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Tuberculose Pulmonar em Pediatria Mônica de Cássia Firmida TUBERCULOSE PULMONAR EM PEDIATRIA
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4.tuberculose(03 fev2015) SemOsCasos

Jul 23, 2015

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Health & Medicine

Mônica Firmida
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Page 1: 4.tuberculose(03 fev2015) SemOsCasos

Tuberculose Pulmonarem Pediatria

Mônica de Cássia Firmida

TUBERCULOSE PULMONAR

EM PEDIATRIA

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Tuberculose (TB) é a infecção crônica de maior prevalência no mundo.

1/3 da população infectada pelo M. tuberculosis.

9 milhões de casos novo/ano.

2 milhões de óbitos por ano (1 a cada 3 minutos!).

OMS, 1993: TB=Estado de emergência.

2000: Plano Global para o Controle da Tuberculose (STOP TB).

STOP TB: Metas até 2005 – Diagnosticar 70% das pessoas com TB e curar

pelo menos 85% dos diagnosticados.

OMS. Guidance… children, 2006. http://whqlibdoc.who.int/hq/2006/WHO_HTM_TB_2006.371_eng.pdf

OMS. Relatório 2009: http://www.who.int/tb/publications/global_report/2009/en/index.html

RUFFINO-NETO, A. Rev Soc Bras Med Trop, 35(1): 51-58, jan-fev, 2002.

STOP TB PATERNSHIP: www.stoptb.org/about Acesso em 20/nov/2014.

Introdução e epidemiologia

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METAS PARA 2015

• A incidência de tuberculose deve ir caindo até 2015.

• As taxas de prevalência e mortalidade devem cair pela metade em

comparação com 1990.

• Pelo menos 70% dos casos novos, bacilíferos, devem ser detectados e tratados

em programa de tratamento supervisionado (DOTS).

• O sucesso terapêutico deve ser de pelo menos 85% nos bacilíferos incidentes.

http://www.stoptb.org/globalplan/assets/documents/GlobalPlanFinal.pdf

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A tuberculose (TB) continua sendo um dos principais problemas de saúde do

mundo.

Estima-se que em 2013:

9 milhões de pessoas desenvolveram TB; 1, 1 milhoes delas HIV+.

1,5 milhões de pessoas faleceram desta doença; 360.000 HIV+.

60% das mortes foram de homens.

510 mil mulheres morreram de TB; principal causa de morte em mulheres na

idade reprodutiva.

O sucesso terapêutico foi de 86%.

3,5% dos casos novos e 20,5% dos retratamentos foram TB MDR.

Aproximadamente 9% dos TB MDR eram TB XDR.

WHO Global Report 2014 http://www.who.int/tb/publications/global_report/en/

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Global Plan - Quanto as metas do milênio para 2015

A redução da incidência foi atingida nas 6 regiões na maioria dos 22

países de alta prevalência; queda de 1,5% ao ano entre 2000 e 2013;

A prevalência diminuiu 41% no mesmo período.

A mortalidade por TB diminuiu 45% desde 1990.

É preciso acelerar o progresso para atingir as metas (50%) até 2015.

Duas das seis regiões atingiram as metas de redução da incidência,

prevalência e mortalidade: Américas e Região do Pacífico Ocidental.

WHO Global Report 2014

http://www.who.int/tb/publications/global_report/en/

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Países em desenvolvimento

•75% dos infectados

•95% do s casos novos/ano

•Mais de 98% do total de óbitos por TB/ano

•Infectados: 75- 80% têm <50 anos de idade.

•Risco anual de infecção 10 a 50 vezes maior

Países desenvolvidos

•25% dos infectados

•5% dos casos novos

•1,38% dos óbitos por TB

•Infectados: 80% têm >= 50

anos de idade.

•Casos geralmente são

reativação endógena

In: TARANTINO A. B. Doenças Pulmonares, 6a ed, 2008

Cerca de 2 bilhões (1/3 da população) de infectados pelo M. tuberculosis

Panorama Global da Tuberculose

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TB no Brasil 80 a 90 mil casos novos/ano (72 mil notificados em 2009).

Mais 15 mil de retratamento (recidiva ou abandono)

Gênero masculino (2:1)

Grupo etário de 45 a 59 anos

Co-infecção TB-HIV: 6,2% (destaques RS, SC, SP)

Cura (2006): 73% casos novos; 57% HIV

Abandono (2006): 9% casos novos; 14% HIV

O estado de São Paulo tem o maior número de casos absolutos e o do Rio de Janeiro tem o maior coeficiente de incidência (Sinan).

