Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação 41º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Joinville - SC – 2 a 8/09/2018 1 A comunicação digital do Calandragem - a experiência online do jornal- laboratório da UFPI 1 Pedro Humberto F. ALMEIDA 2 Thiago Santos SILVA 3 Valentina Tereskova Bezerra de MORAES 4 Sílvio Henrique Vieira BARBOSA 5 Universidade Federal do Piauí, Teresina, PI RESUMO Esse trabalho analisa a convergência midiática entre os meios impresso e digital pelo estudo de caso do Jornal Calandragem – Jornal-laboratório do Curso de Comunicação Social/ Jornalismo da UFPI, que desde 1988 existiu tão somente na forma impressa. Ao completar 30 anos de produção, o Calandragem passa a informar, também, pela versão digital, de forma a oferecer a oportunidade de maior interação com o público, principalmente da própria universidade, que pode curtir, comentar, compartilhar e dar sugestões pelas redes sociais. Assim, busca-se apresentar como se deu a transmidialização do Jornal Calandragem, com o desenvolvimento de um site (calandragem.wordpress.com), criação de conta na rede social (Facebook), e com temática social relevante, apresentando - nesta primeira edição - o Mapa Cultural de Teresina, com reportagens sobre cultura e lazer em toda a cidade. PALAVRAS-CHAVE: comunicação digital; socialização online; convergência; Jornal Calandragem; jornal-laboratório. 1 INTRODUÇÃO A evolução tecnológica produziu um grande impacto na sociedade; as transformações sociais e culturais desde a criação dos computadores pessoais e do uso comercial da internet, na segunda metade do século passado, possibilitaram a ampliação da produção e difusão de informação. Com o passar dos anos, a tecnologia tem-se tornado cada vez mais parte do dia-a-dia; passamos a procurar tudo na internet e dessa maneira rápida e ágil pode-se ter acesso a qualquer conteúdo. Desde então os meios de comunicação tradicionais (jornal impresso, rádio e TV) têm se adequado à cultura digital para manter e conquistar seu público. 1 Trabalho submetido ao GP Comunicação e Cultura Digital, XVIII Encontro dos Grupos de Pesquisas em Comunicação, evento componente do 41º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. 2 Graduando do Curso de Comunicação Social/Jornalismo da UFPI, email: [email protected]3 Graduando do Curso Comunicação Social/Jornalismo da UFPI, email: [email protected]. 4 Graduando do Curso de Comunicação Social/Jornalismo da UFPI, email:[email protected] . 5 Professor do curso de Jornalismo da UFPI, email: [email protected].
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A comunicação digital do Calandragem - a experiência ... · estudo de caso do Jornal Calandragem – Jornal-laboratório do Curso de Comunicação Social/ Jornalismo da UFPI, que
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Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação 41º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Joinville - SC – 2 a 8/09/2018
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A comunicação digital do Calandragem - a experiência online do jornal- laboratório da UFPI 1
Pedro Humberto F. ALMEIDA2
Thiago Santos SILVA 3 Valentina Tereskova Bezerra de MORAES4
Sílvio Henrique Vieira BARBOSA5 Universidade Federal do Piauí, Teresina, PI
RESUMO
Esse trabalho analisa a convergência midiática entre os meios impresso e digital pelo estudo de caso do Jornal Calandragem – Jornal-laboratório do Curso de Comunicação Social/ Jornalismo da UFPI, que desde 1988 existiu tão somente na forma impressa. Ao completar 30 anos de produção, o Calandragem passa a informar, também, pela versão digital, de forma a oferecer a oportunidade de maior interação com o público, principalmente da própria universidade, que pode curtir, comentar, compartilhar e dar sugestões pelas redes sociais. Assim, busca-se apresentar como se deu a transmidialização do Jornal Calandragem, com o desenvolvimento de um site (calandragem.wordpress.com), criação de conta na rede social (Facebook), e com temática social relevante, apresentando - nesta primeira edição - o Mapa Cultural de Teresina, com reportagens sobre cultura e lazer em toda a cidade.
A evolução tecnológica produziu um grande impacto na sociedade; as
transformações sociais e culturais desde a criação dos computadores pessoais e do uso
comercial da internet, na segunda metade do século passado, possibilitaram a ampliação
da produção e difusão de informação. Com o passar dos anos, a tecnologia tem-se tornado
cada vez mais parte do dia-a-dia; passamos a procurar tudo na internet e dessa maneira
rápida e ágil pode-se ter acesso a qualquer conteúdo. Desde então os meios de
comunicação tradicionais (jornal impresso, rádio e TV) têm se adequado à cultura digital
para manter e conquistar seu público.
