Top Banner
A Fisiologia do Lactato e o Treinamento Esportivo Seção 1 - Terminologia e Conceitos Básicos O que é Lactato? Lactato 1 é um composto orgânico produzido 2 naturalmente no corpo humano e também utilizado como fonte de energia para atividades físicas em gerais. O lactato é encontrado nos músculos, no sangue, e em vários órgãos. A presença de lactato é necessária para que o corpo funcione propriamente. De onde vem o Lactato? A principal fonte de produção de lactato é a quebra de carboidratos chamados de glicogênio. Glicogênio se quebra em uma substância chamada piruvato 3 e produz energia. Geralmente esse processo é referido como Energia Anaeróbia devido a não utilização de Oxigênio. Quando piruvato se quebra ainda mais, esse processo produz ainda mais energia. Esta energia é chamada de energia aeróbia devido a utilização do Oxigênio. Se o piruvato não se quebra, este geralmente é transformado em lactato. Por que Lactato é produzido? Quando o piruvato é produzido, as células musculares tentam utilizá-lo como energia aeróbia. Porém, se as células não são capazes de utilizar todo o piruvato produzido, este se transforma quimicamente em lactato. Algumas células possuem grande capacidade de utilização de piruvato para energia aeróbia enquanto outras possuem uma capacidade limitada. Com o treinamento, as células musculares são capazes de se adaptar a uma maior utilização de piruvato e menor produção de lactato. Quando Lactato é produzido? O lactato está presente no corpo humano quando em repouso, e também durante nossas atividades diárias,
59

A Fisiologia Do Lactato e o Treinamento Esportivo

Jul 25, 2015

Download

Documents

Lactato
Welcome message from author
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
Page 1: A Fisiologia Do Lactato e o Treinamento Esportivo

A Fisiologia do Lactato e o Treinamento Esportivo

Seção 1 - Terminologia e Conceitos Básicos

O que é Lactato? Lactato 1 é um composto orgânico produzido 2 naturalmente no corpo humano e também utilizado como fonte de energia para atividades físicas em gerais. O lactato é encontrado nos músculos, no sangue, e em vários órgãos. A presença de lactato é necessária para que o corpo funcione propriamente.

De onde vem o Lactato? A principal fonte de produção de lactato é a quebra de carboidratos chamados de glicogênio. Glicogênio se quebra em uma substância chamada piruvato 3 e produz energia. Geralmente esse processo é referido como Energia Anaeróbia devido a não utilização de Oxigênio. Quando piruvato se quebra ainda mais, esse processo produz ainda mais energia. Esta energia é chamada de energia aeróbia devido a utilização do Oxigênio. Se o piruvato não se quebra, este geralmente é transformado em lactato.

Por que Lactato é produzido? Quando o piruvato é produzido, as células musculares tentam utilizá-lo como energia aeróbia. Porém, se as células não são capazes de utilizar todo o piruvato produzido, este se transforma quimicamente em lactato. Algumas células possuem grande capacidade de utilização de piruvato para energia aeróbia enquanto outras possuem uma capacidade limitada. Com o treinamento, as células musculares são capazes de se adaptar a uma maior utilização de piruvato e menor produção de lactato.

Quando Lactato é produzido? O lactato está presente no corpo humano quando em repouso, e também durante nossas atividades diárias, apesar de serem níveis muito baixos. Enquanto você lê este documento, o lactato está sendo produzido. Porém, quando a atividade física aumenta em intensidade, também aumenta a produção de piruvato de forma rápida. Devido a sua rápida produção, nem toda a quantidade de piruvato pode ser utilizada para energia aeróbia. O excesso de piruvato então transforma-se em lactato. Está é uma das razões porque lactato é um importante indicador de treinamento. Quando lactato é produzido, isto é uma indicação de que a energia aeróbia está sendo limitada durante a atividade. Quanto mais intensa for a atividade, maior será a produção de lactato. Um maior número de fibras musculares são recrutadas. A maioria dessas fibras não são utilizadas durante repouso ou atividade física leve. Muitas dessas fibras também são fibras de contrações rápidas que não tem a capacidade de utilizar piruvato a mesma proporção que o mesmo é produzido e, portanto, grande quantidade de piruvato acaba sendo transformado em lactato.

Para onde vai o Lactato?

Page 2: A Fisiologia Do Lactato e o Treinamento Esportivo

O lactato é uma substancia dinâmica. Inicialmente quando é produzido, o lactato tem a tendência de sair do músculo onde se encontra, e acaba entrando em outros músculos vizinhos, na corrente sangüínea, ou no espaço entre células musculares contendo uma menor concentração de lactato. O mesmo pode rumar para outros músculos ou até em algum outro lugar no corpo. Quando o lactato é recebido em um músculo qualquer provavelmente será transformado novamente em piruvato para ser utilizado como energia aeróbia. O treinamento aumenta a produção das enzimas que são reponsáveis pela conversão de lactato em piruvato e vice-versa. O lactato pode ser utilizado como combustível pelo coração, e também pode ser convertido novamente em glucose e glicogênio no fígado. O lactato pode se mover rapidamente de uma parte do corpo para outra. Há algumas evidências em que certas quantidades de lactato podem também ser transformadas em glicogênio nos próprios músculos. Normalmente, os músculos que tem a capacidade de utilizar piruvato como fonte de energia, buscam o mesmo na reserva armazenada pelo próprio músculo. O lactato pode também ser transportado pela corrente sangüínea aos músculos relativamente inativos, como os braços de um corredor.

O Lactato é nocivo? Sim e não, predominantemente não. Quando o lactato é produzido nos músculos, íons de hidrogênio também são produzidos em excesso. Se houver um grande acúmulo destes íons, o músculo torna-se ácido, causando problemas nas contrações musculares durante exercício físico. Atletas descrevem este fenômeno como uma sensação de "queimação" ou "endurecimento" assim como uma redução no nível de performance. A grande maioria destes íons de hidrogênio são produzidos juntos com o lactato, e na verdade o lactato não causa fadiga muscular, mas sim o aumento do nível de acidez muscular. Apesar de não ser uma sensação agradável para o atleta, a "queimação" ou "endurecimento" são mecanismos de defesa contra a danificações musculares. Altos níveis de acidez podem danificar as fibras musculares de forma séria. Também existem algumas especulações de que o "overtraining" é causado por constantes treinamentos que produzem altos níveis de acidez.

Como medir o nível de Lactato? A grande maioria das medidas de lactato utilizam amostras sangüínea, apesar de alguns pesquisadores terem usado amostras musculares. Existe uma relação entre o lactato muscular e o lactato sangüíneo. Quando uma amostra de sangue é utilizada, a quantidade de lactato no sangue é expressada como uma concentração de milimols por litro. Como exemplo, os níveis de lactato em humanos durante repouso estão geralmente entre 1.0 mmol/l e 2.0 mmol/l. Os níveis de lactato em alguns atletas já foram encontrados entre 25.0-30.0 mmol/l apesar de níveis tão altos serem raros.

Deve o atleta se interessar por Lactato? Sem dúvida por duas razões:

Primeiro, se um atleta conseguir reduzir a produção de lactato ou reduzir o período necessário para eliminação do mesmo, ele também reduzira a produção e eliminação dos íons de hidrogênio que afetam o nível de performance muscular. Recentes pesquisas indicam que apesar de reduzir a produção do lactato ser um fator importante, talvez mais importante ainda seja o fator da redução do período

Page 3: A Fisiologia Do Lactato e o Treinamento Esportivo

necessário para "remover" o lactato dos músculos. Quando o atleta está bem treinado, o corpo se torna capaz de transportar o lactato produzido para um outro local qualquer, e diminuindo assim o problema de alta concentração de lactato no mesmo músculo. Isto quer dizer que o atleta será capaz de manter um alto nível de intensidade por mais tempo se o corpo está treinado a "remover" o lactato de forma rápida. (Veja a seção sobre A Produção e Remoção do Lactato, e o Treinamento em Resistência. - em Inglês)

Segundo, em eventos em que a duração é menor de dez minutos (natação - velocidade e meio-fundo, remo, atletismo, ciclismo - alta velocidade, e muitas provas de corrida), a habilidade de produzir grandes quantidades de energia na parte final destes eventos é crítica para o desempenho de alto nível. A presença de lactato no sangue indica o nível de energia que está sendo produzida. Portanto uma das maneiras mais efetivas para se testar o nível de energia que o atleta é capaz de produzir na parte final de um certo evento, é medir a quantidade de lactato no sangue depois de um esforço máximo. Quanto mais alto, melhor.

O que significa o termo "remoção"? O termo "remoção" pode ser utilizado para descrever os efeitos de dois processos diferentes mas interligados. Primeiro, o termo "remoção" é utilizado como referência ao processo pelo qual o lactato é removido dos músculos. Evidências desse fator podem ser vista pelo aumento dos níveis de lactato no sangue quando o mesmo abandona o músculo onde foi produzido. Esse processo é também esperado considerando-se que lactato se direciona partindo de áreas de alta concentração do mesmo, para áreas de menor concentração. Segundo, o termo "remoção" também refere-se a remoção do lactato da corrente sangüínea (Vide parágrafo acima sobre "Para onde vai o Lactato?"). Este processo é também chamado de desaparecimento do lactato. Quando o lactato é observado no sangue do atleta, o técnico está, na realidade, observando uma combinação dos processos de produção e remoção. Durante um "estado de equilíbrio", a produção e remoção do lactato se cancelam, e portanto não há acúmulo. A limpeza do lactato do sangue auxilia na limpeza de lactato nos músculos, os quais são os mais afetados. Este é um dos conceitos mais importantes para o treinamento.

O que significa o "estado de equilíbrio"? Quando o atleta pratica um certo exercício a um ritmo e velocidade constantes por um longo período de tempo, o mesmo atleta está realizando um treinamento em estado de equilíbrio. Os níveis de lactato durante este período podem flutuar um pouco no início da atividade, mas eventualmente se equilibram em um nível constante. Alguns técnicos definem treinamento em "estado de equilíbrio" como aqueles em que o batimento cardíaco é constante. Porém, ambos tipos de treinamento não produzem os mesmos efeitos fisiológicos. Leia A Freqüência Cardíaca e o Lactato. O máximo estado de equilíbrio em velocidade ou esforço que produz um nível fixo de lactato é chamado de Limiar Lático. Este será discutido em mais detalhes na seção Lactato e o Limiar para o Treinamento.

O que representam os níveis de Lactato para o atleta? -

Page 4: A Fisiologia Do Lactato e o Treinamento Esportivo

O acompanhamento dos níveis de lactato possuem duas utilizações de alta importância:

Primeiramente, o lactato é um dos melhores indicadores da evolução do treinamento. Existem três áreas de importância em que a análise do lactato assume grande relevância.

SISTEMA AERÓBIO - Uma das melhores medidas do sistema aeróbio é a velocidade ou esforço físico no nível de Limiar Lático. Um outro método é utilizar um ponto fixo de referência como 4 MMOL/L 4 de lactato. Alguns programas medem o esforço e velocidade necessários para se produzir 4 MMOL/L, mantendo um controle freqüente dos resultados. Quanto maior a velocidade ou esforço necessário para se produzir o mesmo nível de lactato, mais eficiente se torna o sistema aeróbio.

SISTEMA ANAERÓBIO - Níveis máximos de lactato tem sido aceitos como a medida da quantidade de energia sendo produzida pelo sistema anaeróbio. Quando um atleta executa certa atividade à um esforço máximo, grandes quantidades de lactato são produzidas. Em condições iguais, quanto mais treinado é o sistema anaeróbio, maiores os níveis de lactato produzidos em um esforço máximo. Por exemplo, se o atleta consegue aumentar a quantidade de lactato produzida sob um esforço máximo de 10 MMOL/L para 13 MMOL/L, considerando condições iguais, o mesmo atleta será capaz de completar uma certa distância em tempo menor.

