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TL 070
A FALCIA DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL
KOITI EGOSHI
RESUMO Este presente trabalho efetua uma anlise crtica sobre
Desenvolvimento Sustentvel. Tambm analisa outros assuntos
correlatos, como a to falada Responsabilidade Social, tica e
Ecolgica, bem como o to promovido e explorado Aquecimento Global.
Demonstra que aquecimento global, tanto quanto resfriamento global,
so fenmenos pelos quais o planeta Terra j passou e sofreu infinitas
vezes, como ainda ir sofr-los, quer a humanidade queira ou no. E
quanto ao Desenvolvimento Sustentvel e Responsabilidade Social,
tica e Ecolgica, promovidos em altos brados por a, no passam de
grandes falcias interesseiras do Sculo 21 principalmente no Brasil
da Nova Repblica, dominado por um Estado Populista-Paternalista em
conluio com poderosos grupos de interesse. So mais discursos
demaggicos de polticos, e slogans marqueteiros de empresas. Por
fim, prope uma Efetiva Busca do Desenvolvimento Sustentvel a partir
do Desenvolvimento Auto-Sustentvel dos Indivduos. Palavras-chave:
Administrao do Bem-Estar Social, tico e Ecolgico; Administrao da
Infra-estrutura; As Quatro Funes Bsicas e Fundamentais do Estado;
Apago Areo; Aquecimento Global e Resfriamento Global; Civilizao;
Corrupo; Cumplicidade Estado-Empresas; Desenvolvimento Econmico;
Desenvolvimento Sustentvel; Diamante de Porter; Ecologia; Educao e
Ensino; Jeitinho Brasileiro; Memetismo; Pesquisa da Heritage sobre
liberdade de mercado; Selva do Mato e Selva de Pedra.
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NTRODUO fato incontestvel: o homo sapiens triunfou na face da
Terra. Hoje ele reina soberanamente sobre demais seres vivos e
coisas ao seu redor. Essa existncia de cada vez mais bilhes de
humanos pisando a superfcie terrestre, o maior fator de
desequilbrio ecolgico. Muito embora, a Natureza, forte e
dinamicamente, venha equilibrando ao longo dos tempos, essa cada
vez mais crescente distoro. O espcime humano hoje dominante, porque
Deus (ou qualquer outro nome do seu agrado) o dotou de uma
conscincia superior que o possibilita no s melhor subsistncia, como
tambm sonhar, buscar e realizar progresso. O humano o nico animal
na face da Terra, que promove o progresso. Progresso em todos os
sentidos. A comear pela conscincia superior que ao longo dos
tempos, permitiu ao humano ser portador do ato reflexivo,
discernimento e bom-senso o que fez desenvolver a Filosofia e
outros modos de refletir. A partir da, no s controla mas desenvolve
cada vez mais sua mente e seu corao para a realizao de suas
necessidades, alm da simples subsistncia. A comear pelo progresso
do corao que sente dor e prazer. Conscientemente, o humano sempre
procurou eliminar e reduzir a dor fsica e psicolgica. Da, nasceram
Eutansia, Enfermagem, Medicina, Odontologia, Religio, Moral e tica,
Psiquiatria, Psicologia, Psicanlise e outras cincias e prticas
afins. Em contrapartida, o humano sempre procurou aumentar o prazer
fsico e psicolgico. Da, nasceram Casamento, Prostituio, Teatro,
Rdio, Cinema, Televiso, Esportes, Turismo e outros afazeres e
prticas afins. Tambm o progresso da mente foi implementado ao longo
dos tempos. Desenvolveu-se Conhecimento que ao longo dos tempos foi
se organizando cada vez mais sistematicamente, sob a forma de
Cincia, Tecnologia e outras epistemologias e prticas mais mentais.
Cincias tais como Fsica, Qumica, Biologia, Geografia, Histria e
Administrao, que ao longo da Histria, desenvolveram as tecnologias.
Tecnologias tais como ferramentas e armas para lutar e guerrear;
alavancas e mquinas, para facilitar a vida, com menos esforos e
mais resultados seguindo a lei do menor esforo e do princpio de
tirar vantagem em tudo1. Enfim, todas as tecnologias analgicas
foram inventadas e desenvolvidas, at se chegar aos dias de hoje,
com as tecnologias digitais. 1Dizem por a que esse princpio
brasileiro, mas no no. prprio do homem consciente e progressista,
querer sempre ganhar mais com menos, tirando vantagem em tudo. No h
nada de mal nisso, muito pelo contrrio, isso tudo muito positivo.
Porque tudo isso significa produtividade, o princpio bsico e
fundamental do progresso e da Cincia da Administrao. Afinal,
produtividade significa produzir mais, em menos tempo, com menos
custo e melhor que antes. Mas, o prprio brasileiro taxou esse
princpio como algo ruim e assim ficou conhecido como jeitinho
brasileiro. Tudo comeou com uma propaganda de cigarros Vila Rica
veiculada na televiso, na Dcada de 1970, onde Grson, nosso
canhotinha de ouro da Copa do Mxico, falava: O importante levar
vantagem em tudo, certo? Esse negcio de levar vantagem em tudo
acabou virando sinnimo de brasileiro aproveitador, corrupto e
sacana. Desde ento, esse princpio conhecido entre ns, como Lei de
Grson. Gerson de Oliveira Nunes (1941) e todo o povo brasileiro
deveriam se orgulhar dessa filosofia brasileira, que ao mesmo tempo
capitalista e existencialista. 2
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Na realidade, todas essas coisas do humano inventivo, foram
criadas e desenvolvidas ao longo dos tempos de forma mais ou menos
catica, mas cada vez mais consciente e integrada sob o turbilho de
consonncias e dissonncias cognitivas, entre desejos explosivos do
corao e glidos interesses da mente. Com guerras e pazes. A todo
esse conjunto de coisas criadas e artificiais, denominamos
Civilizao. E essa civilizao, foi cada vez mais, desenvolvendo uma
pesada Selva de Pedra sobre uma bravia Selva de Mato. Ora, Selva de
Pedra sobre Selva de Mato significa destruio do Natural e construo
do Artificial. Desde os primrdios, o humano vem destruindo tudo ao
seu redor, e se prevalecendo no mundo: derrubando e queimando matas
e florestas; alterando correntes de rios e oceanos; usufruindo
plantas e matando animais perigosos; invadindo terras alheias,
saqueando pertences de outros e matando sem d seus semelhantes;
gelando, aquecendo e poluindo a atmosfera. J desequilibrou tudo, a
partir do momento em que o humano deixou de ser nmade e cada vez
mais, se transformou em sedentrio. A busca de um mundo melhor, no
tem sido seno, a destruio da Selva de Mato e a construo da Selva de
Pedra esse processo que ns chamamos de Civilizao. E essa civilizao
no deixa de ter o seu lado muito egosta do humano, em relao aos
demais seres vivos e coisas deste mundo. Conseqncia: o humano bateu
o record de 6,6 bilhes de habitantes em 2007. Imagine, que a
previso para 2037 de mais de 10 bilhes! E sabe quanto ramos no Ano
1? Uns 250 milhes, estimativamente. Repetindo, essa populao mundial
de humanos j antes de tudo, o maior desequilbrio ecolgico a
prevalncia do humano em todos os cantos da Terra, em detrimento de
outros como lees e outros felinos, hoje quase em extino. Natural
seria, que humanos servissem de comida para felinos e outros
animais perigosos, mantendo-se assim, o equilbrio ecolgico com
muito menos humano, pisando e pesando demasiadamente sobre a
superfcie da Terra. Mas, no, temos gente demais, hoje. E seremos
insuportveis bilhes uns sobre outros o tempo todo, no futuro
prximo. Que a verdade seja dita: pessoas no agentam ficar muito
prximos uns aos outros, o tempo todo, em consonncia. Conseqncias:
aumentaro na devida proporo mal-estares, conflitos, encrencas e
violncias entre humanos, em escala global. Seno, voc ainda no
percebeu que vem aumentando barbaramente o trnsito, os acidentes e
as brigas de trnsito nas grandes cidades, como tambm vidas matadas
em pacatas cidades do interior? Isso sem falar em grandes
concentraes humanas de feriados prolongados, seja nas praias ou nas
avenidas, onde quase sempre acontecem fatos lamentveis. Pois ento,
este presente trabalho analisa que o principal problema do humano a
existncia dele mesmo no tanto as aes dele que provocam Aquecimento
Global e outros desequilbrios ecolgicos. E que, Desenvolvimento
Sustentvel e Responsabilidade Social, tica e Ecolgica, promovidos
em altos brados por a, no passam de grandes falcias interesseiras
do Sculo 21. Para tanto, primeiramente discorreremos sobre
Aquecimento Global, depois sobre o chamado Desenvolvimento
Sustentvel e finalmente, sobre a questo da Responsabilidade Social,
tica e Ecolgica. 3
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O FANTASMA DO AQUECIMENTO GLOBAL Pois ento, voc a, no se iluda e
nem seja iludido por essas historinhas falaciosas sobre o tal de
aquecimento global se no conversa para boi dormir, para algum
ganhar dinheiro, muito dinheiro. Ou seno, para algum se projetar na
sociedade. Ou ento, de algum bem intencionado, que ainda no
despertou e est por fora da real realidade. De qualquer forma, h no
mnimo um enorme exagero em todo esse alarde sobre o aquecimento
global. Se voc discorda de mim, d uma sapecada no Al Gore, aquele
ex-vice-presidente que perdeu a eleio para presidncia dos Estados
Unidos, justamente para George Walker Bush que no est nem a, com
essa historinha de aquecimento global. Mas quanto a Al Gore, ele ri
toa, faturando alto em suas palestras, passeando pelo mundo afora.
