Top Banner

of 118

[7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

Apr 03, 2018

Download

Documents

lucivana
Welcome message from author
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    1/118

    Auditoria de Seguranada Informao

    Luiz Otvio Botelho Lento

    Mrcio Ghisi Guimares

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    2/118

    CrditosUniversidade do Sul de Santa Catarina | Campus UnisulVirtual | Educao Superior a Distncia

    ReitorAilton Nazareno Soares

    Vice-ReitorSebastio Salsio Heerdt

    Chefe de Gabinete da ReitoriaWillian Corra Mximo

    Pr-Reitor de Ensino ePr-Reitor de Pesquisa,Ps-Graduao e InovaoMauri Luiz Heerdt

    Pr-Reitora de AdministraoAcadmicaMiriam de Ftima Bora Rosa

    Pr-Reitor de Desenvolvimentoe Inovao InstitucionalValter Alves Schmitz Neto

    Diretora do CampusUniversitrio de TubaroMilene Pacheco Kindermann

    Diretor do Campus Universitrioda Grande FlorianpolisHrcules Nunes de Arajo

    Secretria-Geral de EnsinoSolange Antunes de Souza

    Diretora do CampusUniversitrio UnisulVirtualJucimara Roesler

    Equipe UnisulVirtual

    Diretor AdjuntoMoacir Heerdt

    Secretaria Exe cutiva e CerimonialJackson Schuelter Wiggers (Coord.)Marcelo Fraiberg Machado

    Tenille CatarinaAssessoria de AssuntosInternacionaisMurilo Matos Mendona

    Assessoria de Rela o com PoderPblico e Foras ArmadasAdenir Siqueira VianaWalter Flix Cardoso Junior

    Assessoria DAD - Disciplinas aDistnciaPatrcia da Silva Meneghel (Coord.)Carlos Alberto AreiasCludia Berh V. da SilvaConceio Aparecida KindermannLuiz Fernando MeneghelRenata Souza de A. Subtil

    Assessoria de Inovao e

    Qualidade de EADDenia Falco de Bittencourt (Coord.)Andrea Ouriques BalbinotCarmen Maria Cipriani Pandini

    Assessoria de TecnologiaOsmar de Oliveira Braz Jnior (Coord.)Felipe FernandesFelipe Jacson de FreitasJeferson Amorin OliveiraPhelipe Luiz Winter da SilvaPriscila da SilvaRodrigo Battistotti PimpoTamara Bruna Ferreira da Silva

    Coordenao Cursos

    Coordenadores de UNADiva Marlia FlemmingMarciel Evangelista Catneo

    Roberto IunskovskiAuxiliare s de CoordenaoAna Denise Goularte de SouzaCamile Martinelli SilveiraFabiana Lange PatricioTnia Regina Goularte Waltemann

    Coordenadores GraduaoAlosio Jos RodriguesAna Lusa MlbertAna Paula R.PachecoArtur Beck NetoBernardino Jos da Silva

    Charles Odair Cesconetto da SilvaDilsa MondardoDiva Marlia FlemmingHorcio Dutra MelloItamar Pedro BevilaquaJairo Aonso HenkesJanana Baeta NevesJorge Alexandre Nogared CardosoJos Carlos da Silva JuniorJos Gabriel da SilvaJos Humberto Dias de ToledoJoseane Borges de MirandaLuiz G. Buchmann FigueiredoMarciel Evangelista CatneoMaria Cristina Schweitzer VeitMaria da Graa PoyerMauro Faccioni FilhoMoacir FogaaNlio HerzmannOnei Tadeu DutraPatrcia FontanellaRoberto IunskovskiRose Clr Estivalete Beche

    Vice-Coordenadores GraduaoAdriana Santos RammBernardino Jos da SilvaCatia Melissa Silveira RodriguesHorcio Dutra MelloJardel Mendes VieiraJoel Irineu LohnJos Carlos Noronha de OliveiraJos Gabriel da SilvaJos Humberto Dias de ToledoLuciana ManroiRogrio Santos da CostaRosa Beatriz Madruga PinheiroSergio SellTatiana Lee Marques

    Valnei Carlos DenardinSmia Mnica Fortunato (Adjunta)

    Coordenadores Ps-GraduaoAlosio Jos RodriguesAnelise Leal Vieira CubasBernardino Jos da SilvaCarmen Maria Cipriani PandiniDaniela Ernani Monteiro WillGiovani de PaulaKarla Leonora Dayse NunesLetcia Cristina Bizarro BarbosaLuiz Otvio Botelho LentoRoberto IunskovskiRodrigo Nunes LunardelliRogrio Santos da CostaThiago Coelho SoaresVera Rejane Niedersberg Schuhmacher

    Gerncia Administrao

    AcadmicaAngelita Maral Flores (Gerente)Fernanda Farias

    Secretaria de Ensi no a DistnciaSamara Josten Flores (Secretria de Ensino)Giane dos Passos (Secretria Acadmica)Adenir Soares JniorAlessandro Alves da SilvaAndra Luci MandiraCristina Mara SchaufertDjeime Sammer BortolottiDouglas SilveiraEvilym Melo LivramentoFabiano Silva MichelsFabricio Botelho EspndolaFelipe Wronski HenriqueGisele Terezinha Cardoso FerreiraIndyanara RamosJanaina Conceio

    Jorge Luiz Vilhar MalaquiasJuliana Broering MartinsLuana Borges da SilvaLuana Tarsila HellmannLuza Koing ZumblickMaria Jos Rossetti

    Marilene de Ftima CapeletoPatricia A. Pereira de CarvalhoPaulo Lisboa CordeiroPaulo Mauricio Silveira BubaloRosngela Mara SiegelSimone Torres de Oliveira

    Vanessa Pereira Santos MetzkerVanilda Liordina Heerdt

    Gesto DocumentalLamuni Souza (Coord.)Clair Maria CardosoDaniel Lucas de MedeirosJaliza Thizon de BonaGuilherme Henrique KoerichJosiane LealMarlia Locks Fernandes

    Gerncia Administrativa eFinanceiraRenato Andr Luz (Gerente)Ana Luise WehrleAnderson Zandr PrudncioDaniel Contessa LisboaNaiara Jeremias da RochaRaael Bourdot Back

    Thais Helena BonettiValmir Vencio Incio

    Gerncia de Ensino, Pesquisa eExtensoJanana Baeta Neves (Gerente)Aracelli Araldi

    Elaborao de ProjetoCarolina Hoeller da Silva BoingVanderlei BrasilFrancielle Arruda Rampelotte

    Reconhecimento de CursoMaria de Ftima Martins

    ExtensoMaria Cristina Veit (Coord.)

    PesquisaDaniela E. M. Will (Coord. PUIP, PUIC, PIBIC)Mauro Faccioni Filho (Coord. Nuvem)

    Ps-GraduaoAnelise Leal Vieira Cubas (Coord.)

    BibliotecaSalete Ceclia e Souza (Coord.)Paula Sanhudo da SilvaMarlia Ignacio de EspndolaRenan Felipe Cascaes

    Gesto Docente e DiscenteEnzo de Oliveira Moreira (Coord.)

    Capacitao e Assessoria aoDocenteAlessandra de Oliveira (Assessoria)Adriana SilveiraAlexandre Wagner da RochaElaine Cristiane Surian (Capacitao)

    Elizete De MarcoFabiana PereiraIris de Souza BarrosJuliana Cardoso EsmeraldinoMaria Lina Moratelli PradoSimone Zigunovas

    Tutoria e SuporteAnderson da Silveira (Ncleo Comunicao)Claudia N. Nascimento (Ncleo Norte-Nordeste)Maria Eugnia F. Celeghin (Ncleo Plo s)Andreza Talles CascaisDaniela Cassol PeresDbora Cristina SilveiraEdnia Araujo Alberto (Ncleo Sudeste)Francine Cardoso da SilvaJanaina Conceio (Ncleo Sul)Joice de Castro PeresKarla F. Wisniewski Desengrini

    Kelin BussLiana FerreiraLuiz Antnio PiresMaria Aparecida TeixeiraMayara de Oliveira BastosMichael Mattar

    Patrcia de Souza AmorimPoliana SimaoSchenon Souza Preto

    Gerncia de Desenho eDesenvolvimento de Materiais

    DidticosMrcia Loch (Gerente)

    Desenho EducacionalCristina Klipp de Oliveira(Coord. Grad./DAD)Roseli A. Rocha Moterle (Coord. Ps/Ext.)Aline Cassol DagaAline PimentelCarmelita SchulzeDaniela Siqueira de MenezesDelma Cristiane MorariEliete de Oliveira CostaElosa Machado SeemannFlavia Lumi MatuzawaGeovania Japiassu MartinsIsabel Zoldan da Veiga RamboJoo Marcos de Souza AlvesLeandro Roman BambergLygia PereiraLis Air Fogolari

    Luiz Henrique Milani QueriquelliMarcelo Tavares de Souza CamposMariana Aparecida dos SantosMarina Melhado Gomes da SilvaMarina Cabeda Egger MoellwaldMirian Elizabet Hahmeyer Collares ElpoPmella Rocha Flores da SilvaRaael da Cunha LaraRoberta de Ftima MartinsRoseli Aparecida Rocha MoterleSabrina BleicherVernica Ribas Crcio

    Acessibilida deVanessa de Andrade Manoel (Coord.)Letcia Regiane Da Silva TobalMariella Gloria RodriguesVanesa Montagna

    Avaliao da ap rendizagem

    Claudia Gabriela DreherJaqueline Cardozo PollaNgila Cristina HinckelSabrina Paula Soares ScarantoThayanny Aparecida B. da Conceio

    Gerncia de LogsticaJeerson Cassiano A. da Costa (Gerente)

    Logsitca de MateriaisCarlos Eduardo D. da Silva (Coord.)Abraao do Nascimento GermanoBruna MacielFernando Sardo da SilvaFylippy Margino dos SantosGuilherme LentzMarlon Eliseu PereiraPablo Varela da SilveiraRubens AmorimYslann David Melo Cordeiro

    Avaliaes Prese nciaisGraciele M. Lindenmayr (Coord.)Ana Paula de AndradeAngelica Cristina GolloCristilaine MedeirosDaiana Cristina BortolottiDelano Pinheiro GomesEdson Martins Rosa JuniorFernando SteimbachFernando Oliveira SantosLisdeise Nunes FelipeMarcelo RamosMarcio VenturaOsni Jose Seidler JuniorThais Bortolotti

    Gerncia de MarketingEliza B. Dallanhol Locks (Gerente)

    Relacionamento com o MercadoAlvaro Jos Souto

    Relacionamento com PolosPresenciaisAlex Fabiano Wehrle (Coord.)Jeerson Pandolo

    Karine Augusta ZanoniMarcia Luz de OliveiraMayara Pereira RosaLuciana Tomado Borguetti

    Assuntos JurdicosBruno Lucion RosoSheila Cristina Martins

    Marketing Estratg icoRaael Bavaresco Bongiolo

    Portal e ComunicaoCatia Melissa Silveira RodriguesAndreia DrewesLuiz Felipe Buchmann FigueiredoRaael Pessi

    Gerncia de ProduoArthur Emmanuel F. Silveira (Gerente)Francini Ferreira Dias

    Design VisualPedro Paulo Alves Teixeira (Coord.)Alberto Regis EliasAlex Sandro XavierAnne Cristyne Pereira

    Cristiano Neri Gonalves RibeiroDaiana Ferreira CassanegoDavi PieperDiogo Raael da SilvaEdison Rodrigo ValimFernanda FernandesFrederico TrilhaJordana Paula SchulkaMarcelo Neri da SilvaNelson RosaNoemia Souza MesquitaOberdan Porto Leal Piantino

    MultimdiaSrgio Giron (Coord.)Dandara Lemos ReynaldoCleber MagriFernando Gustav Soares LimaJosu Lange

    Conferncia (e-OLA)Carla Fabiana Feltrin Raimundo (Coord.)Bruno Augusto ZuninoGabriel Barbosa

    Produo IndustrialMarcelo Bittencourt (Coord.)

