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30 falcias mais comum utilizadas em debates e discusses
16/052012 BabuWin Postado por BabuWin em Curiosidades, Listas
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Quando li esse post do Blog Papo de Homem, no tive dvidas: eu
precisava traz-lo para o Ah Duvido. H tempos euprocurava um post
assim, mesmo porque acho que, chutando baixo, 2/3 dos internautas
desconhecem asregras invisveis de um debate. Eu vejo muito isso nos
fruns, comunidades, grupos, sites e especialmente, noscomentrios
aqui do Blog (geralmente feito por algum paraquedista).
Ento, se voc no quer mais fazer o papel de idiota frente uma
discusso, seja ela na Internet e no mundo real,tenha em mente o que
est escrito nesse post. Ele mostra o que falcia e os tipos de
falcia mais comum. Confira:
O QUE UMA FALCIA?
Na lgica e na retrica, uma falcia um argumento logicamente
inconsistente, sem fundamento, invlido ou falho nacapacidade de
provar eficazmente o que alega. Argumentos que se destinam persuaso
podem parecer convincentespara grande parte do pblico apesar de
conterem falcias, mas no deixam de ser falsos por causa disso.
Reconhecer as falcias por vezes difcil. Os argumentos falaciosos
podem ter validade emocional, ntima, psicolgica,mas no validade
lgica. importante conhecer os tipos de falcia para evitar
armadilhas lgicas na prpriaargumentao e para analisar a argumentao
alheia.
-
importante observar que o simples fato de algum cometer uma
falcia no invalida toda a sua argumentao.Ningum pode dizer: Li um
livro de Rousseau, mas ele cometeu uma falcia, ento todo o seu
pensamento deve estarerrado. A falcia invalida imediatamente o
argumento no qual ela ocorre, o que significa que s esse
argumentoespecfico ser descartado da argumentao, mas pode haver
outros argumentos que tenham sucesso. Por exemplo,se algum diz:
O fogo quente e sei disso por dois motivos: 1. ele vermelho; e
2. medi sua temperatura com um termmetro.
Nesse exemplo, foi de fato comprovado que o fogo quente por meio
da premissa 2. A premissa 1 deve serdescartada como falaciosa, mas
a argumentao no est de todo destruda.
TIPOS PRINCIPAIS DE FALCIA
Abaixo temos as mais comuns falcias lgicas argumentativas. A
numerao no indica nenhum tipo de hierarquia entreelas, apenas para
facilitar futuras referencias a exemplos especficos.
1. Espantalho
Voc desvirtuou um argumento para torn-lo mais fcil de
atacar.
Ao exagerar, desvirtuar ou simplesmente inventar um argumento de
algum, fica bem mais fcil apresentar a suaposio como razovel ou
vlida. Este tipo de desonestidade no apenas prejudica o discurso
racional, como tambmprejudica a prpria posio de algum que o usa,
por colocar em questo a sua credibilidade se voc est disposto
adesvirtuar negativamente o argumento do seu oponente, ser que voc
tambm no desvirtuaria os seus positivamente?
Exemplo: Depois de Felipe dizer que o governo deveria investir
mais em sade e educao, Jader respondeu
dizendo estar surpreso que Felipe odeie tanto o Brasil, a ponto
de querer deixar o nosso pas completamente
indefeso, sem verba militar.
***
2. Causa Falsa
Voc sups que uma relao real ou percebida entre duas coisas
significa que uma a causa da outra.
Uma variao dessa falcia a cum hoc ergo propter hoc (com isto,
logo por causa disto), na qual algum supeque, pelo fato de duas
coisas estarem acontecendo juntas, uma a causa da outra. Este erro
consiste em ignorar apossibilidade de que possa haver uma causa em
comum para ambas, ou, como mostrado no exemplo abaixo, que asduas
coisas em questo no tenham absolutamente nenhuma relao de causa, e
a sua aparente conexo s umacoincidncia.
Outra variao comum a falcia post hoc ergo propter hoc (depois
disto, logo por causa disto), na qual umarelao causal presumida
porque uma coisa acontece antes de outra coisa, logo, a segunda
coisa s pode ter sidocausada pela primeira.
