AULA TERICA 03: ESTUDOS DE ALGAS, GOMAS, MUCILAGENS E PECTINAS
Biossntese metabolismo primrio metabolismo interesse farmacutico
formao da glicose fotossntese SUBSTNCIAS DO METABOLISMO PRIMRIO
APARECEM NO VEGETAL COMO: Elementos de sustentao (celulose);
Reservas energticas, formando polmeros (amido); Metablitos variados
(cidos nuclicos, coenzimas, etc); Como precursores obrigatrios de
outros metablitos.
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OSES = ACARES
HOLOSDEOS = COMBINAO DE OSES. Oligossacardeos: menos de 10
unidades Polissacardeos: + de 10 unidades. HETEROSDEOS = COMBINAO
DE OSE (S) COM UMA MOLCULA NO OSDICA GENINA OU AGLICONA
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POLISSACARDEOS DAS ALGAS
As trs grandes classes utilizadas: PHAEOPHYCEAS CIDO ALGNICO E
FUCANOS RHODOPHYCEAS GALACTANAS SULFATADAS CARRAGENINAS E AGAR-AGAR
CHLOROPHYCEAS POLISSACARDEOS COMPLEXOS (~SULFATADOS) INTERESSE
ECONMICO FONTE IMPORTANTE DE POLISSACARDEOS COMO ESPESSANTES E
GELIFICANTES. 1,6 MILHES DE TONELADAS DE ALGAS FRESCAS SO
VENDIDAS/ANO PARA INDSTRIAS. SO PROSUZIDOS 55.000 TON./ANO DE
ALGINATOS, CARRAGENINAS E AGAR-AGAR PARA INDSTRIAS AGROALIMENTCIAS.
UTILIZAO EM FARMCIAS GIS. ANLISES CLNICAS MEIOS DE CULTURA.
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FONTES DE SAIS DE K E IODO. FERTILIZANTES LQUIDOS PARA
AGRICULTURA. GIS QUE POSSIBILITAM A IMOBOLIZAO CELULAR PARA PRODUO
DE ANTICORPOS MONOCLONAIS. REFERMENTAO DO CHAMPAGNE EM
GARRAFAS.
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CIDO ALGNICO ALGINATOS
MISTURA DE CIDOS POLIURNICOS DE ALGAS PHAEOPHYCEAS Principais
representantes: LAMINARIA Laminaria sp. (L. digitata Lamouroux e L.
hyperborea Fosli cirurg. esterilizveis) FUCUS F. serratus L., F.
vesiculosus L. PROPRIEDADES DOS ALGINATOS
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ALGINATOS DE CTIONS MONOVALENTES E DE Mg++ SE DISSOLVEM NA GUA
SOLUES COLOIDAIS VISCOSAS DE COMPORTAMENTO PSEUDO-PLSTICO. A ADIO
PROGRESSIVA DE CTIONS DIVALENTES (Ca++) GEL ELSTICO, NO
TERMORREVERSVEL. ESTRUTURA DO CIDO ALGNICO POLMERO LINEAR FORMADO A
PARTIR DE 2 CIDOS URNICOS: cido d-manurnico e cido l-gulurnico
LIGAES ENTRE OS MONMEROS SO 1-4 UTILIZAO DOS ALGINATOS
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EM PATOLOGIAS DIGESTIVAS ASSOCIADAS COM OUTRAS SUBSTNCIAS
refluxo gastroesofgico, hrnias hiatais, pirose, esofagites. EM
DIETAS EM TAMPES ANTI-HEMORRGICOS TPICOS OU ESTOMACAIS (sob forma
de p micronisado) FARMACOTCNICA (estabilizante emulso suspenso,
desintegrante (comprimidos), retard. (matriz hidrof.), resistentes
(cpsulas entricas).
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RHODOPHYCEAS GALACTANAS SULFATADAS CARRAGENINAS E AGAR-AGAR
CARRAGENINA tem como fonte industrial diversas espcies de
Rhodophyceas. SO GALACTANAS polmeros da D-galactose sulfatados,
massa molecular ~ 105-106. TODOS SO DE ESTRUTURA LINEAR DO TIPO
(AB)n de ligaes alternadas 1 3 e 1 4.