1 Trabalho submetido ao GP Comunicação e Cultura Digital, XVIII Encontro dos Grupos de Pesquisas em Comunicação, evento componente do 41º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. 2 Graduando do Curso de Comunicação Social/Jornalismo da UFPI, email: [email protected] 3 Graduando do Curso Comunicação Social/Jornalismo da UFPI, email: [email protected] . 4 Graduando do Curso de Comunicação Social/Jornalismo da UFPI, email:[email protected] . 5 Professor do curso de Jornalismo da UFPI, email: [email protected] .
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A internet é o meio mais abrangente para se obter notícias (ultrapassando a TV, o
rádio e o jornal impresso), reunindo vídeo, texto, áudio, foto e infográficos, ou seja, tudo
e em tempo real. O jornalismo digital, um dos muitos termos utilizados no meio
acadêmico para nomear o jornalismo adaptado à web, tem por finalidade informar, atrair
o público seja onde estiver e a qualquer momento, graças ao desenvolvimento dos
dispositivos móveis, à melhoria do sinal de internet e ao fato do conteúdo ficar disponível
24 horas por dia para livre acesso, num meio que oferece velocidade do processamento
dos conteúdos, armazenamento facilitado e a presença de multimídias.
O jornal impresso tem tomado o caminho de renovação para se aproximar do
público. A formatação na web, adaptada às muitas ferramentas oferecidas, está acessível
às pessoas de uma forma facilitada, permitindo-se, dessa forma, a convergência do texto
e da foto, característicos do impresso, ao vídeo, ao infográfico e às demais opções
oferecidas pela web.
Neste estudo, avaliamos o processo pelo qual o jornal-laboratório Calandragem
transmidializa-se com a criação do site na web (Figura 1), utilizando-se novas ferramentas
que expandem, em muito, a abrangência e circulação do veículo preparado pelos alunos
das disciplinas de Jornal e de Planejamento Gráfico e Editoração do curso de
Comunicação Social-Jornalismo da UFPI.
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Figura 1- Site calandragem.wordpress.com
2 OBJETIVO
Essa pesquisa objetiva analisar o processo de transmidialização do jornal-
laboratório Calandragem do formato impresso, no qual existiu nos últimos 30 anos, para
a web, permitindo aos alunos das disciplinas de Jornal e de Planejamento Gráfico e
Editoração a percepção das mudanças necessárias quanto à apresentação do conteúdo
jornalístico nos dois diferentes meios de comunicação. Num exemplo que ficou bastante
claro para os alunos, o texto editado para o formato limitado a 16 páginas do jornal, foi
postado no site calandragem.wordpress.com sem os cortes impostos pela diagramação da
página impressa, ou seja, as reportagens da versão digital ganharam mais amplitude, pelo
detalhamento das informações, acrescentando-se, ainda, a inclusão de ensaios
fotográficos e, mesmo, pequenos vídeos gravados pelos alunos.
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Dessa forma, mais que a simples convergência de mídias, os alunos puderam
experimentar a transmidialidade, oferecida pela complementação de informações na
versão da web, que deixou de ser, assim, mera cópia da edição impressa.
Como pontua o editorial da página 2 do Jornal Calandragem, também publicado
no site calandragem.wordpress.com, O Jornal Calandragem está de cara nova em casa nova, a web. A partir de agora, nossos artigos, preparados pelos alunos do Curso de Comunicação Social/Jornalismo, estão também na Internet, ganhando uma janela que ultrapassa as fronteiras da UFPI, da cidade de Teresina, do Estado do Piauí, do Brasil, enfim... Afinal, em pleno Século XXI, a convergência de mídias precisa ser praticada pelos alunos no dia-a-dia[...]
3 JUSTIFICATIVA
No Brasil, o primeiro jornal a ter um site na Internet e produzir conteúdos extras
para os leitores foi o Jornal do Brasil, do Rio de Janeiro, em 1995. Curiosamente, a versão
impressa deixou de circular em 1º de setembro de 2010, por causa dos altos custos de
impressão e a queda nas vendas em virtude da concorrência com o Jornal O Globo e com
outras mídias, inclusive as digitais. Hoje, ele se transformou em um jornal disponível
apenas na versão digital.