    Gerncia Servio de AtenoIntegral ao AcadmicoMaria Isabel Aragon (Gerente)Ana Paula Batista DetniAndr Luiz PortesCarolina Dias DamascenoCleide Incio Goulart SeemanDenise FernandesFrancielle FernandesHoldrin Milet BrandoJennifer CamargoJessica da Silva BruchadoJonatas Collao de SouzaJuliana Cardoso da SilvaJuliana Elen TizianKamilla RosaMariana SouzaMarilene Ftima CapeletoMaurcio dos Santos AugustoMaycon de Sousa CandidoMonique Napoli RibeiroPriscilla Geovana PaganiSabrina Mari Kawano GonalvesScheila Cristina MartinsTaize MullerTatiane Crestani Trentin

    Avenida dos Lagos, 41 Cidade Universitria Pedra Branca | Palhoa SC | 88137-900 | Fone/fax: (48) 3279-1242 e 3279-1271 | E-mail: [email protected] |Site: www.unisul.br/unisulvirtual

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    3/118

    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Auditoria de Segurana

    da InformaoLivro Digital

    PalhoaUnisulVirtual

    2012

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    4/118

    Ficha catalogrca elaborada pela Biblioteca Universitria da Unisul

    Copyright UnisulVirtual 2012

    Nenhuma parte desta publicao pode ser reproduzida porqualquer meio sem a prvia autorizao desta instituio.

    Edio Livro Digital

    Professor ConteudistaMrcio Ghisi GuimaresLuiz Otvio Botelho Lento

    Coordenao de CursoLuiz Otvio Botelho Lento

    Design InstrucionalDelma Cristiane Morari

    Projeto Grco e CapaEquipe Design Visual

    DiagramaoJordana Paula Schulka

    RevisoAmaline Mussi

    .L Lento, Luiz Otvio Botelho

    Auditoria de segurana da informao : livro digital / Luiz OtvioBotelho Lento, Mrcio Ghisi Guimares ; design instrucional Delma

    Cristiane Morari. Palhoa : UnisulVirtual, . p. : il. ; cm.

    Inclui bibliograa.

    . Proteo de dados - Auditoria. . Sistemas de recuperao dainformao Medidas de segurana. I. Guimares, Mrcio Ghisi. II.Morari, Delma Cristiane. III. Ttulo.

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    5/118

    Auditoria de Seguranada Informao

    Livro Digital

    Luiz Otvio Botelho LentoMrcio Ghisi Guimares

    Designer InstrucionalDelma Cristiane Morari

    PalhoaUnisulVirtual

    2012

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    6/118

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    7/118

    7 Apresentao

    9 Palavras dos professores

    11 Plano de estudo

    15 Unidade 1Auditoria e sua importncia em uma organizao

    43 Unidade 2Auditoria da tecnologia da informao

    69 Unidade 3Auditoria de segurana da informao

    89 Unidade 4Auditoria de sistemas de gesto de segurana da informao

    105 Para concluir os estudos

    107 Minicurrculos

    109 Respostas e comentrios das atividades de autoaprendizageme colaborativas

    113 Referncias

    Sumrio

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    8/118

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    9/118

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    10/118

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    11/118

    Caro/a estudante,

    Seja bem-vindo/a disciplina Auditoria de Segurana da Informao.

    Como voc j deve saber, o Sistema de Gesto de Segurana da Informao (SGSI) estratgico para o sucesso do negcio de uma organizao.

    Neste mundo globalizado, a necessidade de manter o SGSI adequado s

    necessidades da organizao passou a constituir prioridade entre a alta direo e

    os gestores de segurana das organizaes. Por sua vez, o processo de auditoria

    tornou-se uma ferramenta ecaz a, pois suas constataes e concluses podem

    ajudar a manter o sistema de gesto dentro das expectativas da organizao.

    Esta disciplina tem como objetivo apresentar a voc, na perspectiva dos autores,

    uma primeira viso do que vem a ser Auditoria de Segurana da Informao.Buscando ressaltar, igualmente, a sua importncia para o negcio de uma

    organizao.

    Na atualidade, as empresas dependem dos recursos da Tecnologia da Informao

    para terem competitividade nos negcios. No existe mais espao para

    processamento de dados manualmente. Todas as informaes esto gravadas

    em banco de dados e as regras de negcios esto implementadas em sistemas

    de informao. Sem os recursos de TI, a grande maioria das empresas deixa de

    operar. Nesse contexto, a segurana das informaes vital para a continuidadedos negcios das empresas.

    Mas ser que as informaes esto seguras nas empresas?

    A resposta a essa pergunta pode ser encontrada pela auditoria de segurana das

    informaes. Somente realizando constantes auditorias nos recursos de TI que

    se pode armar estarem as informaes realmente seguras, ou no.

    Palavras dos professores

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    12/118

    Ps-graduao

    A abrangncia da auditoria pode variar conforme a complexidade dos recursos de

    TI utilizados pela empresa, ou seja, a auditoria dinmica e deve ser realizada por

    um auditor independente.

    Este livro abordar alguns tpicos relevantes de TI que devem ser auditados e as

    razes para a realizao da auditoria.

    Bom estudo a todos!

    Professores Mrcio Ghisi Guimares e Luiz Otvio Botelho Lento

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    13/118

    O plano de estudo visa a orient-lo/a no desenvolvimento da disciplina. Possui

    elementos que o/a ajudaro a conhecer o contexto da disciplina e a organizar o

    seu tempo de estudos.

    O processo de ensino e aprendizagem na UnisulVirtual leva em conta instrumentos quese articulam e se complementam, portanto a construo de competncias se d sobre a

    articulao de metodologias e por meio das diversas formas de ao/mediao.

    So elementos desse processo:

    o livro digital;

    o Espao UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA);

    as atividades de avaliao (a distncia, presenciais e de autoaprendizagem);

    o Sistema Tutorial.

    Objetivo geral

    Compreender as principais estratgias que norteiam a realizao de uma auditoria

    computacional e desenvolver habilidades para a sua execuo em ambientes

    corporativos.

    Ementa

    Conceito e organizao de auditoria. Controles organizacionais. Controle de

    mudanas. Controle de operao de sistemas. Controle sobre o ambiente de rede.

    Plano de estudo

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    14/118

    Ps-graduao

    Contedo programtico/objetivos

    A seguir, as unidades que compem o livro digital desta disciplina e os seus

    respectivos objetivos. Estes se referem aos resultados que voc dever alcanar

    ao nal de uma etapa de estudo. Os objetivos de cada unidade denem o

    conjunto de conhecimentos que voc dever possuir para o desenvolvimento de

    habilidades e competncias necessrias a este nvel de estudo.

    Unidades de estudo: 4

    Unidade 1 Auditoria e sua importncia em uma organizao

    Pode-se armar que a auditoria a atribuio responsvel por scalizar os

    processos de uma organizao. Sua principal funo revelar se os processos

    esto sendo executados corretamente, constantemente, de forma preventiva ou

    corretiva, e, principalmente, independente. A auditoria pode ser classicada por

    tipos, como: interna, externa, administrativa, contbil, nanceira, operacional e de

    tecnologia da informao.

    Unidade 2 Auditoria de tecnologia da informao

    Esta unidade estuda a importncia da auditoria na rea de TI, pois ela compreende

    todas as reas relacionadas TI. Todos os processos podem e devem ser

    auditados, desde a deciso sobre tecnologias a ser adotadas, desenvolvimento

    de sistemas, integrao entre sistemas, comunicao entre mquinas, mudanas

    de sistemas e tecnologias, equipes de desenvolvimentos, prioridades, controles

    organizacionais, legalidade jurdica, bem como os resultados. A auditoria no setor

    TI imprescindvel, haja vista que, hoje, muitas organizaes param de operar pelo

    fato de a respectiva tecnologia de TI adotada deixar de funcionar.

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    15/118

    Auditoria de Segurana da Informao

    Unidade 3 Auditoria de segurana da informao

    Atualmente, uma organizao no consegue mais operar sem sistemas de

    informao que operam de forma integrada entre si, pois isto vital para

    assegurar a continuidade de funcionamento das organizaes. A operao de

    sistemas revela o resultado de todo um trabalho de anlise e implantao de

    sistemas. Auditando a operao de sistemas, pode-se concluir que as regras de

    negcio foram implantadas e executadas corretamente. Os nveis de auditoria

    devem aprofundar, de acordo com a segurana crtica das informaes, por meio

    dos controles de acesso lgico e fsico.

    Unidade 4 Auditoria de sistemas de gesto de segurana da

    informao

    Esta unidade trata da importncia de se ter um sistema de gesto de segurana

    da informao (SGSI) implementado em uma organizao, o que permite ao

    responsvel pela segurana das informaes visualizar, com muito mais ecincia

    e em tempo real, a situao dos sistemas integrados.

    Carga horria: 30 horas

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    16/118

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    17/118

    Auditoria e sua importncia

    em uma organizao

    Unidade 1

    Objetivos de aprendizagemCompreender a necessidade de realizao de auditoria nas organizaes.

    Distinguir os tipos de auditoria e sua aplicabilidade.

    Perceber a contribuio da constante aplicao de auditoria para asegurana das informaes de uma organizao.

    Conhecer o planejamento da auditoria e a importncia do planejamento

    na aplicao da auditoria.

    Introduo

    A globalizao e a dinmica na composio e realizao de negcios entre

    as organizaes no pas e no mundo uma realidade crescente a cada dia. A

    necessidade do uso contnuo de sistemas computacionais em seus negcios

    assegurou s organizaes oferecerem produtos com mais qualidade e

    competitividade.

    Esse novo cenrio passou a prover uma nova demanda de tcnicas e solues de

    monitoramento e controle dos processos de negcio. Isso porque a necessidade,

    cada vez maior, de minimizar falhas e impactos no negcio da organizao, como

    por exemplo, riscos de investimentos, boa imagem junto aos seus stakeholders,

    veio a tornar-se uma das prioridades de seus gerentes.

