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A DEFASAGEM NA MINISTRAÇÃO DA FAMÍLIA IMEDIATA NO MINISTÉRIO EVANGÉLICO Coordenador: Luiz Carlos Lisboa Gondim 1 Grupo de estudo: Cleidir Lisboa; Dilson Cardoso Gomes; Edcarlos Virgolino Lima; Regis Fernandes Migliorelli; Richard Wagner Pinheiro 2 1 Graduado em Filosofia pela UNICAP, em Teologia pelo SALT-ENA, em Pedagogia pela FACHO, em Docência Universitária pela UNASP no Mestrado em Família na Contemporaneidade pela UCSAL, Prof. Do Seminário Adventista de Latino Americano de Teologia. 2 Acadêmicos do curso de Teologia Seminário Adventista Latino Americano de Teologia – IAENE
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A Defasagem na Ministração da Família Imediata no Ministério Evangelico

May 14, 2023

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Page 1: A Defasagem na Ministração da Família Imediata no Ministério Evangelico

A DEFASAGEM NA MINISTRAÇÃO DA FAMÍLIA IMEDIATA NO MINISTÉRIO

EVANGÉLICO

Coordenador: Luiz Carlos Lisboa Gondim 1

Grupo de estudo:

Cleidir Lisboa;

Dilson Cardoso Gomes;

Edcarlos Virgolino Lima;

Regis Fernandes Migliorelli;

Richard Wagner Pinheiro2

1Graduado em Filosofia pela UNICAP, em Teologia pelo SALT-ENA, em Pedagogiapela FACHO, em Docência Universitária pela UNASP no Mestrado em Família naContemporaneidade pela UCSAL, Prof. Do Seminário Adventista de LatinoAmericano de Teologia.2 Acadêmicos do curso de Teologia Seminário Adventista Latino Americano deTeologia – IAENE

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RESUMO

Este artigo foi desenvolvido com a preocupação com os

famílias de nosso ministros, pois se tratando de família hoje,

temos uma outra realidade do que a de alguns anos atrás, os

valores familiares estão a cada dia sofrendo alterações, e com

isso a família pastoral tem sido afetada de uma forma muito

intensa, e sempre lembrar que o pastor mesmo sendo um ministro

separado por Deus ele também tem sua tarefa como pai de

família. Com isso analisando o ministério pastoral em diversos

aspectos tanto contemporâneo como na bíblia podemos tem uma

visão muito ampla sobre o papel do pastor como membro ativo

dentro de sua família, e a participação da família juntamente

com o ministro na pregação do evangelho. Temos portanto a

finalidade de buscar meio alternativos que vem trazer um

esclarecimento para que a família pastoral tenha o interesse

de priorizar sua família e analisar o quanto algumas ações

realizadas que constantemente prejudica o êxito do seu

ministério. Através de uma análise bibliográfica e uma

pesquisa de campo, com ministros de diversas denominação e de

deferente realidade social, podemos diagnostica uma gama muito

grande de problema na família imediata do ministro. Explorando

contudo o interesse no avanço e crescimento da obra,

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diminuindo assim os pontos de defasagens na vida imediata do

ministro. Contudo o problema existe e com a ajuda da pesquisa

de campo podemos confirma isso, muito dos ministros entrevista

afirma que há no convívio com sua família um gama de problemas

que muitas vezes afeta seu ministério.

Palavras-chave: Família, Ministério, Pastor, Família Pastoral.

ABSTRACT (resumo em língua estrangeira de preferência a

inglesa)

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1. INTRODUÇÃO

A família forma a base de qualquer sociedade. Mas,

justamente por ter esse valor tão grande para os propósito

divinos, é que tem sido o alvo mais duramente atacado pelo

inimigo há várias décadas. Não só ameaçada, mas principalmente

através de movimentos intelectuais que são difundidos pela

mídia, mas também através de movimento que não têm temor a

Deus. Esse trabalho tenta responder ao questionamento quanto a

importância do ministro do evangelho com respeito a sua

família, que se bem administrada contribuirá para o êxito.

Nunca pode o ministro esquecer desta área tão importante que

está tão perto e que nem sempre é valorizada. De acordo com as

pesquisas realizadas no âmbito da família imediata do pastor e

no que se refere aos aspectos de sua vida tem sido claro e

evidencia e a defasagem no âmbito familiar. Existe uma series

de desafios, de acordo com os ministros, uma das principais

causas dos problemas que tem ocorrido em seu dia a dia, sendo

alguns dos aspectos: a falta de tempo e privacidade na

convivência pessoal de seu lar e atenção a sua família,

trazendo assim uma série de resultados negativos em sua vida

pessoal. O trabalho está estruturado da seguinte forma:

Conceito de Ministério e Família; Os ideais da ministração da

família imediata em autores evangélicos e na bíblia; Os

fatores de interferência para o ministério junto a família

imediata; Quais alternativas para a defasagens observadas na

família pastoral; Análise e discursão dos resultados feitas no

campo de pesquisa.

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2. CONCEITOS

2.1 MINISTÉRIO

A Academia Brasileira de Letra (2008) afirma que ministro

é: “Aquele que exerce o ministério religiosos (sacerdote,

pastores): ministro da igreja evangélica”.

Concordando com à Academia Brasileira de Letras, Champlin

define ministério como: “é um termo coletivo que aponta para

vários oficiais e autoridades religiosas e civis no contexto

bíblico. É palavra usada para traduzir certo número de

vocábulos hebraicos e gregos, que também, podem denotar

ofícios específicos”.

