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O Bardo Thodol Livro Tibetano dos Mortos
Bardo Thodol e Reflexes sobre a morte
Ser este livro a Arte de Morrer ou a Arte de Viver ? Ser que
este livro responde s eternas perguntas : Quem sou ou o que sou ?
Porque nasci ? Qual o meu destino? Porque existe nascer e morrer? O
Bardo Thodol um processo de iniciao cujo prposito o de restaurar na
alma a divindade que ela perdeu ao nascer. Carl G. Jung Contra a
sua vontade ele morreu, porque no aprendeu a morrer. Aprende a
morrer e aprenders a viver, pois ningum aprender a viver se no
tiver aprendido a morrer. Livro da Arte de Morrer Tudo o que existe
aqui, existe l. Aquele que estranha o aqui, encontra morte aps
morte. Quem compreende o aqui deixa de estranhar e vive. Upanishads
Ensaia a morte se queres ser livre. A pessoa que aprendeu a morrer
desaprendeu de ser escravo. Sneca, Cartas de un Estico
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Quer saber o que morrer ? Pense na coisa que considera mais
valiosa e largue-a! Isso a morte. Krishnamurti A morte est sempre a
observar-te, quando pensas que tudo vai mal, a morte diz-te que
ests errado, que nada interessa fora do seu alcance, que ela ainda
no te tocou. Carlos Castaneda Esta vida de um dia, uma vida para
celebrar. Mesmo que se viva um s dia, se se estiver acordado para a
verdade, esse nico dia muito superior a uma vida eterna ...se este
dia numa vida de cem anos se perde, conseguir-se- alcan-lo de novo?
Dogen Morremos do modo como vivemos. Olhei a morte a direito nos
olhos e os seus olhos eram bondosos. O modo como lidamos com as
nossas mortes dirias associadas s perdas e s mudanas diz-nos muito
da situao que iremos enfrentar na nossa morte fisica. Existe alguma
Revelao escondida que seja espectacular-bombstica na vida ou apenas
pequenos milagres-iluminaes dirias que ocorrem inesperadamente no
escuro das mortes dirias ? A morte no acaba com a Vida, pois esta
mais importante que a morte. Morrer sereno ter confiana e ter-se
abandonado. Na morte h um segredo simples que se revela pelo modo
como se vive a morte. Ditos populares Deviamos estar felizes por
virmos a morrer. O verdadeiro problema era se vivssemos
eternamente. Koan Zen Ests no mundo mas no pertenas a ele, e s como
morto nele. Jesus A boa morte chegar onde comemos e conhecer o
sitio pela primeira vez. T.S. Elliot Um amigo de Plato, quando este
estava perto da morte, pediu-lhe para resumir o livro da sua vida,
os Dilogos. Plato saiu do estado de coma e respondeu : Pratica a
morte. O guru tibetano Milarepa disse : Combina num todo nico a
meta da aspirao, a meditao e a prtica e atinge a Compreenso pela
Experimentao. Considera como nica esta vida, a prxima e a que se
interpe entre elas e acostuma-te a elas como se fossem uma s.
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Morrer com ideias preconcebidas ou no?? Ser que se deve morrer
com ideias preconcebidas e no vividas sobre esse momento, por
exemplo crenas religiosas, que aps a morte fisica se vo ver Anjos,
Deuses, Demnios, Santos, Al,etc...? A pessoa deve saber morrer sem
ideias ou arqutipos preconcebidos, sem nada que a prenda e
interfira com a fora desse momento para o poder viver com toda a
sua humanidade. a sua humanidade que a liga a Deus no as suas
crenas. Quem acredita na morte como uma experincia espiritual e
nela espera ver-alcanar algo distinto do que vivenciou em vida,
consoante suas crenas, ser que morre de modo real ou ilusrio ? As
suas definies (crenas) espirituais no iro impedir que viva esse
momento como uma experincia real ? Esperar algo que pode no se
concretizar no ser esse o 1 passo para tornar esse momento decisivo
sem a paz que merece mas apenas intranquilo e angustiante ? No ser
melhor politica seguir os conselhos de um doente terminal que
dizia: Eu no sei o que me espera, mas vou estar de olhos bem
abertos. Desengane-se quem pensa poder enganar a morte, ela nunca
se deixa enganar. Por isso se aconselha a encarar a morte tal como
entrmos no mundo, de mente pura, vazia, inocente como uma criana
desapegada do mundo, sem expectativas boas ou ms, sem lutar contra
nada, nem criar iluses ou expectativas mas apenas estarmos
sintonizados com as coisas tal como so, como acontecem.
Sintonizados e atentos tal como estivemos em vida. O significado
que damos nossa morte e ao morrer uma indicao da nossa
postura-atitude em vida.
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Quem morre em paz e sereno no luta por significado nenhum nesse
momento, porque simplesmente viveu esse significado em cada dia da
sua vida e agora apenas uma nova fase mas com o mesmo significado
de sempre! No momento da morte no h como recuar, no se pode voltar
para trs, dar o passo em frente, o passo final para atravessar uma
porta que nunca se passou antes, sem garantias, sem certezas, sem
seguranas. Caminhamos passo a passo, no a partir do medo, mas a
partir do nosso corao, porque o grande Mistrio est em abenoar cada
passo. Os coraes abertos compreendem esse Mistrio e sentem alegria.
esse o Mistrio de finalmente, aps uma vida plena de
crescimento-sabedoria espirituais, regressar a si prprio, regressar
a Casa do Pai como Seu filho querido, no para ser igual ao Pai como
quis Lcifer mas para com ele cooperar. Assim a nossa morte ser a
continuao da nossa vida, ser o passo seguinte do nosso crescimento
espiritual, pois se em vida conseguimos abrir os olhos e adquirir
uma nova atitude e um novo significado para a vida, aproveitando o
nosso potencial como ser humano para lidar com os desafios da vida
e para crescermos em espirito, no momento da morte essa
atitude/significado mantida e serve de ponte para entrarmos em paz
e serenidade, sem ideias fixas nem expectativas
arqutipo-filosficas, numa nova fase do nosso crescimento
espiritual.
O Bardo Thodol ensina que aquilo que o homem deseja se torna o
seu destino.
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Quem morre com desejos, agarrado a eles, depois de morto esses
desejos o seguem e o destino do morto ser conduzido por eles em
ciclos de renascimentos sucessivos at deixar de haver desejos
ilusrios. Por isso, d instrues para, em vida, o homem deixar de ter
desejos e no se agarrar a eles pois so meras iluses que o vo seguir
na morte. Na hora da morte, o homem esclarecido deve enfrent-la com
lucidez, calma, e hericamente com uma mente/intelecto correctamente
treinado e dirigido (por mestres, gurus, escolas iniciticas ou
mesmo auto conhecimento) em vida para esse momento. O derradeiro
pensamento que ocorre na hora da morte determina o que se vai
seguir, logo esse pensamento deve ser orientado em vida, de
preferncia pela prpria pessoa. Ou seja, o que se pensou, desejou e
fez em vida, culmina na hora da morte com um agarrar a tudo isso,
contudo possivel (mas no normal) algum nesse momento critico, se
arrepender do que fez e finalmente compreender que o material
apenas iluso e no merece tal agarrar. Alija-te das paixes da vida,
das vaidades, da ignorncia; rompe as amarras, liberta-te do desejo,
nesta vida na terra, e irs em teu caminho calmo e sereno. Ai de
mim! Como me perdi neste mau caminho, curta a vida que me resta, em
breve este corpo perecer, hei-de ser ligeiro pois no tenho tempo a
perder. A morte deixa de ser um momento dramtico (por medo e
incompreenso do que se segue) mas torna-se num momento de alegre
transio ( por conhecimento adquirido em vida), perde o sentido
negativo e ganha o de vitria alcanada.
