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SONORIZAODE TEMPLOSO novo sistema de udio do
Santurio Dom Bosco, em BrasliaAO VIVOChili Peppers no Brasil e a
gravao do novo DVD de Djavan
ISOLAMENTO ACSTICOTransmission Loss e Sound TransmissionClass em mais uma etapa do projeto
Ano XXV - janeiro/2014 n268 - R$ 13,00 - www.musitec.com.br
UDIO FUTEBOL CLUBETudo sobre o som da grande festa delanamento da nova camisa da seleo
Os raiders do Circuito Banco do Brasil Show de luzes no evento da NikeCorrigindo imperfeies e atenuando sombras com difusoresUZ&
CENA
SISTEMASDESONORIZA
O
PARTE9Oinciod
osconsoles
demixagem
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ISSN 1414-2821udio Msica & TecnologiaAno XXV N 268 / janeiro de 2014Fundador: Slon do Valle
Direo geral: Lucinda Diniz [email protected] jornalstica: Marcio TeixeiraConsultoria de PA:Carlos Pedruzzi
COLABORARAM NESTA EDIOAlexandre Guimares, Cristiano Moura,Daniel Raizer, Enrico De Paoli, Lo Miranda,Lucas Ramos, Luciano Alves, Omid Brgin eRenato Muoz.
REDAOMarcio Teixeira - [email protected] Sabatinelli - [email protected]@[email protected] DE ARTE E DIAGRAMAOClient By - clientby.com.br
Frederico Ado e Caio Csar
AssinaturasKarla [email protected]
Distribuio: Eric Brito
PublicidadeMnica [email protected]
Impresso: Ediouro Grfica e Editora Ltda.
udio Msica & Tecnologia uma publicao mensal da EditoraMsica & Tecnologia Ltda,CGC 86936028/0001-50Insc. mun. 01644696Insc. est. 84907529Periodicidade Mensal
ASSINATURASEst. Jacarepagu, 7655 Sl. 704/705Jacarepagu Rio de Janeiro RJCEP: 22753-900Tel/Fax: (21) 2436-1825 (21) 3079-2745
(21) 3435-0521Banco BradescoAg. 1804-0 - c/c: 23011-1
Website: www.musitec.com.br
Distribuio exclusiva para todo o Brasil pelaFernando Chinaglia Distribuidora S.A.Rua Teodoro da Silva, 907Rio de Janeiro - RJ - Cep 20563-900
No permitida a reproduo total ouparcial das matrias publicadas nesta revista.
AM&T no se responsabiliza pelas opiniesde seus colaboradores e nem pelo contedodos anncios veiculados.4 | udio msica e tecnologia
Antes de qualquer coisa, feliz ano novo, caro leitor! Que voc tenha um 2014cheio de alegrias, realizaes e, claro, udio de primeira qualidade. E esperoque o seu Natal tambm tenha sido aquele Natal, de amor e unio. Fim deano bom, n?
Nessa primeira udio Msica & Tecnologia do ano, so muitos os desta-ques. Pra comear, como voc j pde ver em nossa foto capa, apresen-tamos uma matria bem completa sobre a sonorizao da festa de lana-mento da nova camisa que a Nike produziu para a seleo brasileira. E,
sim, ser essa a veste canarinho no principal evento do nosso calendrionesse ano: a Copa do Mundo! A festa, em si, reuniu vrios dos principaisartistas populares do nosso pas, e, sendo assim, envolveu muita respon-sabilidade no quesito som. Na matria voc ver cada detalhe tcnico
deste evento que, tomara, tenha dado sorte a Neymar & cia.
Outros dois textos sobre shows presentes nessa AM&T 268 levam a vocinformaes sobre a gravao do novo DVD de Djavan, baseado em seultimo disco, Rua dos Amores, e sobre a mais recente passagem dos RedHot Chili Peppers pelo pas. Comandada por Flea e Anthony Kiedis, a banda,que surgiu fazendo um punk funk e que sempre teve um jeito de grupo de
humor, hoje, mais madura, toca para milhares em grandes eventos por todoo mundo. E para tocar seu som elaborado, cheio de detalhes, a banda contacom uma grande estrutura. Para saber mais, claro, s ler a matria.
O novo sistema de udio do Santurio Dom Bosco, em Brasilia, nas palavrasdo prprio responsvel por ele, o consultor em udio e acstica Alexan-dre Guimares, tambm um dos destaques desta edio, que tambmapresenta aos leitores a nova seo udio no Brasil. No novo espao, que
em sua estreia aborda a vida e a obra do mito Norival Reis, voc sempreencontrar pers de prossionais fundamentais para o udio nacional. lersempre para conhecer cada vez mais sobre a histria do nosso som, quesegue sendo escrita a cada dia.
J no caderno Luz & Cenaas atraes so a iluminao tanto da festada nova camisa do time de Felipo quanto do Circuito Banco do Brasil,
festival que rodou por algumas capitais no s com os Chili Peppers, mastambm com outros grandes artistas, do quilate de Joss Stone, SimpleMinds, Skank e Jota Quest. Na seo Direo de Fotografia Para Vdeo,dicas de como usar difusores para corrigir imperfeies e atenuar som-bras. Em Media Composer o tema o User Profile e tudo de positivo queele permite ao usurio do editor no-linear.
Bom ano! Boa leitura!
EDITORIAL
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udio no BrasilNorival ReisMarcio Teixeira
Ao Vivo: Rua dos AmoresEm turn de seu mais recente lbum,Djavan grava DVDRodrigo Sabatinelli
Plug-insSuperTap Delay Muito almda repetio sonoraCristiano Moura
Notcias do FrontAs Partes de um Sistema de Sonorizao
(Parte 9): Consoles de mixagem O incioRenato Muoz
direo de fotografia para vdeoCorrigindo imperfeies e atenuandosombras com difusorespor Lo Miranda
media composerUser Profile O Media Composer do seu jeitopor Cristiano Moura
eventoSeleo Iluminada: Nike lananova camisa da seleosob show de luzes
por Rodrigo Sabatinelli
Vestindo a camisa do BrasilEm alto e bom som, eventoda Nike lana camisa queseleo brasileira usarna Copa do MundoRodrigo Sabatinelli
Circuito Banco do BrasilFestival tem riders variadospara receber atraes comoChili Peppers e Joss Stonepor Rodrigo Sabatinelli
editorial 2novos produtos 10
Em CasaEquipamentos para um Home Studio: Microfones(Parte 4) Mais tipos e modelos popularesLucas Ramos
Red Hot Chili Peppers no BrasilBanda californiana traz grande estruturapara shows no pasRodrigo Sabatinelli
O Som do SanturioEm detalhes, o novo sistema de udio doSanturio Dom Bosco, em BrasliaAlexandre Guimares
Pro ToolsPartitura no Pro Tools 11: Exatamente para qu?Daniel Raizer
udio e AcsticaProjeto de Isolamento: O Transmission Loss ea Sound Transmission Class
Omid Brgin
SonarO Piano Roll do Sonar X2 (Parte 2)Luciano Alves
Lugar de VerdadeMonitores de Estdio Eles no so um enfeiteEnrico De Paoli
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notcias de mercado 6ndice de anunciantes 95
Nova
seo
P R O D U T O S . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 2
E M F O C O . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 4
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nacionais de pr-udio e showbusiness aindatm muito a evoluir
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NOTCIASDEMERCADO
No mercado desde 1975, a tradicional Mil Sons uma rede delojas fundada em Porto Alegre-RS. Atualmente com 16 unida-des, presentes em seis estados (Rio Grande o Sul, Santa Cata-
rina, So Paulo, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraba),a empresa recentemente inovou ao abrir uma loja exclusivade udio e iluminao prossional onde h uma tcnica de
estdio para a realizao de testes de produtos, alm contarcom espao para workshops e especialistas de produtos dosmercados de udio e luz disposio dos clientes.
Um destes especialistas Rafael Siqueira, que antes de in-
gressar na Mil Sons j era cliente e esteve frente de al-guns treinamentos de cordas para os funcionrios da em-presa (Rafael endorsee DAddario/Planet Waves e artista
Ibanez Guitars). A diretoria me perguntou o que eu achavada ideia de abrir uma loja de udio. Achei timo, pois o mer-cado de udio carecia de um lugar no s com equipamentosde qualidade, mas com o diferencial do material humano,
arma. Ento, fui convidado para ser o primeiro especialista
em produtos da empresa, que queria contar com prossionais que soubessem falar a lngua do cliente que trabalha com udio,
acrescenta o especialista, pontuando que embora haja vendedores na loja, toda a parte de suporte e assessoria feita por ele.
No entanto, para aceitar o desao, Rafael argumentou com a diretoria que a loja, inaugurada dia 14 de agosto do ano passado,
precisava ter diferenciais, como a tcnica de estdio, para teste de produtos. Aqui, quando o cliente est em dvida na comprade um microfone, abrimos uma sesso de Pro Tools e gravamos todos que ele quiser, para depois fazer comparaes e com-prar o que mais lhe agrada. Queremos ser referncia no atendimento. Temos visitado estdios para fazer baterias de testes
de produtos, destaca, reforando que outra necessidade seria trabalhar com produtos diferenciados. Trazer os microfonesda Violet foi o primeiro passo para ter produtos exclusivos, e espero que esta seja a primeira de muitas marcas que tenhamosexclusividade, concluiu. Segundo Rafael, a nova loja j conta com clientes de todo o Brasil.
MIL SONS INOVA EM SUA MAIS RECENTE LOJA
Workshops como o de bateria de Renato Siqueira,com participao de Rafael ( direita), so atraesda Mil Sons udio & Iluminao Profissional
Tcnica de estdio, espao para workshops e especialistas de produtos so diferenciais
Divu
lgao
ESTDIO BOOM SOUND DESIGN INICIA ATIVIDADESFoi inaugurado recentemente, em Curitiba, o estdio Boom Sound Design, que, de acordo com sua direo, capaz de servir como
base para trabalhos que vo desde produes at mixagens para cinema em 5.1. Apesar de estar no incio de suas atividades, o
Boom Sound Design que conta com uma mesa Solid State Lo-
gic Matrix, uma das poucas encontradas no Brasil, e uma sala de
gravao projetada pelo fsico Geraldo Cavalcante j possui um
currculo que inclui a gravao de um jingle da nova propaganda deNatal da Coca-Cola, interpretada pelo cantor Daniel.
frente do estdio e da produtora Boom Sound Design est
o msico, produtor musical e engenheiro de udio Lucas Pe-
reira, formado pelo Musicians Institute, de Los Angeles, e
que voltou ao Brasil com o intuito, segundo ele, de abrir um
espao baseado na excelncia tcnica com a qual teve conta-
to nos EUA. "Meu objetivo foi criar um ambiente que unisse
o melhor do mundo digital ao melhor do mundo analgico. A
ideia ter um altssimo padro de qualidade para gravaes e
produes", explica Pereira. Mais informaes sobre o estdio
podem ser obtidas em www.boomsounddesign.com.Sala de gravao do Boom Sound Design:projeto do fsico Geraldo Cavalcante
D
ivulgao
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NOTCIASDEMERCADO
OPMAT A NOVA DISTRIBUIDORA DAAMERICANA QSC NO BRASILNo m do ano passado, a OPMAT Materiais Servios Im-
portao e Exportao Ltda. assumiu a distribuio nacio-
nal das caixas ativas, passivas e amplicadores da norte-
-americana QSC. A OPMAT, que parte do Grupo OP, desde
sua fundao at hoje trabalha na rea de prestao de
servio de sonorizao, iluminao, geradores e estruturas
para eventos. A empresa j funcionava na rea comercial
de vendas de materiais em paralelo com a Only Entreteni-
mentos, fundada em 2001 na cidade de Trememb-SP.