Palavra Hebraica:

1- Meshareth, alguém que assessorava pessoas de alta

categoria (ver Êxo. 24:13; Jos. 1:1; II Reis 4:43); os

auxiliares dos sacerdotes e levitas.

Palavra Grega:

2- Diákonos (diakonéa), respectivamente, o substantivo e o

verbo. Essa palavra grega apontava para todo tipo Cristo, em

certo sentido, eram diákonoi (ver I Cor. 3:5; I Tim. 1:12).

De fato, Jesus servia (ver Luc. 22:27).

Para Houaiss (2009) acrescenta que ministro do: “Latim.

Minister,tri, servente, sacerdote de um deus, o que serve ou

ajuda, conselheiro, ministério”.

2.2 FAMÍLIA

Em conceito de família Cunha (1986) define como: “Grupo de

pessoas do mesmo sangue, unidade sistemática constituída pela

reunião de gênio. Do latim: família.”

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Concordando com Cunha (1986), o Dicionário escolar da língua

portuguesa (2008) diz que família é um: “grupo de pessoas que

têm parentesco entre si, principalmente pai, mãe e filhos”

Com isso levando em conta que conceitos de família também

existe na Bíblia Douglas (2006) traz um esclarecimento de

Família tanto no Antigo e no Novo Testamento dizendo que:

“1 No Antigo Testamento, não existe palavra que corresponda

precisamente ao moderno termo português “família”, composta de

pai, mãe e filhos. Aproximação maior é a que se encontra no

vocábulo bet (“casa”), o qual, depois de significar o grupo de

pessoas, provavelmente veio a referir-se à própria habitação.

Na bíblia o termo podia ser usado para indicar não somente

aqueles que se abrigavam sob o mesmo teto (Êx 12:4), mas

também para indicar grupos bem maiores, como, por exemplo, “a

casa de Israel” (Is 5:7), que é expressão que inclui a nação

inteira.

“2 No NT, a família (gr., pátria) é mencionada penas três vezes

como tal, embora a ideia relacionada de “casa” ou

“aparentados” (gr., oikos, oikia) seja mais frequente. Uma família

pode ser uma tribo ou até mesmo uma nação”.

Concordando com Douglas (2006), em seu conceito de família,

Vine (2007) traz em seu dicionário uma definição como:

Pátria, primariamente “ascendência, linhagem”, significa no Novo

Testamento “família” ou “tribo” (na Septuaginta é usado acerca

de pessoas aparentadas, num sentido mais amplo que o nº 1,

porém mais restrito que phule, “tribo”, em, por exemplo, Êx

12:3; Nm 32:28). É usada para se referir à “família” de Davi

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(Lc 2:4); no sentido mais amplo de “nacionalidade, raças” (At

3:25); em Ef 3:15, “toda família”, é referência a todos

aqueles que são espiritualmente aparentados com Deus Pai,

sendo ele na qualidade de seus filhos, estando eles unidos uns

aos outros em comunhão “familiar” (patria é cognato de pater,

“pai”); a tradução de Lutero, “todos os que levam o nome de

filhos”, é definido por Cremer (p. 474). Porém, a expressão é,

literalmente, “toda família”.

3. OS IDEAIS DA MINISTRAÇÃO DA FAMÍLIA IMEDIATA EM AUTORES

EVANGÉLICOS E NA BÍBLIA.

O envolvimento da família pastoral e fundamental para o

sucesso do pastor em sua afirmação Arrais (2011, p.56) diz:

“Esposa e filhos devem entender que também foram chamados por

Deus para servir e, por isso, como família, precisam se

desenvolver a filosofia de trabalho em equipe”. Contudo as

igrejas as vezes exagera na exigência da família pastoral,

cobrando de mais a família do ministro, sobre a sua atuação

constante na igreja, no Guia para ministros adventistas do

sétimo dia (2010, p.35) diz que:“Frequentemente, os membros da igreja olham para a

família do pastor como padrão de vida familiar, e

esperam que seus membros representem o que a igreja

ensina sobre comportamento familiar e pessoal. Conquanto

essa expectativa tenha alguma validade, precisa ser

reconhecido o fato de que todas as famílias estão

sujeitas às fragilidades e imperfeições humanas, e que

somente pela graça de Deus e a escolha de cada indivíduo

sua vida poderá harmonizar-se com a vontade divina.”

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Na pesquisa feita por Schoun que foi Publicado em dezembro

1982, nos Estados Unidos da América traz o seguinte resultado:

“Um levantamento das famílias de ministros Batistas revelaram

que 85 % sentiam que esposas de ministros núnca geraram

fronteiras reveladas para ninguem. 76% sentiam que os membros

eperavam muito da esposa do pastor”.3

É claro que a família do pastor será bem sucedida ser

trabalhar todos juntos, principalmente a sua esposa, falando

sobre isso Costa (1999, p.21), em seu livro afirma que o

Obreiro deve contar com a ajuda de sua esposa, pois essa ajuda

e indispensável para seu sucesso, contudo a sua esposa deve

amar e ser fiel ao seu marido e ao ministério pastoral ao qual

ambos atuam.

Um bom relacionamento do pastor com sua família, e o melhor

testemunho que ele pode dar a sua igreja Rainney (2003, p.

31), confirma isso ao dizer: “O relacionamento que você tem

com seu cônjuge e seus filhos é a mensagem mais importante

sobre a família que a sua igreja vai ouvir você pregar.”

