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Disciplinas da área de concentração em Estudos Literários Pós-Graduação em Letras da UFPR 2015/2, versão 28/06/2015 1 Código/Disciplina: HL772 - TÓPICOS ESPECIAIS III Docente: Pedro Dolabela Chagas Carga Horária/Créditos: 90 h /6 cr Horário: 2ª Feira 14h 18h EMENTA: Estudo de uma época da literatura. PROGRAMA: A disciplina debaterá as relações entre romance e política a partir da leitura de certas obras publicadas no Brasil durante o regime de 64, sob a mediação de certos clássicos (antigos e recentes) do pensamento político. O objetivo é rastrear padrões diferentes de expressão política situados entre dois pólos de referência, assim panoramicamente definidos: a defesa da liberdade (de expressão individual, de associação coletiva e de iniciativa econômica) que caracteriza a tradição liberal a partir da contribuição original de John Locke, e a paixão pela igualdade (em seu componente crítico potencialmente radical às disposições do presente) que caracteriza o pensamento revolucionário desde Rousseau. A partir da leitura daquelas fontes e do comentário de autores mais recentes (como M. Oakeshott, T. Sowell, I. Berlin, M. Löwy e A. Badiou são algumas possibilidades), discutiremos obras de A. Callado, C. H. Cony, L. Vilela, I. Ângelo, T. Ruas, P. Francis, entre outras alternativas; a fazer a mediação entre um conjunto e outro de leituras, recorremos a apontamentos de F. Moretti sobre a representação da história contemporânea pelo romance. O programa exato de leituras será definido na primeira aula, em conjunto com os alunos. *** Código/Disciplina: HL 772 - TÓPICOS ESPECIAIS I Docente: Raquel Illescas Bueno Carga Horária/Créditos: 90 h/6 cr Horário: 3ª Feira 08h30 - 12h30 EMENTA: Estudo de um gênero da literatura PROGRAMA: Literatura de viagens e Antropologia: Mário de Andrade e Claude Lévi-Strauss intérpretes do Brasil na primeira metade do século 20. Outros escritores-viajantes que dialogaram com a antropologia no mesmo período. Objetivos: conhecer aspectos do projeto intelectual de Mário de Andrade que convirjam para a compreensão de seu pioneirismo e aprofundamento nos estudos antropológicos; aproximar as experiências de Mário de Andrade e de Claude Lévi-Strauss, viajantes
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2programas Lit 20152

Dec 14, 2015

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Disciplinas da área de concentração em Estudos Literários – Pós-Graduação em Letras da

UFPR – 2015/2, versão 28/06/2015

1

Código/Disciplina: HL772 - TÓPICOS ESPECIAIS III

Docente: Pedro Dolabela Chagas

Carga Horária/Créditos: 90 h /6 cr

Horário: 2ª Feira 14h – 18h

EMENTA: Estudo de uma época da literatura.

PROGRAMA:

A disciplina debaterá as relações entre romance e política a partir da leitura de certas

obras publicadas no Brasil durante o regime de 64, sob a mediação de certos clássicos

(antigos e recentes) do pensamento político. O objetivo é rastrear padrões diferentes de

expressão política situados entre dois pólos de referência, assim panoramicamente

definidos: a defesa da liberdade (de expressão individual, de associação coletiva e de

iniciativa econômica) que caracteriza a tradição liberal a partir da contribuição original

de John Locke, e a paixão pela igualdade (em seu componente crítico potencialmente

radical às disposições do presente) que caracteriza o pensamento revolucionário desde

Rousseau. A partir da leitura daquelas fontes e do comentário de autores mais recentes

(como M. Oakeshott, T. Sowell, I. Berlin, M. Löwy e A. Badiou são algumas

possibilidades), discutiremos obras de A. Callado, C. H. Cony, L. Vilela, I. Ângelo, T.

Ruas, P. Francis, entre outras alternativas; a fazer a mediação entre um conjunto e outro

de leituras, recorremos a apontamentos de F. Moretti sobre a representação da história

contemporânea pelo romance. O programa exato de leituras será definido na primeira

aula, em conjunto com os alunos.

***

Código/Disciplina: HL 772 - TÓPICOS ESPECIAIS I

Docente: Raquel Illescas Bueno

Carga Horária/Créditos: 90 h/6 cr

Horário: 3ª Feira 08h30 - 12h30

EMENTA: Estudo de um gênero da literatura

PROGRAMA:

Literatura de viagens e Antropologia: Mário de Andrade e Claude Lévi-Strauss

intérpretes do Brasil na primeira metade do século 20. Outros escritores-viajantes que

dialogaram com a antropologia no mesmo período.

Objetivos: conhecer aspectos do projeto intelectual de Mário de Andrade que convirjam

para a compreensão de seu pioneirismo e aprofundamento nos estudos antropológicos;

aproximar as experiências de Mário de Andrade e de Claude Lévi-Strauss, viajantes

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pelo Brasil profundo e autores de literatura de viagem; estudar as formas de

representação da diversidade cultural brasileira em relatos de viagem de interesse

antropológico produzidos por outros escritores-viajantes na primeira metade do século

20.

BIBLIOGRAFIA:

ANDRADE, Mário de. Aspectos da literatura brasileira. São Paulo: Martins, 1974.

______. Danças dramáticas do Brasil. Org. Oneyda Alvarenga. 2ª ed. Belo Horizonte:

Itatiaia; Brasília, INL / Fundação Nacional Pró-Memória, 1982. 3 v.

_____ . Macunaíma. Ed. crítica coord. por Telê P. Ancona Lopez. Paris, Association

Archives de la Littératrure latino-américaine, des Caraibes e africaine du Xxe. Siècle;

Brasília, CNPQ, 1988. (Col. Arquivos, 6)

______. Mário de Andrade: cartas de trabalho: correspondência com Rodrigo Mello

Franco de Andrade, 1936-1945. Brasília: Sec. do Patrimônio Histórico e Artístico

Nacional: Fundação Pró-Memória, 1981.

______. Música de feitiçaria no Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia / Brasília: INL, Fund.

Nac. Pró-Memória, 1983.

