A TIPOLOGIA TEXTUALInterpretao, leitura ou o ato de escrever:
qual das trs etapas a mais importante? Podemos afirmar que as trs
esto intimamente ligadas: quem no l, tem dificuldades em redigir
interpretar torna-se uma tarefa quase impossvel, em funo da,
principalmente, falta de intimidade com o nosso vocabulrio. Nossa
inteno inicial ser a de familiarizar o leitor com as principais
maneiras de se redigir um texto que pensamos tratar-se do ponto de
partida para qualquer estudo posterior. Inicialmente,
apresentaremos os principais tipos de composio: a narrao, a descrio
e a dissertao.
A NARRAOEm uma narrao, deve-se objetivar o fato, ressaltando a
razo do acontecimento, sua causa, o modo, a ocasio e,
principalmente, com quem aconteceu o episdio. Texto motivador: A
Cabra e Francisco Madrugada. O hospital, como o Rio de Janeiro,
dorme. O porteiro v diante de si uma cabrinha malhada, e pensa que
est sonhando. - Bom palpite. Veio mesmo na hora. Ando com tanta
prestao atrasada, meu Deus. A cabra olha-o fixamente. - Est bem,
filhinha. Agora pode ir passear. Depois voc volta, sim? Ela no se
mexe, sria.
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- Vai cabrinha, vai. Seja camarada. Preciso sonhar outras
coisas. a nica hora em que sou dono de tudo, entende? O animal
chega-se mais perto dele, roa-lhe o brao. Sentindo-lhe o cheiro, o
homem percebe que de verdade e recua. Aiaiai! Bonito. Desculpe, mas
a senhora tem de sair com urgncia, isto aqui um estabelecimento
pblico. ( Achando pouco convincente a razo. ) Bem, se pblico devia
ser para todos, mas voc compreende... ( Empurra-a docemente para
fora, e volta cadeira.) - O qu? Voltou? Mas isso hora de me
visitar, filha? Est sem sono? Que que que h? Gosto muito de criao,
mas aqui no hospital, antes do dia clarear... ( Acaricia-lhe o
pescoo. ) Que isso! Voc est molhada? Essa coisa pegajosa... O qu:
sangue?! Por que no me disse logo, cabrinha de Deus? Por que ficou
me olhando assim feito boba? Tem razo: eu que no entendi, devia ter
morado logo. E como vai ser? Os doutores aqui so um estouro, mas
cabra diferente, no sei se eles topam. Sabe de uma coisa? Eu mesmo
vou te operar! Corre sala de cirurgia, toma um bisturi, uma pina;
farmcia, pega mercrio-cromo, sulfa e gaze; e num canto do hospital,
assistido por dois serventes, enquanto o dia vai nascendo, extrai
do pescoo da cabra uma bala de calibre 22, ali cravada quando o
bichinho, ignorando os costumes cariocas da noite, passara perto de
uns homens que conversavam porta de um bar. O animal deixa-se
operar com a maior serenidade. Seus olhos envolvem o porteiro numa
carcia agradecida. - Marcolina. Dou-lhe este nome em lembrana de
uma cabra que tive quando garoto, no Ic. Est satisfeita, Marcolina?
- Muito, Francisco. Sem reparar que a cabra aceitara o dilogo, e
sabia o seu nome, Francisco continuou: - Como foi que voc teve idia
de vir ao Miguel Couto? O Hospital Veterinrio na Lapa.
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- Eu sei, Francisco. Mas voc no trabalha na Lapa, trabalha no
Miguel Couto. - E da? - Da, preferi ficar por aqui mesmo e me
entregar a seus cuidados. - Voc me conhecia? - No posso explicar
mais do que isso, Francisco. As cabras no sabem muito sobre essas
coisas. Sei que estou bem a seu lado, que voc me salvou. Obrigada,
Francisco. E lambendo-lhe afetuosamente a mo, cerrou os olhos para
dormir; bem que precisava. A Francisco levou um susto, saltou para
o lado: - Que negcio esse: cabra falando?! Nunca vi coisa igual na
minha vida. E logo comigo, meu pai do cu! A cabra descerrou um olho
sonolento, e por cima das barbas parecia esboar um sorriso: - Mas
voc no se chama Francisco, no tem o nome do santo que mais gostava
de animais neste mundo? Que tem isso, trocar umas palavrinhas com
voc? Olhe, amanh vou pedir ao Ariano Suassuna que escreva um auto
da cabra, em que voc vai para o cu, ouviu? ( Carlos Drummond de
Andrade ) Explorando o texto: Exerccio 1: 1. Quais as personagens
principais? 2. Quando aconteceu o fato? 3. Onde? 4. O que houve? 5.
Como o porteiro resolveu o problema? 6. Por qu? No que diz respeito
organizao e desenvolvimento textual: Exerccio 2:
6
1. 2. 3. 4.
Quando se d a apresentao? Qual a complicao? Quando ocorre o
clmax, o ponto culminante? Qual o seu desfecho?
A DESCRIONo que diz respeito descrio, esta pode ser classificada
como esttica ou dinmica. DESCRIO ESTTICA Nela, o elemento descrito
encontra-se imvel e objeto de anlise cuidadosa e pormenorizada: a
descrio de uma casa, por exemplo.
DESCRIO DINMICA Nela, o elemento descrito encontra-se em
movimento, e merecedor de muita observao, do poder de sntese do
narrador: como exemplo, poderamos citar a descrio da passagem de
uma Escola de Samba na passarela, durante o Carnaval. Observar,
ainda, que, em uma descrio, devem-se evitar as caractersticas bvias
e as perfrases viciosas rodeios. O destaque deve ser dado ao que
torna especial o elemento descrito. Texto motivador:
De Minha Varanda
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De minha varanda, avisto um chal. Um chal de telhas vermelhas,
cercado de rvores copadas: duas palmeiras ans - guardis da entrada
principal uma amendoeira de sombras amigas e uma mangueira de dar
manga em p. De minha varanda, avisto um monte. Um monte de verde e
cerrada mata - inacessvel, inspito, inabitvel. Plenos pulmes do
lugar. Um carro passa. A monotonia, em minha varanda, quebrada. O
ronco rouco da mquina humana desvia-me a ateno. A rotina volta
,minha varanda. Apenas alguns insetos inoportunos ousam impedir-me
o avano da pena. Sabem como : minha varanda aberta. Para todos,
para tudo. Intrusos, como evitar? De minha varanda, avisto um cu
celeste de azul, com poucas nuvens alvas a emoldur-lo. A brisa
fraca, o sol forte, o calor impera. Onde estaria aquele ventinho
gostoso de encontro sempre marcado com minha varanda?
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De minha varanda, avisto banhistas: jovens corpos em indecentes
trajes; velhos fracos em corpos indecentes. Mas, a tudo, meu olhar
registra. A censura no lhe cabe. Um carteiro chega. De minha
varanda, observo. Ser portador de boas ou ms notcias? Seria to bom
se o mundo se restringisse ao que avisto de minha varanda! Ouo o
barulho de um prato partindo. Longe... bem muito longe. O
suficiente para macular o silncio que reina em minha varanda. Um
beija-flor beija e deflora a flor. Imvel, no ar, parado. De minha
varanda, avisto um mar de ondas calmas de azulado forte, a limpa
areia da praia, gaivotas brancas de bailados trajetos. Avisto
pssaros de vos livres e cantares brandos. Barcos que singram
espumantes. De minha varanda, tenho a mais precisa sensao de que o
mundo perfeito; de que cada coisa foi,
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meticulosamente, planejada e arranjada em seu mais digno lugar.
De minha varanda, avisto tudo, e tudo me parece estar ao alcance.
Mas, minha varanda exibe a noo exata de uma solido: todos por ela
passam sorridentes, felizes, de bem com suas prprias vidas. E eu,
em meu canto, como reagir? Falta voc em minha varanda. ( Aurlio
Ferreira de Arajo ) Explorando o texto: Exerccio 3: 1. Aponte
versos que contm exemplos de descrio esttica. 2. Em que versos
ocorrem exemplos de descrio dinmica? 3. Aponte versos em que o
autor deixa de caracterizar uma descrio. 4. Como explicar que
caractersticas bvias ( telhas vermelhas, monte de verde e cerrada
mata, um cu celeste de azul... ) se encaixam no texto?
A DISSERTAOEm concursos, a forma de composio mais utilizada.
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um gnero de organizao textual em que se discute um determinado
assunto de natureza filosfica, social, moral ou cientfica. A
dissertao, normalmente, apresenta trs fases distintas: apresentao,
desenvolvimento e concluso: Na apresentao, destaca-se o assunto que
ser discutido o tema, a matria. Basta um pargrafo. O
desenvolvimento o que se poderia dizer tratar-se do prprio
trabalho. Nele, consideramos idias, fatos, exemplos com que o autor
pretende demonstrar seus argumentos. Favorveis, contrrios...
Normalmente, usam-se trs pargrafos nesse sentido. A concluso ser
sempre uma sntese, uma volta apresentao. Texto motivador: A
Violncia no Rio de Janeiro O ndice de crescimento da violncia nas
grandes cidades aumenta a cada dia. O Rio de Janeiro no poderia ser
uma exceo regra. Basta-nos uma leitura diria em jornais,
assistirmos a um dos noticirios de nossas televises, recorrermos s
emissoras de rdio, para verificarmos que a situao se agrava a cada
dia. So assaltos a residncias, a meios de transportes, nas ruas,
onde quer que estejamos. Casos de estupros, violncia contra as
mulheres, contra os menos favorecidos j esto se tornando rotina em
nossa cidade. H violncia na rua, no trnsito, os casos de seqestros
se repetem e, ao que parece, no existem solues a curto prazo. No
podemos negar que atravessamos um perodo de recesso, que h
desemprego, que no existe uma poltica social eficiente, que os
ricos se tornam mais ricos em detrimento da populao menos
favorecida, que os polticos s falam em segurana em poca de eleies,
que a polcia mal paga e no possui estrutura para combater os
malfeitores, e
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que, muitas vezes, alia-se a eles, para, atravs dessa
cumplicidade, melhorar o seu padro de vida. Tudo isso assunto dirio
em nossas conversas. O que falta mesmo vontade poltica. Nossos
representantes deviam-se preocupar um pouco mais com o bem-estar da
populao, em vez de apresentarem projetos que visam apenas aos seus
interesses pessoais. Nosso cdigo penal tambm deveria ser
atualizado. Chega de priso para negros e desvalidos. Cadeia para
todos os que transgridem o que esperamos. Mas, a esperana no nos
pode faltar. J existe um movimento que nos permite imaginar que, em
um futuro no muito prximo, tudo poder melhorar. Inclusive porque,
eles, os senhores que nos assistem, j comeam a sentir os efeitos
desse problema. Aguardemos, pois. ( Aurlio Ferreira de Arajo )
Explorando o texto: Exerccio 4: 1. Como voc dividiria o texto? 2.
Em que pargrafo o autor opina? 3. Que sugestes voc apresentaria
para melhorar o problema? 4. Em relao ltima pergunta, em que
pargrafo voc as colocaria? Observao final: Cumpre-nos, ainda,
informar que os trs tipos de composio a narrao, a descrio e a
dissertao podem, perfeitamente, encaixar-se em um mesmo trabalho.
