UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO/ CAMPUS II – ALAGOINHAS CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA RODRIGO BARROS DE FREITAS A UTILIZAÇÃO DOS CARBOIDRATOS PELOS JOGADORES DE FUTEBOL E SEUS NÍVEIS DE CONHECIMENTO SOBRE A IMPORTÂNCIA DESSES NUTRIENTES NA PERFORMANCE DESPORTIVA Alagoinhas - BA 2011
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A UTILIZAÇÃO DOS CARBOIDRATOS PELOS JOGADORES DE FUTEBOL E SEUS NÍVEIS DE CONHECIMENTO SOBRE A IMPORTÂNCIA DESSES NUTRIENTES NA PERFORMANCE DESPORTIVA
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO/ CAMPUS II – ALAGOINHAS
CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
RODRIGO BARROS DE FREITAS
A UTILIZAÇÃO DOS CARBOIDRATOS PELOS JOGADORES DE FUTEBOL E
SEUS NÍVEIS DE CONHECIMENTO SOBRE A IMPORTÂNCIA DESSES
NUTRIENTES NA PERFORMANCE DESPORTIVA
Alagoinhas - BA
2011
RODRIGO BARROS DE FREITAS
A UTILIZAÇÃO DOS CARBOIDRATOS PELOS JOGADORES DE FUTEBOL E
SEUS NÍVEIS DE CONHECIMENTO SOBRE A IMPORTÂNCIA DESSES
NUTRIENTES NA PERFORMANCE DESPORTIVA
Projeto de monografia apresentado como requisito parcial para a conclusão do curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade do Estado da Bahia – Campus II.
Orientador: Prof. Ms. Valter Abrantes
Co-orientador: Prof. Dr. Francisco Gondim Pitanga
Alagoinhas - BA
2011
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a toda a minha família, principalmente a minha mãe,
a minha vó e ao meu pai (in memorian) por ter depositado toda a confiança em
mim na conquista desse objetivo.
AGRADECIMENTOS
Queria agradecer primeiramente a Deus, por me dar a oportunidade de
realizar mais um sonho, além de me iluminar e abençoar todos os dias da minha
vida.
A minha família, especialmente a minha mãe, Eneida, e a minha vó Maria,
que sempre estiveram ao meu lado, e que se não fosse por elas, sem os seus
melhores conselhos e apoio, não estaria aqui conquistando mais uma missão, além
de ter me dado uma educação de qualidade, mesmo diante de todas as dificuldades.
Mãe, vó, amo vocês. Ao meu pai, Wellington (in memorian), que não estar mais
entre nós, mas vai está sempre presente em meu coração, e onde quer que você
esteja meu pai, as suas lembranças serão inesquecíveis na minha vida e mesmo
que o tempo passe, nada mudará entre nós, você sempre será o meu pai, e vou
sempre ser o seu filho. A minha namorada, Daiane, pela compreensão, paciência e
pelo apoio durante todo esse processo e a sua mãe, Olga, pela grande colaboração
nesta etapa da minha vida.
A Cintia, Meire, Cris, por me aturar nesses quatro anos de convivência, e
terem tornado grandes amigas que vão fazer parte da minha vida pra sempre,
principalmente, Helder, que além de companheiro de sala, se tornou um grande
irmão, um amigo pra todas as horas, e por dividir todas as alegrias, tristezas,
angustias e dificuldades, que só você sabe parceiro o que passamos durante todo
esse tempo. Agradeço a Rafael pela disponibilização, paciência a me ajudar na
construção dos gráficos e aos meus amigos de Salvador e de Alagoinhas que me
apoiaram nessa jornada.
Aos meus colegas de sala pela participação na minha formação acadêmica e
a equipe do “mal”, André, Carlos Henrique o “bujão”, Cleidison, Helder, João,
Raimundo e Raul, pelas resenhas, alegrias, confusões, e por ter me ensinado que
amigos são aqueles que jamais o abandonarão nos momentos mais difíceis, além de
ter contribuído para a minha formação, tanto acadêmica como humana. Agradecer
também a Tiago Ipirá, Mineiro, Bruno, Alex, Bigjonh, Lucas, Gil, pelo apoio dado.
O meu agradecimento ao Mestre Ubiratan, o “Bira”, por ter contribuído na
minha formação acadêmica, como um grande incentivador na busca de novos
desafios e por ter me propiciado momentos dentro da universidade, experiências
maravilhosas que levarei para sempre comigo. Ao meu orientador Prof. Valter
Abrantes pelo acompanhamento desde o inicio do projeto, e pela confiança dada de
que eu podia realizar essa pesquisa, além de passar o seu aprendizado de forma
clara e objetiva para nós e ao Prof. Francisco Pitanga pela ajuda durante todo esse
processo e por acreditar neste trabalho. Não poderia deixar de agradecer também
aos professores Mauricio, Mônica, Alan, Viviane e a todos os outros, por passar
seus conhecimentos e contribuir para o nosso crescimento intelectual.
“Nas grandes batalhas da vida, o primeiro passo para a vitória é o desejo de
vencer.”
Mahatma Gandhi
RESUMO
Introdução: A nutrição no futebol é um fator essencial que contribui positivamente no desempenho dos jogadores de futebol. Objetivos: O presente artigo pretende avaliar de como se dá a utilização dos carboidratos e suplementos pelos jogadores de futebol de um clube do interior da Bahia, e seus níveis de conhecimento sobre esses nutrientes. Metodologia: Este estudo tem como característica ser exploratório por meio de uma investigação descritiva, por proporcionar uma maior familiaridade com o problema, sendo aplicado um questionário com 11 perguntas abertas e fechadas. Resultados: Os resultados encontrados nesse estudo mostram que 61% dos jogadores de futebol sabem o que são os carboidratos, porém ainda há uma grande confusão em identificar fontes de carboidratos, de fontes de proteína, a carne (39%) e o frango (26%) e o suplemento BCAA (43%). Contudo 70% desses atletas nunca tiveram nenhuma orientação sobre a importância do consumo de carboidratos. Conclusão: Conclui-se que a maioria dos jogadores de futebol conhece quais alimentos são carboidratos, destacando as massas como os alimentos mais consumidos por eles, embora uma parte dos atletas confunda fontes de carboidratos com fontes de proteína, portanto, a presença de um profissional de nutrição no clube se faz necessária, afim de acompanhar e orientar esses atletas a importância de se obter uma alimentação adequada.
