A iniciao esportiva no basquetebolLa iniciacin deportiva en el
baloncesto
*Licenciado Plenamente em Educao Fsicapela Universidade do Vale
do Rio dos Sinos**Professor de Educao Fsica daUniversidade do Vale
do Rio dos Sinos(Brasil)Prof. Frederico Lima Gonalves*Prof. Ms.
Fernando Edi Chaves**Prof. Rudiard Anderson Drr Vogt*Prof. Matias
Noll*[email protected]
ResumoEste estudo teve como objetivo a analise bibliogrfica da
iniciao esportiva, onde analisei diversos autores das diferentes
reas envolvidas neste processo. O Esporte uma das objetivaes
culturais expressas pelo movimento humano mais conhecidas e
admirveis, assim sendo, as crianas cada vez mais sedo entram nos
esportes e a iniciao esportiva o primeiro passo da criana dentro
deste evento. Onde est criana desenvolver os fundamentos,
princpios, caractersticas, regras e movimentaes do esporte neste
caso o basquetebol. Junto com a iniciao sempre est vinculada a
especializao esportiva precoce, no se confunda com especializao
esportiva, a primeira dada antes dos quatorze anos da criana, a
segunda, e essa sim devemos incentivar, dada por volta dos quatorze
anos de idade no estagio de utilizao permanente, quando j se
encontra no pice do seu desenvolvimento motor, porm no devemos
esquecer que o desenvolvimento segue por toda vida. Outro aspecto
importante neste processo de ensino-aprendizagem a pedagogia do
esporte, rea est que vem crescente acintosamente por que o
procedimento pedaggico trar futuramente vantagens motoras,
psicolgicas, tcnicas e tticas alm de no expor a criana a um
processo que poder acarretar em problemas sua histria de vida
esportiva, como tambm a sua formao, e cabe ao professor a
pedagogizao do basquetebol. O professor deve, sobre tudo,
preocupar-se com as questes educacionais, utilizando o basquetebol
como alternativa educacional. Ensinar somente a tcnica e a ttica
pode no ser suficiente; cada professor diferencia-se pela viso
abrangente que tem do seu trabalho e mesmo possuindo sua prpria
filosofia, deve, contudo, adquirir os conhecimentos bsicos da vida
biolgica e cultural dos seus praticantes.Unitermos: Iniciao
esportiva. Basquetebol. Pedagogia. Criana.
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ao 15, N 148,
Septiembre de 2010. http://www.efdeportes.com/
1 / 1 1. IntroduoO presente trabalho tem por finalidade
investigar a importncia da iniciao esportiva no basquetebol e
analisar os aspectos que os autores consideram importante para a
iniciao esportiva.Na construo desta monografia, tive que mudar a
metodologia por motivos pessoais que acabaram atrasando o processo
de pesquisa que eu tinha planejado no anteprojeto. Desta forma,
acabei optando por uma reviso bibliogrfica sobre o tema da iniciao
esportiva no basquetebol.Segundo Weineck (2005), crianas e
adolescentes no representam adultos em miniatura nem se pode notar,
em suas atividades esportivas, a existncia de um programa reduzido
de treinamento para adultos.J Ferreira (2001), define que a iniciao
esportiva o primeiro contato da criana com o esporte. Seus
fundamentos, princpios, caractersticas, regras e movimentaes devem
ser aos poucos apresentados de maneira simples e num nvel de
exigncia com as capacidades de uma criana que esta iniciando um
novo processo. Dentro desta perspectiva ser abordado as fases de
iniciao esportiva, comparando-a com as fases de desenvolvimento
motor citadas pelos autores da rea. Tambm nesta proposta ser
abordado o assunto sobre a especializao precoce.A especializao
esportiva precoce a atividade esportiva desenvolvida antes da
puberdade (antes dos 12 anos) e caracterizada por uma alta dedicao
dos treinamentos, mais de 10 horas semanais, e principalmente por
ter uma finalidade eminentemente competitiva (PERSONE apud VARGAS
NETO, 1999).A iniciao esportiva no basquetebol deve ser estruturada
com uma viso pedaggica do esporte e visando as fases de
desenvolvimento do criana.O procedimento pedaggico trar futuramente
vantagens motoras, psicolgicas, tcnicas e tticas alm de no expor a
criana a um processo que poder acarretar em problemas sua histria
de vida esportiva, como tambm a sua formao (FERREIRA, 2001). O
professor ter papel fundamental neste processo de iniciao da criana
no esporte, neste caso, no basquetebol. Paes e Oliveira propuseram
a subdiviso da iniciao em trs fases, onde ser desenvolvido o
desenvolvimento das capacidades fsicas, aprendizagem
ttico-cognitiva e habilidades do jogo (tcnicas). J na especializao
no basquetebol, os autores tambm subdividiram em trs fases, onde
ocorrer busca da especializao dos gestos motores (tcnica), da
capacidade estrategico-cognitiva, da ttica e da capacidade
fsica.Objetiva-se, portanto, a realizao do levantamento terico
sobre o assunto, para analisar as perspectivas que os autores das
diversas reas envolvidas na iniciao esportiva citam, para assim,
entender melhor este processo e futuramente entrar no campo de
atuao.2. O esporte e a crianaNeste capitulo abordarei o assunto
Esporte e a Criana, onde irei realizar um levantamento bibliogrfico
sobre este assunto, procurando demonstrar a importncia do Esporte
na vida de uma criana e quais os benefcios que a prtica correta
proporciona elas.2.1. o esporteAdmitindo-se que existiu um esporte
na antiguidade, cujas manifestaes mais importantes foram os jogos
gregos (olimpadas gregas, jogos fnebres, jogos piticos etc...),
percebe-se que o chamado esporte moderno surgiu no sculo passado,
criado por Thomas Arnold na Inglaterra, numa perspectiva pedaggica
que em momento algum restringiu os aspectos agonsticos da competio
(TUBINO, 1987). No voltado para o bem estar social, uma vez que o
conceito de esporte era praticamente competir, restringia e muito a
participao da populao nos esportes, sendo que s participava quem
tinha o melhor potencial.Segundo Tubino (2001), o esporte moderno
enfatizou inicialmente o associacionismo, que se constituiu na sua
primeira referncia tica e social. Com a mudana do movimento olmpico
e a sua incorporao ao movimento esportivo, a tica esportiva tambm
passa a se apoiar, na que hoje chamado, fair play.O
profissionalismo no era permitido e os casos surgidos eram
exemplarmente punidos. Hoje em dia acredito que quase ao contrrio,
o amadorismo que no permitido. Hoje os esportes so fbricas de
dinheiro, movimentando bilhes no mundo.Acrescenta-se ainda que o
esporte inclua o preconceito contra a prtica esportiva da mulher,
que somente conseguiu disputar os jogos olmpicos mais tarde, e
mesmo depois disso, permaneceu participando em termos bastante
tmidos (TUBINO, 1987).Identifico que, com o passar do tempo, a
mulher vem conquistando mais e mais o seu espao no meio esportivo.
Nos dias atuais, elas mostram o seu potencial, quebrando recordes,
superando os preconceitos em determinadas modalidades, sem perder a
feminilidade que muito importante para o esporte.Tubino (2001)
ressalta que o esporte no tinha a importncia social que possui
hoje, o que pode ser constatado pela reduzida dimenso dos jogos
olmpicos, embora j fosse a maior manifestao esportiva
internacional. A predominncia de esportes individuais
principalmente o atletismo e o remo a explicao mais plausvel para
esta irrelevncia social evidenciada.Hoje sabemos da importncia do
esporte na vida social da criana, sendo ele coletivo ou individual.
Os esportes coletivos, um exemplo o basquetebol, induz a criana
desde cedo a conviver, a trabalhar, a cooperar e a respeitar outras
pessoas (convvio em sociedade) fora do lao familiar. Nos esportes
individuais tambm podemos trabalhar a socializao da criana,
aprendendo a respeitar regras, limites, horrios, h ter
responsabilidades.A movimentao no contexto esportivo do incio dos
anos sessenta provocou uma reviso conceitual do esporte, cujo
processo pode ser demarcado por trs conjunto de aes notveis daquele
perodo histrico: a) as manifestaes dos intelectuais contra as
exarcebaes desportivas da poca; b) os chamados documentos
esportivos filosficos internacionais; c) o surgimento e o
desenvolvimento do movimento esporte para todos, a partir da
concepo do programa TRIM (TUBINO, 1987).Segundo este mesmo autor,
entre os intelectuais que se manifestaram contra as exarcebaes
desportivas da poca, esto Cagigal e Clayer. Cagigal, como um grande
humanista que foi, props a interpretao do fenmeno esporte em dois
sentidos: o esporte espetculo e o esporte prxis, sendo que neste
ltimo o fenmeno esportivo ganhava um grande alcance social ao
aumentar a possibilidade de participao. J Clayer s entendia a razo
principal do esporte quando a prtica esportiva pudesse chegar a um
maior nmero de pessoas (TUBINO, 2001).Quanto aos documentos
filosficos internacionais que influenciaram a reconstituio do
Esporte, citamos os dois mais importantes que so: O Manifesto
Mundial do Esporte (1964), editado pelo Conseil Internationale D
Education Physique et Sport (CIEPS). E a Carta Internacional de
Educao Fsica e Desportos (UNESCO, 1978). O Manifesto Mundial do
Esporte foi o primeiro manifesto que no reconheceu o Esporte atravs
do rendimento, mostrando que tambm existia um Esporte na Escola e
um Esporte do tempo livre, aberto para todos. A Carta Internacional
de Educao Fsica, que serviu de marco para um novo conceito deste
fenmeno, ainda lanou a perspectiva do direito prtica esportiva para
todos, o que aumentou consideravelmente a significao social desde
esporte reconceituado. E por sua vez, o Movimento Esporte para
Todos, nascido no sentido contestatrio do Esporte de alto
rendimento, possibilitou grandes campanhas de valorizao da prtica
esportiva, reforando muito o aumento da abrangncia do renovado
conceito de Esporte (TUBINO, 2001).O conceito de Esporte evoluiu
nas ltimas dcadas. Antigamente o conceito era voltado para o
rendimento, no existia uma importncia com a socializao das pessoas
atravs do Esporte e nem de uma educao. (TUBINO, 2001)Hoje, com o
conceito reformulado, partindo do pressuposto do direito de todos
prtica esportiva, o Esporte acabou tendo maior abrangncia na vida
social do cidado. visto como um conceito compromissado com as suas
perspectivas na educao, na participao das pessoas comuns, como
direito de todos, e tambm no rendimento. O rendimento muito
importante, uma vez que este a vitrine dos Esportes para a
sociedade. (TUBINO, 2001)Conforme Tubino (2001), o Esporte aps a
sua revoluo conceitual, passou a ser compreendido nas seguintes
dimenses: Esporte Educao, Esporte Participao ou Esporte Popular e
Esporte Performance ou de Rendimento.Esporte Educao No Esporte
Educao deve-se trabalhar principalmente, nestas trs reas de atuao
pedaggica: integrao social; psicomotricidade e atividades fsicas
educativas. A rea de integrao social visa assegurar uma participao
autntica, oferecendo aos alunos oportunidades de decises na
organizao das atividades, visando chegar at a atuao na prpria
comunidade em que se situa o ambiente escolar. Na rea de
desenvolvimento psicomotor, devero ser trabalhadas as necessidades
de movimento, como tambm situaes de juzo crtico, auto avaliao de
tudo isto, livre de discriminao de qualquer tipo. Por fim, na rea
de atividades fsicas educativas, a orientao deve direcionar-se para
as concretizaes das aptides em capacidades e na aquisio de nveis
superiores nestas capacidades (TUBINO, 2001).Na Escola, a criana
muitas vezes tem o primeiro contato com o Esporte. Acredito que o
Esporte na Escola pode levar a criana a nveis mais alto dentro do
Esporte, porm, o Esporte na Escola tem um compromisso mais
educacional do que de rendimento. Tubino cita o equvoco histrico do
entendimento do Esporte Educao como um ramo do Esporte Performance,
onde professores transformam as competies escolares em competies de
alto nvel. Sendo assim, o Esporte Educacional tem uma maior
responsabilidade com a educao social, com a personalidade e com a
prpria emancipao da criana.Esporte Participao Esta dimenso do
Esporte esta relacionada com o prazer ldico, e que tem como
finalidade o bem estar social dos participantes. (TUBINO,
2001).Esta manifestao, que ocorre em espaos no comprometidos com o
tempo e fora das obrigaes da vida diria, de um modo geral, tem como
propsitos a descontrao, a diverso, o desenvolvimento pessoal e as
relaes entre as pessoas. Tambm oferece oportunidades de liberdade a
cada praticante, a qual se inicia na prpria participao voluntria.