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Quem l escreve melhor.
OS DIVERSOS TIPOS DE DISCURSOO DISCURSO DIRETO Ocorre quando so
as personagens que falam. Quem escreve, interrompe a narrativa e
torna as palavras vivas para o ouvinte. Normalmente marcado pela
presena de verbos do tipo afirmar, dizer, perguntar, indagar,
responder, concluir, prosseguir e sinnimos. Exemplos: O rapaz
perguntou: O que aconteceu? - Por que voc faltou? Indagou o
professor. O DISCURSO INDIRETO o processo de relatar enunciados. O
narrador torna-se intrprete das palavras ditas pelas personagens,
numa orao subordinada substantiva. Exemplos: O professor um
filsofo, disse o aluno. ( discurso direto ) O aluno disse que o
professor era um filsofo. ( discurso indireto ) A menina respondeu
baixinho: - Eu sei. ( discurso direto ) A menina respondeu baixinho
que ela sabia. ( discurso indireto )
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-Que horas so? Perguntou Joo Carlos. ( discurso direto ) Joo
Carlos perguntou que horas eram. ( discurso indireto )
TRANSPOSIO DO DISCURSO DIRETO PARA O DISCURSO INDIRETOa)
Discurso direto: Enunciado em 1. ou em 2. pessoa: O artista
respondeu-lhe baixinho: - Eu atuei. - Falaste com teu pai?
perguntou Slvia. Discurso indireto: Enunciado em 3. pessoa: O
artista respondeu-lhe baixinho que ele atuara. Slvia perguntou se
ele havia falado com seu pai. b) Discurso direto: Verbo enunciado
no presente: - Estou no escritrio, ele disse ao telefone. Discurso
indireto: Verbo enunciado no imperfeito: Ao telefone, ele disse que
estava no escritrio. c) Discurso direto: Verbo enunciado no
pretrito perfeito: Antnio explicou a todos: - Chamei pelo padrinho.
Discurso indireto: Verbo enunciado no pretrito mais-que-perfeito:
Antnio explicou a todos que chamara pelo padrinho.
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d) Discurso direto: Verbo enunciado no futuro do presente: -
Regressarei breve ela disse. Discurso indireto: Verbo enunciado no
futuro do pretrito: Ela disse que regressaria breve. e) Discurso
direto: Verbo enunciado no modo imperativo: - Pare com a
brincadeira, ordenou a me. Discurso indireto: Verbo no modo
subjuntivo: A me ordenou que parasse com a brincadeira. f) Discurso
direto: Enunciado em forma interrogativa direta: Ele perguntou: -
como vai a famlia? Discurso indireto: Enunciado em forma
interrogativa indireta: Ele perguntou como ia a famlia. g) Discurso
direto: Pronome demonstrativo de 1. ou de 2. pessoa: Bateu na mesa
e disse: - Isto dinheiro. Essas artigos so de segunda qualidade,
ele afirmou. Discurso indireto: Pronome demonstrativo de 3. pessoa:
Bateu na mesa e disse que aquilo era dinheiro. Ele afirmou que
aqueles artigos eram de segunda qualidade. h) Discurso direto:
Pronome possessivo ou pessoal de 1. pessoa:
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Ele quis saber de mim: - Por que minha proposta no lhe
interessa? Discurso indireto: Ele quis saber de mim ( Ele me
perguntou ) por que sua proposta no me interessava. i) Discurso
direto: Advrbio de lugar aqui: - Aqui ficava a loja do seu Manuel,
relembrei. Discurso indireto: Advrbio de lugar ali: Relembrei que
ali ficara a loja do seu Manuel. Observaes: a) Ele disse: - Irei
praia amanh. Ele disse que iria praia amanh ( ou no dia seguinte ).
b) Ele reclamou: - No recebi o pagamento do ms passado. Ele
reclamou que no recebera o pagamento do ms passado ( ou do ms
anterior ). c) - Onde voc mora? Ele quer saber onde eu moro. Ele
quis saber onde eu morava. Exerccio 5: Transforme o discurso direto
em indireto: 1. 2. 3. 4. 5. 6. Nunca veio a So Paulo? perguntou-me
o reprter. No ligue para essas notcias pediu-me. Se eu puder, irei
v-la amanh disse-lhe. Fui ao cinema ontem disse-me Paulo. Estarei
indo a seu encontro disse-me a menina. Saia de sala ordenou-me o
professor.
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7. Isso no vai ficar assim ameaou o menino. 8. Gosto muito de
comidas pesadas confessei. 9. Apreciarei sua obra prometi artista.
10. No faa isso ordenei ao menino.
O DISCURSO INDIRETO LIVRE o processo de relatar enunciados,
resultantes da mistura dos discursos direto e indireto. O narrador
transmite o pensamento de alguma personagem, no de uma forma
direta, mas aproxima-se dela, expressando o que foi pensado.
Exemplo: -Essa roupa no lhe cai bem, filha. - Mas a senhora sempre
censura o que visto. A me no gostava de ver a filha em trajes muito
modernos, ousados. - Tudo bem, filha. Voc decide.
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A lngua o instrumento mais perfeito que herdamos de nossos pais
e em cujo aperfeioamento colaboram incontveis geraes desde a origem
da humanidade, ou, talvez, at alm dessa origem. Ela encerra em si
toda a sabedoria da raa humana. Ela nos liga aos nossos
antepassados. Ela , a um tempo, a mais antiga e a mais recente obra
de arte, obra de arte majestosamente bela, porm imperfeita. E cada
um de ns pode trabalhar essa obra, contribuindo, embora
modestamente, para aperfeioar-lhe a beleza.
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( Vilem Flusser )
SIGNIFICAO LITERAL E CONTEXTUAL DE VOCBULOSOs vocbulos podem ser
empregados no sentido prprio ( denotativo ) ou no sentido figurado
( conotativo ). Observe os exemplos seguintes: A jovem, no leito,
gemia de dor. ( sentido prprio ) O diretor gemeu um discurso. (
sentido figurado ) Este monte o mais alto da regio. ( sentido
prprio ) O bbado mostrava-se muito alto. ( sentido figurado )
A DENOTAO E A CONOTAODENOTAO a palavra empregada em seu sentido
real, prprio, dicionarizado.
CONOTAO
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Sentido subentendido, s vezes de teor subjetivo, que uma palavra
ou expresso pode apresentar paralelamente ao sentido em que
empregada. Observar, ento, que algumas palavras tm cargas semnticas
que sugerem muito mais do que a princpio apresentam. Exerccio 6:
Coloque nos parnteses D ou C, indicando os sentidos Denotativo ou
Conotativo: 1. ( 2. ( 3. ( 4. ( 5. ( 6. ( 7. ( 8. ( 9. ( 10. ( 11.
( 12. ( 13. ( 14. ( 15. ( 16. ( 17. ( 18. ( 19. ( 20. ( 21. ( 22. (
23. ( 24. ( ) Ningum suportava os gemidos do enfermo. ) O cachorro
mordeu a menina. ) Assisti ao desfile das escolas de samba. ) Suas
palavras soavam gemidas. ) Ele me mordeu em dez reais. ) As
estrelas desfilavam no cu. ) Ele nadava em dinheiro. ) Seu corao
parecia de pedra. ) Em 1888, libertaram-se os escravos. ) O atleta
quebrou a perna. ) As guas dos rios estavam poludas. ) O burro um
animal de grande utilidade no interior. ) O rapaz era chamado de
burro pelos amigos. ) O jovem quebrou o silncio. ) Os cometas so
astros luminosos. ) No se deve nadar em guas profundas. ) Os
convidados comeavam a pingar para o encontro. ) Ele se deixou levar
pelas guas do amigo. ) Sou um escravo do trabalho. ) Foi luminosa a
sua idia. ) Ela adorava pedras preciosas. ) O suor pingava-lhe do
rosto. ) Deitei- me mais cedo noite passada. ) Houve uma chuva de
protestos aps a deciso.
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25. ( 26. ( 27. ( 28. ( 29. ( 30. ( 31. ( 32. (
) Havia vrias pedras no caminho acidentado. ) A chuva atrapalhou
o Carnaval. ) O rapaz deitou a dizer bobagens. ) Esse menino um
foguete. ) Havia vrias pedras em meu caminho, mas venci. ) Os EEUU
lanaram mais um foguete ao espao. ) Se seu chefe percebesse,
capava-te. ) H pessoas que se desenroscam na hora exata.
CUIDADOS QUE DEVEM SER TOMADOS COM DETERMINADOS VOCBULOS E
EXPRESSESNo que diz respeito ao aspecto semntico, algumas observaes
devem ser levadas em considerao. 1. SUBSTANTIVOS: a) Nem sempre
aumentativos e diminutivos nos do idia de tamanho. Podem exprimir
carinho, ternura, afetividade, desprezo, depreciao, intensidade.
Exemplos: narigo, livreco, filhinho, amarelo, supermercado,
minicalculadora. b) Outras formas aumentativas e diminutivas, com o
tempo, adquiriram significados especiais, dissociados das palavras
de origem. Exemplos: carto, porto, folhinha ( calendrio ), lingeta.
2. ARTIGOS: a) O artigo definido pode ser usado com fora
distributiva. Exemplo: A carne j est custando dez reais o quilo. (
= cada ) b) O artigo definido, anteposto a nome de pessoas,
apresenta um tom de afetividade ou de familiaridade. Exemplo:
Compare: Antnio faltou reunio. / O Antnio faltou reunio.
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( no segundo exemplo, o sujeito goza de certa intimidade junto
ao emissor ) c) H profunda modificao de sentido na frase quando a
artigo definido antecede a palavra todo. Exemplo: Compare: Todo
prdio deve ser vistoriado. ( todos, em geral ) Todo o prdio deve
ser vistoriado. ( um prdio especfico ) d) H modificao significativa
quando o artigo definido vem anteposto a um pronome substantivo
possessivo. Exemplo: Compare: Este meu livro. ( idia de posse )
Este o meu livro. ( idia de distino de outros de mesma espcie.
Dentre outros, este o meu. ) e) Os artigos indefinidos uns, umas
antepostos a numerais indicam aproximao numrica. Exemplo: Ela devia
ter uns vinte anos. f) Os artigos indefinidos antes de nomes
prprios indicam semelhana, elemento pertencente a determinada
famlia; podem, ainda, designar obras de um artista. Exemplos:
Provou ser um Judas. ( = traidor ) Ele era um verdadeiro Silva.
Trata-se de um Picasso. 3. ADJETIVOS: a) Algumas formas
aumentativas e diminutivas equivalem a superlativos. Exemplos:
Menina branquinha = muito branca. Doce gostoso = gostosssimo. b)
Outras formas de obteno de superlativos de um modo no convencional:
. O caf extrafino. ( atravs da prefixao ) . As pernas da menina
eram brancas, brancas. ( atravs da repetio do adjetivo ) . Ele
forte como um touro. ( atravs de uma comparao )
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. O dono da escola podre de rico. ( atravs de uma expresso
idiomtica ) . Ele no apenas uma cantora, a cantora. ( atravs da
repetio do artigo e do substantivo, dando-se nfase ao artigo ) 3.