______. O turista aprendiz. São Paulo: Duas Cidades, 1983.

CARDOSO, Sérgio. O olhar viajante (do etnólogo). In. NOVAES, A., Org. O olhar. São

Paulo: Companhia das Letras, s.d.

CASANOVA, Pascale. A República Mundial das Letras. Trad. Marina Appenzeller. São

Paulo: Estação Liberdade, 2002.

CLAUDE LÉVI-STRAUSS: regards éloignés. Le Courrier de l’UNESCO, Paris:

UNESCO, n. 5, 2008.

CLIFFORD, JAMES L. A experiência etnográfica: antropologia e literatura no século

XX. Rio de Janeiro: UFRJ, 1998.

GEERTZ, Clifford. La interpretación de las culturas. Barcelona: Gedisa, 2005.

IANNI, Octavio. Enigmas da modernidade-mundo. Rio de Janeiro: Civilização

Brasileira, 2000.

KLINGER, Diana. Escritas de si, escritas do outro: o retorno do autor e a virada

etnográfica. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2007.

LEIRIS, Michel. A África fantasma. Trad. André P. Pacheco. São Paulo: Cosac Naify,

2007.

LÉVI-STRAUSS, Claude. De perto e de longe. São Paulo: Cosac Naify, 2005.

_____ . Longe do Brasil. São Paulo: Editora Unesp, 2011.

_____. O pensamento selvagem. Trad. Tânia Pellegrini. Campinas: Papirus, 1989.

_____.Os pensadores. São Paulo: Victor Civita, 1976.

_____ . Tristes trópicos. Trad. Rosa Freire D'Aguiar. São Paulo: Companhia das Letras,

2009.

LOPEZ, TELÊ A. Homenagem a Dina e Claude Lévi-Strauss: exposição 1937, Paris.

Revista do Instituto de Estudos Brasileiros. São Paulo, n. 38, p. 202-220, 1995.

_____ . Mário de Andrade: ramais e caminho. São Paulo: Duas Cidades, 1972.

NITRINI, Sandra. Viagens reais, viagens literárias. (Escritores brasileiros na França).

Literatura e Sociedade. São Paulo: USP, 1998. n. 3. pp. 51-61.

ONFRAY, Michel. Teoria da viagem; poética da geografia. Porto Alegre: L&PM, 2009.

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REVISTA DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO ARTÍSTICO NACIONAL. Brasília:

IPHAN, n. 30, 2002.

SAID, Edward W. Orientalismo. O Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo:

Companhia das Letras, 1990.

___ . Cultura e imperialismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

TODOROV, Tzvetan. A conquista da América; a questão do outro. São Paulo: Martins

Fontes, 1998.

_____ . A viagem e seu relato. Revista de Letras. n. 39. São Paulo, UNESP, p. 13-24.

VALENTINI, Luisa. Um laboratório de antropologia: o encontro entre Mário de

Andrade, Dina Dreyfus e Claude Lévi-Strauss (1935-1938). Dissert. de Mestrado. São

Paulo: USP, 2010.

***

Código/Disciplina: HL744 - FICÇÃO DE LINGUA ESTRANGEIRA II

Docente: Lucia Sgobaro Zanette

Carga Horária/Créditos: 90 h/6 cr

Horário: 4ª Feira 08h30 - 12h30

EMENTA: Estudo monográfico de aspecto(s) da ficção em língua estrangeira.

Jamenson considera que a pós-modernidade é caracterizada pela ressignificação da

temporalidade e principalmente da espacialidade Numa sociedade em que a percepção

humana e os conceitos de espaço, tempo e identidade mudaram e em que nada parece

ser certo ou seguro e tudo pode ser o ou não o que parece, a literatura de Tabucchi

evidencia as incertezas o movimento em busca de. A disciplina propõe a análise crítica

de alguns textos de Antonio Tabucchi que chamam a atenção por causa de uma das

ideias topos da chamada pôs-modernidade a viagem, como espaço vivido e sonhado,

como espaço real e fantástico, como busca de identidade no confronto com a alteridade.

PROGRAMA:

As viagens na obra de Tabucchi: a procura de si mesmo na busca do outro, outros

espaços, outros momentos.

-O tempo envelhece de pressa

-Está ficando tarde demais

- O Jogo do Reverso

- Pequenos equívocos sem importância

- Viagens e outras viagens

- Para Isabel : Uma Mandala

BIBLIOGRAFIA:

CESERANI, R. Raccontare il postmoderno. Torino: Bollati-Borighieri, 1997.

BAUMAN, Z. O mal-estar da pós-modernidade. Rio de Janeiro, Zahar Editor, 1998

_____.Identidade.Rio de Janeiro.Zahar Editor,2004

HALL S. A identidade Cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro, DP&A 2005

HARVEY, D. Condição pós-moderna. São Paulo: Loyola, 1994.

HUTCHEON, L. Poética do pós-modernismo. Rio de Janeiro: Imago, 1991. (

ESGOTADO)

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JAMESON, F. Espaço e imagem: teorias do pós-moderno e outros ensaios. Rio de

Janeiro: UFRJ, 2004.

LA PORTA, F. La nuova narrativa italiana: travestimenti e stili di fine secolo. Torino:

Borighieri, 1999.

LUPERINI,R. La fine de Postmoderno. Napoli. Guida,2009

MORETTI, F. A cultura do romance. São Paulo: Cosacnaify,2009

TABUCCHI, A. Il tempo invecchia in fretta. Feltrinelli: Milano, 2009

Si sta facendo sempre piú tardi . Feltrinelli: Milano, 2008

Viaggi ed altri viaggi. Milano:Editrice Feltrinelli, 2010.

Per Isabel /Una Mandala.Milano: Editrice Feltrinelli,2013.

Piccoli equivoci senza importanza.Milano Editrice Feltrinelli,1985.

Il Gioco del Rovescio. Milano: Editrice Feltrinelli,1988.

*Todos poderão ser trabalhando em tradução como indicado no programa.

