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ratamento da Informaçã RESUMO SÍNTESE TEXTO CONTRAÍDO COMENTÁRIO TEXTO ARGUMENTATIVO RECENSÃO CRÍTICA ENSAIO REFLEXÃO DISSERTAÇÃO
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4. tratamento da informaçao

Dec 18, 2014

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Ms Hudson

 
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Page 1: 4. tratamento da informaçao

Tratamento da Informação

R E S U M OS Í N T E S E

T E X T O C O N T R A Í D OC O M E N TÁ R I O

T E X T O A R G U M E N TAT I V OR E C E N S Ã O C R Í T I C A

E N S A I OR E F L E X Ã O

D I S S E R TA Ç Ã O

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O resumo é uma actividade de reformulação que se exerce sobre qualquer tipo de texto, com o objectivo de o escrever de novo sob forma mais reduzida, preservando com o máximo rigor o essencial da informação que ele veicula.

Na prática, qualquer tipo de texto pode prestar-se a um bom número de exercícios destinados a abreviá-lo e a extrair dele o conteúdo informativo mais importante.

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Os novos textos assim produzidos, envolvendo todos a ideia comum de redução, não são sinónimos nem apontam para os mesmos objectivos finais. Salienta-se, desde logo, a grande variedade de terminologia utilizada para os designar:

REDUÇÃO DE TEXTO

ContracçãoCondensado

Sumário

Síntese

SúmulaSinopse

Resumo

Esquema

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No que importa à matéria do resumo de texto, será importante distinguir o que caracteriza cada um dos tipos de texto.De comum, todos eles têm uma característica: resultam de procedimentos que conduzem a textos necessariamente mais curtos, partindo de um texto-fonte inicialmente mais extenso.

O resumo de texto deve apresentar três características fundamentais, relativamente ao texto-fonte: ser menos extenso; manter o máximo de fidelidade ao seu conteúdo informativo; e apresentar-se formalmente original (ou seja, com variantes lexicais e morfossintácticas face ao texto-fonte) e linguística e gramaticalmente correcto.

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Texto Contraído

A contracção de um texto-fonte é uma operação de condensação da informação que consiste em produzir um texto novo em que as ideias ou unidades significativas e fundamentais do primeiro aparecem praticamente transcritas no segundo.

Para além da aplicação das regras de supressão e de selecção, transformam-se construções frásicas complexas em estruturas mais simples; mantém-se a sequencialização e a ordenação das ideias do texto-fonte.

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Texto Contraído

Esta é uma das técnicas familiares a quem tem de fazer um resumo, embora a contracção não possa ser entendida como sinónimo de resumo, pois este requer uma capacidade e um domínio de língua que ultrapassam a simples eliminação de informação e a obediência estrita a segmentos e sequências do texto-fonte.

Assim, muitos dos procedimentos enunciados para o resumo também são válidos para a contracção, com excepção da preocupação em diversificar o vocabulário e diferenciar o texto de chegada face ao do autor original.

Uma das virtudes a obter com o processo de contracção de texto é a concisão do discurso.

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A contracção é o novo texto obtido, após terem-se suprimido segmentos textuais cuja informação é acessória para a compreensão do conteúdo mais importante do texto-fonte. Resulta da aplicação de técnicas ou regras específicas (a selecção e a supressão). Este texto, que não altera a ordem das ideias, formas vocabulares, pessoas gramaticais, tempos e modos verbais, é formalmente semelhante ao texto inicial. É designado por texto intermédio.

Texto Contraído

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Texto Condensado

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Texto Condensado

O texto condensado é a versão saída da contracção (texto intermédio),

anteriormente obtida e sobre a qual vai exercer-se, agora, um exercício de

generalização e construção, duas das técnicas ou regras específicas que

serão igualmente objecto de estudo mais pormenorizado. Este novo texto

precede a redacção final do resumo. O que caracteriza já este novo texto, e o

distingue claramente da contracção, é a originalidade formal, a fidelidade às

ideias do autor, ao seu encadeamento e ao tipo de relações estabelecidas

entre as diversas partes da estrutura do texto a resumir.

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Resumo

O resumo melhora o conteúdo e a forma do texto condensado, retendo-lhe a originalidade, a estrutura, o encadeamento lógico até aí conseguidos através da aplicação das técnicas específicas, mas reorganizando-o e integrando-o de modo a obter um texto final mais coerente, coeso, claro e, sobretudo, formalmente mais aperfeiçoado.Nisto se distingue, portanto, do texto condensado.