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CARRAGENINA
PRINCIPAL FONTE: Chondrus crispus Lingby, Gigartinaceae. Musgo
irlands, Alga perlada. Encontrado no Oceano Atlntico e Mar do Norte
fixado em rochas, coletado manualmente. UTILIZAO CARRAGENINAS SO DE
DIVERSOS TIPOS (k, u, ,...) alguns formam gis, outros solues
viscosas. TRATAMENTO SINTOMTICO CONSTIPAO (aumento do bolo fecal).
MUCOPROTETOR em proctologia. ADJUVANTE EM DIETAS. PRODUTOS DE
HIGIENE E COSMTICOS. UTILIZAO TESTES ANTIINFLAMATRIOS in vivo.
AGAR-AGAR
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OBTIDA DE VRIAS ALGAS RHODOPHYCEAS Gelidum sp. Sob forma de
flocos incolores a amarelado claro. A agarose forma estrutura em
dupla hlice retendo gua na sua estrutura. Laxativo mecnico, no
assimilvel (agarol). Meio de cultura, s ou em associao com
poliamida cromatografia de excluso; lig. cromat. afinid.; suporte
para eletroforese e tcnicas imunolgicas.
POLISSACARDEOS DE VEGETAIS SUPERIORES (HETEROGNEOS)
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MUCILAGENS GOMAS PECTINAS
SUBSTNCIAS DO METABOLISMO PRIMRIO. SO TIPICAMENTE FORMADOS POR
URNICOS COM LIGAES OSDICAS. UNIDADES DE CIDOS
OS CARBOXILOS APARECEM NA FORMA DE STERES E DE SAIS DE Ca++ e
Mg++ (relacionada com a propriedade de formar gis).
Clula vegetal Componentes da clula vegetal: Substncias ergsticas
so produtos passivos do protoplasto. Alguns so produtos de
armazenamento, outros so produtos descartados. Estas substncias so
capazes de aparecer e desaparecer em diferentes momentos da vida de
uma clula. Exemplos de substncias ergsticas so gros de amido,
cristais e pigmentos de antocianinas. Outros exemplos so as
resinas, gomas, taninos, gotculas de lipdios e corpsculos proticos.
As substncias ergsticas so encontradas nas paredes celulares, na
substncia fundamental e nas organelas, incluindo os vacolos. Os
produtos de armazenamento, como o amido e os acares, so metablitos
primrios, ou seja, substncias que tem papel primrio no metabolismo
celular. Outras substncias ergsticas como taninos, etc, so
metablitos secundrios (produtos secundrios), que no tem um papel
aparente no metabolismo primrio de um vegetal.
Gelificao: formao de zonas de juno pontual
Gelificao dos alginatos Coordenao dos ons Ca++ Nos segmentos
poli-G Formao de junes do tipo caixa de ovo
Este encadeamento regular do tipo caixa de ovo se repete
periodicamente. So formados de segmentos poli-M (manurnicos) ou
poli- (M-G) (manurnicos-gulurnicos) com os ons Ca++
MUCILAGENS: NEUTRAS: FORMADAS POR POLISSSACARDEOS DERIVADOS DE
MANOSE GLUCOMANANAS, GALACTOMANANAS, GALACTOGLUCOMANANAS.
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UTILIZAO GERAL: dietas restritivas para diabticos,
hipercolesterolemia, indstria alimentar, cosmticos. GLUCOMANAN
Konjac Amorphophallus konjac Koch., Araceae. Farmacgeno: raiz.
Usos: Fitoterapia,... FENOGREGO Alforgas Trigonella foenum graecum
L., Fabaceae. Farmacgeno: semente, talvez partes areas. Usos:
mesmos do Glucomanan. CIDAS: formada por polissacardeos heterogneos
cidos.