***

Código/Disciplina: HL 759 - LITERATURA E IMAGEM

Docente: Célia Arns De Miranda

Carga Horária/Créditos: 90 h/6 cr

Horário: 4ª feira 08h00 - 12h00

EMENTA: Estudos das relações entre literatura e artes da imagem: cinema, pintura,

fotografia, gravura, hqs.

PROGRAMA:

1. Problematização de termos e conceitos: texto, apropriação, adaptação,

intertextualidade, intermidialidade, interculturalidade, hipertextualidade, dentre outros;

2. Adaptação como produto e processo: a transcodificação de um sistema de

comunicação para outro;

3. Adaptação transcultural: a intercambialidade das culturas ou das práticas

culturais;

4. A estética da recepção;

5. A mobilidade das fronteiras: o hibridismo interdisciplinar;

6. A fotografia e os paradoxos em torno dela: qual é o estatuto de realidade que a

fotografia revela?

7. O que é o livro ilustrado? O estudo da relação entre o texto e a imagem;

8. HQs: a proliferação das imagens que falam e se movimentam;

9. A descrição pictural: a poética do iconotexto;

10. Estudo da adaptação fílmica através da análise de alguns filmes.

BIBLIOGRAFIA:

ALLEN, Graham. Intertextuality. 7. ed. London/New York: Routledge, Taylor & Francis

Group, 2007.

ANDREW, J. D. As principais teorias do cinema: uma introdução. (Trad.) Teresa Ottoni.

Rio de Janeiro: Zahar, 2002.

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AMORIM, Lauro M. Tradução e adaptação: encruzilhadas da textualidade em Alice no

país das maravilhas, de Lewis Carrol, e Kim, de Rudyard Kipling. São Paulo: UNESP,

2005.

ARBEX, Márcia. (Sel. e org.) Poéticas do visível: ensaios sobre a escrita e a imagem.

Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006. 60

ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

BARTHES, Roland. Acãmara clara: notas sobre a fotografia. Rio de Janeiro: Nova

Fronteira, 1984.

BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. In: ______.

Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. Trad.

Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 1994. p. 165-96.

BUESCU, Helena Carvalhão; DUARTE, João Ferreira; GUSMÃO, Manuel (orgs.).

Floresta encantada: novos caminhos da literatura comparada. Lisboa: Dom Quixote,

2001.

BURGOYNE, Robert. A nação do filme. (Trad.) René Loncan. Brasília: Editora

Universidade de Brasília, 2002.

CARVALHAL, Tânia Franco. Literatura comparada. 5. ed. São Paulo: Ática, 2010.

CLÜVER, Claus. Estudos interartes: conceitos, termos, objetivos. Literatura e

sociedade. Revista de Teoria Literária e Literatura Comparada. São Paulo, n. 2, p. 37-

55, 1997.

______. Estudos interartes: introdução crítica. Trad. Yung Jung Im e Claus Clüver. In:

COHEN, Renato. Performance como linguagem. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 2007.

DERRIDA, Jacques. Torres de Babel. Trad. Junia Barreto. Belo Horizonte: Editora

UFMG, 2006.

DINIZ, Thaïs Flores N.; VIEIRA, André Soares. (Org.) Intermidialidade e estudos

interartes: desafios da arte contemporânea. (Vol. 2) Belo Horizonte: Rona Editora:

FALE/UFMG, 2012.

DINIZ, Thaïs Flores N. (Org.) Intermidialidadee estudos interartes: desafios da arte

contemporânea. Belo Horizonte: UFMG, 2012.

FOUCAULT, M.; MOTTA, Manoel B. da. (Org. e sel.) Estética: literatura e pintura,

música e cinema. (Trad.) Inês A. D. Barbosa. 2.ed. Rio de Janeiro: Forense

Universitária, 2006.

GENETTE, Gérard. Palimpsestos: a literatura de segunda mão. Extratos traduzidos do

francês por Luciene Guimarães e Maria Antônia Ramos Coutinho. Cadernos do

Departamento de Letras Vernáculas. Belo Horizonte: Editora UFMG/Faculdade de

Letras, 2005.

HISSA, Cássio Eduardo V. A mobilidade das fronteiras: inserções da geografia na crise

da modernidade. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006.

HUTCHEON, Linda. Uma teoria da adaptação. (Trad.) André Cechinel. Florianópolis:

Ed. UFMG,, 2011.

IANNI, Octavio. Enigmas da modernidade. 3. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,

2003.

LAGES, Susana Kampff. Walter Benjamin: tradução e melancolia. São Paulo: EDUSP,

2007.

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LOUVEL, Liliane. A descrição ‘pictural’: por uma poética do iconotexto. In: ARBEX,

Márcia. Poéticas do visível: ensaios sobre a escrita e a imagem. (Sel.e Org.) Belo

Horizonte: UFMG, 2006.

MAMMI, Lorenzo; SCHWARCZ, Lilia Moritz.(Org.) 8 X Fotografia. São Paulo:

Companhia das Letras, 2008.

NAZÁRIO, Luiz; FRANÇA, Patrícia. (Org.) Concepções contemporâneas da arte. Belo

Horizonte: UFMG, 2006.

NOVA, Vera C.; ARBEX, Márcia; BARBOSA, Márcio V (org.). Interartes. Belo

Horizonte: Editora UFMG, 2010.

PLAZA, Julio. Tradução intersemiótica. São Paulo: Perspectiva, 2003. 47 REVISTA

DA ANPOLL. Multimodalidade e intermidialidade: abordagens linguísticas e literárias.

Belo Horizonte, n. 27, jan./jun. 2009.

RAJEWSKY, Irina. A fronteira em discussão: o status problemático das fronteiras

midiáticas no debate contemporâneo sobre intermidialidade. IN: DINIZ, Thaïs Flores

N.; VIEIRA, André Soares. (Org.) Intermidialidade e estudos interartes: desafios da arte

contemporânea. (Vol. 2) Belo Horizonte: Rona Editora: FALE/UFMG, 2012.

ROSENFELD, Anatol. Cinema: arte & indústria. Pesquisa e coordenação Nanci

Fernandes. São Paulo: Perspectiva, 2009.

