5ª OFICINA DE INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS Francisco Kennedy S. F. de Azevedo Médico Infectologista Esta aula foi apresentada na Oficina de Capacitação para a utilização do Sistema Formsus na notificação dos indicadores de Infecção Hospitalar ocorrida em 25 e 26/11/2010 em Cuiabá-MT e gentilmente cedida pelo autor para disponibilização no site da SES-MT.
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5 OFICINADE INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS - … · São colhidas 3 amostras de hemocultura Iniciado Cefepime e Vancomicina. Resultado: Klebsiella pneumoniae Ampicilina ----- R Amoxa/Clavulanato
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5ª OFICINA DE
INDICADORES
EPIDEMIOLÓGICOS
Francisco Kennedy S. F. de Azevedo
Médico Infectologista
Esta aula foi apresentada na Oficina de Capacitação para a utilização do Sistema Formsus na notificação dos indicadores de Infecção Hospitalar ocorrida em 25 e 26/11/2010 em Cuiabá-MT e gentilmente cedida pelo autor para disponibilização no site da SES-MT.
TEMAS
� Sepse grave e Choque Séptico� Microrganismos produtores de KPC� A problemática da Resistência Microbiana nas UTIs
DEFINIÇÃO DE SEPSE
� Do grego sepsis
� SIRS + foco infeccioso
� O quê é importante na Sepse?
1) Diagnóstico precoce
Tratamento precoce e correto1) Tratamento precoce e correto
� Duration of hypotension before initiation ofeffective antimicrobial therapy is thecritical determinant of survival in humanseptic shock
No Choque Séptico:
“Aumento da mortalidade em 7,6% a cadahora”
Critical Care Medicine; 34(6): 1589-1596, June 2006
IMPORTÂNCIA EM SABER O MANEJO DA SEPSE
� 750.000 novos casos por ano nos EUA� 400.000 novos casos no Brasil� n° óbitos supera neoplasia de mama, intestino,IAM e AIDSPrincipal causa de morte em UTI (exceto� Principal causa de morte em UTI (excetounidades coronarianas)
� Tx de mortalidade de 60% no Brasil� A média mundial não ultrapassa 40%
� Anamnese (identificar a porta de entrada)� Infecção inicial (Comunidade ou Nosocomial)Gram negativo: 25% dos casos� Gram negativo: 25% dos casos
� Gram positivo: 30-50% dos casos
“cultura negativa em 30-50% dos casos”
SÍNDROME DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA SISTÊMICA
Caracteriza- se pela presença de dois itens:1) Temperatura > 38°C ou < 36°C2) FC> 90 bpm3) FR> 20 IRM; PCO2 < 32 mmHg; ou VM
Leucócitos > 12.000 mm³, ou < 4.000 ou ainda 4) Leucócitos > 12.000 mm³, ou < 4.000 ou ainda bastões > 10%
CAUSAS DE SIRS1) Infecção2) Trauma3) Pancreatite4) Stress cirúrgico5) Grandes Queimados5) Grandes Queimados
SEPSE GRAVE
� Sepse com sinais de má perfusão tecidual:1) Alteração do nível de consciência2) Oligúria e/ou creatinina elevada3) Hipotensão arterial4) Lesão pulmonar levando à hipoxemia4) Lesão pulmonar levando à hipoxemia5) Hiperbilirrubinemia direta6) plaquetopenia
CHOQUE SÉPTICO� Sepse Grave com hipotensão� Refratária a reposição volêmica� Necessidade de drogas vasoativas
CASO CLÍNICO 1
� Paciente idosa de 70 anos� Disúria há 4 dias� Febre e lombalgia há 2 dias� No momento, refere cansaço.PA: 100x70mmhg FC: 105 bpm FR: 26 IRM� PA: 100x70mmhg FC: 105 bpm FR: 26 IRM
� EAS: intensa leucocitúra, nitrito + e flora bacteriana aumentada.
CASO CLÍNICO 1
� Paciente idosa de 70 anos� Disúria há 4 dias� Febre e lombalgia há 2 dias� No momento, refere cansaço.PA: 100x70mmhg FC: 105 bpm FR: 26 IRM� PA: 100x70mmhg FC: 105 bpm FR: 26 IRM
� EAS: intensa leucocitúra, nitrito + e flora bacteriana aumentada.
� SEPSE DE FOCO URINÁRIO (PIELONEFRITE)
EM OUTUBRO DE 2002
� No Congresso Europeu de Medicina Intensiva� Deu-se início:
Surviving Sepsis Surviving Sepsis Campaign
� Reduzir a tx de mortalidade em 25% nospróximos cinco anos
PROTOCOLO RIVERS”
� Estudo randomizado, controlado� Hospital terciário de 850 leitos� Durante 3 anos� Pacientes com Sepse Grave e Choque SépticoTerapia convencional x terapia precoce guiada � Terapia convencional x terapia precoce guiada por metas
� “mais fluídos intravenosos”� mais transfusões sanguíneas� mais drogas inotrópicas
� O grupo-controle nas 66 h subsequentes:� mais transfusão sanguínea� mais vasopressores� maior necessidade de VM� mais cateteres de artéria pulmonar“Sub-ressuscitado”“Sub-ressuscitado”
Mortalidade hospitalar maior no grupo-controle – 46,5% x 30,5%; p: 0,03.
�Pacote de Ressuscitação (6 horasiniciais)
�Pacote de Manutenção (24 horas)
�Intervenções Complementares
� PVC <8mmHg cristalóide ou
8 a 12mmHG colóide
� PAMi < 65mmHg < 90mmHg Drogas
>65 e <90mHg Vasoativas
SvcO2 <70% [ ] hemácias
>70%
Débito urinário > 0,5ml/kg/h > 70% < 70%
Metas atingidas Agentes inotrópicos
CULTURAS E ANTIBIOTICOTERAPIA� Colher amostras de sangue e outros materiais para exame microbiológico e culturasrecomendação forte C
� Iniciar a terapia antibiótica endovenosa o quanto antes dentro da primeira hora do diagnóstico de antes dentro da primeira hora do diagnóstico de choque séptico e Sepse grave.recomendação forte B
� Reavaliar o regime de antibiótico diariamenterecomendação forte B
KPC= K. pneumoniae KPC= K. pneumoniae Carbapenemase
COMO ESSAS BACTÉRIAS SURGEM?
�Seleção natural�Uso Indiscriminado de antimicrobianos
COMO ESSAS BACTÉRIAS DISSEMINAM
ENTRE OS PACIENTES?
Transmissão Transmissão horizontal
QUAL É O GRANDE PROBLEMA NA UTI E NOS
HOSPITAIS
� Uso indiscriminado de antimicrobianos� Falta de um Laboratório eficiente e rápido
“NÃO LAVAGEM “NÃO LAVAGEM DAS MÃOS”
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS SALVA VIDAS E PREVINE INFECÇÃO HOSPITALAR
PARA COMBATER E PREVENIR AS
BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES
� Higienização das mãos� Precauções de contato (se necessário)� Uso racional de antimicrobianos� Laboratório eficaz e rápidoEducação Permanente� Educação Permanente
ANTIBIÓTICO NÃO É:
�Ansiolítico para médico�Produto de estéticaAnalgésico�Analgésico
FUTURA CAMPANHA!?
� Ceftriaxona (cefalosporina de 3ª geração)� Induz muita resistência� Restringir o uso:1. Meningite bacteriana