(TUBINO, 2001)O Esporte Participao, como a prpria denominao sugere,
ao promover a participao e ao obter sucesso neste seu objetivo
principal, pode equilibrar o quadro de desigualdade de
oportunidades esportivas encontrado na dimenso do Esporte
Performance. Enquanto este ltimo s permite sucesso aos talentos ou
aqueles que tiveram condies, o Esporte Participao, ao contrrio,
favorece a prazer a todos que dele desejam tornar parte. (TUBINO,
2001)Desta forma, acredito que, ns profissionais da Educao Fsica,
ao comearmos uma iniciao esportiva, devemos sempre pensar nas trs
dimenses do Esporte, pois estaremos conduzindo crianas a iniciar
suas vidas esportivas, onde a maioria delas no sero talentos
esportivos, o que refora trabalharmos na busca de uma prtica
esportiva visando o lazer, sade e bem estar destas crianas.Esporte
Performance Esta dimenso do Esporte, que permanece valendo pelo
prprio conceito de Esporte at a dcada de sessenta, socialmente
importante pelos efeitos que exerce na sociedade. Ao exigir
organizao complexa e investimentos, o Esporte Performance ou de
Rendimento, cada vez mais passa a ser uma responsabilidade da
iniciativa privada. Traz consigo os propsitos de novos xitos
esportivos, a vitria sobre adversrios nos mesmos cdigos, e exercido
sob regras preestabelecidas pelos organismos internacionais de cada
modalidade. H uma tendncia natural que seja praticado
principalmente pelos chamados talentos esportivos. tambm a dimenso
social que propicia os espetculos esportivos, onde uma srie de
possibilidades sociais positivas e negativas podem acontecer
(TUBINO, 2001).Esta dimenso do Esporte, por ser a mais difundida
nos meios de comunicao, passa a ser a mais conhecida e a mais
aceita pela populao. Neste sentido, penso que os pais colocam seus
filhos nas escolinhas esportivas ou mesmo em escolinhas no prprio
colgio, e com o passar do tempo, sem notarem, esto incentivando os
seus filhos performance.Penso ainda que, algumas destas crianas
comeam a ser cobrada desde cedo pelos pais, que querem ver no filho
aquilo que no conseguiram no Esporte. Que professor de escolinha no
teve que aturar um pai na tela gritando, xingando-o para colocar
seu filho para jogar? Nestas horas que o conhecimento do professor
tem que falar mais alto, tem que pensar no desenvolvimento pessoal
daquela criana, no bem estar que o Esporte pode trazer para vida
dela e no no ego de um pai frustrado no Esporte.Tambm considero que
o Esporte Performance ou de Rendimento, no saudvel. O fato de
envolver muito investimento nesta dimenso do Esporte acaba
incentivando a vitria a qualquer preo, desta forma, muitos atletas
se utilizam de doping, usando remdios, anabolizantes entre outros,
sem contar as inmeras leses e cirurgias que os atletas muita vezes
se submetem ainda jovens.Segundo Tubino (1987), o Esporte
constitui-se de relaes entre grupos sociais urbanos e at nacionais,
contribuindo para a existncia biolgica, para as combinaes de
trabalho e vida e para enriquecer a cultura humana. O Esporte
conduz os homens a inmeras virtudes sociais, levandoos convivncia,
coeso e identificao social. Portanto, se o professor no conseguir
formar um talento esportivo, pode ter certeza que estar formando um
talento social.Considero que o Esporte tem muita importncia na
construo e na manuteno da vida de crianas e adolescentes. Hoje ta
mais que comprovado que, a prtica de exerccios fsicos alm de
melhorar a aptido fsica, contribui muito com a sade e a melhora de
hbitos comportamentais de seus praticantes.A prtica de Esportes,
sem duvida alguma, requer elevado nvel de atividade fsica e,
portanto pode repercutir positivamente quanto s eventuais
modificaes nos ndices de aptido fsica quando realizada regularmente
(MOREIRA; SIMES, 2000).Aparentemente, a adeso ao exerccio aumenta
se o individuo tiver a noo de divertimento e bem-estar, mais do que
se tiver a preocupao de sade (DISHMAN; SALLIS; ORESTEIN, 1985 apud
MOTA, 2004). Este prazer, que nos profissionais da educao fsica
devemos proporcionar a nossos alunos, para assim, conseguir que
estes levem para suas vidas a pratica de exerccios fsicos.Moreira e
Simes (2000) conceituaram a atividade fsica, o exerccio fsico e o
esporte desta forma: Atividade fsica: qualquer movimento corporal
produzido pelos msculos esquelticos que resultam em gasto calrico;
Exerccio fsico: subcategoria da atividade fsica planejada,
estruturada e repetitiva e que resulta na melhora ou manuteno de
uma ou mais variveis da aptido fsica; Esporte: atividade fsica que
envolve competio e o seguimento de determinadas regras. Segundo
Kunz (2001) o Esporte uma das objetivaes culturais expressas pelo
movimento humano mais conhecidas e admirveis, em cima desta citao e
a partir da definio das dimenses do esporte, podemos ressalt-lo
tambm como produo de sade e outros fatores benficos para a vida
adulta.Segundo Nieman (1999) a sade um estado de completo bem-estar
fsico, mental, social e espiritual e no somente a ausncia de doenas
ou enfermidades.Na nossa sociedade podemos notar que, o
entendimento de sade est relacionado apenas ausncia de doenas.
Porm, o que o autor nos relata que devemos nos preocupar muito mais
do que somente com as doenas e, sim nos preocupar num contexto
geral, envolvendo fsico, psicolgico e o social.O Esporte uma das
ferramentas mais completas para ser usado como manuteno da sade e
preveno de doenas metablicas, cardacas e etc. A prtica do Esporte
nos possibilita trabalhar todos quesitos que envolvem a sade,
melhorando a aptido fsica, a interao social e o cognitivo do
praticante.Nieman (1999, p. 6) cita a aptido fsica relacionada com
a sade:A aptido fsica relacionada com a sade tipificada por uma
capacidade de realizar as atividades dirias com um vigor e est
relacionada a um menor risco de doenas crnicas. A resistncia
cardiorrespiratria, a aptido msculo-esqueltica (fora e resistncia
muscular, flexibilidade) e uma composio corprea ideal so os
componentes mensurveis da aptido fsica relacionados com a sade.J
para Barbanti (1990), a aptido fsica relacionada sade engloba
componentes que afetam a qualidade da sade, a resistncia
cardiorrespiratria, a composio corporal, a flexibilidade, fora e a
resistncia muscular localizadaNa prtica do basquetebol trabalhada
todas as valncias fsicas que melhoram a aptido fsica. Com isso
podemos afirmar que a pratica do basquetebol ajuda na melhora e na
manuteno da sade e de bons hbitos.Segundo Leite (1985) a prtica do
basquetebol deve ser indicada para pessoas que j possuem uma certa
aptido fsica, caso no seja criana ou adolescente, e tambm no
recomendado para idosos, cardacos, obesos e indivduos com baixa
aptido fsica.Posso relatar devida minha experincia como praticante,
de que, esportes coletivos como o basquetebol no s desenvolvem a
aptido fsica como promovem a integrao entre os participantes,
principalmente crianas, desenvolvendo valores morais de trabalho em
equipe para obter sucesso em objetivos comuns.Nos dias atuais, as
atividades fsicas na infncia, parecem que cada vez mais esto
ficando escassas. Os brinquedos e os vdeo games de ultima gerao,
acabam ganhando das brincadeiras e jogos disputados nas ruas e
praas.Com tanta tecnologia ao redor das crianas, o sedentarismo
acaba sendo estimulado. O sedentarismo estimula a obesidade
infantil e outros fatores de risco coronariano como hipertenso
arterial, diabetes melitus, nvel de triglicerideos sricos,
distrbios de comportamento e etc. (LEITE, 1985).O Esporte tambm
considerado um bom meio para a preveno da obesidade, porm quando a
criana j apresenta este distrbio metablico, nos profissionais de
Educao Fsica temos que ter cuidados em ralao a iniciao destas no
Esporte. Alm dos cuidados com esforos fsicos, tambm deveremos ter
cuidado com a possvel excluso dos obesos por parte dos colegas,
discutirei este assunto com maior embasamento no capitulo sobre a
iniciao esportiva. difcil que uma criana desenvolva o diabete
melitus tipo II, porem os maus hbitos na infncia e adolescncia
aumenta suas chances de ser desenvolvido na fase adulta. Mas comum
que crianas desenvolvam geneticamente o diabetes melitus tipo I ou
insulino-dependente (LEITE, 1985).Segundo Nieman (1999) com um
apoio mdico e educacional, as crianas, adolescentes e adultos com
diabetes melitus tipo I ou insulino-dependente podem se desenvolver
esportivamente. Um cuidado especial deve ser dado monitoria da
glicemia no contexto de um programa cuidadosamente planejado e
regular de medicao, treinamento e alimentao.Estudos recentes tm
demonstrado que os programas com exerccios regulares causam reduo
nos nveis sanguneos tanto de colesterol quanto de triglicerideos.