SANDERS, Julie. Adaptation and appropriation. London/New York: Routledge, Taylor

& Francis Group, 2007.

SCHNEIDER, Michel. Ladrões de palavras: ensaio sobre o plágio, a psicanálise e o

pensamento. Trad. Luiz Fernando P. N. Franco. Campinas: UNICAMP, 1990.

STAM, Robert. Introdução à teoria do cinema. (Trad.) Fernando Mascarello. 2.ed.

Campinas: Papirus, 2003.

___________. Literatura através do cinema: realismo, magia e a arte da adaptação.

(Trad.) Marie-Anne Kremer e Gláucia Renate Conçalves. Belo Horizonte: UFMG, 2008.

STEINER, George. Linguagem e silêncio: ensaios sobre a crise da palavra. Trad. Gilda

Stuart e Felipe Rajabally. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.

______. Depois de Babel: questões de linguagem e tradução. Trad. Carlos Alberto

Faraco. Curitiba: Editora UFPR, 2005. 61

WALTY, Ivete L. C.; FONSECA, Maria Nazareth S.; CURY, Maria Zilda F. Palavra e

imagem: leituras cruzadas. 2.ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.

***

Código/Disciplina: HL 757 - LITERATURA E MUSICA

Docentes: Guilherme Gontijo Flores/Rodrigo Tadeu Gonçalves

Carga Horária/Créditos: 90 h/6 cr

Horário: 4ª Feira 14h00 - 18h00

EMENTA: Estudo das relações entre literatura e música

PROGRAMA:

Estas disciplina tratará de questões de tradução poética e performance do corpo nas

tradições de poética oral, usando as teorias de autores como Paul Zumthor, Barbara

Cassin, Haroldo de Campos, Henri Meschonnic, dentre outros.

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Referências bibliográficas

CAMPOS, Haroldo de. Deus e o diabo no fausto de Goethe. São Paulo: Perspectiva,

2014.

_________. Crisantempo: no espaço curvo nasce um. São Paulo: Perspectiva, 1998

_________. Transcriação. org. por Marcelo Tápia. São Paulo: Perspectiva, 2014.

CASSIN, Barbara. O efeito sofístico. trad. Maria Lúcia de Oliveira, Maria Cristina

Franco Ferraz e Paulo Pinheirio. São Paulo: Ed. 34, 2005.

FELDAN, Shoshana. The scandal of the speaking body. Don Juan with J. L. Austin, or

seduction in two languages. transl. by Catherine Porter. Stanford: Stanford University

Press, 2003

FINNEGAN, Ruth. Oral poetry: its nature, significance and social context. Cambridge:

Cambridge University Press, 1977.

MARTINDALE, Charles. Redeeming the text: Latin poetry and the hermeneutics of

reception. Cambridge: Cambridge University Press, 1993.

MESCHONNIC, Henri. Poética do traduzir. trad. Jerusa Pires Ferreira e Suely

Fenerich. São Paulo: Perspectiva, 2010.

_________. Critique du rythme: anthropologie historique do langage. Lagrasse:

Verdier, 1982.

ROBINSON, Douglas. Performative Linguistics: speaking and translating as doing

thing with words. London: Routledge, 2014.

ZUMTHOR, Paul. A letra e a voz: a "literatura" medieval. trad. Jerusa Pires Ferreira e

Amálio Pinheiro. São Paulo: Cia. das Letras, 1993.

__________. Introdução à poesia oral. trad. Jerusa Pires Ferreira, Maria Lúcia Diniz

Pochat e Maria Inês de Almeida. Belo Horizonte: UFMG, 2010.

_________. Escritura e nomadismo. trad. Jerusa Pires Ferreira e Sonia Queiroz. São

Paulo: Ateliê Editorial, 2005.

***

Código/Disciplina: HL765 - LITERATURA E MOBILIDADE

Docente: Marcelo Paiva de Souza

Carga Horária/Créditos: 90 h/6 cr

Horário: 5ª Feira 08h30 - 12h30

EMENTA: Estudo da literatura e/ou da tradução literária enquanto práticas de

mobilidade cultural e social.

PROGRAMA:

Tradução: roteiros

Encarecendo na dinâmica do processo tradutório seu vetor de trânsito, de

contato/transferência/interferência entre culturas, propõe-se examinar no curso a

acidentada topografia de três casos de traslado: “No meio do caminho”, de Carlos

Drummond de Andrade, reescrito em língua polonesa por Czesław Miłosz; a fortuna (e

os infortúnios) das versões estrangeiras de Inny świat/Um outro mundo, prosa de

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testemunho do polonês Gustaw Herling-Grudziński acerca de sua experiência no Gulag;

as iniciativas recentes de recriação das artes verbais ameríndias araweté e marubo no

português do Brasil. Esclarecidas as coordenadas específicas de cada problema, intenta-

se ponderar e discutir suas implicações mais amplas: os móveis e os entraves, os feitios

e os efeitos da empreitada de traduzir como in(ter)venção intercultural.

BIBLIOGRAFIA: APPLEBAUM, Anne. Gulag: a history. New York: Doubleday, 2003.

APTER, Emily. The translation zone: a new comparative literature. Princeton: Princeton

University Press, 2006.

AUBERT, Francis Henrik. Traduzindo literaturas periféricas: a literatura norueguesa.

Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issuetoc&pid=0103-

401420120003&lng=pt&nrm=iso>

BACHMANN-MEDICK, Doris. Cultural turns: Neuorientierung in den

Kulturwissenschaften; 4., neu bearbeitete Auflage. Reinbek bei Hamburg: Rowohlt,

2010.

BASSNETT, Susan; LEFEVERE, André. Constructing cultures: essays on literary

translation. Clevedon: Multilingual Matters, 1998.

BOLECKI, Włodzimierz. Inny świat Gustawa Herlinga-Grudzińskiego. Kraków:

Universitas, 2007.

CESARINO, Pedro de Niemeyer. Oniska: poética do xamanismo na Amazônia. São

Paulo: Perspectiva, 2011.