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Resumo

Para elaborar um resumo, é útil dividir o trabalho em duas fases:

1ª - Compreensão do texto original Leitura global; Leitura para descoberta da organização do texto

- levantamento das ideias ou factos essenciais do texto- detecção do seu encadeamento

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2ª- Construção do novo texto (resumo): Selecção das ideias ou factos essenciais do texto original que constarão do resumo; Supressão das palavras ou frases referentes a ideias ou factos secundários; Substituição de palavras ou frases do texto original, por outras que tornem mais

económica a expressão, devendo excluir-se as transcrições; Redacção em linguagem clara e precisa do resumo, atendendo a:

- ordem pela qual as ideias ou factos são apresentados no texto original;- transformação do discurso directo em indirecto;- articulação de parágrafos e frases, recorrendo a palavras ou expressões queIndiquem o tempo, o espaço, o modo, a causa, a consequência (advérbios, conjunções, locuções adverbiais ou conjuncionais);- número de palavras ou de linhas proposto, ou o limite de metade ou um terço dotexto original, caso não haja imposição prévia.

Resumo

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Síntese

A síntese é uma forma de contracção textual e pressupõe a compreensão global de um texto e a redacção de um outro a partir do texto-fonte.

Na síntese devem constar apenas as ideias nucleares do texto-fonte, aquelas que são absolutamente essenciais para que se mantenha o sentido fundamental do mesmo.

Os fragmentos textuais que constituem a síntese devem apresentar uma perfeita coesão entre si e traduzir apenas a ideia global do texto-fonte.

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Na síntese, salientam-se as ideias essenciais de um texto, sem preocupação de as estruturar de acordo com a ordem pela qual o autor as apresenta, mas segundo a importância que lhes atribui quem executa esta tarefa.

Na prática, é como que uma interpretação, um comentário do conteúdo mais importante de um texto-fonte, na perspectiva do leitor, mas sem o rigor exigido a um texto de resumo.

Aplicada sobre um pequeno texto traduz-se, quase sempre, por uma frase complexa, mais ou menos extensa. A síntese é utilizada sobretudo quando é necessário reunir o essencial de vários textos longos e heterogéneos, para deles se reter uma visão de conjunto. Em ambos os casos, será sempre um articulado final mais subjectivo que o resumo, eventualmente ainda mais curto, de função tendencialmente opinativa e metalinguística.

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SíntesePara elaborar uma síntese devemos estruturar o trabalho em duas fases:

Primeira - Compreensão do texto original- leitura global do texto- detecção das ideias e factos fundamentais

- sublinhado das articulações lógicas e dos exemplos.

Segunda - Redacção da síntese- o texto da síntese é apresentado na terceira pessoa- o autor da síntese detém a liberdade no que diz respeito à ordem e organização das ideias- no caso de existirem vários textos, devemos sintetizá-los a partir da sua confrontação- as posições dos autores dos textos a sintetizar são indicadas no discurso indirecto- deve privilegiar-se um discurso conciso e claro- não se deve ultrapassar o número de palavras proposto.

(A síntese de um texto deverá ser mais curta do que o resumo desse mesmo texto.)

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O Resumo e a Síntese

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O Resumo e a Síntese

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A TA B E L A A S E G U I R A P R E S E N TA D A P E R M I T I R Á AVA L I A R A L G U N S D O S C R I T É R I O S

D I S T I N T I V O S D O S T R Ê S T I P O S D E P R O D U Ç Ã O E S C R I TA AT É A Q U I C O N S I D E R A D O S , A S S E N T E S E M

C O M P E T Ê N C I A S L I N G U Í S T I C A S Q U E I N T E R E S S A R Á T R E I N A R E R E C O N H E C E R C O M O D I S T I N TA S .

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CONTRACÇÃO RESUMO SÍNTESE

Redução do textooriginal

1/4 (aproximadamente)

1/3 (aproximadamente),se não houver indicações precisas

1/3 (aproximadamente)

Relação com otexto-fonte (TF)

Texto de chegada muito próximo do TF, assumindo a supressão e a selecção da informação.

Texto de chegada próximo do TF, assumindo a supressão, selecção, generalização e integração da informação.

Texto de chegada próximo do TF, assumindo a supressão, selecção, generalização e integração da informação.

Ordenação dasideias face ao TF

Mantém-se inalterável.

Mantém-se inalterável. Liberdade na ordem e na organização das ideias.

Tipo de discursoface ao TF

Mantém-se o do texto-fonte.

Mantém-se o do texto-fonte conservando as pessoas e tempos verbais.

Alterável (tende para a avaliação e apreciação, pelo que deve destacar a ideia nuclear e a intencionalidade do autor).

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Comentário

O que é um comentário de texto?

