvores.A partir de 1885, a exploração madeireiraconcentrou-se no pinheiro [Araucaria angustifolia(Bertol.) O. Ktze. – Araucariaceae], abundante nasregiões Sudeste e Sul do Brasil e, secundariamente,no Nordeste (sul da Bahia, Espírito Santo e nordestede Minas Gerais). Esses estoques, chamados reservastradicionais, eram explorados por sua boa localizaçãoe disponibilidade de rede viária ligando-os aos
5 Provável autor de Diálogos das grandezas do Brasil, publicado em 1618.
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centros consumidores. As reservas sulinas deconíferas tinham a vantagem de serem homogêneas,o que facilitava a extração e o conhecimento dasespécies. Mas, as reservas do leste brasileiro,compostas de espécies do tipo folhosas, tambémforneciam madeiras duras e de boa qualidade(Construtora... 1976).Com o decorrer do tempo, ocorreu o esgotamentogradativo das reservas naturais de madeira do sul doBrasil, passando a Amazônia a ser um importantefornecedor, uma vez que a região possui um volumeextraordinário de madeira, produzido por mais de2.000 espécies madeireiras, das quais mais de umacentena tem potencial de aproveitamento(Construtora... 1976; Magalhães, 1979; Lisboa etal., 1991).
O MERCADO E A EXPLORAÇÃOMADEIREIRA NA AMAZÔNIA
Depois da borracha (Hevea brasiliensis Müell. Arg.,Euphorbiaceae) e da castanha-do-pará(Bertholletia excelsa Humb & Bonpl.,Lecythidaceae), o terceiro produto que se destacouna pauta de exportação do estado do Pará, nasprimeiras décadas do século XX, foi a madeira, quetomou um forte impulso durante e após a PrimeiraGuerra Mundial.Em 1915, a Amazônia começou a exportardormentes para estradas de ferro, tanto para ferroviasnacionais quanto para as de outros países como aEspanha, Egito, Libéria, Irã, Iraque e Venezuela,alcançando o melhor período entre 1927-1930,quando a atividade somou o total de dois milhões emeio de peças. Porém, naquela época, não haviafiscalização, sendo a identificação e classificação dasmadeiras feitas só visualmente e de modo superficial.Sabe-se, porém, que a semelhança ou diferençaentre espécies de madeiras, quando observadassuperficialmente, comprometem a credibilidade docomércio, uma vez que madeiras nobres podemser substituídas por outras de pouco ou nenhum
valor comercial. Dessa forma, mesmo queacontecesse um embarque correspondente ao quefora combinado, havia a verificação posterior de queos dormentes de determinadas espécies não eramaqueles solicitados (Bastos, 1949, 1966).A identificação incorreta das madeiras desaceleroua exportação para a Europa (Pará... 1925). Oacentuado descrédito no comércio de madeiras noPará obrigou o Governo do Estado a tomar medidascorregedoras, já que o produto exportadoapresentava compensação financeira satisfatória.Assim, no início de 1931, o interventor MagalhãesBarata criou o serviço de fiscalização da exportaçãode madeira, nomeando quatro fiscais que pudessemdistinguir com alguma segurança as principaismadeiras exportadas (Oliveira, 1937).O estado do Pará é hoje, o segundo exportador demadeiras do Brasil, ficando atrás apenas do Paraná,que exporta grandes quantidades de madeirasabatidas a partir de plantios. O Pará exporta cercade 30% de madeiras serradas, sendo as principais:tauari (Couratari oblongifolia Ducke & Knuth,Lecythidaceae), jatobá (Hymenaea courbaril Linn.,Leguminosae Caesalpinioideae), mogno (Swieteniamacrophylla King, Meliaceae), curupixá (Micropholisvenulosa Pierre, Sapotaceae) e maçaranduba(Manilkara huberi (Ducke) Standley, Sapotaceae),beneficiadas e exportadas para países como EstadosUnidos, França e Espanha. Em relação à Amazônia,o Pará lidera as exportações com 64 % contra 36%de todos os outros estados da região.Ao longo do tempo, os compradores de madeirastornaram-se mais exigentes, não só no que serefere à identificação correta das espécies, mastambém com a forma de exploração realizada, tendoem vista a conservação da natureza.Parte do processo de exploração madeireira hoje éembasado no manejo florestal, que procura realizaruma extração de baixo impacto ambiental. Aexploração manejada inclui: mapeamento das árvoresa serem extraídas, reflorestamento da área comespécies de interesse comercial, retirada um ano antes
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do início do trabalho exploratório, de cipós que ligamas árvores etc. Em relação ao meio ambiente, àexploração manejada mostra vantagens em relação aexploração tradicional. Entre elas, podem-se citar:manutenção do ecossistema, redução de desperdíciosdurante a extração (aproveitamento das toras demelhor forma), garantia de extração futura na mesmaárea, impactos ambientais menores, tanto na floraquanto na fauna, e garantia de matéria-prima paraabastecer o mercado a longo prazo. Entretanto, paraum melhor aproveitamento da madeira, as serrariasdevem usar estratégias que reduzam os desperdíciosque, normalmente são considerados elevados(Moraes, 2001).Além disso, governos e organizações nãogovernamentais (ONGs) de vários paísesformularam um conjunto de normas que visam aregular o comércio de produtos provenientes dasflorestas tropicais, através de acordos internacionais,pelos quais somente devem ser comercializados osprodutos retirados de florestas enquadradas em umplano de manejo, certificados por organismosinternacionalmente reconhecidos. A pressão destesorganismos internacionais tem induzido as empresasmadeireiras a buscarem a sustentabilidade nos seusmétodos de produção. O certificado é sinônimode garantia que a madeira tem origem em uma áreamanejada de forma adequada e é economicamenteviável, sem trazer danos sociais e ambientais. Paraas empresas, algumas vantagens podem serdestacadas: participação no mercado mundial demadeiras sem contratempos, maior valor agregadoao produto por tratar-se de produto ecológico emaior margem de segurança em relação ao capitalexplorável de suas reservas (Moraes, 2001).De acordo com Uhl et al. (1996) é interessantemencionar também que, combinado ao manejode florestas e à certificação florestal, deve-se terregulamentos que especi f iquem onde aexploração madeireira deve ser permitida ouproibida (zoneamento florestal) e ter domínio(conhecimento) da legislação florestal efetiva.
O SURGIMENTO DA ANATOMIA DAMADEIRA
Segundo Santos (1987), com o incremento docomércio marítimo, que pôs à disposição do mercadoeuropeu as essências tropicais provenientes dascolônias, buscou-se, na identificação microscópica,o meio de fiscalizar o comércio madeireiro pelaverificação científica da autenticidade das mesmas.Surgiu, assim, o estudo em laboratório das madeiras.A identificação da espécie tornou-se necessária,também para o reconhecimento da árvore capazde fornecer material lenhoso com as propriedadesdesejadas. Nasceu, então, a identificação da madeirapelo processo da estrutura e da anatomia do lenho,que evoluiu em função da necessidade doconhecimento das estruturas para fins deidentificação e de caracterização de suas propriedades(Pereira, 1937).É importante ressaltar que o estudo científico daestrutura das plantas começou com as pesquisas feitaspelo italiano Marcelo Malpighi (1628-1694) e peloinglês Nehemiah Grew (1641-1712), que sãoconsiderados os pioneiros da anatomia da madeira.Entretanto, Robert Hooke (1605-1703) já haviapublicado em 1665 o clássico Micrografia, mas ficouconhecido como pesquisador de interesse apenascasual pelo assunto de anatomia (Baas, 1982;Metcalfe; Chalk, 1983; Lisboa, 1991).Marcelo Malpighi, examinando em microscópiorudimentar cortes dos mais variados órgãos etecidos de animais e plantas, desenvolveu na suaépoca (século XVII) um estudo de anatomia vegetal,publicando Anatomia Plantarum, que é consideradasua obra mais importante. O inglês Nehemiah Grewpublicou três livros, a partir de 1672, culminandona edição de The Anatomy of Plants, onde pelaprimeira vez é relatada a existência de vasos, fibrase parênquima em madeira (Metcalfe; Chalk, 1979;Lisboa, 1991).Em 1930, Samuel J. Record, um anatomista daEscola de Silvicultura da Universidade de Yale,
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durante sua participação no V CongressoInternacional de Botânica, em Cambridge, U.S.A.,lançou a idéia de fundar uma entidade com objetivosde reunir os anatomistas de madeira de todo omundo. No ano seguinte, em 4 de agosto de 1931,instalou-se em Paris, a International Association ofWood Anatomists–IAWA, durante um CongressoInternacional de Madeira e de Silvicultura. O primeirogrande projeto da nova instituição foi organizar um“Glossário de termos usados na descrição dasmadeiras”, elaborado pela comissão denomenclatura da instituição, para elucidarcontrovérsias no estudo anatômico, estabelecendodefinições para os diversos caracteres do lenhosecundário e suas formas variadas (Pereira, 1937).A IAWA é uma associação que busca gerarconhecimentos sobre a importância da anatomia damadeira para a ciência, tecnologia e conservação derecursos naturais; discutir idéias sobre anatomia demadeira em conferências; fornecer orientações parao uso de terminologias na descrição de madeiras ecórtex visando a colaborar com outros trabalhos quetêm objetivos similares. Essa entidade publica,trimestralmente, o Iawa Journal, um periódicocientifico voltado para trabalhos relacionados à madeira,como: estrutura e propriedades, identificação,metodologia, ultra-estrutura, anatomia do lenho eda casca, fóssil e arqueologia, sistemática e filogenética,desenvolvimento e morfogênese, anatomia funcionale ecológica, entre outros (IAWA, 2001).
A ANATOMIA DA MADEIRA NAAMAZÔNIA
Arthur de Miranda Bastos é considerado, no Brasil,o pioneiro da utilização de caracteres da estruturado lenho para a identificação da madeira, utilizandoa técnica de cortes histológicos, antes usada apenaspara estudos em tecidos animais, sendo adaptadaao duro tecido lenhoso.Bastos pouco produziu em matéria de anatomia demadeira, até 1929, quando foi trabalhar no Rio de
Janeiro, sob a orientação de Francisco de AssisIglesias, do Serviço Florestal do Brasil. Tornou-secompanheiro de Fernando Romano Milanez, outroanatomista que possuía maior experiência noassunto. Juntos empreenderam estudos sobre aestrutura das principais madeiras do Brasil.Reconhecendo a grande conveniência de se tratar oquanto antes da unificação, intensificação e aplicaçãoprática dos estudos das estruturas das madeiras, oInstituto de Biologia Vegetal e o Serviço de Irrigação,Reflorestamento e Colonização do Rio de Janeiro,realizaram entre 21 e 28 de setembro de 1936, aPrimeira Reunião de Anatomistas de Madeiras. Areunião congregou apenas 7 técnicos da área, dosquais, apenas 4 profissionais eram especialistas(Annaes..., 1937).Na mesma época, o Serviço Florestal do Brasil comsede em São Paulo, sob a direção de FranciscoIglesias, dedicou particular interesse ao estudo daanatomia de espécies madeireiras da Amazônia. Istoresultou no Pará, na criação do Serviço deIdentificação de Madeiras, nos moldes daquele queestava sendo praticado no Rio de Janeiro. Para atuarno serviço, o químico Luís Augusto de Oliveira foicontratado e encaminhado para estagiar ao lado dadupla de anatomistas do Serviço Florestal, FernandoMilanez & Miranda Bastos, de forma a assumir ocargo capacitado (Annaes..., 1937).Após um ano, Oliveira regressou a Belém, paraorientar a fiscalização das madeiras do Pará. Os fiscaisde embarque foram treinados sobre a estruturalenhosa da madeira, de modo a poder distinguir asprincipais espécies, macroscopicamente, com auxíliode lupas ou pelos caracteres dos seus elementos:poros, f ibras, raios e parênquima. Faziam aidentificação por comparação e, nos casos dúbios,recorriam ao microscópio (Annaes..., 1937).
AS XILOTECAS: CONCEITO E FUNÇÕES
As coleções sistemáticas de madeiras amazônicas,para estudos científicos na Amazônia, surgiram na
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década de 40, após a contratação do botânico JoãoMurça Pires pelo Instituto Agronômico do Norte(IAN), atualmente Embrapa Amazônia Oriental, ecom a contratação do botânico Walter Alberto Eglerpelo Museu Paraense Emílio Goeldi, na décadaseguinte. Assim, cresceu mais o interesse pelaorganização de acervos de madeira, criando a basepara que, no Pará, estudos sobre as madeiras, doponto de vista anatômico e de identificação,passassem a ser realizados até os dias atuais.Xiloteca é uma coleção de amostras de madeirasoriundas de uma ou de diferentes regiões geográficas,que serve de referência para identificação de outrasmadeiras. Seu âmbito pode ser local, regional,nacional ou mundial. Mas, uma xiloteca não é,apenas, um instrumento de consulta ou um bancode informações sobre madeiras. É, também, umafonte de material importante para auxil iarprofissionais de diversas áreas, tanto nacionais quantoestrangeiros, na solução de problemas taxonômicos,anatômicos, filogenéticos, ecológicos, tecnológicos,silviculturais, de manejo e inventários florestais.