O pior de tudo que a quase unanimidade da humanidade acredita
piamente nele e em alguns cientistas, que vivem tambm faturando
livros, jornais e revistas, palestras e consultorias, apregoando
que o fim do planeta Terra est prximo, se continuar do jeito que
est! Bem que Nelson Rodrigues2 dizia que a unanimidade burra. E eu
digo que so todos Maria vai com as outras. Alm deles, toda a
indstria apocalptica est ganhando rios de dinheiro com oferta de
solues antipoluio. A indstria cinematogrfica nem tanto, porque ela
sempre viveu de cenas apocalpticas, e hoje todo mundo j se cansou
de assistir filmes onde todo mundo morre queimado nas florestas ou,
se afogando em guas. De fato, de tempos em tempos aparecem os
profetas do apocalipse, esta que a verdade. E como isso no
bastasse, agora a vez de alguns cientistas se portarem como tais
por mdias impressas, televisivas, radiofnicas e agora internticas,
aparecem eles com seus velhos mtodos cientficos, para provar que o
aquecimento global est em nvel intolervel. E at polticos que no
sabem mais do que rosnar sofisma que s babaca acredita, esto
culpando seus inimigos pela desgraa do uma de entendido, mas nem
sabem do que esto falando. A verdade que todo mundo est merc do
fantasma do aquecimento global e no propriamente do aquecimento
global. Todo mundo imaginando um apocalipse final, um dilvio final,
uma desgraa final porque acham que s o humano o grande causador de
todo esse mal, e que ir destruir de uma vez por todas, a
humanidade. Ledo engano! 2O pernambucano Nelson Rodrigues
(1912-1980) foi praticamente um autodidata que se fez jornalista,
escritor, dramaturgo e filsofo. Como nos informa TV Cultura, Mesmo
sendo bom leitor, Nelson nunca se interessou pelos estudos e menos
ainda pela disciplina, tanto que abandonou a escola em 1927. 4
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Todo mundo est sendo contaminado pelo meme do aquecimento
global, por intermdio das mdias que noticiam-no diuturnamente s
mentes humanas esta que verdade. Tanto verdade, que muitos sequer
sabem o que realmente esse processo de aquecimento global. S
entendem que algo ruim para a humanidade, e ponto final. Segundo
Dawkins3 (2001, p. 211-222) meme uma idia que uma vez apregoada,
ecoa como verdadeira para uma grande parte da sociedade, seno da
humanidade como um todo como um vrus, que replica de mente em
mente. Exemplos de memes: crer em Deus que todo mundo cr, acreditar
em vida aps morte, ter necessidade de professar uma religio porque
todo mundo tem, torcer por um time de futebol porque todo mundo
torce, assistir a corrida de Frmula-1 porque todo mundo assiste e
assim por diante. Tambm Goebbels contribuiu com a memtica, mediante
sua tcnica de propaganda nazista, que diz que uma mentira contada
mil vezes, torna-se verdade. verdade: se voc insistir por n vezes
na imprensa algo como verdade, quase a humanidade inteira tende a
ser memetizada. o que acontece com as chamadas listas dos livros
mais vendidos e rank das msicas mais tocadas, ou ento de notcias
veiculadas sobre os filmes de grande sucesso de bilheteria. A
maioria atribui ao mentor nazista Josef Goebbels essa idia de
tornar uma mentira como verdade. Porm isso tambm pode ser uma
grande mentira histrica: para outros que contestam a maioria, a
frase original pode ter sido criada por algum filsofo da Grcia
Antiga, ou ento, de um sbio oriental uma mentira contada seis
vezes, torna-se verdade. Esse mesmo memetismo est acontecendo com
toda essa histria de aquecimento global. Coitadas das crianas de
hoje, que esto nascendo com esse estigma vivero a vida inteira
pensando que morrero queimadas, seno afogadas pelas guas derretidas
das geleiras! Como diz Dawkins, a ameaa do fogo infernal. Muitas
crianas e at mesmo alguns adultos acreditam que sofrero tormentos
horrveis aps a morte se no obedecerem s regras dos sacerdotes. Esta
uma tcnica srdida de persuaso, tendo causado grande angstia
psicolgica por toda a Idade Media e at mesmo hoje (DAWKINS, 2001,
p. 219). 3Clinton Richard Dawkins (1941), africano filho de pais
ingleses, nasceu na Qunia e mudou-se aos 8 anos, para a Inglaterra,
onde concluiu seus estudos de Zoologia e Biologia, na Universidade
de Oxford. Foi professor na Universidade de Califrnia, em Berkeley,
Estados Unidos, de 1967 a 1969. Desde 1970, professor na
Universidade de Oxford. Em 1976, o neodarwinista selou para sempre
o seu sucesso, com a publicao de sua obra mxima O Gene Egosta.
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Crianas e adultos, no tenham medo de fantasma! Pois ento segue
lista de 3 (trs) motivos para voc se relaxar e no se estressar com
tanta bobagem que esto falando e escrevendo por a: 1. O humano
sozinho no tem toda essa capacidade destrutiva para poluir a
atmosfera e danificar a camada de oznio a homeostase (processo
natural e dinmico de busca de equilbrio) da Terra e do Universo,
infinitamente mais poderosa. Quer uma prova? Aquelas duas bombinhas
atmicas que derrubaram em Hiroshima e Nagasaki em 1945, matando uns
220 mil japoneses. Hoje, 62 anos depois, as duas cidades esto
completamente recuperadas Hiroshima, com mais de um milho de
habitantes e Nagasaki, com mais de 440 mil! Pelo que se depreende,
se a atmosfera local foi danificada, ela foi recuperada. 2. A
prpria natureza se autopolui ela sim, infinitamente poderosa. o
caso de florestas que emitem metano e provocam o efeito-estufa (uma
parcela de raios infravermelhos refletidos pela superfcie terrestre
absorvida por gases na atmosfera, causando um aquecimento adicional
da Terra). No s florestas emitem metano os bilhes de animais e aves
tambm poluem a atmosfera, com o metano produzido pela flatulncia
que descarregam no ar pela vlvula de escape. E no adianta voc
querer fugir responsabilidade, porque voc faz parte da humanidade
de mais de 6,6 bilhes de humanos que tambm descarrega metano, e de
monte via flatulncia de todos os dias e de todos os momentos! E
claro, tudo isso e mais outros fatores, abrem buracos na camada de
oznio que nos protege dos raios ultravioleta letais do Sol. 3. A
Natureza um processo contnuo de criao e destruio sem fim a Realizao
da Vontade de Deus. Hindus que o digam, com os seus deuses Brahman
(criador), Vishnu (da manuteno) e Shiva (da destruio). Quer o
humano queira ou no, sofremos e sofreremos todas as matizes desse
processo de criao e destruio a autotransformao da Natureza, na base
do Yang-Yin (processo contnuo de mudanas entre dois plos opostos
entre si, segundo a inteligncia chinesa). Alis, ns somos frutos de
passagem nesse processo que muda continuamente somos frutos da
composio atmosfrica de 21% de oxignio, 78% de nitrognio e o
restante de outros gases. Se o oxignio aumentar um pouco acima
desse patamar, tendemos a morrer carbonizados; caso contrrio,
sofreremos asfixia at morrer. Mesmo que o humano se adapte a essas
mudanas, um dia sucumbir de vez, se Deus quiser. Porque tudo muda e
tudo est mudando. Tudo vai e vem. Ento no pense voc, que existir
para sempre Eterno s e somente s Deus, Infinito no Espao e Eterno
no Tempo. Ainda bem que no, seno j pensou, voc pagar infinitamente
imposto de renda, IPTU e um monte de contas todo ms? 6
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Ento, para que se preocupar tanto, se o homo sapiens est com os
dias contados? A verdade que a Natureza um infinito processo de
aquecimento e resfriamento na eternidade do tempo. Somos frutos de
desastres ecolgicos na base do aquecimento e do resfriamento, desde
o big-bang do nosso Universo que de tanto esquentar na mxima
densidade da matria no ponto zero, explodiu em uma labareda de
detritos de fogo. E um desses detritos transformou-se na Terra,
cuja superfcie se resfriou, onde os gases se combinaram para formar
a atmosfera que hoje abriga incontveis vidas orgnicas e inorgnicas
que por sinal, esto em profunda transformao inclusive ns humanos,
que um dia desapareceremos enquanto espcie, para dar lugar a outra.
Porque esta a regra geral da vida no Universo de Deus, que no
privilegia ningum nem coisa nenhuma. Ou voc ainda no percebeu que
vrios outros homos (Cro-Magnon, Neanderthal, Erectus etc) vaguearam
pela Terra, antes de ceder lugar ao famigerado homo sapiens, como
bem nos mostra Capra4(1996)? Pois ento, no tenha tamanha pretenso
para ad eternamente preservar a sua espcie! Nem se frustre por no
conseguir preservar outros seres vivos, porque no conseguir! J
pensou se tivessem preservado os dinossauros do tipo Tyrannosaurus
Rex? No estaramos aqui discutindo sobre aquecimento global h muito
tempo, porque todos ns teramos servido de comida a eles e eles no
estariam nem a, preocupados em preservar a espcie homo sapiens...