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A verdadeira Meta no Bardo Thodol est para alm das reencarnaes,
dos infernos, paraisos, mundos e mesmo alm da Natureza, a Meta O
Sem Desejo, a No Dualidade, o Correcto Conhecimento, a Luz da
Verdade, no a nivel pessoal (no budismo no existe alma individual
considerada uma iluso de Maya, a Ignorncia) mas a nivel csmico da
Verdadeira ou ltima Realidade. Quando se morre com as iluses da
vida, comeam para o morto as chamadas iluses karmicas, ou seja, o
morto levou consigo na bagagem aquilo a que se prendeu em vida, e
assim essas iluses o arrastam no ps morte para novos sofrimentos e
possiveis renascimentos para ver se se livra delas, se se purifica
das iluses numa vida futura. Essas iluses variam conforme as
tradies e crenas culturais e religiosas de cada pessoa, um cristo
morrer a pensar em Cristo e nos anjos, um hindu numa corte de
deuses, um muulmano em Al e no paraiso,etc.
Quem em vida aprendeu a controlar essas iluses, mais fcilmente
ps morte o consegue e precisamente essa a funo das instrues do
Bardo Thodol, ensinar ao vivo como ver as iluses do mundo para ele
ir preparado para a morte e a nesse momento as conseguir entender e
actuar de acordo para prosseguir a sua evoluo espiritual e no
queimar esta vida tendo que renascer de novo. O Bardo Thodol ensina
que as coisas no mundo no so propriedade nossa, mas nos so
emprestadas enquanto c estamos para bom uso delas (e no para a elas
nos agarrarmos com sentido de posse) , e isso implica que preciso
uma mudana de atitude perante o mundo, uma inverso de intenes (uma
redeno do pecado cristo) da mente de modo a vermos as coisas como
emprestadas e no como nossas.
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O Bardo Thodol pretende restaurar na pessoa a divindade que ela
perdeu ao nascer e assim tambm conferir morte a dignidade perdida.
O morto bem guiado no cede aos seus desejos de seguir as luzes
opacas das iluses krmicas (geradas pelo ego, pela razo do mundo)
que lhe surgem algum tempo depois de morrer e prossegue seu caminho
pela Luz verdadeira m ter de sefazer reset de novo. Durante a vida
procura-se precisamente esta dolorosa ruptura com este ego (at
agora estvel) que quis ser livre mas acabou prisioneiro das suas
prprias iluses. Quem consegue, aps muito trabalho e esforos, trazer
este ego ao controle, tem assim mais facilidade em lidar com a
morte quando esta chega.
No Bardo Thodol existem as 3 fases seguintes : No momento da
morte existe um Conhecimento da Verdade em todos os casos. Depois o
morto consoante o seu percurso em vida, segue as iluses karmicas ou
as rejeita. Caso as siga, inicia o processo de descida para
estados, Reinos intermdios, ou para uma nova encarnao. Se as
rejeitar, inicia o processo de Unio com a Clara Luz da Verdadeira
Realidade.
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O Bardo nas suas 3 fases demora cerca de 49 dias aps a morte at
a uma eventual encarnao-renascimento. A viso suprema no vem no fim
do Bardo (que trata do renascimento) mas no comeo, no momento da
morte.
Afinal o climax espiritual no momento da morte e se entende
assim que a vida humana o veiculo da maxima perfeio que possivel
alcanar. Pela vida se gera o karma (fruto dos esforos e desejos em
vida), seja de Conhecimento ou de Ignorncia, que leva o morto para
a descida ou para a Luz, pois ela contm tudo. O Bardo Thodol foi
concebido como um guia para os vivos e s tem valor para aqueles que
praticam e compreendem seus ensinamentos em vida. Tem a ver com a
prpria vida e no como missa para o morto. Uma das suas funes
sobretudo ajudar os vivos que assistem ao morto, os que foram
deixados para trs a adoptar uma nova atitude perante a vida para
serem capazes de morrer com dignidade e verticalidade e no para
orientar o morto que segundo a tradio budista j traou o seu caminho
karmico (do qual no se desviar) pela vida que agora terminou.
Nascer como ser humano um Privilgio, pois oferece uma oportunidade
preciosa de libertao atravs do esforo decisivo de cada um, mas
muitos no se do conta disso a tempo. A vida, a encarnao como ser
humano permite multiplas possibilidades de corrigir um mau karma
anterior, de nos elevarmos espiritualmente, que seres no humanos no
dispem.
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No se pense que mesmo para um adepto iniciado em vida este
processo fcil. Como bem diz D.H. Lawrence : duro morrer, dificil
passar a porta, mesmo quando ela se abre. Quem pensa que sabe tudo
sobre este processo e que o controla, desengane-se pois a morte tem
sempre novidades a mostrar, tem o seu prprio processo, haver medo,
desorientao, as nossas capacidades testadas ao limite, zonas
escuras reveladas, pois precisa muita coragem e sobretudo aceitao e
verdadeira humildade. A ideia de morrer muito diferente do facto de
morrer. Dito popular. A morte no se deixa organizar como um evento
mundano, nem a questo saber control-la e manipul-la, a questo em
mergulhar na nossa humanidade e aceitar morrer em quaisquer
circunstncias que surjam, e assim aprender com a morte como
deveriamos aprender em vida com os desgostos, frustaes e perdas, em
suma, com as pequenas mas importantes mortes dirias na nossa vida.
Quem em vida sabe aprender (adquirindo novas
atitudes=transformando-se numa nova pessoa) com estas mortes dirias
melhor saber aprender-enfrentar o processo sempre imprevisto (sem
controle possivel) da morte.
Quem em vida se esfora por evoluir espiritualmente e se esquece
da sua morte, vai pelo caminho errado enganando-se a si mesmo,
segue apenas o orgulho espiritual que a nada conduz.
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As prticas espirituais (via meditaes elaboradas, ordens
religiosas ou iniciticas) se no incluem o tema da sua morte
iminente so meras distraces mundanas e egoistas que s satisfazem o
ego, o orgulho e s desviam do verdadeiro caminho. Os Sbios dizem
ser a morte uma escola de um s golpe. A morte diz : Esfora-te,
aprende e conhece, mas conserva um olho em mim, pois s eu tenho a
palavra final. Crescer espiritualmente travar um relacionamento com
a morte, aceit-la, descobri-la e integr-la na nossa vida, pois
estudando a morte se aprende a viver.
O Yogue Milarepa, foi instruido pelo seu mestre a fazer casas de
pedra num dia e a desfaz-las no dia seguinte. Construir e destruir
so 2 faces da mesma moeda. Neste momento somos outra pessoa daquela
que ramos h 1 segundo atrs. Saibamos aceitar e integrar este facto,
que podermos morrer a qualquer instante. O Bardo Thodol procura
alertar para isso e dar ao homem as ferramentas para o conseguir. O
Bardo da Vida despontou em mim, abandonei a indolncia, no h tempo a
desperdiar com distraces inteis.
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O discipulo iniciado pelo Bardo comea a escutar o seu corao
(nasce a F) , de seguida transforma essa atitude intuitiva em
conhecimento pela razo, e finalmente quer o sentimento intuitivo
quer o entendimento intelectual so transformados em realidade viva
atravs da experincia prtica directa. Ao perceber a natureza ilusria
da morte, deixa de a temer. Ao identificar-se em vida com a Luz
Eterna, ao morrer continua nessa identificao sem sobressaltos e no
segue as luzes ilusrias opacas que o levariam para outros caminhos
mas se une Luz clara e informe da Realidade. O iniciado em vida,
quando morre, no tem a quebra de conscincia normal na pessoa
no-desperta, faz apenas uma transio para outro nivel de conscincia
e no precisa que lhe seja lido o Bardo, j o praticou em vida. Antes
do momento da morte, o moribundo visualiza diante de si, tipo
filme, as imagens, desejos, sentimentos de toda a sua vida, isto
para se recordar do que fez e poder julgar-se a si mesmo mais
frente. No momento da morte para o homem no-desperto a conscincia
empirica a que esteve ligado em vida se perde, ocorre um
desfalecimento(desorientao, o chamado estertor do morto) e surge
uma Luz que representa a Conscincia Pura. Quem j a conheceu em vida
de imediato se liga a ela pois sabe que esse o caminho a seguir.