    Dentre os diversos mecanimos existentes que podem prover o monitoramento e

    controle dos processos do negcio de uma organizao, pode-se citar a auditoria.

    que a auditoria consiste em um importante instrumento do processo de gesto

    de Tecnologia da Informao (TI) de uma organizao.

    Esta unidade ir apresentar os conceitos bsicos de auditoria em uma organizao.

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    18/118

    16

    Ps-graduao

    Conceito, tipos e caractersticas de auditoriaLuiz Otvio Botelho Lento

    No decorrer dos anos, o mundo empresarial cresceu de forma signicativa,

    integrando universos diversos, compostos por organizaes de vrios segmentos

    de mercado, e oferecendo um leque amplo de produtos, com variedade de

    formatos referentes aquisio e utilizao. A competitividade no mercado

    globalizado est mais voraz. Fatores como a interao das economias (ex:

    MERCOSUL, Europa e NAFTA), as constantes alteraes geopolticas e sociais,

    em conjunto com a evoluo tecnolgica, reforam a competitividade. As

    organizaes que fazem parte dessa nova realidade esto cada vez mais

    vulnerveis perante esse mercado, pois necessitam manter uma constante

    atualizao em relao s diversas demandas emergentes. Uma soluo para esse

    problema juntar esforos.

    Em virtude disto, as organizaes se unem, de forma cooperativa, com o

    objetivo de atender uma determinada demanda de negcio. Com isso, novas

    estruturas interorganizacionais, criadas e distribudas com base na ajuda mtua,

    so, atualmente, uma realidade e uma soluo cabvel ante as obrigatoriedades

    estabelecidas por um novo mercado.

    A busca constante por novas solues e produtos deve-se a

    essa crescente evoluo do mercado, cada vez maiscompetitivo e voltil, que, junto globalizao da tecnologia

    e da economia, fator inuente na busca de solues mais

    ecientes, com custos mais acessveis. As empresas que

    esto vivenciando esta realidade vm buscando unir foras

    para minimizar custos e obter solues que atendam de

    forma objetiva os seus clientes.

    Nesse contexto, vem crescendo a utilizao de organizaes

    virtuais como soluo, em conjunto com o conceito de Cloud

    Computing, pois asssegura uma sada para esta questo,

    possibilitando:

    coordenar recursos compartilhados de forma

    descentralizada (sem controle centralizado);

    fazer uso de protocolos e interfaces padres, de propsito

    geral e aberta; e

    proporcionar qualidades de servios no triviais.

    Cloud Computing

    a designao aceita para redes

    independentes, formadas dinamicamente

    por meio de empresas e organizaes

    convencionais de um modo geral,

    distribudas geogracamente, com

    objetivos comuns, compartilhando

    tecnologia de informao e comunicao,

    trabalhando de forma cooperativa, de

    modo a possibilitar uma melhor qualidade

    de servio e competncias na soluo de

    problemas comuns. (ZHANG; GU, 2003).

    Organizaes visuaisUm estilo de computao escalvel

    de recursos de TI identicado como

    um fornecimento de servio para

    clientes externos, por meio da tecnologia

    da internet. Os consumidores desses

    servios visualizam-nos apenas para

    utilizao, sem se preocupar com a

    arquitetura de implementao ou

    programao desses. Saiba mais em:

    .

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    19/118

    Auditoria e sua importncia em uma organizao

    17

    Em paralelo, novas vulnerabilidades e ameaas foram criadas, tornando os

    negcios das organizaes mais suscetveis a ataques. Tal possibilidade forou os

    administradores, em conjunto com a sua equipe de Tecnologia da Informao, a

    buscar alternativas de proteo com a nalidade de mitigar essas vulnerabilidades

    e, assim, reduzir a chance de ocorrer ataques ao seu negcio.

    Dessa forma, conforme citado em Smola (2010), a importncia da Gesto da

    Segurana da Informao hoje um fator fundamental para o sucesso do negcio

    de qualquer organizao, independente de seu tamanho ou rea de atuao. A

    implantao de um Sistema de Gesto de Segurana da Informao (SGSI), em

    conformidade com os requisitos descritos na norma ISO 27001, fator estratgico

    e de sucesso para o negcio da organizao. Em paralelo, a aplicao de boas

    prticas de segurana da informao, conforme citadas na ISO 27002, tambm

    deve ser adotada no projeto de segurana de informao da organizao.

    A norma ISO 27001, responsvel em estabelecer os requisitos do SGSI de uma

    organizao, baseia-se no modelo de processo PDCA (Plan Do Check Act),

    conforme pode ser visualizado na Figura 1.

    ParceirosInteressados

    ParceirosInteressados

    Expectativas enecessidadesde segurana

    da informao

    Segurana dainformaogerenciada

    Plan

    Modelo PDCA aplicado ao processo do SGSI

    Do

    Check

    Especifca o SGSI

    Implementa eopera o SGSI

    Manuteno emonitora o SGSI

    Monitora erevisa o SGSI

    Act

    Figura 1 -- Modelo de Processos PDCAFonte: ISO 27001 (2005).

    Como pode ser visto, o ciclo PDCA representado por quatro fases:

    Planejamento: nesta, de forma geral, so planejadas e projetadas

    as atividades referentes ao SGSI, como por exemplo, polticas e

    procedimentos de segurana;

    Execuo: aqui, so implantadas e operacionalizadas as polticas,

    controles, processos e procedimentos do SGSI;

    Vericao: de uma forma geral, nessa etapa audita-se o SGSI, analisando

    e avaliando a ecincia, por exemplo, de suas polticas, procedimentos e

    controles;

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    20/118

    18

    Ps-graduao

    Aes corretivas: com base na etapa de vericao, so tomadas aes

    que previnam ou que venham a corrigir as atividades referentes ao

    SGSI, especicadas na fase de planejamento e implantadas na fase de

    execuo.

    O sucesso da implantao e manuteno do SGSI est baseado na vericao

    constante das suas atividades. A auditoria dos seus componentes possibilita que o

    SGSI esteja sempre alinhado s necessidades de segurana da informao do negcio

    da organizao. Esse fato torna a auditoria, de forma ampla, uma ferramenta

    fundamental manuteno e adequao do SGSI estratgia do negcio.

    Conceituar auditoria pode ser considerado um tanto quanto

    fcil, pois existem algumas denies em torno desse

    assunto. Todavia a NBR ISO 19011 dene auditoria como umprocesso sistemtico, documentado e independente para

    obter evidncias de auditoria e avali-las objetivamente

    de modo a determinar a extenso na qual os critrios de

    auditoria so atendidos.

    Outra denio interessante de auditoria est em UFERSA

    (2010): so exames, anlises, avaliaes, levantamento

    e comprovaes, metodologicamente estruturados

    para a avaliao da integridade, adequao, ecincia,

    eccia e economicidade dos processos, dos sistemas de

    informaes e de controles internos integrados da organizao, visando a atingir o

    cumprimento de seus objetivos.

    Segundo Mello (2005), a auditoria pode ser denida como uma atividade que

    engloba o exame das operaes, processos, sistemas e responsabilidades

    gerenciais de uma determinada entidade, com o intuito de vericar a sua

    conformidade com certos objetivos e polticas institucionais, oramentos, regras,

    normas ou padres. Poderiam ser mencionadas, ainda, algumas denies mais:

    acredita-se, entretanto, que essas duas atendam s expectativas deste estudo.

    Ressalta-se que uma auditoria caracteriza-se pela conana e princpios, tornando-

    se ferramenta eciente e convel. Dessa forma, contribui para as polticas de

    gesto e controle, provendo as organizaes de informaes que possibilitem

    melhorar os seus processos de negcio.

    A NBR ISO 19011 apresenta alguns desses princpios, relacionados aos auditores,

    possibilitando que sejam fornecidas concluses de auditoria relevantes e

    sucientes e permitindo que auditores trabalhem de forma independente e

    cheguem a concluses semelhantes em situaes semelhantes. Veja na sequncia.

    Evidncia de auditoria

    Evidncias de auditoria: so registros,

    apresentao de fatos ou outrasinformaes, pertinentes aos critrios

    de auditoria. A auditoria pode ser

    quantitativa ou qualitativa.

    Critrios de auditoria

    Critrios de auditoria: consiste em um

    conjunto de polticas, procedimentos

    ou requisitos. Os critrios de auditoria

    so usados como uma referncia

    contra a qual a evidncia da auditoria

    comparada.

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    21/118

    Auditoria e sua importncia em uma organizao

    19

    Conduta tica: consiste na alma do prossional, conana, integridade,

    condencialidade e discrio. A tica consiste em uma caracterstica inerente s

    aes do ser humano, tornando-se um componente fundamental sociedade.

    Obrigao: existe a obrigao de reportar com veracidade e exatido todas as

    informaes pertinentes auditoria, relacionadas com as constataes e as

    concluses da auditoria e seus respectivos relatrios.

    Conscincia prossional: os auditores devem ter a preocupao de realizar as

    tarefas da forma mais prossional, de acordo com a importncia e a conana

    depositada em uma auditoria.

    Independncia: a base para a imparcialidade e objetividade das concluses de uma

    auditoria, porque os auditores so independentes em relao ao que ser auditado,

    assim como no se ligam aos interesses e s tendncias apresentadas.

    Evidncia: a evidncia de auditoria pode ser vericada, pois ela realizada com base

    em amostras de informaes que se encontram disponveis.

    Sendo assim, pode-se dizer que a auditoria talvez um mal/bem necessrio a

    qualquer organizao. Saber at quanto o seu processo de negcio eciente, ou

    mesmo, at quanto o seu sistema de informaes seguro, uma necessidade

    estratgica para o negcio. Logo, se for perguntado por que auditar, a respostapode ser imediata: uma necessidade estratgica para o negcio da organizao,

    o qual pode ser validado pela auditoria.

    Tipos de auditoria

    As auditorias podem estar em conformidade com diversos critrios, como por

    exemplo, o objetivo, a periodicidade e o posicionamento do auditor/rgo

    scalizador. O objetivo de uma auditoria pode estar relacionado necessidade dese vericarem falhas em um processo e, assim, poder corrigi-lo. A periodicidade de

    uma auditoria pode estar relacionada necessidade ou ao tipo de negcio.

    Sendo assim, Neto e Solonca (2007) apresentam um quadro com os tipos de

    auditoria, separando-os em 3 classes abrangentes: forma de abordagem; rgo

    scalizador e rea envolvida. Com isso, oferecem uma ampla viso dos diversos

    tipos de auditoria que podem existir.

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    22/118

    20

    Ps-graduao

    Classicao Tipos de auditoria Descrio

    Quanto forma

    de abordagem:

    Auditoria horizontal Auditoria com tema especco, realizada emvrias entidades ou servios, paralelamente.

    Auditoria orientada Foca em uma atividade especca qualquer ouatividades com fortes indcios de fraudes ou erros.