Concordando com Rainney, Ellen G. White (2011, p. 204), em

seus escritos diz: “Ao passo que o pastor e a esposa cumpram fielmente seu

dever no lar, restringindo, corrigindo, admoestando,

aconselhando, guiando, estão-se tornando mais

habilitados para trabalhar na igreja, e multiplicando

meios de cumprir a obra de Deus fora do lar. Os membros

da família tornam-se membros da família do Céu, e são

3 Benjamin D. Schoun Published December 1982 by Andrews University Pres, Berrien Springs, Michigan MI 49104: Helping Pastors Cope P. 34: Reprinted September 1986.)

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uma força para o bem, exercendo influência de vasto

alcance”.

Quando o casamento de um ministro e tomado de plena alegria e

encorajamento, ele se sente renovado, e com bastante animo e

muito mais capacitado para ministrar a sua igreja, o qual

espera de um pastor bem preparado. Mas se seu casamento está

em desordem, pode causar em sua vida uma tremenda mudança em

diferentes aspectos, chegando a lhe causa exaustão emocional e

física e uma baixa em sua espiritualidade, prejudicando o seu

ministério pastoral (RAINNEY, 2003, p. 32).

A Bíblia tem um padrão ideal para o ministro, e ela vem

apresentando duas palavras no imperativo de Deus, para o

ministro ter um compromisso sério com sua família, para ele

dar um bom testemunho como pastor a sua igreja, o Apostolo

Paulo dar uma dica como dever ser a vida de um pastor, na

Bíblia Almeida Revista Atualizada em 1º Timóteo 3:4,5 (1993,

p. 172) diz:

“Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em

sujeição, com toda a modéstia (Porque, se alguém não sabe

governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de

Deus?)”.

E a Bíblia nos diz mais em Tito 1:6 na Bíblia Almeida Revista

Atualizada (1993, p. 177), diz o seguinte:

“[...] que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, que

tenha filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem

são insubordinados”.

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Em seu livro Macarthur (2007. p.165), concluí que se pode

extrair desse textos: “Pelo menos três aspectos do casamento e

da família do pastor são destacados:

1. Ele deve ser marido de uma só esposa, isto é, totalmente

devotado, não pôr os olhos em outras mulheres nem se

afeiçoar a elas (1 Tm 3:2; Tt 1:6). Ele deve demostrar o

mesmo nível de amor que Cristo revela por sua noiva, a

igreja, em seu amor firme e inabalável.

2. Ele deve lidera sua família (1 Tm 3:4), não podendo

delegar a responsabilidade final da direção de seu lar,

nem deixar de dar prioridade a este governo. Assim, não

basta que simplesmente lidere, mas que a qualidade de sua

liderança em casa seja excelente.

3. Os filhos devem viver em harmonia na casa pastoral, tendo

o pai como exemplo e instrutor (1 Tm 3:4; Tt 1:6). Isso

não significa que filhos de pastor não tenham problemas.

Entretanto, significa que o padrão geral de comportamento

deles não deve ser um embaraço para a igreja, uma pedra

de tropeço para o ministério de seus pais, nem um padrão

contraditório em relação à fé cristã”.

E bom lembra que os padrões Bíblicos aqui apresentado para a

família não se difere da vida do ministro, pois mesmo sendo um

pastor ele também e pai e marido, havendo um simples

diferencia que repousa sobre o ministro tendo uma

responsabilidade maior, sendo ele marido e pai fica mais

visível para a congregação o seu exemplo como participante da

família, pois seu matrimonia e a educação de seus filhos

servira de exemplo primordial para congregação o qual

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constantemente o observa, sendo assim o ministro deverá ser um

incentivo para os demais irmãos. Levando em conta atuação da

família imediata Costa (1999, p.20), esclarece que: a família

do ministro chegar a ser a metade de seu ministério. Sendo

isso uma verdade fundamental, e o obreiro de Deus não conta

com o apoio de sua família, ele estará incompleto no seu

exercício de sacerdote e tudo quanto fizer não terá êxito e

será fatalmente deficiente em sua obra. Vendo a realidade

apresentada por Costa, Arrais (2011, p.55) em sua preocupação

com o sucesso do ministro diz: “A família do pastor e de valor

incalculável. O fracasso no lar pode levar ao fracasso no

ministério.”

Vendo o grande valor que uma família tem na ação de pregar o

evangelho juntamente com o ministro, Macarthur (2007. p.169),

conclui dizendo:“Quando um pastor e sua esposa abraçam as ordens de Deus

para o lar e para o ministério com a mesma seriedade,

dando-lhes as mais altas prioridades, eles podem

construir uma verdadeira fortaleza que lhes servirá como

primeira linha de defesa e protegerá a família quando

surgirem as pressões e tensões inevitáveis”.

Quando uma esposa é dedicada, e quando o marido tem

responsabilidade com a igreja, ele sentirá prazer no seu

ministério. E a família torna-se uma cooperadora ora, jejua

para Deus enriquecer o ministério do seu esposo. (COSTA, 1999.

p.24).

4. OS FATORES DE INTERFERÊNCIA PARA O MINISTÉRIO JUNTO A

FAMÍLIA IMEDIATA.