Em outras palavras, impossvel controlar coisas globais como
aquecimento global e resfriamento global porque no temos controle
da homeostase da Terra, e muito menos do Universo, que ela e ns
todos estamos inseridos! Mas, como diz Dawkins (2001), somos um
amontoado de genes egostas, que querem a todo custo preservar e
multiplicar a espcie. 4Frtijof Capra (1939), austraco, doutorou-se
em Fsica pela Universidade de Viena em 1966, mas radicou-se e vive
nos Estado Unidos. Atualmente diretor-fundador do Center of
Ecoliteracy, em Berkeley, California. Fez fama ao relacionar
misticismo com cincia, na sua obra mxima O Tao da Fsica, em 1975.
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Sim, somos egostas, gostamos do conforto e evitamos a dor e o
sofrimento Sim, no s somos egostas por natureza, como tambm
gostamos de conforto e temos medo de perd-lo. Alm disso, buscamos a
todo custo, evitar a dor e o sofrimento que so prprios da vida.
Esta a grande razo pela qual gritamos, e nos preocupamos tanto, em
prol da preservao do meio-ambiente e do desenvolvimento sustentvel.
Mas no podemos controlar o macrocosmo da homeostase da Terra e do
Universo jamais conseguiremos isso! Pobres daqueles humanos que
pensam que com polticas governamentais e atitudes de mobilizao
ecolgicas, podero evitar o presumvel aquecimento global! Quem somos
ns, seno mseros humanos merc de foras csmicas incognoscvel e
infinitamente poderosas? Fatalmente teremos sim, o aquecimento
global e at o resfriamento global porque fazem parte da Natureza de
Deus. Com aquecimento global teremos sim as geleiras se derretendo
e avolumando rios, mares e oceanos, como tambm provocando reduo de
terras habitveis isso j aconteceu outrora, inmeras vezes na face da
Terra! No se iluda no, com o que dizem os ambientalistas e os
salvadores da ptria que apregoam por a, que a coitadinha da Terra
est a perigo, e voc poder salv-la, tomando uma atitude ecolgica
assim, e assado! Porque com certeza, a humanidade futura passar por
apocalipses, tanto quanto a humanidade passada j passou, quer
queira ou no! Tambm passar pelo resfriamento global, como tambm j
passou, em vrias eras glaciais que dizimaram inclusive, os
gigantescos dinossauros! Mesmo no nosso perodo histrico, como
analisam a astrofsica Sallie Baliunas e o astrofsico Willie Soon,
ambos de Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics, houve um e
outro fenmenos climticos: o Perodo de Aquecimento Medieval, entre
800 e 1300, e a Pequena Idade do Gelo, de 1300 a 1900 ocorreram
globalmente e numa poca em que a emisso de gases industriais com
efeito estufa ainda no se tinha tornado abundante (APPELL, 2003, p.
10-11). Alias, como diz Lovelock5, a Terra no tem nada de
coitadinha: O ambientalista que gosta de acreditar que a vida frgil
e delicada e que est em perigo diante da brutalidade do homem, no
gosta do que v quando olha o mundo atravs de Gaia. A donzela
desamparada que ele esperava resgatar, surge como uma me canibal
saudvel e robusta (LOVELOCK, 2001, p. 89-90). Ento, ns que somos
uns coitadinhos! Em seguida, vamos tentar entender essa outra
falcia chamada Desenvolvimento Sustentvel. 5James Ephraim Lovelock
(1919), ingls, qumico pela Universidade de Manchester e doutor em
Medicina pela Universidade de Londres. Nos anos 60 prestou
consultoria NASA National Aeronautics and Space Adminstration.
Realizou pesquisas com a norte-americana Lynn Margulis (1938)
doutora em Gentica pela Universidade de Califrnia, e ambos lanaram
a Hiptese Gaia a idia de que a Terra um organismo vivo. Para gregos
da Antiguidade, Gaia era a deusa da Terra. 8
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O CHAMADO DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL Entendendo Desenvolvimento
Sustentvel com base na filosofia de Hegel Nada como entender de
Desenvolvimento Sustentvel, tomando por base a Dialtica Hegeliana6
j que como bem define Gaarder (1996), o que chamamos de filosofia
de Hegel, de fato, um mtodo para se entender o curso da histria.
Ento, seguindo essa lgica de Hegel, deduzimos que Desenvolvimento
Sustentvel sntese. Seno, analisemos: 1. Ao (Tese): (movimento de)
DESENVOLVIMENTO ECONMICO E SOCIAL O humano na face da Terra, sempre
promoveu o desenvolvimento econmico e social, a torto e direito. O
que Desenvolvimento Econmico e Social? progresso material com
destruio da Selva de Mato e construo da Selva de Pedra, seguindo a
Cincia da Economia que considera recursos naturais como inesgotveis
e se necessrio, renovveis. 2. Reao (Anttese): (movimento ) PROTEO
AMBIENTAL Como humano portador de conscincia, ele sente que
recursos naturais esto se esgotando, poluio est tomando conta e
cada vez mais gente ocupando espao ao seu redor. Da, ele imagina
que o futuro prximo ser ruim. Ento, ele parte em defesa da a proteo
ambiental. O que Proteo Ambiental? manuteno da Selva de Mato e
bloqueio Selva de Pedra que pode resultar em estagnao e retrocesso
material humanidade. 3. Soluo (Sntese): DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL
De um lado, desenvolvimento econmico. De outro, proteo ambiental. O
humano entra em dissonncia cognitiva cada vez mais. Que fazer?
Soluo: desenvolvimento sustentvel. E o que Desenvolvimento
Sustentvel? 6Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831), filsofo
alemo, lanou sua idia que hoje conhecida como Dialtica Hegeliana,
cujos elementos bsicos so tese, anttese e sntese. 9
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a tentativa de Equilbrio e Conciliao entre DESENVOLVIMENTO
ECONMICO e PROTEO AMBIENTAL o grande paradoxo da humanidade. Em
outras palavras, DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL aquele que atende
necessidades presentes, sem comprometer necessidades futuras da
humanidade. Contrariando a Cincia da Economia que considera
recursos naturais como inesgotveis e renovveis, e reconhecendo que
tais recursos so esgotveis e uma vez explorados arbitrariamente,
pode resultar em desequilbrio ecolgico prejudicial humanidade.
Atendendo a apelos dos jovens da Contracultura em protesto em
festivais como a de Woodstock7, a partir dos Anos 60. preocupao da
ONU Organizao das Naes Unidas a partir dos anos 70. Sim, ns
coitadinhos podemos sim, controlar este nosso microcosmo de nossas
atividades no nosso cotidiano, de imediato e em curto prazo para
que soframos menos e vivamos confortavelmente cada vez mais.
Conciliando Desenvolvimento Econmico e Social com Proteo Ambiental.
Reforando: desenvolvimento sustentvel aquele desenvolvimento
econmico-social que tanto satisfaz a necessidades presentes da
Humanidade, quanto as presumveis necessidades futuras dela. Nesse
sentido, so admirveis e de grande valor os movimentos ecolgicos e
ambientais, sim. Da, tanto quanto possvel, devemos nos
conscientizar do desenvolvimento sustentvel, evitando ao mximo: 1.
A poluio atmosfrica, no porque iremos destruir a atmosfera, mas sim
para continuarmos respirando bem, e com um mnimo de problemas de
sade. Deveremos ento, controlar a emisso de poluentes industriais,
mas sem comprometer o progresso das empresas desenvolvendo e
aplicando tecnologias ecolgicas. Iniciativas como Protocolo de
Kyoto que estabelece limites para a emisso de gases industriais,
devem ser seguidas mas tambm quem for contra merece ser respeitado,
porque deve ter suas razes. O mais importante encontrar o caminho
do meio que satisfaa ambas necessidades. 7Woodstock Music and Art
Fair: an Aquarian Exposition, foi um evento musical de protesto,
notadamente contra a Guerra do Vietn (1965-1975). Em 3 dias de Paz,
Amor e Msica, de 15 a 17 de agosto de 1969 em uma fazenda do Estado
de Nova York , mais de 400 mil jovens curtiram as apresentaes das
maiores bandas, astros e estrelas dos Anos 60 como Jimi Hendrix,
Janis Joplin, Joan Baez, Joe Cocker, Creedence Clearwater Revival,
The Who, Santana, Jefferson Airplane e Grateful Dead. Saiba mais em
http://www.egoshi.com.br/espiritual/Woodstock.html. 10
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2. A poluio hdrica, no porque iremos destruir rios, mares e
oceanos, mas sim para continuarmos a usufruir gua potvel e fauna
aqutica sem contaminao. Deveremos ento, definitivamente, cercear a
prtica de jogar detritos industriais em rios, mares e oceanos, bem
como desenvolvendo e aplicando tecnologias ecolgicas. 3. A poluio
do solo, no porque iremos contaminar a terra, mas sim para evitar
proliferao de doenas e anomalias provocadas por lixos e detritos
qumicos perniciosos. Deveremos ento, cercear a prtica de jogar
detritos qumicos perniciosos, bem como promover o controle e o
tratamento de lixos urbanos desenvolvendo e aplicando tecnologias
ecolgicas. 4. A poluio trmica, no porque acabaremos com a gua, mas
sim para manter a sua pureza tanto quanto possvel, para satisfazer
a necessidade de oxignio da biosfera. Deveremos ento, estabelecer
limites do volume de gua quente sobre gua fria desenvolvendo e
aplicando tecnologias ecolgicas de resfriamento de gua quente,
purificao de gua poluda e por que no, tecnologia de fabricao de gua
potvel. Entretanto, tudo isso somente deixar de ser apenas falcia,
se os humanos realmente necessitarem de preservar o meio-ambiente
em um mundo dominado por interesses econmico-financeiros. Seno, a
falcia tende a continuar. Por que o mundo assim to conturbado?