RELAÇÃO ENTRE OS SISTEMAS AERÓBIO E ANAERÓBIO - Também considerada como medida importante porém menos utilizada como indicador de adaptações atléticas. A maneira mais eficiente para análise dessa relação é um teste físico gradual (mais detalhes na seção Teste de Lactato - Básico - em Espanhol). Este é descrito pela razão de acúmulo de lactato no sangue em relação a intensidade do exercício. Dependendo do esporte ou evento, esta medida pode ser tão importante quanto as duas anteriores: dois atletas podem produzir níveis de lactato em razões diferentes quando a intensidade do esforço físico é elevada gradualmente. Em eventos ou esportes que requerem abundante participação do sistema anaeróbio, quanto mais lenta a acumulação de lactato, melhor a performance. Se dois atletas apresentam resultados similares nos testes dos sistemas aeróbio e anaeróbio, mas também apresentam consideráveis diferenças na razão de acúmulo de lactato, os mesmos atletas produzirão resultados diferentes. O atleta que possui uma tendência de lento acúmulo apresentará melhores resultados.

A literatura encontrada sobre esse fenômeno é limitada. Leitores interessados sobre mais detalhes devem ser referir a seção sobre natação. Mais informações e gráficos também podem ser encontrados na seção Teste de Lactato - Avançado. (em Espanhol)

Page 5: A Fisiologia Do Lactato e o Treinamento Esportivo

Segundo, O lactato é a melhor medida de intensidade de treinamento. A presença de lactato no sangue é uma indicação de que o sistema aeróbio não está sendo capaz de suportar a demanda de energia necessária para se completar a atividade. O objetivo do técnico é que o treinamento produza o stress necessário no metabolismo, nem acima e nem abaixo.

Similarmente, se o objetivo é o treinamento do sistema anaeróbio, a quantidade de lactato produzida é indicativa do sucesso do treinamento ou série específica.

Alto da Página | Página principal | Página principal en Español | English Home Page

A Fisiologia do Lactato e o Treinamento Esportivo

Seção 1 - Terminologia e Conceitos Básicos. Seção 2 - Lactato e o Limiar para o Treinamento. Seção 3 - Razões para Utilizar a Análise de Lactato. (em Inglês) Seção 4 - O Lactato e os Sistemas Energéticos. (em Inglês) Seção 5 - A Produção e a Remoção do Lactato, e o Treinamento de Resistência. (em

Inglês) Freqüência Cardíaca e o Lactato.

A Análise do Lactato

Teste de Lactato - Conceitos Básicos (em Espanhol) Teste de Lactato - Conceitos Básicos (em Inglês) Teste de Lactato - Conceitos Avançados (em Espanhol) Teste de Lactato - Conceitos Avançados (em Inglês)

Perguntas, Comentários e Informações sobre Pedidos.888-474-5239 (U.S.A. e Canadá)

914-747-8572 | 914-741-5623 (fax)Mande seu e-mail para:[email protected].

Traduzido por A. Albiero, Kenyon College (USA) e São Paulo, Brasil Para traduções em Português/Inglês/Espanhol contatar a [email protected]

Atualizado 30 de decembro 1998. Conteúdo © Sports Resource Group, Inc.

Page 6: A Fisiologia Do Lactato e o Treinamento Esportivo

NOTAS

1. O termo Lactato é utilizado apesar do termo ácido lático ser mais apropriado tecnicamente. Porém, isto não deve interferir na interpretação deste documento. (voltar)

2. Um composto orgânico é composto por: carbono, oxigênio, e hidrogênio. A fórmula química do Lactato C3H5O3. (voltar)

3. A fórmula química de "piruvato" é C3H3O3. É muito similar ao lactato. (voltar)

4.Não há nada mágico sobre 4 MMOL/L de Lactato. É apenas um número conveniente para comparação entre analises diferentes. Para uma grande porcentagem de atletas o Lactato Limiar é encontrado em torno de 4 MMOL/L.(voltar)

A Fisiologia do Lactato e o Treinamento Esportivo

Seção 2 - Lactato e os Limiares para Treinamento

O que é o Limiar Anaeróbico e como ele é relacionado com o lactato? Está foi e ainda é uma área de certa controvérsia. Não há um claro consenso sobre o que este termo significa e muitos cientistas esportivos preferem eliminar este termo em geral. Porém, o termo é ainda regularmente utilizado por técnicos, livros sobre treinamento e por alguns cientistas esportivos. Se há uma falta de concordância na terminologia, há pouca discordância nos conceitos de treinamento associado com tal terminologia. Inicialmente, alguns cientistas esportivos pensavam que houvesse um ponto de esforço onde o corpo passasse a utilizar energia anaeróbia. Este ponto correspondia a uma repentina mudança nos padrões de consumo de oxigênio comparado com a produção de dióxido de carbono assim como rápida acumulação de lactato no sangue 5 . O motivo para este rápido acúmulo é a maior utilização do sistema anaeróbio devido à falta de oxigênio. Portanto este ponto foi chamado de Limiar Anaeróbio. Atualmente, muitos cientistas preferem não utilizar o termo Limiar Anaeróbio. Já que isto pouco se deve a uma possível redução de oxigênio. Muitos cientistas tem utilizado termos diferentes como "Limiar Lático" ou "Início da Acumulação de Lactato no Sangue". Porém, o termo Limiar Anaeróbio continua

Page 7: A Fisiologia Do Lactato e o Treinamento Esportivo

sendo o termo favorito utilizado por técnicos e atletas. A abreviação LA (Limiar Anaeróbio) tem se tornado parte integral da terminologia de treinamento. O termo Limiar Anaeróbio é utilizado para descrever o fenômeno que ocorre com todos os atletas - sendo o máximo esforço ou velocidade em que se produz um nível constante de lactato no sangue. Qualquer aumento acima deste nível tanto em velocidade ou esforço, causará um aumento continuo do lactato ou ácido lático, o que pode eventualmente causar o atleta a encerrar a atividade. A eventual cessação da atividade dependerá do evento ou tipo de atividade, tipo do atleta (força e resistência) e condicionamento. Outros termos comumente utilizados são "Estado Máximo de Equilíbrio de Lactato" (EMEL) e "Limiar Anaeróbio Individual" (LAI). O termo LAI tornou-se popular pois muitos originalmente pensavam que o Limiar Anaeróbio quase sempre se encontra em torno de 4 mmol/l 6 . Vários cientistas esportivos tentaram enfatizar que o Limiar Anaeróbio ocorre em diferentes níveis de acumulação entre 2 MMOL/L e 6 MMOL/L. O Limiar Anaeróbio também pode variar entre esportes para um mesmo indivíduo. Atletas que participam em triathlons não devem utilizar níveis fixos de lactato para todas as modalidades envolvidas. Em nossos documentos estamos utilizando o termo "Limiar Anaeróbio", mas mais recentemente passamos a utilizar o termo "Limiar Lático" (LL) para descrever o EMEL. Também não há um consenso quanto à significância deste termo. Uma alternativa para o uso do termo é a descrição e um nível de lactato de 1 MMOL/L acima do nível de base (considerada a quantidade de lactato produzida em um ritmo lento utilizado para recuperação ou aquecimento). Este é aproximadamente o nível de lactato mantido por um maratonista durante a prova. O aumento nos níveis de lactato é uma indicação de que algumas fibras musculares não estão sendo capazes de agüentar a carga aeróbicamente. Porém outras fibras tem a plena capacidade aeróbia, e estas acabam utilizando o lactato produzido nas fibras de capacidade limitada. Abaixo do Limiar Lático, todo o lactato produzido está sendo utilizado para energia aeróbia. Quando medimos o lactato na corrente sangüínea, estamos medindo a quantidade de lactato em movimento. Grandes quantidades do mesmo acabam se locomovendo para fibras com capacidade aeróbia disponível e acabam sendo convertidas novamente em piruvato e processadas aeróbicamente. Acima do Limiar Lático, o mesmo é acumulado devido ao corpo não ser capaz de utilizá-lo. Alguns cientistas esportivos referem-se a ambos limiares, um correspondente a 1 MMOL/L acima do nível de base, e o outro correspondente ao EMEL. Diferentes programs de treinamento utilizam níveis diferentes como o LL. A idéia básica e que a maioria dos programas são construídos em torno do Limiar Lático ou Estado Máximo de Equilíbrio de lactato.

Por que são importantes estes limiares? Acabamos de mencionar que o ritmo que produz 1.0 MMOL/L. acima do nível de base corresponde a aproximadamente ao ritmo de uma maratona. Portanto, é de alta importância que corredores de longa distância estejam cientes deste nível e analisem seu progresso através de possíveis mudanças deste ponto relacionadas com o treinamento. Um atleta bem condicionado pode correr, pedalar, nadar, ou remar por

Page 8: A Fisiologia Do Lactato e o Treinamento Esportivo

um período extensivo neste ritmo. Triatletas que participam do "Ironman Triathlon" também competem a níveis similares. Para a maioria dos atletas, o outro limiar ou "Limiar Lático" é o ritmo mais importante para se conhecer. O Limiar Lático (lembre-se que estamos utilizando o termo no sentido de Estado Máximo de Equilíbrio de lactato) é o ritmo mais forte que um atleta consegue manter sem que haja um acúmulo adicional de lactato. Muitos técnicos acreditam que este ritmo envolve um maior stress na musculatura. Obviamente, se o atleta aumentar seu ritmo, haverá um ainda maior stress muscular e uma maior adaptação de fibras que normalmente não são recrutadas até que níveis acima do Limiar Lático sejam atingidos. Porém, esforços acima do Limiar Lático geram excesso na produção e acúmulo de lactato, e consequentemente um menor período de esforço muscular. Portanto o volume total da atividade é também menor. Freqüentes esforços a níveis acima do Limiar Lático podem danificar a estrutura das células musculares.

Por quanto tempo pode um atleta manter o nível de esforço nestes limiares? Obviamente isto varia dependendo da condição física do atleta, treinamentos recentes, composição muscular, dieta alimentar, tolerância por desconforto, condições do meio-ambiente, e outros fatores. O ritmo de 1.0 MMOL/L acima do nível de base pode ser mantido por longos períodos de tempos. O atleta está queimando grande porcentagem de gordura como fonte de energia neste ritmo. Há uma quantidade substancial de gordura presente no corpo humano que pode durar longos períodos (mesmo se o indivíduo possuir baixos níveis de gordura corporal). Uma grande porcentagem do treinamento para corredores de longa distancia é direcionada a treinar os músculos para utilização de gordura como fonte de energia.

Um atleta pode normalmente treinar no Limiar Lático por aproximadamente 60 a 90 minutos. O fator limitante passa a ser a fonte de energia (glicogênio), o que dependerá’ de treinamentos anteriores e dieta alimentar. Quando o suprimento de glicogênio atinge níveis extremamente baixos, os músculos não são capazes de manter o ritmo ou esforço no Limiar Lático. O corpo precisará entre 36 e 72 horas para que as reservas de glicogênio sejam elevadas novamente.

Vamos ilustrar a importância do glicogênio utilizando dois jogos de hockey no gelo. Alguns anos atrás, quatro times estavam competindo pelo Campeonato Americano Universitário (NCAA). As semifinais estavam sendo disputadas durante uma sexta-feira e a partida final seria disputada no dia seguinte, sábado, envolvendo os dois times vencedores devido a razões financeiras. Uma vez que hockey não atrai muitos espectadores de televisão a maioria dos fundos gerados acontecem por meio de público pagante, e os jogos devem seguir em seqüência rápida. Uma das semifinais foi concluída durante o período regulamentar. A segunda semi-final só foi concluída após três períodos de prorrogação de 20 minutos cada. Se você já assistiu a um jogo de hockey, sabe que é um dos mais intensos esportes no planeta. Durante uma prorrogação de morte súbita só há uma intensidade...máxima !! Os times envolvidos no jogo de longa duração utilizaram uma alta quantidade de energia anaeróbia e glicogênio. Durante o jogo final o time que avançou as finais de maneira mais rápida destruiu o time que lutou por três prorrogações. Um analista de televisão fez o comentário de que o time perdedor esteve passando por um período de fraqueza

Page 9: A Fisiologia Do Lactato e o Treinamento Esportivo

psicológica. Sem sentido !! As reservas de glicogênio estavam a níveis extremamente baixos, e portanto não efetivas como fonte de energia. A jogo final aconteceu apenas 24 horas após o jogo anterior.