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Hoje as famílias passam por problemas de diferentes tipos,

e não é de se imaginar que a família ministerial também sofre

desajuntes em seu convívio, sabemos que e o pastor e pai e

marido, sendo ele o maior exemplo para igreja as vezes falha

nesse papel fundamental desenvolvido por ele e sua família,

uns do principais fatore de interferência na família

ministerial e a falta de tempo, que fica cada vez mais claro

quando vemos o comentário de Sisemore (1990, p.82) ao afirmar

que: “Ao longo desse ministério, o pastor pode deparar-se com

algumas dificuldades, tais como o tempo limitado das pessoas e

suas múltiplas funções.” Sendo difícil para o pastor hoje

encontrar tempo para sua família ele deve lembra a prioridade

que sua família tem em seu ministério, Gondim (2012, p.73) em

sua publicação diz: “Mas, lastimavelmente, as esposas e os filhos de

ministros são, em certos casos, os mais negligenciados

do mundo. O esposo e pai não está com eles senão por

pouco tempo. Contudo, o desígnio de Deus é que, em sua

vida doméstica, o mestre da bíblia seja um exemplo das

verdades que ensina, pois o seu primeiro dever é para

sua esposa e filhos.”

Nos escrito de White (1995, p.63) ela diz:“Nós temos identificado como primeiro problema entre

casais pastorais o resentimento e raiva por parte da

esposa em função do papel que ela tem que cumprir e as

dificuldades do pastor de entender os problemas. Um dos

melhores suportes para a família é a presença do marido

e pai, mas a família nigligênciada é um dos maiores

problemas”.

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Outro fator de interferência e a pressão que o pastor recebe

de sua igreja, onde a mesma as vezes não compreende seu

ministro, Lutzer e Ribeiro (2001, p.20), defende que: “Também

ficamos sobre pressão porque poucos membros da congregação

conhecem as exigências dos nossos compromissos.”

Portanto a correria do ministério pastoral tem em muitos casos

interferido na sua atuação como membro imediato de uma

família, Barriento (1999, p.61), diz que muitos dos problemas

ocorrido no lar se deve à falta de atenção que o ministro como

chefe da casa da a sua família, pois muitas das vezes a ênfase

do pastor e só na visitação de irmãos e atendendo a sua igreja

dando mais importância ao que se passa na igreja do que em sua

própria casa. E de vez em quando ele passa em casa para comer

ou chega muito cansado, não dando assim aos filhos e a esposa

a devida atenção. Concordado com Barriento (1999, p.61),

Arrais (2011, p.55) diz que: “Muitos pastores parecem ter a

concepção errada de que precisam escolher entre trabalho e

família. A verdade é que nenhum pastor pode ser bom cristão a

menos que seja bom pai, esposo e bom cidadão.”

Portanto os pastores não são diferentes de muitos homens

quando o assunto é assumir a liderança no lar. Um pastor me

disse que é mais fácil liderar espiritualmente sua igreja que

ser o líder de sua esposa e da família (DENNIS, 2003.p.30).

E devemos sempre ter em mente que a família do ministro também

deve dar o exemplo perante a congregação Costa (1999, p.21),

define que:“Uma esposa de obreiro que busca a santidade, quer nas

palavras, nas atitudes, nas vestes e no comportamento,

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será de muita valia para ele e para a igreja, bem como

para si mesma, pois recairá sobre ela confiança da

igreja na sua autoridade para falar, ensinar,

aconselhar, dirigir reuniões e departamentos”.

Contudo devemos lembrar da importância que a família tem no

ministério, principalmente a visão Bíblica sobre o cuidado do

pastor com sua família a Bíblia Almeida Revista e Atualizada

em 1º Timóteo 5:8 diz: “Ora, se alguém não tem cuidado dos

seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é

pior do que o descrente”. De acordo com Arrais (2011, p.55),

afirma que:“Se você não consegue ser feliz com sua esposa e seus

filhos, como poderá aconselhar outros e pastorear as

famílias da igreja? Então, você deve dedicar tempo e

energia necessários para manter uma família saudável. A

vida familiar do pastor é mais influente do que o

púlpito. A família do pastor e de valor incalculável. O

fracasso no lar pode levar ao fracasso no ministério”.

Portanto a família do pastor é uma pequena vinha, a família

como núcleo de afeto bem pode ser motivo de estabilidade ou

motivo de perturbação. Há pastores que precisam abandonar o

ministério devido a problemas familiares, outros nas situações

mais adversas do ministério tem recebido apoio da família e

tem conseguido sustenta-se. Isto significa que o lar requer a

devida atenção, como o a igreja do senhor. (BARRIENTOS, 1999.

P.61).

Segundo Arrais (2011, p.38), a muitos perigo de sacrificar o

equilíbrio da vida pessoal em favor do ministério é real. Que

vantagem existe em aumentar o número de membros da congregação

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e perder o cônjuge ou os filhos? Precisamos de líderes que

valorizem a expressão do amor.

5. QUAIS ALTERNATIVAS PARA A DEFASAGENS OBSERVADAS NA FAMÍLIA

PASTORAL.

Sabemos que para solucionar esse problema, devemos ter em

mente que precisamos fazer uma boa escolha onde muitas vezes

determinara o futuro de muitos, em seus escritos Costa (1999,

p.20), afirma que: “O jovem que tem em seu coração um chamado

ao ministério deve ter realizado ou deverá realizar um bom

casamento. Caso contrário, dificilmente será um obreiro

vitorioso”. Como já foi citado por Costa (1999, p.20), a

esposa e a metade do ministério, e se isto for verdade, e o

obreiro não contar com o apoio dela estará incompleto no

exercício do seu sacerdócio e tudo quanto fizer será

fatalmente deficiente.