Com a necessidade de buscar novos horizontes, tecnolo-
gias e parcerias, a OPMAT foi em busca de empresas que
pudessem atender s necessidades do mercado, destaca a
direo da companhia, por meio de comunicado ocial. Foi
assim que conhecemos uma empresa estruturada no mercado internacional e, acima de tudo, preocupada em criar no s equipa-
mentos, mas tambm solues. Ainda de acordo com o comunicado, graas experincia tcnica e de mercado de um dos scios,
Osvaldo de Almeida, foi possvel negociar uma grande parceria. No estamos apenas preocupados em trazer equipamentos,
mas tambm oferecer assistncia tcnica, reparos e peas de reposio. Esperamos, com isso, colocar a marca QSC no mercado
brasileiro altura do que ela representa no mercado internacional.
Lulu Santos, Aline Barros, Michel Tel, Diogo Nogueira, Chitozinho & Xoror e Paula Fernandes so os nomes que fazem
parte do cast da Shure no Brasil. A empresa, que divulgou a lista em dezembro passado, uma das maiores fabricantes de
microfones do mundo e conta com um histrico de mais de 80 anos em inovao de udio.
Mas que produtos da fabricante cada um destes artistas usa? Lulu Santos, por exemplo, leva aos shows o microfone
para vocal KSM9, de diafragma duplo, o sistema sem o UHF-R e o transmissor wireless UR1, para a guitarra. Aline
Barros, por sua vez, conta com o mic Shure Beta 87C, o sistema sem o UHF-R e o de monitorao in-ear PSM 900. A
lista da consagrada dupla sertaneja Chitozinho & Xoror inclui os mics UR2/Beta 58 e SM 87A para vocais e Beta 52A,
Beta 98AMP/C, SM57-LC e SM81-LC para bateria, entre outros equipamentos, enquanto que nas apresentaes de Dio-
go Nogueira esto, entre outros, o mic UR2/KSM9 BK para vocal, kit de mics para bateria DMK 57-52 e modelos Beta
181C e SM81-LC para o mesmo instrumento.
Nos shows do fenmeno Michel Tel, alm dos
sistemas sem o da marca e in-ears, entre ou-
tros itens que esto nos sets de praticamente
todos os endorsees, so usados o UR2/KSM9
BK para o vocal principal e mics como o Beta
181C, Beta 52 e SM81-LC para a captao da
bateria. Fechando a lista de "quem usa o que",
nas performances de Paula Fernandes esto,
entre outros itens da Shure, o mic UR2/KSM9
SL, para o vocal da cantora, e os SM27-SC,
SM57-LC e Beta 98AMP/C, para a bateria.
Mais informaes sobre cada artista e seus
equipamentos podem ser conferidas em
www.shure.com.br.
SHURE DIVULGA SEU CAST DE ARTISTAS NACIONAIS
Diogo Nogueira no palco: um dos artistas
nacionais a integrar o cast da Shure
A caixa ativa K12, da QSC: no Brasil via OPMAT
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NOVOSPRODUTOS
SYNTH CASIO XW-G1 J DISPONVEL
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Recm-chegado ao Brasil, o NS DAddario/Planet Waves, fruto de uma parceria entre as duas marcas e projetado a partir de uma co-
laborao com Ned Steinberger, considerado o menor anador clip-on disponvel. Graas ao seu software, o equipamento promete
ecincia e preciso maiores do que as vericadas por produtos do mesmo tipo lanados anteriormente.
O NS pode ser posicionado na parte traseira da cabea do instrumento, o que permite ao msico
enxerg-lo o tempo todo, enquanto o equipamento ca distante dos olhares da plateia. A fabri-
cante Planet Waves tambm arma que o design do mecanismo de clip-on tambm passou por
ajustes, e que agora seu uso se d de forma ainda mais confortvel.Quanto ao software, a com-
panhia informa que ele agora permite um reconhecimento mais rpido das notas e proporciona
uma anao com mais preciso. J o pequeno display apresenta o nome da nota, sendo que na cor
vermelha quando a mesma no est devidamente anada e em verde quando est ok. O item tambm
oferece um metrnomo, que sempre pode ser til.
www.planetwaves.com
www.musical-express.com.br
BEHRINGER LANA O ULTRALINK ULM100USBA Behringer acaba de apresentar ao mercado o novo ULM100USB, da srie de sistemas de microfones sem o USB
Ultralink, que busca permitir ao usurio muito mais mobilidade no palco ou auditrio. Verstil e fcil de usar, ele
indicado para prossionais ou iniciantes e proporciona um som de alta qualidade graas ao seu transmissor embu-tido, que opera na faixa de licena livre de 2,4 GHz. O receptor pode ser conectado diretamente ao seu PC/ MAC
atravs da porta USB do computador.
Entre outras caractersticas do equipamento esto cpsula do microfone de alta qualidade para aplicaes vocais
dedicadas, maior gama de sensibilidade de udio, emparelhamento automtico, botes de volume para cima e para
baixo integrados no microfone de mo, modo de interface digital de udio analgico/USB dupla com deteco auto-
mtica e dongle receptor alimentado atravs de interface USB, tudo em uma estrutura robusta, que garante a vida
longa do equipamento.
www.behringer.com
www.proshows.com.br
PRECISO DESTAQUE EM NOVO MICROAFINADOR
J est nas prateleiras, reais e virtuais, o sintetizador Casio XW-G1, que tem
como diferencial uma interface que permite controle em tempo real, o que, se-
gundo a fabricante, signica um conceito inteiramente novo quando o assunto
criao de trilhas. O equipamento, que possui um sequenciador de 16 passos e
um looper, permite a alterao de notas e da velocidade em real time. Atravs
de uma funo de corrente possvel que os autores de trilhas misturem at 99
padres musicais para reproduzi-los em loop.
Vale ainda destacar que o Casio XW-G1 conta com 766 formas de onda sintetiza-
das, 701 formas de onda de bateria e 20 variaes de club beats, 100 frases pr-denidas, funo Arpeggio e tecla multifuncional, que
faz o usurio ser capaz de atribuir vrias funes e frases ao teclado. O synth pesa pouco mais que 5 kg, possui 61 teclas e conta com
uma bateria que garante seu funcionamento por cerca de 35 horas.
www.casio.com
www.izzomusical.com.br
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CABEOTE VALVULADO BUGERA 1960 INFINIUMFO cabeote valvulado 1960 Innium 150 W RMS, da Bugera, chega apresentando uma vasta gama de opes de timbres e um
ganho que, segundo a fabricante, capaz de enlouquecer qualquer cabea. Conta com as clssicas vlvulas EL34 e ECC83,
que proporcionam um tom bem caracterstico e ganho das altas hi-gain. O som quente valvulado vem do pr-amplicador estilovintage, tpico dos anos 1980. De acordo com a Bugera, o complemento adequado ca por conta da caixa 412H-BKE, tambm
estilo vintage, indicada para todos os cabeotes valvulados da marca.
Vale ainda destacar que o 1960 Innium 150 W RMS possui dois canais de
pr-amplicador com quatro jacks de entrada que atuam separadamente, em
paralelo ou por cascateamento, conectando aos timbres dos anos 1960, 1970
e 1980. O controle de volume master conta com separador ps-fase com
sistema bypass e o loop de efeitos tem chave de nvel dedicada e tambm
funo by-pass. O produto apresenta chave de impedncia (4, 8 e 16 ohms).
www.bugera-amps.com
www.proshows.com.br
Novidade da Audio-Technica no Brasil, o Sistema 10 uma sistema sem o verstil indicado para instalaes, turns, msicos, apre-
sentadores e ambientes exigentes. Voltado para quem precisa de muita frequncia operando simultaneamente e para quem utiliza o
transmissor perto da base, o Sistema 10 livre do efeito compander, e assim mantm a integridade do udio.
Com montagem robusta, o sistema conta com um receptor digital em for-
mato tabletop com display de ID que emite comunicao em micro-ondas
na faixa de 2.4 GHz sem interferncias de frequncia. O equipamento, que
permite uso de at oito sistemas simultneos compatveis com todos os ca-
nais, conta com conectores de sada tipo XLR e 1/4 balanceados com controle
de nvel para uso com diversos equipamentos de udio. Diferentes conguraes
esto disponveis, com os transmissores de mo ATW1102 e body packs de cabea
ATW 1101/H, cabea (no) ATW 1101/H92, o microfone de lapela ATW 1101/G
tipo headset e de instrumentos musicais ATW 1101/G.
SOM LMPIDO D O TOM NO SISTEMA 10 DA AUDIO-TECNHICA
VERSO 2 DO PLUG-IN PARA VOZES NECTARA Izotope, companhia responsvel pelo Ozone (plug-ins de masterizao) e pelo RX3 (software de restaurao de udio) colocou
no mercado a mais recente verso do Nectar, seu plug-in para processamento vocal. O Nectar 2 disponibiliza ao usurio 11 pro-
cessadores originais, com direito a equalizador, de-esser, controle de saturao e respirao, correode pitch. Entre os efeitos esto um novo reverb do plate reverb estreo EMT 140 e efeitos de modula-
o e distoro, alm de um harmonizador (gera harmonias automaticamente no tom desejado) que
tambm torna possvel ao usurio tocar harmonias customizadas a partir de um controlador MIDI.
O Nectar 2 tambm dotado de uma biblioteca formada por mais de 150 presets,
que podem ser acessados facilmente, uma vez que esto separados por gnero
e estilo. Por meio destes presets ca mais fcil especialmente para quem est
comeando agora a mexer com produo deixar os vocais do jeito que se deseja.
O Nectar 2 e sua Production Suite so encontrados nos formatos AAX ( 64 bits),
RTAS/AudioSuite, VST, VST 3 e Audio Unit.
www.izotope.com
www.audio-technica.com
www.proshows.com.br
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Norival Reis
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UDIO NO BRASIL | Marcio Teixeira
Comea nesta edio a seoudio no
Brasil. Nela, voc encontrar pros-
sionais que zeram e fazem a histria
do udio em nosso pas. Alguns mais
conhecidos, outros nem tanto, mas to-
dos de grande importncia para a arte
que a nossa razo de ser.