Poderíamos começar por dizer que comentar um texto é ir reflectindo, pouco a pouco, no porquê do que está escrito, e fazê-lo com maior ou menor profundidade, de acordo com os conhecimentos que possuímos e também com a nossa própria experiência que, embora limitada, em alguns casos, deve vir sempre em primeiro lugar. Quem escreve, não o faz com a intenção de produzir material para análise; fá-lo para dar prazer ou para comunicar os seus pontos de vista.

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Comentário

O que se pretende com o comentário de textos?Quando se comenta um texto, deve ter-se sempre presente que os dois objectivos fundamentais são:

1. Precisar o que diz o texto.2. Mostrar como o diz.

Objectivos que podem ser conseguidos a qualquer nível, elementar ou avançado, conforme a cultura, literária em que se apoie e a amplitude crítica que pretenda atingir quem utilizar o método proposto.

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Comentário

Como fazer um comentário de textoUm comentário de texto não é um comentário sobre o autor, nem deve ser um pretexto para divagações à volta do texto.

É um trabalho que parte do texto como unidade significativa, constituída por significante e significado, e conduz a uma interpretação de cada leitor.

Não há um método único de comentário. Há, sim, várias abordagens possíveis de um texto literário.

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Etapas

ExplicarIncluiu dois momentos:

• compreensão do texto• análise do seu conteúdo

ComentarProdução do texto:

• ordenação dos elementos de interesse descobertos na etapa anterior

Esta etapa contempla três fases:• a descritiva – apresenta as ideias principais e secundárias do texto,

estabelecendo relações entre elas• a interpretativa – contém a busca das várias significações do texto• a apreciativa – apresenta o juízo crítico pessoal sobre o conteúdo.

Comentário

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Texto Argumentativo

Argumentar é expressar uma convicção, um ponto de

vista, que é desenvolvido e explicado de forma a persuadir

o ouvinte/leitor.

Para isso é necessário que apresentemos um raciocínio

coerente e convincente, baseado na verdade, e que

influencie o outro, levando-o a agir/pensar em

conformidade com os nossos objectivos.

Deve ser claro e ter riqueza lexical, podendo tratar

qualquer tema ou assunto.

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Como se constrói um texto argumentativo?

1. A construção de um texto argumentativo deve ter em conta a sua finalidade e

também a pessoa a quem se destina. Deve, pois:

Usar um registo adequado ao objectivo, ao contexto e ao destinatário;

Respeitar os mecanismos de coerência semântica e sintáctica;

Utilizar referências de conteúdo que o destinatário possui, para que este o

possa interpretar correctamente.

Texto Argumentativo

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2. PROGRESSÃO TEMÁTICA2.1 Estrutura do texto

1º Introdução – Parágrafo inicial no qual de apresenta a tese (ideia que se quer defender);2º Desenvolvimento – Análise/explicitação da tese; apresentação dos argumentos que provam a verdade da tese: factos, exemplos, testemunhos, citações, dados estatísticos….3º Conclusão – Parágrafo final, no qual se apresenta uma síntese do desenvolvimento.

2.2 Escolha e ordenação dos argumentosPara uma correcta construção argumentativa é fundamental a escolha dos argumentos que suportam a demonstração da tese. Eles devem ser pertinentes e coerentes, apresentados de forma lógica e articulada e organizados por ordem crescente de importância.

Texto Argumentativo

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Qualidades do texto argumentativo: Rigor, clareza, objectividade, coerência, sequencialização, riqueza lexical

3. ARTICULAÇÃO E COESÃO DO DISCURSOO texto deve apresentar-se como um todo coeso e articulado. Para tal devem ter-se em conta os seguintes elementos linguísticos:

Correcta estruturação e ordenação das frases; Uso correcto dos conectores do discurso (revê este assunto numa gramática) Respeito pelas regras da concordância; Uso adequado dos deícticos (determinantes, pronomes, advérbios) que evitam as repetições dos nomes; Utilização de um vocabulário variado, com recurso a sinónimos, antónimos, hipónimos e hiperónimos.

Texto Argumentativo

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Texto Argumentativo

É constituído por um primeiro parágrafo curto, que deixe a ideia no ar,

depois o desenvolvimento deve referir a opinião da pessoa que o escreve,

com argumentos convincentes e verdadeiros, e com exemplos claros. Deve

também conter contra-argumentos, de forma a não permitir a meio da

leitura que o leitor os faça. Por fim, deve ser concluído com um parágrafo

que responda ao primeiro parágrafo, ou simplesmente com a ideia chave da

opinião.