RELAÇÃO ENTRE HERBÁRIO E XILOTECA
Herbário é o nome utilizado para designar umacoleção de amostras de plantas desidratadas, as quaissão coletadas, preparadas, tratadas, catalogadas earmazenadas segundo técnicas específicas. Todomaterial envolvendo a flora de uma região necessitade identificação das espécies botânicas estudadas e,para isso, o material coletado precisa ser depositadoem herbário ou xiloteca para identificação.O herbário, juntamente com a xiloteca, são ascoleções básicas para a realização de estudosbotânicos, sem as quais fica difícil alcançar os objetivospropostos, principalmente quando o material deherbário é estéril. Por isso, é imprescindível aidentificação pela anatomia.Entre os anatomistas de madeira, é consenso quecada amostra de madeira de uma coleção só tenhavalor para estudos científicos quando no herbário
tenha uma exsicata correspondente à coleta. Porisso, para que a identificação seja correta e precisa,é importante que toda amostra de madeira coletada,seja acompanhada de outros materiais botânicoscomo: flor, fruto ou semente, folha etc. Na práticaalgumas vezes isto não acontece porque a espécienão está fértil no momento da coleta ou, ainda, porfalta de conhecimento do coletor.
AS XILOTECAS E A ANATOMIA DAMADEIRA
A maioria das xilotecas no Brasil são de abrangênciaregional. Como exemplo temos a xiloteca do MuseuParaense Emílio Goeldi que pode ser classificadaassim, uma vez que as amostras que compõem oseu acervo são provenientes, quase na sua totalidade,da região amazônica. Algumas coleções de outrasregiões e de outros países, que fazem parte doacervo de amostras, são produto de doações.A ligação entre a amostra da madeira e os estudos aque se destinam, dá-se principalmente através daanatomia, que é o estudo das estruturas que sedesenvolvem a partir da zona cambial das plantas,alcançando o crescimento secundário. Trata-se deum ramo de estudo bem antigo da anatomia vegetal.A seguir, são apresentados alguns detalhes sobre acontribuição que a anatomia da madeira pode dar àciência:a.TTTTTecnologia - ecnologia - ecnologia - ecnologia - ecnologia - através da anatomia pode-seestabelecer correlações entre as estruturasanatômicas e as propriedades físicas da madeira. Essesestudos foram os principais fatores quedeterminaram o afastamento da linha de pesquisafundamental para a pesquisa aplicada.b. Inventários florísticos Inventários florísticos Inventários florísticos Inventários florísticos Inventários florísticos - a identificação botânicada madeira neste caso assume grande importância,porque nas florestas tropicais a floração é muitoheterogênea. Raramente mais do que 20% dasárvores de um inventário florístico ou florestal estãoférteis. Nesse caso, a identificação da madeira, anível de família ou de gênero, é de grande valor.
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c. Uso adequado através da identificação Uso adequado através da identificação Uso adequado através da identificação Uso adequado através da identificação Uso adequado através da identificação - nasflorestas de terra firme, as essências florestaismadeireiras são conhecidas como madeiras de leiou madeiras nobres. Usualmente, são empregadaspara a confecção de peças que requerem finoacabamento (como móveis), para estruturas queresistem à ação do meio ambiente (pontes,dormentes e construção naval) e outras aplicações,como, confecção de laminados, compensados etc.(Tabela 1). Muitos objetos de arte, bem como peçasde artesanatos, por exemplo, são confeccionadoscom madeiras. No processo de restauração de peças,a identificação da madeira possibilita que elas sejamrestauradas com a mesma espécie com a qual foiconfeccionada. A xiloteca do Museu Goeldi, porexemplo, participa do projeto de restauração deimagens do Centro de Conservação e Restauraçãode Bens Culturais Móveis, da Escola de Belas Artesda Universidade Federal de Minas Gerais. Tem sidorealizada a identificação das madeiras usadas naconfecção de imagens barrocas de igrejas e museusmineiros (Figura 1). O exame de amostras dasimagens revelou que a maioria delas foi esculpidaem cedro, provavelmente Cedrela fissilis Vell.,Meliaceae, talvez a mais usada no chamado séculode ouro (Lisboa, 1994). É natural que a madeira docedro tenha sido a preferida dos entalhadores deesculturas religiosas porque é de fácil trabalhabilidade.Todas as oito espécies do gênero Cedrela fornecemmadeiras com excepcionais características físicas eorganolépticas. A madeira é leve, durável e resistenteao apodrecimento e ao ataque de cupins e outrosinsetos. O grupo que trabalha com as imagens deMinas Gerais participou também do estudo deidentificação das imagens barrocas de antigas igrejasde Belém: Capela da Ordem Terceira do Carmo(1700), Santo Alexandre (1668) e Catedral da Sé(1748) Figura 2. Estas igrejas reconstroem a épocado Brasil Colônia (Ono et al., 1996).d. Arqueologia Arqueologia Arqueologia Arqueologia Arqueologia - a anatomia tem prestado umainestimável ajuda na identificação de madeiras queestavam submersas ou enterradas, como é o casode embarcações que afundaram ao longo da história
da navegação e as existentes em sítios arqueológicosindígenas na Amazônia. Peças confeccionadas emmadeira, encontradas num sítio em Itaituba-PA,foram identificadas como pau-santo (Zollerniaparaensis Huber) e maçaranduba [Manilkaraamazonica (Huber) Standley] (Figura 3a). Essetrabalho resultou numa publicação conjunta entreas áreas de anatomia da madeira e arqueologia(Lisboa; Coirolo, 1996).e. P P P P Paleontologiaaleontologiaaleontologiaaleontologiaaleontologia - como na arqueologia, aanatomia identifica fósseis de madeiras, permitindoo conhecimento da flora de determinadas regiões(Figura 3b).f. Entendimento das relações sistemáticas Entendimento das relações sistemáticas Entendimento das relações sistemáticas Entendimento das relações sistemáticas Entendimento das relações sistemáticas - autilização da anatomia para esse fim tem sido objetode pesquisa de anatomistas em todo mundo. O valordos caracteres anatômicos do xilema secundário,para auxiliar na solução de problemas taxonômicosé reconhecido desde 1818, data em que o botânicosuiço Augustin P. de Candolle (1778-1841)empregou a diferenciação entre presença ouausência de vasos na classificação botânica. A partirdaí, outros taxonomistas reconheceram o valor docaráter anatômico, empregando-o sistematicamenteem estudos comparativos (Figura 3c-d).Os modernos sistemas de classificação elaboradospor botânicos como: Cronquist (1968), Thorne(1976), Dahlgren (1980) e Takhtajan (1980)empregam caracteres anatômicos da madeira (Baas,1982).g. Estudos filogenéticos Estudos filogenéticos Estudos filogenéticos Estudos filogenéticos Estudos filogenéticos - a utilização de caracteresanatômicos para esse fim teve início no século XX,quando pesquisadores estabeleceram ligaçõesmorfológicas numa mesma unidade anatômicaconstituinte do lenho de diversos grupos vegetais,bem como entre as diferentes unidades anatômicas.Essas l igações, como viria a ser fartamentecomprovado no decorrer desse século,representavam os diferentes níveis de especializaçãodos caracteres anatômicos, permitindo aosanatomistas conhecer os caminhos evolutivos noreino vegetal (Figura 3e). Os primeiros a perceber
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Tabela 1. Aplicações de algumas espécies amazônicas com amostras de madeira acondicionadas no acervo da xiloteca Walter AlbertoEgler, do Museu Paraense Emílio Goeldi.
Cedrela odorata Meliaceae - - - - - x - - - -Cedrelinga catenaeformis Leg. Mimos. - - - x x x x - - -Clitoria racemosa Leg. Papilion. - - - - - - - - - -Coccoloba mollis Polygonaceae - - - - - - x - - -Copaifera duckei Leg. Caesalp. - - - - - - - - - -Copaifera langsdorfii Leg. Caesalp. x - - - - - - - - -Copaifera martii Leg. Caesalp. x - - - - - - - - -Copaifera multijuga Leg. Caesalp. x - - x - - - - - -Copaifera reticulata Leg. Caesalp. x - x x - - x - - -Cordia bicolor Boraginaceae - x - - - - - - - -Cordia goeldiana Boraginaceae - x - - - - - x - -Couepia longipendula Chrysobalanaceae - - - - x - - - - -Couma macrocarpa Apocynaceae - x - - - - - - - -Couratari guianensis Lecythidaceae - - - - - - - x - -Couratari oblongifolia Lecythidaceae - - - - - x - - x xCouroupita guianensis Lecythidaceae - x - - - - x - - xCryptocarya moschata Lauraceae - - - x - - - - x xCurupira tefeensis Olacaceae - - - - x - - - - xDalbergia spruceana Leg. Papilion. - - - - - x - - - xDialium guianense Leg. Caesalp. - - x x - x - - - xDimorphandra gardneriana Leg. Caesalp. x - - - - - - - - xDinizia excelsa Leg. Mimos. - - x x x x - - - xDiospyros guianensis Ebenaceae - - - - - - - - - xDiospyros hispida Ebenaceae x - - - - - - - -Diplotropsis martiusii Leg. Papilion. - - - x - - x - - xDiplotropsis purpurea Leg. Papilion. - - x x x - - - - xDipteryx odorata Leg. Papilion. - - x x x x - - - xDrypetes variabilis Euphorbiaceae - - - x - - - - - xDuguetia cauliflora Annonaceae - x - - - - - - -Ecclinusa abbreviata Sapotaceae - x - - - - - - - xEmmotum nitens Icacinaceae x - - - - - - - - xEndopleura uchi Humiriaceae x - - - - - - - - xEnterolobium maximum Leg. Mimos. - - - x - - x - x xEnterolobium schomburgkii Leg. Mimos. - - x x - x - - - xErisma bicolor Vochysiaceae - x - - - - - - - -Erisma uncinatum Vochysiaaceae - - - x - - x - x xErythrina glauca Leg. Papilion. - - - - - - - - - xEschweilera amara Lecythidaceae - - - x - - - - - -Eschweilera blanchetiana Lecythidaceae - - x - x - - - - -Eugenia dysenterica Myrtaceae x - - - - - - - - -Euplassa inaequalis Proteaceae x - - - - - - - - xEuxylophora paraensis Rutaceae - - x - - - - - - xFranchetella gongripii Sapotaceae - - - x - - - - - -Fusaea longifolia Annonaceae - - - x - - - - - -Gallesia gorazema Phytolacaceae - - - - - - x - - -Geissospermum sericeum Apocynaceae - - - x - - - - - -Genipa americana Rubiaceae x - - - - - x - - xGlycydendron amazonicum Euphorbiaceae - - - - x - - x - x
Tabela 1. (cont...) Aplicações de algumas espécies amazônicas com amostras de madeira acondicionadas no acervo da xiloteca WalterAlberto Egler, do Museu Paraense Emílio Goeldi.
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Goupia glabra Celastraceae - - - x - - x - - xGuarea kunthiana Meliaceae - - - - - - x - - xGuarea trichilioides Meliaceae - - - x - x - - - xGuatteria discolor Annonaceae - - - x - - - - - -Guazuma ulmifolia Sterculiaceae x - - - - - - - - xHirtella glandulosa Chrysobalanaceae x - - - - - - - - -Hirtella gracilipes Chrysobalanaceae x - - - - - - - - -Hura crepitans Euphorbiaceae - - - x - - - - x xHyeronima alchorneoides Euphorbiaceae - - x x - x - - - xHymenaea courbaril Leg. Caesalp. x - - x x - - - xHymenolobium excelsum Leg. Papilion. x - x - x x - - - xHymenolobium heringeranum Leg. Papilion. - - - - - x - - - -Hymenolobium petraeum Leg. Papilion. - - x x x x - - - -Inga alba Leg. Papilion. x x - - - - - - - xInga edulis Leg. Mimos. x - - - - - - - - xInga fagifolia Leg. Mimos. x - - - - - - - - xInga marginata Leg. Mimos. x - - - - - - - - -Inga paraensis Leg. Mimos. - - - x - - - - - -Jacaranda copaia Bignoniaceae - x - - - x - - - xLecythis jarana Lecythidaceae - - x - - - - - - xLecythis pisonis Lecythidaceae x - x x x - - x - xLecythis usitata Lecythidaceae x - - x - - - - - -Licania apetala Chrysobalanaceae x - - - - - - - - xLicania octandra Chrysobalanaceae x - - x - - - - - -Lindackeria paraensis Flacourtiaceae x - - - - - - - - -Lueheopsis duckeana Tiliaceae - - - x - - - - - -Magonia pubescens Sapindaceae x - - - - - - - - xManilkara amazonica Sapotaceae - - - x - - - - - xManilkara huberi Sapotaceae - - x x - - - x - xManilkara paraensis Sapotaceae - - - x - - - - - -Maprounea guianensis Euphorbiaceae x x - - - - - - - -Matayba guianensis Sapindadeae x - - - - - - - - -Mezilaurus itauba Lauraceae - - - - - x - - - xMicropholis venulosa Sapotaceae x - - x - - - - - xMimosa caesalpiniaefolia Leg. Mimos. x - - - - - - - - -Minquartia guianensis Olacaceae - - x - - - - - - xMora paraensis Leg. Caesalp. - - x - - - - - - -Mouriri guianensis Melastomataceae x - - - - - - - - -Myrcia deflexa Myrtaceae x - - - - - - - - -Myrocarpus frondosus Leg. Papilion. - - x x - x - - - -Myroxylon balsamum Leg. Papilion. - - x x - x - - - xNectandra myriantha Lauraceae x - - - - x - - - xNectandra reticulata Lauraceae - - - x - x - - - -Nectandra rubra Lauraceae - - - x - x - - - -Ocotea glomerata Lauraceae - x - - - - - - - -Ocotea opifera Lauraceae - x - - - - - - - -Ocotea rubra Lauraceae - x - - - - - - - -Onychopetalum amazonicum Annonaceae - - - x - - x - - x
Tabela 1. (cont...) Aplicações de algumas espécies amazônicas com amostras de madeira acondicionadas no acervo da xiloteca WalterAlberto Egler, do Museu Paraense Emílio Goeldi.
