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A OBESIDADE E A IMAGEM DO ESPELHO Você se acha magro(a) ou gordo(a)? Que padrão de medida você usa para responder a essa pergun- ta: apenas a imagem que vê refletida no espelho? Se o espelho for o seu único padrão de referência para medir a grandeza obesidade, cuidado! A. ima- gem que temos de nós mesmos tem muito a ver com nosso humor, estado de espírito e auto-estima - e esses atributos não são quantificáveis! Você já deve ter ouvido falar de uma doença chamada anorexia, uma terrível e contínua obses- são pela magreza. Os primeiros sinais são regimes constantes e a prática exagerada de exercícios físi- cos. Quem sofre desse mal tem uma visão distor- cida de seu próprio corpo: ao olhar para o espelho, enxerga uma pessoa gorda, mesmo que seu corpo esteja esquelético e subnutrido, e, por isso, per- siste numa dieta de fome que pode até levar à mor- te. Essa doença vem atingindo cada vez mais pes- soas jovens e uma de suas possíveis causas está na grande pressão social para que as pessoas man- tenham a forma física. Por outro lado, quem está obeso deve ficar atento, pois sua saúde corre risco. Obesidade é uma doença crônica reconhecida pela Organização Mundial de Saúde. Ela se caracteriza por excesso de gordura corporal, que pode ocorrer de duas for- mas diferentes: pelo número ou pelas dimensões das células adiposas. De maneira geral, o acúmulo de gordura pode surgir quando há um desequilíbrio energético: a pes- soa ingere mais calorias (energia) do que consome. Muitos fatores podem desencadear esse desequilí- brio: de maus hábitos alimentares a fatores genétí- cos, passando até por problemas emocionais.
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A obesidade e a imagem do espelho

Jul 25, 2015

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Page 1: A obesidade e a imagem do espelho

A OBESIDADE E A IMAGEM DO ESPELHOVocê se acha magro(a) ou gordo(a)? Que padrão

de medida você usa para responder a essa pergun-ta: apenas a imagem que vê refletida no espelho?Se o espelho for o seu único padrão de referênciapara medir a grandeza obesidade, cuidado! A. ima-gem que temos de nós mesmos tem muito a vercom nosso humor, estado de espírito e auto-estima- e esses atributos não são quantificáveis!

Você já deve ter ouvido falar de uma doençachamada anorexia, uma terrível e contínua obses-são pela magreza. Os primeiros sinais são regimesconstantes e a prática exagerada de exercícios físi-cos. Quem sofre desse mal tem uma visão distor-cida de seu próprio corpo: ao olhar para o espelho,enxerga uma pessoa gorda, mesmo que seu corpoesteja esquelético e subnutrido, e, por isso, per-siste numa dieta de fome que pode até levar à mor-

te. Essa doença vem atingindo cada vez mais pes-soas jovens e uma de suas possíveis causas estána grande pressão social para que as pessoas man-tenham a forma física.

Por outro lado, quem está obeso deve ficaratento, pois sua saúde corre risco. Obesidade éuma doença crônica reconhecida pela OrganizaçãoMundial de Saúde. Ela se caracteriza por excessode gordura corporal, que pode ocorrer de duas for-mas diferentes: pelo número ou pelas dimensõesdas células adiposas.

De maneira geral, o acúmulo de gordura podesurgir quando há um desequilíbrio energético: a pes-soa ingere mais calorias (energia) do que consome.Muitos fatores podem desencadear esse desequilí-brio: de maus hábitos alimentares a fatores genétí-cos, passando até por problemas emocionais.

Page 2: A obesidade e a imagem do espelho

E como sa er se estamos obesos? Um padrão de referência con-fiável para medirmos a obesidade pode ser o IMC (índice de massa cor-

poral), grandeza que relaciona a altura e a massa de um indivíduo. Paracalcular o IMC, é necessário dividir a massa (rn), dada em quilogra-mas, pelo quadrado da altura (h), dada em metros: IMC = m/h2. Demodo geral, os médicos classificam como obesa a pessoa que pos-sui IMC superior a 30 kg/rrr', embora possa haver variações indivi-duais, conforme o biótipo ou constituição óssea do indivíduo (veja a

tabela abaixo).

ESCALA DE íNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC)

Desnutrição

até 20 kglm2

abaixo de 14,5 kglm 2

Peso abaixo do normal

20 - 24,9 kglm 2

25,0 - 29,9 kglm 2

30,0 - 39,9 kglm 2

Fonte: Revista Nova Escola. n.172. maio 2004.

o importante é diagnosticar a doença e avaliar suas causas pa-ra atacá-Ias, pois a obesidade predispõe o organismo a várias outrasdoenças graves, como hipertensão arterial, diabetes, aterosclerose,insuficiência respiratória ou cardíaca e vários tipos de câncer. Entre-tanto, lembre-se de que só profissionais especialistas podem indicartratamentos seguros.

A Química desenvolveu drogas que são extremamente importan-tes no tratamento contra a obesidade. Algumas atuam no hipotála-mo, parte do cérebro que regula o apetite, inibindo a fome e provo-cando sensação de saciedade. Outras inibem a absorção de gorduraspelo intestino. Genericamente chamadas de "remédios para emagre-cer", essas drogas, se não forem bem administradas, podem atématar. Algumas, como as anfetaminas, são tão perigosas que têm usocontrolado (veja quadro na página 261). E esse é um dos grandes ris-cos do tratamento sem orientação médica. Muita gente usa "remédiospara emagrecer" sem necessidade, apenas por razões estéticas. Co-mo todo medicamento, eles também apresentam efeitos colateraisque podem ser bastante perigosos,tais como taquicardia, cefaléia, an-siedade, insônia, sonolência, dimi-nuição da libido, boca seca, au-mento do ritmo intestinal, pro-blemas nas válvulas cardíacas.É o médico que precisa avaliar arelação risco/benefício pa-ra cada paciente.

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