(LEITE, 1985).Nieman cita a influncia do exerccio sobre o
colesterol sanguneo:A prtica de exerccios, especialmente quando
freqentes e intensos, demonstrou diminuir os nveis de triglicerdeos
sanguneos e aumentar o nvel de HDL-colesterol enquanto teve pouco
efeito ou nenhum efeito independente sobre o colesterol e o
LDL-colesterol sanguneo. (NIEMAN, 1999, p. 187).A hipertenso
arterial pode surgir, na criana, atravs da obesidade. O exerccio
aerbico regular demonstrou ser uma ferramenta poderosa tanto na
preveno quando no tratamento da hipertenso arterial, pois a prtica
de exerccios pode diminuir a presso arterial pelos efeitos benficos
e aditivos das sesses regulares de atividade fsica (NIEMAN, 1999).O
Esporte como exerccio fsico alem de combater e prevenir doenas
metablicas e coronarianas, tambm ajuda na melhora, na manuteno da
massa ssea e no combate a osteoporose.Moreira e Simes (2000)
comparam a osteoporose em atletas e sedentrios:A osteoporose uma
das doenas que mais afeta a qualidade de vida; dados obtidos em
atletas e indivduos fisicamente ativos mostram o efeito benfico do
exerccio na densidade ssea, j que se observa que esses indivduos
possuem porcentagem maior de ssea, em relao aos indivduos
sedentrios. (MOREIRA; SIMES, p. 66 2000).A atividade fsica,
dependendo da poca de seu inicio, durao e intensidade, tem-se
mostrado capaz de incrementar pico de massa ssea, manter a massa
ssea que o individuo tem e diminuir a perda no decorrer dos anos.
(MOREIRA; SIMES, 2000).Nieman (1999, p. 273) cita que na
adolescncia que se tem o maior pico de aumento de massa ssea:A
grande maioria do aumento da massa ssea ocorre durante a
adolescncia. Um dos mais valiosos benefcios sade, decorrentes do
exerccio vigoroso e regular realizados precocemente na vida, que
ocorre um pico mais elevado de densidade mineral ssea, reduzindo o
risco de osteoporose precoce no perodo tardio da vida.Portanto,
quanto mais cedo iniciar a prtica de exerccios fsicos ou
esportivos, maior a chance deste participante melhorar a sua
constituio ssea evitando, assim, maiores complicaes com osteoporose
em idades mais avanadas.Nessa perspectiva, fica evidente que o
estado de ser saudvel no algo esttico; pelo contrrio, necessrio
adquiri-lo e reconstru-lo de forma individualizada e constantemente
ao longo de toda vida, oferecendo indcios de que sade tambm de
domnio comportamental e por sua vez, deva ser tratada no apenas com
base em referenciais de natureza biolgica, mas sobre tudo em um
contexto psico-socio-cultural. (MOREIRA; SIMES, 2000).Assim, a
prtica desportiva no seguramente a soluo para todos os males da
sociedade e do sujeito, mas , com certeza, um dos meios mais
acessveis e menos dispendiosos a que todos nos podemos recorrer com
benefcios razoavelmente comprovados nas dimenses biolgicas,
psicolgicas e sociais do individuo. (MOTA, 2004).Acredito, que a
prtica desportiva, no caso o basquetebol, essencial na vida de uma
criana. Com a prtica desportiva, a criana vai criando hbitos
saudveis que ser levado para a vida inteira.Com as mudanas de
hbitos, o indivduo poder prevenir-se de varias doenas, como disse
Moreira e Simes (2000) de que o estado saudvel no algo esttico.
Desta forma, o exerccio fsico e os bons hbitos comportamentais e
alimentares tm que se tornarem constantes em nossas vidas.O papel
do profissional de educao fsica proporcionar para o aluno vivncias
esportivas, tendo cuidado na sua iniciao esportiva, para que no
acabe excluindo a criana, mas sim fazendo que o exerccio fsico se
torne rotina para estas crianas.No prximo subcapitulo abordaremos o
assunto referente criana, aonde iremos nos apegar o seu
desenvolvimento motor.2.2. A crianaQuando estamos trabalhando com
crianas temos que levar em considerao, que estas, esto na fase de
crescimento estrutural E para um melhor desenvolvimento motor,
fsico, tcnico psicolgico e social, os profissionais ministradores
dos treinamentos, neste caso o basquetebol, devem ter o
conhecimento das fases do desenvolvimento humano. Neste trabalho me
apegarei ao desenvolvimento motor das crianas.Segundo Gallahue e
Ozmun (2005) o desenvolvimento motor a continua alterao no
comportamento motor ao longo do ciclo da vida. Proporcionada pela
interao entre a necessidade da tarefa, a biologia do individuo e as
condies do ambiente.Segundo Hayhood e Getchell (2004) o
desenvolvimento uma mudana seqencial. Um passo leva ao passo
seguinte de maneira irreversvel e ordenada. Essa mudana o resultado
de interaes dentro do individuo (hereditrias) e de interaes entre o
individuo e o ambiente.As interaes internas do individuo so, a
hereditariedade, a biologia e os fatores intrnsecos, que ordenaram
o seu aprendizado sendo em alguns mais rpidos e em outros mais
lentos. E as interaes do ambiente esto relacionadas com a
experincia, o aprendizado, encorajamento e os fatores extrnsecos.
(GALLAHUE; OZMUN, 2005). Como as caractersticas hereditrias so
determinantes e limitantes, certamente um ambiente excitante e rico
de oportunidades levar a criana a um bom desenvolvimento. De acordo
com este pensamento verifica-se que o intercmbio o responsvel pela
qualidade do desenvolvimento, pois esta deriva da oportunidade para
a prtica, do encorajamento e da instruo, que deve ser adequada ao
nvel de maturidade da criana (GALLAHUE; OZMUN, 2005).Citado por
Gallahue e Ozmun (2005, p. 44), Piaget apresenta a teoria
desenvolvimentista em fases distintas, separadas por idades. O
desenvolvimento cognitivo, segundo Piaget, ocorre pelo processo de
adaptao. A adaptao requer que o individuo faa ajustes s condies
ambientais e intelectuais e esses ajustes por processos
complementares de acomodao e assimilao.A acomodao a adaptao que a
criana deve fazer ao ambiente quando informaes novas so
acrescentadas ao seu repertrio motor. O individuo ajusta a reao
para corresponder s exigncias do desafio especfico (GALLAHUE;
OZMUN, 2005). Por exemplo, no basquetebol a altura da tabela para
crianas iniciantes (menores de 12 anos) menor, em torno de 2,6
metros, ao ensinar o arremesso para a criana ela estar se
acostumando com o peso da bola, ao gesto mecnico, ao tempo e arco
da trajetria do arremesso desde sua mo at ao aro, mas ao passar
para uma tabela de 3,05 metros a criana dever considerar a fora ser
aplicada, a maior trajetria da bola at o aro e outros fatores.
Gallahue e Ozmun (2003) afirmam que uma nova realidade indicara um
novo comportamento.A assimilao o termo de Piaget para a interpretao
de novas informaes, baseada nas interpretaes presentes. Tais
interpretaes advindas do meio externo e incorporando-as as
estruturas cognitivas existentes no individuo. (GLLAHUE; OZMUN.
2005). Como exemplo para o basquetebol, uma criana pode aprender a
realizar a bandeja pelo lado direito e pelo lado esquerdo dando os
dois passos permitidos pela regra, mas utilizando-se do ato de
realizar uma bandeja somando outros movimentos, como realizar-la
com giro entre outros. A criana j tem a informao do movimento da
bandeja, o giro uma nova informao, que est, deve ser incorporada
com que j existe.Porem nos professores devemos ter cuidado ao
adicionar demasiadas informaes em tempo no adequado sua capacidade
de incorporao motora, no a far evoluir para antecipadamente efetuar
uma projeo completa de uma tcnica do basquetebol, o movimento
devera apropriar-se sua maturidade cognitiva.O quadro 1 mostra as
fases de desenvolvimento proposto por
Piaget.FaseCaractersticasFaixa etriaEvento definidor
I Sensrio-motoraO beb constri o significado do seu mundo pela
coordenao de experincias sensoriais com o movimentoDo nascimento
aos 2 anosAssimilao bsica e formao do esquema atravs do
movimento
II Do pensamentopr-operacionalA criana pequena demonstra
crescente pensamento simblico pela ligao de seu mundo com palavras
e imagensDe 2 a 7 anosAssimilao avanada usando a atividade fsica
para realizar os processos cognitivos
III Das operaes concretasA criana raciocina logicamente sobre
eventos concretos e consegue classificar objetos de seu mundo em
vrios ambientesDe 7 a 11 anosReversibilidade com experimentao
intelectual atravs da brincadeira ativa
IV Das operaes formaisO adolescente capaz da raciocinar
logicamente de maneira mais abstrata e idealistaDe 11 anos em
dianteRaciocnio dedutivo atravs da formulao de hipteses
abstratas
Quadro 1. Fases do desenvolvimento cognitivo de Jean Piaget
(GALLAHUE; OZMUN, 2005, p. 45).Cada fase determina a relao de
maturidade cognitiva, a grau de inteligncia da criana e como ela
suporta os estmulos dados no seu cotidiano. Os estudos realizados
por Piaget so muito importantes para ns professores entendermos
melhor o desenvolvimento intelectual das crianas (MIRANDA,
2004).Gallahue e Ozmun (2005, p. 55) apresentam a teoria de
desenvolvimento motor que parte desde os movimentos reflexos do
beb, em relao ao desenvolvimento motor-perceptivo e os diferentes
estgios de maturidade separados por idade estudada e proposta
anteriormente por Gallahue. Existe uma seqncia de desenvolvimento
separada por fases e que reflete a idade cronolgica aproximada.O
quadro 2 mostra as fases e os estgios demonstrado por
Gallahue.Cronologia aproximada (idade)Fases e estgios seqncia do
desenvolvimento
0 a 6 mesesFase motora reflexa- estgio de codificao- estgio de
decodificao
6 a 12 mesesFase motora rudimentar estgio de inibio dos
reflexos
1 a 2 anosFase motora rudimentar estgio de pr-controle
2 a 4 anosFase motora fundamental- estgio inicial e
elementar
4 a 6 anosFase motora fundamental- estgio maduro
7 a 10 anosFase motora especializada- estgio de transio
11 anos a 13 anosFase motora especializada- estgio de
aplicao
14 anos em dianteFase motora especializada- estgio de utilizao
permanente
Quadro 2. As fases e estgios propostos por Gallahue (GALLAHUE;
OZMUN, 2003, p. 100)Neste ultimo quadro podemos visualizar as
quatro fases e seus estgios correspondente para o desenvolvimento
motor de uma criana, sugerido por Gallahue. Muito importante o
conhecimento dessas fases e estgios, principalmente para aquelas
pessoas que venham a trabalhar com a iniciao esportiva em escolas
ou mesmo em clubes, veremos agora o que o autor fala sobre as fases
e estgios.Fase motora reflexa os reflexos so movimentos
involuntrios, controlados subcorticalmente, que formam a base para
as fases do desenvolvimento motor, atravs dos reflexos o beb obtm
informaes do ambiente imediato (GALLAHUE; OZMUN, 2005). A fase
reflexa do desenvolvimento motor pode ser dividida em dois estgios
sobrepostos. Estagio de codificao de informao caracterizado por
atividade motora involuntria observvel no perodo do fetal at
aproximadamente o quarto ms de vida. Estagio de decodificao de
informao este estgio comea no quarto ms de vida. Nesse perodo
existe a inibio de muitos reflexos, com o crtex motor mais
desenvolvido, ocorrendo que atividades sensrio-motora so substitudo
por habilidades perceptivo-motora (GALLAHUE; OZMUN, 2005).Fases de
movimento rudimentar as primeiras formas de movimentos so os
rudimentares, observado do nascimento at dois anos. A seqncia de
aquisies de habilidades motora fixa, porem o ritmo varia de criana
a criana e depende de fatores biolgicos, ambientais e de tarefa.
