2 ano Terceiro BimestreTpico IX: Transnacionalizao da economia e
da cultura no incio do Mundo ModernoPesquisar manifestaes culturais
de origem africana no Brasil; analisar a dinmica das sociabilidades
(festas cvicas e religiosas) e do hibridismo cultural na Amrica
portuguesa.
Produzir texto analtico relacionando trfico negreiro e capital
mercantil. Distinguir colnias de povoamento e colnias de explorao.
Mapear o comrcio triangular nas Treze Colnias inglesas. Analisar
mapas situando os imprios coloniais dos sculos XVI e XVII.
Pesquisar manifestaes culturais de origem africana no Brasil.
Filmar festa do Congado, Moambique,
Conceituar- banto- confrarias dispora - O festejo do Reizado [ou
Congado] nasceu dos rituais negros coloniais. [...] construda com
os esforos da mo-de-obra escrava, a insero dos africanos em
confrarias(irmandades) aparecia como a soluo mais natural para os
problemas de integrao e evangelizao.As primeiras confrarias negras
de que se tm notcia no imprio colonial portugus pertenciam ao orago
de N. Sra. Do Rosrio.[...] O Congado est diretamente ligado histria
do aparecimento de N. Sra. do Rosrio, fundadora das irmandades dos
homens pretos. Uns contam que Nossa Senhora apareceu no Brasil,
dizem outros que foi na frica. Os congadeiros contam diferentes
verses dessa histria.Em Angola, a rea mais importante de
fornecimento de escravos para as regies mineradoras, na segunda
metade do sculo XVIII, confrarias do Rosrio familiarizavam os
africanos com seus cultos e prticas. Parece certo que alguns
africanos, antes da imigrao forada, tivessem contato e/ou
participassem da vida associativa em frica. [...].( Marcos
Magalhes)
A escravido no destruiu automaticamente hbitos, maneiras de
pensar e sentir de suas vtimas. A dispora, entretanto, impediu que
os complexos sistemas sociais, polticos e religiosos dos povos da
frica Centro-Ocidental regio Congo, Angola at Moambique, em que
predomina o grande tronco lingstico-cultural banto fossem
integralmente transpostos para c. Este encontro de culturas
diferentes, no contexto de dominao pelos colonizadores portugueses,
produziu uma manifestao cultural mestia. Vrios elementos das
manifestaes religiosas negra em verso cristianizada. (Sebastio
Rios)
O Reizado em si, ele uma coisa de humildade. Porque foi uma
coisa criada com muito sacrifcio, com muita pobreza, com muita
humildade, com muita raa, muita f, sabe? Eu, por exemplo, passei a
danar calado tem pouco tempo pra c, toda a vida a gente danou
descala... A coisa era difcil, meu filho. Os fazendeiros, as
pessoas ricas tinha pavor da gente, que eles falava que aquilo era
bruxaria, era macumbaria. Hoje, eu, por exemplo, que passei por
isso, que acompanhei tudo essas coisa que to te contando, hoje eu
tenho uma gratido,.... que a gente nunca que poderia um dia sonhar
que um terno de moambique, uns negro, ia entrar numa casade branco.
Ento eu sinto isso como uma graa de Nossa Senhora do Rosrio. Uma
bno muito grande... Geraes e geraes e a gente veio, lutemo demais,
Nossa Senhora! E a sociedade hoje acolhe a gente, graas a Deus.
Hoje eu sinto assim como uma guerra vencida. (Capito Jlio Antnio,
Terno de Moambique de Perdes)
Informaes de identificao: nome do terno, santo de devoo, nome e
funo do entrevistado. terno de moambique.terno de vilo.terno de
congo.terno de marinheiro.terno de catop.
Perguntas:
1 Sobre as origens do Congado
2 sobre a origem do terno e sua posio na hierarquia da festa
3 sobre a funo do capito e importncia do basto e do apito
4 Instrumentos utilizados pelo terno
5 Sobre a importncia do congado
6 Sobre o racismo
7 Sobre o por que do nomeCongado (ou Reinado), e do nome do
terno
8 Sobre a corte (reis e rainhas congos e perptuos; reis e
rainhas de promessa; mordomos)
9 O que os levou a participar da festa?
Numeroso foi o contingente de escravos bantos trazidos para o
Brasile grande a influncia deles nos costumes, religio e supersties
nacionais. Trazidos principalmente das possesses portuguesas de
Angola, Moambique e Guin, trouxeram muitas lendas, mitos e tradies.
So bantos o do maracatu do carnaval pernambucano e as congadas
vistas em todo o territrio brasileiro. A cuca e o
berimbau-de-barriga foram por eles trazidos da frica; a capoeira,o
samba tambm deveram a eles sua difuso no Brasil.A lenda do
quibungo,(bicho papo)naBahia, exemplo da tradio oral brasileira
deixada por eles.
Habilidades:
Distinguir colnias de povoamento e colnias de explorao.
Tema 2:
O mundo do trabalho e os deslocamentos populacionais
Tpico IX
Transnacionalizao da economia e da cultura no incio do Mundo
Moderno
Procedimentos
Fragmento 1: Se vamos essncia da nossa formao, veremos que na
realidade nos constitumos para fornecer acar, tabaco, alguns outros
gneros; mais tarde ouro e diamantes; depois, algodo, e em seguida
caf, para o comrcio europeu. Nada mais que isto. com tal objetivo,
objetivo exterior, voltado para fora do pas e sem consideraes que
no fossem o interesse daquele comrcio, que se organizaram a
sociedade e a economia brasileiras. Tudo se dispor naquele sentido:
a estrutura bem como as atividades do pas. (Prado Jr., Caio. Formao
do Brasil Contemporneo. 1. edio 1942. 17. ed. So Paulo:
Brasiliense, 1981, pp. 31-32.)
Fragmento 2: [...] por artes diablicas se mudava o nome de Santa
Cruz, to pio e devoto, para o de um pau de tingir panos. (Barros,
Joo de. Dcadas da sia. Texto do sculo XVI. Citado em Alencar, Carpi
& Ribeiro. Histria da Sociedade Brasileira. 3. ed. Rio de
Janeiro: Ao Livro Tcnico, 1985, p. 12)
Fragmento 3: E em tal maneira graciosa que querendo-a
aproveitar, dar-se- nela tudo por bem das guas que tem; porm, o
melhor fruto que nela se pode fazer me parece que ser salvar esta
gente e esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela
deve lanar; e que ali no houvesse mais que ter aqui esta pousada
para esta navegao de Calecut, bastaria quanto mais disposio para
nela se cumprir e fazer o que Vossa Alteza tanto deseja, a saber,
acrescentamento da nossa f. (Caminha, Pero Vaz. Carta ao Rei Dom
Manuel. [13: 19-30]. Belo Horizonte: Crislida, 2002, p. 69)
A partir dos fragmentos acima, o professor deve solicitar aos
alunos que respondam as seguintes colocaes;
1 Os fragmentos mencionam duas caractersticas centrais da
colonizao portuguesa no Brasil. Crie uma expresso sobre o
empreendimento colonial portugus que sintetize aquelas
caractersticas.
2 Identifique os anos e o sculo em que os fragmentos foram
elaborados. A partir desses dados, diferencie os olhares acerca da
colonizao levando em considerao justamente o tempo em que foram
elaborados.
3 O autor do fragmento 2 diz que por artes diablicas o nome da
terra recm-descoberta foi mudado. Como o autor do fragmento 1
traduziria aquela expresso?
4 O autor do fragmento 3 indica na carta a Dom Manuel trs usos
potenciais que a terra pode ter. Identifique-os
5 O autor do fragmento 1 fala de um sentido da colonizao.
Identifique-o.
Nas questes 1 e 3, importante o professor estar aberto s vrias
formulaes possveis, mas que remetam s expresses: empreendimento
mercantil-religioso (1) e por artes do comrcio (3).
Na questo 2 importanteque o aluno perceba as diferentes
perspectivas medida que o tempo vai passando e a colonizao
acontecendo. Assim, com Caminha, a colonizao ainda nem se iniciou e
a terra recm-descoberta pura potencialidade: frtil e, portanto,
propcia produo; poderia ser usada para repouso e abastecimento das
naus que demandavam as especiarias das ndias (Calecut, primeiro
porto indiano conquistado pelos portugueses, em 1487); converso ao
catolicismo das gentes da terra. (questo 4). J com Joo de Barros, a
colonizao est em desenvolvimento, e o seu mvel central, o interesse
que predomina j se explicitou na mudana do nome, de Terra de Santa
Cruz (religioso) para Brasil (mercantil). Caio Prado Jr., no sculo
XX, tem a perspectiva de toda a colonizao, de um processo j
finalizado, no qual identifica um sentido: nossa formao se deu nica
e exclusivamente para atender aos interesses do comrcio europeu.
(questo 5).
Tema 2:
O mundo do trabalho e os deslocamentos populacionais
Tpico X:
Transnacionalizao da economia e da cultura no incio do Mundo
Moderno
Habilidades:
Analisar dados estatsticos sobre o xodo rural e a favelizao das
metrpoles no Brasil e na Amrica Latina.
Providncias:
Organizar a turma em grupos de 4 alunos; cada grupo deve receber
dois xrox dos grficos que constam nesta atividade
Procedimentos 1:
Dcada de 1960
(Dados tirados de Campos, F. & Dolhnikoff, M. Atlas Histria
do Brasil. 3. ed. So Paulo: Scipione, 1997, pp. 62-63)
A partir da leitura dos grficos acima, pea para os alunos
transformarem os dados dos grficos em um texto explicativo para
cada um dos grficos. Depois pea para os alunos relacionarem os
dados dos grficos com o tema do tpico, o xodo rural e a favelizao
das metrpoles, que comea a se acentuar, no Brasil, a partir da
dcada de 1950. Por fim pea para os alunos relacionarem os dados com
a radicalizao poltica ocorrida no governo de Jango.
Procedimentos 2:
Dcada de 1970 Documento 1: Seu Z nasceu na Bahia, perto da
cidade de Poes. J com 8 anos trabalha na pequena propriedade do
pai. Ainda jovem vai para Itabuna, pra zona do cacau, caando
empreitada e morando em alojamento. Casado, mudou-se para a Zona da
Mata onde fiquei 8 anos de colono, tinha casa. Tive tambm 15
filhos. A mulher s pode criar 8, 7 morreram. [...] os patres no tm
relgio nem horrio. A gente trabalha at a noite chegar, com suor de
torcer a camisa. E o dinheiro que a gente ganha to pouco que nem d
pra comprar uma corda pra morrer enforcado. [...]A roa no d. (...)
Ento o jeito migrar. Tomei um Vera Cruz e vim direto pra So Paulo.
Nem no Rio parei. Vim por fora... busca de ganho. [...] Com a ajuda
de parentes, chega favela de Cidade Jardim, onde compra um barraco.
Como pedreiro ou caseiro trabalha na condio de assalariado. Aos
poucos, torna-se um trabalhador autnomo em servios de jardinagem.
Agora a gente mora aqui, pra poder mandar um pouco de dinheiro pra
nossa gente na Bahia e na favela as pessoas se ajudam muito. Se eu
sair daqui eu sofro solido. Sinto falta deste povo.[...] Se eu
pudesse eu agasalhava todo esse povo. Olha, moo, o fraco s fala com
o fraco mesmo. Tem os mais fracos do que eu. Tem uns que a fraqueza
maltrata mais. O forte no tem que trabalhar. O fraco no vira forte.
A no ser que um revs de uma sorte eu acertasse um jogo. Por
trabalho no vou arranjar nada no. No d pra sobrar do custo de vida.