Causa de morte (2008): quarta por doenças infecciosas e primeira napopulação com AIDS

HIJJAR, MA e cols, Pulmão RJ, 2005

DIRETRIZES BRAS. DE TB, 2009

Manual de Controle da TB MS, 2011

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TB no Rio de Janeiro

O RJ é o estado de maior incidência de TB no país.

Incidência (diagnóstico): 14.505 casos novos; 72/100.000 hab.

Mortalidade: 4,6/100.000 hab.

DOTS: 42,6%

Cura: 65,7%%, abandono 12,5% ,

Retratamento (risco para TB MDR): 20%.

Testagem anti HIV: solicitada em 75,3%; realizada em 63,8%.

PCT/SES/RJ. Boletim Tuberculose, 2014

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Distribuicao, por municipio, da incidencia e casos novos TB notificados

no Estado do Rio de Janeiro, no ano 2012.

PCT/SES/RJ. Boletim Tuberculose, 2014

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Cinco municipios tem incidencia muito alta, de 81 ou mais casos /

100 mil habitantes, quatro destes sao da regiao metropolitana I:

Sao Joao de Meriti, Rio de Janeiro, Japeri e Duque de Caxias.

Os 14 municipios de maior carga das regioes metropolitanas,

respondem por cerca de 86 % dos casos do estado.

PCT/SES/RJ. Boletim Tuberculose, 2014

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TBMR e XDR

PCT/SES/RJ. Boletim Tuberculose, 2014

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TB em Pediatria

1 milhão de casos/ano (11% do total) ocorrem em menores de 15 anos.

75% destes casos ocorrem nos 22 países principais.

Acometimento de crianças nos países varia de 3 a 25%.

Só a partir de 2006, a OMS passou a estabelecer normas e condutas

específicas para crianças.

Estudos epidemiológicos são difíceis nesta faixa etária.

Em 2013, 550 mil crianças tiveram tuberculose e 80.000 sem HIV

morreram de TB.

WHO. Guidance… for children, 2006.

http://whqlibdoc.who.int/hq/2006/WHO_HTM_TB_2006.371_eng.pdf

WHO. Guidance… for children, 2014. http://www.who.int/tb/publications/childtb_guidelines/en/

WHO Global Report 2014 http://www.who.int/tb/publications/global_report/en/

Page 14: 4.tuberculose(03 fev2015) SemOsCasos

Como a TB da criança difere do adulto?• Em países com TB endêmica as crianças adoecem predominantemente

entre 1 e 4 anos de idade.

• A doença surge principalmente no primeiro ano após a primoinfecção.

• TB pulmonar é a mais comum.

• Extrapulmonar ocorre em 30-40% dos casos.

• Crianças pequenas, principalmente as menores de 1 ano, têm maior riscode apresentar doença grave, disseminada, com alta morbimortalidade.

• Em lactentes o tempo entre a infecção e a doença pode ser mais curto e a apresentação pode ser mais aguda.

• Adolescentes também têm risco maior de adoecer, apresentandogeralmente o padrão de doença do adulto.

• Crianças, especialmente as mais velhas e adolescentes, podem serinfectantes embora a maioria não seja.

• Tuberculose na criança é um indicador de transmissão do M. tuberculosis na comunidade.

Guidance for national programmes on the management of tuberculosis in children. WHO, 2014

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TB em adolescentes

• Grupo de risco com particularidades

• Geralmente pouco priorizado em guidelines.

• TB e TB/HIV em adolescentes é bem semelhante ao adulto.

• Vulnerabilidade maior por: questões psicossociais, autonomia e aderência, transição nos serviços de saúde de criança para de adultos.

Guidance for national programmes on the management of tuberculosis in children. WHO, 2014

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Mycobacterium tuberculosis (bacilo de Koch, 1882 ), M. bovis, M.

africanum.

Bacilo Gram positivo, obrigatoriamente aeróbio, de crescimento lento.

Resistência à descoloração pelo etanol, associado ao ácido clorídrico

(BAAR), devida à sua parede celular de conteúdo lipídico.

Aparece vermelho na fixação com fucsina (método de Ziehl-Nielsen),

em agrupamentos formando ramos alongados e tortuosos.

Controle da Tuberculose. Uma proposta de integração ensino-serviço,. MIN. SAÚDE, 5a ed, 2002.

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/ensino_servico.pdf

Etiologia

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A tuberculose é transmitida de pessoa a pessoa através do ar.