Palavras chaves: Nutrição esportiva, carboidratos, performance no futebol.
ABSTRACT
Introduction: Nutrition in football is an essential factor that contributes positively to
the performance of football players. Objectives: This article aims to evaluate how
does the use of carbohydrates supplements by soccer players in a club in the interior
of Bahia, and their levels of knowledge about these nutrients. Methodology: This
study was feature by being an exploratory descriptive research by providing a greater
familiarity with the problem, and a questionnaire with 11 open and closed questions.
Results: The results of this study show that 61% of football players know what they
are carbohydrates, but still there is confusion in identifying sources of carbohydrates,
protein sources, meat (39%) and chicken (26%) and BCAA supplementation (43%).
However 70% of these athletes have never had any guidance on the importance of
consuming carbohydrates. Conclusion: We conclude that most football players
know which foods are carbohydrates, highlighting the masses as the foods most
consumed by them, although some athletes confuse sources of carbohydrates with
protein sources, therefore, the presence of nutrition in a professional club is required
in order to educate and guide these athletes the importance of obtaining adequate
food.
Keywords: Sports nutrition, carbohydrates, performance in football.
Uma alimentação saudável e a atividade física sempre foram componentes
importantes para se adquirir uma boa qualidade de vida. A nutrição associado ao
treinamento se torna indispensável para melhoria do desempenho, contribuindo
positivamente quando uma dieta equilibrada acontece de forma adequada. No
esporte, uma dieta traz muitos benefícios para os atletas, portanto, uma boa nutrição
oferece condições ideais para uma boa performance, retardando a fadiga e
otimizando o desempenho. Entende-se como dieta, uma alimentação frequente de
uma pessoa ou grupo (XIMENES, 2000).
Os nutrientes mais utilizados como forma de obtenção de energia para a
contração muscular são os carboidratos. Os carboidratos são definidos “como
compostos químicos formados a partir de carbono, hidrogênio e oxigênio” (VIEBIG;
NACIF, 2006, p. 5). Esses alimentos são armazenados no fígado e no músculo na
forma de glicogênio, entretanto, suas reservas são limitadas em nosso organismo.
Para Guerra, Soares e Burini (2001, p. 201):
O glicogênio muscular desempenha papel-chave na produção de energia durante o exercício e a fadiga está freqüentemente associada à depleção de seus estoques, sendo a exaustão evitada na presença de concentrações adequadas do mesmo.
Segundo a literatura, o futebol se constitui numa atividade depletora de
glicogênio e que sua taxa de volume de trabalho é influenciada pelos níveis de
glicogênio muscular (KIRKENDALL, 1993 apud SCHANDLER; NAVARRO, 2007).
Por isso, a educação nutricional para jogadores de futebol se torna importante
para que os mesmos possam selecionar uma alimentação de qualidade,
principalmente rica em carboidratos, onde profissionais especializados usarão
estratégias adequadas no consumo desses nutrientes, antes dos treinos e jogos
para armazenamento, durante para a manutenção evitando que seus depósitos de
glicogênio sejam depletados, permitindo um melhor rendimento nas competições, e
depois para uma melhor recuperação das reservas, já pensando nas atividades
futuras.
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Apesar de todo conhecimento descrito acima sobre a importância dos
carboidratos (CHO) na performance do jogador de futebol, é possível que tais
conhecimentos ainda não sejam do conhecimento de todos os atletas,
principalmente considerando a estrutura do clube e localização geográfica e
classificação deste nas competições regionais e nacionais. Por esta razão se faz
necessário a conhecer a alimentação e suplementação, assim como o grau de
conhecimento destes atletas sobre os carboidratos e a sua importância para uma
melhor performance desportiva.
O presente estudo tentará responder como questão de investigação. Como se
dá a utilização dos carboidratos pelos jogadores de futebol e Qual o nível de
conhecimento de jogadores de futebol sobre os carboidratos?
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2 OBJETIVOS
2.1 GERAL:
Avaliar os níveis de conhecimentos de jogadores de futebol sobre a importância
dos carboidratos na performance desportiva.
2.2 ESPECÍFICO:
Avaliar a utilização dos carboidratos nos alimentos e suplementos em jogadores
de futebol.
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3 REFERENCIAL TEORICO
3.1 NUTRIÇÃO ESPORTIVA
A nutrição esta associada ao esporte como uma ferramenta indispensável para
se obter um melhor resultado e adquirir uma boa qualidade de vida. È um fator
preponderante que contribui de maneira significativa quando a utilização dos
nutrientes e quando uma dieta balanceada acontece de forma adequada, sendo
acompanhada por profissionais especializados onde ajudará muito no exercício, “a
dificuldade de acesso por parte dos atletas ao profissional de nutrição
adequadamente preparado para prescrever uma dieta adequada às exigências do
esporte.” (GONÇALVES; CHELOTTI; RODRIGUES, 2007, p. 13). Uma alimentação
saudável e a atividade física sempre foi um dos principais componentes para se
adquirir uma boa qualidade de vida. No esporte, uma dieta balanceada pode trazer
muitos benefícios para o atleta, bem que as necessidades energéticas de um atleta
são completamente diferentes de uma pessoa que realiza atividade física
regularmente. Segundo Carvalho e Mara (2010) indivíduos que praticam atividade
física de natureza não competitiva, uma dieta é balanceada conforme o
recomendado para a população em geral, é suficiente para manutenção da saúde e
possibilitar um bom desempenho físico. Entretanto, “no caso do atleta, a
necessidade energética é calculada pela soma da necessidade energética basal e o
gasto energético em treino”. (CARVALHO; MARA, 2010, p.142)
Segundo Grandjean (1997 apud PAULA, 2008) há relatos de 580 a.c sobre
atletas gregos que adotavam dietas especiais. Porém, nessa época não existiam
estudos científicos sobre a nutrição no esporte.