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A xiloteca (coleção Walter A. Egler) do Museu Paraense Emílio Goeldi
Ormosia coccinea Leg. Papilion. - - - - - x - - - -Ormosia coutinhoi Leg. Papilion. - - - - - x - - - -Ormosia nobilis Leg. Papilion. - - - - - x - - - -Ormosia paraensis Leg. Papilion. x x - - - - - - - xPachira aquatica Bombacaceae - x - - - - x - - -Parinari rodolphii Chrysobalanaceae - - x x x - - - - -Parkia multijuga Leg. Mimos. x x - - - - - - - xParkia oppositifolia Leg. Mimos. - x - - - - - - - xParkia pendula Leg. Mimos. x - - x - - x - x xParkia platycephala Leg. Mimos. x x - - - - - - - xPeltogyne catingae Leg. Caesalp. - - - - - - - - - xPeltogyne le-cointei Leg. Caesalp. - - - - - x - - - xPeltogyne paniculata Leg. Caesalp. - - - - - x - - - xPera glabrata Burseraceae x - - - - - - - - -Piptadenia communis Leg. Mimos. x - - - - - - - - -Piptadenia stipulacea Leg. Mimos. x - - - - - - - - -Pithecolobium elegans Leg. Mimos. - - - - - x - - - -Marmaroxylom racemosum Leg. Mimos. - - x x - - - - - xPlathymenia foliolosa Leg. Mimos. x - - x - - - - - xPlathymenia reticulata Leg. Mimos. x - - - - - - - - xPlatonia insignis Guttiferae - - x x x - - - x xPlatymiscium trinitatis Leg. Papilion. - - - - - x - - - xPlatymiscium ulei Leg. Papilion. - - - x - x - x - xPlatypodium elegans Leg. Papilion. x - - - - - - - - xPouteria caimito Sapotaceae x - - - - - - - - xPouteria torta Sapotaceae x - - x - - - - - -Prieurella prieurii Sapotaceae - - x - - - - - - xProtium araguense Burseraceae - - - - - - - - - xProtium heptaphyllum Burseraceae x x - x - x - - - xPseudobombax munguba Bombacaceae - - - - - - - - - xPterocarpus amazonicus Leg. Papilion. - - - - x - - - - -Pterodon polygalaeflorus Leg. Papilion. x - - - - - - - - -Pterogyne nitens Leg. Caesalp. x - - - - - - - - xQualea acuminata Vochysiaceae x - - x - - x - - xQualea grandiflora Vochysiaceae x - - x x - - - - -Qualea paraensis Vochysiaceae - - - x - - x - - xQualea parviflora Vochysiaceae x - - - - - - - - -Qualea rosea Vochysiaceae - - - x - x - - - xRagala sanguinolenta Sapotaceae x - - - - - - - - -Rauwolfia paraensis Apocynaceae - - - x - - - - -Rheedia benthamiana Guttiferae x - - - - - - - - xRheedia macrophylla Guttiferae - - - - - - - - - xRichardella macrophylla Sapotaceae x - - x - - - - - xSapindus saponaria Sapindaceae x - - - x - x - - xSchefflera morototoni Araliaaceae - - - - - - x - x xSchinopsis brasiliensis Anacardiaceae x - x - - - - - - -Schizolobium amazonicum Leg. Caesalp. - x - - - - x - - xSclerolobium chrysophyllum Leg. Caesalp. x - - x - - - - - -Sclerolobium melinonii Leg. Caesalp. - - - - - - - - - x
Tabela 1. (cont...) Aplicações de algumas espécies amazônicas com amostras de madeira acondicionadas no acervo da xiloteca WalterAlberto Egler, do Museu Paraense Emílio Goeldi.
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Sclerolobium paniculatum Leg. Caesalp. - x - x - - - - - -Scleronema micranthum Bombacaceae - x - x - - x - - xSimaba guianensis Simarubaceae - x - - - - - - - xSimaruba amara Simarubaceae - x - - - - x x - xSloanea brachytepala Eleocarpaceae - - x - - - - - - -Sloanea eichleri Eleocarpaceae - - x - - - - - - -Sloanea grandis Eleocarpaceae - - - - - - - - - xSpathelia excelsa Rutaceae - - - - - - x - - -Spondias lutea Anacardiaceae - - - - - - - x - xSterculia speciosa Sterculiaceae - x - - - - x - - xSwartzia floemingii Leg. Caesalp. x - - - - - - - - -Sweetia nitens Leg. Papilion. - - x x x - - - - xSwietenia macrophylla Meliaceae - - - x x x - x - xSymphonia globulifera Guttiferae - - - x - x x - - xTabebuia caraiba Bignoniaceae x - x - - - - - - xTabebuia impetiginosa Bignoniaceae - - x x - - - x - xTabebuia ochracea Bignoniaceae - - x x - - - x - xTabebuia serratifolia Bignoniaceae x - x x - - - - - xTachigalia myrmecophila Leg. Caesalp. - - - - x - - x - xTachigalia paniculata Leg. Caesalp. x - - x - - - x - xTapirira guianensis Anacardiaceae x x - - - x x - x xTerminalia amazonia Combretaceae x - - - - - - - - xTerminalia argentea Combretaceae x - - - - - - - - -Terminalia fagifolia Combretaceae - - - x - - - - - xTetragastris paraensis Burseraceae - - - x - - - - - -Theobroma sylvestre Sterculiaceae - - - x - - - - - xTrattinnickia burseraefolia Burseraceae - - - - x - - x - -Unonopsis guatterioides Annonaceae - x - - - - - - - -Vantanea guianensis Humiriaceae - - - - x x - - - xVatairea guianensis Leg. Papilion. x - - x - - - - - -Vatairea sericea Leg. Papilion. x - - - - - - - - -Virola calophylla Myristicaceae - - - - - - x - - -Virola elongata Myristicaceae - - - - - - x - - -Virola flexuosa Myristicaceae - - - - - - x - - xVirola melinonii Myristicaceae - - - - - - x - - -Virola multicostata Myristicaceae - x - - - - x - - xVirola sebifera Myristicaceae - x - - - - - - - -Virola surinamensis Myristicaceae - x - - - - x - x xVirola venosa Myristicaceae - - - - - - x - - xVochysia guianensis Vochysiaceae - x - - - - x - - xVochysia haenkeana Vochysiaceae x x - - - - - - - -Vochysia maxima Vochysiaceae - x - - - - x - - xVochysia surinamensis Vochysiaceae - x - - - - x - - xVochysia vismiaefolia Vochysiaceae x x - - - - x - - xVouacapoua americana Leg. Caesalp. x - x x x x - - - -Xylopia aromatica Annonaceae - x - - - - - - - -Xylopia emarginata Annonaceae - x - - - - - - - -Zizyphus joazeiro Rhamnaceae x - - - - - - - - -Zollernia paraensis Rhamnaceae x - - - - x - - - x
Tabela 1. (cont...) Aplicações de algumas espécies amazônicas com amostras de madeira acondicionadas no acervo da xiloteca WalterAlberto Egler, do Museu Paraense Emílio Goeldi.
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Figura 1. Imagens sacras do barroco mineiro esculpidas em cedro (Cedrela fissilis Vell., Meliaceae), das quais pequenas amostrasforam identificadas na xiloteca do Museu Goeldi. a. São Braz, b. Santa Tereza D´Ávila, ambas do Museu de Ouro, Sabará; c. NossaSenhora do Rosário, da Igreja de Santo Antônio Glaura, Ouro Preto. d. São João Batista, da Igreja Matriz de Santo Antônio,Tiradentes.
Figura 2. Imagens sacras do barroco paraense, esculpidas em cedro (Cedrela aff. odorata L., Meliaceae), das quais pequenasamostras foram identificadas na xiloteca do Museu Goeldi. a. Santo Alexandre ; b. São Joaquim; c. São Miguel - todos da Igreja deSanto Alexandre; d. Senhor dos Passos, Capela da Ordem Terceira do Carmo.
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Figura 3. a. Peças arqueológicas confeccionadas em madeira, encontradas em um sítio no município de Itaituba, PA (Fonte: Lisboa, P.L.B;Coirolo, A.D.A. [1996]); b. madeira de Tapura sp (Dichapetalaceae) fossilizada; c e d. Cortes histológicos de madeira. c. Roucheria punctata,d. Ochthocosmus barrae, ambas da família Linaceae; e. Principais linhas de especialização do traqueíde (Fonte: Esau, C. [1972]).
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eeeee fffffFigura 4. a-b - Padrão geral, quanto ao número de vasos/mm2 observado em espécies madeireiras submetidas a diferentescondições climáticas. a. Dialium guianense - Leg. Caesalpinioideae, coletada em uma região na qual a planta não se encontravasubmetida a stress hídrico. b. Rollinia sp - Annonaceae, coletada em uma região submetida a intenso déficit hídrico. c-f. Variaçãoanatômica observada no sentido medula-câmbio ao longo do caule de Terminalia ivorensis - Combretaceae (Fonte: Urbinati, C.V. et al. [2003]. c - d. variação no número de vasos/mm2; e - f. variação observada nos raios.
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que a variação morfológica dos elementos de vaso,notadamente na região da placa de perfuração, erao resultado de um processo de especialização foramBailey; Tupper (1918). Eles observaram que asangiospermas primitivas, dotadas de traqueídes compontuações escalariformes, originaram os elementosde vaso com placas de perfuração escalariformes.As teorias desses autores, inicialmente combatidas,foram confirmadas pelas pesquisas que assucederam, como as de Frost (1930a, b, 1931). Oentendimento das relações filogenéticas, no reinovegetal, seria depois consolidado com o estudo dasoutras estruturas da madeira, como os parênquimasaxial e radial e os elementos fibrosos.h. Anatomia ecológica Anatomia ecológica Anatomia ecológica Anatomia ecológica Anatomia ecológica - um novo enfoque temsido dado ao estudo do lenho secundário. Ainfluência dos fatores ambientais na determinaçãodo padrão morfológico das estruturas anatômicasda madeira tem sido fartamente demonstrada,sobretudo com relação aos elementos de vaso.Resultados de pesquisas revelam, que a freqüênciade vasos por mm linear é maior em ambientes secos(submetidos a um déficit hídrico) do que emambientes frios e temperados (não submetidos aestresse hídrico) Figura 4a-b. Outro exemplo,refere-se às placas de perfuração: placasescalariformes são mais comuns em ambientes friose temperados (não submetidos a estresse hídrico),enquanto que placas com perfuração simplesocorrem com mais freqüência em ambientes secos(submetidos a estresse hídrico). Outras estruturasanatômicas também sofrem influência do meioambiente, entre elas podemos citar: para regiõesnão submetidas a deficit de água: vasos agrupados elargos, parênquima axial paratraqueal, parênquimaradial heterocelular; para regiões submetidas a stress:vasos solitários e estreitos, parênquima axialapotraqueal, parênquima radial homocelular. Essesdados estão diretamente correlacionados comfatores ambientais, os quais podem sofrer possíveisinversões conforme foi demonstrado por Graaf; Baas(1974), Baas (1976) e Baas et al. (1983) empesquisas desenvolvidas sobre o assunto. Esse tema
é um campo aberto à pesquisa no Brasil, onde hágrande variação climática.i. V V V V Variação anatômica nas estruturas do lenhoariação anatômica nas estruturas do lenhoariação anatômica nas estruturas do lenhoariação anatômica nas estruturas do lenhoariação anatômica nas estruturas do lenho -dentre os trabalhos realizados em anatomia damadeira, os estudos sobre a variação na dimensãodos elementos celulares (traqueídes, fibras eelementos de vaso) são antigos, sendo realizadoshá pelo menos cem anos. O primeiro deles foi feitopor Sanio (1872), que comparou em Pinus sylvestrisL. (Pinaceae) o tamanho de traqueídes ao longo docaule e dos ramos. Vários trabalhos nessa linha jáforam realizados, principalmente, em espécies declima temperado e, mais recentemente,pesquisadores têm se empenhado nos estudos comespécies de clima tropical. Segundo Zobel; Talbert(1984), as camadas de crescimento produzidaspróximas à medula (lenho juvenil) têm característicasmuito diferentes daquelas localizadas perto docâmbio (lenho adulto), posto que as camadaspróximas à medula são formadas durante o períodode juvenilidade de uma determinada região daárvore, no qual o ritmo de crescimento é maisacentuado do que no período de maturidade dessamesma região (Figuras 4c-f). Algumas característicasdo lenho juvenil são: menor diâmetro celular, maiorfreqüência de vasos/mm2, menor comprimento devasos e fibras e paredes celulares mais finas.Além dos trabalhos mencionados antes, outrostambém são realizados, correlacionados às linhas dedendrocronologia, dendroclimatologia, climatologia,química e microbiologia, os quais buscam entendermelhor a atividade cambial, formação de anéis decrescimento, variações climáticas de épocas passadas,coloração em decorrência de deposição de tanino,resinas, carboidratos e outras substâncias e degradaçãoenzimática de determinadas estruturas provocada poragentes xilófagos.