Exemplo: Apontando para um grfico metido a besta, Rogrio mostra
como as temperaturas tm aumentado
nos ltimos sculos, ao mesmo tempo em que o nmero de piratas tm
cado; sendo assim, obviamente, os
piratas que ajudavam a resfriar as guas, e o aquecimento global
uma farsa.
***
3. Apelo emoo
Voc tentou manipular uma resposta emocional no lugar de um
argumento vlido ou convincente.
-
Apelos emoo so relacionados a medo, inveja, dio, pena, orgulho,
entre outros.
importante dizer que s vezes um argumento logicamente coerente
pode inspirar emoo, ou ter um aspectoemocional, mas o problema e a
falcia acontecem quando a emoo usada no lugar de um argumento
lgico. Ou,para tornar menos claro o fato de que no existe nenhuma
relao racional e convincente para justificar a posio dealgum.
Exceto os sociopatas, todos so afetados pela emoo, por isso
apelos emoo so uma ttica de argumentaomuito comum e eficiente. Mas
eles so falhos e desonestos, com tendncia a deixar o oponente de
algumjustificadamente emocional.
Exemplo: Lucas no queria comer o seu prato de crebro de ovelha
com fgado picado, mas seu pai o lembrou
de todas as crianas famintas de algum pas de terceiro mundo que
no tinham a sorte de ter qualquer tipo de
comida.
***
4. A falcia da falcia
Supor que uma afirmao est necessariamente errada s porque ela no
foi bem construda ou porque umafalcia foi cometida.
H poucas coisas mais frustrantes do que ver algum argumentar de
maneira fraca alguma posio. Na maioria doscasos um debate vencido
pelo melhor debatedor, e no necessariamente pela pessoa com a posio
mais correta. Seformos ser honestos e racionais, temos que ter em
mente que s porque algum cometeu um erro na sua defesa doargumento,
isso no necessariamente significa que o argumento em si esteja
errado.
Exemplo: Percebendo que Amanda cometeu uma falcia ao defender
que devemos comer alimentos saudveis
porque eles so populares, Alice resolveu ignorar a posio de
Amanda por completo e comer Whopper Duplo
com Queijo no Burger King todos os dias.
***
5. Ladeira Escorregadia
Voc faz parecer que o fato de permitirmos que acontea A far com
que acontea Z, e por isso nopodemos permitir A.
O problema com essa linha de raciocnio que ela evita que se lide
com a questo real, jogando a ateno emhipteses extremas. Como no se
apresenta nenhuma prova de que tais hipteses extremas realmente
ocorrero, estafalcia toma a forma de um apelo emoo do medo.
Exemplo: Armando afirma que, se permitirmos casamentos entre
pessoas do mesmo sexo, logo veremos
pessoas se casando com seus pais, seus carros e seus macacos
Bonobo de estimao.
Exemplo 2: a explicao feita aps o terceiro subttulo O voto
divergente do ministro Ricardo Lewandowski ea ladeira escorregadia
- deste texto sobre aborto. Vale a leitura.
***
6. Ad hominem
Voc ataca o carter ou traos pessoais do seu oponente em vez de
refutar o argumento dele.
Ataques ad hominem podem assumir a forma de golpes pessoais e
diretos contra algum, ou mais sutilmente jogar
-
dvida no seu carter ou atributos pessoais. O resultado desejado
de um ataquead hominem prejudicar o oponentede algum sem precisar
de fato se engajar no argumento dele ou apresentar um prprio.
Exemplo: Depois de Salma apresentar de maneira eloquente e
convincente uma possvel reforma do sistema de
cobrana do condomnio, Samuel pergunta aos presentes se eles
deveriam mesmo acreditar em qualquer coisa
dita por uma mulher que no casada, j foi presa e, pra ser
sincero, tem um cheiro meio estranho.
***
7. Tu quoque (voc tambm)
Voc evitar ter que se engajar em crticas virando as prprias
crticas contra o acusador voc respondecrticas com crticas.
Esta falcia, cuja traduo do latim literalmente voc tambm,
geralmente empregada como um mecanismo dedefesa, por tirar a ateno
do acusado ter que se defender e mudar o foco para o acusador.
