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Portugal global Pense global pense Portugal Junho 2010 // www.portugalglobal.pt Jackson Chang Presidente do IPIM Cooperação estratégica com a Lusofonia 22 China/PLP Melhores relações mais negócios 6 Xangai Porta aberta para a economia global 34 Empresas Balanças Marques Promontório Inenergi 29
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Mar 29, 2016

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Pedro Nunes

Cooperação estratégica com a Lusofonia 22 China/PLP Melhores relações mais negócios 6 Xangai Porta aberta para a economia global 34 Empresas Balanças Marques Promontório Inenergi 29 Presidente do IPIM Pense global pense Portugal Junho 2010 // www.portugalglobal.pt
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PortugalglobalPense global pense Portugal

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Jackson ChangPresidente do IPIMCooperação estratégica com a Lusofonia 22 China/PLPMelhores relações mais negócios 6

XangaiPorta aberta para a economia global 34

EmpresasBalanças MarquesPromontórioInenergi 29

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sumárioJunho 2010 // www.portugalglobal.pt

Destaque // 6O Encontro de Empresários para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa – PLP, que se realiza em Lisboa nos dias 23 e 24 de Junho, foi o ponto de partida para o tema de destaque desta edição da Portugalglobal. Em foco, as relações económicas entre a China – um dos motores da economia mundial – e os PLP que, além de Portugal, anfitrião deste Encontro, abrangem os mercados de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor-Leste.

Entrevista // 22Jackson Chang, presidente do IPIM – Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau, destaca, em entrevista, o papel deste organismo na promoção da cooperação económica entre a China e os países da lusofonia, designadamente entre Macau e Portugal. Salienta igualmente a importância do Encontro que irá realizar-se em Lisboa, bem como as várias acções que têm sido realizadas para potenciar o crescimento da cooperação entre estes países.

Notícias // 28

Empresas // 29Balanças Marques: balanças fiáveis.Promontório: arquitectura expert em múltiplas áreas. Inenergi protege ambiente.

Mercado // 34Considerada a capital económica da China, Xangai, com 20 milhões de consumidores, é o mercado em foco nesta edição. A participação portuguesa na maior exposição universal de sempre – a EXPO Xangai 2010 – merece destaque pela sua visibilidade e eficácia na transmissão de uma imagem de um Portugal moderno, onde a vertente económica assume papel preponderante.

De viva voz // 44O presidente da aicep Global Parques, Francisco Sá, fala à Portugalglobal das potencialidades que os mercados de língua portuguesa, bem como os do Oriente, apresentam para o desenvolvimento dos produtos e serviços desta participada da AICEP.

Análise de risco por país – COSEC // 46

Estatísticas // 50Investimento directo e exportações.

Feiras e eventos// 52

AICEP Rede Externa // 54

Bookmarks // 56

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A China, um dos motores da econo-mia mundial, assume cada vez mais importância no mercado global. Impunha-se, portanto, por parte da nossa revista, uma radiografia actua-lizada da cooperação entre a China e os Países de Língua Portuguesa (PLP) e das relações dos próprios países PLP entre si, dada a importância es-tratégica que estes representam para Portugal no xadrez da globalização.

Nesta medida, o Encontro de Empre-sários para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, que reúne, pela primeira vez, cerca de 500 parti-cipantes, dos quais 250 empresários chineses, marca sem dúvida uma nova etapa no papel que Portugal desempenha no relacionamento en-tre a China e os PLP, especialmente no que toca ao Brasil e Angola.

Peça fundamental é a entrevista de Jackson Chang, o novo presidente do IPIM, que enfatiza o papel des-ta organização e da sua estratégia, bem como o protagonismo que ao longo dos anos Macau tem desem-penhado como plataforma de ser-viços no processo de cooperação económica e empresarial entre os Países de Língua Portuguesa e a China, sendo claramente reconhe-cido o seu contributo no reforço das relações bilaterais e dos laços de amizade entre os países lusó-fonos e o gigante asiático. O res-ponsável do IPIM sublinha também

EDITORIAL

// Junho 2010 // Portugalglobal4

As opiniões expressas nos artigos publicados são da res-

ponsabilidade dos seus autores e não necessariamente

da revista Portugalglobal ou da aicep Portugal Global.

A aceitação de publicidade pela revista Portugalglobal

não implica qualquer compromisso por parte desta

com os produtos/serviços visados.

Uma nova realidadea importância do relacionamento com a AICEP, assim como a parce-ria com os organismos congéneres dos PLP, na realização de activida-des promocionais conjuntas.

Ainda nesta linha de temas fortes, tendo as relações China/Portugal como epicentro, Xangai, com 20 milhões de consumidores, é o nos-so mercado de eleição. Por duas razões: não só porque está a ter lugar nesta grande metrópole a EXPO 2010, na qual Portugal tem uma participação e uma visibilida-de significativas, mas também por Xangai constituir o grande centro económico do mercado chinês.

No âmbito do evento, damos tam-bém uma visão do papel da AICEP na agilização da vertente econó-mica e de promoção do Centro de Negócios do Pavilhão de Portugal e um balanço do primeiro mês de ex-posição, feito pelo Comissário Ge-ral, Rolando Borges Martins. Uma realidade, em que este forte dina-mismo económico, que envolve cada vez mais empresas portugue-sas e oportunidades de negócio, se traduz na crescente implantação de empresas, abertura de filiais ou de escritórios de representação, con-solidando deste modo uma presen-ça global que coloca Portugal na dianteira da cooperação bilateral.

BASÍLIO HORTAPresidente da Comissão Executiva da AICEP

Revista PortugalglobalAv. 5 de Outubro, 101

1050-051 LisboaTel.: +351 217 909 500Fax: +351 217 909 578

Propriedadeaicep Portugal Global

O’Porto Bessa Leite ComplexR. António Bessa Leite, 1430 – 2º

4150-074 Porto Tel.: +351 226 055 300Fax: +351 226 055 399NIFiscal 506 320 120

Comissão ExecutivaBasílio Horta (Presidente), Eurico Dias,

José Vital Morgado, Luis Florindo, Teresa Ribeiro

DirectoraAna de Carvalho

[email protected]

RedacçãoCristina Cardoso

[email protected]

José Escobar

[email protected]

Vitor Quelhas

[email protected]

Colaboram neste número Basílio Horta, Centro de Negócios da AICEP

em Xangai, Chang Hexi, Direcção de Informação da AICEP, Direcção Internacional da COSEC,

Francisco Sá, Jackson Chang, José Rodrigues Alentejo, Rolando Borges Martins, Rui Cardoso-Santos.

Fotografia e ilustração ©Fotolia, EMBRATUR - Instituto Brasileiro de Turismo,

©Istockphoto.com, Messe Frankfurt Exhibition GmbH (Jean-Luc Valentin / Thomas Fedra),

Rodrigo Marques.

Publicidade [email protected]

SecretariadoHelena Sampaio

[email protected]

AssinaturasREGISTE-SE AQUI

Projecto gráficoaicep Portugal Global

Paginação e programaçãoRodrigo Marques

[email protected]

ERC: Registo nº 125362

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Com o incremento das reformas económicas na China, a sua plena participação na cooperação económica mundial passou a ser incontornável. Sinal da intensa globalização da economia chinesa é o comércio entre o gigante asiático e os Países de Língua Portuguesa (PLP) – Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Timor-Leste – que aumentou mais de 90 por cento até Abril deste ano, face a igual período de 2009, o que representa um valor de 25.089 milhões de dólares (20.706 milhões de euros).

CHINA/PLPMELHORES RELAÇÕESMAIS NEGÓCIOS

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DESTAQUE

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A China prospera no mercado global. E a palavra crise – que se tornou uma constante nas preocupações da econo-mia mundial – não parece constituir um travão ao seu desenvolvimento, signi-ficando, pelo contrário, a consolidação de novas oportunidades de negócio e uma forte expansão das relações bilate-rais. Neste quadro, as relações da China com os Países de Língua Portuguesa (PLP) encontram-se na ordem do dia, dando si-nais encorajadores que se destacam pelos números, que falam por si, do comércio entre a China e os países da lusofonia. No quadro das trocas comerciais, a China comprou só entre Janeiro e Março deste ano, aos oito países de língua portugue-sa, produtos no valor de 17.459 milhões de dólares (14.403 milhões de euros, e vendeu produtos no valor de 7629 mi-lhões de dólares (6293 milhões de euros).