TB: ETIO

PATOG

ENIA

E CLÍN

ICA

Transmissão e Patogenia

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INFECÇÃO PULMONAR

Bacilífero → gotículas de Flügge / núcleos de Wells→ aspiração →

infecção pulmonar → reação inflamatória inespecífica

Segunda semana: resposta celular (linfócitos)→ cancro de

inoculação tuberculoso ( foco de Ghon ou nódulo de Parrot-Küss-

Ghon)→ tuberculoma ( lesão anátomo - patológica).

Esta lesão se forma no córtex pulmonar, subpleuralmente. Seu tamanho

varia de um foco microscópico até o comprometimento de um lobo

pulmonar, na dependência do número e da virulência dos bacilos e da

resistência natural do indivíduo.

Primoinfecção tuberculosa

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Décima semana: necrose caseosa central.

Aumento da população bacilar → linfáticos → gânglios satélites →

mediastino (complexo primário)

Circulação por via linfática ou por capilares.

As lesões primárias, em geral (95%), regridem e curam SEM DOENÇA

e com PPD REATOR (sensibilidade tardia).

Regressão dos processos inflamatórios: reabsorção completa (sem

necrose) ou calcificação (necrose).

Sugestão de Vídeo (em inglês): https://www.youtube.com/watch?v=kHDS42fr17A

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The natural history and spectrum of tuberculosis. (Adapted from a sketch provided by Professor R.K. IN:

Kumar: Robbins and Cotran Pathologic Basis of Disease, Professional Edition , 8th ed, 2009)

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Ocorre em 5% dos casos, seguindo a primo-infecção.

Até 5 anos após a primo-infecção.

Grupos de Risco

Característica da tuberculose da criança.

Formas: pulmonar (90%) e extra-pulmonar.

Tuberculose primária

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Tuberculose na CriançaManifestações clínicas

SINTOMAS TÍPICOS

Tosse, especialmente se persistente, sem melhora.

Perda de peso ou ganho ponderal inadequado.

Febre e/ou sudorese noturna

Fadiga, menor atividade, menos interesse por brincar

Especialmente se os sintomas persistem (>2-3semanas) apesar de

tratamentos específicos

A doença pode ser mais grave e apresentar início agudo em lactentes e

crianças pequenas.

Desk Guide Tb In Children, 2010

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Tuberculose na CriançaManifestações clínicas

HISTÓRIA DE CONTATO

Contato íntimo: como os que vivem na mesma casa ou tem contato

frequente.

Se não houver caso de TB relatado, perguntar sobre tossidores.

Em adolescentes é comum o contato ser extra-domiciliar, mais

difícil de ser detectado.

Tempo de contato: crianças usualmente desevolvem tuberculose no

período de 1 (90%) a 2 anos após a exposição.

Desk Guide Tb In Children, 2010

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Tuberculose na CriançaManifestações clínicas

EXAME FÍSICO

Pesar e medir a criança, registrar no gráfico

e comparar com pesos prévios é bastante

importante, sempre que possível.

Sinais vitais: febre? Aumento da FR?

Sistema respiratório: buscar sinais de

desconforto, auscultar e percutir o tórax.

Outros sítios (caso a caso): palpar gânglios,

avaliar sinais de meningite, etc.

Desk Guide Tb In Children, 2010

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Tuberculose na CriançaApresentações atípicas

PNEUMONIA AGUDA E GRAVE

Taquipneia e sinais de esforço respiratório

Ocorre especialmente em lactentes e crianças infectadas pelo HIV

Suspeite sempre que houver pouca resposta ao tratamento; em

HIV + lembrar também dos diagnósticos diferenciais (ex. Pneumonia

por Pneumocystis jiroveci – PcP)

Desk Guide Tb In Children, 2010

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Tuberculose na CriançaApresentações atípicas

SIBILÂNCIA

Sibilância assimétrica e persistente pode ser causada por

compressão extrínseca brônquica por adenomegalias hilares.

Suspeite quando a sibilância for assimétrica, persistente não

responsiva ao broncodilatador e asociada com outros achados

clínicos sugestivos de tuberculose.

Desk Guide Tb In Children, 2010

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Tuberculose Pulmonar na CriançaSíndromes clínico-radiológicas

Assintomática (achado radiológico).

Pneumonia de repetição ou persistente.

Alargamento de linfonodos peribrônquicos.

Tuberculose miliar.

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Imagens mais encontradas na TB pulmonar pediátrica

FONTE: Sant’Anna CC. Tuberculose. In: Lima, A. Pediatria Essencial. 4a ed., Atheneu, 2003.

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Reativação

Reinfecção

Tuberculose pós primária

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Eritema nodoso,

Conjuntivite flictenular,

Artralgia/artrite

Apresentações extra-pulmonares:

adenomegalias, meningite tuberculosa,

deformidade torácica (giba), etc.