    Quanto ao rgoscalizador:

    Auditoria interna Auditoria realizada por um departamentointerno, responsvel pela vericao e avaliaodos sistemas e procedimentos internos deuma entidade. Um de seus objetivos reduzira probabilidade de fraudes, erros, prticasinecientes ou inecazes. Esse servio deve serindependente e prestar contas diretamente classe executiva da corporao.

    Auditoria externa Auditoria realizada por uma empresa externae independente da entidade que estsendo scalizada, com o objetivo de emitirum parecer sobre a gesto de recursos daentidade, sua situao nanceira, a legalidadee regularidade de suas operaes.

    Auditoria articulada Trabalho conjunto de auditorias internase externas, devido superposio deresponsabilidades dos rgos scalizadores,caracterizado pelo uso comum de recursose comunicao recproca dos resultados.

    Quanto reaenvolvida:

    Auditoria deprogramas degoverno

    Acompanhamento, exame e avaliao da execuode programas e projetos governamentais.Auditoria do planejamento estratgico verica seos principais objetivos da entidade so atingidose se as polticas e estratgias so respeitadas.

    Auditoriaadministrativa

    Engloba o plano da organizao, seusprocedimentos, diretrizes e documentosde suporte tomada de deciso.

    Auditoria contbil relativa dedignidade das contas da instituio.Essa auditoria, consequentemente, tem como

    nalidade fornecer alguma garantia de que asoperaes e o acesso aos ativos se efetuemde acordo com as devidas autorizaes.

    continua...

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    23/118

    Auditoria e sua importncia em uma organizao

    21

    Classicao Tipos de auditoria Descrio

    Quanto reaenvolvida:

    Auditoria nanceira Conhecida tambm como auditoria das contas.Consiste na anlise das contas, da situaonanceira, da legalidade e regularidade das

    operaes e aspectos contbeis, nanceiros,oramentrios e patrimoniais, vericando se todasas operaes foram corretamente autorizadas,liquidadas, ordenadas, pagas e registradas.Auditoria de legalidade conhecida como auditoriade conformidade. Consiste na anlise da legalidadee regularidade das atividades, funes, operaesou gesto de recursos, vericando se esto emconformidade com a legislao em vigor.

    Auditoria operacional Incide em todos os nveis de gesto, nas fases deprogramao, execuo e superviso, sob a tica

    da economia, ecincia e eccia. Analisa tambma execuo das decises tomadas e aprecia at queponto os resultados pretendidos foram atingidos.

    Auditoria daTecnologia daInformao

    Tipo de auditoria essencialmente operacional,por meio da qual os auditores analisamos sistemas de informtica, o ambientecomputacional, a segurana de informaese o controle interno da entidade scalizada,identicando seus pontos fortes e decincias.

    Quadro 1 Classicao das auditoriasFonte: Neto e Solonca (2007).

    Auditoria interna/externa

    A classicao quanto ao rgo scalizador/posicionamento do auditor destaca

    2 tipos de auditoria aplicados, em sua maioria, nas organizaes, independente

    da rea de atuao ou forma de abordagem. Essa terminologia utilizada pela

    grande maioria dos auditores para classicar um processo de auditoria. Desta

    forma, este item busca um maior detalhamento das caractersticas das auditoriasinternas e externas, dando maior ateno auditoria interna, tendo em vista a sua

    aplicabilidade dentro das organizaes.

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    24/118

    22

    Ps-graduao

    Segundo CONAB e COAUD (2008, p. 5), a auditoria interna

    o conjunto de tcnicas que visa avaliar, de forma amostral, a gesto da

    companhia, pelos processos e resultados gerenciais, mediante a confrontao

    entre uma situao encontrada com um determinado critrio tcnico,operacional ou normativo. Trata-se de um importante componente de

    controle das corporaes na busca da melhor alocao dos recursos do

    contribuinte, no s atuando para corrigir os desperdcios, as impropriedades/

    disfunes, a negligncia e a omisso, mas, principalmente, antecipando-

    se a essas ocorrncias, buscando garantir os resultados pretendidos, alm

    de destacar os impactos e benefcios sociais advindos, em especial sob a

    dimenso da equidade, intimamente ligada ao imperativo de justia social.

    A necessidade de realizar auditorias internas vai de encontro com os objetivos

    de controle, controle de processos, processos e procedimentosdo sistema degesto. Logo, qualquer organizao dever garantir que as auditorias sejam

    realizadas em intervalos de tempo planejados, de acordo com os elementos

    citados.

    Quanto auditoria externa, so encontradas algumas denies, principalmente

    relacionadas questo nanceira/contbil da organizao, como a citada no

    portal da auditoria, que a trata como o exame das demonstraes nanceiras

    feitas, com o propsito de expressar uma opinio sobre a propriedade com que

    estas apresentam a situao patrimonial e nanceira da empresa e o resultadodas operaes no perodo do exame. Entretanto uma denio mais genrica

    de auditoria externa ocorreria quando se audita um fornecedor ou quando se

    auditado por um cliente, por exemplo. Um exemplo simples quando uma

    organizao sofre uma auditoria de segurana da informao com base na norma

    ISO 27001. O auditor externo, de forma macro, verica se todos os controles de

    segurana da informao necessrios esto implantados.

    Iniciao de uma auditoriaPara que uma auditoria seja iniciada, os seus objetivos globais devem estar

    alinhados aos objetivos do programa de auditoria, bem como o escopo de

    abrangncia e os seus critrios.

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    25/118

    Auditoria e sua importncia em uma organizao

    23

    Objetivos

    determinar a extenso da conformidade dos documentos da organizao

    contra os critrios de auditoria;

    avaliar a capacidade da documentao da organizao de garantirconformidade com requisitos legais, contratuais e regulamentares;

    determinar a eccia da documentao da organizao em atender os

    objetivos especicados;

    identicar as possveis melhorias da documentao.

    Escopo

    O escopo de uma auditoria est relacionado descrio da extenso e limites da

    auditoria em termos de localizao fsica, unidades organizacionais, atividades,

    processos, ativos de informao, avaliaes de risco.

    Critrios

    Os critrios podem incluir polticas e procedimentos aplicveis organizao,

    normas, requisitos legais (leis), regulamentos, requisitos contratuais, sistema de

    gesto, e prticas, entre outros.

    Atributos e responsabilidades de um auditor

    Um auditor deve possuir alguns atributos, como:

    possuir capacidade de deciso;

    ser rgido e possuir autoconana;

    ser tico, educado e instrudo;ser verstil, ter a mente aberta, ser diplomtico, perceptivo e observador

    (BSI, 2008);

    estar sempre em conformidade com os requisitos da organizao;

    participar na confeco da agenda da auditoria, bem como conduzi-la de

    forma adequada;

    registrar e relatar as constataes;

    manter a independncia e condencialidade, bem como manter os

    registros de auditoria.

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    26/118

    24

    Ps-graduao

    Boas prticas de uma auditoria

    Conforme citado em BSI 2008, Curso Auditor Interno, algumas boas prticas

    durante uma auditoria devem ser observadas:

    notique sempre e com antecedncia a realizao de uma auditoria,

    seja ela externa ou interna, e tambm informe a importncia dela para a

    organizao;

    faa as perguntas s pessoas responsveis pela rea que est sendo

    auditada. No se esquea de que as perguntas devem ser claras e

    objetivas. Evite realizar vrias perguntas ao mesmo tempo;

    seja imparcial durante todo o processo de auditoria, buscando sempre

    evidncias: com isso, voc evita quaisquer concluses precipitadas;

    seja sempre atencioso e educado, procure usar uma linguagem polida,

    no argumente com qualquer pessoa ou segmento da organizao; no

    discuta, no faa crticas; e

    procure sempre apresentar as suas constataes durante o processo da

    auditoria.

    Terminologia adotada em uma auditoria

    Este item visa a apresentar alguns conceitos, considerados como gerais,

    utilizados, normalmente, durante um processo de auditoria, independente de sua

    classicao. Conceitos como campo, mbito e natureza so bsicos para qualquer

    tipo de auditoria.

    Campo: est relacionado ao objeto (pode ser uma instituio pblica ou privada ou

    um determinado setor da mesma) a ser scalizado, perodo e o tipo da auditoria

    (operacional, nanceira, etc.).

    mbito: dene o grau de abrangncia e a profundidade das tarefas.

    rea de vericao: delimita de modo preciso os temas da auditoria, em funo da

    entidade a ser scalizada e da natureza da auditoria.

    Controle: consiste na scalizao exercida sobre as atividades das pessoas,

    departamentos, produtos, etc., de forma que as atividades executadas ou produtos

    mantenham-se dentro das normas preestabelecidas.

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    27/118

    Auditoria e sua importncia em uma organizao

    25

    Trs tipos de controle so exercidos:

    Preventivo - previne erros e invases, por exemplo, identicao e

    autenticao de usurios do sistema via a utilizao de senhas;

    Detector - detecta erros, tentativas de invases, etc. (arquivos logs,

    realizao de controle de acesso de usurios);

    Corretivo - minimiza o impacto causado por falhas ou erros, corrigindo-os

    (poltica de segurana, plano de contingncia).

    Objetivos de controle: so metas de controle a serem alcanadas, ou aspectos

    negativos a ser evitados em cada transao, atividade ou funo scalizada.

    Procedimentos de auditoria: um conjunto de vericaes e averiguaes que

    permite obter e analisar as informaes necessrias ao parecer do auditor. Esses

    procedimentos devem ser de conhecimentos dos auditores antes do incio da

    auditoria.

    Achados de auditoria: so fatos a ser considerados como importantes para o

    auditor. Para que esses dados constem no relatrio, eles devem estar baseados em

    fatos e evidncias.

    Papis de trabalho: so registros que evidenciam atos e fatos observados pelo

    auditor (planilhas, documentos, etc.).

    Recomendaes de auditoria: realizada na fase de relatrio, isto , so medidascorretivas exequveis, sugeridas para corrigir as falhas detectadas (DIAS, 2000).

    Programa de auditoria

    Um programa de auditoria, segundo a NBR ISO 19011, consiste em uma ou um

    conjunto de auditorias planejado para um determinado perodo de tempo e

    com um propsito especco. A quantidade de auditorias que iro compor um

    programa de auditoria est diretamente relacionada ao escopo de abrangncia,

    natureza (ex.: corretiva ou punitiva) e ao tipo de negcio da organizao, o nvel

    de complexidade da organizao que ser auditada.

    O programa de auditoria responsvel, tambm, por estabelecer todas

    as atividades que possibilitam o planejamento e organizao, execuo e

    manuteno de todas as auditorias que fazem parte do programa, independente

    do tipo, fornecendo todos os recursos necessrios para que sejam executadas de

    forma eciente, em um determinado perodo de tempo (NBR, 2002).

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    28/118

    26

    Ps-graduao

    Desta forma, pode-se dizer que o programa de auditoria um plano de ao,

    detalhado, com o objetivo de dar ao auditor as diretivas necessrias realizao

    de seu trabalho. Possui objetivos, escopo de abrangncia, um conjunto de

    procedimentos necessrios equipe de auditoria na realizao de seu trabalho.

