RESUMO 2 PROVA DE FITOPATOLOGIAGRUPO ASCOMYCOTAIntroduo:Como
fitoparasitas, causam manchas necrticas em folhas, odios,
antracnoses, podrido de razes, caules e frutos, murchas vasculares,
alm de outras doenas.Caractersticas:O talo desses fungos, com exceo
de um pequeno grupo unicelular microscpico (leveduras), constitudo
por miclio septado, geralmente bem desenvolvido.Reproduo sexuada:A
produo de ascsporos, ou seja, esporos resultantes de um processo de
cariogamia e meiose, produzidos no interior de estruturas
especializadas denominadas Ascas a caracterstica comum a todo
filo.Reproduo assexuada:A reproduo assexuada, que normalmente
resulta de grande nmero de propgulos que repetem o genoma do
indivduo, o processo normal de reproduo de fungos, quando as
condies do meio so favorveis. A reproduo sexuada, na maioria das
espcies desses fungos rara e, s importante para aquelas espcies que
dependem de caractersticas dos ascsporos para sobrevivncia ou
disseminao.IDENTIFICAO DE ESPCIES DE ASCOMYCOTA:Na identificao das
espcies de Ascomycota so consideradas, principalmente as
caractersticas das asca, ascocarpo e do ascsporo.Caractersticas da
asca:Caractersticas, com relao a constituio da parede, forma de
liberao dos ascsporos, reao ao iodo, formato e quanto a disposio
dos ascsporos.a) Quanto parede da asca Existem dois tipos:
unitunicadas e bitunicadas. As Ascas unitunicadas apresentam parede
constituda por uma membrana nica, de difcil visualizao. As Ascas
bitunicadas possuem parede constituda por duas membranas,
apresentando maior espessura, especialmente no pice.b) Quanto a
forma de liberao dos ascsporos Ascas evanescentes (ou
deliquescentes) so aquelas que vo sendo degradadas, se liquefazem a
medida que o processo de maturao dos ascsporos vo evoluindo. Podem
ser visualizadas apenas em fases jovens. Ascas persistentes so
aquelas cujas paredes permanecem aps a maturao e liberao dos
ascsporos. As ascas persistentes podem ser operculadas ou
inoperculadas. Nas ascas operculadas, a liberao ocorre atravs de um
oprculo, que consiste em uma espcie de tampa formada pela ruptura
da asca em local pr-determinado, ao redor do pice (fig. 2 E). As
Ascas inoperculadas apresentam trs tipos bsicos: Ascas com poro:
(os ascsporos so liberados por um poro fig. 2 D); Ascas com fenda:
(o rompimento ocorre em uma linha pr-determinada (fig 2 F) e Ascas
sem abertura: (o rompimento ocorre em qualquer ponto, no havendo
local pr-determinado).
d) Quanto a forma Os formatos bsicos de ascas so: Globosas (fig.
2 A), clavadas (2 B) e cilndricas ( 2 C).e) Quanto a disposio dos
ascsporos As diferentes espcies podem apresentar os scsporos com
diferentes arranjos dentro da asca, como por exemplo em fila nica
(fig. 2 F), em fila dupla (fig. 2 G) e em paralelo.Caractersticas
dos ascocarpos:Ascocarpos so as frutificaes no interior das quais
encontram-se as ascas e ascsporos. No interior dos ascocarpos,
encontram-se espaos, denominados lculos no interior dos quais
encontram-se as ascas. Um ascocarpo pode ser unilocular, ou seja
conter apenas um lculo ou multilocular. Um lculo pode ser
monoascal, ou seja, conter uma asca ou pluriascal.Tipos bsicos de
ascocarpos:A) Acas nuas Ausncia de ascocarpo. Em alguns as ascas so
formadas livres no meio, como em leveduras ou diretamente na
superfcie do hospedeiro, como em taphrinales (Taphrina, fig. 3).B)
Cleistotcio Frutificao geralmente globosa, completamente fechada.
As ascas e scsporos somente so liberados se ocorrer o rompimento do
cleistotcio. (exemplo de cleistotcio fig. 3. Eurotium s.).C)
Peritcio A caracterstica principal desse tipo de ascocarpo a
presena de uma abertura, por onde so liberados os ascsporos,
denominada ostolo. Podem ter formato globoso como Gibberella (fig.
4) ou dotados de uma protuberncia no local do ostolo, denominada
rostro como Neurospora (fig. 3).D) Apotcio: Ascocarpos abertos, em
forma de taa ou prato. Nesse tipo de frutificao as ascas so
formadas na superfcie do ascocarpo exposta ao ambiente. Alguns
apotcios so pedicelados como Monilinia (fig. 3) ou ssseis, na
superfcie do substrato, como Diplocarpon (fig. 4).E) Ascostroma: Em
alguns as ascas so produzidas diretamente em uma cavidade (lculo),
formado em um estroma pr-existente. Neste tipo de ascocarpo,
chamado ascostroma, no h, portanto parede especial envolvendo as
ascas, que se formam em cavidades dentro de um estroma. Existem
ascostromas uniloculares e multiloculares.
Caractersticas dos ascsporos:Os ascocarpos se apresentam de
diversos formatos, nmero de clulas e colorao.
Taxonomia:Classe Archyascomycetes: No tem ascocarpo Ascas nuas.
Ex: Taphrina deformans - Causa crespeira em rosceas.Classe
Euascomycetes: Apresenta ascocarpo.Ascocarpo tipo apotcio: Gnero:
Pseudopeziza - Apotcio sssil, emergindo da folha do hospedeiro.
Ascosporos unicelulares, causador de necrose foliar em trevos e
alfafa.Ascocarpo tipo clestotcios: Fungos causadores de cinza ou
odio. Gneros: Erysiphe - Cleistotcio ornamentado com fulcros
simples, Uncinula Cleistotcio ornamentado com ganchos na
extremidade dos fulcros.Ascocarpo tipo peritcios: Gneros:
Chaetomium - Peritcio com setas, ascas evanescentes, ascosporos
unicelulares, escuros. Saprfita, degradao de celulose. Ocorre em
armazenamento de sementes, fibras vegetais. Gibberella - Ascosporo
fragmosporo, geralmente com 3 septos. Phyllachora - Peritcio imerso
em estroma localizado no interior das folhas do hospedeiro,
ascosporos unicelulares. Ampla gama de hospedeiros. Neurospora -
Ascosporos unicelulares escuros. Saprfita, comum em
sementes.Ascocarpo do tipo ascostroma: Gneros: Mycosphaerella -
Ascosporos bicelulares, causa manchas necrticas em folhas.
Sphaerulina - Ascosporos fragmosporos. Causa manchas necrticas em
folhas. Pleospora- Ascosporos com mais de 7 septos transversais e
longitudinais. GRUPO BASIDOMYCOTAIntroduo:Caracterizam-se pela
presena de basidiosporos (esporos sexuais) produzidos em basdias,
estruturas semelhantes a uma clava, o corpo de frutificao chamado
de basidocarpo.
Classe Urediniomycetes:Ordem Uredinales: Fungos chamados de
ferrugem (menos ferrugem branca). No existe basidiocarpo (corpo de
frutificao) nesta ordem.De acordo com seu ciclo vital as ferrugens
dividem-se em 3 grupos:Ferrugens macrocclicas - so aquelas que
formam 5 estgios reprodutivos.Ferrugens demicclicas - so aquelas
que apresentam 2 ou 3 estgios reprodutivos.Ferrugens microcclicas -
so aquelas que formam somente teleutosporos (teliosporos).