Similarmente, um atleta que participa de um longo treinamento no Limiar Lático ou acima, não será capaz de completar um treinamento similar até que suas reservas de glicogênio estejam novamente repletas. Porém, nem todo o atleta reage da mesma maneira. Sabemos de uma maratonista que realiza uma substancial porcentagem do seu treinamento acima do Limiar Lático e é uma das melhores dos Estados Unidos. Por outro lado, também sabemos de uma triatleta que é uma das melhores de todos os tempos, mas não é capaz de manter freqüentes sessões de treinamento acima do limiar.

Deve um atleta treinar a níveis acima do Limiar Lático? Certamente. A questão aqui é a quantidade de treinamento que deve ser feita acima do Limiar Lático. Como já mostrado anteriormente, isto pode variar de atleta para atleta. Esta é uma área de muita controvérsia. Existem estudos que nos provam que treinamentos de alta intensidade geram excelentes resultados, mas também existem estudos que mostram níveis de intensidade menores produzindo os melhores resultados. Um técnico comentou: "se há um período limitado para treinamento, a inclusão de um alto número de sessões de treinamento de alta intensidade deve estar presente." Um outro técnico, adotando uma posição diferente, colocou: "o atleta deve estar treinando para treinar". No início da temporada, os treinamentos são geralmente abaixo do limiar para que o atleta desenvolva a base do treinamento, e para que esteja melhor preparado para uma carga maior de treinamento mais tarde na temporada ou até em anos futuros. O mesmo técnico descreve o treinamento como uma escada (ou degraus sucessivos). O atleta deve treinar no primeiro nível para que possa atingir o segundo nível. Conforme as adaptações ao treinamento vão surgindo, o corpo está se preparando cada vez mais para os treinos de alta intensidade mais ao final da temporada. Obviamente, este modelo depende muito do esporte, tempo disponível para o treinamento, e também deve se levar em conta o calendário de competições.

Quais são os tipos de testes utilizados para determinação do Limiar Lático? Existem alguns tipos de testes que medem a quantidade de lactato produzida por um atleta. Estes testes são comumente referidos como "protocolos". O teste mais comum é o teste chamado "Teste de Exercício Gradual", também conhecido como "Teste Progressivo". Este teste é composto por uma série de exercícios de intensidades crescentes. Mais descrições sobre estes testes podem ser encontrados na seção Teste de Lactato - Conceitos Básicos (em Espanhol). Dependendo do esporte, o atleta pode pedalar uma bicicleta em uma pista de corrida ou uma bicicleta ergométrica, nadar na piscina, correr em uma pista ou esteira, ou completar alguma outra forma de exercício controlado. O teste é iniciado a níveis baixos de esforço. Após o término do exercício, o técnico ou cientista esportivo medirá a quantidade de lactato no sangue, assim como outras medidas de batimento cardíaco, consumo de oxigênio, etc. O próximo estágio é realizado a um nível de esforço maior e assim por diante. Mais detalhes na seção Teste de Lactato -

Page 10: A Fisiologia Do Lactato e o Treinamento Esportivo

Conceitos Básicos (em Espanhol). O teste é completado quando o atleta completar a atividade em um nível que o levará a exaustão. Durante todos os níveis e mesmo até o nível de exaustão, medidas de lactato são tomadas. (Este protocolo pode soar complicado. Medidas de lactato podem ser facilmente obtidas com um Analisador de Lactato Portátil; batimento cardíaco pode ser acessado por monitores de batimento cardíaco. Geralmente, um técnico ou assistente com pouca experiência é capaz de obter todas estas medidas sem interromper a atividade. Nós sabemos de atletas experientes que conduziram e participaram em testes sem nenhuma ajuda ou suporte extra em uma bicicleta ergométrica. Porém, alguns atletas apresentaram dificuldades na tomada de seu próprio sangue para a análise de lactato durante esforços muito acima do limiar.) A partir deste teste, o técnico pode estimar o Limiar Lático. Enfatizamos a palavra "estimar". Este tipo de teste limitará a zona de efeito do Limiar Lático, e técnicos experientes serão capaz de determinar a zona de efeito do Limiar Lático bem perto da realidade se o técnico conhecer bem o atleta e entender o formato da curva de lactato. Técnicos devem utilizar um teste de confirmação só para se ter certeza do Limiar Lático estabelecido. Este teste é apenas uma sessão de treinamento desenvolvida em torno do estimado valor do Limiar Lático. O técnico deve utilizar algumas analises de lactato durante o treinamento para se ter certeza que o atleta está praticando a atividade no limiar.

Com a exceção do tipo físico e da condição física do atleta, quais os fatores que podem afetar o Limiar Lático?

Existem alguns fatores dos quais os técnicos devem estar cientes. Mais detalhes na seção Teste de Lactato - Conceitos Básicos (em Espanhol). Essencialmente o técnico envolvido com o teste e análise de lactato deve ser o mais consistente possível de um teste para o outro. O mesmo protocolo deve ser utilizado a cada teste. O atleta deve estar descansado, o teste deve ser feito a mesma hora do dia, preferivelmente no mesmo dia da semana. A dieta também deve ser controlada para que o atleta tenha consumido suficiente carboidratos, e limitado consumo de cafeína antes do teste. Umidade, temperatura e altitude também devem ser controlados. Isto parece ser impossível. Não! O controle de todos os detalhes envolve basicamente estar ciente dos mesmos. Por outro lado, estes fatores podem afetar qualquer teste físico, e não somente o teste de lactato.

Alto da Página | Página principal | Página principal en Español | English Home Page

A Fisiologia do Lactato e o Treinamento Esportivo

Seção 1 - Terminologia e Conceitos Básicos. Seção 2 - Lactato e o Limiar para o Treinamento. Seção 3 - Razões para Utilizar a Análise de Lactato. (em Inglês) Seção 4 - O Lactato e os Sistemas Energéticos. (em Inglês) Seção 5 - A Produção e a Remoção do Lactato, e o Treinamento de Resistência. (em

Inglês) Freqüência Cardíaca e o Lactato.

Page 11: A Fisiologia Do Lactato e o Treinamento Esportivo

A Análise do Lactato

Teste de Lactato - Conceitos Básicos (em Espanhol) Teste de Lactato - Conceitos Básicos (em Inglês) Teste de Lactato - Conceitos Avançados (em Espanhol) Teste de Lactato - Conceitos Avançados (em Inglês)

Perguntas, Comentários e Informações sobre Pedidos.888-474-5239 (U.S.A. e Canadá)

914-747-8572 | 914-741-5623 (fax)Mande seu e-mail para:[email protected].

Traduzido por A. Albiero, Kenyon College (USA) e São Paulo, Brasil Atualizado 30 de decembroo 1998. Conteúdo © Sports Resource Group, Inc.

NOTAS

5. O termo "Limiar Ventilatório" (LV) é considerado o ponto onde há uma súbita mudança nos padrões de oxigênio e dióxido de carbono. Este ponto acontece bem próximo do Limiar Lático e muitos assumem que as mesmas condições estão causando ambos limiares. Porém, os dois limiares foram determinados não-relacionados. Para atletas saudáveis, ambos pontos ocorrem bem próximos um do outro, e pode se determinar o Limiar Lático através do Limiar Ventilatório. Enquanto a informação sobre a utilização do oxigênio e eliminação do dióxido de carbono são dados de alto valor, a determinação do Limiar Ventilatório pode apresentar problemas devido aos dados obtidos não serem claros.(voltar)

6.Em uma grande porcentagem de estudos originais sobre Lactato, a quantidade média de Lactato encontrada no sangue durante o Estado Máximo de Equilíbrio de Lactato (EMEL) ou Limiar Lático (LL) foi de 4.0 MMOL/ L.(voltar)

Lactate Physiology and Sports TrainingPart 3 -Reasons for Lactate Testing

Page 12: A Fisiologia Do Lactato e o Treinamento Esportivo

So, why measure lactate? Basically there are five very important reasons to measure lactate for an athlete. Some coaches have suggested a sixth. These are:

1. Measuring lactate levels provides the best measure of the stress exerted on the muscles during a workout.

When a coach specifies the intensity or speed of a workout, the coach should know the lactate that this intensity or speed will generate. Otherwise they are guessing what the workout will accomplish. When an athlete produces lactate in a certain muscle group, it means that some of those muscles can no longer process all the needed fuel aerobically. The amount of lactate produced is an indication of how limited the aerobic energy system is in the exercised muscles. Exceeding the current limit of aerobic metabolism is what will cause the muscles to adapt and eventually process more fuel aerobically. Up to a point, the more stress placed on a muscle's metabolism, the more adaptation will take place. It will never be possible to process all fuel aerobically, but most athletic events depend on high levels of aerobic processing capacity. Eventually the athlete will start to see lower lactate levels at every sub maximal effort as the muscles process more energy aerobically. Because the amount of lactate generated at a specific effort shows the limits of aerobic metabolism it is the best measure of the stress a specific exercise program is generating. When a coach knows the lactate profile for each athlete (they will all be different), the coach can specify individual training programs. Athletes will all respond differently to the training programs, too. Without lactate tests there is a lot of guessing. Good coaches are excellent guessers but even they may not be sure about every athlete. Until recently, a laboratory was the only place you could measure lactate. So coaches and athletes have relied on imprecise measures of metabolic stress such as heart rates, perceived effort or distance tests. However, with the introduction of a portable lactate device it is possible for coaches to measure lactate anywhere, in the gym, at the pool, on the track, on the road, on the water, at the rink, on the ski trails and slopes and even at the top of a mountain. Other methods of measuring stress are either imprecise or very impractical. When using heart rates to estimate the stress put on an athlete's muscles, a coach is substituting this measurement for lactate levels. But this is a hit-or-miss proposition. The stress in the muscles associated with a particular heart rate or percent of maximum heart rate can vary substantially from athlete to athlete. So without a link to lactate levels, heart rates can be very imprecise.(See section on Heart Rates and Lactate.) Nearly every article or book on the use of heart rate training discusses the importance of measuring lactate but says that it is impractical for the typical athlete because of cost or the unavailability of lactate testing equipment. However, given that there is now a 4 oz lactate analyzer that is quick and easy to use, can be taken just about anywhere and provides laboratory accuracy, it is difficult to say that measuring lactate is impractical6. When calibrated by occasional lactate testing, heart rates can be a very useful indicator of the intensity of a workout. But for some situations heart rates and perceived effort will always be very poor measures and are rarely a good surrogate for lactate testing. Neither will tell the coach how well an athlete is clearing lactate from his or her system. And above the lactate threshold

Page 13: A Fisiologia Do Lactato e o Treinamento Esportivo

heart rates are very constant and are not an indicator of what is happening in the muscles. Another method often used to measure fitness or intensity of training is oxygen consumption (VO2). While it is desirable to have very high aerobic capacity, it is important to emphasize here that a large percentage of aerobic training has little to do with increasing the ability of the athlete to provide more oxygen to the muscles. Very often there is plenty of oxygen available to the athlete's muscle cells. Factors other than lack of oxygen limit the aerobic process. One of the most important limitations of aerobic metabolism is the lack of sufficient enzymes to facilitate the aerobic process. Another important factor is that the parts of muscle cells called mitochondria, which are necessary for the aerobic process, may not be dense enough to produce all the energy that is required. Both enzymes and mitochondria will increase with training of the specific muscles. Hence an emphasis on improving the body's ability to process oxygen may provide only limited performance benefits if the specific muscles used in competition are not also being trained. While the ability to process large amounts of oxygen is very important especially during competition, the muscles involved in the exercise must be able to utilize the oxygen.

