BACIA DE SANTOS Estudo de Impacto Ambiental – EIA – Atividade de Perfuração Marítima nos Blocos BM-S-56, BM-S-57, BM-S-58 e BM-S-59 Agosto de 2008 Índice 2344-00-EIA-RL-0001-00 1/1 ÍNDICE 2.3 - Descrição das Atividades ........................................................... 1/60 2.3.1 - Descrição Geral do Processo de Perfuração .................................. 1/60 2.3.2 - Critérios para a Aprovação dos Fluidos Previstos na Atividade de Perfuração ......................................................................... 32/60 ANEXOS Anexo 1 - Licença de Operação NitShore / NitPort Anexo 2 - Tabela IBAMA Anexo 3 – FISPQ Fluidos de Perfuração Anexo 4 - Análise de Metais na Baratina Anexo 5 - Análise de Toxicidade de Fluidos de Perfuração Anexo 6 - Análise da Biodegradabilidade do Produto Bio Base 360 Anexo 7 - Níveis de HPAs do Produto Bio Base 360 Anexo 8 - Análise da Toxicidade de Produtos de Cimentação Anexo 9 - FISPQ de Produtos de Cimentação
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Estudo de Impacto Ambiental – EIA – Atividade de Perfuração Marítima nos Blocos BM-S-56, BM-S-57, BM-S-58 e BM-S-59
Agosto de 2008 Índice
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1/1
ÍNDICE
2.3 - Descrição das Atividades........................................................... 1/60
2.3.1 - Descrição Geral do Processo de Perfuração .................................. 1/60
2.3.2 - Critérios para a Aprovação dos Fluidos Previstos na Atividade de
Manuseio de tubos Varco AR-3200 Varco AR-3200 Varco AR-3200
Bombas de lama 3 (National 12 P-160) 3 (Oilwell 1700 PT) 3 (National 12 P-160)
Vol. de lama, bbl 2642 1700+500 2978
Sacaria, sc 1500 6000 4000
Silos lama+cimento, pe3 10500 10200 12200
Agua Industrial, bbl 10644 12400 10560
Água potável, bbl 1555 1325 738
Óleo diesel, bbl 4345 6900 10400
Controle de sólidos 5 eq. sistema cascata 6 eq. sistema cascata 8 eq. sistema cascata
Unidade de cimentação Halliburton BJ
Guindastes 2 3 3
No entanto, devido ao curto período de tempo para o envio de todas as características das
plataformas pela Diamond Offshore, a OGX não apresentará na versão 00 deste EIA
informações que caracterizem completamente as três sondas e que, consequentemente,
atendam totalmente alguns itens deste estudo, como, por exemplo, os capítulos 2.8- Análise e
Gerenciamento de Riscos Ambientais, o capítulo 2.9-Plano de Emergência Individual, além
deste próprio. O desenvolvimento desta versão do EIA será conduzido com base nas
informações de uma plataforma semi-submersível ancorada, a Alaskan Star (SS-39), aqui
definida como plataforma “tipo” similar às demais que irão atuar nos Blocos da OGX na Bacia
de Santos. As informações desta sonda serão utilizadas para contextualizar a elaboração do
EIA, sem, contudo, em momento algum, inferir que a Alaskan Star (SS-39) será utilizada na
atividade.
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A descrição desta plataforma tipo semi-submersível teve como objetivo representar as 3
plataformas, de forma conservativa, a fim de auxiliar a elaboração do presente estudo
ambiental. Dessa forma, apresenta-se em seguida a descrição da referida plataforma.
Ressalta-se que as informações detalhadas das plataformas Ocean Ambassador, Ocean
Lexington e Ocean Quest serão encaminhadas a CGPEG/IBAMA assim que disponíveis e os
capítulos que necessitem revisão serão refeitos à luz das novas informações para inclusão no
processo de licenciamento ambiental. Nesse sentido, os certificados das plataformas também
deverão ser apresentados ao IBAMA assim que disponíveis, ou, conforme especificado no TR nº
026/08 antes da operação ou da vistoria.
Descrição da plataforma tipo semi-submersível
A plataforma marítima de perfuração semi-submersível será do tipo ancorada. A plataforma
de perfuração tipo semi-submersível será ancorada e é constituída de submarinos, para
proporcionar maior eficiência durante a navegação, sobre os quais se apóiam colunas
contraventadas, que suportam uma estrutura que compõe os conveses. Estas colunas são
divididas em diversos compartimentos estanques, de modo a propiciar estabilidade à unidade,
mesmo em caso de avaria.
A plataforma possui normalmente dois conveses e dois pisos, assim dispostos, de baixo para
cima: convés principal, convés superior, heliponto e convés de perfuração.
A seguir, apresentam-se as informações utilizadas para descrição da plataforma tipo semi-
submersível.
Capacidade de Armazenamento
Água Industrial 1.397,00 m³
Água potável 190,47 m³
Água de Lastro 9.420,00 m³
Óleo combustível 1.087,63 m³
Óleo hidráulico 2,5 m³
Óleo lubrificante 227,05 m³
Óleo sujo 8,10 m³
Cimento 111,14 m³
Baritina 181,22 m³
Bentonita 62,41 m³
Lama ativo 254,70 m³
Reserva de lama 41,18 m³
Sacaria 4.000 sacos
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Acomodações
Acomodações para cerca de 100 pessoas, escritórios, cozinha, refeitório, salas de
reuniões, salas de vídeo, sala de rádio, sala de ginástica, lavanderias, enfermaria e
banheiros de uso comum.
Sistema de Elevação de Cargas
Guindastes da Plataforma
Quantidade 2
Localização proa
Motor motor do tipo diesel
Máxima Carga 36 toneladas
Quantidade 1
Localização popa
Motor motor do tipo diesel
Máxima Carga 36 toneladas
Sistema de Ancoragem
A plataforma possui 8 âncoras, sendo 4 delas do tipo MOORFAST de 13.600 kg sendo 2 em cada
coluna de vértice, separadas por 45 graus de ângulo é ligada através de amarras de 3“ e as
outras 4 do tipo STEVIPRIS pesando 6.800 Kg. Além disso, a plataforma conta com 4 guinchos
de âncora Skagit Corp com capacidade de 320 toneladas e 08 Amarras 3” API ORQ comp 3.800
fts com capacidade de 615,00 toneladas. As amarras de 3” + elo Baldt n°7 + swivel + manilhão
+ âncora.
O procedimento de ancoragem mais comum hoje é o pré-lançamento de âncoras com pré-
tensionamento e a embarcação faz a conexão da amarra da plataforma ao sistema lançado
previamente.