PRONOMES: Os pronomes possessivos podem indicar afetividade,
carinho. Os pronomes possessivos podem indicar afetividade,
carinho. Compare: Esta a minha casa. ( posse ) Minha filha, disse o
professor, voc melhora a cada dia. ( afetividade ) Podem, ainda,
indicar aproximao numrica. Exemplo: Ele deve ter seus dezoito anos.
4. NUMERAIS: Indicam tambm superlativao: Exemplo: J assisti a este
filme mais de mil vezes. 5. CONJUNES E LOCUES CONJUNTIVAS: Deve-se
estudar a equivalncia que h entre elas. Exemplos: Quebrei a cabea,
porque fui imprudente. Como fui imprudente, quebrei a cabea. (
Causa ) Irei ao cinema se voc pagar o ingresso. Irei ao cinema caso
voc pague o ingresso. ( Condio ) Fui praia embora chovesse. Fui
praia apesar de chover. ( Concesso ) 6. PREPOSIES: Deve-se estudar
o valor semntico que uma preposio apresenta. Exemplos: Ele foi a So
Paulo. ( destino, direo )
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Ele veio de So Paulo. ( procedncia ) Ele saiu a seu pai. (
semelhana ) Este um anel de ouro. ( matria ) Fui ao cinema com ela.
( companhia ) Fiz o trabalho a caneta. ( instrumento ) Voltaremos a
qualquer momento. ( tempo ) Ele morria de fome. ( causa ) Compras s
em dinheiro. ( condio ) Exerccio 7: O que se pode dizer das
palavras em itlico? 1. Colocarei seu prato naquela mesinha. 2. Ela
se destaca das outras meninas por sua beiorra. 3. Ele era um
jogadorzinho qualquer. 4. Gostaria muito de ter um jogadorzinho
desse em meu time. 5. No suje a casa. A mezinha est prestes a
chegar. 6. Ela usava um biquni amarelo. 7. Carlinhos ( Carlito,
Carlo ), veja s o que voc fez! 8. No leio um livreco desses. 9.
Comprei um porto novo para a casa de campo. 10. O cavalete no
suportou o peso do tabuleiro. Exerccio 8: Estabelea a diferena de
sentido, existente entre as frases abaixo: 1. Todo morro merece
ateno governamental. Todo o morro merece ateno governamental. 2.
Joo um bom rapaz. O Joo um bom rapaz. 3. Esta minha caneta. Esta a
minha caneta. 4. Estes livros so seus. Ele deve ter seus quinze
anos. 5. Meu filho estudioso.
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Meu filho, seus pais no aprovariam o que voc fez. Exerccio 9: O
que indicam as frases seguintes? 1. Ele est superalimentado. 2. A
pobre mulher era gorda, gorda. 3. Isto claro como a gua. 4. Ela uma
pianista de mo cheia. 5. Pel no foi apenas um jogador de futebol,
foi o jogador. Exerccio 10: Ligue os segmentos abaixo,
transformando-os em duas oraes, estabelecendo entre elas uma relao
de causa, de condio, de concesso ( no repita as conjunes ou locues
conjuntivas ). 1. Ir festa. / Chover. 2. Ser aprovado. / Estudar.
3. Ganhar o prmio. / Ser merecedor. 4. Precisar de dinheiro. /
Estar falido. Exerccio 11: Modifique os perodos abaixo,
iniciando-os conforme se sugere, sem alterar a idia contida no
primeiro. Em conseqncia, outras partes da frase sofrero algumas
alteraes. 1. Abraou-me com tal mpeto, que no pude evit-lo. No pude
evit-lo, ____________________________________ 2. No se preocupe,
que breve estarei de volta. Breve estarei de volta,
________________________________ 3. No posso atend-lo, porque no
lcito o que requereu. Requereu o que no lcito,
___________________________ 4. Insiste em sair sozinho, conquanto
mal conhea a cidade. Mal conhece a cidade
_________________________________ 5. Bem cuidado como , o livro
apresenta alguns defeitos.
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O livro apresenta alguns defeitos _______________________ 6. A
serem considerados os resultados, o trabalho ser bom. O trabalho
ser bom _________________________________ 7. No fiquem to ansiosos.
Toda a matria ser dada. Toda a matria ser dada,
_____________________________ 8. Quando o professor chegou, a turma
retornou sala. A turma retornou sala ______________________________
9. Contratou uma empresa, se bem que no precisasse. No precisava,
_______________________________________ 10. Embora o professor
fosse competente, ele no conseguia gostar de Latim. Ele no
conseguia gostar de latim _____________________
___________________________________________________ Exerccio 12:
Desenvolva as idias abaixo, com perodos argumentativos: 1. As
pessoas comentam muito sobre a sujeira que h na cidade, mas
_________________________________________
____________________________________________________ 2. Comprou-se
muito no ltimo Natal, embora ______________
____________________________________________________ 3. Os alunos
vo melhorando medida que ________________
____________________________________________________ 4. A Amaznia o
pulmo do mundo, pois _________________
____________________________________________________ 5. Como no se
pode viver sem trabalhar, __________________
____________________________________________________ 6. Apesar da
boa vontade dos mestres, _____________________
____________________________________________________ 7. Ela era to
feio, que __________________________________
____________________________________________________ 8. Visto que
foi imprudente, _____________________________
____________________________________________________ 9. A no ser
que voc pague a passagem, ___________________
____________________________________________________ 10. O voto no
deve ser anulado, porque ___________________
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____________________________________________________ 11. No
comparecerei reunio, mesmo ___________________
____________________________________________________ 12. Como no
tinha dinheiro, ____________________________
____________________________________________________ 13. proporo
que escurecia, ___________________________
____________________________________________________ 14. Apesar da
forte chuva, _______________________________
____________________________________________________ 15. J que voc
no entendeu o exerccio, __________________
____________________________________________________ 16. Mesmo sem
a sua permisso, __________________________
____________________________________________________ 17. Contanto
que no me prejudiquem, ____________________
____________________________________________________ 18. Foi
tamanho o susto _________________________________
____________________________________________________ 19. Para poder
ajudar a famlia, __________________________
____________________________________________________ 20. Desde que
haja permisso, ___________________________
____________________________________________________ Exerccio 13:
Nas frases abaixo, aponte o valor semntico ou circunstancial que a
preposio apresenta. 1. Sempre comprei a crdito. 2. Ele foi a casa.
3. A ser verdade, voc ser punido. 4. Ele de boa famlia. 5. Ela
morria de frio na praia. 6. Algumas pessoas vivem de rendas. 7. H
algo de se comer? 8. Corremos em seu auxlio. 9. Sou feliz em ser
seu amigo. 10. Apostas s em
dinheiro.___________________________________________________________________
26
O estudo das lnguas bem-feitas talvez fosse a melhor das lgicas.
( Turgot )
PROCESSOS COESIVOS DE REFERNCIA
COESO: Unio ntima das partes de um todo; conexo. Atravs da coeso
referencial, evitamos que um vocbulo seja repetido, atravs de uma
palavra anafrica. ANFORA: Figura de repetio. Geralmente, um pronome
o responsvel pelo processo. a) PESSOAL: Encontraram todos os
livros. Ei-los. Marcaram-se as provas. Elas sero realizadas
sexta-feira. O professor, fomos busc-lo em sua casa. b) POSSESSIVO:
O professor e seus alunos compareceram ao debate.
27
c) DEMONSTRATIVO: Ao comparar Amazonas com os diversos rios do
mundo, destacava a importncia daquele em relao a estes. d)
RELATIVO: Este o livro. / Eu comprei o livro. Este o livro que eu
comprei. A coeso referencial poder, tambm, ser obtida atravs de um
advrbio, um numeral, ou da colocao de um simples sinnimo:
Pratica-se muito futebol no Rio e em So Paulo. Aqui, as partidas
costumam ser disputadas no Maracan; l, no Morumbi. Os ndices de
violncia aumentam no Rio de Janeiro. preciso que o estado
previna-se contra ela. Pedro e Joo so bons alunos. O segundo, em
minha opinio, destaca-se do primeiro. A Frana deve ser visitada. A
Cidade Luz encanta a todos. Exerccio 14: Substitua os termos em
evidncia por uma palavra anafrica, tornando as frases mais
elegantes. 1. O governo e as comunidades trabalham em conjunto. As
comunidades contribuem com a mo-de-obra; o governo com o envio de
verbas. 2. O professor, fomos buscar o professor entrada do prdio.
3. A seleo brasileira precisa de reforos. A seleo est fraca. 4. Ele
cantava a msica. A msica era bonita. 5. Aquela a garota. Eu gosto
dos olhos da garota. 6. O marginal e os cmplices do marginal foram
presos. 7. Flamengo e Palmeiras so dois clubes de futebol. O
Flamengo do Rio; o Palmeiras, de So Paulo.
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8. O fumo prejudicial sade. preciso evitar o fumo. 9. O teatro
muito espaoso. O teatro pode receber cerca de trs mil pessoas. 10.
A vida uma ddiva de Deus. A vida deve ser bem aproveitada.
______________________________________________________
FIGURAS DE LINGUAGEMSo classificadas em trs tipos: 1. Figuras de
palavras. 2. Figuras de construo ( ou de sintaxe ). 3. Figuras de
pensamento. FIGURAS DE PALAVRAS
METFORA Figura em que a significao normal de uma palavra
substituda por outra com que apresenta relao de semelhana. ( Aurlio
) . O pavo um arco-ris de plumas. ( R. Braga ) Isto : comparou-se,
por semelhana, a cauda cheia de cores do pavo com o arco ris. L
fora, a noite um pulmo ofegante. ( Fernando Namora ) Observao: No
confundir metfora com comparao. . O pavo arco-ris de plumas.
29
. As plumas do pavo so coloridas como um arco-ris. METONMIA
Figura que consiste em designar um objeto por palavra designativa
doutro objeto que tem com o primeiro uma relao de causa e efeito (
trabalho, por obra ), de continente e contedo ( copo, xcara, por
bebida ), a parte pelo todo ( asa, por avio ), etc. ( Aurlio )
Principais casos de metonmia: 1. O efeito pela causa: Com muito
suor, ele venceu na vida. ( suor = trabalho ) 2. Devolva o Neruda
que voc me tomou e nunca leu. ( Chico Buarque e Francis Hime ) (
Neruda = escritor ) 3. O continente pelo contedo: Ele bebeu um copo
de leite. 4. O instrumento pela obra: Tua beleza tamanha, que minha
pena no consegue definir. ( pena = caneta ) 5. O lugar pelos seus
habitantes ou produtos: O madeira exportado para o mundo inteiro. (
madeira = vinho ) 6. O abstrato pelo concreto: A velhice sbia. (
velhice = velhos ) 7. A parte pelo todo: Com as chuvas, ele perdeu
seu teto. ( teto = casa )
30
8. O singular pelo plural: O homem mortal. ( homem = homens ) 9.
O indivduo pela espcie ou classe: Era era o Judas da turma. ( judas
= traidor ) 10. A qualidade pela espcie: Os mortais brigam entre
si. ( mortais = homens ) 11. A matria pelo objeto: Essa mercadoria
no vale uma prata. ( prata = moeda ) PERFRASE Figura que determina
os seres, substituindo-os por um de seus atributos. . Na floresta,
todos temem o rei dos animais. ( o leo ) SINESTESIA Figura que
transfere percepes de um sentido para o de outro. Fuso de impresses
sensoriais. . A voz da cantora era doce e aveludada. ( voz = sensao
auditiva; doce = sensao gustativa; aveludada = sensao ttil )
Exerccio 15: Classifique as figuras de palavras: 1. Sua boca um
cadeado e meu corpo uma fogueira. ( Chico Buarque ) 2. Estava
escuro como a noite. 3. Ele comeu um prato de feijo.