CESARINO, Pedro de Niemeyer (org., trad. e apres.). Quando a Terra deixou de falar:

cantos da mitologia marubo. São Paulo: Ed. 34, 2013.

ESTEVES, Lenita Maria Rimoli. Atos de tradução: éticas, intervenções, mediações. São

Paulo: Humanitas, 2014.

EVEN-ZOHAR, Itamar. Polysystem studies. Poetics today, vol. 11, n. 1, 1990, 1997.

Disponível em <http://www.tau.ac.il/~itamarez/works/books/ez-pss1990.pdf>

___. Papers in culture research. Tel Aviv: Unit of Culture Research, Tel Aviv University,

2010. Disponível em < http://www.tau.ac.il/~itamarez/works/books/EZ-CR-

2005_2010.pdf>

FALEIROS, Álvaro. Emplumando a grande castanheira. Estudos Avançados, v. 26, nº

76. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issuetoc&pid=0103-

401420120003&lng=pt&nrm=iso>

GLISSANT, Édouard. Introduction à une poétique du divers. Paris: Gallimard, 1996.

HERLING, Gustaw. Breve racconto di me stesso; a cura di Marta Herling. Napoli:

L'Ancora del Mediterraneo, 2001.

HEYDEL, Magda. Gorliwość tłumacza: przekład poetycki w twórczości Czesława

Miłosza. Kraków: Wydawnictwo Uniwersytetu Jagiellońskiego, 2013.

MIŁOSZ, Czesław (ed. and introd.) A book of luminous things: an international

anthology of poetry. New York: Harcourt, Brace & Co., 1996.

PRUNČ, Erich. Entwicklungslinien der Translationswissenchaft: von den Asymmetrien

der Sprachen zu den Asymmetrien der Macht. Berlin: Frank & Timme, 2007.

PYM, Anthony; SCHLESINGER, Miriam; SIMEONI, Daniel (ed.). Beyond Descriptive

Translation Studies; investigations in homage to Gideon Toury.

Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins Publishing Company, 2008.

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Disciplinas da área de concentração em Estudos Literários – Pós-Graduação em Letras da

UFPR – 2015/2, versão 28/06/2015

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RISÉRIO, Antônio. Textos e tribos: poéticas extra-ocidentais nos trópicos brasileiros.

Rio de Janeiro, Imago, 1993.

RÓNAI, Paulo. Saldos de balanço. In: ___. A tradução vivida; 2ª ed. rev. e aum. Rio de

Janeiro: Nova Fronteira, 1981, p. 157-177.

ROTHENBERG, Jerome (ed.). The technicians of the sacred. A range of poetries from

Africa, America, Asia, Europe & Oceania; 2nd edition, revised and expanded. Berkeley:

University of California Press, 1985.

SOUZA, Marcelo Paiva de. Um diálogo no meio do caminho: Czesław Miłosz leitor e

tradutor de Carlos Drummond de Andrade. Cadernos de Tradução, v. 35, nº1, 2015.

Disponível em

<https://periodicos.ufsc.br/index.php/traducao/issue/view/2212/showToc>

TYMOCZKO, Maria. Enlarging translation, empowering translators. Manchester: St.

Jerome, 2007.

TYMOCZKO, Maria (ed.). Translation, resistance, activism. Amherst: University of

Massachusetts Press, 2010

***

Código/Disciplina: HL 773 – TÓPICOS DE TEORIA LITERÁRIA

Docente: Alexandre Nodari

Carga Horária/Créditos: 90 h/6 cr

Horário: 6ª Feira 14h00 - 18h00

EMENTA: Estudo de questões centrais da teoria literária. Literatura e

contemporaneidade.

“Uma perspectiva de outra ordem que a visual”: a literatura como antropologia

especulativa.

PROGRAMA RESUMIDO: No Manifesto da Poesia Pau-Brasil, Oswald de Andrade

postulava “Uma nova perspectiva”, “Uma perspectiva de outra ordem que a visual”. A

referência era o cubismo, que deslocava a importância da “imagem” para “o ato de ver”

(Carl Einstein), isto é, que abdicava de uma relação reificada entre sujeito e objeto para

investigar a relação que toda perspectiva comporta, a experiência do terceiro incluído:

aquilo que está entre o sujeito e o objeto, a re-flexão. A arte (e a teoria) dos anos 1960

levou a cabo essa transformação iniciada pelas vanguardas, postulando a passagem da

“obra ao texto” (Barthes) e do objeto ao “quasi-corpus” (Manifesto Neoconcreto),

privilegiando a experiência da leitura e da participação em detrimento da intenção do

autor e da fruição do espectador. Em co-incidência com esse movimento de penetração

da vida na arte, a arte contaminou a vida em maio de 68, com a postulação d’“A

imaginação no poder”, e seu corolário: “Sejamos realistas, demandemos o impossível”.

A nosso ver, esse cenário ainda possibilita (e demanda) pensar uma nova ontologia da

arte (em geral) e da literatura (em particular), entendida esta como o modo pelo qual

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“textos literários (...) se relacionam com realidades externas às próprias obras”

(Gumbrecht), pois os dois paradigmas ontológicos dominantes nos estudos literários – a

desconstrução e os estudos culturais – tendem a acentuar um ou outro (interno ou

externo) polo da relação. A proposta da disciplina é propor uma terceira margem para a

ontologia literária, tomando a relação entre literatura e vida como uma via de mão

dupla, privilegiando o espaço intersticial (ou negativo). Para tanto, vamos explorar a

idéia proposta por Juan José Saer em “O conceito de ficção” de que a literatura constitui

uma “antropologia especulativa”. Se, segundo ele, a ficção não “dá as costas a uma

suposta realidade objetiva: muito pelo contrário, mergulha em sua turbulência”,

tornando o mundo que investiga (objetividade) inseparável da perspectiva com que o faz

(subjetividade), como podemos caracterizar essa relação entre o “deserto do real” (o

“mundo vivido”), e o “inreal” (irreal mas também in-real, dentro do real), de que fala

Clarice Lispector (e que a perspectiva literária oferece)? Ou, por outra: se a literatura, na

formulação de Milan Kundera, é uma exploração das possibilidades humanas, qual a

relação entre essas virtualidades e a existência “efetiva” (pois a leitura de uma ficção é a

paradoxal experiência de, nas palavras de Costello/Coetzee, “think my way into the

existence of a being who has never existed”)? Debateremos essas questões a partir de

textos teóricos (Ortega y Gasset, Lévi-Strauss, Meinong, entre outros) e literários

(especialmente Clarice), para tentar formular o que seria um perspectivismo literário

(em diálogo com o perspectivismo ameríndio formulado por Tânia Stolze Lima e

Eduardo Viveiros de Castro).

