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C M Y K TOTAL DE PÁGINAS NESTA EDIÇÃO SIGA-NOS NO TWITTER: ACESSE O SITE: 20 @jornaldehoje www.jornaldehoje.com.br E-MAIL REDAÇÃO: [email protected] Dólar comercial R$ 2,10 Dólar turismo R$ 2,17 Dólar/Real R$ 2,10 Euro x real R$ 2,72 Poupança 0,50%/0,41% Taxa Selic 7,50% INDICADORES: OPINIÃO - Página 2 Berilo de Castro Gileno Guanabara Ricardo Sobral Elísio Augusto de M. e Silva Valério Mesquita Carlos Alberto dos Santos Túlio Lemos Página 3 Deputado do DEM não acre- dita que a governadora Rosal- ba consiga a reeleição. Daniela Freire Página 12 Portais sem transparência nada revelam de fato da vida financeira nas gestões públicas. Vicente Serejo Página 13 Leonardo Nogueira desenhou um quadro extremamente nega- tivo para Rosalba Ciarlini. Marcos A. de Sá Página 7 Dispensada no RN licença ambiental para plantio irrigado de volumosos para o gado. ESCREVEM ARTIGOS DA EDIÇÃO DE HOJE Lei de Luiz Almir está eiva- da de equívocos sobre o que é política cultural. Alex Medeiros Página 11 > CRÍTICAS DE ALIADO Deputado do DEM diz que Rosalba também ‘está parada’ em Mossoró Shirlene Marques/Divulgação > “BATE E VOLTA” POLÍTICA 5 Governadora gasta R$ 102 mil em deslocamento aéreo para prestigiar evento no RJ POLÍTICA 3 Fotos: Canindé Santos > SUPERLOTAÇÃO NO PRONTO-SOCORRO Mais de 300 crianças atendidas diariamente no Sandra Celeste SEGUNDO LEONARDO NOGUEIRA, QUE TEM SIGNIFICATIVA BASE ELEITORAL NO OESTE, NÃO EXISTEM OBRAS DO GOVERNO NA REGIÃO . “TUDO AQUILO QUE ELA PROMETEU FAZER, NÃO PÔDE SER FEITOSituação fica ainda mais crítica no final do mês, quando o Santa Catarina e o Deoclécio Marques suspendem atendimentos por falta de pediatras CIDADE 9 > TEMPORADA... ESPORTE 15 Após 7 o jogo sem vitória, o técnico do América pede tranquilidade > HISTÓRIAS DE ALCAÇUZ CIDADE 10 Preso tem saída facilitada, mas volta no fim do dia com sinais visíveis de embriaguez Mandados de prisão e busca foram cumpridos hoje. Os presos abasteciam Pau dos Ferros e Doutor Severiano > FEBRE AFTOSA ECONOMIA 7 RN continua na disputa para sediar o anúncio de área livre > PARNAMIRIM CIDADE 6 Estudantes acompanham debate sobre o transporte intermunicipal Quarta-feira R$ 1,00 jornaldehoje.com.br Ano XVI NATAL-RN, 29 DE MAIO DE 2013 Nº 4.650 > DROGAS NO RN CIDADE 10 Operação Elefante Branco prende 14 envolvidos com tráfico na região Oeste POLÍCIA CIVIL TAMBÉM APREENDEU UM ADOLESCENTE. ACUSADOS ERAM INVESTIGADOS DESDE O ANO PASSADO José Aldenir AOS LEITORES Em razão do feriado católico de Corpus Christi, O JORNAL DE HOJE não circulará amanhã. Voltaremos na sexta-feira.
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Page 1: 29052013

C M Y K

TOTAL DE PÁGINAS NESTA EDIÇÃO

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Dólar comercial R$ 2,10Dólar turismo R$ 2,17Dólar/Real R$ 2,10

Euro x real R$ 2,72Poupança 0,50%/0,41%Taxa Selic 7,50%

INDICADORES:

OPINIÃO - Página 2

Berilo de Castro

Gileno Guanabara

Ricardo Sobral

Elísio Augusto de M. e Silva

Valério Mesquita

Carlos Alberto dos Santos

TúlioLemos

Página 3

w Deputado do DEM não acre-dita que a governadora Rosal-ba consiga a reeleição.

DanielaFreire

Página 12

w Portais sem transparêncianada revelam de fato da vidafinanceira nas gestões públicas.

VicenteSerejo

Página 13

w Leonardo Nogueira desenhouum quadro extremamente nega-tivo para Rosalba Ciarlini.

Marcos A. de Sá

Página 7

w Dispensada no RN licençaambiental para plantio irrigadode volumosos para o gado.

ESCREVEM ARTIGOS DA EDIÇÃO DE HOJE

w Lei de Luiz Almir está eiva-da de equívocos sobre o queé política cultural.

AlexMedeiros

Página 11

> CRÍTICAS DE ALIADO

Deputado do DEM diz que Rosalbatambém ‘está parada’ em Mossoró

Shirlene Marques/Divulgação

> “BATE E VOLTA”

POLÍTICA 5

Governadora gasta R$ 102 mil em deslocamento aéreopara prestigiar evento no RJ

POLÍTICA 3

Fotos: Canindé Santos

> SUPERLOTAÇÃO NO PRONTO-SOCORRO

Mais de 300 crianças atendidasdiariamente no Sandra Celeste

SEGUNDO LEONARDO NOGUEIRA, QUE TEM SIGNIFICATIVA BASE ELEITORAL NO OESTE, NÃO EXISTEM

OBRAS DO GOVERNO NA REGIÃO. “TUDO AQUILO QUE ELA PROMETEU FAZER, NÃO PÔDE SER FEITO”

Situação fica ainda mais crítica no final do mês, quando o Santa Catarina e o Deoclécio Marques suspendem atendimentos por falta de pediatras CIDADE 9

> TEMPORADA...

ESPORTE 15

Após 7o jogosem vitória, o técnico doAmérica pedetranquilidade

> HISTÓRIAS DE ALCAÇUZ

CIDADE 10

Preso tem saída facilitada,mas volta no fim do dia comsinais visíveis de embriaguez

Mandados de prisão e busca foram cumpridos hoje. Os presos abasteciam Pau dos Ferros e Doutor Severiano

> FEBRE AFTOSA

ECONOMIA 7

RN continuana disputa para sediar o anúncio de área livre

> PARNAMIRIM

CIDADE 6

Estudantesacompanhamdebate sobreo transporteintermunicipal

Quarta-feira R$ 1,00 w jornaldehoje.com.brAno XVI w NATAL-RN, 29 DE MAIO DE 2013 w Nº 4.650

> DROGAS NO RN

CIDADE 10

Operação Elefante Brancoprende 14 envolvidos comtráfico na região OestePOLÍCIA CIVIL TAMBÉM APREENDEU UM ADOLESCENTE.ACUSADOS ERAM INVESTIGADOS DESDE O ANO PASSADO

José

Ald

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AOS LEITORES

Em razão doferiado católico

de Corpus Christi, O JORNAL DE HOJE

não circulará amanhã.

Voltaremosna sexta-feira.

Page 2: 29052013

Quarta-feira2 O Jornal de HOJE Natal, 29 de maio de 2013 Opinião

Amancio [email protected] / www.chargistaamancio.blogspot.com Artigo

Física departículase registrosfonográficos

CARLOS ALBERTO DOS SANTOS, profes-sor visitante sênior do Instituto Mercosulde Estudos Avançados - UNILA([email protected])

Se você não conhece a históriaque contarei, duvido que seja capaz deimaginar a conexão sugerida no títu-lo. Já faz meio século que os físicosde partículas elementares utilizam téc-nicas óticas para analisarem os traçosdeixados por essas partículas em fil-mes obtidos nas câmaras de bolha.Uma história tão bonita quanto longa.Não dá para tratar aqui, nesse mo-mento. Depois, essas iniciativas evo-luíram para o que hoje se conhececomo metrologia ótica, largamenteaplicada em processos industriais.

Atualmente, a física de partículaexperimental não é mais realizada comas simples e engenhosas câmaras debolha. Atualmente são usados enormesaceleradores, como o LHC (Large Ha-dron Collider), Grande Colisor de Há-drons, instalado na fronteira franco-suíça, nas proximidades de Genebra,em um túnel circular com 27 quilôme-tros de extensão, cavado a uma pro-fundidade de aproximadamente 175metros. Hádron é uma família de par-tículas elementares, à qual pertencemprótons e nêutrons, que todos conhe-cem, e méson pi, que quase deu oNobel a Cesar Lattes. A constituiçãodessas partículas, a forma como inte-ragem, tudo isso previsto em váriosmodelos elaborados pelos físicos teó-ricos, desembocam no famoso Mo-delo Padrão, que pretende explicar aformação da matéria universal. O pro-blema é que o modelo precisa ser tes-tado experimentalmente, e uma daspeças fundamentais é o famoso e es-corregadio bóson de Higgs, que seacredita ter sido observado em marçopassado no LHC, em um dos experi-mentos realizados com o detectorATLAS (A Toroidal LHC ApparatuS- dispositivo instrumental toroidal parao LHC).

O ATLAS é um enorme detector,composto por 16 mil pequenos detec-tores de silício, que devem ser alinha-dos com altíssima precisão (abaixoda escala micrométrica) por meio detécnicas de metrologia ótica. Ou seja,a técnica é capaz de detectar diferen-ça em posicionamentos abaixo de ummicrômetro. No início dos anos 2000,essa parte do experimento era lidera-da por um romântico físico russo eum criativo físico norte-americano.Um também podia ser criativo e ooutro romântico, mas isso não impor-ta. O que importa é que o primeiroouviu um programa de rádio sobre orisco de perda da memória fonográ-fica registrada a partir dos anos 1920.Com a colaboração do segundo, logochegou à conclusão que poderia usaras técnicas óticas para reconstruir osregistros fonográficos em vias de de-saparecimento. A precisão micromé-trica dessas técnicas está na faixa di-mensional das ondulações mecânicasdas gravações em disco de vinil, ououtro meio da gravação analógica. Astrilhas das gravações não só podem serdigitalizadas, como também recupe-radas, bastando que uma parte delasainda esteja preservada. O mesmo pro-cesso permite também eliminar ruídos.Se você é jovem e nunca viu as trilhasem disco de vinil, imagine o rastrodeixado pelas rodas de um carro nasareias compactas de uma praia. Olhan-do uma parte do rastro é possível des-cobrir o seu padrão. Então, basta umaboa manipulação matemática para re-fazer as partes faltantes. É isso o quepode fazer a metrologia ótica.

A coisa funcionou, o digitalizadorfoi construído, e o primeiro teste foifeito com a música Goodnight Irene,um clássico do folclore norte-ameri-cano. Estava ali o nome certo parasatisfazer o espírito romântico do fí-sico russo. Transformaram o roman-tismo em acrônimo para Image Re-construct Erase Noise Etc. Atualmen-te, IRENE está sendo testada na Bi-blioteca do Congresso, em Washing-ton.

Para uma época de volatilidadeda informação digital, é bom saberque as pesquisas em física de partícu-las elementares está contribuindo paraa preservação de registros fonográfi-cos em risco de desaparecimento.Resta saber se o meio digital terá a du-rabilidade do meio analógico. De ummodo ou de outro, temos a esperan-ça de continuar ouvindo Ella FitzGe-rald cantando It's De-lovely: I feel asudden urge to sing the kind of dittythat invokes the spring, do grandeCole Porter.

O rio Potengi - recordaçõesArtigo BERILO DE CASTRO, médico ([email protected])

"Se escrevo o que sinto é porqueassim diminuo a febre de sentir."

Fernando Pessoa

Final da década de 50. Travessa darua Padre Pinto, de nome Pitimbu, casade número 726, centro da cidade, erao endereço.

Não diferente das demais turmasou tribos, brincávamos mais do que es-tudávamos. Cada tempo, cada idade,tem a sua marca, seu registro, sua iden-tidade.

Na época, pelas circunstâncias daproximidade com o rio Potengi, foi ele,o rio, que nos despertou maior curio-sidade: conhecê-lo, explorá-lo e des-vendar mistérios, era o nosso grande de-safio.

Foi naquele berço de águas clarase cristalinas como eram na época, comnavegações simples e rudes, da bela edeslumbrante visão do balé aquáticodos peixes-botos, onde plantei e fixeiuma passagem bela, real e muito enri-quecedora da minha bem vivida e sin-gela juventude.

Reuníamo-nos todos os dias à tarde,na beira do rio, tendo como sede o es-taleiro do construtor, artesão e escultorde navegação em madeira (botes e ca-noas), o mestre Isaac. Homem de es-tatura mediana, de corpo musculoso(apesar da idade) e de pele bronzeada.Falava pouco e trabalhava muito, sem-pre ajudado pelos seus filhos.

O caminho era sempre o mesmo.Saíamos com o grupo já formado, des-cíamos a ladeira íngreme da rua Passoda Pátria, passando pela mercearia dospais do coronel da Polícia Militar, Ar-mindo Medeiros de Aguiar, na esqui-na à esquerda, tendo à direita, a histó-rica Casa do Estudante (hoje totalmen-te abandonada, destruída e esquecida,que pena!), prédio herdado do antigoquartel da Polícia Militar, onde meupai prestou serviço durante muitos anos.

No final da ladeira, alcançávamosum pequeno e improvisado campo defutebol (de peladas), tendo como vistafrontal a linha do trem e o belo rio. Ominicampo servia como palco de acir-radas peladas, que depois eram comple-mentadas com uma animada resenha eo gostoso e inigualável banho no rio,que só terminava ao escurecer da tarde.

A turma contava com um grandelíder, o primo Itamar (grande contadorde causos), na época funcionário dos

Correios e Telégrafos, que participavaativamente das peladas e muitas e mui-tas vezes resolvia de forma irresponsá-vel não entregar todas as correspon-dências, jogando-as no rio, só para nãoperder as concorridas disputas nos con-frontos com os peladeiros.

As incursões para o outro lado dorio eram freqüentes, em canoas aluga-das (sem nenhum conhecimento decomo conduzi-las), tendo como semprea missão principal de pegar caranguejosnos manguezais e pescar nos velhos na-vios ou nos arrecifes, tendo sempre comocompanheiro de pesca o mulato e gran-de amigo Minho, o maior e mais famo-so pescador do grupo. Parecia até quetodos os peixes só enxergavam e só cor-riam para saborear a sua isca (o sabo-roso tamaru) e, consequentemente nuncadeixavam de ser fisgados.

Desbravar as gamboas (braços dorio que se estendem pela terra adentro)era um fascínio, uma aventura sonha-dora e inesquecível.

Nos domingos, saíamos do esta-leiro do mestre Isaac de barco à velapara a praia da Redinha, uma alegria in-descritível, um dia inteiro de festa edescontração.

Assistir e torcer as disputadas re-gatas no estuário do rio, tendo comoprotagonistas os clubes náuticos: ru-bronegro (Sport) e o alvinegro (CentroNáutico). Aplaudindo e vibrando comas grandes disputas entre os seus maio-res ídolos: Geraldo Belo Moreno(1933/2011), o imbatível, campeonís-simo pelo Sport, tanto no skiff simples,como no duplo, contra Justiniano Si-queira (Mano) pelo Centro Náutico, etantos outros de menor grandeza, masde forte entusiasmo e de muita empol-gação.

Vibrar no domingo de festa com agrande competição de natação do caisda Tavares de Lira até a Redinha ou daRedinha para o cais, dependendo datábua da maré, respeitando sempre aforça da correnteza do rio. Torcendo eaplaudindo o grande amigo nadador esempre campeão, o galego Jorge Lepreu(canguleiro da gema), hoje sargento dareserva da Marinha.

São lembranças, recordações queaguçam o centro da memória, afloramà mente, clamam, pedem para serem re-vividas, mas, que infelizmente não sãomais possíveis de acontecer ou viven-ciar. Saudades! Saudades!

Natal que não conheciArtigo GILENO GUANABARA, advogado ([email protected])

Natal sempre foi pródiga em ativi-dades lítero-recreativas. Pontificavamintelectuais, jornalistas, profissionaisliberais e proliferava a boemia. Citam-se as figuras de Eloy de Souza, Louri-val Açucena, Sandoval Wanderley, Pon-ciano Barbosa, Israel Botelho, JosuéSilva, Ivo Filho, Antônio Emerenciano,Ulisses Seabra de Melo, dentre outras.Dizia-se que Gotardo Neto e FerreiraItajubá eram boêmios insaciáveis. Al-guns participavam da "Oficina Literá-ria Norte-Riograndense".

João Estevam, tipógrafo e proprie-tário da Gráfica Santa Theresinha, naRua Vaz Gondim, publicava, no mêsde junho, "Milho Verde", anuário comartigos, poesia e registros. "Seu Estevi-nho" foi um dos fundadores do clube"Os jandaias", de que foi secretário Per-pétuo, e presidente de honra, EmídioFagundes. Participavam do clube Josué,Bulhões, Evaristo de Souza, Cascudo,Waldemar de Almeida. As mulheres in-tegrantes tinham os nomes preserva-dos, para não serem "faladas". O lemarespeitabilíssimo da entidade era "Ver...Ouvir... Calar". Qualquer manifestação,só com a aprovação da maioria dos só-cios. Segredo maçônico.

A cidade se resumia a dois bairros,que se rivalizavam: a "Cidade Baixa"e a "Cidade Alta". Alecrim, Rocas, Tirol,Petrópolis e Lagoa Seca, se resumiama sítios. O transporte público atravésdo bonde efetivou a integração dosnovos bairros. As praias somente eramfrequentadas aos domingos e as pes-soas se banhavam por recomendaçãomédica. O engenheiro Giácomo Palum-bo elaborou o plano de urbanização dePetrópolis, por encomenda do prefeitoOmar O'Grady. Segundo o traçado, asruas seriam dispostas na direçãoNorte/Sul, com vistas ao Oceano Atlân-tico, e na direção Leste/Oeste, no rumodo Rio Potengi.

As ruas mais movimentadas erama "Rua do Fogo", atual Rua Padre Pinto,onde ocorriam festas de aniversário ese davam os encontros de jovens enfa-tiotados. Aos domingos, cavaleiros gar-bosos desfilavam suas montarias e láocorriam bailes e serenatas. Movimen-to intenso também ocorria nas festasda "Rua da Palha" (atual Rua VigárioBartolomeu), no "Beco Novo", (tambémchamada "Rua da Bica", atual Rua Vo-luntários da Pátria); e na "Rua dosTocos" (atual Rua Princesa Izabel, eantes Rua "13 de Maio"). A ampla "RuaNova" (atual Avenida Rio Branco), devastas mungubeiras, não tinha calça-mento, nem mosaicos nas calçadas.

Destacavam-se os cancioneirospopulares, os instrumentistas e suasmodinhas. Os saraus, em residênciascomo a de Loiola Barata, varavam

noite afora. João Nepomuceno e An-tônio Elias eram os organizadores. De-clamavam e poetavam. Petit na flau-ta, Joaquim Galhardo (trombone e sa-xofone); José Bibiano (clarinete); He-ronides França e Francisco Soter (vio-lão). Nas festas religiosas, apresenta-vam-se o fandango e a lapinha. Reu-niões costumeiras, à tardinha, se davamdefronte a casa do Cel. Joaquim Gui-lherme, na atual Praça Padre JoãoMaria, chamado de "Centrão". Lá sebisbilhotava a vida da cidade. O "Gran-de Ponto" ainda não existia.

Durante o carnaval de rua, a "Ruada Palha" recebia ornamentação depalha de coqueiro, em forma de arcose girândolas. Desfilavam o bloco "Ma-xixeira", que saia pela manhã; o "Vas-sourinhas"; o "Vasculhadores" e "OsAmantes da Pinga". O clube mais re-quisitado era o "Clube Noturno".

A agitação mais intensa ocorria no"Paço da Pátria", à margem do Rio Po-tengi, onde se dava, aos sábados, a "feirado grude", assim denominada em decor-rência da parada do trem vindo de Ex-tremoz, com abastecimento de grudede mandioca, legumes, verduras e fru-tas, no local. O encontro das famíliasfomentava o namorico entre elas. Otrem trazia o rebanho de gado que daestação ferroviária se dirigia à "Rua daSalgadeira" (atual "Rua da Misericór-dia"), local do matadouro que abaste-cia de carne a cidade.

O abastecimento de água era obti-do no Riacho do Baldo, através dosburros e das barricas. Nas águas corren-tes do riacho as famílias se banhavamnas domingueiras. A cidade não dispu-nha de luz elétrica. A"Rua Nova" (Ave-nida Rio Branco) foi o primeiro logra-douro a ter o sistema de iluminação pú-blica, através de postes de lampião abase de querosene.

No dia 3 de maio, ocorria a festareligiosa, em comemoração à "SantaCruz da Bica", atual praça com o mesmonome, na confluência da "Rua do Fogo"e o "Beco Novo", marco Sul da cida-de, margem direita do Riacho do Baldo.Segundo a tradição, a descoberta dacruz, ainda hoje preservada, coube aClaudino José de Melo ao escavar aterra, a fim de construir uma casa. Dolado Norte, existe a cruz xantada peran-te a Igreja dos Negros do Rosário. Sãoos limites da "Cidade Alta".

Das festas juninas, o xerém domilho plantado nos quintais. Serviamde amabilidades a cangica e a pamo-nha cozidas na própria palha, em pa-nelas de barro. Foram-se reduzindo osquintais. Não se cultivaram mais asfruteiras, os legumes, as pimenteiras, oscheiros e os coqueiros. Não se plantoumais a romãzeira.

Governo voadorArtigo RICARDO SOBRAL, advogado ([email protected])

Leio na imprensa que o governo doestado desperdiçou R$ 102 mil reais coma locação de um jatinho para a nossagovernadora ir ao Rio de Janeiro parti-cipar de uma simples cerimônia de ani-versário de Telecurso.

A ausência de voo regular no horá-rio foi a justificativa apresentada, já quesua excelência havia participado de umasolenidade em Natal e, em seguida, pre-cisava, segundo o seu sentir, se fazerpresente na Cidade Maravilhosa.

O fundamento da despesa não con-vence. Se não havia possibilidade de uti-lizar um dos dois aviões do estado postoà sua disposição, ou até mesmo um aviãode linha de transporte aéreo regular, queSua Excelência se fizesse representar.

Na solenidade local, por exemplo, adoutora Rosalba poderia haver sido re-presentada pelo chefe do Gabinete Civil,doutor Carlos Augusto, a quem, em Mos-soró, somente se refere como governa-dor de fato. Que diferença faria então apresença da governadora de direito ou apresença do governador de fato?

Nunca, porém, poderia o estado gas-

tar essa pequena montanha de dinheiropara conduzir sua governadora a umconvescote, quando recursos faltam parasatisfazer as mais comezinhas necessi-dades básicas da população – saúde, edu-cação, segurança –, e remunerar con-dignamente seus servidores.

Afinal, com essa mesma quantiaquantas vidas poderiam ser salvas nopronto-socorro do Walfredo Gurgel, ondetem faltado até fio cirúrgico, e na UTIpediátrica do Santa Catarina, que costu-ma ser alvo reiterado de notícias de ca-rências de materiais?

Em face de tão infausta notícia, per-gunto: até quando?

Respondo com desassombro: atéexistir governo.

Decididamente – repito sem enfado–, no País de Macunaíma (Mário de An-drade), de Prudêncio (Machado de Assis)e de Peixoto (Nelson Rodrigues), se faz,sem exceção, quando no governo, tudoaquilo que se condenava quando se eraoposição; e, por outro lado, quando naoposição, se condena justamente tudoaquilo que se fazia quando se era go-

verno. Lembro, por óbvio, o leadingcase do molusco apedeuta antes, duran-te e após o exercício da Presidência.

Como se não bastasse, virou práticaconsuetudinária ressuscitar fantasmas, es-pécie de gosto lúgubre de se espantar comeles, experiências que não deram certo.

No caso do literal voo governamen-tal, o que mais dói não é o abuso em si,mesmo sendo muito grave, mas a indi-ferença, a falta de indignação do povoe de seus representantes.

O cidadão que trabalha e paga im-postos e vê o seu dinheiro bancar essae outras se sente o otário da História.Dir-se-á, como consolo, que a ele, o otá-rio, resta a arma do voto. Tudo bem. Nocampo do dever ser, o voto é a arma cí-vica contra governos atabalhoados.Dizem até que o ser humano somente seigualha efetivamente nos momentos dovoto e da morte.

Disso ninguém duvida. Mas, meucaro leitor, cá pra nós, temos alternativa?

Se correr o bicho pega. Se ficar obicho come. Reclamar? Só se for aobispo, como diz o adágio popular.

Reverências de praxeArtigo VALÉRIO MESQUITA, escritor ([email protected])

01) Transcorria a corrida rumo ao pa-lácio da Esperança em 1965. MonsenhorWalfredo chegava a Janduís e assim fa-lava ao povo: "Aqui, eu deveria falar dejoelhos em terra! Não levando em contatemperatura do chão! Aqui e ali, em SãoBento Velho, do outro lado do rio, estãoos meus antepassados, a que devo me cur-var". Joca de Alarico, chalaça chapado, lána praça, demonstrava o quanto era arara(seguidor de Dinarte Mariz), esbravejava:"Tomara que os teus antepassados não teouçam "pade véio". Pro teu avô, "home"era "home", "muié" era "muié" e "pade"mermo de saia era "pade". É "mio" tudescer daí e ir "timbora"". O monsenhorvenceu e Joca de Alarico mesmo sem sersagüi, morreu de raiva.

02) O violeiro Luiz Sobrinho inven-tou que seria deputado um dia. Meteu aviola no saco, convidou o violeiro amigo,Patativa do Norte e juntos tomaram rumodo velho oeste. Arrecadavam algum di-nheiro e divulgavam o nome do sonha-dor e futuro deputado. Numa fazenda,aconteceu uma grande noite de rimas eviolas. Lá para as tantas, o álcool já quei-mando as orelhas da platéia, começouuma rusga no terreiro. Os repentistas le-vavam uma surra de rimas, quando Luizvendo a coisa preta, bolou para o parcei-

ro: "Vamos correr na carreira que o pautá engrossando...". O outro respondeu:"Cuidado meu companheiro que vocêestá errando...". E Luiz emendou: "Eunão erro com besteira, só sei correr na car-reira pois não sei correr andando...". Aessa altura, já não havia mais ninguémno salão, nem tamboretes. Do neo-depu-tado Luiz Sobrinho, só se via o vulto dopaletó lascado atrás, vereda a fora.