Tuberculose extra-pulmonar e outras manifestações

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Epidemiologia

Clínica

Estado nutricional/curva ponderal

Radiologia

PPD; IGRA

Identificação do agente (M. tuberculosis ): bacterioscopia, cultura e

Xpert MTB/RIF.

Testagem anti HIV (teste rápido/sorologia)

Outros exames: broncoscopia, TC de tórax, ADA, PCR, etc.

Teste terapêutico NÃO é recomendado como método diagnóstico.

Sorologia anti HIV deve ser oferecida a TODOS os pacientes,

incluindo os pediátricos.

Diretrizes TB SBPT, 2009; Manual de Controle de TB, MS, 2011

Diagnóstico

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Injeção intradérmica da tuberculina. Formação de pápula de inoculação.

Mensuração Correta

PPD

Diretrizes, 2009; Manual de Controle de TB, MS, 2011

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Sistema de Pontuação (Escore)

Diretrizes, 2009; Manual de Controle de TB, MS, 2011

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Sítios Abordagem prática para o diagnóstico

Linfonodo periférico (principalmente cervical) Biópsia do linfonodo ou aspiração por agulhafina

Tuberculose miliar (ex. disseminada) Radiografia de tórax e punção lombar (parainvestigar para meningite)

Meningite tuberculosa Punção lombar (e imagem, quando disponível)

Derrame pleural (crianças mais velhas e adolescentes)

Radiografia de tórax, punção pleural paraanálise bioquímica (proteína e glicose), contagem celular e cultura

Tuberculose abdominal (ex. peritoneal) USG abdominal e paracentese

Osteoarticular Radiografia da articulação/osso, punçãoarticular e biópsia sinovial

Tuberculose pericárdica ECO e punção pericárdica

OBS. Todos os fluidos devem ser submetidos a análise bioquímica (glicose e proteína), contagem celular, BAAR e

cultura, sempre que possível.

Guidance for national programmes on the management of tuberculosis in children. WHO, 2014

Diagnóstico de formas extra-pulmonares

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Métodos moleculares (AAN) - PCR Amplificação e detecção de sequências específicas de ácidos nucleicos do

Mtb (PCR). Resultados em 24-48h.

Mais sensível em amostras BAAR + (96%) do que BAAR – (60%).

Baixo valor preditivo negativo; elevada especificidade e valor preditivo

positivo.

Aprovados pela FDA apenas para uso em amostras respiratórias.

Não deve ser utilizado para o monitoramento do tratamento e não substitui

a cultura.

III Diretrizes para Tuberculose da SBPT. J Bras Pneumol. 2009;35(10):1018-1048Manual de Controle para Tuberculose. Ministério da Saúde, 2011.

Alguns outros métodos diagnósticos

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Xpert MTB/RIF

• Teste com base em DNA, real-time, totalmente automatizado.

• Detecta o MTB e resistência a rifampicina.

• Resultado em 2 horas.

• Sucesso com adultos; recentemente recomendado também para crianças (WHO, out/2013).

• Usado para escarro, lavado gástrico, aspirado de nasofaringe a também para TB extrapulmonar.

• Sensibilidade MENOR do que a da cultura.

WHO Policy Update. Xpert MTB/RIF assay.2013Manual de Controle para Tuberculose. Ministério da Saúde, 2011

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Xpert MTB/RIFRecomendações da OMS

• Deve ser o teste inicial para crianças com suspeita de TB MDR e TB associada ao HIV.

• Deve ser usado preferencialmente também para crianças com suspeita de TB.

• Pode ser usado em substituição a exames habituais(microscopia, cultura e histopatologia) na testagem de amostras não respiratórias (linfonodos e outros tecidos) paracrianças com suspeita de TB extrapulmonar.

• O mesmo em LCR de crianças com suspeita de meningite TB.

WHO Policy Update. Xpert MTB/RIF assay.2013

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IGRAsDiagnóstico baseado na imunidade celular (céls T)

IGRAs (interferon-gamma release assays)

Baseado na resposta celular a peptídeos ausentes no BCG e em MNTB.

Detecta a produção de interferon gama em sangue periférico

Alternativa para o diagnóstico da infecção tuberculosa.

Não distingue TBL de TB!

Há dois testes disponíveis comercialmente: QUanti-FERON-TB Gold e T-SPOT.TB.

Alternativa para o diagnóstico da tuberculose latente, atualmente baseado no

PPD.

O contexto epidemiológico influencia seu desempenho.

Ainda não está validado para uso de rotina no Brasil.