Para Rebello et al (1999, p.174) “a influência do alimento é determinante para
o funcionamento metabólico adequado do atleta atendendo as suas solicitações de
demanda física que o exercício físico impõe durante as realizações dos treinamento
e competições". Segundo Mendonça (2009) a nutrição, o treinamento e o estado de
saúde dão aspectos imprescindíveis para um bom desempenho esportivo. A autora
afirma também que a demanda energética nos treinos e nas competições requer que
11
os atletas consumam uma alimentação adequada e variada em nutrientes.
(MENDONÇA, 2009).
Brouns (2005 apud MARINS E FERREIRA, 2005) cita que no esporte, a
preocupação com uma correta abordagem nutricional que vise aprimorar o
desempenho atlético é fundamental, uma vez que uma boa nutrição oferece as
condições básicas para uma boa performance, retardando a fadiga e otimizando o
desempenho.
3.2 CARBOIDRATOS
Os carboidratos são definidos como pequenas partes de uma substância que
contem carbono, hidrogênio e oxigênio. (GATORADE SPORTS SCIENCE
INSTITUTE, 2009). Já para Silva, Miranda e Liberali (2008) carboidratos são hidratos
de carbono que pode ser conhecido também como glicídios, suas moléculas são
formadas de carbono e água onde átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio se
combinam entre si para formar a composição desse nutriente.
Para McArdle (2008, p. 08) são:
.Átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio que se combina para formar uma molécula básica de carboidrato (açúcar) com a fórmula geral (CnH2nOn,) onde n varia de 3 a 7 átomos de carbono, com os átomos de hidrogênio e
de oxigênio unidos por uma única ligação
Os carboidratos apresentam um papel importantíssimo no fornecimento de
energia para o exercício físico, onde a sua ingestão adequada poderá melhorar o
desempenho e a qualidade de vida. Para Delavier (2009) os carboidratos são as
nossas primeiras fontes de combustíveis durante o esforço físico. O autor afirma
também que eles apresentam uma vantagem de disponibilização nos músculos mais
rápido que a energia que vem das gorduras (DELAVIER, 2009). Portanto é uma
categoria de alimentos que contém açúcares, amidos e fibras presentes em cereais,
pães, frutas, leite, arroz, etc. Além dos suplementos alimentares a base de
carboidratos utilizados como auxiliadores na melhora do desempenho durante a
atividade física, visto que a necessidade de utilização desses suplementos vai
depender das necessidades energéticas de cada individuo impostas pelo exercício
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físico. Segundo o Corpo Perfeito (2011) os principais suplementos a base de
carboidratos são:
As barras energéticas que são barras ricas em carboidrato que tem uma boa
forma prática em aumentar sua energia durante o dia nas atividades físicas.
Os energéticos em gel que contém carboidratos e eletrólitos onde fornece e
repõe energia para a atividade física rapidamente e por ser de fácil digestão.
Sports drinks que tem a função de aumentar a absorção de fluídos e otimizar o
desempenho por meio do fornecimento de carboidratos e eletrólitos ao
organismo.
A Maltodextrina que é um carboidrato complexo de absorção gradativa, ou seja,
fornece energia durante o exercício físico de longa duração, retardando a fadiga
devido à liberação constante de glicose no sangue.
A Dextrose que é um carboidrato simples e que possui um alto índice glicêmico
de 100 no ranking por ser de rápida digestão fornecendo energia rápida onde
permitirá uma recuperação mais rápida das reservas de açúcar no organismo.
O uso desses suplementos ajudará na melhora do desempenho, desde que
seja consumido adequadamente e orientados por profissionais especializados.
Os carboidratos estão armazenados no músculo na forma de glicogênio
sendo utilizados como combustíveis energéticos durante a contração muscular e são
armazenados também no fígado com o objetivo de fornecer energia para o cérebro,
sistema nervoso, etc. Ferreira, Ribeiro e Soares (2001) explica que o glicogênio
muscular é utilizado somente pelo músculo e que o glicogênio hepático além de
produzir energia para o cérebro, sistema nervoso e outros tecidos, é usado também
para a manutenção da glicemia. Para Viebig e Nacif (2006) os estoques dos
carboidratos no músculo e no fígado (glicogênio) são limitados em nosso organismo.
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Portanto, feito a sua reposição adequada de glicose e uma alimentação
balanceada, vai evitar diminuição na sua performance em treinamentos e
competições. Os carboidratos consistem na principal fonte de energia para o
exercício físico, sendo que as suas reservas são limitadas. Por isso, é necessário o
uso adequado desse nutriente acompanhado de profissionais capacitados para que
os seus estoques não venham a faltar, e, portanto, prejudicar o desempenho.
3.2.1 Classificação dos carboidratos
De acordo com Silva, Miranda e Liberali (2008) os carboidratos são
subdivididos em: 1) Monossacarídeos que possui um açúcar por molécula, 2)
Dissacarídeos que possuem dois açúcares por moléculas e 3) Polissacarídeos com
três ou mais açúcares por molécula. Sapata, Fayh e Oliveira (2006) cita como
exemplo de monossacarídeo a glicose e a frutose, os dissacarídeos há a sacarose,
maltose e a lactose e os que fazem parte dos polissacarídeos com destaque para os
carboidratos complexo, onde se incluem os polímeros de glicose (maltodextrina).
Quanto a esta classificação podemos dizer que os carboidratos são simples
(monossacarídeos e dissacarídeos) que são encontrados em algumas frutas, pão
branco, arroz, açúcares, entre outros. E os carboidratos complexos (polissacarídeos)
que são encontrados em alguns alimentos como pão integral, maçã, leite, cereais,
feijão, etc.