    O programa de auditoria dever ser estruturado, com base em um padro, e

    poder conter elementos como:

    caractersticas do sistema organizacional a ser auditado;

    reas/segmentos de negcio envolvidos;

    perodo de realizao da auditoria;

    objetivos da auditoria;

    cronograma dos trabalhos;equipe de auditores;

    custos envolvidos para a realizao da auditoria;

    procedimentos para a realizao da auditoria;

    questionrios de coleta de informaes;

    campo para observaes dos auditores;

    orientaes gerais (CONAB; COAUD, 2008).

    Vale a pena ressaltar que o programa de auditoria deve ser exvel o suciente

    para sofrer alteraes, no caso de situaes no previstas ou intempestivas

    durante o processo de auditoria. Ele tambm deve apoiar-se no processo de

    deciso da equipe de auditoria, caso exista a necessidade de ampliar a coleta de

    informaes, anlises e/ou realizaes de teste de auditoria.

    A gerncia de um programa de auditoria

    O modelo de gerncia do programa de auditoria segue as prerrogativas descritaspelo modelo de processos do ciclo PDCA, conforme pode ser visualizado na Figura

    2. Normalmente, em uma auditoria interna, a autoridade da gerncia do programa

    de auditoria delegada pela alta direo da organizao ao seu respectivo

    responsvel, o gerente do programa. Esse gerente responsvel em estabelecer,

    implantar, monitorar, analisar e melhorar o programa de auditoria, alm de

    identicar e garantir que todos os recursos necessrios a sua execuo sejam

    providos (NBR, 2002). No caso de uma auditoria externa, o auditor chefe ser o

    responsvel em conduzir todo o processo que est relacionado a ela, do incio ao

    nal das atividades.

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    29/118

    Auditoria e sua importncia em uma organizao

    27

    Implementar o

    programa de auditoria

    Monitorar e analisar o

    programa de auditoria

    Gerente

    Alta direo

    Responsabilidade

    Gest

    odop

    rograma

    deau

    ditori

    a

    VerificarProcesso de Gesto

    Agir

    Planejar

    Executar

    Melhorar o programa

    de auditoria

    Estabelecer o programa

    de auditoria

    Figura 2 Processo de gesto do programa de auditoriaFonte: Elaborao do autor (2011).

    Referncias

    AUDITORIA externa ou auditoria independente.Portal da auditoria. nov. 2011. Disponvel

    em: .

    Acesso em: 14 dez. 2011.

    VILA, Rafael. Imagem de lupa sobre grcos nanceiros: auditoria. Blog luz loja de

    consultoria. 2 nov. 2011. Disponvel em: . Acesso em: 7 dez.

    2011.

    BRITISH STANDARDS INSTITUTE (BSI). Auditor Interno ISO/IEC 27001:2005 Sistema de

    Gesto de Segurana da Informao BSI Learning, 2008.

    BRITISH STANDARDS INSTITUTE (BSI). Curso Auditor Interno ISO/IEC 27001: 2005 SGSI, BSI

    Learning, 2008.

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    30/118

    28

    Ps-graduao

    DIAS, Cludia. Segurana e auditoria da tecnologia da informao. Rio de Janeiro: Excel

    Books, 2000.

    ISO/IEC 27001. Tecnologia da Informao, Tcnicas de Segurana, Sistemas de

    Gerenciamento de Segurana da Informao, Necessidades ISO/IEC, 2005.

    ISO/IEC 27002. Information technology, Security techniques, Code of practice for

    information security management, Redesignation of ISO/IEC 17799: 2005.

    MANUAL de auditoria interna. 2 verso. Companhia Nacional de Abastecimento CONAB;

    Coordenadoria de Auditoria Interna (COAUD), 2008. Disponvel em: . Acesso em: 9 dez. 2011.

    MELLO, Agostinho de Oliveira. Instituto dos auditores internos do Brasil.Organizao

    bsica da auditoria interna. Biblioteca Tcnica de Auditoria Interna, 2005.

    NBR ISO 19011. Diretrizes para auditorias de sistema de gesto da qualidade, NBR. 2002.

    NETO, Ablio Bueno; SOLONCA, Davi. Auditoria de sistemas informatizados. Palhoa:

    UnisulVirtual, 2007.

    SMOLA, Marcos. A importncia da gesto da segurana da informao. 2010. Disponvel

    em: . Acesso em:

    9 dez. 2011.

    SHAO-HUA Zhang, NING Gu. Research on Workow of Virtual Organization, The EighthInternational Conference on Computer Supported Cooperative Work in Design, Xiamen,

    China, 2003.

    UNIDADE de auditoria interna. Denies de auditoria interna. Universidade Federal Rural

    do Semi-rido (UFERSA), 05 mar. 2009. Disponvel em: . Acesso em: 9 dez. 2011.

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    31/118

    Auditoria e sua importncia em uma organizao

    29

    Planejameto da auditoriaLuiz Otvio Botelho Lento

    Mrcio Ghisi Guimares

    O planejamento a pea fundamental para o sucesso da auditoria, sendo o tempo

    alocado para a etapa de planejamento compatvel com a sua realizao. Desta

    forma, no se deve reduzir o tempo de realizao dessa etapa, pois isso poder

    incorrer em erros durante a execuo da auditoria, provenientes de um mau

    planejamento.

    Durante a fase de planejamento, o programa de auditoria estabelecido, e, ento,

    o gerente se preocupa, basicamente, com trs aspectos:

    os objetivos e o escopo de abrangncia do programa de auditoria;

    os recursos (oramentos) necessrios para a realizao da auditoria;

    as responsabilidades e a importncia relativa ou papel desempenhado

    para cada situao ou segmento de negcio em um determinado

    momento/contexto;

    os procedimentos, como por exemplo: as possveis situaes crticas que

    devem ser controladas, identicadas em um determinado segmento de

    negcio da organizao, por exemplo. Referem-se s vulnerabilidades,

    aos riscos operacionais latentes, entre outros (NBR, 2002; CONAB;

    COAUD, 2008).

    Objetivos/escopo de abrangncia

    Os objetivos do programa de auditoria so estabelecidos para direcionar tanto o

    planejamento quanto a realizao das auditorias. Esses objetivos esto

    principalmente relacionados com:

    a prioridade da alta direo e suas perspectivas de negcio;

    os requisitos e necessidades do sistema de gesto da organizao;

    os estatutos, regulamentos e contratos;

    a necessidade do cliente, dos parceiros

    (fornecedores), ou seja, dos stakeholders;

    os riscos referentes ao negcio da organizao.

    Stakeholders

    So as partes interessadas, qualquer

    grupo ou indivduo que pode afetar ou

    ser afetado pela realizao dos objetivos

    da empresa. (FREEMANN, 1984).

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    32/118

    30

    Ps-graduao

    Quanto abrangncia do programa de auditoria, ela estabelecida em

    conformidade com o tipo de negcio, tamanho da empresa, entre outros

    aspectos. Ressalta-se que os objetivos determinados na fase de planejamento

    esto diretamente relacionados abrangncia, bem como a sua durao.

    Questes como a diversidade dos segmentos de negcio, liais e/ou

    departamentos inuenciam na abrangncia, pois se pode determinar que ela

    esteja sicamente relacionada a um departamento e/ou lial, ou logicamente

    relacionada a um ou a mais segmentos de negcio dentro da organizao.

    Recursos

    Um programa de auditoria necessita de vrios elementos para a sua realizao,

    sendo que a alocao de recursos para a execuo est diretamente relacionadaao seu sucesso. Recursos nanceiros so primordiais, pois eles possibilitam

    que as atividades da auditoria sejam desenvolvidas, implantadas, gerenciadas

    e melhoradas. Questes como viagens, hospedagens, aquisio de dispositivos

    necessrios execuo do programa de auditoria devem ser alocadas nessa fase

    do planejamento.

    A equipe de auditores outro elemento fundamental. Ter uma equipe qualicada

    e competente para realizar as tarefas de auditoria essencial na obteno do

    resultado nal com qualidade, convel e compatvel com as expectativas docliente.

    Responsabilidades

    Alm da gura do gerente do programa de auditoria designado pela alta direo

    em uma auditoria interna, ou o auditor chefe, devem existir outros componentes,

    capazes tecnicamente (auditores), que tambm iro assumir responsabilidades.

    Esses auditores podero assumir responsabilidades como:

    estabelecer os objetivos e a abrangncia do programa de auditoria;

    garantir que os recursos sejam fornecidos;

    garantir que o modelo de gesto do programa de auditoria seja

    executado de forma eciente;

    garantir que todas as informaes coletadas e analisadas, bem como

    as concluses (ex: relatrios), sejam armazenadas e mantidas de forma

    segura e pelo tempo necessrio.

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    33/118

    Auditoria e sua importncia em uma organizao

    31

    Procedimentos

    O programa de auditoria, como citado, um plano de ao, e esse, por

    conseguinte, composto por um conjunto de procedimentos. Esses

    procedimentos abrangem um leque de tarefas, especicadas durante a etapa

    de planejamento, responsveis pelas diretrizes de todo o processo de auditoria.

    Conforme citado na NBR (2002), os procedimentos devem tratar de aspectos

    como:

    planejar e programar as auditorias;

    executar as auditorias;

    selecionar auditores em conformidade com as atividades a serem

    realizadas, bem como especicar as suas funes e responsabilidades;

    realizar monitoramento das atividades da auditoria como tambm

    manter os seus registros de controle;

    elaborar relatrios a serem apresentados posteriormente ao cliente;

    monitorar a ecincia da auditoria.

    Exemplos de produtos da fase de planejamento

    Pode-se ver que a etapa de planejamento substancial para o sucesso doprocesso de auditoria. Para resumir e prover um melhor entendimento desta

    etapa, detalham-se algumas decises que lhe so especcas:

    I. determinar e acordar o escopo;

    II. rmar os objetivos da auditoria;

    III. estabelecer os critrios da auditoria;

    IV. planejar a frequncia com que ela ser executada, bem como a sua

    importncia;

    V. xar o tempo de durao;

    VI. denir a equipe de auditoria e o planejamento dos custos envolvidos.

    Acompanhe no Quadro 1 o exemplo de um programa de auditoria em que

    descrito o departamento que ser auditado entre os meses de janeiro a dezembro.

    X auditoria programada somente com base na importncia

    S auditoria adicional

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    34/118

    32

    Ps-graduao

    Departamento Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

    Financeiro X S

    Projeto X S

    Pesquisa X S

    Vendas X S

    Jurdico X

    Pessoal (RH) S X

    Administrativo X

    Produo S X S

    Marketing X

    Quadro 1 Programa de auditoriaFonte: BSI (2008).

