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Discussões pedagógicas
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A ARTE DA EDUCAÇÃO III - Rudolf Steiner · se nas obras escritas e publicadas por Rudolf Steiner (1861–1925). Além disso, existem as publicações das numerosas conferências

Nov 26, 2018

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Discussões pedagógicas

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Rudolf Steiner

O estudo geral do homem, uma base para a pedagogia

(A arte da educação – I)

Metodologia e didática(A arte da educação – II)

Discussões pedagógicas (A arte da educação – III)

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Rudolf Steiner

Discussões pedagógicas (A ARTE DA EDUCAÇÃO – III)

Quinze colóquios seminarísticos e três palestras sobre o currículo, realizados em Stuttgart (Alemanha)

de 21 de agosto a 6 de setembro de 1919, por ocasião da fundação da Escola Waldorf Livre

Tradução de Rudolf Lanz

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Título original:SeminarbeSprechungen und LehrpLanvorträge

© 1969 Rudolf Steiner Nachlassverwaltung, Dornach4ª ed. 1984, Rudolf Steiner Verlag, Dornach – Suíça

GA-Nr. 295 — ISBN 978-3-7274-2950-7

Direitos desta tradução reservados àeditora antropoSófica Ltda. — R. da Fraternidade, 180

04738-020 São Paulo - SP — Tel. / Fax (11) 5687-9714www.antroposofica.com.br — [email protected]

Revisão da tradução, textos editoriais e atualizações: Jacira CardosoAdaptações dos exercícios de dicção: Matthias Murbach (mb),

Ruth Salles (rS) e Jacira Cardoso (jc)Capa: sobre projeto original de Paula Cristina Dassie

Produção editorial: Ad Verbum Editorialwww.ad-verbum-editorial.com.br

1ª edição: 1999

2ª edição revista e atualizada — 2015

ISBN 978-85-7122-242-7

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Steiner, Rudolf, 1861-1925.Discussões pedagógicas / Rudolf Steiner ; tradução de Rudolf

Lanz. – 2. ed. – São Paulo : Antroposófica, 2015. – (A arte da educação ; v. 3)

Título original: Seminarbesprechungen und Lehrplanvorträge.“Quinze colóquios seminarísticos e três palestras sobre o

currículo, realizados em Stuttgart (Alemanha) de 21 de agosto a 6 de setembro de 1919, por ocasião da fundação da Escola Waldorf Livre.”

Conteúdo: V. 3 Discussões pedagógicas.ISBN 978-85-7122-242-7

1. Antropossofia 2. Educação de crianças 3. Escolas Waldorf 4. Psicologia educacional I. Título. II. Série.

14-08829 CDD-370.15Índices para catálogo sistemático:

1. Psicologia educacional 370.15

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Sobre a publicação da obra de Rudolf Steiner

Os fundamentos da Ciência Espiritual Antropo sófica en contram-se nas obras escritas e publicadas por Rudolf Steiner (1861–1925). Além disso, existem as publicações das numerosas conferências proferidas e cursos ministrados por ele entre os anos de 1900 e 1924, tanto ao público em geral quanto aos membros da Sociedade Teosófica e, subsequentemente, da Sociedade Antroposófica. A princípio, ele mesmo não desejava que suas conferên cias, proferidas livremente, fossem registradas por escrito, visto que as considerava “comunicações verbais, não destinadas à impressão”. Com o aumento da distribui-ção de anotações de ouvintes, às vezes incompletas e incorretas, ele decidiu regulamentar a reprodução escrita. Essa tarefa foi confiada a Marie Steiner-von Sivers, a quem passou a incumbir a designação dos estenógrafos, a administração das anotações e a necessária revisão dos textos a serem publicados. Como, por escassez de tempo, apenas em muito poucos casos Rudolf Steiner pôde corrigir pessoalmente as anotações, suas ressalvas em relação a todas as publicações de con-ferências devem ser consideradas: “É preciso admitir que em edições não corrigidas por mim possam encontrar-se erros.”

Após a morte de Marie Steiner (1867–1948) foi inicia da, de acordo com as diretrizes dadas por ela, a publicação de uma edição completa (Gesamtausgabe) da obra de Rudolf Steiner, cujos volumes foram numerados sob a sigla abreviada GA. O trabalho de seleção, revisão e notas é realizado pelo Rudolf Steiner Archiv, pertencente à instituição administradora do espólio literário do Autor — a Rudolf Steiner Nachlass verwaltung, também proprietária do Rudolf Steiner Verlag, que procede às publicações.