A implicao que, se o oponente de algum tambm faz aquilo de que
acusa o outro, ele um hipcrita.Independente da veracidade da
contra-acusao, o fato que esta efetivamente uma ttica para evitar
ter quereconhecer e responder a uma acusao contida em um argumento
ao devolver ao acusador, o acusado no precisaresponder acusao.
Exemplo: Nicole identificou que Ana cometeu uma falcia lgica,
mas, em vez de retificar o seu argumento,
Ana acusou Nicole de ter cometido uma falcia anteriormente no
debate.
Exemplo 2: O poltico Anbal Z das Couves foi acusado pelo seu
oponente de ter desviado dinheiro pblico na
construo de um hospital. Anbal no responde a acusao diretamente
e devolve insinuando que seu oponente
tambm j aprovou licitaes irregulares em seu mandato.
***
8. Incredulidade pessoal
Voc considera algo difcil de entender, ou no sabe como funciona,
por isso voc d a entender que no sejaverdade.
Assuntos complexos como evoluo biolgica atravs de seleo natural
exigem alguma medida de entendimento sobrecomo elas funcionam antes
que algum possa entend-los adequadamente; esta falcia geralmente
usada no lugardesse entendimento.
Exemplo: Henrique desenhou um peixe e um humano em um papel e,
com desdm efusivo, perguntou a Ricardo
se ele realmente pensava que ns somos babacas o bastante para
acreditar que um peixe acabou evoluindo at
a forma humana atravs de, sei l, um monte de coisas aleatrias
acontecendo com o passar dos tempos.
***
9. Alegao especial
Voc altera as regras ou abre uma exceo quando sua afirmao
exposta como falsa.
Humanos so criaturas engraadas, com uma averso boba a estarem
errados.
Em vez de aproveitar os benefcios de poder mudar de ideia graas
a um novo entendimento, muitos inventaro modosde se agarrar a
velhas crenas. Uma das maneiras mais comuns que as pessoas fazem
isso ps-racionalizar um motivoexplicando o porque aquilo no qual
elas acreditavam ser verdade deve continuar sendo verdade.
-
geralmente bem fcil encontrar um motivo para acreditar em algo
que nos favorece, e necessria uma boa dose deintegridade e
honestidade genuna consigo mesmo para examinar nossas prprias
crenas e motivaes sem cair naarmadilha da auto-justificao.
Exemplo: Eduardo afirma ser vidente, mas quando as suas
habilidades foram testadas em condies
cientficas apropriadas, elas magicamente desapareceram. Ele
explicou, ento, que elas s funcionam para
quem tem f nelas.
***
10. Pergunta carregada
Voc faz uma pergunta que tem uma afirmao embutida, de modo que
ela no pode ser respondida semuma certa admisso de culpa.
Falcias desse tipo so particularmente eficientes em descarrilar
discusses racionais, graas sua natureza inflamatria o receptor da
pergunta carregada compelido a se justificar e pode parecer abalado
ou na defensiva. Esta falciano apenas um apelo emoo, mas tambm
reformata a discusso de forma enganosa.
Exemplo: Graa e Helena estavam interessadas no mesmo homem. Um
dia, enquanto ele estava sentado
prximo suficiente a elas para ouvir, Graa pergunta em tom de
acusao: como anda a sua rehabilitao das
drogas, Helena?
***
11. nus da prova
Voc espera que outra pessoa prove que voc est errado, em vez de
voc mesmo provar que est certo.
O nus (obrigao) da prova est sempre com quem faz uma afirmao,
nunca com quem refuta a afirmao. Aimpossibilidade, ou falta de
inteno, de provar errada uma afirmao no a torna vlida, nem d a ela
nenhumacredibilidade.
No entanto, importante estabelecer que nunca podemos ter certeza
de qualquer coisa, portanto devemos valorizarcada afirmao de acordo
com as provas disponveis. Tirar a importncia de um argumento s
porque ele apresenta umfato que no foi provado sem sombra de dvidas
tambm um argumento falacioso.