    Os principais pontos de uma agenda de auditoria a ser desenvolvidos durante a

    fase de planejamento so:

    reunio de abertura/apresentaes;

    anlise do escopo da auditoria e dos processos que estaro envolvidos;

    responsabilidades;

    conformidade e aspectos legais;

    especicao dos pontos que faro parte da auditoria (correo de

    processos de venda);

    resumo/reunio de encerramento.

    Executar

    Durante esta etapa, o programa de auditoria implementado e as partes

    interessadas so apresentadas a esse programa. Iniciam-se todas as tarefas de

    coordenao e planejamento do programa de auditoria; a equipe de auditoria

    escolhida; os recursos so disponibilizados para a realizao desse processo, entre

    outras tarefas. Sendo assim, pode-se dizer que a implementao da auditoria

    consiste basicamente na sua execuo, referida no que foi planejado.

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    35/118

    Auditoria e sua importncia em uma organizao

    33

    Nessa fase do processo de gesto do programa de auditoria, faz-se necessrio

    manter registros referentes :

    execuo da auditoria planos de auditoria, relatrios de auditoria,

    relatrios de no conformidade, relatrios de ao corretiva epreventiva;

    anlise do programa de auditoria;

    pessoal da auditoria seleo da equipe, competncia de seus membros;

    avaliao de desempenho da equipe (NBR, 2002).

    Vericar

    Nesta etapa, o programa de auditoria sofre um monitoramento em intervalosde tempo adequados, e tambm avaliado se os objetivos da auditoria foram

    alcanados.

    A anlise crtica do programa de auditoria deve considerar algumas questes,

    como resultados e tendncias do monitoramento; conformidade com os

    procedimentos; evoluo e expectativas dos stakeholders; registros do

    programa de auditoria e consistncia no desempenho entre as equipes de

    auditoria em situaes semelhantes (NBR, 2002).

    Agir

    Esta etapa busca melhorar o programa de auditoria, com base nas informaes

    que foram monitoradas e analisadas na etapa anterior. Tais resultados podem

    prover uma oportunidade de melhoria do programa, possibilitam que aes

    corretivas possam ser planejadas e conduzidas, provendo melhorias ao processo

    de auditoria.

    Os resultados obtidos durante e aps a implantao das melhorias no programa

    de auditoria podem ser apresentados alta direo.

    Atividades de uma auditoria

    A auditoria composta por um conjunto de atividades, conforme pode ser

    visualizado na Figura 1, e que sero descritas a seguir.

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    36/118

    34

    Ps-graduao

    Iniciar a auditoria

    Realizar a anlise e

    crtica dos documentos

    Preparar as atividades

    da auditoria

    Executar as atividades

    de auditoria

    Relatrios daauditoria

    Concluso e acompanhamento

    da auditoria

    Figura 1 - Atividades de consultoriaFonte: NBR (2002).

    Iniciar a auditoria

    Escolhido o lder da equipe de auditoria, so denidos os objetivos, o escopo e

    os critrios dela. Os objetivos da auditoria, normalmente denidos pelo cliente,

    podem incluir: o quanto o sistema auditado deve estar em conformidade com os

    critrios de auditoria; a avaliao da capacidade do sistema em concordncia com

    os requisitos, regulamentos e contratos; a avaliao da eccia do sistema em

    alcanar os seus objetivos; e a identicao dos mdulos do sistema que podem

    sofrer melhorias (NBR, 2002).

    O escopo est relacionado abrangncia e aos limites da auditoria comolocalizaes fsicas (liais, departamentos, etc.), atividades e processos a serem

    auditados, bem como o tempo de sua execuo. No caso do critrio de auditoria,

    trata-se de uma referncia utilizada para vericar a conformidade do sistema com

    as polticas, normas, regulamentos, etc.

    Escolhida a equipe de auditoria, estabelecido o contato inicial com o cliente. Esse

    contato busca: estabelecer canais de comunicao entre o auditor e o auditado;

    apresentar o lder da auditoria; fornecer informaes sobre o tempo de durao

    e a equipe da auditoria; solicitar acesso aos documentos que sero utilizados

    durante a auditoria e denir regras de segurana.

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    37/118

    Auditoria e sua importncia em uma organizao

    35

    Anlise crtica dos documentos

    Antes do incio da auditoria, os documentos do auditado devem ser analisados

    de forma criteriosa, com o objetivo de vericar a conformidade do sistema, como

    documento, com o critrio da auditoria. A documentao fornecida pode ser

    composta por registros referentes ao sistema e/ou documentos de auditorias

    anteriores, por exemplo.

    Vale a pena ressaltar que a anlise deve levar em considerao o tipo, a

    complexidade e a abrangncia do negcio da organizao. No caso da

    documentao ser considerada inadequada, o lder da equipe da auditoria informa

    ao cliente o problema, e decidido se ela ser interrompida ou suspensa, at que

    o problema referente documentao seja resolvido. (NBR, 2002).

    Preparar as atividades de auditoria (fonte 13)

    Dentre as atividades da auditoria, existe a confeco do seu plano. Esse plano

    um acordo entre a auditoria e o auditado para fornecer uma base referente

    realizao do processo. O plano dever conter, basicamente: os objetivos da

    auditoria; o critrio e qualquer documento de referncia; o escopo da auditoria;

    as datas e lugares onde as atividades sero realizadas; a durao da atividade

    no local (reunies com o auditado e com a equipe de auditoria); as funes eresponsabilidades dos membros da equipe de auditoria; e, a alocao dos recursos

    para a realizao da auditoria. (NBR, 2002).

    Executar as atividades de auditoria (fonte 13)

    A primeira atividade realizar a reunio de abertura com a direo e os

    responsveis pelas funes ou processos do auditado. Essa reunio visa a:

    conrmar o plano de auditoria; apresentar as atividades que sero executadas;conrmar os canais de comunicao; e, ouvir questionamentos do auditado e dar

    respostas.

    Durante a realizao da auditoria, importante manter a comunicao entre os

    membros da equipe, como tambm com o cliente auditado. Essa comunicao

    d uma viso do andamento da auditoria e das preocupaes ao auditado sobre

    as constataes negativas, bem como as evidncias que proporcionem um risco

    evidente e signicativo. (NBR, 2002).

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    38/118

    36

    Ps-graduao

    As informaes coletadas durante o processo de auditoria devem ser feitas por

    amostragem e vericadas (objetivos, escopo, critrio, atividades e processos).

    Somente essas informaes averiguadas que podem ser evidncias de auditoria,

    sendo, inclusive, registradas. Vale ressaltar que as evidncias so informaes

    vericadas, obtidas por amostragem, geram uma incerteza, que deve ser tratada/

    relembrada por aqueles que atuam baseados nas concluses. Essas informaes

    podem ser coletadas via entrevistas, com os membros dos segmentos de negcio

    a serem auditados; ou, por observao das atividades realizadas na organizao;

    ou, tambm, por meio da anlise crtica dos documentos do sistema de gesto,

    fornecidos pelo auditado.

    As constataes da auditoria so geradas com base na anlise das evidncias,

    de acordo com o critrio da auditoria. As constataes, segundo a NBR 2002,

    podem indicar tanto conformidade quanto no conformidade com o critrio daauditoria. Por exemplo, quando um controle de segurana no foi implantado,

    ele pode estar em no conformidade com a norma ISO 27001. As constataes

    tambm podem ser utilizadas como uma oportunidade de melhoria para o sistema

    de gesto da organizao, pois uma falha ou problema foi constatado durante o

    processo de auditoria.

    As concluses da auditoria devem, antes de apresentadas, ser discutidas entre

    a equipe de auditoria. As discusses tm de levar em considerao algumas

    questes, por exemplo: anlise crtica das constataes, bem como quaisquer

    outras informaes coletadas durante o processo de auditoria; acordo fechado em

    relao s concluses, sem se esquecer das incertezas do processo de auditoria;

    recomendaes especicadas. Dessa forma, na reunio de encerramento, todas

    as constataes e concluses so apresentadas ao auditado, para que ele possa,

    alm de ter a cincia dos fatos, compreender o relatrio nal da auditoria.

    Lembra-se que o relatrio nal deve ser entregue, exclusivamente, para quem

    encomendou a auditoria, e no ao auditado (NBR, 2002).

    A NBR 2002 apresenta um uxo geral do processo de auditoria desde a coleta das

    informaes at a sua concluso da auditoria, como pode ser visto na Figura 2.

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    39/118

    Auditoria e sua importncia em uma organizao

    37

    Fontes de Informao

    Coleta de informaes poramostragem e verificao

    Avaliao com base nocritrio da auditoria

    Analisando Criticamente

    Concluses da Auditoria

    Evidncia da Auditoria

    Constataes da Auditoria

    Figura 2 - Processo de auditoriaFonte: NBR (2002).

    Relatrios de auditoria

    Os relatrios de auditoria so de responsabilidade do lder da equipe, o qualdeve fornecer todas as informaes do processo de auditoria, de modo preciso,

    resumido e claro, alm de todos os elementos que zeram parte do processo de

    auditoria (critrio, constataes, concluses, etc.).

    O relatrio da auditoria de propriedade de quem a solicitou, devendo ser

    mantido o grau de condencialidade necessria, emitido dentro de um prazo

    acordado entre auditor e cliente, bem como datado e assinado.

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    40/118

    38

    Ps-graduao

    Concluso e acompanhamento da auditoria

    Pode-se dizer que uma auditoria foi concluda quando todas as atividades descritas

    no programa dela foram concludas e o relatrio aprovado e distribudo. Todos os

    documentos referentes ao processo devem ser guardados de forma adequada,

    ou, ento, destrudos de acordo com o que foi combinado entre o auditor e o

    cliente, bem como o descrito no programa de auditoria.

    As concluses da auditoria podem levar a aes corretivas, preventivas ou de

    melhorias pela organizao. Essas aes so realizadas pelo auditado dentro de

    um determinado prazo, acordado entre ambas as partes, para que posteriormente

    seja vericado se foram todas realizadas e de forma eciente. Pode-se acrescentar

    que essa vericao chamada de auditoria subseqente (NBR, 2002).

    Referncias

    AUDITORIA externa ou auditoria independente.Portal da auditoria. nov. 2011. Disponvel

    em: .

    Acesso em: 14 dez. 2011.

    VILA, Rafael. Imagem de Lupa sobre Grcos Financeiros: auditoria.Blog luz loja de

    consultoria. 2 nov. 2011. Disponvel em: . Acesso em: 7 dez. 2011.

    BRITISH STANDARDS INSTITUTE (BSI). Auditor Interno ISO/IEC 27001: 2005 Sistema de

    Gesto de Segurana da Informao BSI Learning, 2008.

    BRITISH STANDARDS INSTITUTE (BSI). Curso Auditor Interno ISO/IEC 27001:2005 SGSI, BSI

    Learning, 2008.

    DIAS, Cludia. Segurana e auditoria da tecnologia da informao. So Paulo: Excel Books,

    2000.

    FREEMAN, R. E. Strategic management: a stakeholder approach. Massachusetts: Pitman,

    1984.