Quero vencer na cidade: quero ganhar 1.000 cruzeiros. Ter 20
jardins pra cuidar. Atualmente ganho 400. Tenho 10.Documento
2:Pernambuco tem 24 anos. Tem fora para vender. Trabalha como
servente de pedreiro e nos fins de semana como copeiro num
restaurante. Nasceu no interior de Pernambuco, onde o pai era
colono de meia. Quando menino fui trabalhar em olaria [...] Depois
fui trabalhar num engenho, porque queria ganhar melhor e ter um
emprego de indstria, no de roa que no tem futuro. Mas no consegui
trabalhar nas caldeiras. Me puseram pra cortar cana: trabalho de
qualquer, de roa, de salrio baixo. Da vim embora. Tinha um cara que
trabalhou uns tempos em So Paulo e depois foi pra minha terra
contando muita vantagem dos ganhos. Ento eu pensei: eu sou forte e
moo, bom de trabalho, se eu vou pra l posso ganhar o meu e partir
pra adquirir um estudo e melhorar de vez. [...] No gosto de
vagabundo. Quem pede esmola no tem vergonha na cara; o sujeito
chega onde quiser se trabalhar direito e pra valer. Eu vou estudar
pra ver se consigo ser engenheiro. A sim. Tenho uma profisso de
respeito. Porque bom de trabalho eu sou: o que me falta o
conhecimento, o diploma, saber falar ingls, essas coisas. Eu sou
forte e moo, bom de trabalho. Eu vou tentando. Eu vou tentando. Eu,
sabe como , eu sou bom de trabalho.Documento 3:Z Luiz vive na
favela de Cidade Jardim desde 1972, quando construiu um barraco.
Nasceu em Minas Gerais, onde o pai tinha uma propriedade rural:
nosso terreno tinha mais ou menos uma base de 300 alqueires ou
mais. S nosso. Mas ns no plantvamos nada nele, porque a terra era
ruim. No dava nada. Era s sap. Trabalhava na terra dos outros. No
sei o que aconteceu nessa terra toda. Todo mundo morreu. Uns
morreram. Outros foram embora. A terra ficou l. Quem bonito, tem
dinheiro, passa a mo. E deles. Tenho oito irmos. No vi mais nenhum.
Vi um. Sete nunca mais vi. Podem estar aqui em So Paulo. Eu no sei.
Sua vida marcada por prises, fugas e facadas, por um nmero
incontvel de trabalhos e mulheres. Esse cara que nasceu pobre, pra
ser servente, lavrador, trabalhar na roa, t lascado. T do modo que
o diabo gosta. [...] o pobre trabalha pro rico sustentar, porque o
rico tem dinheiro pra comprar do pobre. Compreendeu como que ? Aqui
tem trabalho. Se trabalhar, come. Se no trabalhar, come a mesma
coisa. Quase todas as noites e os fins de semana, Z Luiz chega em
casa, toma banho, janta, pe a roupa de mendicncia e vai para as
igrejas, onde tem missa, batizado ou casamento, com Dirce e os trs
filhos: Totonho vai no colo; Z Ricardo e Roberto Alexandre j sabem
como preciso fazer. Alm dessa atividade, a mais rendosa, Z Luiz
servente de pedreiro: faz concreto, massa de cimento. registrado e
ganha salrio mnimo.(Todos documentos foram tirados de Lcio
Kowarick. A Espoliao Urbana. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.)Um
primeiro ponto solicitar dos alunos a identificao do que os
documentos tm em comum. Aqui importante que o professor capacite os
alunos a distinguirem e no a separarem a forma do contedo. O que
eles trazem de comum em sua forma: os trs documentos possuem dois
narradores; um que entrevista e passa informaes bsicas sobre o
entrevistado. E outro que o entrevistado, que no s conta parte de
sua vida, mas tambm d sua opinio sobre sua situao, expressa sua
viso de mundo. O primeiro um intelectual, buscando dados para
compor seu livro de sociologia. O segundo o migrante, tpico da
dcada de 1970, que saiu da roa para tentar a sorte em So Paulo.
E o que eles trazem de comum no contedo, isto , nas informaes
que fornecem: todos nasceram com uma forte ligao com a terra ou o
pai proprietrio, ou colono de meia; o trabalho nas terras do pai
insustentvel e eles logo vo trabalhar nas terras dos outros; todos
concordam que o trabalho na roa no tem futuro: a explorao grande.
Todos migram para a metrpole, vo morar em favelas, fazendo diversos
bicos, trabalhos, at se fixarem em alguns. O professor deve
trabalhar essas informaes, solicitando dos alunos relacionarem os
dados contidos nos documentos com os dados estatsticos da migrao e
urbanizao no Brasil presentes nas OPs 35 e 36 no s a evoluo dos
dados, mas se concentrando nos relativos dcada de 1970.
Uma outra abordagem solicitar que o grupo identifique e discuta
as diferentes vises de mundo e, particularmente, em relao ao
trabalho, nos trs depoimentos: desde aquele que incorporou
plenamente a ideologia burguesa de confiana absoluta na
individualidade o sujeito chega onde quiser se trabalhar direito e
pra valer , passando por aquele que ainda confia no trabalho, mas
sabe da fora do sistema, que gera a desigualdade e mantm as
distncias sociais, que possibilita sim uma melhora, mas limitada,
que por isso sabe da importncia do coletivo, da solidariedade; at
aquele que perdeu totalmente a confiana na nobreza, na fora do
trabalho, descrente no sistema, convicto de sua injustia e que, por
isso, optou por sobreviver margem dele.
Esse tambm um bom material para se trabalhar com a histria de
vida, da famlia, de conhecidos, dos alunos. A depender da regio da
escola, seja relacionado-a diretamente com os depoimentos, seja com
as formas de migrao que predominam hoje em direo aos pases ricos,
etc.
Outra possibilidade, demandar dos alunos recortes de jornais,
revistas, sites que identifiquem a viso de mundo e reivindicaes do
MST e informem da situao do campo no Brasil de hoje.
Complementar 10trabalho e indstria
Ler e interpretar textos sobre o cercamento dos campos na
Inglaterra dos sculos XVI e XVIII. Produzir texto analtico sobre o
processo de constituio do capital industrial. Ler e interpretar
documentos sobre a organizao e o trabalho fabril durante a Revoluo
Industrial. Analisar movimentos de resistncia industrializao e de
resistncia explorao fabril. Contextualizar as trade-unions e o
incio dos sindicatos modernos. Ler e interpretar textos de Marx e
Bakunin.
Analisar dados estatsticos sobre o xodo rural e a favelizao das
metrpoles no Brasil e na Amrica Latina.A Revoluo Industrial
Contexto da Revoluo Industrial-necessidade de produzir cada vez
mais e mais rpido-Inglaterra chegou na frente: ferro e carvo,
mo-de-obra, navios, dinheiro- desenvolvimento de mquinas a
vapor
Modernizao e Tecnologias - Navios e trens a vapor (facilitou o
transporte de pessoas e cargas)- desenvolvimento da indstria txtil-
melhorias para poucos
A fbrica --- pssimas condies de trabalho/- salrios baixos e
castigos fsicos/- trabalho infantil e feminino- carga horria
elevada e ausncia de direitos/- barulho e poluio
Reaes dos trabalhadores - O ludismo - os quebradores de
mquinas/- As trade unions -( origem dos sindicatos (luta por
direitos)/- O cartismo ( direitos polticos para os
trabalhadores
Neocolonialismo- Europeus dividem a frica e sia/- violncia e
explorao- busca de matrias-primas e recursos vegetaisIntroduoA
Revoluo Industrial teve incio no sculo XVIII, na Inglaterra, com a
mecanizao dos sistemas de produo. Enquanto na Idade Mdia o
artesanato era a forma de produzir mais utilizada, na Idade Moderna
tudo mudou. A burguesia industrial, vida por maiores lucros,
menores custos e produo acelerada, buscou alternativas para
melhorar a produo de mercadorias. Tambm podemos apontar o
crescimento populacional, que trouxe maior demanda de produtos e
mercadorias.
Pioneirismo InglsFoi a Inglaterra o pas que saiu na frente no
processo de Revoluo Industrial do sculo XVIII. Este fato pode ser
explicado por diversos fatores. A Inglaterra possua grandes
reservas de carvo mineral em seu subsolo, ou seja, a principal
fonte de energia para movimentar as mquinas e as locomotivas vapor.
Alm da fonte de energia, os ingleses possuam grandes reservas de
minrio de ferro, a principal matria-prima utilizada neste perodo. A
mo-de-obra disponvel em abundncia (desde a Lei dos Cercamentos de
Terras ), tambm favoreceu a Inglaterra, pois havia uma massa de
trabalhadores procurando emprego nas cidades inglesas do sculo
XVIII. A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar
as fbricas, comprar matria-prima e mquinas e contratar empregados.
O mercado consumidor ingls tambm pode ser destacado como importante
fator que contribuiu para o pioneirismo ingls.
Avanos da TecnologiaO sculo XVIII foi marcado pelo grande salto
tecnolgico nos transportes e mquinas. As mquinas vapor,
principalmente os gigantes teares, revolucionou o modo de produzir.
Se por um lado a mquina substituiu o homem, gerando milhares de
desempregados, por outro baixou o preo de mercadorias e acelerou o
ritmo de produo.Na rea de transportes, podemos destacar a inveno
das locomotivas vapor (maria fumaa) e os trens vapor. Com estes
meios de transportes, foi possvel transportar mais mercadorias e
pessoas, num tempo mais curto e com custos mais baixos.
A FbricaAs fbricas do incio da Revoluo Industrial no
apresentavam o melhor dos ambientes de trabalho. As condies das
fbricas eram precrias. Eram ambientes com pssima iluminao, abafados
e sujos. Os salrios recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos
e chegava-se a empregar o trabalho infantil e feminino. Os
empregados chegavam a trabalhar at 18 horas por dia e estavam
sujeitos a castigos fsicos dos patres. No havia direitos
trabalhistas como, por exemplo, frias, dcimo terceiro salrio,
auxlio doena, descanso semanal remunerado ou qualquer outro
benefcio. Quando desempregados, ficavam sem nenhum tipo de auxlio e
passavam por situaes de precariedade.
Reao dos trabalhadoresEm muitas regies da Europa, os
trabalhadores se organizaram para lutar por melhores condies de
trabalho. Os empregados das fbricas formaram as trade unions
(espcie de sindicatos) com o objetivo de melhorar as condies de
trabalho dos empregados. Houve tambm movimentos mais violentos
como, por exemplo, o ludismo. Tambm conhecidos como "quebradores de
mquinas", os ludistas invadiam fbricas e destruam seus equipamentos
numa forma de protesto e revolta com relao a vida dos empregados. O
cartismo foi mais brando na forma de atuao, pois optou pela via
poltica, conquistando diversos direitos polticos para os
trabalhadores.
ConclusoA Revoluo tornou os mtodos de produo mais eficientes. Os
produtos passaram a ser produzidos mais rapidamente, barateando o
preo e estimulando o consumo. Por outro lado, aumentou tambm o
nmero de desempregados. As mquinas foram substituindo, aos poucos,
a mo-de-obra humana. A poluio ambiental, o aumento da poluio
sonora, o xodo rural e o crescimento desordenado das cidades tambm
foram conseqncias nocivas para a sociedade. At os dias de hoje, o
desemprego um dos grandes problemas nos pases em desenvolvimento.
Gerar empregos tem se tornado um dos maiores desafios de governos
no mundo todo. Os empregos repetitivos e pouco qualificados foram
substitudos por mquinas e robs. As empresas procuram profissionais
bem qualificados para ocuparem empregos que exigem cada vez mais
criatividade e mltiplas capacidades. Mesmo nos pases desenvolvidos
tem faltado empregos para a populao.1 fase:
(1750-1850)-desenvolvera-se as indstrias textil, movidas a vapor.