Exemplo: Beltrano declara que uma chaleira est, nesse exato
momento, orbitando o Sol entre a Terra e Marte
e que, como ningum pode provar que ele est errado, a sua afirmao
verdadeira.
***
12. Ambiguidade
Voc usa duplo sentido ou linguagem ambgua para apresentar a sua
verdade de modo enganoso.
Polticos frequentemente so culpados de usar ambiguidade em seus
discursos, para depois, se forem questionados,poderem dizer que no
estavam tecnicamente mentindo. Isso qualificado como uma falcia,
pois intrinsecamenteenganoso.
Exemplo: Em um julgamento, o advogado concorda que o crime foi
desumano. Logo, tenta convencer o jri de
que o seu cliente no humano por ter cometido tal crime, e no
deve ser julgado como um humano normal.
***
-
13. Falcia do apostador
Voc diz que sequncias acontecem em fenmenos estatisticamente
independentes, como rolagem dedados ou nmeros que caem em uma
roleta.
Esta falcia de aceitao comum provavelmente o motivo da criao da
grande e luminosa cidade no meio de umdeserto americano chamada Las
Vegas.
Apesar da probabilidade geral de uma grande sequncia do
resultado desejado ser realmente baixa, cada lance dodado , em si
mesmo, inteiramente independente do anterior. Apesar de haver uma
chance baixssima de um cara-ou-coroa dar cara 20 vezes seguidas, a
chance de dar cara em cada uma das vezes e sempre ser de 50%,
independentede todos os lances anteriores ou futuros.
Exemplo: Uma roleta deu nmero vermelho seis vezes em sequncia,
ento Gregrio teve quase certeza que o
prximo nmero seria preto. Sofrendo uma forma econmica de seleo
natural, ele logo foi separado de suas
economias.
***
14. Ad populum
Voc apela para a popularidade de um fato, no sentido de que
muitas pessoas fazem/concordam com aquilo,como uma tentativa de
validao dele.
A falha nesse argumento que a popularidade de uma ideia no tem
absolutamente nenhuma relao com a suavalidade. Se houvesse, a Terra
teria se feito plana por muitos sculos, pelo simples fato de que
todos acreditavam queela era assim.
Exemplo: Luciano, bbado, apontou um dedo para Jo e perguntou
como que tantas pessoas acreditam em
duendes se eles so s uma superstio antiga e boba. Jo, por sua
vez, j havia tomado mais Guinness do que
deveria e afirmou que j que tantas pessoas acreditam, a
probabilidade de duendes de fato existirem grande.
***
15. Apelo autoridade
Voc usa a sua posio como figura ou instituio de autoridade no
lugar de um argumento vlido. (Apopular carteirada.)
importante mencionar que, no que diz respeito a esta falcia, as
autoridades de cada campo podem muito bem terargumentos vlidos, e
que no se deve desconsiderar a experincia e expertise do outro.
Para formar um argumento, no entanto, deve-se defender seus
prprios mritos, ou seja, deve-se saber por que apessoa em posio de
autoridade tem aquela posio. No entanto, claro, perfeitamente
possvel que a opinio deuma pessoa ou instituio de autoridade esteja
errada; assim sendo, a autoridade de que tal pessoa ou instituio
gozano tem nenhuma relao intrnseca com a veracidade e validade das
suas colocaes.
Exemplo: Impossibilitado de defender a sua posio de que a teoria
evolutiva no real, Roberto diz que ele
conhece pessoalmente um cientista que tambm questiona a Evoluo e
cita uma de suas famosas falas.
Exemplo 2: Um professor de matemtica se v questionado de maneira
insistente por um aluno especialmente
chato. L pelas tantas, irritado aps cometer um deslize em sua
fala, o professor argumenta que tem mestrado
ps-doutorado e isso mais do que suficiente para o aluno confiar
nele.
***
-
16. Composio/Diviso
Voc implica que uma parte de algo deve ser aplicada a todas, ou
outras, partes daquilo.
Muitas vezes, quando algo verdadeiro em parte, isso tambm se
aplica ao todo, mas crucial saber se existeevidncia de que este
mesmo o caso.
J que observamos consistncia nas coisas, o nosso pensamento pode
se tornar enviesado de modo que presumimosconsistncia e padres onde
eles no existem.