03) As mudanças no meio políticofaziam o caldeirão ferver a cada dia emNatal, dos anos sessenta. Novos partidosnasciam. No meio da turbulência, umamigo foi ter com Djalma Maranhão econvidou-o: "Deixe esse PTN. O Exér-cito ta de olho em vocês. Venha pronosso partido. Vida nova homem!". Ma-ranhão, de cara fechada, respondeu aoseu estilo: "Mudar, eu? Mudar de parti-do é como trocar de mulher: os proble-mas continuam. Só muda a roupa-gem...!". Tinha razão Djalma, já naque-le tempo. Hoje repetido pelo ministroJoaquim Barbosa.

05) Como toda cidade que se preza,Natal teve várias figuras folclóricas aolongo do tempo e espaço: A) Maria Saida Lata; Morava no "pé" do Morro Bran-co, um pouco alem da hoje Escola Téc-nica, onde começa a avenida Bernardo

Vieira. Maria, ao ouvir o primeiro grito,prosperava impropérios rua afora, atéchegar no pátio da feira do Alecrim. B)Bebé Chorão; sujeito de um metro e oi-tenta, que desatava a chorar em plenaavenida, logo que o chamassem de Bebé.C) Maria Gasolina; mulher de mais oumenos 50 anos. Saía do terminal dosônibus no bairro das Rocas. Curiososmarcavam o tempo e ela chegava primei-ro no Relógio do Alecrim. Era um Deusnos acuda pelas calçadas. Maria Gaso-lina, "voando", empurrava quem encon-trasse. D) Tororomba; esse fez históriapelos bordeis da 15 de novembro. Asmulheres de vida livre, corriam commedo, pois segundo diziam, o negãousava uma liga de câmara de ar de bi-cicleta para amarrar a estrovenga juntoao joelho. E) Reco-Reco; famoso porseus passeios no cemitério do Alecrim,onde por trás dos túmulos brechava asmulheres que cuidavam dos canteiros ese apanhadas de mal jeito, ele entrava emação, masturbando-se. F) Maria Mula-Manca, por fim, que tornou-se celebri-dade ao sair nos jornais abraçada como governador Dinarte Mariz e outros po-líticos da época. Neste ligeiro enfoque,faço uma homenagem ao humano fol-clore natalense.

O político justo e o libertinoArtigo ELÍSIO AUGUSTO DE MEDEIROS E SILVA, empresário, escritor e membro da AEILIJ ([email protected])

A política é uma doutrina que exigede quem a segue o espírito de abnega-ção, antes de qualquer sonho de fortu-na pessoal. A sua dedicação não o afas-ta dos grandes sacrifícios, e suas mãosnão podem tremer ao segurar a nossaConstituição. Os políticos têm um gran-dioso papel a desempenhar na socieda-de: servir ao povo!

O libertino busca os prazeres mate-rialistas, enquanto o político justo deve-res com o próximo. O libertino se con-tenta com os prazeres e ilude a todos, in-clusive, ele próprio.

O político justo tem paz de espíri-to, o que de mais belo existe para nossaexistência. Enquanto ele é iluminadopelas ideias progressistas, o libertino écego e caminha sem rumo na escuridão.

O político justo, ao lado do progres-so social, caminha para uma existênciaradiante ao lado do bem-estar da sua co-munidade.

O libertino vive em permanentetédio e desalento e, por maiores quesejam suas conquistas, sente-se perse-guido e nada o satisfaz. Um eterno in-satisfeito!

O político justo consegue o pão commuito trabalho e sacrifício, mas se ale-gra e conforta com os resultados de seustrabalhos em favor da sua comunidade.

Afinal, esse é o seu objetivo!São os políticos justos que seguram

a bandeira de amor e honestidade, queedificam um mundo melhor para todosque fazem do trabalho a arma com quepovo nenhum jamais seja vencido. Alémde fazerem um grande bem às suas Ci-dades, Estados e Pátrias, que só podemse orgulhar dos filhos ilustres.

O libertino vive nas sarjetas lama-centas da desonestidade, vício e corrup-ção. Sufocado pelos miasmas tóxicos.

O político justo eleva a cabeça parao céu e agradece as vitórias de seus com-panheiros de luta... o próprio povo –seus eleitores.

O político justo cuida de sua alma eseus princípios democráticos, dando-lheso brilho necessário e se não conseguefazer grandes fortunas materiais, podechegar ao fim de sua existência tranqui-lo, cercado de amizades, desfrutando pres-tígio perante a sociedade e sendo moti-vo de orgulho aos seus descendentes.

A felicidade independe da riquezaou pobreza. É melhor ser rico de virtu-des do que ter os cofres cheios de ouroadquiridos de forma desonesta.

Um dia se encontraram nos bastido-res da vida um político justo e um liber-tino. O libertino olhou com escárniopara o político justo, este apenas o con-

templou com o olhar de piedade, típicodos grandes homens.

O político justo recebe a recompen-sa de quem soube plantar com o pensa-mento voltado para a colheita futura dacomunidade. São felizes e vivem empaz consigo mesmo.

Porém, o libertino no meio de suariqueza é abandonado, aniquilado pelosmaus hábitos que se apoderaram de seucoração e recebem a repulsa da comu-nidade. São esquecidos (...). Sentem nofim de suas vidas as ruínas danosas dequem sonhou apenas com benefíciospróprios e nunca compreendeu os an-seios do povo.

Os libertinos normalmente são so-berbos, se julgam superiores a tudo enão admitem que ninguém possa dis-cordar de suas ideias. Vivem na osten-tação de luxo desenfreado, na ânsia deaparecer aos olhos dos outros. O dese-jo incontido de dominar o mundo osafasta de Deus, esquecem que são mor-tais e tudo passageiro nessa vida.

Os políticos justos cumprem os seusgrandiosos papéis perante a sociedade esuas virtudes são reconhecidas.

Para finalizar, lembramos aos polí-ticos libertinos que: "os impérios maispoderosos do passado estão, hoje, sepul-tados em suas próprias ruínas".

w w w . j o r n a l d e h o j e . c o m . b rDIRETOR-EDITOR

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> CONDENADA NA JUSTIÇA ELEITORAL

Quarta-feira O Jornal de HOJE 3Natal, 29 de maio de 2013Política

Túlio [email protected]

SITUAÇÃOO deputado Leonardo

Nogueira, do DEM, desenhou umquadro extremamente negativo paraa governadora Rosalba Ciarlini emsua própria região, o Oeste. O mari-do de Fafá acrescentou que tudoque a Rosa prometeu para Mossoró,não se realizou, que tem provoca-do o desgaste político-administra-tivo.

DESTAQUEO experiente promotor de de-

fesa do patrimônio público, Afon-so de Ligório Bezerra, deverá terum grande destaque na gestão deseu colega Rinaldo Reis, na procu-radoria geral de Justiça do RN.Sério, destemido, respeitado e in-abordável, Afonso vai atuar comvigor nas ações de improbidade ad-ministrativa contra gestores públi-cos. Os corruptos do RN não terãovida fácil a partir da posse de Ri-naldo e Afonso.

RACHADURASUm engenheiro que conhece há

tempos a área do Centro Adminis-

trativo do Estado, onde está sendoconstruído o Arena das Dunas, aler-ta que alguns prédios foram preju-dicados com a ação dos 'bate-esta-cas' e até apresentaram rachaduras.

RACHADURAS IIO fato é que aquela área era

uma grande lagoa e há temor quea fundação possa provocar algumdano na atual estrutura do CentroAdministrativo.

PROCESSOSherloquinho afirma que uma

folha do processo da OperaçãoOuro Negro foi tirada e ninguémtem notícia do que realmenteocorreu. Diz também que en-gavetaram o referido processo,que envolve gente graúda dapolítica potiguar.

CARRONoticiais vindas de Parnamir-

im, dão conta que o deputado es-tadual Gilson Moura, do PV, com-prou um carro novo e escolheu asplacas que podem sinalizar paramudança partidária. As placas an-

teriores apresentavam os númerosdo PV 4300. O carro novo templaca com o número de HenriqueAlves na campanha: 1511. O queé que tá havendo?

CHAPAPessoas ligadas ao vice-gover-

nador Robinson Faria sonham coma chapa 'ideal' para o pai de Fábio:Robinson para governador, Laris-sa Rosado ou Júlia Arruda, do PSB,para vice; Fátima Bezerra, do PT,para o Senado e prefeito de Par-namirim, Maurício Marques, doPDT, para suplente.

COBRANÇAA ex-governadora Wilma de

Faria cobrou, em entrevista na 94FM, mais diálogo por parte daoposição, especialmente do vice-governador Robinson Faria. A mãede Márcia está certa. Quem é ouquer ser candidato a governadortem que manter permanente diálo-go com os supostos postulantes efuturos aliados. Principalmentequando estes não apresentam se-gurança no que dizem.

IMPORTANTEA notícia mais importante para

o mundo político brasileiro foi a'decisão' do deputado Tiririca, quedesistiu de desistir da política.Agora vai.

MINISTRODa coluna Radar, da revista

Veja: "Cezar Peluso tem dito aosseus antigos colegas de STF que aaposentadoria, para ele, não é mo-tivo de acomodação. Nos últimosdias está redigindo pareceres e pre-stando consultorias a políticos en-rolados no TSE em seu escritóriomontando em Brasília junto com oadvogado Erick Wilson Pereira".

SANTANASherloquinho andou por San-

tana do Mattos e voltou com a notí-cia que lá há servidores da EscolaEstadual Aristófanes Fernandes,concursados, mas que não dão ex-pediente no local há muito tempo.Há empresário, dono de vacaria eproprietário de restaurante que assi-nam o ponto e não trabalham. Oque é que ta havendo?

Leonardo critica Rosalba: “Tudo queela prometeu fazer, não pôde ser feito”

Deputados do PSB defendem Larissa: “Sabemos que foi usada a máquina do Governo do Estado”

DEPUTADO DO DEM REVELA QUE PROMESSAS NÃO CUMPRIDAS PELA GOVERNADORA, PROVOCAM GRANDE DESGASTE"As pessoas de Natal falam que

Rosalba não faz aqui para fazer emMossoró, mas as obras do Gover-no em Mossoró estão paralisadas,com problemas". Essa frase pareceaté ter sido dita por um deputadode oposição, ou no mínimo alguémcom postura independente na As-sembleia Legislativa, mas não. Foiproferida pelo deputado estadualLeonardo Nogueira, do DEM,mesmo partido da governadoraRosalba Ciarlini e, assim como agestora estadual, com uma baseeleitoral "grande" na capital doOeste.

Para citar um exemplo de obrasque não foram cumpridas, Leonar-do Nogueira apontou, durante en-trevista ao Jornal Verdade, daSimTV!, a "reforma do EstádioNogueirão, prometida por ela (Ros-alba), está parada". Por sinal, a situ-ação do estádio foi recentementelembrada, mas pela deputada deoposição Larissa Rosado, do PSB,que disse ao se defender da cas-sação de seu registro de candidatoem Mossoró no ano passado queRosalba "modificou a intenção doeleito com farta estrutura econômi-ca e financeira" e "com falsas eilusórias promessas, como a da con-strução e reforma do Nogueirão".

Segundo Leonardo Nogueira,no entanto, não foi só o estádio queteve suas obras paralisadas. "Aestrada de Tibau está parada, oteatro está parado. Enfim, três ou

quatro grandes obras estão paradas",colocou, acrescentando que não ésó em Mossoró. "Nas cidades ondeeu tenho base, eu chego lá e per-gunto: o que foi que a governado-ra fez aqui. E praticamente não seaparece uma obra relevante do Gov-erno do Estado, veja bem, não digoaquelas obras de parceria com oGoverno Federal", lamentou o dep-utado estadual.

Apesar das críticas, LeonardoNogueira afirmou que é sim umdeputado de situação, mas tem umapostura apenas mais "realista"."Veja bem, eu sou um deputado doDEM, que tem um bom relaciona-mento com a governadora, comJosé Agripino, mas são fatos. Nãoposso chegar aqui, nem em cantonenhum e dizer uma inverdade", sejustificou.

A boa relação é tanta, inclusive,que Rosalba já confirmou que vaidisputar a reeleição no próximoano, apesar da situação difícil colo-car certas dúvidas na cabeça dagestora estadual. "A governadoratem dito que é candidata a reeleição,mas às vezes eu sinto que elamesma, diante de tanta dificuldadeque está tendo, ela mesma fica (emdúvida)", revelou.

Entre essas dificuldades, osproblemas herdados na gestão an-terior são uma das conseqüênciasnegativas. "Vou traduzir o que estououvindo nas minhas bases: existeum sentimento de que tudo está

muito difícil para uma reeleição daGovernadora Rosalba. os númerosdizem isso. O trabalho e o plane-jamento que a governadora pensouem fazer vêm encontrando muitasdificuldades pelos problemas her-dados, mas não vou aqui ficar fa-lando em herança", afirmou.

Claro que nem tudo está perdi-do. Apesar do tom crítico das de-clarações, Leonardo Nogueirademonstrou esperança na mudançaaté o ano eleitoral. "Ainda acho quea governadora deve ser candidata à

reeleição. Ela foi uma grande prefei-ta, uma excelente senadora, temcarisma, aceitação. Agora admin-istrar um estado com condição éuma coisa. Administrar com prob-lemas herdados, é outra. Para ondea governadora se desloca, foca, temum problema grande, como a seca,por exemplo", acrescentou.

Leonardo Nogueira também co-mentou a recusa de Rosalba Ciarli-ni de não participar do programapolítico do DEM, pelo fato dele tercríticas a gestão federal da presidente

Dilma Rousseff, do PT. O assunto, in-clusive, foi noticiado na edição destasemana da revista Veja. O deputadoestadual, porém, amenizou a situ-ação, uma vez que ele mesmo tam-bém descartou o convite.

"É uma decisão dela (não par-ticipar do programa eleitoral), quetem que ser respeitada. Eu tambémnão participei, preferia dar umtempo em relação à minha partici-pação no programa. Existem mo-mentos que nós temos que tomardecisões, e nesses últimos meses

temos ouvido muito os nossos par-ceiros, e todos estão me pedindopara que eu dê uma parada, pararefletir, e tomar decisões até setem-bro", comentou.

FAFÁ ROSADOMarido da ex-prefeita de

Mossoró, Fafá Rosado, o parla-mentar do DEM também comentoua possibilidade dela deixar o DEM."Existe uma perspectiva da ex-prefeita, Fafá Rosado, de não per-manecer no DEM. Sobretudo pelosconvites e possibilidades que osoutros partidos lhe deram. Ela éuma figura de nome. A prefeita Fafáelegeu a sua sucessora, terminou ogoverno com uma avaliação acimade 70%, em um governo bem avali-ado", comentou LeonardoNogueira.

Os possíveis destinos de FafáRosado seriam o PMDB, o PR ouo PV. Especulou-se que ela estariainteressada em deixar o partidoporque teria recebido pouca atençãodo DEM desde que deixou aPrefeitura de Mossoró, não tendoisso, sequer, chamada para ocuparalgum cargo público na gestão es-tadual de Rosalba Ciarlini. "Es-perava mais espaço, não é nem comrelação ao cargo, é a espaço políti-co", afirmou Leonardo Nogueira,afirmando que vai ser candidato areeleição e que Fafá Rosado, porisso, só destaca a candidatura à As-sembleia. (CM)

A deputada estadual LarissaRosado, do PSB, voltou à Assem-bleia Legislativa nesta terça-feira,após a condenação na JustiçaEleitoral, que cassou seu registrode candidatura em Mossoró, e sepronunciou sobre o fato, afirman-do mais uma vez que houve"desvio" na decisão do juiz eleitoralHerval Sampaio. E, pelo menos deseus colegas de partido, encontrouapoio.

"Sabemos como foi a eleiçãoem Mossoró. Sabemos que foiusada a máquina do Governo doEstado e nas pesquisas eleitorais, adeputada Larissa Rosado sempreaparecia na frente", afirmou o dep-utado estadual Tomba Farias, sendoacompanhado pela correligionáriaMárcia Maia, presidente municipaldo PSB e filha da presidente es-tadual do partido, Wilma de Faria.

"É preciso fazer uma avaliaçãoisenta do que aconteceu emMossoró. Participei de sua cam-

panha e a conheço bem, pela sua at-uação aqui na Assembleia. O queaconteceu em Mossoró foi o in-verso, pois o abuso de podereconômico está do outro lado.Vimos destacada, na imprensa local,a influência extremamente forte dopoder político e econômico da gov-ernadora Rosalba Ciarlini. Ela deix-ava o que tinha para fazer e viaja-va para Mossoró, usando o avião doGoverno que é abastecido com odinheiro público", declarou.

Larissa Rosado se emocionouem alguns momentos do pronun-ciamento e negou que estivesse "in-elegível" por oito anos. Herval Sam-paio julgou procedente a acusaçãode "abuso de poder econômico",que teria ocorrido durante o pleitode 2012, quando Larissa e JosivanBarbosa foram candidatos a prefeitoe vice de Mossoró.

"Enfrentei duas máquinaspoderosas para alcançar uma vitóriaa todo custo. O custo ético, moral,

legal e econômico. Nunca se viuem Mossoró o uso escancarado edesavergonhado do dinheiro públi-co. Minha candidatura foi bom-bardeada. Digo isso mais decep-cionada do que triste. O juiz da 33ªZona Eleitoral decidiu sobre a perdado meu registro eleitoral por 8 anos.Quanta ironia. Nossa candidaturanão teve recursos e teve que lutarcontra uma emissora de TV, trêsjornais e pelo menos quatro rádiosda cidade. E eu fui condenada sobo argumento de abusar dos meiosde comunicação", afirmou LarissaRosado.

O presidente da AssembleiaLegislativa, o deputado RicardoMotta (PMN) externou sua soli-dariedade e exaltou o trabalho feitopela deputada Larissa Rosado. "Nósque convivemos dia a dia somostestemunhas do trabalho que vossaexcelência tem feito. Durante acampanha fez sua prestação de con-tas, aliás, nada é mais legítimo que

isso. Só temos o direito de pedirvoto quando mostramos trabalho eserviços prestados. Não quero con-testar a decisão do magistrado, masdigo que vossa excelência sempreesteve e estará no caminho certo",declarou.

O deputado Kelps Lima (PR)demonstrou preocupação com in-formações divulgadas antes doprocesso ser julgado. Para ele, essetipo de atitude macula a imagemdas pessoas. "Tem que ser divul-gada a decisão final e quem podedar essa decisão é o juiz. Muitagente se antecipa e cria problemasfamiliares e profissionais. A dep-utada Larissa continua elegível.Essas decisões devem ser divul-gadas com extremo cuidado e, nadúvida, não publiquem. As pessoasnão entendem o processo judicialcomo um todo e com isso fazemcom que reputações sejam destruí-das, por essa precipitação em con-denar as pessoas", declarou. (CM)

Leonardo: “No interior, pergunto: o que foi que a governadora fez e praticamente não aparece uma obra relevante do Governo”

Deputado Tomba Farias foi um dos que defendeu a deputada Larissa na Assembleia

Heracles Dantas

Heracles Dantas

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> CAPACITAÇÃO

"O controle social é tão impor-tante quanto o controle externo",disse o presidente do Tribunal deContas, conselheiro Paulo RobertoAlves, na aberturado curso "ControleSocial e Cidada-nia". 50 líderes es-coteiros estãosendo treinadospara atuar comoagentes multiplica-dores de conheci-mento das ativida-des desenvolvidaspelo TCE. Para odiretor-presidentedos escoteiros doRio Grande doNorte, Ivan Alvesdo Nascimento, ameta é que as in-formações cheguem a todos os esco-teiros do estado. Serão oito mil es-coteiros auxiliando o TCE no con-

trole social do orçamento público.O trabalho será executado em par-ceria com as escolas.

O grupo Trupe apresentou a peça"O que você tem aver com a corrup-ção?". A diretora daOuvidoria do TCE,Zênia Chaves de Al-cântara, explicou opapel da Ouvidoria eas mudanças provo-cadas com a Lei deAcesso à Informação.O assessor de infor-mática André Gusta-vo ministrou palestrasobre o papel do Tri-bunal na sociedade ea inspetora MariseMagaly abordou ostemas "orçamento

público" e "cidadania".O curso foi realizado no auditó-

rio da Corte de Contas.

Quarta-feira4 O Jornal de HOJE Natal, 29 de maio de 2013 Política

DE BRASÍLIA - [email protected]

Walter Gomes

LEITURA DINÂMICA

Depende do interesseA propósito do alinhamento aleatório de lideranças polí-

ticas do Rio Grande do Norte, segue trecho de diálogo entreEmil Ludwig, pseudônimo de Emil Cohn, com Getúlio Var-gas, em 1926:

– O senhor tem inimigos?Perguntou o escritor alemão ao então ministro da Fazen-

da de Washington Luís, presidente deposto pela revoluçãode 1930, da qual Vargas foi um dos líderes e o principal be-neficiário:

“Devo ter; mas não tão fortes que não possa torná-los ami-gos”, respondeu o gaúcho que iniciava a marcha para con-quistar o poder nacional.

Ludwig voltou à carga:– E amigos?Getúlio replicou, após uma baforada no charuto insepa-

rável:“Claro que os tenho; mas não tão firmes que não ve-

nham a se tornar inimigos.”n n n

Tal pragmatismo é praticado na vida pública potiguar.Compare-se ao presente o passado de personagens daópera-bufa reprisada (quase) a cada eleição no estado. Dis-pensado o elenco de apoio, cite-se, pela ordem alfabética, oestelar: Garibaldi Alves, filho, Henrique Eduardo Alves, JoséAgripino, Robinson Faria, Rosalba Ciarlini e Wilma de Faria.

n n n

Pós-escrito: por serem notórios, é desnecessária a iden-tificação dos canastrões.

Consulta à urnaMinistros petistas trocam gabinetes de Brasília pela

caça ao voto.Dois estão definidos como postulantes ao governo

estadual:1. Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, concorre no Pa-

raná;2. Fernando Pimentel (foto) – do Desenvolvimento,

Indústria e Comércio Exterior – disputa em Minas Ge-rais.

n n n

Alexandre Padilha (Saúde) e José Eduardo Cardo-zo (Justiça) posicionam-se em São Paulo. No cenáriode hoje, Padilha supera Cardozo na contagem de votosno diretório regional do PT.

Decisão no votoPEC 37 começa a ser votada no dia 26 de junho.Essa é a programação do presidente da Câmara dos

Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).n n n

A proposta de emenda constitucional enfraquece o Mi-nistério Público.

tA ministra dos DireitosHumanos, Maria do Ro-sário, recebeu recado crí-tico da presidente da Re-pública. A petista gaúchaprecipitara-se ao apontara oposição como fonte doimbróglio Bolsa Família-Caixa Econômica Fede-ral.tLuís Roberto Barroso serásabatinado, 5 de junho, naComissão de Constituição eJustiça do Senado. É pos-sível que na mesma data oplenário da Casa aprove-opara receber a toga de mi-nistro do Supremo.t No Pará, a justiça elei-toral cassou o mandatodo deputado federal Cláu-dio Puty. Três motivos:conduta vedada a agentepúblico, abuso de podereconômico e compra devotos.t Geddel Vieira Lima(PMDB) é candidato a go-vernador da Bahia. Se tivero improvável apoio do PT,haverá palanque único noestado para a recandidatu-ra da presidente DilmaRousseff. Portanto, o de-senlace entre as seções lo-cais dos partidos passa aser mera questão de tempo.tDias 3 e 4 de junho, VIIEdição do Seminário Po-tiguar Prazer em Ler.Local: Centro Municipalde Referência em Educa-ção Aluízio Alves. Além

de leituras públicas e de-bates, lançamento de li-vros com sessões de au-tógrafos. Quem lê sabemais.tO presidente nacional dodividido PP, senador CiroNogueira (PI), abre o jogo.Quer a permanência dasigla na aliança solidária aoPalácio do Planalto.t Sinta o vexame. Candi-dato do Brasil a uma ca-deira na Comissão Inte-ramericana de DireitosHumanos, Paulo Vannu-chi diz que a entidade “dáespaço excessivo” à liber-dade de imprensa.tFrancisco Everardo Olivei-ra Silva – o Tiririca – anun-ciou ontem que é candida-to ao segundo mandato dedeputado pelo PR de SãoPaulo. O humorista elegeu-se à Câmara, em 2010, com1,3 milhão de votos.tEm agosto, Aécio Nevesinicia excursões políticasaos estados. Na primeiraetapa, vai ao Nordeste. Naregião, o presidenciáveltucano amarga o quartolugar em intenções devoto. Pela ordem, perdepara Dilma Rousseff,Eduardo Campos e Mari-na Silva.tPara refletir: “Largue-se evocê será muito mais doque jamais sonhou ser”(Janis Joplin, cantora esta-dunidense).

A Câmara Municipal de Natalaprovou, em primeira discussão, nestaterça-feira (28), o projeto de Lei deproposição do vereador Luiz Almir(PV), que regulamenta atividades cul-turais musicais na capital potiguar.

De acordo com o projeto, asapresentações dos artistas nacionaise internacionais no município devemser precedidas da apresentação dosartistas locais. Além disso, deve serpago ao artista potiguar pelo menos10% do investimento proferido àapresentação nacional.

"Qualquer banda ou artista defora tem que ter a abertura do artis-ta da terra, para que a gente valori-ze a prata da casa. Também não éjusto que os artistas nacionais ga-nhem grandes cachês e o potiguar,que por vezes toca muito mais doque a apresentação nacional, ganheuma valor irrisório, simbólico", des-tacou o vereador.

O projeto regulamenta ainda quea fiscalização da aplicação da lei sejaauxiliada pela ANDAR, Associação-Norte- Rio- Grandense de Promo-

ção Sócio- Cultural e Desenvolvi-mento Artístico, além da pasta res-ponsável no executivo municipal.

Vereadores aprovam projetoque beneficia artista local

Luiz Almir já havia apresentado projeto na Câmara Municipal da outra vez que foi vereador, mas medida não foi aprovada

MEDIDA DE LUIZ ALMIR EXIGE ATRAÇÃO POTIGUAR EM SHOW DE BANDA NACIONAL

Presidente do TCEabre curso “ControleSocial e Cidadania”

Serão oito milescoteiros queauxiliarão o TCE no controle social do orçamentopúblico

Divulgação

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Quarta-feira O Jornal de HOJE 5Natal, 29 de maio de 2013Política

O registro de um município ouEstado no Cadastro Único de Con-vênios (CAUC) implica em suspen-são de qualquer transferência vo-luntária de recursos por parte do go-verno federal. O Brasil tem hoje85% de suas prefeituras inadimplen-tes junto ao CAUC, de acordo coma Secretaria do Tesouro Nacional(STN). Um Projeto de Lei Comple-mentar apresentado pelo deputadofederal Fábio Faria (PSD-RN) pro-põe que os municípios tenham umprazo maior para regularizar a si-tuação.