Aproveite!
No dia 24 de maro de 1924, emAngra dos Reis, nascia Norival Reis,
nome que virou lenda no udio
brasileiro, e no por falta de moti-
vos. Tcnico de som, cavaquinhistade mo cheia, produtor, arranjador,
compositor... Norival transitou com
desenvoltura por diversas reas da
arte sonora nacional, deixando suamarca indelvel na histria.
Foi para o Rio de Janeiro aos 14 anos, crescendo entre
os subrbios de Madureira e Oswaldo Cruz, Norival,ainda novo, passou a frequentar os sambas da Portelae do Imprio Serrano. O amor pela msica j era uma
realidade. Tanto que, na dcada de 1940, j atuava
como compositor. Aos 21 anos, em 1945, comps sua
primeira marcha,At Vestida, e em seguida, O Baro.Em 1951, outra obra que veio tona foi Hoje ou Ama-
nh, samba feito em parceria com Ruthinaldo Silva e
interpretado pela dupla Joel e Gacho. J em 53, Eli-
zeth Cardoso colocou sua voz marcante em Nem Res-ta a Saudade, parceria de Norival com Irani Oliveira.
Composies suas tambm foram gravadas por artis-
tas como Bezerra da Silva, Marlene, Ruy Rey, ngelaMaria, Clara Nunes e Jamelo, entre muitos outros.
O UDIO
No m da dcada de 1960, Vav da Portela (um
apelido de Norival que pegou a ponto de virar
samba na voz de Paulinho da Viola) era membro
da ala dos compositores da escola de Madureira,
sendo, inclusive, co-autor de sambas-enredo con-sagrados, como Ilu Ay, Terra da Vida, de 1972,
Macunama, Heri de Nossa Gente, de 1975, eHoje Tem Marmelada, de 1980. Diversos boleros,
marchinhas e sambas-canes tambm integramseu menu de composies, mas, de fato, ser
um inspirado autor no era suciente para ele. O
udio era uma paixo bem antiga.
Quando comeou a trabalhar na Colmbia do Brasil
(selo da Bhyington & Companhia, que representava aColumbia americana no pas), Norival tinha 17 anos. L,
tirava ciscos da cera em que eram gravados os discos ecolocava a matriz na estufa, o que lhe rendeu o apelidode Cisco. Papai comeou a gravar mais ou menos na
dcada de 40, com som para cinema, recorda a lha,
Maria Alice, irm do tambm engenheiro de som Luiz
Carlos Torquato Reis. Entre os lmes sobre os quais h
registros de trabalhos de Norival esto Genival deMorte (1956), Tem Boi na Linha (1957), S Naquela
Base(1960), Quero Essa Mulher Assim Mesmo(1963)eAs Aventuras de Chico Valente(1968).
Vav, que tambm atuou na Continental, onde cou
por 26 anos, gravou com monstros sagrados comoFrancisco Alves, Slvio Caldas, Elizeth Cardoso, Emi-
linha Borba e Angela Maria. No entanto, falava com
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carinho especial dos trabalhos feitos com as orques-
tras Tabajara e do maestro Radams Gnattali. Eu
gostava muito de brincar durante as gravaes, o
que desagradava alguns poucos cantores. As brinca-
deiras, porm, em lugar de atrapalhar, davam mais
rapidez s gravaes, por descontrarem os artistas,
disse Norival ao jornal O Globo, em maio de 1990.
Entre os lbuns em que trabalhou como tcnico esto
Viva a Brotolndia(1961), de Elis Regina, Fuga ComMorgana(1962), de Morgana, Samba, Canto Livre deum Povo, de Ederaldo Gentil (1975), Cartola(1976),Grupo Chapu de Palha(1977) e Escrete Do Samba3(1977), do Conjunto Exploso Do Samba. Entre os
trabalhos que produziu esto Folha Morta (1977), deJamelo, e Madrugada 1:30(1969), do Tema 3.
CRIATIVIDADE E ATITUDE
No quesito tcnica, Norival obteve grande desta-
que por ter sido um pioneiro da gravao com c-
mara de eco no Brasil. Eu no sei como ele fez. Mas
sei que o povo gostou, diz a flha, bem-humorada.
A histria a seguinte: em 1951, nas sesses do
baio Delicado, de Waldir Azevedo, Norival Reis, en-to tcnico da Continental, desenvolveu uma cmara
de eco rudimentar, que, na realidade, consistia em
uma caixa de som e um microfone instalados em um
banheiro desativado que fcava ao lado do estdio. O
som, depois de ecoar nas paredes do banheiro, era
captado pelo microfone e somado ao som da m-
sica. Diz-se que o resultado fez tanto sucesso que
Norival at recebeu cartas do exterior perguntando
qual era a marca do equipamento utilizado. Cheio de
humor, ele dizia que era Celite, nome da tradicional
fabricante de louas para banheiro.
O mesmo recurso tcnico voltou a ser utilizado por
Norival Reis na fantasmagrica cano Sistema Ner-
voso, gravada por Orlando Correia tambm em 1951
(segundo Vav, a primeira faixa feita no Brasil a con-
tar com sonoplastia), no foxtrote Bom dia, Mister Eco,
registrado em 1952 pelo grupo vocal Trio Madrigal, e
em msicas de Dick Farney, Emilinha Borba, Marlene,
entre diversos outros artistas. Na clssica O Samba
Bom Assim, de autoria de Norival e Hlio Nascimento e
interpretada por Jamelo, outra inovao. Gravei uma
pista inteira de rudos da Avenida Rio Branco e montei
com a gravao do estdio, recordou o tcnico em ma-
tria do jornal ltima Horade fevereiro de 1977.
Eu gostava muito de ler revista estrangeira e fcava
sabendo das novidades que surgiam l fora. Eu queria
fazer as coisas [que via nas revistas], mas os donos
das gravadoras no estavam interessados em investir.
Nossas condies de trabalho eram bastante precrias,
mas eu nem queria saber. Eu queria mesmo era con-
seguir efeitos de melhor qualidade. A eu saa fazendo
tentativas e consegui alguma coisa, acrescentou.
Norival, quando chegava, no tinha pra ningum.
Tinha uma simpatia contagiante e era extremamente
musical. Era de uma escola de tcnicos que coloca-
va a msica em primeiro lugar, sempre priorizando o
sentimento, afrma Nivaldo Duarte, tcnico de som
que, como disse com suas prprias palavras, foi o
aluno que melhor aproveitou as aulas de Norival Reis.
Antigamente, no havia perifricos como hoje. No
podamos equalizar instrumento por instrumento. Nahora de gravar, era muito importante, por exemplo,
saber posicionar o microfone perfeitamente. Norival
sabia e conseguia grandes feitos. Sou muito grato a
ele. Meu mestre, concluiu, emocionado.
Norival Reis faleceu em 2001, no Rio de Janeiro,
aos 77 anos. Em 2004, no carnaval, a Tradio
desfilou ao som de Contos de Areia: o ABC dos
Orixs, parceria de Vav e Ded da Portela e que
havia sido o samba da escola de ambos em 1984
ano em que a agremiao se sagrou campe
pela ltima vez.
Viva a Brotolndia, primeiro lbum de
Elis Regina: um dos muitos produtos
fonogrcos que contaram com o
talento de Norival Reis
UDIO NO BRASIL
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AO VIVO | Rodrigo Sabatinelli
RUA DOS
A M O R E SAO V IVO
Em turn de seu mais recente
lbum, indicado ao Grammy
Latino, Djavan grava DVD
Durante todo o ano de 2013, o cantor e composi-tor Djavan rodou o pas com seu mais novo espe-
tculo, Rua dos Amores, homnimo do CD gravado
e mixado pelo engenheiro Marcelo Saboia e mas-
terizado por Carlos Freitas.
Indicado ao Grammy Latino nas categorias Me-
lhor Cano Brasileira e Melhor Engenharia de
Som Para um lbum, o disco, como j era de
esperar, ganhou amadurecimento na estrada e,
nos dias 8 e 9 do ms de novembro passado, no
palco do HSBC Brasil, em So Paulo, rendeu nova
gravao, que em breve ser transformada em
CD e DVD.
Na ocasio, Saboia, que desde a estreia da turn
est frente do PA de Djavan, contou com Gui-
lherme Medeiros para o registro do material. A
unidade mvel utilizada no trabalho, dentre outros
equipamentos necessrios para sua realizao, foi
cedida pela Gabisom. Em entrevista AM&T, Sa-
boia e Guilherme contaram um pouco sobre o pro-
jeto, que, at o fechamento desta edio, estava
sendo fnalizado por Saboia no estdio particular
do prprio Djavan, no Rio de Janeiro.
NEUMANN, SHURE, AKG e
SENNHEISER JUNTOS NA
CAPTAO
Marcelo Saboia:Trabalhei com cerca de 60 ca-
nais. No bumbo da bateria usei um Shure Beta 52
Os engenheiros Marcelo Saboia e GuilhermeMedeiros foram responsveis pela operao doPA e pela gravao do novo DVD de Djavan
Divulgao
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e um Beta 91; na caixa, um AKG C414 e um Shu-re SM57; no contratempo, dois Neumann KM 184;
nos tons, quatro Sennheiser MD 421; no prato de
conduo, novamente, um 184, e, nos overs, dois
NM 87. Para a voz de Djavan, usei dois Sennhei-
ser EM3732/II, e nas vozes de Marcelo Mariano,
Glauton, Calazans e Bala, bem como na flauta e
no sax soprano que tambm recebeu um 421 ,
fiquei com os Shure SM58.
USANDO E ABUSANDO DO
ARSENAL DA GABI
Guilherme: Para a gravao do material, usamos
diversos pr-amplifcadores, tais como Neve, Mi-
das, ATI e Avalon, todos fornecidos pela Gabisom.
A voz de Djavan, por exemplo, foi esplitada em
dois canais, que receberam processamento de um
Neve 1073 e de um Avalon 737, alm de um pouco
de compresso. As guitarra e os violes do msico,
bem como os demais instrumentos usados por sua
banda outras guitarras, teclados e sopros , tam-
bm passaram pelos 1073, enquanto peas da ba-
teria, como bumbo e caixa, por exemplo, passarampelos [Neve] 9098.
CONVITE CERTO NA HORA CERTA
Guilherme: Saboia gravou, em estdio, o CD
Rua dos Amores, e, em seguida, Djavan o convi-
dou para operar o PA da turn. Como desde ento
ele passou a desempenhar essa funo, na hora
de escolher um engenheiro para gravar o CD e o
DVD do show, acabou me indicando. Fiquei muito
feliz com o convite, pois Djavan conhe-
cido por ser exigente com a sonoridade de
seus trabalhos e Saboia havia concorrido ao
Grammy Latino pela engenharia deste dis-
co. Portanto, ser indicado por ele [Saboia] e,
depois do trabalho, ver Djavan feliz ao ouvir
somente a cpia de monitor da gravao que
fiz foi realmente muito bacana.