Devemos ter em contar como o casamento e importante na vida de

um ministro pois o “casamento e família são dádivas de um Deus

magnifico.” (KOSTENBERGER; JONES, 2011, p.15). O casamento e

uma benção sem medida na vida de um ministro, mesmo sendo isso

claro, existe falhas enormes por parte dos ministro sobre como

tomar decisões correta e qual prioridade mais importante em

seu ministério: Talvez considere que os deveres do lar como de

menor importância; em realidade, porém, esses deveres se

encontram na própria base do bem-estar dos indivíduos e da

sociedade. A felicidade de homens e mulheres, e o êxito da

igreja, dependem, em grande parte, da influência doméstica do

Page 17: A Defasagem na Ministração da Família Imediata no Ministério Evangelico

ministro. (WHITE, 1996, p.353). Contudo continua White (2011,

p. 204), com afirmação que: “Os deveres do pastor jazem em torno dele, próximos e

distantes; mas seu primeiro dever é para com seus

filhos. […] O mundo não precisa tanto de grandes

espíritos, como de homens bons que sejam uma benção na

própria família. Coisa alguma pode desculpar o pastor de

negligenciar o círculo interior, pelo mais amplo círculo

externo. O bem –estar espiritual de sua família vem em

primeiro lugar.”

Quando o pastor entende a sua prioridade ele será bem sucedido

em sua obra, e o lar proporcionará um refúgio e fortaleza

contra a pressão do ministério, em contraste com a definição

que trazemos Mack (1977, p. 61), diz: quando deixo o refúgio

de meu lar, retiro-me fortalecido, não fraco. Tendo a mesma

opinião de Mack (1977, p. 61), Macarthur (2007, p. 169), diz:

“sem a fortaleza de meu lar, eu não teria conseguido enfrentar

meus vinte anos de ministério. Meu casamento e minha família

proporcionam-me uma casa em que posso:

Retirar-me – fugir das pressões

Relaxar – desfrutar de um ambiente diferente

Ser recarregado – ganhar um novo suprimento de energia

Manter relacionamento – desfrutar de minha esposa e de

meus filhos

Reabilitar-me – curar as feridas

Alcançar – vizinhos, amigos e rebanhos

Pesquisar – estudar, escrever sem interrupções

Criar uma família – filhos e netos

Amadurecer – crescer na graça de Deus

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Alegrar-me – louvar ao Senhor

Refletir – momentos de silêncios para meditação

Reinvestir – em meus netos

Ganhar novas perspectivas – em oração e na leitura das

escrituras.”

Como vimos o lar tem que proporcionar benção na vida do

ministro, e mais ele deve ter atividade envolvendo a sua

família, no Guia para Ministro (2010, p.35), diz: “Façam

coisas juntos. Participe das tarefas diárias juntamente com os

membros da família. Envolva-se nas recreações e

entretenimentos que cada membro da família aprecia”. Além de

participar de atividades com sua família o pastor deve lembrar

que deve cortejar sempre a sua esposa, e conquista-la todos os

dias, portanto Arrais (2011, p. 38) deixa uma dica:

“Escreva cartões românticos para sua esposa. Dê-lhe

flores. Reserve o dia de folga para ficar a sós com ela.

Não humilhe: em vez disso, elogia-a. Olhe em seus olhos

ao falar com ela. Deixe os papéis de lado. Desligue a

televisão. Ajude-a na limpeza da casa e a lavar louça.

Faça uma festa para ela. Ame-a! Se não fizer isso, todo

o sucesso obstinado como líder não significa nada

comparado ao fracasso no lar. Amar sua esposa o ajudará

a amar a igreja.”

Portanto a solução para defasagem que hoje se encontra na

família pastoral pode ser mudada, e a única maneira de

reverter o declínio geral que atinge a família pastoral é

voltar para os princípios deixados por Deus em sua palavra

para o casamento e a família, na Bíblia Almeida Revista e

Atualizada (1999), no livro de Efésios 5:25, diz: “Maridos,

Page 19: A Defasagem na Ministração da Família Imediata no Ministério Evangelico

amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si

mesmo se entregou por ela”. Em seu comentário sobre o texto

Bíblico Henry (2008, p. 601), diz: “O amor de Cristo pelaigreja e proposto como um exemplo disso. Esse amor era sincero

e puro, uma afeição ardente e constante, e isso apesar das

imperfeições e falhas dela. A grandeza desse amor pela igreja

evidenciou-se no fato de Ele dar a sua vida por ela.”. Contudo

quaisquer que sejam as pressões hoje vigentes, elas já tiveram

seus equivalentes no passado e terão paralelos no futuro. O

próprio Deus preveniu-se contra as pressões incomuns que

recaíram sobre a família do pastor, exigindo que o candidato

ao pastorado já tivesse um forte compromisso nessas áreas

antes de se qualificar para o ministério. (MACARTHUR, 2007, p.

175). E devemos sempre lembra que a família do pastor deve

prioridade em seu ministério para assim ser bem sucedido em

todas as áreas que e desempenhada pelo ministro de Deus.

6. ANALISE E DISCURSÃO DOS RESULTADOS

Para dar conta do objetivo principal deste trabalho, qual

seja de refletir acerca da importância da atuação do ministro

como pai e marido e também da atuação da família na pregação

do evangelho, foram selecionados 11 pastores de diferentes

denominações religiosas do estado da Bahia e do Rio Grande do

Norte com a idade entre 25 a 60 anos e tendo de 5 a 35 anos de

ministério. Foi utilizada um questionário investigativa

apontando uma reflexão contextualizada e para moldurar um

processo de reconstrução da realidade a ser pesquisada o

processo foi realizado em três etapas, seguindo orientações de

Page 20: A Defasagem na Ministração da Família Imediata no Ministério Evangelico

teóricos acerca da investigação científica em ciências

sociais. Dessa forma, esta pesquisa segue as seguintes

etapas: a) fase aberta ou exploratória; b) trabalho de campo

(coleta de dados); e c) análise dos dados (codificação e

processamento dos dados).