"Contratos e convênios hoje sãosuspensos imediatamente após o re-gistro dos municípios no CAUC.Isso tem gerado perdas inesperadasde recursos, inclusive de emendasparlamentares, após meses de exe-cução de planos de trabalho, espe-cialmente no fim do ano fiscal, quan-do a Prefeitura não tem tempo hábilpara regularizar a situação e firmaro convênio. Muitas obras importan-tes têm deixado de ser realizadas.Nossa proposta é que a suspensão

seja efetivada após 60 dias do regis-tro da inadimplência no sistema dogoverno federal", defende o segun-do vice-presidente da Câmara dosDeputados.

Fábio Faria explica que sua pro-posta visa preservar o controle e atransparência do repasse voluntáriode verbas federais para estados emunicípios contratarem obras e ser-viços, previstos na Lei de Respon-sabilidade Fiscal, porém proporcio-nará um prazo para que os gestorespossam resolver as pendências iden-tificadas pelo Cadastro.

Vale lembrar que as transferên-cias constitucionais e legais - como,por exemplo, os repasses do Fundode Participação dos Municípios(FPM) e as cotas do ICMS - nãosão afetadas pelo registro de ina-dimplência no CAUC, assim comoa adesão e a execução dos progra-mas federais no âmbito do PAC 2,tratado por lei como transferênciaobrigatória justamente para que nãohouvesse cobrança do CAUC oucontingenciamento de recursos.

> CAUC

Fábio defende que prefeiturastenham prazo para regularizarsituação de inadimplência

Fábio: "(Suspensão imediata) tem gerado perdas inesperadas de recursos"

ALEX VIANA

REPÓRTER DE POLÍTICA

Apesar do discurso de que faltaverba no Rio Grande do Norte, a go-vernadora Rosalba Ciarlini (DEM)gastou R$ 102 mil para ir ao Rio deJaneiro e voltar num mesmo dia. Éo que informa o Diário Oficial doEstado, edição desta terça-feira. Se-gundo um extrato de dispensa delicitação, autorizado pelo secretá-rio adjunto do Gabinete Civil, Fran-cisco Galbi Saldanha, a aeronavefoi locada para "o deslocamento daExcelentíssima Senhora Governado-ra do Estado Rosalba Ciarlini, com-preendendo o trecho deNatal/RN/Rio de Janeiro/RJ/Natal-RN, para participar de Cerimôniacom presença do ExcelentíssimoSenhor Ministro da Educação Aloí-sio Mercadante".

O aluguel da aeronave aconte-ceu porque Rosalba quis prestigiardois eventos aos quais ela não po-deria faltar, segundo sua assesso-ria, todos, em horários próximosum do outro, sendo um no Rio

Grande do Norte e o outro no Riode Janeiro. Além disso, os doisaviões do Estado estão na revisãoe, na segunda-feira, só havia voosde Natal para o Rio à meia noite. Oseventos em questão foram a entre-ga da medalha do mérito legislati-vo ao senador Garibaldi Alves e os35 anos de fundação do TelecursoSegundo Grau, da Fundação Ro-berto Marinho, da Rede Globo deTelevisão.

"Agovernadora não poderia dei-xar de prestar solidariedade ao se-nador Garibaldi, que foi seu suplen-te no Senado e por quem tem um ca-rinho especial, e também não pode-ria deixar de atender ao convite daFundação para participar daquelasolenidade. O Telecurso SegundoGrau está presente no Rio Grandedo Norte, começou aqui pela Serrado Mel, e foi renovado agora, por-que estava parado há algum tempo.O projeto vai inscrever 120 turmascom mais de três mil alunos. Dian-te de toda essa importância o gover-no achou por bem alugar esseavião", justificou o secretário de

Comunicação do governo, EdilsonBraga.

Enquanto a solenidade de Ga-ribaldi foi realizada na Assembleia

Legislativa, o evento do Telecursose deu no teatro Tom Jobim, no Jar-dim Botânico, e contou com a pre-sença, além de Rosalba, do presiden-

te da Fundação, José Roberto Ma-rinho, do ministro da Educação,Aluizio Mercadante, e dos governa-dores do Rio, Sérgio Cabral, e de

Pernambuco, Eduardo Campos,além de secretários de Educação devários estados, como Betânia Rama-lho, do RN.

Na ocasião, a governadora as-sinou como testemunha o termo decooperação entre a Fundação Rober-to Marinho e o Ministério da Edu-cação. Para o deputado estadual Fer-nando Mineiro (PT), trata-se de umcusto muito alto - R$ 102 mil - parair ao Rio de Janeiro e voltar. Prin-cipalmente, quando não se tem umretorno para o Estado. "Acho umcusto muito alto para apenas ir numevento sem nenhuma contrapartidapara o estado do Rio Grande doNorte", disse o parlamentar.

Ainda segundo Fernando Mi-neiro, trata-se de uma questão deprioridades. "Enquanto o governorealiza despesas como esta, exis-tem diárias operacionais de poli-ciais que trabalharam desde o car-naval, na Operação a Verão, queainda não foram pagas. Quer dizer,isso reflete a questão da prioridadedo governo na aplicação dos recur-sos", afirmou.

Rosalba aluga jatinho por R$ 102 milpara ir ao Rio e voltar no mesmo dia

Rosalba Ciarlini junto à secretária estadual de Educação, Betânia Ramalho, e ao ministro Aloizio Mercadante, no Rio de Janeiro

GOVERNO JUSTIFICA QUE ELA NÃO PODERIA PERDER OS EVENTOS; OPOSIÇÃO QUESTIONA VALOR DIANTE DA SITUAÇÃO DO RN

A presidente estadual do PSB,vice-prefeita de Natal Wilma deFaria, disse estar "ouvindo" a popu-lação que deseja que ela dispute ogoverno do Estado nas eleições de2014. Entretanto, segundo ela, oPSB, seu partido, entende que eladeve ser candidata à Câmara dosDeputados. "Apesar de o nossonome estar já sendo colocado muitobem pela opinião pública do RioGrande do Norte, a gente tem ditoà imprensa, e eu vou repetir aqui,que o nosso caminho é o Legislati-vo. Então, nós estamos, na verda-de, ouvindo a população e a gentesabe que, até por eu já ter sido go-vernadora há 3 anos, uma parte dapopulação quer a minha candidatu-ra, mas o meu partido entende quea eleição para deputado federal é omelhor caminho. Então nós esta-mos ouvindo a população, mas es-tamos ouvindo também esse outrolado, de querer que nós participemosde uma eleição majoritária, mais

para governador do que Senado".As declarações da ex-governa-

dora foram dadas na manhã destaquarta-feira em entrevista ao "Jornalda Cidade", da FM 94, com partici-pação dos jornalistas Alex Viana,Marcos Aurélio de Sá e Ricardo Ro-sado de Hollanda. Na oportunidade,ela cobrou mais diálogo da oposição,especialmente do vice-governadorRobinson Faria, presidente estaduale pré-candidato do PSD a governa-dor nas eleições do ano que vem, quenesta terça, também em entrevista aoprograma, disse que se a oposiçãoestivesse unida, estaria em uma si-tuação melhor em relação ao grupogovernista, especialmente diante dodesgaste do governo, que ultrapas-sa os 80% em algumas regiões doEstado.

"Precisa que todo mundo faça asua parte para unir. Ele também temque fazer a parte dele e dialogar bas-tante, porque sem diálogo nós nãovamos para lugar nenhum. Não

adianta eu aqui falando com você ouele falando com outro jornalista, di-

zendo que vai dialogar. Nós preci-samos chegar a uma integração de

forças, a uma solução que seja deunião, de reforço, de multiplicação,

porque na política a gente não podedividir, a gente tem que somar, mul-tiplicar, e nessa união a gente mul-tiplica as ideias e multiplica as so-luções. Eu acho que precisamos demais diálogo", disse Wilma.

Experiente, ao defender o for-talecimento da oposição, a ex-gover-nadora disse que quem ganha coma desunião da oposição num pro-cesso em que o governante vai ten-tar a reeleição é a própria oposição."Com relação à eleição majoritárianós vamos ver as alianças possí-veis. Nós estamos querendo o for-talecimento da oposição, que é fun-damental, pois as oposições geral-mente, às vezes, não se unem e nósprecisamos dessa união. A união éfundamental, é importante, porquenuma reeleição, quem ganha com adesunião da oposição é quem estáno governo - quem ganha no senti-do de se beneficiar por não haver,por parte das oposições, uma união",afirmou.

> PARA 2014

Wilma afirma que PSB a quer deputada federal

Wilma afirma projeto para 2014: "a gente tem dito à imprensa, e eu vou repetir aqui, que o nosso caminho é o Legislativo"

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Welllington Rocha

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A Câmara Municipal de Parna-mirim discutiu, na manhã desta quar-ta-feira (29), a situação do transpor-te coletivo intermunicipal na RegiãoMetropolitana de Natal. Estudantes,usuários do transporte público e em-presários compareceram à audiênciapública para buscar soluções quevenham melhorar o sistema, semque haja o aumento abusivo das pas-sagens. O objetivo da discussão, pro-posta pelo vereador Giovani Júnior,surgiu em função de a sociedade tersido pega de surpresa com um au-mento das tarifas no último dia 18de maio.

Sem qualquer aviso prévio, oSindicato das Empresas de Transpor-te Intermunicipal de Passageiros doRio Grande do Norte (Setrans-RN)reajustou a tarifa dos ônibus e o au-mento da passagem, em algumas li-nhas, chegou a ser superior a 14%.De acordo com o Governo do Esta-do, o reajuste no transporte inter-municipal não tinha sido autorizadopela governadora Rosalba Ciarlini eo Departamento de Estradas de Ro-dagem do Estado (DER/RN) sequerfoi consultado sobre o assunto.

Segundo Giovani Júnior, foi so-licitado ao DER uma justificativa doaumento e uma planilha que apre-sentasse os custos e ajustes realiza-dos no sistema. "Nós ficamos sementender esse aumento que foi dadode maneira repentina, sem explica-ções à sociedade. E o pior é que,para nossa surpresa, o reajuste nastarifas não tinha sido autorizadopelo governo", disse o vereador."Os estudantes nos procuraram enós resolvemos propor essa audiên-cia para discutir o sistema, que nãoinclui apenas as questões das tari-fas, mas o funcionamento geral queengloba os usuários, operários e em-presários".

Dentre os assuntos debatidos ereivindicados pelos estudantes eusuários do transporte público in-termunicipal está o passe livre paraestudantes e desempregados; o nãoaumento das passagens de formaabusiva; a transparência dos custos;unificação das passagens de Parna-mirim-Natal e integração da regiãometropolitana de transportes urba-nos.

"Nós queremos uma discussãopacífica e conhecimento do funcio-namento real do sistema. Não pode-mos aceitar essa imposição abusivado aumento das passagens da noitepara o dia. Tudo tem que ser discu-tido e bem avaliado", afirmou a es-tudante Phirtia Raianny.

De acordo com Mércia Matos,técnica da diretoria de Transportes doDER, o aumento foi descoberto peloórgão através das denúncias dosusuários. "Realmente o reajuste nãotinha sido autorizado e o órgão jáestá tratando dos acontecimentos.Entretanto, estamos estudando sim oaumento das tarifas, já que não háreajuste há quatro anos", afirmou.

Para o presidente da Câmara Mu-nicipal de Parnamirim, Rosano Tave-ra, é importante discutir o tema paraa comunidade e representantes dosistema para esclarecer o funciona-mento e as razões do aumento. "Osestudantes fizeram um movimentoem Parnamirim, apontando que a pre-feitura e vereadores tinham conce-dido esse aumento das passagens danoite para o dia. Conversamos comalguns representantes dos estudantesdos usuários e mostramos que o au-mento das passagens não é de respon-sabilidade da Prefeitura de Parnami-rim, mas sim do DER. Mesmo assim,resolvemos trazer toda a comunida-de para discutir o tema e buscar so-luções", disse.

DER-RN PUBLICARÁ NOVATABELA DE TARIFAS INTER-MUNICIPAIS NESTE SÁBADO

O Departamento de Estradasde Rodagem do RN irá publicarno Diário Oficial do Estado (DOE)deste sábado (1), a nova tabela depreços das passagens intermunici-pais e as planilhas que compõemestes valores. Segundo a assesso-ria do órgão, as novas tarifas aindaestão sendo reajustadas e só serãodivulgadas após publicação no Diá-rio Oficial.

O último reajuste para a regiãometropolitana havia sido concedi-do em setembro de 2009. De acor-do com o diretor-geral do DER/RN,Demétrio Torres, a correção dovalor das passagens tornou-se ne-cessária devido aos aumentos ocor-ridos ao longo desse período dos in-sumos que compõem a tarifa.

Quarta-feira6 O Jornal de HOJE Natal, 29 de maio de 2013 Cidade

Hoje faz uma semana que osprofessores da rede municipal deensino estão em greve. Após váriasconversas e tentativas de negocia-ção com o Sindicato dos Trabalha-dores em Educação (Sinte-RN), aSecretaria Municipal de Educação(SME) chegou a anunciar que en-traria com um pedido na Justiçaalegando ilegalidade na paralisa-ção da categoria. Entretanto, osprofessores ainda podem ter umaesperança de alcançar o pleito de-sejado. A Comissão de Educaçãoda Câmara Municipal de Natal so-licitou uma audiência com o pro-curador-geral do Tribunal de Con-tas do Estado (TCE) para encontrarmeios de a Prefeitura pagar o rea-juste salarial de 34,56%.

A secretária municipal de Edu-cação, Justina Iva, continua afir-mando que a Prefeitura de Natalnão tem condições de assumir essepagamento de imediato, uma vezque ultrapassou o limite legal daLei de Responsabilidade Fiscal."Só quem pode nos autorizar afazer esse pagamento é o Ministé-rio Público e o Tribunal de Contasdo Estado, que são os órgãos quefiscalizam o gasto dos recursos pú-blicos. Nossa proposta de reajus-tar os salários em 10%, índiceacima da Lei do Piso, é o máximoque pudemos chegar", disse a titu-lar da pasta.

Ontem, vereadores que com-

põem a Comissão de Educação naCâmara se reuniram com a secretá-ria Justina Iva, onde se comprome-teram a buscar a autorização doTCE para que o prefeito [CarlosEduardo], mesmo com o limite legal

ultrapassado, possa arcar com o pa-gamento. "Nós chegamos a sugerirque o Sinte consultasse o TCE, maseles não quiseram. Agora os verea-dores tentarão essa autorização",disse Justina. "Além disso, recebe-

mos uma correspondência do Sin-dicato pedindo para nós reavaliar-mos algumas outras questões plei-teadas. Estamos fazendo de tudopara que essa greve acabe o mais rá-pido possível", afirmou a secretária.

Segundo a vereadora EleikaBezerra, presidente da Comissão,o primeiro contato com o TCE foifeito ainda ontem. "O vereadorJúlio Protásio, que também é mem-bro da Comissão de Educação, so-

licitou a audiência com o procura-dor Luciano Ramos e estamosaguardando a confirmação da datapara discutir esse assunto com ele.Nosso objetivo é ajudar na interlo-cução entre professores e poderpúblico, agilizando essa negocia-ção, já que o maior prejudicadonisso tudo é o aluno", relatou Elei-ka.

A equipe de reportagem entrouem contato com o gabinete do pro-curador, mas não conseguiu encon-trá-lo. O pleito principal para quea categoria dos professores acabecom a greve é a concessão do rea-juste salarial em 34,56%, taxa querepresenta os últimos quatro anossem correção salarial. Entretanto,a situação financeira do municí-pio, segundo os gestores, não per-mite que o Poder Executivo con-ceda um reajuste maior que 10%aos profissionais da Educação.

A crise no sistema de educaçãopública municipal em Natal no anopassado fez com que diversas es-colas adquirissem o estado de ca-lamidade, sem condições mínimaspara a continuidade do ano letivo.Essa realidade fez com que o Con-selho Municipal de Educação, jun-tamente ao Sindicato dos Traba-lhadores em Educação, procuras-se meios de solucionar o caso atra-vés da Justiça. Na época, o Minis-tério Público recomendou o blo-queio do calendário letivo.

Vereadores tentam negociar reajuste salarial dosprofessores com o Tribunal de Contas do Estado DIANTE DE IMPASSE, COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DA CÂMARA QUER ENCONTRAR MEIOS PARA MUNICÍPIO CONCEDER REAJUSTE

Para a vereadora Eleika, objetivo é ajudar na interlocução entre professores e Prefeitura Justina diz que só o MP e o TCE podem autorizar reajuste mesmo acima do limite legal

> EM PARNAMIRIM

Sistema de transporte intermunicipal é tema de audiência

Wellington Rocha José Aldenir

Fotos: José Aldenir

Tema discutido hoje na Câmara Municipal de Parnamirim surgiu após usuários serem pegos de surpresa com aumento não autorizado

Segundo Mércia Santos, aumento foi descoberto pelo DER após denúncias de usuários

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Quarta-feira O Jornal de HOJE 7Natal, 29 de maio de 2013Economia

MARCOS AURÉLIO DE SÁ [email protected]

HOJE na Economia

RN e MA travam batalhapelo anúncio de área livreSECRETÁRIO APOSTA NA LUTA DE DAVI CONTRA GOLIAS

MARCELO HOLLANDA

[email protected]

Maranhão ou Rio Grande doNorte. Qual capital sediará o anun-cio tornando seis estados do Nor-deste livres com vacinação da febreaftosa? A decisão antecede a libe-ração internacional da região noano que vem. Os dois estados que-rem a primazia de receber o mi-nistro Antônio Andrade, um polí-tico mineiro, nesse dia histórico.

O Maranhão, que recentemen-te negou a entrada de um criadorpotiguar que queria levar seu re-banho para lá fugindo da seca,tem um plantel no mínimo cincovezes maior do que o RN. Comum regime de chuvas mais regu-lar, joga todas as cartas para se-diar o anúncio da mudança destatus da aftosa.

O RN, que passou por poucase boas pela imprevidência do Es-tado ao abando-nar seu institutode Defesa Agro-pecuária no pri-meiro ano da ges-tão Rosalba, aponto do Idiarnser reprovadonuma auditoriado Ministério,tem como vanta-gem o fato de terconcluído satisfa-toriamente a sorologia do rebanho,mas pode sofrer com o fato de seusvizinhos de infortúnios - a Paraí-ba - ter atrasado na sorologia dasúltimas propriedades ainda sob mo-nitoramento.

O que ainda coloca o RN nopáreo é o fato de sediar a 11ª edi-ção do Encontro Nordestino doSetor de Leite e Derivados (Enel),a ser realizado entre 5 e 8 de junhode junho, no Parque AristófanesFernandes, em Parnamirim. Pecua-ristas de todos os estados do Nor-deste devem participar e isso é vistocomo uma vantagem na competi-ção, pois cria um ambiente que caicomo uma luva para o anúncio.

"Todos os interessados esta-

rão presentes e estamos fazendotodo o esforço para trazer o Mi-nistro Antônio Andrade para openúltimo dia do evento", dissenesta quarta-feira o secretário es-tadual da Agricultura e Pecuária,Júnior Teixeira. "Mas ainda écedo para prever se vamos con-seguir", preveniu.

Vontade não falta. Júnior Tei-xeira, que ainda comemora a deci-são da governadora Rosalba Ciar-lini de liberar os licenciamentosambientais para projetos de irriga-ção de qualquer tamanho que cul-tivar forrageiras para alimentar orebanho bovino, já tinha descarta-do a possibilidade de contar como Ministro da Agricultura para aabertura de evento pela sobrecar-ga que isso causaria em sua agen-da, já que o Plano Safra do Gover-no Federal será anunciado no pró-ximo dia quatro, um dia antes noinício da Enel.

É a terceira vez que o maiorevento do setor leiteiro vem paracá com toda a sua programaçãotécnica e muitas atrações. Cursose minicursos na área de derivadosdo leite serão ministrados pelocorpo técnico da maior escola delaticínios do Brasil, o InstitutoCândido Tostes, de Minas Gerais.Entre cinco a oito de junho, o Es-paço Sebrae, no Parque Aristófa-nes Fernandes, será transforman-do em um grande pavilhão de ca-pacitação com um auditório parareceber 600 pessoas onde ocor-rerão as conferências de aberturae encerramento.

O secretário Júnior Teixeiraestá contando com a praticidade

desse palco armado para conven-cer o Ministro da Agricultura afazer o anúncio da aftosa por aqui.Em nenhum momento mencionouo outro trunfo que está em Brasí-lia, sentado na cadeira da presi-dência da Câmara dos Deputados.

Perguntado hoje se pediria aintervenção direta de HenriqueAlves, Teixeira respondeu: ”Ele játem muitas preocupações”.

O Encontro do Setor de Leitee Derivados acontece no momen-to em que o RN recomeça a con-tagem de seu rebanho, que corre orisco de contabilizar a perda de 400mil cabeças com a seca que atin-giu o estado no ano passado e partedeste. Se isso for confirmado, oplantel potiguar ficaria em tornode 600 mil cabeças - um númeroa ser ratificado ou retificado nacontagem que acontece a partir domês que vem com início da cam-panha de vacinação contra aftosa,

adiada em um mêsjustamente porcausa do fim da so-rologia.

Os participantesda ENEL terão àdisposição uma pro-gramação de capa-citações práticas eteóricas, palestras,vitrine de lácteos econcurso de queijosregionais, exposição

de máquinas, equipamentos, ser-viços, insumos e embalagens. Alémdisso, será realizado o torneio lei-teiro com as raças Girolando, Gir,Holandês, Sindi, Guzerá e Mesti-ça, assim como exposição, julga-mento e leilão de animais, tantobovinos quanto equinos, caprinose ovinos. Será uma Festa do Boi an-tecipada, precedendo a verdadeirajá livre das quarentenas impostaspela barreira da aftosa.

Júnior Teixeira sabe disso e in-corporou tudo no repertório paraconvencer o Ministro Antônio An-drade, da Agricultura, que apostarno Davi contra o Golias há mais dedois mil continua sendo o melhornegócio.

Júnior Teixeira trabalha para que o RN sedie o anúncio Ministro Antônio Andrade, da Agricultura, virá no dia sete

> EM 2015

Defesa Agropecuáriapoderá cobrar taxas

Confirmando o que publicou OJORNAL DE HOJE na semana pas-sada, com uma emenda modificati-va do deputado Agnelo Alves (PDT),relator da matéria, a Comissão deConstituição e Justiça (CCJ) da As-sembleia Legislativa aprovou ontemo projeto de lei do governo do RNque institui a Taxa de Defesa e Ins-peção Animal e Vegetal (TDIAV),cobrada pelo Instituto de Defesa eInspeção Agropecuária do Estadodo Rio Grande do Norte (Idiarn).

A mudança proposta por Agne-lo e acatada pelos membros da co-missão é de que as taxas não sejamcobradas em ano de seca ou em queseja decretado o estado de calami-dade pública, estendendo a isençãoaté o exercício financeiro seguinteao término da vigência da calami-dade pública.

Outra emenda inserida pelo re-lator é a que estipula que a cobran-ça só ocorra a partir do segundo anosubseqüente à publicação da lei. Casoseja publicada ainda este ano, a co-

brança passa a vigorar em 2015."Propus a isenção em anos difíceiscomo a seca ou em que o Estado es-teja em calamidade pública porquea situação do produtor rural fica ex-tremamente fragilizada, exigindo-seum tempo para ele se reerguer fi-nanceiramente", justificou o relator.

A taxa de defesa e inspeção ani-mal vai ser cobrada às pessoas fí-sicas ou as pessoas jurídicas de di-reito privado que exploram a ativi-dade econômica agrícola ou pecuá-ria no Estado. Os novos valoresacordados entre o governo e repre-sentantes do setor agropecuárioforam reduzidos em relação ao pro-jeto original.

A taxa é extensiva às atividadesque a autarquia realiza nos camposda defesa e inspeção sanitária ve-getal e defesa e inspeção sanitáriaanimal. O governo alega que a au-sência dos tributos obriga o PoderExecutivo a alocar recursos financei-ros do orçamento geral do Estadopara o funcionamento do instituto.

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Herácles Dantas Divulgação

Ainda é cedo para prever se vamos conseguir ou não trazer o anúncio da mudança de status de livre com

vacinação para o RN.

JÚNIOR TEIXEIRA

SECRETÁRIO DE AGRICULTURA

Dispensada licença ambiental para plantioirrigado de volumosos para alimentar o gadon Uma excelente notícia para os produtores ru-rais do Rio Grande do Norte!nA partir de agora os proprietários de terras quenecessitarem de recorrer à irrigação para garantircomida para o gado e, assim, poder salvar seus re-banhos durante as longas estiagens tão comunsno Nordeste, não mais precisam de licenciamen-to ambiental do Idema (Instituto de Desenvolvi-mento Sustentável e Meio Ambiente), como tam-bém ficam dispensados da concessão de outorgade água pela Secretaria Estadual de Recursos Hí-dricos. Bastará, para tanto, que façam a devidacomunicação de intenção a esses órgãos do Go-verno do Estado.n A retirada dessas quase intransponíveis barrei-ras burocráticas - que por muitos anos impediramque os agropecuaristas do RN pudessem estruturarmelhor suas fazendas para resistir aos efeitos da-nosos da seca - foi conseguida junto à governado-ra Rosalba Ciarlini pelo secretário estadual da Agri-cultura, da Pecuária e da Pesca, Júnior Teixeira.n Graças ao simples anúncio da dispensa da exi-gência de licença ambiental para o financiamen-to de projetos de irrigação de áreas agrícolas paraa produção de volumosos (que até agora foi feitoapenas através do Diário Oficial do Estado, edi-ção de sábado passado) já chegaram à carteira decrédito rural do Banco do Brasil, em Natal, somen-te esta semana, propostas de empréstimos que to-talizam mais de R$ 30 milhões, ou seja, mais deum terço do valor total dos financiamentos paraa agricultura e pecuária do RN concedidos peloBB durante todo o ano passado.