Esta Luz est sempre pronta a ser descoberta em vida por aqueles que
tm vontade de a procurar e o poder para encontr-la. No est
escondida em lugar secreto.
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S precisa que o buscador remova o vu que a cobre da luz opaca do
mundo. uma questo de mudana de atitude, afinal de ver o que sempre
esteve nossa frente e que s no vemos porque no lhe prestamos ateno.
O homem est, de facto, libertado, s que ele no sabe disso, e no
sabendo no se preocupa a retirar o vu que o impede de ver a
Realidade e continua ligado falsa realidade material dos desejos.
Quem no a conhece (a Luz Pura), estranha, fica surpreso e confuso
(pois a Luz informe e incolor) e o morto no est habituado (no
conhece) a essa Presena, a essa Conscincia Pura e fica espera do
que acontece a seguir. Na 1 fase da morte, tal como na 1 fase da
via, predomina o corao, a pureza de sentimentos da criana (por isso
consegue ver a Luz Pura) e a seguir vem a racionalidade, a
maturidade adulta (para quem no compreendeu ainda essa Luz Pura e
no se une a ela). Na 1 fase mostrada a todos os mortos essa Luz
Pura e os seus atributos (principios divinos), isso um teste ao
morto para, ele prprio, perceber se em vida desenvolveu alguns
desses atributos divinos (humildade, pureza, etc..) ou no, seja na
totalidade (e se unir eternamente Luz Pura) ou apenas parcialmente
(e seguir para os niveis de existncia respectivos para continuar a
sua evoluo). A seguir surgem ao morto, via razo/intelecto, as
inmeras iluses (na forma de luzes opacas), sentimentos a que se
agarrou em vida que o puxam para as seguir e a o morto comea a
sentir o desejo de as viver de novo e como s o pode fazer em vida,
ter tendncia a procurar um novo corpo para renascer de novo na 3 e
ltima fase do Bardo. No entretanto vive como que num sonho real
(assim como em vida os seus sonhos reflectiam os seus desejos e
pensamentos, pois os sonhos so os filhos dos pensamentos do
sonhador) uma existncia tipo prolongamento da sua vida passada (ou
seja, como no se libertou na 1 fase, continua preso aos seus
desejos passados e s anseia novo corpo para os materializar). Em
suas vises ou sonhos aparecem simbolos (Deuses) bons-pacificos ou
maus-agressivos, que apenas refletem de novo os seus prprios
desejos bons (corao) ou maus (razo/mente), tudo o que lhe aparece
em simbolos s e apenas o que ele semeou dentro de si em vida. O
morto ento como uma criana, que olha maravilhada as figuras
simblicas que lhe surgem frente, no ciente da no-realidade disso
tudo, se no for iniciado em vida e se agarra a elas e as quer
viver(em nova encarnao) de novo.
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Existem, pois, dois caminhos : Conhecimento ou Ignorncia. O
Bardo Thodol exorta o morto (e os vivos) a reconhecer nessas
iluses, as criaes da sua prpria mente que lhe tapam a Clara Luz, se
ele o fizer (na 1 fase) , liberta-se dos ciclos de renascimento e
une-se a Ela para sempre. O Bardo Thodol ensina que aquilo tudo que
o sujeito v, devido inteiramente ao seu prprio conteudo mental, no
h vises de infernos, paraisos, ces, deuses ou demnios que no sejam
originrios das suas formas-pensamentos karmicas alucinatrias que
constituem a sua personalidade, produto da sua sede de existncia e
da sua vontade de viver e de crer. Da o seu papel quase que
psicolgico-cientifico. O objectivo do Bardo Thodol fundamentalmente
provocar o despertar do Sonhador para a Realidade (da Clara Luz,
que alguns chamam Deus), livre de iluses karmicas e de presenas
futuras em quaisquer paraisos, infernos, purgatrios ou mundos de
encarnao.
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O Juizo Final Neste acto de julgamento o morto analisa o que fez
enquanto viveu, se viveu praticando o bem e se lembrando da morte
ou pelo contrrio, praticou maus actos e se esqueceu que um dia ia
morrer, e ele mesmo decide (pela sua prpria conscincia) o proximo
passo a seguir, se libertado da cadeia de renascimentos e passa a
ser o Espectador (o Conhecedor) que no encarna nem reencarna (e
veste um novo corpo formado de particulas elementares-etreas puras)
ou se necessita de mais purificaes por meio dessa roda de encarnaes
e de um corpo de novo mais grosseiro e mais sensvel s dores.
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A 1 Fase do Bardo - O Chikhai Bardo 1 parte do Chikhai Bardo Os
sintomas da morte e a Clara Luz primria Os sintomas da morte Os 3
sintomas principais da morte que devem ser vivenciados em vida para
na hora da morte eles serem reconhecidos, enfrentados e aceites so:
1) A terra a desaparecer na gua. Fisicamente uma sensao de presso.
2) A gua a desaparecer no fogo. Sensao fisica de frio hmido como se
estivessemos imersos em gua, que gradualmente entra num calor
fervente. 3) O fogo desaparecendo no ar. Como se o corpo explodisse
em pedaos, em tomos pelo universo. Completa disperso da
individualidade e quebra da unidade corporal. Estes sintomas so
acompanhados por perda de controle no corpo, dos msculos, da audio,
da viso, com a respirao a tornar-se convulsiva momentos antes da
quebra de conscincia. Na morte ocorre uma transferncia de
conscincia assim como no nascimento, de um plano para outro. Assim
como o recm nascido tem de aprender como funciona o mundo onde
acabou de nascer assim o morto tem de se adaptar a esse novo plano
para onde acabou de passar. Se foi em vida um adepto iniciado
nestes mistrios (que de misterioso nada tm para quem os procura e
os acaba por compreender) e os viveu em vida (aquele que em vida
soube morrer), pode nele ocorrer uma transferncia instantnea de
conscincia, ou melhor dito, uma continuidade, por assim dizer, da
conscincia e passar de vivo a morto com
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uma naturalidade e suavidade divinase isto pelo simples
relembrar do que em vida praticou.
Quem assim morre conscientemente, no momento de deixar o corpo
fisico, reconhece a Clara Luz Primria que lhe surge e une-se a ela
de imediato, quebrando quaisquer laos com as iluses da vida, o
Sonhador encontra a Realidade e nela repousa, num estado exttico de
conscincia que no Ocidente esotrico se chama Iluminao ou em forma
de parbola crist, chegou a casa do Pai e prepara-se para trabalhar
com Ele na Sua vinha. Quem no aproveitou a vida para se educar
espiritualmente, chega a este novo plano com espanto, surpresa e
completamente confuso e desorientado e esta quebra de conscincia (a
que o povo chama o desmaio ou estertor do morto) vai influenciar o
seu percurso seguinte. Esta quebra de consciencia pode durar 3-4
dias ou menos (a tradio diz que quem viveu uma vida s de vicios
esse tempo o de um estalar de dedos) consoante a fora vital de cada
pessoa. Nessa fase do 1 Bardo crucial o morto ser confrontado e
aceitar a Clara Luz Primria se no se quiser desviar para outros
caminhos. Aqui o morto deve recordar agora, chegou a altura, de te
conheceres, e permanecer neste estado aceitando a Clara Luz Primria
que te confronta pois assim obters o melhor proveito da situao nica
onde agora te encontras. Assim como esta a nica Realidade, o Vazio
informe, reconhece-o como contendo o teu verdadeiro intelecto, a
mente do Todo Bondoso e a tua verdadeira conscincia que a Clara Luz
imutvel e eterna .