Forma 0 - espermognio ou pcnio: tem forma de frasco, localizadas
no interior dos tecidos parasitados, tendo o ostolo (abertura) para
o exterior revestido de apndices ou cerdas. No interior formam-se
numerosos esporos hialinos unicelulares denominados picniosporos ou
espermcias.Forma I - acios e aeciosporos: estrutura em forma de
taa. Esta taa tem uma cavidade interna revestida por uma membrana
formada chamada de perdio. Dentro da taa formam esporos
unicelulares, hialinos, denominados aeciosporos.Forma II -
uredossoro: esta forma contem em seu interior os uredosporos, que
so esporos hialinos, pedunculados, chamados uredosporo. Forma III -
teleutossoro: estrutura que dentro se forma esporos de colorao
escura, podendo ser uni ou multicelulares, ssseis ou pedunculados,
chamados os teleutosporos (teliosporos). A classificao das
uredinales se baseia nas caractersticas do teleutosporo. Forma IV -
basdios e basidiosporos: o ciclo do fungo completa-se com a produo
dos basidisoporos, aps a germinao dos teleutosporos.
Quando a ferrugem necessita de mais de um hospedeiro para
completar seu ciclo ela chamada de heterica. J as auticas completam
todo o ciclo em um nico hospedeiro.A classificao das ferrugens est
baseada nos teleutosporos. Quando estes no aparecerem no ciclo,
tem-se o grupo das ferrugens imperfeitas. Se durante o crescimento,
estas ferrugens imperfeitas apresentarem estgios de acio esto os
possveis gneros podero ser: Aecidium. Se durante o crescimento
apresentar estgio de uredossoro, esto pertencer ao gnero Uredo.
Ordem uredinales:Famlia melampsoraceae: Caracteriza-se por
apresentarem teleutosporos ssseis, unicelulares e unidos
lateralmente. Apresenta um gnero Melampsora. Ex. Melampsora lini -
ferrugem do linho. Famlia phakopsoraceae: apresenta teleutosporos
ssseis, com duas ou mais clulas e unidos lateralmente. Gnero:
phakopsora. Ex. Phakopsora gossypii - ferrugem do algodoeiro,
phakopsora pachyrizae ferrugem da soja.Famlia phragmidiaceae:
apresenta teleutosporos pedicelados, multicelulares por septao
horizontal. Gnero: phragmidium. Ex. Phragmidium mucronatum -
ferrugem da Roseira.Famlia pucciniaceae: teleutosporos pedicelados
uni ou bicelulares, com septao horizontal. Gneros: puccinia e
uromyces. Ex. Puccinia allii - ferrugem do alho e cebola, puccinia
graminis tritici - ferrugem do trigo, puccinia sorghi - ferrugem do
milho, uromyces appendiculatus - ferrugem do feijoeiro. Famlia
hemileiaceae: uredosporos lisos de um lado e equinulados do outro.
Teleutosporos unicelulares, pedicelados. A espcie mais importante
hemileia vastatrix (forma ii) que causa a ferrugem do cafeeiro.
Ordem UstilaginomycetesOrdem Entylomatales: teleutosporos
livres, hialinos ou de colorao amarelo plido, rededos, com membrana
espessa. No existe basidiocarpo nesta ordem. Famlia entylomataceae:
gnero importante entyloma. Ex.: entyloma oryzae carvo da folha do
arroz. Ordem Ustilaginales: no existe basidiocarpo (corpo de
frutificao) nesta ordem. Famlia Ustilaginaceae: os principais
gneros so: ustilago. Ex. Ustilago maydis - carvo comum do milho.
Possui teleutosporo redondo e equinulado (com tipo espinhos).Ordem
Tilletiales: famlia tilletiaceae: os principais so: tilletia:. Ex.
Tilletia caries- crie do trigo. Teleutosporo reticulado (em forma
de bola de golf).Classe Hymenomycetes: possuem basidicarpo. So os
champions, orelhas de pau, cogumelos.FUNGOS MITOSPRICOS
Os fungos hoje denominados Mitospricos, so tambm conhecidos como
Fungos Imperfeitos (reproduo assexuada), Deuteromicetos. A tendncia
do grupo desaparecimento das classes, ou ficar reduzida apenas
aqueles fungos que no se reproduzem sexualmente.
Morfologia:Apresentam miclio formado por hifas septadas, em
geral bem desenvolvidas. As clulas geralmente multinucleadas e
interligadas por poros que permitem a passagem de ncleos de uma
para outra. Os esporos tambm denominados condios so produzidos
sobre estruturas denominadas conidiforos. Podem variar no tamanho,
nmero de clulas, formato e colorao.Conidiforo Hifas simples ou
modificadas, com funo de produzirem condios. Podem se apresentar de
formas isolados ou agrupados, formando diferentes
frutificaes:Sinmio: Conidiforos unidos pela base formando uma
coluna ereta;Esporodquio: Conidiforos geralmente curtos, formados
sobre uma estrutura semelhante a uma almofada, resultante ao
enovelamento das hifas.Picndio: Frutificao pseudoparenquimatosa
globosa ou em forma de frasco, contendo no seu interior conidiforo
e condios.Acrvulo: Conidiforos que evoluem de forma subepidrmica,
rompendo a epiderme por ocasio da maturao.Esclercio e Clamidsporo:
Estruturas vegetativas de resistncia, que permitem sobreviver sob
condies desfavorveis.
Taxonomia:Tipo de frutificao: serve de critrio de separao de
Classe, Ordem e Famlia. Peculiaridades dos conidiforos: servem de
critrios para separar Famlia e Gnero. Tipo de condio: para gneros.
Para espcie, geralmente baseia-se no tamanho do condio e no
hospedeiro sobre o qual o fungo se desenvolve.Ou ainda: a taxonomia
artificial proposto por Saccardo ( 1899 ), com base em
caractersticas conidiais (formato, septao, e cor). Outros sistemas
de classificao propostos, especialmente os baseados na esporognese
(modo de formao dos condios).
CICLO DAS RELAES PATGENO-HOSPEDEIROParasitismo e
patogenicidade:As doenas parasitrias, aquelas que tm como agentes
causais os parasitas. Parasitas ou fitoparasitas so aqueles
organismos que obtm alguma ou todas as substncias necessrias para
seu crescimento e reproduo a partir de plantas vivas, sendo estas
chamadas de hospedeiros. este fenmeno denomina-se de parasitismo,
isto , uma simbiose antagnica.Patogenicidade a capacidade de um
organismo causar doena. A maior ou menor capacidade de um patgeno
causar doena referida como virulncia. A maior ou menor virulncia de
um patgeno depender: a) de sua capacidade de penetrao no hospedeiro
(agressividade); b) de sua capacidade de colonizar os tecidos
hospedeiros (infecciosidade); e c) de sua capacidade de produzir
substncias txicas planta hospedeira (poder toxgeno).Classificao dos
parasitas: Parasitas obrigatrios e facultativos; Ectoparasitas e
endoparasitas; Parasitas especficos e polfagos; Completam o ciclo
de vida num mesmo hospedeiro parasitas auticos ou isicos, os
hetericos, necessitam, de mais de um hospedeiro.
Ciclo de vida dos patgenosUm patgeno geralmente exibe durante
seu ciclo de vida, duas fases bem distintas:a) A fase durante a
qual se encontra intimamente associado com os tecidos vivos,
causando doena denomina-se patogenese;b) O perodo durante o qual o
patgeno desenvolve-se sobre a matria orgnica do solo, tecido
necrosado do hospedeiro ou em restos de cultura, chama-se
saprognese. O ciclo de vida dos parasitas obrigados junto com o
ciclo de vida da doena, e a fase de saprognese falta no ciclo dos
parasitas obrigados. Existe ainda uma outra fase, de inatividade ou
atividade restrita, durante a qual o patgeno permanece em estado de
repouso ou dormncia. Sobrevivem nessa fase sob a forma de
estruturas de resistncia (osporos, clamidsporos, teleutosporos,
esclercios e outros).