31
4. A morte dos rios deve ser combatida. 5. O artista um bom
pincel. 6. Durante o dia, a lua, normalmente, se esconde. 7. Ela
recebeu um abrao amargo. 8. Visitamos o Templo do Futebol. 9. Ela
era um leo. 10. Eles perderam o teto com as ltimas chuvas.
FIGURAS DE CONSTRUOAs principais so: ELIPSE Omisso de um termo
na orao. . Estvamos aflitos. ( Ns ) . Chegou o vestibular. Com ele,
as reprovaes. ( chegaram ) . Faz dez anos no a vejo. ( que ) .
Perguntei-lhe quando iria comear a estudar. Ele disse que no sabia.
( no sabia quando iria comear a estudar ) PLEONASMO Redundncia de
termos, que, em certos casos, legtima, por conferir expresso mais
vigor, ou clareza. ( Aurlio ) . De Portugus, todos gostam dele. .
Foi o que eu vi com meus prprios olhos. POLISSNDETO
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Intencionalidade na repetio do coordenativo.
conectivo
. Trejeita, e canta, e ri nervosamente. ( Antnio Toms ) . E
canta, e chora, e sorri, lamentando. . Meu filho, ou voc me ouve,
ou me obedece, ou saia daqui. INVERSO Alterao na ordem natural dos
termos ou oraes, com a finalidade de lhes dar nfase. . Passarinhos,
desisti de ter. ( Rubem Braga ) ANACOLUTO Repetio parcial de um
termo na frase. Interrompe o fio da expresso. . Eu, no me importa a
desonra do mundo. ( C. C. Branco ) SILEPSE Concordncia ideolgica. A
silepse pode ser: a) de gnero: Vossa Excelncia est equivocada. (
concordncia rgida ) Vossa Excelncia est equivocado. ( Vossa
Excelncia = homem ) b) de pessoa:
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Aqui, todos so brasileiros. ( concordncia rgida ) Aqui, todos
somos brasileiros. ( todos + eu = ns ) c) de nmero: O povo se
reuniu. Estava agitado. ( concordncia rgida ) O povo se reuniu.
Estavam agitados. ( Estavam = o nmero de indivduos que compem o
povo ) ONOMATOPIA Emprego de palavras cuja pronncia imita o som.
Recurso meldico. . Vozes veladas, veludosas vozes. ( Cruz e Souza )
REPETIO Repetio de palavras com a finalidade de enfatizar,
intensificar a ao. . O surdo pede que repitam, que repitam a ltima
frase. ( Ceclia Meireles ) Exerccio 16: Classifique as figuras de
construo: 1. No suportava o coim-coim dos porcos. 2. Na vida suei,
na vida venci. 3. A criana caiu. Ningum a acudiu. 4. A turma se
encontrou. Reclamaram muito. 5. Os vascanos estamos felizes. 6.
Dvidas, convm sald-las.
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7. E canta, e encanta, e comove a todos. 8. Iremos ao cinema
mais tarde. 9. Dvidas, melhor no ter. 10. Na sala, nenhum sinal de
alunos. 11. s flores, no lhes nego gua. 12. Quero ver o reco-reco
da cuca. FIGURAS DE PENSAMENTO As principais so: ANTTESE Emprego de
palavras ou expresses de sentido oposto. . Deus e o diabo na terra
do sol. ( Glauber Rocha ) EUFEMISMO Consiste em abrandar uma idia.
. Ele passou desta para melhor. ( = morreu ) GRADAO Ocorrncia de
uma seqncia de idias ( ascendentes ou descendentes ). . O avio
saiu, ganhou fora e decolou. . Ele adoeceu, hospitalizou-se e
morreu.
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HIPRBOLE uma afirmao exagerada. . A pobre menina chorou rios de
lgrimas. . J assisti a este filme um milho de vezes. PERSONIFICAO
Consiste na atribuio de qualidades humanas a seres inanimados.
Prosopopia. . A cascata abria-se em sorrisos para os visitantes.
Exerccio 17: Classifique as figuras de pensamento: 1. Tristeza no
tem fim, felicidade sim... ( Vincius e Tom ) 2. Todos o conduziram
ltima morada. 3. Chegou a casa banhou-se, leu um jornal e foi para
a cama. 4. A namorada resistiu a mil pedidos de perdo. 5. Ouvia-se
forte a voz da tempestade. Exerccio 18: Questes de concursos: 1.
Nos trechos: ...nem um dos autores nacionais ou nacionalizados de
oitenta pra l faltava nas estantes do major. e ... o essencial
achar-se as palavras que o violo pede e deseja. Encontramos,
respectivamente, as seguintes figuras: a) personificao e
hiprbole;
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b) c) d) e)
hiprbole e metonmia; perfrase e hiprbole; metonmia e eufemismo;
metonmia e personificao.
2. Nos trechos: O pavo um arco-ris de plumas. e ...de tudo que
ele suscita e esplende e delira... enquanto procedimento
estilstico, temos, respectivamente: a) metfora e polissndeto; b)
comparao e repetio; c) metonmia e metfora; d) hiprbole e anacoluto;
e) anfora e metfora. 3. Observe a orao: O tique-taque do relgio nos
perturbava. Qual a figura de linguagem da expresso destacada? 4.
Sois Anjo, que me tenta, e no me guarda. Qual a figura de
linguagem, tpica do Barroco? a) anttese; b) pleonasmo; c) elipse;
d) hiprbole; e) anfora. 5. Nos versos: O vento voa a noite toda se
atordoa. aparece a mesma figura: a) metfora; b) metonmia; c)
hiprbole; d) personificao; e) anttese. 6. Aponte a alternativa em
que no haja uma comparao.
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a) Rio como um regato que soa fresco numa pedra. b) mais
estranho do que todas as estranhezas que as cousas sejam realmente
o que parecem ser. c) Qual um filsofo, o poeta vive a procurar o
mistrio oculto das cousas. d) Os pensamentos das rvores a respeito
do mistrio das cousas so to estranhos quanto os dos rios. e) Os
meus sentidos estavam to aguados, que aprenderam sozinhos o mistrio
das cousas. 7. Assinale a figura presente na estrofe abaixo: Vi uma
estrela to alta, Vi uma estrela to fria! Vi uma estrela luzindo, Na
minha vida vazia. ( Manuel bandeira ) a) assndeto; b) pleonasmo; c)
anacoluto; d) anfora; e) silepse. 8. Na expresso: ...a natureza
parece estar chorando... do ponto de vista estilstico temos: a)
anttese; b) polissndeto; c) ironia; d) personificao; e) eufemismo.
9. Aponte a figura: Naquela adormeceram para sempre. a) anttese; b)
eufemismo; c) anacoluto; d) personificao; e) pleonasmo. terrvel
luta, muitos
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10. Em Dizem que os cariocas somos pouco dados aos jardins
pblicos., h: a) pleonasmo; b) hiprbato de pessoa; c) silepse de
gnero; d) silepse de pessoa; e) silepse de nmero. 11. Todas as
frases a seguir esto corretas. Assinale a nica que encerra
anacoluto. a) Aos homens parece no existir a verdade. b) Os homens
parece-lhes no existir a verdade. c) Os homens parece que ignoram a
verdade. d) Os homens parece ignorarem a verdade. e) Os homens
parecem ignorar a verdade. 12. Meu pai e o proprietrio sumiram-se,
foram cuidar de negcios, numa daquelas conversas cheias de gritos.
Minha me e eu ficamos cercados de saias. Considerando essa
passagem, de Infncia, de Graciliano Ramos, responda: a) Que figura
de estilo ocorre no ltimo perodo? b) Reescreva-o em linguagem
denotativa.
_____________________________________________________
No tenho sentimento nenhum poltico ou social. Tenho, porm, num
sentido, um alto sentimento patritico. Minha ptria a lngua
portuguesa. ( Fernando Pessoa )
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Vales por tantos homens quantas lnguas falas. ( Carlos V )
A SNTESE E O RESUMOSNTESE Resumo dos tpicos principais ou da
essncia de algo; sumrio ( aquela frase foi a sntese perfeita do que
estvamos sentindo. ) ( Houaiss )
RESUMO Recapitulao breve, sucinta ( o livro apresentava um
pequeno resumo ao final de cada captulo; em poucas palavras;
resumidamente.) ( Houaiss )
Exemplo de sntese: At o prefeito de Ulsan, cidade onde a Seleo
Brasileira ficar hospedada na Coria do Sul, resolveu integrar o
f-clube no-oficial pela convocao de Romrio para a Copa do Mundo. No
encontro de ontem com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, em que
fechou convnio com a entidade para receber a equipe brasileira
durante a primeira fase do Mundial, Shim Wan Gu disse que gostaria
de ver Romrio nos gramados sul-coreanos. Nunca estive com Romrio e
nem falei com ele, mas j ouvi falar dele e gostaria muito que
ele
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estivesse na Copa , afirmou o prefeito, lembrando que conhece
Rivaldo, Ronaldinho e Edmlson ( do Lyon ). ( Jornal do Brasil, 19
de fevereiro de 2002 ) Sntese 1: At coreano pede Romrio. Sntese 2:
Prefeito de Ulsan, onde a Seleo ficar, defende ida do atacante
Copa. Exemplos de resumo: Resumo do que ocorreu na novela O Clone ,
Tv Globo, em 18 de fevereiro de 2002: Lobato disse a Carol que era
dependente qumico, e ela prometeu que ia ficar cuidando dele. Leo
se sentiu excludo da vida de Albieri. Abdum mandou que Jade ficasse
em casa. Lucas no quer raptar Khadija, pois crime. Xande foi
despedido. Resumo do filme Anna Karenina: Na Rssia do sculo 19,
Anna Karenina desfruta de uma vida aristocrtica ao lado do marido e
do filho. Quando vai a Moscou visitar o irmo, conhece o conde
Vronski. Ainda que atormentados pela culpa, eles sucumbem paixo que
sentem um pelo outro.
A PERFRASE E A PARFRASEPERFRASE: Como j vimos, perfrase a
expresso que determina em ser atravs de caractersticas ou atributos
que o celebrizaram.