Esta fase pode ser dividida em dois estgios. Estagio de inibio de
reflexos inicia-se no nascimento, com o desenvolvimento do crtex,
os reflexos acabam sendo inibindo gradualmente at desaparecerem,
com isso os movimentos intencionais comeam a aparecer, mesmo que
descontrolados e grosseiros. Estagio de pr-controle por volta de um
ano de idade as crianas comeam a ter preciso e controle de seus
movimentos. Neste estagio a criana aprende a obter equilbrio, a
manipular objetos e a locomover-se pelo ambiente (GALLAHUE; OZMUN,
2005).Fase de movimentos fundamentais esta fase do desenvolvimento
motor representa um perodo no qual as crianas pequenas esto
ativamente envolvidas na explorao e na experimentao das capacidades
motoras de seu corpo. Os padres de movimento fundamentais so, as
atividades locomotoras (correr e pular), manipulativas (arremessar
e apanhar), estabilizadoras (andar com firmeza e o equilbrio em um
p s). Estagio inicial o movimento caracterizado por elementos que
faltam ou que se apresentam em uma seqncia imprpria, marcadamente
uso limitado ou exagerado do corpo e fluxo rtmico e coordenao
deficiente. Estagio elementar envolve maior controle e melhor
coordenao rtmica dos movimentos fundamentais. Aprimora-se a
sincronizao temporais e espaciais do movimento, mas os padres ainda
so geralmente restritos ou exagerados embora mais bem coordenados.
Muitos indivduos no vo alem do estagio elementar em muitos padres
de movimento. Estagio maduro caracterizado por desempenho
mecanicamente eficientes, coordenados e controlados. Muitas crianas
e adultos no chegam at o estagio maduro. Embora algumas crianas
possam chegar nesse estagio pela maturao com o mnimo de influncias
ambientais, a grande maioria precisa de um ambiente rico e
estimulador para o seu desenvolvimento e aprendizado. Sem essas
influencias torna-se muito difcil alguma criana atingir este
estagio, o que vai inibir a aplicao e o desenvolvimento na fase
anterior (GALLAHUE; OZMUN, 2005). Nesta fase as crianas j esto
freqentando a escola, ento, cabe ao professor saber estimular o
desenvolvimento dessas crianas, a final de contas, no prximo
estagio estas crianas estaro iniciando-se nos esportes e quanto
maior for a bagagem de experincias motoras melhor ser seu
desempenho nos esportes.Fase de movimentos especializados o
movimento torna-se uma ferramenta que se explica a muitas
atividades motoras complexas presentes na vida diria, na recreao e
nos objetivos esportivos. As habilidades estabilizadoras,
locomotoras e manipulativas fundamentais so progressivamente
refinadas, combinados e elaboradas para o uso em situaes
crescentemente exigentes. Estgio transitrio o individuo comea a
combinar e a aplicar habilidades motoras fundamentais ao desempenho
das habilidades motoras especializadas no esporte e em ambientes
recreacionais. O objetivo de pais, professores e treinadores, neste
estagio, deve ser o de ajudar as crianas a aumentar o controle
motor e a competncia motora em inmeras atividades. Estagio de
aplicao a sofisticao cognitiva crescente e certa base ampliada de
experincias tornam o individuo capaz de tomar inmeras decises de
aprendizado e de participao baseadas em muitos fatores da tarefa,
individuais e ambientais (GALLAHUE; OZMUN, 2005), por exemplo, uma
criana com 12 anos e com 1,80 de altura, que goste de jogos
coletivos, pode optar por especializar-se no basquetebol devido
suas caractersticas. Neste estagio os indivduos comea a buscar ou a
evitar a participao em atividades especificas. Esta a poca para
refinar e usar habilidades mais complexas em jogos avanados,
atividade de liderana e em esportes escolhidos. (GALLAHUE; OZMUN,
2005). Estagio de utilizao permanente representa o auge do processo
de desenvolvimento motor e caracterizado pelo uso do repertorio de
movimentos adquiridos pelo individuo por toda vida (GALLAHUE;
OZMUN, 2005). Neste estagio o seu repertrio de movimentos esta
bastante completo, porm no podemos esquecer que esta continua
desenvolvendo-se durante toda a vida, por isso entendo que o
professor deve compreender todo este processo de desenvolvimento,
neste estagio a criana j esta pronta para especializar-se numa
determinada modalidade esportiva, mas nunca devemos esquecer que a
criana no um adulto em miniatura, portanto no devemos ministrar
treinamentos de adulto minimizados para elas. (GALLAHUE; OZMUN,
2005).Desta forma, entendo que, com um embasamento terico sobre as
fases cognitivas citadas por Piaget e as fases e estgios sugeridos
por Gallahue, ns profissionais de Educao Fsica teremos melhores
condies de atender as necessidades das crianas e com isso ter um
melhor aproveitamento nas aulas.No capitulo seguinte discutiremos
sobre os conceitos que geram a iniciao esportiva e especializao
precoce no esporte.3. Iniciao esportivaNeste capitulo
apresentaremos um levantamento terico sobre a iniciao esportiva,
onde iremos relacionar a iniciao com as fases de desenvolvimento
motor, apresentando o que os autores da rea falam sobre este
assunto e tambm sobre a especializao esportiva precoce.3.1. Iniciao
esportiva. ConceitosSegundo Weineck (2005), crianas e adolescentes
no representam adultos em miniatura nem se pode notar, em suas
atividades esportivas, a existncia de um programa reduzido de
treinamento para adultos.Crianas e adolescentes encontram-se em
fase de crescimento, sendo que, devido a isso, surgem inmeras
alteraes e particularidades de desenvolvimento no aspecto fsico,
psicolgico e psicossocial, que determinam conseqncias para a
atividade fsica ou esportiva (WEINECK, 2005).J Vargas Neto (1999),
afirma que para tratar deste tema de forma profunda necessrio
analisar multidisciplinarmente os aspectos biolgicos e fisiolgicos,
educativos e pedaggicos, como tambm aspectos polticos e ticos que
envolvem a questo.Como Vargas Neto e Weineck, acredito que, a
iniciao esportiva um tema multidisciplinar, uma vez que aborda
temas como a sociologia, psicologia, pedagogia, biologia. Desta
forma, o profissional responsvel por uma escolinha, no est apenas
iniciando a criana a um determinado esporte, mas sim, quebrando
paradigmas, introduzindo novos hbitos na vida desta criana.
Contudo, os professores tm que estarem a par dos conhecimentos
destas reas de estudo.Vargas Neto (1999) ainda considera que a
iniciao esportiva pode-se compreender como o processo que leva uma
pessoa, normalmente a criana, desde sua chegada a uma escolinha at
a prtica esportiva competitiva. O autor ressalta a importncia do
aprendizado e posterior treinamento progressivo, necessrio ao timo
rendimento do esporte escolhido.J Ferreira (2001), define que a
iniciao esportiva o primeiro contato da criana com o esporte. Seus
fundamentos, princpios, caractersticas, regras e movimentaes devem
ser aos poucos apresentados de maneira simples e num nvel de
exigncia com as capacidades de uma criana que esta iniciando um
novo processo. Portanto, penso que o professor de uma aula de
basquetebol que esteja iniciando uma criana no Esporte, deve ter em
mente que a criana est na sua fase de crescimento e que deve
respeitar as fases de desenvolvimento motor.Desta forma, se estar
evitando a especializao precoce que acarreta uma srie de implicaes
como leses prematuras, fsicas psicolgicas e sociais, e normalmente
levando ao abandono da criana pelo esporte (PAES; OLIVEIRA
s/d).3.2. O trabalho de iniciao esportivaSegundo Ferreira (2001),
pode-se dizer que aprender mais rapidamente aquela criana que tiver
um nmero maior de experincias motoras, uma melhor formao
multilateral e um alto nvel de qualidades fsicas bsicas.Para isso,
torna-se importante todo um trabalho visando um completo
desenvolvimento das habilidades motoras de base, assim como da
capacidade motora da criana, proporcionando-lhe um domnio corporal
atravs de atividades orientadas de forma progressiva.Como j foi
abordado anteriormente, o desenvolvimento motor resultante da
interao entre hereditariedade e ambiente (GALLAHUE e OZMUN, 2005).
Segundo estes autores, as caractersticas hereditrias so
determinantes e limitantes, porm com um ambiente estimulante e rico
de oportunidades levar a pessoa a um bom desenvolvimento. De acordo
com esta idia, certifica-se que a interao fundamental para um
melhor desenvolvimento, pois esta decorre da oportunidade para a
prtica, do encorajamento e da instruo, que deve ser adequada ao
nvel de maturidade da criana. (GALLAHUE e OZMUN, 2005)Paes e
Oliveira no seu estudo Pedagogia do basquetebol: novos conceitos do
ensino e do treinamento em duas fases distintas: fase de iniciao ao
jogo e fase de treinamento especializado, props o desenvolvimento
das capacidades fsicas, aprendizagem ttico-cognitivas e habilidades
do jogo subdivididas em trs fases.A fase de iniciao I marca os
primeiros contatos da criana da primeira quarta srie do ensino
fundamental, com idades entre 7 e 10 anos. Nesta fase o aprendizado
dos fundamentos e o desenvolvimento das capacidades podem se dar de
maneira recreativa, por meio de jogos com alteraes nas regras, e
nos objetivos, adaptando-os realidade de cada cenrio e as
necessidades dos alunos, observando a disponibilidade de recursos
materiais e humanos.Esta fase identificada por Paes, representaria
a fase motora especializada - estgio de transio, que, segundo
Gallahue e Ozmun (2005), onde o movimento torna-se uma ferramenta
que se enquadra a muitas atividades motoras complexas presentes na
vida diria. Como visto no captulo anterior, o indivduo comea a
combinar e a aplicar habilidades motoras fundamentais ao desempenho
das habilidades motoras especializadas no Esporte e em ambientes
recreacionais. O objetivo neste estgio, deve ser o de ajudar as
crianas a aumentar o controle motor e a competncia motora em
inmeras atividades.Os jogos reduzidos, pr-desportivos, e as
brincadeiras podem ser utilizados como facilitadores do ensino,
pois possibilitam adequar as atividades vivncia motora dos alunos
ou praticantes e podem ser realizados na Escola, no clube ou em
qualquer lugar, em funo da sua ao recreativa. Esta a fase onde a
criana, alm de ter o primeiro contato com o esporte, ser o ponto de
integrao e de desenvolvimento do gosto pelo esporte (PAES, s/d).A
fase de iniciao II o processo de desenvolvimento, deve ocorrer
aproximadamente aos 11 e 12 anos de idade; os pr-adolescentes
devero estar cursando a quinta e a sexta sries do ensino
fundamental, corresponde ao aprendizado inicial dos sistemas tcnico
e ttico do jogo associados aos contedos da fase anterior do
aprendizado.Para Gallahue e Ozmun (2005), nesta fase a criana
encontra-se na fase de aplicao, onde, a sofisticao cognitiva
crescente e certa base ampliada de experincias tornam o indivduo
capaz de tomar inmeras decises de aprendizado e de participao
baseadas em muitos fatores da tarefa, individuais e ambientais.