Exemplo: Daniel era uma criana precoce com uma predileo por
pensamento lgico. Ele sabia que tomos
so invisveis, ento logo concluiu que ele, por ser feito de
tomos, tambm era invisvel. Nunca foi vitorioso
em uma partida de esconde-esconde.
***
17. Nenhum escocs de verdade
Voc faz o que pode ser chamado de apelo pureza como forma de
rejeitar crticas relevantes ou falhas noseu argumento.
Nesta forma de argumentao falha, a crena de algum tornada
infalsificvel porque, independente de quoconvincente seja a
evidncia apresentada, a pessoa simplesmente move a situao de modo
que a evidnciasupostamente no se aplique a um suposto verdadeiro
exemplo. Esse tipo de ps-racionalizao um modo de evitarcrticas
vlidas ao argumento de algum.
Exemplo: Angus declara que escoceses no colocam acar no mingau,
ao que Lachlan aponta que ele um
escocs e pe acar no mingau. Furioso, como um escocs de verdade,
Angus berra que nenhum escocs de
verdade pe acar no seu mingau.
***
18. Gentica
Voc julga algo como bom ou ruim tendo por base a sua origem.
Esta falcia evita o argumento ao levar o foco s origens de algo
ou algum. similar falcia ad hominem no sentidode que ela usa
percepes negativas j existentes para fazer com que o argumento de
algum parea ruim, sem de fatodissecar a falta de mrito do argumento
em si.
Exemplo: Acusado no Jornal Nacional de corrupo e aceitao de
propina, o senador disse que devemos ter
muito cuidado com o que ouvimos na mdia, j que todos sabemos
como ela pode no ser confivel.
***
19. Preto-ou-branco
Voc apresenta dois estados alternativos como sendo as nicas
possibilidades, quando de fato existemoutras.
Tambm conhecida como falso dilema, esta ttica aparenta estar
formando um argumento lgico, mas sob anlisemais cuidadosa fica
evidente que h mais possibilidades alm das duas apresentadas.
O pensamento binrio da falcia preto-ou-branco no leva em conta
as mltiplas variveis, condies e contextos emque existiriam mais do
que as duas possibilidades apresentadas. Ele molda o argumento de
forma enganosa e
-
obscurece o debate racional e honesto.
Exemplo: Ao discursar sobre o seu plano para fundamentalmente
prejudicar os direitos do cidado, o Lder
Supremo falou ao povo que ou eles esto do lado dos direitos do
cidado ou contra os direitos.
***
20. Tornando a questo supostamente bvia
Voc apresenta um argumento circular no qual a concluso foi
includa na premissa.
Este argumento logicamente incoerente geralmente surge em
situaes onde as pessoas tm crenas bastanteenraizadas, e por isso
consideradas verdades absolutas em suas mentes. Racionalizaes
circulares so ruinsprincipalmente porque no so muito boas.
Exemplo: A Palavra do Grande Zorbo perfeita e infalvel. Ns
sabemos disso porque diz aqui no Grande e
Infalvel Livro das Melhores e Mais Infalveis Coisas do Zorbo Que
So Definitivamente Verdadeiras e No
Devem Nunca Serem Questionadas.
Exemplo 2: O plano estratgico de marketing o melhor possvel, foi
assinado pelo Diretor Bam-bam-bam.
***
21. Apelo natureza
Voc argumenta que s porque algo natural, aquilo vlido,
justificado, inevitvel ou ideal.
S porque algo natural, no significa que bom. Assassinato, por
exemplo, bem natural, e mesmo assim a maioriade ns concorda que no
l uma coisa muito legal de voc sair fazendo por a. A sua
naturalidade no constituinenhum tipo de justificativa.
Exemplo: O curandeiro chegou ao vilarejo com a sua carroa cheia
de remdios completamente naturais,
incluindo garrafas de gua pura muito especial. Ele disse que
natural as pessoas terem cuidado e
desconfiarem de remdios artificiais, como antibiticos.
***
22. Anedtica
Voc usa uma experincia pessoal ou um exemplo isolado em vez de
um argumento slido ou provaconvincente.