Teve tambm a inveno do telgrafo, trem e barco nesta poca.
1. Fase da Revoluo Industrial: 1750-1860
tear mecnico;mquina a vapor;fundio do ferro;progressos na
agricultura.
1. Fase - +/1750 at +/1860:Durante a segunda metade do sculo
XVIII, na Inglaterra uma srie de transformaes no processo de produo
de mercadorias, deram origem ao que se convencionou chamar por 1a
Revoluo Industrial. Antes desse processo eram as oficinas
artesanais que produziam grande parte das mercadorias consumidas na
Europa. Nestas oficinas, tambm chamadas de manufaturas, o arteso
controlava todo o processo de produo. Era ele quem estabelecia, por
exemplo, sua jornada de trabalho. Tambm no existia uma profunda
diviso do trabalho (cada um fazendo uma parte do produto).
Freqentemente nas oficinas um grupo de dois ou trs artesos se
dedicava produo de uma mercadoria de seu princpio ao seu fim, ou
seja fazia a mercadoria como na sua totalidade, sem diviso do
trabalho. Com a Revoluo Industrial isso se alterou, os arteso
perderam sua autonomia. Com a chegada de novas tecnologia e novas
mquinas apareceram as fbricas nas quais todas as modernas mquinas
tornaram-se propriedade de um capitalista (burgus). A produo fabril
concorrendo com a artesanal levou esta runa. Os antigos arteso,
ento tiveram que se tornar trabalhadores assalariados, estando a
partir da sob o controle do capitalista.Essa fase da Revoluo
Industrial foi assinalada pelos seguintes fenmenos:
inveno do tear mecnico e do descaroador de algodo e consequente
desenvolvimento da indstria txtil;inveno da mquina a vapor, que
substitui as fontes tradicionais de energia mecnica, como a roda de
gua, a roda de vento e a trao animal;
uso do coque para a fundio do ferro; a produo de lminas de ferro
e a produo do ao em larga escala;melhoria no processo de explorao
do carvo mineral, com a utilizao de mquinas a vapor para retirar a
gua acumulada nas minas de carvo;
revoluo nos transportes e nas comunicaes, com a inveno da
locomotiva, do navio a vapor e do telgrafo;progressos na
agricultura, com a produo de adubos, melhores grades e arados,
inveno da debulhadora e da ceifeira mecnica.
Na primeira fase da Revoluo Industrial, a industria txtil foi a
que mais se desenvolveu,
alm de crescentes progressos na siderurgia. Algumas invenes
foram de fundamental importncia para ativar o processo de mecanizao
industrial, entre as quais podem ser destacadas: a mquina de
Hargreaves _1767; capaz de fiar, sob os cuidados de um s operrio,
80kg de algodo de uma s vez; o tear hidrulico de Arkwright _ 1768;
a mquina Crompton _ 1779; aprimorando o tear hidrulico; o tear
mecnico de Cartwright _ 1785; a mquina a vapor de Thomas Newcomen,
aperfeioada depois por James Watt _ 1769; Alm da maquinofatura, as
inovaes tecnolgicas atingiram tambm os transportes, servindo para
escoarem as mercadorias. Datam dessa poca: o barco a vapor de
Robert Fulton _ 1805, Estados Unidos; a locomotiva a vapor de
George Stephenson _ 1814, Inglaterra.2 fase:
(1850-1945)-desenvolveu-se a indstria petroqumica, movidas a
petrleo e eletricidade. Teve a descoberta do rdio, TV, carro e
cinema nesta poca.
2. Fase da Revoluo Industrial: 1860-1945
dnamo; petrleo; motor de combusto interna; mquinas
automticas.
2. Fase - +/1860 at +/1945:
Essa fase da Revoluo Industrial foi assinalada pelos seguintes
fenmenos:
aperfeioamento na produo do ao, que superou o uso do ferro;
aperfeioamento do dnamo;utilizao de novas fontes de energia,
como o petrleo e a energia eltrica;inveno do motor de combusto
interna;emprego dos metais leves, como o alumnio e o magnsio;nova
evoluo nos transportes, com introduo das locomotivas e dos navios a
leo, inveno do automvel, do avio, do telgrafo sem fio, do rdio e da
televiso;
introduo de mquinas automticas, permitindo a produo em srie e
provocando um grande aumento na produo.Durantes a segunda fase da
Revoluo Industrial ocorreu a sua efetiva difuso pelo continente
europeu e outros continentes, atingindo a Blgica, Frana Itlia,
Alemanha, Rssia, Estados Unidos, Japo e outros. J no sculo XX, a
partir de 1960, aproximadamente, novas tecnologias e dinmicas
produtivas originaram transformaes que deram origem denominada
Terceira Revoluo Industrial. 3 fase: (1945-hoje)nanotecnologia,
informatica, energia atomica, espacial..
Terceira fase da revoluo industrial--As bases tecnolgicas dessa
nova etapa seriam: a microeletrnica: envolvendo computao,
comunicaes e robtica; a biotecnologia: incluindo engenharia
gentica, mapeamento gentico, clonagem; a qumica fina: desenvolvendo
novas ligas e produtos _ materiais leves, ultrafinos, condutores e
outros.Fases da indstria:
artesanato;manufatura;mecanizao.
O processo da industrializao exigiu:desenvolvimento tcnico e
cientfico;investimento de grandes capitais;fornecimento de
matrias-primas;consumidores para os produtos transformados.
A Revoluo Industrial proporcionou:
a passagem da sociedade rural para a sociedade industrial;
a mecanizao da indstria e da agricultura;
o desenvolvimento do sistema fabril;
o desenvolvimento dos transportes e comunicaes;
a expanso do capitalismo.Horas de trabalho por semana para
trabalhadores adultos nas indstrias txteis:
1780 - em torno de 80 horas por semana
1820 - 67 horas por semana
1860 - 53 horas por semana
2007 - 46 horas por semana
Segundo os socialistas, o salrio, medido a partir do que
necessrio para que o trabalhador sobreviva (deve ser notado de que
no existe definio exata para qual seja o "nvel mnimo de
subsistncia"), cresceu medida que os trabalhadores pressionam os
seus patres para tal, ou seja, se o salrio e as condies de vida
melhoraram com o tempo, foi graas organizao e aos movimentos
organizados pelos trabalhadores.
Movimentos
Alguns trabalhadores, indignados com sua situao, reagiam das
mais diferentes formas, das quais se destacam:
Movimento Ludista (1811-1812)Reclamaes contra as mquinas
inventadas aps a revoluo para poupar a mo-de-obra j eram normais.
Mas foi em 1811 que o estopim estourou e surgiu o movimento
ludista, uma forma mais radical de protesto. O nome deriva de Ned
Ludd, um dos lderes do movimento. Os luditas chamaram muita ateno
pelos seus atos. Invadiram fbricas e destruram mquinas, que,
segundo os luditas, por serem mais eficientes que os homens,
tiravam seus trabalhos, requerendo, contudo, duras horas de jornada
de trabalho. Os manifestantes sofreram uma violenta represso, foram
condenados priso, deportao e at forca. Os luditas ficaram lembrados
como "os quebradores de mquinas".
Anos depois os operrios ingleses mais experientes adotaram
mtodos mais eficientes de luta, como a greve e o movimento
sindical.
Movimento Cartista (1837-1848)Em seqncia veio o movimento
"cartista", organizado pela "Associao dos Operrios", que exigia
melhores condies de trabalho como:
particularmente a limitao de oito horas para a jornada de
trabalhoa regulamentao do trabalho feminino/a extino do trabalho
infantil/a folga semanal
o salrio mnimoEste movimento lutou ainda pelos direitos
polticos, como o estabelecimento do sufrgio universal (apenas para
os homens, nesta poca) e extino da exigncia de propriedade para se
integrar ao parlamento e o fim do voto censitrio. Esse movimento se
destacou por sua organizao, e por sua forma de atuao, chegando a
conquistar diversos direitos polticos para os trabalhadores.
As "trade-unions"-Os empregados das fbricas tambm formaram
associaes denominadas trade unions, que tiveram uma evoluo lenta em
suas reivindicaes. Na segunda metade do sculo XIX, as trade unions
evoluram para os sindicatos, forma de organizao dos trabalhadores
com um considervel nvel de ideologizao e organizao, pois o sculo
XIX foi um perodo muito frtil na produo de idias antiliberais que
serviram luta da classe operria, seja para obteno de conquistas na
relao com o capitalismo, seja na organizao do movimento
revolucionrio cuja meta era construir o socialismo objetivando o
comunismo. O mais eficiente e principal instrumento de luta das
trade unions era a greve.
Sade e bem-estar econmico
Estudos sobre as variaes na altura mdia dos homens no norte da
Europa, sugerem que o progresso econmico gerado pela industrializao
demorou varias dcadas at beneficiar a populao como um todo. Eles
indicam que, em mdia, os homens do norte europeu durante o incio da
Revoluo Industrial eram 7,6 centmetros mais baixos que os que
viveram 700 anos antes, na Alta Idade Mdia. estranho que a altura
mdia dos ingleses tenha cado continuamente durante os anos de 1100
at o incio da revoluo industrial em 1780, quando a altura mdia
comeou a subir. Foi apenas no incio do sculo XX que essas populaes
voltaram a ter altura semelhante s registradas entre os sculos IX e
XI[2]. A variao da altura mdia de uma populao ao longo do tempo
considerada um indicador de sade e bem-estar econmico.
A industrializao na Europa: a partir de 1815
At 1850, a Inglaterra continuou dominando o primeiro lugar entre
os pases industrializados. Embora outros pases j contassem com
fbricas e equipamentos modernos, esses eram considerados uma
"miniatura de Inglaterra", como por exemplo os vales de Ruhr e
Wupper na Alemanha, que eram bem desenvolvidos, porm no possuam a
tecnologia das fbricas inglesas.
Na Europa, os maiores centros de desenvolvimento industrial, na
poca, eram as regies mineradoras de carvo; lugares como o norte da
Frana, nos vales do Rio Sambre e Meuse, na Alemanha, no vale de
Ruhr, e tambm em algumas regies da Blgica. A Alemanha nessa poca
ainda no havia sido unificada. Eram 39 pequenos reinos e dentre
esses a Prssia, que liderava a Revoluo Industrial. A Alemanha se
unificou em 1871, quando a Prssia venceu a Guerra
Franco-Prussiana.Fora estes lugares, a industrializao ficou presa:s
principais cidades, como Paris e Berlim;aos centro de interligao
viria, como Lyon, Colnia, Frankfurt, Cracvia e Varsvia;
aos principais portos, como Hamburgo, Bremen, Roterd, Le Havre,
Marselha;
a polos txteis, como Lille, Regio do Ruhr, Roubaix,
Barmen-Elberfeld (Wuppertal), Chemmitz, Lodz e Moscou;e a distritos
siderurgicos e indstria pesada, na bacia do rio Loire, do Sarre, e
da Silsia.
De 1830 a 1929: A Expanso pelo mundo.Aps 1830, a produo
industrial se descentralizou da Inglaterra e se expandiu
rapidamente pelo mundo, principalmente para o noroeste europeu, e
para o leste dos Estados Unidos da Amrica. Porm, cada pas se
desenvolveu em um ritmo diferente baseado nas condies econmicas,
sociais e culturais de cada lugar.