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Nesta fase o morto pode usar as praticas-rituais espirituais que
fez em vida para se manter neste estado de plena aceitao da Clara
Luz Primria.
O que a Clara Luz Primria ? O que em todas as tradies se chama
Deus ou equivalente, surge no momento da morte como um Esplendor
abstracto (informe, sem forma alguma do mundo material) e segundo
essas mesmas tradies pode surgir como uma representao-desenho
geomtrico, um mandala simblico, rodas engrenadas umas nas outras,
tudo sempre no abstracto sem hiptese de racionalizao terica.
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Para quem no vai preparado isto tudo tudo uma confuso a que quer
escapar (pois no a compreende e no se consegue agarrar a nada para
se fixar), deixa fugir a oportunidade de evoluir e segue para
caminhos mais fceis, no percebendo que teve sua frente a galinha
dos ovos de ouro.
Porque to dificil se manter na presena da Clara Luz Primria ?
Existe uma histria que explica isto de uma maneira muito adequada.
dificil colocar uma agulha em equilibrio a girar numa linha mas
quando se consegue ele fica l equilibrada mas no por muito tempo
devido aco da gravidade que a fora a cair ao fim de algum tempo. A
agulha esteve, temporariamente, numa situao anormal para a
normalidade da natureza.
Ao ser confrontado pela presena da Clara Luz Primria, o morto
desfruta inicialmente dessa Estabilidade, desse equilibrio
Perfeito, dessa Unidade, de um estado intenso de lucidez, mas ao
fim de algum tempo, devido a esta situao (estado extatico de
no-ego, de consciencia subliminar) no lhe ser familiar e no lhe
permitir funcionar como est habituado e ele inevitvelmente tem de
comear a funcionar (seja aderindo ou rejeitando a Clara Luz
Primria), surgem-lhe de imediato as suas inclinaes/ncoras karmicas
(pensamentos de ego, de personalidade, de dualismo, de ser
individualizado) que fazem o seu principio de conscincia perder o
equilibrio anterior e abandonar a Clara Luz Primria (obscurecida,
tapada por essas inclinaes).
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a vitria do ego, sobre a realizao da Realidade (que o contrrio,
o apagar dos desejos egoistas) e assim a Roda da vida continua a
girar. A Roda s pra para aqueles que, em vida, pela sua evoluo
espiritual, j viram e sentiram essa Clara Luz Primria, em breves
instantes cada vez mais longos, e a sabem reconhecer e aceitar
plenamente (sabem ser dignos e humildes na Sua presena e nela
aceitam serem integrados, pois sabem pela prtica vivida que nada
perdem mas tudo ganham).
A 2 Parte do Chikhai Bardo A Clara Luz secundria Ao morto que no
se fixou na Clara Luz Primria (e ainda no alcanou a Libertao) surge
a Clara Luz secundria num espao de tempo que um pouco maior que uma
refeio aps ter cessado a expirao mas depende muito da pessoa e
sobretudo se fez ou no prtica-exercicios em vida sobre esta
confrontao. O principio da conscincia agora ter saido do morto (sem
ter havido a tal continuidade para a Libertao) e o morto agora v os
seus familiares volta do seu corpo fisico, ouve seus lamentos mas j
no pode comunicar com eles. Ainda no lhe surgiram as iluses krmicas
nem as horriveis vises dos Senhores da Morte. Tem um corpo de
natureza ilusria brilhante (corpo astral, contraparte terea do
corpo fisico).
http://3.bp.blogspot.com/-aqsvR3Nk5Nw/UQvdDADKsBI/AAAAAAAADtk/kpzMBISeWXM/s1600/Morte45.jpg
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Inicia-se aqui um processo de descida do principio da
conscincia, como uma bola que atinge o mximo de altura de seu
impulso depois de bater pela 1 vez no solo, a cada nova batida no
solo a sua altura menor at se imobilizar, assim para o morto o seu
primeiro pulo espiritual o mais alto imediatamente aps abandonar o
corpo fisico e o prximo ser mais baixo e assim sucessivamente at se
esgotar a fora krmica ps-morte e ocorrer um eventual
renascimento.
Nesta fase crucial para o morto se lembrar do que aprendeu e
exercitou em vida sobre este momento de confrontao e se
concentrar-meditar na sua entidade tutelar (seja Anjo da Guarda,
Buda da Compaixo, etc, etc..). Quem em vida foi ensinado sobre esta
confrontao ( via mestre-guru, escola incitica , escola religiosa)
mas no a praticou, no est familiarizado com ela e no ser capaz de
por si s, reconhecer claramente esta fase do Bardo. como algum que
foi ensinado a nadar mas nunca praticou, quando lanado agua fica
confuso-desorientado e sente-se incapaz de nadar. Assim acontece ao
morto que num meio a que no est habituado perde o controle da
situao e comea a esbracejar, e no consegue evoluir e beneficiar
desta oportunidade oferecida pela morte. Para ajudar o morto a
concentrar-se existiam em algumas civilizaes os auxiliares da
passagem que recitavam ao ouvido do morto as instrues para ele se
orientar neste novo meio e assim conseguir manter a continuidade da
sua conscincia e se fixar Clara Luz secundria , agarrando esta
oportunidade que lhe oferecida.
http://4.bp.blogspot.com/-SOEs4-vZllY/UQvdChe3TOI/AAAAAAAADtc/ceEYmp9L2LA/s1600/Morte29.jpg
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Para quem consegue se fixar nesta fase (ou as instrues forem
aplicadas com xito), o karma deixa de controlar o morto e este une
a Realidade Me com a Realidade filha. Tal como os raios de sol
dissipam a escurido, a Clara Luz, no Caminho, dissipa o poder do
karma. Nota : A Realidade ou Verdade filha alcana-se em vida por
prticas espirituais continuadas (meditao exercicios iniciticos), a
Realidade ou Verdade Me s aps a morte fisica pode ser vivenciada
quando o Conhecedor estiver em controle da situao ao se ter fixado
na Clara Luz secundria (ou antes na Primria). Estas duas Realidades
esto uma para a outra como um objecto fotografado est para a
fotografia.
A 2 Fase do Bardo
O Chonyid Bardo O morto que no se fixou nem na Clara Luz Primria
nem na secundria e no alcanou assim a Libertao, passa agora para
uma nova fase onde surgem as iluses krmicas. Surgem flashes de
imagens, sons, luzes, raios que atemorizam, e causam fadiga e
descontrole ao morto. Nota: A morto vivencia a nova Realidade como
incerta (da a fadiga e descontrole) pois a vislumbra atravs da
contraparte Bardo (que um estado intermdio, incerto) das faculdades
ilusrias-limitadas do corpo terrestre e no da conscincia
suprahumana desobscurecida do estado da Clara Luz).
http://1.bp.blogspot.com/-8JzR7y2Gjts/UQvop4Q-hLI/AAAAAAAADvQ/5voMPVH6sX8/s1600/Morte8.jpg
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Aqui de novo so preciosas as prticas espirituais-religiosas que
tiver feito em vida para se manter em controle da situao assim como
as palavras dos assistentesque lhe dizem: nobre filho, no te
apegues, por gosto ou fraqueza, a esta vida, pois no tens o poder
de aqui permaneceres, nada ganhars com isso a no ser errar neste
labirinto( Samsara), no sejas fraco, lembra-te da Preciosa
Trindade. nobre filho, quando teu corpo e mente estiverem
separados, devers ter vislumbrado a Clara Luz da Verdade Pura,
viva, subtil, intensa, deslumbrante, radiosamente medonha, no te
assustes com ela, nem temas, trata-se do esplendor da tua prpria e
verdadeira natureza. Reconhece-a, aceita-a, no te deixes ofuscar
por ela. Do meio desse esplendor vir o som natural da Realidade,
como milhares de troves, no te assustes, nem temas, trata-se smente
do som natural do teu prprio eu verdadeiro. O corpo que agora tens
chama-se corpo-pensamento de inclinaes, j no tens o corpo de carne
e osso, e tudo o que venha, sons, luzes, raios, no te podem fazer
mal, s incapaz de morrer neste teu novo estado. suficiente para ti
saber que tais aparies so tuas prprias formas-pensamentos.