Foram feitas perguntas através de um questionário que foi

semiestruturada com um roteiro previamente estabelecido,

proporcionando aos entrevistados, a informação necessária e a

oportunidade de expressar-se livremente sem se prender a

indagação formulada. O questionário sendo respondido pelos

entrevistados, foi seguido de uma análise do conteúdo, tendo

como objetivo respaldar essa etapa da pesquisa no que houve de

regular no questionário respondido pelos entrevistados.

Contudo para melhor análise do estudo de campo, em 1992 foi

feito uma pesquisa pastoral, publicada em um importante

jornal, onde descobriu as seguintes dificuldades

significativas que produzem problemas conjugais nas famílias

dos pastores4. Chegando as seguintes conclusões:

81% tempo insuficiente em conjunto

71% uso do dinheiro

70% nível de renda

64% dificuldade de comunicação

63% expectativas da congregação

57% diferenças quanto ao lazer

53% dificuldades na criação dos filhos

46% problemas sexuais 4 David Goetz, Is the Pastor’s Family Safe at Home? Leadership 13, n.2 (outono de 1992), 39.

Page 21: A Defasagem na Ministração da Família Imediata no Ministério Evangelico

41% rancor do pastor com relação à esposa

35% diferença quanto à carreira ministerial

25% diferenças quanto à carreira da esposa

Hoje, em nosso dias, ninguém questiona o fato óbvio de que a

maioria dos pastores e suas famílias estão sofrendo pressões

cada vez maiores por causa do ambiente em que estão

ministrando. (SHELLY, 1994).

No questionário proposto para os entrevistado continha a

seguinte pergunta:

“Quais os principais fatores negativos que podem comprometer a

estrutura da família pastoral?”

Falta de tempo

Problemas sexuais

Comprometimento do crescimento espiritual

Negligencia do pastor com a família

Ausência de intimidade

Falta de atenção

Exigências da igreja

Incompreensão da esposa

Incompreensão dos filhos

Invasão de privacidade da família pastoral

Chegando a obter a seguinte respostas dos Pastores:

45,5% - Falta de tempo

18,2% - Problemas sexuais

36,4% - Comprometimento do crescimento espiritual

63,7% - Negligencia do pastor com a família

Page 22: A Defasagem na Ministração da Família Imediata no Ministério Evangelico

18,2% - Ausência de intimidade

36,4% - Falta de atenção

18,2% - Exigências da igreja

27,3% - Incompreensão da esposa

00,0% - Incompreensão dos filhos

54,6% - Invasão de privacidade da família pastoral

Embora se admita que as pressões no ministério contemporâneo

seja enorme e isso está evidente. Ninguém que reflita um pouco

pode negar que o ministério é potencialmente perigoso para o

casamento e a família do pastor. (MACARTHUR, 2007). Contudo

sabemos que a família ministerial se difere das demais

família, e em sua declaração o pastor J. L. C. diz:

A família pastoral difere da igreja, pois a igreja

“pensa” que a família pastoral deve ter o mesmo

compromisso que o pastor tem com a igreja. Os filhos do

pastor tem que dar bom exemplo, devem frequentar todos

os cultos, a esposa do pastor deve ocupar um cargo de

liderança na igreja na igreja. (Pr. J. L. C. da Igreja

Batista da Bahia).

Complementando o pastor L. G. A. C. afirma:

A família ministerial difere das demais famílias pelo o

fato de estar diante da responsabilidade. Isso requer

uma diferença em todos os aspectos. (Pr. L. G. A. C. da

igreja presbiteriana renova do brasil do Rio Grande do

Norte)

Concordando com afirmação do pastor L. G. A. C., o pastor O.

F. define o seguinte:

Page 23: A Defasagem na Ministração da Família Imediata no Ministério Evangelico

Sim, porque somos um testemunho para as demais família e

por ser o líder maior naquela comunidade, em outras

vezes somos semelhantes com as mesmas tendências e

dificuldades. (Pr. O. F. da igreja da Igreja Adventista

da Bahia)

Contudo a Bíblia nos deixa um padrão Bíblico para aquele que

desejam ser ministro, na Bíblia Almeida Revista e Atualizada

(1999), no livro de 1º Timóteo 3:1-4 diz:Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado,

excelente obra almeja. É necessário, portanto, que o

bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher,

temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para

ensinar; não dado ao vinho, não violento, porém cordato,

inimigo de contendas, não avarento; e que governe bem a

própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo

o respeito.

O exercício do ministério não dispensa que o obreiro tenha em

sua responsabilidade o papel de esposo e pai. Infelizmente,

em algumas igrejas locais, é comum cobrarem da família do

pastor um padrão de perfeição que nem o Evangelho preceitua.

(LIÇÕES BÍBLICAS CPAD, 2013).

Contudo na afirmação de Macarthur (2007, p. 166), difere dos

demais ao diz:

É verdade que os padrões Bíblico para a família não são

diferentes para o lar do pastor e para qualquer outra família

de crentes, sendo assim a diferença está na responsabilidade

que a família do pastor tem de ser um exemplo de matrimônio e

de uma família cristã madura, tornando-se um incentivo para

outras famílias do rebanho.