Na Alemanha com o resultado da Guerra Franco-prussiana em 1870,
houve a Unificao Alem que, liderada por Bismarck, impulsionou a
Revoluo Industrial no pas que j estava ocorrendo desde 1815. Foi a
partir dessa poca que a produo de ferro fundido comeou a aumentar
de forma exponencial.Na Itlia a unificao poltica realizada em 1870,
semelhana do que ocorreu na Alemanha, impulsionou, mesmo que
atrasada, a industrializao do pas. Essa s atingiu ao norte da
Itlia, pois o sul continuou basicamente agrrio.Muito mais tarde,
comeou a industrializao na Rssia, nas ltimas dcadas do sculo XIX.
Os principais fatores para que ela acontecesse foram a grande
disponibilidade de mo-de-obra, interveno governamental na economia
atravs de subsdios e investimentos estrangeiros indstria.Nos
Estados Unidos a industrializao comeou no final do sculo XVIII, e
foi somente aps a Guerra da Secesso que todo o pas se tornou
industrializado. A industrializao relativamente tardia dos EUA em
relao Inglaterra pode ser explicada pelo fato de que nos EUA
existia muita terra per capita, j na Inglaterra existia pouca terra
per capita, assim os EUA tinham uma vantagem comparativa na
agricultura em relao Inglaterra e consequentemente demorou bastante
tempo para que a indstria ficasse mais importante que a
agricultura. Outro fator que os Estados do sul eram escravagistas o
que retardava a acumulao de capital, como tinham muita terra eram
essencialmente agrrios, impedindo a total industrializao do pas que
at a segunda metade do sculo XIX era constitudo s pelos Estados da
faixa leste do atual Estados Unidos.O trmino do conflito resultou
na abolio da escravatura o que elevou a produtividade da mo de
obra. aumentando assim a velocidade de acumulao de capital, e tambm
muitas riquezas naturais foram encontradas no perodo incentivando a
industrializao.
A modernizao do Japo data do incio da era Meiji, em 1867, quando
a superao do feudalismo unificou o pas. A propriedade privada foi
estabelecida. A autoridade poltica foi centralizada possibilitando
a interveno estatal do governo central na economia, o que resultou
no subsidio a indstria. E como a mo-de-obra ficou livre dos
senhores feudais, ocorreu assimilao da tecnologia ocidental e o
Japo passou de um dos pases mais atrasados do mundo a um pas
industrializado.
As consequncias da Revoluo Industrial.A partir da Revoluo
Industrial o volume de produo aumentou extraordinariamente: a
produo de bens deixou de ser artesanal e passou a ser
maquinofaturada; as populaes passaram a ter acesso a bens
industrializados e deslocaram-se para os centros urbanos em busca
de trabalho. As fbricas passaram a concentrar centenas de
trabalhadores, que vendiam a sua fora de trabalho em troca de um
salrio.
Outra das consequncias da Revoluo Industrial foi o rpido
crescimento econmico. Antes dela, o progresso econmico era sempre
lento (levavam sculos para que a renda per capita aumentasse
sensivelmente), e aps, a renda per capita e a populao comearam a
crescer de forma acelerada nunca antes vista na histria. Por
exemplo, entre 1500 e 1780 a populao da Inglaterra aumentou de 3,5
milhes para 8,5, j entre 1780 e 1880 ela saltou para 36 milhes,
devido drstica reduo da mortalidade infantil.A Revoluo Industrial
alterou completamente a maneira de viver das populaes dos pases que
se industrializaram. As cidades atraram os camponeses e artesos, e
se tornaram cada vez maiores e mais importantes.Na Inglaterra, por
volta de 1850, pela primeira vez em um grande pas, havia mais
pessoas vivendo em cidades do que no campo. Nas cidades, as pessoas
mais pobres se aglomeravam em subrbios de casas velhas e
desconfortveis, se comparadas com as habitaes dos pases
industrializados hoje em dia. Mas representavam uma grande melhoria
se comparadas as condies de vida dos camponeses, que viviam em
choupanas de palha. Conviviam com a falta de gua encanada, com os
ratos, o esgoto formando riachos nas ruas esburacadas.O trabalho do
operrio era muito diferente do trabalho do campons: tarefas
montonas e repetitivas. A vida na cidade moderna significava
mudanas incessantes. A cada instante, surgiam novas mquinas, novos
produtos, novos gostos, novas modas.
A industrializao no BrasilO Brasil, como uma antiga colnia de
uma nao europeia, faz parte de um grupo de pases de industrializao
tardia.
Tema 2:
O mundo do trabalho e os deslocamentos populacionais
Tpico XI:
Desenvolvimento tecnolgico e mudanas no mundo do trabalho
Habilidades:
Identificar e analisar, por meio de dados quantitativos
(grficos, tabelas), a situao dos setores econmicos no mundo
globalizado; pesquisar o impacto da robotizao sobre a produo.
Pesquisar o impacto da robotizao sobre a produo e o trabalho
industrial. Identificar e analisar, por meio de dados quantitativos
(grficos, tabelas), a situao dos setores econmicos no mundo
globalizado. Fazer levantamento de novas profisses surgidas nas
ltimas dcadas. Relacionar as novas profisses com as transformaes
tecnolgicas e com a globalizao.Providncias:
Organizar a turma em duplas; cada dupla deve receber as tabelas
e o grfico que constam nesta atividade.
Pr-requisitos:
O professor deve trabalhar esta atividade com as OPs 31, 32, 33
e 38, estabelecendo relao com o neoliberalismo.
Procedimentos:Coloque para os alunos a seguinte
problematizao:
Como explicar a aparente contradio entre o aumento da
produtividade e a diminuio do nmero de empregados nos
supermercados.
Estimular uma discusso sobre as conseqncias da automao, sobre
como eles percebem o papel das mquinas na vida das pessoas. O
professor pode estabelecer uma relao com os luditas, e enfatizar o
lugar fundamental ocupado pela mquina no sistema capitalista.
Busque obter relatos dos alunos que j trabalharam, trabalham ou
conhecem pessoas que trabalham em supermercados sobre modificaes no
funcionamento dos mesmos e na situao dos empregados.
Outra questo, que embora pontual, pode estimular o raciocnio do
aluno, refere-se aparente contradio entre o aumento do nmero de
empregados por loja e a diminuio do nmero de empregados por 100 m2e
nos caixas (check-out).
(Espao fsico dos supermercados foi ampliado; lojas menores
fechadas, e absoro de parte dos empregados pelas lojas maiores da
rede).
Dado auxiliar: salrio mdio dos supermercados no Brasil, em 1996,
era de R$ 280,00; em So Paulo, de R$370,00.
Os desafios do mundo globalizado
Janeiro/2009
Inexiste tambm qualquer prognstico minimamente confivel sobre
sua possvel e/ou provvel evoluo. O que se sabe, com certeza, que
ela ter agudeza e durao variveis em funo das vulnerabilidades de
cada pas e de cada empresa e, sobretudo, gravidade diferente em
funo das decises que forem adotadas para a travessia do perodo
difcil e - por que no - para aproveitar as oportunidades que a
Histria das crises registra. Em resumo, o que consultores e
especialistas em economia esto dizendo que, para momentos mais
difceis, as decises devem ter maior qualidade.
As melhores especulaes das fontes mais autorizadas nacionais e
internacionais concordam que haver uma reduo da economia global dos
5% registrados em 2007 para algo em torno de 2,2% em 2009, nmero do
Fundo Monetrio Internacional - FMI. As razes esto no crdito mais
curto, nas redues das demandas nacional e internacional e na queda
dos preos de commodities.
Os reflexos sobre o PIB brasileiro so inevitveis, como mostram
suas relaes com as crises dos ltimos 20 anos, segundo dados do
IBGE.
Alm desse inevitvel reflexo, as mltiplas anlises do cenrio 2009
concordam que tanto pases como setores da economia sofrero impactos
diferentes. O G8, grupo dos pases mais ricos, ser mais afetado,
enquanto predomina a idia de que o grupo dos BRICs, Brasil, Rssia,
ndia e China, sofrer impactos menores e crescer em 2009 acima da
mdia global. Um nmero corrente nessas anlises mostra crescimento em
torno dos 3% para esses pases.
Possibilidades dentro da crise
A hora no a melhor, desde que os grandes mercados importadores
estaro debilitados, mas a desvalorizao do real diante das
principais moedas internacionais, dlar, iene e euro, melhora de
forma significativa a competitividade dos produtos brasileiros e
renova o impulso exportador. Chega por conta da crise uma
desvalorizao que foi reivindicao presente em todas as agendas
empresariais nos ltimos trs anos.
A importncia assumida pela demanda interna um dado relevante na
avaliao das repercusses da crise sobre o Pas. Ela responsvel por
85% do PIB. Ao mesmo tempo, a rede financeira do Pas est sendo
mobilizada e estimulada a ampliar o crdito para compensar as
restries do crdito internacional. A relao entre o volume de crdito
e o PIB pode dobrar, e os riscos de inflao so considerados muito
pequenos devido prpria deflao global.
No Brasil, como de resto em todos os pases, a recuperao do
crdito tem sido o foco inicial do combate crise. As solues
consistem basicamente em transferncia de recursos dos governos -
vale dizer da sociedade - para as instituies falidas ou
enfraquecidas - sob diferentes formas: redues das taxas de juros,
que, em pases como a China, chegaram a ser negativos, compra de
ativos desvalorizados, abertura de novas linhas de crdito,
participaes societrias. Em todos os casos, elas sempre representam
uma participao do Estado na economia, por vezes ignorando as
reservas dos defensores do liberalismo. Foi o caso, por exemplo,
dos republicanos mais ortodoxos nos Estados Unidos, que viram sua
averso ao papel do Estado na economia vencida pela crise
financeira.
A deciso de se manter e at aumentar os investimentos na
infra-estrutura previstos no Plano de Acelerao do Crescimento -
PAC, incluindo a os projetos do petrleo no pr-sal, deve ajudar o
Pas a superar as dificuldades dos prximos meses. E o crescimento de
3%, previsto por organismos internacionais, que em outras
circunstncias poderia ser considerado medocre, aparece como
excelente desempenho dentro da conjuntura global.
O Banco Central d outros nmeros indicadores da crescente reduo
da vulnerabilidade brasileira em relao s crises geradas
externamente. A relao entre a dvida externa bruta e o PIB, que
chegou ao seu mximo em 2002, quando representava 42% do PIB, caiu
para estimados 14% em 2008. A relao entre a dvida externa total
lquida e o PIB ainda mais confortvel. Dos 33% em 2002, desapareceu
em 2008, quando o Pas se tornou credor internacional.
Mudana x permanncia
Pode parecer um paradoxo que uma crise que tenha centro nos
Estados Unidos traga a valorizao do dlar. A crise est marcando o
fim de um ritmo para o crescimento global, mas no modifica as
posies relativas entre as economias.
Nmeros do FMI mostram que os Estados Unidos seguem sendo a maior
economia mundial, com 27% do PIB global, seguidos de longe pelo
Japo com 8%, Alemanha e China com 6%. Apesar de alguma perda de
espao financeiro para o euro, o dlar norte-americano reflete a fora
econmica dos Estados Unidos e seguir sendo a moeda de
referncia.
O menor crescimento do comrcio mundial afetar de forma diferente
os pases. O novo cenrio econmico global, todavia, ser mais
multipolar, compreendendo USA, Unio Europia, o grupo dos BRICs, o
Japo e demais asiticos. Os novos plos desenvolvidos no processo de
globalizao devem compensar, ainda que parcialmente, a desacelerao
das economias do G8. A globalizao, que alastra crises localizadas,
cria, ao mesmo tempo, possibilidades de compensao entre pases e/ou
entre setores econmicos.