III Diretrizes para Tuberculose da SBPT. J Bras Pneumol. 2009;35(10):1018-1048

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Tratamento da TBL

III Diretrizes para Tuberculose da SBPT. J Bras Pneumol. 2009;35(10):1018-1048

Abordagem de crianças contactantes de TB

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III Diretrizes para Tuberculose da SBPT. J Bras Pneumol. 2009;35(10):1018-1048

Tratamento da TBL

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Esquema de tratamento da TBL

H: 5 a 10 mg/Kg de peso até 300mg, por 6 meses

A possibilidade de TB doença deve ser sempre afastada

antes de ser iniciado o tratamento para TBL

III Diretrizes para Tuberculose da SBPT. J Bras Pneumol. 2009;35(10):1018-1048

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RN coabitante de foco tuberculoso ativo

1 - Não vacinar

2 - Iniciar H (isoniazida) 10 mg/Kg/dia

3 - Fazer PPD com 3 meses de vida:

Reator ( 05 mm) = completar QP por 6 meses

Não reator (< 05 mm) = parar QP e vacinar BCG

FUNASA, 2002

III Diretrizes Brasileiras para Tuberculose, 2009

Quimioprofilaxia primária

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III Diretrizes para Tuberculose da SBPT. J Bras Pneumol. 2009;35(10):1018-1048

Esquema básico de tratamento

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Associar corticóidena fase inicial

III Diretrizes para Tuberculose da SBPT. J Bras Pneumol. 2009;35(10):1018-1048

Esquema de ratamento para meningite tuberculosa

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Formas graves de TB pulmonar ou extrapulmonar, para investigação e abordagem inicial

Desnutrição grave, para recuperação

Sinais de pneumonia grave

Comorbidades (ex. anemia grave)

Condições sócio-econômicas/ falta de adesão

Reações adversas ao tratamento, como hepatotoxicidade.

Desk Guide TB in Children. 2010

Indicações de internação

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Diminui a incidência de formas graves da

tuberculose (meningoencefálica e miliar),

mas não evita a infecção tuberculosa.

É prioritariamente indicada em crianças

de até 4 anos de idade, sendo obrigatória

para menores de 1 ano.

III Diretrizes para Tuberculose da SBPT. J Bras Pneumol. 2009;35(10):1018-1048

Vacinação BCG

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Recomenda-se vacinar com BCG

RN com peso >=2 Kg

RN de mãe com AIDS

Crianças HIV+ ou filhos de mães com AIDS, desde que tenham

PPD não reator e sejam assintomáticas para esta síndrome.

Contatos de doentes com hanseníase

III Diretrizes para Tuberculose da SBPT. J Bras Pneumol. 2009;35(10):1018-1048

Page 48: 4.tuberculose(03 fev2015) SemOsCasos

Recomenda-se Revacinar com BCG

Contactantes de hanseníase

Crianças que não apresentem

cicatriz vacinal 6 meses após a

primovacinação, sendo prioritária

em menores de 5 anosCicatriz da vacina BCG

III Diretrizes para Tuberculose da SBPT. J Bras Pneumol. 2009;35(10):1018-1048

Page 49: 4.tuberculose(03 fev2015) SemOsCasos

2a semana – zona endurecida 3 a 9 mm.

5a a 8a semana – centro amolece, forma crosta.

8a a 13a semana – crosta cai; úlcera de 2 a 6 mm

de diâmetro; cura ( 8ª - 10ª sem.); cicatriz de 3 a

7mm.

BCG: Evolução da Cicatriz Vacinal

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Contra indicações RELATIVAS da vacinação BCG

RN com peso < 2 Kg.

Afecções dermatológicas no local da vacina ou generalizadas.

Uso de imunossupressores.

Contra indicações ABSOLUTAS da vacinação BCG

Imunodeficiências primárias, com comprometimento de células T

HIV positivos adultos (independentemente dos sintomas) e

crianças sintomáticas.

III Diretrizes para Tuberculose da SBPT. J Bras Pneumol. 2009;35(10):1018-1048

Contra-indicações da vacinação BCG

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Pouco freqüentes; geralmente decorrem de técnica imperfeita.

Abscessos locais (*)

Úlcera de tamanho exagerado (*)

Gânglios flutuantes e fistulizados (*)

Cicatriz quelóide

Doença disseminada por BCG (imunodeficiência)

(*)Tratamento com INH 10mg/Kg (até 300 mg),

até a regressão da lesão, em geral em torno de 45 dias.

Todas as complicações devem ser notificadas.

BCG: Complicações

III Diretrizes para Tuberculose da SBPT. J Bras Pneumol. 2009;35(10):1018-1048

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