Porque sim! Esta a resposta mais verdadeira a resposta de uma
criana. E eu fico com a pureza da resposta das crianas, como canta
Gonzaguinha8 e afirma taxativamente Osho9 em seus livros! Porque
assim mesmo! A Natureza assim mesmo. O nosso intelecto que
classifica a Natureza de ambgua, contraditria e paradoxal, por ela
se comportar como tais. O nosso intelecto que tenta enquadrar a
Natureza no limitado molde da Cincia. 8O carioca Luiz Gonzaga do
Nascimento Junior (1945-1991), o famoso cantor e compositor
Gonzaguinha, era filho do pernambucano e tambm cantor e compositor
Gonzago Luiz Gonzaga (1912-1989), o rei do baio, ainda mais famoso
que ele. 9O indiano Osho (1931-1990) foi um dos maiores, seno o
maior mestre de auto-conhecimento, auto-direo e auto-administrao da
vida, que este mundo j conheceu. 11
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Mas a Cincia e a sua filha Tecnologia tm a soluo da maioria dos
problemas humanos. Ao mesmo tempo, ambgua, contraditria e
paradoxalmente, geram problemas. Quer um exemplo? A Cincia da
Medicina reduziu a dor e o sofrimento, como tambm aumentou o tempo
mdio de vida de cada um, de tal sorte que um indivduo tende a viver
mais com mais sade. Mas ao mesmo tempo, tende a gera uma srie de
problemas para esse mesmo indivduo e tambm, humanidade. O indivduo
tende a se cansar da vida, porque quanto mais vive, mais desgraa
sente de si e presencia a dos outros e quanto mais avanar na idade,
tende a se frustrar cada vez mais, porque se torna cada vez mais
impotente em todos os sentidos, em um mundo cada vez mais dinmico
que exige rapidez na tomada de decises e na prtica de aes. A animao
da vida se exaure fsica e emocionalmente, ao longo do tempo. E no
adianta contrariar, porque a Lei da Vida. No toa que Bruce Lee10
dizia que no queria viver muito feliz dele, porque morreu jovem e
no auge, antes de completar 33 anos. Quanto humanidade, fatalmente
sofrer o desequilbrio ecolgico causado pelo humano sobre si mesmo,
que tem como conseqncia a superpopulao que se estende cada vez
mais. Porque antes o equilbrio estava nas mortes mais rpidas (por
doenas e guerras), acompanhando o crescimento vertiginoso da prole.
Hoje, com o avano da Medicina e da Paz sem Guerra, tendemos a
morrer velhos e fracos aos poucos, e no novos e fortes. Essa
superpopulao acarretar e j est acarretando desequilbrio no s
ecolgico, como econmico-social e psicossocial. J estamos sofrendo
isso nas grandes cidades: trnsito infernal e violncia cada vez mais
comum na selva de pedra que so apenas dois dos inmeros problemas
que tendem a se avolumar, porque cada vez mais, o espao terrestre
reduzido para cada indivduo. Assim, ningum agenta o outro, e vai
pro pau mesmo! Isso sem falar no desemprego em massa, e no rombo
cada vez maior da previdncia social. Mas no se preocupe e deixe de
se estressar, porque assim mesmo! Goze da alegria de viver.
Enquanto e quanto puder. Mesmo na desgraa, se conforme, porque
assim mesmo. Seja uma criana feliz. Let it be11. Fique com a pureza
da resposta das crianas, como gostosa e sabiamente cantou
Gonzaguinha: 10Bruce Lee (1940-1973), o mais famoso astro de Kung
Fu e artes marciais de todos os tempos, nasceu em San Francisco,
California. Pela histria oficial, morreu de edema cerebral
provocado por um analgsico fornecido por uma amiga artista, quando
sentiu forte dor de cabea. Foi um verdadeiro rebelde e
revolucionrio das artes marciais, criando um estilo sem estilo que
denominou de Jeet Kune Do. 11Let it be aquela adorvel msica dos
Beatles que foi gravada na sua ltima sesso de gravao de estdio em
janeiro de 1969, e lanada em maio de 1970. 12
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VIVER E NO TER A VERGONHA DE SER FELIZ Eu fico Com a pureza da
resposta das crianas a vida, bonita e bonita Viver, e no ter a
vergonha de ser feliz Cantar e cantar e cantar A beleza de ser um
eterno aprendiz Ah meu Deus eu sei, eu sei Que a vida devia ser bem
melhor e ser Mas isso no impede que eu repita bonita, bonita e
bonita Tambm entoe aquele trecho de uma antiga msica do Ney
Matogrosso12: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Mas,
infelizmente, depois de desfrutar a alegria de viver feito criana,
retornemos ao chato e falacioso mundo dos adultos, analisando o
social, o tico e o ecolgico. 12O matogrossense Ney de Souza Pereira
(1941) ou melhor, Ney Matogrosso, mudou-se para So Paulo em 1971, e
foi convidado a compor o grupo musical (que na poca recebia o nome
de conjunto) Secos & Molhados, que fez um tremendo dum sucesso
por uns 3 anos e depois, se dissolveu. 13
-
A QUESTO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL, TICA E ECOLGICA
Responsabilidade Social, tica e Ecolgica um IDEAL. Um Ideal que
todos devemos seguir porque necessitamos SOBREVIVER e PROGREDIR.
Para SOBREVIVER e PROGREDIR necessrio no s PAZ e HARMONIA entre
humanos, como tambm promover o BEM-ESTAR GERAL com o ECOSSISTEMA
que fazemos parte. Fazemos parte de um Todo. As Partes constituem o
Todo. O Todo importante, as Partes tambm, igualmente. Cada um Parte
de um Todo. Uma Parte interage com as outras, e com o Todo. Uma
depende das outras, e do Todo. Para termos PAZ e HARMONIA entre
humanos, necessrio ter Responsabilidade Social, seguindo a tica.
tica um conjunto de valores humanos em comum coletivo, que pessoas
tentam seguir em um determinado contexto social e nem todos
conseguem e seguem, porque cada um regido por sua individualidade
de impulsos e intenes em causa prpria. Justamente porque cada um
busca e obrigado a buscar o progresso. Para promovermos o BEM-ESTAR
GERAL com o ECOSSISTEMA que fazemos parte, necessrio agir com
Responsabilidade Ecolgica e promover Desenvolvimento Sustentvel.
Responsabilidade Ecolgica pressupe no agredir nem destruir
integrantes e componentes do ecossistema atual, sem real
necessidade. Desenvolvimento Sustentvel agir pela sobrevivncia e
promover o progresso, sem comprometer o ecossistema futuro, como
analisamos anteriormente. Mas, entretanto, o real est sempre bem
distante do ideal. Empresas e governos fazem tremendo dum alarde,
anunciando-se promotores de Responsabilidade Social, tica e
Ecolgica. Mas paradoxalmente, fazem exatamente o contrrio quanto
mais alardeiam, menos fazem o que promovem. Acabam sendo os mais
irresponsveis sociais, ticos e ecolgicos. Vale a pena aqui conferir
alguns exemplos notrios de hoje: 14
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1. Apago Areo De 1970 a 2007 a populao aumentou de 90 milhes
para quase 190 milhes de habitantes no Brasil um tremendo de um
acrscimo de 100 milhes, isto , 111%. O movimento dos aeroportos
aumentou na devida proporo e at mais mais pessoas circulando e
viajando, mais empresas operando, mais avies decolando e
aterrissando. Mas, a infra-estrutura aeroporturia do Brasil no
acompanhou esse gigantesco crescimento. Principalmente So Paulo,
que continuou com o mesmo nmero de aeroportos: Viracopos, criado na
dcada de 1930 para transporte de carga e homologada em 1960 para
passageiros; Congonhas, inaugurada em 1936; e Cumbica em 1985. S se
aumentou o nmero de empresas, profissionais, passageiros, bagagens
e cargas no mesmo espao delimitado h umas trs dcadas atrs. No
poderia ocorrer outra coisa pior, seno a queda do avio Airbus A320
da TAM, no vo JJ-3054 em 17 de julho de 2007, que vitimou 199
pessoas. E desde ento, o que presenciamos social, tica e
ecologicamente? Empresas, funcionrios (pblicos e particulares),
amigos e familiares de vtimas, uns culpando outros em meio a
agresses verbais e at fsicas em aeroportos de forma mais
anti-social e antitica possvel. Seria tudo muito lindo e
maravilhoso se todos solidariamente lamentassem a tragdia e cada um
assumisse parte da culpa isso sim, seria um comportamento social e
tico exemplar de uma nao superior, de pessoas conscientes. Mas no.
