16/2/2014 A 4 meses da Copa, capital do país está abandonada - Brasil - Notícia - VEJA.com http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/a-4-meses-da-copa-capital-do-pais-esta-abandonada 1/6 Assine Loja SAC Grupo Abril Veja SP Veja RJ Exame Info Contigo! MdeMulher Modaspot Capricho Revistas e sites VEJA OK Notícias Assine VEJA Brasil Celebridades Ciência Economia Educação Esporte Internacional Saúde Vida Digital Infográficos As Listas de VEJA Veja SP Temas Vídeos e Fotos Blogs e Colunistas Acervo Digital » 16/02/2014 - 17:30 COMPARTILHAR IMPRIMIR Tweet Copa do Mundo A 4 meses da Copa, capital do país está abandonada Brasília não está preparada para receber os turistas que chegarão com o evento esportivo. Falta de zelo com prédios públicos é uma das faces da crise gerencial de Agnelo Queiroz Marcela Mattos e Gabriel Castro, de Brasília Foto 1 / 29 Ampliar Fotos Foto anterior Próxima Foto Mato cresce em plena Praça dos Três Poderes - Cristiano Mariz A quatro meses da Copa do Mundo, a capital do país-sede de um dos mais importantes eventos do mundo amarga o abandono. Ao contrário do esperado para a cidade que ergueu o estádio de futebol mais caro do país, quem visita hoje Brasília se depara com monumentos sujos, danificados e mal iluminados – o que, somado à dificuldade de utilizar o transporte público e à crescente onda de violência, acaba por decepcionar e afastar o turista. Não é necessário ir longe para se constatar a falta de cuidado com os principais atrativos de Brasília, que abrigará sete partidas do Mundial de futebol e deverá receber 600.000 visitantes, segundo o Ministério do Turismo. Apenas nas proximidades da Esplanada dos Ministérios, a reportagem do site de VEJA enumerou sete pontos que integram o roteiro turístico, mas estão em situação deplorável – por falta de limpeza e manutenção inadequada – ou com as portas fechadas. Roteiro certo de quem visita a capital, a Praça dos Três Poderes, que interliga o Supremo Tribunal Federal (STF), o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional, tem mato crescendo entre as pedras que apoiam Assine VEJA Cristiano M ariz Cristiano M ariz Cristiano M ariz Cristiano M ariz Cristiano M ariz Cristiano M ariz Cristiano M ariz Cristiano M ariz Cristiano M ariz Cristiano M ariz Cristiano M ariz Cristiano M ariz Cristian
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A 4 meses da Copa, capital do país está abandonada
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16/2/2014 A 4 meses da Copa, capital do país está abandonada - Brasil - Notícia - VEJA.com
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Copa do Mundo
A 4 meses da Copa, capital do país está abandonada
Brasília não está preparada para receber os turistas que chegarão com o evento esportivo. Falta de zelo com prédios públicos éuma das faces da crise gerencial de Agnelo Queiroz
Marcela Mattos e Gabriel Castro, de Brasília
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Mato cresce em plena Praça dos Três Poderes - Cristiano Mariz
A quatro meses da Copa do Mundo, a capital do país-sede de um dos mais importantes eventos do mundo amarga o abandono. Ao contrário do esperado para a cidade que ergueu o estádio de futebol mais
caro do país, quem visita hoje Brasília se depara com monumentos sujos, danificados e mal iluminados – o que, somado à dificuldade de utilizar o transporte público e à crescente onda de violência, acaba por
decepcionar e afastar o turista.
Não é necessário ir longe para se constatar a falta de cuidado com os principais atrativos de Brasília, que abrigará sete partidas do Mundial de futebol e deverá receber 600.000 visitantes, segundo o Ministério
do Turismo. Apenas nas proximidades da Esplanada dos Ministérios, a reportagem do site de VEJA enumerou sete pontos que integram o roteiro turístico, mas estão em situação deplorável – por falta de
limpeza e manutenção inadequada – ou com as portas fechadas.