Sistema de Geração de Energia
Durante o funcionamento normal, a energia elétrica é gerada através de 03 grupos geradores
EMD de 2625 kVa, 600 Vca, 60 Hz, trifásico (sistema principal de geração de energia).
Os geradores principais alimentam os painéis de retificadores (SCR’s), através de um
barramento de 600 Vca. Os SCR’s fornecem energia diretamente para o guincho de
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Agosto de 2008 2 – Estudo de Impacto Ambiental 2.3 – Descrição das Atividades
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perfuração, bombas de lama, mesa rotativa, top drive, guinchos de âncoras e dois
transformadores de 1000 kVa (600 Vca/480 Vca), os quais alimentam o sistema auxiliar,
bombas do sistema de lastro, motores elétricos, etc.
O sistema de iluminação é alimentado por 220 Vca e 110 Vca, providos de transformadores
440/220, 110 Vca.
Sistema de Geração de Emergência
O gerador de emergência Caterpillar D 343 PC, com potência de 250 kVaa/480V, é acionado e
entra automaticamente quando falta energia no sistema de 600 Vca. O gerador de emergência
pode também ser acionado manualmente caso necessário.
O gerador de emergência é capaz de acionar as bombas de captação para alimentar o sistema
de lastro, esgoto, anel de incêndio e unidade hidráulica de acionamento do BOP e itens
obrigatórios conforme MODU Code (iluminação de emergência, bombas de incêndio,
elevadores, etc.).
Em complemento, existe um banco de baterias de 24 Vcc, que provê alimentação para
acionamento do BOP em caso de necessidade em situações de emergência.
A unidade possui banco de baterias que garante por determinado período o funcionamento dos
sistemas vitais que são eles: Partida de geradores de emergência, painéis de retificadores,
sistema de rádio, sistema telefônico, sistema de apito e balizamento.
Sistema de Perfuração
O sistema de fluidos de perfuração é um circuito fechado, de modo a proporcionar a
circulação do fluido durante todo o processo de perfuração, visando, também, a manutenção
de suas propriedades físico-químicas.
Essencialmente, o sistema de circulação do fluido de perfuração envolve as seguintes etapas:
► O fluido de perfuração preparado nos tanques é injetado no poço pelas bombas de lama.
► Ao sair do poço, o fluido passa pelas peneiras para que sejam retirados os fragmentos mais
grosseiros das rochas perfuradas (frações > areia grossa).
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► Em seguida, o fluido segue para o desareador e dessiltador, onde são retirados fragmentos
mais finos.
► Caso ainda haja sólidos finos no fluido, em uma proporção que possa comprometer suas
propriedades físico-químicas, parte do fluido é direcionada para uma centrífuga, onde são
retiradas essas partículas finas.
► Após a passagem por todos esses equipamentos para a retirada de sólidos do fluido, este
volta aos tanques de lama onde suas propriedades são verificadas e, havendo necessidade,
recondicionadas, para que o fluido volte a ser injetado no poço.
No caso de perfurações com fluidos de base não aquosa, os cascalhos retirados do fluido ao
longo do processo são direcionados para um secador de cascalho. Esse equipamento é,
essencialmente, uma centrífuga vertical, onde o processo de retirada de fluido dos cascalhos
é potencializado, alcançando performances de retirada de fluidos de acordo com as diretrizes
do IBAMA. A seguir apresentam-se os equipamentos que compõem o sistema:
Equipamento Descrição
Peneiras Primeira fonte de controle de sólidos, as peneiras trabalham todo o fluxo do sistema ativo de fluido, retirando o máximo dos cascalhos grossos, com tamanho em média maior que 80 mícrons.
Desareadores Hidrociclones de grande porte (12 ou 10 polegadas) capazes de retirar partículas sólidas maiores que 40 mícrons.
Desiltadores Hidrociclones de médio porte (4 ou 6 polegadas) capazes de retirar partículas sólidas maiores que 25 mícrons.
Mud Cleaners Conjunto de hidrociclones montados sobre uma peneira classificadora que faz a recuperação do fluido dos sólidos eliminados pelos hidrociclones.
Centrífuga Horizontal Utiliza a força centrífuga gerada internamente para a separação de sólidos mais finos, podendo chegar a um ponto de corte de cascalhos de até 5 mícrons.
Rosca Transportadora Equipamento faz a coleta dos cascalhos dos equipamentos de controle de sólidos e os transporta para a alimentação da centrífuga vertical secadora de cascalhos.
Centrífuga Vertical Secadora de Cascalhos
Os sólidos com alta porcentagem de fluido de perfuração entram na centrífuga e através da força colocada sobre os mesmos em uma tela, são secos para alcançar o limite exigido de teor de fluido sintético para descarte
Sistema de Coleta de Vácuo
É usado para fazer a sucção de qualquer derrame de fluido que ocorra na plataforma. O fluido recuperado é enviado de volta para as peneiras e então ao sistema ativo de fluido.
Sistema de Controle de Poço (BOP)
O Blow Out Preventer (BOP) consiste em um conjunto de válvulas instalado no topo do poço,
capazes de fechá-lo rapidamente quando houver influxo de fluidos da formação para dentro
do poço (Kick). Uma vez fechado o BOP, procedimentos especiais permitem colocar o poço
novamente sob controle. Estes procedimentos são conhecidos como “matar” (kill) o poço.
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Em linhas gerais, ao detectar indícios de um kick, o sondador interrompe o processo de
perfuração, parando também as bombas de lama, e fecha o BOP. Uma vez fechado o BOP, a
circulação processa-se através da linha de choke, onde uma válvula de abertura controlada
remotamente é operada de forma a manter uma restrição calculada na saída da lama que vem
do espaço anular.
Esta restrição ao fluxo de lama ascendente produz no fundo do poço um efeito similar ao de
injeção de uma nova lama com peso específico aumentado e, portanto, com maior pressão
hidrostática. A restrição é mantida durante tempo suficiente para que se dê toda a circulação
da lama com fluido invasor para fora do poço. A lama vai sendo expulsa do espaço anular e
gradativamente substituída por uma lama com o peso específico aumentado, injetada no poço
através da coluna de perfuração. No momento em que a coluna e o espaço anular estiverem
completamente preenchidos com a nova lama, o novo peso da coluna hidrostática deverá ser
suficiente para controlar a pressão da formação, permitindo que o BOP volte a ser aberto,
dando-se continuidade à perfuração.
Sistemas de Segurança
Equipamento de Combate a Incêndio
O sistema de combate a incêndio da unidade é composto pelos seguintes equipamentos:
Item Quant.