A ingestão desses alimentos estará influenciada pela velocidade que esses
alimentos serão absorvidos pelo organismo, que são chamados de índice glicêmico
onde determinará os níveis de respostas glicêmicas, e os efeitos dos carboidratos
sobre a glicose sanguínea (SILVA; MIRANDA; LIBERALI, 2008, SAPATA; FAYH;
OLIVEIRA, 2006).
Alimentos com alto índice glicêmico (simples) vão elevar com mais rapidez os
níveis de glicose no sangue e os alimentos com baixo índice glicêmico (composto)
vão elevar lentamente os níveis de glicose sanguínea. A utilização desses alimentos
antes, durante e depois do exercício, principalmente para os esportistas devem-se
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basear pelos índices glicêmicos dos alimentos, onde o consumo adequado ajudará
tanto no armazenamento das reservas de glicogênio como na recuperação pós
exercício.
3.3 CARBOIDRATOS E PERFORMANCE NO FUTEBOL
Segundo Kiss (2003, apud MARQUES et al., 2009) performance ou
desempenho é a execução ótima de um trabalho de movimento, sendo um
componente integral do esporte. A performance esportiva é conceituado como
processo e resultado (FRIEDRICHI et al., 1988, apud MARQUES et al., 2009). Já
Martin et al. (1991, apud MARQUES et al., 2009) refere-se ao desempenho como
resultado final da ação esportiva.
Portanto, no futebol para se obter um bom desempenho é preciso que
existam fatores como o treinamento e a nutrição para um melhor rendimento dos
atletas nos treinos e durante a competição. Para jogadores de futebol, a nutrição e o
treinamento são algumas ferramentas indispensáveis para se obter um bom
De acordo com Reilly e Willians (2003 apud BARRETO et al., 2009) o futebol
é o esporte mais popular e praticado por todos os países sem exceção. É um
esporte que tem como característica exercícios intermitentes com intensidades
variáveis que envolvem aproximadamente 88% de uma partida de futebol as
atividades aeróbias, e 12% as atividades anaeróbias com intensidades elevadas.
(GUERRA; SOARES, BURINI, 2001).
As elevadas distâncias percorridas em um jogo de futebol, em partes, requer
uma elevada produção de gasto energético durante a partida, sendo que a
execução, em cerca de 30 a 50 corridas, 10 a 15 metros de alta intensidade é o
ponto principal para causar uma redução brusca dos estoques de energia do jogador
que devem ser recuperadas por uma alimentação adequada (GONZÁLEZ; COBOS;
15
MOLINA, 2010). Segundo esses autores o glicogênio muscular são os substratos
mais importantes para os jogadores de futebol.
Para isso, as refeições devem ser bem planejadas na dieta desses atletas,
principalmente no que diz respeito a uma alimentação rica em carboidratos.
Alimentos como os cereais, pães, massas, sucos, frutas, arroz, feijão precisam
ser consumidos em grandes quantidades na dieta desses atletas. Além do consumo
dos suplementos a base de carboidrato que são importantes auxiliadores para um
melhor desempenho, os mais utilizados por jogadores de futebol são: a
maltodextrina, o gel de carboidrato e as bebidas de recuperação que tem como
objetivo fornecer energia, como também possibilitar a queima de gordura e
recuperar as reservas de energias no musculo (REVISTA CORPO A CORPO, 2005).
A maltodextrina é um suplemento de carboidrato de média absorção pelo
organismo, liberando energia lentamente e constante para o musculo e os géis de
carboidratos são de rápida digestão e absorção na qual oferece energia imediata
para o musculo. Podem ser ingeridos esses suplementos antes do aquecimento e
nos intervalos para aumentar os estoques de glicogênio nos estágios iniciais do
jogo, diminuindo assim, o cansaço no final da partida e melhorando o desempenho
no jogo.
“Infelizmente, as reservas corporais de açúcar são limitadas”. (DELAVIER,
2009, p. 19). As reservas de glicogênio são muito limitadas, por isso é indispensável
a sua ingestão antes para armazenamento, durante para amenizar os efeitos da
depleção e depois a recuperação para repor os carboidratos que foram utilizados
durante o jogo.
Segundo Bacurau (2009, p. 138) “O objetivo do consumo de carboidratos
antes do exercício é aumentar o conteúdo de glicogênio muscular/hepático e a
disponibilidade de glicose no sangue”. Para jogadores de futebol é preciso que
existam estratégias para que o consumo de carboidratos aconteça de uma forma
gradual para que ajudem a diminuir os riscos de depleção do glicogênio antes da
partida. O efeito da ingestão de carboidratos para jogadores de futebol, 4 horas
antes do jogo aumenta 15% no desempenho físico e há 10 minutos antes da partida
diminui e aumenta a distância e a velocidade de corrida em 30%. (RG NUTRI, 2010).
Já durante a partida o seu consumo ameniza a fadiga, fazendo com que o
atleta tolere mais o cansaço. A importância da ingestão durante a partida é inevitável
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porque o futebol é um esporte coletivo, na qual os jogadores diminuem as suas
reservas de glicogênio rapidamente devido às corridas continuas e de altas
velocidades. O consumo de carboidrato durante exercícios contínuos e prolongados
vai garantir a disponibilidade de glicogênio para os estágios finais do exercício.
(GATORADE SPORTS SCIENCE INSTITUTE, 2009).
Para Barreto et al (2009, p. 243) “o consumo de carboidratos após o exercício
tem sido associada a reposição dos estoques de glicogênio”. Silva, Miranda e
Liberali (2008) destacam que após o treino o principal objetivo da dieta é ofertar
energia e carboidratos necessários para repor as reservas de glicogênio no músculo
e garantir uma rápida recuperação. A síntese de glicogênio se torna muito eficiente
durante as primeiras horas após o exercício (BROUNS, 1993).
É importante ressaltar, que é preciso consumir os carboidratos de alto índice
glicêmico como batatas, massas, aveias, bebidas esportivas, para a síntese de
glicogênio muscular, visto que esses alimentos promovem mais rapidez na
recuperação do que os alimentos que tem índice glicêmico baixo (MIRANDA; SILVA;
LIBERALI, 2008).