Nem mesmo o Governo da Repblica que de cara deveria prestar apoio a
familiares e parentes, fez de conta que nada houve nos primeiros
dias aps o acidente, para depois, descaradamente, sair se
defendendo e querendo achar culpados da tragdia. Foi um verdadeiro
pandemnio de sucessivas acusaes e improprios uns sobre outros, de
um tal de salve-se quem puder entre Presidente da Repblica e seus
ministros, ministros e funcionrios da INFRAERO Empresa Brasileira
de Infra-estrutura Aeroporturia, entre INFRAERO e a TAM Linhas
Areas. Enfim, os mais fortes demitiram e os mais fracos foram
demitidos, como se fossem os nicos culpados. Alm destes, os que
sempre realmente botam a mo na massa e trabalham, foram presos,
como alguns pobres controladores de vo. Alm disso tudo, ningum
tomou nenhuma providncia sobre overbookings que acontecem h muito
tempo, excesso de atrasos e cancelamentos de vos, desvios e perdas
de malas que tanto prejudicaram e prejudicam os viajantes.
lamentvel constatar que desde 1985, aps o ciclo militar e incio da
redemocratizao do Brasil, os cegos dos sucessivos governos
brasileiros vm ignorando os preceitos do Diamante de Porter
(PORTER, 1989). Pelo que se depreende desse modelo de Diamante de
Porter, criar infra-estrutura para desenvolver insumos bsicos, um
fator de diferencial competitivo para o progresso de um pas. 15
-
No caso do Brasil, a falta de infra-estrutura, notadamente na
rea aeroporturia, como tambm na porturia e rodoviria, tem emperrado
o progresso do pas. E causado inmeros problemas, inclusive do j
famoso apago areo que resultou no maior acidente areo que este
nosso pas sofreu, que ora acabamos de analisar. 2. Procon A
Telefnica foi campe de reclamaes do Procon Fundao de Defesa e
Proteo do Consumidor em 2006 conforme noticiou o tradicional e
fidedigno jornal O Estado de S. Paulo em 15 de maro de 2007
(FREITAS e FRANA, 2007). Deu um jeito de sair da incmoda situao.
Promoveu uma festinha de integrao da diretoria da Telefnica com
mais de cem funcionrios da Procon de todo o Brasil, no dia 6 de
dezembro de 2007. Com almoo nobre, vinho e presentes para todos no
Hotel Mercure na zona norte da cidade de So Paulo. Tudo pago pela
Telefnica conforme noticiado pelo tambm tradicional e fidedigno
jornal Folha de S. Paulo em 7 de dezembro de 2007 (PINHO, 2007).
Realmente Governo e seus rgos de proteo e defesa da cidadania fazem
tudo pelo social. Se rgos de proteo e defesa da cidadania fazem
tudo pelo social como Procon, pobres de ns simples cidados
indefesos, merc das empresas e dos grandes grupos de interesse
econmico que tomaram conta do Brasil! 3. Contribuio Provisria sobre
Movimentao Financeira Itamar Franco criou o IPMF Imposto sobre
Movimentao Financeira em 1993, para fazer caixa e sair gastando.
Adib Jatene no governo FHC Fernando Henrique Cardoso teve a idia de
ressuscit-lo em 1996, talvez com a justa idia de favorecer a Sade
do Brasil. Com outro nome: CPMF Contribuio Provisria sobre
Movimentao Financeira. Trocou imposto por contribuio, justamente
para se desviar de melindres legais e direcionar a aludida receita
somente para a Sade. Mas acabaram dando um jeito mesmo, para cobrir
o rombo dos cofres pblicos, seno parte da fortuna foi parar em mos
sujas da corrupo. Para a Sade mesmo, praticamente nada. Lula que
foi frontalmente contra CPMF quando no era Governo, ao final de
2007 brigou com unhas e dentes, negociou cargos e benefcios junto a
partidos e polticos para que fosse aprovada a sua prorrogao. Ainda
bem que no conseguiu. Bem que ele tentou descaradamente com muita
cara de pau, tornar permanente o provisrio. 16
-
Para compensar essa perda da fortuna do CPMF, ele tentar
aumentar IOF Imposto sobre Operaes Financeiras, IRPF Imposto de
Renda de Pessoas Fsicas, IRPJ Imposto de Renda de Pessoas Jurdicas
e outros impostos e alm disso, tentar reduzir o oramento de reas
prioritrias como a da prpria Sade, da Educao e da Infra-Estrutura.
E a Sade Pblica continua precria com tantos governantes e polticos
fazendo tudo pelo social e com muita responsabilidade social, tica
e ecolgica. Imaginem se no fizessem seria melhor. 4.
Congestionamento de Trnsito Outro exemplo notrio o cada vez maior
congestionamento de trnsito na cidade de So Paulo. E os crescentes
problemas da maior megalpolis do Brasil, da decorrentes. Mas, o que
isso tudo tem a ver com responsabilidade social, tica e ecolgica?
Muito a ver. Porque tanto quanto em aeroportos, ferrovias e portos,
o movimento de rodovias do Brasil e vias pblicas de So Paulo
aumentou nos ltimos 30 anos, mas no tivemos a necessria ampliao da
infra-estrutura, muito menos providncias para evitar o caos em que
se transforma Sampa, principalmente em dias e noites de chuva.
Muito pelo contrrio, empresas vendem carros e mais carros, sabendo
que iro entupir vias pblicas querem mesmo faturar. E o governo e
seus rgos pblicos, por sua vez, querem mesmo faturar impostos,
taxas e contribuies que incidem sobre a venda de carros. Assim,
empresas vociferam que seguem preceitos de responsabilidade social,
tica e ecolgica; governos e polticos alardeiam e dizem fazer tudo
pelo social. Nada mais mentiroso, enganador, hipcrita e falacioso.
O Estado Brasileiro de hoje, como escreveu com muita propriedade
Machado (1993, p. 132) sobre o fim do Governo Militar e o incio da
Nova Repblica: estvamos em fins da ditadura militar, entrando na
ditadura empresarial. Realmente o Brasil de hoje, est merc da
ditadura empresarial de poderosos grupos de interesse (nacionais e
internacionais) que tomaram conta do Estado em conluio com polticos
populistas e paternalistas, que sempre aparecem na democracia. Em
outras palavras, de um lado, polticos populistas que ganham votos
dando peixe, ao invs de ensinar o povo a pescar; de outro,
empresrios oportunistas e empresas que doam dinheiro para campanhas
eleitorais de candidatos fortes e / ou fazem negociatas com
funcionrios pblicos governantes, para deitar e rolar no mercado.
esta a triste realidade que se tem desvelado, sempre que incontveis
maracutaias foram descobertas no Brasil. O mais curioso, que,
justamente aqueles polticos populistas, demaggicos e corruptos que
os militares expulsaram do cenrio poltico em 1964, retornaram com
roupa nova e discursos libertrios e eloqentes a partir de 1985.
Pobres de ns brasileiros: samos da ditadura dos militares, para nos
afogarmos em um sufocante mar de lamas putrefatas e ftidas da
democratura. 17
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Sim, democratura um misto de democracia com ditadura. Talvez
isso que Aristteles13 quis dizer, quando disse que democracia tende
anarquia. De um lado, democracia de votos onde polticos populistas
e corruptos so eleitos por milhes de cidados fracos, ingnuos e
incautos, que apostam tudo em um governo paternalista do tipo
salvador da ptria, paizo e provedor de necessidades de sobrevivncia
e progresso. Por outro lado, ditadura de empresas (tomando aqui
emprestado o termo de Machado) que investe e financia polticos mais
fortes e populares. Todos eles, com um interesse comum: dinheiro,
poder e sucesso. Principalmente dinheiro, que compra poder e
sucesso. Essa democratura em que o Brasil est se afogando
extremamente sufocante porque maracutais satisfazem apenas uma
nfima parcela da populao extremamente privilegiada (polticos,
funcionrios pblicos e empresrios corruptos) enquanto cada um dos
indivduos honestos que pagam tributos, no recebe a devida compensao
pelo que duramente paga. Lamentavelmente o Brasil da Nova Repblica,
das maracutaias dos sacanas que metem a mo no dinheiro pblico, e
da, cada vez mais uma nao de indivduos (em relao aos indivduos dos
pases desenvolvidos como Estados Unidos) que no usufrui melhoria no
bem-estar do seu dia a dia, porque: 1. A infra-estrutura ao seu
redor fica estagnada cada vez mais. No sobra dinheiro para a
infra-estrutura de benfeitorias sociais (estradas, ruas, avenidas,
praas, rodovirias, portos e aeroportos; hospitais, clnicas,
pronto-socorros, ambulatrios, laboratrios e farmcias); cemitrios,
velrios, crematrios e servios funerrios; escolas; creches, asilos e
orfanatos; foras armadas, polcias e outros servios de segurana
pessoal e patrimonial. 2. Como conseqncia da falta de uma melhor
infra-estrutura, o custo de vida (dinheiro e tempo) do cidado comum
aumenta, alavancando o j alto Custo Brasil que alm do mais, tem
prejudicado a nossa competitividade internacional. 3. A sua renda
no cresce tanto quanto a dos indivduos, dos pases desenvolvidos
como Estados Unidos. Ao contrrio, cresce sim, a renda de grandes
empresas e pessoas mais ricas, contribuindo mais ainda para a
concentrao da renda. 13Aristteles (384 a.C 322 a.C) foi discpulo de
Plato (429 a.C 347 a.C) que por sua vez foi de Scrates (470 a.C 399
a.C). Aristteles no seu livro Poltica, estuda a organizao do Estado
e distingue trs formas de Administrao pblica, a saber: 1. Monarquia
ou governo de um s (que pode redundar em tirania). 2. Aristocracia
ou governo de uma elite (que pode descambar em oligarquia). 3.
Democracia ou governo do povo (que pode degenerar em anarquia)
(CHIAVENATO, 1983, p. 22). 18
-
Em outras palavras, a tal ditadura empresarial significa mais
interferncia do Estado na economia brasileira por parte dos
polticos corruptos no poder, em causa prpria que prejudica toda a
nao como um todo. Tanto verdade que, Guandalini (2007) destaca que:
At 1980, o Brasil ponteava entre as naes que mais cresciam no
planeta. O pas chegou a exibir taxas de crescimento anuais
superiores a 10% em 1973, bateu em 14%. Hoje os brasileiros amargam
um dos piores desempenhos comparativos. De 1996 a 2005, China e
ndia avanaram a um ritmo anual de 9% e 6%, respectivamente. No
mesmo perodo, a mdia brasileira foi pouco superior a 2%, enquanto a
renda per capita nacional, um dos principais indicadores do padro
de vida de uma sociedade, permanecia estagnada. Ento, a tradicional
revista Veja foi perguntar aos sete ganhadores do Prmio Nobel de
Economia (Douglas North, Edward Prescott, Gary Becker, James
Heckman, Paul Samuleson, Robert Mundell e Robert Solow) por que o
Brasil parou de crescer e no consegue acompanhar o mirabolante
ritmo da China e da ndia. Cada qual com sua fundamentao terica
prpria explicou a causa, mas todos convergiram para o mesmo ponto:
ditadura empresarial de poderosos grupos de interesse (nacionais e
internacionais) que tomaram conta do Estado em conluio com polticos
populistas e paternalistas, que sempre aparecem na democracia.