41
H dois tipos de perfrase: a virtuosa e a viciosa. A virtuosa
preenche a definio acima concede elegncia frase, podendo, ainda,
funcionar como palavra anafrica. Exemplos: . A Cidade Luz deve ser
visitada. ( Cidade Luz = Paris ) . Zico dedicou, praticamente, sua
vida esportiva ao Flamengo. Por isso o Galinho de Quintino
respeitado por todos os torcedores rubro-negros. J a perfrase
viciosa, esta deve ser evitada. Trata-se de um rodeio de palavras,
uma circunlocuo. Exemplo: O bosque era lindo, muito lindo,
belssimo, uma graa maravilhosa de ser vista. PARFRASE: o
desenvolvimento do texto de um livro ou de um documento,
conservando-se as idias originais; traduo livre ou desenvolvida. (
Aurlio ) _____________________________________________________
Todos, s porque falam, crem poder falar da lngua tambm. ( Goethe
)
42
A linguagem a nica demonstrao autntica da alma nacional. ( Jos
Geraldo Nogueira Moutinho )
OS VCIOS DE LINGUAGEMVcios que tm de ser evitados, para que haja
clareza e elegncia na estrutura frasal: ESTRANGEIRISMO: Emprego de
palavra ou expresso de origem estrangeira, quando h termo
correspondente em nossa lngua. Exemplos: whisky (usque), shampoo
(xampu), off (desconto), sale (liquidao), know how (experincia,
conhecimento).
HIATO: Som desagradvel, em funo do encontro de vrias vogais:
Chama a Ana., Lea ir hoje ao escritrio.
CACOFONIA:
43
Som desagradvel, produzido atravs do encontro de slabas ou
palavras que ferem nossos ouvidos. No chora no. , Beijei a boca
dela., Uma prima minha.... Em muitos casos, a cacofonia
obscena.
ECO: Repetio dos mesmos sons no fim das palavras: Filhinho, a
mezinha vai preparar sua comidinha agorinha.
PLEONASMO: Presena de palavras desnecessrias. sair para fora,
entrar para dentro, subir para cima. descer para baixo. h dez anos
atrs. Cumpre observar que os exemplos apresentados so pleonasmos
viciosos. No confundi-los com pleonasmos permitidos, do tipo:
Dvidas, convm sald-las..
SOLECISMO: Qualquer violao das regras de gramtica. Os mais
comuns so os de concordncia, colocao e regncia.
AMBIGIDADE: Duplo sentido apresentado pela frase: Vi o cachorro
do seu irmo., Como era boa a nossa empregada!, O Botafogo o Vasco
venceu.
44
COLISO: Som desagradvel, produzido por sucesso de consoantes
iguais ou semelhantes: Viaje j; Aqui cabe mais uma pessoa. Exerccio
19: Aponte os vcios de linguagem existentes nas frases abaixo: 1.
No que diz respeito prova, falarei acerca dela amanh. 2. Mais de um
aluno passaram. 3. Vou dar esse peixo quele peixo de biquni
amarelo. 4. Encontraram a menina morta. 5. O rato roeu a roupa do
rei de Roma. 6. Estou com um terol na vista. 7. Ele um expert
nesses assuntos. 8. Vi a irm do alunos que est doente. 9. Faa a
repetio da lio de conjugao. 10. A polcia o ladro prendeu.
_____________________________________________________
A lngua uma razo humana que tem suas razes, e que o homem no
conhece. ( Lvi-Strauss )
Aprender vrias lnguas assunto de um ou dois anos;
45
ser eloqente na sua prpria exige a metade da vida. ( Voltaire
)
Tirai aos homens a vantagem das lnguas e idiomas, e os vereis
reduzidos talvez inferior categoria dos bugios e orangotangos. (
Marqus de Marica )
FUNES DA LINGUAGEMO homem, ser social, necessita de comunicao
com os semelhantes. Nesse processo. Alguns elementos so envolvidos,
a saber: EMISSOR: quem emite a mensagem RECEPTOR: quem recebe a
mensagem. MENSAGEM: o que transmitido pelo emissor. CDIGO: sistema
de signos organizados e convencionados de tal modo que possibilitam
a construo e a transmisso da mensagem. REFERENTE: o conjunto de
informaes que compem a mensagem. CANAL: meio atravs do qual circula
a mensagem. So as seguintes as funes da linguagem:
46
REFERENCIAL: tambm chamada de denotativa ou cognitiva: ocorre
quando o objetivo do emissor , fundamentalmente, informar de forma
objetiva, sem interferir com opinies subjetivas. Conta-se apenas o
fato, como uma fotografia. Exemplo: Uma nova gerao de trens
ultra-rpidos est revolucionando um meio de transporte que parecia
condenado: a ferrovia, que comea a ressurgir como alternativa s
congestionadas rotas areas. Na Alemanha, Frana e no Japo j esto
sendo construdos prottipos que podero alcanar at 500 quilmetros
horrios deslizando sobre os trilhos de suas ferrovias. Observe que
no houve qualquer tipo de opinio acerca de vantagens ou
desvantagens desse tipo de transporte, que no ocorreram elogios nem
houve nenhuma crtica construtiva ou no sobre o ressurgimento das
ferrovias. A funo referencial tpica da linguagem jornalstica e da
linguagem cientfica, que primam pela preciso de fatos.
METALINGSTICA: ocorre quando definimos algo, quando utilizamos uma
linguagem falando dela prpria o que ocorre no dicionrio maior
exemplo de metalinguagem, em que se usa uma lngua para explicar
elementos de uma lngua. Exemplos: Um filme sobre cinema. Um livro,
cujo tema o ato de escrever. As palavras esclarecendo o significado
das palavras. Que ser fortuito? Forte e gratuito? Tambm lembra
furto. ( Carlos Drummond de Andrade )
47
FTICA: ocorre quando desejamos estabelecer ou manter contato com
o receptor. Utilizamos a funo ftica para que tenhamos certeza de
que o receptor est em sintonia conosco e que podemos transmitir a
mensagem que desejamos, porque ele nos est ouvindo. Por isso, ao
atendermos o telefone, dizemos Al!, uma forma de falar: Pois no, eu
estou ouvindo, pode deixar sua mensagem. A funo ftica tambm ocorre
quando o emissor e receptor, nada tendo a dizer, ficam repetindo
frases vazias, sem contedo, a fim de que a sintonia no se desfaa.
Exemplo: (...) Maria Rosa quase disse que aceitava, de uma vez,
para resolver a situao, tal o embarao em que se achava. Estiveram
um momento calados. - Gosta de versos? - Gosto... Pousou os olhos
em uma oleografia. - brinde de farmcia? - . - Bonita... ( Orgenes
Lessa ) EMOTIVA: tambm chamada de expressiva: ocorre quando a
linguagem revela as reaes do emissor frente quilo que ele deseja
transmitir. Opinies, sentimentos, emoes, enfim, toda a
subjetividade do emissor pertence funo expressiva da linguagem.
Observe o uso constante da 1. pessoa e o uso de exclamaes
reveladores de envolvimento emocional.
CONATIVA: tambm chamada de apelativa.
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Vs?! Ningum assistiu ao formidvel Enterro de tua ltima quimera.
Somente a Ingratido esta pantera Foi tua companheira inseparvel!
Acostuma-te lama que te espera! O Homem que, nesta terra miservel.
Mora entre feras, sente inevitvel Necessidade de tambm ser fera.
Toma um fsforo. Acende teu cigarro! O beijo, amigo, a vspera do
escarro. A mo que te afaga a mesma que te apedreja. Se a algum
causa linda pena a tua chaga Apedreja essa mo vil que te afaga.
Escarra nessa boca que te beija. ( Augusto dos Anjos ) Observe a
presena dos verbos no imperativo, os pronomes de 2. pessoa, o
vocativo na 3. estrofe ( amigo, evidenciando que o autor est se
dirigindo a uma 2. pessoa ). Entretanto, na 2. estrofe trs ltimos
versos percebemos traos da funo emotiva: o fato de a terra ser
miservel, de o homem sentir necessidade de ser fera para
sobreviver, revela uma opinio do autor. Deste caso, ocorre uma
interpenetrao de funes, a coexistncia de funes num mesmo contexto
fato comum e quase sempre presente. Dizemos, ento, que predomina a
funo conativa no texto. Sempre que o outro o receptor alvo,
estabelecese a funo conativa da linguagem. Quando se faz uma
pergunta a algum, esse algum torna-se mais importante no contexto,
uma vez que ele quem ir dar a mensagem de que necessitamos. Ou,
quando se d uma ordem a uma segunda
49
pessoa, esta segunda pessoa que ficar em evidncia, porque dela
que esperamos o cumprimento de alguma tarefa. Assim, todas as vezes
que no ns, mas o outro for o elemento visado, teremos a funo
apelativa como predominante. POTICA: A funo potica tem como
principal caracterstica a conotao. Ocorre quando o sentido da
mensagem reforado por palavras significativas ( no denotativas ),
pela sonoridade, na escolha intencional de fonemas, conferindo
ritmo s frases, quando ocorre jogo de palavras, metforas,
ambigidades sugestivas... a funo predominante nos textos literrios,
na propaganda, nos provrbios, enfim, nos contextos que fogem ao
lugar comum. Exemplos: Disco, um presente que toca. Esperando,
parada, pregada na pedra do porto Com seu nico e velho vestido cada
dia mais curto. ( Chico Buarque ) Observe que, no ltimo exemplo, a
repetio do fonema /p/ sugere imobilidade; a repetio dos fonemas
vibrantes /r/ lembram ansiedade, nervosismo, enquanto que os
fonemas /v/ do-nos uma idia do barulho do vento ou do tempo
passando por ela rapidamente ( o vestido cada dia mais curto
significa a barriga crescendo devido gravidez). A escolha do
vocabulrio por Chico Buarque no se faz de forma aleatria; as
palavras foram selecionadas com o intuito de sugerir o significado
do texto. O trabalho com as palavras prprio da funo potica da
linguagem. Exerccio 20:
50
Identifique a funo da linguagem predominante em: 1. Dirio de
adolescente. 2. Ato de se confessar ao padre. 3. A campainha do
telefone. 4. Interjeies de susto. 5. Interjeies de dor. 6.
Interjeies de chamamento. 7. Discursos polticos. 8. Conotao. 9.
Denotao. 10. Linguagem figurada. 11. Receita mdica. 12. Vocativos.
13. Apostos. 14. Msica do Jornal Nacional. 15. Dicionrio. 16.
Informaes. 17. Comemorao de um gol. 18. Classificados. 19.
Interrogaes. 20. Interrogaes retricas. 21. Desabafos.
Nunca conheci algum que falasse duas lnguas. Cada palavra,
nuance ou ritmia que se aprende numa lngua
51
se perde na outra... Como dizia Shaw: Nenhum homem realmente
capaz em sua prpria lngua se interessa em dominar outra. ( Millr
Fernandes )
O EMPREGO ABUSIVO DA PALAVRA QUEA repetio sistemtica da palavra
que prejudica o estilo da frase. Como evitar o problema? Basta-nos
escolher um dos modelos apresentados abaixo. MODELO 1: O ideal que
voc participe do grupo. O ideal a sua participao no grupo. Quero
que todos compaream ao encontro. Quero a participao de todos no
encontro. Insisto em que tu venhas ao seminrio. Insisto em tua
vinda ao seminrio. MODELO 2: A pessoa que fuma perde o flego.
52
A pessoa fumante perde o flego. As cidades que ficam no litoral
so mais frescas. As cidades litorneas so mais frescas. As crianas
que mentem devem ser orientadas. As crianas mentirosas devem ser
orientadas. MODELO 3: Achei que o teu teste foi aproveitvel. Achei
aproveitvel o teu teste. Julgo que nossas chances so grandes. Julgo
grandes nossas chances. Considero que so justas suas reclamaes.