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UTILIZAO GERAL: constipao intestinal, emoliente, demulcente,
bquicos, antilgicos locais, ... MUCILAGENS CIDAS TANSAGEM E PSYLIUM
Plantago maior L.; P. lanceolata L.; P. psylium L., Plantaginaceae.
Farmacgeno: partes areas e sementes. MALVA Malva sylvestris L.,
Malvaceae. Farmacgeno: folhas, flores, raiz. ALTIA Althaea
officinalis L., Malvaceae. Farmacgeno: flores, folhas e raiz.
TUSSILAGO: Tussilago farfara L., Compositae. Farmacgeno: folhas,
flor. BORRAGEM Borago officinalis L., Boraginaceae. Farmacgeno:
folha, flor, caule, leo semente. VERBASCO Verbascum thapsus L.,
Scrophulariaceae. Farmacgeno: folha e flor. LINHO Linum
usitatissimum L., Linaceae. Farmacgeno: sementes. GUANXUMA: Sida
spinosa L., Malvaceae. Farmacgeno: folhas e flor.
As Mucilagens so consideradas como sendo constituintes celulares
normais, preexistente nas formaes histolgicas especializadas
(clulas ou canais) freqentes nos tegumentos externos das sementes.
So largamente distribudas, sendo freqentes em Malvales e Fabales.
Sendo agentes de reteno hdrica, elas teriam um papel importante na
germinao. Exemplo de vegetais contendo Mucilagens:
Ceratonia siliqua L. (Cesalpiniaceae) O albmen das sementes
desta rvore constitui-se na goma de caroba. uma rvore grande
encontrada nas margens do mar Mediterrneo. Em teraputica faz parte
de preparao absorvente proposta no tratamento sintomtico de
diarrias do recm-nascido e beb. Tambm pode ser empregado em regimes
de emagrecimento e na Farmacotcnica, Cosmetologia e Agro-alimentao
como espessante.
Plantaginaceae contendo mucilagens: Diversas espcies do gnero
Plantago fornecem drogas utilizadas em farmcia. Por exemplo: P.
asiatica, da qual a semente e a folha so segundo a Farmacopia
tradicional Chinesa expectorantes, diurticas e antimicrobianas.
Plantago major L. ou P. lanceolata L. (Grande plantago) A composio
qumica de diferentes espcies no conhecida com preciso. A folha de
P. major contm iridides e compostos fenlicos: flavonides, cidos
fenlicos e steres heterosdicos fenilpropanicos (verbascosdeo,
plantamajosdeo). Os dados bibliogrficos disponveis sobre P.
lanceolata mostram uma composio muito semelhante: iridides,
flavonides, cidos fenlicos, mucilagens. As sementes de P. major
fornecem uma mucilagem semelhante quela de outras espcies do gnero.
A farmacologia destas espcies muito inexplorada. Podemos,
entretanto, verificar que (a) o papel protetor e de reteno de gua
do hidrocolide e (b) o papel eventual de iridides em uma atividade
antiinflamatria. A folha de Plantago empregada tradicionalmente em
uso local como antipruriginoso em afeces dermatolgicas ou em
irritaes oculares. MALVA (Malva silvestris L.) e ALTIA (Althea
officinalis L.) Famlia Malvaceae. O farmacgeno da malva a folha. A
folha seca inodora, porm a droga tem odor fraco, caracterstico.
Mastigada possui gosto mucilaginoso. O farmacgeno da altia a raiz,
que deve ser livre do sber cinzento-amarelado que a recobre e das
suas ramificaes laterais. Quando seca a droga possui odor fraco,
caracterstico, que no deve lembrar o do mofo, e sabor adocicado e
mucilaginoso. As duas plantas so largamente distribudas na Europa.