Eu sabia da responsabilidade, pois era o
nico elemento novo no show, que estava
ensaiado e muito bem tocado pela banda,
um verdadeiro dream team, composto por
Carlos Bala na bateria, Marcelo Mariano no baixo,
Torcuato Mariano na guitarra, Paulo Calazans e
Glauton Campelo nos teclados e Marcelo Martins
e Jess Sadock nos metais. Para a gravao, Sa-
boia me pediu ateno especial com os microfo-
nes de ambincia, que, por conta disso, foram
cuidadosamente posicionados.
No detalhe, alguns dos perifricosusados na gravao
Divulgao
Djavan e o Sennheiser EM3732: microfonesegue na estrada com cantor
MarcosHermes
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Saboia:Em alguns dos DVDs que gravei e mixei tive
problemas com o vazamento do PA nos microfones
de ambincia. Ento, era impossvel aproveitar, na
mix, as reaes dessas plateias. Hoje, todas as ve-
zes em que sou chamado para mixar um DVD, gosto
de fazer a gravao. Nunca o PA. Mas, como nesse
caso estou nele [o PA], sei o que preciso para no
estragar a captao dos ambientes.
Para evitar outros tipos de
vazamentos, [Carlos] Mar-
tau, que cuida dos monito-
res de Djavan e sua ban-
da, teve que substituir as
caixas de cho dos tecla-
dos e da guitarra por fones
de ouvido. Alm disso, ele
usou uma placa de acrlico
para isolar a bateria dos
demais instrumentos.
PA MAIS BAIXO
DO QUE DE
COSTUME
Saboia: Tive que traba-
lhar com o PA mais baixo
e fazer muita dinmica
para aproveitar ao m-
ximo a reao da plateia
nos microfones de am-
biente. Ouvi, por conta disso, algumas crticas,
mas quando o DVD estiver pronto, quem criticou
vai compreender. Realmente, esse procedimento
muito delicado, pois tenho que, como engenhei-
ro de PA, empolgar o pblico com presso sonora,
mas acredito que encontrei um bom meio-termo.
Quando comeamos a mixar o disco no estdio do
Djavan, tive essa certeza.
Djavan e Guilherme Medeiros: msicoficou feliz com o resultado assim queouviu a cpia de monitor da gravao
Marcelo Saboia, com o console ao fundo: segundo o engenheiro, foi precisoaproveitar ao mximo a reao da plateia nos microfones de ambiente
TomazViola
AO VIVO
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MUITO ALM DAREPETIO SONORA
SUPERTAP DELAY
PLUG-INS | Cristiano MouraPLUG-INS | Cristiano Moura
O SuperTap Delay um produto extremamente verstil que
permite ao usurio ir muito alm de uma simples repetio de
um som. Ao total, possvel regular at seis delays com equa-
lizao independente, com feedback e modulao numa inter-
face que permite ajustes de forma muito interessante. Neste
artigo veremos um pouco mais sobre cada setor deste plug-in.
AJUSTANDO A POSIO NO ESPAO
Como dito anteriormente, possvel ter at seis delays, re-
presentados pelos crculos coloridos no grco do lado es-
querdo superior da figura 1. A seta da imagem representa
o sinal original/direto, e, ao clicar e arrastar qualquer um
dos crculos, o usurio pode congurar o ganho ou panora-
ma do delay em questo. Quanto mais para cima, maior o
ganho. Esquerda e direita representam a posio do delay
no espao estereofnico.
Repare que os controles gain e rotate logo abaixo do gr-
co esto alterados em conjunto com o mesmo, pois repre-
sentam a mesma informao. Uma vantagem destes contro-
les poder digitar um valor especco com um duplo click.
AJUSTANDO A UNIDADE DEMEDIDA DE TEMPO BSICA
O SuperTap necessita de um ponto de partida para funcio-
nar, pois todas as repeties so interaes de um mesmo
valor inicial. O mais comum ajustar este valor de acordo
com o andamento da msica em questo. Caso a msica
tenha sido gravada com um click ou tenha sido alinhada
com o grid e andamento do DAW (Pro Tools, Cubase, Sonar,
Logic Pro etc.), basta mudar da opo manual para auto
no parmetro sync, indicado na figura 2. Caso negativo,
o jeito deixar em manual e digitar diretamente no campo
BPM o andamento aproximado.
Agora, a funo mais interessante do SuperTap Delay, na
minha opinio, o uso do TapPad. Se o mode estiver re-
gulado para Tempo, como na gura 2, ele funciona como
um Tap Tempo convencional, que dene um andamento de
acordo com os clicks no mouse. Porm, se estiver regulado
para Pattern, o usurio pode fazer um tap de um pa-
dro rtmico e alcanar imediatamente o que deseja sem
regular absolutamente nada mais. Experimente e repare
que, diferentemente da primeira opo, a cada click/tap
um delay ajustado imediatamente abaixo.
ENTENDENDO O GRID EREGULANDO O ATRASO
At este momento no regulamos o eco/delay em si. Istoporque primeiro precisamos regular o Grid, que interage
diretamente com os ecos, que, na realidade, so valores
relativos unidade de medida do Grid. Ou seja, primeiro
o usurio regula o grid (figura 3) para apenas depois re-
gular o atraso de cada delay. E o clculo ser feito como
o da tabela na figura 4. Ou seja, quanto mais o controle
do delay estiver para a direita, maior ser o atraso.
Figura 1 Grfico interativo para
ajustes de ganho e pan
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Cristiano Moura produtor musical e instrutor certificado da Avid. Atualmente leciona cursos oficiais em Pro Tools, Waves, Sibelius
e os treinamentos em mixagem na ProClass. Tambm professor da UFRJ, onde ministra as disciplinas Edio de Trilha Sonora, Gra-
vao e Mixagem de udio e Elementos da Linguagem Musical. Email: [email protected]
Caso o usurio queira ajustar o atraso livremente, basta
desmarcar a opo Snap, esquerda do Grid, e, por lti-
mo, tambm possvel visualizar as informaes em mili-
segundos com o controle direita do Grid. Com os atrasos
denidos, pode-se aumentar a quantidade de repeties
de cada um deles ajustando o parmetro feedback.
EQUALIZANDO ECOS
No lado direito da interface temos uma sesso indepen-
dente de equalizao que permite ao usurio fazer com
que cada eco tenha um timbre diferente do outro. Umaabordagem muito utilizada deste recurso ativar um
ltro passa-baixa para que as frequncias mais altas
(agudos) dos ecos sejam suavizadas.
INTERAGINDO COM AFINAO
O SuperTap tambm possui uma sesso de modulao
que altera a anao do material sonoro. Uma das ideias
com este recurso criar uma sutil diferena entre os
ecos, a m de enriquecer ainda mais a composio de-
les, mas um recurso que, se usado com valores mais
expressivos, abre mil e uma possibilidades. Para um ini-ciante, a melhor maneira de explor-lo usando os pre-
sets e observando como a modulao foi regulada.
Na modulao, temos dois parmetros bsicos que fun-
cionam de maneira similar com outros efeitos, como o
Chorus, Flanger e Phaser. Rate a velocidade desta mo-
dulao/oscilao da anao, e o Depth regula o quo
agressivo deve ser esta mudana de anao.
PLUG-INS
Figura 2 Ajuste de andamento com o DAW
Figura 3 Grid
CONCLUSO
No menospreze o visual mais antigo do SuperTap. um
processador de delay muito poderoso que oferece uma
interface e uma maneira de regular muito interessante.
Serve para criar ecos simples, dobras articiais em vozes
e violo, pode se transformar num Chorus muito denso, e
a relao do Grid com o BPM da sesso faz dele um exce-
lente candidato para trabalhar com msica eletrnica ou
qualquer outro estilo de msica em que os ecos sincroni-
zados com elementos sonoros sejam explorados.
Obrigado pela leitura, e no deixe de enviar suas suges-
tes para os prximos artigos.
Abraos!
Figura 4 Tabela de clculo do atraso
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NOTCIAS DO FRONT | Renato Muoz
pouco!) que se utilizava ao vivo no fnal da dcada de
1950 e em quase toda a dcada de 1960 eram equipamen-
tos oriundos das rdios ou dos estdios (que, por sua vez,
tambm eram muito simples).
Com os consoles de mixagem tambm no foi diferente.
Na verdade, neste incio dos sistemas de sonorizao no
havia o que podemos chamar de consoles o que existia
eram pequenos mixers bem rudimentares, nem de longe
parecidos com o que temos hoje em dia.
Esqueam equalizadores, faders, inserts, uma grande
quantidade de canais ou qualquer coisa a mais do que um
pr-amplifcador, um knob para o controle de volume e uma
sada mono. O mximo que podemos dizer de bom deste
equipamento que ele era fcil de ser carregado!
claro que neste perodo no existiam mesas de monitor
simplesmente porque no havia sistemas de monitorao. Na
verdade, demorou um bom tempo at chegarmos neste pon-
to (veremos mais adiante como foi este desenvolvimento).
At ento, tudo era bem simples, para no dizer rudimentar.
Sempre me pergunto o que deve passar pela cabea de ar-tistas como Rolling Stones, Paul McCartney, Bob Dylan, Eric
Depois de escrever um artigo falando sobre mixagem para a
televiso (AM&T 267), volto aos meus textos sobre as partes
de um sistema de sonorizao, dando ento sequncia de
onde paramos da ltima vez. Neste artigo falarei sobre osconsoles de mixagem, suas funes e aplicaes.
No a primeira e certamente no ser a ltima vez que em
que falo sobre consoles de mixagem (provavelmente este o
tpico sobre o qual eu mais escrevi). Existem alguns artigos
anteriores sobre este assunto, porm agora entrarei em alguns
detalhes nos quais ainda no havia me aprofundado tanto.
Como veremos, podemos encontrar no mercado uma de-
zena de marcas, modelos, tamanhos e preos de consoles
de mixagem, assim como diversas e diferentes aplicaes.
Porm, neste artigo focarei mais nos consoles encontradosem sistemas de sonorizao (PA e monitor).
Falarei um pouco do que eu vejo no dia a dia na estrada, das
difculdades que eu vejo que as pessoas ainda tm com este
equipamento ou as boas solues encontradas por alguns tc-
nicos que conseguem tirar o mximo destas ferramentas, que
so o corao dos sistemas de sonorizao ou monitorao.
Como a grande maioria dos equipamentos nos primeirossistemas de sonorizao, quase tudo (na verdade, muito
As Partes deum Sistema de
Sonorizao(Parte 9)
CONSOLES DE MIXAGEM O INCIO
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udio msica e tecnologia | 31
Clapton ou alguns nacionais como Roberto e Erasmo Carlos,
que comearam suas carreiras na dcada de 1960 e esto
at hoje fazendo shows.