Ciclo primrio e ciclo secundrioServe para designar o ciclo das
relaes patgeno-hospedeiro (ciclo das doenas).Ciclo primrio - se
inicia a partir de estruturas de sobrevivncia ou de repouso do
microrganismo agente causal ou ainda a partir da fase saproftica
desenvolvido em restos de cultura ou matria orgnica do solo.
Caractersticas: Introduz o patgeno na cultura afetada e devido ao
nmero reduzido de esporos o nmero de leses produzidas
reduzido.Ciclo secundrio aquele que se desenvolve a partir do
inoculo produzido no fim do ciclo primrio, geralmente ainda sobre a
planta hospedeira. Caractersticas: Dissemina o patgeno, fonte de
inoculo mais numerosas do como conseqncias um aumento do ndice da
doena.
Inculo e fonte de inoculoInculo qualquer poro de organismos
patognicos capaz de causar doena. Local onde ele produzido
denomina-se fonte de inculo.Inculo primrio: o inoculo responsvel
pelo inicio do ciclo primrio das relaes patgeno-hospedeiro, ou
seja, o inoculo que inicia o processo doena em cada ciclo da
cultura. Inculo secundrio: o responsvel pelos ciclos secundrios da
doena, ou seja, o produzido sobre o hospedeiro durante o ciclo da
cultura.Fontes de inoculo podem se agrupadas como segue:
a) Plantas doentes: Todos os parasitas obrigados e muitos dos
parasitas facultativos tm nas plantas doentes a nica ou principal
fonte de inculo. Em muitos casos, a fonte de inculo se localiza em
hospedeiros, como: plantas silvestres ou ervas daninhas, igualmente
suscetveis ao patgeno.b) Fase saproftica: Nas doenas causadas por
parasitas facultativos, capazes de se desenvolverem e multiplicarem
na matria orgnica do solo. comum o inculo de certos fungos, seja
formado por estruturas de resistncia ou repouso.
Disseminao do inculo e inoculaoA disseminao dos propgulos ou
inculo feita, normalmente, em vrias direes , ao acaso, na
dependncia dos fatores e agentes que governam essa disseminao. A
disseminao envolve trs subprocessos bsicos: a) Liberao: consiste na
remoo do patgeno do local onde foi produzido; b) Disperso:
transporte do patgeno a partir da liberao at sua deposio e c)
Deposio: assentamento do patgeno sobre uma determinada
superfcie.Nem todos os patgenos apresentam um processo tpico de
disseminao, com trs fases bem definidas. Com relao a viroses, alis,
o prprio termo disseminao pouco empregado. A palavra utilizada para
indicar o conjunto dos processos de liberao e disperso destes
agentes fitopatognicos e transmisso.A disseminao do inculo, em
geral, passiva, pois os microrganismos patognicos no transportam os
seus propgulos com os seus prprios meios. Quando isto ocorre, temos
a disseminao ativa.A disseminao passiva pode ser:Disseminao passiva
direta: Existem muitos exemplos de doenas transmitidas diretamente
por rgos do hospedeiro, geralmente rgos de reproduo ou de propagao
vegetativa.Disseminao passiva indireta: D-se por intermdio dos
agentes de inoculao estranhos ao hospedeiro, tais como o vento,
gua, insetos, homens, animais, ferramentas e utenslios
agrcolas.
GerminaoA germinao termina com a formao de um tubo germinativo
para o qual foi deslocado o protoplasma do esporo; o tubo
germinativo o rgo que vai desenvolver a fase seguinte, a penetrao
nos tecidos do hospedeiro. Quando se trata de bactrias
fitopatognicas, o inculo constitudo pelo prprio talo bacteriano.
Neste caso, o processo de germinao substitudo pela multiplicao dos
talos bacterianos que sero, posteriormente, transportados para o
interior do hospedeiro.A germinao governada por fatores genticos e
tambm influenciada fortemente pelas condies ambientais, entre as
quais destacaremos a influncia de umidade, luz, temperatura, do pH,
do oxignio e do CO2.
InfecoProcesso que se estende da germinao do patgeno at o
estabelecimento de relaes parasitrias estveis com o hospedeiro. O
processo engloba: pr-penetrao ( o conjunto de eventos que ocorre a
partir do inicio da germinao do esporo at a penetrao da hifa
infectiva no hospedeiro); penetrao e estabelecimento das relaes
parasitrias. A infeco comea quando este patgeno germina (fungo),
multiplica-se (bactrias) e penetra na planta (vrus e
nematides).
PenetraoAps a germinao, o patgeno precisa, penetrar no interior
do hospedeiro, para coloniza-lo. A penetrao pode se processar
atravs da superfcie integra do hospedeiro, por suas aberturas
naturais, por ferimentos ou ainda por rgos especiais.
ColonizaoAps a penetrao do patgeno, ocorre uma fase crtica,
entre o momento da penetrao e aquele em que o patgeno passa a se
alimentar do hospedeiro, quando a o estabelecimento do patgeno.
Isto porque sempre possvel no haver a colonizao do hospedeiro.
Tipos de colonizao:a) Superficialmente nas folhas: alguns fungos,
como Oidium spp., desenvolvem o miclio na superfcie das folhas.b)
Dentro da clula do hospedeiro: fitopatgenos vrus, virides e alguns
fungos desenvolvem-se no citoplasma da clula.c) Entre as clulas do
hospedeiro: as bactrias fitopatognicas colonizam os espaos
intercelulares.d) Dentro do sistema vascular: alguns fungos, como
Fusarium oxysporum e a bactria Ralstonia solanacearum colonizam o
xilema e so distribudos no interior da planta.e) Em tecidos
macerados a distncia: neste caso, o patgeno primeiro secreta
enzimas que degradam os tecidos para depois crescer nos tecidos
mortos.A colonizao segundo a localizao pode ser de dois tipos:
Localizada: quando o patgeno fica circunscrito aos tecidos
adjacentes ao local de penetrao ou o patgeno fixa-se em determinado
rgo da planta; generalizada: quando a colonizao assume propores
gerais, com o parasita disperso por quase toda a planta.
SintomasGeralmente os sintomas de determinadas doenas no
aparecem imediatamente aps a infeco. O intervalo de tempo que
decorre entre a inoculao e o aparecimento de sintomas denominado
perodo de incubao.Aps algum tempo do aparecimento de sintomas,
pode-se observar a formao de estruturas de patgenos, principalmente
de fungos e nematides, os sinais. O intervalo de tempo decorrido da
inoculao at o aparecimento de sinais denominado perodo latente.
ReproduoUma vez colonizado o hospedeiro, o patgeno ir se
reproduzir, formando propgulos que iniciaro novos ciclos
secundrios. Os vrus e virides multiplicam-se por replicao. Os
fungos reproduzem-se, principalmente, por meio de esporos de origem
assexuada e sexual. Bactrias reproduzem-se por fisso binria
transversa. Os nematides tm reproduo sexuada e ocorre tambm
partenognese.O estudo das relaes patgeno-hospedeiro constitua base
para a aplicao de medidas de controle. As medidas de controle visam
interromper o ciclo em qualquer uma de suas fases, impedindo o
desenvolvimento da doena.
Fig. 3. Ciclo geral das relaes patgeno-hospedeiroFISIOLOGIA DE
FUNGOSMetabolismo Compreende a tomada dos alimentos e seu
armazenamento nos tecidos. Corresponde a nutrio e respirao.