Cirne Júnior passa a integrar ConselhoConsultivo de Revendedores Petrobrasn Pela primeira vez o Rio Grande do Norte con-seguiu conquistar um assento no influente Con-selho Consultivo de Revendedores Petrobrás, en-tidade que representa em âmbito nacional os pro-prietários de postos de combustíveis vinculados à

bandeira da BR Distribuidora.n Formado por apenas oito membros, este Con-selho passa a contar agora com a participação doempresário Luiz da Costa Cirne Júnior, filho dosaudoso Luiz Cirne, fundador em Natal dos tra-dicionais Postos Cirne.nO mandato de Cirne Júnior terá duração de doisanos e foi conquistado através de eleição entre osrevendedores de combustíveis das quatro regiõesem que a Petrobrás divide o mercado brasileiro dederivados de petróleo: Sul, Sudeste, Centro-Oestee Norte/Nordeste.n Cada uma dessas regiões escolheu, no voto di-reto, dois representantes para o Conselho Consul-tivo de Revendedores Petrobrás, os quais têm vozativa junto à Diretoria da estatal do petróleo. Asreuniões periódicas do órgão acontecem na pró-pria sede da BR Distribuidora, no Rio de Janeiro.

Corretor natalense vence competição daRemax por recorde de vendas de imóveisn A rede internacional de franquia imobiliáriaRemax, considerada a maior do mundo em seu seg-mento, que possui 200 lojas espalhadas pelo Bra-sil (16 delas apenas no Rio Grande do Norte),promoveu no último fim de semana, em Salvador,a sua 2ª. Convenção Nacional, conseguindo reu-nir cerca de 500 participantes.nA franquia máster da Remax no RN e em maisquatro estados do Nordeste, comandada pelos em-presários Rui Cadete, Sérgio Fernandes e Manuel Al-varez, foi a que mais se destacou nacionalmente naconquista de medalhas e troféus durante o evento.nEm Natal, a franquia mais premiada foi a Remax/Habitare, que tem à frente os sócios Paulo Nunese Renato Bahia. Os dois receberam medalhas e tro-féus. Paulo ganhou um dos títulos mais impor-tantes: o de corretor com maior quantidade devendas do país nos últimos 12 meses, numa com-petição que envolveu cerca de 1,5 mil profissio-nais espalhados por dezenas de cidades brasilei-ras. Já Renato foi o maior captador de imóveis comexclusividade.

Natal: 3a hospedagemmais barata do Brasiln Surpreendentemente, um le-vantamento realizado pela Em-bratur (Instituto Brasileiro de Tu-rismo) aponta Natal atualmentecomo a terceira cidade do Bra-sil com os serviços de hospeda-gem mais baratos, em se tratan-do de viagens de lazer pelos prin-cipais destinos turísticos domundo.nAfonte da informação é a Pes-quisa Internacional de Preços daHotelaria (PPH), patrocinada nopaís periodicamente pelo órgãogovernamental, que aponta opreço médio de 123,71 dólares(ou seja, cerca de R$ 250,00)para a estadia de dois adultos porum período de sete dias nos ho-téis natalenses, desde que a re-serva seja feita com o mínimode 60 dias de antecedência.nNo levantamento foi conside-rado o preço mais baixo em cadaum dos 128 hotéis consultadosem cada cidade, excluídos mo-téis e albergues. Acoleta dos pre-

ços ocorreu entre dezembro de2012 e março de 2013.nAlém disso, a capital potiguaré a quinta cidade no mundo, den-tre as pesquisadas, com preçomais atrativo para hospedagem;e a mais barata dentre todas ascapitais do Nordeste brasileiro.n O presidente da AssociaçãoBrasileira da Indústria de Hotéis(Abih) no Rio Grande do Norte,Habib Chalita Júnior, diz que apesquisa da Embratur comprovaque os preços ofertados pela redehoteleira natalense são realmen-te competitivos. E a causa disso,explica, é porque "temos muitaoferta, pouca demanda e muitaociosidade".

Programa Mão Amigaapoia microempreendedornO Programa Mão Amiga, de-senvolvido pelo Governo do Es-tado através da Secretaria do De-senvolvimento Econômico e daAgência de Fomento do RioGrande do Norte (AGN), e ini-ciado há menos de dois meses,começa a mudar a vida de futu-ros microempreendedores.n Segundo relata o camelô na-talense João Batista Nunes deSouza, que ajudava há oito anosum irmão a vender relógios e an-tenas de TV numa rua do bairrocomercial do Alecrim, agora"graças ao empréstimo de R$ 1,5mil junto ao Programa MãoAmiga" está conseguindo traba-lhar por conta própria, pois pôdedispor de recursos para compraras mercadorias que oferece à

clientela.nO Programa Mão Amiga visafomentar a economia estadualnos seus elos mais frágeis, dandosuporte para que o trabalhadorautônomo informal possa se es-truturar como microempresárioe sair da informalidade.nDesde que foi lançado, em 12de abril, quase 1,5 mil pessoasforam mobilizadas, com agen-tes da AGN indo às comunida-des visitar potenciais beneficiá-rios do microcrédito. Dentrodeste esforço, 485 pessoas foramcapacitadas a fazer uso do em-préstimo, 354 tiveram seus ca-dastros realizados e e mais de150 tiveram os negócios efeti-vados, ou seja, já receberam oscheques do financiamento.n "Este número deve dobrar nopróximo mês. E dos financia-mentos já concedidos, 57 já com-pletaram 30 dias e tiveram a pri-meira parcela vencida. Todos ostomadores pagaram a prestaçãoem dia, fazendo jus ao benefíciodo desconto total dos juros", se-gundo informa o diretor-presi-dente da AGN, João AugustoCunha Melo.n Qualquer microempreende-dor, de qualquer ramo de negó-cio, desde que seja com o fimde gerar renda, pode ter acessoao Programa Mão Amiga. Os in-teressados podem ir à AGN(Avenida Hermes da Fonseca,1009) ou solicitar a visita de umagente de crédito na sua comu-nidade pelos telefones 3232-0824e 3232-0651.

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Nesta quinta-feira (30) é come-morado o dia de Corpus Christi, umadas datas religiosas mais importan-tes para a comunidade católica, queem todo o mundo celebra a Eucaris-tia, o sacramento do corpo e do san-gue de Jesus Cristo. O dia de Cor-pus Christi é feriado nacional noBrasil desde 1961, comemoradosempre na quinta-feira seguinte aodomingo da Santíssima Trindade.Na data são celebradas missas fes-tivas, onde as hóstias tornam-se con-sagradas, segundo a Igreja Católica,através da transubstanciação, queacontece no momento em que o sa-cerdote proclama as palavras "Istoé o meu corpo e isto é o meu san-gue", referentes ao pão e ao vinho,que se transformam no corpo e san-gue de Cristo.

De acordo com o vigário geralda Arquidiocese de Natal, padreEdilson Nobre, o dia de CorpusChristi é um momento de gratidãopela entrega de Jesus Cristo pela hu-manidade. "O dia de Corpus Chris-ti tem um grande significado paranós. É um momento muito impor-tante, pois o sacramento da Eucaris-tia traz à memória dos fiéis a últi-ma ceia de Jesus Cristo, antes depassar por todo sofrimento e ser sa-crificado por nós. É nessa data quemuitos passam a entender o verda-deiro significado do sacrifício e éum momento de agradecer", disse.

Além das missas, os católicostambém participam de procissões, poronde é conduzido o Santíssimo Sacra-mento, com a hóstia consagrada.Como tradição, alguns fiéis costu-mam tecer tapetes para ornamentar asruas por onde passa a procissão.

Em Natal, todas as paróquiasestarão com programações em ho-rários diversificados para celebraro dia de Corpus Christi. A Arqui-diocese também preparou uma pro-gramação especial, com a SantaMissa na Catedral Metropolitana,às 16h, e ao término, a procissãopartindo da avenida Deodoro daFonseca, no centro da cidade.

FUNCIONAMENTO DO COMÉRCIO

Durante este feriado do Dia deCorpus Christi, o horário de funcio-namento do comércio será diferen-ciado. As agências bancárias e amaioria das lojas do comércio de

rua do Alecrim, Centro e Zona Norte,estarão fechadas. Os grandes maga-zines como as Lojas Riachuelo,C&A e Americanas, funcionarãodas 8h às 16h.

No Shopping Midway Mall, apraça de alimentação funcionará das12h às 22h, e as lojas abrem das 15hàs 21h. No Natal Shopping, a praçade alimentação estará aberta das 11hàs 22h, enquanto as demais lojas equiosques, das 14h às 21h. O PraiaShopping segue o mesmo horáriodo anterior. No entanto, as lojasabrem às 15h.

O Shopping Cidade Jardim es-tará com a praça de alimentaçãoaberta a partir das 11h e as lojas equiosques, das 14h às 20h. No NorteShopping, o funcionamento da praçade alimentação será das 11h30 às22h, já as lojas funcionarão das 15hàs 21h. No Shopping Via Direta, ofuncionamento será de 12h às 22h,e das 14h às 20h, respectivamente.

As grandes redes de supermer-cados estarão abertas normalmen-te. O Parque das Dunas do Nataltambém funcionará normalmente,das 8h às 18 horas. Os transportesurbanos também sofrerão alterações.Durante todo o feriado, os ônibus es-tarão operando com a tarifa social,no valor de R$ 1,20. O Sistema deTrens Urbanos de Natal não funcio-nará, contudo estará disponível no-vamente na sexta-feira (31).

Em resposta à matéria veiculadana edição de ontem d'O Jornal deHoje ("Grevistas do Detran solici-tam apoio aos deputados estaduaispara intermediar negociação com Go-verno"), o diretor do DepartamentoEstadual de Trânsito do Rio Grandedo Norte, Willy Saldanha, entrou emcontato com a redação para contes-tar uma fala do funcionário IranSouza, assistente administrativo queconfirmou em números o que a re-portagem viu in loco sobre o atendi-mento ao público na autarquia, cujosfuncionários estão em greve desde oúltimo dia 13. Com guichês e birôsvazios, Iran disse que apenas 20%dos serviços estão mantidos. No setorem que ele está lotado, o de Atendi-mento Geral, era o único que forne-cia informações à população.

"Eu tenho as planilhas aqui e

posso lhe assegurar que é o contrá-rio do que ele [Iran] disse: estamoscom 80% dos funcionários trabalhan-do. Amaioria que está em greve é denovatos. Os antigos, como ele, estãotrabalhando normalmente. Greve éum direito de todo trabalhador, massó depois de exauridas as negocia-ções" - o comando de greve avisaque concursados estão recebendo sa-lários abaixo do publicado no editale que o Governo descumpre uma de-terminação judicial sobre o pagamen-to dos 70% restantes, referentes aoplano de cargos e salários. Segundoos grevistas, ofícios para secretários,solicitações de reunião com a Go-vernadora e promessas de soluçãoforam feitas desde o ano passado,após a efetivação dos novos funcio-nários (o concurso foi realizado em2010).

"Se fosse verdade que só tem20% trabalhando, não cumpriría-mos nem a porcentagem essencial[30%] como manda a lei. Há umequívoco nessa informação que eledeu. Muitos desistiram da grevequando souberam que a lei 424 [queconsolida as leis trabalhistas] sópode ser aplicada em concordân-cia com a Lei de Responsabilida-de Fiscal. O Estado não pode pagaro que eles querem, porque está nolimite prudencial. Esse movimen-to é feito por um sindicato [Sinai]que fala por dez empresas [da ad-ministração indireta]. Se der au-mento para o Detran, terá que darpara todos os outros. Não tem con-dições. Por isso, faço um apelo paraque o restante volte ao trabalho. Apopulação é a maior prejudicadacom a paralisação".

Quarta-feira8 O Jornal de HOJE Natal, 29 de maio de 2013 Cidade

C M Y K

> FERIADO NACIONAL

Paróquias de Natal preparamprogramação especial parao dia de Corpus Christi

Diretor contesta funcionário que falaem apenas 20% dos serviços mantidos

Parlamento Jovem escolhe representantesCom 71 estudantes, de 12 esco-

las da capital e do interior, na con-corrência por 24 vagas, o Parlamen-to Jovem elege, hoje, sua nova ban-cada para um ano de mandato naAssembleia Legislativa. Projeto dadeputada Márcia Maia, é uma formade aproximar a juventude do traba-lho desenvolvido por entes públi-cos, bem como fornecer uma expe-riência democrática e desenvolvero senso crítico. Só para matricula-dos no Ensino Médio, a votaçãoacontece nas sedes das próprias ins-tituições educacionais. Além da es-colha dos representantes, a agendaprevê um curso de capacitação(10/06), posse da mesa diretora(20/06) e a primeira sessão ordiná-ria (24/06).

Um das contempladas com apossibilidade de escolher dois alu-nos como jovens deputados, a Esco-la Estadual Walfredo Gurgel, emCandelária, teve quatro candidatos.A única adolescente é Joyce TalinePereira do Nascimento. Aos 16 anos,a aluna do 2º ano do turno vesper-tino foi pela manhã fazer 'boca deurna'. Sob influência de amigos eprofessores, ela acatou a sugestãode que daria uma boa parlamentarpor ser aplicada nos estudos e gos-tar de ler. "Quero aprender como é

a vida de um deputado. Sei que nãopodemos fazer muito, mas gostariade lutar por direitos dos alunos emelhorar a escola".

Moradora de Felipe Camarão,um dos bairros natalenses onde opoder público chega incompleto emvárias áreas, Joyce pretende desmi-

tificar a máxima popular de que todopolítico é desonesto. "Sei que nãosão todos. Tem muita gente que fazo bem aos outros. Eu diria que admi-ro muito o prefeito Carlos Eduardoe a presidente Dilma. Já a Governa-dora Rosalba, é mais ou menos", falaa menina que tem fama de participa-

tiva e voluntariosa para resolver pro-blemas com a coordenação da esco-la. A vaga do turno vespertino serádisputada com um colega da própriasala, o que atrapalha na 'campanha'."Se todos da minha sala iriam votarem mim, agora será só a metade".

Um dos incentivadores de Joyce

foi o vice-diretor do colégio, Val-mir Lopes. Na coadministração de1.240 estudantes, ele diz que a por-centagem na votação chegou aos60%. "Isso no turno da manhã [estaedição d'O Jornal de Hoje foi con-cluída antes da apuração]. Foi um ín-dice muito bom. Senti os alunos in-

teressados, perguntando como seriaa eleição e quem poderia participar.Talvez por timidez, a campanha nãofoi tão arrojada. Mas sempre temaquele que é naturalmente mais de-senvolto. Esses foram para o deba-te". Funcionários da Assembleia Le-gislativa fizeram um trabalho de ex-posição do Parlamento Jovem emfevereiro. "Isso traz um prestígiopara a escola e reconhecimento parao aluno que for escolhido".

Para a deputada Márcia Maia,idealizadora do Parlamento Jovem,a importância do projeto vai alémde mera publicidade solidária paraa instituição. "É essencial que ojovem conquiste uma consciênciacrítica e entenda parte do funcio-namento da cidade e do Estado. Elepoderá não só acompanhar o traba-lho parlamentar, mas inclusive ela-borar projetos de lei que podem seradequados constitucionalmente eaprovados pelos deputados [verda-deiros]. Os eleitos ganham o direi-to de discutir audiências públicas,analisar problemas junto com osdeputados. Fico muito feliz quandovejo que a procura foi maior nesseano, o que mostra que eles queremconhecer Poder Legislativo e en-tender a função e a importância deum parlamentar".

Aos 16 anos, Joyce pretende lutar pelos direitos dos alunos e melhorar a escola Márcia Maia diz que jovens podem elaborar projetos de lei que podem ser adequados

> DETRAN EM GREVE

‘“É nessa data

que muitos passam a entender o verdadeirosignificado do sacrifício

e é um momento deagradecer”

Wellington RochaHerácles Dantas

ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO DISPUTAM 24 VAGAS PARA BANCADA JOVEM DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO RN

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ROBERTO CAMPELLO

[email protected]

Nos últimos meses, a mesmacena tem se repetido ao final de cadamês no Pronto Socorro Infantil San-dra Celeste, com a sala de recepçãolotada de crianças à espera de aten-dimento. Diante da alta demanda,as crianças chegam a esperar emmédia quatro horas pelo atendimen-to. A superlotação do Sandra Celes-te é ocasionada pelos mesmos mo-tivos dos meses anteriores, quandoos Prontos Socorros Infantis dosHospitais Santa Catarina, Deoclé-cio Marques de Lucena suspendemo atendimento por falta de pedia-tras. Na manhã desta quarta-feira(29), apenas dois pediatras estavamde plantão, quando o recomendadoé, pelo menos, três por turno, e a re-cepção contava com cerca de 50crianças à espera de atendimento.Na tarde de hoje, asituação ficarámais complicadaainda, pois haveráapenas um médicode plantão.

A técnica deenfermagem KellyJane, conta que ogrande problemada superlotação é asobrecarga de tra-balho que recaisobre a equipe, quesegundo ela, já éreduzida. "Hojetrabalhamos comuma equipe insufi-ciente e sem estru-tura". Dos cincotécnicos de enferma-gem necessários paraatender a demanda daunidade, hoje apenasdois estavam de plan-tão. "Faltam funcioná-rios e os que têm estãoadoecendo, pois a de-manda aumenta e aquantidade de funcio-nários só diminui", de-sabafou a funcionária.

No livro de ocorrências, o fun-cionário descreveu o plantão do úl-timo dia 26 como "tumultuado". Noregistro, ele relata que o plantão re-cebeu pacientes de Parnamirim, SãoGonçalo do Amarante, Ceará-mirim,Macaíba, João Câmara e até mesmode Florânia, distante 205 quilôme-tros de Natal. No fim, o funcioná-rio desabafa. "Aja (sic) munheca,pulso, caneta, papel, paciência e osalário ó", fazendo referência ao pe-queno salário.

A gerente de enfermagemLúcia Santos conta que, depois do

dia 20 de cada mês, o número deatendimentos pediátricos no Pron-to Socorro Sandra Celeste triplica,chegando a quase 350 criançasatendidas por dia. "Depois do dia20 já sabemos que a situação ficacaótica, com a demanda acima danossa capacidade. Trabalhamos deforma exaustiva e ficamos exauri-dos. O grande problema, além dofechamento dos serviços, é que arede básica de saúde não funciona",destacou.

Lúcia Santos considera queseria necessário, pelo menos do-brar a quantidade de médicos e daequipe de enfermagem, para aten-der a demanda hoje existente."Cada paciente realiza uma médiade cinco procedimentos e são ape-nas dois técnicos para fazer tudoisso. Não temos braços para segu-rar essa situação. O caos está ins-talado e é necessário que resolvam

essa situação", de-sabafou a gerentede enfermagem doPronto SocorroSandra Celeste.

Além do proble-ma da superlotação,Lúcia Santos contaque o aparelho deraio-X está sem fun-cionar e o únicocarro social da uni-dade é responsávelpor fazer o serviçoburocrático do Pron-to Socorro, removeros pacientes emtransferência para oHospital Maria Alice

Fernandes, além delevar os pacientes parafazer o exame de raio-X no Hospital InfantilVarela Santiago.

O agente de saúdeFrancisco Délio traba-lha atualmente comomotorista do único carrosocial da unidade. Namanhã de hoje, ele já

estava em sua segunda viagem edesta, levava três mães com seus fi-lhos. Duas crianças iam ficar noHospital Varela Santiago para fazero exame de raio-X e uma criançaestava sendo transferida, de urgên-cia para o Hospital Maria Alice Fer-nandes, no Parque dos Coqueiros, nazona Norte de Natal. Francisco Délioconta que mês passado sofreu umacidente de carro com três pacien-tes dentro. "Todos nós estamos nosdoando e sacrificando para fazer acoisa acontecer, mas era necessáriouma ambulância para fazer essetransporte, pois esse carro social ser-vindo de ambulância é um risco para

todos", destacou.Diane Silva mora em Nossa

Senhora da Apresentação, na zonaNorte de Natal. Na manhã de hojeela procurou atendimento no Hos-pital Maria Alice Fernandes e noHospital Santa Catarina, mas nãoconseguiu atendimento para o filhoWeverton Cláudio, que há três diasestá com vômito e febre alta. Dian-te disso, ela conta que pegou doisônibus para chegar até o ProntoSocorro Sandra Celeste, que é lo-calizado em Lagoa Nova. "NoMaria Alice só atendem se as crian-

ças estiverem morrendo e no Hos-pital Santa Catarina está sem mé-dico. É uma vergonha e um desca-so horrível com a nossa saúde.Onde moro não existe posto desaúde e se precisar vou ter que medeslocar até aqui. Isso é horrível",destacou.

A dona de casa Analice Cam-pos mora no bairro de Dix-SeptRosado e procurou atendimento namanhã de hoje na unidade, pois afilha, Ester Campos, está com sin-tomas de gripe há dois dias. Elaconta que encontrar a unidade lo-

tada já é comum, tanto que paraconsultas eletivas ela prefere ir parao atendimento particular. "É umdescaso terrível. Eu tenho carro eposso vir para cá, mas a maioria daspessoas tem que fazer uma verda-deira peregrinação para poder seratendida. Precisamos torcer paraque os nossos filhos não adoeçam".

Elisandra Xavier Roberto morano município de Macau e na ma-drugada desta quarta-feira, procu-rou atendimento por volta das 3h,pois o filho dela, Joaquim Bení-cio, que nasceu no último dia 20 de

maio, estava com refluxo. O recém-nascido está em observação clíni-ca em um ambiente com outrascrianças, com patologias diversas."Fico com medo de meu filho pio-rar ou pegar uma infecção, poisestá em contato com as criançasmaiores. É uma vergonha eu terque vir para cá, pois o meu muni-cípio é rico e não tem atendimen-to para o meu filho que é recém-nascido. Espero que possa voltarpara casa e cuidar dos meus filhos,com a ajuda da minha família",disse a mãe.

Quarta-feira O Jornal de HOJE 9Natal, 29 de maio de 2013

Cidade

Com atendimento pediátrico dos hospitais Santa Catarina e Deoclécio Marques suspensos, dois pediatras se revezavam para atender cerca de 50 crianças esta manhã. Carro social levava três mães com os filhos para serem atendidos no Varela Santiago e Maria Alice

Superlotação no Pronto Socorro Sandra Celeste:mais de 300 crianças são atendidas por diaCRIANÇAS, EM ESTADO DE URGÊNCIA, CONTINUAM SENDO TRANSPORTADAS EM CARRO SOCIAL PARA FAZER EXAME DE RAIO-X

‘“É uma vergonha eu

ter que vir para cá,

pois o meu município

[Macau] é rico e não

tem atendimento para

o meu filho que é

recém-nascido”

Fotos: Canindé Santos

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Quarta-feira10 O Jornal de HOJE Natal, 29 de maio de 2013 Cidade

Dois soldados da Polícia Mili-tar, lotados no Batalhão de Opera-ções Especiais de Polícia (Bope) e4º Batalhão, foram atacados a tirosontem à noite, na Região Metropo-litana de Natal. O primeiro foi du-rante uma tentativa de assalto, co-metido por três ladrões armados comum revólver calibre 32, em São Gon-çalo do Amarante. Já o segundo caso

ocorreu no loteamento José Sarney,quando procurava os bandidos queroubaram sua motocicleta, horasantes. Atingido no pulso, ele foi so-corrido para o Hospital WalfredoGurgel e não corre risco de morte.

Segundo o comandante do 4ºBatalhão da Polícia Militar, majorManoel Kennedy, os dois casos serãoapurados pela Polícia Civil, com o

acompanhamento da PM, já que oscrimes tiveram como vítimas doissoldados. No entanto, apenas dois la-drões, dos três que abordaram o po-licial do Bope, foram presos. Os ou-tros continuam sendo procurados.

Ele disse que o ataque contra osoldado do 4º BPM aconteceu porvolta das 23h de ontem e que a ví-tima não estava em serviço. Ele disse

que o militar, identificado apenascomo Cezane, pediu ajuda a outropolicial, com quem saiu para procu-rar a motocicleta. No entanto, quan-do ambos chegavam à Rua São Se-bastião, no José Sarney, eles foramsurpreendidos por dois desconheci-dos, que abriram fogo contra o veí-culo em que ambos estavam, umFiat Palio de placas MYC-6992/RN.

O soldado foi atingido por umdisparo no pulso, já seu amigo con-seguiu sair ileso. Enquanto isso, osladrões fugiram. Cezane foi socor-rido para o Walfredo Gurgel e passabem, sem risco de morte. Já o sol-dado do Bope foi atacado por trêshomens armados quando caminha-va no bairro de Santo Antônio dosBarreiros, em São Gonçalo. O po-

licial reagiu ao assalto e passou a tro-car tiros com os bandidos, que fu-giram. Avítima comunicou o fato aoCiosp, que enviou uma guarniçãopara a área. Minutos depois, o sol-dado conseguiu surpreender os sus-peitos no mesmo bairro, onde pren-deu dois deles. O terceiro ladrãoconseguiu fugir e está sendo procu-rado pela Polícia Militar.

> REAÇÃO DA BANDIDAGEM

Policiais militares são atacados por ladrões e um deles acaba baleado

A Secretaria de Estado da Jus-tiça e da Cidadania (Sejuc) e a Po-lícia Militar abriram sindicânciapara investigar a saída ilegal de umdetento da Penitenciária Estadualde Alcaçuz, em Nísia Floresta, noúltimo domingo, facilitada por umpolicial militar que trabalha na uni-dade. Ele retornou no final do dia,mas apresentava sinais de embria-guez. O fato foi descoberto pela di-reção, que comunicou-o a Vara dasExecuções Penais de Natal.

Segundo a diretora de Alcaçuz,Dinorá Simas, o preso Fábio Júniortrabalha como eletricista na unidadee, por isso, o policial militar acusadoresolveu tirá-lo da penitenciária paraque ele executasse alguns serviçosem sua residência. No final do dia, opreso retornou sozinho e, quando pas-sou pelos agentes penitenciários, estesnotaram que ele estava alcoolizado.

O caso foi comunicado à dire-ção, que enviou Fábio Júnior paraexame no Instituto Técnico Cientí-fico de Polícia do Rio Grande doNorte (Itep/RN), e enviou relatóriopara o juiz Henrique Baltazar, paraa Coordenadoria de AdministraçãoPenitenciária (Coape) e para a Cor-regedoria da Polícia Militar. Os doisenvolvidos responderão a inquéritoadministrativo e penal.

"Certamente, ele será punido ad-ministrativamente e passará 30 diassem poder receber visita e sembanho de sol, além de responder pe-nalmente, de acordo com a penali-dade a ser imposta pela Vara dasExecuções Penais. Já com relação ao

policial militar, comunicamos o fatoà Corregedoria da corporação, queabriu sindicância para investigar odesvio de conduta", explicou.

Ela disse ainda que o caso trou-xe dor de cabeça para todos queatuam na unidade prisional, princi-palmente pelo fato do policial mili-tar ter dito que tinha autorização dadireção para a saída do preso.