Analisando-se cada uma das idias desses autores que as expuseram ao
jornalista Guandalini (2007), conclumos que elas so complementares,
conforme expomos a seguir: Becker: H ainda o que eu chamaria de
"capitalismo de compadres" algumas famlias ou setores privilegiados
conseguem favores e emprstimos do governo. No caso mexicano, no
setor televisivo e nas telecomunicaes. Suspeito que isso tambm seja
verdadeiro em outros pases da Amrica Latina, como o Brasil. North:
Brasil um pas cheio de promessas e possibilidades, mas que foi
tomado de assalto por grupos de interesse que souberam se
aproveitar do Estado para seus prprios benefcios. E ainda se
aproveitam. Esses grupos se protegem da competio, numa ao que tende
a fechar a economia e barrar a eficincia. Mundell: O Brasil um dos
pases mais fechados do mundo, ficou em 81 lugar em um ranking de
abertura econmica elaborado pela Heritage Foundation, com informaes
de 157 pases (o mais aberto Hong Kong). A caracterstica comum a
todos os pases fechados, como o Brasil, que eles tm baixa renda per
capita. No h como ter crescimento sem empresrios, sem pessoas que
iniciem novos negcios. Samuelson: Quanto Amrica Latina e ao Brasil,
surpreendente que nunca tenham se beneficiado desse processo de
forma integral, apesar de surtos episdicos de crescimento. O padro
poltico de democracias populistas parece ter sido um fator que
inibiu o desenvolvimento. 19
-
Solow: No h nenhuma razo intrnseca para que o Brasil no tenha o
sucesso dos asiticos. uma questo de seguir polticas adequadas, o
que mais difcil quando o governo no tem uma maioria estvel no
Congresso. Nenhum pas com tradies democrticas, como o Brasil,
poderia manter, como faz a China, uma enorme populao rural em
situao de extrema pobreza. Ser um pas democrtico traz certas
limitaes. Aqui no vai uma crtica democracia s um registro de que,
apesar dos mritos inegveis desse sistema, mais difcil para o Brasil
ter a estabilidade poltica que lhe permitiria crescer rapidamente.
Prescott: Ainda que sensibilidades possam se ouriar, preciso
reconhecer que regimes democrticos, como o brasileiro, no so
precondies para o sucesso econmico. Pelo contrrio: muitos pases
saram da pobreza sob regimes autoritrios. Vejam os casos de
Pinochet, no Chile, Franco, na Espanha, Park, na Coria do Sul, ou
Chiang Kai-shek, em Taiwan. Para selar de vez essa nossa assertiva
sobre a ditadura empresarial de poderosos grupos de interesse
(nacionais e internacionais) que tomaram conta do Estado em conluio
com polticos populistas e paternalistas, que sempre aparecem na
democracia que prejudica toda a nao como um todo, oportunamente
apresentamos aqui a ltima pesquisa da Heritage (que inclusive,
Mundell mencionou) de 2008. Por uma feliz sincronicidade, quando se
estava fechando o presente trabalho, a Internet trouxe em primeira
mo, o resultado da pesquisa que foi divulgada nestes primeiros dias
de 2008. Essa pesquisa da Heritage Foundation em parceria com Wall
Street Journal, veio a corroborar essa assertiva, ao classificar o
Brasil entre 163 pases, na 101 posio em liberdade de mercado,
atribuindo como principal causa a corrupo, conforme noticiado no
site UOL Online (CLETO, 2008). E assim, o Brasil no pra de cair no
precipcio do Livre Mercado da Heritage: 58 posio em 2003, 60 em
2004, 62 em 2005, 70 em 2006, 99 em 2007 e 101 em 2008. Como
resultado disso tudo, o padro de vida do cidado comum brasileiro
cai principalmente a classe mdia que paga tributos. Na melhor da
hipteses, no melhora tanto quanto poderia melhorar em relao a
outros mais desenvolvidos que so os primeiros da Heritage (como
Austrlia, Canad, Estados Unidos, Gr-Bretanha, Irlanda, Japo, Nova
Zelndia, Sua e outros) e / ou em desenvolvimento que tambm esto bem
colocados e muito frente do Brasil (como Hong Kong (1 colocada na
Heritage), Cingapura, Chile, Trinidad e Tobago, Bahamas, Barbados,
El Salvador, Uruguai, Jamaica e Panam). difcil acreditar, mas outra
notcia lastimvel aquela que acaba de se receber da Agncia Estado: O
grupo especial de fiscalizao mvel do Ministrio do Trabalho e
Emprego libertou no ano passado 5.877 trabalhadores mantidos em
condies anlogas de escravos em fazendas do Pas (PEREIRA, 2008).
Sim, parece notcia de 1888, mas de 2008, mesmo! Pelo jeito, mesmo
120 anos depois da Lei urea que legalmente aboliu a escravido no
Brasil, ainda persiste a escravido enrustida e sacana no Brasil
Selva de Mato onde ainda vivenciamos muito de selvageria, barbrie e
violncia que sem dvida, tambm contribuem para a inferior posio do
Brasil na pesquisa da Heritage. 20
-
Empresas querem mesmo faturar e no h nada de errado nisso.
Afinal, a maior responsabilidade social, tica e ecolgica de uma
empresa a de gerar lucro. Drucker vem nos corroborar nessa
assertiva, afirmando que o primeiro dever e a responsabilidade
permanente do gerente da empresa a de lutar pelos resultados
econmicos melhores possveis a partir de recursos empregados ou
disponveis. Tudo o mais que se espera dos gerentes, ou que eles
possam querer fazer, depende do bom desempenho econmico e de
resultados lucrativos ao longo dos prximos anos (DRUCKER, 2002, p.
61). Friedman, o grande defensor do livre mercado, tambm tem a idia
de que empresas vivem para lucro, e no propriamente para gerar
riqueza para acionistas ou tampouco para fins sociais, conforme
atesta Guandalini (2006, p. 140-141). Ento, que fazer para que no s
o trnsito de So Paulo, como tambm o Brasil como um todo no se
transforme num caos, com a natural e permissvel atuao desenfreada
das empresas? A soluo ao mesmo tempo muito simples e quase
impossvel: a atuao do Estado como rbitro imparcial, conciliador e
moderador entre os mais diversos agentes da sociedade e da
economia. Embora um mal necessrio, o Estado Brasileiro seria
promissor se retornasse s suas origens e voltasse a desempenhar to
somente suas mais puras quatro funes bsicas e fundamentais. Essas
quatro funes bsicas e fundamentais, so: 1) Conciliar as foras
econmico-sociais sempre em choque entre si Muito provavelmente foi
assim que se desenvolveu a primeira grande funo do Estado,
encarnada em um terceiro, homem forte, esperto e inteligente acima
da mdia, para exercer o poder que hoje denominamos Judicirio de um
monto de juizes, desembargadores, promotores e outros funcionrios
pblicos auxiliares, em esferas federal, estadual e municipal. A
melhor metfora talvez seja aquele troglodita mais forte, esperto e
inteligente acima da mdia, que se intrometeu entre outros dois que
brigavam pela mesma mulher e fez a conciliao que possibilitou uma
convivncia pacfica entre os quatro. 2) Legislar em prol de uma vida
em comum em uma populao cada vez maior, para desenvolver uma
sociedade mais justa Esse homem forte, esperto e inteligente, com a
ajuda de seus seguidores, comeou a formalizar a prtica de
conciliao, mediante algo escrito e aplicvel para o bem-estar comum
e da, desenvolveu-se o Direito Positivo to comum hoje em dia.
Nasceu ento um Moiss (outra metfora) para impor seus Dez
Mandamentos sua gente selvagem, brbara e violenta. E por tabela, a
humanidade criou o Poder Legislativo de um monto de senadores (na
esfera federal), deputados (nas esferas federal e estadual),
vereadores (esfera municipal) e outros funcionrios pblicos
auxiliares (em esferas federal, estadual e municipal). 21
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3) Implementar e administrar infra-estrutura comum a todos ou
condies gerais de produo14 A partir do momento em que o homem
deixou de ser nmade e se transformou em sedentrio, ele comeou a
plantar vegetais, criar animais para abate e produzir as primeiras
tecnologias. E da, quando comeou a efetuar trocas comerciais com
seus excedentes de produo domstica, ele sentiu a necessidade de se
deslocar de um lugar a outro. Mas s havia a bravia Selva de Mato,
para atrapalhar. Tinha que venc-la a qualquer custo, abrindo
estradas, construindo pontes etc, entre um local e outro de produo.