Reconhece isso como sendo o Bardo e est tranquilo. Se no o fizeres
e por muita prtica que tenhas tido em vida (meditao exercicios
iniciticos), as luzes te assustaro, os sons te aterrorizaro e
errars no labirinto (Samsara).
http://1.bp.blogspot.com/-Wc_wN7Yn2Mo/UQvophCHaKI/AAAAAAAADvM/Y3s73J3D4_c/s1600/Morte38.jpg
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Os 7 dias das Divindades Pacificas O defunto nesta 3 fase ir de
seguida ver surgir durante 7 dias, vrios simbolos, divindades,
formas que tem de enfrentar e reconhecer de modo a se fixar num
Reino intermdio (existem pois 7 destes Reinos) sem necessidade de
renascer. O 1 destes 7 dias comea, a partir do momento, que ele
desperta para o facto de estar morto e no caminho do renascimento
(sem se ter fixado antes nas Claras Luzes), mais ou menos 3 a 4
dias aps a morte. Os assistentes dir-lhe-o que agora tudo est em
revoluo e as aparncias dos fenmenos que vo surgir sero esplendores
e divindades e que necessrio o defunto se acostumar a essa confuso
tal como um beb se acostuma quando nasce ao novo ambiente. Ou seja,
agora vo surgir as formas mentais ilusrias que o morto adquiriu em
vida consoante as suas prticas
(religiosas-misticas-iniciticas-ateias) como simbolos, deuses,
sons, abstraces. Se o morto se conseguir fixar nalgum destes 7 dias
como deve, ento estabiliza o karma e permanece num estado-Reino
intermdio de existncia, cada dia com seu Reino.
No 1 dia o defunto enfrentar dois tipos de Luzes, uma azul
transparente, gloriosa, ofuscante que de to brilhante mal capaz de
olhar e que atemoriza (tal como olhar de frente para o Sol) e outra
branca, mas opaca e mais acolhedora.
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Aqui a mensagem para o morto : No te deixes afeioar pela luz
branca e opaca seno errars perdido mas liga-te luz azul e
transparente com profunda f, se assim procederes acedes ao Reino
dos Budas. Se o defunto no se fixou (porque se deixou dominar pelas
iluses) na luz azul do 1 dia, passa ao 2 dia onde confrontado com
suas ms aces-pecados em vida e de novo com dois tipos de Luz , uma
branca pura e transparente da Sabedoria e outra opaca escura do
inferno. A mensagem neste dia : No te assustes com a luz branca
transparente, no fujas dela, ela Sabedoria, coloca nela a tua
humilde e fervorosa f, refugia-te nela e nela medita. Ela o gancho
a que te podes agarrar para a tua salvao. Se assim procederes
acedes ao Reino da Felicidade Suprema. Se, pelo contrrio, te
afeioas pela luz opaca do inferno vais seguir o caminho do teu mau
karma e da tua clera acumulada e cairs no reino do inferno, por
isso no olhes para ela e evita o rancor. Nota : Comea aqui a
referncia chave ao gancho da salvao da alma que surgir igulamente
nas prximas oportunidades de salvao nos dias que se seguem. Este
gancho o equivalente mo que o Deus egipcio Ra faz descer do Cu em
forma de raio para ajudar o defunto ou aco salvadora da Graa
crist.
Quem no foi agarrado pelo gancho no 2dia devido ao mau karma e
ao orgulho confrontado no 3dia com duas luzes amarelas, uma
transparente ( que amedronta de to intensa) e outra opaca (que
atraie de to suave), aqui de novo se pede ao defunto para se unir
luz transparente e se afastar da opaca.
http://3.bp.blogspot.com/-osLIojn1wMQ/UQvopIzlivI/AAAAAAAADvE/DE_UIFUnWsQ/s1600/Morte33.jpg
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A mensagem neste dia : No te assustes com a luz amarela
transparente, no fujas dela, coloca nela a tua humilde e fervorosa
f, refugia-te nela e nela medita. Ela o gancho a que te podes
agarrar para a tua salvao. Se assim procederes acedes ao Reino da
Glria. Se, pelo contrrio, te afeioas pela luz opaca do mundo humano
vais seguir o caminho do teu egoismo e ms inclinaes e nascers no
mundo humano e no seu lodo e lamaal mundano , por isso no olhes
para ela e evita o egoismo. Quem no foi agarrado pelo gancho no
3dia devido ao mau karma pela cobia e avareza confrontado no 4dia
por duas foras, da Luz e da avareza-cobia-afectividade, duas luzes
vermelhas fogo, uma transparente (que amedronta de to intensa) e
outra opaca (que atraie de to suave), aqui de novo se pede ao
defunto para se unir luz transparente e se afastar da opaca. A
mensagem neste dia : No te assustes devido tua afectividade pela
luz vermelha transparente, no fujas dela, confia na sua
deslumbrante e brilhante luz vermelha limpida, coloca nela a tua
humilde e fervorosa f, refugia-te nela e nela medita. Ela o gancho
a que te podes agarrar para a tua salvao. Se assim procederes
acedes ao Reino Oeste. Se, pelo contrrio, te afeioas devido a tua
afectividade e fraqueza pela luz vermelha opaca cairs no mundo dos
Espiritos infelizes e no conseguirs ganhar a Libertao, por isso no
olhes para ela e evita essa emboscada da afectividade sem
sentido.
Quem no foi agarrado pelo gancho no 4dia (pois devido a uma
longa associao com seus erros so incapazes de os abandonar) e
possuia karma muito negativo e muita inveja confrontado no 5dia por
duas foras, da Luz e paixo da inveja, duas luzes verdes Ar , uma
transparente (que amedronta de to intensa) e outra opaca (que
atraie de to suave), aqui de novo se pede ao defunto para se unir
luz transparente e se afastar da opaca.
http://4.bp.blogspot.com/-dmAD5DGGo1k/UQvp_OVroLI/AAAAAAAADvo/GMDsuYaMy1w/s1600/Morte43.jpg
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A mensagem neste dia : No te assustes pela luz verde
transparente, resigna-te a ela, no fujas dela, refugia-te na sua
imparcialidade e nela medita. Ela o gancho a que te podes agarrar
para a tua salvao. Se assim procederes acedes ao Reino Norte. Se,
pelo contrrio, te afeioas devido a tua fraca capacidade mental e
tua forte inveja pela luz verde opaca cairs no mundo do sofrimento
das guerras interminveis, por isso no olhes para ela e evita essa
tua inclinao invejosa. Quem no foi agarrado pelo gancho no 5dia
devido a fortes ms inclinaes e carente de familiarizao com a
Sabedoria e errou caminho abaixo por ter-se deixado dominar pelo
sentimento de temor e terror das luzes e raios dos ganchos
confrontado no 6dia por duas foras, uma que vai representar as 4
entidades e as 4 cores do arco iris de Luz transparente que o
incentivam a ligar-se a elas, outra que representa as 6 entidades
negativas e as 6 luzes opacas de obstruo. Apenas a luz verde no se
mostra ao defunto neste momento pois a faculdade de Sabedoria do
seu intelecto ainda no est preparadadesenvolvida para apreender
essa cor e esse brilho. A mensagem neste dia : No te assustes pela
luzes opacas que te surgem, liga-te simplesmente ao brilho e
esplendor das luzes do arco iris transparentes, no fujas delas,
fica apenas em estado de no-formao de pensamento, elas so as tuas
divindades tutelares, elas so um reflexo da tua prrpia luz
interior, conhece-as e aceita-as como um filho compreende sua me.