O Encontro de Empresários para a Co-operação Económica e Comercial entre a China e os PLP, que reúne em Lisboa, nos dias 23 e 24 de Junho, cerca de cin-co centenas de participantes, metade dos quais empresários chineses, repre-senta precisamente esta nova realidade, e o papel relevante que Portugal desem-penha no relacionamento entre a China e os PLP, com destaque para as relações com o Brasil e Angola. Por outro lado, a vitalidade com que Portugal e as empre-

sas portuguesas se fazem representar na EXPO 2010 de Xangai, importante plataforma económica do mercado chi-nês, vem reforçar a presença do país no eixo China/PLP e consubstanciar ali a ac-ção promocional da AICEP. Neste contexto em que todos os países de língua portuguesa registaram acrés-cimos no volume de trocas comerciais com a China, até Abril de 2010, as maiores subidas percentuais foram as de Angola (com 169 por cento) e de Timor-Leste (com 123 por cento).

ao mesmo tempo que as exportações chinesas também registavam uma su-bida homóloga de 60 por cento, com um valor de 7.630 milhões de dólares (6.294 milhões de euros).

Em 2009, a China torna-se o maior par-ceiro comercial do Brasil, que tem um volume global de negócios na ordem dos 15 mil milhões de dólares (12,3 mil milhões de euros) de trocas comerciais, ultrapassando os EUA. O montante de vendas do Brasil à China atingiu no ano transacto os 8.875 milhões de dólares (7.321 milhões de euros). Nos primeiros quatro meses de 2010, a China mantém-se como principal parceiro do Brasil, com uma aumento do volume de negócios em torno dos 68 por cento, face a igual período de 2009. Da China para o Brasil seguiram produtos no valor de 6.175 mi-lhões de dólares (5 mil milhões de euros), uma subida de 95 por cento face aos pri-meiros quatro meses de 2009.

Embora Portugal surja em terceiro lugar nas trocas comerciais com a China, com o valor de 890 milhões de dólares (734 milhões de euros), o seu protagonismo no universo das relações bilaterais da Chi-na/PLP assume cada vez mais relevância, abrindo caminho às empresas portugue-sas e às novas oportunidades de negócio no âmbito da economia global.

“(...) as relações da China com os Países de Língua Portuguesa encontram-se na ordem do dia, dando sinais encorajadores que se destacam pelos números, que falam por si, do comércio entre a China e os países da lusofonia.”

Em contrapartida, as importações da China face aos oito países lusófonos – S. Tomé e Príncipe incluído – aumenta-ram 108 por cento nos quatro primei-ros meses do ano para 17.459 milhões de dólares (14.403 milhões de euros)

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DESTAQUE

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O Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, designado por Fórum de Macau, foi criado em Outu-bro de 2003, por iniciativa do Governo Central da China, com o apoio e partici-pação dos Países de Língua Portuguesa nomeadamente Angola, o Brasil, Cabo Verde, a Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e Timor-Leste. Com o grande apoio e colaboração do Governo Re-gião Administrativa Especial de Macau (RAEM), realizaram-se com sucesso, em Macau, em Outubro de 2003 e em Se-tembro de 2006, as duas Conferências Ministeriais do Fórum de Macau que contaram com a presença das delega-ções oficiais dos países participantes do Fórum de Macau, bem como das orga-nizações internacionais e delegações empresariais da China, Macau e dos Países de Língua Portuguesa.

Durante a 1ª Conferência Ministerial foi assinado o Plano de Acção para a Co-operação Económica e Comercial pelos ministros dos países participantes do Fó-rum de Macau, no qual foram definidas áreas de cooperação, designadamente

O PAPEL DE MACAU NA COOPERAÇÃO ECONÓMICA ENTRE A CHINAE OS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA>POR CHANG HEXI, SECRETÁRIO-GERAL DO SECRETARIADO PERMANENTE DO FÓRUM DE MACAU

a cooperação inter-governamental, o comércio, o investimento e cooperação empresarial, a cooperação no domínio agrícola e das pescas, a cooperação no domínio da engenharia e construção de infra-estruturas, a cooperação no domí-nio dos recursos naturais, a cooperação no domínio de desenvolvimento de re-cursos humanos, assim como o mecanis-mo de acompanhamento.

Na referida Conferência, os ministros participantes reconheceram o papel de plataforma que Macau desempenha no aprofundamento dos laços econó-micos e comerciais entre a China e os Países de Língua Portuguesa, concor-dando ainda com a criação, em Macau, do Secretariado Permanente do Fórum, que garante o apoio logístico e finan-ceiro necessário para a concretização das iniciativas e dos projectos a imple-mentar. Nestes termos estabeleceu-se, em Macau, o Secretariado Permanente do Fórum de Macau em 2004.

No Plano de Acção para a Cooperação Económica e Comercial, assinada na 2ª Conferência Ministerial do Fórum de

Macau, as áreas de cooperação foram alargadas para a cooperação para o de-senvolvimento, finanças, ciência e tec-nologia, transportes, turismo e cultura.

Na ocasião, os ministros participantes reiteraram que Macau deveria continuar a desempenhar activamente o papel de plataforma no reforço da cooperação económica e comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, com destaque para o estabelecimento de parcerias diversas entre os agentes eco-nómicos dos países participantes, razão pela qual o Secretariado Permanente do Fórum de Macau tem participado em todos os “Encontros de Empresários da China e dos Países de Língua Portugue-sa” realizados em Angola, Moçambi-que, Cabo-Verde, Brasil e Portugal.

Ao longo dos 7 anos de existência do Fórum de Macau, as diversas comunida-des residentes em Macau têm participa-do activamente e colaborado nas acti-vidades do Secretariado Permanente do Fórum de Macau, que abarcam acções concretas nas cooperações inter-gover-namental, entre as câmaras de comércio

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e sector empresarial, ajudando a desem-penhar de forma plena e relevante o pa-pel de plataforma de serviços económi-cos, comerciais e culturais entre a China e os Países de Língua Portuguesa.

Desde a criação do Fórum de Macau, as visitas recíprocas de alto nível têm sido frequentes e permitiram o estrei-tamento das relações amistosas entre a China e os Países de Língua Portuguesa ao longo dos anos, elevando assim a influência internacional de Macau.

Os esforços comuns dos países partici-pantes do Fórum de Macau, do Gover-no da RAEM, do Secretariado Perma-nente do Fórum de Macau, bem como dos sectores empresariais permitiram que as trocas comerciais entre a China e os Países de Língua Portuguesa em 2008 atingissem o volume de 77.022 milhões de dólares, um aumento de 30.669 milhões de dólares e um acrés-cimo de 66,16 por cento face ao mes-mo período de 2007 (46.353 milhões de dólares), atingindo, antecipadamen-te, e superando a meta fixada para as trocas comerciais em 2009 (45 a 50 mil milhões de dólares), definida na 2ª Conferência Ministerial do Fórum de Macau. Devido à crise financeira internacional, o volume das trocas co-merciais bilaterais entre a China e os Países de Língua Portuguesa, em 2009, cifrou-se em 62.468 milhões de dóla-res, correspondendo a uma descida de 19 por cento, quando com 2008, mas este ano, de Janeiro a Abril, atingiram 25.089 milhões de dólares, um acrés-cimo de 91 por cento face ao mesmo período de 2009.

Desde a criação do Fórum de Macau, a cooperação na área de formação de recursos humanos entre a China e os Países de Língua Portuguesa tem sido fortemente consolidada. Autoridades e técnicos provenientes dos Países de Língua Portuguesa foram convidados a frequentarem vários cursos na China, designadamente o curso de administra-ção económica, de telecomunicações, da agricultura, da saúde, do ensino nas línguas chinesa e portuguesa, entre ou-

antecipando e superando a meta defi-nida na 2ª Conferência Ministerial do Fórum de Macau que tinha estabeleci-do o objectivo para a formação de 900 quadros até ao fim do ano de 2009.

Em 2010, O Governo da China, pre-tende realizar sete colóquios e cursos de formação para os Países de Língua Portuguesa em vias de desenvolvimen-to, nomeadamente o Colóquio para Autoridades da Área da Administração Económica, o Colóquio sobre Gestão de Pesca Marítima, o Colóquio sobre Recursos Renováveis e Biomassa, o Co-lóquio para Autoridades da Engenharia e das Infra-estruturas, o Curso de For-mação de Técnicas de Enfermagem, o Curso de Formação de Técnicas sobre Cultivo de Arroz Híbrido e o Curso de Formação de Tecnologia Compreensiva de Oliveira, de Cereais e de Irrigação Agrícola. Além disso, o Secretariado Permanente do Fórum de Macau irá or-ganizar em Macau um colóquio sobre Gestão de Turismo e Hotelaria.