Uma bomba de espuma situada na sala de bombas de lama que atende a dois canhões e mais duas estações de espuma exclusiva para o heliponto 01
Uma bomba de incêndio localizada na sala de bomba de lama e uma na sala de máquina 02
Duas baterias de CO2 situadas na sala de controle do BOP com 30 cilindros de 45 kg de CO2 para combate a incêndio sendo que 25 para atender a Sala de Máquinas, e 5 para o SCR e temos mais 2 cilindros próximos ao paiol de tinta na coluna 3 (perfazendo um total de 32 cilindros).
32
Estações para as brigadas de combate a incêndio localizadas no Casario (corredor do 1º piso) e no paiol da cozinha, com roupas de penetração, conjunto autônomo de respiração e garrafas de ar comprimido reservas
02
Estação para a guarnição de helideck com roupas de penetração, conjunto autônomo de respiração. 01
Estações de incêndio distribuídas pela plataforma 28
Sistema de Detecção de Fogo e Gás
O sistema de detecção de fogo e gás da unidade é constituído por:
Item Quant.
Sistema de detecção de fumaça marca THORN e modelo T-880 cobrindo todos os camarotes e compartimentos 39
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Item Quant.
Sistemas de detecção de gás combustível cobrindo as áreas trip tank, tanque de lama, peneira de lama e plataforma. 02
Sistema de detecção de H2S cobrindo as seguintes áreas: plataforma, trip tank, peneiras de lama, sala dos geradores próximo ao compressor de ar respirável, tanque de lama, entrada das acomodações; e o painel fica na Sala de Controle (07 Sensores eletroquímicos)
01
A unidade possui ainda 02 medidores multi-gás 02
Sensores distribuídos nos pontos acima descritos e ligados a um painel de alarme localizado na Sala de Controle de Lastro que é guarnecida 24 horas.
Equipamentos e materiais para resposta a derramamentos a bordo da sonda
A unidade dispõe de 09 kits para combate a derramamentos localizados: 03 na plataforma, 03
no heliponto, 01na sala de cimentação, 01 no moon-pool, 01 sala de máquinas. Cada kit possui
os seguintes equipamentos:
Item Quant. Unid.
Tambor de 55 galões 01 -
Sacos absorventes 05 -
Toalhas absorventes 15 -
Macacões Tyvec 02 -
Luvas de pvc 02 pares
Balde de 15 litros 01 -
Óculos de segurança 02 pares
Pá menor (raspar e recolher) 01 -
Pá maior (raspar e recolher) 01 -
Emulsão 02 litros
Saco resistente de eliminação 01 -
Máscara descartável 02 -
Produto de selagem 01 -
Sistema 9: Salvatagem
Este sistema visa oferecer maior segurança à tripulação embarcada na unidade, em caso de
necessidade de abandono, sendo composto por vários equipamentos, destacando-se:
Item Quant.
Baleeiras fechadas, sendo uma na proa com capacidade de 64 pessoas e uma na popa com capacidade de 64 pessoas. 02
Bote de resgate para 06 pessoas, localizado na proa boreste 01
Balsas infláveis, 02 com capacidade para 25 pessoas na proa bombordo e boreste, 02 com capacidade para 20 pessoas (sendo 1 na popa bombordo e popa boreste) e 01 com capacidade para 15 pessoas (na popa central/boreste).
05
Bóias circulares 08
Coletes Salva-vidas modelo Oceânico 140
Coletes Salva-vidas modelo Jaleco 120
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Sistema de Coleta, Tratamento e Descarte de Fluidos (Esgotos, Águas e Resíduos de Cozinha,
Drenagem de Conveses e Águas Oleosas)
Tratamento de Esgotos sanitários
O efluente sanitário passa primeiramente por um triturador, sendo posteriormente
encaminhado para as câmaras de aeração, onde o processo de digestão biológica natural é
acelerado. O tempo de residência nessas câmaras é de 24 horas. Após a digestão biológica, o
efluente segue para uma câmara de decantação do lodo. O efluente não decantado
(sobrenadante) passa por uma câmara dosadora de cloro e então é encaminhado para um
tanque de repouso, onde é promovido seu contato com o cloro durante o tempo necessário à
eliminação das bactérias e de outros microorganismos.
A obrigatoriedade da instalação a bordo das plataformas de sistemas de tratamento de esgoto
sanitário, em todo mundo, é regulado pelo Anexo IV da Convenção MARPOL, promulgada no
Brasil pelo Decreto nº 2.508, de 4 de março de 1998. Os critérios de operação destes sistemas
estão estabelecidos na Resolução MEPC.2 (VI) da IMO. O dimensionamento dos equipamentos e
sua capacidade de descarga de esgoto tratado é feito em função do número de tripulantes.
Vale ressaltar que o número de pessoas a bordo durante toda a operação é praticamente
constante o que, consequentemente, gera uma quantidade diária de resíduos sanitários
inexpressivamente variável. Assume-se, portanto que a quantidade diária tratada seja
também uma constante.
Separador de Água e Óleo
A água contaminada com óleo na plataforma é encaminhada para o sistema de separação de
água e óleo, que consiste de: um tanque pulmão, para receber as águas oleosas através dos
drenos da plataforma; um separador de água/óleo (SAO); um instrumento (sensor óptico) de
monitoramento contínuo do teor de óleos e graxas, localizado na saída do separador, que
direciona o efluente tratado, pela abertura e/ou fechamento de válvulas automáticas, para
descarte no mar ou para recirculação; um conjunto de válvulas automáticas (solenóide)
controladas pelo instrumento de monitoramento e um tanque para armazenamento do óleo
recuperado pelo separador. Esse separador atende todas as exigências de IMO MEPC.60(33)
para óleos leves e médios sem a necessidade de utilização de materiais de consumo tais como
filtros ou absorventes.
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Após passar pelo SAO a água com teor oleoso de até 15 ppm é descartada, do separador, para
o mar, e o óleo gerado no processo de separação água/óleo é transferido para descarte em
terra, em tanques apropriados. Caso o efluente tenha uma concentração de óleo acima de 15
ppm, a válvula de controle automático é fechada e então o fluxo é desviado novamente para
o SAO.
Triturador de Alimentos
Os resíduos orgânicos e alimentos da plataforma são triturados previamente ao descarte no
mar, em conformidade com o Anexo V da MARPOL 73/78. Para isso é utilizado um triturador
atendendo às especificações determinadas na Convenção MARPOL onde as partículas finais
terão tamanho inferior a 25 mm.
Sistema de Comunicação
O sistema de comunicação da unidade é composto pelos seguintes equipamentos:
Item Quant.
Rádio SSB - sailor HFSSB RM 2150/51 01
Rádio SSB - sailor HFSSB RE 2100 01
Rádio VHF - sailor VHF DSC RM 2042 01
Rádio VHF - sailor VHF RT 2048 01
Sistema intercom 0
Rádio farol 01
Transceptor de emergência portátil 04
Sistema de telefonia interna -
Facsimile 01
Sistema móvel telefone/telex inmarsat - satcom mini KVH tracphone 252 (imarsat) 01
Conjunto de válvulas; (5) Registrador de pressão acima da válvula; (6) Válvula de
circulação reversa e. (7) Tubulação (figura abaixo).