2. Measuring lactate is the best way to find the lactate threshold (LT). We have pointed out that the lactate threshold is an important marker for athletic training. Exercise at this effort level is thought to generate the most stress possible during a workout. However, unless a coach knows the LT of each athlete they are just guessing how best to train them. Several surrogate tests have been developed because lactate testing was not readily available until recently, but none is as accurate as actual lactate measurement. Athletes may go through several different types of protocols to estimate the threshold and then not be sure if the right effort has been chosen. One coach said that after a year of working with an athlete, he could estimate the threshold to within a couple of beats using a heart rate monitor. A exercise physiologist listening to the coach describe the series of tests his athletes went through said:

Why don't you just measure it? It won't take a year or a week. It can be done in an hour and then verified in a half hour during a scheduled workout. When it is over you will know a lot more than what the heart rate monitor will tell you by itself.

3. Measuring maximum lactate production is an excellent and easy way to assess the anaerobic system.

Speed requires that muscles produce energy as quickly as possible. Thus, at high speeds, athletes produce large amounts of lactate very quickly. The level of lactate in the blood is one of the best measures of how fast the muscles are producing energy and how fast the athlete can go (the higher the lactate the better). As an athlete gets nearer to a major competition, the anaerobic system should be trained more intensely so that the athlete is ready for the important race. While many athletes spend a lot of their training trying to limit production of lactate and shuttle it quickly from one muscle to another, they also train to produce as much lactate as possible at race time. So for peak performance athletes train their

Page 14: A Fisiologia Do Lactato e o Treinamento Esportivo

bodies to simultaneously produce large amounts of lactate in one energy system and limit it in another. We call this the Lactate Training Paradox. There are two caveats that go with training the anaerobic system and its measurement. The first is that too much training to produce high lactates could negatively affect the training of other energy systems, especially the aerobic system. The second thing a coach should be aware of is that it is not possible to compare one athlete to another using this measurement. Because one athlete has higher levels of blood lactate than another after a maximal effort does not mean that the athlete with the higher blood lactate readings will produce a faster time or a greater anaerobic effort. But an athlete's highest max lactate is often prduced by a personal best time.

4. Measuring lactate is necessary because too much lactate in the muscles can cause muscle damage.

We have just pointed out that generating lactate is essential for adaptation. Also we have discussed why generating high lactate levels in a competition is essential for a good performance. However, producing too much lactate too often can be harmful. Frequent production of high lactate can cause muscle damage and impair performance, sometimes for extended periods of time. Thus a coach should be aware of how often the athlete is entering the danger zones of high lactate and acid production. As mentioned above, heart rates and perceived effort are poor indicators of this type of stress. Every athlete has felt the pain and the inability to use muscles normally at high levels of intensity. Current thinking of sports scientists indicates that it is not the lactate itself that produces the pain. They believe that it is the acidic condition produced by hydrogen ions when the lactate is created that is the cause of the problem. However, by controlling the lactate in the muscles an athlete can control this acidic condition. About 85% of the hydrogen ions produced in the muscle during exercise are produced with the lactate and most are cleared with the lactate. This leads us to the fifth reason for measuring lactate.

5. Measuring lactate allows a coach to assess how well an athlete is clearing lactate from the fast twitch muscles and using it elsewhere.

We will discuss this important aspect of training several times. It seems that the ability to clear lactate from the muscles where it is produced is one of the important effects of training for nearly every athlete. In competition, if athletes are able to clear lactate quickly, then they will be able to utilize the fast twitch muscles for a longer time before high acid levels shut them down. During workouts, if athletes can clear lactate from the muscles quickly, they will be able to repeat high intensity sets or routines more often. Coaches should be aware of how long it takes an athlete to clear lactate and what level of recovery effort speeds this clearance. If a coach observes an unfavorable change in clearance patterns, it may indicate either a potential problem with the athlete or the training. In either case the coach will know that something has to be done to reverse the unfavorable trend.

6. Measuring lactate encourages the athlete's interest in his or her own training program.

Several coaches have told us that after they started measuring lactate, many of their athletes became much more interested in doing their workouts. They were very interested in what the test results might be telling the coach. The coaches said that

Page 15: A Fisiologia Do Lactato e o Treinamento Esportivo

both they and their athletes started to understand more clearly the factors affecting the athlete's performance.

One last question: Who should use lactate testing? This question provokes a lot of strong reactions. We are selling lactate analyzers so we are suspect. However, we will give you our answer anyway. We believe that any athlete who is physically and emotionally mature and is serious about training can benefit from lactate testing. Notice we did not mention anything about elite. We have witnessed several athletes who are very serious about their sport and want to do the best they can. They would be thrilled to be a contributor on a Division III collegiate athletic team or qualify for the Ironman championship. They are far from elite but are just as serious about their sport as those going to Olympic trials. They will benefit just as much from lactate testing as the Olympic finalist. They may finish 3 hours behind the winner at the Ironman but they are ecstatic about their performance. If someone is going to put in the long and arduous hours to train for an event, they should make the most of those hours.

Lactate tests require that the coach be very conscientious in conducting the test. Thus, lactate testing should only be done in carefully controlled situations. This doesn't mean that the cyclist cannot take a lactate test while on the road. It just means that every test should follow proper handling procedures for accuracy as well as sanitary reasons.

Alto da Página | Página principal | Página principal en Español | English Home Page

A Fisiologia do Lactato e o Treinamento Esportivo

Seção 1 - Terminologia e Conceitos Básicos. Seção 2 - Lactato e o Limiar para o Treinamento. Seção 3 - Razões para Utilizar a Análise de Lactato. (em Inglês) Seção 4 - O Lactato e os Sistemas Energéticos. (em Inglês) Seção 5 - A Produção e a Remoção do Lactato, e o Treinamento de Resistência. (em

Inglês) Freqüência Cardíaca e o Lactato.

A Análise do Lactato

Teste de Lactato - Conceitos Básicos (em Espanhol) Teste de Lactato - Conceitos Básicos (em Inglês) Teste de Lactato - Conceitos Avançados (em Espanhol) Teste de Lactato - Conceitos Avançados (em Inglês)

Page 16: A Fisiologia Do Lactato e o Treinamento Esportivo

Perguntas, Comentários e Informações sobre Pedidos.888-474-5239 (U.S.A. e Canadá)

914-747-8572 | 914-741-5623 (fax)Mande seu e-mail para:[email protected].

Atualizado 30 de decembro 1998. Conteúdo © Sports Resource Group, Inc.

Notes

6. An elite cross country ski coach now uses the Accusport lactate analyzer in sub freezing weather. This coach has built a box with a warmer and keeps the Accusport in it till he needs to measure an athlete's lactate.

Lactate Physiology and Sports TrainingPart 4 - Lactate and Energy Systems

A large percentage of athletic training has the objective of producing adaptations in the body's energy systems both, anaerobic and aerobic. Athletes train so they can perform for a longer period of time and at higher intensities. The production and control of lactate is essential for both of these objectives. The sprinter and marathoner both need to produce and control lactate to be successful in their races though they will do it differently. Producing and controlling lactate is only a part of athletic success; however, it is an important part.

While most coaches and athletes associate lactate with both the production of high intensity energy needed to win races and the deterioration of athletic performance, many don't realize the importance of lactate as an energy source. Lactate is one of the most important fuels for exercise and is involved in two of the three major energy systems we use for exercise and athletic performance. An athlete would have a hard time finishing a race or a game if lactate produced in one muscle wasn't being used as a source of energy in other muscles. Because lactate is being used by other muscles as fuel, it moves out of the muscles where it is produced, thus easing the problem of acid build-up in the producing muscles. Controlling lactate is not only one of the keys to good performance, but also essential for the long practices where good performance originates.

There are three important energy systems for athletic performance. These are the creatine phosphate, glycolytic (this is the system we are usually referring to when we use the term anaerobic energy), and aerobic systems. The first two are called anaerobic systems in the sense that oxygen is not needed to produce energy in these systems. It is important to realize that there may be plenty of oxygen available when the anaerobic systems are used. These processes just don't use oxygen. The aerobic system requires oxygen but may be

Page 17: A Fisiologia Do Lactato e o Treinamento Esportivo

limited by other factors even if there is plenty of oxygen in the system. As mentioned in Lactate Physiology and Sports Training- Part 3,enzymes and mitochondria are important factors in aerobic energy and if they are limited then the amount of aerobic energy is limited. The aerobic system can use more than one type of fuel. Fats and carbohydrates are the two main sources of aerobic energy.

Lactate is a by-product of the anaerobic glycolytic system and a fuel for the aerobic system. Even though lactate is not involved in the creatine phosphate system, the presence of large amounts of lactate while training this system is an indication that the creatine phosphate system is reaching its limits. Also increases in lactate during aerobic training means that less fat and more carbohydrates are being used as fuel. It is important for the coach to understand just what the presence of lactate means if he/she is to design workouts to train all three systems.

The following is a brief discussion of each energy system:

Creatine phosphate. This system produces short, very intense bursts of energy, such as for sprints. Creatine phosphate is broken down very quickly and produces energy extremely fast. It is an anaerobic system because it doesn't use oxygen. It is frequently called the alactic anaerobic system to contrast it with the other anaerobic system that produces lactate.

Weightlifting, jumping, throwing, and short sprints depend almost entirely on the creatine phosphate system. Frequently, coaches will have their athletes conduct sets of very short sprints to develop this system. In competition, creatine phosphate lasts only a few seconds. So for most sports activity it provides only limited energy. Creatine supplemation has been the focus of much discussion and research in recent years. It is speculated that creatine supplemation will increase the length of time this system can be used and also reduce the amount of time it takes to restore resting creatine levels.

Even though the creatine phosphate system does not use or produce lactate, lactate measurements can be used to evaluate it. When energy from this system is exhausted, the body will shift to the other anaerobic system and start to produce large amounts of lactate. So lower lactate levels after a series of sprints are an indication of a well trained creatine phosphate system. Tracking this over time will tell the coach how well this system is responding to training.

Aerobic (fats as fuel). At the other end of the spectrum from the creatine phosphate is the metabolism of fats for aerobic energy. This system will provide energy for hours and is very useful for practice sessions and long races such as marathons and triathlons. However the production of energy by this system is slow and will not sustain fast body movement. Low intensity workouts tend to change the aerobic metabolism to use more fats for energy than carbohydrates. An indication that fats are being metabolized is low lactate levels during a workout. Higher lactate levels indicate energy is probably being derived more from carbohydrates.

Page 18: A Fisiologia Do Lactato e o Treinamento Esportivo

Both the creatine phosphate and aerobic systems (using fats as fuel) are important for athletic activity but neither will produce sustained bouts of intense exercise needed for most athletic success. The body must use a third source of energy, carbohydrates or more precisely glycogen, to fuel the extended high intensity exercise that is crucial for good most athletic events. Carbohydrates are used both by the aerobic system to produce energy and by the third system, glycolysis or the anaerobic lactate system

Glycolysis. Glycolysis may be an unfamiliar term for many coaches, but it is extremely important for most athletic competitions. Glycolysis means the breakdown of sugars. When a coach, athlete or sports physiologist use the term anaerobic, they are most likely referring to this energy system. This process breaks down glycogen (a large carbohydrate molecule) to produce energy. It is very fast, producing quick energy for exercise. One of the end products of this process is a metabolite called pyruvate. When the right conditions exist, pyruvate will break down further to provide a lot more energy (See aerobic process using carbohydrates below).