A preparação nutricional para um empenho futuro se inicia instantaneamente
após o termino de um treinamento ou uma competição (DELAVIER, 2009).
Depois de um jogo de futebol extenuante, as concentrações de glicogênio
muscular estarão depletadas, e a ingestão de carboidratos nas primeiras horas após
a partida, permitirá que os atletas tenham uma recuperação mais eficaz, repondo
seus estoques já pensando nas atividades futuras.
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4 METODOLOGIA
4.1 MODELO DO ESTUDO
A metodologia que foi utilizada nesse estudo foi exploratória por meio de
investigação descritiva. Segundo Gil (2002, p.41) “estas pesquisas têm como
objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais
explícito ou a constituir hipóteses.” Para Mattos, Júnior e Blecher (2004) sua
finalidade é familiarizar-se com o fenômeno e obter uma nova percepção a seu
respeito, descobrindo assim novas ideias em relação ao objeto de estudo.
4.2 CARACTERÍSTICAS DA AMOSTRA
Participaram deste estudo 23 atletas do sexo masculino de um clube de futebol
que disputou o Campeonato Baiano 2011. Com média de idade de 27,0 + 5,88. A
escolha desse clube se deu a partir da proximidade dos indivíduos com o
pesquisador por estagiar no espaço e por ser um clube de grande torcida na cidade.
4.3 CARACTERÍSTICAS DO CLUBE
O clube estudado é um clube de futebol baiano, fundado no dia 2 de abril de
1970 com sede em Alagoinhas, no estado da Bahia, Brasil. O “Carcará”, como é
chamado pela sua torcida, manda seus jogos no Estádio Antônio Figueiredo
Carneiro, o Carneirão, que possui capacidade de 12 mil torcedores
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4.4 INSTRUMENTOS
Para a coleta de dados os instrumentos utilizados foi um modelo de
questionário (anexo) relacionado aos carboidratos, com base em estudos anteriores
sobre hidratação em atletas universitários (MARINS; FERREIRA 2005), atletas de
mountain bike (CRUZ; CABRAL; MARINS, 2009) e atletas de futebol da categoria de
base (FERREIRA et al., 2009).
É importante ressaltar que:
Por questionário entende-se um conjunto de questões que são respondidas por escrito pelo pesquisador. Entrevista, por sua vez, pode ser entendida como a técnica que envolve duas pessoas numa situação “face a face e em que uma delas formula questões e a outra responde”. (GIL, 2002, P.114).
4.5 COLETAS DE DADOS
A coleta de dados realizou-se no município de Alagoinhas, cidade do interior da
Bahia, localizado a cerca de 120 km de Salvador. Foi aplicado um questionário com
11 perguntas (anexo), sendo elas abertas e fechadas (podendo ser assinaladas
mais de uma alternativa). Sua aplicação ocorreu nos dias 5 e 6 de abril de 2011 em
diferentes horários. No momento da aplicação do questionário foram questionadas
informações a respeito da idade, sexo, tempo de prática no esporte, se sabiam o
que eram carboidratos, em quais alimentos eram encontrados, o que consumiam de
carboidrato no café da manhã, almoço, lanche, janta, se utilizavam algum
suplemento a base de carboidrato (CHO), utilização antes, durante e depois, se
tiveram alguma orientação, entre outras perguntas (anexo). Mattos, Júnior e Blecher
(2004) afirmam que o questionário pode ser composto de perguntas abertas,
destinadas à obtenção de respostas livres, ou de perguntas fechadas, com
alternativas determinadas que limitam as respostas, pois são mais padronizadas e
de fácil aplicação.
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4.6 ANÁLISE DE DADOS
Os dados coletados foram analisados através de estatísticas descritivas
(porcentagem) no Microsoft Excel 2007 e os seus resultados foram mostrados na
forma de tabela e gráficos.
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5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
De acordo com o gráfico 01, ao serem questionados se sabiam o que eram
carboidratos, 61% dos atletas informaram que sabem o que é carboidrato. Esse
dado justifica que, apesar da maioria ter o conhecimento do que são carboidratos,
39% não sabiam sobre esse nutriente, revelando um dado preocupante, isso pode
ser justificado pelo fato de que a falta de conhecimento dos atletas de futebol, pode
estar atrelado à baixa escolaridade dos mesmos, onde muitos abandonam a escola
para se dedicar ao futebol e a inexistência de uma educação nutricional nos clubes
de base a até a sua formação profissional. A importância de um profissional
capacitado para este tipo de orientação é indispensável para uma melhora do
desempenho como também na obtenção de hábitos saudáveis. No estudo de
Nicastro et al (2008), feito com atletas profissionais e amadores de atletismo, os
dados obtidos não corroborou com o nosso estudo onde mostrou que o tempo de
estudo dos atletas amadores, composto exclusivamente por mulheres apresentou
um alto grau de escolaridade, portanto, teve uma melhor correlação com o
conhecimento nutricional do que os profissionais, entretanto, o tempo de inclusão no
esporte dos atletas profissionais tiveram uma baixa correlação com o conhecimento
nutricional, porém positiva, onde o tempo médio de prática esportiva é superior ao
dos atletas amadores.
Gráfico 01. Representação em percentual se os atletas sabem o que é carboidrato.
61%
39%
SIM
NÃO
21
Conforme pode ser verificado no gráfico 02, verificou-se que 96% dos atletas
identificaram as massa e 65% as frutas, 39% afirmaram a carne, o feijão e o mel,
seguido de frango e iogurte com 26%, como alimentos que contém carboidratos.
Esses dados revelam que os atletas identificam as massas e as frutas como
alimentos ricos em carboidratos. Portanto, há uma dificuldade de diferenciar fontes
de proteínas com alimentos que contém fonte de CHO.
No estudo feito por Araujo (2011), com corredores masculinos de prova de
fundo reforçaram os resultados encontrados em nossa pesquisa onde os corredores
identificaram as massas como o macarrão com 95%, o pão e a batata com 88%
como fontes principais de carboidratos sendo que a minoria desses esportistas
apontou o filé de frango que é uma fonte de proteína como alimentos que contém
carboidratos, corroborando com o nosso estudo de que ainda há certa dificuldade
em distinguir esses alimentos.