Considero justas suas reclamaes. MODELO 4: Confirmei que chegaria
amanh. Confirmei chegar amanh. Pensei que resolveria o problema.
Pensei resolver o problema. Imaginei que partiria mais cedo.
Imaginei partir mais cedo. Exerccio 21: Utilizando-se de um dos
modelos apresentados, elimine a palavra que das frases abaixo: 1.
2. 3. 4. 5. O normal que as pessoas compaream. Meu medo que voc
insista no erro. No me causa espanto que tu venhas com desculpas.
Espero que me telefones. Aguardo que voc responda aos apelos.
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6. Precisei que todos me compreendessem. 7. Ele garantiu que
solucionaria o problema. 8. Considero que seu pedido justo. 9.
Julgo que so boas as condies do tempo. 10. Acho que teus esforos so
inteis. 11. Necessitei de que todos me ajudassem 12. Comuniquei-lhe
que chegaria noite. 13. Garanti que estaria a seu lado. 14.
Acreditei que precisaria de teus conselhos. 15. Entendo que as
mudanas so inevitveis, 16. Creio que as solues so viveis. 17.
Percebo que as oportunidades so excelentes. 18. Tenho um irmo que
estuda engenharia. 19. Ele tomou uma deciso que comoveu. 20. Esta
uma pausa que refresca.
A REDAO: ALGUNS CONSELHOSEis, abaixo, alguns conselhos que devem
ser seguidos por todas aqueles que alegam ter dificuldade em
redigir: . Respeitar fielmente o que a banca examinadora sugerir. .
Somente colocar ttulos no trabalho se houver essa proposta. . No
empregar provrbios, ditos populares. . No propagar doutrinas
polticas ou religiosas. . No se incluir no trabalho. . Citar apenas
fatos que sejam de domnio pblico. . No abreviar. . No repetir
palavras ou idias. . No inovar o alfabeto. . No empregar verbos na
1. pessoa do singular. . No tentar impressionar. . No escrever
exatamente como se fala. . Evitar os perodos longos.
54
. No iniciar o trabalho como respondesse a um questionrio. .
Indicar corretamente os pargrafos. . Procurar usar entre tantos,
entre outros em vez de etc. . Usar em vez de e no ao invs de. . No
usar aspas ou letras maisculas desnecessariamente. . No misturar o
tratamento. . No elaborar finais conclusivos. . No usar eu acho, eu
penso, na minha opinio... . Procurar ser limpo. . Tentar lembrar-se
de se j no leu ou ouviu alguma coisa sobre o tema. . No utilizar
perfrases viciosas. . Tomar cuidado com a letra. . Partir de
estruturas frasais ( pequenas frases ). . Fazer rascunho. .
Observar os diversos aspectos gramaticais. . Tomar cuidado com o
emprego abusivo da palavra que. . Observar os diversos sinais de
pontuao. . Reler o trabalho. Observao: Estes conselhos so apenas os
principais. Outros podero ser acrescentados presente relao.
______________________________________________________
EXERCCIOS PROPOSTOS EM CONCURSOS1. Incomodado por uma irritao na
plpebra esquerda, o expresidente do Corinthians, Vicente Matheus,
queixou-se a um amigo. um terol, diagnosticou o cidado. Ao
encontrar outro conhecido, Matheus j foi antecipando que estava com
um terol no olho. Mas isso pleonasmo, retrucou o segundo. Quando um
terceiro amigo perguntou ao folclrico
55
ex-cartola o que ele tinha, Matheus no titubeou. Ah, sei l. Cada
um diz uma coisa. Ou um terol ou um pleonasmo. ( Folha de So Paulo,
23/7/95 ) a) Por que o segundo interlocutor afirmou a Vicente
Matheus que se tratava de um pleonasmo? b) Qual a interpretao que
Vicente Matheus deu palavra pleonasmo? 2. Leia o seguinte texto:
Lixeiro morto por pegar doce com a mo. O lixeiro Olvio Martinho de
Souza foi morto com dois tiros nas costas anteontem por ter posto a
mo em um doce em uma lanchonete que no ia comprar. O assassino
seria o dono da lanchonete Vincius Gennari, 65 anos, que, segundo a
polcia, estava foragido at a noite de ontem. ( Folha de So Paulo,
8/12/93 ) No texto acima, a ordem que foi dada s palavras provoca
uma interpretao estranha. Diga qual essa interpretao estranha e, em
seguida, reescreva o texto de forma a evitar o problema. 3. O texto
abaixo foi publicado no jornal O Globo, de 14 de outubro de 1994:
EU ACUSO ( I accuse, the Dark Avenger, EUA, 1990, de Guy Magar )
Produo independente e baratinha na qual um juiz dado como morto
esconde o rosto deformado sob uma mscara e se torna um vingador.
Imitao de Darkman s que feita antes. A redao dada ao texto acima
apresenta uma incoerncia em relao ao sentido. Diga o que h de
estranho nessa incoerncia. 4. No texto abaixo, ocorre uma forma que
inadequada em contextos formais, especialmente na escrita.
Trombada
56
Lula e Meneguelli divergem sobre o pacto. Concordam em negociar,
mas Lula s aprova um acordo se o governo retirar a medida provisria
dos salrios, suspender os vetos s leis da Previdncia e repor perdas
salariais. ( Folha de So Paulo, 21/9/90 ) Identifique essa forma e
reescreva o trecho em que ocorre, de modo a adequ-lo modalidade
escrita. 5. Assinale a letra que corresponde melhor redao,
considerando correo, clareza e conciso. a) Foram chamados sua ateno
pelo diretor. b) O diretor chamou-os sua ateno. c) O diretor lhes
chamou ateno. d) Foi-lhe chamado a ateno pelo diretor. e) O diretor
chamou-lhes a ateno. 6. A leitura literal do texto abaixo produz um
efeito de humor: As videolocadoras de So Carlos esto escondendo
suas fitas de sexo explcito. A deciso atende a uma portaria de
dezembro de 91, do Juizado de Menores que probe que as casas de
vdeo aluguem, exponham e vendam fitas pornogrficas a menores de 18
anos. A portaria probe ainda os menores de irem a motis e rodeios
sem a companhia ou autorizao dos pais. ( Folha Sudeste, 6/6/92 ) a)
Transcreva a passagem que produz efeito de humor. b) Qual a situao
engraada que essa passagem permite imaginar? c) Reescreva o texto
de forma a impedir tal interpretao. 7. No dia 19 de novembro
passado ( 19... ), a Folha de So Paulo publicou a seguinte nota na
seo Painel: Pane gramatical; Os computadores do TSE emitiam o
aviso, ontem, no intervalo dos boletins. Dentro de instantes ser
divulgado novos resultados.
57
Nesse mesmo dia e no mesmo jornal, l-se o seguinte: exatamente
essa grande maioria que chamamos, abstratamente, de povo. So os
cidados humildes, que vivem de pequenos servios na periferia das
grandes cidades. (...) So para esses cidados annimos, que ganharam
personalidade dia 15 de novembro, que o novo governo dever estar
voltado. a) Que trecho do segundo exemplo poderia tambm ser
considerado como um caso de pane gramatical? b) Reescreva
corretamente os dois trechos problemticos. 8. As primeiras cenas do
filme, ontem exibido, j mostrava todo o horror da guerra. Nessa
frase, h erro de: a) regncia verbal; b) concordncia nominal; c)
colocao pronominal; d) concordncia verbal; e) regncia nominal. 9.
a) Reescreva a frase seguinte, substituindo o pronome destacado por
outro, sem alterar o sentido do perodo: O barbeiro no parou de
falar, enquanto cortava os meus cabelos. b) Empregando exatamente
as mesmas palavras, reescreva a frase seguinte, alterando-a de modo
que adquira sentido negativo: Algum amigo me ajudar. 10. Assinale a
opo em que a substituio efetuada no altera o sentido fundamental do
enunciado: No obstante essa propaganda, as dificuldades surgiram.
a) Atravs dessa propaganda, as dificuldades surgiram. b) Em razo
dessa propaganda, as dificuldades surgiram. c) A despeito dessa
propaganda, as dificuldades surgiram. d) Diante dessa propaganda,
as dificuldades surgiram. e) Depois dessa propaganda, as
dificuldades surgiram. 11. Dentre as seguintes frases, assinale
aquela que no contm ambigidade:
58
a) Peguei o nibus correndo. b) Esta palavra pode ter mais de um
sentido. c) O guarda deteve o suspeito em sua casa. d) O menino viu
o incndio do prdio. e) Deputado fala da reunio no Canal 2. 12.
Emprega-se o termo solecismo para indicar o uso errado da
concordncia, regncia ou colocao. Aponte a alternativa em que no
ocorre tal erro: a) Havia muitos torcedores para assistir ao jogo.
b) Vo fazer dois meses que no vejo Lcia. c) Ningum lhe conhecia,
por isso ningum lhe ajudava. d) Devem haver muitos discos naquela
loja. e) Me contaram que o filho no o obedecia. 13. Assinale o vcio
de linguagem da frase seguinte: Ele prendeu o ladro em sua casa. a)
coliso; b) ambigidade; c) eco; d) pleonasmo; e) cacofonia. 14. Leia
o texto e responda questo: Num tribunal, a testemunha afirmou: - Eu
vi o desmoronamento do barraco. O juiz ficou em dvida quanto s
hipteses: - a testemunha viu o barraco desmoronar. - ela estava no
barraco e de l viu o desmoronamento. Este fenmeno chamado de: a)
ambigidade; b) pleonasmo; c) cacofonia; d) silepse; e) redundncia.
15. Sem alterar o sentido do perodo, reescreva-o, eliminando as
palavras destacadas e fazendo as adaptaes necessrias:
59
O que indispensvel que se conhea o princpio que se adotou para
que se avaliasse a experincia que se realizou ontem, a fim de que
se compreenda a atitude que tomou o grupo que foi encarregado do
trabalho. 16. Observe que, nos trechos abaixo, a ordem que foi dada
s palavras, nos enunciados, provoca efeitos semnticos estranhos.
Fazendo sucesso com a sua nova clnica, a psicloga Iracema Leite
Ferreira Duarte, localizada na rua Campo Grande, 159. Embarcou para
So Paulo Maria Helena Arruda, onde ficar hospedada no luxuoso hotel
Maksoud Plaza. ( Coluna social do Correio de Mato Grosso, 28/8/88 )
Quais as interpretaes estranhas e reescreva os textos de forma a
evitar os problemas. 17. Ela insistiu: - Me d esse papel a. Na
transposio da fala da personagem para o discurso indireto, a
alternativa correta : a) Ela insistiu que desse aquele papel a. b)
Ela insistiu em que me desse aquele papel ali. c) Ela insistiu em
que me desse aquele papel a. d) Ela insistiu por que lhe desse
aquele papel a. e) Ela insistiu em que lhe desse aquele papel ali.
18. Reestruture o texto abaixo, dando-lhe a forma de discurso
indireto: Sensvel ao apelo do governo para economizar gasolina, ele
disse: - Mulher, prepare a sunga esportiva. - Por qu? Perguntou-lhe
ela, ao que ele respondeu: - Amanh irei trabalhar de bicicleta. 19.
