A tecnologia da informação como ferramenta de propagação do … · Habacuque que havia sido chamado pelo Senhor para a pregação da sua Palavra, Ele deu ao homem a capacidade

Missões e Tecnologia

A tecnologia da informação como ferramenta de propagação do

Evangelho

Copyright © 2013, por Marcelo Caldas Capa: Marcelo R. Caldas Os textos das referências bíblicas foras extraídos da versão Almeida Revista e Corrigida, 2ª edição (Sociedade Bíblica do Brasil). Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610, de 19/02/1998. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial deste livro, por quaisquer meios (eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação e outros), sem prévia autorização, por escrito, ao autor. 2ª Edição: Setembro 2014 Dados internacionais de Catalogação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Caldas, Marcelo Missões e Tecnologia. O uso da tecnologia na Expansão do Evangelho. - Salvador: Editora Perse, 2013. ISBN 00-000-000-000-0

Missões, Expansão, Crescimento da Igreja, Evangelho, Tecnologia, Batista

Índice para Catálogo sistemático:

1. Missões, Tecnologia, Crescimento de Igreja

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AGRADECIMENTOS

Dedico este trabalho ao autor e consumador de minha fé, Jesus Cristo, à matriarca da família Caldas, dona Mariinha (in memoriam), à minha doce esposa Jane e aos meus amados filhos Marcelo, Matheus e Lucas. Agradeço a Igreja Batista Metropolitana que nos apoiou durante estes anos, a Universidade Cândido Mendes e a equipe da WPÓS pelo formato inovador na transmissão de conhecimento, ao Seminário Teológico Batista do Nordeste pela visão incondicional à formação de líderes comprometidos com a Palavra de Deus, a Junta de Missões Mundiais por ter nos recebido tão calorosamente, a MEAP - Missão Evangélica de Assistência aos Pescadores por nos confiar tão importante cargo e aos parceiros e amigos que acreditaram neste projeto: Adriano Martins, João Corrêa, Israel e Rosangela Lopes.

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SUMÁRIO PREFÁCIO..........................................................................................07

INTRODUÇÃO...................................................................................09

CAPÍTULO I - O INICIO DE TUDO...............................................13

1.1 - DESENVOLVIMENTO DA TECNOLOGIA E DA COMPUTAÇÃO...................................................................................13 1.1.1 - II GUERRA MUNDIAL - O DESENVOLVIMENTO É ACELERADO.......................................................................................16 1.1.2 - O SURGIMENTO DOS COMPUTADORES PESSOAIS.........18 1.2 - O INÍCIO DO TRABALHO BATISTA NO BRASIL ..................20 1.2.1 - A COMUNICAÇÃO DOS PRIMEIROS MISSIONARIOS NO BRASIL ................................................................................................21

CAPÍTULO II - O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO E APRENDIZAZEM PELA TECNOLOGIA....................................................................................27

2.1 - NOVAS LINGUAGENS E NOVAS TECNOLOGIAS................27 2.2 - A TECNOLOGIA EM PROL DAS TREVAS...............................33

CAPÍTULO 3 - O USO DA TECNOLOGIA NA EXPANSÃO MISSIONÁRIA....................................................................................37

3.1 - O QUE É TECNOLOGIA..............;;.............................................37 3.2 - DADOS ESTATÍSTICOS DA SITUAÇÃO ATUAL NO BRASIL.................................................................................................37 3.3 - A TECNOLOGIA NA TRADUÇÃO DA BÍBLIA AOS POVOS NÃO ALCANÇADOS..........................................................................37 3.4 - ESTUDO DE CASO - JUNTA DE MISSÕES MUNDIAIS........46 3.4.1 - INFRA ESTRUTURA, MISSÃO E VISÃO DA JMM ..............46 3.4.2 - AVANÇOS NA TECNOLOGIA X CRESCIMENTO DA JMM........49

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CAPÍTULO 4 - UTILIZANDO A TECNOLOGIA PARA A EXPANSÃO DO EVANGELHO.....................................................................................55

4.1 - PANORAMA ATUAL DAS AGÊNCIAS MISSIONÁRIAS E IGREJAS BRASILEIRAS NO USO DA TECNOLOGIA ..................................................55 4.1.1 - POR QUE UTILIZAR A TECNOLOGIA..................................58 4.1.2 - REDUZINDO OS CUSTOS.......................................................61

CAPÍTULO 5 - FERRAMENTAS PARA A EXPANSÃO E GESTÃO DA INFORMAÇÃO...................................................................................65

5.1 - COMUNICAÇÃO.........................................................................65 5.1.1 - PROCLAMAÇÃO .....................................................................66 5.1.2 - DIVULGAÇÃO.........................................................................72 5.1 3 - MOBILIZAÇÃO........................................................................76 5.1.4 - COMUNICAÇÃO......................................................................78 5.2 - GESTÃO.......................................................................................79 5.3 - ARMAZENAGEM.......................................................................82 5.3.1 - DESVANTAGENS ARMAZENAMENTO EM NUVEM.......85 5.3.2 - SEGURANÇA...........................................................................86 5.4 - IMPLANTANDO TECNOLOGIA EM SUA IGREJA.................87 5.4.1 - PANORAMA DO MODELO ....................................................87 5.5 - IMPLANTANDO TECNOLOGIA UMA AGÊNCIA MISSIONÁRIA ....................................................................................90

CONCLUSÃO......................................................................................95

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................98

CONTATOS.......................................................................................100

PREFÁCIO

Quando fui convidado pelo meu amigo Caldas (Marcelo Caldas para vocês) para fazer o prefácio desta obra, rapidamente percebi que havia muitas outras pessoas que poderiam fazer isso com melhor qualidade, mais antes que eu o convencesse (o que muitas vezes acontece) eu aceitei...