E como ningum queria arcar permanentemente com esse trabalho sujo,
pesado e perigoso (que os japoneses denominam de 3 Ks Kitai, Kitsui
e Kiken, respectivamente) mais uma vez, um terceiro (prestador de
servio pblico) foi contratado em comum acordo entre os demais desta
vez, para destruir a Selva de Mato e construir a Selva de Pedra. 4)
Promover e administrar o bem-estar social, tico e ecolgico Muito
cedo, o humano descobriu que no bastava to somente implementar e
administrar infra-estrutura comum a todos. Necessitaria cuidar de
algo mais. Algo mais, que sempre sobra dentro da infra-estrutura
vivos e mortos. Com o tempo, na medida em que aumentou a
complexidade de trabalhos 3 Ks15 conforme ia aumentando a populao,
cada vez mais se necessitou de grupos de profissionais
especializados para administr-los de forma mais efetiva. No deu
outra, desenvolveu-se a terceira funo do Estado, ou o Poder
Executivo de hoje, de um monto de executivos pblicos (Presidente da
Repblica e seus ministros, na esfera federal; governadores e seus
secretrios na esfera estadual; prefeitos e seus secretrios na
esfera municipal) e outros funcionrios pblicos auxiliares (em
esferas federal, estadual e municipal). 14Condies Gerais de Produo
um termo aqui emprestado do portugus Joo Bernardo (1946), grande
pesquisador e terico autodidata do marxismo. Como destaca Costa
Pinto (2008), por causa de sua militncia poltica foi-lhe negado o
acesso s universidades portuguesas e da, at hoje, Joo Bernardo no
tem qualquer ttulo universitrio, tem apenas um curso secundrio.
Porm seus resultados de pesquisa so de elevado nvel cientfico e
epistemolgico, sem dvida tanto que so estudados em nvel de
ps-graduao stricto sensu como o da EAESP/FGV Escola de Administrao
de Empresas de So Paulo da Fundao Getlio Vargas. Segundo Joo
Bernardo, Condies Gerais de Produo so de carter tecnolgico
material: infra-estruturas de transportes de matrias-primas,
infra-estruturas extractivas, infra-estruturas de energia e
transportadoras de energia, etc., bem como s de carter
burocrtico-administrativo (BERNARDO, 1977, p. 80) que propiciam a
integrao tecnolgica entre empresas (Bernardo, 1977, p. 66). O
prprio processo de educao e ensino passou a ser uma das condies
gerais de produo (Bernardo, 1977, p. 79). 15Justamente por falta de
mo de obra 3 Ks, que hoje em dia desde a dcada de 1980, mais de 300
mil descendentes de japoneses e assemelhados do Brasil esto
trabalhando no Japo. Esses trabalhadores so chamados de
dekasseguis. Dekassegui significa em japons, qualquer pessoa que
deixa o pas onde vive, para trabalhar em outro, para ganhar
dinheiro. 22
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O ser humano nasce, vive e morre, como todos os outros seres
vivos e coisas. Se morrer, no pode deixar o corpo por a, porque
apodrece, derrete e fede, a ponto de atrapalhar a vida dos vivos
da, o humano teve que aprender a enterrar os mortos por debaixo da
terra, ao invs de deixar seus restos mortais aos urubus, que
incomodam que est vivo. Nascia assim a importante profisso de
coveiro, e se criava uma estrutura pblica chamada cemitrio. Depois
o velrio, e outras estruturas e servios agregados. Portanto, aquilo
que tanto falam de agregar valor (ao produto original ou
principal), vem de longa data! Mas, caramba, nasce-se e vive-se
sofrendo, at morrer! Na maioria das vezes, tem-se mesmo dor fsica
por doenas e ferimentos. Ento, fez-se de tudo para estancar essas
dores no princpio, de improviso e depois, cada vez mais, com
conhecimentos, habilidades e atitudes profissionais, originando
profisses de enfermeiras, mdicos e paramdicos, bem como se
construindo asilos para idosos alquebrados sem famlia e orfanatos
para crianas abandonadas, hospitais para doentes e feridos. At se
chegar aos dias de hoje, com mais servios agregados: farmcias,
ambulatrios mdicos, laboratrios de exames e toda uma rede de
indstria farmacutica que conhecemos. Depois, o humano descobriu que
tambm tinha dor sentimental e emocional, e que tal natureza
psicossomtica poderia at acarretar doenas e dores fsicas, alm de
faz-lo sofrer assim ao longo dos tempos, foram criadas cincias e
terapias da Psicologia, Psiquiatria, Psicanlise e outras
correlatas. Resolvidos todos os problemas dos mortos e dos vivos?
No! No, porque desde que o humano se transformou em sedentrio, ele
demarcou um frtil territrio e disse de forma bem egosta para os
outros: isto meu! Pior: aquele mais forte, esperto e inteligente
tomou territrios, e roubou outros pertences de outros mais fracos,
ingnuos e incautos, e disse: tudo isso meu! minha propriedade! E
assim, sucessivamente, os mais fortes foram tomando, roubando e
saqueando at formar reinados e monarquias em nome de Deus, que
perduram at hoje. Se no formaram reinados e monarquias, criaram
imprios de empresas, propriedades e posses. Ainda bem que quase
todos reinados e monarquias absolutistas se transformaram em
repblicas democrticas assim, em tese, todos comearam a ter a
oportunidade de usufruir de propriedades e posses, sem serem
aqueles abenoados por Deus. Afinal, todos tm o direito natural de
viverem em paz e com sade, seja quem forem pois todos ns somos
filhos de Deus, no mesmo? Mas, o tudo isso meu! individual evoluiu
para o tudo isso nosso! coletivo movido pela necessidade de
expandir negcios que resultou em centenas de pases de hoje. E para
assegurar a posse de um territrio perante os possveis invasores
vidos por tomar, roubar e saquear, cada pas criou suas cada vez
mais sofisticadas equipes de segurana tanto para proteger o
territrio conquistado e demarcado, quanto para roubar e anexar
novos territrios. Assim nasceram as milcias de antigamente, que
evoluram de forma civilizada para as Foras Armadas (Exrcito,
Marinha e Aeronutica) de hoje. No s pases, mas indivduos, quanto
mais posse e dinheiro tm, mais necessitam de correspondentes foras
armadas. 23
-
Alm de Foras Armadas para proteger e assegurar as demarcaes
territoriais, necessria tambm a Polcia (em esferas municipal,
estadual e federal) para manter a ordem social porque o humano por
natureza, tende a fazer aos outros, aquilo que taxamos de maldades.
No s aqueles que praticam maldades, mas aqueles transgressores da
ordem social constituda (ladres de propriedades e bens em geral,
bem como arruaceiros que atrapalham a produo econmica da sociedade)
so mantidos prisioneiros em cadeias pblicas originando os excludos
da sociedade civilizada. Mas, apesar disso tudo, faltava algo mais
a chave do progresso com bem-estar de cada humano e da humanidade
como um todo. Desde Moiss (uma metfora legislativa) o humano, a
duras penas, foi se conscientizando que havia necessidade de impor
um Sistema de Recompensas e Punies (Os Dez Mandamentos) para frear
o mpeto selvagem, brbaro e violento da natureza humana para que
todos uns com outros, pudessem viver em paz, com um mnimo de
sofrimento fsico e psicolgico. Da, alm da Legislao (e do Estado de
Direito) desenvolveu-se aquilo que chamamos de Educao com suas
leis, regras e atitudes cada vez mais padronizadas na crescente
sociedade. E essa educao foi sendo cada vez mais ensinada,
replicada e eternizada da o j tradicional termo corrente Educao e
Ensino. O processo de educao (o ato de despertar valores humanos,
de dentro para fora) e ensino (o ato de incutir conhecimentos, de
fora para dentro) se expandiu tanto, que hoje faz a Escola que o
humano freqenta e faz alavancar a Cincia e a Tecnologia. Assim
nasceram as vrias atividades que perfazem a quarta funo do Estado
que a de promover e administrar o bem-estar social, tico e ecolgico
de toda uma sociedade cada vez mais civilizada. 24
-
CONSIDERAES FINAIS Como se depreende de toda a anlise efetuada,
o Estado um mal necessrio para promover e administrar o bem-estar
social, tico e ecolgico ecolgico de toda uma sociedade cada vez
mais civilizada. E claro, isso significa mais do que nunca, tentar
a to difcil, seno praticamente impossvel realizao do
desenvolvimento sustentvel. Porque, como bem defendeu Hobbes
(1988), Natureza o estado de guerra de todos contra todos (Omnium
contra omnes) e o mundo onde o homem o lobo do homem (Homo homini
lupus), de um lado; por outro lado, cada indivduo busca sua
auto-preservao conatus ou endeavour e auto-perseverar para si. Da,
a soluo o Estado, acima de indivduos e empresas, para controlar o
estado da natureza e assegurar a paz, a segurana e o conforto,
instituindo uma Sociedade Civil e um homem artificial ou
civilizado. Para garantir a paz, a segurana e o conforto, os homens
devem renunciar ao seu direito natural sobre todas as coisas,
desistindo cada um, de ser obstculo auto-preservao dos outros. Essa
renncia mtua o contrato, e a promessa de seu cumprimento, chama-se
pacto. A partir desses dois princpios, nasce todo um sistema de
recompensas e punies na sociedade civil, com analisamos, citando
Moiss. Seno, retornaremos selvageria, barbrie e violncia natural da
Selva de Mato. Queremos sim, Selva de Pedra com sua Civilizao,
Cincia,Tecnologia e Todo o Bem-Estar que temos hoje, com tudo que
restou hoje de Selva de Mato. Se no utopia, querer demais. Mas,
podemos tentar. Podemos tentar a busca de um concreto e efetivo
desenvolvimento sustentvel. Que concreto e efetivo desenvolvimento
sustentvel seria? Seria um Desenvolvimento Sustentvel que na medida
do possvel, realize a manuteno e a melhoria do nosso habitat (Selva
de Mato) para vivermos bem hoje, com sade e dinheiro suficiente
para usufruir a Civilizao (Selva de Pedra) em franco progresso. E
se realizarmos isso hoje, estaremos agindo tambm em prol da
humanidade futura. Como se pode depreender, a questo para ns,
pobres e mseros humanos, no o aquecimento global. Nem tampouco o
resfriamento global. Por qu? Porque, lembrando o que j expusemos
anteriormente, ambos fenmenos so regidos pela homeostase da Terra,
que por sua vez regida pela homeostase csmica, infinitamente mais
poderosa que toda e qualquer providncia da humanidade. Terra e
outros astros do Universo e o prprio Universo, sempre foram
catastrficos, trgicos e calamitosos. Alis, ns somos produtos desses
fenmenos. E esses fenmenos fazem parte da Natureza, quer a
humanidade queira ou no. de muita infantilidade, a humanidade
querer controlar e frear esses fenmenos so irreversveis. Os
espertos que ganham fama e dinheiro, aproveitando da infantilidade
e da ignorncia de bilhes de humanos. 25
-
Mesmo porque, a desgraa j est feita, conforme analisamos
anteriormente: excesso de humanos, com 6,6 bilhes de habitantes no
planeta, em 2007. E a perspectiva para o futuro, a de insuportvel
superpopulao. Sem dvida, a humanidade com sua Selva de Pedra sobre
Selva de Mato que propiciou tamanho resultado. E no tem como brecar
o desenvolvimento da Selva de Pedra no tem como frear o progresso
do humano, que irreversvel. Mas por outro lado, teremos de fazer
algo para que a Selva de Mato no chegue a zero porque se deixar, o
humano detona e polui tudo, at morrer asfixiado. Da, o sonho ou a
utopia do Desenvolvimento Sustentvel, que s poder ser na medida do
possvel, porque: 1. Humanos tendem a realizar providncias
necessrias, somente se a necessidade impuser. 2. Humanos tanto
quanto outros seres, tendem sempre a entrar em conflitos e
desavenas, fazer maldades e crueldades, e so de difcil conciliao
uns com outros porque so diferentes entre si em tudo. Alis, o
universo todo repleto de diferenas, que constituem toda a
diversidade. isso que faz este nosso mundo ter graa! A diversidade
de diferenas. 3. Nessa diversidade de diferenas, h sempre aqueles
mais ambiciosos e egostas, com desenfreado desejo de exercer poder
sobre outros e crescente avidez por posses materiais ora, isso de
um lado alavanca o progresso, mas de outro cria disputas e
conflitos, alm causar desgraa aos mais fracos, ingnuos e incautos.