Nutrio:Os fungos so heterotrfos, usam compostos orgnicos j
elaborados como fontes de energia. A nutrio dos fungos realizada
atravs de hifas diferenciadas denominadas haustrios. Os fungos
ectoparasitas sem haustrio, o processo de absoro dos alimentos
feito diretamente pelas hifas miclicas.Os alimentos em muitos casos
necessitam ser transformados para serem aproveitados. Os materiais
insolveis tero que ser hidrolizados, por enzimas. Assim o amido
precisa ser hidrolizado em dextrina e maltase, o acar de cana em
glicose e levulase, e as protenas em peptonas. Hidrlise: ruptura de
uma ligao qumica pela gua.Em resumo os fungos necessitam para a sua
alimentao substncias como oxignio livre gasoso; matria orgnica
ternria; substncias nitrogenadas; sais minerais, tais como fosfato
e sulfato de potssio, magnsio, ferro, zinco e mangans. Nos
processos metablicos dos fungos, diversos fenmenos so observados
como o armazenamento das substncias de reserva, respirao e
fermentaes.
Substncias de reservas:A substncia de reserva de reserva dos
fungos o glicognio. O glicognio forma-se sempre no citoplasma na
ausncia de condriossomos. Destina ser utilizadas nos momentos de
ativo crescimento ou na maturao dos esporos. Respirao:Todos os
fungos necessitam de oxignio para crescer, no existem fungos
totalmente anaerbios. No metabolismo normal, os fungos absorvem
oxignio e desprendem anidrido carbnico.A respirao aerbica dos
fungos dividida nos mesmos estgios da respirao de outros
organismos, a saber: a glicolise (com os mesmos passos na respirao
e na fermentao) - ocorre no citoplasma e consistindo na converso da
gliclise em piruvato. Se no final da gliclise tiver pouco O2 ocorre
fermentao, caso contrario ocorrem os demais processos aerbicos da
respirao; Ciclo de Krebs - exclusivo de organismos aerbicos, sendo
uma continuao da gliclise, uma vez que aproveita o piruvato formado
nessa, ocorre na matriz mitocondrial; e cadeia de transporte de
eltrons.Fermentao e produtos de metabolismo: A fermentao um dos
processos do metabolismo fngico dos mais importantes para o ser
humano, isto porque, atravs desse processo, conseguiu-se fabricar
bebidas alcolicas, po, queijo, entre outros produtos de grande
importncia. Muitos fungos conseguem at sobreviver em condies
anaerbicas, pois realizam a fermentao para obteno de energia,
tendo, como resultado final, a produo de lcool etlico.A fermentao
alcolica das leveduras tem grande aplicao industrial. Descoberta
por Pasteur com leveduras da cerveja Sacchoromyces cerevisiae.
Abaixo alguns produtos obtidos por fermentao:lcool etlico; cido
qlucnico; cido ltico; cido fumrico; cido ctrico
Crescimento: O crescimento pode ser considerado um aumento do n
de clulas ou aumento de massa. O crescimento inicia pela germinao
dos esporos e termina pela formao dos novos esporos. O crescimento
dos fungos subordinado a uma srie de influncias:Influncia dos
diferentes alimentos:Os fungos quando cultivados em condies
favorveis e abundncia de alimentos de fcil assimilao, crescem
rapidamente, formando abundante miclio e quando o alimento tende a
diminuir eles formam os corpos de frutificaes. Todos os fungos so
hetertrofos, usa compostos orgnicos j elaborados, geralmente,
carboidrato como fonte de energia. Alguns so restritos a um tipo de
substrato, necessitando de uma seleo particular de substncias, para
sustentar o crescimento. Outros parasitas especializados crescem
somente em citoplasma vivo, de uma espcie ou variedade de planta,
requerendo todos os compostos celulares j elaborados, estes so os
organismos obrigados, no podem ser cultivados em meios sintticos,
ou em outros materiais no vivos. Os saprfitos que normalmente vivem
em meio orgnico muito rico, podem tambm requerer muitos compostos
celulares j elaborados. Influncia da temperatura:A temperatura tem
efeito marcante nos fungos, embora diferentes organismos tenham
diferentes timos de temperatura. Psicrfilos: so organismos com timo
de temperatura abaixo de 20C;Mesfilos: inclui a maioria, tem timo
entre 20,1C e 45C;Termfilos: tem timo de temperatura acima de 45C.
A temperatura no s influi no crescimento da parte vegetativa, como
tambm no tamanho e nmero de esporos. O timo de temperatura para o
desenvolvimento do miclio pode no ser o timo para a formao dos
esporos. De uma maneira geral o timo para todos os fungos est entre
20C 30C.Umidade: A gua indispensvel para o crescimento dos fungos.
Pouqussimos fungos podem se desenvolver em pequeno grau de umidade,
ex: Odios. Os bolores requerem muita umidade, e imprescindvel na
formao dos zosporos.Influncia da luz: A luz influi diferentemente
sobre o desenvolvimento dos fungos, nas fases vegetativas e
reprodutivas. Na primeira fase os fungos preferem obscuridade ou
luz difusa para desenvolver o miclio, e na segunda, procuram a luz
para formar as frutificaes. Em relao a luz ultravioleta: a ao letal
de luz ultravioleta condicionada pelo comprimento de onda da
radiao, o tempo de exposio e pela natureza particular do
microorganismo.Efeito do pH:Os fungos so suscetveis a um grau de
acidez ou alcalinidade dos meios sobre os quais se desenvolvem. Em
geral um ligeiro grau de acidez favorvel germinao dos esporos e ao
rpido crescimento de colnias jovens.Influncia de substncias
txicas:Os fungos como em outras espcies de seres vivos, so afetados
pela presena de certas substncias txicas nos alimento. Certas
substncias venenosas em doses pequenas, muitas vezes funcionam como
estimulante tnico para os animais. Os fungos so estimulados por
pequenas quantidades de substncias txicas em seu meio de cultura.
Elementos como sas de zinco, cobre, mercrio e flor, so empregados
como estimulantes, no entanto estas substncias podem causar
mutaes.Influncia de outros microrganismos:A influncia de outros
microrganismos, no crescimento de um indivduo, pode ser devida: a)
Competio pelo substrato; Na competio pelo substrato, as espcies com
maior habilidade desenvolvem-se melhor, deixando as demais
estioladas ou enfezadas. Se tivermos vrias espcies crescendo juntas
num mesmo substrato, elas prejudicam-se mutuamente, afetando todas
as fases de seu desenvolvimento. As espcies que possuem maior
quantidade de enzimas so as mais competitivas.b) Antagonismo pela
elaborao de substncias txicas a este indivduo; O antagonismo, como
exemplos podem citar: Gliocldiurn fimbriatum e Rhizoctonia solani,
a primeira espcie segrega uma substncia com propriedades
antibiticas que age sobre o miclio da segunda, provocando sua
morte.c) Parasitismo; O parasitismo entre fungos bastante freqente,
se trata de uma espcie se aproveita de outra para seu
desenvolvimento.
Irritabilidade:A irritabilidade uma propriedade do protoplasma
que se manifesta a reaes. Os fatores que provocam tais mudanas
denominam-se estmulos, chamados de uma maneira em geral de
tropismos. Estes recebem nomes especiais como: geotropismo,
fototropismo, hidrotropismo e quimiotropismo. Os tropismos podem
ser positivos ou negativos, segundo os rgos estimulados, dirijam-se
para a agente estimulante ou afastem-se destes.Geotropismo: A
gravidade provoca as reaes mais diversas em quase todos os
organismos. Ex: No ciclo de desenvolvimento dos Hymenomycetes,
notamos que os mesmos executam uma srie de movimentos, alguns dos
quais so influenciados pelo geotropismo positivo ou negativo. O
resultado destes movimentos colocar sempre de tal forma o himnio
para que realize livremente a descarga dos esporos para o espao, a
fim de que os mesmos sejam disseminados pelo vento e outros agentes
de disseminao.