Na superfície, os equipamentos da plataforma incluem o choke manifold, o separador
gás/óleo, dispositivos para medição de vazão e pressão e os queimadores. Esses
equipamentos visam manter a estabilidade do poço e da operação do teste de formação, de
forma a impedir qualquer vazamento, minimizando os riscos de acidentes ambientais.
Figura 2.3-10 - Coluna básica do teste de formação
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• Teste de formação a poço aberto (TF): O teste de formação a poço aberto é realizado
durante a fase de perfuração, antes de se revestir o intervalo. O fato de o intervalo
estará aberto faz com que o teste seja curto, devido à possibilidade de prisão da coluna
(decantação de sólidos do fluido de perfuração ou desmoronamento da formação), ao
risco de entupimento da coluna e ao isolamento precário do intervalo. Além da
estimativa da capacidade de fluxo, os TFs têm a grande vantagem de possibilitar a
identificação dos fluidos das formações de interesse antes da descida do revestimento
de produção.
• Teste de formação a poço revestido (TFR): O teste de formação a poço revestido se
caracteriza pelo bom isolamento do intervalo de interesse e pelas melhores condições
mecânicas do poço. O isolamento entre os diversos intervalos portadores de água ou
hidrocarbonetos é conseguido pela cimentação do revestimento. As melhores condições
mecânicas propiciam tempos de teste suficientes para que todos os objetivos possam
ser alcançados, além dos testes serem mais seguros e menos sujeitos a falhas
mecânicas.
Caso sejam encontrados indícios de hidrocarbonetos nos poços, serão realizados Testes
de formação a cabo (TF) e Teste de formação a poço revestido (TFR), com duração
máxima de 72 horas.
• Completação: Para os procedimentos de completação serão utilizados os mesmo fluidos
utilizados na Fase II de cada poço.
d) Descrição dos Procedimentos a Serem Adotados no Caso da Descoberta de
Hidrocarbonetos em Escala Comercial
Caso algum dos poços a serem perfurados nos Blocos BM-S-56, BM-S-57, BM-S-58 e BM-S-59
apresentarem potencial econômico, será elaborado um Plano de Avaliação de Descoberta de
Petróleo ou Gás Natural. Esse plano será submetido à aprovação da ANP, e caso aprovado,
será integralmente cumprido.
O Plano de Avaliação de Descoberta deverá conter todos os dados e informações disponíveis
sobre os poços, a descrição das atividades a serem executadas para a avaliação da
descoberta, bem como o cronograma das atividades e indicação dos investimentos
necessários.
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Depois de executado o plano, poderá ser declarada a comercialidade da descoberta,
acompanhada de um relatório técnico detalhado. Após a declaração de comercialidade, será
submetido à ANP um Plano de Desenvolvimento da Área.
A OGX considera em seu planejamento, a perfuração de poços de delimitação (extensão) em
eventuais Planos de Avaliação de Descoberta. O número de poços de extensão nesta futura
fase dependerá das características da acumulação, como extensão e distribuição dos
reservatórios, por exemplo. É provável que sejam efetuadas novas testemunhagens e
perfilagens a cabo, antes da descida de cada revestimento, e, de acordo com a necessidade.
Testes de formação também poderão ser realizados com a finalidade de caracterizar as
propriedades dos reservatórios, fluidos e hidrocarbonetos presentes na acumulação.
Destaca-se que a perfuração desses poços de extensão somente ocorrerá após a devida
anuência do órgão ambiental.
e) Procedimentos de Tamponamento e Abandono
A depender dos resultados obtidos após a conclusão das operações de perfuração, perfilagem
e testes, o poço poderá ser abandonado definitiva, ou temporariamente para uso futuro como
poço produtor.
Em ambos os casos serão aplicados procedimentos específicos de tamponamento e abandono
dos poços temporário ou definitivo, conforme a Portaria no 25/2002 da ANP - Agência Nacional
de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Esses procedimentos visam proteger o meio
ambiente, de forma a impedir a ocorrência de vazamentos e a mistura de fluidos no fundo do
mar, bem como garantir que não sejam deixados objetos estranhos ao ambiente na área da
atividade.
No caso do abandono temporário, a programação considerará a possibilidade de uma futura
reentrada. As coordenadas do poço serão registradas nos boletins da OGX e documentos
regulamentados pela ANP, com a finalidade de facilitar a reentrada no poço, o monitoramento
ambiental e o lançamento de linhas e dutos de produção.
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f) Descrição dos Sistemas de Segurança e de Proteção Ambiental
Sistema de Ancoragem
A plataforma possui 8 âncoras, sendo 4 delas do tipo MOORFAST de 13.600 kg sendo 2 em cada
coluna de vértice, separadas por 45 graus de ângulo é ligada através de amarras de 3“ e as
outras 4 do tipo STEVIPRIS pesando 6.800 Kg. Além disso, a plataforma conta com 4 guinchos
de âncora Skagit Corp com capacidade de 320 toneladas e 08 Amarras 3” API ORQ comp 3.800
fts com capacidade de 615,00 toneladas. As amarras de 3” + elo Baldt n°7 + swivel + manilhão
+ âncora.
O procedimento de ancoragem mais comum hoje é o pré-lançamento de âncoras com pré-
tensionamento e a embarcação faz a conexão da amarra da plataforma ao sistema lançado
previamente.
Sistema de Detecção e Dispositivos para Contenção ou Bloqueio de Vazamentos
O sistema de detecção da unidade é constituído por:
Item Quant.
Sistema de detecção de fumaça marca THORN e modelo T-880 cobrindo todos os camarotes e compartimentos 39
Sistemas de detecção de gás combustível cobrindo as áreas trip tank, tanque de lama, peneira de lama e plataforma 02
Sistema de detecção de H2S cobrindo as seguintes áreas: plataforma, trip tank, peneiras de lama, sala dos geradores próximo ao compressor de ar respirável, tanque de lama, entrada das acomodações; e o painel fica na Sala de Controle (07 Sensores eletroquímicos)
01
A unidade possui ainda 02 medidores multi-gás. 02
Sensores distribuídos nos pontos acima descritos e ligados a um painel de alarme localizado na Sala de Controle de Lastro que é guarnecida 24 horas.
Sistema de Geração de Energia de Emergência
O gerador de emergência Caterpillar D 343 PC, com potência de 250 kVaa/480V, é acionado e
entra automaticamente quando falta energia no sistema de 600 Vca. O gerador de emergência
pode também ser acionado manualmente caso necessário.