Elas so o gancho a que te podes agarrar para a tua salvao. Se assim
procederes acedes ao Reino sem Retorno e fechas as portas dos 6
reinos negativos. Se, pelo contrrio, te afeioas s 6 luzes ilusrias
e opacas, devido tua prpria impureza cairs nos mundos impuros onde
sers arrastado e de onde jamais te emancipars, por isso no olhes
para elas.
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Quem, por grave mau karma e por desrespeito completo de qualquer
f religiosa no se consegue fixar no 6 dia vai arrastar-se para o 7
dia e vir surgirem divindades (smbolos do caminho) do Conhecimento
vindas do paraiso e entidades que representam a estupidez, o vicio
bruto, a paixo obscura (representam o simbolismo do caminho para o
mundo dos brutos e carniceiros) que o poro em confronto. A mensagem
neste dia : nobre filho, dos coraes das Divindades do Conhecimento
sairo esplendores das 5 cores ( unidade em arco iris do centro,
branco do leste, amarelo do sul, vermelho do oeste e verde do
norte) to brilhantes e puras que teus olhos no suportaro mirar essa
viso esplendorosa. Ao mesmo tempo surgir uma luz azul opaca do
mundo bruto e devido s influncias das tuas ms propenses, sentirs
medo das luzes transparentes e puras e atraco pela luz azul opaca.
No te atemorizes pelo esplendor das 5 luzes, elas so o teu gancho e
a tua prpria Sabedoria e vo conduzir-te ao Reino do Paraiso. No te
deixes atrair pela luz azul seno cairs no mundo da brutalidade, da
escravido e das bestas.
Os 7 dias das Divindades Iradas Muita gente foi libertada nos 7
dias anteriores pela confrontao feita com as luzes transparentes e
opacas das divindades Pacificas oriundas do centro psiquico do
corao. Mas grande ainda o nmero daqueles que no conseguiram a
libertao face ao seu bruto karma e agora segue-se a fase onde
surgem do 8 ao 14 dias as divindades Iradas oriundas do centro
psiquico do cerebro que mais no so que as formas reflexas,
excitadas e iradas das divindades Pacificas, a outra face da
moeda.
http://4.bp.blogspot.com/-rAYOQfK8Pdw/UQvuclpmMnI/AAAAAAAADwY/LAVsQxoXAa8/s1600/Morte4.jpghttp://4.bp.blogspot.com/-rAYOQfK8Pdw/UQvuclpmMnI/AAAAAAAADwY/LAVsQxoXAa8/s1600/Morte4.jpghttp://4.bp.blogspot.com/-rAYOQfK8Pdw/UQvuclpmMnI/AAAAAAAADwY/LAVsQxoXAa8/s1600/Morte4.jpg
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Para o defunto confuso, dominado por temores e medos, torna-se
dificil a tarefa de reconhecimento e confrontao a partir de agora,
mas como ele tambm fica muito concentrado e focado (devido a
mudanas sbitas, tipo flashes, de esplendores de origens diversas),
isso pode ajudar uma eventual libertao. Nesta fase a arte do
defunto reconhecer as divindades iradas como contrafaces das
pacificas, no as temendo, por mais horriveis e sanguinrias que
sejam e as encarando com a naturalidade de um encontro familiar com
formas-pensamento-imagens do seu prprio interior, como suas
divindades tutelares e fazendo assim uma diluio nelas em harmonia
sem se atemorizar. Esta arte equivalente a temer uma pele de leo
quando no se sabe o que uma pele de leo, quando algum nos informa o
que e ficamos esclarecidos, a pele deixa de nos meter medo. S temos
medo do que desconhecemos e nunca enfrentmos. Nestes 7 dias as
divindades iradas que surgem representam igualmente smbolos da
existncia mundana e da sua impermanncia e da necessidade do defunto
a ela renunciar por ilusria e bestial.
Essas divindades emanam apenas do contedo mental que o falecido
experimentou em vida e da poderem ser reconhecidas, enfrentadas e
integradas. Nota : Mais uma vez se reafirma que quem em vida teve
evoluo espiritual prtica (no apenas terica) se pode servir dessas
experincias, visualizaes, mantras, meditaes para reconhecer ps
morte todas as formas pensamento que a possam surgir e as
enfrentando-integrando passar ao nivel correspondente da sua evoluo
espiritual.
http://4.bp.blogspot.com/-YVVCC5Cpvdc/UQvurPbzVSI/AAAAAAAADwo/vvbe8bt0GJE/s1600/Morte2.jpg
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Mais prticas em vida , mais cedo ocorre a Libertao no Bardo e
melhor se controlam as inevitveis iluses e desorientao ps
morte.
Aquilo por que o homem tanto deseja, morrer bem, seguro,
merecidamente, sem perigo, para isso ele deve ter ateno,estudar e
aprender esta Arte e as suas lioes enquanto ainda estiver vivo e
com sade ( sem sade, tambm no aproveitar ) e no esperar que a morte
o possua. A Arte de morrer
A 3 Fase do Bardo
O Sidpa Bardo Esta 3 parte, que dura perto de 22 dias (dos 49
dias no total das 3 partes) dependendo do karma de cada um, a
derradeira oportunidade para o defunto (que aqui chegou devido ao
seu mau karma e vicios em vida e que por isso se atemorizou at
agora e no foi capaz de confrontar as suas prprias iluses) de
evitar novo renascimento em ventre humano e de continuar sua evoluo
noutro plano.
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O defunto neste Bardo possui um corpo etreo-astral, corpo criado
pelo seu prprio desejo em forma-pensamento. Houve como que um
nascimento ( desse corpo de desejo) sobrenatural ( pois defunto
agora). Vai ver surgir sua frente vrias vises que o solicitam e
atraem para a elas aderir e assim seguir vrias opes de
renascimento.
A mensagem aqui : No sigas as vises, no te deixes atrair, no
sejas fraco. Se te deixares atrair vais errar perdido e sofrer dor,
conserva a tua mente em repouso, como aprendeste em vida com teu
mestre (no estado de no pensar , de no-pegar, primordial ) e medita
com amor e confiana humilde em tuas divindades e teu mestre.