Page 24: A Defasagem na Ministração da Família Imediata no Ministério Evangelico

Portanto devemos considera a seguinte pergunta: Como a família

ministerial deve se portar diante do público? Diante dessa

pergunto o pastor C. M. diz o seguinte:Como qualquer outra! Num exercício ético, humanizador e

comprometido como bem comum. Deve-se romper com o

comportamento coercitivo que exige santidade e

participação em todas as atividades da igreja. Ora,

sobre este tema, penso que tanto a comunidade quanto a

família pastoral devem rever suas práticas, pois, muitos

pastores(as), parceiras(os) e filhos(as) estão adoecendo

por uma religiosidade que não encanta e ou emancipa as

pessoas. (Pr. C. M. da Igreja Presbiteriana Unida da

Bahia).

O pastor O.C. A. traz a seguinte afirmação:Espera-se que como qualquer outra família cristã, sua

postura deve ser moralmente inatacável e exemplar, mas

esta vivência deve acontecer no âmbito da normalidade,

levando em conta que a mesma é constituída de seres

humanos, falhos, mas que se esforçam com a ajuda de Deus

para progredir sempre na qualidade relacional. (Pr. O.C.

A. da Igreja do Nazareno Rio Grande do Norte)

Confirma White (2011, p.352), “Muito mais poderosa do que

qualquer sermão pregado é a influência do verdadeiro lar, no

coração e na vida.” Frequentemente, os membros da igreja olham

para a família do pastor como padrão e modelo de vida

familiar, e esperam que seus membros representem o que a

igreja ensina sobre comportamento familiar e pessoal.

Conquanto essa expectativa tenha alguma validade, precisa ser

reconhecido o fato de que todas as famílias estão sujeitas às

fragilidades e imperfeições humanas, e que somente pela graça

Page 25: A Defasagem na Ministração da Família Imediata no Ministério Evangelico

de Deus e a escolha de cada individuou vida poderá harmonizar-

se com a vontade divina. (GUIA PARA MINISTROS, 2010, p. 35).

Outra questão de cunho importante é se existe problema em

sacrificar a vida pessoal por causa do ministério, e sua

declaração o pastor G. P. C. afirma:

Que sim. Nem sempre os filhos vão compreender a natureza

do chamado dos pais. Creio que existem níveis de

sacrifícios que os filhos suportam por causa do

ministério. Mas isto também depende da forma como é

colocado. (Pr. G. P. C. da Igreja do Nazareno do Rio

Grande do Norte)

Ao contrário da afirmação do pastor G. P. C., o pastor I. L.

S. diz:

Não! Deus nos chamou para isso, nós que somos fortes

devemos suportar a debilidade dos fracos. (Pr. I. L. S.

da Igreja Batista da Bahia)

Contudo a afirmação do pastor O. S. Q. e clara em dizer que:O pastor deve entender que sua família é sua igreja

central (assim eu faço). A família deve entrar na lista

de compromisso diário, semanal, mensal e anual. A

demanda de trabalho é tão grande que se o obreiro não

colocar a família como compromisso para ser atendido, a

família acabe por ser esquecida e sacrificada. (Pr. O.

S. Q. da igreja Adventista do Sétimo Dia Bahia)

Portanto Arrais (2011, p.55) diz que: [...] Satanás tenta nos

assalta com a tentação devemos negligenciar nosso lar. Ele

tenta manter o pastor demasiadamente ocupado para que não

tenha tempo para a família. A família do pastor e de valor

incalculável. O fracasso no lar pode levar ao fracasso no

Page 26: A Defasagem na Ministração da Família Imediata no Ministério Evangelico

ministério. Muitos pastores parecem ter a concepção errada de

que precisam escolher entre trabalho e família.

A verdade é que nenhum pastor pode ser bom cristão a menos

que seja bom pai, esposo e bom cidadão. A família do pastor é

uma pequena vinha, a família como núcleo de afeto bem pode ser

motivo de estabilidade ou motivo de perturbação. Há pastores

que precisam abandonar o ministério devido a problemas

familiares, outros nas situações mais adversas do ministério

tem recebido apoio da família e tem conseguido sustenta-se e

vencer as adversidades do ministério. Isto significa que o lar

requer a devida atenção, como o a igreja do senhor.

(BARRIENTOS, 1999. P.61).

Contudo vimos que o sucesso pastoral depende de uma boa

harmonia com seu lar, mas muitas esposas de pastor reclamam

por falta de amor, atenção e cuidado por parte do marido. E

isso tem ficado cada vez mais evidente no ministério pastoral,

na afirmação do pastor L. G. A. C. podemos ver essa realidade

ao dizer que: Sim, isso acontece com todos, pelo o fato da mulher ser

mais emotiva ela requer mais atenção, carinho afeto e

amor. E pelo o fato da vida corrida de um pastor, muitas

vezes fica a desejar no quis diz respeito uma dedicação

e afeição pessoal. (Pr. L. G. A. C. da igreja

presbiteriana renova do brasil do Rio Grade do Norte).