Gráfico 02. Representação em percentual de onde os carboidratos são encontrados.
96 39
9
39
65
26
26
39
4
0 20 40 60 80 100
massas
feijão
refrigerante
carne
frutas
frango
iogurte
mel
outros
Porcentagem (%)
22
Os resultados a seguir, apresentados no gráfico 03 revelaram que o pão com
78% e as frutas com 48%, são os alimentos mais consumidos no café da manhã. As
frutas são indispensáveis na alimentação, além de fornecer agua para o organismo
(NUNES; JESUS, 2010), portanto, como na maioria das vezes, o café da manhã
antecede o treinamento, o consumo de carboidrato precisa ser adequado para que
aumente as reservas de glicogênio antes dos treinamentos. (CYRINO; ZUCAS,
1999).
Mesmo que o consumo do leite e o iogurte apareçam no gráfico como fonte
de carboidrato no café da manhã, entretanto, o aparecimento do leite, fonte de
proteína se dar pelo fato do brasileiro no período da manhã ter hábitos de consumo,
o leite, o pão e o café. (ARAUJO, 2011)
Gráfico 03. Representação em percentual dos carboidratos consumido no café da
manhã.
78
13
9
22
48
13
9
17
0 20 40 60 80 100
pão
biscoito
leite
batata
frutas
bolos
iogurte
outros
Percentagem (%)
23
Em relação aos alimentos que contém carboidratos consumidos no almoço,
no gráfico 04 foi detectado que 100% dos atletas consomem o macarrão, isso
mostra que as massas são os alimentos mais consumidos pelos atletas no almoço.
Portanto, a pesquisa revela que os atletas de futebol reconhecem as fontes de
carboidratos consumidas por eles na sua rotina. Resultados parecidos, encontrados
por Araújo (2011), feitos com corredores de elite de prova de fundo, cita que 97%
das mulheres e 95% dos homens destacam o macarrão como fonte principal de
carboidrato.
Gráfico 04. Representação em percentual dos carboidratos consumidos no almoço.
100 52
43
4
39
0 20 40 60 80 100
macarrão
arroz
feijão
refrigerante
outros
Porcentagem (%)
24
No gráfico 05 foi observado que 57% dos jogadores de futebol consomem pão
durante o lanche, e 35% ingerem frutas como alimentos com fontes carboidratos.
Resultados como estes, aparecem no gráfico 03 deste mesmo estudo, onde os
atletas consomem mais pães e frutas no café da manhã. Tanto o café da manhã
como o lanche, dependendo dos horários de treinamento, são refeições
indispensáveis que antecedem treinos e competições. Barreto et al (2009) diz que o
consumo de carboidratos antes do exercício exerce papel importante para as
reserva de glicogênio, entretanto, é preciso ficar atento com a ingestão desses
nutrientes em relação ao tempo que antecede a prática. (SILVA; MIRANDA;
LIBERALI, 2008)
Gráfico 05. Representação em percentual dos carboidratos consumido no lanche.
17
57
35
13
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
biscoito
pão
frutas
sucos
Porcentagem (%)
25
Os resultados apresentados no gráfico 06 demonstram que os alimentos mais
consumidos no jantar foram o macarrão com 87%, o feijão com 43% e o arroz com
35%, esse resultado confirma a preferência das massas como principal alimento de
carboidratos consumido pelos jogadores de futebol, apresentados nos gráficos 05,
04, 03, 02. Os dados obtidos nos resultados anteriores apresentados nos gráficos
não corroboraram com o estudo de Russo et al (2009) quando questionado aos
atletas de judô, qual principal nutriente deve estar presente em uma dieta quando se
trata de exercício físico, revelando que 75% das mulheres e 46% dos homens
identificam os carboidratos na dieta. Os autores ainda afirmam que há uma noção
generalizada de que as dietas com elevadas quantidades de proteínas são
necessárias ao exercício físico.
Gráfico 06. Representação em percentual dos carboidratos consumido no jantar.
87
43
35
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
macarrão
feijão
arroz
Porcentagem (%)
26
Quando colocado em questão se os jogadores utilizavam algum suplemento à
base de CHO, os gráficos 07 e 08 apresentaram que 61% dos atletas afirmaram
utilizar suplementos a base de carboidratos, 43% afirmaram BCAA, seguido por
creatina com 36% e a maltodextrina com 29%. Fica claro que esse resultado
evidencia que os atletas têm certas dificuldades de diferenciar as fontes de
carboidratos das fontes de proteína, principalmente nos suplementos nutricionais,
pode ser justificado pela falta de um profissional de nutrição para orientá-los
adequadamente, entretanto, no meio esportivo a falta de uma educação nutricional,
tem sido a principal dificuldade encontrada pelos atletas e técnicos sobre o tipo de
alimentação adequado as suas demandas energéticas impostas por sua atividade
especifica (REBELLO et al, 1999). Apesar de fazerem uso de suplementos, o clube
não tinha este profissional no seu quadro de funcionários. Em um estudo feito por
Pereira (2009), com jogadores de uma equipe de futebol de Criciúma, constatou que
os suplementos mais consumidos pelos atletas foram os repositores energéticos
com 69,2%, logo em seguida os BCAAs com 38,5% e o terceiro de maior consumo
foram os isotônicos com 30,8%. Já nos resultados de Canuto e Salum citado por
Pereira (2009), realizado com atletas amadores de futebol de Santa Catarina, o
consumo de suplemento a base de carboidratos aparecem em ultimo lugar.
Resultados como estes foram encontrados em nosso estudo, fortalecendo ainda
mais a participação e a importância do profissional de nutrição nos clubes de futebol
para um melhor encaminhamento das informações nutricionais a estes atletas.
27
Gráfico 07. Representação em percentual da utilização de algum suplemento a base
de carboidrato.