Em 2009, a Folha de São Paulo lançou a versão digital de seu jornal impresso.
Disponibilizado exatamente como a versão impressa, o jornal digital passou a possuir
inúmeros assinantes, de norte a sul do país. Em fevereiro de 2018, na tentativa de
convergência de seus serviços, a Folha lança seu aplicativo de versão impressa,
disponibilizando para os sistemas Android e IOS um app funcional, com diversas opções.
Nele, o assinante conta com a versão digitalizada do acervo da folha vinculado ao site,
além das publicações diárias e dos últimos seis meses.
Integrando a mobilidade, praticidade, velocidade e interatividade disponibilizadas
através da internet e dos aparelhos tecnológicos, os jornais digitais vem crescendo e
tomando forma no mercado jornalístico. Essa nova configuração possibilita aos leitores e
consumidores de informação a cultura interativa, que contrasta com o conceito de cultura
participativa, onde, não há mais passividade dos consumidores e sim a interação e o
feedback.
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Diante disso, esse trabalho apresenta a importância, para o aprendizado da prática
do jornalismo, desse exercício de transmidialização, fazendo um jornal-laboratório - que
por trinta anos existiu apenas na forma impressa – falar as múltiplas linguagens da web,
com sua ampla gama de ferramentas que expandem a capacidade comunicacional, antes
restrita ao papel, e que permite a interatividade com o público-alvo, uma vez que oferece
a oportunidade de enriquecer os temas abordados com comentários e dúvidas
apresentados na redes sociais e no próprio site em que os alunos puderam postar fotos e
informações que, pelo espaço limitado do impresso, não puderam ser ali divulgadas.
4 MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS
O site do Jornal Calandragem (calandragem.wordpress.com) foi criado com o uso
da ferramenta de uso gratuito wordpress.com, uma das muitas oferecidas pela web. O
wordpress foi escolhido devido a sua praticidade, já que oferece ampla gama de templates
e tutorial de fácil aplicação, permitindo uma criação rápida do webjornal, customizado
diante de nossas necessidades de oferecer reportagens com artigos, textos e, mesmo,
pequenos vídeos gravados pelos alunos.
O ambiente digital, tão amigável até mesmo para os menos acostumados com a
mídia digital, permitiu ampla interação em sala de aula, com cada grupo diagramando os
textos de suas reportagens no programa InDesign, ao mesmo tempo em que já realizavam
as chamadas para serem inseridas na versão digital.
Como as 16 páginas do Calandragem se tornaram insuficientes para todo o
material coletado para a edição do Mapa Cultural, optou-se por postar na rede os textos
na versão integral, anterior aos cortes necessários para a diagramação nas páginas do
jornal.
Dessa forma, mais que a convergência de mídias, o Calandragem em sua versão
digital se tornou um exercício de transmidialidade, uma vez que não repete o jornal
impresso, mas o complementa com ainda mais informações, em texto e em fotos. E ainda
permite a interação com o público pela rede social (Facebook), com a possibilidade de
um maior alcance ao público-alvo, que circula pela universidade, mas também ao público
externo.
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O site, criado em fins de março, até o mês de maio teve mais de seiscentas curtidas,
incluindo do exterior, como Estados Unidos, Canadá e Irlanda, países com comunidades
brasileiras.
5. DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO
Desde o princípio do ano letivo, as discussões em sala de aula levaram os grupos
de trabalho a optar por expandir ao máximo a possibilidade de divulgação do jornal-
laboratório. Os estudos sobre convergência digital, sobre a adaptação dos jornais
impressos à web, bem como a conclusão sobre os benefícios da transmidialidade, com a
possibilidade de complementação do material da mídia impressa pela web e a utilização
das redes sociais na divulgação do bem cultural, levaram a disciplina de Editoração a
inovar na edição dos 30 anos do Calandragem.
Mais que uma experiência de crossmídia, com a simples repetição ou adaptação
da informação impressa no meio digital, decidiu-se pela complementação de uma mídia
pela outra, tornando-se um processo de transmidialidade.
Para Rennó (2013, p. 215), enquanto a “cross-mídia distribui a mesma mensagem
em multiplataforma, a narrativa transmídia oferece mensagens distintas, ainda que
relacionadas, em ambiente multiplataforma”.