Roteiro certo de quem visita a capital, a Praça dos Três Poderes, que interliga o Supremo Tribunal Federal (STF), o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional, tem mato crescendo entre as pedras que apoiam
obras de Bruno Giorgi, Oscar Niemeyer e Marianne Peretti. Além disso, os bancos estão sujos, e o Espaço Lúcio Costa, um dos poucos atrativos da praça, está fechado desde outubro de 2012 – e com prazo
de reabertura vencido há mais de um ano. Em nota, o governo do Distrito Federal prometeu que o museu voltará a funcionar em abril.
“Esperava algo mais ajeitado. Aqui é lindo, claro. Mas estamos na capital do país e era para ser a menina dos olhos”, disse a advogada Juliana Aragão após conhecer a Praça dos Três Poderes. “As coisas estão
sujas e bagunçadas”, continuou o administrador de empresas Flávio Ramos. Os dois são moradores de Olinda (PE) e visitaram a cidade nesta semana. No relato, os pernambucanos criticaram ainda a falta de
policiamento e as obras inacabadas do aeroporto.
Também não passa despercebida a condição de outros cartões-postais de Brasília. A cúpula do Museu Nacional da República está suja, a rampa de acesso ao local apresenta rachaduras e a pintura
descascando. Em situação similar, a Ponte Juscelino Kubitschek ainda está mal iluminada.
“Em Brasília, constroem-se coisas lindas, mas não há manutenção. Há lixo pela cidade toda. O turista vai ver isso e, junto com o retrato dos monumentos, vai levar essa paisagem”, diz a arquiteta Ana Helena
Fragomeni, autora do livro Não vivemos em cartões postais. “Faltam lugares em que o turista saiba que vai ser recebido como pessoa. Esses lugares deveriam estar perto dos hotéis, com centro de turismo que
forneça água, refrigerante e banheiros.”
Por ser de responsabilidade de diversas secretarias, o GDF afirma não ter como apresentar um valor total de quanto será investido para melhorar os pontos turísticos até a Copa do Mundo. Mas promete
concluir a revitalização do Museu da República, da Torre de Televisão e da sua fonte luminosa antes do torneio de futebol. Além disso, o GDF afirma que estão em fase de instalação novas placas de
sinalização para turistas.
Crise - O desleixo com os pontos turístios de Brasília é mais um sintoma da crise permanente no governo de Agnelo Queiroz (PT). O governador do Distrito Federal tem o segundo menor índice de
popularidade do país, atrás apenas de Rosalba Ciarnlini (DEM), do Rio Grande do Norte. Por isso, ao contrário de outros chefes do Executivo, ele ainda não definiu os planos de reeleição. Há partidários que
defendem o lançamento de outro nome do PT ao governo neste ano.
Agnelo passou o primeiro ano de mandato tentando explicar os sucessivos casos de corrupção – novos e antigos –, que vieram à tona quando ele assumiu o Palácio do Buriti. Mesmo depois de passada a fase
mais aguda dos escândalos, não mostrou serviço: as principais obras haviam sido planejadas pela gestão de José Roberto Arruda, que perdeu o cargo após a Operação Caixa de Pandora. A falta de eficiência
na gestão gerou problemas na saúde e na segurança pública.
Recentemente, uma onda de violência atingiu a capital federal, em parte porque policiais militares insatisfeitos resolveram dar início a uma "Operação Tartaruga" para pressionar o governo a aumentar os
salários. Foram mais de 70 assassinatos em janeiro, um aumento de 40% na comparação com o mesmo mês de 2013. Era uma rara oportunidade em que a população, refém dos policiais e dos criminosos,
poderia dar um voto de confiança a Agnelo caso o governador reagisse com firmeza. Mas ele preferiu se omitir.
Brasília abandonada
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Museu Nacional
Localizado entre a Catedral e o Congresso Nacional, o Museu Nacional da República é um dos monumentos mais recentes de
Oscar Niemeyer e destaca-se como um dos pontos imprescindíveis no roteiro de turistas interessados nas obras do arquiteto. Ao
chegar ao local, porém, os turistas vão se deparar com um ambiente inóspito: a cúpula do museu está imunda e a famosa rampa de
acesso, além da sujeira, apresenta rachaduras. Pior: os arredores de uma das principais referências da capital do país virou ponto
de tráfico de drogas e atrai usuários à luz do dia. “Às 15h já podemos ver os consumidores”, conta um dos seguranças, que
preferiu não se identificar. Ele reclamou ainda da falta de segurança e da ausência de policiamento no local.
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