Realizaram-se, com sucesso em Macau, durante as duas Conferências Ministe-riais, as duas edições do Encontro dos Empresários para a Cooperação Econó-mica e Comercial da China e dos Países de Língua Portuguesa. Com o objectivo de apresentar aos empresários de Ma-cau e do interior da China as oportu-nidades de negócios e de investimento dos mercados lusófonos, o Secretariado Permanente do Fórum de Macau tem colaborado com o IPIM na instalação, desde 2004, do Pavilhão dos Países de Língua Portuguesa na Feira Internacio-nal de Macau (MIF), prestando apoio

“No Plano de Acção para a Cooperação Económica e Comercial, assinada na 2ª Conferência Ministerial do Fórum de Macau, as áreas de cooperação foram alargadas para a cooperação para o desenvolvimento, finanças, ciência e tecnologia, transportes, turismo e cultura.”

tros. A convite do Governo da RAEM, os participantes dos colóquios e dos cursos de formação aproveitaram essas oportunidades para efectuarem visitas a Macau. Também o Governo da RAEM providenciou estágios a autoriades dos Países de Língua Portuguesa nos diver-sos serviços públicos. Até à presente data, cerca de 2.100 responsáveis e téc-nicos provenientes dos Países de Língua Portuguesa participaram em activida-des para a cooperação no domínio de desenvolvimento de recursos humanos,

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DESTAQUE

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“Desde a criação do Fórum de Macau, a cooperação na área de formação de recursos humanos entre a China e os Países de Língua Portuguesa tem sido fortemente consolidada.”

logístico e proporcionando funcioná-rios bilingues para facilitar os contactos empresariais entre a China, Macau e os Países de Língua Portuguesa.

Em Março de 2010, foram aprovadas as Linhas de Acção Governativa para o ano financeiro de 2010 pelo Governo da RAEM, sendo um dos seus âmbitos de actuação a continuação “dos trabalhos de consolidação e aperfeiçoamento da plataforma de serviços, particularmen-te a continuação do aprofundamento do papel de Macau como plataforma de serviços de cooperação económica e comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, promovendo a cooperação económica e comercial, bem como o intercâmbio entre as duas partes, executando efectivamente os trabalhos de acompanhamento da im-plementação dos Planos de Acção para a Cooperação Económica e Comercial, assinados nas 1ª e 2ª Conferências Mi-nisteriais do Fórum de Macau, apoiando e colaborando de forma dinâmica para a realização da 3ª Conferência Ministe-rial do Fórum de Macau, continuando a prestar apoio ao Secretariado Perma-nente do Fórum de Macau na realização dos seus trabalhos cometidos”.

As comunidades de Macau têm atri-buído uma grande importância ao de-senvolvimento da Região, apresentan-

do muitas e valiosas propostas sobre a consolidação da plataforma de serviços para a cooperação económica entre a China e os Países de Língua Portuguesa assumida por Macau. As empresas de Macau têm prestado apoio em vários domínios aos empresários chineses que têm interesses em desenvolver negócios e realizar investimento nos mercados dos Países de Língua Portuguesa e vice-

directo ao mercado do interior da China e oportunidades de negócios, aprovei-tando as vantagens de bilinguismo que Macau detém bem como o conheci-mento das oportunidades de negócios naquele mercado chinês.

A 3ª Conferência Ministerial do Fórum de Macau vai realizar-se em Macau, tendo os trabalhos preparatórios já sido encetados. Estamos convictos que Ma-cau irá prestar os melhores serviços às câmaras de comércio, associações para a promoção do comércio e os empre-sários do interior da China, de Macau e dos Países de Língua Portuguesa na cooperação de investimento mútuo e de negócios, continuando a contribuir, de forma positiva, para a cooperação económica, comercial, empresarial e de investimento entre a China e os Países de Língua Portuguesa.

O Secretariado Permanente do Fórum de Macau publica boletins trimestrais, com notícias, informações económicas, co-merciais e de projectos, bem como guias para o investimento na China e nos Pa-íses de Língua Portuguesa no portal do Fórum de Macau (www.forumchinaplp.org.mo), criando assim, uma plataforma on-line que presta serviço nas trocas de informações económicas e comerciais entre o interior da China, Macau e os Países de Língua Portuguesa.

versa, na vertente de tradução, con-sultadoria, agentes, fornecimento de informações de projectos, estudo dos mercados potenciais, assim como apre-sentação dos parceiros. As empresas do interior da China começaram a investir nos Países de Língua Portuguesa, au-mentando também em Macau os fluxos de investimento dos Países de Língua Portuguesa. Alguns Países de Língua Portuguesa optaram por estabelecer os seus escritórios ou representações em Macau, procurando assim um acesso

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DESTAQUE

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O Encontro de Empresários para a Coo-peração Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portugue-sa, cuja primeira edição foi organizada por Angola e que já vai na 6ª realiza-ção, tem estado a revelar-se uma inicia-tiva válida e com consequências reais em termos do contributo das comuni-dades empresariais para o incremento acelerado do comércio e investimentos no espaço geográfico da China e os Pa-íses de Língua Portuguesa (PLP).

Com efeito, desde a Constituição do Fórum para Cooperação Económica e Comercial entre a China e os PLP, re-lativamente a Angola, registamos com agrado um crescimento do comércio e investimentos com a China de 19,4 por cento, que corresponde a 14,11 mil mi-lhões de dólares. A República Popular da China é hoje um dos nossos maiores parceiros comerciais e que partilha o esforço de reconstrução e construção de infra-estruturas de suporte do de-senvolvimento económico e social. Ou-tros países, com maior destaque para o Brasil e Portugal, têm mantido uma tendência crescente nas trocas comer-ciais e investimento directo.

Relativamente à cooperação empresa-rial, e apesar de se reconhecer o incre-mento das trocas comerciais e do inves-timento directo, é necessário dinamizar acções para promover a organização e participação em fóruns, feiras, exposi-ções, missões empresariais e, acima de tudo, a constituição de parcerias para uma maior contribuição das empresas para o desenvolvimento económico e social dos países integrantes do Fórum de Cooperação Económica e Comercial entre a China e os PLP.

UM FÓRUM DE COOPERAÇÃO EMPRESARIAL COM FUTURO> POR JOSÉ RODRIGUES ALENTEJO, DIRECTOR DO DEPARTAMENTO DE APOIO AO SECTOR PRIVADO

DA CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE ANGOLA

Tenho a certeza de que o Fórum de Co-operação Empresarial vai continuar a im-pulsionar a dinâmica dos empresários dos nossos países para, em parceria com os respectivos governos, tornarem o nosso espaço económico muito mais competi-tivo. A criação de um instrumento de su-porte financeiro para as trocas comerciais e investimento é algo que considero cru-cial para incrementar a dinâmica das em-presas no contexto da cooperação entre a China e os Países de Língua Portuguesa.

ve fora do contexto geográfico em que operam actualmente.

Concretamente sobre as oportunidades de investimento, apraz-me mencionar que no domínio das infra-estruturas a empreitada da construção e reabilita-ção contínua, a titulo de exemplo, está em curso a reabilitação de 73 mil quiló-metros de estradas, apenas 5 mil e 300 quilómetros foram reabilitados e 599 pontes deverão ser construídas.

Os sectores da agricultura e pecuária têm um enorme potencial, com vastas terras aráveis, muita água disponível e um clima que permite culturas de rendi-mento e produção de alimentos. Existe potencial para o cultivo do café, cana-de-açúcar, milho, amendoim, algodão, batata, arroz, cacau, banana, e, na pe-cuária, o gado bovino, caprino e suíno.

O sector mineiro proporciona o desenvol-vimento de negócios nos subsectores dos diamantes, do petróleo e produtos deri-vados do petróleo e outros minerais ainda pouco explorados tais como: ferro, cobre, manganésio, fosfatos, chumbo, estanho, ouro, prata, platina e urânio.

O sector industrial pode promover o in-vestimento na área do processamento de produtos agrícolas, com destaque para as oleaginosas, cereais, carnes, algodão e produção de açúcar. Outras indústrias com potencialidades são a cerveja, cimento, pneus, fertilizantes, celulose, vidro e aço.

O governo de Angola está empenhado na criação de 12 pólos industriais e agro-industriais, com o objectivo de criar 22 mil postos de trabalho, no período de 2009 a 2012, para conceder facilidades aos investidores que vejam oportunida-des de negócio no sector industrial.

“Tenho a certeza de que o Fórum de Cooperação Empresarial vai continuar a impulsionar a dinâmica dos empresários dos nossos países para, em parceria com os respectivos governos, tornarem o nosso espaço económico muito mais competitivo.”