XILOTECAS AMAZÔNICAS
Atribui-se o início da coleção de madeiras daEmbrapa Amazônia Oriental às coletas feitas peloSr. Pedro Capucho, em 1932. Entretanto, essas
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A xiloteca (coleção Walter A. Egler) do Museu Paraense Emílio Goeldi
coletas foram intensificadas a partir de 1945, sob acoordenação do Botânico João Murça Pires e, sóem 1954, foi fundada a xiloteca pelo Eng.Agrônomo Humberto Marinho Koury com afinalidade de catalogar as madeiras amazônicas edesenvolver os estudos anatômicos das amostrasda coleção. Até então, as amostras de madeira eramfixadas às exsicatas. Por alguns anos, devido àinsuficiência de recursos humanos e financeiros, asexcursões botânicas diminuíram, paralisando aexpansão do acervo do herbário e da xiloteca dessainstituição. A partir de 1973, o engenheiro agrônomoJoaquim Ivanir Gomes retomou a organização dacoleção sob orientação do botânico João Murça Pires.Dessa valiosa coleção, muitos trabalhos científicosforam elaborados, tais como: Anatomia de madeirados gêneros Hevea e Cordia, Caracterização morfo-anatômica de espécies arbóreas importantes para omanejo florestal, pertencente a um projeto maior
denominado Conservação Genética em FlorestasManejadas na Amazônia (DENDROGENE), além deoutros envolvendo a estrutura macroscópica de maisde 100 espécies (Pires, 1958; Feitosa; Silva Neto,1997; Gomes; Silva, 1997).A proposta de criar, na Amazônia, um órgão nacionalde pesquisa que afastasse as ameaças deinternacionalização da região fez com que oPresidente Getulio Vargas decretasse, em 29 deoutubro de 1952, a criação do Instituto Nacionalde Pesquisas da Amazônia (INPA), cuja sede seriana cidade de Manaus, inspirado na idéia concebidapelo botânico Adolpho Ducke. Em 1954 foramcriados o herbário, a xiloteca e o laboratório deanatomia e identificação de madeiras. O primeiropesquisador a catalogar e confeccionar lâminashistológicas no INPA foi Renato de Siqueira Jaccoud,assistido pelo botânico William Antônio Rodrigues,no final de 1954, quando 62 amostras haviam sido
Walter Alberto Egler era filho de um casal de imigrantes (pai alemão e mãefrancesa). Nasceu no Brasil, em 24 de novembro de 1924. Em 1948,concluiu o curso de agronomia, pela Escola Nacional de Agronomia-SP. Aofinal de sua vida acadêmica, no ano de 1947, Egler foi admitido comogeógrafo-auxiliar estagiário pelo Conselho Nacional de Geografia. Em 1951,já como geógrafo efetivo, foi designado Chefe da Seção Regional Sul. Porém,em 1952, a convite de Fernando Segadas Viana, Walter Egler trocou ocargo de Geógrafo pelo de Naturalista Auxiliar Interino do Museu Nacional- RJ. Neste mesmo ano passou a exercer a função de naturalista do quadropermanente do Ministério da Agricultura, lotado no Jardim Botânico do Riode Janeiro. Em 1955, Egler recebeu o convite de José Cândido de Carvalhopara dirigir e revitalizar o Museu Paraense Emílio Goeldi. Assim, no dia 19de setembro do mesmo ano, assumiu a direção da Instituição. Durante seisanos esteve à frente do Museu Goeldi e, nesse período, resgatou as pesquisase os acervos em vários departamentos. Em 1959, iniciou a coleção demadeiras, num total de 80 amostras, oriundas de excursões ao Alto Tapajós,rodovia Belém-Brasília, Marapanim, Marudá e alguns bairros de Belém. A primeira amostra de madeira dacoleção foi Panopsis rubescens (Pohl.) Pittier (Proteaceae). Egler, também, realizou várias excursões pelaAmazônia para coleta de material botânico. Em 1961, esteve no Jari-PA, em companhia do professorHoward Irwin, para fazer um levantamento florístico completo de toda a região do Pará, ao norte do rioAmazonas. Walter A. Egler não retornou dessa excursão por conta de um acidente onde veio a falecer, em 28de agosto de 1961, no alto Jari, quando sua canoa despencou da queda mais alta da cachoeira do Macacoara.
Figura 5. Walter Alberto Egler,precursor da xiloteca do Museu Goeldi.
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coletadas e 60 lâminas histológicas confeccionadas.A primeira amostra de madeira da coleção pertenceà família Apocynaceae, Ambelania tenuiflora M. Arg.,coletada pelo funcionário Joaquim Chagas deAlmeida, nos arredores de Manaus, e que,anteriormente, havia trabalhado com AdolphoDucke. Nessas quatro décadas de atividades, axiloteca do INPA acumulou uma inestimável coleçãode mais de 10.000 amostras de madeiras daAmazônia brasileira, sendo um referencial paraestudos florestais na Amazônia Ocidental. Em 1981,a xiloteca e o laboratório de anatomia de madeirado INPA foram transferidos do Departamento deBotânica, para o Centro de Pesquisa de ProdutosFlorestais - CPPF, inaugurado naquela época. Aspublicações da xiloteca e do laboratório de anatomiae identificação do CPPF/INPA já alcançaram maisde meia centena de trabalhos científicos. Comoexemplos importantes podem ser citados: oCatálogo de Madeiras da Amazônia, MadeirasTropicais de Uso Industrial do Maranhão:Características Tecnológicas, Essências Madeireirasda Amazônia, Catálogo de Madeiras do Amapá:Características Tecnológicas e demais artigos, na suamaioria publicados na Revista Acta Amazônica dopróprio INPA (Absy et al., 1981; Rodrigues et al.,1981; Vasconcelos, 1994).
A XILOTECA WALTER A. EGLER DOMUSEU GOELDI
O título de precursor do acervo de madeiras doMuseu Goeldi pode ser atribuído ao geográfo ebotânico Walter Alberto Egler (Figura 6, box),responsável pela criação, organização e pela coletada primeira amostra de madeira da coleção,Panopsis rubescens (Pohl) Pittier, Proteaceae,registrada em 1959. A madeira foi coletada no rioCururu, Alto Tapajós, no estado do Pará. Após amorte de Walter Egler, a coleção de madeiras foiabandonada, até desaparecer como coleçãoorganizada. As madeiras estavam recolhidas a sacosaté dezembro de 1978, quando o pesquisador
Pedro L. B. Lisboa transferiu-se do INPA, para oDepartamento de Botânica do Museu Goeldi. Apartir de 1979, com o auxílio do pesquisadorUbirajara N. Maciel, Lisboa iniciou a organizaçãoda coleção, que passou então a existir oficialmentecomo xiloteca (Figura 6). Hoje, essa coleção éutilizada para atender às consultas sobre identificaçãode madeiras, solicitação de laudos científicos, auxiliara identificação de plantas em inventários florestaise, também, como base para trabalhos científicosrelacionados (Lisboa, 1993; Feitosa; Silva Neto,1997).As xilotecas de todo mundo estão catalogadas emuma publicação que, a cada década, é atualizada,chamada Index Xylariorum. Nessa publicação épossível obter-se o país, a instituição que abriga acoleção, o número de amostras e lâminas de corteshistológicos existentes e a disponibilidade de materialpara permuta e doação. Isso facilita o intercâmbioentre os especialistas em anatomia da madeira,promovendo a evolução da disciplina. A xiloteca doMuseu Goeldi também consta do Index Xylariorum(Stern, 1988).O acervo da xiloteca do MPEG está organizadosegundo o Sistema de Classificação Botânica deEngler, ou seja, cada família possui um número e osgêneros seguem o índice de classificação numéricaproposta por Dalla Torre. Mais recentemente axiloteca foi informatizada, contando hoje com 7.276amostras (Figura 7).As amostras de madeiras, normalmente, sãocoletadas a 1,30 metro de altura da árvore a partirdo nível do solo, sendo obtidas partes do cerne,alburno e casca. Após coletadas, as amostras sãoserradas em duas partes. Depois de secas ao ar livreou em estufa, passam por um tratamentopreservativo quando necessário (Figura 8).Em seguida, são identificadas, registradas no bancode dados (que condensa informações sobre onúmero de registro da amostra dentro do acervo,família, gênero, espécie, número de registro doherbário, local de procedência, município, região
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Figura 6. Aspectos deexposições temporárias naxiloteca Walter A. Egler,MPEG.
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Figura 7. Estrutura de acesso e saída do banco de dados (soft access) da xiloteca Walter A. Egler, do Museu Paraense Emílio Goeldi,chegando até aos dados das famílias botânicas.
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Figura 8. Metodologia de coleta, secagem e corte de amostras de madeira. a e b. Retirada de um pequeno taco de madeira, a 1,30m de altura do caule, contendo cerne, alburno e casca; c e d. Secagem das amostras na estufa e ao ar livre, respectivamente. e e f.Corte a amostra em duas partes, uma grande e outra pequena.
ba
c d
fe
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geográfica, país, data de coleta e nome do coletor,habitat, porte, nomes populares etc.) e incorporadasao acervo. Aquelas que são coletadas porpesquisadores ou técnicos do Museu Goeldi estãosempre acompanhadas das chamadas exsicatasbotânicas. A coleção do Museu Goeldi é dupla, porisso a madeira oriunda do campo é serrada em duaspartes. Uma vai para a coleção de amostraspequenas, em média de 5x5 cm de tamanho, queé utilizada como coleção de referência para aidentificação comparativa de madeiras. Na outracoleção, o tamanho das amostras é de 10 cm nosentido longitudinal do tronco da árvore e 5 cm noplano perpendicular. É utilizada para a retirada decorpos de prova e amostras destinadas à doação epermuta com outras xilotecas (Figura 9). Aquelasamostras que provém de arvoretas e arbustos semmassa de tronco suficiente para obtê-las, ou quesão oriundas de doações, não têm essas dimensões.Com a criação do laboratório do Departamento deBotânica em 1979, foi possível iniciar a organizaçãode uma coleção de lâminas de cortes histológicosque hoje consta de 800 amostras (Figura 10).
O ACERVO DA XILOTECA WALTER A. EGLER
As 7.276 amostras de madeiras existentes no acervoda xiloteca Walter Egler estão distribuídas em 97famílias, 652 gêneros e 2.059 espécies (Anexo 1). Arelação entre o número de espécies e número deamostras (Figura 11) mostra que um número elevadode espécies (1.050), em torno de 50,45%, estãorepresentadas na xiloteca por um único exemplar demadeira. Em seguida, a relação vai revertendo,gradualmente, com o aumento do número deamostras para um menor número de espécies,sendo que seis espécies contêm, respectivamente,15, 32, 23, 21, 20 e 18 amostras. Esse fato,provavelmente, está ligado à presença de espéciesraras e espécies comuns nos momentos da coletade material ou à existência de amostras doadas nacoleção. Por exemplo, Licania heteromorpha Benth,Chrysobalanaceae e Dialium guianensis, Leguminosae
Caesalpinioideae são bastantes comuns na Amazônia,com larga distribuição geográfica, daí a presença deum maior número de amostras coletadas edepositadas no acervo.A partir de um mínimo de 10 amostras, as espéciesestão listadas na Tabela 2. A relação mais completadas espécies, com seu respectivo número deamostras, pode ser vista no Anexo 1.O número total de amostras identificadas até aonível de espécie é de 5.586, sendo que as 20 famíliasconstantes na Figura 12 somam 4.050 amostras,ou seja, 72,64% do acervo da xiloteca, o que podeser considerado um índice razoável, colocando oacervo em condições de fornecer o material básicopara estudos científicos em várias linhas de pesquisasrelacionadas à anatomia da madeira.As famílias mais representativas em número deamostras são Sapotaceae, Leguminosae Papilionoideae,Leguminosae Mimosoideae, Leguminosae Caesalpi-nioideae, Lauraceae, Moraceae, Euphorbiaceae,Chrysobalanaceae, Bignoniaceae e Myristicaceae.A xiloteca contabiliza hoje 2.059 espécies, sendoas seguintes famílias mais representativas:Leguminosae Papilionoideae (131 spp), Sapotaceae(115 spp), Leguminosae Caesa lp in io ideae(114 spp), Leguminosae Mimosoideae (106spp), Euphorbiaceae (90 spp), Lauraceae (89 spp),Bignoniaceae (85 spp), Moraceae (79 spp),Chrysobalanaceae (72 spp), Rubiaceae (70 spp),Annonaceae (66 spp), Myrtaceae (64 spp),Apocynaceae (62 spp), Lecythidaceae (55 spp),Melastomataceae (52 spp), Meliaceae (51 spp),Burseraceae (48 spp), Myristicaceae (41 spp),Vochysiaceae (46 spp), Anacardiaceae (23 spp).Quando comparados com a Figura 13, ondeconcentra as amostras distribuídas por famílias, osdados mostram algumas diferenças no ranking dasfamílias. Como exemplo, podemos citar a famíliaEuphorbiaceae, que é a quinta mais rica em espéciese nem sequer aparece no gráfico. As Leguminosae,apesar de algumas pequenas alterações, conservamos primeiros lugares, mostrando que essa família é
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Figura 9. Xiloteca Walter Alberto Egler. a. Disco de madeira de Dinizia excelsa – Leg. Mimosoideae com, aproximadamente, 1 m dediâmetro, coletada na Floresta Nacional de Caxiuanã; b. Identificação macroscópica de madeira através da comparação com amostrasexistentes no acervo; c. Incorporação do material nos armários contendo amostras grandes; d. Armários contendo duplicatasmenores de madeira.