Esta a poca para refinar e usar habilidades mais complexas em jogos
avanados, atividade de liderana e em esportes escolhidos.A fase de
iniciao III tem como alvo os alunos da stima e oitava sries do
ensino fundamental, com idade aproximada de 13 a 14 anos. Nessa
fase, reitera-se os contedos assimilados anteriormente,
automatizando-os e refinando-os obtendo novos conceitos os quais
contemplam as situaes de jogo formal. A execuo desses princpios
deixa de ter um carter individual, transformando-se em aes
coletivas, nas quais o movimento realizado por um jogador/ aluno
traz benefcios aos companheiros de equipe. Os fundamentos
individuais so constitudos coletivamente, realizados no tempo e
espao e devero ser adequados as timas capacidades do jogo moderno
(PAES; OLIVEIRA).Segundo Gallahue e Ozmun (2005), neste estgio o
seu repertrio de movimentos esta bastante completo, porm no podemos
esquecer que esta continua desenvolvendo-se durante toda a vida,
por isso entendo que o professor deve compreender todo este
processo de desenvolvimento. Neste estgio, a criana j esta pronta
para especializar-se numa determinada modalidade esportiva. No caso
deste estudo, seria o basquetebol.Contudo, alm das fases de iniciao
sugerida por Paes, devemos estar atentos para outros fatores que
influenciam na iniciao esportiva que so, os fatores fsicos,
psicolgicos, tcnicos e tticos, e que devem ser trabalhados nas
determinadas fases citadas acima.Dante e Tricoli (2005), discorrem
sobre os aspectos fsicos e psicolgicos na iniciao: Fsico:
englobam-se as capacidades fsicas e as habilidades motoras bsicas e
especficas. Em relao s capacidades fsicas, leva-se em conta o
ambiente e a idade dos alunos, devendo-se proporcionar vivncias
motoras e o desenvolvimento das capacidades fsicas, tais como:
coordenao, resistncia, velocidade, fora e flexibilidade. Deve-se
tambm procurar trabalhar estas capacidades fsicas de uma forma
recreativa e ldica. Quanto s habilidades motoras, se consideram
duas situaes: bsicas e especficas. A importncia das habilidades
motoras bsicas em funo da faixa etria em questo. Dessa forma,
andar, correr, saltar e lanar so aes indispensveis nessa fase do
processo. Nas habilidades especficas, fica bvio a necessidade de
proporcionar ao aluno o aprendizado dos fundamentos do esporte
praticado. Psicolgico: a auto-estima e a liderana devem ser
desenvolvidas. Estabelecer um ambiente para nutrir a percepo de
identidade fundamental para estimular o desenvolvimento do mundo
interno do indivduo. A auto-estima torna-se importante na medida em
que os indivduos acreditam em si mesmos e em suas capacidades. A
liderana exercida na perspectiva de fortalecer exemplos de
comportamentos positivos dirigidos a privilegiar o sucesso do
grupo, estimulando o conhecimento do contexto de atividades. J Paes
(1989), cita no seu trabalho de dissertao de mestrado a parte
tcnica e ttica da iniciao: Tcnico: resume-se no processo de
aprendizagem dos fundamentos bsicos dos esportes praticados. O
trabalho deve ser desenvolvido de maneira recreativa, adaptando-se
a necessidade de cada cenrio e as necessidades dos alunos. Ttico:
deve ocorrer o aprendizado das regras bsicas do esporte praticado,
dos sistemas defensivos e ofensivos, bem como utiliz-lo como
alternativa educacional, integrando e desenvolvendo o gosto pelo
jogo. Portanto acredito que, na iniciao esportiva o objetivo
principal oferecer a criana uma prtica desportiva, sempre
respeitando os limites do publica alvo, iniciao pode ser dada na
forma de brincadeiras ldicas, de jogos adaptados, sempre pensando
na pluralidade de movimentos e na diversificao de esportes para um
maior repertrio motor, tendo como parmetro o desenvolvimento
psicomotor da criana. A partir dos 13 ou 14 anos a criana j pode se
especializar no basquetebol, mas discutiremos melhor sobre a
iniciao esportiva no basquetebol, no prximo capitulo.A seguir ser
abordado a especializao esportiva precoce, suas causas e prejuzos
na formao de uma criana.3.3. Especializao esportiva precoceA
especializao esportiva precoce a atividade esportiva desenvolvida
antes da puberdade (antes dos 12 anos) e caracterizada por uma alta
dedicao dos treinamentos, mais de 10 horas semanais, e
principalmente por ter uma finalidade eminentemente competitiva
(PERSONE apud VARGAS NETO, 1999).J Kunz apud Vargas Neto (1999),
entende que este ocorre quando crianas so introduzidas antes da
fase pubertria a um processo de treinamento planejado e organizado
a longo pazo, que se efetiva em um mnimo de trs sesses semanais com
o objetivo do gradual aumento do rendimento, alem da participao
peridica em competies.Weineck (2005) definiu a especializao
esportiva precoce desta maneira:A especializao precoce atinge
principalmente modalidades esportivas que possibilitam desempenhos
de alto nvel muito precocemente, como, por exemplo, ginstica
artstica, patinao artstica no gelo e natao. Nessas modalidades
esportivas existe o perigo de que a concepo do programa de
treinamento, com seu foco em uma modalidade esportiva especifica e
com o seu inicio precoce (inicio j na idade pr-escolar ou na idade
escolar-inicial), no considere de maneira adequada os aspectos do
treinamento adaptados a cada faixa etria e cada nvel de
desenvolvimento, ou seja, capacidade fisiolgica e psicolgica da
criana de tolerar uma carga determinada de exerccios (WEINECK,
2005, p.360).Segundo Ferreira (2001), no h duvidas que a
especializao precoce em uma modalidade esportiva, logo no primeiro
momento do processo ensino-aprendizagem, poder acarretar problemas
na histria de vida esportiva das crianas, como tambm a sua formao.
Acredito que, uma especializao precoce nos primeiros anos da criana
em contato com o esporte, acarreta srios danos ao seu
desenvolvimento, inibindo a criana de ter um maior repertrio motor
e diminuindo a sua participao em atividades recreativas do mundo
infantil.Inmeros autores (VARGAS NETO, 1999; FERREIRA, 2001) citam
a busca da plenitude atltica em crianas e adolescentes ainda em
formao, a competio exarcebada, a cobrana de resultados, as presses
psicolgicas exercidas pelos pais e tcnicos, como sendo as causas da
especializao esportiva precoce.3.3.1 A influncia dos paisDentre
todas as causas acima, considero que os pais so as figuras de maior
influncia para o ingresso da criana no Esporte, se comparado a
outras pessoas da famlia e da prpria Escola. Segundo Becker Jr
(2000), um fator importante para a qualidade da participao da
criana nos programas esportivos, a conduta dos pais.Porm os pais,
freqentemente, buscam uma compensao por meio dos filhos, das
vitrias e ttulos esportivos no conseguidos por eles mesmos (VARGAS
NETO, 1999).Grande parte dos pais, ainda que bem intencionada,
colocam os filhos no Esporte e fomentam o sonho de que sejam os
atletas que eles nunca foram ou algo parecido. Alguns acham que o
filho tem mesmo um dom, crem que isso os diferencia dos outros e
esperam que os leve ao esporte profissional (SANTANA apud LEITE,
2007).As ansiedades dos pais, submetendo crianas a terrveis
presses, fazem com que poucas se tornem atletas, mas muitas percam
a infncia (NISTA-PICCOLO apud LEITE, 2007).Concordo com Gervis apud
Becker Junior (2000) de que alguns pais deveriam ser
conscientizados que a grande maioria dos jovens que praticam
Esporte nunca sero campees ou atletas olmpicos, mesmo que eles
(pais) e treinadores desejem isso.3.3.2. A influncia dos
tcnicosOutro exemplo de presso a exercida pelo tcnico. Inmeros
conflitos entre o tcnico e as crianas, geralmente ocorre aps
competies com derrotas e fracassos individuais entre os membros da
equipe derrotada.Neste momento em que o tcnico deveria ser aquela
pessoa com equilbrio para providenciar apoio aos seus atletas
derrotados, vrios perdem o equilbrio emocional e agridem
verbalmente os seus comandados (BECKER JR, 2000).Desta forma,
acredito, que toda essa presso exercida pelos pais e tcnicos acabam
abalando psicologicamente e emocionalmente a criana, uma vez que
esta comea a ter medo de errar, medo de frustrar os pais e os
tcnicos, tornam-se inseguros e muitas vezes acabam abandonando a
pratica esportiva.3.3.3 A influncia das competiesSegundo Vargas
Neto (1999), observa-se que uma das causas da especializao precoce
o atual sistema esportivo infantil, basicamente competitivo, que no
est de acordo com as autnticas necessidades das crianas, pois
simplesmente um sistema adaptado do modelo adulto.Muitas dessas
competies espelham-se em modelos pouco recomendados para as
diferentes faixas etrias e outras variveis importantes como o sexo,
o estgio de desenvolvimento e o nvel de habilidade dos praticantes,
entre outras (DE ROSE JR, 2002).A verdadeira natureza da competio
que ela cria mais perdedores do que vencedores. Nesse ponto, a
competio passa a ser tanto desencorajadoura quanto ameaadora queles
que no possuem capacidades e habilidades suficientes para
desempenhar adequadamente e obter o desejado sucesso (DE ROSE JR,
2002). inaceitvel o Esporte entrar na vida de uma criana apenas com
os referencias de competio e rendimento, fazendo-a persegui-las a
qualquer preo. Fomentar entre crianas a idia de que s a vitria
importante, incoerente. A criana precisa perceber a importncia de
saber lidar com as diferenas, e quem aprende que s a vitria tem
valor, poder no saber lidar com as derrotas, valorizar a busca, o
esforo prprio, respeitar o outro, interagir, cooperar, rever pontos
de vista (SANTANA apud LEITE, 2007).Assim, entendo que a competio
mal aplicada nesta faixa etria acaba no trabalhando o
desenvolvimento total da criana motor, fsico e social podendo
tornar-se excludente ao em vez de ser prazerosa para o praticante.