Desde o advento da paz, Angola envere-dou decisivamente no desiderato de di-versificação da economia para reduzir a dependência do petróleo e dos diaman-tes e retomar o crescimento de sectores como a agricultura, pecuária, exploração florestal, pescas, agro-indústria, indústria transformadora, indústria de materiais de construção, construção civil e obras públicas, transportes, hotelaria, turismo, entre outros. Isto significa que em termos concretos existem muitas oportunidades de negócio e de investimento que os empresários com visão podem aproveitar para consolidar novos negócios e cons-tituir fortes parcerias, para expandir as empresas para outros mercados, inclusi-

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DESTAQUE

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Com uma área de 1.246.700 quiló-metros quadrados e uma população de 18,5 milhões de habitantes, Ango-la tem apresentado elevadas taxas de crescimento económico nos últimos anos, devido, principalmente, ao cli-ma de paz no país e ao desempenho do sector petrolífero, bem como pela eficácia da estratégia de estabilização económica posta em prática pelas au-toridades angolanas.

Entre 2005 e 2007 a taxa média de crescimento económico situou-se em 20 por cento ao ano, o que colocou Angola no topo dos países com maior crescimento a nível mundial. O menor crescimento do sector petrolífero (que representa cerca de 57 por cento do PIB e 98 por cento das exportações) levou a uma desaceleração da econo-mia angolana em 2008 e 2009. Esti-mativas do The Economist Intelligence Unit (EIU) referem uma contracção de 0,6 por cento em 2009, mas o ritmo de crescimento económico deverá re-cuperar para valores em torno dos 7,3 por cento e 6,6 por cento em 2010 e 2011 respectivamente, fruto sobretudo do aumento dos preços e da produção de petróleo e também da expansão do sector agrícola, da indústria transfor-madora e da construção, bem como da dinamização do investimento.

No sector externo, e num contexto de preços elevados do petróleo e de au-mento da produção, Angola beneficiou de consideráveis excedentes da balan-ça corrente ao longo dos últimos anos, mas em 2009, devido à acentuada di-minuição das exportações, estima-se que esta tenha apresentado um défice correspondente a 1,7 por cento do PIB, devendo voltar a valores positivos já este ano (2,1 por cento do PIB).

A balança comercial angolana tem apresentado saldos positivos elevados, em resultado basicamente das exporta-ções de petróleo. Depois de uma que-bra das exportações em 2009, devido à baixa do preço do petróleo, espera-se para 2010 uma forte recuperação das

exportações (cerca de 28 por cento), em linha com o desempenho favorável do sector petrolífero. No que se refere às importações, as estimativas apon-tam para um decréscimo de 25 por cento em 2009, em consequência da retracção económica que o país atra-vessa, prevendo-se uma recuperação (cerca de 15 por cento) ao longo 2010 e nos anos subsequentes.

Dados recentes do International Trade Centre (ITC) revelam que a China ul-trapassou os EUA em 2008 enquanto principal destino das exportações an-golanas (35,4 por cento do total), em consequência do aumento das aquisi-ções de petróleo. De salientar que estes dois países assumem, tradicionalmen-te, grande relevância enquanto clientes de Angola, tendo representado 66,3 por cento das suas exportações totais em 2008. A União Europeia (UE27), no seu conjunto, representou cerca de 13 por cento das exportações em 2008.

Portugal é um importante parceiro económico de Angola, que é hoje um dos principais destinos das exportações portuguesas. Em 2007 recuperou o lu-gar de principal fornecedor de Ango-la, posição que tinha perdido nos três anos anteriores para a Coreia do Sul (em 2004 e 2005) e para os EUA (em 2006). A China, que se posicionou, em 2008, no 2º lugar do ranking dos for-necedores de Angola tem vindo a ga-nhar importantes quotas de mercado, o mesmo acontecendo com o Brasil, que ocupou o 4º lugar, depois dos EUA.

Como cliente de Angola, e segundo a mesma fonte, Portugal ocupou, em 2008, a 12ª posição. A balança comer-cial bilateral é tradicionalmente favo-rável a Portugal, sendo de salientar o forte incremento das trocas comerciais registado nos últimos anos devido ao aumento sustentado das exportações portuguesas para aquele mercado.

Mais informação em:http://www.portugalglobal.pt/PT/Bi-blioteca/Paginas/Homepage.aspx

Angola - Síntese de mercado

Câmara de Comércio e Indústria de Angola (CCIA)Largo do Kinaxixi, 14, 1º andarLuandaRepública de AngolaTel.: +244 2 444506/ 444541Fax: + 244 2 444629

www.ccia.ebonet.net

O Fórum de Cooperação Empresarial é uma oportunidade para aceder a uma enorme carteira de negócios, que pode valer mais de 50 mil milhões de dólares, num espaço de 200 milhões de consu-midores, possibilitando ainda o aces-so a mercados da União Europeia, do Mercosul ou da SADC, da Ásia, dada a localização geográfica dos membros que o integram.

A Câmara de Comércio e Indústria de Angola (CCIA) é um dos principais suportes institucionais com o qual as Comunidades empresariais dos países podem contar na sua abordagem ao mercado, participar em eventos econó-micos e tomar decisões de investimen-to. É uma entidade com experiência acumulada de 22 anos e que integra mais de 900 empresas, associações empresariais especializadas, pelo que se estima serem acima de 3 mil empre-sas a beneficiar da sua actividade, co-brindo todos os sectores da economia.

As estreitas relações de cooperação com as instituições do Estado e insti-tuições internacionais são, igualmente, um indicador da capacidade da CCIA no apoio ao desenvolvimento da coo-peração empresarial. Existem, por ini-ciativa da CCIA, Câmaras de Comércio em todo país, o que permite apoiar os investidores em toda a extensão.

Estamos convictos de que o presente Fó-rum de Empresários para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa trará no-vos contributos traduzidos na constitui-ção de parcerias, incremento das trocas comerciais, investimento e multiplicação de eventos empresariais na China e nes-tes países. Este Fórum é já uma institui-ção com pernas para andar.

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Fruto do progresso alcançado com as reformas económicas, das condições extremamente favoráveis a nível in-ternacional e do desenvolvimento de políticas sociais, a economia brasileira registou elevadas taxas de crescimento nos anos mais recentes. Em 2007, o PIB cresceu 6,1 por cento, o maior aumento desde 1994, embora tenha de seguida iniciado uma desaceleração, ao ponto do The Economist Intelligence Unit (EIU) estimar um crescimento negativo em 2009 (menos 0,3 por cento), devido à queda dos consumos privado e público e do investimento. Perspectiva-se uma recuperação económica para 2010, com destaque para o investimento, devendo o PIB crescer 5 por cento.

O Brasil assume um lugar de alguma re-levância no comércio mundial, ocupan-do, em 2008, a 22ª posição do ranking de exportadores e a 24ª enquanto im-portador. A balança comercial passou a apresentar saldos positivos a partir de 2001, sendo que entre 2005 e 2009 as exportações registaram um cresci-mento médio anual na ordem de 8,3 por cento, enquanto as importações tiveram um crescimento médio de 13,3 por cento, evoluções bastante afecta-das pelos valores que foram registados em 2009, em ambos os fluxos.

Mas, segundo o EIU, ambos os fluxos de-verão iniciar uma recuperação em 2010, na sequência das expectativas de cresci-mento da economia brasileira e mundial: mais 13,3 por cento nas exportações e mais 32,2 por cento nas importações.

No seguimento de uma política de di-versificação de mercados, verificou-se em 2009 que a região da Ásia superou a União Europeia e a América Latina e Caraíbas em termos de comércio exter-

no brasileiro. Por outro lado, também começa a tornar-se evidente o grande interesse do Brasil por África, com valo-res assinaláveis, concretamente no caso de Angola (o 30º mercado em 2009), a reforçar esta política.

No que se refere ao ranking dos princi-pais clientes do Brasil entre 2007/2009, destaca-se desde já a ascensão vertigi-nosa da China que, em 2009, alcança o lugar de 1º cliente, depois de ter sido o 3º cliente nos 2 anos anteriores. Se-guem-se os EUA, que passaram para 2º lugar no ranking, e a Argentina em 3º.

Portugal tem uma posição muito redu-zida no ranking de clientes (32ª posição em 2009), verificando-se mesmo uma diminuição do peso relativo no último ano, que não foi além de 0,84 por cen-to da quota do mercado.