Gostaria de saber o que eles pensam dos sistemas de so-norizao daquela poca em relao aos que existem hoje
em dia. Quais eram as difculdades e as peculiaridades
daquela poca? Ser que era mais fcil quando no existia
quase nada e tambm no se podia esperar muita coisa?
Existem imagens de programas de
televiso ou de shows daquela poca
em que olhamos para o palco e no
vemos nada alm dos amplifcadores
de guitarra e baixo, pouqussimos
microfones e s! Nada de caixa de
monitor. Como ser que os msicos,principalmente os cantores, faziam
para se ouvir e serem ouvidos?
Tudo bem que estamos falando de
uma poca em que ningum, msi-
cos ou plateia, tinha algum tipo de
referncia sonora para fazer com-
paraes de qualidade. Os prprios discos lanados na
poca no representavam nenhum padro excepcional
de qualidade sonora.
Bom, como j vimos, no existiam muitos canais (nos mi-
xers), mesmo porque podemos imaginar que no era to
fcil assim conseguir muitos microfones de qualidade para
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NOTCIAS DO FRONT
serem utilizados ao vivo, alm de todos os cabos e cone-
xes que deveriam ser feitas.
Uma imagem que pode vir nossa cabea uma bateria
com um microfone de over, um no bumbo e um entre a
caixa e o contratempo, um no amplicador de guitarra e
outro no amplicador de baixo e um ltimo mic para a voz
principal. Este era o setup comum que vamos ao vivo.
Basicamente, o que acontecia que o console, com todas
as suas limitaes, captava o que era possvel e mandava
este som para o tambm limitado sistema de sonorizao.
Como no havia sistema de monitorao, tambm no ha-
via nem tcnico, nem console exclusivo para esta aplicao.
Durante muito tempo a mixagem para o sistema era feita
do palco mesmo. O conceito que estamos acostumados a
ver hoje em dia, com dois consoles independentes um
para o PA e outro para o monitor , demorou cerca de 15
anos, no nal dos anos 1970, para ser amplamente utili-
zado. Aqui, no Brasil, pode ter demorado um pouco mais,
porm esta congurao se tornou padro mundial.
Levando-se em considerao os limites tcnicos dos pri-
mrdios dos shows na dcada de 1960 e comeo da d-
cada de 1970, podemos entender quo precrias eram
estas produes. Sempre que vejo vdeos de bandas
importantes desta poca (com toda a precariedade
que j conhecemos), fico me perguntando como seriam
as produes mais simples.
Neste perodo no havia fabricantes de equipamentos de
udio com produtos voltados especicamente para o mer-
cado de sonorizao. Algumas marcas que esto no mer-
cado at hoje s foram surgir com certa solidez no nal
da dcada de 1970. Antes disto, tudo era feito com muita
improvisao e limitao.
Estamos falando de uma poca em que quase todos os
equipamentos de udio eram valvulados os transistori-
zados, s emplacaram no mercado no nal da dcada de
1970. Estamos falando de equipamentos frgeis, com pou-
ca mobilidade e com a necessidade de um conhecimento
tcnico bem apurado para serem utilizados.
Desde o mais bsico, como pedestais, garras ou cabeamen-
to, at o mais importante, como os consoles, tudo era mui-to primrio. Tudo vinha dos estdios de gravao e tinha
que ser adaptado para os shows (no sou especialista em
iluminao, porm ca bvio que o pessoal da luz passou
pelo mesmo tipo de problema).
Estou aqui o tempo todo falando do problema da limitao dos
equipamentos de udio neste perodo, porm um outro tipo
de limitao podia ser muito sentida: uma grande limitao
tcnica ou at mesmo a ausncia de pessoas preparadas para
trabalharem nas produes tcnicas dos eventos musicais.
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NOTCIAS DO FRONT
Sempre temos em comparao os estdios. Pois bem neste
perodo os estdios possuam excelentes tcnicos, mas que
tinham seu conhecimento limitado s situaes totalmente
controladas dentro de um estdio de gravao, que naquelapoca pareciam hospitais, onde quase todos trabalhavam
de jalecos e seguiam regras especcas de gravao.
Os tcnicos de estdio daqueles tempos eram tratados
como verdadeiros cientistas, que possuam um conheci-
mento muito superior ao das outras pessoas quando se tra-
tava do seu trabalho. Eles tinham total controle sobre os
(poucos) equipamentos que existiam. Devia ser muito difcil
convencer algum deles a se aventurar fazendo um show.
O que aconteceu foi que alguns entusiastas comea-
ram a montar pequenos sistemas de sonori-zao (se que podemos dar este nome), e
eles mesmos, com todas as limitaes imagi-
nveis, comearam a operar estes sistemas.
Alguns com algum conhecimento, outros sa-
bendo nada ou quase nada do assunto, come-
aram uma indstria.
Como vimos, o incio tinha tudo para dar erra-
do, e deu. Entre o comeo da dcada de 1960 e
meados da dcada de 1970, podemos dizer que
pouca coisa ao vivo funcionava de uma maneira
minimamente decente (estou falando aqui prin-
cipalmente em relao aos equipamentos).
Os consoles eram realmente o ponto fraco de
qualquer sistema, isto porque no existiam
consoles! O seu surgimento
e consolidao no mercado
demoraram um tempo muito
grande, levando-se em con-
siderao toda a sua impor-
tncia. At chegarmos ao que
temos hoje em dia, houve
muito improviso e superao.
Agora temos diversas marcas
e modelos de consoles que
so capazes de fazer uma
grande quantidade de tarefas
ao mesmo tempo. Os consoles de mixagem usados nos
sistemas de sonorizao ainda so primas bem prximas
das utilizadas em estdios. Hoje, algumas marcas quetinham grande tradio somente nos estdio arriscam os
primeiros passos ao vivo!
Nos prximos dois artigos falarei mais especicamente dos
consoles de mixagem tanto para o PA quanto para o moni-
tor: como se desenvolveram, quais as suas caractersticas
mais importantes e, principalmente, como foi feita a transi-
o dos sistemas analgicos para os digitais.
Renato Muoz formado em Comunicao Social e atua como instrutor do IATEC e tcnico de gravao e PA. Iniciou sua carrei-
ra em 1990 e desde 2003 trabalha com o Skank. E-mail: [email protected]
34 | udio msica e tecnologia
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Condensador de cpsula pequena
$ $$ $$$
AKG Perception 170 AKG C1000 AKG C451
Audio-Technica AT2021 Audio-Technica Pro 37 Mojave Audio MA-101fet
CAD GXL 1200BP Audix ADX51 Neumann KM 184
Electro-Voice PL37 Rde M3 Sennheiser e914
Shure PG81 Shure SM94 Shure SM 81
36 | udio msica e tecnologia
Na edio passada comeamos a falar dos diferentes ti-
pos de microfones necessrios para um home studio, lis-
tando as caractersticas de cada tipo, assim como alguns
modelos populares de cada. Mas como h muitos micro-
fones, no deu para falar de todos os tipos, e por issons continuamos nessa misso na edio desse ms.
Ento vamos l!
Ns j falamos dos microfones condensadores de cpsula
grande, dinmicos e dinmicos para instrumentos graves.
O quarto tipo de microfone a ser mencionado o conden-
sador de cpsula pequena, que muito popular para gra-
vaes em estreo (e por isso so vendidos muitas vezes
em pares), alm de instrumentos com presena forte de
agudos (como pratos de bateria).
Para poder apresentar um maior nmero de modelos emtrs faixas de preo distintas (barato, mdio e caro), lis-
tarei somente o fabricante e modelo de cada microfone,
sem citar as especicaes. Mas esses dados podem ser
encontrados facilmente nos sites dos fabricantes (que eu
tambm listarei no nal). Eu tambm vou manter os ps
no cho e citarei somente microfones com preo listado
at no mximo US$ 1.000 (preo nos EUA).
CONDENSADOR DE CPSULA PEQUENA
H muitos modelos diferentes de microfones condensa-
dores de cpsula pequena, pois so muito populares nagravao de instrumentos, especialmente aqueles com
forte presena de agudos. H modelos conhecidos, como
o AKG C1000 ou o Neumann KM 184. Mas como a maio-
ria dos equipamentos de udio, h
cada vez mais modelos de baixo
custo, mas com boa qualidade.
Dos modelos mais em conta, eu
gosto do Audix ADX51, assim como
do M3, da Rde. Mas os meus pre-
diletos so o C451, da AKG, e o KM
184, da Neumann. So mais caros,
mas valem o preo!
MICROFONE DE FITA
Os microfones de ta eram muito utilizados nas dcadas de
1930, 40 e 50, mas caram em desuso por sua fragilidade
e tambm pela inveno do microfone condensador, que
era mais robusto e tinha resposta de freqncia mais am-
pla. Mas os microfones de ta nunca saram completamente
do cenrio, pois geram gravaes aveludadas e com uma
sonoridade muito natural e orgnica. Porm, somente os
estdios de grande porte e com alto investimento tinham
condies de comprar e manter tais microfones.
EQUIPAMENTOS PARA
UM HOME STUDIOMICROFONES (PARTE 4): TIPOS E MODELOS POPULARES
EM CASA | Lucas Ramos
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Felizmente, isso tudo mudou, e os microfones de ta volta-ram com tudo (e com preos baixos!). Hoje em dia, quase
todo fabricante de microfones tem pelo menos um modelo
de ta, o que signica que o preo foi reduzido considera-velmente. possvel encontrar um bom modelo pelo preo
de um condensador de cpsula grande, e, por isso, muitos
home studios esto adquirindo um para poder ter um pouco
do som de veludo que os microfones de ta oferecem.
Eu gosto muito dos clssicos, como toda a linha Royer e
os da AEA. Mas recentemente conheci os microfones da em-
presa australiana Beesneez e quei bastante impressionado.
MICROFONE VALVULADO
Os microfones valvulados so muito populares, mas
muitas vezes as pessoas nem sabem porque... S
gostam porque valvulado e ponto. At porque so
geralmente mais bonitos visualmente devido ao seu
tamanho. Mas os microfones valvulados tm caracters-
ticas muito fortes, que podem funcionar muito bem ou
no. A distoro harmnica criada pela vlvula produz
um som mais ardido, com forte presena dos agudos.
E dependendo da qualidade do microfone (e do seu gos-
to, claro), essa distoro pode ser linda e excitan-
te, ou excessiva e acabar esmagadora.
Como eu j disse, quei bastante impressionado com a
linha de microfones da Beesneez, e o modelo valvulado
chamado Shelise muito interessante. A linha de micro-
fones da empresa ADK tambm sensacional. Mas eu te-
nho um apego ao MA-200, da Mojave Audio, que oferece
um custo-benefcio impressionante.