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Figura 10. Preparo de lâminas histológicas de madeira. a. micrótomo de deslize, utilizado para obtenção de cortes com espessurasmicrométricas; b. sequência de bateria alcoólica pela qual passam os cortes para desidratação e (c) coloração; d. Lâminas contendoos três cortes: transversal e longitudinais tangencial e radial; e. Laminário da xiloteca com, aproximadamente, 800 lâminas de espéciesamazônicas; f. Corte histológico longitudinal tangencial, mostrando raios bisseriados.
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Figura 11. Relação entre o número de espécies e o número de amostras do acervo da xiloteca Walter Alberto Egler, do MuseuGoeldi.
Figura 12. Famílias mais expressivas, cujas amostras de madeiras do acervo da xiloteca Walter A. Egler, do Museu Goeldi, estãoidentificadas ao nível de espécie.
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Tabela 2. Espécies com maior número de amostras no acervo da xiloteca Walter A. Egler, do Museu Goeldi.FamíliasFamíliasFamíliasFamíliasFamílias EspéciesEspéciesEspéciesEspéciesEspécies NNNNNo o o o o de amostrasde amostrasde amostrasde amostrasde amostras FamíliasFamíliasFamíliasFamíliasFamílias EspéciesEspéciesEspéciesEspéciesEspécies NNNNNo.o.o.o.o.de amostrasde amostrasde amostrasde amostrasde amostras
uma das mais ricas em diversidade de espécies eem número de amostras.As espécies identificadas só até nível de gênerosomam 367, para um número de 1.559 amostrasde madeiras. As Lauraceae (Ocotea spp, 40amostras), Leg. Mimosoideae (Inga spp, 32amostras), Myrtaceae (Eugenia spp, 28 amostras),Leg. Caesalpinioideae (Swartzia spp, 29 amostras),Chrysobalanaceae (Licania spp, 31 amostras) eBurseraceae (Protium spp, 28 amostras) são as quetêm mais amostras, mas é necessário lembrar que
as amostras estão, ou podem estar, distribuídas entrediversas espécies, para cada gênero citado.A xiloteca tem recebido doações de outras xilotecas,inclusive de outros países. Suriname e Venezuelaforam os países que mais contribuíram para oaumento do número de amostras de madeiras doacervo da xiloteca do MPEG. As contribuições daVenezuela devem-se, principalmente, àparticipação de técnicos do MPEG (convidados pela1ª Comissão Brasileira de Limites), na delimitaçãoda fronteira entre as localidades de Santa Helena
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(Venezuela) e BV8 situada em Boa Vista (Brasil). Já aparticipação do Suriname é em função de doaçõesda coleção do pesquisador holandês G. Stahel.Até o momento, observou-se que, ao longo doperíodo no qual realizaram-se excursões científicase coletas de amostras de madeira, o maior númerode coletas tem origem no estado do Pará (3.386amostras), quase metade do total de amostrasincorporadas na xiloteca. Essa situação deve-se àprópria localização do Museu Emílio Goeldi e àsexcursões realizadas nos interiores do estado. Umexemplo que muito contribuiu, através de coletasintensivas de material botânico, foi o Projeto FloraAmazônica. Em seguida, encontra-se o estado deRondônia, em função do Projeto Estudos Botânicosna Faixa de Influência da BR-364, custeado peloPrograma Integrado de Desenvolvimento doNoroeste do Brasil – POLONOROESTE, emconvênio com o CNPq/SUDECO/BIRD. Esseprojeto foi desenvolvido por pesquisadores doMPEG, dentro do Programa (CNPq 1985), ondeforam realizadas várias excursões, as quais somamum total de 757 amostras estudadas. Em terceiro,encontra-se o estado do Amazonas com 609amostras coletadas.Das amostras de madeiras oriundas do Pará, Licaniafoi também o gênero que mais se destacou com 84amostras, confirmando também Protium e Inga com81 e 78 amostras, respectivamente. Rio de Janeiro eMinas Gerais foram os estados com apenas 1 amostrade madeira cada. Em Minas foi realizado o ProjetoRestauração e identificação das madeiras usadas naconfecção de imagens barrocas de igrejas e museusmineiros. Nesse trabalho coletou-se amostra demadeira das imagens dos santos examinados. Estasforam enviadas para o Museu Goeldi, onde foirealizada a identificação do material como Credelafissilis Vell. (Meliaceae). Por serem amostras diminutas,não foram incorporadas ao acervo.Os coletores que mais se destacaram nas excursõescientíficas e que coletaram amostras de madeira paraxiloteca foram: Nelson Rosa (551 amostras), Nilo
T. Silva (498 amostras) e G. Stahel (332 amostras).Apesar de ser uma xiloteca com um número deamostras ainda pequeno e relativamente nova, elarevela um pouco da extensão da diversidade dasmadeiras amazônicas e, pelo que se conhece emnúmero de espécies exploradas comercialmente, oquanto essa diversidade não tem sido utilizada,principalmente pela inexistência de estudos.Infelizmente, as expedições científicas reduziram-se, drasticamente, por várias razões, entre elas, pelainexistência de coletas sistemáticas desde o términodo Projeto Flora Amazônica, onde um dos objetivosera coletar, intensivamente, através de excursõesbotânicas, em áreas pouco conhecidas e áreasameaçadas de destruição ambiental. A escassez derecursos e o desinteresse de instituições de fomentoem financiar expedições científicas que tenham porobjetivo levantar a flora de determinadas zonas daAmazônia têm contribuído para um crescimentomais lento das coleções botânicas, tanto do herbárioquanto da xiloteca.Hoje, os projetos desenvolvidos na xiloteca doMPEG estão relacionados à sistemática, à anatomiaecológica, à variação anatômica e ao aproveitamentode resíduos madeireiros.
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A xiloteca (coleção Walter A. Egler) do Museu Paraense Emílio Goeldi
Recebido: 28/05/2002
Aprovado: 02/05/2003
VASCONCELOS, F. J. 1994. A xiloteca do INPA e o laboratório deanatomia e identificação de madeiras. A Crítica, Manaus, 28 out.Caderno Classificados, p. 1.
ZOBEL, B.; TALBERT, J. 1984. Applied forest tree improvement.New York, John Wiley & Sons, 505 p.
Anexo 1. Espécies que possuem amostras no acervo da xiloteca Walter A. Egler -Museu Paraense Emílio Goeldi.
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
AnnonaceaeAnnonaceaeAnnonaceaeAnnonaceaeAnnonaceaeAnaxagorea dolichocarpa Sprag. et Sandw. envira de jacu, muraúba grande 1Anaxagorea petiolata R. E. Fries envira 1Annona ambotay Aubl. envira taia 2Annona caudata R.E.Fries envira 1Annona coriacea Mart. envira 1Annona densicoma Mart. araticum, araticum do mato 1Annona montana Macfad. & R. E. Fries araticum, ariticum açu, araticum apé, araticum bravo 1Annona tenuipes R.E. Fries envira mole, ata brava 3Bocageopsis multiflora (Mart.) R.E. Fries envira surucucu, envira preta, envira cheirosa, envira amarela, gabiroba 8Cardiopetalum brasiliensis Schltdl. - 1Duguetia cadaverica Huber caniceiro 4Duguetia calycina Benoist ouriço branco, ouriço negro, caniço branco, envireira 1Duguetia cauliflora R.E. Fries envira surucucu 3Duguetia cf. surinamensis R. E. Fries envira surucucu 1Duguetia echinophora R. E. Fries envira surucuru, amejú, ata brava 4Duguetia flagellaris Huber amejú 1Duguetia pycnastera Sandw. envira preta 1Duguetia quitarensis Benth. caniceiro, caniço branco, envira surucuri 2Duguetia stenantha R. E. Fries envira amarela 2Duguetia surinamensis R. E. Fries ata mejú, envireira, envira surucucu 4Duguetia uniflora (Don.) Mart. pé de gata, envireira do igapó 2Fusaea longifolia Safford. envira biribá, envireira 8
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Anexo 1. Continuação.
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
Guatteria cf. chrysopetala (Steud.) Miq. envira preta 2Guatteria cf. insculpta R. E. Fries envira 1Guatteria cf. olivacea R. E. Fries envira bobó, envira, envireira 1Guatteria dielsiana R. E. Fries envireira 1Guatteria discolor R.E. Fries envira 3Guatteria duckeana R.E. Fries envireira 1Guatteria glephorsphylla (Mart.) R. E. Tr. envireira 1Guatteria insculpta R.E. Fries envira amarela folha peluda 1Guatteria megalophylla Diels. envira da beira d´água 1Guatteria microsperma R. E. Fries envira 1Guatteria poeppigiana Mart. envira preta, envira amargosa 10Guatteria procera R. E. Fries envira 1Guatteria pteropus Benth. envira preta, envireira 1Guatteria rigida R. E. Fries envira preta da campina 1Guatteria saffordiana Pitter envira 1Guatteria scandens Ducke cipó uíra 1Guatteria schomburgkiana Mart. envira amarela, envira de várzea, envira preta, envira cauá 5Guatteria sessilis R. E. Fries envira preta 1Guatteria wachenheinu Benoist envira 1Guatteriopsis cf. friesiana W. A. Rodrigues envireira, envira preta 1Onychopetalum amazonicum R. E. Fries envira preta, envirão 5Oxandra asbecki (Pulle) R. E. Fries envira 1Oxandra cf. euneura Diels envira 1Oxandra cf. xylopioides Diels envira 1Oxandra krukoffii R. E. Fries envira 1Oxandra riedeliana R. E. Fries envira preta 1Oxandra xylopioides Diels envira 2Pseudoxandra cuspidata P. J. M. Maas lamuci, envira amarela, envira preta, envira lamuci 1Pseudoxandra polyphleba (Diels.) R.E. Fries envira amarela, envira preta, envireira, envira 5Rollinia edulis Planch. & Triana envira 1Rollinia exsucca A. DC. uruanana branca 4Rollinia fendleri R. E. Fries ata brava 1Unonopsis buchtienii R. E. Fries envira 1Unonopsis duckei R. E. Fries envira, envireira 1Unonopsis guattenoides (A. DC.) R .E. Fries envira da várzea, chiman 7Unonopsis rufescens R. E. Fries envira 1Xylopia amazonica R. E. Fries envira cana, pindaíba branca, envireira vermelha 3Xylopia aromatica Baill. imbineba, pedikou (índios Taki-Taki), pacovi, imbiriba, pimenta de macaco 6Xylopia bentamii R. E. Fries envira, embiriba 3Xylopia discreta Sprague & Hutchinson envira 2Xylopia emarginata Mart. envira folha fina, envira cana de várzea, envira folha fina 4Xylopia frutescens Aubl. envira, pau santo, pindaíba branca 1Xylopia grandiflora A. St. Hill. pimenta de macaco 1Xylopia nitida Dun. envira cana, envira vermelha 7Xylopia polyantha R. E. Fries amajô 3
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
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Anexo 1. Continuação.