INVESTIGAÇÃO DO CASOO coordenador de Administração

Penitenciária, major Castelo Branco,disse que assim que tomou conheci-mento do fato, determinou a aberturade sindicância interna para investigar

a falta disciplinar cometida pelo presoFábio Júnior. "Ele cometeu uma faltagrave e, se for penalizado, irá para iso-lamento, onde passará 30 dias sem vi-sita e sem banho de sol", afirmou.

Com relação ao policial militar,Castelo Branco disse que foi en-viado um relatório sobre o casopara a Corregedoria da corporaçãoe deverá responder a processos ad-ministrativo e penal, já que não po-deria, sob hipótese alguma, facili-tar a saída de um preso da peniten-ciária, o que é caracterizado comodesvio de conduta.

O major disse ainda que o poli-cial alegou ter recebido autorização

do vice-diretor de Alcaçuz, Cleib-son Câmara, para sair com o preso.No entanto, Cleibson negou ter sidoconsultado e disse que não sabia dofato, até ser comunicado pelos agen-tes. Apesar disso, ele também seráconvocado pela Coape para prestaresclarecimentos.

"Vamos apurar tudo, todos os de-talhes. E,quando ao vice-diretor,já so-licitei a presença dele aqui, para con-versarmos. Além disso, enviei pedi-do de sindicância à Comissão Espe-cial de Procedimentos Administrati-vos da Sejuc, para investigar a su-posta autorização dele ao policial",afirmou o major Castelo Branco.

> CASA DA MÃE JOANA

Policial da guarda externa de Alcaçuz facilitasaída, e preso volta embriagado para prisão

Um crime brutal e a condutabizarra do assassino assustaram osmoradores do bairro Novo Hori-zonte, em Goianinha, e até os po-liciais civis que prenderam o acu-sado, poucas horas depois do homi-cídio, ocorrido ontem à noite. Apósdesferir vários golpes de faca-pei-xeira na vítima, o agressor lambeuo sangue que estava na arma, nafrente de diversas testemunhas queassistiram à cena, horrorizadas.

Segundo o delegado de Goia-ninha, Wellington Guedes, a friezae crueldade de Francisco Duartedos Santos, de 18 anos, surpreen-deu até os policiais experientes, atépor ter sido cometido em frente àcasa do próprio acusado, que é co-nhecido ainda pelo apelido de"Kiko". Para ele, o motivo do crimepode estar relacionado às dívidasgeradas pelo tráfico de drogas noNovo Horizonte.

"O crime ocorreu em frente acasa do acusado chocou a todos de-vido o grau de crueldade e frieza doacusado, que desferiu diversos gol-pes de faca na vítima e só parouquando pensou que seu desafetoestava morto. A vítima ainda foiconduzida em estado grave ao Hos-pital Municipal de Goianinha, noentanto, não resistiu aos ferimentose morreu", explicou o delegado.

Além de chocar a população aolamber a faca-peixeira usada no ho-micídio, o acusado não fugiu dolocal do crime e entrou em sua re-

sidência, onde foi detido horas de-pois pelos policiais civis. Aterrori-zados, as testemunhas comunica-ram o fato à polícia, que após iso-lar a área onde o corpo estava, deuinício às diligências para tentaridentificar o acusado.

Muitas pessoas, com medo derepresálias por parte do assassinodisseram não saber o paradeirodele, mas, horas depois, os poli-ciais descobriram que "Kiko" es-tava dentro de casa e, após mon-tar um cerco ao imóvel, o prende-ram. "O autor do crime foi identi-ficado e preso ainda em poder daarma do crime. Esta de parabénstoda a equipe que poucas horasapós o homicídio, desvendou eprendeu o acusado" afirmou.

> MUNDO CÃO

ALESSANDRA BERNARDO

REPÓRTER

A Polícia Civil prendeu 14 pes-soas e apreendeu um adolescente de16 anos, todos acusados de abaste-cer o tráfico de drogas nos muni-cípios de Pau dos Ferros e DoutorSeveriano, no Oeste Potiguar, du-rante a operação "Elefante Bran-co", realizada na manhã de hoje.Com eles, foram apreendidas quan-tidades não divulgadas de crack,cocaína e maconha, diversos apa-relhos celulares, duas motocicletase dinheiro.

De acordo com informações daDelegacia Geral da Polícia Civil(Degepol), foram cumpridos 22mandados de busca e apreensão e12 de prisão, além de duas deten-

ções em flagrante delito, por portede entorpecentes. O objetivo daação foi combater o comércio va-rejista de drogas nos dois municí-pios, situados próximos à divisacom o Estado do Ceará, na chama-da "tromba do elefante".

Os acusados já estavam sendoinvestigados desde o final do anopassado, pelo delegado Inácio Ro-drigues, titular da 4º Delegacia Re-gional da Polícia Civil, em Pau dosFerros. Nesta época, começaram asurgir as primeiras denúncias decompra e venda de drogas na re-gião, quando os detidos foram apon-tados como os responsáveis peloabastecimento do tráfico na cidade.

Foram presos: Ednaldo de AssisBrito, 23 anos; Edson Alves Brito;Edson Damião Nogueira Diniz da

Silva, 22; Francisco Cássio deSouza, 24; Francisco Tiago da Silva,28; Frank Mateus Avelino Costa,21 anos; José Jacinto Martins deOliveira, de 45; Luana Vanessa Me-deiros de Oliveira, 19; MarceloCoutinho Silva; "Marcelo de Zita";Maria Ivoneide de Oliveira, 38; Sa-mário Maurício de Souza, 22; Vi-nícius de Andrade, 22; além do ado-lescente de 16 anos.

Participaram da operação 16delegados e cem agentes, cedidospor delegacias de Natal, Mossoróe Apodi, além do apoio da Secre-taria de Estado da Segurança Públi-ca (Sesed), que emprestou o heli-cóptero Potiguar 1 para a ação, ini-ciada nas primeiras horas de hojee encerrada por volta das 11h damanhã.

Polícia Civil prende 14 pessoas por tráfico dedrogas em Pau dos Ferros e Doutor SeverianoUM ADOLESCENTE DE 16 ANOS DE IDADE TAMBÉM FOI

APREENDIDO DURANTE OPERAÇÃO “ELEFANTE BRANCO”

Policial diz ter recebido autorização da diretoria de Alcaçuz para sair com o preso, que acabou voltando bêbado para a prisão

José Aldenir

Francisco Duarte dos Santos, o Kiko

Cedida/Degepol

Cedida/Degepol

Participaram da operação “Elefante Branco” desde as primeiras horas de hoje, 16 delegados e 100 agentes da Polícia Civil

Homem de 18 anos matadesafeto e lambe a facacom sangue da vítima

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Quarta-feira O Jornal de HOJE 11O Jornal de HOJE11Natal, 29 de maio de 2013CidadeCidade

EVARISTOAtravés da sua conta no Twitter, o ex jogador e

técnico de futebol Evaristo de Macedo postou umagradecimento ao artigo publicado aqui ontem sobreos 23 craques brasileiros que já jogaram no Barcelo-na, e que serão 24 com a chegada de Neymar.

EVARISTO IIAnexando na mensagem uma fotografia com dois

troféus do reconhecimento do Barcelona por seu fu-tebol, Evaristo de Macedo publicou na timeline:"Valeu, Alex. Restabelecida a história. Abraços". Eletambém foi ídolo no arquirrival Real Madrid.

GUERRA INTERNADizem que em governo fraco até o segundo esca-

lão dá as cartas. A governadora Rosalba precisa inter-ferir no duelo interno entre a Secretaria de Turismo ea Emproturn, fato já evidente e comentado no merca-do. Já há vazamento de políticas e programas da pasta.

MÁ FÉNão pegou bem o comentário equivocado do de-

putado Fernando Mineiro (PT) no Twitter de que ogoverno Carlos Eduardo Alves (PDT) renovou um con-trato de R$ 35 milhões para propaganda, quando naverdade a verba publicitária é de R$ 7 milhões.

MÁ FÉ IIAs postagens de Mineiro levaram alguns bloguei-

ros a darem crédito e estes publicaram o volume deR$ 35 milhões, coisa que jamais se viu nem nos gran-des estados do Nordeste, como Bahia ou Pernambu-co. O petista multiplicou R$ 7 mi por 7 agências.

SEGUNDO TURNONas antesalas da Governadoria já se fala na apos-

ta de Rosalba para que a oposição saia com dois can-

didatos em 2014, Robinson Faria (PSD) e Wilma deFaria (PSB). É a chance de ir ao segundo turno e ten-tar o que agora parece impossível: a reeleição.

GARIBALDIEm não sendo candidato, o mais provável, o mi-

nistro Garibaldi Filho poderá conduzir o PMDB empeso na reeleição de Rosalba Ciarlini e com, quemsabe, seu filho Walter Alves na vice e já pré candi-dato a governador em 2018 com Rosalba ao Senado.

SENADOPor enquanto, apenas a deputada Fátima Bezerra

(PT) está posta como candidata à única vaga para oSenado em 2014. Mas, não se enganem, haverá nomescom condições iguais de disputa. O jogo pra valer sócomeça depois do carnaval do ano vindouro.

FUTEBOLPor unanimidade, a bancada do programa Linha

de Passe, resenha da segunda-feira na ESPN Brasil,declarou que os estádios de Natal, Manaus e Cuiabáestão fadados à condição de "elefantes brancos" apósa Copa do Mundo, por falta de glamour local.

CRUIJFF INSISTEO maior craque do futebol holandês e segundo da

história depois de Pelé, conforme ranking daFIFA/IFFHS, continua dando declarações críticas àcontratação de Neymar pelo Barcelona e condenan-do o sistema de trabalho do técnico Tito Vilanova.

MOSSORÓÉ no mínimo irônico, para não dizer ridículo, a

condição periclitante do estádio Nogueirão, na cida-de oestana, totalmente sem capacidade de receberjogos. E o fato ocorre quando Mossoró tem o timecampeão do ano e uma governadora nativa.

A lei que a Câmara Muni-cipal de Natal ameaça aprovar,a partir de um projeto do ve-reador Luiz Almir (PV), e quepode enviar para sanção doprefeito Carlos Eduardo nospróximos dias, está eivada deequívocos de interpretação doprocesso cultural.

Por maior que seja a boavontade do edil, que sabemosé um cantor popular e incen-tivador dos talentos locais, aproposta que ele tenta transfor-mar em lei é mais uma entretantas ideias esdrúxulas quealimentam o vício das reser-vas de mercados reaças.

Confunde-se a zil anos emNatal (inclusive no jornalis-mo) atividade cultural com ne-gócios de entretenimento, mis-turando-se empreendimentosda iniciativa privada com osparcos programas de uma po-lítica de cultura e lazer que ja-mais funcionou na cidade.

A Câmara de Vereadoresnão deve e nem pode aprovar a tal lei, que já nascena placenta da inconstitucionalidade como uma aber-ração jurídica e um atentado político aos negóciosprivados de quem trabalha com produção artísticanum mercado tão árido.

É a tal interpretação equivocada do que é cul-tura e do que é evento que sempre impõe prejuízosmateriais e ofício de serviço público ao que é da es-fera privada. Trata-se shows musicais, peças de tea-tro, filmes e futebol como se fossem concessões pú-blicas.

Não tem o menor cabimento – até por não haversustentação jurídica – obrigar um artista consagra-do nacionalmente ou internacionalmente a inserir noseu show um cantor ou músico do lugar em que vaise apresentar. Nem no comunismo houve isso.

E nem é isso que o chamado artista local está que-rendo ou precisando, como se seu talento tivesse quese impor por força de regulamentos autoritários. Sualuta não é ser coadjuvante de quem já ganhou mer-cado, mas abrir caminhos com sua própria obra.

Quando é que o poder público vai parar de in-terferir nos negócios privados do setor de entreteni-mento? Por que obrigar os cinemas a veicularemmensagens governamentais quando há zilhões deTVs e rádios (todas concessões públicas) para fazerisso por lei?

Sugiro aos vereadores que comungam do pro-jeto do colega Luiz Almir (e a ele diretamente, aquiem público) que façam urgente a adaptação da leideterminando que as rádios de Natal toquem umpercentual da produção local; elas têm obrigaçãocívica.

Não condenem os empreendedores e produtoresde shows e similares à redução dos seus borderôs comuma obrigação que não lhes cabe, remetam às em-presas de concessão pública. Discursem no plenárioda Câmara, "mais potiguares, menos baianos".

Por que tem que ser nos cinemas a veiculação gra-tuita das campanhas de vacinação ou de combate àsdrogas? Por que não nas rádios e TVs, ou até mesmonas empresas de viação terrestre e aérea? Chega deinterferir nos negócios da iniciativa privada.

Mais respeito aos artistas da terra, que não que-rem a piedade da lei, mas o reconhecimento do mer-cado através da exibição do seu talento nas empre-sas de radiodifusão concedidas pelo poder públicoaos seus administradores hiperprivados.

A Câmara Municipal de Natal não pode, nemdeve, aprovar essa malfadada lei que não passa deuma hemoptise de equívocos conceituais. É desres-peitosa com o nosso artista, é invasiva com o artis-ta consagrado e é de total afronta à Constituição doBrasil. (AM)

Alex [email protected]

Uma proposta indecenteUma proposta indecente

TransferênciasO jogador russo Arshavin (Arsenal) será o

jogador mais caro do mundo no Arzebaijão,recebendo � 24 milhões por ano. O galês

Gareth Bale (Tottenham) pode ser compradopor � 90 milhões pelo Real Madrid, que

venderá Higuain à Juventus. O Mônaco estátorrando quase � 200 milhões com os

colombianos Falcao Garcia e JamesRodriguez, os portugueses Nani e Moutinho eo goleiro espanhol Victor Valdés. A Roma fazoferta por Leandro Damião ao Internacional e

o Real e Barcelona disputam o artilheiroWayne Rooney nos bastidores.

“”

Danilo Sá[email protected] / [email protected]

DILMA, A MÃE DOS CLEPTOCRATAS PERDÃO INCOERENTENo início desta semana, este co-

lunista publicou artigo sobre o “per-dão incoerente” brasileiro para a dí-vida milionária contraída pelos paí-ses africanos. Hoje, o leitor está sendobrindado com o brilhante texto dojornalista Elio Gaspari, que dispen-sa apresentações. Este foi publicadooriginalmente na Folha de São Pauloque circula desde a manhã de hoje.

LIDERADO PELO FILHOO senador Garibaldi Alves

(PMDB), pai do ministro GaribaldiFilho (PMDB), concedeu uma longaentrevista ao portal da revista Veja.O material, motivado pelos 90 anosdo parlamentar mais velho do Con-gresso, foi publicado ontem. Na en-trevista, o nonagenário, ao contráriodo que andou dizendo a imprensapotiguar, afasta qualquer possibili-dade de desentendimento com o her-deiro. “O meu filho é o meu líderpolítico. Ele decide. Eu não tenhomais nenhuma interferência.”

LEMBRANÇA TRÁGICAEm tempo, Garibaldi pai relem-

bra um fato curioso na entrevistapublicada pela Veja. O parlamentarrelembra o dia em que foi baleadopor um adversário político quandoera deputado estadual. O peemede-bista ficou hospitalizado. O tiro foidisparado por Ângelo Varela, den-tro da Assembleia Legislativa, noano de 1960. Por fim, apesar da dis-cordância dos médicos, diz que suafalta de equilíbrio nas pernas se deveao “estrago” feito pela bala.

SUPLENTE POR FAVOROutro ponto curioso da entre-

vista é a explicação dada por Gari-baldi para justificar porque aceitouser suplente da então candidata aoSenado, Rosalba Ciarlini. O peeme-debista conta que a atual governa-dora disse que precisaria de um favordele, que seria ser seu suplente.Como resposta, disse apenas: “Poisnão, com o maior prazer”. Acabouganhando quatro anos de mandato.

ACERTOS GEOMÉTRICOSA Secretaria Municipal de Mo-

bilidade Urbana (Semob) firmoucontrato com a empresa KizoConstrução e Serviços Ltda, paraa execução de obras visando a me-lhoria da infraestrutura de trânsi-to através de acertos geométricos.O projeto é voltado para "a elimi-nação de pontos críticos em viaspúblicas". Pelo serviço, a contra-tada receberá a bolada de R$ 758mil. O contrato tem duração deum ano.

AINDA NO ESCUROA Secretaria Municipal de Ser-

viços Urbanos (Semsur) esclareceque a situação da iluminação pú-blica no bairro do Planalto, quesofre com vários postes de luz apa-gados em diversas vias, só será re-solvida após a conclusão da licita-ção para a escolha da empresa queficará responsável pelo serviço. Oproblema, que também se repeteem outros bairros da capital, pre-cisará esperar mais um pouco parater uma solução definitiva.

CONTAS ABERTASDos 120 órgãos do Poder Judiciá-rio, 95 já divulgaram as remunera-ções de seus magistrados, servido-res e colaboradores. O número equi-vale a 79% do total de tribunais su-periores, federais, eleitorais, do tra-balho e militares. O levantamento,realizado pelo Conselho Nacionalde Justiça (CNJ), revelou, no entan-to, que em 18% dos órgãos a divul-gação está atrasada. O CNJ, segun-do o site Contas Abertas, está de-cidido a cobrar a divulgação dossalários.

OUTRO PIBINHOPelo visto, a gestão Dilma

Rousseff vai ter mais dor de cabe-ça do que imaginava no setor eco-nômico. Hoje, o IBGE anunciou opífio crescimento de 0,6% do PIBbrasileiro no primeiro trimestre de2013. Os dados vieram abaixo docrescimento esperado pelo merca-do. Nos últimos meses, o governonão tem feito previsões sobre osindicadores econômicos para evi-tar críticas. Ainda bem.

Gira MundoAauditoria KPMG des-

cobriu diferenças de avalia-ção de valores que superes-timaram o patrimônio da em-presa Via Varejo em R$ 230milhões. Amaior parte dessevalor é uma diferença naavaliação da Casas Bahia edo Ponto Frio, empresas que se juntaram em 2010 para formar a ViaVarejo. A notícia foi divulgada hoje pela Folha de São Paulo. O jornalapurou que R$ 170 milhões são resultado de uma diferença na avalia-ção dos ativos da Casas Bahia e da fabricante de móveis Bartira. NoPonto Frio, a diferença patrimonial foi inicialmente de R$ 35 milhões.Mas a Folha apurou que esse número pode chegar a R$ 60 milhões.Além desses valores, a KMPG apontou novas inconsistências, issosignifica que o valor pode extrapolar os R$ 230 milhões.

Megafone

“Enfrentei duas máquinaspoderosas para alcançar uma vitória a todo custo.

Nunca se viu em Mossoró ouso escancarado e desavego-

nhado do dinheiro público”

LARISSA ROSADO

DEPUTADA ESTADUAL CONDENADA PELA JUSTIÇA,DEFENDENDO QUE A PUNIÇÃO DEVERIA SER

APLICADA A SUA EX-ADVERSÁRIA, CLAUDIA REGINA,ATUAL PREFEITA DE MOSSORÓ

Divulgação

José Aldenir

Elio Gaspari - JornalistaCom a prodigalidade de uma imperatriz, a doutora Dilma anunciou

em Adis Abeba que perdoou as dívidas de doze países africanos com oBrasil. Coisa de US$ 900 milhões. O Congo-Brazzaville ficará livre deum espeto de US$ 352 milhões.

Quem lê a palavra "perdão" associada a um país africano pode pensarnum gesto altruísta, em proveito de crianças como Denis, que nasceu napobre província de Oyo, num país assolado por conflitos durante os quaisquatro presidentes foram depostos e um assassinado, cuja taxa de matrí-culas de crianças declinou de 79% em 1991 para 44% em 2005. No CongoBrazzaville 70% da população vivem com menos de US$ 1 por dia.

Lenda. Denis Sassou Nguesso nasceu na pobre província de Oyo, masse deu bem na vida. Foi militar, socialista e estatizante. Esteve no poderde 1979 a 1992, voltou em 1997 e lá permanece, como um autocrata bi-lionário privatista. Tem 16 imóveis em Paris, filhos riquíssimos e seupaís está entre os mais corruptos do mundo.

Em tese, o perdão da doutora destina-se a alavancar interesses em-presariais brasileiros. Todas as dívidas caloteadas envolveram créditos debancos oficiais concedidos exatamente com esse argumento. As relaçõespromíscuas do Planalto com a banca pública, exportadores e empreitei-ras têm uma história de fracassos.

O namoro com Saddam Hussein custou as pernas à Mendes Junior eo campo de Majnoon à Petrobras. Em 2010 o soba da Guiné Equatorial,visitado por Lula durante seu mandarinato, negociava a compra de um trí-plex de dois mil metros quadrados na Avenida Vieira Souto. Coisa de US$10 milhões. Do tamanho de Alagoas, essa Guiné tem a maior renda percapita da África e um dos piores índices de desenvolvimento do mundo.

Em 2007, quando a doutora Dilma era chefe da Casa Civil, o gover-no anunciou o perdão de uma dívida de US$ 932 milhões. Se o anúnciode Adis Abeba foi verdadeiro, em seis anos a Viúva morreu em US$ 1,8bilhão. Se foi marquetagem, bobo é quem acredita nele.

As empreiteiras nacionais têm obras em Angola e na Líbia. Lá, tive-ram uma dor de cabeça quando uma revolta derrubou e matou MuamarKadafi, um "amigo, irmão e líder", segundo Lula. Acolitado por empre-sários, seu filho expôs em São Paulo uma dezena de quadros medonhos.

Em Luanda os negócios vão bem, obrigado, e a filha do presidenteJosé Eduardo Santos é hoje a mulher mais rica da África, com um cofri-nho de US$ 2 bilhões. Ela tem 39 anos e ele está no poder há 33.

Se o Brasil não fizer negócios com os sobas, os chineses farão, assimcomo os americanos e europeus os fizeram. A caixinha de Kadafi parauniversidades inglesas e americanas, assim como para a campanha do pre-sidente francês Nicolas Sarkozy, está aí para provar isso. Contudo, aospoucos a comunidade internacional procura estabelecer um padrão demoralidade nos negócios com regimes ditatoriais corruptos.

A doutora diz que "o engajamento com a África tem um sentido es-tratégico". Antes tivesse. O que há é oportunismo, do mesmo tipo que li-gava o Brasil ao colonialismo português ou aos delírios de Saddam Hus-sein e do "irmão" líbio. (Publicado na Folha de SP - 29/05/2013)

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Quarta-feira12 O Jornal de HOJE Natal, 29 de maio de 2013 Cidade

Daniela Freire II

I

POLÍTICA E SOCIAL - [email protected]

w ELA CONSEGUE?É... a vida política não está mesmofácil para Rosalba Ciarlini (e seumarido Carlos Augusto Rosado)quando o assunto é se manter nopoder.

>>>Nem mesmo os aliados, com exce-ção de um ou outro, acreditam nessapossibilidade.

>>>Embora seja do DEM, mesmo par-tido do Governo, o deputado esta-dual Leonardo Nogueira, por exem-plo, está no time dos que duvidamque o 'casal' consiga a reeleição anoque vem.

w RECLAMAÇÕES-DEMOEm entrevista concedida ontem aoJornal Verdade (Sim TV), ele afir-mou: "Vou traduzir o que estou ou-vindo nas minhas bases: existe umsentimento de que tudo está muitodifícil para uma reeleição da gover-nadora Rosalba. O trabalho e o pla-nejamento que ela pensou em fazervêm encontrando muitas dificulda-des. Tudo aquilo que ela prometeufazer, por exemplo, nas cidades ondeeu tenho base, não pôde ser feito".

w INSISTENTENo entanto, Nogueira acredita quea Rosa será teimosa e arriscará dis-putar o pleito.

>>>"Ainda acho que a governadora deveser candidata à reeleição. Ela foiuma grande prefeita, uma excelen-te senadora, tem carisma, aceita-ção", disse ele.

Herdeiro das farmácias Santa Fé, Rafael Dantasrecebendo o famoso lutador de MMA brasileiro Lyoto Machida

para tarde de autógrafos

Bobflash

O empresário potiguar Thadeu Oliveira expande os negócios e inau-gurou loja exclusiva Samsung em São Luís do Maranhão. Festa de

lançamento com direito a presença do global Rodrigo Hilbert

Cedida

Renato Teles, Paola Ferreira e Rachel Fonseca marcando presençana Convenção Toli Verão 2014

Bobflash

w COMO TEM QUE SERNo TJ, não há pressa, mas preocu-pação em garantir que a nova ses-são siga as regras definidas peloCNJ.

w PARA FOTOGRAFIASConfirmada a vinda da presidentaDilma Rousseff ao RN na próximasegunda-feira, 03 de junho.

>>>Vem para entregar retroescavadeirase motoniveladoras (240 máquinasno total) no aeroporto de São Gon-çalo do Amarante, onde deverá de-sembarcar as 9h.

>>>Há previsão de que a petista-morfaça visita à governadora RosalbaCiarlini, que diz que vota nela, noCentro Administrativo às 11h. Tra-jeto que será feito de helicóptero.

w EXPRESSOFalando novamente no TJRN...

>>>Programa criado com o objetivo deagilizar julgamentos de processosacumulados nas comarcas sem juiztitular, o Expresso Judiciário temtido reconhecimento nacional. Re-vistas jurídicas, sites - inclusive doSTF e do CNJ - já deram destaqueao programa, capitaneado pelo juizauxiliar da presidência do TJ, FábioFilgueira.

w INICIATIVA QUE MERECE APLAUSOSO diferencial do Expresso Judiciá-rio, em relação aos demais mutirõesde tribunais Brasil afora, é que oprojeto realiza um trabalho de ges-tão nas comarcas.

>>>Servidores vão na frente, em umgrupo coordenado pelas juízas Ticia-na Nobre e Virgínia Rego, e fazemum diagnóstico prévio do funciona-mento, preparando a comarca paraas ações emergenciais. Depois, segueo grupo de juízes coordenado tam-bém pelos magistrados Érika Tino-co e João Pordeus, que executa assentenças e audiências.

>>>Neste segundo semestre, o Expres-so Judiciário vai atuar nas comarcasde Pendências, Caraúbas, Nísia Flo-resta e Alexandria. Agora, já atuasimultaneamente em Parelhas, SãoMiguel, Touros, Apodi e Extremoz.

w PREMIADODurante a convenção anual da RedeBest Western para a América Lati-na, realizada no último sábado, dia25, em Bogotá, O Hotel Majestic,controlado pelo empresário AbdonGosson e integrante da Rede BestWestern, ganhou o prêmio "Best OfThe Best 2012", se destacando como"o melhor dos melhores" hotel darede na América Latina.