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Microfone de fita
$ $$ $$$
Avantone CR-14 Cascade C77 AEA R84
Cascade Fat Head MXL R77 Audio-Technica AT4080
Golden Age R1 MKII Peluso R14 Beesneez Judas
MXL 990 sE Electronics Voodoo VR1 Blue Woodpecker
Nady RSM-5 Shinybox 46MXL Royer R-101
38 | udio msica e tecnologia
FORA DE SRIE
Agora eu vou falar de alguns tipos de microfones que
so fora do comum e que no devem ser sua primeira
escolha para compra. Mas dependendo da situao (e
do seu oramento), esses microfones oferecem uma so-
noridade inigualvel.
- Yamaha Subkick
H muitos anos, engenheiros de gravao sacricavam
seus monitores Yamaha NS-10 para extrair um falante
(woofer) e utiliz-lo como um microfone. O resultado
era uma capao capaz de estender at os subgraves
(abaixo de 40 Hz) que os microfones normalmente no
conseguiam captar. Utilizava-se, ento, o falante como
microfone para captar esses subgraves e somar com o
sinal de um microfone de bumbo normal uma combi-
nao capaz de gerar bumbos gigantes.
Para facilitar a vida das pessoas,
a Yamaha lanou um microfone
com caractersticas similares s do
falante da NS-10, e o chamou de
Subkick. A aparncia lembra umacaixa de bateria, mas no se en-
gane: uma maravilha para dar
aquele peso a mais a um bumbo.
- Placid Audio Copperphone
A maioria dos fabricantes de microfones gostam de se
gabar pela ampla extenso da resposta de frequncia
de seus microfones. Porm, a empresa Placid Audio foi
diretamente na contramo e lanou um microfone
com resposta de frequncia propositalmente limitada(200-3.000 Hz)! A ideia recriar a sonoridade de gra-
vaes muito antigas (estilo rdio AM antigo), sem o
uso de processadores, o que gera um timbre mais macio
e natural. um luxo, mas se for algo que voc utilize
com frequncia, pode valer a pena, pois no to caro.
- PZM
Os microfones PZM so microfones esquisitos e no
muito populares em estdios, muito menos em home
studios. Porm, eles tm suas vantagens, especialmenteo fato de minimizarem as diferenas de fase entre o som
direto e as reexes da sala. Isso signica que os sons
captados chegam com um menor tempo entre eles, o
que gera uma gravao mais encorpada (especialmen-
te nos graves e mdio-graves).
E apesar de no serem to populares nos estdios
de menor porte, eles tm uma utilidade enorme
em salas pequenas como microfones ambientes ou
de overhead de bateria. Isso porque eles minimi-
zam as diferenas de fase entre o som direto e as
reflexes na sala, e como as salas de gravao dos
home studios geralmente tm mais reflexes do
que o ideal, esse tipo de microfone se torna ainda
mais eficiente.
O PZM original fabricado pela empresa Crown (in-
clusive, eles so os nicos que podem chamar seus
microfones de PZM, pois detm a marca registrada),
mas hoje em dia h diversos modelos de diversas
marcas diferentes, porm sob o nome de Boundary
Microphone, e no PZM.
Ms que vem tem mais... At l!
EM CASA
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Microfone de fita
$ $$ $$$
ADK Hamburg AKG Perception 820 ADK Area 51 TT
Behringer T-1 Avantone CV-12 Beesneez Shelise
CAD Trion 8000 MXL V97i Mojave Audio MA-200
KAM R3 Rde K2 MXL Genesis II
MXL 9000 Studio Projects T3 Pearlman TM 2
udio msica e tecnologia | 39
AEA - www.ribbonmics.com
ADK - www.adkmicrophones.com
AKG - www.akg.com
Avantone - www.avantonepro.com
Audix - www.audix.com
Beesneez - www.beesneezmicropho-
nes.co.au
Behringer - www.behringer.com
Blue - www.bluemic.com
CAD - www.cadaudio.com
Cascade - www.cascademicrophones.
com
DPA - www.dpamicrophones.com
Electro-Voice - www.electrovoice.com
Golden Age - www.goldenagemusic.
mamutweb.com
KAM - www.kaminstruments.com
Mojave Audio - www.mojaveaudio.com
MXL - www.mxlmics.com
Nady - www.nady.com
Neumann - www.neumann.com
Pearlman - www.pearlmanmicropho-
nes.com
Peluso - www.pelusomicrophonelab.
com
Placid Audio - www.placidaudio.com
Rde - www.rodemic.com
Royer - www.royerlabs.com
SE Electronics - www.seelectronics.
com
Sennheiser - www.sennheiser.com
Shinybox - www.shinybox.com
Shure - www.shure.com
Studio Projects - www.studioprojectsu-
sa.com
Yamaha - www.yamaha.com
LISTA DE SITES DE
FABRICANTES
Lucas Ramos tricolor de corao, engenheiro de udio, produtor musical e professor do IATEC.
Formado em Engenharia de udio pela SAE (School of Audio Engineering), dispe de certificaes
oficiais como Pro Tools Certified Operator, Apple Logic Certified Trainer e Ableton Live Certified
Trainer. E-mail: [email protected]
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40/10040 | udio msica e tecnologia
CAPA | Rodrigo Sabatinelli
Vestindoacamisa
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do BrasilEm alto e bom som, evento
da Nike lana camisa que
seleo brasileira usar na
Copa do Mundo
Ivete Sangalo, Thiagui-
nho, Naldo, Marcelo D2 e
Anitta foram os artistas esco-
lhidos pela Nike para a apresentao
ao pblico da camisa ocial que a Seleo
Brasileira ir vestir na to aguardada Copa do
Mundo do Brasil, que comea em junho. O quinteto
fez parte do megaevento, realizado no dia 24 de novem-
bro, no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro.
Sonorizada pela locadora carioca Mac Audio, a festa reu-
niu milhares de pessoas na areia da praia. frente da
sonorizao esteve o engenheiro Alexandre Rabao, que
atualmente trabalha com o cantor e compositor Lulu San-
tos e que, na ocasio, operou o PA de todas as atraes.
VERTEC NO LINE E NORTON NOS DELAYS
O sistema disponibilizado pela locadora foi o line array
Vertec, da JBL. Cada uma de suas torres principais contou
com 12 elementos 4889 DPDA complementados por quatro
4888 DPDA. Acompanhando o sistema estiveram mais 16
caixas de subgraves Norton, modelo SB 221, sendo oito por
lado, e mais dois elementos 4888 DPDA no front ll.
Por se tratar de uma praia, com longa extenso a ser
coberta pelo sistema, fez-se necessria a instalao
de torres de delay. Ao todo, foram colocadas seis uni-
dades, havendo, em cada uma delas, 12 elementos
Norton LS3 e nove caixas de subgraves SB118. Como
a house mix estava posicionada a 65 metros do palco,
a primeira torre de delay cou a 15 metros de distn-
cia dela, a 80 metros do palco. E a cada 80 metros de
distncia uma nova torre fazia a cobertura.
O Vertec um sistema muito eciente, bom para sefazer ao vivo em uma rea livre, pois suas caixas, ain-
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42/10042 | udio msica e tecnologia
da que em poucas unidades, con-
seguem promover uma cobertura
ampla de reas relativamente
grandes sem que o engenhei-
ro tenha que aceler-las. Hoje
mesmo trabalhei com bastante
folga. E por estar dividido em trs
sinais diferentes para cada uma
de suas torres, sendo um para
as 4888 e dois para as 4889, me
ofereceu uma resposta bastante
homognea, disse Rabao.
Para no dizer que o sistema chegou pronto em suas
mos, Rabao contou que mexeu um pouco em seu
alinhamento. Segundo ele, o PA, alinhado por Fred
Coelho, estava perfeito e as modicaes somenteforam feitas por conta de seu gosto.
Tirei um pouquinho de grave e considerei todo o res-
tante do line. J nas torres de delay o corte foi mais
radical. Delas, reduzi ao mximo as baixas frequn-
cias, que so muito perigosas, principalmente por
embolar o som que sobra para o pblico que est
atrs delas. Sendo assim, com os graves controlados,
conseguimos manter essas caixas falando somente
para quem estivesse frente delas, ou seja, mais
distantes do palco que elas, explicou, acrescentan-
do que os subs que complementavam o line principal
formavam um arco eletrnico, com correo de tem-
po entre os elementos, o que dava uma cobertura
mais homognea na primeira rea da plateia.
DIGICO NA HOUSEMIX
O engenheiro, encarregado de mixar sozinho todo o
evento, teve sua disposio na house mix um conso-
le DiGiCo SD7. Esta mesa, de acordo com ele, foi uti-
lizada para gerenciar todas as entradas banda, can-
tores, DJ, trilhas, MC Virtual... e enviar uma mix L/R
para o Meyer Galileo 616, que, por sua vez, gerenciou
PA, subs, front ll e delays. Pela primeira vez diante do
modelo, j que na estrada com Lulu Santos ele utiliza
a SD8, Rabao era s elogios. E, entre um artista eoutro, fazia seus comentrios sobre o equipamento.
Essa mesa nos d a possibilidade de trabalhar com at
256 canais de processamento digital, divididos entre ca-
nais de entrada, auxiliares, solos e grupos, alm de nos
oferecer 48 mquinas de efeito. Podemos, por exemplo,
congur-la para 200 canais de entrada, 36 auxiliares
e outros 20 buses diversos. impressionante, pois [a
mesa] parece no ter m, disse.
Mesmo encantado com a SD7, Rabao fez questo
de lembrar que a SD8, com a qual viaja, ainda umaeciente opo, principalmente para eventos corpo-
CAPA
No detalhe, o line array Vertec,disponibilizado pela Mac Audio para o evento
RodrigoSabatinelli
Os delays fizeram o complemento da
rea do evento, a Praia do Flamengo
RodrigoSabatinelli
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43/100udio msica e tecnologia | 43
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44/10044 | udio msica e tecnologia
rativos, como os que eventualmente faz com Lulu.
Ela compacta, tem 24 faders, cabe em qualquer
house mix. E a mesa que escolhi para cair na es-
trada, no ?, comentou a respeito do equipamento,
fornecido pela locadora Loudness, de So Paulo.
SHURE, SENNHEISER E AKG NO PALCO
Com o input list do show nas mos, Rabao fez ques-
to de descrever cada um dos 56 canais utilizados.
Na bateria, por exemplo, ele trabalhou com microfo-
nes Shure e Sennheiser. O bumbo, por exemplo, re-
cebeu um Beta 52, enquanto a caixa cou com dois
SM 57, um na esteira e outro em sua parte superior.
O Shure SM 81 foi destinado ao contratempo e aos
overs, enquanto os Sennheiser E604 serviram a tons
e surdo do instrumento.
Os Sennheiser E609 foram usados para captar as
guitarras. J os teclados e as programaes foram
levadas ao PA por meio de direct boxes. Na percus-
so, dois SM 57 captaram as congas e os timbales,
dois SM 58 cuidaram dos tambores, um AKG D 112
captou o surdo e os SM 81 caram com os efeitos.
Nos metais, trombone e trompete receberam, res-
pectivamente, um DPA 4099 e um SM 58.