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    41/118

    Auditoria e sua importncia em uma organizao

    39

    ISO/IEC 27001. Tecnologia da Informao, Tcnicas de Segurana, Sistemas de

    Gerenciamento de Segurana da Informao, Necessidades, ISO/IEC, 2005.

    ISO/IEC 27002. Information technology, Security techniques, Code of practice for

    information security management, Redesignation of ISO/IEC 17799: 2005.

    MANUAL de auditoria interna. 2 verso. Companhia Nacional de Abastecimento CONAB;

    Coordenadoria de Auditoria Interna (COAUD), 2008. Disponvel em: . Acesso em: 9 dez. 2011.

    MCAFEE compra de empresa de gesto da segurana da informao. Notcias do setor.

    Multidata: tecnologia, gesto, resultados. 5 out. 2011. Disponvel em: Acesso em: 8 dez. 2011.

    MELLO, Agostinho de Oliveira. Instituto dos auditores internos do Brasil.Organizaobsica da auditoria interna. Biblioteca Tcnica de Auditoria Interna. 2005.

    NBR ISO 19011. Diretrizes para auditorias de sistema de gesto da qualidade, 2002.

    NETO, Ablio Bueno; SOLONCA, Davi. Auditoria de sistemas informatizados. Palhoa:

    UnisulVirtual, 2007.

    SMOLA, Marcos. A importncia da gesto da segurana da informao. 2010. Disponvel

    em: . Acesso em:

    9 dez. 2011.

    SHAO-HUA Zhang, NING Gu. Research on Workow of Virtual Organization,The Eighth

    International Conference on Computer Supported Cooperative Work in Design, Xiamen,

    China, 2003.

    UNIDADE de auditoria interna. Denies de auditoria interna. Universidade Federal Rural

    do Semi-rido (UFERSA). 05 mar. 2009. Disponvel em: . Acesso em: 9 dez. 2011.

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    42/118

    40

    Ps-graduao

    Atividades de autoaprendizagem

    1. Considerando o contedo estudado nesta unidade, assinale as alternativas

    corretas.

    a. ( ) Uma auditoria caracteriza-se pela conana e pelos princpios de

    conduta tica, obrigao, conscincia prossional, independncia e

    evidncia.

    b. ( ) As auditorias so nicas e integrais, no podendo ser classicadas

    por tipos.

    c. ( ) A auditoria interna realizada por uma empresa externa e

    independente da entidade que est sendo scalizada.

    d. ( ) A auditoria da tecnologia da informao audita o ambientecomputacional sempre em conjunto com o departamento contbil.

    e. ( ) O auditor deve ser independente de quem encomendou a auditoria,

    para no haver inuncia no relatrio.

    f. ( ) O planejamento da auditoria a fase mais importante do processo.

    g. ( ) O escopo de uma auditoria representa os seus limites e deve ser

    alterado durante a execuo da auditoria.

    h. ( ) recomendvel que o relatrio da auditoria seja entregue

    primeiramente a quem a encomendou.

    2. A partir dos estudos sobre auditoria da tecnologia da informao, analise as

    proposies a seguir, marcando V para as sentenas verdadeiras e F para as falsas,

    com relao auditoria da tecnologia da informao:

    a. ( ) Restringe-se ao ambiente computacional do departamento de TI.

    b. ( ) Relaciona-se com o departamento nanceiro e o departamento

    contbil.

    c. ( ) Pode tambm auditar a equipe de desenvolvimento de sistemas.

    d. ( ) Pode ter no mbito da auditoria apenas um sistema especco.

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    43/118

    Auditoria e sua importncia em uma organizao

    41

    Atividades colaborativas

    Com base no que voc estudou nesta unidade, responda s perguntas abaixo na

    ferramenta Frume comente as respostas dos seus colegas.

    1. Qual a diferena entre auditoria interna e externa?

    2. Por que importante estabelecer os objetivos da auditoria na fase de

    planejamento do programa de auditoria?

    3. Por que razo o auditor deve ser independente?

    SnteseA necessidade de realizao de auditoria na rea da tecnologia da informao

    faz-se presente pela importncia que os sistemas integrados de informao tm

    para com uma organizao. Como os sistemas na atualidade so vitais para a

    continuidade e competitividade de uma organizao, no aconselhvel e seguro

    deix-los sem constantes auditorias.

    Em muitos casos, os erros e decincias nos sistemas computacionais s so

    percebidos quando ocorrem, gerando, certamente, prejuzos que poderiam ser

    evitados por auditorias.

    As auditorias podem ser classicadas em diversos tipos, como interna, externa,

    operacional, contbil, nanceira ou relacionada tecnologia da informao.

    A auditoria est relacionada diretamente segurana da informao, ou seja,

    quanto mais crtica for a informao, mais intensa e constante devem ser

    realizadas as auditorias.

    fundamental que cada auditoria tenha inicialmente o seu planejamento, poisa sua execuo deve seguir o que foi planejado, no se afastando do que fora

    estabelecido.

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    44/118

    42

    Ps-graduao

    Caso ocorra, durante uma auditoria, um achado importante, esse pode

    desencadear outra, para que a auditoria inicial no saia do mbito estabelecido no

    planejamento.

    Por m, fundamental que o auditor seja completamente independente, paraque os resultados no sejam encomendados ou distorcidos. E, ainda: o relatrio

    nal da auditoria deve ser entregue primeiramente a quem a encomendou, pois

    os resultados desse processo, na maioria dos casos, so sigilosos e no devem ser

    conhecidos por terceiros.

    Saiba mais

    MONTEIRO, Emiliano Soares. Segurana em ambientes corporativos.Florianpolis: VisualBooks, 2003.

    FERREIRA, Fernando Nicolau Freitas. Segurana da informao. Rio de Janeiro:

    Cincia Moderna, 2003.

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    45/118

    Auditoria da tecnologia da informao

    Unidade 2

    Objetivos de aprendizagemCompreender a abrangncia e importncia da auditoria da tecnologia da

    informao em cada rea da TI e no todo.

    Conhecer as principais reas da TI que devem ser auditadas.Compreender a importncia de se realizarem auditorias contnuas para a

    segurana da organizao.

    Introduo

    Quanto custa a perda da informao? No se trata de uma pequena informao,

    mas de toda a base de dados de uma empresa Atualmente, pela competitividade

    das empresas e tempo de resposta da informao, no h mais controle deinformaes de forma manual, como havia at o incio da dcada de 80. Hoje,

    as empresas manipulam seus dados, gerando informaes, via tecnologia da

    informao, atravs dos quatro pilares mais relevantes, interligados entre si:

    banco de dados, redes, sistemas e hardware. Se apenas um desses pilares deixar

    de funcionar, todo o gerenciamento das informaes para e, consequentemente,

    a empresa para. No h mais espao para correr riscos.

    As empresas esto totalmente dependentes da rea de TI para terem

    continuidade no negcio. Para se ter uma ideia de como, atualmente, estamosdependentes da rea de Tecnologia da Informao, imagine um produto que, ao

    ser passado no caixa de um supermercado, faz surgir a mensagem produto no

    cadastrado. A venda simplesmente no se realiza. Se uma lotrica est com

    o sistema fora do ar, a operao simplesmente no realizada, pois no existe

    espao para ser realizada manualmente. Passagens no so vendidas, quando

    seus sistemas esto fora do ar. Bancos no realizam transaes com sistemas fora

    do ar. Ligaes telefnicas no so realizadas com sistemas fora do ar. Sem que

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    46/118

    44

    Ps-graduao

    percebamos, nossas vidas e as das empresas j esto muito comprometidas com

    a TI e dependentes dela. Ento, nada mais importante que realizar auditoria na

    rea de TI, para se ter certeza de que a mesma est segura e se evitarem panes e

    paradas indesejveis.

    Esta unidade aborda as principais reas da TI que devem ser auditadas com

    frequncia. De acordo com o porte das empresas, as reas destacadas podem

    sofrer expanses ou alteraes. Sendo assim, todo recurso novo de TI tem de ser

    relacionado no planejamento da auditoria.

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    47/118

    Auditoria da tecnologia da informao

    45

    Abrangncia da auditoria daTI e sua importncia

    Mrcio Ghisi Guimares

    Denir com exatido a abrangncia da TI e as reas que podem ser auditadas seria

    uma atitude no muito correta, pois a complexidade pode variar, de uma empresa

    para outra, bem como o volume de recursos que uma empresa utiliza e que, do

    mesmo modo, pode variar de empresa para empresa. Outro ponto relevante com

    relao auditoria a dinmica. A abrangncia da segurana de uma auditoria no

    pode ser a mesma. A auditoria tem de ser dinmica, de acordo com a variao dos

    recursos de informtica que a empresa utiliza. At mesmo uma rea de abrangncia

    como banco de dados pode ser dividida em subreas, conforme a complexidade

    dos dados, como criptograas, procedures, armazenamentos, usurios, senhas

    de acesso, permisses, indo at os logs de transaes. Quanto mais crtica a

    informao, mais importncia deve ser atribuda segurana da mesma.

    Desta forma, qual a correta abrangncia da auditoria na rea da Tecnologia da

    Informao? A resposta correta est na amplitude de cada empresa. Se a empresa

    grande, maior o nmero de reas que devem ser auditadas; j, se a empresa

    pequena, o nmero de reas a serem auditadas menor. Mas, sendo a empresa

    grande ou pequena, todas as reas em que a empresa utiliza Tecnologia da

    Informao devem ser abrangidas pela auditoria. Logo, no devendo nenhuma

    rea car sem proteo, a auditoria deve ser completa e proporcional aos recursosda TI que a empresa utiliza.

    O responsvel pela solicitao da auditoria da TI pretende obter a maior segurana

    possvel; em decorrncia, a auditoria ter abrangncia em todas as reas

    relacionadas a TI, no cando neste caso nenhuma rea importante ou relevante

    descoberta. Tambm desta forma, a responsabilidade sobre a auditoria atribuda a

    quem realiza a mesma, devendo responder por erros no apontados ou omisses.

    A auditoria da TI pode ser especca a uma determinada rea ou abranger todoo ambiente da TI. Pode ser uma auditoria do tipo operacional, buscando vericar

    a gesto dos recursos de informtica, ou o nvel de segurana do recurso de

    informtica em questo. Lembra-se que, antes de realizar a auditoria em si, o

    planejamento da mesma deve ser realizado previamente e aprovado.

    A seguir, sero apresentadas as quatro reas mais relevantes da rea da

    Tecnologia da Informao que devem ser auditadas, relativamente segurana

    da informao, como banco de dados, sistemas de desenvolvimento, redes e

    hardware. As outras reas no so menos importantes e tambm devem ser

    vistas pela auditoria, a saber, criptograa, contratos, manutenes, atualizaes,resultados, tempos de resposta, etc.