Nesta perspectiva global, surgem algumas tendncias que
provavelmente sero trabalhadas ao longo de 2009. A primeira delas a
regulamentao do mercado global. Anlises tericas j tinham alertado
para o fato de que se construiu nos ltimos anos um ensaio de
sociedade global sem um Estado global capaz de regulamentar as
novas relaes internacionais. A crise financeira mostrou na prtica a
necessidade dessa regulamentao. Ela ser a agenda principal das
reunies de chefes de Estado j previstas para 2009, em que sero
discutidos os novos papis e o fortalecimento de instituies
financeiras como o FMI e o Banco Mundial.
As relaes comerciais entre os players desse cenrio mundial
devero obedecer a uma nova regulamentao. O principal obstculo est
na oposio bastante explcita e intensa entre as correntes
protecionistas e liberalizantes do mercado que existem em todos os
pases.
O Brasil ingressa em 2009 com uma economia em alerta, mas
consciente de suas foras e dos riscos. A maioria dos estudiosos,
esteja na universidade ou no mercado, ressalta os fatores que podem
amenizar o impacto da crise:poltica fiscal consistente metas
inflacionrias dentro da expectativa cmbio flutuante menor
vulnerabilidade s presses externas
investimentos externos diretos em torno dos US$ 30 milhes posio
credora no mercado internacional tendncia crescente na relao entre
investimentos e PIB pronta mobilizao e reforo do crdito interno
renncias fiscais Por outro lado, o supervit da balana comercial
deve cair significativamente, inclusive porque nossas commodities
perderam preo no mercado internacional, resultado normal da queda
na demanda. A taxa de juros ainda alta, especialmente quando
comparada com os 3,25% vigentes na zona do euro, o 0,3% no Japo e o
1,0% nos Estados Unidos.
A grande concluso a que se pode chegar, hoje, que a economia em
2009 ser fortemente influenciada pelo cenrio internacional e que,
certamente, esse no estar entre os piores anos de nossa Histria
econmica recente. Haver espao para crescer, especialmente para
aqueles que, diante da desacelerao econmica prevista, acreditarem
que o outro lado da crise se chama oportunidade.
Intenes de compra
Estudo revela um mercado ativo Um e meio por cento dos leitores
de Noticirio de Equipamentos Industriais - NEI, profissionais de
pequenas, mdias e grandes empresas, com participao bem definida no
processo de compras de suas empresas, revelou seus programas de
investimentos em mquinas, equipamentos e componentes industriais-
US$ 286.094.417,00.
Esse tipo de estudo, que pode ser projetado para o universo de
quase 60 mil leitores, realizado anualmente por NEI com a
finalidade de orientar a pesquisa de novos produtos para seu
contedo editorial. O conceito bsico, portanto, consiste em
perguntar aos leitores o que eles estaro procurando nos prximos 3,
6 e 12 meses, para que o editorial possa oferecer a informao mais
necessria e oportuna.
O estudo deste ano ainda mais valioso como fonte de informao
porque foi realizado entre agosto e outubro de 2008, quando as
notcias da crise financeira mundial j ocupavam todo o noticirio
econmico do Pas. E a grande concluso que o mercado industrial
continua aquecido e com previses bastante slidas de
investimentos.
Os dados levantados pelo estudo de Intenes de Compra relacionam
compras de 2.213 produtos diferentes e um total de 4.016 menes de
produtos. Alguns exemplos: mquinas e equipamentos so cerca de 54%
de todas as intenes de compra reveladas pelos participantes do
estudo; produtos eltricos, de maneira geral, representam 21,3% das
intenes; enquanto instrumentao e controle representam cerca de
20%.
Trinta e cinco por cento das intenes de compra se realizam em
trinta dias, segundo os participantes; 23% em 60 dias; 22% em seis
meses; e 13% em um ano. Apenas 4% vo se concretizar em prazo
superior a um ano, e somente 3% no souberam especificar quando a
compra seria.
XII. O muro de Bush e a nova invaso brbara na Europa.
Analisar reportagens em revistas, sites, jornais, sobre a
fronteira Mxico-EUA. Analisar dados estatsticos sobre a emigrao de
brasileiros para os EUA. Analisar reportagens em revistas, sites,
jornais, sobre a situao do imigrante brasileiro nos EUA. Analisar
legislao e propostas anti-imigrantes na Europa e EUA. Analisar
reportagens em revistas, sites, jornais, sobre a situao dos
imigrantes na Europa.
Distribuio absoluta e relativa dos migrantes brasileiros, por
cidades de pases selecionados.
Localidade do Posto Consular (N) % (*)
New York 300.040 15,89
Ciudad del Este 280.059 14,83
Miami 200.005 10,59
Boston 150.005 7,95
Nagoya 135.079 7,16
Assuno 107.040 5,67
Tquio 89.891 4,76
Salto del Guaira 55.005 2,91
Washington 48.001 2,54
Houston 40.140 2,13
Lisboa 36.070 1,91
Buenos Aires 35.051 1,86
Los Angeles 33.007 1,75
Zurique 25.880 1,37
Frankfurt 23.201 1,23
Munique 21.695 1,15
Milo 20.062 1,06
Paramaribo 20.015 1,06
Roma 17.059 0,90
Porto 15.520 0,82
Berlim 15.507 0,82
Caiena 15.044 0,80
Londres 15.020 0,80
San Francisco 15.003 0,79
Chicago 13.002 0,69
Tel-Aviv 11.002 0,58
Rotterdam 10.532 0,56
Riviera 10.016 0,53
Subtotal => 1.757.951 93,12
Outros Postos 129.944 6,88
(*) Total estimado de brasileiros em 2000 1.887.895 100,00
Fonte: Ministrio das Relaes Exteriores 2001
Distribuio absoluta e relativa dos migrantes brasileiros,segundo
o pas de residncia.
Pas de Destino (N) (%)
Estados Unidos 799.203 42,33
Paraguai 442.104 23,42
Japo 224.970 11,92
Outros 421.618 22,33
Total 1.887.895 100,00
Fonte: Ministrio das Relaes Exteriores 2001.
Eixo Temtico III
Expanso das Fronteiras: a Guerra como Possibilidade
PermanenteTema 3: Expanso e Guerra
XIII. A expanso capitalista e o imperialismo
Analisar as caractersticas da chamada Segunda Revoluo Industrial
e seus efeitos na correlao de foras entre as naes europias.
Conceituar capitalismo monopolista, estabelecendo diferenas entre o
capitalismo comercial e o capitalismo industrial. Analisar o papel
das teorias raciais na sustentao do imperialismo. Analisar mapas
com a partilha da frica e da sia. Analisar filmes que tratam da
relao colonizador-colonizado. Analisar movimentos de resistncia
expanso europia. Situar temporal e espacialmente os diferentes
processos de descolonizao da frica e da sia. Analisar reportagens
em revistas, sites, jornais, sobre a situao atual das naes
africanas
Imperialismo e NeocolonialismoHistria do Imperialismo no sculo
XIX, imperialismo na frica e sia, o neocolonialismo
norte-americano,industrializao no sculo XIX, Tratado de Nanquim,
descolonizao no sculo XX.
Histria do Imperialismo e Neocolonialismo
Na segunda metade do sculo XIX, pases europeus como a
Inglaterra, Frana, Alemanha, Blgica e Itlia, eram considerados
grandes potncias industriais. Na Amrica, eram os Estados Unidos
quem apresentavam um grande desenvolvimento no campo
industrial.Todos estes pases exerceram atitudes imperialistas, pois
estavam interessados em formar grandes imprios econmicos, levando
suas reas de influncia para outros continentes.
Com o objetivo de aumentarem sua margem de lucro e tambm de
conseguirem um custo consideravelmente baixo, estes pases se
dirigiram frica, sia e Oceania, dominando e explorando estes povos.
No muito diferente do colonialismo dos sculos XV e XVI, que
utilizou como desculpa a divulgao do cristianismo; o
neocolonialismo do sculo XIX usou o argumento de levar o progresso
da cincia e da tecnologia ao mundo.
Na verdade, o que estes pases realmente queriam era o
reconhecimento industrial internacional, e, para isso, foram em
busca de locais onde pudessem encontrar matrias primas e fontes de
energia. Os pases escolhidos foram colonizados e seus povos
desrespeitados. Um exemplo deste desrespeito foi o ponto culminante
da dominao neocolonialista, quando pases europeus dividiram entre
si os territrios africano e asitico, sem sequer levar em conta as
diferenas ticas e culturais destes povos.
Devido ao fato de possurem os mesmo interesses, os colonizadores
lutavam entre si para se sobressarem comercialmente. O governo dos
Estados Unidos, que j colonizava a Amrica Latina, ao perceber a
importncia de Cuba no mercado mundial, invadiu o territrio, que, at
ento, era dominado pela Espanha. Aps este confronto, as tropas
espanholas tiveram que ceder lugar s tropas norte-americanas. Em
1898, as tropas espanholas foram novamente vencidas pelas
norte-americanas, e, desta vez, a Espanha teve que ceder as
Filipinas aos Estados Unidos.
Um outro ponto importante a se estudar sobre o neocolonialismo,
entrada dos ingleses na China, ocorrida aps a derrota dos chineses
durante a Guerra do pio (1840-1842). Esta guerra foi iniciada pelos
ingleses aps as autoridades chinesas, que j sabiam do mal causado
por esta substncia, terem queimado uma embarcao inglesa repleta de
pio. Depois de ser derrotada pelas tropas britnicas, a China, foi
obrigada a assinar o Tratado de Nanquim, que favorecia os ingleses
em todas as clausulas. A dominao britnica foi marcante por sua
crueldade e s teve fim no ano de 1949, ano da revoluo comunista na
China.
Como concluso, pode-se afirmar que os colonialistas do sculo
XIX, s se interessavam pelo lucro que eles obtinham atravs do
trabalho que os habitantes das colnias prestavam para eles. Eles no
se importavam com as condies de trabalho e tampouco se os nativos
iriam ou no sobreviver a esta forma de explorao desumana e
capitalista. Foi somente no sculo XX que as colnias conseguiram
suas independncias, porm herdaram dos europeus uma srie de
conflitos e pases marcados pela explorao, subdesenvolvimento e
dificuldades polticas.
DESCOLONIZAO DA SIA
Processo de independncia das colnias no continente asitico
iniciado aps a II Guerra Mundial. Desde ento surgem novos pases, a
maioria originria dos antigos imprios coloniais britnico e francs.
Os movimentos pela autonomia nacional assumem vrias formas: guerras
de libertao, resistncia pacfica aos colonizadores ou gestes
diplomticas para a conquista da independncia. Oriente Mdio O Lbano
e a Sria, domnios franceses desde o final da I Guerra Mundial, obtm
a independncia respectivamente em 1941 e 1946. A partir do final da
II Guerra Mundial, os pases de dominao britnica no Oriente Mdio
tambm conquistam a independncia: Jordnia (1946), Om (1951), Kuweit
(1961), Imen do Sul (1967), Barein, Catar e Emirados rabes Unidos
(1971). Sul da sia A ndia, centro do imprio britnico na sia, que
inclui ainda Paquisto e Bengala Oriental (atual Bangladesh), palco
de movimentos anticolonialistas j durante a II Guerra Mundial. Em
1947 proclamada a independncia da ndia, que se separa do Paquisto
no mesmo ano. Bangladesh, incorporado ao Paquisto, torna-se
independente em 1971. Os pases sob controle britnico do sul da sia
tambm conseguem a independncia: Sri Lanka (1948), Buto (1949) e
Maldivas (1965). Sudeste Asitico A Indochina, pennsula do Sudeste
Asitico colonizada pela Frana, era formada por An, Cochinchina e
Tonkin (que juntos deram origem ao atual Vietn), Laos, Camboja e
pelo territrio chins de Kuang-tcheou-wan. Durante a II Guerra
Mundial ocupada pelo Japo, o que estimula os movimentos de libertao
nacional dos vrios pases. No Vietn, a guerra de libertao dirigida
pelo Vietminh, liga revolucionria fundada em 1941. Tambm h guerra
no Laos e no Camboja, que conquistam a independncia em 1953. A
Conferncia de Paz de Genebra, realizada em 1954, divide a Indochina
em trs Estados independentes: Laos, Camboja e Vietn. O Vietn
permanece dividido em duas zonas at 1976, quando reunificado.