A princesa Diana j passou por poucas e boas. Tipo quando seu
ex-marido Charles teve um love affair com lady Camille revelado
para Deus e para o Mundo.
60
( Folha de So Paulo, 5/11/93 ) No texto acima, h expresses que
fogem ao padro culto da lngua escrita. a) Identifique-as. b)
Reescreva-as conforme o padro culto. 20. Reescreva a frase abaixo,
adaptando-a de modo a que fique em conformidade com a norma culta
da lngua: Deu no rdio que o pessoal da prefeitura vai ter que se
virar para dar um jeito na mancada da obra da Lapa. 21. A frase
abaixo, ttulo de uma notcia do Jornal do Brasil, de 2/9/91, contm
uma expresso ambgua, que aparece sublinhada. Reescreva-a duas
vezes, de forma que somente um dos sentidos se verifique por vez.
Faa quaisquer alteraes que achar pertinentes. Candelria recebe
imagem de Ftima. 22. Em cada uma das frases abaixo o pronome se
desempenha um papel formal e/ ou semntico. Reescreva todas elas
eliminando o se e fazendo as alteraes necessrias para que o sentido
original de cada uma seja preservado. a) O deputado admirou-se de
ver o plenrio to tranqilo. b) Despediram-se emocionados. c) A atriz
vestiu-se em vinte minutos. d) Comenta-se que vivemos uma poca de
grandes desafios. 23. Reformule a frase abaixo de modo que
expresse, entre as duas oraes envolvidas, as relaes abaixo
indicadas: No sendo possvel comear a reunio s trs horas, comearemos
s quatro horas. a) Condio. b) Causa. 24. Substitua a(s) devida(s)
ocorrncia(s) de que no trecho abaixo pela(s) forma(s) o(s), a(s) /
qual, quais, fazendo alteraes quando se achar necessrio.
61
Achados recentes da arqueoastronomia, disciplina de que vem se
falando muito ultimamente, mostram que os homens de pocas remotas
conheciam melhor o cu que a populao urbana de hoje. Fato esse que,
alis, no surpreende, j que a poluio das grandes cidades mal permite
que se vislumbre um cu claro. 25. Reescreva a frase abaixo,
introduzindo as seguintes modificaes nas trs seqncias de formas
sublinhadas (a), (b) e (c): a) Substituir o verbo insistir pelo
substantivo insistncia. b) e c) Substituir ambas a s seqncias por
pronomes pessoais. Faa as demais alteraes decorrentes das
substituies solicitadas. Percebe-se que elas insistem em alertar os
amigos sobre a opo que convm a eles. 26. O jornal O Dia, em sua
edio de 1/6/97 estampava a seguinte manchete: Tudo que o
trabalhador tem direito. Reescreva-a, corrigindo o erro de regncia
nominal. 27. Ainda nesta edio, o colunista Fred Suter escreveu a
seguinte nota: Linha indiscreta. Como se no bastasse o
funcionamento precrio, os telefones celulares andam infernais em
matria de linha cruzada. Anteontem, uma usuria ouviu com riqueza de
detalhes a discusso de um homem casado com sua amante, grvida de
sete meses. Parecia dilogo de novela mexicana. A leitura apresenta
duplo sentido. Aponte a ambigidade existente no texto. 28. Agora,
em silncio, cantemos o Hino Nacional. Frase proferida por um
diretor de famosa escola do Rio de Janeiro. Reescreva-a, tornando-a
objetiva, eliminando o problema de clareza. 29. Est em O Dia, edio
de 12/7/97, pgina 9, Polcia:
62
(...) Ele, o namorado,1 e Elosa foram ao escritrio s 4h,
encontraram a porta destrancada e o corpo. Chocados, no deporam
ontem na 1, DP ( Praa Mau ) e sero ouvidos na prxima semana. O que
deve ser modificado na mensagem para que ela obedea ao padro culto
do idioma? 30. O Dia, em sua edio de 2/7/97, apresenta uma declarao
atribuda ao nosso Presidente: Ou se faz as reformas ou no se ter
recursos para avanar. Reescreva-a, adaptando-a aos padres cultos de
nossa lngua. 31. A respeito de um atleta que teria participado de
uma partida usando estimulantes, o jornal O Dia, 4/9/97 publicou:
(...) Enquanto isso, os diretores do Corinthians e do banco Excel,
dono do passe do atleta, se reuniram para buscar a melhor soluo
para contornar o caso e orientar o jogador antes dele se pronunciar
publicamente. (...) O que voc tem a dizer a respeito do sujeito do
verbo pronunciar-se? 32. Na edio de O Globo, 27 de julho de 1977,
Fernando Calazans, em sua coluna esportiva, diz: Entre os
personagens do clssico, Jnior Baiano o nico que est com prestgio no
clube e na seleo. Nesta, foi convocado pela primeira vez. Naquele,
virou at capito.Como se v, o autor se valeu de um recurso, evitando
a repetio desnecessria de palavras. Reescreva a parte do texto,
substituindo os termos em destaque. 33. Escreva a 2. forma de cada
item seguinte de acordo com o modelo: Modelo: 1: A companhia faliu.
2: A falncia da companhia. a) Jorge intrometeu-se. b) O ancio
faleceu. c) A conferncia prosseguia. 34. Depois de assistir os
presentes aplaudirem entusiasmada-
63
mente a citao do nome do fiscal da Fazenda responsvel por aquela
rea do comrcio, o secretrio foi objetivo: (...). De novo, h um erro
de regncia na mensagem. Aponte-o. 35. A escola, no Brasil, educa o
pobre, educa o rico. Esta declarao atribuda a importante poltico de
nosso pas. Aponte o vcio de linguagem ( grave ) que ela apresenta.
36. Corrija as frases abaixo: Ns, abaixo-assinados, viemos
solicitar (... ). Se ela no soube a resposta, que dir ns. 37. Estou
querendo beber um refrigerante. Embora com muita sede, bebi apenas
um refrigerante. Explique a diferena existente entre as duas frases
acima, levando em considerao os vocbulos sublinhados. 38. Acabe com
a dupla negao, existente na frase: No h futuro nenhum nisso,
querida. 39. Fomos ao cinema, mas no assistimos ao filme. Qual o
valor da conjuno em destaque? 40. Ele foi a So Paulo. Ele foi para
So Paulo. Estabelea a distino semntica existente nas frases acima.
41. Corrija a frase abaixo: Alvimar, na prxima vez traz consigo os
documentos. 42. Estabelea as diferenas sinttica e semntica,
existentes nas frases abaixo: Ouviram do Ipiranga as margens
plcidas. ( letra correta ) Ouviram do Ipiranga s margens plcidas. (
o que vemos em alguns cadernos e livros )
64
43. A lembrana de meu pai me emocionou. A frase acima apresenta
duplo sentido. Aponte-os. 44. Que me enganei, ora o vejo; Nadam-te
os olhos em pranto, Arfa-te o peito, e no entanto Nem me podes
encarar; Erro foi, mas no foi crime, No te esqueci, eu to juro:
Sacrifiquei meu futuro, Vida e glria por te amar! ( Gonalves Dias )
a) Em dois versos do texto, um pronome substitui toda uma orao.
Aponte os dois versos em que isso ocorre. b) Indique os dois versos
do texto em que um pronome substitui um possessivo. 45. Fazendo as
alteraes necessrias, encaixe a frase II na frase I, usando para
isso um dos seguintes pronomes relativos: que, quem, o qual, cujo,
onde. I. Os candidatos carreira diplomtica apresentaram-se
impecveis no coquetel do embaixador. II. Entre eles estava o seu
noivo. 46. Como na questo anterior: I. As tropas da OTAN estavam
confiantes. II. Suas manobras vinham sendo preparadas por grandes
estrategistas. 47. Aponte a opo em que o termo em itlico, quando
posposto ao substantivo, muda de significado e passa a pertencer a
outra classe de palavras: a) complicada soluo; b) certos lugares;
c) inaprecivel valor; d) engenhosos mtodos; e) extraordinria
capacidade.
65
48. Transforme o texto abaixo em um perodo nico, com auxlio de
conectivos que evidenciem as relaes semnticas entre as sentenas.
Voc poder fazer alteraes que se mostrem necessrias: O pescador
agitava-se em movimentos curtos e potentes. A vela tinha que ser
iada logo. O barco no cederia insistncia das ondas. 49. Transforme
os enunciados abaixo de modo a adequ-los norma culta: a) Cara,
pintou um lance legal. b) T afim de encarar essa parada? c) ruim,
hein! 50. Reescreva a frase abaixo, transformando a ordem atenuada
em ordem explcita. Use a estrutura gramatical adequada, mantendo o
grau de formalidade expresso: Poderia me trazer o casaco?
GABARITOSExerccio 1: 1. A cabra e o porteiro. 2. Em certa
madrugada. 3. Em um hospital, no Rio de janeiro. 4. Uma cabra,
ferida, procurando socorro. 5. Operando-a 6. O porteiro considerou
que. por se tratar de uma cabra, o animal no poderia ser tratado
pelos mdicos. Exerccio 2: 1. Com o surgimento da cabra. 2. Ela no
pode ser atendida, embora o hospital fosse pblico. 3. Quando o
porteiro resolve operar a cabra. 4. O dilogo entre a cabra e
Francisco. O agradecimento da cabra.
66
Exerccio 3: 1. Os da primeira estrofe, por exemplo. 2. A
passagem do carro, a chegada do correio, do beija-flor. 3. Nas duas
ltimas estrofes. 4. Em funo da linguagem potica, de sua construo (
celeste de azul, em vez de azul-celeste, por exemplo; a anteposio
do adjetivo... Exerccio 4: 1. Apresentao: primeiro pargrafo;
Desenvolvimento: segundo, terceiro e quarto pargrafos. Concluso:
quinto pargrafo. 2. No quarto pargrafo. 3. Resposta pessoal. 4.
Resposta pessoal. Sugerimos o penltimo pargrafo. Exerccio 5: 1. O
reprter me perguntou se eu nunca viera So Paulo. 2. Ele me pediu (
aconselhou ) que no ligasse para aquelas notcias. 3. Eu lhe disse
que, se pudesse, iria v-la no dia seguinte. 4. Paulo me disse que
fora ao cinema no dia anterior. 5. A menina me disse que estaria
vindo a meu encontro. 6. O professor ordenou-me que sasse de sala.
7. O menino ameaou que aquilo no ficaria assim. 8. Confessei que
gostava de comidas pesadas. 9. Prometi artista que apreciaria a sua
obra. 10. Ordenei ao menino que no fizesse aquilo. Exerccio 6: D:
1, 2, 3, 9, 10, 11, 12, 15, 16, 21, 22, 23, 25, 26, 30. C: 4, 5, 6,
7, 8, 13, 14, 17, 18, 19, 20, 24, 27, 28, 29, 31, 32. Exerccio 7:
1. Substantivo no grau diminutivo. 2. Substantivo usado em tom
depreciativo. 3. Substantivo usado em tom depreciativo.
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4. Substantivo usado, indicando elogio. 5. Substantivo usado,
indicando carinho. 6. Substantivo usado , indicando intensidade. 7.