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
Malouetia tamaquarina DC. molongó 2Odontadenia lutea Markgraf - 1Parahancornia amapa Ducke amapá, sorva maparajuba 5Peschiera myriantha (Britton) Markgraf - 1Rauwolfia micrantha Hook. f. - 1Rauwolfia paraensis Ducke gogó de guariba, vitamina da mata 3Rauwolfia pentaphylla Ducke - 3Rauwolfia praecox K. Schum. - 1Rauwolfia sprucei Müell. Arg. - 1Tabernaemontana undulata Pierre pau de colher 1Thevetia peruviana Merrill jorro jorro, chapéu de napoleão, ahohai-assu 1
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
Adenocalymna subincanum Huber jasmim amarelo 1Anemopaegma chrysoleucum (H.B. & K.) Sandw. catuaba 2Anemopaegma floridum Mart. catuaba 1Anemopaegma longipetiolatum Sprague catuaba 1Anemopaegma parkeri Sprague catuaba 2Anemopaegma setilobum A. Gentry catuaba 2Arrabidaea aff. lobata A.Gentry - 2Arrabidaea bilabiata (Sprague) Sandw. jurará 1Arrabidaea chica Verl. - 1Arrabidaea cinerea Bureau - 1Arrabidaea cinnamomea (DC.) Sandw. - 1Arrabidaea corallina (Jacq.) Sandw. - 6Arrabidaea inaequalis Baill. - 2Arrabidaea mollis Bureau - 4Arrabidaea nigrescens Sandw. - 2Arrabidaea ornithophila A. Gentry - 4Arrabidaea patellifera (Schlecht.) Sandw. - 2Arrabidaea pearcei (Rusby) K. Schum. - 1Arrabidaea platyphylla DC. - 2Arrabidaea resinosa A. Gentry. - 1Arrabidaea spicata Bur. & K. Schum. - 1Callichlamys latifolia K. Schum. - 2Ceratophytum tetragonobobum (Jacq.) Sprag. & Sandw - 2Clytostoma binatum (Thunb.) Sandw. grachama rocha 6Clytostoma sciuripabulum Bur. & K. Schum graxana 2Cybistax antisyphilitica Mart. caroba do campo 1Cydista aequinoctialis (L.) Miers bamburral 13Cydista lilacina A. Gentry bamburral 3Distictella granulosa Urb. - 2Distictella magnoliifolia (H.B. & K.) Sandw. - 3Haplolophium rodriguesii A. Gentry - 3Jacaranda brasiliana Pers. barbatimão 1Jacaranda copaia D. Don caroba, caroba parapará, parapará, urucurana 13Jacaranda filicifolia D. Don. barbatimão 2Jacaranda irwinii A. Gentry barbatimão 1Jacaranda morii A. Gentry barbatimão 1Jacaranda rhombifolia G.F.W.Mey barbatimão 1Leucocalantha aromatica Barb. Rodr. - 2Lundia densiflora DC. - 4Macfadyena uncata (Andr.) Sprague & Sandw. - 5Macfadyena unguis-cati (L.) A. Gentry - 3Manaosella cordifolia (DC.) A. Gentry - 3Mansoa alliaceae (Lam.) A. Gentry - 3Mansoa difficilis Bureau & Schum. - 2Mansoa discophora A. Gentry - 1Mansoa kerere (Aubl.) A. Gentry - 9Martinella obovata Bureau & K. Schum gapuí 4Memora allamandiflora Bureau - 5Memora bracteosa Bureau - 1
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Anexo 1. Continuação.
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
Memora contracta A. Gentry - 1Memora flavida Bureau - 4Memora flaviflora Pulle - 5Memora magnifica Bureau - 4Memora moringifolia (DC.) Sandw. - 1Memora schomburgkii Miers - 3Memora tanaeciciarpa A. Gentry - 4Mussatia prieurei Bureau - 4Paragonia pyramidata Bureau guaraxama da branca, raiz dos olhos. 5Perriarrabidaea truncata A. Sampaio - 1Pleonotoma melioides (S. Moore) A. Gentry - 2Pleonotoma stichadenium K. Schum. - 1Pyrostegia millingtonioides Sandw. - 2Roentgenia sordida (Bur. & Schum) Spr. & Sandw. - 3Sparattosperma vernicosum (Cham.) B. et Schm. pau d’arco branco 1Stizophyllum inaequilaterum Bureau & K. Schum. - 2Stizophyllum perforatum Miers - 1Stizophyllum riparium (H.B. & K.) Sandw. - 6Tabebuia aquatilis (E. Mey.) Sprague & Sandw. pau d´arco 1Tabebuia aurea Benth. & Hook f. pau d´arco 1Tabebuia barbata (E. Mey) Sandw. pau d´arco 1Tabebuia capitata (Bureau & Schum.) Sandw. pau d´arco 1Tabebuia caraiba Bureau pau d´arco 2Tabebuia impetiginosa (Mart.) Standl. pau d’arco 2Tabebuia incana A. Gentry pau d’arco da folha amarela 2Tabebuia insignis (Miq.) Sandw. ipê 5Tabebuia obscura (Bur. & K. Schum.) Sandw. ipê 2Tabebuia ochracea (Charm.) Standl. ipê 1Tabebuia roseo-alba (Ridley) Sandw. ipê branco, taipoca 2Tabebuia serratifolia Rolfe. pau d’arco amarelo 9Tanaecium nocturnum (B. Rodr.) Bur. & K. Schum cipó corimbo, cipó canoa 6Trynnanthus panurensis (Bur.) Sandw. - 1Xylophragma pratense Sprague - 3
BixaceaeBixaceaeBixaceaeBixaceaeBixaceaeBixa arborea Huber urucu, urucu da mata 1Bixa excelsa Gleason & Krukoff urucu 1
BombacaceaeBombacaceaeBombacaceaeBombacaceaeBombacaceaeBombacopsis aff. macrocalyx (Ducke) A. Robyns - 1Bombax aquatica (Aub.) Schum mamorana 2Bombax cf. surinamense Uittien - 1Bombax globosum Aubl. algodão bravo, mamorana 5Bombax longipedicellatum Ducke munguba da mata, mamorana 5Bombax nervosum Uittien mamorana da terra firme 3Bombax paraense Ducke mamorana, samauminha, mamorana da mata 4Bombax surinamense Uittien - 1Catostemma communs Sadel baraman 1Cavanillesia arborea K. Schum. barriguda 1
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
BorraginaceaeBorraginaceaeBorraginaceaeBorraginaceaeBorraginaceaeAuxemma oncocalyx Taub. - 1Cordia sagotii I. M. Johnston grão de galo 1Cordia alliodora Cham. grão de galo 10Cordia bicolor A. DC. grão de galo 6Cordia cf. fulva I. M. Johnston grão de galo 1Cordia cf. sellowiana Cham. grão de galo 1Cordia cf. silvestris Fresen. grão de galo 1Cordia exaltata Lam. grão de galo 3Cordia glabrata A. DC. grão de galo 2Cordia goeldiana Huber freijó 4Cordia hirta I. M. Johnston grão de galo 1Cordia leucocephala Moric. grão de galo 1Cordia piahuiensis Fresen. grão de galo 1Cordia scabrida Mart. grão de galo 6Cordia scabrifolia Griseb. grão de galo 6Cordia sericicalyx A. DC. grão de galo 2Cordia silvestris Fresen. grão de galo 1Cordia tetrandra Aubl. grão de galo 4Gerascanthus alliodora (R. P.) Cham. - 1
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Anexo 1. Continuação.
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
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Anexo 1. Continuação.
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
Buchenavia oxycarpa (C. Martius) Eichl. periquiteira, periquiteira do igapó, cuiarana, tanimbuca 4Buchenavia parvifolia Ducke tanimbuca amarela 2Buchenavia suaveolens Eichl. tanimbuca 1Combretum fruticosum Stuntz mofumbo preto, tanimbuca 1Combretum lanceolatum Pohl ramela de macaco, mofumbo preto 3Combretum latifolium Blume boso-oui (índios Taki-Taki) 1Combretum laxum Jacq. mofumbo 1Combretum leprosum Mart. mofumbo 2Combretum leptostachyum Mart. carne de vaca 1Laguncularia racemosa Gaertn. mangue branco, tinteira 1Terminalia amazonia (Gmel.) Exell. pata de anta, tanimbuca 8Terminalia argentea Mart.& Zucc. capitão do campo 1Terminalia brasiliensis Eichl. cuiarana 2Terminalia dichotoma E. Meyer cinzeiro, tanimbouca 3Terminalia fagifolia Mart. Zucc pau de chapada, catinga de porco 1Terminalia guianensis Eichl. tanimbuca 5Terminalia ivorensis A. Chev. sete copas 3Terminalia lucida Holffmgg. cararambeira, caraxá 1Terminalia tanibouca Rich. pau d´água, cinzeiro 1
DilleniaceaeDilleniaceaeDilleniaceaeDilleniaceaeDilleniaceaeCuratella americana Linn. caimbé, sambaiba 2Davilla rugosa Poir. tiriricipó 1Doliocarpus dentatus Standl. - 3
EbenaceaeEbenaceaeEbenaceaeEbenaceaeEbenaceaeDiospyros artanthaefolia Mart. cafui 7Diospyros dichroa Sandw. kaki 2Diospyros duckei Sandw. kaki folha grande 4
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Anexo 1. Continuação.
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
Diospyros egleri Pires & Cavalcante cafui 1Diospyros guianensis Gurke cafui da várzea, comida de pomba 5Diospyros hispida A. DC. cafui 1Diospyros longistyla A.C. Smith cafui 1Diospyros melinoni (Hiern) A.C. Smith piraquina branca, cafui, taquarirana 4Diospyros micrantha Sandw. cafui 4Diospyros poeppigiana A. DC. panema, kaki 4Diospyros praetermissa Sandw. cafui 5Diospyros santaremnensis Sandw. cafui 4Diospyros sericea A. DC. mucuiba 1
ErythroxyllaceaeErythroxyllaceaeErythroxyllaceaeErythroxyllaceaeErythroxyllaceaeErythroxylum amazonicum Peyr. pimenta de nambú 1Erythroxylum amplum Benth. pimenta de nambú 2Erythroxylum barbatum O. E. Schulz pimenta de nambú 1Erythroxylum cf. squamatum Swart. pimenta de nambú 1Erythroxylum cf. testaceum Peyr. pimenta de nambú 1Erythroxylum citrifolium St. Hil. pimenta de nambú 4Erythroxylum daphnites Mart. pimenta de nambú 6Erythroxylum gracilipes Peyr. pimenta de nambú 1Erythroxylum kapplerianum Peyr. pimenta de nambú 1Erythroxylum leptoneurum O. E. Schulz pimenta de nambú 2Erythroxylum macrophyllum Cav. pimenta de nambú 4Erythroxylum micranthum Bong. pimenta de nambú 2Erythroxylum mucronatum Benth. pimenta de nambú 3Erythroxylum nelson-rosae T. Plowman pimenta de nambú 1Erythroxylum pruinosum O. E. Schulz pimenta de nambú 1Erythroxylum rufum Cav. pimenta de nambú 1Erythroxylum squamatum Sw. pimenta de nambú 2
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
Erythroxylum suberosum A. St. Hil. pimenta de nambú 2Erythroxylum subracemosum Turcz. pimenta de nambú 1
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Anexo 1. Continuação.
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
FlacourtiaceaeFlacourtiaceaeFlacourtiaceaeFlacourtiaceaeFlacourtiaceaeBanara guianensis Aubl. andorinha, pau de bico, lacre branco 5Carpotroche criapidentata Ducke comida de cotia 2Carpotroche grandiflora Spruce comida de cotia 2Casearia aculeata Jacq. limaorana 1Casearia arborea Urb. pau de olaria 2Casearia blanchetiana Miq. sardinheira mirim 1Casearia combaymensis Tul. sardinheira 1Casearia commersoniana Camb. lebitongo (índios Taki-Taki) 1Casearia decandra Jacq. caxepanraen (Uaica-Mucajaí) 2Casearia densiflora Benth. carapanaubaí 1Casearia grandiflora Camb. ponta fina 2Casearia javitensis H. B. & K. olho de boi, murta preta, café do diabo, caferana 11Casearia mariquilensis H. B. & K. caferana 2Casearia pitumba H. Sleumer parouchiton (índios Taki-Taki), kariaã 5Casearia rusbyana Briquet. palmito 2Casearia sylvestris Sw. assa carne, sardinheira 3Casearia ulmifolia Camb. sardinheira 1Hasseltia floribunda H.B. & K. - 3Homalium guianense (Aubl.) Oken andorinha, roseteira, muruci do mato 3Laetia procera Eichl. apijó, paparaúba da serra, pau jacaré 20Laetia suaveolens Benth. catinga cheirosa, caferana 1Lindackeria latifolia Benth. farinha seca 8Lindackeria maynensis Poepp. & Endl. farinha seca 1Lindackeria paludosa Gilg. farinha seca 3Lindackeria paraensis Kuhlm. farinha seca 1Lindackeria pauciflora Benth. escova de macaco, urucurana, urucu da mata 5Pleuranthodendron lindeni (Turcz.) & Sleumer - 1
GuttiferaeGuttiferaeGuttiferaeGuttiferaeGuttiferaeCalophyllum angulare A. C. Smith jacareúba 1Calophyllum brasiliense Camb. jacareúba, mangue, landi carvalho, guanandi, olandi 12Caraipa densiflora Mart. tamaquaré, tamaquaré branco, gororoba, macucu 12Caraipa excelsa Ducke tamaquaré 1Caraipa grandiflora Mart. tamaquaré da várzea, tamaquaré 3Caraipa punctulata Ducke tamaquaré 2Clusia fockeana Miq. cebolinha brava 2Clusia nemorosa G. F. W. Mey. orelha de burro 1Clusia palmicida L. C. Rich. cebola brava, ingui-wawaie (índios Taki-Taki) 1Clusia platystigma Eyma cebolinha brava 1Mahuera exstipulata Benth. moadi 1Platonia insignis Mart. bacuri, bacuriaçu 4Rheedia acuminata Planch. & Triana bacuri, bacuripari, bacuri de anta, bacuri azedo, bacuri bexigoso 6Rheedia benthamiana Planch. & Triana bacuri-pari, koukon-dioufou (índios Taki-Taki) 1Rheedia brasiliensis Planch. & Triana bacuri, bacuripari, bacuripari folha pequena, pitomba 1Rheedia gardneriana Planch. & Triana bacupari, jatari mirim, bacurizinho 5
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Anexo 1. Continuação.