Invadidas pelo Japo durante a II Guerra Mundial, a Indonsia (antiga
colnia holandesa) alcana a independncia em 1945 e as Filipinas
(ex-colnia norte-americana), um ano depois. Posteriormente, os
pases do Sudeste Asitico sob domnio ingls tornam-se independentes:
Mianmar (1948), Malsia (1957), Cingapura (1965) e Brunei (1984).No
curso da Segunda Guerra Mundial intensificam-se os movimentos pela
libertao e autonomia nacional em quase todos os pases do continente
asitico. Assumem a forma de guerras de libertao, em geral
estimuladas ou dirigidas pelos comunistas, de resistncia pacfica ao
domnio colonial ou de gestes diplomticas para a conquista da
autonomia. Indochina No decorrer da guerra antijaponesa, cresce um
forte movimento de libertao nacional no Vietn, Laos e Camboja, com
a participao de comunistas e nacionalistas. No Vietn, a guerra de
libertao dirigida pelo Vietminh, movimento de frente nica fundado
em 1941 pelo lder comunista Ho Chi Minh. Em 1945, o Vietminh ignora
as decises da Conferncia de Potsdam quanto diviso do Vietn e
proclama a Repblica Democrtica, tendo Hani como capital. Nesse
mesmo ano os britnicos ocupam a regio sul e Saigon e, em 1946,
passam a administrao dessa regio s autoridades coloniais francesas.
O Vietminh aceita o retorno das tropas francesas em troca do
reconhecimento da Repblica do norte no mbito da Unio Francesa. Os
ultranacionalistas franceses decidem, porm, resolver o problema
militarmente. Tropas selecionadas ocupam o delta do rio Vermelho em
1946, deflagrando a guerra que se estende at 1954. O Vietminh
combina tticas de guerrilha com a guerra de movimentos. A derrota
final dos franceses ocorre na batalha de Dien Bien Phu, em maio de
1954. A guerra se desenvolve tambm no Laos e no Camboja. A
Conferncia de Paz de Genebra, realizada em 1954, divide a Indochina
em trs Estados independentes: Laos, Camboja e Vietn. O Vietn
permanece dividido pelo paralelo 17 em duas zonas at a realizao das
eleies em 1956. ndia o centro do Imprio Britnico na sia, incluindo
tambm o atual Paquisto e Bengala Oriental (atual Bangladesh ).
Durante a Segunda Guerra Mundial crescem os movimentos
antibritnicos, que procuram um acordo de independncia. O Partido do
Congresso (pr-independncia) sofre grande influncia do movimento
pacifista de Mohandas Ghandi. A Liga Muulmana surge da diviso do
Partido do Congresso, em 1940, com o objetivo de conseguir a
separao do Paquisto da federao indiana. Em 1947, aps a negativa de
Ghandi e do Partido do Congresso a aceitar o status de domnio,
proclamada a independncia, criada uma Assemblia Constituinte e
formado um governo de transio. Em 1950 proclamada a Constituio da
Unio Indiana.Mohandas Karamchand Ghandi (1869-1948) Principal
artfice do movimento de independncia indiano, advogado formado em
Londres e vive de 1907 a 1914 na frica do Sul, onde inicia seu
movimento pacifista. Ao retornar ndia, consegue disseminar seu
movimento, cujo mtodo principal de luta a resistncia passiva, que
nega qualquer colaborao com o domnio britnico, mas mediada pela
no-violncia (ahimsa). preso pelo menos quatro vezes e sensibiliza a
opinio pblica fazendo greves de fome. Torna-se famoso por sua
simplicidade: usa sandlias de campons e roupas feitas com algodo
que ele mesmo tece manualmente. Ganha o apelido de Mahatma (homem
santo, patriarca). Tenta manter hindus e muulmanos unidos, mas os
muulmanos preferem estabelecer um Estado separado, o Paquisto. Em
sua homenagem, Indira, filha de Jawaharlal Nehru - o primeiro a
ocupar os cargos de primeiro-ministro e chanceler da ndia
independente -, adota o sobrenome Ghandi. Ele aceita a diviso do
pas para evitar um banho de sangue, o que atrai a ira dos radicais
nacionalistas hindus. Um deles assassina Gandhi com um tiro em
janeiro de 1948.
DESCOLONIZAO DA SIA
Descolonizao o processo pelo qual uma ou vrias colnias adquirem
ou recuperam a sua independncia, geralmente por acordo entre a
potncia colonial e um partido poltico (ou coligao) ou movimento de
libertao.
Este processo geralmente antecedido por um conflito entre as
"foras vivas" da colnia e a administrao colonial, que pode tomar a
forma duma guerra de libertao (como foi o caso de algumas colnias
portuguesas e da Arglia), um golpe de estado, em que as organizaes
na colnia substituem a administrao colonial, como aconteceu na
formao dos Estados Unidos da Amrica, ou ainda por um processo mais
pacfico, em que o partido ou movimento de libertao exerce presso
sobre o governo colonial, seja por peties legais, seja pela
organizao de manifestaes, normalmente com o apoio de grupos de
presso dentro do pas colonizador.
No entanto, houve casos em que a potncia colonial, quer por
presses internas ou internacionais, quer por verificar que a
manuteno de colnias lhe traz mais prejuzos que benefcios, decide
por sua iniciativa conceder a independncia s suas colnias, como
aconteceu com vrias das ex-colnias francesas e britnicas. Nestes
casos, foi frequente o estabelecimento de acordos em que a potncia
colonial tem privilgios no comrcio e noutros aspectos da economia e
poltica com a ex-colnia, podendo esta nova relao tomar a forma de
neocolonialismo.
Antecedentes e breve histria da descolonizao recente
O crescimento populacional e econmico em vrios pases da Europa e
da sia (os mongis e os japoneses) levou a um tipo de colonizao, com
o carcter de dominao (e, por vezes, extermnio) de povos que
ocupavam territrios longnquos e dos seus recursos naturais, criando
grandes imprios coloniais. Um dos aspectos mais importantes desta
colonizao foi a escravatura, com a "exportao" de uma grande parte
da populao africana para as Amricas, com consequncias nefastas,
tanto para o Continente Negro, como para os descendentes dos
escravos, que perduram at hoje.
Esta foi a primeira forma de imperialismo, em que vrios pases
europeus, principalmente Portugal, Espanha, Frana, a Holanda e a
Inglaterra (mais tarde o Reino da Gr-Bretanha), constituiram
grandes imprios coloniais abrangendo praticamente todo o mundo. A
explorao desenfreada dos recursos dos territrios ocupados, levou a
movimentos de resistncia dos povos locais e, finalmente sua
independncia, num processo denominado descolonizao, terminando
estes imprios coloniais em meados do sculo XX.
Resumo da descolonizao de frica
Quando os estados da Europa no final da Idade Mdia comearam a
"descobrir" a frica, encontraram a reinos ou estados, quer de feio
rabe ou islamizados, principalmente no norte e ocidente daquele
continente, quer de tradio bantu. Os primeiros contatos entre estes
povos no foram imediatamente de dominao, mas de carcter comercial.
No entanto, os conflitos originados pela competio entre as vrias
potncias europeias levaram dominao poltica desses reinos, que
culminou com a partilha do Continente Negro pelos estados europeus
na Conferncia de Berlim, em 1885.
No entanto, as duas grandes guerras que fustigaram a Europa
durante a primeira metade do sculo XX deixaram aqueles pases sem
condies para manterem um domnio econmico e militar nas suas
colnias. Estes problemas, associados a um movimento independentista
que tomou uma forma mais organizada na Conferncia de Bandung, levou
as antigas potncias coloniais a negociarem a independncia das
colnias.
Capitalismo IndustrialO capitalismo industrial foi marcado por
transformaes na economia, na sociedade, na poltica e cultura. Uma
de suas caractersticas mais importantes foi a de transformar da
natureza, uma quantidade bem maior de produtos aos consumidores, o
que multiplicava o lucro dos produtores.A essncia do sistema no era
mais o comrcio. O bom lucro vinha da produo de mercadorias.O
mecanismos da explorao capitalista foi chamada por Karl Marx de
mais valia.Mais valia: o trabalhador assalariado recebe uma
remunerao por cada jornada de trabalho. Mas o trabalhador produz um
valor maior do que aquele que recebe em forma de salrio. Essa parte
de trabalho no pago fica no bolso dos donos das fbricas, minas e
etc. Assim todo produto vendido traz uma parte que no paga aos
trabalhadores, permitindo o acmulo de capitais.Por isso que o
regime assalariado a melhor forma de trabalho no capitalismo. O
trabalhador assalariado alem de produzir mais, tem condies de
comprar os produtos. Com isso a escravido foi extinta quando o
trabalhador assalariado comeou a predominar.Com o aumento da produo
tambm houve o aumento de mo-de-obra, energia, matria-prima e
mercado para os seus produtos. A industrializao estava no s na
Europa, mais tambm nos Estados Unidos, e no Japo estava
comeando.Nessa nova fase do capitalismo a burguesia industrial, ao
contrrio da fase comercial passou a ser um empecilho. Consolidou-se
uma nova doutrina econmica, o liberalismo.Mudanas importantes
estavam ocorrendo: a produtividade e a capacidade de produo
aumentavam rapidamente; e a produo em srie crescia. Na segunda
metade do sculo XIX, estava acontecendo a Segunda Revoluo
Industrial. Um dos aspectos importantes desse perodo foi a introduo
de tecnologias e novas fontes de energia, passou a haver um
interesse para a pesquisa cientifica com o objetivo de desenvolver
novas e melhores tcnicas de produo.A descoberta da eletricidade
beneficiou no s as industriais como a sociedade em geral,
melhorando a qualidade de vida. Com o desenvolvimento do motor, e
utilizao de combustveis derivados do petrleo, foi aberta novas
formas de transporte.Com o grande aumento da produo, houve tambm
competio para se ganhar mercados consumidores e novas fontes de
matrias-primas.Foi nessa poca que ocorreu a expanso imperialista na
frica e sia. Esses continentes foram partilhados entre os pases
imperialistas. Com essa partilha consolidou-se a diviso
internacional do trabalho, em que as colnias se especializavam em
fornecer matrias-primas com o preo bem barato aos pases que estavam
se industrializando.Nessa poca surge ema potencia industrial fora
da Europa, os Estados Unidos. Eles adotaram o lema A Amrica para os
americanos. Os Estados Unidos tinham como rea de influencia
econmica e poltica a Amrica Latina.Em fins do sculo XIX tambm
comeou a surgir o Japo como potencia. Passou a disputar territrios
com as potencias europias, principalmente o territrio da
China.Apesar de a primeira metade do sculo XX ser marcada por
avanos tecnolgicos, foi tambm um perodo de instabilidade econmica e
geopoltica. Houve a Primeira Guerra Mundial, Revoluo Russa, Grande
Depresso e a Segunda Guerra Mundial. Em poucas dcadas o capitalismo
passou por crises e transformaes.Capitalismo FinanceiroCom o
crescimento acelerado do capitalismo passou a surgir e crescer
rapidamente vrias empresas, por causa do processo de concentrao e
centralizao de capitais. A grande concorrncia favoreceu as grandes
empresas, o que levou a fuses e incorporaes, trazendo monopolizao
em muitos setores da economia.O capitalismo dessa forma entrava em
sua fase financeira e monopolista. O inicio dessa nova fase
capitalista coincidiu com o perodo da expanso imperialista (1875
1914), em fins do sculo XIX e meados do sculo XX. Mas a consolidao
s ocorreu aps a Primeira Guerra Mundial, quando as empresas
ganharam mais poder e influencia.A expanso do mercado de capitais
uma marca do capitalismo financeiro. Nos Estados Unidos se
consolidou um grande mercado de capitais. As empresas foram
aumentando seus capitais atravs da venda de aes em bolsas de
valores. Permitindo assim, a formao de enormes corporaes.Os bancos
passam a ter um papel importante como financiadores de produo.A
livre concorrncia e o livre mercado passam a ser substitudos por um
mercado oligopolizado. O Estado tambm comea a intervir na
economia.Em 1929 apesar de o capitalismo financeiro crescer houve
uma grande crise, que levou milhares de bancos e industrias a
falncia, causando at 1933 quatorze milhes de desempregados. Essa
crise se deu devido a grande produo industrial e agrcola, mas pouca
expanso do mercado de consumo externo; a industria europia passa a
importar menos e exportar menos dos Estados Unidos; exagerada
especulao com aes na bolsa de valores. Porem acreditava-se, segundo
os preceitos liberais, que o Estado no deveria se interferir na
economia.Mas em 1933 foi elaborado e colocado em prtica o New Deal,
pelo presidente Franklin Roosevelt. Foi um plano de obras publicas,
com o objetivo de acabar com o desemprego, sendo este plano
fundamental para melhorar a economia norte-americana.Keynesianismo
poltica de interveno estatal numa economia oligopolizada. Recebeu
este nome porque seu principal terico e defensor foi John M.