Fototropismo: Denominasse fototropismo a influncia da luz na
direo do crescimento. Os fungos reagem luz e formam curvaturas
fototrpicas. A luz tem grande influncia no desenvolvimento e
orientao dos esporforos. O desenvolvimento do sistema vegetativo
quase sempre negativamente fototrpico.Estas respostas ao estmulo
luz so adaptadas a fim de permitir aos rgos de reproduo, liberte
seus esporos, de maneira que escapem livremente para o ar. A luz
mostra o caminho para a qual o fungo deve lanar seus
esporos.Quimiotropismo e quimiotactismo: A atrao ou repulso dos
organismos pelos estmulos qumicos denomina-se de quimiotropismo e
quimiotaxismo. O estmulo das substncias qumico encontrado nos
gametas masculinos e femininos entre miclio (+) e (-) das espcies
heterotlicas. Hidrotropismo: O sistema vegetativo pode ser
estimulado pelo hidrotropismo positivo, enquanto que os esporforos
o so pelo hidrotropismo negativo, com exceo nas espcies
aquticas.Tactilidade:Observa-se nas extremidades das hifas dos
basidiforos so sensveis ao contato, e a reao constitui um atraso de
crescimento nesse ponto. Sabe-se que os filamentos micelianos
distinguem o contato entre corpos estranhos e filamento
miclicos.FATORES ABITICOSIntroduo:Com o avano da fitopatologia
houve a preocupao em reavaliar os distintos fatores que Intervinham
no desenvolvimento das doenas. O efeito breve de uma geada sobre
pastagens ou sobre plantas resulta numa leso. No entanto um efeito
no bitico como alta concentrao de oxidante no ar ou toxidade do Mn
no solo, atuando por longos perodos, produzindo um processo daninho
numa planta, o resultado uma doena. Doena se caracteriza por ser:
fenmeno biolgico; interfere nos processos fisiolgicos da planta;
uma interferncia prejudicial planta; um processo contnuo (difere de
injria).Num sentido mais amplo, o termo doenas pode ser definido
como qualquer desvio na normalidade; seja estrutural ou funcional.
Embora semelhantes os sintomas entre agentes biticos e abiticos os
causados por agentes abiticos no so transmitidos de uma planta
doente para uma planta sadia. Fatores abiticos a serem
estudados:
Temperatura:Plantas mais velhas resistem melhores as
temperaturas mais baixas. Plantas de clima tropical desenvolvem-se
melhor em clima quente, e so severamente injuriadas quando as
temperaturas chegam prximo de 0C e plantas perenes de clima
temperado so mais resistentes as baixas temperaturas.Os mecanismos
dos danos causados por baixas e altas temperaturas so totalmente
diferentes entre si. Nas altas temperaturas, ocorre inativao de
determinados sistemas enzimticos ou acelerao de outros. Nas baixas
temperaturas os danos so causados pelas injurias mecnicas
produzidas na formao de gelo nos espaos intercelulares e desidratao
do protoplasma.Baixas temperaturas:Os principais problemas
ocasionados por baixas temperaturas so as geadas. Danos por
esfriamento antes que a temperatura alcance o ponto de congelamento
so atribudos a desequilbrios fisiolgicos nas plantas, tais com
excessiva transpirao em relao absoro de gua, maior respirao que
fotossntese e maior decomposio que sntese protica.Quando chega a
uma temperatura de congelamento (danos por geadas), oque ocorre uma
ao conjunta de desidratao do protoplasma e o efeito mecnico das
partculas de gelo que se formam extracelularmente.A intensidade dos
danos ser maior a uma mesma temperatura, quanto mais rpido for o
processo de congelamento e degelo, por esta razo a rapidez no
congelamento ou descongelamento pode determinar as propores dos
danos.Os sintomas observados podem ser: necrose nas gemas, flores,
plen, sobre brotos suculentos ou tenros, em pequenos frutos e
folhas variando em intensidade conforme o desenvolvimento destes
rgos.Altas temperaturas:s vezes difcil separar os efeitos das altas
temperaturas dos causados por intensa luminosidade ou seca, pois so
trs fatores que muitas vezes se apresentam simultaneamente. Os
efeitos do calor excessivo que retardam o desenvolvimento das
plantas podem ser devidos tanto a desnaturao de protenas vegetais,
como a um desequilbrio da relao fotossntese-respirao.
Efeitos da luz: bem conhecido o efeito que a luz tem sobre a
formao da clorofila, como fonte de energia na funo fotossinttica.
Tem influncia sobre a transpirao, modificando a permeabilidade do
protoplasma ou regulando a abertura dos estmatos, por atuar sobre a
presso osmtica.Se a intensidade da luz superar o necessrio por uma
planta durante um perodo mais ou menos prolongado, a elaborao de
carboidratos comea a diminuir, at paralisar totalmente. Com o
excesso de luz, ativa-se a oxidao rompendo o equilbrio (oxidao e a
recombinao simultnea), as folhas tornam-se clorticas,
verde-amareladas ou bronzeadas, pela destruio paulatina de
pigmentos.
Chuvas e umidade atmosfrica:Os vegetais podem sofre transformaes
fisiolgicas e morfolgicas quando a chuva, orvalho e a umidade
relativa forem absorvidos pelos rgos areos. Nas folhas de vegetais
desenvolvidas com excesso de umidade, poder ocorrer uma reduo de
elementos vasculares e fibrosos.Quando a uma chuva rpida, seguir um
tempo quente de sol radiante, os tecidos molhados freqentemente
resultam com queimaduras e tambm comum ocorrer germinao de gros
colhidos, devido chuva e a alta umidade do ar.
Falta de aerao do solo e excesso hdrico:Os rgos subterrneos
tomam o oxignio do ar existente no solo. Com o solo inundado h
dificuldade da livre circulao do ar. Alm da carncia de oxignio,
ocorre um excesso de anidrido carbnico, em funo da respirao dos
rgos subterrneos e de microrganismos, que no pode ser eliminado,
sendo desta forma nociva para as plantas e para os prprios
microrganismos.Com a inundao permanente ocorre a decomposio de
razes e rgos de armazenamento subterrneos, os quais so invadidos
por microrganismos causadores de putrefao.
Fatores abiticos e ciclo de vida dos patgenos
VARIABILIDADE DE MICRORGANISMOSIntroduo:Erikson (1894) foi o
primeiro a mostrar que a aparente uniformidade da espcie Puccinia
graminis que apresentava uma seletividade de hospedeiros assim:
Puccinia graminis isolada de trigo era incapaz de causar doena em
outras gramneas como centeio, aveia, etc. Foi ento sugerido pelo
mesmo pesquisador o termo Formae Specialis para este tipo de
seletividade.Formae specialis o conjunto de indivduos que no
apresentam diferenas morfolgicas, mas apresentam diferenas quanto
ao hospedeiro que podem atacar. Posteriormente, com a continuao dos
estudos, outros pesquisadores verificaram que mesmo dentro da
formae specialis diferentes grupos de indivduos variavam quanto
patogenicidade, em diferentes cultivares de uma mesma espcie
hospedeira, props ento o termo raas fisiolgicas.
Mecanismos gerais de variabilidade de agentes
fitopatognicosMutao:Mutao mais ou menos uma mudana abrupta no
material gentico de uma clula a qual transmitida hereditariamente a
prognie. A mutao base de todos os processos de variabilidade nos
organismos fitopatognicos.Qualquer troca na seqncia de nucleotdeos
modifica o cdigo gentico e resulta em mutao. As trocas podem
ocorrer por: Mutaes gnicas:Substituio ocorre a substituio de
nucleotdeos; Insero um ou mais nucleotdeos so inseridos na seqncia;
Inverso um segmento de DNA sofre uma rotao de 180; e Deleo em que
ocorre a remoo de um ou mais nucleotdeos.Mutaes
cromossmicas:Transposio ocorre a passagem de um segmento de
cromossomos ou todo para outro cromossomo.Hibridao:Dois ncleos
haplides (1n), contendo material gentico diferente, unem-se para
formar um ncleo diplide (2n), chamado zigoto. O zigoto divide-se
meioticamente e produz novas clulas haplides. Portanto, hibridao
vem a ser a combinao de ncleos diferentes e incorporao na prognie
de caractersticas genticas de ambos os pais.Recombinao gnica:
Recombinao meitica (sexuada) o principal mecanismo amplificador da
variabilidade em organismos superiores, ocorrendo durante a
meiose.