A atividade do Rudolf Steiner Archiv — que não recebe nenhum incentivo estatal ou de outra natureza — depende inteiramente de doações financeiras e, mais recentemente, dos direitos autorais das obras traduzidas. Mais informações:

Rudolf SteineR ARchiv

Postfach 135 — CH 4143 Dornach, Suíçawww.rudolf-steiner.com

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Sumário

Nota preliminar ....................................................................... 11

Primeiro colóquio

21 de agosto de 1919 ............................................................... 13Os quatro temperamentos e os membros constitutivos da criança. Distribuição dos alunos na classe segundo os temperamentos. Tratamento pedagógico dos temperamentos. Esquema dos tempera-mentos. Educação recíproca dos temperamentos infantis. Duração da aula principal e da narração de histórias. Plano de narrativas do primeiro ao oitavo ano escolar. Perguntas e respostas: crian ças melancólicas. Livros didáticos, provas, professores de maté rias complementares.

Segundo colóquio

22 de agosto de 1919 ............................................................... 26Observações de Rudolf Steiner às exposições dos participantes a respeito dos temperamentos. Desenhos. Inter-relação dos tempera-mentos. Temperamentos e instrumentos musicais. Os fleumáticos. Alimentação. Os melancólicos. Estrutura corporal. Os coléricos. Temperamentos, idade e organismo social.

Terceiro colóquio

23 de agosto de 1919 ............................................................... 37Considerações sobre o tratamento dos temperamentos. Narração de contos. Temas para desenho. Narrativas com animais.

quarTo colóquio

25 de agosto de 1919 ............................................................... 44Postura vertical do ser humano e representação do espaço. Início do ensino de aritmética em função dos temperamentos. Geometria e estereometria. Temas para desenho. Narrativas de contos. Narra-tivas com animais. Os extremos dos temperamentos. As três ‘gatas borralheiras’ na classe.

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quinTo colóquio

26 de agosto de 1919 ............................................................... 54Exercícios de dicção. Individualização e divisão na classe segundo os temperamentos. Os melancólicos. Temperamento, reencarnação, hereditariedade. Temperamento de um povo e o idioma. Tempera-mento das crianças e o aprendizado das línguas. A instigação de travessuras numa classe.

SexTo colóquio

27 de agosto de 1919 ............................................................... 64Exercícios de dicção. Exemplo didático: comentário sobre um texto de leitura (fábula) e uma poesia. O tratamento pedagógico dos ‘com portadinhos’.

SéTimo colóquio

28 de agosto de 1919 ............................................................... 76Exercícios de dicção. Exemplos didáticos para os doze aos quinze anos: História. O lado subjetivo na observação histórica: Tácito e outros historia dores; as exposições confessionais de Lutero. As cruzadas: causas, metas, obstáculos e consequências negativas. As diversas abordagens da História. O entusiasmo exacerbado de certos alunos por um professor.

oiTavo colóquio

29 de agosto de 1919 ............................................................... 92Exercícios de dicção. Medidas para ajudar alunos pouco dotados. Alimentação. Aritmética. Geografia. A ambição. Compreensão de objetos da natureza. Dotados e não dotados. Euritmia. Música.

nono colóquio

30 de agosto de 1919 ............................................................... 106Exercícios de dicção. Botânica: comentários sobre exposições dos participantes. Folha, flores e frutos em relação ao ar e à luz. Fecundação. A planta como o ‘negativo’ do homem. As plantas e o mundo anímico humano.

décimo colóquio

1º de setembro de 1919 ............................................................ 117Exercícios de dicção. As plantas como mundo anímico da Terra tornado visível. Ranúnculo, árvore, compostas, cogumelos; verão e inverno. O teorema de Pitágoras.

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9Sumário

décimo Primeiro colóquio

2 de setembro de 1919 ............................................................. 126Exercícios de dicção. Frenologia. Os sentidos humanos. As ‘assina-turas’. As partes formativas da planta. As plantas e a vida anímica infantil até os catorze a dezesseis anos.

décimo Segundo colóquio

3 de setembro de 1919 ............................................................. 137Exercícios de dicção. Educação sexual e crescimento vegetal. Ensino de geografia: regiões industriais. Ensino de geometria.

décimo Terceiro colóquio

4 de setembro de 1919 ............................................................. 142Exercícios de dicção. A área geométrica; transição para o cálculo algébrico. Fantasia ao estipular tarefas aritméticas. Contas ‘de cabeça’. Erros de cálculo e o exemplo de Copérnico.

décimo quarTo colóquio

5 de setembro de 1919 ............................................................. 149O início do ensino de música; os instrumentos. Transição do cálculo numérico (juros) para o cálculo algébrico. Números negativos e imaginários. Adição, multiplicação, potenciação; subtração, divisão, radiciação. O emprego de formas. História. Concretização do tempo; as gerações. História da cultura. Geografia matemática; movimento do Sol. A antiga cultura egípcia.

Primeira PaleSTra Sobre o currículo

6 de setembro de 1919 (de manhã) ......................................... 160Metas pedagógicas para cada um dos graus escolares. Currículo do primeiro ao oitavo ano. O ensino da língua pátria. O desenho. O ensino de línguas estrangeiras. O ensino das profissões no terceiro ano. História e geografia do quarto ao oitavo ano.