Gráfico 08. Representação em percentual dos suplementos utilizados a base de
carboidrato.
61%
39%
sim não
28
43
36
7
7
0 20 40 60 80 100
Malto
BCAA
Creatina
Polivitamínicos
Aminoácidos
Porcentagem (%)
28
Os resultados encontrados no gráfico 09 revelam que a maioria dos jogadores
de futebol não se preocupa em termos de quantidade de carboidrato no dia do jogo,
isto pode estar relacionado à falta de um acompanhamento e orientação nutricional,
onde as informações e preocupações podem ser levadas através destes, fazendo
com que os atletas se conscientizem sobre a sua importância para um melhor
desempenho durante os jogos.
Em pesquisas anteriores, feito com jogadores de futebol revelam que os
atletas não consomem quantidades adequadas de carboidrato (GOMES; RIBEIRO;
SOARES, 2005).
Gráfico 09. Representação percentual da mudança de rotina e preocupação em
termos de quantidade de CHO no dia do jogo.
48% 52% sim
não
29
Quanto à utilização de alguma forma de carboidratos nos treinos, foram
demonstrados no gráfico 10 que a maltodextrina (malto) é o principal carboidrato que
os atletas utilizam nos treinos, esses dados se justificam pelo fato da malto ser de
ótima absorção pelo organismo proporcionando uma velocidade moderada no
fornecimento de energia para o músculo, entretanto, as frutas ingerida durante os
treinos pode acarretar desconforto gástrico (SILVA; MIRANDA; LIBERALI, 2008)
podendo assim, diminuir o desempenho dos atletas nos treinamentos.
Barreto et al (2009) afirma que durante o exercício, o consumo da glicose,
sacarose e a maltodextrina apresentam efeitos positivos sobre a performance. No
estudo de Araújo (2011), o principal alimento utilizado pelos atletas nos treinos é a
agua, entretanto, nesse mesmo estudo 24% dos homens e 46% das mulheres
utilizavam a malto como estratégias ao longo de treinos e competições.
Gráfico 10. Representação em percentual da utilização de carboidratos nos treinos.
48
22
4
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
malto
frutas
sucos
massa
Porcentagem (%)
30
De acordo com os gráficos 11 e 12 foi constatado que a maioria dos
futebolistas não utilizava nenhum carboidrato 2 horas antes do jogo, portanto é
preciso ingerir os carboidratos em intervalos que antecede o jogo corretamente, para
que as reservas de glicogênio estejam abastecidas para ser utilizada nos estágios
inicias da partida e com isso contribuir para os momentos finais do jogo.
Jogadores de futebol percorrem durante o jogo, aproximadamente de 10 a 11
quilômetros por partida, sendo que a distancia percorrida no primeiro tempo é 5%
maior que no segundo tempo e esta relacionada diretamente com o nível de
Gráfico 11. Representação em percentual da utilização dos carboidratos até 2 horas
antes do jogo.
Gráfico 12. Representações em percentual de quais carboidratos utilizam 2 horas
antes do jogo.
43%
57%
sim
não
30
40
20
10
10
10
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Malto
Banana
Massas
Doces
Bebidas energéticas
Aminoácidos
Porcentagem (%)
32
Os dados encontrados no gráfico 13 e 14 identificaram que 65% dos
jogadores utilizam alguma forma de carboidrato no intervalo, sendo que a maioria
dos atletas utiliza a maltodextrina nos intervalos dos jogos. A ingestão dos mesmos
no intervalo da partida se dá porque os jogadores ao chegarem ao vestiário, estão
com suas reservas de glicogênio baixas, portanto, é preciso a sua reposição para
que na segunda metade do jogo, os seus estoques estejam cheios, fazendo com
que tolere a fadiga, diminua o cansaço e aumente o desempenho. Segundo Guerra,
Soares e Burini, (2001) se os níveis de glicogênio estiverem baixos desde o inicio do
jogo, quando os atletas forem pra segunda etapa vão percorrer distâncias menores,
em velocidade menor, andar mais e realizar menos sprints no jogo, podendo afetar o
desempenho.
Gráfico 13. Representação em percentual da utilização dos carboidratos no intervalo
do jogo.
Gráfico 14. Representação em percentuais de quais carboidratos utiliza no intervalo
do jogo.
65%
35% sim
não
87
13
20
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Malto
BCAA
Frutas
Percentagem (%)
33
Nos gráficos 15 e 16, foi constatado que 74% dos atletas afirmou utilizar
fontes de carboidratos após o jogo, a maioria dos atletas escolheu as frutas e as
massas como principais alimentos consumidos depois do jogo. Em resultados
semelhantes, encontrados por Araújo (2011) em uma modalidade esportiva
diferente, 57% das mulheres e 26% dos homens preferem a ingestão de frutas após
o exercício. O consumo de carboidratos pode estar associado às reposições dos
estoques de glicogênio após os exercícios, diz Barreto et al (2009). Já outros
autores afirmam que a recuperação pós-jogo tem que acontecer nas primeiras duas
horas e depende de alimentos com alto índice glicêmico, por ser de rápida absorção
pelo organismo, tornando a ressíntese das reservas de glicogênio muscular, mas
rápida e eficaz. (GUERRA; SOARES; BURINI, 2001, PEREIRA, 2009)
Gráfico 15. Representação em percentual da utilização dos carboidratos após o jogo.
Gráfico 16. Representação em percentuais de quais carboidratos utiliza após o jogo.
74%
26%
sim
não
18
41
47
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Malto
Frutas
Massas
Porcentagem (%)
34
De acordo com os gráficos 17, 18, 19 e 20 os avaliados acreditam que o
consumo desse nutriente melhora o seu desempenho, diminui o cansaço, repõe
energia e aumenta a disposição. Contudo, os resultados encontrados em nossa
pesquisa mostram que a maioria dos jogadores de futebol estão atento quanto as
funções dos carboidratos e a importância do seu consumo que pode trazer melhores
resultados nos treinos e jogos.