Logo quatro coisas vieram em minha mente:

Primeiro a gratidão a Deus, por ver um amigo avançando na vida, e especificamente na vida ministerial missionária, saber que nossos primeiros passos se cruzaram muitas vezes, e o que hoje é uma obra literária foi assunto em nossas rodas de bate papo, acredito que este livro deve ter nascido nestes momentos, intensos e despretensiosos, e agora o “bate papo” que era de alguns será de muitos.

Segundo por reconhecer sua visão ampliada e refinada, Caldas teve a habilidade em transformar o que parecia óbvio em uma obra literária inédita, e por isso as buscas das informações revelou-se uma tarefa que exigiu muita garra e determinação, aqueles que tiverem o privilégio de ler esta obra, experimentarão sem duvida, uma mudança na forma de ver as “formas” de fazer missões.

Terceiro pelo cenário do mundo em si só se revelar um grande desafio, diante de tanto avanço ainda não sabemos tantas coisas, o mundo mudou, os povos mudaram, nós não somos mais os mesmos, nossa tarefa nunca foi tão urgente, se por um lado tudo se torna Hi Tech, em nosso redor o homem está cada vez mais só, nossa geração construiu poderosas ferramentas de comunicação e o homem afirma sentir-se só.

Marcelo Caldas

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Quarta para quem Caldas escreveu? Isso me levou a uma reflexão por vários dias. Será que ele escreveu para que já não está mais aqui? (pensei em muitos que possivelmente gostariam de ler esta obra) então talvez seja seguro afirmar, usando uma linguagem do mundo tecnológico, está obsoleto. É possível que ele tenha escrito necessariamente para nosso tempo, sabemos que as grandes idéias já não são sonhos impossíveis, podemos conhecer e interagir com o mundo, a tecnologia redefiniu as distancias, e o conhecimento não tem fronteiras.

Talvez esta obra seja ampla e complexa demais para o nosso tempo, enquanto tentamos responder estas e tantas outras questões o “mundo que jaz no maligno...” assimila e aproveita as diversas formas de se expandir. A Igreja do Senhor Jesus Cristo, não pode assistir um mundo em movimento, ficando parada, a Bíblia nos diz: “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, renovando vossa maneira de pensar e julgar, para que possais distinguir o que é da vontade de Deus, a saber, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito.” (Rm 12,2)

Em um tempo Hi tech, ou seja, de “alta tecnologia”, como anda o nosso Hi touch “fino toque” com nosso Senhor Jesus?

Oro para que você, leitor, goste tanto deste livro quanto eu, e para que seja desafiado, assim como eu fui também.

Seu amigo,

David Pina Pastor IB Maranata - SP Ex-Coordenador de Mobilização JMM

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INTRODUÇÃO

Esta é uma ordem direta do próprio Deus ao profeta Habacuque que havia sido chamado pelo Senhor para a pregação da sua Palavra, Ele deu ao homem a capacidade de utilizar as ferramentas disponíveis para que a comunicação fosse mais eficaz. A história do conhecimento humano na formação de uma sociedade tecnológica, converge na sua capacidade de interligar povos e sociedades longínquas ou próximas, para facilitar a introdução e disseminação do evangelho à medida que crescem os meios tecnológicos, mais pessoas são evangelizadas e convertidas à Jesus Cristo. Segundo a organização Servindo Pastores e Líderes - SEPAL(2002) o Brasil torna-se uma nação eminentemente evangélica, onde cresce 1% ao ano o número de cristãos. Previsões mostram um país com metade de sua população evangélica nos próximos 20 anos.

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Desde a vinda dos primeiros missionários ao Brasil muita coisa mudou, o homem aprendeu a comunicar de uma forma rápida e intensa; internet, transmissão via satélite, celular... são algumas tecnologias de comunicação largamente utilizadas pela humanidade, pois o homem por ser um ser social, precisa de comunicação o tempo inteiro. A tecnologia da informação tem auxiliado o homem a alcançar outros povos e línguas, acelerando equipes nas traduções e pesquisas etnológicas, auxiliando na educação à distância, além das mídias de massa disseminar a pregação aos mais longínquos rincões deste país, utilizando a televisão e o rádio como meios mais céleres de levar as boas novas ao homem. É certo que o uso da tecnologia em quaisquer campos das relações humanas pode ser benéfico ou maléfico, o rumo a tomar depende de cada um, da visão e foco que o homem na sua instrumentalidade, logo, a utilização da ferramenta também no Reino cabe a ele decidir a sua forma, intencionalidade e utilização nociva ou benéfica.