O gerador de emergência é capaz de acionar as bombas de captação para alimentar o sistema
de lastro, esgoto, anel de incêndio e unidade hidráulica de acionamento do BOP e itens
obrigatórios conforme MODU Code (iluminação de emergência, bombas de incêndio,
elevadores, etc.).
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Em complemento, existe um banco de baterias de 24 Vcc, que provê alimentação para
acionamento do BOP em caso de necessidade em situações de emergência.
A unidade possui banco de baterias que garante por determinado período o funcionamento dos
sistemas vitais que são eles: Partida de geradores de emergência, painéis de retificadores,
sistema de rádio, sistema telefônico, sistema de apito e balizamento.
Sistema de Controle de Poço (BOP)
O Blow Out Preventer (BOP) consiste em um conjunto de válvulas instalado no topo do poço,
capazes de fechá-lo rapidamente quando houver influxo de fluidos da formação para dentro
do poço (Kick). Uma vez fechado o BOP, procedimentos especiais permitem colocar o poço
novamente sob controle. Estes procedimentos são conhecidos como “matar” (kill) o poço.
Em linhas gerais, ao detectar indícios de um kick, o sondador interrompe o processo de
perfuração, parando também as bombas de lama, e fecha o BOP. Uma vez fechado o BOP, a
circulação processa-se através da linha de choke, onde uma válvula de abertura controlada
remotamente é operada de forma a manter uma restrição calculada na saída da lama que vem
do espaço anular.
Esta restrição ao fluxo de lama ascendente produz no fundo do poço um efeito similar ao de
injeção de uma nova lama com peso específico aumentado e, portanto, com maior pressão
hidrostática. A restrição é mantida durante tempo suficiente para que se dê toda a circulação
da lama com fluido invasor para fora do poço. A lama vai sendo expulsa do espaço anular e
gradativamente substituída por uma lama com o peso específico aumentado, injetada no poço
através da coluna de perfuração. No momento em que a coluna e o espaço anular estiverem
completamente preenchidos com a nova lama, o novo peso da coluna hidrostática deverá ser
suficiente para controlar a pressão da formação, permitindo que o BOP volte a ser aberto,
dando-se continuidade à perfuração.
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Sistema de Coleta, Tratamento e Descarte de Fluidos (Esgotos, Águas e Resíduos de
Cozinha, Drenagem de Conveses e Águas Oleosas)
Tratamento de Esgotos sanitários
O efluente sanitário passa primeiramente por um triturador, sendo posteriormente
encaminhado para as câmaras de aeração, onde o processo de digestão biológica natural é
acelerado. O tempo de residência nessas câmaras é de 24 horas. Após a digestão biológica, o
efluente segue para uma câmara de decantação do lodo. O efluente não decantado
(sobrenadante) passa por uma câmara dosadora de cloro e então é encaminhado para um
tanque de repouso, onde é promovido seu contato com o cloro durante o tempo necessário à
eliminação das bactérias e de outros microorganismos.
A obrigatoriedade da instalação a bordo das plataformas de sistemas de tratamento de esgoto
sanitário, em todo mundo, é regulado pelo Anexo IV da Convenção MARPOL, promulgada no
Brasil pelo Decreto nº 2.508, de 4 de março de 1998. Os critérios de operação destes sistemas
estão estabelecidos na Resolução MEPC.2 (VI) da IMO. O dimensionamento dos equipamentos e
sua capacidade de descarga de esgoto tratado é feito em função do número de tripulantes.
Vale ressaltar que o número de pessoas a bordo durante toda a operação é praticamente
constante o que, consequentemente, gera uma quantidade diária de resíduos sanitários
inexpressivamente variável. Assume-se, portanto que a quantidade diária tratada seja
também uma constante.
Separador de Água e Óleo
A água contaminada com óleo na plataforma é encaminhada para o sistema de separação de
água e óleo, que consiste de: um tanque pulmão, para receber as águas oleosas através dos
drenos da plataforma; um separador de água/óleo (SAO); um instrumento (sensor óptico) de
monitoramento contínuo do teor de óleos e graxas, localizado na saída do separador, que
direciona o efluente tratado, pela abertura e/ou fechamento de válvulas automáticas, para
descarte no mar ou para recirculação; um conjunto de válvulas automáticas (solenóide)
controladas pelo instrumento de monitoramento e um tanque para armazenamento do óleo
recuperado pelo separador. Esse separador atende todas as exigências de IMO MEPC.60(33)
para óleos leves e médios sem a necessidade de utilização de materiais de consumo tais como
filtros ou absorventes.
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Após passar pelo SAO a água com teor oleoso de até 15 ppm é descartada, do separador, para
o mar, e o óleo gerado no processo de separação água/óleo é transferido para descarte em
terra, em tanques apropriados. Caso o efluente tenha uma concentração de óleo acima de 15
ppm, a válvula de controle automático é fechada e então o fluxo é desviado novamente para
o SAO.
Triturador de Alimentos
Os resíduos orgânicos e alimentos da plataforma são triturados previamente ao descarte no
mar, em conformidade com o Anexo V da MARPOL 73/78. Para isso é utilizado um triturador
atendendo às especificações determinadas na Convenção MARPOL onde as partículas finais
terão tamanho inferior a 25 mm.
g) Identificação da Infra-estrutura de Apoio
A Base de Apoio a ser usada será a Nitshore Engenharia e Serviços Portuários S/A (LO nº
011108), localizada no centro de Niterói (RJ) - Figura 2.3-11. Esta base será responsável pelo
recebimento, armazenamento temporário e destinação correta dos resíduos gerados nas
plataformas e nas embarcações de apoio. Todo resíduo recebido será devidamente
identificado de acordo com a classificação NBR 10.004 e armazenado de maneira correta para
que não haja contaminação do solo nem mistura de diferentes resíduos ou geradores. O
gerenciamento executado pela Nitshore permitirá a rastreabilidade dos resíduos durante as
operações de perfuração.
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Figura 2.3-11 - Foto aérea da base de apoio Nitshore
O abastecimento de óleo diesel às embarcações de apoio e dedicada é feito por barcaças ou
caminhão tanque, sendo cada operação dotada de medidas preventivas contra poluição, que
incluem o lançamento de barreiras infláveis que envolvem a barcaça e a embarcação que está
sendo abastecida, sinalização do local com placas indicativas de abastecimento e toda a
operação é acompanhada pela equipe da brigada de incêndio (Figura 2.3-12). A Licença de
Operação da Nitshore é apresentada no Anexo 1.