When conditions aren't right and pyruvate doesn't break down, it turns into lactate. If the lactate is not removed from the muscle in some way, there will eventually be a problem with muscle contraction because of acidosis and the athlete will have to slow down.

There could be several reasons why all the pyruvate doesn't break down. The necessary amount of oxygen may not be getting to the cell; there may not be enough enzymes to enable the cell to process all the pyruvate; or the part of the cell that breaks down pyruvate (the mitochondria) may not be big enough to handle the sudden influx of pyruvate. Also, some of the cells (one type of fast twitch muscle cell) have hardly any mitochondria or appropriate enzymes and will process very little pyruvate, so nearly all of it turns into lactate7. These fast twitch cells are used more frequently as exercise intensity increases.

Aerobic (carbohydrates as fuel). This process uses the pyruvate from the glycolysis for fuel instead of fat. This will produce energy at a slightly faster rate than if the body uses fats as a fuel source. When pyruvate breaks down during exercise or other activity, we get the familiar end products of carbon dioxide, water and heat. So we breathe heavily to get rid of the carbon dioxide and sweat to cool ourselves.

One of the interesting things about this process is that the pyruvate used by a muscle fiber to produce aerobic energy may not come from that fiber. As we mentioned above, pyruvate and lactate turn into each other very readily. If lactate is available from a nearby fiber or the blood stream, it will often enter a muscle fiber and be converted to pyruvate for use as fuel for aerobic energy. This is one of the important characteristics of lactate, the ability to move quickly around the body to places that can use it.

Two important points to remember from all of this are:

Page 19: A Fisiologia Do Lactato e o Treinamento Esportivo

The amount of lactate present (sometimes high, sometimes low) is an indication of how well each energy system is working.

Lactate is a very dynamic substance. It is an important fuel for exercise and competition and is produced by one energy system and will be consumed by another energy system, frequently in a different part of the body from where it was produced.

Alto da Página | Página principal | Página principal en Español | English Home Page

A Fisiologia do Lactato e o Treinamento Esportivo

Seção 1 - Terminologia e Conceitos Básicos. Seção 2 - Lactato e o Limiar para o Treinamento. Seção 3 - Razões para Utilizar a Análise de Lactato. (em Inglês) Seção 4 - O Lactato e os Sistemas Energéticos. (em Inglês) Seção 5 - A Produção e a Remoção do Lactato, e o Treinamento de Resistência. (em

Inglês) Freqüência Cardíaca e o Lactato.

A Análise do Lactato

Teste de Lactato - Conceitos Básicos (em Espanhol) Teste de Lactato - Conceitos Básicos (em Inglês) Teste de Lactato - Conceitos Avançados (em Espanhol) Teste de Lactato - Conceitos Avançados (em Inglês)

Perguntas, Comentários e Informações sobre Pedidos.888-474-5239 (U.S.A. e Canadá)

914-747-8572 | 914-741-5623 (fax)Mande seu e-mail para:[email protected].

Atualizado 30 de decembro 1998. Conteúdo © Sports Resource Group, Inc.

Notes

7. We have tended to simplify the discussion of fast twitch fibers by not mentioning that there is more than one type. One type of fast twitch fibers has a much higher ability than the others to produce aerobic energy.

Page 20: A Fisiologia Do Lactato e o Treinamento Esportivo

Lactate Physiology and Sports TrainingPart 5 - Lactate Production, Clearance and Endurance Training

Endurance training affects lactate metabolism in two fundamental ways.

First, it lessens the production of lactate in slow twitch fibers (called type I fibers) and those fast twitch fibers (called type IIa fibers) which have aerobic capability. Over time, extensive endurance training will convert many of the fast twitch fibers that have almost no aerobic capacity (called type IIb fibers) into type IIa fast twitch fibers.

Second, endurance training speeds up the process of moving the lactate around the muscles and the body, a process that is called clearance. Endurance training causes adaptations that speed up clearance. (See Lactate Physiology and Sports Training- Part 1 for a brief discussion of clearance.)

When an athlete stresses the aerobic system, the body adapts in several ways. Oxygen can move more quickly to each muscle. Oxygen is necessary to produce the maximum amount of energy from pyruvate. Besides the availability of oxygen, there are other important factors which encourage the muscle to use pyruvate for fuel and speed up the use of lactate in adjacent muscles and the blood stream. Four which are enhanced by endurance training are:

Larger mitochondria. Endurance training increases the density of mitochondria in certain cells. Mitochondria are the part of cells that convert pyruvate into energy. The denser they are, the higher the capacity of the cell to use pyruvate as fuel and produce more energy aerobically. Many sports physiologists have used the analogy of a factory to describe mitochondria. When the mitochondria finish processing pyruvate there is a lot of energy available as well as common waste products such as water, carbon dioxide and heat. This process produces a lot of energy but it is too slow to sustain fast activity such as sprinting. Energy produced in the mitochondria will provide most of the energy for a marathon or a triathlon. However, for fast movement, other processes have to be used in addition.

Mitochondria are very dense in slow twitch muscle fibers (Type I) and in some fast twitch fibers (type IIa). There are far fewer mitochondria in type IIb fast twitch fibers. Type IIa fast twitch fibers have the ability to produce aerobic energy while type IIb fast twitch fibers, with very few mitochondria, produce hardly any aerobic energy. Over time, with sustained endurance training, many of the type IIb fibers will convert to type IIa fibers. Since lactate from fast twitch fibers is usually the main source of lactate during exercise, this conversion will cause less lactate to be produced.

Page 21: A Fisiologia Do Lactato e o Treinamento Esportivo

Increased capillaries. Endurance training also increases the ability to get the lactate out of the fast twitch fibers and into the slow twitch fibers for processing. With endurance training, the density of capillaries around the muscle fibers is increased, which helps with the clearance and redistribution process. The increased capillaries allow the lactate to escape from the fast twitch fibers to the blood stream. The lactate will be transported to cells which can turn lactate back into pyruvate to be used as a fuel. Slow twitch cells have an especially dense capillary system that functions to deliver oxygen to these cells but also provide lactate for fuel. Increased capillaries also allow the heat built up in the cells from exercise to escape.

Increased enzymes. Endurance training increases several enzymes that help increase aerobic energy production. While we won't attempt to describe how these enzymes work, one enzyme is extremely important in converting pyruvate into lactate and lactate back into pyruvate. This process helps reduce the body's inventory of lactate. The more of this enzyme that is available, the faster lactate is converted back to pyruvate and the faster it will take lactate from neighboring muscles and the blood stream. The quicker this happens, the faster lactate will leave the fast twitch muscles, thus lessening the acidosis in the fast twitch muscles. This means that these muscles will function at a high rate for a longer time.

Endurance training also increases enzymes that facilitate the conversion of pyruvate into energy in the mitochondria. Thus, more pyruvate can be used for fuel. This means that lactate production will be reduced in most muscle cells and that some cells will be able to use more of the lactate produced in other parts of the body. Both these enzymes help speed up the disappearance of lactate.

Increased transporters. Many proteins that help move lactate into and out of cells have only recently been identified. They pick up lactate and transport it across the cell membrane from an area of high lactate concentration to low lactate concentration. (e.g. from fast twitch muscle fibers to the blood stream and the blood stream to slow twitch muscle fibers.) Many of the transporters take both the lactate and the hydrogen ion at the same time which is why they tend to clear at the same rate. The quantity of transporters increases with training. It is another of the important adaptations that take place due to training.

Endurance training is one of the keys to these adaptations that help shuttle the lactate about the body. The faster this shuttling process happens, the better the athlete will perform. So if you hear the expression, "building an endurance base", the changes described above are some of the implications of that expression. Even if the race or game involves an all out effort that requires the use of fast twitch fibers, endurance training has an important place. These fast twitch fibers produce lots of lactate and unless this lactate is cleared out of the fibers and shuttled to other areas of the body the fibers will eventually stop contracting. The longer these fibers can contract the faster the athlete will complete his or her event. So even success in the so called "anaerobic"8 events is affected by the body's ability to clear lactate, which is built through endurance training.

Page 22: A Fisiologia Do Lactato e o Treinamento Esportivo

Alto da Página | Página principal | Página principal en Español | English Home Page

A Fisiologia do Lactato e o Treinamento Esportivo

Seção 1 - Terminologia e Conceitos Básicos. Seção 2 - Lactato e o Limiar para o Treinamento. Seção 3 - Razões para Utilizar a Análise de Lactato. (em Inglês) Seção 4 - O Lactato e os Sistemas Energéticos. (em Inglês) Seção 5 - A Produção e a Remoção do Lactato, e o Treinamento de Resistência. (em

Inglês) Freqüência Cardíaca e o Lactato.

A Análise do Lactato

Teste de Lactato - Conceitos Básicos (em Espanhol) Teste de Lactato - Conceitos Básicos (em Inglês) Teste de Lactato - Conceitos Avançados (em Espanhol) Teste de Lactato - Conceitos Avançados (em Inglês)

Perguntas, Comentários e Informações sobre Pedidos.888-474-5239 (U.S.A. e Canadá)

914-747-8572 | 914-741-5623 (fax)Mande seu e-mail para:[email protected].

Atualizado 30 de decembro 1998. Conteúdo © Sports Resource Group, Inc.

Notes

8. The term anaerobic is commonly used in training documents and we have used it many times. We use the term anaerobic in this document primarily to describe the energy produced by the glycolytic system. But we also use the term to describe the high intensity exercise that involves the recruitment of fast twitch fibers. These fast twitch fibers will produce lactate more readily because they cannot handle the pyruvate produced from the glycolytic stage of energy production. The anaerobic process that produces the pyruvate in the fast twitch fibers is not different from the process in the slow twitch fibers which can use the pyruvate more readily. There may be plenty of oxygen available in the body or blood system but many of the fast twitch muscle fibers just cannot use it. Coaches and athletes often assume that anaerobic energy is turned on because oxygen is limited but it is very frequently an issue of fiber recruitment and the ability to utilize oxygen rather than availability.

Page 23: A Fisiologia Do Lactato e o Treinamento Esportivo

Freqüência Cardíaca e Lactato

Porquê usar Freqüência Cardíaca quando você realmente quer medir Lactato?

Na seção Fisiologia do Lactato e Treinamento Esportivo nós mencionamos a necessidade de se medir a intensidade do treinamento. Lactato é a melhor maneira disto, por que ele mede o stress e efeitos do treinamento nos músculos. Freqüência Cardíaca sozinha somente mede o stress no coração o que é uma pequena parte da imagem global do estado de um atleta. Enquanto um sistema cárdio-circulatório bem condicionado é altamente desejável para todo mundo, treinamento para melhorar o sistema cardíaco não irá necessariamente criar adaptações em determinados músculos necessários para uma ótima performance. Entretanto, o inverso é verdadeiro. Através de uma otimização o treinamento dos músculos o atleta irá quase certamente ver as grandes melhoras no sistema cárdio-circulatório.

Enquanto níveis de lactato são a melhor medida da intensidade de treinamento, informações sobre lactato eram tradicionalmente muito difíceis de se conseguir. Técnicos e fisiologistas esportivos inventaram outros meios de aproximar as informações que a análise de lactato fornece e usar freqüência cardíaca era um destes métodos. Muitos técnicos instruem seus atletas a suar freqüência cardíaca como um indicador de níveis de lactato para guiar seus treinamentos. Isto é o porquê de os monitores de freqüência cardíaca terem se tornado tão populares.

Entretanto, técnicos e atletas não deveriam perder de vista o fato do motivo de se medir freqüência cardíaca é fornecer uma estimativa dos níveis de lactato e não porque freqüência cardíaca são uma medida verdadeira de intensidade de trabalho. Se correlacionada com níveis de lactato, monitores de freqüência cardíaca podem fazer um bom trabalho fornecendo estimativas de intensidade de treinamento. Mas freqüentemente freqüência cardíaca sem análise de lactato fazem um trabalho impreciso nestas estimativas. Freqüência cardíaca sozinha não reflete níveis do metabolismo pois muitas outras fatores afetam uma freqüência cardíaca individual.