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Capítulo Um

O INÍCIO DE TUDO

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1 O INICIO DE TUDO. 1.1 Desenvolvimento da Tecnologia e da Computação O homem é um ser comunicador por excelência, mas para chegamos ao nível de comunicabilidade que estamos hoje, e onde poderemos chegar, um longo caminho foi percorrido. Este desenvolvimento passou por diversas áreas do saber humano, dentre as quais: a matemática, a eletrônica digital, a lógica de programação dentre outras. “Pouco a pouco, a máquina se tornará parte da humanidade”, escreveu o aviador e escritor Francês Antoine de Saint-Exupéry (1939). Exupéry falava sobre a tendência das pessoas à reação da tecnologia, Bill Gates (2000) em seu livro “A Estrada do futuro” discorre sobre as memórias de Exupéry: “Saint- Exupéry descreve como as primeiras locomotivas, arrotando fumaça e fazendo barulho, eram execradas e chamadas de monstros de ferro. Aí, á medida que os trilhos foram sendo colocados, as próprias prefeituras mandaram construir estações ferroviárias. Bens e serviços fluíram. Surgiram novos empregos interessantes. Toda uma cultura se desenvolveu em volta dessa nossa forma de transporte, o desdém virou aceitação e até a aprovação. O que antes fora o monstro de ferro tornou-se o pujante portador dos melhores produtos da vida. Uma vez mais, a mudança de percepção refletiu-se na linguagem. Começamos a chamar a locomotiva de “cavalo de ferro”. “O que é o trem hoje para o camponês senão um amigo humilde, que passa todo dia ás seis da tarde?” Pergunta Saint-Exupéry. O único outro avanço isolado que teve efeito assim tão grande na história da comunicação aconteceu por volta de 1450, quando Johann Gutenberg inventou a prensa, naquela época todos os livros eram copiados a mão. Os monges, que em geral eram os encarregados de copiar a Bíblia, raramente conseguiam fazer mais de uma copia por ano.

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O aparecimento da prensa fez mais pela cultura ocidental do que simplesmente introduzir uma forma mais veloz de reproduzir um livro. Até aquela época, apesar do transcurso de gerações a vida fora comunitária e praticamente imutável.

A palavra imprensa mudou tudo isso. Foi o primeiro meio de comunicação de massa; a primeira vez em que conhecimentos, opiniões e experiências puderam ser transmitidos de forma portátil, durável e acessível. À medida que a palavra escrita foi possibilitando à população ultrapassar as fronteiras da aldeia, as pessoas começaram a se importar com o que acontecia em outras partes. Gráficas espalharam-se rapidamente pelas cidades comerciais, transformando-se em centros de intercâmbios intelectual. A alfabetização se tornou uma habilidade importante, que revolucionou o ensino e alterou as estruturas sociais. Antes da prensa de Gutenberg, havia apenas uns 30 mil livros em todo o continente europeu, a maioria Bíblias ou comentários bíblicos. Por volta de 1500, havia mais de 9 milhões de livros, sobre tudo quanto é assunto. Panfletos e outros materiais impressos afetaram a política, a religião, a ciência e a literatura. Pela primeira vez, quem se achava fora da elite eclesiástica teve acesso à informação escrita. Outro grande fator foi a necessidade dos seres humanos de calcular quantidades nos mais variados modos, o que possibilitou o desenvolvimento da matemática e da lógica, Nos

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primórdios da matemática e da álgebra, utilizam-se os dedos das mãos para efetuar cálculos. O primeiro instrumento para cálculo foi o ábaco, cuja invenção é atribuída a habitantes da Mesopotâmia, em torno de 2400 a.C. O uso original era desenhar linhas na areia com rochas. Versões mais modernas do ábaco ainda são usadas como instrumento de cálculo. Dentre os diversos instrumentos para processamento de informação passamos por inventores como Blaise Pascal (1623-1662) que inventou uma calculadora feita de engrenagens e Charles Babage (1792-1871) que desenvolveu uma máquina programável de cálculo, onde através de cartões perfurados, definia-se a forma destas operações, nasce daí o embrião para computação moderna.

Foi com Charles Babbage que o computador moderno começou a ganhar forma, através de seu trabalho no engenho analítico. O equipamento, apesar de nunca ter sido construído com sucesso, possuía todas as funcionalidades do computador moderno. Foi descrito originalmente em 1837, mais de um século antes que qualquer equipamento

do gênero tivesse sido construído com sucesso. O grande diferencial do sistema de Babbage era o fato que seu dispositivo foi projetado para ser programável, item imprescindível para qualquer computador moderno. Durante sua colaboração, a matemática Ada Lovelace publicou os primeiros programas de computador em uma série de notas para o engenho analítico. Por isso, Lovelace é popularmente considerada como a primeira programadora. Em parceria com Charles Babbage, Ada Augusta (1815-1852) ou Lady Lovelace, filha do poeta Lord Byron, era matemática amadora entusiasta. Ela se tornou a pioneira da lógica de programação, escrevendo séries de instruções para o calculador analítico.