Figura 2.3-12 - Abastecimento no Terminal da NITSHORE
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Para o apoio aéreo, será utilizado o aeroporto de Jacarepaguá, localizado a sudoeste da
cidade do Rio de Janeiro a aproximadamente 30 quilômetros do centro da cidade.
O aeroporto localizado na Av Ayrton Senna, 2541. Barra da Tijuca - Rio de Janeiro – RJ, tem
uma área patrimonial de 2.364.721,80 m², limitada ao norte pela Lagoa de Jacarepaguá, ao
sul por uma área de reserva biológica do Município do Rio de Janeiro (Bosque da Barra). Tem
uma capacidade de 75.000 passageiros por ano, principal empresa operando é a Gol.
h) Descrição da Operação dos Barcos de Apoio
Durante as operações de perfuração dos Blocos BM-S-56, BM-S-57, BM-S-58 e BM-S-59 serão
utilizadas uma embarcação de apoio tipo AHTS (Anchor handling Tug Supply) e 2 embarcações
do tipo PSV 3000 e/ou PSV 4500 (PSV - Platform Supply Vessel).
Estas embarcações desenvolverão as atividades de transporte de insumos da base de apoio até
as plataformas, transporte de peças e equipamentos para a plataforma, transporte de
resíduos da plataforma a base de apoio NITSHORE e transporte de equipamentos e produtos
assim como auxílio nas operações de emergência. A rota das embarcações é apresentada no
Mapa 2344-00-EIA-DE-1002 Mapa da Área de Influencia, apresentado no item 2.4. A
periodicidade prevista para estas embarcações é semanal.
A estrutura de resposta do Plano de Emergência Individual (PEI), apresentada no item 2.9,
contemplará uma embarcação dedicada para auxílio no combate de um eventual
derramamento de óleo no mar. Esta embarcação será escolhida dentre quatro alternativas
oferecidas pela Hidroclean, empresa que prestará apoio nas emergências ambientais: Vitor I,
Marimar XII, Fernanda M e Eco Warrior.
As embarcações Vitor I, Marimar XII, Fernanda M ou Eco Warrior possivelmente serão
utilizadas como embarcação dedicada pelo Plano de Emergência Individual - PEI.
2.3.2 - Critérios para a Aprovação dos Fluidos Previstos na Atividade de Perfuração
Estimativa dos volumes de fluidos de perfuração
Para as perfurações dos poços, estão previstas, a utilização dos seguintes fluidos por prospectos:
Albiano – Gel Sweeps /PAD MUD/ KCl/Kla-gard com Anti-encerante (fluidos de base água)
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Aptiano - Gel Sweeps /PAD MUD/ KCl/Kla-gard com Anti-encerante (fluidos de base água) e
Paradril (fluido de base sintética).
Destaca-se que para os prospectos Aptiano, são apresentados dois cenários. O primeiro utiliza
fluidos base água nas fases I, II, III e posteriormente o fluido base sintética nas fases IV, V e
VI. O segundo cenário apresenta a utilização de fluidos base água nas fases I e II e
posteriormente, o fluido de base sintética nas fases III, IV, V e VI.
Todos fluidos a serem utilizados serão preparados e fornecidos pela empresa MI-Swaco.
As informações detalhadas, relacionadas à volumetria de poços, fluidos e geração de
cascalhos, são apresentadas no Quadro 2.3-4, no Quadro 2.3-5 e no Quadro 2.3-6. Conforme
solicitado no Termo de Referência deste estudo, as mesmas tabelas são apresentadas em meio
eletrônico em formato Excel no Anexo 2.
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Quadro 2.3-4 - Informações dos poços a serem perfurados – Poços Albianos
Volumetria de Poço Aberto e Revestimento
POÇO ABERTO REVESTIMENTO
Diâmetro broca Intervalo (m) Extensão da fase Capacidade Volume nominal Diâmetro Intervalo (m) Capacidade Volume estimado Fase (pol) Inicial Final (m) (m3/m) (m3) (pol) Inicial Final (m3/m) (m3)
VI PARADRIL 8,91 6000,0 6400,0 92,7 12,1 337,3 656,6 749,3 0,0 399,9 9,7 1,3% 1. Volume total fabricado, não considerando o volume recebido da fase anterior;
2. Volume perdido no poço ao final da perfuração;
3. Volume perdido na superfície durante a perfuração;
4. Volume fabricado para cada fase;
5. Volume de fluido recebido na formação;
6. Volume total descartado no mar após perfuração de cada fase;
7. Volume total armazenado na embarcação para cada fase;
8. Volume total de fluido aderido ao cascalho.
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Quadro 2.3-6 - Informações dos poços a serem perfurados - Poços Aptiano (Cenário 2)
Volumetria de Poço Aberto e Revestimento
POÇO ABERTO REVESTIMENTO
Diâmetro broca Intervalo (m) Extensão da fase Capacidade Volume nominal Diâmetro Intervalo (m) Capacidade Volume estimado Fase (pol) Inicial Final (m) (m3/m) (m3) (pol) Inicial Final (m3/m) (m3)
VI PARADRIL 8,91 6000,0 6400,0 72,0 11,3 317,4 656,6 728,6 0,0 399,9 9,0 1,2% 1. Volume total fabricado, não considerando o volume recebido da fase anterior;
2. Volume perdido no poço ao final da perfuração;
3. Volume perdido na superfície durante a perfuração;
4. Volume fabricado para cada fase;
5. Volume de fluido recebido na formação;
6. Volume total descartado no mar após perfuração de cada fase;
7. Volume total armazenado na embarcação para cada fase;
8. Volume total de fluido aderido ao cascalho.
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Propriedades Físico-químicas e Formulações
As concentrações dos produtos que compõem os fluidos de perfuração a serem utilizados em cada fase de perfuração dos poços estão apresentadas no
Quadro 2.3-7 e no Quadro 2.3-8, a seguir. O pH do fluido será controlado para não ultrapassar 9, limite estabelecido para o descarte de efluentes pela
Resolução CONAMA nº 357/05. Destaca-se que, conforme solicitado no Termo de Referência deste estudo, as tabelas são apresentadas em formato
EXCEL no Anexo 2.