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
Rheedia kappleri Eyma bacupari 1Rheedia macrophylla Planch. & Triana bacuripari 6Symphonia globulifera Linn. anani, anani da mata, irati, ananá 16Tovomita brasiliensis Mart. pachiubarana, japumira, genipapeiro 2Tovomita brevistaminea Engl. manguerana 1Tovomita cephalostigma Vesque manguerana 1Tovomita choisyana Planch. & Triana mangue da mata, mangue preto, manguerana 1Tovomita grata Sandw. manguerana 1Tovomita mangle G. Wariz manguerana 1Tovomita rostrata Huber manguerana 1Tovomita spruceana Planch. & Triana manguerana 1Tovomita triflora Huber manguerana 1Vismia baccifera Planch. & Triana lacre branco 3Vismia bemerguy M. E. Van. Den Berg lacre 1Vismia cayennensis (Jacq.) Pers. lacre branco, lacrekakabeci (índios Taki-Taki) 7Vismia guianensis (Aubl.) Choisy lacre, lacre vermelho 6Vismia lateriflora Ducke lacre duro 1Vismia latifolia H. B. & K. pinja, lacre da folha estreita, lacre branco, lacre 3Vismia macrophylla H. B. & K. lacre preto, lacre branco, lacre folha grande, lacre, copian, lacre vermelho 1
HernandiaceaeHernandiaceaeHernandiaceaeHernandiaceaeHernandiaceaeHernandia sonora Zoll. ventos 1Liquidambar macrophylla Oerst. - 1Sparattanthelium tupiniquinorum Mart. santa maria 1
HippocrateaceaeHippocrateaceaeHippocrateaceaeHippocrateaceaeHippocrateaceaeCheiloclinium cognatum (Miers) A.C. Smith - 7Peritassa laevigata (Hooffm) A.C.Smith - 1Salacia impressifolia (Miers) A. C. Smith uaimiratifi 2Salacia magistophylla Standl. - 2Salacia opacifolia(Macbride) A.C.Smith - 1
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
LauraceaeLauraceaeLauraceaeLauraceaeLauraceaeAcrodiclidium aureum Huber folha de ouro, folha dourada 3Acrodiclidium puchury-major Mez louro 1Aiouea densiflora Nees louro, anhauiná 4Aiouea multiflora Coe Teixeira louro 1Aiouea myristicoides Mez louro 1Aniba mas Kosterm. louro 1Aniba puchury-minor (Mart.) Mez preciosa sem cheiro, preciosarana, preciosa preta 2Aniba affinis Mez. louro, louro amarelo 1Aniba albescens Vattimo-Gil louro 2Aniba burchelii Kosterm. louro preto, louro amarelo 3Aniba canelilla Mez casca preciosa, preciosa 10Aniba cf. guianensis Aubl. carambola, geniparana, geniparana da várzea, guamã 1Aniba cf. panurensis (Meiss.) Mez louro, louro amarelo, louro aritu 1Aniba citrifolia Mez pau de rosa, preciosarana 1Aniba cylindriflora Kosterm. louro amarelo 1Aniba cf. kappleri Mez louro amarelo, louro 1Aniba fragrans Ducke louro rosa 2Aniba gigantifolia O. Schmidt louro peludo 2Aniba guianensis Aubl. carambola, geniparana, geniparana da várzea 2Aniba hostmanniana Mez louro amarelo, louro 2Aniba megaphylla Mez louro rosa 2Aniba parviflora Mez pau de rosa, pau rosa, macaca poranga, louro rosa 4Aniba riparia Mez louro amarelo 2Aniba rosaeodora Ducke pau rosa, louro 1Aniba squarensis louro 1Beilschmiedia sulcata ( Ruiz & Pav.) Kosterm louro anuerá 1Cryptocarya moschata Nees & Mart. - 1Dicypellium caryophyllatum Nees cravo, cravo do mato 2Endlicheria arunciflora (Meissn.) Mez louro, louro do campo 1Endlicheria bracteolata (Meissn.) C. K. Allen louro 1Endlicheria cf. macrophylla Mez. louro abacate de folha peluda, louro do igapó 1Endlicheria endlicheriopsis (Mez.) Kosterm. louro 1Endlicheria multiflora Mez. louro muruci 2
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Anexo 1. Continuação.
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
Ocotea rufovestita Ducke louro folha marron 1Ocotea schomburgkiana Benth. & Hook. f. louro tamanco, louro cinzeiro 9Ocotea silvae I. de Vattimo-Gil louro 2Ocotea sprucei Mez louro 1Ocotea wachenheimii Benoist louro 2Persea jariensis I. de Vattimo-Gil. louro cravo 2Systemonodaphne mezii Kosterm. louro cheiroso 3
castanharana vermelha, castanha pêndula 1Couratari guianensis Aubl. tauari, copa de tabaco 5Couratari macrosperma A.C. Smith jarana 2Couratari multiflora (Smith) Eyma tauari, tampipio 6Couratari oblongifolia Ducke & Kmtth tauari branco, tauari, tauari folha 2Couratari oligantha A.C. Smith jaraní, tauari folha preta 2Couratari pulchra Sandw. tauari 3Couratari stellata A.C. Smith ingipipa 2Couratari tenuicarpa A.C. Smith tauari 1Couroupita guianensis Aubl. castanha de macaco 1Eschweileira amara Mart. matamatá 1Eschweilera af. fracta Knuth matamatá 1Eschweilera af. longipes Miers matamatá 1Eschweilera alba Knuth matamatá 3Eschweilera albiflora Miers matamatá 2Eschweilera amara Mart. jatereua 6Eschweilera amazonica Knuth matamatá vermelho 9Eschweilera apiculata (Miers) A.C.Smith matamatá-ci, matamatá jibóia 4Eschweilera blanchetiana Miers matamatá casca fina, matamatá ripeiro, matamatá vermelho 7Eschweilera chartacea (Berg) Eyma matamatá 2Eschweilera coriacea Martius matamatá, matamatá amarelo, toari 4Eschweilera corrugata Miers matamatá, matamatá vermelho 3Eschweilera decolorans Sandw. matamatá 2Eschweilera idatimon Mart. matamatá 1Eschweilera juruensis Knuth matamatá 1Eschweilera longipes Miers matamatá, matamatá branco, matamatá cirana 4Eschweilera miersii (Knut) A. C. Smith matamatá 1Eschweilera obversa Miers matamatá folha larga 1Eschweilera odora Miers matamatá branco, paruá 13Eschweilera ovalifolia Niedenzu matamatá 1Eschweilera ovata Mart. matamatá, tripa preta, tiriba, matamatá preto, tiriba, toari 1Eschweilera rodriguesiana S. A. Mori matamatá amarelo, matamatá preto 1
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Anexo 1. Continuação.
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
Eschweilera rosea (Poepp.) Miers jatereu morrão, matamatá rosa da terra firme, jatereua, matamatá 1Eschweilera sagotiana Miers matamatá, envira de caçador 3Eschweilera subglandulosa Miers matamatá preto, matamatá cascudo, rincodin (uaicá-Mucajaí) 9Eschweilera juruensis Knuth matamatá 1Gustavia augusta Linn. canela de velha, geniparana, g. da terra fime, g. do igapó, jarana do igapó 7Gustavia elliptica Mori geniparana, ripeiro, general 1Gustavia hexapetala Sm. geniparana, tachi da várzea, g. de uarini, carambola, g. da mata 8Lecythis cf. itacaiunensis Pires jatereu 1Lecythis corrugata Poiteau jatereu morrão, matamatá 1Lecythis idatimon Aubl. jatereu morrão, jatereua, jaxiambry 5Lecythis jarana (Huber & Ducke) A. C. Smith jarana 2Lecythis lurida (Miers) Mori jarana branca, mata matá, sapucaí, sapucarana 3Lecythis pisonis Cambess. sapucaia, castanha de sapucaia, sapucaia da várzea 4Lecythis poiteaui C.C. Berg jarana amarela, cuiarana, jarana 1Lecythis usitata Miers castanha sapucaia 2Lecythis zabucaya Aublet castanha de sapucaia 1
Leguminosae-CaesalpinioideaeLeguminosae-CaesalpinioideaeLeguminosae-CaesalpinioideaeLeguminosae-CaesalpinioideaeLeguminosae-CaesalpinioideaeApuleia leiocarpa Macbr. barajuba, muirajuba, mulateira 4Apuleia molaris Spruce muirajuba, garapa 6Batesia cf. floribunda Spruce acapurana, acapurana da terra firme, tento 7Bauhinia acreana Harms capa de bode 1Bauhinia bombaciflora Ducke mororó 1Bauhinia cf. coronata Benth. escada de jaboti 1Bauhinia cheilantha D. Dietr. mororó 2Bauhinia forficata Link capa bode 2Bauhinia guianensis Aubl. escada de jaboti 1Bauhinia platypetala Benth. mororó 1Caesalpinia bracteosa Tul. catingueira, campeche 6Caesalpinia ferrea Mart. pau ferro, jucá 1Caesalpinia pyramidalis Tul. catingueira, catinga de porco 1Campsiandra angustifolia Spruce acapurana, acapurana da várzea 1Campsiandra laurifolia Benth. acapurana, acapurana da várzea 4Cassia adiantifolia Spruce acapu pixuna 3Cassia apouconita Aubl. menibi 1Cassia bahiae H. S. Irwin acapu pixuna 1Cassia excelsa Schrad. canafistula, são joão 1Cassia fastuosa Willd. baratinha, paricá, fava cipó, angico 3Cassia flexuosa Linn. canela de maçarico 1Cassia grandis Linn. cana fistula, jeruaia, marimari 1Cassia latifolia G. F. W. Mey acácia 1Cassia leiandra Benth. marimari, marimari da várzea 1Cassia lucens Vog. angico, paricá, mucurão 5Cassia moshata Benth. marimari 1Cassia multijuja Rich. faveirinha, uarima, faverinha branca, jurupari,
pomo, flor de maxo, acácia, jurupaú 6Cassia negrensis H.S. Irwin coração de negro 3Cassia scleroxylon Ducke coração de negro 2Cassia spruceana Benth. cana fístula, marimari da terra firme 2
Famí l ia /Espéc ieFamí l ia /Espéc ieFamí l ia /Espéc ieFamí l ia /Espéc ieFamí l ia /Espéc ie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
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Anexo 1. Continuação.
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
Leguminosae-MimosoidaeaeLeguminosae-MimosoidaeaeLeguminosae-MimosoidaeaeLeguminosae-MimosoidaeaeLeguminosae-MimosoidaeaeAbarema jupumba (Willd.) Britton & Killip. saboeiro de terra firme, sabugueiro, lágrimas de nossa senhora,
faveira, tento azul 13Acacia alemquerensis Huber paricarana 1Acacia farnesiana Willd. jurema branca, coronha, corona cristi, esponjinha, esponjeira 1Acacia glomerosa Benth. espinheiro preto, cujuba 2Acacia loretensis Macbr. paricá 1Acacia multipinnata Ducke rabo de camaleão, unha de gato, 1Acacia paraensis Ducke cipó espera aí 1Acacia polyphylla DC. paricarana, capa bode, paracaxi, angico branco, unha de gato 17Albizia niopioides (Benth.) Burkart gurujuba 4Albizia polyantha (A. Sprengel) G. P. Lewis - 1Anadenanthera macrocarpa Benth. angico, angico de caroço, cabelo de mulata 1
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
Anadenanthera peregrina Benth. paricá, angico, paricá de curtume 3Balizia pedicellaris (DC.) Barneby & Grimes saia de comadre 11Calliandra depauperata Benth. alecrim do campo, carqueja 2Calliandra tenuiflora Benth. - 1Cathedra acuminata Miers apiranga 1Cedrelinga catenaeformis Ducke cedrorana 2Chloroleucon foliolosum (Benth.) G. P. Lewis jurema branca 4Courtesia arborea Griseb. - 2Desmanthus virgatus Willd. nariz de bode 1Dinizia excelsa Ducke angelim pedra, angelim 4Enterolobium maximum Ducke tamboriuna, faveira, fava orelha de negro, tamboril 8Enterolobium schomburgkii (Benth.) Benth. paricá, moela de mutum, orelha de gato, fava rosea,
fava orelha de negro, sucupira amarela, 12Inga alba (Sw) Willd. ingá vermelho, jarandeua da folha graúda, ingá branco,
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Anexo 1. Continuação.
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
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Anexo 1. Continuação.
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
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Anexo 1. Continuação.