Geralmente bem mais fcil para as pessoas simplesmente
acreditarem no testemunho de algum do que entenderdados complexos e
variaes dentro de um continuum.
Medidas quantitativas cientficas so quase sempre mais precisas
do que percepes e experincias pessoais, mas anossa inclinao
acreditar naquilo que nos tangvel, e/ou na palavra de algum em quem
confiamos, em vez de emuma realidade estatstica mais abstrata.
Exemplo: Jos disse que o seu av fumava, tipo, 30 cigarros por
dia e viveu at os 97 anos ento no
acredite nessas meta anlises que voc l sobre estudos
metodicamente corretos provando relaes causais
entre cigarros e expectativa de vida.
***
23. O atirador do Texas
-
Voc escolhe muito bem um padro ou grupo especfico de dados que
sirva para provar o seu argumentosem ser representativo do
todo.
Esta falcia de falsa causa ganha seu nome partindo do exemplo de
um atirador disparando aleatoriamente contra aparede de um galpo,
e, na sequncia, pintando um alvo ao redor da rea com o maior nmero
de buracos, fazendoparecer que ele tem tima pontaria.
Grupos especficos de dados como esse aparecem naturalmente, e de
maneira imprevisvel, mas no necessariamenteindicam que h uma relao
causal.
Exemplo: Os fabricantes do bebida gaseificada Cocacar apontam
pesquisas que mostram que, dos cinco
pases onde a Cocacar mais vendida, trs esto na lista dos dez
pases mais saudveis do mundo, logo,
Cocacar saudvel.
***
24. Meio-termo
Voc declara que uma posio central entre duas extremas deve ser a
verdadeira.
Em muitos casos, a verdade realmente se encontra entre dois
pontos extremos, mas isso pode enviezar nossopensamento: s vezes
uma coisa simplesmente no verdadeira, e um meio termo dela tambm no
verdadeiro. Omeio do caminho entre uma verdade e uma mentira
continua sendo uma mentira.
Exemplo: Mariana disse que a vacinao causou autismo em algumas
crianas, mas o seu estudado amigo
Calebe disse que essa afirmao j foi derrubada como falsa, com
provas. Uma amiga em comum, a Alice,
ofereceu um meio-termo: talvez as vacinas causem um pouco de
autismo, mas no muito.
***
25. Apelo ao ridculo:
Ridicularizar um argumento como forma de derrub-lo.
Exemplo: Se a teoria da evoluo fosse verdadeira, significaria
que o seu tatarav seria um gorila
***
26. Apelo fora:
Utilizao de algum tipo de privilgio, fora, poder ou ameaa para
impor a concluso.
Exemplo: Acredite no que eu digo, no se esquea de quem que paga
o seu salrio.
***
27. Apelo riqueza:
Essa falcia a de acreditar que dinheiro fator de estar correto.
Aqueles mais ricos so os queprovavelmente esto certos.
Exemplo: O Baro um homem vivido e conhece como as coisas
funcionam. Se ele diz que bom, h de ser.
***
28. Argumentum ad lapidem:
-
Tags: curiosidades, debates, discusses, falcias, Internet,
listas
Desqualificar uma afirmao como absurda, mas sem provas.
Exemplo: Joo, ministro da educao, acusado de corrupo e
defende-se dizendo: Esta acusao umdisparate.
Baseado em qu?
***
29. Repetio nauseante:
a aplicao da repetio constante e a crena incorreta de que,
quanto mais se diz algo, mais correto est.
Exemplo: Se Joozinho diz tanto que sua ex-namorada uma
mentirosa, ento ela .
***
30. Causa diminuta:
Apontar uma causa irrelevante.
Exemplo: Vocs discutem quem tem direito ao ttulo de doutor,
enquanto tem gente passando fome.
***
Bnus: Teoria irrefutvel:
Informar um argumento com uma hiptese que no pode ser
testada.
Exemplo 1: Ganhei na loteria porque estava escrito no livro do
destino.
Exemplo 2: Tal teoria cientfica no pode estar errada porque j
foi comprovada, logo, no pode ser maistestada.
***
FONTE: PAPO DE HOMEM
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