Quadro 2.3-7 - Concentrações dos produtos que compõem os fluidos de perfuração que serão utilizados durante a perfuração dos poços albianos
Data Laudo 07.01.2005 07.01.2005 08.06.2007 25.07.2008 25.07.2008 25.07.2008
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Quadro 2.3-8 - Concentrações dos Produtos que compõem os Fluidos de Perfuração que serão utilizados durante a Perfuração dos Poços Aptianos, incluindo os dois cenários propostos
Fluidos Sintético
Classe: Parafínico
FASE I – 36 “ FASE II – 26 “ FASE II – 26 “ FASE III – 20 “ FASE III – 20 “ FASE IV 17 ½ “ FASE V 12 1/4“ FASE VI 8 ½
Fluido Bentonita Pré-
Hidratada
Fluido Bentonita Pré-
Hidratada
Fluido Riserless PAD
MUD
Kcl/KLA-GARD com anti-encerante
Sistema Fluido Paradril Fluido
SBM BIO-BASE 360
Sistema Fluido Paradril Fluido
SBM BIO-BASE 360
Sistema Fluido Paradril Fluido
SBM BIO-BASE 360
Sistema Fluido Paradril Fluido
SBM BIO-BASE 360
Componente Função
Kg/m³ Kg/m³ Kg/m³ Kg/m³ Kg/m³ Kg/m³ Kg/m³ Kg/m³
Água 963,26 963,26 2,43 2,09 249,65 249,65 249,65 249,65
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Poços Aptianos:
ADITIVOS DE CIMENTAÇÃO CONCENTR. QUANTIDADE CONCENTR. QUANTIDADE
D 175 0,02 47,94 L Água do mar 13,909 33346 LD 20 2% [BWOC] 545,28 Kg 0,00 0 LB 38 0,60 1438,18 L Água mistura 14,614 35036 L
0 Kg 86 0 L0 L 633 0 L
D 186 Acelerador 0,18 496,06 L Água do mar 4,876 13440 LD 185 Dispersante 0,10 275,59 L 0,000 0 LD 175 0,02 55,12 L Água mistura 5,176 14267 L
0 0 L
D 175 0,02 237,62 L Água do mar 8,442 100319 LD 75 0,15 1782,16 L 0,00 0 LD 185 Dispersante 0,10 1188,11 L Água mistura 8,662 102933 L
0 L 145 0 L0 L 3139 0 L
D 168 0,18 91,27 L Água do mar 4,876 20615 LD 185 Dispersante 0,10 50,7 L 0,000 0 LD 175 0,02 10,14 L Água mistura 5,176 21884 LD 0 0 L 243 0 L
D 31 Baritina 270,31 7428,12 Kg 0 LD 20 Bentonita 2,50 68,7 Kg 0,000 0 LD 182 MUDPUSH II 5,00 137,4 Kg 0 LD 607 0,00 0 L 0 LD 175 0,00 0 L 0 LD 168 0,30 894,18 L 0,000 0 LD 80 Dispersante 0,10 298,06 L Água Industrial 4,721 14074 LD 175 0,02 59,61 L Água mistura 5,241 15624 LD 197 Retardador 0,08 238,45 L 240 0 L
D 31 Baritina 270,31 7428,12 Kg 0 LD 20 Bentonita 2,50 68,7 Kg 0,000 0 LD 182 MUDPUSH II 5,00 137,4 Kg 0 LD 607 2,00 454,2 L 0 LD 175 0,00 0 L 0 LD 604AM Dispersante 0,05 285,13 L Água Industrial 5,473 31216 LD 175 0,03 171,08 L 0,00 0 LD 44 18% BWOW 5673,03 Kg Água mistura 5,96 34011 LD 197 Retardador 0,08 456,21 L 211 0 LD 0,00 0 L 1507 0 LD 31 Baritina 270,31 7428,12 Kg 0 LD 20 Bentonita 2,50 68,7 Kg 0,000 0 LD 182 MUDPUSH II 5,00 137,4 Kg 0 LD 607 2,00 454,2 L 0 LD 175 0,00 0 L 0 LD 604AM Dispersante 0,05 150,43 L Água Industrial 5,473 16469 LD 175 0,03 90,26 L 0,00 0 LD 44 18% BWOW 2966,82 Kg Água mistura 5,96 17944 LD 197 Retardador 0,08 240,69 L 211 0 LD 0,00 0 L 795 0 L
Descrição das Formas de Tratamento dos Cascalhos e Fluidos de Perfuração
Será utilizado um método integrado para a remoção de sólidos que é projetado para atender as
exigências ambientais para o descarte de cascalhos e fluidos. O sistema é aplicável a sistemas
densificados e não densificados de fluidos de perfuração de Base Água. Este sistema integrado
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remove 80 a 95% dos sólidos perfurados gerados. O Sistema também é capaz de manter o
conteúdo de sólidos de baixa gravidade em 4% de volume para minimizar problemas no poço e
reduzir diluição e otimizar o uso dos produtos químicos.
Durante a perfuração, os equipamentos de controle de sólidos, apresentados no Quadro 2.3-15,
devem ser operados continuamente para garantir a máxima remoção de sólidos. A operação
contínua dos equipamentos minimizará os sólidos e os problemas daí decorrentes.
Quadro 2.3-15 - Equipamentos de Controle de Sólidos
Equipamento Descrição
Peneiras Primeira fonte de controle de sólidos, as peneiras trabalham todo o fluxo do sistema ativo de fluido, retirando o máximo dos cascalhos grossos, com tamanho em média maior que 80 mícrons.
Desareadores Hidrociclones de grande porte (12 ou 10 polegadas) capazes de retirar partículas sólidas maiores que 40 mícrons.
Desiltadores Hidrociclones de médio porte (4 ou 6 polegadas) capazes de retirar partículas sólidas maiores que 25 mícrons.
Mud Cleaners Conjunto de hidrociclones montados sobre uma peneira classificadora que faz a recuperação do fluido dos sólidos eliminados pelos hidrociclones.
Centrífuga Horizontal Utiliza a força centrífuga gerada internamente para a separação de sólidos mais finos, podendo chegar a um ponto de corte de cascalhos de até 5 mícrons.
Rosca Transportadora Equipamento faz a coleta dos cascalhos dos equipamentos de controle de sólidos e os transporta para a alimentação da centrífuga vertical secadora de cascalhos.
Centrífuga Vertical Secadora de Cascalhos
Os sólidos com alta porcentagem de fluido de perfuração entram na centrífuga e através da força colocada sobre os mesmos em uma tela, são secos para alcançar o limite exigido de teor de fluido sintético para descarte
Sistema de Coleta de Vácuo
É usado para fazer a sucção de qualquer derrame de fluido que ocorra na plataforma. O fluido recuperado é enviado de volta para as peneiras e então ao sistema ativo de fluido.
O gráfico abaixo mostra a curva de separação máxima dos equipamentos de controle de sólidos
listados no Quadro 2.3-15.
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O tratamento do cascalho e fluido de perfuração no sistema de controle de sólidos na plataforma
marítima deverá começar nas peneiras, seguindo para o desareador, desiltador, centrífuga
VERTI-G e em seguida encaminhado a uma centrífuga convencional. A Figura 2.3-15 apresenta
um fluxograma deste sistema, composto pelos equipamentos acima apresentados.