Relativamente aos países fornecedores, os EUA continuam a ocupar a primeira posição do ranking, representando cer-

BRASIL

ca de 16 por cento do total importado pelo Brasil em 2009, seguidos da China (12,5 por cento), país que tem vindo a ganhar quota de mercado ao longo dos últimos anos. A União Europeia (UE27), no seu conjunto, tem vindo a perder posição como fornecedor do Brasil. Por-tugal, ao contrário, em 2009 apresenta a melhor posição do ranking (45ª), ao longo destes três anos. As relações comerciais entre Portugal e o Brasil têm registado algumas flutuações, essencialmente no que se refere à posição do Brasil como cliente de Portugal, sendo que o ano de 2009 apresenta uma me-lhoria de 6 pontos no respectivo ranking (11ª posição), quando comparado com 2005 (17ª). O Brasil como fornecedor de Portugal assume quotas de mercado mais elevadas, bem como os respectivos rankings, tendo sido o 10º em 2009.

Mais informação em:http://www.portugalglobal.pt/PT/Bi-blioteca/Paginas/Homepage.aspx

Principal economia da América latina e uma das dez maiores do mundo, o Brasil é o 5º maior país em extensão territorial (8.514.876 quilómetros quadrados) e a sua população ultrapassa os 190 milhões. Portugal tem sido um dos maiores investidores no Brasil, mas a nível de comércio externo a China é hoje o seu principal parceiro comercial.

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Num espírito de liberdade, respeito mú-tuo e de parceria baseada em interesses comuns, os Países de Língua Portuguesa e a China têm vindo a empenhar-se na construção de uma Comunidade forte e solidária, no quadro do Fórum Macau. O Encontro de Empresários para a Coope-ração Económica e Empresarial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, realizado regularmente no quadro deste Fórum, constitui um importante palco de aproximação e diálogo entre os empre-sários da Comunidade, permitindo forjar parcerias estratégicas e fazer negócios mutuamente vantajosos.

Apesar da globalização, os graus de pro-ximidade cultural, administrativa, geo-

CABO VERDEUMA PLATAFORMA EM ÁFRICA> UM ARTIGO DE RUI CARDOSO-SANTOS, PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA CABO

VERDE INVESTIMENTOS – AGÊNCIA DE PROMOÇÃO DO INVESTIMENTO DIRECTO EXTERNO, DAS EXPORTAÇÕES E DO TURISMO

País de recursos reduzidos, Cabo Verde vê no Encontro entre a China e os Países de Língua Portuguesa uma oportunidade para estabelecer parcerias com as comunidades empresariais destes países, apostando no seu potencial como plataforma de acesso a outros mercados.

gráfica e económica ainda contam muito

para as relações internacionais e para os

negócios, razão pela qual as afinidades e a solidariedade existentes no seio da Comunidade são muito significativas. Devidamente capitalizadas, elas poderão dar um enorme contributo para o de-senvolvimento socio-económico de cada um dos seus Estados-membros, e para o sucesso dos empresários deles oriundos.

As relações económicas existentes en-tre alguns dos países da Comunidade são já muito importantes (entre o Brasil e a China, por exemplo). Entre outros, ainda nem por isso (entre Cabo Verde e Moçambique, por exemplo), em con-sequência de vários factores. O desafio é ultrapassar os constrangimentos exis-tentes e, no seio da Comunidade, de-

“Apesar da globalização, os graus de proximidade cultural, administrativa, geográfica e económica ainda contam muito para as relações internacionais e para os negócios, razão pela qual as afinidades e a solidariedade existentes no seio da Comunidade são muito significativas.”

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Cabo Verde Investimentos – Agência de Promoção do Investimento Directo Externo, das Exportações e do Turismo

Caixa Postal 89-CPraia — República de Cabo VerdeTel.: +238 260-4110; 260-4111Fax: +238 262-2657

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Com uma área de 4.033 quilómetros quadrados e uma população de 516.733 habitantes, Cabo Verde tem visto a sua economia registar uma evolução positi-va nos últimos anos. Entre 2003 e 2007, o PIB cresceu em média 6 por cento ao ano, graças à sua forte aposta no turis-mo. Portugal é, simultaneamente, o seu principal cliente e fornecedor.

País pobre em recursos naturais, com condições climáticas adversas e uma natureza do solo que limita o desen-volvimento de uma actividade agrícola que permita satisfazer as necessidades da população, Cabo Verde tem assis-tido à emigração da população para outros países, como Portugal, EUA, Angola, França, Holanda e Senegal, estimando-se que actualmente o nú-mero de emigrantes cabo-verdianos ultrapasse a população do país.

Embora mais de 20 por cento da popula-ção ainda viva da agricultura, este sector apenas contribui actualmente com cer-ca de 5 por cento para o PIB. Apesar de apresentar um peso relativamente redu-zido no PIB do país, a indústria transfor-madora vem assumindo uma importân-cia crescente no que se refere às expor-tações, sobretudo a partir de 1992, na sequência da aprovação da nova legisla-ção do investimento estrangeiro.

Com uma taxa média anual de cresci-mento de 6 por cento no período de 2001 a 2008, a economia cabo-verdia-na tem registado uma evolução bastan-te positiva, tendo, em 2008, deixado de pertencer ao grupo dos países de baixo rendimento (na classificação adoptada pelo Banco Mundial e outras organiza-ções internacionais) e adquirido o esta-tuto de país de rendimento médio.

A crise financeira internacional, ainda que com efeitos reduzidos, provocou um abrandamento em alguns dos fluxos eco-nómicos, tais como as receitas do turismo e o investimento directo estrangeiro. Em 2009, devido a um ambiente desfavorá-vel condicionado pela envolvente exter-na, a taxa de crescimento do PIB ter-se-á situado em 1,8 por cento (segundo o The

Economist Intelligence Unit - EIU), o que traduz uma acentuada desaceleração re-lativamente a 2008.

Com a gradual recuperação da economia mundial, conjuntamente com os efeitos das medidas de estímulos orçamentais e fiscais implementadas pelo governo, as previsões apontam para uma significati-va recuperação económica, com o cresci-mento do PIB a situar-se em 4,5 por cen-to em 2010 e em 5 por cento em 2011. No contexto africano, Cabo Verde inse-re-se no grupo dos países mais desen-volvidos, apresentando um PIB por habi-tante que corresponde sensivelmente ao dobro da média do continente, embora apresente tradicionalmente uma balan-ça comercial fortemente deficitária. Os dados estatísticos de Cabo Verde indicam que Portugal tem sido o prin-cipal parceiro comercial do país, tanto em termos de exportações como de importações. Numa análise por zonas económicas, é de sublinhar que a Euro-pa representou, em 2009, cerca de 97 por cento das exportações cabo-verdia-nas e 78,8 por cento das importações.

Refira-se que o principal produto de exportação do país resulta da sua ac-tividade piscatória, que continua a ter um impacto significativo em termos de emprego e nas vendas ao exterior, re-presentando mais de 65 por cento do total das exportações em 2009.

As importações são muito menos con-centradas e constituídas por uma pa-nóplia de produtos destinados a satis-fazer as necessidades, tanto ao nível dos produtos básicos como dos bens industriais, que a economia local não consegue suprir. As máquinas e apare-lhos, o material de transporte, os com-bustíveis, os materiais de construção e os produtos alimentares são, assim, os grupos de produtos dominantes nas importações cabo-verdianas. Mais informação em:http://www.portugalglobal.pt/PT/Bi-blioteca/Paginas/Homepage.aspx

Cabo Verde - Síntese de mercadosenvolver parcerias e estratégias com-petitivas à escala mundial.

Os países com recursos naturais abun-dantes, bases produtivas fortes, gran-des populações e classes médias emer-gentes – logo com mercados fornece-dores ou de consumo apetecíveis – são naturalmente capazes de gerar maior interesse, não só no seio da Comuni-dade, como a nível global, atraindo recursos importantes para as suas eco-nomias e o seu desenvolvimento.

Face a esta realidade, o que é que Cabo Verde – um país pequeno e insular, com uma população equivalente à de um bairro populoso de uma grande metró-pole e recursos naturais muito limitados – tem para oferecer aos empresários da Comunidade, em termos de mercado ou em termos estratégicos ou operacio-nais? Acreditamos que, apesar da sua reduzida dimensão territorial, Cabo Ver-de terá muito a oferecer se tivermos em conta a sua situação geográfica, a sua estabilidade económica, política e social e o valor da sua gente. Cabo Verde po-derá oferecer vantagens em segmentos da cadeia de valor, e ser utilizado como uma plataforma de acesso a mercados importantes (CEDEAO, EUA, UE), fruto dos acordos existentes.