>>>"Com apenas um ano de inaugura-ção já levamos o maior prêmio darede. Para nós, motivo de orgulhoe a certeza de que a responsabili-dade aumenta a cada dia", anali-sou Gosson.

w ARTE NA PRAÇAAFeira de Artes de Petrópolis chegaa sua terceira edição, com a temá-tica 'O são João começa na Praça'.O evento, realizado pela Organiza-ção Potiguar para o Desenvolvi-mento Sustentável (OPDS), comprodução do jornalista de ToinhoSilveira, acontece sempre no últi-mo fim de semana do mês, na Praçadas Flores, expondo o trabalho deartistas plásticos, artesãos, antiquá-rios e produtores de flores e plan-tas ornamentais.

>>>Este mês, o evento começa já nestasexta (31) e segue até o sábado (1),das 10h às 20h.

Aniversariante Cristine Cunha Lima Rosado recebendo abraço da amiga Érika Nesi

Cedida

w OPINIÃO DO LEITOR...Um atento leitor, que prefere nãoser identificado, enviou email àcoluna, comentando sobre fotopublicada na edição de ontemdeste espaço:

"Cara Daniela,Leio diariamente sua coluna pelasinformações contidas nas notas.Mas confesso que na de ontem oque, de fato, me chamou a aten-ção foi uma foto da solenidade emhomenagem ao velho senador Ga-ribalde Alves...Nela, estão o filho e a esposa dodeputado Wálter Alves.Achei-a simplesmente chocantepela demonstração desmedida desoberba e de ar aristocrático.Numa solenidade pública, alémdos dois, vê-se a doméstica devi-damente paramentada com acriança, já bem crescida, no colo.Fiquei com a impressão de que aimagem fosse uma representaçãode uma imagem do século XIX.A cena revela que esse povo, em-bora se faça de muito popular,vive, na verdade, num outromundo, numa vida que os "nor-mais" imaginam já pazer parte dahistória.Um abraço".

w MEIA PALAVRA BASTAO parlamentar também comentoua respeito da ausência da gover-nadora democrata no programapartidário do DEM, exibido emhorário nobre dia desses. "É umadecisão dela, que tem que ser res-peitada".

>>>Em relação à sua própria ausên-cia, Leonardo Nogueira sinalizouum interesse em mudar de partido."Eu preferi dar um tempo em re-lação à minha participação no pro-grama. Existem momentos que nóstemos que tomar decisões, e nes-

ses últimos meses temos ouvidomuito os nossos parceiros, e todosestão me pedindo para que eu dêuma parada, para refletir, e tomardecisões até setembro".

>>>Além de confirmar a saída da es-posa e ex-prefeita de Mossoró, Fafá

Rosado, da legenda: "Existe umaperspectiva de a ex-prefeita, FafáRosado, de não permanecer noDEM. Sobretudo pelos convites epossibilidades que os outros parti-dos lhe deram".

>>>Para bom entendedor...

w QUINTO JÁ ERAComo já havia adiantado a colunana semana passada, por enquantonada de definição de data da sessãopara a votação do Quinto Constitu-cional no TJRN.

>>>O Tribunal ainda espera o acórdãoda decisão do CNJ, que norteará asregras da votação, para realizar aescolha.

>>>É possível, inclusive, que se chegueao segundo semestre sem definiçãoa respeito.

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Quarta-feira O Jornal de HOJE 13Natal, 29 de maio de 2013

Cena UrbanaVICENTE SEREJO - [email protected]

Cidade

PrefácioCONRADO CARLOS - [email protected]

Sejamos sinceros que assim o pecado há de ser menore a penitência mais branda: ainda não há transparên-cia no trato da coisa pública. E a turbidez começa na

esfera federal, passa pela estadual e vai descendo até a mu-nicipal, com os seus desdobramentos inevitáveis. E essa qua-lidade de ser túrbida até já parece fazer parte da gestão pú-blica. Se não fosse, as mídias formais e informais não esta-riam cheias de 'descobertas', se aceitarmos chamar desse jeitoas denúncias de corrupção noticiadas todos os dias.

E as justificativas, entre plausíveis e absurdas, vão desdea segurança nacional até as manobras no uso do estado deemergência que dis-pensa os gestores dodever de concorrên-cia pública cuidado-sa, afinal a calami-dade não pode espe-rar. São comuns as'descobertas' de irre-gularidades exata-mente em razão daopacidade progra-mada nos portais datransparência. O tec-nocratês e o juridi-quês emprestam àcomunicação oficialos artifícios da linguagem cifrada que publica tudo paranada informar ao cidadão.

Aliás, desde a ditadura militar, útero perverso onde foramgerados, os tecnocratas cumprem o papel de escribas dessalinguagem enigmática, de uma ambiguidade que serve aopoder e, ao mesmo tempo, a eles próprios, os tecnocratas. Atéhoje são os tradutores desse jargão estéril e por isso ganhamos prêmios de salários diferenciados e a eternidade de lugarem todos os governos. São corsários, sem vínculos ideológi-cos e sem partidos, não lutam por ninguém e só são aliadosde quem exerce o poder.

Os escândalos no uso ilegal da coisa pública estão ai emtodos os veículos e nunca se mostram nos portais da trans-parência, prova de que não são transparentes. É preciso ouvi-los às escondidas, ter 'escutas' clandestinas e delatores sob osórdido regime da traição premiada, do contrário é impossí-vel se saber das tramas. E, quase sempre - exceto nos exces-sos de gosto policialesco e espetacular - são gulosas garfa-das nas burras oficiais, sempre em nome de um desenvolvi-mento que ninguém enxerga.

No fim, Senhor Redator, e diante de tantas demandas ju-rídicas em busca da verdade sobre as contas oficiais, fica de-

monstrado que atransparência nãofaz parte de nos-sos traços cultu-rais. Se somosassim há de exis-tir uma explica-ção. Talvez nossasraízes formadorasdaquela tristezabrasileira de quefala nosso PauloPrato em Retratodo Brasil. Fruto daambição e da lu-xúria, da melan-

colia e do banzo dos nossos índios, nossos negros e nossos ci-vilizadores portugueses que aqui plantaram uma nova raça.

Nem estamos mais diante da mentira como uma arte comoqueria Oscar Wilde, lamentando que a arte de mentir já esti-vesse decadente naquela sua Londres austera. Evoluímos. Al-cançamos o estágio da dissimulação técnica, quase científi-ca. O crime e a investigação agora são partes integrantes deum mesmo espetáculo. O pecado e o castigo são tão efême-ros que nos olhos e nos ouvidos duram o tempo que a opi-nião pública levar para fingir punir o culpado. Até perdoá-lona pressa por novas novidades.

w GRAVENinguém, a não ser de forma planejada ecom alguma intenção erra nos cálculos deduzentas, como no caso do conjunto cons-truído em Pelonha. Casas sem alicerce,sem contrapiso, sem material adequado.

w PIORNão são casas construídas para o merca-do, mas casas populares, do 'Minha Casa,Minha Vida', o que revela má fé. Tudo foiconstatado pela fiscalização do conselhoregional de Engenharia e Arquitetura.

w AGORA?Quem sabe a governadora Rosalba Ciarli-ni aproveita a presença da presidente DilmaRousseff e assina a ficha do PT, se é quesua gratidão republicana exige a saída dosDemocratas. Uma boa oportunidade.

w FLEXO PMDB atingiu a perfeição de partidototalflex: tem dois Garibaldis, um do ladodo governo e outro defende o afastamen-to do governo. Em qualquer hipótese temum senador legitimando a sua decisão.

w RETRATOO governo não paga há cinco meses à em-presa fornecedora do vale-refeição para osoldado que atua na rua em serviço. Tra-balham com fome. Eis um retrato verdadei-ro e sem retoques da segurança pública.

w EFEITOA governadora Rosalba Ciarlini pode ir evir, de jatinho, para onde desejar. Restasaber se em tempos de crise o efeito doexemplo de austeridade não valeria muitomais do que os R$ 102 mil reais do frete.

w ENIGMAÉ indecifrável, pelo menos para nós, osleigos, o sentido da mensagem do gover-no do anúncio sobre o papel dos agentesde leitura. A mistura de uma bicicleta comOlavo Bilac nem um parnasiano entende.

w JOGO - IAnotem: os Diários Associados vão man-ter o fogo alto na sua litigância em tornodo acervo do Diário de Natal até sair anegociação com o governo em torno da li-beração para venda da sua sede em Igapó.

w TRAVADA - IIA área ao lado da velha ponte de Igapó teriasido doada à Rádio Poti para uso sem finslucrativos e por impedida de ser vendida.O governo, se liberar a venda terá umadoação do acervo. Anotem e cobrem.

w DENGUEE o Fórum da Dengue, criado e instaladopelo secretário Cipriano Maia, quantosmosquitos já matou com o blá-blá-blá nasreuniões? Nos últimos dias faltou até oinseticida e o Fórum sequer abriu a boca.

w AGOSTO - IAriano Suassuna vem a Natal fazer a pa-lestra de abertura do seminário sobre Li-teratura Oral no Agosto da Alegria. Coma participação do padre João MedeirosFilho que vai falar sobre o 'LunárioPerpétuo'.

w VALOR - IIJoão Medeiros e Oswaldo Lamartine são osautores do livro 'Seridó Século XIX' sobreos livros mais populares no sertão, entre sa-grados e profanos. Sua palestra deve serum dos pontos altos do seminário.

w PREÁJá nos prelos a próxima edição da revistaPreá ainda sob a direção editorial do jor-nalista Mário Ivo. A previsão é tê-la nasmãos dos leitores no início de junho. Seunovo editor é o poeta Adriano de Souza.

w GOSTO Vivo, o cronista Sérgio Porto estaria fazen-do noventa anos. É por isso que a revistaGosto homenageia o autor do Festival deBesteira da Assola o País, o Febeapá, lem-brando os seus pratos mais preferidos.

O enigma da transparência

História de vício e traiçãoPrimeiro de sete romances de William Kennedy ambientados em

Albany, capital do Estado de Nova York, "O Grande Jogo de Billy

Phelan" traz retrato do submundo do jogo nos anos 1930, pós-Lei

Seca, onde figurões dominam apostas e a vida dos viciados

O americano William Kennedy,também autor de “Ironweed” (Pre-fácio 22/05/2013), traz em sua obrao retrato do submundo do jogo nosEstados Unidos dos anos 1930,pós-Lei Seca, onde figurões domi-nam apostas e a vida dos viciados.Em “O Grande Jogo de Billy Phe-lan”, primeiro de sete romances deKennedy ambientados em Albany,capital do Estado de Nova Iorque,empresários inescrupulosos dispu-tam espaço com jogadores com-pulsivos. Kennedy explora o pro-vincianismo da cidade para abar-car conflitos humanos universais,como ganância e traição.

A narrativa começa em um bar,cujo frequentadores apostam emuma disputa de boliche que envol-ve o profissional Billy Phelan.Ícone no gueto da jogatina, Billyarrasa com o adversário, que temum enfarto em seguida. É o esto-pim para uma sequencia de episó-dios trágicos. Ao ter seu filho se-qüestrado, o poderoso BirdyMcCall promove uma caçada im-placável aos culpados, que incluiaté a mídia local - Marty Daugh-terty, colunista de um jornal, é in-timado a calar toda imprensa nacio-nal para não prejudicar as nego-ciações de resgate. Dilemas jorna-lísticos têm destaque no enredo.

Vivendo de apostas e da degra-dação humana, Billy é intimadopelo figurão para bancar o dedo-duro e ficar de olho nos passos deum colega de jogo, suspeito de par-ticipação no seqüestro. O dramacomeça na escolha da posição aser tomada: trair amigos e parcei-ros de vício ou contrariar o homemmais importante de Albany? Irlan-

dês católico, “O que para muitagente é o mesmo que ser negro”,Billy verá que em sociedades atra-sadas, controladas por políticosbandidos, a dificuldade em andarna linha é dobrada.

Na tentação pelo dinheiro fácil,homens transgridem a ordem emmesas de sinuca, de poker e pistasde boliche. Sempre na corda bambaentre a fortuna e a falência, Billyé o emblema rubro da coragem,blefando e atacando de acordo coma conveniência. Ao se envolvercom o mafioso Birdy, terá oportu-nidade de rever sua vida, em queo reaparecimento do pai, que oabandonara quando menino, ga-nhará importância à medida queum caso com uma ex-amante doprogenitor é iniciado. Com escri-ta seca, precisa e sem firulas, Wil-liam Kennedy inicia o ‘Circulo deAlbany’ em grande estilo.

O GRANDE JOGO DE BILLY

Autor: William Kennedy

Editora: Cosacnaify

Preço: R$ 55,00

Fotos: Divulgação

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Quarta-feira14 O Jornal de HOJE Natal, 29 de maio de 2013

Conscienciologia

[email protected]

Thiago Leite, pesquisador da Conscienciologia.

Cidade

ConscienciogramaA Conscienciologia conside-

ra que cada consciência, ou seja,cada pessoa, se encontra em pro-cesso evolutivo que abrange váriasvidas (multiexistencialidade), al-ternando-se existências intrafísicas(na dimensão material, onde nosmanifestamos através do corpohumano) e extrafísicas (entre duasvidas humanas, quando nos mani-festamos principalmente pelo psi-cosssoma - corpo emocional, co-nhecido popularmente como corpoastral).

A ciência da consciência pro-põe uma escala evolutiva, cujo ápiceé o Homo sapiens serenissimus ouSerenão/Serenona, considerado o li-mite de desenvolvimento individualna existência intrafísica. Em teoria,o Serenão é um ser humano, homemou mulher, com domínio de todos osseus veículos de manifestação (ho-lossoma) e de todas as suas faculda-des conscienciais, trabalhando emprocesso assistencial muito maisamplo do aquele realizado pela pes-soa comum, de abrangência conti-nental e multidimensional (policar-ma), anonimamente, sem assédiosinterconscienciais e sem gerar depen-dências de qualquer tipo.

A maioria de nós podemos serconsiderados Pré-Serenões comuns,que ainda não alcançamos a condi-ção de ser desperto (dessassediadopermanente total, com 50% do de-sempenho do Serenão) nem a deOrientador Evolutivo (75%), estan-do numa média de 25%. O Sere-não, nessa escala, teria 100% dodesenvolvimento de seu domínioholossomático e de seus atributosconscienciais.

O pesquisador Waldo Vieira,propositor da Conscienciologia,apresentou em 1996 a obra Cons-cienciograma: Técnica de Avalia-ção da Consciência Integral. Aomesmo tempo um livro e uma téc-nica, o Conscienciograma é umaferramenta da Conscienciometria,especialidade da Conscienciologiaque busca meios para cada cons-ciência aferir qualitativa e quantita-tivamente seu próprio desempenhoevolutivo, tendo como modelo e pa-râmetro o Serenão.

O Conscienciograma é compos-to de 2.000 perguntas a serem au-toaplicadas e respondidas com umanota, cuja média dá à consciênciauma estimativa de seu desempenhoevolutivo e dos esforços que preci-sa empreender para se melhorar. Asquestões não têm resposta certa oupronta, e devem ser norteadoras da

autorreflexão, a ser aplicada comautocriticidade.

Eis um exemplo de questão re-ferente à Bioenergética e ao aspec-to da sanidade (homeostase da cons-ciência intrafísica - conscin), en-contrada na página 83 do Conscien-ciograma:

"Qual a sua lucidez quanto àsprioridades na defesa do holososma?Você já perpetrou alguma tentativade suicídio?"

As perguntas estão divididas emduas seções principais. A primeiraconsidera os aspectos holossomáti-cos da consciência intrafísica (cons-cin), ou seja, as condições de seusoma (corpo físico), seu energosso-ma (corpo energético), seu psicos-soma (corpo emocional) e seu men-talsoma (corpo mental ou paracor-po do discernimento). A segundaexplora os atributos conscienciaisda liderança (maturidade quanto àvida social), comunicabilidade (ma-turidade quanto à cultura didática),priorização (maturidade quanto aolivre-arbítrio), coerência (maturida-de quanto à moral inicial), conscien-cialidade (maturidade quanto aotempo evolutivo) e universalidade(maturidade quanto à Cosmoética).

Cada um desses 10 aspectos(veículos de manifestação e atribu-tos conscienciais) está dividido em10 subseções, cada uma contendo 20questões. O desafio da consciênciadisposta a se submeter ao Conscien-ciograma é completar todas as 2.000questões, refletindo com discerni-mento sobre cada uma delas. Esseprocesso não só auxilia a pessoa ase conhecer de maneira mais pro-funda, mas também aponta os aspec-tos em que a consciência já tem umbom desempenho (traços-força -trafores), aqueles que precisam sermelhorados (traços fardos - trafares)e os que precisam ser adquiridos(traços faltantes - trafais).

Você já procurou se aprofundarnum autodiagnóstico para aferir seudesempenho evolutivo? Tem ideiade quais sejam seus traços-força,traços fardos e traços faltantes?

Para mais detalhes sobre Cons-cienciometria e o Conscienciogra-ma, a CONSCIUS - Associação In-ternacional de ConscienciometriaInterassistencial, sediada em Fozdo Iguaçu/PR, oferece cursos vol-tados para esses assuntos. Informa-ções: www.conscius.org.br.

Referência: VIEIRA, Waldo.Conscienciograma: Técnida de Ava-liação da Consciência Integral. Riode Janeiro: IIPC, 1996.

Como na época do incêndio daboate Kiss, em Santa Maria, no RioGrande do Sul, o caso recente dooperário que morreu em uma obraem Capim Macio, zona Sul de Natal,por acidente ou suicídio, ao cair do7º andar, na segunda-feira (27), pro-vocou, em órgãos públicos e na clas-se empresarial, um reforço em me-didas de segurança para evitar novastragédias. Acompanhadas pelo Mi-nistério Público do Trabalho, queenviou uma Norma Regulamentado-ra (NR 35), ainda em 2012, constru-toras se movimentam para garantiro cumprimento da notificação.

"Estamos aguardando o relató-rio dos auditores fiscais do Minis-tério do Trabalho para nos pronun-ciar. É preciso ter muito cuidadocom o que é dito, em um momentodesses. Eu soube pela imprensa ahipótese de suicídio, mas não pode-mos nos basear apenas por depoi-mentos de colegas de trabalho. Osauditores checarão se a obra cum-pria com as normas de segurança, sefazia exames psicológicos com fre-qüência e se ele usava os equipa-mentos recomendados", diz a Pro-curadora do Trabalho, Ileana NeivaMousinho.

As exigências da Norma Regu-

lamentadora 35 prevêem o planeja-mento e organização e até a execu-ção do trabalho com segurança paraos trabalhadores envolvidos; con-templa trabalhadores que estão noentorno das atividades, mesmo sematuar diretamente com diferença deníveis, sujeitos aos riscos relativosao trabalho em altura. A partir dedois metros de altura, é obrigatórioo uso do cinto de talabarte duplo eum tensionador, para reduzir o im-

pacto na movimentação. "Não possodizer em quanto tempo o auditor en-tregará o relatório, até porque sãoapenas dois para todo o Estado. Elespossuem um check list de uma por-taria do Ministério Público sobreitens específicos para a segurançado trabalhador. Só com isso em mãosé que podemos instaurar um inqué-rito".

Engenheira civil da construtoraMoura Dubeux, Maria Assumpção

Barros confirma o impacto que amorte do operário causou nas cons-trutoras da cidade. "Todo acidenteem obra é chocante, mesmo nãosendo em nossa obra. Termina fun-cionando como um alerta para redo-brarmos os cuidados, embora issoseja permanente. Com o tempo, écomum haver um relaxamento nasmedidas, por parte dos funcionários.Por isso, temos técnicos, encarrega-dos de setor e estagiários unidospara cobrar por mais rigidez. Todaa administração se envolve".

À frente de 150 homens, quetrabalham na construção de duastorres residenciais de 30 andares,em Lagoa Nova, Maria Assumpçãodestaca que eles têm um cronogra-ma de palestras em torno do Pro-grama de Prevenção de Riscos Am-bientais (PPRA) e que até a nutriçãorecebe atenção especial. "Um nutri-cionista faz o controle da alimenta-ção deles, indo até os fornecedorespara saber a origem dos alimentos.Eles recebem também noções de hi-giene no local de trabalho e fazemtestes semestrais para o Atestado deSaúde Ocupacional [ASO]. Amaio-ria das construtoras fazem uma vezpor ano", enfatizou.

Fone: 3211-3126

Morte de operário alerta construtorase Ministério Público do Trabalho do RNNORMAS DE SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL SÃO FOCO DE FISCALIZAÇÃO

Assumpção destaca que prevenção de riscos e nutrição recebem atenção especial

Equipamentos de proteção individuais e coletivos são um dos itens checados pelo MPT

Herácles Dantas

Wellington Rocha

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Quarta-feira O Jornal de HOJE 15Natal, 29 de maio de 2013

Bruno AraújoBRUNO ARAÚJO - TWITTER: @brunoaraujo7 EMAIL: [email protected]

Esporte

PisandonaBolaAMÂNCIO [email protected] / www.chargistaamancio.blogspot.com

PONTUAR É PRECISO Ateoria apresentada pelos trei-

nadores dos clubes potiguares deque o momento ainda não é mo-tivo para desespero, em razão dopéssimo início das respectivasequipes na Série B, faz sentido.Isso, claro, se na próxima sexta-feira, quando ABC e América vol-tam a campo pela competição,consigam conquistar seus três pri-meiros pontos na Segundona e evi-tarem que as últimas colocações setransformem numa rotina no meioda disputa.

Apesar da paciência orques-trada para evitar um caos aindamaior dentro dos seus elencos, ostreinadores bem sabem a necessi-dade de pontuar o mais cedo pos-sível numa competição longacomo o Campeonato Brasileiro.Diante de adversários com poderde investimento bem superior, otempo pode ser um inimigo cruelcom os potiguares.

Aproveitar o momento em quetodas as 20 equipes passam poruma fase de adaptação é funda-mental para assegurar pontos quedificilmente virão em uma fasemais avançada da competição,quando reforços de peso, premia-ções recheadas e estádios lotadoscom uma eventual empolgação da

torcida pode tornar uma missãodifícil, praticamente impossível.O raciocínio vale para qualquerque seja o objetivo na competi-ção, acesso ou mera permanência.

Pontuar é preciso e, a cada pontoperdido, as chances de ver o futebolpotiguar protagonista novamentenuma Série B se tornam parte deum sonho distante vindo das arqui-bancadas cada vez mais vazias.

SEM VOLTADepois de uma semana de ex-

pectativa, o meia Júnior Xuxa fi-nalmente fechou com o Santa Cruze defenderá o clube até o final doano, no Brasileiro da Série C. Jú-nior Xuxa é desejo antigo no Ar-ruda e foi disputado no início doano pelo time Coral que perdeu ojogador para o ABC. O meiocam-pista voltará a formar dupla comoutro ex-alvinegro, o meia Raul.Enquanto os pernambucanos for-mam um meiocampo de Série Bpara disputa da Série C, os torce-dores alvinegros lamentam a faltade opções no elenco para o setorcom a dupla baixa.

LADO BOMSe há um lado para o início

abecedista na Série B é o retornodo zagueiro Flávio Boaventura ao

time titular. A defesa, apontadacomo um dos principais proble-mas do ABC nas últimas partidasda temporada, ganha com a pre-sença do defensor. Mais veloz queos concorrentes que vinham comotitulares (Leandro Cardoso e Viní-cius), o jogador deu um poucomais de segurança ao setor. A ex-pectativa agora é pela formaçãoda defesa com Lino, zagueiro quetem sido improvisado na lateral-esquerda, posição carente no elen-co abecedista.

FUGIR DA LUZO estádio Barretão, alvo de

constantes reclamações da impren-sa pela falta de estrutura para tra-balho, começa a despertar a insa-tisfação também de atletas. Logoapós o empate por 1 a 1 com oIcasa-CE, pela segunda rodada daSérie B, o técnico Roberto Fer-nandes, do América, revelou asreclamações dos goleiros Alvirru-bros de que a iluminação estariaprejudicando as suas atuações. Ébem verdade que o time vai male as falhas dos arqueiros nãopodem se justificar apenas nosproblemas com a iluminação, mascom uma dupla reclamação, aquestão precisa ser avaliada pelaadministração do estádio.

WALLYSON NO NORDESTE?Afastado do elenco principal

do São Paulo, após a eliminação doclube paulista na Taça Libertado-res da América, o atacante Wally-son integra a lista de possíveis re-forços do Bahia para disputa doCampeonato Brasileiro. Colocadoà disposição pela diretoria do SãoPaulo, o jogador foi procurado peloBahia. Apesar da perspectiva doacerto, o Vasco da Gama tambémestaria de olho no atleta, assimcomo outros clubes de fora do país.Destaque do Cruzeiro em 2011, ojogador sofreu com lesões em 2012e, na chegada ao São Paulo para2013, acabou subutilizado e en-trou na lista de dispensas do Tri-color paulista.

TÁ NA MÃOA partir desta quarta, das 10h

às 18h, de domingo a domingo,milhares de torcedores brasileirose estrangeiros também poderão re-tirar seus bilhetes para a Copa dasConfederações nas seis sedes dacompetição. Vale lembrar que avenda de ingressos para recome-ça às 10h de sábado (1/6) pela in-ternet e também nos Centros deDistribuição de Ingressos da FIFA.Para mais informações, clique nolink: http://fifa.to/Zcxb3P.

COM SEQUÊNCIA FORA, TREINADORDO AMÉRICA PEDE TRANQUILIDADEAPÓS TERCEIRO JOGO SEM VENCER NO BARRETÃO E SEGUNDO NA SÉRIE B, AMÉRICA ENFRENTA SEQUÊNCIA DE

DESAFIOS FORA DE CASA RESPECTIVAMENTE CONTRA PAYSANDU-PA E JOINVILLE-SC PARA BUSCAR PRIMEIRA VITÓRIABRUNO ARAÚJO

EDITOR DE ESPORTES

O empate por 1 a 1 com oIcasa-CE, no Estádio Barretão, emCeará-Mirim, pela 2ª rodada daSérie B do Campeonato Brasilei-ro não era o resultado esperadopelo técnico Roberto Fernandesque fez sua primeira partida emcasa na competição. Com os núme-ros da rodada, o América perdeuuma posição e caiu para a 15ª, aapenas um ponto do Z4 da Segun-dona. Nas duas próximas rodadas,os rubros enfrentam fora de casaPaysandu-PA e Joinville-SC.