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
LythraceaeLythraceaeLythraceaeLythraceaeLythraceaeLafoensia densiflora Pohl. paricá da mata 1Lafoensia pacari St. Hill. paricá 1Physocalymma scaberrimum Pohl. pau de rosas 8
MalpighiaceaeMalpighiaceaeMalpighiaceaeMalpighiaceaeMalpighiaceaeBanisteriopsis cf. lucida Small. cipó cabi 1Bunchosia apiculata Huber siruela 1Bunchosia argentea DC. tártago 2Bunchosia mollis Benth. zorro loco (Venezuela) 1Burdachia atractoides Niedenzu riteira 1Burdachia prismatocarpa Mart. brinco de tracajá, riteira, tatajuba 1Byrsonima aerugo Sagot muruci, lontoekasi 8Byrsonima amazonica Griseb. muruci da mata 7Byrsonima coriacea DC. muruci 3Byrsonima crassifolia Steud. muruci da praia, muruci do campo 4Byrsonima crispa A. Juss. murici da mata 4Byrsonima densa DC. muruci branco 4Byrsonima gardnerana A. Juss. muruci 1Byrsonima japurensis A. Juss. muruci da várzea 2Byrsonima obversa Miq. muruci 1Byrsonima schultesiana Cuatrec. muruci 2Byrsonima sericea DC. murici de galinha, muruci vermelho 3Byrsonima spicata Poepp. muruci de pomba 1Byrsonima stipulacea A. Juss. muruci da mata 3Glandonia macrocarpa Griseb. - 4Heteropteris cf. macradena (DC.) Anderson sarabatucu 1Heteropteris orinocensis A. Juss. sarabatucu 1Mascagnia lasiandra Niedenzu - 1Pterandra arborea Ducke muruci bacaba 2Spachea elegans A. Juss. - 1Tetrapteris benthamiana Griseb. - 2
MalvaceaeMalvaceaeMalvaceaeMalvaceaeMalvaceaeHibiscus tiliaceus Linn. uacima da praia 1Sida galheirensis Ulbr. relógio, malva branca 1
MarcgraviaceaeMarcgraviaceaeMarcgraviaceaeMarcgraviaceaeMarcgraviaceae -Norantea guianensis Aubl. rabo de arara 1
MelastomataceaeMelastomataceaeMelastomataceaeMelastomataceaeMelastomataceaeBellucia brasiliensis Naud. goiaba de anta 2Bellucia cirscumscissa Spruce araçá de anta, goiaba de anta 1Bellucia dichotoma Cogn. goiaba de anta 2Bellucia grossularioides Trisna araçá de anta, papa terra branco, jambo roxo da selva 2Bellucia pentamera Naudim araçá de anta 1Graffenrieda limbata Triana - 1Graffenrieda rupesrris Ducke goiaba de anta 1Henriettella sylvestris Gleason buxixu 1
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
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Anexo 1. Continuação.
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
Cedrela odorata L. cedro, cedro branco, cedro vermelho 6Guarea aligera Harms andirobarana do igapó 1Guarea carinata Ducke jitó 1Guarea concinna Sandw. andirobarana cheirosa 1Guarea davisii Sandw. jitó 1Guarea gomma Pulle andirobarana 1Guarea grandiflora Ducke andirobarana 6Guarea guarea (Jacq.) Will. andirobarana, cedroí 1Guarea guidonia (L.) Sleumer andirobarana, andirobinha, tatuauba, marinheiro, carrapeteira, jatauba 4Guarea guruma Pulle andirobarana 1Guarea jatuaranana Harms jatoá vermelho 2Guarea kunthiana A. Juss. andirobarana preta, jatoá vermelho, marinheira 14Guarea macrophylla Vahl. gitorana 4Guarea membranacea Rusby gitorana 1Guarea pterorhachis Harms gitorana 2Guarea pubiflora A. Juss. dian-koi-mata” (id. taki-taki) 1Guarea purusana C. DC. jatuauba 3Guarea silvatica C. DC. fruta de porco, jatuauba amarela, gitó 5Guarea subsessiliflora C. DC. marinheiro, jatuauba 4Guarea trichilioides Linn. andirobarana folha miúda, jatuauba, carrapeta, jitó 2Guarea velutina A. Juss. jitó 1Melia azedarach Linn. lirio manso, jasmim de cachorro 1Swietenia macrophylla King mogno, aguano 3Trichilia cipo C.DC. jitó 1Trichilia elegans A. Juss. catiguá, cachuazinho 1Trichilia fuscescens Radlk. jitó 1Trichilia grandifolia C.DC. pracuubarana 1Trichilia guianensis Klotzsch cachuá 4Trichilia iquitosensis Hams. gitorana 1Trichilia lecointei Ducke jatauba branca, pracuuba da terra firme 3Trichilia macrophylla Benth. jitó 1Trichilia micrantha Benth. gitorana 5Trichilia multijuga C.DC. gitorana 1Trichilia pallida Sw. gitorana 1Trichilia pleeana C.DC. jitó 4Trichilia quadrijuga H.B. & K. pracuubarana 10Trichilia roraimana C. DC. jitó 1Trichilia rubra C. DC. abacaxi 4Trichilia schomburgkii C. DC. caxuá, caxuarana, biscochele negro, waruwa iran yw 4Trichilia septentrionalis C. DC. jatoá 6Trichilia singularis C. DC. jatuarana 1Trichilia solitudinis Harms gitorana 2Trichilia subsessilifolia C. DC. gitorana 2Trichilia tenuiramea C. DC. gitorana 1Trichilia trifolia L. gitorana 1Trichilia trifoliolata Linn. gitorana 1Trichilia verrucosa C. DC. pracuubarana 3Trichilia weddelii C. DC. itaubarana 1
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
A xiloteca (coleção Walter A. Egler) do Museu Paraense Emílio Goeldi
Anexo 1. Continuação.
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
Cecropia sciadophylla Mart. torém do igapó, imbaúba da terra firme 4Clarisia guillemiana Goud. - 1Clarisia ilicifolia (Spreng.) Lanj. & Rossb. moracea chocolate, janitá 6Clarisia racemosa Ruiz & Pav. guariuba, guajiman 6Coussapoa magnifolia Trec. - 1Coussapoa prancei C. C. Berg caimberana 1Ficus clusiaefolia H.B. & K. gameleira branca 1Ficus gameleira Standley gameleira, apiú folha peluda 3Ficus insipida Willd. gameleira branca, gameleira 1Ficus mathewsii (Miq.) Miq. apui 1Ficus maxima P. Miller caxinguba, gameleira, muiratinga 1Ficus nymphaeaefolia P. Miller apuí, mata pau 2Ficus pallida Vahl. apui 1Ficus paraensis Miq. apui, figueira 1Ficus pertusa Bory apui, bousou-ki-inkatou (índios Taki-Taki) 2Helianthostylis sprucei Baill. - 2Helicostylis elegans (Macbr.) C.C. Berg. moraceae seca, inharé folha áspera 4Helicostylis pedunculata Benth. mururé leite branco, inharé amarelo, mão de gato 3Helicostylis scabia (Macbr.) C.C. Berg. macucu farinha-sêca, mão de gato 3Helicostylis tomentosa (Poepp. & Endl.) Macbr. inharé, mão de gato, canapa 13Maquira coriacea (Karstern.) C.C. Berg muiratinga da várzea, caximguba, capinurí, muiratinga 8Maquira guianensis Aubl. muiratinga, janitá amarelo, muiratingarana 8Maquira sclerophylla (Ducke) C.C. Berg muiratinga da terra firme 5Naucleopsis caloneura Ducke moraceae mão de onça, muiratinga 5Naucleopsis glabra Spruce muiratinga branca 5Naucleopsis inaequalis (Ducke) C.C. Berg muiratinga 1Naucleopsis krukovii (Standl.) C. C. Berg muiratinga mão de onça, muiratinga rapé de índio 1Naucleopsis mello- barretoi (Standl.) C.C. Berg muiratinga 1Naucleopsis riparia C.C. Berg muiratinga 1Naucleopsis ternstroemiiflora (Mildbr.) C.C. Berg muiratinga 3Naucleopsis ulei Ducke muiratinga 2Noyera mollis Ducke - 1Perebea mollis (Poepp. & Endl.) Huber pama amarela, muiratinga, peia de jaboti, muiratinga da terra firme 10Perebea guianensis Aubl. muiratinga rapé de índio, muiratinga, cauchorana 2Perebea xanthochyma Karst. - 1Pourouma acuminata Mart. amapati 1Pourouma apiculata Spruce apuizeiro 1Pourouma bicolor Mart. gargaúba 1Pourouma cecropiaefolia Mart. amapati, ipadú, imbaúba 2Pourouma formicarum Ducke imbaubarana de formiga 1Pourouma guianensis Aubl. umbaúba benguê, amapati, imbaurana, imbaubarana sem cheiro, imbaubão 5Pourouma heterophylla Mart. mapati 1Pourouma laevis Benoist mapati 1Pourouma minor Benoist mapati, imbaúba vermelha, torena 4Pourouma mollis Trec. imbaubarana vermelha, imbaubarana 1Pourouma velutia Mart. tararanga da folha grande 3Pourouma villosa Trec. imbaúba benguê, mapatirana, imbaúba de cheiro 1Pseudolmedia laevigata Trec. panã folha lisa, muiratinga da várzea 6Pseudolmedia laevis (Ruiz & Pav.) Macbr. moraceae chocolote, moratinga da folha peluda 10
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
lacre da mata, ucuúba chorona, ucuubarana 6Virola calophylla Warb. ucuúba 3Virola carinata Warb. envirola, ucuúba, ucuúba branca do baixio, virola 7Virola coelhoi W. A. Rodrigues ucuúba 1Virola crebrinervia Ducke ucuúba 4Virola cuspidata Warb. ucuúba, ucuúba da terra firme 1Virola divergens Ducke ucuúba 3Virola elongata Warb. ucuúba, ucuúba-bicuíba, ucuúba fedorenta,
ucuúba do igapó, ucuubinha, virola 9Virola flexuosa A.C. Smith ucuúba 1Virola marlenei W. A. Rodrigues ucuúba 1Virola melinonii (Benoist) A. C. Smith ucuúba 2Virola michelii Heckel ucuúba, virola 13Virola multicostata Ducke ucuúba da terra firme, ucuúba, ucuúba preta 4Virola multiflora (Standley) A. C. Smith ucuúba 1Virola multinervia Ducke ucuúba multinervia, ucuúba folha grande, ucuúba grande 3Virola pavonis ( A. CD.) A. C. Smith ucuúba branca do baixio, ucuúba 1Virola punctata Warb. ucuúba 1Virola sebifera Aubl. envireira preta, ucuúba, ucuúba vermelha, ucuúba e capoeira, ucuubarana 11
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Anexo 1. Continuação.
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
A xiloteca (coleção Walter A. Egler) do Museu Paraense Emílio Goeldi
Anexo 1. Continuação.
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
RhizophoraceaeRhizophoraceaeRhizophoraceaeRhizophoraceaeRhizophoraceaeAnisophyllea manausensis Pires & Rodrigues maria pretarana 1
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Anexo 1. Continuação.
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
Cassipourea guianensis Aubl. capitiú branco, laranja do mato, laranjarana 6Cassipourea peruviana Alston capitiú 1Rhizophora mangle Roxb. mangue 1Rhizophora racemosa G. F. W. Mey. mangue 1Sterigmapetalum obovatum Kuhlm. murucirana 3
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
Gleasonia aracaensis Pires - 1Gleasonia cururuensis Egler - 1Guettarda angelica Mart. angélica 1Guettarda spruceana Müell. Arg. angélica 5Isertia cf. longifolia K. Schum. piteira 1Isertia coccinea Vahl coraleira 1Isertia hypoleuca Benth. piteira, jambo da mata 1Ixora cf. martinsii Standl. jasmim da mata 1Kotchubeya cf. neblinensis Stey. paru vermelho 2Kotchubeya insignis Fish. purui 3Locoyena foetida Poepp. & Engl. - 1Mapouria chlonantha (DC.) Müell. Arg. genipaporana 2Pagamea guianensis Aubl. café bravo 1Palicourea guianensis Aubl. café bravo 3Palicourea quadrifolia Rudge café bravo 1Pentagonia spathicalyx Schum. - 1Pogonopus tubulosus (Rich. in DC.) K. Schum. - 1Posoqueria latifolia Roem. & Schult. - 4Psychotria alboviridula K. Kause - 1Psychotria capitata Sieber - 1Psychotria coursii Bremek. - 1Psychotria mapourioides DC. café da mata 1Randia armata DC. - 2Remijia amazonica K. Schum. jacaré café 1Rudgea crassiloba Robinson - 1Rudgea fissistipula Müell. Arg. - 1Sickingia tinctoria K. Schum. canela de saracura 2Simira paraensis (Balilon) Steyermark - 1Stachyarrhena spicata Hook. f. cuinha 2Uncaria guianensis J. F. Gmel. ampou-maka, cacatão 1Warszewiczia coccinea Klotzsch rabo de arara 3
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Anexo 1. Continuação.
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
A xiloteca (coleção Walter A. Egler) do Museu Paraense Emílio Goeldi
Anexo 1. Continuação.
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
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Anexo 1. Continuação.
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras
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Anexo 1. Continuação.
Família/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/EspécieFamília/Espécie Nome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgarNome vulgar NNNNNo. o. o. o. o. dededededeamostrasamostrasamostrasamostrasamostras