O programa completo estará disponível, 30 dias antes do início do semestre, em

https://sites.google.com/site/alexandrenodari/ae

Bibliografia

Agamben, Giorgio. L'Uso dei corpi. Homo Sacer IV, 2. Vicenza: Neri Pozza, 2014.

Agamben, Giorgio; Melville, Herman. Bartleby, ou da contingência – seguido de

Bartleby, o escrevente. Tradução de Vinícius Honesko e Tomaz Tadeu. Belo Horizonte:

Autêntica, 2015.

Badiou, Alain. A república de Platão recontada por Alain Badiou. Tradução de André

Telles. Rio de Janeiro: Zahar, 2014.

Barthes, Roland. O rumor da língua. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

___. O neutro. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

Benjamin, Walter. “A state monopoly on pornography”. Em: Selected writings. v. 2,

parte 1 (1927-1930). Cambridge: Harvard University Press, 1999.

___. “A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica” (primeira versão). Em:

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Magia e técnica, arte e política. (Obras escolhidas, vol. I). Tradução de Sérgio Paulo

Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 1985.

Benveniste, Émile. Problemas de lingüística geral, I. 2. ed. Tradução de Maria da

Glória Novak e Maria Luiza Neri. Campinas: Pontes; Editora da UNICAMP, 1988.

___. Problemas de lingüística geral, II. Tradução de Eduardo Guimarães et. al.

Campinas: Pontes, 1989.

Blanchot, Maurice. O livro por vir. Tradução de Leyla Perrone-Moisés. São Paulo:

Martins Fontes, 2005.

Blecher, Max. Acontecimentos na irrealidade imediata. São Paulo: CosacNaify, 2013.

Blumenberg, Hans. Teoria da não conceitualidade. Tradução e introdução de Luiz

Costa Lima. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2013.

Bök, Christian.’Pataphysics: the poetics of an imaginary science. Evanston:

Northwestern University Press, 2002.

Calvino, Italo. O cavaleiro inexistente. Tradução de Nilson Moulin. São Paulo:

Companhia das Letras, 2005.

Campos, Haroldo de. “Poesia e modernidade: Da morte da arte à constelação. O poema

pós-utópico”. Em: O arco-íris branco. Rio de Janeiro: Imago, 1997.

___. “Tópicos (Fragmentários) para uma Historiografia do C o m o”. Em:

Metalinguagem & outras metas: ensaios de teoria e crítica literária. 4. ed. 1.

reimpressão. São Paulo: Perspectiva, 2004.

Candido, Antonio et al. A personagem de ficção. 12. ed. São Paulo: Perspectiva, 2011.

Carvalho, Bernardo. “O espaço negativo”. Folha de S. Paulo, 19 de agosto de 2003.

Clark, Lygia. “O homem como suporte vivo de uma arquitetura biológica imanente”.

Em: Gullar, Ferreira (coord.). Arte brasileira hoje. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1973.

Coccia, Emanuele. A vida sensível. Tradução de Diego Cervelin. Desterro: Cultura e

Barbárie, 2010.

Coetzee, J.M. Elizabeth Costello: oito palestras. Tradução de José Rubens Siqueira. São

Paulo: Companhia das Letras, 2004.

Costa Lima, Luiz. Trilogia do controle: O controle do imaginário, Sociedade e discurso

ficcional, O fingidor e o censor. 3. ed. revista. Rio de Janeiro: Topbooks, 2007.

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Deleuze, Gilles. “O atual e o virtual”. Em: Alliez, Éric. Deleuze Filosofia Virual. São

Paulo: Ed.34, pp.47-57.

___. Lógica do sentido. Tradução de Luiz Roberto Salinas Fortes. 4. ed. 2. reimp. São

Paulo: Perspectiva, 2006.

___. Diferença e repetição. Tradução de L. Orlandi e R. Machado. Rio de Janeiro:

Graal, 2006,

Derrida, Jacques. A escritura e a diferença. São Paulo: Perspectiva, 2005.

Einstein, Carl. “Arte absoluta e política absoluta”. Tradução de Guilherme Gontijo

Flores. dubia – revista de antropologia especulativa, n.1 [no prelo]

Esposito, Roberto. Terza persona. Turim: Einaudi, 2007.

Flusser, Vilém. Língua e realidade. 3. ed. São Paulo: 2007.

Foucault, Michel. “O que é a crítica? [Crítica e Aufklärung]” (Conferência proferida em

27 de maio de 1978). Tradução de Gabriela Lafetá Borges. Publicado em Espaço Michel

Foucault. Disponível em: http://filoesco.unb.br/foucault/critica.pdf.

___. “O que é um autor”. Em: Ditos e escritos. v. 3: Estética: literatura e pintura,

música e cinema. 2. ed. Organização e seleção de textos por Manoel Barros da Mota.

Tradução de Inês Autran Dourado Barbosa. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2006.

Freud, Sigmund. Obras completas, v. 11 (1912-1914): Totem e Tabu, contribuição à

história do movimento psicanalítico e outros textos. Tradução e notas de Paulo César de

Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

Gullar, Ferreira. “Teoria do não-objeto”. Em: Experiência neoconcreta: momento-limite

da arte. São Paulo: CosacNaify, 2007.

Heller-Roazen, Daniel. Ecolalias. Tradução de Fábio Durão. Campinas: Ed. da

UNICAMP, 2010.