As vozes de Ivete Sangalo, Thiaguinho, Naldo, Anit-
ta, Marcelo D2 e Emicida foram captadas por mi-
crofones sem o Shure SM 58 UR, que, em verses
com o, tambm serviram aos backing vocals. Na
apresentao de Thiaguinho, foram usados seis ca-
nais de Pro Tools contendo alguns efeitos e bases,
alm de cavaco, violo, baixo e tant, tocados por
msicos que acompanham o cantor na estrada. Na
de Naldo, que levou seu guitarrista e um DJ, um
Sennheiser E609 serviu para captar o amplicador
do instrumento do msico.
POUCO PROCESSAMENTO NAS VOZESRabao contou que, apesar de ter toda a liberdade para
mixar o evento, economizou no processamento de vo-
zes. Para elas, foram usados o mnimo possvel de peri-
fricos. No mximo, um equalizador, um reverber e um
compressor, mas tudo bem discreto, de leve, revelou.
Como no havia trabalhado anteriormente com es-
ses artistas, o engenheiro achou que a medida foi
essencial e, como o prprio disse, o colocou numa
espcie de zona de segurana, da qual pde traba-
lhar sem correr riscos. O compressor, por exemplo,estava ali, insertado, para ser acionado somente em
caso de grande necessidade, explicou.
Mas se vozes seguiam para o PA praticamente ats, a
bateria seguia um caminho distinto. De acordo com
Rabao, todas as peas do instrumento, organizadas
em um subgrupo, passavam por um processador
Audio Enhancer, da prpria DiGiCo. Ele esquentou,
saturou, mexeu com frequncias, ofereceu sub-har-
mnicos... Enm, foi bastante til. Porm, o utilizei
com muito carinho, anal de contas, como contei, a
bateria foi separada em um subgrupo, explicou.
Alm do Audio Enhancer, usei, na caixa da bateria
e tambm no baixo, o DigiTube, um simulador de
vlvula saturada, muito bacana, que, a exemplo
CAPA
s subs SB118 complementaram o
istema de sonorizao principal
O engenheiro Alexandre Rabao, responsvel pela
operao do PA, e a SD7, usada por ele no trabalho
RodrigoSabatinelli
RodrigoSabatinelli
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45/100udio msica e tecnologia | 45
do outro processador, esquenta bas-
tante o som das peas nas quais in-
sertado, completou.
MONITORAO EM BOAS MOS
Se Rabao foi o coringa do PA, nos
monitores o desao da operao cou
a cargo de Marcio Werderits. Respon-
svel por cuidar de todos os artistas
do evento, exceto o cantor Thiaguinho,
ele utilizou, de dentro de um container,
um console Soundcraft Vi6, monitores
Meyer USM 100 P e in-ears Shure PSM
900, e fez, segundo Rabao, seu traba-
lho com tranquilidade.
A responsabilidade foi passada e o trabalho foi feito
com muita competncia. Existia a diculdade, claro
[de operar monitores para artistas com os quais o tc-
nico nunca trabalhou], mas com bom senso chegamos
l. Por conta da cenograa, a mesa de monitor cou
fora do palco, em um container. Isso foi mais uma di-
culdade superada pelo Marcio, elogiou Rabao.
Thiaguinho foi praticamente o nico artista que
contou com uma estrutura pessoal maior no even-
to. Ele trouxe um tcnico para cuidar dos monito-
Artistas no palco, jogadores no alto: evento, sonorizado pela
Mac Audio, reuniu milhares de pessoas no Rio de Janeiro
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Ivete Sangalo, bem como todos os demais cantores,
utilizou um microfone sem fio Shure SM 58 UR
46 | udio msica e tecnologia
res e outro profssional para dar um suporte ge-
ral. Esse cara foi ao palco, montou tudo, auxiliou
a passagem de monitor, depois passou na house
mix, me sugeriu umas coisas, deu um toque sobre
a voz do Thiaguinho, sobre o nvel do pandeiro em
relao base etc., mas, na hora do show, fomos
ns quem assumimos a responsabilidade, disse.
Ainda de acordo com o engenheiro, alm de Mar-
cio, outro profissional foi diretamente responsvel
pelo sucesso do evento: Marcelo Roldo. Segundo
Rabao, com o auxlio do software WinRadio, o
tcnico da Mac Audio
gerenciou a rede sem
fio da festa, que con-
tava com cerca de
25 sistemas, entre
fones e microfones,
trabalhando durantetodo o dia.
TUDO EM CASA,NUMA BOA, SEMPROBLEMAS
A tranquilidade com
que Rabao operava
o PA do evento era
curiosa, mas tinha
uma explicao: a
intimidade profissional do
engenheiro com os msicos
que integram Os Parmegia-
nos, banda base do evento,
formada por Thiago Silva na
bateria, Sido Santos no bai-
xo, Fernando Vidal na gui-
tarra, Rodrigo Tavares nos
teclados e programaes,
Marlon Sette no trombone,
Diogo Gomes no trompete e
Thais e Darelly nos backing
vocals, todos regidos por
Pretinho da Serrinha, que
tocou cavaquinho.
Muitos desses msicos eu
j conhecia do trabalho que
fiz com Seu Jorge. Alguns
deles, na poca em que tra-
balhamos juntos, faziam parte de sua banda. En-
to, por conhecer a maneira de cada um tocar,
economizei um bom tempo de passagem de som,
por exemplo. O mesmo posso dizer do Marcio,
que cuidou dos monitores tambm j conhecendo
os msicos, explicou.
Sobre os ventos e a chuva, que por alguns instan-
tes passaram pelo evento, Rabao foi direto. A
chuva comeou na hora do show. Emicida subiu ao
palco e ela caiu. Mas, logo em seguida, parou e os
ventos voltaram. Na verdade, um problema deu
lugar ao outro, mas j vivi situaes piores, na es-
trada, e ali contornei numa boa, encerrou.
CAPA
A chuva que caiu logo no incio do evento, quando o rapperEmicida subiu ao palco, no atrapalhou o trabalho de Rabao,
acostumado com interferncias do gnero
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48/10048 | udio msica e tecnologia
Red Hot Chili Peppers no Brasil
EVENTO | Rodrigo Sabatinelli
Banda californiana traz grandeestrutura para shows no pas
Em sua mais recente passagem pelo Brasil, reali-
zada em novembro do ano passado, o grupo Red
Hot Chili Peppers trouxe de volta da turn de seu
mais recente disco, Im With You, a trs palcos
distintos. No dia 2 de novembro, iniciando os tra-
balhos por terras brasileiras, Anthony Kiedis & cia.
desembarcaram no Centro de Eventos Mega Spa-
ce, em Belo Horizonte. No dia 7, tocaram na Are-
na Anhembi, em So Paulo, e, por m, no dia 9,
chegaram Cidade dos Atletas, no Rio de Janeiro.
As apresentaes, que se deram por conta do Circui-
to Banco do Brasil, evento que tambm reuniu ban-
das como Yeah Yeah Yeahs, O Rappa e Tits, entre
outros, foram sonorizadas pela Gabisom.
Nosso parceiro de viagem foi der Moura, tcnico
de sistemas da locadora. Com trnsito livre pelos
corredores do evento, ele nos contou detalhes da
estrutura que viaja com o Red Hot, e, claro, falou,
com riqueza de informaes, sobre os sistemas utili-
zados pela locadora nestas apresentaes.
SONORIZAO COMV-DOSC E VTX
Em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro, o sistema
utilizado pela banda foi o V-Dosc, da LAcoustic,
EduardoMagalhe
s
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composto por 15 elementos em cada torre prin-
cipal e 12 elementos em cada torre comple-
mentar, alm dos subs SB218, presentes em 16
unidades por lado, e SB28, presentes em oito
unidades, ao centro.
Em So Paulo, o sistema usado foi o VTX, da
JBL, composto por 18 elementos em cada torre
principal e 14 em cada torre complementar, alm
de subs VTX G28, presentes em 12 unidades por
lado e oito ao centro.
Alm dos sistemas de PA, trabalhamos, nas trs
praas, com torres de delay, que auxiliaram a so-
norizao. Em Belo Horizonte, contamos com duas
torres, tendo em cada uma delas nove elementos
LAcoustic Kudo. No Rio de Janeiro, contamos com
quatro torres, tambm tendo em cada uma delas
nove elementos Kudo. J em So Paulo, trabalha-
mos com duas torres, tambm compostas por nove
elementos, sendo estes JBL Vertec, disse der.
No palco, alm de um console Midas H3000 e dos
monitores EAW MicroWedge e Rat Sound, que a
banda carrega em todas as suas viagens, foram
vistos microfones como os Audix OM7 e D6, usa-
dos, respectivamente, na voz principal e no bum-
bo da bateria; Shure Beta 98, usado na caixa do
instrumento; Shure SM98, destinado aos tons da
bateria; AKG C5600, para os overs; os Beyerdyna-
direita e esquerda, em destaque, os line arraysV-Dosc, da L'Acoustic
CelsoLuiz
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EVENTO
50 | udio msica e tecnologia
mic M201, para contratempo e prato de conduo; e
o Shure SM57, para a guitarra. Os microfones eram
todos deles. O que fornecemos atendeu somente s
outras bandas, completou Moura.
ARSENAL PESADO DEFRENTE PARA O PA
Na house mix, o engenheiro Dave Rat, que
j trabalhou com outros grandes artistas
internacionais, tais como Rage Against The Machi-
ne, Beck, Foo Fighters, Pearl Jam e The Offspring,
entre outros, operou o PA por meio de outra H3000.
No entanto, este no foi o nico console disposi-
o da banda no local. Para a gravao do show,
sua equipe contou, ainda, com uma mesa Avid Pro-
le associada a um sistema Pro Tools.
Mas o que mais chamou a ateno na house foi o
grandioso rack de efeitos usado pelo engenheiro.
De propriedade de sua empresa, a californiana Rat
Sound que tambm cedeu os consoles de PA e
monitor e os monitores de cho , de longe, ele mais
parecia um verdadeiro estacionamento de perif-
ricos e nos convidava a uma visita mais prxima.
Composto por equipamentos como os equalizadores
Meyer Sound CP10, para o PA, e BSS 960 e KT DN
410, sendo o ltimo para os subs, alm de gates KT
510 e KT DN514, da Klark Teknik, compressores BSS
DPR404 e os Distressor, da Empirical Labs, entre ou-
tros, o setup estava na ponta da lngua do enge-
nheiro. Uma banda como o Red Hot costuma viajar
com muita coisa legal, como os Eventide H3500 Har-
monizer, os Lexicon PCM 60, os DBX RTA-1, enm,
equipamentos necessrios para um show deste por-
te, disse ele. O H3500 e o PCM 60, por exemplo,
so insertados na voz principal, completou Rat.