Insatisfeito com o placar e daqueda na tabela de classificação,o treinador preferiu evitar críticasdiretas ao grupo após a sétima par-tida consecutiva da equipe sem vi-tórias na temporada. Mas os núme-ros não são ruins apenas pela po-sição na tabela, agora, a equipeparte para iniciar uma sequência deduas partidas longe de seus domí-nios, o que pode aumentar aindamais a pressão por uma resultadoque ainda insiste em não vir emfavor dos rubros.

Mais do que entrosamento, otreinador americano apontou a faltade tranquilidade para os resulta-dos não chegarem ao time. "Amé-rica fez tudo que precisava, con-

seguiu fazer o gol, o que esperá-vamos que daria mais tranquilida-de, mas aí a história se repete, to-mamos um gol e não conseguimosmais reagir", afirmou Roberto Fer-nandes que também destacou oproblema com os desfalques quetem impedido que possa colocarem campo o que tem de melhorno elenco. O treinador não pôdecontar com os zagueiros EdsonRocha e Cleber, ala Norberto, osmeias Netinho e Vinicius Pache-co.

"O América, como qualqueroutra equipe, quando perde peçasimportantes, atrapalha o planeja-mento. Não adianta chorar, a genteprecisa manter o foco e conquis-tar o mais rápido possível a primei-ra vitória. E quando não conseguirvencer, é buscar pontos. Basta umarápida olhada na classificação paraver que equipes com pontuaçãocomo a nossa, já mais adiante, naquinta ou sexta rodada, acabarambrigando pelo acesso", afirmou otreinador.

No entanto, a projeção de Ro-berto Fernandes não coincide coma realidade da sexta rodada dacompetição em 2012. Ao final dasexta rodada, no ano passado, ne-nhuma equipe possuía apenas umponto conquistado. O paulistas doBarueri eram os lanternas da com-

petição com dois pontos conquis-tados, seguidos pelo Guaratingue-tá (3), Ipatinga (4) e Ceará (5).

Entre as quatro equipes que ter-minaram a sexta rodada na zona derebaixamento, duas delas acaba-

ram rebaixadas, casos de Baruerie Ipatinga. O Guarani, então 16ºcom seis pontos, e o Boa Esporte,

com oito, na nona posição, acaba-ram também pegos pelo descensoe terminaram a competição entreos últimos. Nenhuma das quatroequipes rebaixadas chegou a bri-gar pelo acesso em momentoalgum da competição.

Por outro lado, se serve dealento ao técnico e ao torcedorrubro, Goiás e Atlético-PE, saíramde posições intermediárias na ta-bela ao final da sexta rodada - res-pectivamente com oito e sete pon-tos e na 11ª e 12ª posições - numaascensão meteórica até chegarementre os quatro primeiros, com otime da região Centro-Oeste, inclu-sive, conquistando o título de cam-peão, enquanto os paranaenses ter-minaram em terceiro,

"Tem um campeonato longo,um competição inteira pela fren-te, mas no momento, precisamostrabalhar com alguns percalçosno caminho. Teremos dois jogosfora, essa competição é assim,sem tempo para respirar e preci-samos nos acostumar com essasequência. Primeiro teste não foide todo o mal, agora é buscar se-quência com as correções devi-das para chegar aonde pretende-mos, pois tem equipes fazendomuito menos que nós em campoe conquistando as vitórias", con-cluiu Roberto Fernandes.

> SÉRIE B

AINDA SEM PONTUAR, ABC PROJETARECUPERAÇÃO EM ‘SEQUÊNCIA CASEIRA’

Entre as três equipes que aindanão pontuaram na competição, oABC quer aproveitar a sequência dejogos em casa para tentar revertera situação na tabela de classifica-ção da Série B e deixar a vice-lan-terna, a qual ocupa sem pontoalgum conquistado, três gols sofri-dos e nenhum marcado até aqui. Aúltima derrota, para o Sport-PE, naIlha do Retiro, por 1 a 0, deixouclara a preocupação do técnicoPaulo Porto em buscar os primei-ros pontos na competição.

Nas duas próximas partidas,ambas em casa, o ABC vai enfren-tar Ceará e Bragantino, equipes cominícios de competição opostos entre

si. O Vozão, do velho conhecidoLeandro Campos, já encontra o Al-vinegro da capital potiguar na sexta-feira, pela terceira rodada. O timecearense tem quatro pontos em doisjogos e ocupa a sétima colocação.O Massa Bruta, adversário da pró-xima terça-feira, é atualmente o lan-terna da Série B com duas derrotase quatro gols sofridos, apenas um amais que o próprio ABC.

"Vamos para casa. Agora fa-zendo dois jogos lá e vencendo, fa-remos uma média boa de pontospara voltar à metade da tabela",projetou o treinador que reconhe-ce o fato de iniciar com duas der-rotas na competição como preocu-

pante. "Iniciar com duas derrotaspreocupa, mas estamos trabalhan-do para montar time seguro, comboa regularidade, que jogue bemem casa, também fora, e que sejacapaz de fazer melhor em cadajogo. Com um jogo atrás do outro,não dá tempo de reclamar muito",avaliou Paulo Porto.

E apesar de o treinador não re-clamar diretamente do elenco, fezquestão de cobrar reforços à dire-toria para a sequência da competi-ção. "A gente precisa de um ata-cante de velocidade, faz tempo queestamos procurando por um joga-dor com essas características. Tam-bém procuramos por um lateral-es-

querdo", alertou o comandante quetem sofrido com a falta de opçõesde qualidade para o setor, especial-mente ofensivo, já que Vanderleinão tem agradado e Alvinho, noprimeiro teste com Porto, tambémnão teve atuação das melhores.

O elenco alvinegro, que enfren-tou o Sport-PE retomou os treina-mentos já na tarde desta quarta-feira, no CT Alberi Ferreira deMatos. O treinador Paulo Porto ini-ciará com os jogadores abecedistasos preparativos para o compromis-so diante do Ceará-CE, marcadopara a próxima sexta-feira, às21h50, no estádio Frasqueirão, pela3ª rodada. Paulo Porto espera recuperação da equipe com jogos em casa contra Ceará e Bragantino

Após tropeço em casa, Roberto Fernandes espera ter elenco à disposição para ir com força máxima para duelos fora de casa

Divulgação/FigueirenseSC

Wellington Rocha

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Esporte Quarta-feira16 O Jornal de HOJE Natal, 29 de maio de 2013

Passe LivreRUBENS LEMOS FILHO - [email protected]

DespedidasArnaldo César Coelho ajudou, sim, ao Flamengo naquele do-

mingo há 30 anos feitos nesta quarta-feira. Arnaldo nem quis ex-plicar se podia, mas deixou de marcar um pênalti estarrecedor sobreo meia Pita, do Santos, na decisão do campeonato brasileiro de 1983.

Pita iria empatar a partida no primeiro tempo quando foi agre-dido dentro da área pelo zagueiro Marinho. Arnaldo mandou se-guir. O empate por 1x1 daria o título ao Peixe, vencedor do pri-meiro jogo das finais no Morumbi por 2x1.

Mas nem Arnaldo nem José de Assis Aragão, que parecia api-tar com a camisa rubro-negra por baixo do uniforme, impediriamo último show de Zico no dia 29 de maio, um domingo que con-sagrava e encerrava o ciclo de uma máquina de jogar futebol,tempo cronometrado a partir da cabeçada de Rondinelli aos 42minutos do segundo tempo na decisão do Carioca de 1978, 1x0sobre o Vasco.

Zico entrou em campo no Maracanã tenso. Estava vendidopara a Udinese, da Itália, por 4 milhões de dólares na época, o preçode um Jádson, medíocre frequentador dos times atuais da CBF. Onegócio fora fechado na véspera e a imprensa segurava a informa-ção para não abater os companheiros do Galinho.

O Flamengo tinha um timaço e contava com arbitragens e amídia para fechar o cadeado de suas vitórias. Não precisava de rou-bos, mas os homens de preto colaboraram e muito para a faseépica dos rapazes da Gávea.

Os jornalistas torciam descaradamente, na televisão, no rádioe nos jornais. Quando perdia, o Flamengo amanhecia a segundaempatando a partida na coluna de Ótelo Caçador, de O Globo.

Era o “ placar moral”, que o jornal inventara adaptando a ba-lela de campeão moral, entre aspas vergonhosas, de 1978 do ca-pitão Cláudio Coutinho, técnico do Flamengo e da seleção brasi-leira invicta e terceira colocada no Mundial da Argentina.

>>>Mas no dia 29 de maio de 1983, Zico saiu aclamado do Ex-

Maracanã em catarse coletiva. Eram 155.253 torcedores berrandopelo terceiro título nacional. O maior público da história das de-cisões de brasileiros. Jamais haverá outra massa igual com a che-gada das arenas substituindo aos estádios tradicionais e inesque-cíveis, porque neles jogavam craques.

O Flamengo fez 1x0 com apenas um minuto de partida. Ofalso ponta Júlio César Barbosa, um loiro que não driblava comoo anterior, Júlio César, o entortador de laterais, resolveu imitar oxará e fez um carnaval, humilhando o lateral Toninho Oliveira. Cru-zou, a zaga rebateu, Júnior chutou, o goleiro Marola espalmou nospés de Zico. Flamengo 1x0.

Houve o lance do pênalti sobre Pita. O Santos estava desfigu-rado sem o seu volante titular, Lino. Em seu lugar, Toninho Silvacolecionava dribles das mais lindas astúcias. Zico e Adílio reve-zando-se no balé. Zico cobra escanteio e Leandro cabeceia aos 39minutos do primeiro tempo. Flamengo 2x0 e a diferença é tirada.

Vem o segundo tempo e Zico está implacável em suas fintassequenciais sobre Toninho Silva. Até o ótimo Paulo Isidoro tenta,inutilmente, parar o Gênio de Quintino. Que faz fila, passando pordentro e por fora dos seus marcadores. Zico parece prever o fimdo mundo aos 45 minutos do segundo tempo.

E seria sim, no seu sentimento, o título sem razão de festa. OFlamengo ainda faria o terceiro gol. Zico iniciou a jogada e a bolaficou no pé do ponta-direita Robertinho, que começou no Flumi-nense. Ainda havia resquícios de pontas-direitas pelo Brasil.

Robertinho dá dois dribles de encerrar a carreira no lateral-es-querdo Gilberto Sorriso e cruza na cabeça do sambista Adílio. Ummergulho, a cabeçada fatal, sem chances para Marolla, goleirofraco do Santos que depois traria o fantástico uruguaio Rodolfo Ro-driguez.

Adílio dança para a geral, espaço dos pobres que os nobres ex-tirparam dos estádios. Adílio sorri como o menino da Cruzada SãoSebastião, comunidade humilde criada por Dom Hélder Câmara,festejando seu terceiro campeonato brasileiro.

>>>Zico está sem jeito quando Arnaldo apita. Exibe o rosto dis-

forme e inconformado das despedidas. Solta frases curtas, celebraa conquista aos monossílabos. Nem ouve as exclamações radiofô-nicas sobre a sua exibição, considerada uma das principais da an-tologia com a camisa 10 do Flamengo.

Zico sabia que aquela história fechava sua cortina. Bem dis-tante dali, em Natal, umas três horas depois, éramos acordadoscom uma notícia trágica.

Nosso amigo de rua, peladas e travessuras José Henrique Bran-dão Ramalho, 15 anos, morrera com o colega de Colégio MaristaCássio Felipe. José Henrique amava velocidade e partiu da vidarápido como o raio que se assemelhava ao seu cabelo parafinadode surfista.

Numa moto potente, bateu em vacas que atravessavam a ave-nida Hermes da Fonseca em frente ao Estádio Juvenal Lamartine.Estava indo à orla marítima comemorar o tricampeonato flamen-guista.

Zico voltaria ao seu clube em 1985. José Henrique, nunca mais.Agora, tenho a idade de ser pai dele. Faz 30 anos. Hoje. E aque-le domingo de despedidas parece estar aqui, repassado em capítu-los. Bem lentos.

O IRAQUE É AQUIABC e América disputaram o

Brasileiro juntos de 1976 a 1979.Até 1975, o campeão estadual erao participante. Depois, o vice pas-sou a integrar a Taça de Prata, umaSérie B disfarçada, até 1993. De-pois, as divisões.

PIOREm nenhum ano, os times co-

meçaram tão mal. Até menos pelasderrotas do ABC e pelo ponto so-litário do América. O que temunido os rivais é a falta de espe-rança, o desânimo pelos dois times.

REBAIXAMENTONunca se viu, em apenas duas

rodadas, torcedores dos dois clubesfalando abertamente em rebaixa-mento duplo para a Série C. ABC

e América ainda têm tempo, masnão parecem dispor do principal:Do dinheiro para transformar emequipes de futebol os arremedosque vêm se arrastando até agora.

BARRETÃOÉ triste ver os radicais de um

lado culpando o Estádio Barretãopelo desempenho pífio do Améri-ca. Acho até que foi injusto o des-carte de Goianinha. Mas o Amé-rica do jeito que está não ganha-ria de ninguém ou jogando sozi-nho no Camp Nou em Barcelona.

ABCO ABC, pobre ABC, é a laran-

ja amassada do bolo de noiva quetentaram pintar como sua fantasiaem 2010. Sobraram-lhe os restos.O ABC não ganharia um Matutão.

Flu enfrenta tricampeãopor vaga na semifinalCONTRA O OLÍMPIA, DO PARAGUAI, TRICOLOR CARIOCA PRECISA

DE UMA VITÓRIA PARA AVANÇAR AS SEMIFINAIS DA LIBERTADORESApós empatar o primeiro jogo

contra o Olimpia por 0 a 0, em SãoJanuário, o Fluminense não podeperder nesta quarta-feira, no Para-guai, para se classificar às semifi-nais da Copa Libertadores da Amé-rica. O Tricolor carioca enfrenta otricampeão continental Olímpia, às22 horas (de Brasília), no estádioDefensores del Chaco, em Assun-ção, no Paraguai. Como empatou oprimeiro jogo dentro de casa por 0a 0, a equipe brasileira se classifi-ca até com uma igualdade com golsneste meio de semana. Caso o re-sultado da primeira partida se repi-ta, a decisão irá para os pênaltis.

Depois de poupar quase todosos titulares na estreia pelo Brasilei-ro - apenas Rhayner foi a campo nosegundo tempo contra o Atlético-PR-, o técnico Abel Braga deve repetira escalação da primeira partida. Thia-go Neves, já recuperado de umedema na panturrilha esquerda, atéviajou com a delegação para Assun-ção, mas vai começar a partida nobanco de reservas. No lado do Olim-pia, o técnico Ever Hugo Almeida de-cidiu fazer duas alterações e aindamudou o esquema de jogo de suaequipe. Depois da retranca no Rio,ele armou um 3-4-3 para tentar ga-rantir a classificação em casa.

Apesar disso, no último treina-mento antes do embarque para As-sunção, os jogadores não demons-traram ansiedade e apostaram na

tranquilidade dos atletas experien-tes para voltar ao Brasil com a vagaassegurada. "A gente já viveu diver-sas situações e sabe o que fazer.Essa experiência conta nessa hora.A tranquilidade também é essen-cial. Não podemos ficar desespera-dos", afirmou o meia Wagner, 28anos, vice-campeão da Libertado-res com o Cruzeiro, em 2009.

Para Rafael Sóbis, bicampeãodo torneio continental com o In-

ternacional em 2006 e 2010, a ex-periência dos jogadores tricolo-res impedirá que o time brasilei-ro caia em possíveis provocaçõesda equipe paraguaia. "Acho queesse negócio de pressão de torci-da ou de cair em catimba de outrotime não vai acontecer com agente. Nossa equipe tem muitosjogadores rodados. Esperamoslevar isso para dentro de campoe aguardar que seja um fator ao

nosso favor", explicou.O primeiro confronto entre Flu-

minense e Olimpia na história daLibertadores foi o de semana pas-sada, válido pelas quartas de finalda competição. Em São Januário,as duas equipes não saíram do 0 a0. O Tricolor dominou o jogo tododiante de um adversário apenaspreocupado em se defender. Lean-dro Euzébio e Rhayner perderam asmelhores oportunidades.

Meia-atacante Thiago Neves foi liberado pelo DM, mas deve iniciar partida no banco de reservas

> BATALHA

‘Mão Santa’ Oscar Schmidt fala pela primeira vez sobre luta contra câncer

Principal ídolo do basquete noBrasil, o ex-jogador Oscar Schmidtluta contra um câncer no cérebro.Após ser submetido a uma cirurgiapara a retirada de um tumor malig-no na região recentemente, eleagora passa por sessões de quimio-terapia para tentar erradicar a doen-ça. Na noite de terça-feira, o ex-astro do basquete voltou à ativida-de de palestrante e falou pela pri-meira vez sobre a nova batalha queestá enfrentando.

"Estou fazendo o tratamentoe espero que resolva. Se não resol-

ver, paciência, minha vida foimuito boa. Ele (o tumor) veio denovo e, desta vez, veio malvado",disse o Mão Santa em entrevistaao "Estadão". Maior nome do bas-quete brasileiro em todos os tem-pos, Oscar foi operado em 2011para a retirada de um tumor ma-ligno de aproximadamente 6cm eavaliado de grau 2 (em uma esca-la de 1 a 4).

Após ressonância realizada du-rante o monitoramento periódico,foi constatado novo aparecimen-to, agora em grau 3, o que exigiu

nova cirurgia e um tratamento ini-cial à base de radioterapia e depoisde quimioterapia. Conhecido comoMão Santa por conta de sua efi-ciência nos arremessos, sobretudoos de longa distância, o ex-jogadorpassou por problema parecido em2011. À época, ele foi diagnostica-do com um tumor benigno apóspassar mal durante uma viagem deférias, e realizou uma operaçãopara a retirada do nódulo.

Oscar Schmidt disputou cincoJogos Olímpicos com a SeleçãoBrasileira, encerrando três deles

como principal cestinha da compe-tição. Seu melhor resultado noevento foi a quinta colocação, queobteve em Moscou-1980, Seul-1988 e Barcelona-1992. Mas foinos Jogos Pan-americanos que oala liderou a Seleção Brasileira emum de seus maiores feitos da his-tória.

A equipe foi campeã da ediçãode 1987 do evento, disputada emIndianápolis, derrotando na finalo poderoso time dos Estados Uni-dos, que contava em seu elencocom o pivô David Robinson.

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DANIELA PACHECO

EDITORA DE CULTURA

“Dia de luz festa de sol / Eum barquinho a deslizar / Nomacio azul do mar / Tudo éverão e o amor se faz / Numbarquinho pelo mar /Que deslizasem parar (...) quem nunca seembalou com a melodia ou osversos dessa canção que é umclássico da música popularbrasileira. Em entrevista para OJORNAL DE HOJE a cantorapotiguar Camila Masisoadiantou que uma das músicasque vai entrar no repertório doshow será “Barquinho” deRoberto Menescal.

E, mais vai cantar ao ladodele essa e outras canções noshow “Camila Masiso recebeRoberto Menescal” que aconteceamanhã, dia 30, a partir das 21h,no Teatro Riachuelo. Na sextaedição do Projeto GrandesEncontros Musicais com pa-trocínio da Unimed Natal pormeio do Programa DjalmaMaranhão de incentivo cultural.

E, segue o bate-papo avisan-

do logo que, “só vai adiantaressa música que cantarei junto aMenescal, as outras vão ter queconferir na hora da apresentaçãoporque é surpresa. Mas, o públi-co poderá conferir o meurepertório autoral, vou apresen-tar todo o trabalho do meuúltimo cd “Boas Novas” ealguma coisa do próximo quevou lançar em agosto”.

Na realidade, a felicidadeestá estampada no seu sorriso eem suas palavras. “Amanhãestarei realizando um grandesonho. Estou ciente que é umagrande responsabilidade dividiro palco com Roberto Menescalpor tudo que ele representa, pelasua história de vida, suas músi-cas... Não dá nem para acreditarque vou fazer um show ao ladode um grande ídolo”, conta acantora potiguar.

Aos 25 anos, ela conta que,“na realidade, tudo começouquando eu tinha uns cinco anosde idade. A barbie deixou de sero meu brinquedo preferido e aescova de cabelos, redonda, naminha imaginação pra lá de

fértil era exatamente idêntica aum microfone. Ela era o novofoco da minha atenção, nafrente da TV, cantando comquem ali estivesse passando. Aoinvés de vôlei, balé, ginásticaolímpica ou outros esportescomo as garotas normais daminha idade, eu queria coral.Foi aí que a música entrou devez na minha vida, tornando-secada dia mais presente e toman-do conta de mim e das minhasdecisões”.

Com o passar dos anos essapaixão só se intensificou. “Aosquinze anos e com uma mãozin-ha da internet (quem não selembra do Mirc?), conheci ocara que me ofereceu um teste.Era uma banda de verdade, quese apresentava pelos bares dacidade. Foi a minha primeiratentativa séria e ela deu certo.Lado B, Base Livre, Querubins eAlliens. Cantei em todas essasbandas durante os três anosseguintes e em 2004 nasceu oTricor. O Tricor foi o meuprimeiro contato realmenteprofissional com a música.

Desde a sua fundação até o seufim, em 2009, aconteceu de tudoum pouco: grandes shows, umCD autoral, viagens e bastanteexperiência da noite, barzinho,coisa que todo artista devevivenciar”, destaca.

Camila Masiso começou suacarreira solo em 2009, cantandoclássicos do samba e da BossaNova. Camila lembra que naque-la época, “queria me dedicarintegralmente à música. Esseprojeto veio de uma maneiracompletamente inesperada: aideia, o estilo, os músicos, tudo.Ele simplesmente aconteceu.Mas hoje sinto que tudo isso fazmuito sentido e se encaixa deum jeito tão perfeito que parecemesmo que já estava escrito emalgum lugar que esse seria omeu caminho”.

Em 2010, lançou seuprimeiro disco autoral, “BoasNovas”, com nove cançõesinéditas. Com esse trabalho, foifinalista do MPBeco, represen-tou o RN no Festival das RádiosPúblicas (ARPUB) e recebeuindicação ao prêmio Hangar2010 na categoria “IntérpreteRevelação”.

Em 2011 se consagrou comocantora solista na primeiraedição do projeto “ParceriasSinfônicas” com a OrquestraSinfônica da UFRN. O projeto,idealizado e promovido peloSesc/RN, ganhou o PrêmioHangar 2011 de Melhor Show.

Em dueto com o cantoritaliano Pheel Balliana, a cantoraapresentou em Natal, no iníciode 2012, o show “Que Maravil-ha”. A parceria resultou em umconvite para a sua segunda turnêmusical na Europa, onde fezshows na Itália, Áustria, Eslovê-nia e Espanha.

Quarta-feira O Jornal de HOJE 17Natal, 29 de maio de 2013Cultura

DANIELA PACHECO - [email protected]

Cultura HOJE

LEIA Câmara Municipal de Natal aprovou, em primeira discussão, nesta terça-feira,

o projeto de Lei de proposição do vereador Luis Almir que regulamenta atividadesculturais musicais na capital potiguar. Onde agora todo show de artista nacional einternacional será precedido de artista local. Além disso, lei prevê cachê de pelo menos10% do investimento pago à apresentação nacional para o artista potiguar.

E NINGUÉM VAI FAZER NADA?Recebemos o e-mail intitulado de “E ninguém vai fazer nada?”, do cantor e ap-

resentado de TV Fernando Luiz que diz o seguinte: “Bom dia, amigos. Hoje, dia 27,às 07:11 ouvi a Ministra da Cultura, Marta Suplicy ser entrevistada na Jovem Panfalando sobre a Copa do Mundo.

A ministra afirmou que as cidade brasileiras que vão sediar jogos da Copa, pre-cisam realizar eventos de pequeno e médio porte, para mostrar sua diversidade cul-tural. Segundo Marta Suplicy "é necessário levar cultura às ruas e às praças" du-rante a realização da Copa. E afirmou "Precisamos conhecer a riqueza cultural deestados como o Rio Grande do Norte".

Pra mim, a declaração da ministra, citando APENAS o Rio Grande do Norte, sig-nifica duas coisas: primeiro, que temos uma riqueza cultural que precisa ser mostra-da ao mundo; segundo que somos POBRES na capacidade de divulgar esta riqueza.E isto é uma grande verdade.

Pessoalmente, apesar de sentir uma decepção que às vezes beira a revolta, porcausa do descaso oficial com a promoção e divulgação da nossa cultura, estou coma consciência tranquila, pois há 11 anos (quando comecei o Show das Comu-nidades) venho "cantando esta bola". Todavia, parece que os gestores culturais donosso estado são surdos.

Por exigência da FIFA e da Rede Globo e por força de contratos de exclusivi-dade que envolvem alguns milhões (não tenho discernimento para saber se são mil-hões ou bilhões) de dólares, já estão contratadas Ivete Sangalo, Cláudia Leite e JotaQuest, para shows em Natal durante a Copa do Mundo do próximo ano,. Só que nãose falou ainda nada sobre artistas locais.

Será que a FIFA e a Rede Globo vão oficializar, perante o mundo, Natal e o RioGrande do Norte como mera "Colônia Cultural" da Bahia?. E o que é pior: ninguémvai fazer nada?

CAMERATAA música erudita é um dos destaques na programação cultural desta

semana. Na próxima quarta-feira, dia 29, a Camerata de Vozes do RioGrande do Norte, realiza concerto em celebração a Nossa Senhora, às 19h30,na Igreja do Galo/Convento Santo Antônio (rua Santo Antônio, 683,Cidade Alta). O repertório é formado por peças de compositores russos,franceses e italianos, todas alusivas à santa. A entrada é franca.

PÔR DO SOL DO POTENGIO projeto Pôr do Sol do Potengi, no Iate Clube de Natal, a partir das

17h, apresenta um leque cultural potiguar com o cantor Isaque Galvãointerpretando clássicos da música brasileira, o saxofonista Ítalo Natan, to-cando no barquinho enquanto o sol se põe, o repentista Manoel do Cocoe os músicos Itanildo Medeiros e Juca Smille.

ARRAIÁ NA FAVELAA festa terá como atração o grupo Farra de Playboy. A programação começa às 23h, no Favela

Pub (Av. Rodrigues Alves, 825, Tirol).

NA CURVA DO VENTOO trio potiguar, formado por Gustavo Lamartine, Paulo Souto e Gabriel Souto, volta ao

palco da Curva do Vento (Rua Doutor Manoel Augusto Bezerra de Araújo, Ponta Negra), nestaquarta, a partir das 21h. MC Priguissa completa a programação.