Hollier, Dennis. “O valor de uso do impossível”. Alea: estudos neolatinos, 15 (2), 2013.

Iser, Wolfgang. O fictício e o imaginário: perspectivas de uma antropologia literária.

Tradução de Johannes Kretschmer. Rio de Janeiro: EdUERH, 1996.

___. “O fictício e o imaginário”. Em: Teoria da Ficção: Indagações à obra de Wolfgang

Iser. Tradução de Bluma Waddington Rocha e João Cezar de Castro Rocha. Rio de

Janeiro: UERJ, 1999. p. 65-77.

Jakobson, Roman. Lingüística e comunicação. Tradução de Izidoro Blikstein e José

Paulo Paes. São Paulo: Cultrix, 2008.

___. Lingüística. Poética. Cinema. 2. ed.; 1. reimp. São Paulo: Perspectiva, 2007.

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Jarry, Alfred. Gestas y opiniones del Doctor Faustroll, Patafísico: novela neocientífica.

Buenos Aires: Atuel, 2004.

Kafka, Franz. O desaparecido ou Amerika. 3. ed. Tradução, notas e posfácio de Susana

Kampff Lages. São Paulo: 34, 2012.

Kant, Immanuel. Crítica da Faculdade do juízo. Tradução de Valerio Rohden e António

Marques. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010.

Kundera, Milan. A arte do romance. Tradução de Teresa Bulhões Carvalho da Fonseca.

São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

Lévi-Strauss, Claude. “Introdução à obra de Marcel Mauss”. Em: Mauss, Marcel.

Sociologia e antropologia. Tradução de Paulo Neves. São Paulo: Cosac Naify, 2003. pp.

11-46.

Lévy, Pirre. O que é o virtual? Tradução de Paulo Neves. 2. ed. São Paulo: 34, 2011.

Lewis, David K. On the plurality of worlds. Blackwell: Oxford, 1986.

Lima, Tânia Stolze. Um peixe olhou para mim – o povo Yudjá e a perspectiva. São

Paulo: Ed. UNESP, ISA; Rio de Janeiro: NuTI, 2005.

Lippard, Lucy R.. Seis años: la desmaterialización del objeto artístico de 1966 a 1972.

Madri: Akal, 2004.

Lispector, Clarice. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

___. A paixão segundo G.H.: edição crítica. 2. ed. 1. reimp. Madrid: ALLCA XX,

1997.

___. Água viva. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

___. Outros escritos. Rio de Janeiro: Rocco, 2005.

___. Um sopro de vida (pulsações). Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Literal (1973-1977). Edição facsimilar. Buenos Aires: Biblioteca Nacional, 2011.

“Manifesto neoconcreto”. Jornal do Brasil, 22 de março de 1959.

Meinong, Alexius. Teoría del objeto y Presentación personal. Tradução ao castelhano

de Carola Pivetta; estudo introdutório de Emanuele Coccia. Buenos Aires: Miño y

Dávila, 2008.

Montesquieu, Barão de. O gosto. Tradução e posfácio de Teixeira Coelho. São Paulo:

Iluminuras, 2005.

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Ortega y Gasset, José. A idéia do teatro. Tradução de J. Guinsburg. São Paulo:

Perspectiva, 1991.

___. “Meditaciones del Quijote”. Em: Obras completas, tomo I (1902-1916). 7. ed.

Madri: Revista de Occidente, 1966.

___. “Sobre la expresión fenómeno cósmico”. Em: Obras completas, tomo II (1916-

1934). Madri: Revista de Occidente, 1963. pp. 577-594.

___. O homem e a gente: inter-comunicação humana. 2. ed. Tradução de J. Carlos

Lisboa. Rio de Janeiro: Livro Ibero-Americano Ltda, 1973.

Pignatari, Décio. Semiótica & literatura. 6. ed. Cotia: Ateliê Editorial, 2004.

Pompeia, Raul. “O mal de D. Quixote”. Disponível em:

http://www.biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://www.biblio.com.br/conteudo/raul_po

mpeia/omaldedquixote.htm

Rosa, João Guimarães. Primeiras estórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.

___. Tutameia: terceiras estórias 6. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.

Rousseau, Jean-Jacques. Ensaio sobre a origem das línguas. Tradução Fulvia M. L.

Monteiro. Apresentação de Bento Prado Jr. 3. ed. Campinas: Editora da UNICAMP,

2008.

Saer, Juan José. “O conceito de ficção”. Tradução de Joca Wolff. Sopro, 15, 2009. pp. 1-

4.

Saéz, Oscar Calavia. “Moinhos de vento e varas de queixadas. O perspectivismo e a

economia do pensamento”. Mana, 10 (2), 2004.

Spitzer, Leo. “Perspectivismo lingüístico en el Quijote”. Disponível em:

http://cvc.cervantes.es/literatura/quijote_antologia/spitzer.htm

Vaihinger, Hans. A filosofia do como se. Tradução e apresentação de Johannes.

Krestschmer. Chapecó: Argos, 2011.

Viveiros de Castro, Eduardo. “Exchanging perspectives: the transformation of objects

into subjects in Amerindian ontologies”. Common knowledge, 10 (3), 2004. pp.463-484.

___. “O nativo relativo”. Mana, 8 (1), 2002. pp. 113-148.

Wagner, Roy. Symbols That Stand for Themselves. Chicago: University of Chicago

Press, 1986.

***

Código/Disciplina: HL 742 – FICÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA II

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Docente: Patrícia da Silva Cardoso

Carga Horária/Créditos: 90 h/6 cr

Horário: 6ª Feira 08h00 - 12h00

EMENTA: Estudo monográfico da obra de um ficcionista.