VENUE E PRO TOOLS NAGRAVAO DO SHOW
O udio da transmisso do show cou a cargo da Uni-
dade Mvel 1 do Epah Estdios, que conta com um
console Venue ProFile, de 96 canais, distribudos em
dois stages; dois sistemas Pro Tools, sendo um HDX e
outro Native, para o backup, e uma grande quantida-
de de plug-ins da Waves, tais como compressores e
equalizadores, usados, especialmente, na bateria de
Chad Smith e na voz de Anthony Kiedis.
De acordo com Marcelo Freitas, scio do Epah, apesar
da abundncia de canais disponveis na mesa, somen-
te metade da capacidade do equipamento foi sucien-
te para a realizao do trabalho, j que, segundo ele, o
input list dos Chili Peppers bastante enxuto.
Foram 48 canais, sendo, dentre outros, 14 de bateria,
quatro de guitarra, dois de baixo, quatro de percusso,
dois de vozes, um L/R com bases pr-programadas,
Caixas de subgraves, como as SB218,auxiliaram os PAs nos shows de Rio deJaneiro e Belo Horizonte
Nos pilares da Cidade do Rock, no Rio deJaneiro, foram instaladas torres de delay,que fizeram a cobertura das reas onde o PAprincipal no chegava
CelsoLuiz
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EVENTO
52 | udio msica e tecnologia
disparadas de um Pro Tools, e um para comunicao da banda com
a equipe e vice-versa. Na verdade, considerando a formao da ban-
da, essa quantidade de canais mais que sufciente, disse.
Marcelo tambm contou que a gravao do show, feita na resolu-
o 48/24, padro para apresentaes ao vivo, passou pelo crivo de
Jason Jas, engenheiro de broadcast que acompanha o Red Hot na
estrada. Tudo o que dizia respeito ao som da banda para TV passa-
va por ele. Todo o contato era feito com ele, lembrou.
Transmitido em dois formatos, 2.0 e 5.1,
o som da apresentao passou por dois
splitters, sendo um deles passivo. A ban-
da tem o costume de transmitir shows
pela web. Sendo assim, tivemos que tra-
balhar em uma espcie de parceria, pois o
objetivo era, tambm, atend-los, com-
pletou. A transmisso em 5.1 tornou-se
padro no Multishow desde dezembro de
2012. Desde ento trabalhamos dessa
maneira. Em 2014, a MTV, que at o mo-
mento transmite tudo em 2.0, vai imple-
mentar o 5.1, encerrou.
A H3000, da Midas, e a Avid Profile foram as mesas usadas pelos Red Hot Chili Peppers
Dave Rat, engenheiro de PA dos Chili Peppers, tambmproprietrio da Rat Sound, empresa californiana de sonorizao
No detalhe, o rack usado por Rat:variedade e grande quantidade deperifricos impressionou
CelsoLuiz
CelsoLuiz
CelsoLuiz
CelsoLuiz
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CIRCUITO BANCO
DO BRASILRiders variados em umfestival que recebeu atraesinternacionais de peso
USER PROFILEO Media Composer
do seu jeito
SELEO ILUMINADAShow de luzes na festa
de lanamento da novacamisa canarinho
DIFUSORESComo corrigir imperfeies
e atenuar sombras
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produtos
NOVO REFLETOR ILED RGBW J NO MERCADO
MQUINA DE FUMAA ANTARI W-715
54 | udio msica e tecnologia
A Martin Professional utilizou a ltima LDI (Live Design International), realizada no
fim de novembro passado, em Las Vegas, como plataforma de lanamento de al-
guns produtos, e dentre os destaques estava o MAC Quantum Wash.
Segundo a companhia, o mercado vinha pedindo por luzes LED wash mais brilhantes
e compactas, ento a Martin resolveu desenvolver a novidade, que apresenta feixes
firmes, uma paleta de cores de destaque no mercado e uma mistura uniforme que
permite atuao em aplicaes mais exigentes.
Ao combinar um LED RGBW de 750 watts com o sistema ptico da fabricante, o
produto garante que seu zoom opere com potncia mxima e desempenho superior.
O MAC Quantum Wash, que facilmente manuseado, oferece movimentos de alta
velocidade e baixo rudo de refrigerao, tudo isso numa estrutura bem robusta. O equipamento tem 45,2 cm de com-
primento e de largura e 54,7 cm de altura. Pesa 21 kg.
www.martin.com
www.harmandobrasil.com.br
Com grau de proteo IP65 ( prova dgua) e mix de cores RGBW, o novo reetor iLED IP 65 Wash 24 x 8W Quad RGBW
tem potncia de sobra para iluminar grandes ambientes externos, e o que ele faz.
A mistura dos tons criados pelos 24 LEDs Quad (4 em 1) valoriza desde
edificaes at espaos urbanos. O display luminoso e quatro botes
sensitivos permitem escolher e programar todas as funes do refletor,
inclusive a operao pelo controle remoto infravermelho que acompanhao equipamento. Ele pode ser configurado para trabalhar com protocolo
DMX em quatro, seis ou sete canais.
Entre outras de suas caractersticas esto ngulo de abertura de 25, funes
Color Static, Color Fader, Color Jump, Color Strobo e Dimmer, programas ajus-
tveis em memria, modos master/slave e display de LCD Blue. Tem 32,5 cm
de largura e altura e 12 cm de profundidade, pesando apenas 8,4 kg.
www.gobos.com.br
A Antari apresentou recentemente a mquina de fu-
maa W-715. Seu novo sistema de aquecimento pro-
porciona uma produo de exploses de 20 segundos,
com aumento da conservao de calor para reduzir o
tempo de reaquecimento, enquanto seu sistema de
tubulao de uido recentemente projetado remove
o lquido restante para fornecer uma exploso mais
clara, sem excesso de fumaa. O uido FLC base de
gua da fabricante, especialmente desenhado para o
trabalho, faz com que o efeito seja ainda mais preciso
graas sua frmula que permite rpida dissipao.
O produto oferece um modo de jato de dois segun-
dos, para um rpido efeito aps
o toque de um boto, painel
em LCD, sistema wireless W-1
e DMX 512 onboard, para uma
maior versatilidade e exibilida-
de no controle. O equipamento
consome 300 ml de uido por
minuto e conta com um tanque
com capacidade para at 2,4
litros de uido. Pesa 15,5 kg.
www.antari.com
www.decomacbrasil.com
MARTIN LANA O MAC QUANTUM WASH
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55/100
7/25/2019 268 Jan 2014
56/10056 | udio msica e tecnologia
em foco
Ricky Martin foi um das atraes dos shows do Grammy La-
tino, realizado no dia 21 de novembro passado no Centro de
Eventos Mandalay Bay, Las Vegas, EUA. Produzido pela rede
Univision, o evento teve um pblico estimado em 9,8 milhes
de telespectadores. No que diz respeito luz, o lighting desig-
ner Carlos Colina, que h sete anos responsvel pelo projeto
de iluminao da premiao, usou no show do cantor portorri-
quenho 18 movings Pointe, da Robe, dando destaque especial
interpretao da cano Ms y Ms, que uniu no palco Ricky
Martin e Draco Rosa. Foi a primeira vez em que Colina usou o
produto da Robe, lanado em abril de 2013.
So brilhantes, versteis. Os prismas so maravilhosos, as
cores, timas, e so simplesmente fantsticos nas cmeras,
comentou Carlos, que trabalhou junto com o designer de
cenograa Jorge Domnguez. Por Ricky Martin ser uma das
maiores estrelas latinas do mundo, Colina queria que a atua-
o dele tivesse grande impacto, e decidiu cri-la usando os Pointe da Robe.
A msica era uma balada muito forte e um momento muito especial do show, disse Colina, quem tinha feito um render do visual
com os Pointe para ser aprovado pelo artista e sua equipe de produo. O resultado sobre o palco foi exatamente como tinha sido
criado no render, e foi denitivamente um dos momentos que deniram o entretenimento da noite, declarou. Os Pointe foram agru-
pados sobre trusses superiores de seis metros na frente da cena, com distncia de cerca de 1,5 m entre eles. Os trusses entraram
em cena quando Ricky e sua banda subiram ao palco, em um momento bastante bonito. Mais informaes sobre os produtos podemser encontradas em www.robe.cz e www.tacciluminacao.com.br.
MOVINGS POINTE ILUMINAM RICKY
MARTIN NO GRAMMY LATINO
MARTIN PROFESSIONAL NO PLANETA TERRA 2013
Aps estar presente no Rock in Rio 2013, a Harman tambm marcou presena nos shows das principais atraes do Planeta
Terra Festival, realizado em So Paulo em novembro
passado. O destaque cou por conta da utilizao de
uma das novidades da Martin Professional, empresa
focada em iluminao adquirida no m de 2012 pelo
grupo Harman: o MH 3 Beam, j disponvel no pas,
a exemplo do RUSH MH1 Prole, MH 2 Wash, Strobe
1 5x5, Par 1 RGBW e Pin 1 CW.
Shows de grande nomes como Blur, Beck e Lana Del
Rey contaram com a performance do MH 3 Beam,
moving head que lana um feixe de longo alcance,
intenso e estreito, para efeitos no ar. Alm disso,
o produto abriga uma roda de gobo fixo e roda de
cores com uma multiplicidade de efeitos possveis
a partir de um dimmer e estrobo, zoom, prisma de
oito faces e regulagem de foco.
Divulgao
Draco Rosa e Ricky Martin no Grammy Latino: lighting
designer Carlos Colina utilizou 18 movings Pointe
MH3 Beam foi utilizado nos shows das principais
atraes do Planeta Terra, como o Blur
Divulgao
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Capa Rodrigo Sabatinelli
Circuito Banco
do Brasil
Festivaltemridersvariadosp
arareceber
atraescomoChiliPepperse
JossStone
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EduardoMagalh
es
Como vimos h algumas pginas, o Circuito Banco do Brasil, festival
que reuniu atraes de peso como Red Hot Chili Peppers, Simple Minds,
Skank, Jota Quest e Detonautas, passou por Salvador, Belo Horizonte,
Rio de Janeiro, So Paulo, Braslia e Curitiba e teve sonorizao a cargo
da Gabisom. Agora, no entanto, vamos falar de sua luz.
Iluminado pela LPL, o evento teve seus mapas de luz desenhados
pelo lighting designer Erich Bertti, tambm diretor de fotograa do
evento ao lado de seu irmo Caio Bertti. Em entrevista L&C, Erich
detalhou alguns destes riders, comentando a variao de estrutura
entre eles. Alguns dos iluminadores dos artistas que passaram pelo
festival, tais como Martin Brennan, que trabalha com a cantora Joss
Stone, e Lino Pereira, do Jota Quest, entre outros, tambm falaram
sobre a estrutura disponibilizada.
PLANTA PRINCIPAL SEM COMPLICAES
Lighting designer do festival, tendo outros de grande expressivida-
de em seu currculo, como, por exemplo, o SWU e o Lollapalooza
Brasil, Erich contou que a experincia lhe fez criar riders simples,
mas que, obviamente, atendessem s demandas dos iluminadores
nacionais e internacionais, tend