Lembra-te dos ensinamentos, lembra-te dos ensinamentos, isto de
grande importncia, no te distraias. Com esse corpo astral o defunto
pode viajar velocidade do seu pensamento, pensa aquilo e est l,
pois sem corpo fisico isso se torna possivel. Como o vento, o karma
est em movimento permanente e o intelecto do morto sem o corpo
fisico que o ancorava desse vento, o brinquedo desse karma. Mas
nova mensagem : No desejes isso, no o faas, mantm-te sereno, calmo,
no te deixes entusiasmar com as magias espectaculares, conserva a
tua ateno no Teu Senhor O defunto v seus parentes e amigos, que o
choram e ele sente grande dor e sabe que estou morto, e agora que
fao?
http://2.bp.blogspot.com/-Z_iV8HkT3TE/UQvyt_Qw-GI/AAAAAAAADxM/p5uwoF7pQiw/s1600/Morte5.jpg
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Aqui a mensagem : No te deixes prender pela dor e aflio por
estares separado dos teus prximos, foca-te no teu Mestre, no teu
Guia, no Teu Anjo da Guarda, no te apegues dor da separao e no ters
pesar, terror ou temor. Ou seja, est morto mas no se deve afligir
por isso. O ambiente envolvente de um tom acinzentado, tipo
crepsculo astral. Consoante o karma de cada um, agora surgiro mais
vises (iluses prprias) que podem ser terriveis com fortes sons e
expresses como : Mata, mata e ameaas semelhantes. O defunto pode
sentir-se perseguido e atormentado por animais sanguinrios, por
sons terriveis e exploses, por fogo turbulento, por mares bravios,
por ventos furiosos. Quer fugir de todos eles e depara-se com 3
precipcios profundos e aterradores e sente que est prestes a
despenhar-se neles. Estes precipcios simbolizam as 3 paixes ms e
cair nelas seria entrar num ventre antes do tempo.
http://2.bp.blogspot.com/-EaY3g87Rrmo/UQvythB_mmI/AAAAAAAADxI/MviOZ_OOErY/s1600/Morte46.jpg
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Aqui a mensagem : No temas essas vises terriveis, nem esses
precipios, eles so a Ira, a Luxria e a Estupidez, e invoca apenas a
Divindade a que estiveste ligado em vida, seja ela qual for, isto
de grande importncia. Quem em vida esteve sinceramente ligado a
alguma religio sentir prazeres e felicidade. Quem em vida foi
neutro espiritualmente no sentir nem prazer nem dor mas apenas uma
incolor, indiferente estupidez. Aqui a mensagem : Abandona as
afeies excessivas e anseios de felicidade e conforto. Mesmo em
estado de indiferena, conserva a tua atitude de no-distraco, de no
apego, sem sequer pensares que ests meditando, isto de grande
importncia. Nesta fase o morto est numa instabilidade permanente, e
como j se disse, seu corpo astral se move como o vento, com um mero
pensamento e isso deixa-o intranquilo, aflito, quer repousar e no
consegue, quer se demorar a ver os seus parentes e no consegue l
ficar muito tempo. V seus prximos e amigos e, consoante seu karma,
deseja ter um corpo de novo para experimentar de novo estar vivo, e
ansiosamente procura por um corpo, por um ventre para renascer.
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Aqui a mensagem : Como no podes permanecer muito tempo em algum
lugar e tens de continuar, no penses em muitas coisas, conserva teu
intelecto em seu prprio estado (no modificado-original), afasta o
desejo de um corpo e mantem tua mente em estado de resignao e age
de modo a permaneceres assim. Quem assim proceder ser liberto e
evitar o renascimento.
O Juizo
Nesta 3 fase do Bardo surge tambm um Juizo, semelhante ao Juizo
final cristo e ao Juizo da balana dos mortos do Egipto.
O Juiz a conscincia imparcial e recta do defunto. Os carrascos
executores da sentena so os Senhores da Morte (as prprias alucinaes
do defunto).
http://3.bp.blogspot.com/-H17Gep77LLM/UQv2GX4gISI/AAAAAAAADyI/t1fxk_-QYqk/s1600/Morte47.jpghttp://1.bp.blogspot.com/-39D5JB1FfJg/UQv2Fs0x15I/AAAAAAAADx8/-P8Xs5Y765Y/s1600/Morte16.jpg
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A mensagem aqui : Ests aqui devido ao teu prprio karma. Caso no
consigas ou no saibas como orar, te concentrar na(s) tua(s)
Divindade(s) tutelares, ento vers surgir diante de ti o Bom Gnio
que contigo habitou em vida e que contar as tuas boas acoes com
seixos brancos e o teu Mau Gnio que tambm contigo sempre habitou em
vida e que contar com seixos pretos as tuas ms aces. De nada serve
mentir ou iludir as questes e a Realidade dos factos. O Senhor da
Morte executar sem piedade a deciso (que a deciso da tua prpria
conscincia) e o castigo pode ser cortar-te a cabea, extrair teu
corao, arrancar teus intestinos, devorar teu crebro, beber teu
sangue, cortar teu corpo em pedaos e ters intensa dor e tortura.
Que isso no te espante ou atemorize, mas no mintas e no temas o
Senhor da Morte, sabe que todas as torturas que ele te fizer no te
podem afectar pois teu corpo actual astral no morre e no sofre
danos mesmo decapitado ou esquartejado. Evita pois o temor e o
medo. Compreende agora, e isto importante, que excepto as tuas
prprias alucinaes, na realidade no existe exteriormente mais nada,
nem Senhores da Morte, nem deuses, nem demnios. Reconhece que ests
no Bardo, tenta meditar numa tua Divindade tutelar que tiveste em
vida, se no a tiveste, ao menos analisa com ateno o que se passa
agora tua volta e que te est espantando, como um observador curioso
mas imparcial e vers que afinal isso nada mais que um vazio sem
consistncia real, vazio esse que a verdadeira natureza da
realidade. Ests agora na linha que separa os Budas dos seres
sensveis, se te distraires agora, no sairs to cedo do Atoleiro do
Sofrimento.
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Aqui o defunto est num momento critico onde num instante uma
grande diferena criada (entre ser Buda iluminado ou ser sensivel
no-iluminado) ou uma Iluminao alcanada. Mesmo a um rude analfabeto
(espiritual) dito para considerar as terriveis torturas como
simbolos divinos (como parte do seu karma e portanto como provas
divinas) e lembrar-se de algum nome sagrado que ouviu em vida a que
se possa agarrar agora. O defunto no se deve apegar nem s alegrias
nem s dores e tristezas, tipo molas para cima e para baixo do
karma, deve considerar tudo isso como algo irreal que ele observa o
mais impvido e sereno possivel sem medo nem temores. Este o
segredo. Como o defunto deve reagir ao que ficou para trs, bens,
amigos, parentes?
http://4.bp.blogspot.com/-xG80_Z4XOng/UQv2woSJOQI/AAAAAAAADyg/IUoZ0c7MJ7Q/s1600/Morte28.jpghttp://1.bp.blogspot.com/-XFeikluHrMk/UQv4MYzdVXI/AAAAAAAADys/AjsEnaSXCXs/s1600/Morte48.jpg
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Com desapego, com confiana e F no seu caminho, sem se prender
seja a bens materiais que deixou ou a familiares ou amigos. Manter
apenas um sentimento sereno e humilde de carinho/amor por eles seja
l o que eles estiverem agora pensando ou fazendo em nome do
defunto. Isto fundamental para se libertar e no entrar pelas portas
erradas do dio, inveja, avareza. Neste momento tudo o que o defunto
pensa, actua com grande poder, seja para o levar para cima ou para
baixo, logo deve ter apenas afeies puras e f humilde, preciso no se
esquecer deste cuidado muito importante pois ainda h esperana.