Segunda PaleSTra Sobre o currículo

6 de setembro de 1919 (de manhã) ......................................... 170Ciências naturais do terceiro ao quarto ano. Temas comerciais e industriais; os transportes. Física e química do sexto ao oitavo ano. Aritmética, matemática, geometria do primeiro ao oitavo ano. Desenho do primeiro ao oitavo ano. Música.

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décimo quinTo colóquio

6 de setembro de 1919 (à tarde) .............................................. 178Exercícios de dicção. A relação entre a lemniscata, a epífise e o coração. As migrações dos povos: causas econômicas. Os celtas e os germanos. Surgimento do Estado. O ensino de música. Alunos re-tardatários. Línguas estrangeiras. Modelagem. Trabalhos manuais.

Terceira PaleSTra Sobre o currículo

6 de setembro de 1919 (à tarde) .............................................. 186Ensino de música em cada um dos anos escolares. Euritmia. Gi-nástica.

PalavraS finaiS

6 de setembro de 1919 (à tarde) .............................................. 189

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Nota preliminar1

Em meio aos distúrbios econômicos e políticos que se se-guiram ao colapso alemão de novembro de 19182, Emil Molt, o diretor da fábrica de cigarros Waldorf-Astoria em Stuttgart [Ale-manha], tomou a decisão de fundar uma escola para os filhos de seus operários, solicitando a Rudolf Steiner que assumisse sua instalação e direção.

Em 7 de setembro de 1919 a ‘Escola Waldorf Livre’ foi inau-gurada como ‘escola unitária de Ensino Fundamental e Ensino Médio’. Nas semanas anteriores Rudolf Steiner ministrou, aos professores escolhidos por ele para ali lecionarem, um curso pe-dagógico com o fim de introduzi-los em sua nova tarefa. A estru-turação desse abrangente curso de quinze dias foi o seguinte: pela manhã, às nove horas, tinha lugar diariamente uma conferência sobre o conhecimento geral do homem como base da pedagogia; na segunda metade da manhã seguia-se uma série adicional, sobre questões metodológico-didáticas, e à tarde eram mantidas discussões pedagógicas de forma seminarística. [...]

Todas as três séries são, até certo grau, em si independentes; mas também estão, de vários modos, diretamente interligadas. O conhecimento geral do homem é a mais coesa em si; mas, mesmo assim, especialmente suas primeiras conferências necessitam ser bastante complementadas pelo que lhes foi acrescentado nas conferências sobre Metodologia e didática. Em contrapartida, nesses primeiros dias as Discussões pedagógicas — onde foi apresentada principalmente a teoria dos temperamentos em seu significado pedagógico — são relativamente coesas. Do quarto dia em diante, porém, isto se altera. A estreita conexão entre ambas as conferências matutinas se desfaz. Agora, o que é apresentado na

1 [À primeira edição original sob forma de livro, em 1959.]2 [Data do armistício de Compiègne, que consignou a derrota da Alemanha no final da Primeira Guerra Mundial, com consequentes perdas ao país impostas a seguir pelo Tratado de Versalhes, assinado em junho de 1919.]

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segunda parte da manhã como metodologia e didática se conecta estreitamente ao que foi trabalhado à tarde sobre o mesmo tema, de forma seminarística. Essas duas séries parecem estar, daí em diante, como que mutuamente engrenadas. Assim, por exemplo, o problema do ensino de zoologia é tratado nas conferências matuti-nas metodológico-didáticas e o de botânica à tarde, no seminário.

O último dia do curso, por sua vez, tem uma forma especial. Assim como cada medida metodológica no ensino deve surgir de um real conhecimento do homem, de um fundamental conheci-mento abrangendo o corpo, a alma e o espírito, assim também a gradual construção da escola como um todo, incluindo o currículo, deve surgir organicamente desse conhecimento. Foi por isso que no final as três séries do curso puderam confluir na exposição desse currículo, e chegar a uma sintonia, na medida em que não apenas as duas conferências matutinas foram dedicadas a esse tema, mas também uma parte do último colóquio seminarístico.

Portanto, as três séries se apoiam e se completam mutua-mente de várias maneiras. Por isso também, realmente, é quase impossível compreender uma delas sem consultar as demais.[...]

Entre os primeiros professores da Escola Waldorf, parti-cipantes do curso, pressupunha-se o conhecimento das obras fundamentais da Ciência Espiritual Antroposófica; e também o conhecimento do que Rudolf Steiner e seus colaboradores alme-javam nos meses anteriores daquele ano de 1919, resumido no livro Os pontos centrais da questão social.3

O atual leitor do presente livro também deveria conhecer ou vir a conhecer essas fundamentais ideias científico-espirituais e sociais, pois do contrário não poderá esperar, no que aqui é dito sobre pedagogia, poder chegar a uma plena compreensão e a um juízo objetivamente fundamentado.

Erich Gabert

3 [Título da edição brasileira (São Paulo: Antroposófica, 2011).]