Com o seu engajamento activo na Co-munidade, Cabo Verde procura estabe-lecer parcerias capazes de potenciar as suas capacidades e atenuar as suas des-vantagens de escala; parcerias capazes de gerar valor para a sua economia e seus parceiros. Neste sentido, participa-mos no Encontro para dialogar com os empresários da Comunidade, procurar conhecer as suas estratégias de interna-cionalização, e poder explicar em primei-ra mão as potencialidades e as vanta-gens que Cabo Verde oferece. Bem-haja a Comunidade e o Encontro.

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Para esta situação de crescimento con-tribuíram igualmente a reestruturação económica do país e a sua inserção no contexto internacional, bem como o in-vestimento registado nos últimos anos.

A China registou em 2008 uma taxa de crescimento do PIB de 9,6 por cento, contra 13 por cento em 2007, a que se seguiu novo abrandamento em 2009, ano em que o respectivo acréscimo percentual foi de 8,7 por cento, como reflexo da crise da economia mun-dial. Para 2010, e segundo o EIU (The Economist Intelligence Unit), prevê-se novo incremento do PIB para uma taxa de crescimento ao nível da verificada em 2008. O investimento deverá cres-cer 11,7 por cento em 2010 (inferior ao registado em 2009) e a taxa de desem-prego deverá rondar os 9,6 por cento.

CHINA

O comércio externo da China cresceu a um ritmo muito acentuado até 2008, mas o EIU estima que em 2009 se te-nham verificado reduções nos valores das exportações (menos 16,1 por cen-to) e das importações (menos 11,2 por cento). Para 2010, as previsões da EIU apontam para aumentos nos valores das exportações e importações na ordem dos 12 por cento e 15 por cento, respec-tivamente. Estima-se que aproximada-mente 50 por cento das importações da China consistam em componentes para produtos que se destinam à exportação.

Os cinco principais países clientes da China mantiveram sempre as mesmas posições nos respectivos rankings no período de 2007 a 2009. Desse grupo, os três países asiáticos – Hong Kong (que funciona como entreposto comer-

cial), Japão e Coreia do Sul – absorve-ram, conjuntamente, 26,4 por cento das vendas chinesas ao exterior em 2009. Se se acrescentar as parcelas que correspondem aos EUA (18,4 por cen-to) e ao melhor cliente europeu (Ale-manha, com 4,2 por cento) ficam iden-tificados os destinos de 49 por cento das exportações chinesas desse ano.

No grupo dos principais fornecedores da China encontram-se o Japão, em primeiro lugar, seguindo-se a Coreia do Sul e Taiwan, que em conjunto re-presentam 32 por cento do total, sur-gindo os EUA no 4º lugar do ranking. A Alemanha ocupa a melhor posição enquanto mercado europeu, apesar da União Europeia, no seu conjunto, constituir um dos principais parceiros comerciais da China. A posição de Por-

A China é, actualmente, considerada o “motor” da economia mundial, quer pelas elevadas taxas de crescimento económico, quer pela magnitude do seu sector produtivo, que sustenta em larga medida o andamento da oferta mundial, designadamente preços de matérias-primas, quer ainda porque detém o maior montante de reservas do mundo. Um mercado de 1.333,5 milhões de habitantes com uma área de 9.561.000 quilómetros quadrados.

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tugal, neste contexto, não tem relevân-cia, ficando a quota de mercado, como fornecedor, aquém de 0,1 por cento.

Nas trocas comerciais da China os prin-cipais produtos respeitam a maquinaria e equipamento diverso. A entrada ma-ciça de investimento directo estrangei-ro tem permitido um aumento signifi-cativo da exportação de produtos com maior valor acrescentado.

Do lado das importações, refira-se que a China é actualmente um dos princi-pais países importadores de petróleo. O rápido processo de industrialização que o país está a atravessar tornou-o num grande consumidor de matérias-primas em geral.

No comércio com Portugal, a China foi o nosso 16º cliente e o 9º fornecedor em 2009, sendo o saldo da balança comercial desfavorável ao nosso país. Este défice aumentou significativamen-te, passando de cerca de 398 milhões de euros em 2005 para 1.158 milhões de euros em 2008, tendo diminuído para 893 milhões de euros em 2009. Nos últimos cinco anos as exportações portuguesas para a China registaram uma taxa de crescimento médio anual de 8,1 por cento.

As importações, por seu lado, apre-sentaram acréscimos percentuais supe-riores, sendo o respectivo crescimento médio anual de 20,7 por cento no pe-ríodo em referência. Desta forma, as nossas compras de produtos da China passaram de cerca de 569 milhões de euros em 2005 para 1.342 milhões de euros em 2008 e 1.115 milhões de eu-ros no ano passado.

Minerais e minérios, máquinas e apa-relhos, produtos químicos, madeira e cortiça e pastas celulósicas e papel são os principais produtos portugueses ex-portados para a China. No que respeita às importações portuguesas deste país, máquinas e aparelhos surgem na pri-meira posição, seguindo-se o vestuário, metais comuns e matérias têxteis.

Mais informação em:http://www.portugalglobal.pt/PT/Bi-blioteca/Paginas/Homepage.aspx

MOÇAMBIQUE A economia moçambicana tem mantido elevados índices de crescimento nos últimos anos, sendo considerada um caso de sucesso entre as novas economias emergentes africanas. País rico em recursos naturais, Moçambique ocupa ainda uma posição modesta no contexto do comércio internacional.

Com uma área de 799.380 quilómetros quadrados e uma população de 22,4 milhões de habitantes, Moçambique é considerado um caso de sucesso entre as novas economias emergentes afri-canas e a sua importância tem vindo a crescer no contexto da África Austral, atendendo nomeadamente ao seu po-tencial como fornecedor de energia para a região.

Ao longo dos últimos anos, a economia moçambicana revelou uma robustez dig-na de realce, com a manutenção de ele-vados índices de crescimento económico (taxa média anual de 8 por cento entre 1996 e 2007). Em 2008, e apesar dos efeitos da evolução em alta dos preços internacionais do petróleo e dos produ-tos alimentares, bem como do impacto da crise internacional, o The Economist Intelligence Unit (EIU) aponta para um crescimento do PIB de 6,8 por cento, sofrendo novo abrandamento em 2009, com um crescimento de 5,2 por cento.

Em 2010 e 2011, segundo a mesma fon-te, deverá registar-se uma recuperação da economia (6,1 por cento e 6,8 por cento, respectivamente), apoiada pelo investimento estrangeiro (destacando-se os mega-projectos de extracção de carvão de Moatize e de Benga e a cons-trução do segundo pipeline para a África do Sul), pelo crescimento do sector agrí-cola e pela ajuda financeira internacional (bilateral e multilateral) que representa cerca de 14,5 por cento do PIB.

A distribuição sectorial da economia moçambicana é relativamente diversifi-cada. O sector agrícola tem um peso de 26 por cento no PIB, seguindo-se a in-

dústria transformadora (14 por cento), transportes e comunicações (12 por cento), comércio (12 por cento), elec-tricidade e água (6 por cento) e serviços financeiros (6 por cento).

Moçambique é um país com abundan-tes recursos naturais, entre os quais se destacam o potencial hidroeléctrico, re-servas de gás natural, carvão e minerais (ouro, pedras preciosas, titânio e bauxi-te) e mais de 2.500 quilómetros de cos-ta com numerosos recursos pesqueiros que constituíam a principal fonte de exportação até ao desenvolvimento da indústria do alumínio.

No sector externo, Moçambique regis-tou um agravamento do défice corrente em 2009 (10,9 por cento do PIB), reflec-tindo a degradação da balança comer-cial. As projecções para 2010 apontam para um aumento acentuado das expor-tações, motivada pela subida do preço do alumínio a nível internacional, o que permitirá um desagravamento do défice corrente, que manterá a mesma ten-dência em 2011, fruto do impacto do aumento das exportações de gás.

A nível de comércio internacional, Mo-çambique tem pouco relevo a nível mundial, ocupando, em 2008, a 119ª posição do ranking de exportadores e a 127ª enquanto importador. A balança comercial é tradicionalmente deficitária e nos últimos dois anos registou um acentuado agravamento, resultante de um pior desempenho das exportações face às importações.

Os Países Baixos e a África do Sul são os principais clientes de Moçambique

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(55,6 por cento e 10 por cento do total em 2008, respectivamente). Por-tugal representou apenas 1 por cento no total das exportações moçambica-nas em 2008, ocupando a 8ª posição no ranking de clientes. A União Euro-peia detém uma quota de cerca de 60 por cento.

Embora sem uma posição de relevo como parceiro comercial, Moçambique tem, no contexto do comércio exter-no português, mais importância como cliente do que como fornecedor. En-quanto fornecedor, a melhor posição alcançada nos últimos cinco anos não foi além do 57º lugar, em 2005, mas dados relativos a 2009 revelam que Moçambique subiu para a 27ª posição no ranking dos clientes portugueses.