Ambas constam na Farmacopia Brasileira 2a edio. Todos os rgos da
altia contm mucilagens. Suas razes, bem como suas folhas e flores
contm flavonides, cidos fenis e escopoletol. As folhas de malva
contm da mesma forma mucilagens e flavonides. Empregos: A
farmacologia destas espcies no muito conhecida. H relatos de uma
atividade imunoestimulante in vitro em camundongos da frao
polissacardica. Folhas e flores de malva e folhas, flores e razes
de altia, podem com base na tradio, ser
responsveis pelos seguintes efeitos: Por via oral: tratamento
adjuvante em colites espasmdicas e tratamento sintomtico da tosse.
Em uso focal: antipruriginoso, contra picadas de insetos ou ainda
contra dores de garganta. TLIA (Tilia cordata Mill. ou T.
platiphyllos Scop.) Famlia Tiliaceae. As famlias Malvaceae e
Tiliaceae, ambas pertencentes ordem Malvales, so botanicamente
muito prximas. O farmacgeno desta droga so as inflorescncias e as
brcteas (folhas da florescncia). A droga tem um sabor agradvel e
mucilaginoso e consta na Farmacopia Brasileira 1a edio. As tlias so
rvores grandes e a inflorescncia ligada ao caule pelo pednculo que
possui uma brctea membranosa, incolor ou amarelo esverdeada. As
inflorescncias so colhidas manualmente em fim de florao. So ricas
em compostos fenlicos, proantocianidis, taninos e sobretudo
flavonides. O odor devido a uma fraca quantidade de leos
essenciais. Contm ainda mucilagens. Empregos: as inflorescncias so
empregadas sob forma de infuso devido suas propriedades bquicas
(antitussgeno) e sedativos fracos do SNC.
GOMAS: So constituintes naturais que resultam de modificaes
ocorridas nas membranas celulares, quando lesionadas. Acumulam-se
em lacunas situadas em diferentes tecidos, particularmente nos
caules: na casca e no lber. Quando lesionadas, h um escoamento
lento para o exterior do caule, sob a forma de gelias espessas que
depressa se solidificam, sob a forma de lgrimas translcidas ou
esbranquiadas, duras. GOMAS
PRODUTO PATOLGICO RESULTANTE DE UMA AO FSICA EXTERNA (contuso,
leso, picada de insetos) NO VEGETAL EXUDATOS. FORMAM-SE
PRINCIPALMENTE NOS CAULES, RAZES, MESOCARPOS (AMNDOAS). COMPOSIO DA
GOMA CARACTERSTICA DE CADA ESPCIE VEGETAL. FAMLIAS: MIMOSACEAE
(goma arbica Acacia sp.), FABACEAE (adraganta Astragalus gummifer
Labillardre), STERCULIACEAE (goma caraia Sterculia sp.),
COMBRETACEAE (goma gathi Anogeissus latifolia Wall), ROSACEAS
(cerejeira e outras Prunoideas), UMBELFERAS (assaftida, goma
amonaca), RUTCEAS (de limoeiro, de Fagara), SAPOTCEAS (goma chicl
Achras sapota), BROMELIACEAS (goma chagual).
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A maior parte se dissolve na gua formando solues viscosas,
algumas so pouco solveis, formando gis. As solues diludas das gomas
(~ 1%) em gua so precipitadas pela adio de etanol, so oticamente
ativas, sendo o valor do desvio da luz polarizada (poder rotatrio)
importante para sua identificao.
Exemplos de vegetais contendo gomas: GOMA CARAIA (ou GOMA
ESTERCLIA) Sterculia sp, famlia Sterculiaceae. o produto endurecido
ao ar do exsudato viscoso natural ou provocado por inciso do tronco
e galhos de Sterculia urens Roxb., de Sterculia tomentosa Guill e
Pen e outras espcies vizinhas. Consta na Farmacopia Brasileira 2a
edio. As Sterculia so rvores de folhas grandes. Cresce em zonas
montanhosas e plats secos do centro e do norte da ndia. A goma,
recolhida preferencialmente antes e aps a estao de chuvas obtida
aps inciso ou queima no vegetal. Os exsudatos so reunidos,
retiradas as cascas residuais e tiradas segundo a taxa de material
estranho e sua cor. A goma caraia apresenta-se em lgrimas de
tamanho varivel ou em fragmentos irregulares cortados tendo, s
vezes, aparncia cristalina. de cor branca ou brancoamarelada a
castanho-rsea. Possui leve odor e sabor acticos. Esta goma muito
pouco solvel em gua: as partculas de goma absorvem a gua e incham
em propores considerveis formando uma suspenso de alta viscosidade.