Gondim (2012, p.73) afirma que: E muito, lastimavelmente, ver

que as esposas e os filhos de ministros são, em certos casos,

os mais negligenciados do mundo. O esposo e pai não estão com

eles senão por pouco tempo. Contudo, o desígnio de Deus é que,

Page 27: A Defasagem na Ministração da Família Imediata no Ministério Evangelico

em sua vida doméstica, o mestre da bíblia seja um exemplo das

verdades que ensina, pois o seu primeiro dever é para sua

esposa e filhos. Concordando com Gondim (2012, p. 73)

Barrientos (1999, p.61) diz:

“Muitas vezes, muito de os conflitos no lar do pastor se

devem a falta de atenção por parte do cabeça da casa,

que emprega seu tempo visitando irmãos, atendendo a

seara, cuidando dos cultos e outras coisas.de vez em

quando chega em casa para comer, chega cansadíssimo para

dormir, não dando assim aos filhos a devida atenção”.

“Alguns dizem que ela [esposa] é a metade do ministério. Se

isto for verdade, e o obreiro não contar com o apoio da

família na retaguarda, ele estará incompleto no exercício do

seu sacerdócio e tudo quanto fizer será fatalmente

deficiente”. (COSTA, 1999. P.20).

O pastor e constantemente dependente de sua família pois

seu ministério depende dela, por isso a sua família e vista

com perfeita e se ele não tiver um perfeito equilíbrio e sua

vida familiar como poderá aconselhar outras famílias se ele

não consegue ser feliz com a esposa e seus filhos. O pastor I.

L. S declara o seguinte:

Com certeza!

Salmo 124: se você não edificar a sua casa em vão vigia

o sentinela. Então se Deus não habita na família satanás

habita. (Pr. I. L. S. da Igreja Batista da Bahia).

Concordando com essa declaração, afirma o pastor O. C. A ao

dizer:

Page 28: A Defasagem na Ministração da Família Imediata no Ministério Evangelico

Faltar-lhe-iam autoridade, essencial no aconselhamento

ou ensino bíblico. Insistindo em fazê-lo teria problemas

com comentários negativos a respeito de sua família por

terceiros e também teria dificuldades em que seus

aconselhados lhe procurassem buscando a ajuda

necessária, por falta de credibilidade. (Pr. O. C. A. da

Igreja do Nazareno Rio Grande do Norte)

Em sua declaração diz o pastor:Isso só acontece, quando há afastamento de Deus. Para

salvar outros temos de começar com a nossa família. (Pr.

O. F. da igreja da Igreja Adventista do Sétimo Dia da

Bahia)

“Se você não consegue ser feliz com sua esposa e seus filhos,

como poderá aconselhar outros e pastorear as famílias da

igreja? Então, você deve dedicar tempo e energia necessários

para manter uma família saudável.” Argumenta (ARRAIS 2011,

p.55). Em comparação “O relacionamento que você tem com seu

cônjuge e seus filhos é a mensagem mais importante sobre a

família que a sua igreja vai ouvir você pregar.” (RAINNEY,

2003, p.31). Torres (2008, p. 145) diz que: “O pastor tem a

responsabilidade de transmitir, por preceito e exemplo, os

princípios bíblicos para sua família, bem como zelar pelos

procedimentos religiosos e pela conduta dos membros da sua

casa”.

Entre diversos fatores que envolve a defasagem na ministração

da família imediata, existe grandes prejuízos na ausência de

privacidade na família ministerial, em sua afirmação o pastor

G. P. C. diz:

Page 29: A Defasagem na Ministração da Família Imediata no Ministério Evangelico

Toda família precisa de privacidade. Dependendo do

contexto e grau da falta de privacidade, pode gerar

sérios danos a família. (Pr. G. P. C. da Igreja do

Nazareno Rio Grande do Norte)

Portanto a definição do pastor J. L. C. diz que:A falta de desfrutar os melhores momentos entre marido e

mulher na sua intimidade, bem como desenvolver um

relacionamento sólido com seus filhos e fornecer a eles

como é que é uma família saudável! (Pr. J. L. C. da

Primeira Igreja Batista da Bahia).

Concordando com J. L. C., em sua definição o pastor O. S. Q.

traz:

O pastor é que deve colocar limites. Pois nem todos os

membros tem essa noção! Cada membro da igreja acha que

só existe ele, por isso o pastor é quem deve dar a

direção certa. Equilíbrio esse é o resumo. (Pr. O. S. Q.

da igreja Adventista do Sétimo Dia da Bahia)

A invasão a intimidade cresce a cada com frequência e muitas

esposas de pastores ficam desconsoladas por não poderem ter um

momento sequer de privacidade em seus lares e isso incomoda. A

família é exposta à presença de outras pessoas 24 horas por

dia. É um entra e sai diário, o que impede até a família de

tratar de seus problemas particulares e íntimos, pois há

sempre gente estranha por perto. (DUSILEK, 1995. p.78.)

7. CONCLUSÕES

O presente estudo revelou o quanto é importante de serefletir acerca da vida do ministro é sua ministração nafamília, pois a família pastoral é de suma importância grandeparte o êxito do ministro, e no mundo atual cada vez mais seexige do pastor, com isso é necessário ter bastante equilíbrio

Page 30: A Defasagem na Ministração da Família Imediata no Ministério Evangelico

em suas atividades pois alguns não administram bem suasfamílias e estão fracassando em sua atividade ministerial.Portanto, a família do pastor deve ser uma prioridade em suavida, o compromisso se torna mais forte com o progressoministerial, o qual protegerá e defenderá o pastor, sua esposae filhos das catástrofes familiares que parecem estaraumentando no ministério contemporâneo.

Admitimos não ter encerrado tudo que se podia explorar emum tema tão complexo e sugerimos que novos estudos sejamrealizado sobre a família pastoral que é uma área muitoimportante para o andamento da igreja e o bem família pastorale a membresia.

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