No âmbito dos PALOP, Moçambique ocupa o terceiro lugar enquanto cliente de Portugal (depois de Angola e Cabo Verde) e o segundo como fornecedor (a seguir a Angola), representando 3,4 por cento das exportações portugue-sas para este grupo de países e 7,4 por cento das importações, em 2008.

As transacções comerciais entre os dois países têm vindo a crescer ao longo dos anos mais recentes, graças ao bom desempenho das exportações portu-guesas, que aumentaram a uma taxa média anual de 17,5 por cento, entre 2005 e 2009, enquanto as importações cresceram a uma média anual de 9,6 por cento no mesmo período.

A balança comercial bilateral tem apresentado, de forma crescente, sal-dos positivos favoráveis a Portugal, à excepção de 2008, ano em que se verificou uma ligeira redução relati-vamente ao valor registado em 2007. Em 2009 continuou a verificar-se uma tendência de crescimento das expor-tações portuguesas para o mercado moçambicano, tendo atingido cerca de 121,3 milhões de euros (mais 31,3 por cento face a 2008), verificando-se igualmente um aumento das importa-ções (mais 27,1 por cento).

Mais informação em:http://www.portugalglobal.pt/PT/Bi-blioteca/Paginas/Homepage.aspx

GUINÉ-BISSAUA castanha de caju representa um papel fulcral na economia da Guiné-Bissau, representando 30 por cento do PIB e 96 por cento das exportações do país. Portugal é o 4º maior cliente e o 2º fornecedor da Guiné-Bissau.

Com uma área de 36.125 quilómetros quadrados e uma população estimada em perto de 1,6 milhões (dos quais cerca de 30 por cento vive em zonas urbanas), a Guiné-Bissau encontra-se entre os países mais pobres do mun-do, ocupando a 175ª posição (em 177 países), de acordo com o Índice de De-senvolvimento Humano do PNUD (Re-latório 2007/2008). A agricultura, flo-restas e pesca representam mais de 50 por cento do PIB, segundo dados do EIU (The Economist Intelligence Unit), seguindo-se os serviços e a indústria. A Guiné-Bissau é ainda caracterizada por uma taxa de alfabetização que ronda os 42 por cento, uma esperança de vida de 47,9 anos e um PIB per ca-pita de 295 dólares.

A cultura da castanha de caju tem uma importância fulcral na economia do país, já que corresponde a cerca de 30 por cento do PIB, a 96 por cento das exportações e representa a principal fonte de receitas para 47 por cento de famílias guineenses. De salientar que a Guiné-Bissau é o sexto produtor mun-dial de castanha de caju.

A criação de gado está em fase de de-senvolvimento, tal como a exploração das florestas (que cobrem cerca de 60 por cento do território), sendo igual-mente de salientar as potencialidades do sector das pescas num país com 400 quilómetros de costa. A indústria trans-formadora do país é débil, sendo cons-

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tituída basicamente por bens de consu-mo e alimentares, essencialmente para consumo interno, e por produtos resul-tantes da transformação de madeira.

O país é rico em bauxite e fosfato, re-gistando-se igualmente a existência de diamantes, embora estes não estejam a ser explorados. Prospecção em off-shore por empresas estrangeiras indi-cam também a existência de petróleo, embora ainda não haja confirmação da viabilidade de exploração.

O desenvolvimento da actividade eco-nómica, incluindo a prospecção e ex-ploração petrolífera, depende de avul-tados níveis de investimento estrangei-ro que só serão viáveis após a consoli-dação da estabilidade política.

A ausência de estabilidade política não tem permitido o desenvolvimento da economia guineense o que motivou uma variação negativa do PIB no iní-cio da presente década. Recentemente a tendência inverteu-se e em 2007 e 2008 assistiu-se a uma recuperação da actividade económica e a uma maior estabilização orçamental. Por outro lado, a elevada dependência do sector primário, em particular da evolução no mercado da castanha de caju, condi-ciona substancialmente o desempenho económico da Guiné-Bissau.

Apesar do impacto da instabilidade política que se verificou no primeiro semestre de 2009, a EIU estima um aumento do PIB da ordem dos 3,5 por cento em 2009, em virtude do forte crescimento da produção de castanha de caju e do maior dinamismo do sec-

res e a 184ª enquanto importador. A balança comercial é fortemente defici-tária, tendo registado um agravamento em 2008 devido a um aumento das im-portações superior ao das exportações. A Índia é o principal cliente da Guiné-Bissau, representando, em 2008, cerca de 70 por cento das suas exportações, seguindo-se Singapura com uma quo-ta de 12,5 por cento. Portugal é o 4º cliente da Guiné-Bissau. Relativamente aos principais fornecedores, destacam-se dois países – Senegal e Portugal – responsáveis por 74,4 por cento das mercadorias importadas em 2008.

Portugal tem vindo a reforçar a sua posição enquanto fornecedor da Gui-né-Bissau, mas as relações comerciais com a Guiné-Bissau são ainda pouco relevantes para o comércio externo português. No entanto, as trocas co-merciais entre os dois países têm vindo a aumentar ao longo dos últimos anos, em virtude do bom desempenho das exportações portuguesas, que regista-ram um crescimento médio anual de 23 por cento no período 2004/2008. A balança comercial bilateral é estrutu-ralmente muito desequilibrada e favo-rável a Portugal.

Mais informação em:http://www.portugalglobal.pt/PT/Bi-blioteca/Paginas/Homepage.aspx

“O desenvolvimento da actividade económica, incluindo a prospecção e exploração petrolífera, depende de avultados níveis de investimento estrangeiro que só serão viáveis após a consolidação da estabilidade política.”

tor da construção. As projecções para 2010 e 2011 indicam um crescimento económico de 4,8 por cento e de 6 por cento, respectivamente, induzido pelas transferências de doadores internacio-nais, pelos investimentos no sector mi-neiro, pela construção de infra-estrutu-ras e pela produção agrícola.

Em termos de comércio internacional, a Guiné-Bissau é pouco relevante a nível mundial, ocupando, em 2008, a 171ª posição do ranking de exportado-

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O café é o principal produto de expor-tação de Timor-Leste, representando, em 2009, 97,6 por cento do total das vendas timorenses ao exterior. A maior parte da população de Timor-Leste vive da agricul-tura e de uma economia de subsistência.

Facto marcante na economia de Timor-Leste tem sido o resultado da exploração de petróleo, com uma influência determi-nante sobre as condições macroeconómi-cas, repercutindo-se favoravelmente nas contas públicas e possibilitando a obten-ção de excedentes nas contas externas. O sector petrolífero é encarado pelas auto-ridades timorenses como uma alavanca privilegiada para contrariar as fragilidades em termos de estruturas produtivas e as carências sociais consideráveis.

O PIB, excluindo o petróleo (e os pa-gamentos compensatórios referentes ao contingente da missão de manu-tenção de paz das Nações Unidas), tem registado incrementos nos últimos anos, com excepção para 2006 quando desceu para menos 5,8 por cento na sequência da situação de turbulência ocorrida em Abril e Maio.

O Fundo Monetário Internacional esti-ma que se tenha verificado em 2009 um crescimento do PIB de 7,2 por cen-to, o que, e segundo o EIU (The Econo-mist Intelligence Unit) e atendendo ao peso significativo da despesa pública no PIB (excluindo o sector do petróleo), limitou o impacto da recessão econó-mica mundial em Timor-Leste.

A previsão do EIU para 2010 e 2011 vai no sentido de uma estabilização dos acréscimos anuais do PIB em valores percentuais próximos de 7-8 por cen-to. Prevê-se, igualmente, que em 2010 e 2011 continue a existir um enorme

TIMOR-LESTETimor-Leste alcançou a sua independência a 20 de Maio de 2002, sendo o Estado mais recente das Nações Unidas. Com uma área de 14.609 quilómetros quadrados e uma população de 1,087 milhões de habitantes, Timor-Leste tem em curso um Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) que visa o crescimento económico e a redução da pobreza.

diferencial entre os valores das exporta-ções e das importações, conduzindo a significativos défices comerciais.

No que respeita ao comércio internacio-nal, é de referir que os valores das exporta-ções de Timor-Leste são muito reduzidos, estimando o FMI que os valores de 2008 e 2009 tenham sido, respectivamente, 14 e 10 milhões de dólares. Pelo contrário, as importações são muito superiores, es-timando-se que o respectivo montante se tenha cifrado em 440 milhões de dólares em 2009. O saldo da balança comercial é acentuadamente negativo.