Keynes.Trustes grandes grupos que controlam todas as etapas da
produo, desde a retirada de matria-prima da natureza at a
distribuio das mercadorias.Cartel associao entre empresas para uma
atuao coordenada, estabelecendo um preo comum, restringindo a livre
concorrncia. Geralmente elevam o preo em comum.O truste o resultado
tpico do capitalismo, que leva a fuso e incorporao de empresas de
um mesmo setor de atividade. J o cartel surge quando empresas visam
partilhar entre si, atravs de acordo, um determinado mercado ou
setor da economia.Surgiram tambm atravs dos trustes os
conglomerados. Eles so corporaes que atuam no capitalismo
monopolista. Resultantes de uma grande ampliao e diversificao dos
negcios, visam dominar a oferta de determinados produtos e servios
no mercado.Um dos maiores conglomerados do mundo o Mitsubishi
Group, que fabrica desde alimentos, automveis, ao, aparelhos de
som, televisores, navios, avies e etc. O Mitsubishi tem como
financiador o banco Mitsubishi, que aps a sua fuso,
Tokyo-Mitsubishi, se tornou o maior do planeta.Aps a Segunda Guerra
Mundial, as antigas potencias europias foram entrando num processo
de decadncia, perdendo seus domnios coloniais na sia e frica. Esse
perodo ps-guerra, foi o incio do atual processo de globalizao da
economia
A SEGUNDA METADE DO SCULO XIX: IMIGRAO MODERNIZAO E
BRANQUEAMENTO DO BRASIL
Pressionada pela Campanha Abolicionista, pelos interesses
britnicos e pela ao de resistncia dos prprios escravos, a elite do
Brasil imperial projetava no processo de imigrao uma mudana da
estrutura de trabalho das lavouras brasileiras. Os escravos de
origem africana que chegavam a costa brasileira em grande nmero
desde meados do sculo XVI e que, j no incio do XVII, superavam a
mo-de-obra indgena em nmeros e em importncia, seriam substitudos
pelos imigrantes de origem europia.Analisando a histria do Brasil
por esse vis, o processo de transio da mo-de-obra dos escravos de
origem africana para a dos imigrantes ganha um carter extremamente
linear: sem a possibilidade de continuar explorando os escravos de
origem africana, a elite brasileira os substituiu por trabalhadores
de origem europia.Porm essa linearidade racional simplifica o
estudo desse processo e, ao mesmo tempo, esconde dos estudantes
problemas maiores e bem mais complexos. Por exemplo: alm de brancos
ricos e escravos,a sociedade brasileira contava com um grande nmero
de brancos pobres. Ento por que os brancos pobres no substituram os
escravos no trabalho? Outro problema: por que, ao invs de
substituir os escravos pelos imigrantes, os fazendeiros no
libertaram os escravos e ofereceram a eles um salrio como aquele
que, em tese, seria pago aos imigrantes europeus? Mais um: se
comearam a trazer os imigrantes na segunda metade do sculo XIX,
porque no trouxeram os japoneses, chineses ou asiticos em geral,
esim, os europeus?Em um inflamado debate parlamentar de 1857, um
deputado,ao ser questionado pelo motivo de sua negativa contra a
imigraodos asiticos, respondeu o seguinte: quando procurvamos
escoimar[limpar] a nossa civilizao da barbrie
africana,[vamos]colonizar o Imprio com o indolente asitico, escravo
da rotina eda superstio.2Alm de responder diretamente uma de nossas
questes, o parlamentarnos ajuda a responder s outras. Aos olhos da
aristocraciabrasileira do sculo XIX o processo de transio da
mo-de-obradeveria no apenas resolver o problema do trabalho na
lavoura,mas, tambm aproximar o pas da civilizao, ou seja, do
estereotipoda sociedade europia. Aos olhos da elite da poca,
quantomaior o nmero de brancos no Brasil melhor seria nossa
nao.Desta forma fica claro que a transio do trabalho escravo para o
imigrante no foi apenas uma troca de um trabalhador por outro, mas,
visava atender aos interesses de uma elite que, desejosa da
modernidade e da civilidade, lia Histoire naturelle de Buffon, que
criava neologismos como a palavra mulato, e acreditava que, assim
como do cruzamento entre cavalo e asno gerava-se um muloestril, os
mestios entre os negros e os brancos seriam mulatos estreis e que,
sendo assim, o pas precisaria de apenas de150, ou 200 anos para
lavar a pele de um Negro por esta via da mistura com o sangue do
Branco.3 Esse momento da transio da mo-de-obra coincidiu com as
reflexes iniciais sobre a sociedade brasileira, seu passado e,
sobretudo, suas perspectivas de futuro. No que se refere aos
africanos e seus descendentes, essas reflexes foram permeadas pelo
escravismo e, portanto, eram impregnadas por um preconceito que
expunha os negros, escravos ou no, como pervertidos,sensuais,
degenerados e, no limite, um empecilho ao desenvolvimento do
pas.Craniometria era um processo de mensurao,medio do crnio em uma
poca em que, baseando-se nos estudos cientficos mais
avanados,acreditava-se que o estudo das caractersticas mtricas de
um crnio poderia apontar, por exemplo,um criminoso
.
XIV. A Primeira Grande Guerra
Identificar as inovaes tecnolgicas que sustentaram a euforia
europia no incio do sculo XX. Caracterizar a Belle poque, por meio
da anlise de diferentes fontes iconogrficas. Explicar como se
definiram os dois blocos de naes rivais a partir do incio do sculo
XX. Localizar geograficamente os principais imprios coloniais s
vsperas da Primeira Grande Guerra. Contextualizar a ecloso do
conflito. Caracterizar as duas fases da guerra. Estabelecer relaes
entre a guerra e a Revoluo Russa de 1917. Analisar dados
estatsticos sobre o nmero de mortos civis e militares na
guerra.
A Primeira Guerra Mundial (1914-1918)
Histria da Primeira Guerra Mundial, antecedentes, conflitos
econmicos, concorrncia industrial e comercial, Trplice Aliana e
Trplice Entente, as trincheiras, participao das mulheres, novas
tecnologias, Tratado de Versalhes, conseqncias, resumo
Causas da Primeira Guerra Mundial:- Partilha da frica e sia
(insatisfao da Itlia e Alemanha que ficaram com territrios pequenos
e desvalorizados)- Concorrncia econmica entre as potncias europias
e corrida armamentista- Nacionalismos (pan-germanismo e
pan-eslavismo) e rivalidades
Incio da Guerra - Estopim (comeo) : assassinato do prncipe do
Imprio Austro-Hungaro Francisco Ferdinando- A guerra espalha-se
pela Europa e por outras naes do mundo- Formao de Alianas: Entente
(Inglaterra, Frana e Rssia) x Aliana ( Itlia, Alemanha e Imprio
Austro-Hngaro)- Brasil participa ao lado da Trplice Entente,
enviando enfermeiros e medicamentos- Guerra de Trincheiras
Novas Tecnologias de Guerra - A participao das Mulheres como
operrias na indstria de armamentos- Uso de avies, submarinos e
tanques de guerra.
O Fim da Guerra - 1917 : entrada dos EUA e derrota da Trplice
Aliana ( Alemanha e Imprio Austro-Hngaro)- O Tratado de Versalhes:
imposies aos derrotados- Resultado da Guerra : 10 milhes de mortos
/ cidades destrudas / Campos arrasados
AntecedentesVrios problemas atingiam as principais naes europias
no incio do sculo XX. O sculo anterior havia deixado feridas
difceis de curar. Alguns pases estavam extremamente descontentes
com a partilha da sia e da frica, ocorrida no final do sculo XIX.
Alemanha e Itlia, por exemplo, haviam ficado de fora no processo
neocolonial. Enquanto isso, Frana e Inglaterra podiam explorar
diversas colnias, ricas em matrias-primas e com um grande mercado
consumidor. A insatisfao da Itlia e da Alemanha, neste contexto,
pode ser considerada uma das causas da Grande Guerra.
Vale lembrar tambm que no incio do sculo XX havia uma forte
concorrncia comercial entre os pases europeus, principalmente na
disputa pelos mercados consumidores. Esta concorrncia gerou vrios
conflitos de interesses entre as naes. Ao mesmo tempo, os pases
estavam empenhados numa rpida corrida armamentista, j como uma
maneira de se protegerem, ou atacarem, no futuro prximo. Esta
corrida blica gerava um clima de apreenso e medo entre os pases,
onde um tentava se armar mais do que o outro.
Existia tambm, entre duas naes poderosas da poca, uma rivalidade
muito grande. A Frana havia perdido, no final do sculo XIX, a regio
da Alscia-Lorena para a Alemanha, durante a Guerra Franco
Prussiana. O revanchismo francs estava no ar, e os franceses
esperando uma oportunidade para retomar a rica regio perdida.
O pan-germanismo e o pan-eslavismo tambm influenciou e aumentou
o estado de alerta na Europa. Havia uma forte vontade nacionalista
dos germnicos em unir, em apenas uma nao, todos os pases de origem
germnica. O mesmo acontecia com os pases eslavos.
O incio da Grande GuerraO estopim deste conflito foi o
assassinato de Francisco Ferdinando, prncipe do imprio
austro-hngaro, durante sua visita a Saravejo (Bsnia-Herzegovina).
As investigaes levaram ao criminoso, um jovem integrante de um
grupo Srvio chamado mo-negra, contrrio a influncia da
ustria-Hungria na regio dos Balcs. O imprio austro-hngaro no
aceitou as medidas tomadas pela Srvia com relao ao crime e, no dia
28 de julho de 1914, declarou guerra Servia.