Após passagem pelo sistema de controle de sólidos, o cascalho separado será descartado ao mar
através de um duto de descarte. Este conduzirá o cascalho da plataforma até a superfície do mar
para o descarte.
Figura 2.3-15 - Sistema de controle de sólidos
Peneiras de Movimento Duplo
Será utilizado um sistema de três (3) peneiras de movimento duplo. Estas três peneiras
compartilharão um manifold em comum. Com este arranjo, cada peneira pode receber um terço
(1/3) da taxa da linha de fluxo total.
A operação das peneiras deve ser feita com o maior mesh possível em suas telas (Quadro
2.3-16). Regular-se o tamanho da tela para de acordo com a taxa de circulação, densidade do
fluido, viscosidade e volume de sólidos gerados.
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Quadro 2.3-16 - Tamanho das telas
Mud Cleaner (Desareador, Desiltador e Peneira)
O mud cleaner deve ser operado continuamente para remoção máxima de sólidos e recuperação
de fase líquida.
Os hidrociclones devem ser dimensionados de acordo com a vazão projetada. O número de ciclos
deve ser selecionado para controlar 150% do máximo fluxo esperado. Os 50% de excesso de
capacidade garantirão que nenhum fluido vai ultrapassar uma unidade em particular. O retorno
dos 50% de fluido previamente tratados também ajudará na diminuição da concentração de
sólidos e viscosidade na alimentação do clone, permitindo uma separação melhor.
Uma bomba centrífuga de 5 x 6 x 14 �, 75 HP alimentará cada unidade de hidrociclone. Os
tamanhos de tela para o mud cleaner devem ser de 250 a 325 mesh TLB. O mesh de tela variará,
dependendo do volume total de sólidos descartados sobre a superfície de tela e da reologia do
fluido.
Centrífuga
A alimentação da centrífuga vindo do mud cleaner deve ser igual à descarga do mud cleaner. As
centrífugas são normalmente operadas com velocidade de 2.500 rpm para obtenção de um ponto
de corte de aproximadamente 6 mícrons. Os sólidos úmidos devem ser descarregados em um
tanque de coleta para armazenamento e mistura com os sólidos secos da centrífuga vertical para
facilitar o transporte posterior. Os fluidos sem cascalhos devem retornar ao sistema ativo.
A centrífuga poderá ser usada em conjunto para o fluido vindo do sistema ativo e para o fluido
recuperado pela secadora de cascalhos Verti-G como descrito a seguir.
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2 – Estudo de Impacto Ambiental 2.3 – Descrição das Atividades
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VERTI-G – Centrífuga Vertical
Este equipamento consiste numa centrífuga secadora de eixos verticais, projetada para
recuperar com a maior eficiência possível a parcela de fluido que se agrega ao cascalho durante
a perfuração de poços de óleo e gás, com capacidade para processar 30 toneladas de material
por hora. O equipamento é adequado a perfurações com fluidos de base aquosa ou não aquosa.
A separação do fluido residual do cascalho é feita por centrifugação dentro do equipamento,
acompanhada da aplicação de elevadas forças aos cascalhos. Deste modo, o fluido que os reveste
vai sendo desprendido, podendo retornar ao sistema de fluido ativo. A Figura 2.3-16 mostra uma
vista em corte da centrífuga VERTI-G. O cascalho é introduzido na parte superior do equipamento
sendo imediatamente acelerado e centrifugado. O material é direcionado para a superfície de
uma tela, que separa os líquidos dos sólidos. Logo que os cascalhos estejam em contato com a
tela, a separação de líquido-sólido é rapidamente concluída. A taxa de fluxo através da tela é
controlada pelo diferencial de velocidade entre componentes internos do equipamento, como o
cone e as hélices.
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Figura 2.3-16 - VERTI-G
Conforme TR nº 026/08, o IBAMA estabelece que o cascalho descartado não poderá apresentar
mais de 6,9% (em peso úmido de cascalho) de base orgânica aderida (n-parafinas e fluidos a base
de óleo mineral tratados). Dessa forma, o sistema VERTI-G apresenta uma retenção média de
fluido no cascalho que atende os mínimos valores de porcentagem de fluido de base não aquosa
retido nos cascalhos.
Sistema de Vácuo
O sistema de vácuo (Figura 2.3-17) é recomendado para ser utilizado em qualquer sonda. Seu
benefício primário é a recuperação de fluidos derramados, retornando o mesmo ao sistema ativo
e minimizando os impactos ambientais relativos a este equipamento.
Uma função secundária é o transporte de sólidos de perfuração em caso de contingência na
quebra do sistema primário de transportes que é o das roscas transportadoras.
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Figura 2.3-17 - Sistema de vácuo
Aplicações da Unidade de Vácuo:
Contenção total de cascalhos;
Recuperação secundária de fluido quando a contenção total não for necessária;
Limpeza de derramamentos no piso da sonda a perto dos tanques de fluido;
Limpeza de tanques para mudança de fluido;
Transferência de líquidos residuais;
Minimização e reciclagem de resíduos em operações.
ANEXOS
ANEXO 1 - LICENÇA DE OPERAÇÃO NITSHORE / NITPORT
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ANEXO 2 - TABELA IBAMA
ANEXO 3 – FISPQ FLUIDOS DE PERFURAÇÃO
ALBIANO – FLUIDOS DE PERFURAÇÃO
ALBIANO – PRODUTOS DE CONTINGÊNCIA
APTIANO 1 – FLUIDOS DE PERFURAÇÃO
APTIANO 1 – PRODUTOS DE CONTINGÊNCIA
APTIANO 2 – FLUIDOS DE PERFURAÇÃO
APTIANO 2 – PRODUTOS DE CONTINGÊNCIA
ANEXO 4 - ANÁLISE DE METAIS NA BARATINA
ANEXO 5 - ANÁLISE DE TOXICIDADE DE FLUIDOS DE PERFURAÇÃO
ALBIANO - FASE 2_26 POL
ALBIANO - FASE 3, 4 E 5_17.5, 12.25 E 8,5 POL
APTIANO 1 - FASE 2_26 POL
APTIANO 1 - FASE 3_20 POL
APTIANO 1 - FASE 4, 5 & 6_17,5, 12.25 E 8,5 POL
APTIANO 2 - FASE 1_36 POL
APTIANO 2 - FASE 2_26 POL
APTIANO 2 - FASE 3, 4, 5 E 6_26, 17.5, 12.25 E 8,5 POL
ANEXO 6 - ANÁLISE DA BIODEGRADABILIDADE DO PRODUTO BIO BASE 360
ANEXO 7 - NÍVEIS DE HPAS DO PRODUTO BIO BASE 360
ANEXO 8 - ANÁLISE DA TOXICIDADE DE PRODUTOS DE CIMENTAÇÃO