Substantivo usado, indicando carinho. 8. Substantivo usado,
indicando depreciao. 9. Substantivo que perdeu seu significado
inicial. 10. Substantivo que perdeu seu significado inicial.
Exerccio 8: 1. Qualquer morro. Um morro especfico. 2. A segunda
frase, diferentemente da primeira; indica grau de amizade,
conhecimento. 3. Na primeira frase, o vocbulo indica posse. Na
segunda, dentre outras, esta a minha. 4. Na primeira frase, h a
idia de posse. Na segunda, o vocbulo indica aproximadamente. 5. Na
primeira, posse; na segunda, aproximadamente. Exerccio 9: 1.
Superlativao, atravs da prefixao. 2. Superlativao, atravs da
repetio de adjetivo. 3. Superlativao, atravs de uma comparao. 4.
Superlativao, atravs de uma expresso idiomtica. 5. Superlativao,
atravs da repetio do artigo e do substantivo. Exerccio 10: 1. ...
pois ele me abraou com tal mpeto. 2. ... portanto, no se preocupe.
3. ... conseqentemente, no posso ajud-lo. 4. ... embora insista em
sair sozinho. 5. ... apesar de ser bem cuidado. 6. ... se fossem
considerados os resultados. 7. ... portanto, no fiquem ansiosos. 8.
... quando ( assim que ) o professor chegou. 9. ... mas contratou
uma empresa. 10. ... apesar de o professor ser experiente.
68
Exerccio 11: Sugesto de resposta: 1. No fui festa, pois chovia.
Irei festa se no chover. Irei festa embora chova. 2. Ele foi
aprovado, j que estudou. Ele ser aprovado caso estude. Ele no foi
aprovado, ainda que estudasse. 3. Ele ganhou o prmio, uma vez que
foi merecedor. Ele ganhar o prmio, desde que seja merecedor. Ele
ganhou o prmio, mesmo no sendo merecedor. 4. Como estivesse falido,
ele precisou de dinheiro. Ele no precisar de dinheiro, a no ser que
venha a falir. Ele no precisou de dinheiro, apesar de falir.
Exerccio 12: Resposta pessoal do aluno. Exerccio 13: 1. modo. 2.
lugar, destino. 3. condio. 4. origem. 5. causa. 6. meio. 7.
finalidade. 8. finalidade. 9. causa. 10. condio. Exerccio 14: 1.
Estas aquele. 2. busc-lo. 3. O time est fraco / Ela est fraca. 4. A
msica que ele cantava era bonita. 5. Aquela a garota de cujos olhos
eu gosto. 6. e seus cmplices. 7. Aquele este. 8. evit-lo. 9. A casa
pode receber / Ela pode receber. 10. Ela. Exerccio 15: 1. metfora.
2. comparao. 3. metonmia. 4. metonmia.
69
5. metonmia. 6. prosopopia. 7. sinestesia. 8. perfrase. 9.
metfora. 10. metonmia. Exerccio 16: 1. onomatopia. 2. repetio. 3.
silepse de gnero. 4. silepse de nmero. 5. silepse de pessoa. 6.
pleonasmo. 7. polissndeto. 8. elipse. 9. inverso. 10. elipse. 11.
pleonasmo. 12. onomatopia. Exerccio 17: 1. anttese. 2. eufemismo.
3. gradao. 4. hiprbole. 5. personificao. Exerccio 18: 1. e; 2. a;
3. onomatopia; 4. a; 5. d; 6. e; 7. d; 8. d; 9. b; 10. d; 11b; 12.
metonmia. / Minha me e eu ficamos cercados de mulheres. Exerccio
19: 1. cacfato. 2. solecismo. 3. eco. 4. ambigidade. 5. coliso. 6.
pleonasmo. 7. estrangeirismo. 8. ambigidade. 9. eco. 10.
ambigidade. Exerccio 20: 1. emotiva. 2. emotiva. 3. ftica. 4.
emotiva. 5. emotiva. 6. ftica. 7. conativa. 8. potica. 9.
referencial. 10. potica. 11. referencial ( conativa ). 12.
conativa. 13. metalingstica. 14. ftica. 15. metalingstica. 16.
referencial. 17. emotiva. 18. referencial. 19. conativa. 20.
emotiva. 21. emotiva. Exerccio 21: Sugestes de respostas: 1. O
normal o comparecimento das pessoas. 2. Meu medo a sua insistncia
no erro. 3. No me causa espanto tua vinda com desculpas. 4. Espero
teu telefonema. 5. Aguardo sua resposta aos apelos. 6. Precisei da
compreenso de todos.
70
7. Ele garantiu solucionar o problema. 8. Considero justo o seu
pedido. 9. Julgo boas as condies do tempo. 10. Acho inteis teus
esforos. 11. Necessitei da ajuda de todos. 12. Comuniquei-lhe
chegar noite. 13. Garanti estar a seu lado. 14. Acreditei precisar
de teus conselhos. 15. Entendo serem inevitveis as mudanas. 16.
Creio serem viveis as solues. 17. Percebo serem excelentes as
oportunidades. 18. Tenho um irmo estudante de engenharia. 19. Ele
tomou uma deciso comovente. 20. Esta uma pausa refrescante.
Exerccios propostos em concursos: 1. a) Pois se trata de uma
redundncia, j que terol uma irritao no bordo das plpebras. b) Ele
achou que pleonasmo fosse um dos nomes, sinnimo de irritao. 2. . O
lixeiro no ia comprar a lanchonete. . ... por ter, em uma
lanchonete, posto a mo em um doce que no ia comprar. 3. 4. 5. . Se
foi feita antes, no pode ser imitao. . Imitao de Darkman esta sim,
feita antes. ... e repuser perdas salariais. e.
6. a) A portaria probe ainda os menores de irem a motis e
rodeios sem a companhia dos pais. b) Menores, indo a motis,
acompanhados ou com autorizao dos pais.
71
c) A portaria probe ainda a menores irem a motis e a comparecer
a rodeios, desacompanhados ou sem a autorizao dos pais. 7. a) O
erro de concordncia na ltima frase. para esses cidados annimos, (
... ) que o novo governo dever estar voltado. b) Dentro de
instantes sero divulgados novos resultados. 8. d.
9. a) O barbeiro no parou de falar, enquanto me cortava os
cabelos. b) Amigo algum me ajudar. 10. c. 11. b. 12. a. 13. b. 14.
a. 15. O que indispensvel o conhecimento do princpio adotado para a
avaliao da experincia, realizado ontem, a fim de se compreender a
atitude tomada pelo grupo encarregado do trabalho. 16. A psicloga
Iracema Leite Ferreira Duarte est fazendo sucesso com sua nova
clnica, localizada na rua Campo Grande, 159. Embarcou para So
Paulo, Maria Helena Arruda. L, ficar hospedada no luxuoso hotel
Maksoud Plaza. A psicloga no est localizada na rua Campo Grande,
159. Maria helena Arruda no d nome a lugar algum. 17. e. 18. Ele
pediu mulher que preparasse a sua sunga esportiva, pois, no dia
seguinte, iria trabalhar de bicicleta.
72
19. a) Uso de expresses vulgares e de estrangeirismos. b) A
princesa Diane j passou por situaes desagradveis, quando, por
exemplo, seu ex-marido Charles rev um caso de amor com a senhora
Camille, fato que foi do conhecimento de todos. 20. O rdio noticiou
que os funcionrios da prefeitura vo trabalhar arduamente para
reparar o que foi feito de errado na obra da Lapa. 21. . Candelria
recebe imagem de Nossa Senhora de Ftima. . Candelria recebe imagem,
doada pela cidade de Ftima. 22. a) O deputado ficou admirado ao ver
o plenrio to tranqilo. b) Fizeram as despedidas emocionados. c) A
atriz vestiu a si mesma em vinte minutos. d) comentado que vivemos
em uma poca de grandes desafios. 23. a) Se no for possvel comear a
reunio s trs horas, comearemos s quatro horas. b) Comearemos s
quatro horas, pois no foi possvel comear s trs horas. 24. Achados
recentes da arqueoastronomia, disciplina da qual vem se falando
muito ultimamente mostra que os homens de pocas remotas conheciam
melhor o cu que a populao urbana de hoje. Fato esse o qual, alis,
no surpreende, j que a poluio das grandes cidades mal permite que
se vislumbre um cu claro. 25. Percebe-se a insistncia delas em
alertar os amigos sobre a opo que lhes convm. 26. Tudo a que o
trabalhador tem direito.
73
27. Anteontem, uma usuria ouviu com riqueza de detalhes a
discusso de um homem, casado, com sua amante, grvida de sete meses.
28. Agora, faamos silncio e cantemos o Hino Nacional. 29. Chocados,
no depuseram ontem ( ... ). 30. Ou se fazem as reformas ou no se
tero recursos para avanar. 31. No h sujeitos preposicionados. O
sujeito no pode ser dele. Em funo disso, afirmamos que no podemos
fazer fuses antes de verbos no infinitivo: Antes de ele se
pronunciar. 32. Na seleo, foi convocado pela primeira vez. No
clube. Virou capito. 33. a) A intromisso de Jorge. b) O falecimento
do ancio. c) O prosseguimento da conferncia. Depois de assistirem
ais presentes. Cacofonia, provocando obscenidade. . Ns,
abaixo-assinados, vimos solicitar ( ... ).
34. 35. 36.
37. Na primeira, o uso do artigo indefinido mostra-nos que a
pessoa quer beber um refrigerante qualquer. Na segunda, o vocbulo
refere-se expresso numrica: Bebi um, no dois nem trs... 38. No h
futuro algum nisso, querida.
39. Adversativo.
74
40. Na primeira, ele foi e dever voltar logo (se j no voltou);
na segunda, ele dever permanecer algum tempo considervel em So
Paulo. 41. . Alvimar, na prxima vez traz contigo os documentos. .
Alvimar, na prxima vez traga com voc os documentos. 42. A colocao
indevida do acento grave, modifica completamente o contedo semntico
( e sinttico ) da letra de nosso hino, pois o sujeito as margens
plcidas ( foram elas que ouviram ) torna-se um adjunto adverbial de
lugar. 43. Entendemos que meu pai lembrou-se de mim ou que meu pai
foi lembrado? 44. a) Que me enganei, ora o vejo. No te esqueci, eu
to juro. b) Nadam-te ( os teus ) OLHOS. Arfa-te ( o teu ) peito.
45. Os candidatos carreira diplomtica, entre os quais estava o seu
noivo, apresentaram-se impecveis no coquetel do embaixador. 46. As
tropas da OTAN, cujas manobras vinham sendo preparadas por grandes
estrategistas, estavam confiantes. 47. Certos lugares = pronome
indefinido. Lugares certos = adjetivo. Quem gosta de lugares certos
no deve freqentar certos lugares. 48. O pescador agitava-se em
movimentos curtos e potentes, pois a vela tinha de ser iada logo,
ou o barco cederia insistncia das ondas. 49. - Amigo, surgiu uma
grande oportunidade. - Est disposto a aproveit-la?
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- No absolutamente. 50. . Traga-me o casaco, por favor. . Por
favor, traga-me o casaco.
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Dvidas: [email protected]
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