4. H cada vez menos espao para cada um viver, em funo da crescente
superpopulao assim, tenderemos a sofrer mais conflitos. Da,
necessitar-se- cada vez mais da Selva de Pedra sobre Selva de Mato.
Mesmo que humanos migrem para outros planetas audaciosamente indo
aonde nenhum humano jamais esteve, dar no mesmo: mais um humano no
Universo sempre resultar na destruio de mato para construo de pedra
tambm em orbes extraterrestres. Mais do que nunca, imprescindvel
que o Estado efetivamente (de forma eficaz e eficiente) desempenhe
suas funes de Conciliao, Legislao, Administrao das Condies Gerais
de Produo e Administrao do Bem-Estar Social, tico e Ecolgico
seguindo conhecimentos, habilidades e atitudes promovidas pela
Cincia da Administrao. Por outro lado, imprescindvel desmantelar
seno reduzir ao mnimo, a atual e perversa cumplicidade do Estado
Populista-Paternalista com a ditadura empresarial de poderosos
grupos de interesse (nacionais e internacionais). Ambos vivem em
funo do mesmo objetivo: a fora dos milhares e milhes de cidados.
Polticos populista-paternalistas buscam a grande massa popular e se
fortalecem, com os milhares e milhes de votos de cidados. Empresas,
idem: por sua vez, buscam esses mesmos milhares e milhes de
cidados, para vender seus produtos e torn-los seus fieis
consumidores. Da, um apia o outro para tirar proveito para si. Que
fazer para quebra essa corrente para frente, que extremamente
perniciosa para a grande classe mdia brasileira? H duas formas:
uma, pela fora das armas;outra, de forma pacfica. 26
-
A primeira forma foi deflagrada no Brasil dos Anos 60, mas s
obteve um sucesso relativo nos primeiros dez anos do Regime Militar
(1964-1985) pois depois de Geisel (1974-1979), o pas desandou e
teve que desembocar para a democracia de votos em 1985. Embora se
concorde com a assertiva de Solow que afirma que ser um pas
democrtico traz certas limitaes e com Prescott, que percebe que :
muitos pases saram da pobreza sob regimes autoritrios, a melhor
sada ainda a pacfica. Pacfica, de que forma? Pacfica em longo
prazo, promovendo e implementando o processo de Educao e Ensino s
camadas menos intelectualizadas da nao. E no Brasil, pelo que se
consta, temos ainda muito que fazer com a cabea do brasileiro. o
que mostra a Pesquisa Social Brasileira que realizou 2.363
entrevistas, entre 18 de julho e 5 de outubro de 2002. Analisando
os resultados dessa pesquisa, Almeida (2007, p. 18) analisa que: 1.
A qualidade da democracia aumenta quando a populao mais
escolarizada e que a democracia s possvel em sociedade com nveis
mais elevados de escolarizao. 2. Em estudo recente baseado em uma
notavel pesquisa empirica, Ronald Inglehart demonstrou, juntamente
com Christian Welzel, que mais riqueza e mais educao levam pessoas
a rejeitar a autoridade superior e a buscar formas de
auto-expresso. Pessoas mais educadas tendem a se afastar da
autoridade superior e a rejeitar relaes sociais verticais em
beneficio de relaes de poder mais horizontais. E por fim, Almeida
(2007, p. 26-27) conclui sobre a cabea do brasileiro: 1. Como a
maior parte da populao brasileira tem escolaridade baixa, pode-se
afirmar que o Brasil arcaico. Assim a mentalidade de grande parte
de sua populao obedece s seguintes caractersticas:
apia o jeitinho brasileiro;
hierrquico;
patrimonialista;
fatalista;
no confia nos amigos;
no tem esprito pblico;
defende a lei do Talio;
contra o liberalismo sexual;
a favor de mais interveno do Estado na economia;
a favor da censura.
2. Para a populao de baixa escolaridade, que apia a quebra de
regras patrocinada pelo jeitinho brasileiro, h tambm uma tendncia
em mostrar-se tolerante com a corrupo. 27
-
Com se percebe, o que na verdade necessitamos de uma profunda
transformao interna dos indivduos. O desenvolvimento sustentvel s
ser possvel a partir do Desenvolvimento Auto-Sustentvel dos
Indivduos. Claro que ningum jamais ser totalmente auto-sustentvel
por excelncia porque somos irremediavelmente dependentes de outros
seres e outras coisas deste mundo. Mas a auto- sustentabilidade que
aqui se prope, aquela onde um individuo tenha a maior autonomia
possvel, no que concerne ao econmico-financeiro e social. Isto , no
sentido de saber usar a vara para pescar, sobreviver e progredir, e
no no sentido de s esperar o peixe de governos para continuar
simplesmente a sobreviver e continuar dependente. Nesta Selva de
Pedra dominando sobre Selva de Mato, s possvel ter indivduos
altamente auto-sustentveis com Educao e Ensino direcionado para a
auto-reflexo, o auto-conhecimento e a auto-direo em sntese, a alta
espiritualidade. Quanto mais uma nao for composta de indivduos
auto-sustentveis, mais trabalhadores srios teremos, e estes mais
conscientes, deixaro de ouvir falcias e discursos demaggicos de
polticos ao contrrio, exigiro resultados positivos e se necessrio
for, faro recall (um recurso constitucional que 18 estados
norte-americanos tm, para impor impeachment por voto popular a um
governante por m gesto como aconteceu com o governador da Califrnia
Gray Daves, que foi substitudo por Arnold Schwarzenegger em 2003).
Quanto mais uma nao for composta de indivduos auto-sustentveis,
menos necessidade haver de polticos populistas e paternalistas em
conluio com poderosos grupos de interesse que s manipulam a grande
massa de fracos, ingnuos e incautos, para tirar proveito prprio. Ao
contrrio, quanto menos indivduos auto-sustentveis, mais haver
necessidade de dar o peixe a eles o que dar vazo perversa atuao
daqueles polticos populistas e paternalistas em conluio com
poderosos grupos de interesse. E ao longo do tempo, tudo isso vira
uma bola de neve de tal magnitude que, a classe mdia (que paga
tributos) acaba pagando no s pelo dinheiro pblico que vai parar no
bolso dos polticos, como tambm o peixe que o Leviat distribui aos
desocupados e acomodados cada vez mais numerosos. Pode ser pura e
radical ideologia capitalista, mas o trabalho legal o principal e o
mais salutar elo de relacionamento social entre indivduos. Ao
contrrio, cio em demasia via de regra pernicioso pessoas
desocupadas tendem a pensar e fazer bobagens. Afinal, neste mundo
tudo tem que se mover e fluir, seno estagna e apodrece. Aquela
frase que cantamos h pouco ensina bem isso: se correr o bicho pega,
se ficar o bicho come. Se ficar o bicho come, ento, melhor correr.
Se cansar, pra, para depois correr de novo. Correr de novo e
sempre, em busca do Progresso e do Efetivo Desenvolvimento
Sustentvel enquanto Gaia permitir. 28
-
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