Antes da introdução do analisador portátil de lactato, um técnico ou atleta tinha que ter acesso a um laboratório de ciências do esporte para correlacionar sua freqüência cardíaca com lactato. Agora qualquer técnico pode fazer isto na pista ou no ginásio. Exemplos de como correlacionar freqüência cardíaca com lactato estão na seção Análise de Lactato - Conceitos Básicos(em Espanhol).

Vamos apresentar a seguir algumas informações básicas sobre freqüência cardíaca e lactato. Isto não significa uma definitiva apresentação da relação da freqüência cardíaca com o metabolismo, mas esta apresentado de um modo que um técnico ou atleta pode avaliar como melhor usar a informação obtida com a freqüência cardíaca. Nós acreditamos que

Page 24: A Fisiologia Do Lactato e o Treinamento Esportivo

medir a freqüência cardíaca é um importante auxiliar para a análise de lactato para a maioria dos treinamentos por que é um bom método de manter velocidade e nível de esforço. Se o atleta pode controlar velocidade e esforço para o treinamento em algum outro modo, pode não ser necessário usar um monitor de freqüência cardíaca. Por exemplo, na piscina, na pista ou em um ciclo ergômetro um atleta pode saber exatamente a velocidade ou esforço para cada série. Não é necessário usar um monitor de freqüência cardíaca nestas situações para controlar esforço. Se o atleta esta correndo ou pedalando na estrada, remando num lago, fazendo cross country ou patinação, ele/ela deveria controlar a intensidade com um monitor de freqüência cardíaca.

A questão: Em qual freqüência cardíaca deveria o atleta treinar? Um técnico deveria determinar a intensidade do treinamento baseado na prova para qual o atleta esta competindo e o limiar lático (LL) dele/dela naquele evento. Desde que limiar lático é baseado sobre níveis de lactato nos músculos e sangue, nós acreditamos que o melhor modo de medi-lo é diretamente, através de análise de lactato. Quando os níveis de lactato nos músculos estão em estado de equilíbrio ( steady state) também estará o lactato sangüíneo. Ache o máximo valor em estado de equilíbrio e você terá achado o limiar lático. Não existe razão fisiológica porque certas freqüências cardíacas deveriam coincidir com o limiar lático. E em fato não coincidem. Freqüência cardíaca em limiar lático varia substancialmente de um atleta para outro. Os seguintes gráficos vindos de um estudo feitos em ciclistas de elite Australianos 1 e corredores de elite Americanos 2 mostram esta variação.

*Limiar Lático determinado através de análise de lactato

A porcentagem da máxima freqüência cardíaca é bem próxima na faixa para os ciclistas uma vez que eles estão em um nível mais alto na fase de preparação do que os corredores. Se a freqüência cardíaca máxima é 200 então a média está entre 163 e 183 para os ciclistas mas 142-178 para os corredores. É melhor para os ciclistas mas continua deixando igualmente estes atletas com uma grande margem. Quanto melhor o atleta maiores os percentuais de freqüência cardíaca máxima em LT mas esta freqüência cardíaca continuara variando substancialmente de um atleta para outro. Muitos atletas Olímpicos tem freqüência cardíaca em LT que estão entre 85-93% da freqüência cardíaca máxima. Para um triatleta a escolha é um pouco mais complicada desde que três níveis de freqüência cardíaca terão de ser calculados. Muitos Triatletas competindo em um evento como o Ironman não iram ter a mesma porcentagem da freqüência cardíaca máxima para LT nos três esportes.

Page 25: A Fisiologia Do Lactato e o Treinamento Esportivo

O Engano das Faixas de Freqüência Cardíaca

A maioria dos programas de treinamento usam monitor de freqüência cardíaca para especificar faixas de freqüência para predição de stress. Um programa típico divide a freqüência cardíaca em varias categorias que supostamente refletem vários graus de stress no corpo. A implicação é que treinando em qualquer freqüência cardíaca dentro de uma faixa irá produzir aproximadamente o mesmo efeito. O que estas prescrições de treinamento falham em dizer ao atleta é que o corpo pode ter um stress totalmente diferente se treinando numa extremidade superior, em relação a treinar na extremidade inferior da faixa. Tipicamente, a faixa irá cobrir 10% da freqüência cardíaca máxima. Se por exemplo, a freqüência cardíaca máxima é 200, então 10% será 20 bpm. Assim, se o programa prediz uma zona de limiar lático de 80-90% da freqüência cardíaca máxima então esta faixa será de 160-180. Contudo, para um atleta bem condicionado os níveis de lactato em ambas extremidades desta faixa poderão ser totalmente diferentes. O gráfico abaixo mostra a mudança dos níveis de lactato dentro de 10-12 batimentos que geralmente ultrapassa esta zona. Em 170-173 batimentos corredores estão com 2 mmol/l que é freqüentemente considerado um esforço de recuperação enquanto a 182-183 bpm eles estão com 4 mmol que é provavelmente o limiar ou acima dele. Então se um atleta esta assumindo que a resposta dentro de uma faixa de treinamento é similar em ambas extremidades ele está errado. Este exemplo mostra a média de respostas que podem acontecer dentro de uma faixa estreita de bpm.

*30 segundos de intervalo entre cada análise de lactato**análise de lactato feita enquanto correndo

O desvio padrão para cada uma das células acima era entre 8,5 bpm e 11.8 bpm. Isto indica que a média de valores para cada uma destas células estava entre 20 bpm ou mais. Isto é típico para qualquer grupo de atletas bem condicionados. Isto também faz que treinamento baseado somente em batimentos cardíacos seja bastante problemático 3 .

Triatletas que usam a mesma zona de freqüência cardíaca para todos os 3 esportes estão potencialmente treinando demasiadamente ou abaixo do desejável em um ou mais esportes (natação/corrida/ciclismo). Curvas de performance de lactato podem ser totalmente diferentes em cada esporte. Níveis de lactato para a mesma freqüência cardíaca pode varia substancialmente. Por exemplo, um triatleta com uma freqüência cardíaca de 150 para um lactato submarino de 3 em corrida pode Ter um lactato de 5 em mesma freqüência cardíaca enquanto pedalando. Neste caso o atleta iraria estar treinando em uma zona aeróbia para

Page 26: A Fisiologia Do Lactato e o Treinamento Esportivo

corrida enquanto gerando um substancial componente anaeróbio para o ciclismo e tendo um efeito oposto do que poderia estar desejando.

A TENDÊNCIA DE CURVA DA FREQÜÊNCIA CARDÍACA

Um estudo realizado em um ciclo ergômetro com cinco atletas de elite mostrou que à uma constante faixa de esforço, a freqüência cardíaca tinha uma tendência a subir conforme o exercício prosseguia 4 . Para atletas de endurance que usam freqüência cardíaca para guiar a intensidade de seus treinamentos, isto significa que eles podem não estar conseguindo o stress desejado. O gráfico abaixo mostra os resultados para 5 minutos em esforço constante em uma bicicleta ergométrica contra 45 minutos. Se todos os cinco desses atletas tivessem mantido a freqüência cardíaca aferida nos 5 minutos por todos os 45 minutos ambos lactato e VO2 teria provavelmente sido muito mais baixo e o treinamento não teria tido os mesmo efeitos. Isto não é um achado isolado uma vez que vários outros estudos tem achado o mesmo fenômeno. Contudo, alguns fisiologistas esportivos tem dito que para atletas de elite esta tendência de curva da freqüência cardíaca é menor. Isto também é afetado por uma desidratação.

El Análisis de Lactato - Conceptos Básicos

Cómo Medir el Lactato

Debido a que el lactato juega un papel tan importante en la producción de energía y el desempeño deportista, los fisiólogos del deporte y los entrenadores han desarrollado varias maneras de medir y controlarlo. La manera más común de medir el lactato es mediante una prueba de ejercicio graduado. Por ejemplo, el atleta corre, nada o rema en velocidades progresivamente más rápidas mientras el entrenador, técnico o fisiólogo del deporte mide el nivel de lactato en cada velocidad. El atleta también podría utilizar el ergómetro de una bicicleta estacionaria y utilizar tazas de poder en lugar de velocidad para las mediciones. Un remero podría remar en una cierta taza de paladas o utilizar la taza de poder en un ergómetro de remo.

Otra alternativa es necesaria para los atletas como los ciclistas, los ciclistas de montaña, los corredores de distancia y los triatletas que compiten en caminos con cuestas y varios tipos de superficies desnivelados. No hay ninguna manera de medir la intensidad de un esfuerzo utilizando únicamente la velocidad, aún si pudieses medir su velocidad. En cambio, un atleta utiliza las tazas de latidos del corazón para calcular el esfuerzo. Esta es una medida muy común porque los monitores de tazas de latidos permiten que un atleta sepa exactamente cuál es su taza de latidos en cualquier momento. Sin embargo, es una cosa conocer la taza de latidos, pero es completamente otra saber exactamente qué significa esa taza de latidos en términos de estrés en el cuerpo. Las tazas de latidos y el estrés varían

Page 27: A Fisiologia Do Lactato e o Treinamento Esportivo

sustancialmente de una persona a otra, aún en los mismos niveles de estado físico. Las tazas de latidos deben ser calibradas con una medida de lactato para tener significado. Ver la sección titulada Los Latidos del Corazón y el Lactato para una discusión con mayor detalle.

Durante la prueba de ejercicio graduado un entrenador colecciona una gran variedad de datos. Luego trazan los datos en una gráfica y producen una curva de desempeño de lactato (lactate performance curve (LPC) en Inglés.) A veces se llama una curva de velocidad de lactato (lactate velocity curve (LVC) en Inglés.) Estas curvas son una representación gráfica del lactato en la sangre contra la velocidad o el esfuerzo. La siguiente tabla es un formulario típicamente utilizado para registrar los resultados de una prueba de ejercicio graduado.

*Valuación de esfuerzo percibido.**Recuperación después de 2(4, 10, 20, etc) minutos de descanso

El entrenador no necesariamente utilizará todos estos espacios especialmente si el o ella conoce bien al atleta. Mientras el atleta completa cada etapa, el entrenador llena la tabla con la información relevante.

Un Ejemplo

La siguiente tabla es para una mujer que se está preparando para el Campeonato Ironman World Championship en Kona, Hawaii. Ella está ejecutando una prueba de ejercicio graduado en una pista de 400 m y utiliza etapas de 2000 m y necesita aproximadamente 6-9 minutos para completar cada etapa. Ella completa cinco etapas de 2000m y una etapa final de 1000 m. Esta etapa final se ejecuta con el máximo esfuerzo. Cuando el entrenador llegue a conocer mejor al atleta, puede que solo se necesiten 3-4 etapas. Los tiempos y las medidas de lactato para esta atleta son:

Page 28: A Fisiologia Do Lactato e o Treinamento Esportivo

Note que cuando el paso o el esfuerzo sube, el lactato puede, al principio, mostrar muy poco incremento o incluso una disminución. Eventualmente, los niveles de lactato comienzan a subir rápidamente. El paso y la taza de latidos se incrementan en forma lineal mientras el lactato se incrementa con un patrón completamente diferente. Es por esto que es difícil calcular los niveles de lactato utilizando las tazas de latidos. El lactato sube primero muy lentamente y luego muy rápidamente. Eventualmente, la taza de latidos deja de subir pues tiene un límite superior, pero el lactato continúa subiendo. En la etapa final, con altos niveles de lactato, los músculos duelen mucho y eventualmente dejan de funcionar debido a la acumulación de ácido causada por los iones de hidrógeno.