Sanctis et al (2010) afirma que o consumo de carboidrato, melhora o
rendimento dos atletas, porém o seu consumo depende do tipo de alimentação, seja
simples ou composta, da sua rápida absorção, e principalmente do índice glicêmico
que avalia os efeitos dos carboidratos sobre a glicose a sanguínea. Entretanto, vale
ressaltar que a falta de glicogênio no músculo durante a partida, pode acarretar no
aumento da fadiga, conseqüentemente vindo o cansaço, podendo prejudicar o
desempenho. A fadiga pode estar associada à depleção dos estoques de glicogênio,
pode ser evitada com a utilização adequada dos mesmos (HARGREAVES 1994,
APUD BARRETO et al, 2009).
Gráfico 17. Representação em percentual dos atletas que acreditam que o
carboidrato melhora o desempenho.
87%
13%
sim
não
35
Gráfico 18. Representação em percentual dos atletas que acreditam que o
carboidrato diminui o cansaço.
Gráfico 19. Representação em percentual dos atletas que acreditam que o
carboidrato repõe energia.
87%
13%
sim
não
91%
9%
sim
não
36
Gráfico 20. Representação em percentual dos atletas que acreditam que o
carboidrato aumenta a disposição.
Ao observar o gráfico 21 e 22, verifica-se que 70% dos jogadores nunca
tiveram orientação sobre a importância do consumo de carboidrato. Dentre os que
disseram ter recebido algum tipo de palestra ou explicação, o preparador físico
aparece como o mais apontado (57%) seguido do nutricionista (43%). Os resultados
apresentados no gráfico 22 podem estar associados à falta do profissional de
nutrição no clube, onde o preparador físico acaba assumindo o papel do nutricionista
em levar aos atletas informações desse nutriente a fim de conscientizar a
importância do seu consumo adequadamente. Para Rebello, Silva e Teixeira (1999),
os jogadores de futebol têm certas dificuldades de obter uma alimentação de
qualidade, portanto, a importância da educação nutricional no meio esportivo se dá
com o intuito de conscientizar atletas e técnicos para uma alimentação adequada.
Esses dados corroboram com o estudo de Marins e Ferreira (2005) feito com
universitário sobre hidratação, com 57% dos universitários não terem recebidos
nenhuma orientação técnica sobre as melhores maneiras de se hidratar, nesta
pesquisa o professor de educação física aparece como o profissional mais
apontado. Já no estudo de Araújo (2011) verificou-se que o técnico é o mais
apontado, seguido do nutricionista quanto às fontes de informações.
91%
9%
sim
não
37
Gráfico 21. Representação em percentual sobre algum tipo de orientação sobre o
consumo de CHO.
Gráfico 22. Representação em percentuais de quem prestou a orientação sobre os
carboidratos.
30%
70%
sim
não
57
43
14
14
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Prep.Físico
Nutricionista
Revistas
Livros
Porcentagem (%)
38
Ao analisarmos o gráfico 23, os sucos aparecem com 74% das bebidas que
os atletas acreditam ter carboidrato, seguido da água de coco (57%), cerveja (30%)
e por ultimo a coca-cola (17%). Resultados parecidos foram encontrados nos
estudos de Ferreira et al (2009), Ferreira e Marins (2005), Cruz, Cabral e Marins
(2009) sobre hidratação, indicando os sucos naturais como umas das bebidas mais
usadas na hidratação dos atletas. Já a coca cola e a cerveja segundo esses autores
aparece em pequenos percentuais. Entretanto o uso de refrigerantes pode causar
desconforto gástrico (CRUZ; CABRAL; MARINS, 2009) e o álcool pode gerar
desidratação (FERREIRA; MARINS, 2005) como também menor atenção, tempo de
reação mais lento e uma menor coordenação física (SARTORI; PRATES;
TRAMONTE, 2002).
O nosso trabalho evidencia que os jogadores de futebol têm uma noção
positiva das bebidas que contém carboidrato, porém o consumo inadequado de
algumas bebidas pode atrapalhar o rendimento desses atletas.
Gráfico 23. Representação em percentual das bebidas que os atletas acreditam ter
carboidratos.
17
30
74
57
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
coca-cola
cerveja
sucos
água de coco
Porcentagem (%)
39
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
As relações entre a nutrição, o treinamento e o estado de saúde sempre foi
um dos principais alicerces para se adquirir um bom desempenho esportivo. No
futebol uma alimentação adequada, principalmente do consumo de carboidratos,
garante aos jogadores energia suficiente para um melhor rendimento nos treinos e
jogos.
Portanto, em nosso estudo verificou-se que a maioria dos jogadores sabe
quais alimentos são fontes de carboidratos, destacando as massas como os
alimentos mais consumidos por eles, embora uma pequena parte dos atletas
confunda fontes de carboidratos com fontes de proteínas. Quanto à utilização de
suplementos a base de carboidratos, evidenciou-se que os jogadores apesar de
afirmarem utilizar algum suplemento à base de CHO, os mesmos apresentam
grande dificuldade de diferenciá-los com outros suplementos que não tenham
carboidrato, aparecendo o BCAA, que é uma fonte de proteína como o suplemento
mais utilizado entre os atletas. Já em relação às estratégias específicas para o jogo
duas horas antes, a maior parte dos atletas afirmou não utilizar nenhum carboidrato,
nos intervalos à maltodextrina são os mais utilizados e logo após a partida, as
massas aparecem como a mais consumida pelos jogadores.
Foi identificado que 70% dos atletas entrevistados na pesquisa nunca tiveram
nenhum tipo de orientação sobre a importância do consumo de carboidratos, sendo
que a minoria afirmou ter recebido a orientação do preparador físico, e isso pode
estar atrelado à falta de um profissional de nutrição no clube, visto que uma correta
abordagem nutricional feita por esses profissionais se faz necessária e importante a
fim de conscientizar a esses atletas de que o consumo desse nutriente poderá
melhorar a performance.
Faz-se necessário novos estudos sobre este tema para que possamos
melhor compreender sobre a relevância de uma boa nutrição que sejam voltados
tanto para a saúde como para a competição.
40
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