Uma vez que, a criana que frustra-se acaba abandonando o Esporte e
a prtica de exerccio fsico para sempre.Segundo Vargas Neto (1999),
pode-se concluir e entender alguns dos prejuzos que a prtica
intensiva de um Esporte competitivo iniciado precocemente na
infncia pode ocasionar. Neste sentido, o autor dividiu os possveis
riscos em: risco do tipo fsico, psicolgico, esportivo e motriz.Nos
riscos do tipo fsico, foram detectados problemas sseos, articulares
musculares e cardacos dependendo da especialidade esportiva. O
autor ainda ressalta os Esportes que tem um alto numero de
impactos, saltos, como ginstica olmpica, voleibol e podemos dizer
tambm do basquetebol, como Esportes de riscos de leses articulares
e sseas.As cargas de treinamentos pouco variadas e repentinamente
elevadas podem levar a sobrecarga inadequada e excessiva dos
sistemas atingidos, levando na maior parte dos casos a uma rpida
estagnao do desempenho, j que a ampla base de desenvolvimento
necessria ao desempenho de alto nvel no est disponvel (WEINECK,
2005).Na parte do psicolgico, foram encontrados em crianas
competidoras, nveis anormalmente altos de ansiedade, estresse e
frustrao; so conhecidos casos de talentos esportivos com futuro
promissor que hoje se sentem martirizados internamente por
fracassos e desiluses resultante de maus resultados em competies.A
alta dedicao aos treinamentos exigidos em algumas modalidades
esportivas, que pode chegar a vrias horas do dia durante todos os
dias da semana, pode provocar uma deformao escolar deficiente, e
pior, parece ser que a criana esportista participa menos das
brincadeiras e jogos do mundo infantil, atividades estas que so
indispensveis ao pleno desenvolvimento de sua personalidade.Nos
riscos do tipo motriz, evidenciamos que, a especializao precoce
busca o rendimento em um aspecto concreto da execuo motriz no
modelo competitivo, ignorando geralmente os outros importantes
objetivos educacionais que o esporte pode oferecer.Esta pobreza
motriz, ocasionada pela especializao precoce, pode inclusive
impossibilitar a prtica de um Esporte diferente daquele praticado
durante a infncia. normal observarmos atletas de alto nvel que
adquiriram automatismos motores extremamente rgidos que lhe impedem
de executar movimentos novos e diferentes; um paradoxo do Esporte,
a plena e total habilidade em uma modalidade esportiva, impedindo
neste mesmo individuo sua disponibilidade motriz generalizada.
(VASQUEZ apud VARGAS NETO, 1999).No Esporte de alto nvel, torna-se
necessria uma especializao em momento adequado, e no em idade
precoce, e que sejam considerados os diferentes princpios bsicos do
treinamento de categoria de base. A especializao deveria ocorrer o
mais tarde possvel e ser baseada numa evoluo do desempenho, de
acordo com o nvel de desenvolvimento e considerando-se aspectos
individuais desse desempenho, a elevao das cargas no mbito de um
treinamento bsico diversificado e, principalmente, garantindo-se o
desenvolvimento timo de capacidades coordenativas gerais e a
aquisio em tempo hbil de capacidades motoras esportivas (WEINECK,
2005).Para o bem da criana e para o prprio Esporte, todos os
envolvidos na iniciao esportiva da criana (pais, tcnicos,
diretores) devem evitar o investimento de suas aspiraes, interesses
e desejos pessoais, pois muitas crianas param de pratic-lo, devida
tamanha presso, no melhor momento, na hora que est amadurecendo
quantitativamente e qualitativamente (LEITE, 2007).Este mesmo autor
ainda considera que, quem foi criana e parou de jogar (ou jogou)
por sentir-se pressionada, rotulada, insegura, lesionada, no
esquece a terrvel experincia. E, pior do que isso, passa anos no
Esporte e depois o abandona. Sai do mesmo desgastada
emocionalmente, fragmentada, insegura, lesionada, levando, vida
afora, as possveis conseqncias.J para Pini e Carazzatto apud Leite
(2007) algumas crianas param de praticar algum Esporte, pois
sentem-se desgastadas, desmotivadas em conquistar mais aquele
ttulo, aquele campeonato (pois em alguns anos de prtica intensiva j
conquistaram ttulos municipais, estaduais, prmios individuais) e
preferem freqentar outros ares. a tal da saturao esportiva.Desta
forma, acredito que devemos ter muito cuidado com a idia de
especializao esportiva precoce, porque existem inmeros prejuzos a
sade fsica, mental e social da criana envolvida neste processo.
Conforme citado pelos autores acima, a especializao precoce pode
estagnar o desenvolvimento fsico da criana, portanto, quando esta
chegar na idade de se especializar numa modalidade, no conseguir os
resultados desejados a cargo de uma m preparao nas idades
iniciais.Neste sentido, a especializao esportiva poderia ser dada o
mais tarde possvel, quando a criana tiver desenvolvido amplamente o
seu repertrio motor, e por conta prpria escolher o seu Esporte para
se especializar.No capitulo seguinte ser abordado o tema sobre
iniciao esportiva no basquetebol e a atuao do professor nas aulas
de basquetebol.4. Iniciao esportiva no basquetebolO objetivo desse
capitulo abordar uma discusso terica sobre a iniciao esportiva na
modalidade basquetebol levando em considerao seus locais de prtica,
como: escolas, clubes, praas, entre outros. Devemos considerar
ainda a idade, como j abordado no terceiro capitulo, de 14 anos
para a especializao em tal modalidade, que ser ponto de referncia
para discusso deste capitulo.4.1. pedagogia da iniciao no
basquetebolA pedagogia esportiva um campo de conhecimento que tambm
vem cada vez mais crescendo na rea esportiva e que muito tem
cooperado para a valorizao e a prtica do esporte, buscando ajustar
situaes s condies de ordem sociolgicas, psicolgicas, motoras,
educacionais e morais no desenvolvimento do aluno (FERREIRA, 2001).
Acredito que, uma iniciao esportiva estruturada pedagogicamente,
ser de tamanha importncia para o desenvolvimento do praticante.
Diferentemente do que era proposto no passado, em que, o foco
central da iniciao esportiva era o gesto tcnico do
basquetebol.Hoje, segundo Ferreira (2001) o procedimento pedaggico
trar futuramente vantagens motoras, psicolgicas, tcnicas e tticas
alm de no expor a criana a um processo que poder acarretar em
problemas sua histria de vida esportiva, como tambm a sua formao.J
segundo Dainto (1983), o problema da tcnica de ensino no pode se
separar do problema da tcnica de aprendizagem, pois so aspectos de
um mesmo processo, que devem ser abordados conjuntamente. O autor
ainda ressalta que:Ensinar quer dizer, estimular, guiar, orientar o
processo de aprendizagem.Aprender adquirir uma nova forma de
conduta ou modificar uma forma de conduta anteriorAprender adquirir
hbitos eis um conceito da velha pedagogia, que aparece algumas
vezes entre os modernos, apenas expresso de forma diversa.Ainda na
perspectiva do conceito de aprendizagem, Almeida (1998), cita que,
para haver uma aprendizagem, seja qual for o contedo, o mtodo ou as
tcnicas, trs condies bsicas so necessrias: a existncia de elementos
que incidem sobre o organismo, chamados de estmulos; a capacidade
dos organismos de reagirem a esses estmulos, sob a forma de
resposta; a faculdade dos organismos de reagirem a estes estmulos e
respostas.No desenvolvimento da aprendizagem, o aluno deve sentir
que formou-se, e no que foi feito. Ele deve ser conduzido a modo
aumentar o seu nvel de aspiraes, atravs do seu conceito real de
suas possibilidades e limitaes (DAINTO, 1983). Desta forma entendo,
que o simples fato de apenas ensinar os movimentos considerados
bsicos para a pratica do basquetebol, vem contra a idia deste
estudo, devemos ensinar ao aluno o que e para que ele est
realizando tais movimentos, devemos nos preocupar com seu
desenvolvimento humano, a final de contas, em primeiro lugar
estamos formando homens para a vida adulta.Depois de uma breve
discusso sobre pedagogia do esporte, ensinamento e aprendizagem,
iremos nos aprofundar nas teorias a cerca do treinamento no
basquetebol desde sua iniciao a sua especializao.Segundo Paes e
Balbino (2005), a iniciao na modalidade basquetebol, em uma viso da
prtica esportiva mais abrangente, deve ser norteada por uma
proposta pedaggica que leva em conta quatro pontos fundamentais
para sua sustentao: diversidade, incluso, cooperao e autonomia.A
iniciao esportiva no basquetebol contrape-se a especializao,
expe-se nesta idia a diversificao na especializao, ou seja, mesmo
discutindo especificamente o ensino do basquetebol, a proposta tem
como base a pluralidade de movimentos e a diversificao de
situaes-problema para quem inicia-se na prtica da modalidade (PAES;
BALBINO, 2005). Assim entendo que, uma diversificao na aprendizagem
o aluno ter benefcios na rea de habilidades motoras, e tambm
aumentar suas possibilidades de percepo e elaborao das respostas
aos problemas apresentados. Desta forma, o aluno encontrar na
modalidade um meio de crescimento e desenvolvimento dentro de um
processo educativo.No campo da incluso torna-se um retrocesso
oferecer criana o acesso ao basquetebol atravs de exerccios, jogos
ou brincadeiras excludentes. Os autores ressaltam que em alguns
momentos da aula ser necessrio que busquem intervenes no plano
individual. Entretanto, um fator de diferenciao de competncia
profissional o recurso que o visando professor utiliza promover as
transformaes desejadas.O basquetebol, por ser um esporte coletivo,
constitui-se em prtica e ambiente favorveis para a melhor
compreenso do significado da cooperao, bem como para t-la como um
princpio no processo de educao das crianas (PAES; BALBINO,
2005).Apesar de o termo autonomia ser aparentemente inadequada, a
iniciao deve priorizar a instrumentalizao do aluno, no sentido de
proporcionar-lhe est autonomia para convivncia com a modalidade
aprendida. Pois o objetivo na iniciao no basquetebol possibilitar a
autonomia para que a criana possa conviver com a modalidade da
forma que desejar (PAES; BALBINO, 2005).Paes e Balbino (2005)
elaboraram cinco aspectos prtica pedaggica da iniciao esportiva no
basquetebol, voltadas criana, nesse caso crianas de at doze anos, e
no no movimento da modalidade. Compe os cinco aspectos, movimentos
humanos, inteligncias mltiplas, aspectos psicolgicos, princpios
filosficos e aprendizagem social.No aspecto. Movimento humano, os
autores citam que, para tratar deste subtema no contexto da
pedagogia do esporte preciso considerar duas dimenses: capacidades
fsicas e habilidades motoras bsicas e especificas. Com relao s
habilidades levando em conta o ambiente e a idade dos alunos
envolvidos.Mesmo no sendo o foco principal, devem-se proporcionar
vivncias motoras permitindo o desenvolvimento das capacidades
fsicas (coordenao, resistncia, velocidade, fora e
flexibilidade).Considerando duas situaes: bsicas e especificas. Na
aquisio de habilidades motoras bsicas devemos desenvolver nos
alunos as habilidades de andar, correr, saltar, lanar. J nas
habilidades especificas proporcionaremos ao aluno o aprendizado dos
fundamentos do basquetebol (PAES; BALBINO, 2005).J nas inteligncias
mltiplas, os autores ressaltam, que o ambiente diversificado e
imprevisvel do basquetebol remte dimenso e busca dos procedimentos
pedaggicos que valorizem o individuo em suas varias dimenses, pela
multiplicidade do seu potencial de habilidades para resoluo de
problemas. Oferecer ao individuo mltiplas maneiras de se relacionar
com o ambiente, estimulando essas inteligncias por meio do contexto
formado pelo basquetebol.Os aspectos psicolgicos, citados pelos
autores, devem estabelecer um ambiente para nutrir a percepo de
identidade fundamental para estimular o desenvolvimento do mundo
interno do individuo. Assim importante reconhecer as caractersticas
que alimentam a auto-estima e o desenvolvimento do esprito de
liderana, voltados para o sucesso do grupo.A auto-estima torna-se
importante na medida em que os indivduos acreditam em si mesmos e
em suas capacidades. Dessa forma, os indivduos formam grupos
indiscriminadamente, e existe a transferncia para o aspecto social
do que se aprende, ao valorizar a atuao do cidado, e no somente o
futuro atleta (PAES; BALBINO, 2005).Os princpios filosficos.