Cómo Encontrar el Umbral de Lactato

Si el atleta nunca incrementa su velocidad después de la primera etapa, y el entrenador toma medidas cada 10 minutos, la medida de lactato se quedará en aproximadamente 1,3. Esto significa que el atleta puede correr durante mucho tiempo en este paso. Debido a que esta mujer es un atleta de la competencia Ironwoman, ella podría mantener este paso durante varias horas. En esta velocidad, ella completaría un maratón en aproximadamente 3 horas y 20 minutos.

En algún momento entre la etapa 1 en 3,5 m/s y la etapa 6 en 5,6 m/s, existe el paso máximo que este atleta puede mantener durante un largo período de tiempo. En este paso máximo el lactato se ha acumulado en muchos de los músculos activos pero se mantiene fijo y no es suficiente para restringir la contracción muscular. Debido a que es el paso máximo en cual el lactato se mantiene en estado fijo durante un largo período de tiempo, a veces se llama el Máximo de Lactato en Estado Fijo [Max Lactate Steady State (MLSS) en Inglés]. Esto tiene sentido aunque sea difícil pronunciarlo. Nosotros preferimos el término Umbral de Lactato (Lactate Threshold o LT- en Inglés) porque es fácil de recordar y se trata principalmente de la producción y el despejo de lactato. Sin embargo, este punto es más frecuentemente nombrado el Umbral Anaeróbico (Anaerobic Threshold, or AT- en Inglés). Este último nombre ha sido aceptado comúnmente entre entrenadores y atletas, pero es de mucha controversia. (Ver la sección titulada El Lactato y Umbrales en Entrenamiento - Sección 2.)

Hemos explicado porqué no nos gusta el término "umbral anaeróbico", en la sección sobre La Fisiología del Lactato. Creemos que el término "anaeróbico" no es apropiado porque lo que determina este paso es principalmente la habilidad del cuerpo de despejar y utilizar el

Page 29: A Fisiologia Do Lactato e o Treinamento Esportivo

lactato y no es un cambio a metabolismo anaeróbico. El umbral de lactato (LT) generalmente ocurre cuando aún hay bastante oxígeno en el sistema, de manera que éste no es un factor limitativo.

En cualquier velocidad mayor al LT o MLSS, los músculos comienzan ha desarrollar más y más lactato y eventualmente se cierran. Mientras más alta sea la intensidad de la sesión de entrenamiento, más rápido se produce lactato. El umbral de lactato (LT) ha llegado a tener un significado "mágico" para los atletas. Representa el máximo esfuerzo que se puede mantener durante un largo período de tiempo. Esto no significa que es agradable. Solamente significa que si un atleta puede ignorar la incomodidad que este paso eventualmente causa, sus músculos no se cerrarán por mucho tiempo. El conocer este paso y los correspondientes niveles de lactato en la sangre puede ayudar a un entrenador a planificar sesiones de entrenamiento. Las varias Guías sobre el Análisis de Lactato para los Entrenadores Coaches' Guides to Lactate Analysis 1 (en Inglés) producidas por Sports Resource Group contienen varios protocolos para medir el umbral de lactato (LT) así como también protocolos para confirmarlo.

Cómo Trazar los Datos

El Análisis de Lactato - Conceptos Avanzados

El Despejo de Lactato - ¿Qué Es?

Discutimos sobre la importancia del despejo de lactato en las secciones tituladas La Fisiología del Lactato y Entrenamiento en Deportes (Ver la Sección 1). Durante el ejercicio por debajo del umbral de lactato, ocurre el despejo de cantidades sustanciales de lactato aún cuando los niveles de lactato en la sangre se están elevando o están en estado fijo. Primero, el lactato es despejado o removido de los músculos que producen el lactato. Segundo, mientras el lactato viaja por el flujo sanguíneo, es despejado o removido de la sangre por los músculos y otros organos 1 como el hígado que utilizan el lactato. A veces nos referimos a esto como la desaparición de lactato. El lactato es utilizado como energía o es convertido en algo diferente. Es difícil observar esta desaparición o el despejo debido a que puede ocurrir mientras los niveles de lactato en la sangre se están elevando. Sin embargo, mientras más rápido el cuerpo remueve el lactato de la sangre, más rápido sale el lactato de los músculos. Por lo tanto, utilizamos el término "despejo" para describir ambos procesos de levantamiento de lactato y no una eliminación total del lactato de los músculos o el flujo sanguíneo.

Page 30: A Fisiologia Do Lactato e o Treinamento Esportivo

En la sección titulada El Análisis de Lactato - Conceptos Básicos, describimos una prueba de confirmación en cual tres ciclistas pudieron mantener sus esfuerzos en 300 vatios sin que los niveles de lactato suban. Abajo puede ver la tabla de esta prueba. Sus cuerpos estaban despejando el lactato de los músculos que estaban entrenando y lo estaban depositando en otras áreas del cuerpo en la misma taza en cual se producía. Pero en 330 vatios, uno de los atletas comenzó a acumular el lactato en la sangre. Esto significa que su cuerpo no despejaba el lactato de la sangre tan rápido como lo despejaba de los músculos. El lactato estaba acumulando en algunos músculos. En 330 vatios éste atleta despejaba cantidades sustanciales de lactato, pero no ocurría lo suficientemente rápido para evitar que el lactato se acumule en algún lugar. Eventualmente, los músculos de algunos atletas comienzan a apretarse y se cierran.

Prueba de Recuperación

Otro término que se utiliza a menudo junto con "despejo" es "recuperación". Recuperación tiene varios significados referentes al entrenamiento de los atletas, pero en éste contexto generalmente se refiere a la restauración de los niveles normales de lactato en la sangre y consecuentemente, en los músculos. Los diferentes entrenadores utilizan diferentes normas de recuperación. Algunos quieren que el atleta recupere los niveles de lactato que tienen durante el descanso, mientras otros quieren que el atleta alcance el umbral de lactato o un poco menos, pero no necesariamente los niveles de descanso. Debido a que los atletas varían sustancialmente en cuanto a cuán rápido pueden despejar el lactato, los científicos del deporte han ideado pruebas de recuperación para medir esta capacidad.

La manera más común de ejecutar una prueba de recuperación es permitir que el cuerpo genere una gran cantidad de lactato y luego medir cuánto tiempo necesita el cuerpo para bajar los niveles de lactato en la sangre. El atleta generalmente se recupera de una manera pasiva en este tipo de prueba. Es posible hacer esta prueba con una recuperación activa, pero esto significa que la intensidad del ejercicio y las actividades de recuperación deben

Page 31: A Fisiologia Do Lactato e o Treinamento Esportivo

ser controladas con exactitud cada vez para que se pueda hacer una comparación entre una prueba y otra.

Cómo el atleta genera los altos niveles de lactato depende del deporte en cual se hace la prueba. Una manera de hacer esto en la natación es de pedir que cada atleta complete una simulación de 200 m de estilo libre. La simulación se puede hacer con una serie de cuatro corridas de 50 m separados por 10 segundos de descanso. Para otros deportes se puede diseñar en protocolo de esfuerzo máximo para simular una corrida verdadera en un deporte específico. Un corredor podría simular una corrida de 800 m con un a serie de corridas de 200 m, un remero podría ejecutar una prueba de 100 m en un ergómetro de remo, y un ciclista podría ejecutar una serie de corridas en un entrenador o en un ergómetro de ciclismo.

La tabla abajo ilustra una prueba para nadadoras elite. Cada nadadora completó una corrida simulada y el entrenador tomó medidas de lactato a los 3 y a los 5 minutos para determinar el máximo de lactato producido durante la corrida simulada. A los 10 y a los 20 minutos el entrenador tomó medidas adicionales de lactato. Después de la medida a los 20 minutos, el entrenador buscó reducciones marcadas de lactato, generalmente de 40-50%. Esto puede variar por deporte o evento. Los nadadores de velocidad y los corredores de velocidad en una pista generalmente despejarán menos lactato que los atletas de distancia en estos deportes. Cada entrenador desarrollará sus propias normas a lo largo del tiempo. La tabla abajo demuestra algunas curvas de despejo para nadadoras elite. ¿Cuál nadadora ganó una medalla en las Olimpiadas? ¿Cuál nadadora nunca llegó a las pruebas para la Olimpiadas? ¿Cuál es una nadadora de distancia? Presione aquí para obtener la respuesta.

Page 32: A Fisiologia Do Lactato e o Treinamento Esportivo

Pruebas Aleatorias

Aunque los entrenadores siempre se han interesado en medir la producción de lactato después de un esfuerzo máximo, ahora muchos se interesan en controlar la producción sub-máxima de lactato durante el entrenamiento. Los análisis de lactato son muy importantes para las Pruebas Aleatorias (o el control de niveles de lactato durante el entrenamiento). Los entrenadores utilizan estas pruebas para confirmar el paso del umbral de lactato, para asegurar que un atleta no se sobre extienda durante una sesión de entrenamiento y produzca demasiado lactato, y para educar a los atletas a "sentir" los varios niveles de lactato. Esto ayuda a los atletas a identificar los pasos apropiados durante el entrenamiento que el entrenador requiere, y también les ayuda a "sentir" cual es el paso apropiado durante una competencia.

Esta utilización de las pruebas de lactato es muy importante para los corredores, los ciclistas, y los triatletas debido a que entrenan mucho en caminos que tienen superficies desnivelados y colinas. Es importante que el corredor sepa exactamente cuánto lactato está generando. Hasta el lanzamiento del Accusport, esto era prácticamente imposible. Ahora los atletas pueden aprender a tomar sus propias medidas de lactato en algún punto apropiado durante su sesión de entrenamiento. Esto es especialmente importante porque las tazas de latidos pueden fluctuar hacia arriba aunque los niveles de lactato de algunos corredores se mantienen constantes, y puede indicar que el atleta no está poniendo suficiente estrés en su metabolismo para obtener el resultado deseado.

Las pruebas aleatorias son utilizadas por los entrenadores no solamente para asegurar que el atleta produzca suficiente estrés en su sistema, sino también para prevenir que produzca demasiado estrés. El siguiente ejemplo demuestra la importancia de conocer exactamente qué está pasando cuando un atleta entrena por encima del umbral de lactato.

Ejemplo - No Agote a su Atleta.

Tom Craig, entrenador de varios atletas y triatletas de primera categoría, utiliza las pruebas aleatorias para controlar a sus atletas durante el entrenamiento. Él toma medidas de lactato a lo largo del año en los momentos en que tiene que tomar decisiones sobre cómo proceder. La prueba aleatoria de lactato provee una manera de ver "por dentro" al atleta cuando esto sea importante, durante una sesión de entrenamiento. Aunque Tom utiliza Valuaciones de Esfuerzo Percibido [RPE (Rating of Perceived Exertion) en Inglés], y un monitor de tazas de latidos junto con un cronómetro, estos muchas veces no proveen la información precisa que él desea durante una sesión de entrenamiento, especialmente si se están preparando para un evento importante.

Tom es el entrenador de Regina Jacobs, corredora y Campeona Mundial del evento de 1500 metros en 1995, y finalista y ganadora de la medalla de plata en el Campeonato Mundial en 1997 en Atenas, en el mismo evento. Durante la última semana de su período de entrenamiento de dos meses, ella planificó cuatro sesiones de repeticiones de 4 x 200 en

Page 33: A Fisiologia Do Lactato e o Treinamento Esportivo

una colina para entrenar en poder. Regina ya había corrido en una sesión de entrenamiento pocos días antes en el umbral, y planeaba participar en una competencia importante dos días después para avaluar el estado de su entrenamiento.

Tom y Regina habían definido tres zonas anaeróbicas separadas sobre la base de su perfil de lactato, habiendo desarrollado esto por medio de una prueba de esfuerzo incrementado dos semanas antes. Estas zonas eran [Liviana]Light (6-9 mmol/l); [Moderada] Moderate (9-11 mmol/l) y [Máxima] Max (11-14 mmol/l). Regina debería entrenar en la Zona Liviana durante las repeticiones de 200 metros en la colina. Después de completar la primera sesión, el nivel de lactato de Regina era 6.8 mmol/l. Después de una sesión de recuperación de ocho minutos, su nivel de lactato era 2.8 mmol/l y ella estaba lista para la próxima sesión. Su RPE, su taza de latidos y sus tiempos, estaban en los niveles esperados.