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Texto Argumentativo

O texto dissertativo-argumentativo geralmente apresenta uma estrutura

organizada em três partes: • a introdução, na qual é apresentada a ideia principal ou tese; • o desenvolvimento, que fundamenta ou desenvolve a ideia principal; • e a conclusão.

Os argumentos utilizados para fundamentar a tese podem ser de diferentes

tipos: exemplos, comparação, dados históricos, dados estatístico, pesquisas,

causas socioeconómicas ou culturais , depoimentos - enfim tudo o que possa

demonstrar o ponto de vista defendido pelo autor tem consistência.

A conclusão pode apresentar uma possível solução/proposta ou uma síntese.

Deve utilizar título e utilizar variedade padrão de língua.

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Recensão Crítica

Uma recensão é um trabalho de apresentação de uma obra literária.

Numa recensão crítica de um texto literário não pode perder de vista a origem do acto crítico (crítica vem do grego krínein, que significa isolar, separar, destacar o particular), mas deve distanciar-se do registo meramente subjectivo de uma opinião arbitrária sobre o texto lido.

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Recensão Crítica

A recensão crítica é um trabalho de síntese que revistas e jornais científicas

publicam geralmente logo após a edição de uma obra, com o objectivo de a

divulgar. Não é a mesma coisa que um resumo.

O resumo deve-se limitar ao conteúdo do trabalho, sem qualquer julgamento de

valor. Já a recensão vai além, resume a obra e faz uma avaliação sobre ela,

apresentando as suas linhas básicas. Avalia-a e acentua os seus pontos fortes e

fracos.

A recensão pode ser de um ou mais capítulos ou de um livro inteiro ou artigo de

revista. Apresenta falhas, lacunas e virtudes, explora o contexto histórico em que a

obra foi elaborada e faz comparações com outros autores.

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Recensão Crítica A recensão deve situar a abordagem teórica do autor, inserir o autor numa

determinada tradição, escola, paradigma ou perspectiva.

Conhecida como resumo crítico, a recensão só pode ser elaborada por alguém com

conhecimentos na área, pois a sua elaboração exige opinião formada, pois o recensor

avalia a obra, sustentando as suas considerações e deve fundamentá-las seja com

evidências extraídas da própria obra ou de outras de que se valeu para elaborar a

recensão.

Se o resumo do conteúdo da obra não está bem feito, o leitor que não a conhece

encontrará dificuldades em acompanhar a análise crítica. Se, por outro lado, o

recensor se limita a relatar o conteúdo, sem julgá-lo criticamente, ele estará

escrevendo um resumo e não uma recensão crítica.

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Uma recensão deve identificar:1) o título do livro2) o autor3) a editora4) a cidade de edição5) o ano de edição6) nome do tradutor (caso se aplique)7) nome do ilustrador (caso se aplique)

Quanto ao conteúdo, a recensão deve incluir:1. Uma sinopse da obra.2. Uma contextualização do autor/obra numa determinada tradição, escola ou perspectiva.3. O ponto de vista do recenseador - leitor da obra -, apresentando sucintamente os pontos fortes e os pontos fracos da obra.

Recensão Crítica

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Ensaio

Ensaio é um texto literário breve, situado entre o

poético e o didáctico, expondo ideias e pontos de

vista, críticas e reflexões éticas e filosóficas a

respeito de certo tema. Procura originalidade no

enfoque, sem, contudo, explorar o tema de forma

exaustiva.

É essencialmente um texto argumentativo em

que se defende uma posição sobre um

determinado problema.

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Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal e subjectivo sobre um tema (humanístico, filosófico, político, social, cultural, moral, comportamental, literário, religioso, etc.), sem que se paute em formalidades como documentos ou provas empíricas ou dedutivas de carácter científico.

O ensaio se divide em formal ou discursivo e informal ou comum.

No formal, os textos são objectivos, metódicos e estruturados, dirigidos mais a assuntos didácticos, críticas oficiais, etc...

Já o informal é mais subjectivo e caprichoso em fantasia, o que o torna menos denso. Neste caso assume a forma livre e assistemática sem um estilo definido.

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Ensaio

Sendo um texto argumentativo o ensaio deve mostrar que o seu autor sabe

relacionar clara e correctamente os problemas, teorias e argumentos em

causa. Por isso deve ter a forma de resposta a uma pergunta. Pergunta essa

à qual se deve poder responder com um "sim" ou com um "não", procurando

avaliar criticamente os principais argumentos em confronto, de modo a

tomar uma posição pessoal na disputa.

Num ensaio não se pode limitar a dar a sua opinião. Tem também de avançar

com argumentos e de responder aos argumentos contrários. Caso não lhe

pareça possível defender uma das partes, deverá dizer, de forma

argumentada, porquê.