Mecanismos de variabilidade em fungosHeterocariose: Coexistncia
de ncleos geneticamente diferentes em um citoplasma comum atravs
anastomose de hifas.Parassexualidade:Ocorrncia de plasmogamia entre
duas hifas genticamente diferentes, formando um heterocarion, ou
seja, presena de dois ncleos geneticamente diferentes na mesma
clula. Esta situao de heterocariose termina quando ocorre a unio
destes ncleos originando uma clula ou hifa diplide, a qual se
perpetua por mitose.Adaptao citoplasmtica: a capacidade de o
organismo adaptar-se a um novo ambiente, anteriormente desfavorvel,
quando em contato com este. Trs tipos de adaptao tm sido
mostrados:1. Capacidade de tolerar substncias anteriormente
txicas;2. Capacidade de adquirir habilidade para utilizar novos
substratos de crescimento;3. Capacidade de adquirir ou perder
patogenicidade.
Diferena entre o ciclo sexual e parassexual:1. Fuso de ncleos s
ocorre entre clulas sexuais especializadas (sexual); Fuso dos
ncleos pode ocorrer entre hifas (parassexual).2. Da fuso do ncleo
resulta o zigoto (diplide), que persiste por apenas uma diviso
celular (sexual); A clula diplide pode se dividir mitoticamente por
vrios ciclos (parassexual).
Mecanismos de variabilidade em bactrias:Transformao:Absoro de
fragmentos de DNA do meio externo e subsequente incorporao no
genoma. um evento raro exige clulas especializadas (clulas
competentes).Conjugao:Transferncia de fragmentos de cromossomo ou
plasmdeos de uma clula doadora para uma receptora. Atravs de
plasmdeos especiais os plasmdeos de conjugao.Transduo: a
transferncia de material gentico de uma bactria a outra por
intermdio de bacterifagos ou vrus.1. DNA bacteriano encapsidado e
levado para outra clula;2. Durante a exciso do genoma viral ele
traz parte do DNA bacteriano;Bacterifago ltico e lisognico:De
maneira geral, os bacterifagos lticos (tambm chamados virulentos)
aderem superfcie da clula hospedeira e injetam seu material gentico
no interior desta, o genoma do bacterifago replicado, gerando novas
cpias do vrus. A replicao do fago leva a morte da clula hospedeira,
liberando no ambiente, inmeras cpias do vrus.Durante a fase
lisognica (tambm chamada de temperada), o genoma do bacterifago
integra-se ao genoma da bactria ocorrendo que este bacterifago
multiplica-se juntamente com o genoma da bactria, pois os genes que
controlam seu ciclo ltico no so expressos. Normalmente esse
controle mantido por uma protena repressora da expresso gnica do
prprio vrus. Quando este repressor inativado o bacterifago
induzido. Essa induo resulta na produo de novas partculas virais,
ocasionando a morte da clula hospedeira e liberando os novos
bacterifagos.
Mecanismo de variabilidade em vrus:Mutao: o principal mecanismo
de variabilidade.Recombinao genmica: mais comum do que em outros
microrganismos e pode ocorrer entre o vrus e
hospedeiro.Tipos:Homloga - duas partculas virais semelhantes trocam
segmentos homlogos de DNA.Ilegtima (no-homloga) - partculas virais
diferentes trocam segmentos genmicos entre si.Aberrante (genomas de
RNA) - duas partculas virais semelhantes trocam segmentos
no-homlogos do genoma.
Consequncias da variabilidade: Ocorre variao do patgeno quanto
especificidade do hospedeiro, gerando Formae specialis e raas.
CLASSIFICAO DE DOENAS SEGUNDO PROCESSOS
INTERFERIDOSIntroduo:Diversos critrios baseados no hospedeiro ou no
patgeno podem ser usados na classificao das doenas. Quando o
hospedeiro tomado como referncia:# Doenas que ocorrem em
determinada espcie# Segundo a parte atacada# Segundo a natureza dos
patgenos # Segundo a interferncia nos processos fisiolgicos vitais
da planta (McNew).McNew props seis processos vitais cujos eventos
obedecem uma ordem cronolgica:1. Acmulo de nutrientes em orgos de
armazenamento para o desenvolvimento de tecidos embrionrios; (Grupo
I) - Doenas que destroem os orgos de armazenamento;2.
Desenvolvimento de tecidos jovens s custas de nutrientes
armazenados; (Grupo II) - Doenas que causam danos em plntulas
(Damping-off);3. Absoro de gua e nutrientes a partir de um
substrato;(Grupo III) - Doenas que danificam as razes (Podrides de
razes e colo);4. Transporte de gua e minerais atravs do sistema de
vasos; (Grupo IV) - Doenas que atacam o sistema vascular (Doenas
vasculares);5. Fotossntese; (Grupo V) - Doenas que interferem na
fotossntese (Manhas, Ferrugens, Odios e Mldios);6. Utilizao pela
planta de substncias elaboradas atravs da fotossintese; (Grupo VI)
- Doenas que alteram o aproveitamento das substncias
fotossintetizadas(Carves Galhas e Viroses) . medida que o grupo das
doenas aumenta (nmero maior) aumenta a evoluo dos parasitas,
diminui a sua agressividade e aumenta a especificidade do patgeno
sobre o hospedeiro.Grupo IGrupo IIGrupo IIIGrupo IV
Processo interferidoDestruio de reservas e nutrientes,
ocasionando reflexos na nutrio de tecidos embrionrios.Digesto de
reservas com reflexos na germinao e desenvolvimento das
plntulas.absoro e acmulo de gua e minerais.Transporte de gua e
minerais.
DoenasPodrides moles de frutos e hortalias, podrides de sementes
e madeira.
Tombamento, mela, doenas de sementeiras, danos em sementes e
plntulas em pr e ps- emergncia.podrides de razes e colo.Vasculares
ou murchas.
Agentes casuaisErwinia caratovora, Botrytis, penicillium,
Rhizopus spPythium Phytophthora Fusarium Rhizoctonia
Colletotrichum, Phoma, Xanthomonas, Pseudomonas
Thielaviopsis basicola, Fusarium solani, Ophiobolus gramonis,
Phytophthora cactorum, Rosellinia, Sclerotinia ( fazem parte da
microflora do solo).Verticillium albo-atrum, Ralstonia
solanacearum, Erwinia , Clavibacter.
SintomasNutre-se do lquido extravasado, multiplica-se e atua nos
tecidos adjacentes levando-os a um colapso com extravaso de
lquidos.Antes da emergncia: manchas, morte Ps-emergncia:
encharcamento, necrose, murcha e tombamento
Murcha, apodrecimento de razes, amarelecimento e queda precoce
de folhas, murcha e morte.Murcha (exteriorizao da falta de
gua).
Mecanismos de ataqueEnzimas: celulase, amilase, pectinolticas e
Toxinasenzimas (pectinolticas e proteolticas),toxinas, ao
mecnicaToxinas e enzimasToxinas
SobrevivnciaMO como saprfitas e nas sementesno solo como
saprfitas, sementes restos de cultura e estruturas de
resistnciasolo (estruturas de resistncia), sementes restos de
culturaSolo, xilema, restos de cultura, sementes.
Tipo de parasitismofacultativosfacultativos, tacam tecidos
jovens metabolicamente ativos.Facultativos muito agressivos e pouca
especializao em relao ao parasitismo.Facultativo com alta
especialidade em nvel de espcie de planta.
PenetraoFerimentosdireta e por ferimentos, colonizao inter e
intracelular so muito influenciados pelo ambiente, idade dos
tecidos.