La segunda sesión de 200 metros produjo un nivel de lactato 9.2 mmol y solamente despejó 4.5 mmol después de 8 minutos. Ambas medidas eran más altas de lo deseado y Tom se empezó a preocupar de que Regina estaba entrenando en una intensidad muy alta. La tercera sesión produjo un nivel de lactato 10.8 mmol y solamente despejó 4.8 mmol. Él decidió que deberían parar ahí, pues anticipaba que la cuarta sesión produciría niveles de 12-13 mmol, lo cual agotaría su glucógeno y causaría excesos de ácido. Esto podría dañar su base aeróbico. Tom utilizó la expresión "Regina hubiese estado frita en la competencia ese fin de semana." Hubiese tardado 96 horas en recuperarse completamente del entrenamiento excesivo en la zona aeróbica máxima. Es importante notar que su RPE, su taza de latidos, y sus tiempos eran normales durante la segunda y la tercera sesión. Solamente las medidas de lactato indicaron que existía un problema. Tom paró el entrenamiento después de la tercera sesión y Regina batió su récord personal en el evento ese fin de semana.

Regina Jacobs es un atleta de primera categoría y la mayoría de los entrenadores no tienen el tiempo para analizar la recuperación de cada corredor después de cada sesión intensa. Sin embargo, una prueba aleatoria que es estratégicamente planificada por un entrenador le dirá qué está pasando con los atletas en algunas de estas sesiones de alta intensidad. Lo que puede ser un nivel de esfuerzo de 5-6 mmol para un corredor, puede ser un nivel de esfuerzo de 9-10 mmol para otro. El entrenador debe estar consciente de esto, y si él o ella sospecha que existe algún problema, debe ejecutar una prueba aleatoria. Si un corredor siente mucha fatiga o parece correr muy lento, se debe ejecutar una prueba aleatoria o una prueba de recuperación para definir si el problema es físico o por falta de motivación.

El Entrenamiento Excesivo ["Over-Training"]

Las pruebas de lactato pueden indicar si existe algún problema con sus atletas. Aunque no se ha encontrado una explicación precisa acerca de qué causa el entrenamiento excesivo, ni cómo diagnosticarlo, algunas de las pruebas de lactato pueden ayudar al entrenador a descubrir problemas. La tabla abajo presenta una serie de pruebas de lactato que indican si un atleta tiene problemas. El ciclista en el ejemplo tuvo una buena etapa de entrenamiento y

Page 34: A Fisiologia Do Lactato e o Treinamento Esportivo

se desempeñó muy bien en una competencia importante (Ver la sección El Análisis de Lactato - Conceptos Básicos). Continuo su entrenamiento fuerte. Alentado por su éxito inicial, incrementó la cantidad y la intensidad de su entrenamiento. Sin embargo, su ejecución pronto comenzó a deteriorarse. Un perfil de lactato hecho más tarde durante la época de entrenamiento indicó lo siguiente:

Éste último perfil indicaba que algo andaba mal. Los niveles iniciales de lactato estaban más elevados que en las dos pruebas previas. Esto, por sí, no es una diferencia suficiente grande para causar preocupación. Lo importante es la última medida, que se supone es el esfuerzo máximo, y cual indica que produjo menos lactato que en las primeras dos pruebas. También se nota que el nivel de esfuerzo es más bajo. Esto indica que existe un problema, que puede ser el entrenamiento excesivo. También podría ser un agotamiento de glucógeno, una enfermedad temporaria, o fatiga en general. Pero sugiere que el atleta no tendrá mucho éxito si compite alrededor del mismo tiempo de ésta prueba. Un entrenador que observa esto, puede dejar que el atleta descanse, buscar síntomas adicionales de entrenamiento excesivo, llevarlo a un doctor, y esperar una semana antes de hacer la misma prueba.

Duración de los Pasos en una Prueba de Ejercicio Graduado

Varios entrenadores y fisiólogos deportistas recomiendan que los pasos en una curva de desempeño de lactato duren más que los 3-5 minutos que generalmente duran, especialmente para atletas de resistencia como los triatletas, los corredores de distancia, y los ciclistas. El siguiente ejemplo ilustra las potenciales diferencias entre la utilización de pasos cortos y pasos largos 2 . Un triatleta trata de calcular aproximadamente cuál es el umbral de lactato de sus corridas utilizando pasos de 7 x 1000 m y luego compara esta prueba con una en cual utiliza pasos de 4 x 4000 m. La prueba de 7 x 1000 m es más

Page 35: A Fisiologia Do Lactato e o Treinamento Esportivo

atractiva, por varias razones. La distancia total que cubre es solamente 7000 contra 16.000 metros así que la prueba es más corta. Habrá 7 puntos de dato contra 4, lo cual generalmente provee un mejor cálculo de la curva de desempeño de lactato. Sin embargo, la siguiente tabla claramente demuestra que los dos métodos proveen curvas de desempeño de lactato muy diferentes. Por lo tanto, las distancias más largas probablemente proveen un cálculo aproximado mucho más preciso de la curva de desempeño de lactato (LPC en Inglés).

Algunos entrenadores tratan a las pruebas de larga duración de paso como una sesión de entrenamiento y hacen pruebas de lactato entre las sesiones. Un atleta cubre aproximadamente 10 millas durante esta sesión que se puede hacer en una pista o cualquier vuelta medida que sea relativamente plana. No es crítico que cada paso cubra exactamente 4000 m, pero cada paso debe ser de la misma distancia para que se pueda calcular la velocidad. Cuando se hace de esta manera, el entrenador puede medir a varios atletas en una sesión si se intercalan a estos atletas.

La Forma de la Curva de Desempeño de Lactato

Page 36: A Fisiologia Do Lactato e o Treinamento Esportivo

La curva de desempeño de lactato tiene tres elementos claves. Estos son:

La velocidad en el umbral de lactato - Esto generalmente se determina con una prueba de ejercicio graduado. Muchas veces los entrenadores y los fisiólogos del deporte sustituyen al umbral de lactato con un valor que es fácil de medir, como la velocidad en 4.0 mmol/l, por ejemplo. No lo hacen porque presumen que 4.0 mmol/l es el umbral de lactato, sino porque representa un punto fácil de medir. Este valor muchas veces se encuentra cerca del umbral de lactato y representa el desempeño aeróbico del atleta. Generalmente es posible compara a un atleta con otro utilizando este variable para ver cuál tiene el mejor desempeño aeróbico.

El máximo de lactato que se puede generar - Este valor representa el componente anaeróbico del acondicionamiento de un atleta. Los entrenadores no deben comparar a un atleta con otro utilizando este variable sino deben utilizarlo para cada atleta para avaluar cuánta energía generan en forma anaeróbica. Este valor debe llegar a su máximo cerca del día de la competencia importante por cual están entrenando.

La inclinación de la curva. - Varios factores afectan a la inclinación de la curva. Estos incluyen la fuerza del atleta, la distribución y adaptación de diferentes tipos de fibra, la técnica o economía del movimiento, y la prueba misma. Por ejemplo, en el previo ejemplo, las etapas más cortas en una prueba tuvieron una curva más plana. Generalmente los atletas con un alto porcentaje de fibras de contracción lenta, tienen una curva más plana. Ver el ejemplo de los corredores de maratón contra los corredores de velocidad en la sección El Análisis de Lactato - Conceptos Básicos.

Se debe tomar en consideración estos tres factores cuando se avalúa el desempeño potencial de un atleta. La mayoría de las discusiones sobre el análisis de lactato se han enfocado en los dos primeros parámetros, pero el tercero puede tener la misma importancia. Generalmente, la velocidad en el umbral de lactato es lo más importante para los atletas de resistencia pero para aquellos eventos que ocurren en el rango de 1-8 minutos, los otros dos factores llegan a tener mucha importancia y algunas veces son preeminentes. La siguiente tabla de un nadador ilustra el efecto de los tres parámetros.

Page 37: A Fisiologia Do Lactato e o Treinamento Esportivo

En la tabla arriba, se han trazado dos curvas de desempeño de lactato para un nadador que compite en el evento de 100 m y el de 200 m en estilo libre. Una curva (la que se encuentra a la izquierda) es del inicio de la etapa y la segunda se midió justo antes de una competencia. Tome nota que todos los parámetros claves han mejorado. La velocidad en 4.0 mmol/l ha incrementado de 1.25 m/s a 1.45 m/s. Esto es un buen mejoramiento y afectará sustancialmente al desempeño del atleta. Esta tabla utiliza la velocidad en 4.0 mmol/l de lactato y no el umbral de lactato.

El segundo parámetro importante es el valor máximo de lactato. Nuevamente, el mejoramiento afectará el desempeño, pero no tanto como el mejoramiento en velocidad en 4.0 mmol/l. En una competencia, se toma en cuenta cada décimo de segundo. El tercer parámetro, la inclinación de la curva, también ha mejorado positivamente. Lo que esto significa es que el nadador puede nadar en una velocidad más rápida antes de llegar a su valor máximo de lactato. De manera que, si los otros parámetros se mantienen iguales, cualquier aplanamiento de la curva mejorará el desempeño del nadador. Algunos entrenadores y fisiólogos del deporte han señalado que la interrelación de esto tres parámetros es la clave del éxito en muchos deportes. Lo importante es encontrar la manera de entrenar a un atleta para maximizar estos tres parámetros conjuntamente, siendo que el entrenamiento para mejorar a uno puede ser perjudicial para el mejoramiento de otro.

Alto da Página | Página principal | Página principal en Español | English Home Page

A Fisiologia do Lactato e o Treinamento Esportivo

Seção 1 - Terminologia e Conceitos Básicos. Seção 2 - Lactato e o Limiar para o Treinamento. Seção 3 - Razões para Utilizar a Análise de Lactato. (em Inglês) Seção 4 - O Lactato e os Sistemas Energéticos. (em Inglês)

Page 38: A Fisiologia Do Lactato e o Treinamento Esportivo

Seção 5 - A Produção e a Remoção do Lactato, e o Treinamento de Resistência. (em Inglês)

Freqüência Cardíaca e o Lactato.

A Análise do Lactato

Teste de Lactato - Conceitos Básicos (em Espanhol) Teste de Lactato - Conceitos Básicos (em Inglês) Teste de Lactato - Conceitos Avançados (em Espanhol) Teste de Lactato - Conceitos Avançados (em Inglês)

Perguntas, Comentários e Informações sobre Pedidos.888-474-5239 (U.S.A. e Canadá)

914-747-8572 | 914-741-5623 (fax)Mande seu e-mail para:[email protected].

Atualizado 30 de decembro 1998. Conteúdo © Sports Resource Group, Inc.

Perguntas, Comentários e Informações sobre Pedidos.888-474-5239 (U.S.A. e Canadá)

914-747-8572 | 914-741-5623 (fax)Mande seu e-mail para:[email protected].

Atualizado 30 de decembro 1998. Conteúdo © Sports Resource Group, Inc.

Anotaciones y Referencias

1.El flujo sanguíneo no es el único camino que utiliza el lactato para viajar de un músculo a otro, pero es el más fácil de medir. El lactato puede viajar directamente de una fibra muscular a otra y se puede acumular en el espacio entremedio de las

fibras musculares. (vuelva)

2. Neumann, Georg. (1994) "Use of the Accusport Analyzer for Meeting Training Ranges" in Workshop Report Accusport. pp. 46-51 Boehringer Mannheim, Zurich. Georg Neumann fue un entrenador del equipo nacional de ciclismo de Alemania

Oriental y actualmente entrena a triatletas en Alemania. (vuelva)