A hidratao lenta. Se a concentrao aumenta (2-3 %) forma-se uma
pasta que se comporta como um gel e que a fortes concentraes (20-50
%) torna-se fortemente adesiva. Emprego: inicialmente considerado
como um suscedneo da goma adranta, a goma de Sterculia possui
numerosas vantagens que explicam o grande emprego que possui em
farmcia. Sua capacidade de formar disperses viscosas inchando
fortemente fazem dela um bom laxante. Ela no fermenta, no
absorvida, no degrada e no txica. indicada no tratamento sintomtico
da constipao e prescrita s ou em associao. Pode tambm ser empregada
como adjuvante em tratamentos de obesidade. Seu poder adesivo tambm
utilizado para, por exemplo, fixao de prteses dentrias. tambm um
auxiliar interessante em farmacotcnica e cosmtica. GOMA ARBICA o
produto obtido pela dessecao espontnea do exsudato dos troncos e
dos ramos de Acacia senegal (L) Willd. e outras espcies de Acacia
de origem africana. Consta na Farmacopia Brasileira 1a e 2a edies.
uma rvore pequena (4-6 m) crescendo espontaneamente na zona
subdesrtica africana, do Oceano Atlntico ao Mar Vermelho.
Tradicionalmente os principais produtores so o Sudo, Senegal, Mali
e Mauritnia. Mesmo que a explorao racional seja possvel, uma parte
importante do comrcio devido colheita de gomas exsudadas
espontaneamente pelas rvores. A explorao das
accias feita na estao seca, no momento da queda das folhas. O
rendimento mdio de 1-2 kg por rvore/ano. A goma apresenta-se sob a
forma de lgrimas ou de pedaos esferides, s vezes angulosos de cor
branco-amarelada amarelo-mbar clara. Facilmente quebradia com
brilho vtreo. quase inodora e de sabor inspido. insolvel em lcool e
dissolve-se lenta e completamente no dobro de seu peso em gua.
Misturada a seu peso em lcool torna-se opaca e gelatinosa. Emprego:
Os hieroglifos egpcios atestam o uso antigo desta droga que objeto
de comrcio h mais ou menos 4.000 anos. emoliente (amolece ou
abranda uma infeco) e bquico (antitussgeno). Ela muito solvel em
gua e forma solues viscosas, dependendo da origem da droga, pH,
temperatura e a presena de eletrlitos. A viscosidade de suas solues
e sua razovel estabilidade em meio cido, fazem da goma arbica um
auxiliar interessante em Farmacotcnica: estabilizante de suspenses,
emulsionante, agente de encapsulao de aromas por nebulizao, aditivo
para a preparao de formas slidas destinadas via oral. Na indstria
agro-alimentar um estabilizante e um emulsionante totalmente
atxico, neutro, inodoro, inspido, incolor e estvel. GOMA ALCATIRA
(ou ADRAGANTA) o produto gomoso obtido pela dessecao espontnea do
exsudato de Astragalus gummifer Labiallardire (famlia Fabaceae
-Leguminosae) e outras espcies asiticas de Astragalus. Consta na
Farmacopia Brasileira 2a edio. O A. gummifer um sub-arbusto (0,5-1
m) muito espinhoso. Os Astragalus provem de regies desrticas
montanhosas da sia Ocidental: do sul do Ir at o Kurdisto e a
Armnia, Sria, Iraque e Afeganisto. Uma inciso no caule provoca
exsudao imediata da goma que projetada para o exterior. O exsudato
recolhido por aproximadamente 48 horas, os lotes menos coloridos so
considerados de melhor qualidade. Emprego: uma droga muito antiga
(j era conhecida de mdicos gregos) sendo ainda utilizada em
Farmacotcnica. Suas solues diludas (0,5-1 %) so muito viscosas,
estveis em meio cido e ao calor, compatvel com a maior parte dos
hidrocolides vegetais e de boa conservao. um bom estabilizante de
suspenses. A existncia de produtos de substituio e a relativa
raridade do produto, faz com que seja pouco utilizada na indstria
agro-alimentar, embora seja autorizada como agente espessante.