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    48/118

    46

    Ps-graduao

    rea de banco de dados

    A rea de banco de dados considerada de suma importncia e vital para a

    continuidade de operao de uma empresa. Praticamente, com raras excees,

    no existe uma empresa que sobreviva com suas operaes sem um banco de

    dados, seja de qual tipo for. Inclusive a rea de banco de dados muito visada

    por ataques, para deix-lo fora de operao e, consequentemente, interromper

    a operao da empresa. Para se ter uma ideia mais precisa da importncia do

    banco de dados, imagine todas as outras reas mais importantes operando

    corretamente, como rede e aplicaes. Mas, se o banco de dados ca fora de

    operao, a operao da empresa tambm para.

    As abordagens a seguir no sero do ponto de vista tcnico e especco de um

    determinado banco de dados, como Oracle ou SQL-Server, mas de um ponto devista genrico, possibilitando que sejam aplicadas a qualquer banco de dados.

    Instalao: Do ponto de vista da segurana da informao, a auditoria deve checar

    se a instalao foi seguida corretamente como determina o fornecedor, bem como

    se o banco de dados foi instalado por pessoa com competncia suciente para tal.

    Tambm deve vericar se os respectivos programas de atualizaes fornecidos

    foram aplicados. que, uma instalao incorreta pode deixar portas vulnerveis

    a ataques, assim como, por questes de tempo de acesso, o dimensionamento

    das datas bases, as senhas ou as permisses podem ter de ser desinstalados e

    instalados novamente no banco de dados, e este processo pode deixar a empresa

    fora de operao. Tambm deve checar se a instalao foi coerente com a licena

    de uso adquirida pela empresa. Instalaes sem as respectivas licenas constituem

    um risco muito alto segurana do banco de dados e, por isso, durante a

    auditoria, deve ser apontado o risco que a empresa est correndo.

    Congurao: Pode-se atribuir congurao de um banco de dados todos os

    requisitos pertinentes, como data bases, tabelas, usurios, senhas, permisses,

    chaves de acesso das tabelas e tempo de acesso. As tabelas de um banco de dados

    e seus relacionamentos devem receber uma ateno maior da auditoria. Tabelamuito grande ou tempo de acesso muito lento pode comprometer o desempenho

    da aplicao e, consequentemente, a satisfao do usurio. A solicitao do

    detalhamento dos acessos s tabelas de um banco de dados pode apontar uma

    sobrecarga em uma determinada tabela, assim como o nmero total de registros.

    Caso essas duas caractersticas sejam constatadas, devem ser apontadas na

    auditoria, para a devida correo.

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    49/118

    Auditoria da tecnologia da informao

    47

    Alm da vericao das tabelas e relacionamentos entre as mesmas, tambm deve

    ser conrmada a correta congurao dos usurios nas respectivas aplicaes.

    O correto cada usurio estar congurado somente para o respectivo banco de

    dados ao qual tem acesso. Caso a congurao no esteja correta, a segurana

    dos dados pode estar seriamente comprometida, pois usurio sem permisso

    a um determinado banco de dados pode acess-lo e obter informaes para as

    quais no tenha permisso. Esta constatao muito relevante e tambm deve

    ser noticada no relatrio de auditoria, especicando o usurio que no est

    devidamente congurado.

    Ainda h a possibilidade de algum usurio que j tenha se desligado da empresa

    fazer parte da congurao de usurios do banco de dados. Alm de destacar

    a importncia de, imediatamente, ser removida a referida congurao,

    importante apurar se existe uma metodologia de acompanhamento dedesligamento de usurio, quando o funcionrio demitido da empresa.

    Permisses de usurios: Alm da correta congurao de cada usurio da

    empresa, tambm pertinente vericar as permisses que cada um tem e se esto

    corretamente conguradas no banco de dados. Um determinado usurio pode

    ter acesso a um determinado banco, mas pode no ter total permisso de acesso

    a todas as tabelas do mesmo, ou ainda, a parte de determinada tabela do banco.

    Este tipo de controle e implantao mais trabalhoso, mas lembrar que se trata de

    uma excelente porta de entrada de invasores. Conforme a importncia, seguranae sigilo das informaes, as permisses devem estar corretamente conguradas.

    To importante quanto atribuir permisses, destacar quem o responsvel por

    congurar as respectivas permisses, pois estas so dinmicas como a empresa, ou

    seja, a permisso atribuda hoje pode j no ser a mesma em um perodo seguinte.

    Backup: A rigor, todo banco de dados deve ter um backup digno da sua

    importncia. No concebvel um banco de dados sem um procedimento de

    backup. A periodicidade, nmero de cpias, local de armazenamento, mdia, etc.,

    variam de empresa para empresa. O que se observa nos dias atuais que os discos

    esto com uma enorme rea de armazenamento, e isto permite armazenar todas

    as transaes, inviabilizando a realizao de uma cpia de segurana. Nestes casos, realizado um espelhamento da informao, ou seja, a informao atualizada,

    simultaneamente, em dois ou mais discos. Mas vale lembrar que um disco uma

    mquina como outra qualquer e tambm est sujeita a falhas. De uma forma ou de

    outra, um procedimento de backup imprescindvel e deve existir, mas, caso no

    exista, a auditoria deve recomendar que o mesmo seja implantado imediatamente.

    To importante quanto ter um backup realizar uma simulao de restore (retorno

    dos dados do backup )para a certicao da consistncia do prprio backup,

    pois o procedimento de restore no pode deixar a empresa com suas operaes

    interrompidas, enquanto realizado.

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    50/118

    48

    Ps-graduao

    Documentao: As pessoas no so eternas em uma empresa, tanto podem ser

    desligadas, como mudar de rea de atuao. Na falta dessas, a documentao

    o melhor canal de entendimento do diagrama de tabelas e seus respectivos

    relacionamentos. Tambm, ter a documentao no suciente, pois precisovericar se a mesma est sendo constantemente atualizada. E somente pessoas

    autorizadas documentao que podem ter acesso a ela, pois a documentao

    nas mos de pessoas no autorizadas pode revelar informaes sigilosas.

    Disponibilidade: Teoricamente, por se tratar de uma rea vital de funcionamento e,

    muitas vezes, durante os 365 dias por ano e 24 horas por dia, a disponibilidade do

    banco de dados deve ser real o tempo todo. A disponibilidade passa pelo tempo de

    acesso aceitvel das informaes e pela equipe responsvel pela manuteno do

    mesmo. H quem diga que ter um no ter nenhum e ter dois talvez ter um. Desta

    forma, ter disponvel apenas uma pessoa para a manuteno do banco de dados

    no seguro, pois, na falta dessa pessoa, o banco ca sem manuteno.

    Integridade: Uma informao no pode ter redundncia, pois este um fator

    que contribui para erros na informao. Muitas vezes, a integridade de

    difcil constatao, por exigir um conhecimento mais detalhado das tabelas e

    relacionamentos do banco. Uma forma mais rpida de averiguar a integridade

    contat-lo junto aos usurios, indagando deles se as informaes esto sendo

    disponibilizadas de forma correta (SCHNEIER, 2001).

    Conabilidade: Da mesma forma que a integridade, ao perderem a conabilidade os

    dados colocam todo um sistema em descrdito diante do usurio, o qual passa a ter

    certo tipo de restrio ao uso do mesmo. A conabilidade de suma importncia

    para a segurana dos dados. A perda de contabilidade deve ser ressaltada na

    auditoria, caso seja detectada (SCHNEIER, 2001).

    Senhas de acesso: Muitas das senhas de acesso das aplicaes e permisses de

    usurios cam armazenadas no banco de dados. importantssimo que estas

    estejam criptografadas. A vulnerabilidade das senhas pode acarretar vazamento de

    informaes, em caso de acesso indevido s aplicaes, assim como alteraes no

    permitidas. Tambm interessante vericar se h controle sobre uma periodicidade

    de alteraes das senhas e checar os tamanhos e caracteres das senhas. Existem

    senhas fortes e senhas fracas. As fracas so combinaes que podem facilmente serdescobertas por algum ou por algum software.

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    51/118

    Auditoria da tecnologia da informao

    49

    rea de sistemas de informao

    A importncia da rea de sistemas de informao proporcional ao

    gerenciamento das informaes da empresa. por meio dos sistemas

    desenvolvidos ou adquiridos por terceiros que a empresa gera suas informaes.

    Sistemas mal concebidos geram inecincia, ineccia, atraso, conito, falta de

    agilidade e perda da competitividade no gerenciamento das informaes.

    Os sistemas no so e no podem ser estticos. A manuteno deve ser constante,

    diante de alteraes em legislaes, erros de desenvolvimento ou mudanas

    nas regras de negcio. Sempre deve haver uma garantia de disponibilidade de

    manuteno, pois a falta de manuteno certamente colocar a segurana das

    informaes em risco. Portanto, inevitavelmente a rea de sistemas deve ser

    auditada constantemente. De regra, os principais pontos da rea de sistemas,segundo Dias (2000), so equipe de desenvolvimento, sistemas terceirizados e

    tecnologias de desenvolvimento.

    Equipe de desenvolvimento: Quando se faz a opo de desenvolvimento

    interno, h a necessidade da constituio de uma equipe competente para

    tal. O desenvolvimento interno traz como grande vantagem, justamente, o

    desenvolvimento de um sistema especco para o negcio da empresa. Isto

    pode resultar em grande vantagem, mas a condio que a equipe interna

    de desenvolvimento tenha condies de promov-lo e de fazer as respectivas

    manutenes. Trata-se de um ponto muito importante para ser auditado, pois, se

    a equipe no estiver capacitada tecnicamente e em nmero compatvel com os

    sistemas existentes, fatalmente a segurana da informao estar comprometida.

    Normalmente, pessoas j comprometidas com um nmero determinado

    de sistemas no tm mais disponibilidade para novos desenvolvimentos ou

    manutenes.

    A equipe tambm deve estar apta com relao tecnologia adotada pela empresa,

    especicamente com referncia linguagem de programao, plataformas

    de desenvolvimento, linguagem SQL de banco de dados, etc. No nadasignicante uma equipe grande, onde poucos de seus membros aos detentores de

    conhecimento tcnico apto, rpido e ecaz. A auditoria deve vericar tais aspectos

    e apont-los, se for o caso.

    Rotatividade na equipe de desenvolvimento no bem vista, devido

    complexidade dos sistemas: o repasse de informaes nesse contexto no ocorre

    facilmente, tampouco em curto espao de tempo. Tambm a satisfao pessoal,

    salarial e o ambiente de trabalho devem ser vistos. Em conversa com alguns

    membros da equipe, isto se pode observar facilmente.

  • 7/28/2019 [7072 - 19225]Auditoria de Seg Da Informacao

    52/118

    50

    Ps-graduao

    O aperfeioamento tambm de suma importncia. Uma equipe no pode car

    sem continuidade de treinamento tecnolgico. Por parte da empresa ou dos

    prprios membros da equipe ou ainda de uma forma mista, o treinamento deve

    acontecer. Equipe sem treinamento comprometer, em algum momento, a

    continuidade de operao dos sistemas, por incompatibilidade tecnolgica.

    Sistemas terceirizados: Em alguns casos, a empresa op