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Como se deve estruturar o ensaio?

O ensaio deve ser estruturado de acordo com as seguintes seis fases:

Formular o problema e esclarecer de forma rigorosa o que está em causa.

Mostrar a importância do problema.

Apresentar o mais claramente possível a tese que se quer defender.

Apresentar os argumentos a favor dessa proposição.

Apresentar as principais objecções ao que acabou de ser defendido.

Responder às objecções e tirar as suas conclusões.

Ensaio

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Ensaio

Ensaio descritivo

apresenta, de forma

expressiva, objectos, locais e

eventos para que o leitor

consiga vislumbrar e tenha uma

sensação clara sobre aquilo

que foi descrito.

Ensaio explicativo

tem por objectivo

descrever um termo ou fato

específico através de

outros termos, factos e

metáforas.

Ensaio narrativo

descreve uma sucessão de

eventos a partir de uma

perspectiva subjectiva

privilegiada e explicita o

desenvolvimento pessoal do

narrador em termos de

experiências e reflexões.

Ensaio comparativo

visa demonstrar relações e diferenças

mais substanciais

entre dois ou mais itens analisados.

Ensaio de persuasão

pretende convencer o

leitor sobre as ideias ou

opiniões do autor. O autor

precisa (a) demonstrar que

seu ponto de vista é razoável,

(b) manter a atenção do

leitor ao longo do texto e (c)

fornecer evidências fortes para

sustentar o seu ponto de vista.

Ensaio reflexivo

inicia-se com uma proposição e um argumento, a seguir apresenta um contra-argumento e, por fim, derruba o contra-argumento com um novo argumento.

De acordo com a finalidade os ensaios podem ser:

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Reflexão

O texto de reflexão consiste, geralmente, em produzir um texto argumentativo.

Implica uma abordagem e ponderação sobre um determinado assunto, tendo em atenção as situações, as causas e consequências, os prós e os contras, a necessidade de encontrar argumentos para justificar o juízo crítico formulado.

O texto de reflexão tem um carácter pessoal de opinião e de apreciação.

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ReflexãoO texto de reflexão é o que revela um acto de pensar, um movimento do pensamento capaz de se interrogar a si mesmo. O acto de pensar concorre para a observação, análise e interpretação das emoções, sentimentos, concepções e pensamentos intervindo na sua apreciação.

Ao expor uma reflexão, este tipo de texto tem de mostrar o que cada ser humano pensa, independentemente dos conhecimentos resultantes do senso comum. Deve constituir novo modo de ver e compreender as coisas e, ao mesmo tempo, contribuir para novos conhecimentos. O texto de reflexão, que deve revelar o que pensamos sobre as coisas, trabalha com os conceitos, as ideias e as opiniões, procurando encadeamentos lógicos entre os enunciados e a sua fundamentação. Fernando Pessoa, como artista, concebe o poema como reflexão sobre o "Eu", sobre os seus estados emotivos, e sobre o próprio acto criador. Para ele, a poesia constitui um acto estético de objectivar, à distância, vivências profundas, ou mesmo aquelas que não teve, mas que o seu intelecto considera importante recordar.

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Dissertação

A dissertação é um tipo de escrita informativo e argumentativo.

Caracteriza-se pela exposição, defesa de uma ideia que será analisada e discutida a partir de um ponto de vista.

Para tal defesa o autor do texto dissertativo trabalha com argumentos, com factos, com dados, os quais utiliza para reforçar ou justificar o desenvolvimento de suas ideias

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DissertaçãoApresenta uma estrutura idêntica à do comentário:

Introdução (concisa) - onde se explicita o assunto a ser discutido, com a

apresentação de uma ideia ou de um ponto de vista que pretende defender.

Desenvolvimento ou argumentação (equilibrado) - em que se irá desenvolver

o ponto de vista. Para isso, deve-se argumentar, fornecer dados, trabalhar

exemplos, se necessário.

Conclusão (sucinta) - em que se dará um fecho coerente com o

desenvolvimento e com os argumentos apresentados. Em geral, a conclusão é

retoma a ideia apresentada na introdução, agora com mais ênfase, de forma

mais conclusiva, onde não deve aparecer nenhuma ideia nova, uma vez que se

está a fechar o texto.

•O texto dissertativo argumentativo destina-se ao chamado "leitor universal", ou seja, a qualquer pessoa que tenha acesso a ele. Devem ser textos abrangendo conceitos amplos, genéricos, evitando particularizar situações.

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Fim

Disciplina de PortuguêsProfª: Helena Maria Coutinho