CANTORA POTIGUAR CAMILAMASISO DIVIDE O PALCO COMROBERTO MENESCAL E PROMETEUMA NOITE INESQUECÍVELO SHOW SERÁ REALIZADO NESTA QUINTA, DIA

30, A PARTIR DAS 21H, NO TEATRO RIACHUELO

Divulgação

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Quarta-feira18 O Jornal de HOJE Natal, 29 de maio de 2013

Cultura

Canal 1 BATE-REBATE

POR FLÁVIO RICCO - Colaboração: José Carlos Nery

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Record ainda não tem umhorário para “Dona Xepa”

A Record até que está tentando, mas ainda não encontrou o horário idealde “Dona Xepa”. A novela é boa. Tem ainda uma coisinha ou outra paraser ajustada, mas nada que extrapole o razoável ou fuja do absolutamen-te natural em todo começo de trabalho do tipo. Os grupos de discussãoexistem para, entre outras providências, levantar e corrigir o que existe deerrado.O problema maior, aquele que está quebrando a cabeça de meio mundo,é se encontrar a faixa mais apropriada para a sua exibição. Dez e meia danoite, com pequenas variações, como aconteceu até agora, com todacerteza não é. As chances de qualquer melhora, a se insistir por aí, sem-pre estarão próximas de zero.Em televisão a montagem de uma boa grade virou um trabalho de enge-nharia. É muito difícil, ou são poucos os casos, dos programas que levan-tam voos sozinhos. A dependência do antes e depois deve ser levada emconta. “Dona Xepa”, pelo menos até aqui, tem recebido do nada e entre-gado para coisa nenhuma.Por que não pensar em 8 da noite? Receber do Marcelo Rezende, queestá num momento favorável, e empurrar um pouco o jornal?“Carrossel”, no SBT, que pode ser a principal concorrente, já começadescer a ladeira, e poucos acreditam que “Chiquititas” irá repetir omesmo sucesso. Por que, então, não experimentar?

ENTÃO TÁ - 1Assim como “Avenida Brasil” esteve para “Reven-

ge”, “Amor à Vida”, do Walcyr Carrasco, segundo osmais exigentes, já tem uma coisinha assim de

“Grey´s Anatomy”. Algumas cenas, como a transano elevador da Maria Casadevall com Caio Castro

são comparadas com o seriado.

TV

Glo

bo

w TEM OUTRO ASPECTO...Ainda sobre “Dona Xepa”, quetambém deve ser levado emconta.Entende-se, e com razão, que anovela apresenta o mesmo proble-ma, anacrônico, de “Guerra dosSexos”. Coisas, inclusive de com-portamento, que não se ajustamaos tempos atuais. Mas quepodem ser atenuadas.

w NÃO TEM DIA -1O SBT ainda não definiu quandoserá a estreia de “Chiquititas”.Por enquanto, 15 de julho é ape-nas uma data provável.Lançar uma novela infantil nova,no meio das férias escolares, tam-bém não é uma coisa meio bur-rinha?

w NÃO TEM DIA – 2A indefinição desta data tambémse dá por causa de “Carrossel”.A direção do SBT ainda não che-gou a uma melhor conclusão deaté quando a novela deve ir. Comas gravações encerradas, o mila-

gre do estica e puxa corre porconta da edição.

w E JÁ TEM BRIGATerminada “Carrossel”, portantofora de tempo e da divulgaçãoque a novela no ar poderia ofere-cer, o seu elenco infantil irá ini-ciar turnê pelo Brasil com umshow musical.Show musical que já é motivo deum desentendimento entre a dire-tora Cintia Abravanel e a XYZLive, organizadora da viagem. Aspartes não se entenderam aindasobre o modelo do espetáculo.

w ESQUEMA FORTEA Bandeirantes, desde o fim desemana, está com uma equipe de30 pessoas no Rio, pronta para opontapé inicial da Copa das Con-federações.Todo esse pessoal passa a tra-balhar com os repórteres Fer-nando Fernandes, Nivaldo deCillo, Sandro Gama e AntonioPetrin, que está chegando dosEstados Unidos.

w ABand vai, sim, tentar antecipara renovação de contrato do Dani-lo Gentili.w Entende-se como conveniente-mente e de bom juízo, se cobrirdo olho em cima....w Mas parece que não existe o de-sejo de subir muito o seu salário...w Que hoje gira em torno dos 40mil reais – sem merchandising.w Come-ça na terça-feira que vem, em SãoPaulo, a 14ª edição do Fórum Bra-sil de Televisão...w ... É considerado o mais impor-tante encontro independente de ne-gócios em programação de TV da

América Latina.w Cláudio França, o Gaúcho dosbons tempos de SBT e Rede TV!,assumiu a Direção Artística daRede Brasil...w ... No lugar de Paulo Trevisan.w Hoje, na Espn Brasil e Espn HD,4 da tarde, o amistoso internacio-nal Inglaterra e República da Ir-landa. Ao vivo.w A Espn tem coisas muito boas,mas na maioria das vezes guardasó para ela...w ... Não se preocupa em fazer,diferentemente das suas concor-rentes, uma divulgação mais efi-ciente.

C´EST FINIEntre 6 da manhã e meia-noite, de segunda a sexta, o SBT possuicerca de 7 horas de sua grade recheada de reprises, como jornaisgravados na noite anterior, enlatados americanos ou novelas mexi-canas. A TV Recuerdo.Todo mundo já está achando que é o Viva da TV aberta.Só para não deixar nenhuma dúvida, o endereço correto do Twitteraqui da casa é @flavioricco. Não existe outro. Ficamos assim. Mas amanhã tem mais. Tchau!

GIOVANNI IMPROTTA

(14 Anos)

PRAIA SHOPPING 1 – Hora:14:45 / 17:00 / 19:15 / 21:30

UMA LADRA SEM LIMITES

(12 Anos)

PRAIA SHOPPING 2 – Hora:15:10 / 19:30

O ÚLTIMO EXORCISMO-PARTE II

(14 Anos)

PRAIA SHOPPING 2 - Hora:17:30 / 21:50

TERAPIA DE RISCO

(14 Anos)

PRAIA SHOPPING 3 - Hora:14:40 / 16:55 / 19:15 / 21:35

SOMOS TÃO JOVENS

(14 Anos)

PRAIA SHOPPING 4 – Hora:15:15 / 17:25 / 19:35 / 21:45

REINO ESCONDIDO

(Livre)

PRAIA SHOPPING 5 - Hora:14:20 / 16:35 / 18:50 / 21:05

HOMEM DE FERRO 3

(12 Anos)

PRAIA SHOPPING 6 - Hora:15:00 / 17:40 / 20:20

PRAIA SHOPPING 7 – Hora:13:55 / 16:30 / 19:05 / 21:40

OBS: A aprogramação pode ser alterada sem prévio aviso. Favor consultar

o cinema para confirmar o filme do adia.

CINEMA

w ENTÃO TÁ - 2Mas tudo bem, também. Sobramhistórias, no particular ou pro-fissional, sobre transas no ele-vador, isso desde que os eleva-dores foram inventados. Aliás,algo que já se incluiu na lista dograndes fetiches.Mais intensamente quando nãoexistiam as câmeras. Aliás, seráque não tinha nenhuma no ele-vador de ”Amor à Vida”?

w INTERVALOA Itaipava está com nova cam-panha, no Rio exclusivamente edesde a última segunda-feira,com uma série de 5 filmes paraas TVs aberta e fechada. A ideiaé destacar o jeito carioca de ser,começando com o ”passa lá emcasa”.Todos com as participações deJuliana Alves e Marcelo Adnet.

w A PROPÓSITO...O seriado do Adnet na Globo,”O Dentista Mascarado”, é bome tem um elenco maravilhoso.O episódio da última sexta-feirafoi muito engraçado. Talvez omelhor até agora.Com relação aos seus resulta-dos, existe um histórico, nadafavorável, sobre o que se exibiunas noites de sexta, depois do”Globo Repórter”, através dostempos. Difícil lembrar algumgrande ”campeão de audiência”.

w A FILA ANDADepois do Dalton Machado, fa-lecido, Toninho Rosa, OtavianoPereira, Kalled Adib, Paulo Leale Bob Zuardi, há alguns dias,deixaram o comercial da RedeTV!.Nos últimos tempos, a média foide quase um por ano.

Cena do filme Giovanni Improtta

Cinema Rapadura

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Quarta-feira O Jornal de HOJE 19Natal, 29 de maio de 2013Cidade

Os principais corredores da ca-pital potiguar receberão um altoinvestimento na decoração de fimde ano que, partindo de uma pro-posta inovadora, remeterá à reali-zação da Copa do Mundo em Natal.Todos os prédios históricos serãodestacados sob os efeitos das luzesde Led, assim como monumentose diversas vias de acesso aos turis-tas e potiguares. Para isso, serãodestinados cerca de R$ 4,5 milhõesdos recursos públicos. Mas o inves-timento não para por aí. Segundoo secretário municipal de ServiçosUrbanos (Semsur), Raniere Bar-bosa, a iluminação comum dasruas, formada atualmente por lâm-padas amareladas e de alto consu-mo, também serão substituídas pelatecnologia Led.

Fora o investimento público, aSemsur irá buscar recursos oriundosda iniciativa privada, no total de R$5 milhões, onde serão investidostambém na decoração da cidade,sendo aplicados juntamente com oprojeto de expansão, ampliação emudança das tecnologias de ilumi-nação. "Ao todo, teremos R$ 9,5milhões para trabalhar na decoraçãotemática de fim de ano e substituiras luzes dos principais corredores dacidade. É um investimento alto, masque certamente trará bons frutospara a cidade", afirmou o secretá-rio da Semsur.

A ideia dasecretaria é apli-car os recursosna decoração e,passada a reali-zação da Copado Mundo, asluzes serem rea-proveitadas parailuminação pa-drão de Natal."Obviamenteque aquilo que não for alusivo à de-coração será reaproveitado pela Pre-feitura de Natal. Pretendemos dei-xar os principais corredores da ci-dade, como Avenida Salgado Filho,Prudente de Morais, Roberto Frei-re e João Medeiros Filho, por exem-plo, já com esse novo sistema deiluminação", disse Raniere.

O led consome 50% a menosde energia que as lâmpadas comuns,

além de ter uma durabilidade maior,permitindo menos gastos com a ma-nutenção dos equipamentos de ilu-minação. De acordo com RaniereBabosa, a prefeitura gasta mensal-mente cerca de R$ 1,2 milhão só emcontas da Cosern (Companhia Ener-gética do RN). "Aprevisão é que até

dezembro já tenhamos instaladatoda a decoração alusiva à Copa.Não vemos a hora de poder levaresse material de qualidade para oscorredores da cidade", disse.

VERDE E AMARELOA decoração natalina voltada

para a Copa do Mundo permane-cerá instalada até o final do mun-

dial, no mês de julho do próximoano. Dentre os itens decorativos,serão instaladas bandeiras dos paí-ses que disputarão o mundial, alémde iluminação em led, placas lumi-nosas de acrílico com saudaçõesaos turistas e potiguares escritasem diferentes idiomas. Mascotes,

imagens de jo-gadores e outrassimbologiastambém farãoparte da decora-ção referente aoMundial. Asinstalações co-meçarão a serfeitas no mês denovembro, per-manecendo atéjulho do próxi-mo ano.

Serão contemplados com a de-coração o Palácio Felipe Camarão,onde funciona a sede da Prefeitu-ra de Natal; as pontes Newton Na-varro e a de Igapó; Árvore de Natalem Mirassol; Forte dos ReisMagos; Morro do Careca; Av. JoãoMedeiros Filho; Av. Itapetinga; Av.Roberto freire e outros corredoresimportantes da cidade. "A nossa

intenção é deixar os principais cor-redores de Natal com esse espíri-to acolhedor e festivo. Vale ressal-tar que as decorações dos últimosanos serão reutilizadas pelos bair-ros da cidade", afirmou o titularda Semsur.

Iluminação natalina custará R$ 9,5 miDO TOTAL DE RECURSOS, R$ 4,5 MILHÕES SAIRÃO DOS COFRES PÚBLICOS

Prefeitura pretende enfeitar a cidade para as festas de fim de ano aproveitando a aproximação da Copa do Mundo de 2014

‘ ’“É um investimento alto,

mas que certamente trará bons frutos para a cidade”

RANIERE BARBOSA

SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SERVIÇOS URBANOS

Divulgação

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O homenageado hoje é JoséFiuza Filho, Fiuzinha, ícone emgenerosidade e altruísmo à famíliae amigos.

GRANDE COMPANHEIROJosé Fiuza Filho, nasceu em

Caruarú (PE), faleceu emNatal.Seus pais: JosÉ CaminhaFiuza Lima e Marieta BezerraFiuza.

Fez seus primeiros estudos emFortaleza, terra de seus pais.

Mudança da família para o RioGrande do Norte, consequentemen-te para Santa Cruz terra de sua mãe.

Foi para Salvador para cursarengenharia, mas foi convocado paraservir o exército e para não retonara Natal, fez o CPOR, saindo como2° tenente, com estágio em feira deSantana.Pertenceu como fundadordo Lions Club (Reis Magos), doqual foi presidente. Americano eflamenguista doente.

Fiuza, foi um grande compa-nheiro e chegamos a completar"bodas de ouro", juntos enfrentamostempestades e bonanças. Tudo issocom muito carinho e compreensão.

Cultivava amizades e gostavade promover encontros com os ami-gos e a família que é numerosa.

Um fato que me deixou estres-sada e por esta razão ele me apeli-dou de "dona bronca". Na festa dasnossas "bodas" convidou um casal,donos de uma bodega no Alecrim,não condizente ao meio que se for-mara.Assim era o meu marido quenão admitia diferenças sociais.Fazia seu ponto de trabalho no Ale-crim, e era amigo de todos os co-merciantes.

Sendo assim, para cobrá-losusava de muita conversa. Sentava-se na porta do bar de Toinho e alídispensava atenções aos humildese distribuía o que tinha na carteiraaos que pediam.Chegou por contaprópria a mandar pintar o local elavar as dependências.

Tinha verdadeira paixão por Pi-rangi, a quem chamava de "meuparaíso".

A rua da nossa casa de vera-neio era cheia de buracos e quan-do chuvia a lama era terrível.Eleconseguiu junto ao (DER) o seucalçamento.

Por essa razão, os vereadores deParnamirim deram o seu nome, à re-ferida rua, o que muito honrou asua família. No ato da colocaçãoda placa contou com a presençados vereadores e familiares.

Ainda em Pirangi, além dos ca-chorros tínhamos aves da mais va-riadas espécies, onde ele cultivavapimenteiras que viravam molhosartesanais, para oferecer aos ami-gos.

Depois da sua morte, vez poroutra, eu, no nosso carro, passavapelas redondezas; corria o guardade trânsito e todo aquele pessoalque convivera com ele para me daro testemunho de quanto o admira-vam.

Ajudou a meninos carentes etrouxe seis deles para nossa casadando-lhes refeições, vestuários eeducação. Na ocasião do seu veló-rio, na missa celebrada por DomNivaldo Monte, ele enalteceu esteato de bondade que Fiuza se dispu-nha.

Aqui está o perfil desse homemque soube dar valor a vida, muitoembora a morte, em consequênciada hemodiálise, que veio atormen-tá-lo e o ceifou.

Eis aí, o relato de quem juntoa ele, enfrentou toda uma vida.

Cleuze - Esposa

ESTAREMOS SEMPRE JUNTOS

FIUZA FILHO: Ao relembrara morte de alguém querido, sobre-tudo um pai, falamos inevitavel-mente na saudade que sentimos dealguém que partiu. Os dias e osanos passam e, de repente, ao olhar-mos para o calendário, verificamosque já se foram longos anos. Nocaso de José Fiuza Filho - ou Fiu-zinha, como era carinhosamentemais conhecido por familiares eamigos - lá se vão 15 anos.

Fiuza morreu relativamentecedo, aos 75 anos, mas despediu-se da vida após gozá-la intensa-mente, sempre à sua maneira des-temida e generosa, com todas asalegrias, prazeres e riscos aí impli-cados. Sempre me pareceu que omedo da morte (ou de qualqueroutra coisa) lhe era desconhecidoou, pelo menos, irrisório. Tenhocerteza de que ele concordaria ple-namente com a frase de MárioQuintana: "Morrer, que me impor-ta? O diabo é deixar de viver".

Se tivesse que apontar uma ca-

racterística marcante de sua perso-nalidade, diria que foi a generosi-dade sempre presente com relaçãoà família e amigos. Esse traço semesclava muitas vezes com umamaneira de ser agreste, dura e in-tempestiva, mas que jamais oculta-va um coração generoso.

Conversamos pouco ao longoda nossa convivência, ou, visto emperspectiva, bem menos do querealmente teríamos desejado.Assim como não teve a oportuni-dade de me contar várias coisas,outras tantas eu também nunca lhedisse.

Mas, hoje, na lembrança e nolimiar da minha própria velhice,quando as equações existenciaisparecem de mais fáceis soluções, adistância de ontem se transformana certeza de que estaremos sem-pre juntos pelos anos vindouros.

José Fiuza Neto - filho

MEU HERÓIMeu pai sempre foi meu herói.

Depois que ele se foi sinto a sua pre-sença constante ao meu lado. Gos-tava de ouvir suas histórias sem-pre mostrando aventuras criadas naimaginação, ligando as coisa que ascrianças gostam de ouvir.Como ele,adoro cachorros e crio dois commuito carinho, o Lula e a Cami-la.A sua estrela que brilha no céusempre me guiará.

Ana Célia - filha

HOMENAGEM AO AVÔ Tenho muitas boas recordações

do meu avô Fiuza, apesar do poucotempo que tivemos juntos e deminha pouca idade. Lembro-me deque era uma pessoa calma, bona-chona com todos, de fino trato. Eu

gostava muito de passar o tempocom ele, quando o mesmo se encon-trava em Natal, já que na maioriadas vezes, estava por Pirangi, queera considerado o seu refúgio (SolarSanta Felicidade).

Uma das coisas que aprendicom ele foi o interesse pela leitu-ra. Me recordo que várias vezes oencontrava compenetrado em leitu-ras diversas, desde o jornal matinalaos livros de faroeste, os quais tantogostava e tinha até uma coleção.

Foram ótimos momentos aolado do meu querido avô que sem-pre me deu tudo o que eu queria.Só restou uma promessa que omesmo me fez em vida e, infeliz-mente não chegou a cumprir: melevar para pescar.

Luciano Fiuza, neto

PORTUGUESINHATio Fiuza, nos conhecemos

quando eu era ainda pequena e logoque me viu, chamou-me de portu-guesinha, apelido carinhoso. Pessoaincrível, que me acolheu como umafilha, do coração. Para tudo que pe-díamos ele de imediato dizia NINE(queria dizer não) mas, o sentidodesta palavra para ele, sempre foiSIM. Que saudades sinto de vocêmeu tio, das nossas conversas, dePirangi, seu recanto preferido. Vocêfoi, é e sempre será uma pessoa ilu-minada.

Maria Eugênia (sobrinha docoração)

CONTADOR DE HISTÓRIAS"Tio Fiuza era uma figura!!! A

imagem mais forte que tenho deleé no terraço da casa de Vozinha -casa de D. Marliete e Seu Arnaldona praia de Pirangi do Norte, rindo

junto a nós todos, contando "cau-sos", piadas e falando de política!

Não podia ser contestado e nóstodos respeitávamos. Muito bom!!!O verão e aquele terraço sem eles,ficou um pouco sem graça.

Idaísa - sobrinha

LEMBRANÇAS MARCANTES1.- Quando as pessoas estão

entre nós, os fatos em relação aelas não são lembrados. Mas quan-do se vão, estes fatos e momentosafloram em nossa memória. É oque acontece comigo em relação aomeu primo Fiuzinha, que apesarda diferença de idade, do conví-vio, ficaram lembranças marcantesnas diversas fases de minha vida.

2. - Fiuzinha morava em SantaCruz e veio estudar em Natal, fre-quentando sempre nossa casa àPraça Pio X, 328. Eu menino deuns cinco anos, fui algumas vezes,acompanhado por ele, assistir à re-gata no Rio Potengi, em domingospela manhã, disputada entre oSport Clube Natal e o Centro Náu-tico Potengi. Ficávamos no caisda Tavares de Lira ou no cais doPorto. Claro que não me lembro,quem ganhava ou quem perdia,mas impressionava-me o espetácu-lo das pessoas torcendo, além dadisputa dos páreos e aí, talvez pelocolorido das camisetas, ou influen-cia, o Sport ganhou mais um tor-cedor. A oportunidade de presen-ciar esses eventos, a mim propor-cionada por Fiuzinha, marcou aminha infância.

3. - Estudou em Fortaleza eposteriormente em Salvador, onderesidiu alguns anos. Foi nessaépoca que descobriu ou foi des-coberto pela baiana Cleuze. Por

sinal três primos, fomos vítimasdas baianas e com elas nos casa-mos: Fiuzinha, Heriberto Bezerrae eu.

4. - Voltando a Natal penso queem 1947 já noivo, ficou morandono Grande Hotel, no qual residía-mos, por ser pertencente ao meupai e seu tio Theodorico Bezerra.Lá funcionava o escritório da em-presa aérea Panair do Brasil, daqual Theodorico era o agente ou re-presentante em Natal e onde Fiu-zinha foi trabalhar.

5. - Nesta fase convivemosbastante e conversávamos frequen-temente. Eu adolescente metido agente e ele já adulto. Seu bureaude trabalho ficava junto à janelaque abria para o salão de entradado Grande Hotel e lembro-me mui-tas das vezes que ali ficava, pelolado de fora, a conversar, sentadono braço de uma poltrona perto dopiano, onde Paulo Lira tocava paradeleite dos hóspedes.

6. - Fez amizades no GrandeHotel com os comandantes Rochae Custódio que fundaram a AeroGeral, tendo sido escolhido seu re-presentante em Natal, sendo ins-talado o escritório na Praça José daPenha e onde eu freqüentava.

7. - Tendo a Aero Central en-cerrado as atividades e já casado,voltou a Santa Cruz, entrando noramo de construções, e posterior-mente ingressado como funcioná-rio do fisco estadual.

8. - Na política participou sem-pre ao lado do tio Deputado Theo-dorico Bezerra, ajudando-o, tendochegado a exercer o mandato devereador em Santa Cruz.

9. - Frequentava o escritóriode Theodorico no Grande Hotel,

onde às vezesnos encontrávamos,como também acontecia no Está-dio Machadão, geralmente emjogos do América.

10. - Marcantes foram as co-memorações dos aniversários demeu pai na Fazenda Irapurú, coma presença dos familiares e os al-moços com os primos em sua casaem Pirangi, onde éramos fidalga-mente recebidos por ele e Cleuze,com a presença dos filhos FiúzaNeto e Célia.

Kleber de Carvalho Bezerra -primo

ALEGRE E SOLIDÁRIOFiuzinha, carinhosamente

assim chamado por familiares eamigos era o quinto filho do casalJosé Caminha Fiuza Lima e MariaMarieta Bezerra Fiuza. Fez seusestudos em Recife e Fortaleza.Cursou o C.P.O.R e serviu o Exér-cito Brasileiro no posto de 2º Te-nente durante a segunda GuerraMundial. Foi agente da empresaaérea, Aero Geral. Extinta a AeroGeral, foi residir em Santa Cruzonde trabalhou na indústria de al-godão dos tios Theodorico e JoãoBianor Bezerra. Com a participa-ção dos tios na política partidária,filiados ao antigo PSD, Fiuzinhafoi eleito vereador em 03 de outu-bro de 1950. Representou duran-te quatro anos uma parcela da po-pulação de Santa Cruz, a partir daposse em 30/03/1951.

Posteriormente, voltou paraNatal onde recebeu convite paratrabalhar em empresa de constru-ções em Salvador-Ba. Nos anos60, governo de Aluisio Alves, foisecretário particular do governadorem Natal.

Finalmente foi nomeado Fiscalde Rendas do RN, cargo que exer-ceu até a sua aposentadoria aos 70anos. Fiuzinha, sempre foi simpá-tico, disponível para ajudar aosseus semelhantes. Foi atuante noLions Clube. Era torcedor do Amé-rica Futebol Clube.

Sempre bem humorado, trans-mitia alegria aos que com ele con-viveram. Viveu 75 anos e faleceuem Natal nos idos de 1998. Dei-xou saudades e boas lembrançasentre amigos e familiares.

Lauro Bezerra - primo

LEÃO AUTÊNTICOTenho o maior prazer em dar

o meu depoimento sobre a grandefigura humana que foi meu amigoJosé Fiuza Filho, o Fiuzinha.

Sócio-Fundador e ex-Presiden-te do nosso clube de serviços, oLions Clube Natal Reis Magos,Fiuzinha se revelou leão autêntico,com relevantes serviços prestadosao leonismo potiguar, sempre aolado de sua Domadora Cleuze.

Homem de espírito leve, amigode todos, sincero em seus pronun-ciamentos, convivia com a comu-nidade leonistica em plena harmo-nia, procurando sempre vivenciaro espírito de companheirismo eamizade inerentes à sua persona-lidade.Saudades de todos que in-tegram o Reis Magos.

Carlos Alberto Chaves - As-sociado do LIONS CLUBE NATALREIS MAGOS

UM VIZINHO E COMPADREFiuza,Fiuzinha, um homem ge-

neroso, para quem não havia temporuim, nem tristeza. A vida, paraele, era uma festa!

Meu compadre com a queridaCleuze, apadrinharam Luciana,minha filha mais nova. Mas, pri-meiro fomos vizinhos, quando tes-temunhei curiosa sua pródiga ro-tina em trazer para casa, muita co-mida, muita bebida, muitos fami-liares e amigos.

De sua convivência, tambémfaziam parte muitos animais! Cria-va tantos, que alguns transeuntespediam para conhecer aquele "zoo-lógico" doméstico. Tucanos, pa-pagaios, araras que, com outrospássaros, coloriam e davam musi-calidade à vida e à casa dos Fiuza.O cão dobermann, de um preto re-luzente e bem cuidado, foi adqui-rido na Bahia com o título deÁlamo Alaô, Príncipe de Oxuma-ré e viajava até para São Paulo afim de concorrer aos concursos.

Fiuza soube viver e soube nãoviver. Calma e serenidade foramposturas adotadas ao longo de umademorada vivência com tratamen-tos de saúde. E o fato de não se en-contrar mais aqui, não impede quesua forma de ser e de viver, per-maneça entre os que o conhece-ram e continuam a admirá-lo.

Celina Maria Bezerra, coma-dre e amiga

Érika [email protected]

Cidade Quarta-feira20 O Jornal de HOJE Natal, 29 de maio de 2013

Ícone Fashion José Fiuza Filho