Ferimentos, plos radiculares, manta micelial, enzimas e
apressrios.Ferimentos, aberturas naturais e plos absorventes.
ControleEvitar ferimentos, Melhores condies de armazenameno,
higenizao e tratamento qumico.
diminuio do inculo, melhorar as condies para a germinao, mudana
de local, evitar altas densidades de sementes.
(Difcil, o solo um ambiente complexo),rotao de culturas,
estimular antibiose, mudana de local, cultivares
resistentesResistncia varietal, Rotao de culturas, mudana de
local.
MEIOS DE CULTURA
Os meios de cultura so substncias ou solues que proporcionam o
desenvolvimento de um microrganismo ou mais. H uma grande
quantidade de meios utilizados no isolamento, na manuteno e na
propagao de culturas puras de bactrias e de fungos fitopatognicos.
Um meio adequado deve incluir fontes de C, N, e sais inorgnicos.
Outros dependendo do microrganismo devem ter mesmo, vitaminase e
fatores de crescimento (aminocidos).Os meios de cultura de acordo
com seu estado so classificados em: lquidos, slidos e semi-slidos e
quanto composio em: sintticos, semi-sintticos e naturais.
Meios lquidos:Os meios lquidos so menos usados que os slidos,
por serem mais difceis de lidar e mais sujeitos a contaminaes, so
usados principalmente para aumentar o inoculo de bactrias e fungos.
Os microrganismos em cultura lquida podem ser cultivados em meio
parado ou em meio agitado, a agitao proporciona mais aerao e
uniformidade no desenvolvimento do fungo.
Meios slidos:Normalmente, so utilizados no isolamento de
bactrias e fungos para fins de identificao e de preservao de
culturas.Caractersticas do Agar: - Um polissacardeo obtido de algas
;- No tem nenhum valor nutritivo;- Forma um gel claro abaixo de
40C;- Funde-se a 80 - 100C e tolera as altas temperaturas de
esterilizao sem se destruir;
Meios semi-slidos:O Agar esta na faixa de temperatura entre 50 a
60 C.
Meios sintticos:So aqueles cuja composio e concentraes qumicas
dos ingredientes so conhecidas. Esses meios so teis nos estudos
fisiolgicos. Ex: Agar nutritivoPeptona 5 g
Extrato de carne 3 g
Cloreto de sdio 1 g
Agar 15 g
gua1000 ml
Meios semi-sintticos:So aqueles onde pelo menos alguns dos
ingredientes, so de composio desconhecida ou varivel. Ex: adio de
extrato de levedura. O extrato de levedura contm certas vitaminas,
mas desconhecem-se as quantidades exatas. O resultado um meio cuja
composio relativamente previsvel, porm no completamente conhecida
quimicamente.
Meios naturais:Os meios naturais so compostos, parcial ou
integralmente, por produtos naturais, como partes de plantas, de
infuses ou de extratos de materiais de origem vegetal ou animal.
Nem todos os microrganismos, podem ser cultivados em meios de
culturas. Os parasitas obrigatrios no crescem em meios artificiais
de cultura, por isto se utiliza meios naturais. Ex de meio
natural:BDA (batata dextrose Agar)Batata 140 g
Dextrose 10 g
Agar 20 g
gua destilada esterilizada1000 ml
Controle do pH e distribuio do meio:O meio usado deve ser
ajustado para um pH timo, com vistas ao cultivo de bactrias ou de
fungos antes da esterilizao. Para tornar o meio cido ou alcalino
num nvel desejado, acrescentar cido clordrico (HCl) ou Hidrxido de
sdio (NaOH), respectivamente.A distribuio do meio nos tubos de
cultura, feita com o funil distribuidor e ainda com o auxlio do
funil Roux , no qual o meio de cultura mantido fundido. Ao
distribuir os meios deve-se evitar bezuntar a boca dos tubos de
cultura. Depois de receberem o meio de cultura, os tubos ou frascos
so fechados com um tampo de algodo.Outros meios:Meios diferenciais
so aqueles que pem em evidncia determinadas propriedades teis a
identificao de diferentes espcies. Meios seletivos permitem
dominncia absoluta do organismo que se quer isolar.
ESTERELIZAOConceito:Esterilizao o processo de destruio de todas
as formas de vida microscpicas.
Mtodos de esterilizao:A esterilizao pode ser obtida por meios
fsicos, qumicos ou mecnicos. O uso adequado desses tratamentos deve
destruir todos os microrganismos. A seleo determinada pelo seu
custo, por sua eficincia e por sua aplicabilidade.
Esterilizao por meios fsicos: Pode ser pelo calor (seco ou mido)
ou por filtraoEsterilizao pelo calor seco:Mtodo mais usado para a
esterilizao de aparelhos e materiais resistentes ao calor seco,
como as vidrarias e slidos secos que no se fundem ou no se queimam
facilmente. Pode ser feita:a) Flambagem - Consiste na esterilizao
utilizando uma chama direta, feita rapidamente em instrumentos
pequeno.b) forno de Pasteur - Recipiente retangular de paredes
duplas isoladas termicamente e aquecido a eletricidade. Recipientes
como, bales de vidro, e outros que possam ser fechados com tampo de
algodo, depois de tampados, so colocados no forno sem outro
preparo, as placas de Petri so embrulhadas em papel antes de
arrumadas no forno. As pipetas recebem pequeno tampo de algodo na
extremidade pela qual vai se fazer a aspirao. Todo o material deve
estar rigorosamente limpo e seco antes de submetido esterilizao.A
esterilizao deve prolongar-se (depois de atingida a temperatura de
300C) durante 3 horas. Completado o tempo necessrio para a
esterilizao, a temperatura do forno dever baixar lentamente, a fim
de evitar o fendilhamento do material. de vidro, em consequncia da
contrao desigual do vidro, que se d quando a temperatura cai
bruscamente.
Esterilizao pelo calor mido:Mtodo usado para a esterilizao de
lquidos e substncias slidas que se evaporam facilmente. A
temperatura e o tempo de esterilizao so menores que o da
esterilizao a seco, uma vez que seu poder de penetrao maior,
levando os microrganismos morte pela coagulao de protenas.a)
Autoclave Como processo de autoclavagem o ar do interior da cmara
substitudo por vapor dgua que muito mais eficiente na transmisso do
calor. Ento fechar a vlvula e manter a temperatura de 120C durante
20 minutos. Aps acabar o perodo esperar baixar a presso e abrir o
autoclave.
Esterilizao por filtrao:Solues que contenham substncias qumicas
facilmente destrutveis pelo calor, no podem ser autoclavados, se
utiliza, nesses casos, a esterilizao por filtrao. A filtrao
consiste em fazer passar substncias lquidas atravs de filtros
especiais esterilizados, com o fim de livr-las de microrganismos
que as contaminam. A filtrao feita em dispositivos adequados,
atravs de velas ou discos esterilizantes.
Esterilizao por meios qumicos:Dentre as numerosas substncias
qumicas que exercem ao desinfetante ou assptica, destacamos:- lcool
comum.- Hipoclorito de sdio: usado na proporo de 1:1.- Formol:
usado em soluo a 5%.
EPIDEMIOLOGIA
Conceitos iniciais:Epidemiologia pode ser definida entre outros
conceitos, como o estudo dos fatores que afetam a velocidade de
aumento da doena entre populaes de plantas. Epidemia trata de
populaes, indivduos no tem interesse.Existem doenas normalmente
presentes numa regio, incidindo, geralmente, sobre poucas plantas.