evidente que a iniciao esportiva no basquetebol deve ter como
objetivo geral e principal o desenvolvimento integral do ser
humano. Portanto, promover a relao entre ensino e aprendizagem de
contedos tcnicos e tticos, Por meio de estratgias e recursos
metodolgicos, entre outros jogos, exerccios e brincadeiras, mas,
sobretudo, dever ensinar, na essncia da proposta, princpios visando
trabalhar com os alunos valores e modos do comportamento infantil.A
aprendizagem social um ponto fundamental na articulao entre os
aspectos apresentados. Seguramente, o ambiente de iniciao esportiva
dever facilitar o estabelecimento de novas relaes de amizade, bem
como o fortalecimento de outras relaes j existentes (PAES; BALBINO,
2005).Portanto na estamos apenas ensinando um esporte, fazendo
crianas se divertirem ou ocupando o tempo de meninos e meninas com
a prtica esportiva e sim, estamos criando homens mulheres, que iro
comandar a sociedade no futuro. Desta forma, a pedagogizao do
esporte fundamental para est formao, assim conseguiremos criar
grandes homens e mulheres.Agora iremos abordar a iniciao e a
especializao no basquetebol o treinamento de seus fundamentos e
capacidades fsicas e habilidades motoras.4.1.1. Fase de iniciao no
basquetebolPaes e Oliveira (S/D) propuseram para o ensino do
basquetebol, o desenvolvimento das capacidades fsicas, aprendizagem
ttico-cognitiva e habilidades do jogo (tcnicas) tanto para o ensino
formal (escola) quanto para o ensino no formal (outras agncias
desportivas). Os autores denominaram na sua proposta de iniciao
esportiva no basquetebol a subdiviso em trs fases: I, II e III.O
quadro 3 demonstra a proposta de Paes e Oliveira para a iniciao no
basquetebol com suas respectivas fases, categorias, idades
cronolgicas, idade biolgica e os objetivos para cada
fase.FasesIIIIII
CategoriasPr-miniMini e mirimMirim e infantil
Idade cronolgica7-1011-1213-14-15
Faixa escolar1 a 4 srie5 e 6 srie7 e 8 srie
Idade biolgicaPrimeira e segunda InfnciaPrimeira idade
puberalPubescncia
Objetivos para cada fasePrimeiros contatos com o jogo de
basquetebol o mini-basqueteAprendizagem diversificada dos contedos
do basquetebolAutomatizao e refinamento da aprendizagem inicial e
vivncia de novos contedos do basquetebol
Na primeira fase dos 7 aos 10 anos, (olhar capitulo 2 para ver
as fase de desenvolvimento motor) a aprendizagem dos fundamentos e
das capacidades fsicas e motoras, podem ser dados de formas
recreativas, de jogos pr-desportivos ou adaptados, de maneira que
respeite cada realidade e as necessidades dos alunos.J Coutinho
(2003) ressalta que, os jogos pr-desportivos possuem uma srie de
caractersticas que os tornam fundamentais, principalmente na fase
de iniciao esportiva, pois eles proporcionam uma srie de vantagens
aos seus praticantes: eles so motivadores; podem ser realizados em
pequenos ou em grandes grupos; no exigem a utilizao de muitos
materiais na sua organizao e so excelentes para se praticarem os
fundamentos em fase de aprendizagem.Corroborando com a idia,
Almeida (1998) cita que a utilizao de aulas eminentemente
recreativas, ldicas, prazerosas, neste contexto, fazem a criana
tomar gosto pelo desporto, evitando-se, assim, o abandono
precoce.Segundo Paes e Oliveira (S/d) nesta fase deve-se trabalhar
nas capacidades fsicas os contedos de; coordenao, sada rpida,
parada brusca, mudana de direo e flexibilidade. J nas tcnicas
deve-se trabalhar a manipulao e receo da bola, passe e drible. Nas
tticas; primeiro jogos de noes de organizao e domnio dos espaos
livres.Na segunda fase dos 11 aos 12 anos, nesta fase busca-se a
aprendizagem diversificada dos contedos do basquetebol, contedos
como; finalizaes, arremessos, ao rebote ofensivo e defensivo
associados aos contedos da fase anterior de aprendizagem,
enfatizados na pratica pedaggica.Segundo De Rose Jr. e Tricoli
(2005) finalizaes, arremessos e rebotes defensivos ou ofensivos, so
caracterizados como fundamentos de defesa e fundamentos de
ataque.Os fundamentos de defesa caracterizam-se pela execuo sem a
posse de bola, com exceo do rebote de devesa, que tem uma fase de
contato com a bola (durante sua recuperao), mas que imediatamente
imprime a equipe defensora condio de atacante.Os fundamentos de
ataque so executados coma posse de bola e tm funes variadas que vo
desde o deslocamento de um jogador com bola (drible), lanamentos
entre dois ou mais companheiros de time (passes) e lanamentos cesta
(arremessos), at a recuperao da posse de bola aps um arremesso no
convertido pela prpria equipe (rebote ofensivo).Nesta fase Paes e
Oliveira (S;D) citam que, nas capacidades fsicas deve-se priorizar
inicio da resistncia da rapidez, inicio a resistncia aerbia. Nas
tcnicas; finalizao e fundamentos sincronizados. Tticas; inicio dos
sistemas defensivos e de ataque.Na terceira fase dos 13 aos 14 anos
reiteram-se os contedos assimilados anteriormente, automatizando-os
e refinando-os obtendo novos conceitos, os quais contemplam as
situaes de jogo, transio e sistemas tticos (PAES; OLIVEIRA s/d).
neste perodo que o aluno estar pronto para a especializao no
basquetebol. Prioriza-se nas capacidades fsicas; inicio da
resistncia de fora rpida inicio da fora explosiva. Nas tcnicas;
situaes de jogo 1x1, 2x2, 3x3, 3x2, 4x3. J na parte ttica; sistemas
defensivos e ofensivos por posicionamento;As fases I e II
correspondem ao estimulo e aprendizagem dos contedos do
basquetebol. Torna-se imperativo, na fase III, a continuidade do
ensino dos contedos das fases anteriores, praticando os fundamentos
em situaes prximas do jogo formal. (PAES; OLIVEIRA, s/d).4.1.2.