PROGRAMA:

Descrição: Na famosa carta que escreve a Adolfo Casais Monteiro sobre a gênese dos

seus heterônimos e o plano de publicação de suas obras, Fernando Pessoa afirma que

não era sua intenção estrear-se em livro com Mensagem, mas sim que suas opções

oscilavam entre um grande livro incluindo suas várias “sub-personalidades” e uma

novela policial. Evidencia-se com isso a importância do gênero policial para o autor,

que efetivamente dedicou-se à elaboração de várias narrativas dentro do modelo. Esta

disciplina privilegiará a leitura de dois livros lançados com a recolha dos textos policiais

de Pessoa, Quaresma, decifrador e Histórias de um raciocinador, tendo como objetivo

discutir o lugar dessas obras no seu quadro de produção e observar seus eventuais

vínculos com a perspectiva pessoana acerca da realidade e do papel da arte em fundá-la.

BIBLIOGRAFIA:

HERBERT, Rosemary (ed.). The Oxford companion to crime & mistery writing. Oxford:

Oxford University Press, 2000.

KNIGHT, Stephen. Crime Fiction since 1800: Detection, Death, Diversity. New York:

Palgrave Macmillan, 2010.

MARTINS, Fernando Cabral (org.). Dicionário de Fernando Pessoa e do modernismo

português. Lisboa: Editorial Caminho, 2008.

PESSOA, Fernando. Quaresma, decifrador. As novelas policiárias. Lisboa:

Assírio&Alvim, 2014. Edição de Ana Maria Freitas.

PESSOA, Fernando. Histórias de um raciocinador. E o ensaio “História Policial”.

Lisboa: Assírio&Alvim, 2012. Edição de Ana Maria Freitas.

POE, Edgar Allan. Poética (textos teóricos). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,

2004.

POE, Edgar Allan. The selected writings of Edgar Allan Poe. New York: Norton, 2004.

PRIESTMAN, Martin. The Cambridge Companion to Crime Fiction. Cambridge:

Cambridge University Press, 2003.

SOARES, Fernando Luso. A novela policial-dedutiva em Fernando Pessoa. Lisboa:

Diabril, 1976.

SOUSA, Maria Leonor Machado de. Fernando Pessoa e a literatura de ficção. Lisboa:

Novaera, 1978.

SOUSA, Maria Leonor Machado de. A literatura negra ou de terror em Portugal:

séculos XVIII e XIX. Lisboa, Novaera, 1978.

TOMKINS, J. M. S. The popular novel in England. 1770-1800.

TOWNSHEND, Dale (ed.) Terror and wonder. The gothic imagination. London: British

Library, 2014.

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Código/Disciplina: HL 781 - SEMINÁRIOS DE ORIENTAÇÃO EM ESTUDOS

LITERÁRIOS I

Docente: Klaus Eggensperger

Carga Horária/Créditos: 90 h/6 cr

Horário: 6ª Feira 08h30 - 12h30

EMENTA: Estudo pontual de uma questão teórica, historiográfica ou epistemológica

do campo de pesquisa em estudos literários.

PROGRAMA:

Arte, literatura e cultura – perspectivas freudianas

Introdução ao pensamento freudiano no campo das artes e da literatura, buscando

respostas a perguntas básicas sobre a importância social e individual de bens culturais

na sociedade moderna da cultura de massa. Na perspectiva freudiana, arte e literatura

dão forma estética a nossos desejos proibidos e medos latentes. A disciplina é

organizada em blocos temáticos: 1. Teoria freudiana de cultura, 2. Processos de

imaginação e criação 3. Questões de recepção 4. Questões de interpretação.

BIBLIOGRAFIA:

Bibliografia com literatura teórica em português e inglês. Literatura ficcional: obras de

Hoffmann, Poe, Balzac, Machado de Assis, Stephen King entre outros, além de contos

infantis. A forma de avaliação é combinada no início do semestre.

Leitura preparatória: Freud, O mal-estar na cultura. Porto Alegre: L&PM, 2010.

Bibliografia preliminar

Berg, Henk de. Freud's theory and its use in literary and cultural studies: an

introduction. New York: Camden, 2004.

Birman, Joel. O sujeito na contemporaniedade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,

2012.

Correio APPOA, junho 2011: Psicanálise e Ficção. URL:

www.appoa.com.br/uploads/arquivos/correio/correio202.pdf

Corso, Diana Lichtenstein; Corso, Mário. Fadas no divã: psicanálise nas histórias

infantis. Porto Alegre: Artmed, 2007.

Eagleton, Terry. A ideologia da estética. Rio de Janeiro: Zahar, 1993. Cap. 10. O Nome-

do-Pai: Sigmund Freud, p. 192-209.

Freud, Sigmund. O mal-estar na cultura. Porto Alegre: L&PM, 2010. [1930]

Freud, Sigmund. O inquietante. In: ________. Obras completas vol. 14. São Paulo:

Companhia das Letras, 2010, p. 328-376. [1919]

Freud, Sigmund. O poeta e o fantasiar. In: Duarte, Rodrigo (org.): O belo autônomo:

textos clássicos de estética. 3.ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora; Crisálida, 2013; p.

267-276. [1908]

Freud, Sigmund. Compêndio de psicanálise e outros escritos inacabados. Trad. Pedro

Heliodoro Tavares. Belo Horizonte: Autêntica, 2014.

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Fuks, Betty Bernardo. Freud e a cultura. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007.

Guinsburg, J.; Leirner, Sheila (orgs.). O Surrealismo. São Paulo: Perspectiva, 2008.

Holland, Norman N. Holland's Guide to Psychoanalytic Psychology and Literature-

and-Psychology. Oxford University Press, 1994.

Marcuse, Herbert. Eros e Civilização: uma interpretação filosófica do pensamento de

Freud. Rio de Janeiro: LTC, 2009.

Passos, Cleusa Rios P.; Rosenbaum, Yudith (orgs.). Interpretações: Crítica Literária e

Psicanálise. São Paulo: Ateliê Editorial, 2014.

Perez, Daniel Omar. O inconsciente: onde mora o desejo. Rio de Janeiro: Civilização

Brasileira, 2012.

Rivera, Tania. Arte e psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.

Roudinesco, Elisabeth; Plon, Michel. Dicionário de psicanálise. Tradução Vera Ribeiro,

Lucy Magalhães. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.

Vocabulário da psicanálise / Laplanche e Pontalis. 4ª. edicão. São Paulo: Martins

Fontes, 2001.

***