Essas doenas so conhecidas como endmicas. As causas que determinam
a ocorrncia dessas doenas so as mais variadas possveis, mas sempre
se relacionam com baixa virulncia do agente causal, pequena populao
ou baixa suscetibilidade do hospedeiro, e condies ecolgicas
desfavorveis ao patgeno. Quando uma doena incide sobre muitos
indivduos numa rea ou regio, num determinado tempo, ela denominada
epidmica. As epidemias se caracterizam por serem altamente
destrutivas e de ocorrncia explosiva. Quando as epidemias se
estendem por grandes reas de um continente elas so chamadas de
pandmias.
1. Doenas monocclicas: estas doenas se caracterizam por
apresentarem um nico ciclo durante o cultivo, o inculo produzido em
plantas doentes no ir causar doena nas plantas vizinhas durante o
mesmo perodo de cultivo. O inculo produzido nessas plantas servir
para infectar plantas que novamente se estabelecerem nessa rea, o
caso de doenas vasculares (murchas).2. Doenas policclicas: so
aquelas que o inculo produzido sobre plantas doentes, infectam no
mesmo cultivo. Nestas doenas h formao do chamado inculo secundrio,
encarregado da propagao da doena dentro da lavoura. As doenas que
causam manchas foliares so tipicamente doenas policclicas.
Objetivos:Os principais objetivos da epidemiologia prever o
aparecimento da doena e estabelecer um sistema de alarme.
Fatores determinantes de uma epidemia:Trs elementos so
fundamentais para ocorrer uma doena parasitria: um patgeno
virulento, um hospedeiro suscetvel e condies ambientais favorveis.
Esses elementos devem ocorrer simultaneamente.
Relacionados com o hospedeiro:Postulado fundamental:Patgenos com
genes desnecessrios de virulncia no sobrevivem em uma populao.Que
diferena existe entre uma multilinha composta de linhagens R1, R2,
R3 e R4, cada linhagem contendo apenas um gene de resistncia, e uma
cultivar resistente tradicional com 4 genes reunidos numa mesma
planta?Ambas tem os mesmos 4 genes de resistncia, mas a estratgia
de seu emprego diferente. No caso da cultivar tradicional o uso de
4 genes de resistncia em todas as plantas submete o patgeno a uma
intensa seleo direcional que, levar seleo da super raa (1,2,3,4). E
quando isso acontecer, em pouco tempo, toda a populao ser dizimada
porque o inoculo proveniente de qualquer planta ser capaz de causar
doena em todas as plantas da cultura. Quando se usa cultivares
multilinhas a situao muda por completo. E caso raas mais complexas
apaream a seleo estabilizadora se encarregar de no permitir que
elas sejam selecionadas. As raas (1,2,3,4) que pode atacar todas as
linhagens da cultivar multilinha, ter sempre, 3 genes desnecessrios
de virulncia, o que significa dizer que sua capacidade de
sobrevivncia ser grandemente prejudicada a tal ponto de ser
praticamente eliminada da populao do patgeno.
Relacionados com o patgeno:Elevado grau de virulncia: A
virulncia funo do poder invasor ou agressividade, da infecciosidade
e do poder toxgeno. a resultante destas trs foras componentes, no
caso especfico da manifestao de uma epidemia, pesa fundamentalmente
a primeira condio, a agressividade do patgeno, pois dela decorre a
quantidade de indivduos afetados. Elevado potencial de inculo: O
incio de uma epidemia depende da quantidade de inculo inicial
disponvel. Para as monocclicas, pela natureza de sua propagao, a
quantidade inicial de inculo fator fundamental para que a epidemia
se manifeste. Em doenas policclicas, sua quantidade no to
importante como o para as monocclicas. Alta capacidade reprodutiva:
Patgenos que apresentam alta capacidade reprodutiva so, em
princpio, os mais importantes do ponto de vista epidemiolgico.Rpida
e eficiente disseminao: No basta um patgeno apresentar alta
capacidade reprodutiva para ser potencialmente importante do ponto
de vista epidemiolgico, necessrio, tambm, que o inculo produzido
seja rpido e com disseminao eficiente.Larga amplitude de aceitao s
condies do ambiente: Esta condio assegura uma maior prevalncia do
patgeno no ambiente onde se estabeleceu.Relacionado com o
ambiente:A participao do ambiente no surto de uma doena faz
sentir-se mediante trs aspectos: Condies favorveis: devemos
entender o conjunto de fatores ecolgicos que favorecem,
isoladamente, o patgeno, promovendo sua sobrevivncia ou fixao na
rea, mesmo quando ele no est associado ao seu hospedeiro. Fusarium
oxysporum f. sp. vasinfectum, por exemplo, encontra melhores
condies de sobrevivncia em solos arenosos e de baixo pH. Condies
predisponentes: so aqueles que influenciam to somente o hospedeiro,
a torn-lo mais sujeito a doena ainda antes do estabelecimento da
relao direta planta-patgeno. Entende-se condio de maior ou menor
suscetibilidade determinada por fatores no genticos, que comumente
atuam antes da infeco da planta pelo patgeno.
Condies propiciatrias: referem-se doena j em processo, so os
fatores ambientais adequados ao melhor desenvolvimento da interao
patgeno hospedeiro. O favorecimento o patgeno e a planta ambos
associados.
Fatores responsveis pela ascenso de uma epidemia:- Densas
populaes de uma mesma cultura; - Suscetibilidade da populao
hospedeira;- Agressividade do patgeno;- Introduo de determinadas
tcnicas agronmicas;- Constancia de emprego de certos tratos
culturais;- Mudanas climticas;- Mutaes patognicas.
Fatores responsveis pelo declnio de uma epidemia:- Variaes
climticas ou edaficas;- Aumento percentual de indivduos
resistentes;- Uma moderao da atividade dos veculos de disseminao; -
Uma variao genotpica do patgeno, com reflexos negativos para a sua
virulncia;- Interferncia do homem, do tcnico ou especialista,
planejando e executando um efetivo programa de controle.COLETA DE
AMOSTRAS DE SOLO E RAZES PARA ANLISE NEMATOLGICAFitonematides so
seres que se encontram no solo parasitando plantas cultivadas
em:Orgos subterrneos (razes, bulbos, tubrculos e rizomas);Orgos
areos (caules, folhas e sementes);Organismos quando penetrarem e se
alimentarem, causam danos mecnicos, alm de retirarem nutrientes da
planta para o seu prprio sustento;Estes fitonematides no se
distribuem uniformemente no solo.
Como coletar amostras de solo e razes:Material necessrio: Enxado
ou trado; Sacos plsticos (1 a 2L); Baldes; Tesoura de poda;
Etiquetas e lpis; Fichas de informao; e Caixa de isopor.Cuidados: A
umidade do solo deve ser (60% c/c); Na coleta de razes evitar o
ressecamento; Preencher a ficha identificao da amostra;
Acondicionamento da amostra para envio ao laboratrio; Identificar
os pontos de coleta (localizao); Na impossibilidade do envio
imediato, guardar amostras na geladeira.Para colete deve ter o
cuidado de fazer sub-amostras representativas da rea, e locais onde
estiver sintomas de reboleiras realizar mais amostragens. Sendo que
a amostragem pode ser em paralelo ou aleatrio.Como coletar em
culturas anuais:Antes da arao e gradagem Colher 15-20 subamostras
de razes da cultura atual e plantas daninhas; Aps o preparo do solo
percorrer a rea em zigue-zague coletando 15-20 subamostras solo/ha
at 20-30cm de profundidade; Misturar subamostras para obteno 1
amostra composta/ha (800g solo e 100g razes);Como coletar em
culturas perenes:Coletar as amostras na projeo da copa da planta;
Percorrer a rea em zigue-zague coletando uma poro do solo
(trado/p/enxado) at 20-30cm profundidade;Como coletar em
viveiros/mudas:Coletar no viveiro, aleatoriamente, 10 mudas + solo
rizosfera para cada 1000 mudas; Amostra composta: 800g solo e 1%
mudas; Identificar amostra e enviar imediatamente ao
laboratrio.