As luzes dos 6 Lokas Quem ainda no conseguiu se libertar ver
agora mais claro qual o seu futuro destino. Ver surgirem 6 cores
que simbolizam 6 locais de possiveis renascimentos. A luz a que o
defunto se prender ser o seu destino ( seu plano/nvel de proximo
renascimento evolutivo) . Luz branca = Mundo dos Deva ( tipo
Paraiso cristo) . Luz verde = Mundo dos Asura , mundo das guerras e
batalhas. Luz amarela = Mundo humano Luz azul = Mundo dos brutos (
simbolo da humanidade embrutecida) Luz vermelha = Mundo dos preta (
espiritos negativos, falsos) Luz negra fumaa = Mundo infernal
http://1.bp.blogspot.com/-qOdsvExq9Tk/UQv2wXhHI9I/AAAAAAAADyc/sbzda61JWYg/s1600/Morte27.jpg
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Aqui a mensagem : Seja qual for a luz que te surja no te ligues
a nenhuma, conserva-te sereno e medita simplesmente nela como sendo
o Bem, esta a grande arte que tens de usar agora. Se fores capaz
medita alternadamente na tua divindade tutelar e no Bem para
permitir ao teu intelecto se manter vazio e capaz de se manter
despegado das luzes.
http://4.bp.blogspot.com/-ZcPufGmVbpY/UQv8_og21NI/AAAAAAAADzE/FdYtcLASFUo/s1600/Morte42.jpghttp://1.bp.blogspot.com/-lGCAydFtqtA/UQv9BPdCBtI/AAAAAAAADzg/P8yGZMH_DIk/s1600/Morte44.jpg
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O Processo de Renascimento Se a iluso se manteve devido ao mau
karma e falta de compreenso da pessoa, segue-se o caminhar para o
renascimento num ventre. Existem ainda duas possibilidades de isso
no acontecer (o renascimento) : 1) Impedir o defunto de entrar num
ventre. Aqui o defunto tem uma derradeira possibilidade de se
libertar se conseguir manter a serenidade e meditar seja na sua
divindade tutelar seja no Bem e desfazendo essa imagem se
concentrar de seguida na Clara Luz. 2) Fechar as portas de entrada
no ventre existindo 5 mtodos possiveis. Mtodo A Decidir firmemente
ter um nico proposito, pensar apenas o bem, abandonar toda a inveja
e conservar apenas o amor e a f. Mtodo B Perante vises cada vez
mais pressionantes de casais copulando e atraindo-o, o defunto deve
pensar na sua divindade tutelar, mestre, guru e solicitar deles a
graa de o libertar e fechar os ventres que o solicitam. Mtodo C As
vises de actos sexuais aumentam, o defunto deve evitar qualquer
sentimento em relao aos seus hipotticos futuros pais, seja de
dio/repulsa ou atraco. Normalmente quem nasce macho tem dio ao pai
e atraco pela me e vice versa. Deve manter a mente nessa firme
determinao de distanciamento emocional. A mensagem aqui : s livre
agora, no queiras ser enclausurado numa forma oval num ventre e ser
transformado num cachorro, s agora um ser humano, no queiras sofrer
como um cachorro num canil ou um porco numa pocilga. No queiras
provar a estupidez, a brutalidade, e a obscuridade intelectual
miserveis e sofrer inmeros sofrimentos ligados ao nascimento no
mundo.
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Mtodo D Aqui o defunto deve pensar que tudo ilusrio e nada tem
realidade. Tudo so sonhos e fantasias da sua mente. Para qu ento se
prender a algo que no tem realidade ? Para qu ento ter medo de algo
que no tem realidade ? Se o defunto estiver concentrado nisto,
consegue imprimir esta convico na sua consciencia e ver a porta do
ventre fechada. Mtodo E Aqui o defunto deve conservar a mente em
atitude serena, natural (no modificada) meditando na Clara Luz ou
no vazio. Nota : Pode perguntar-se para qu tantas e sucessivas
confrontaes? Porque quando se est morto todas as nossas faculdades
esto amplificadas (ouvimos e de imediato compreendemos e captamos),
a memria nove vezes mais lcida que em vida e por a adiante
relativamente s restantes faculdades . O morto j no tem suporte
fisico que o impea de pensar e estar l, no tem barreiras fisicas e
de compreenso, pode por isso comprender algo de imediato se lhe for
dito. Por isso, h que aproveitar esse estado mais desperto do morto
para lhe incutir as instrues necessrias sua libertao por meio de
sucessivas confrontaes at ele perceber que, se quiser, se tiver
vontade forte, pode ser livre e evitar o renascimento. Da os
inmeros actos funerrios simblicos em todas as tradies e os 49 dias
do Bardo para confrontar o morto sucessivas vezes.
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A Escolha do ventre Para quem no fechou as portas anteriores
agora tem de fazer uma boa escolha do ventre para renascer. O
defunto ver vrias alternativas, seja em continentes, paises ,
cidades, aldeias, e finalmente seus pais. A mensagem aqui : No
entres em lugares escuros, desertos, decrpitos, desolados, lugares
de forte atraco ou repulso, procura locais onde a religio e o
espiritual prevalea. Agora que tens um pequeno poder de prescincia,
podes escolher adequadamente. Se vires ameaas (de entidades, sons,
vises terriveis) no te inquites e mantm a calma sem buscar refgio
(num ventre) por isso. Se buscares um refgio para te
esconderes-protegeres das ameaas, dificil ser de l saires (pois o
ventre acolhedor) e teres errado na escolha do ventre, um
renascimento em local errado e que te trar sofrimentos. Escolhe um
ventre sem estares pressionadoe mantm tua mente serena.
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Nascimento Sobrenatural e no Ventre O defunto tem aqui duas
alternativas: Num derradeiro esforo da sua conscincia pode
transferi-la para outro nvel-plano existencial de Buda puro (cus,
paraisos, edens, purgatrios ,etc ) sem renascer como humano impuro
e escravo do destino. Para isso tem de meditar: Ai de mim, este
nascer em ventre me desgosta, me horroriza, me repugna, quero
nascer na Terra pura de Buda no meio da uma flor de ltus. Esta
firme e sentida resoluo se for mantida pelo defunto ir libert-lo do
renascimento em ventre humano. Caso contrrio, o ventre o espera e s
pode de melhor escolher aquele que for o mais adequado para si,
como se disse acima , sem atraco nem repulso, com a maior
imparcialidade e onde o espirito mais prevalea. O defunto mais
inapto nestas prticas deve pelo menos, antes de entrar num ventre,
de manter a cabea erguida e meditar na Luz e no paraiso. Ao ventre
e pais escolhidos, dirigir sentimentos de amor e confiana, assim
como se abenoa uma catedral-igreja a inaugurar, visualiza como uma
catedral celeste o ventre onde ests entrando para o purificar. O
ventre ideal dar um corpo dotado e livre das 8 servides : Prazeres
excessivos, guerras-conflitos continuos, escravido da brutalidade,
sede e fome, frio e calor, irreligio, defeitos fisicos e cargas
genticas negativas. A entrada num ventre ideal seria : Entrar nele
intencionalmente, estar nele consciente e sair dele sbiamente.
Assim se conclui o Bardo Thodol, livro da Arte de BEM viver para
MELHOR morrer.
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Em concluso, os mais adiantados no momento da morte (Chikhai
Bardo) apreendem de imediato a Clara Luz e tm libertao imediata. Os
menos exercitados passam ao Chonyid Bardo onde podero apreender
ainda a Clara Luz em algumas das suas ramificaes secundrias e
seguir caminho ascendente ou se integrar mais tarde nas Divindades
pacificas e iradas e passar aos planos respectivos. Os mais fracos
de espirito passam ao Sipda Bardo e tero hipteses de renascer seja
em planos espirituais ou em ventres humanos para prosseguir sua
evoluo krmica.
Notas finais : A leitura do Bardo Thodol aconselhada aos vivos
para se prepararem para a morte. aconselhada pessoa (se tiver ainda
faculdades activas) que est a morrer, recitar e reflectir no texto
para se relembrar ou fixar agora nesse momento crucial o que
precisa saber para se orientar ps morte.
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aconselhada que seja lida pelos parentes ou religiosos que
acompanham o morto, pois este est agora a ouvir melhor que em vida
(e a leitura fica melhor impressa na sua mente) e assim pode
despertar para uma mudana de atitude fundamental para na filosofia
budista (que no acredita em alma individual ou Deuses) alcanar o
Nirvana, o estado de Buda e se libertar do ciclo de renascimento
como ser humano.
Para obter esse efeito os parentes/familiares devem se abster de
excessos emocionais (choros incontidos, lamrias e gemidos) que s
destabilizam e intraquilizam o defunto e o podem fazer desviar do
seu caminho.
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