Já a transmídia trata-se, não de mera reprodução, mas de uma complementação ao
conteúdo original. Na prática, significa que as diferentes mídias (os meios) irão transmitir
diferentes conteúdos (as mensagens) para o público (o receptor), mas de forma que os
diferentes meios se complementem. Se o receptor utilizar apenas um dos meios, vai ter
apenas a mensagem parcial.
Como explica Scolari (2013, p. 25), “[...] não estamos falando de uma adaptação
de uma linguagem a outra (por exemplo, do livro para o cinema), mas sim de uma
estratégia que vai muito mais adiante e desenvolve um mundo narrativo que abarca
diferentes meios e linguagens.”6
6 Tradução própria: ... no estamos hablando de una adaptación de un lenguage a outro (por ejemplo del libro al cine), sino de una estratégia que va mucho más allá y desarolla un mundo narrativo que abarca diferentes médios y linguajes.
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Optou-se, nesse primeiro semestre de 2018, em trabalho interdisciplinar, pela
criação de uma edição especial do Calandragem, jornal-laboratório do curso de
Jornalismo da UFPI. Aproveitando-se a realização, em junho de 2018, dentro do campus
central da UFPI, em Teresina, do SALIPI – Salão do Livro do Piauí, decidiu-se
homenagear a cultura da capital piauiense, numa edição temática que buscou divulgar
arte, cultura e lazer disponíveis para a população e para os visitantes do SALIPI e da
universidade.
Cada grupo foi responsável pela apuração dos temas, redação dos artigos e
diagramação da versão impressa, sob a supervisão do professor das disciplinas de Jornal
e de Planejamento Gráfico e Editoração, além da escolha e edição das fotos, em parceria
com a disciplina de Fotojornalismo.
Essas 16 páginas do Jornal Calandragem, editadas no programa InDesign, foram
ampliadas no espaço infinitamente maior da web. A versão digital
(calandragem.wordpress.com) permitiu a apresentação de textos mais completos que os
da versão impressa, já que não houve necessidade de editar as reportagens preparadas
pelos alunos no formato e no espaço exigidos pela diagramação.
Dessa forma, a versão digital se tornou complementar à impressa, numa
experiência de transmidialidade, que envolve as limitações de espaço do texto impresso -
com uma ou duas fotos no máximo - com o texto expandido da web, enriquecido de
galerias de fotos e vídeo gravado pelos alunos, bem como pela interação permitida pela
rede social em que o Jornal Calandragem passou a existir, o Facebook (Figura 2).
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Figura 2 - Captura de tela do Calandragem no Facebook
6 CONSIDERAÇÕES
Constata-se que a nova experiência de transmidialidade do jornal-laboratório
Calandragem, com a criação do site e inserção das redes sociais, serviu de incentivo para
os alunos trabalharem com afinco nessa edição, publicada em forma de reportagens
expandidas na web antes, portanto, da impressão, na gráfica da UFPI, do Jornal
Calandragem.
Para evitar a perda da factualidade, com o envelhecimento dos assuntos
abordados, optou-se pela adoção de um grande tema único, que servisse como prestação
de serviços à comunidade acadêmica e, também, a moradores e visitantes de Teresina: a
criação de um mapa cultural, cobrindo todas as áreas de arte, lazer e turismo da capital
piauiense.
Dessa forma, essa primeira edição de 2018, simultaneamente impressa e digital
(site + redes sociais) permitiu um alcance de público nunca antes imaginado, uma vez que
o site já teve diversos acessos no exterior, como Estados Unidos (25), Canadá e República
da Irlanda, certamente nas comunidades brasileiras nesses países (figura 3).
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Figura 3 - Captura de tela das Estatísticas do site, destacando os países onde já foi acessado
Esse exercício permitiu aos alunos aplicar a transmidialidade, conhecendo melhor
o que o mercado de trabalho realiza e cumprindo, assim, o objetivo principal de um jornal-
laboratório, o de permitir pôr em prática as teorias relativas às rotinas de produção da
notícia e dos conteúdos, exercitando a criatividade, sem se pautar pela censura imposta
pelos fins comerciais das mídias privadas.
Como salientado, a criação do site não foi mero exercício de repetição do conteúdo
e da edição em outra mídia; não se trata de crossmidia, portanto. Mais que a simples
convergência de mídias, os alunos puderam experimentar a transmidialidade, oferecida
pela complementação de informações na versão da web, com artigos mais completos,
mais utilização de entrevistados, mais fotos e informações extras, além da utilização das
redes sociais como divulgadoras e como canal de comunicação com o público leitor.
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