Poltica de AlianasOs pases europeus comearam a fazer alianas
polticas e militares desde o final do sculo XIX. Durante o conflito
mundial estas alianas permaneceram. De um lado havia a Trplice
Aliana formada em 1882 por Itlia, Imprio Austro-Hngaro e Alemanha (
a Itlia passou para a outra aliana em 1915). Do outro lado a
Trplice Entente, formada em 1907, com a participao de Frana, Rssia
e Reino Unido.
O Brasil tambm participou, enviando para os campos de batalha
enfermeiros e medicamentos para ajudar os pases da Trplice
Entente.
Desenvolvimento.As batalhas desenvolveram-se principalmente em
trincheiras. Os soldados ficavam, muitas vezes, centenas de dias
entrincheirados, lutando pela conquista de pequenos pedaos de
territrio. A fome e as doenas tambm eram os inimigos destes
guerreiros. Nos combates tambm houve a utilizao de novas
tecnologias blicas como, por exemplo, tanques de guerra e avies.
Enquanto os homens lutavam nas trincheiras, as mulheres trabalhavam
nas indstrias blicas como empregadas.
Fim do conflito Em 1917 ocorreu um fato histrico de extrema
importncia : a entrada dos Estados Unidos no conflito. Os EUA
entraram ao lado da Trplice Entente, pois havia acordos comerciais
a defender, principalmente com Inglaterra e Frana. Este fato marcou
a vitria da Entente, forando os pases da Aliana a assinarem a
rendio. Os derrotados tiveram ainda que assinar o Tratado de
Versalhes que impunha a estes pases fortes restries e punies. A
Alemanha teve seu exrcito reduzido, sua indstria blica controlada,
perdeu a regio do corredor polons, teve que devolver Frana a regio
da Alscia Lorena, alm de ter que pagar os prejuzos da guerra dos
pases vencedores. O Tratado de Versalhes teve repercusses na
Alemanha, influenciando o incio da Segunda Guerra Mundial. A guerra
gerou aproximadamente 10 milhes de mortos, o triplo de feridos,
arrasou campos agrcolas, destruiu indstrias, alm de gerar grandes
prejuzos econmicos. Brasil na Primeira Guerra
O nono presidente do Brasil, Venceslau Brs, declara guerra aos
Poderes Centrais. Ao seu lado, o ministro interino das Relaes
Exteriores Nilo Peanha (em p) e o presidente de Minas Gerais Delfim
Moreira (sentado).
No dia 5 de abril de 1917, o vapor brasileiro "Paran", que
navegava de acordo com as exigncias feitas a pases neutros, foi
torpedeado, supostamente por um submarino alemo. No dia 11 de abril
o Brasil rompeu relaes diplomticas com os pases do bloco liderado
pela Alemanha. Em 20 de maio, o navio "Tijuca" foi torpedeado perto
da costa francesa. Nos meses seguintes, o governo Brasileiro
confiscou 42 navios alemes, austro-hngaros e turco-otomanos que
estavam em portos brasileiros, como uma indenizao de guerra.
No dia 23 de outubro de 1917, o cargueiro nacional "Macau", um
dos navios arrestados, foi torpedeado por um submarino alemo, perto
da costa da Espanha, e seu comandante feito prisioneiro. Com a
presso popular contra a Alemanha, no dia 26 de outubro de 1917 o
pas declarou guerra aos Poderes Centrais.
A partir deste momento, por um lado, sob a liderana de polticos
como Ruy Barbosa recrudesceram agitaes de carter nacionalista, com
comcios exigindo a "imperiosa necessidade de se apoiar os Aliados
com aes" para por fim ao conflito. Por outro lado, sindicalistas,
anarquistas e intelectuais como Monteiro Lobato criticavam essa
postura e a possibilidade de grande convocao militar, pois segundo
estes, entre outros efeitos negativos isto desviava a ateno do pas
em relao a seus problemas internos.
Assim, devido a vrias razes, de conflitos internos falta de uma
estrutura militar adequada, a participao militar do Brasil no
conflito foi muito pequena; resumindo-se no envio ao front
ocidental em 1918 de um grupo de aviadores do Exrcito e da Marinha
que foram integrados Fora Area Real Britnica e de um corpo
mdico-militar, composto por oficiais e sargentos do exrcito que
foram integrados ao exrcito francs, tendo seus membros tanto
prestado servios na retaguarda como participado de combates no
front. A Marinha tambm enviou uma diviso naval com a incumbncia de
patrulhar a costa noroeste da frica a partir de Dakar e o
Mediterrneo desde o estreito de Gibraltar, evitando a ao de
submarinos inimigos.
A Belle poque (bela poca em francs) foi um perodo na histria da
Europa que comeou no final do sculo XIX (1871) e durou at a ecloso
da Primeira Guerra Mundial em 1914. A expresso tambm designa o
clima intelectual e artstico do perodo em questo. Foi uma poca
marcada por profundas transformaes culturais que se traduziram em
novos modos de pensar e viver o cotidiano.
A Belle poque foi considerada uma era de ouro da beleza, inovao
e paz entre os pases europeus. Novas invenes tornavam a vida mais
fcil em todos os nveis sociais, e a cena cultural estava em
efervescncia: cabars, o cancan, e o cinema haviam nascido, e a arte
tomava novas formas com o Impressionismo e a Art Nouveau. A arte e
a arquitetura inspiradas no estilo dessa era, em outras naes, so
chamadas algumas vezes de estilo "Belle poque".
Sociedade e progresso materialInovaes tecnolgicas como o
telefone, o telgrafo sem fio, o cinema, a bicicleta, o automvel, o
avio, inspiravam novas percepes da realidade. Com seus
cafs-concertos, bals, operetas, livrarias, teatros, boulevards e
alta costura, Paris, a Cidade Luz, era considerada o centro
produtor e exportador da cultura mundial. A cultura bomia
imortalizada nas pginas do romance de Henri Murger, Scnes de la vie
de bohme (1848), era um referencial de vida para os intelectuais
brasileiros, leitores vidos de Baudelaire, Rimbaud, Verlaine, Zola,
Anatole France e Balzac. Ir a Paris ao menos uma vez por ano era
quase uma obrigao entre as elites, pois garantia o vnculo com a
atualidade do mundo.
Arte e literaturaO estilo chamado art nouveau ("arte nova" em
portugus) foi tpico da Belle poque. Esta corrente artstica surgiu
nos finais do sc. XIX, em reaco ao emprego abusivo na arte de
motivos clssicos ou tradicionais. Em vez de se basear nos slidos
modernos da arte clssica, a art nouveau valorizava os ornamentos,
as cores vivas e as curvas sinuosas baseadas nas formas elegantes
das plantas dos animais e das mulheres. uma arte essencialmente
decorativa sendo as principais obras desse estilo fachadas de
edifcios, objetos de decorao (mveis, portes, vasos), jias, vitrais
e azulejos. Um dos pintores mais conhecido da Arte Nova Alfonse
Mucha.
Movimentos sociaisEnquanto a arte e a inovao floresciam, essa
poca tambm viu o crescimento do proletariado e ascenso de
movimentos organizados contrrios ordem capitalista vigente, como o
movimento anarquista e o socialista, duramente reprimidos pelas
autoridades. Com a difuso dessas doutrinas, houve uma polarizao
cada vez maior entre defensores e detratores do capitalismo, o que
gerou enfrentamentos muitas vezes violentos.
RESULTADOS DA GUERRA
A Primeira Guerra Mundial causou profundas transformaes no
cenrio poltico, social e econmico mundial. Segundo algumas
estimativas, os diversos confrontos ocorridos ao longo desses
quatro anos foram responsveis pela morte de cerca de oito milhes de
pessoas. Alm disso, cerca de 20 milhes sofreram algum tipo de
seqela em conseqncia do conflito. Paralelamente, os prejuzos
econmicos trazidos aos pases envolvidos foram enormes. Cerca de um
tero das riquezas acumuladas pela Inglaterra e pela Frana foram
perdidas com a Primeira Guerra. O parque industrial europeu foi
quase reduzido pela metade e o potencial agrcola sofreu uma queda
de 30%. A Europa deixava de ser o grande smbolo da prosperidade
capitalista, estando atolada em dvidas e observando a desvalorizao
de suas moedas. Foi a partir de ento que os Estados Unidos
alcanaram a condio de grande potncia. Apesar de tambm ter sofrido
com um significativo nmero de baixas e gastar aproximadamente 36
bilhes de dlares, os EUA tiveram suas compensaes. No ano posterior
guerra, o pas triplicou suas exportaes em comparao ao ano de 1913 e
a renda nacional atingiu um valor duas vezes maior. Ao mesmo tempo,
outras naes que no se envolveram diretamente no confronto tambm
ganharam com a Primeira Guerra. Os pases no-industrializados
ampliaram as exportaes de gneros agrcolas e matria-prima. Alm
disso, a retrao econmica europia serviu para que algumas dessas
naes como o Brasil pudessem ampliar suas atividades industriais
substituindo internamente os mercados outrora controlados pelas
naes europias. No Oriente, o Japo lucrou com o domnio sobre os
mercados do Pacfico e no incremento de sua produo de algodo e ao.
No plano poltico, a Europa comeou a sofrer uma verdadeira crise de
valores. Em meio s desiluses de um continente destrudo, as
tendncias comunistas e fascistas comearam a atrair boa parte da
populao. Ao mesmo tempo, tendo carter extremamente punitivo, os
tratados que deram fim Primeira Guerra incitaram um sentimento de
dio e revanche que, algumas dcadas mais tarde, prepararam o palco
de uma nova guerra.
XV. A Segunda GrandeGuerraHabilidades:
Analisar filmes que enfoquem os anos da depresso.
Operar com os conceitos: regime totalitrio, regime autoritrio,
democracia liberal. Analisar charges que contextualizam a
antevspera da guerra. Caracterizar a ideologia nazista atravs da
anlise de documentrios sobre os campos de concentrao. Analisar
filmes, documentrios, sobre o desenrolar da guerra. Analisar o
papel dos partisans e da resistncia francesa na derrota do Eixo.
Analisar filmes, poemas, msicas, que retratam o impacto das bombas
atmicas, jogadas em Hiroshima e Nagasaki, sobre a conscincia
mundial. Analisar estatsticas sobre o nmero de mortos civis e de
mortos militares no conflito. Pesquisar em revistas, sites,
jornais, sobre os atuais movimentos neo-nazistas.O BRASIL NA
GUERRAO Brasil apoiou os aliados, aps um incio neutro, a partir de
1941.Dezenove embarcaes brasileiras foram afundadas; em 1942, o
Brasil declarou guerra ao Eixo, cabendo-lhe o patrulhamento do
Atlntico Sul e o envio de foras expedicionrias (FAB e FEB) que
lutaram, principalmente, na Itlia.Das vrias misses brasileiras
nesse pas, destacou-se a tomada de Monte Castelo (Nunca esquecida
pelos alunos, sempre lembrada na bendita formatura de aniversrio
deste feito..)Ao fim da guerra,pereceram 50 milhes e as perdas
civis nunca haviam sido to altas. Os estermnios ocorreram em massa:
mais de 5 milhes de judeus foram eliminados.Vinte e dois pases
tomaram parte na segunda guerra mundial. Os danos materiais,
enormes, foram, entretanto, refeitos com surpreendente rapidez. J
em 1948 - trs anos depois de terminado o conflito - a economia
europia alcana o nvel de antes da guerra.
Introduo : As causas da Segunda Guerra MundialUm conflito desta
magnitude no comea sem importantes causas ou motivos. Podemos dizer
que vrios fatores influenciaram o incio deste conflito que se
iniciou na Europa e, rapidamente, espalhou-se pela frica e sia.