Fase de iniciao especializada no basquetebolPaes e Oliveira S/D
sugerem para a etapa de iniciao especializada em basquetebol, uma
proposta que atenda ao ensino formal e no formal, na qual elegeram
trs fases para seu desenvolvimento. Ressaltam ainda que, a proposta
para a iniciao especializada no basquetebol vise as fases de
especializao I e II, busca da especializao dos gestos motores
(tcnica), capacidade estrategico-cognitiva, ttica e capacidade
fsica. Segundo os autores nesse perodo que os atletas, ano a ano,
aperfeioam e aprofundam suas capacidades e qualidades,
aproximando-se do profissionalismo, almejando a obteno e manuteno
dos resultados.FasesI. E fase II.E fase III.E fase III
Categorias ensino no formalInfanto e cadeteJuvenil e sub
21Adulto
Idade cronolgica15 aos 17 anos18 aos 20 anosAcima de 20 anos
Faixa escolar do ensino formal1 ao 3 ano do ensino
mdioUniversitrioUniversitrio e profissional
Idade biolgicaSegunda idade puberalAdolescnciaAdulta
Objetivos para cada faseAperfeioamento e
aprofundamentoDirecionamento e aproximaoResultados superiores
Paes e Oliveira (s;d) citam que o sucesso dos jogadores de
basquetebol, em nvel estadual, nacional e internacional, depende de
mltiplos fatores; um deles o sistema de treinamento, o qual visa,
nas fases de especializao, busca de
resultados.FasesIdadeCapacidades fsicasTcnicaTtica
Iniciao especializada (fase I)15 a 17Resistncia de fora,
resistncia aerbia inicio da fora explosiva mximaAperfeioamento dos
fundamentos individuais de grupo e coletivoAperfeioamento nas funes
especificas e nos sistemas de ataque e defesa
Iniciao especializada (fase II)18 a 20Desenvolvimento da foca
mxima, velocidade mxima e resistncia aerbia mximaAprofundamento dos
contedos individuais, de grupo e coletivosAprofundamento nas funes
especificas e nos sistemas de ataque e defesa
Iniciao especializada (fase III)Acima de 20Melhores resultados
da fora mxima, velocidade mxima, resistncia aerbia e anaerbia
mximaPerfeio mxima na execuo dos fundamentos individuais de grupo e
coletivoCapacidades timas de deciso: individuais, em grupo e
coletivamente sem necessidade de ter jogadas pr-determinadas
No quadro 4 os autores demonstram de forma sistemtica nossas
sugestes para a iniciao especializada no basquetebol. Espera-se
que, a partir do momento que os adolescentes optem pela dedicao
exclusiva nos treinamentos e competies no basquetebol, o tcnico
conduza o processo de treinamento, valorizando as competncias
bsicas dos atletas, aprimorando-se desenvolvendo novas competncias
de forma continua.Podemos concluir a respeito da iniciao
especializada no basquetebol, segundo os autores citados acima, que
esta deve ser dada acima dos quatorze anos e devemos sempre buscar
o aprimoramento e aperfeioamento dos contedos trabalhados em fases
anteriores.No prximo subcapitulo ser abordado o papel do professor
no ambiente de iniciao no basquetebol, suas condutas e deveres
serem empregadas.4.2. O papel do professorO professor deve conceber
o ensino do basquetebol como uma pratica pluralista e desenvolv-lo
de acordo com suas manifestaes, seus significados, seus ambientes,
e em conformidade com os comportamentos dos personagens que o
praticam, independentemente da faixa etria destes (PAES; OLIVEIRA
S/D). Desta forma, o professor tem que desenvolver formas para
tornar o ambiente de pratica motivador, fazendo com que crianas e
adolescentes aprendam, gostem e no abandonem a pratica do
basquetebol.Segundo Daiuto (1983) cabe ao professor, o dever de
despertar e manter o interesse pelos fundamentos do jogo desde o
primeiro dia at o ultimo dia de prtica. Deve planejar e pr em
prtica um mtodo para tornar as suas aulas suficientemente
atrativas, para manter assim o interesse e a concentrao dos
alunos.O professor deve estimular seus educandos a comparar, a
julgar as diferentes solues oferecidas, enquanto os alunos aprendem
a descobrir as formas de movimento correspondentes as diversas
tcnicas. Assim entendo que o papel do professor no apenas
simplesmente largar a bola para a crianada jogar, e sim despertar
um lado critico do aluno, onde este consiga a partir da sua prpria
percepo melhorar a sua conduta e de seus colegas.O professor deve,
sobre tudo, preocupar-se com as questes educacionais, utilizando o
basquetebol como alternativa educacional. Ensinar somente a tcnica
e a ttica pode no ser suficiente; cada professor diferencia-se pela
viso abrangente que tem do seu trabalho e mesmo possuindo sua
prpria filosofia, deve, contudo, adquirir os conhecimentos bsicos
da vida biolgica e cultural dos seus praticantes (PAES, 1996).Outra
questo muito importante de ser levantada nesse subcapitulo o
relacionamento do aluno com o professor.Segundo Almeida (1998) o
relacionamento entre professor - aluno ou treinador atleta um dos
pontos mais importantes do processo de formao do indivduo. O
professor se torna amigo, irmo mais velho, confidente, conselheiro,
etc. baseado nisto, seus hbitos so tomados como exemplo. Se voc
fuma ou bebe na frente deles, criara neles a vontade de imit-lo. H
alguns casos em que o professor passa mais tempo com o aluno do que
os prprios pais, por isso exerce uma influncia muito maior em sua
vida nesta fase. Alem disso, depois de algum tempo, quando o
professor ganha a confiana dos pais, h certas coisas que s o
professor consegue fazer com que os alunos obedeam, como estudar ou
se alimentar. Os prprios pais se encarregam de pedir.Segundo
Coutinho (2003) para haver um excelente processo de ensino/
aprendizagem, se faz necessrio que o profissional que esteja
atuando diretamente com esses alunos possua algumas qualidades para
te uma atuao destacada. Conhecimento especifico geral; Ser
paciente; Ser alegre e de esprito positivo; Manter sempre uma boa
aparncia; Utiliza um bom vocabulrio; Ser criativo; Planejar seu
curso e suas aulas; Manter-se sempre atualizado. O mesmo autor faz
referncias a atuao que devem ser evitadas pelos professores na
conduo de uma aula. Adotar uma formao imprpria para a boa execuo do
exerccio; Colocar os alunos com o rosto voltado para o sol;
Pronunciar as informaes sem clareza ou com baixo tom de voz;
Colocar-se em uma posio onde no possa dominar todo o grupo;
Manter-se imvel e calado; No descrever e demonstrar bem o exerccio;
Na demonstrar interesse pelos alunos que possuam menor habilidade;
Escolher exerccios inadequados s possibilidades tcnicas dos alunos;
Descuidar-se das preocupaes para se evitarem acidentes; Deixar de
aproveitar todas as oportunidades para educar integralmente. Com o
que oi exposto pelo autor, podemos concluir que ns professores de
Educao Fsica, devemos ter inmeros cuidados ao ministrar uma aula de
basquetebol, pelo fato, de que, um erro nosso pode acarretar na
excluso de um aluno do basquetebol e da prtica esportiva. Contudo,
devemos nos apegar nas qualidades citadas pela autor que nos ajudar
a conseguir der um grande xito em nossas aulas de
basquetebol.Segundo Daiuto (1983) um professor de Educao Fsica tem
que ter:Um professor de educao fsica, um educador, ser tanto
melhor, quanto maior for a riqueza de elementos que possuir para
ajudar outra pessoa a dialogar de modo correto com a vida e
realizar, assim, o objetivo para o qual existe. No bastam,
repetimos conhecimentos, cultura, erudio. necessrio intuio
pedaggica, tato, tino, algo indefinvel que se nota em toda vocao
profissional e que e muito mais exigvel quando se trata de educar.
necessrio possuir esprito de educador, ter f e entusiasmo pela obra
a ser cumprida, desenvolver a qualidades essenciais do pedagogo,
que so: amor aos alunos, dedicao, sentido de responsabilidade
social e tica profissional (DAIUTO, 1983, p. 68).No se pode
pretender que o professor seja perfeito, mas imprescindvel que ele
faa todos os esforos para viver com dignidade. Concluo que o papel
do professor na escola, no clube ou em qualquer lugar que atue,
sempre ser o exemplo, o mestre, e no importa, se no construir um
atleta, mas pode ter certeza que o professor estar construindo
homens e mulheres para a vida, esse o primeiro ideal que o
professor tem que ter em mente. A construo do ser humano.5.
ConclusoA iniciao esportiva o primeiro contato da criana com o
esporte. Onde ela aprender os fundamentos bsicos do basquetebol. Na
iniciao ao esporte deve-se optar por uma pratica de ensino
pluralista, onde um maior nmero de movimentos deve ser oferecido,
para um maior repertorio motor. O professor tem que ter um cuidado
especial ao lidar com a iniciao, tentando sempre concili-la com as
fases de desenvolvimento motor e cognitivo citados por Gallahue.
Concordo com os autores, quando eles citam a idade de quatorze anos
para uma especializao esportiva, antes disso estaremos, nos
profissionais de Educao Fsica, colocando em risco a integridade
fsica e mental dos alunos, alm do que, poderemos estar excluindo
estes das praticas esportivas e das atividades fsicas que sero
benficas para a sade delas.A pedagogia esportiva uma rea que vem
crescendo muito, desta forma concluo que, para podermos carregar o
titulo de professor de basquetebol, teremos que em nossos aulas
pedagogizar o basquetebol, afinal de contas no estaremos apenas
ensinando movimentos desportivos e sim criando homens e mulheres
para viver em sociedade, e para isso, ns profissionais da rea,
devemos ter um conhecimento dos nossos alunos, do nosso ambiente de
trabalho, para desta forma chegar nos objetivos almejados, tanto
como na formao de atletas, ou como na formao de cidados para a
vida.Referncias ALMEIDA, Marcos Bezerra de. Basquetebol iniciao.
Rio de Janeiro: Sprint, 1998. BARBANTI, Valdir J. Aptido fsica: Um
convite sade. So Paulo: Manole, 1990. Becker Jr, Benno. Psicologia
aplicada criana no esporte. 1 ed. Novo Hamburgo, Feevale., 2000.
COUTINHO, Nilton Ferreira. Basquetebol na escola. 2.ed. Rio de
Janeiro: Sprint, 2003. DAIUTO, Moacyr. Basquetebol metodologia do
ensino. 5 ed. So Paulo: Brasipal, 1983. DE ROSE JR, Dante. A
criana, o jovem e a competio esportiva: consideraes gerais. In: DE
ROSE JR, Dante (org.). Esporte e atividade fsica na infncia e na
adolescncia: uma abordagem multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed,
2002. FERREIRA, Henrique Barcelos. Iniciao esportiva: uma abordagem
pedaggica sobre o processo de ensino-aprendizagem no basquetebol.
2001. Monografia (graduao em educao fsica bacharelado) Faculdade de
Educao Fsica da Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2001.
GALLAHUE, David L.; OZMUN, John C. Compreendendo o desenvolvimento
motor : bebs, crianas, adolescentes e adultos. 3. ed. So Paulo:
Phorte, 2003 __________.; OZMUN, John C. Compreendendo o
desenvolvimento motor : bebs, crianas, adolescentes e adultos. 3.
ed. So Paulo: Phorte, 2005. HAYWOOD, Kathleen M.; GETCHELL, Nancy.
Desenvolvimento motor ao longo da vida. 3. ed. Porto Alegre:
ARTMED, 2004. LEITE, Paulo Fernando. Aptido fsica, esporte e sade.
1 ed. Belo Horizonte: Santa Edwiges, 1985. LEITE, Werlayne Stuart
Soares. Especializao precoce: os danos causados criana. Revista
Digital. Buenos Aires, ano 12, n 113, outubro 2007.
http://www.efdeportes.com/efd113/especializacao-precoce-os-danos-causados-a-crianca.htm
MIRANDA, Mario Luiz. Iniciao ao jud: Relao com o desenvolvimento
infantil. 2004. Monografia (Graduao em educao fsica) Universidade
Paulista, So Paulo, 2004. MOREIRA, Wagner Wey; SIMES, Regina.
Fenmeno esportivo no inicio de um novo sculo. 1 ed. Campinas:
Unimep, 2000. MOTA, Jorge. Desporto como projecto de sade. In :
GAYA, Adroaldo; MARQUES, Antonio; TANI, Go. (Org.). Desporto para
crianas e jovens: razoes e finalidades. Porto Alegre: Ufrgs, 2004.
NIEMAN, David C. Exerccio e sade. 1 ed. So Paulo: Manole, 1999.
PAES, Roberto Rodrigues; BALBINO, Hermes Ferreira. Processo de
ensino e aprendizagem do basquetebol: perspectivas pedaggicas. In:
DE ROSE JR. Dante; TRICOLI, Volmir. (Org.). Basquetebol: uma viso
integrada entre cincia e prtica. 1 ed. Barueri: Manole, 2005.
_______; OLIVEIRA, Valdomiro de. Pedagogia do basquetebol: novos
conceitos acerca do ensino e do treinamento em duas fases
distintas: fase de iniciao ao jogo e fase de treinamento
especializado. Disponvel em:
http://www.pedagogiadobasquete.com.br/pedagogia.doc. Acesso em: 15
out. 2008. _______; OLIVEIRA, Valdomiro. O processo de
desenvolvimento do talento: "um estudo no basquetebol". Arquivos de
Cincias da Sade da UNIPAR, v. 7, n. 1, p. 63-64, 2004. TUBINO,
Manoel Jos Gomes. Dimenses sociais do esporte. 2. ed. So Paulo:
Cortez, 2001. _______. Teoria geral do esporte. 1 ed. So Paulo:
Ibrasa, 1987. VARGAS NETO, Francisco Xavier de. A iniciao nos
esportes e os riscos de uma especializao precoce. Revista Perfil
Publicao do Curso de Mestrado em Cincias do Movimento Humano/ Esef/
Ufrgs, Porto Alegre, ano III, n.3, p. 70 -76, 1999. WEINECK, Jrgen.
Biologia do Esporte. 7 ed. Barueri: Manole, 2005.