PECTINAS: POLISSACARDEOS PCTICOS So polmeros construdos de
resduos -galacturnicos em ligao 14 associados a arabinanos e
galactanos, e as funes carbaxilas muito ou pouco metiladas, de
acordo com a fonte vegetal e o modo de extrao. A natureza do acar
ligado ao galacturonano varia conforme a origem botnica. A
estrutura do polmero tambm varia conforme o crescimento do vegetal.
So localizados principalmente na lamela mdia das paredes
celulares, e so particularmente abundantes nos frutos verdes. So
degradados em acares e cidos durante o amadurecimento. Os cidos
pcticos so insolveis na gua, e a hidrossolubilidade aumenta com o
grau de metilaes. As pectinas (sais) alcalinos so hidrossolveis. As
solues de pectinas so muito viscosas, e apresentam comportamento
pseudo-plstico. A utilizao de pectinas em farmcia em preparaes para
regular o trnsito gastrintestinal, tratamento sintomtico de
regurgitaes neonatais e diarrias. Em dietas, a utilizao regular de
pectinas demonstra eficcia no controle da colesterolemia e na
preveno de doenas cardiovasculares. So tambm empregadas nas
indstrias agroalimentares como agentes estabilizantes e
gelificantes (E440 a [pectinas] e E440 b [pectinas amidificadas]).
Principais fontes de extrao: entrecascas de ctricos (30-35% de
pectinas), mas (15-20%), etc.
As Pectinas so polissacardeos presentes sob forma insolvel
(protopectinas) presentes nas membranas celulares dos vegetais e em
solues no suco de certos frutos. As principais fontes de pectinas
so: (a) os frutos de diversos Citrus (Rutaceae): limo, laranja; as
pectinas constituem assim sub-produtos da fabricao de sucos de
frutos; (b) os frutos de diversas Rosaceae, em particular macieiras
(Pyrus malus). Outras fontes so as pras, a cenoura e a genciana
(razes). A protopectina (precursor existente em frutos no maduros)
insolvel em gua. convertida em pectina com gua fervente cida. A
pectina constituinte normal de frutos maduros solvel em gua.
Empregos: em farmcia as pectinas so empregadas nos males
gastrointestinais, gastrites e diarrias. O poder protetor das
pectinas ao nvel de mucosa digestiva devido propriedade daquelas em
absorver as toxinas e a sua atividade bacteriosttica prpria. um
regulador do trnsito intestinal. Em diettica a utilizao regular de
pectinas demonstrou sua eficcia no controle da colesterolemia na
presena de doenas cardiovasculares. Tambm empregada em
Farmacotcnica, as pectinas so sobretudo utilizadas pela indstria
agro-alimentar como agente estabilizante e gelificante.
Bibliografia RAVEN, P. H.; EVERT, R. F.; EICHHORN, S.E. Biologia
Vegetal. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1992. COSTA, A. F.
Farmacognosia. Lisboa. Calouste Gulbenkian, 1977. v. 2, p. 79-123.
BRUNETON, J. Pharmacognosie, Phytochimie, Plantes mdicinales. 2 ed.
Paris: Lavoisier, 1993. p. 33-54; 82-109. TESKE, M. Compndio de
Fitoterapia. 2 ed. Curitiba: Herbarium, 1995.
Olhar Teske & Trentini (monografias botnicas): Nome
cientfico, farmacgeno, princpio ativo, uso Agar-Agar Borragem Fucus
Glucomannan Guanxuma Malva Psylium Tanchagem Tlia Tussilago
Verbasco