Os EUA foram o principal cliente de Ti-mor-Leste, em 2009, com uma quota de 33,8 por cento, seguindo-se a Alemanha (27,9 por cento), Portugal (8,9 por cen-to), a Indonésia (4,9 por cento), o Japão (4,7 por cento) e Samoa (3,6 por cento). Ao nível das importações (e consideran-do, apenas, os bens transaccionáveis), a primeira posição, em 2009, foi ocupada pela Indonésia, com 32,6 por cento do respectivo total. Seguiram-se Singapura (18,9 por cento), a Austrália (16,7 por cento), o Vietname (12,2 por cento), a R. P. da China (4,1 por cento) e Portugal (3,4 por cento).

O café é o principal produto de exporta-ção de Timor-Leste, mas o valor da sua exportação diminuiu aproximadamente 34 por cento em 2009 face a 2008. Nas importações, a categoria de produtos re-ferentes a veículos automóveis, tractores, ciclos e outros veículos terrestres e suas partes representou, em 2009, 20,7 por cento do total, seguindo-se os combus-tíveis minerais, os cereais e as máquinas e equipamentos eléctricos e mecânicos.

Os fluxos comerciais de Portugal com Timor-Leste são bastante reduzidos. Verificaram-se oscilações nas posições de Timor-Leste como cliente de Portu-gal de 2005 a 2009, tendo-se situado, em 2009, no 81º lugar, que foi o me-lhor do período em análise. Em termos de importações, registaram-se também oscilações nas posições de Timor-Leste no respectivo ranking, tendo ficado em 2009 no 127º lugar.

As exportações portuguesas para Timor-Leste registaram aumentos bastante con-sideráveis de 2005 a 2009, passando de aproximadamente 1,2 milhões de euros, em 2005, para cerca de 9,3 milhões de euros no ano passado. As importações portuguesas de Timor-Leste tiveram uma redução muito significativa em 2007 e não obstante a recuperação ocorrida nos dois anos seguintes, o montante de 2009 ficou, ainda, aquém dos valores de 2006 e 2005. De referir, que no período em análise apenas em 2006 e 2005 as nossas compras provenientes desse país registaram montantes acima de um mi-lhão de euros. Máquinas e aparelhos são os produtos mais vendidos por Portugal para Timor-Leste.

Mais informação em:http://www.portugalglobal.pt/PT/Bi-blioteca/Paginas/Homepage.aspx

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ENTREVISTA

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Espaço privilegiado para potenciar as relações económicas entre a China, um dos motores da economia mundial, e os Países de Língua Portuguesa (PLP), e destes entre si, o “Encontro de Empresários” tem como principal actor o IPIM – Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau, a entidade organizadora. O objectivo da iniciativa é o crescimento sustentado da cooperação bilateral, com ênfase num melhor conhecimento, por parte das empresas chinesas e lusófonas, dos diferentes ambientes de investimento e oportunidades de negócio.

Jackson ChangPresidente do IPIM - Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau

ENCONTROS DE EMPRESÁRIOS CHINA/PLP APOSTAM NA FORTE COOPERAÇÃO BILATERAL

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ENTREVISTA

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“O aumento significativo do número de inscrições traduz não apenas o interesse de mais empresas no mercado dos Países de Língua Portuguesa (PLP), especialmente por parte de Portugal, mas também a consolidação do papel de Macau como plataforma de cooperação económica e comercial entre a China e os PLP.”

Que importância atribui à realização, em Lisboa, do Encontro de Empresários para a Cooperação Económica entre a China e os Países de Língua Portuguesa (PLP) do qual o IPIM é uma das entidades organizadoras? O “Encontro de Empresários para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portugue-sa” foi estabelecido através de um Protocolo de Coopera-ção, em 2003, entre este Instituto (IPIM), o Conselho para a Promoção do Comércio Internacional da China (CCPIT) e os Organismos de Promoção Comercial/ Câmaras de Comércio de sete países lusófonos.

Trata-se de uma iniciativa anual de promoção económica e comercial, que decorre de forma rotativa, tendo tido já lugar em Macau, Angola, Portugal, Moçambique, Cabo Verde e Brasil, com inegável sucesso, permitindo às empresas parti-cipantes observar, in loco, o ambiente de investimento e o desenvolvimento económico dos diferentes países, de modo a explorar as oportunidades de negócio e cooperação.

Poderia traduzir a importância do evento em números?As seis edições dos “Encontro de Empresários” atraíram cerca de 2.690 empresários da China e dos Países Lusófo-nos e permitiram concretizar mais de 1.870 bolsas de con-tactos nas áreas da construção civil, imobiliário, serviços ge-rais, sector turístico e hoteleiro, informática, aviação, sector financeiro, comércio, agricultura, pesca, farmácia, agencia-mento de produtos e serviços, protecção ambiental, electri-cidade, consultadoria jurídica, entre outras, o que resultou na celebração de dezenas de acordos e cartas de intenção para a cooperação empresarial.

O referido Encontro de Empresários será realizado em Por-tugal pela 2ª vez no próximo mês de Junho, ao qual o IPIM, como entidade organizadora, dá uma importância económica e estratégica, tendo em consideração o incremento de 94 por cento das trocas comerciais entre China e os Países Lusófonos no 1º trimestre de 2010, entre outros resultados satisfatórios. O crescimento sustentado da cooperação bilateral, no meio da crise financeira internacional e das incertezas económicas, justificam, ainda mais, o seu significado estratégico.

Que resultados prevê que sejam obtidos com este Encontro? O aumento significativo do número de inscrições traduz não apenas o interesse de mais empresas no mercado dos Paí-ses de Língua Portuguesa (PLP), especialmente por parte de Portugal, mas também a consolidação do papel de Macau como plataforma de cooperação económica e comercial entre a China e os PLP. Prevê-se a celebração de parcerias em vários sectores, particularmente, nas áreas de energias renováveis, turismo, construção, produtos farmacéuticos, automóveis eléctricos, sector bancário, comércio de vinhos, produtos alimentares e a realização de novos investimen-tos e de mais oportunidades de negócios, nomeadamen-te bolsas de contacto, participação em feiras e exposições, workshops, seminários, trocas comerciais, promoção de in-vestimentos, etc. Face aos dados disponíveis, pelo menos, 150 intenções de bolsas de negócios da parte da China,

Macau e também dos PLP, esperando que o número dessas bolsas seja superior a 400. De que forma se poderão incrementar as relações económicas e empresariais entre a China, e designadamente Macau, e os PLP?O IPIM tem vindo a organizar um conjunto de actividades para esse efeito, designadamente o citado Encontro de Em-presários, a Feira Internacional de Macau (que integra um Pa-vilhão de Exposição dos PLP e chegou a atrair mais de 1.000 expositores e participantes dos Países Lusófonos para as suas edições anuais), e o Seminário sobre a Cooperação Econó-mica e Comercial e Serviços entre Guangdong, Macau e os PLP, que foi muito bem sucedido em São Paulo, Brasil, no ano passado e que terá lugar no Porto e em Madrid este ano. Realizado logo a seguir ao Encontro de Empresários, com vista a apresentar a perspectiva económica da Província de Guangdong, especialmente do Delta do Rio das Pérolas, tem

como objectivo ajudar os empresários participantes a identi-ficar oportunidades de negócio nos vastos mercados dessa província chinesa e do mundo lusófono. Estamos convencidos de que os esforços envidados nesse sentido, por este Institu-to e pelas diversas entidades públicas e privadas, através da plataforma de Macau, resultará no incremento contínuo das relações económicas e empresariais entre a China e os PLP.

Como classifica o actual relacionamento económico entre estes países e quais são as vantagens que dele resultam?Graças a um intercâmbio cultural e económico de longa data com os países lusófonos, Macau tem vindo a desempe-nhar um forte papel de plataforma de serviços no processo da cooperação económica e comercial entre esses países e a República Popular da China. A 1a e a 2a Conferência Minis-terial do “Fórum para a Cooperação Económica e Comer-cial entre a China e os PLP ”, foram realizadas com enorme sucesso em Macau em 2003 e 2006, respectivamente, de modo a que o papel do território, como ponte de ligação e fortalecimento de laços de amizade, tem sido objecto de crescente consideração e reconhecimento.

Considera que, em termos económicos e empresariais, o relacionamento entre Macau e Portugal está num patamar desejável ou deverão, ambas as partes, ambicionar mais?Macau dá grande importância ao relacionamento com Por-

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ENTREVISTA

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tugal, tendo mantido uma cooperação muito estreita. O novo Chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), Fernando Chui Sai On, deslocar-se-á a Portugal na sua primeira missão oficial externa no corrente ano, dando continuidade à parceria entre Macau e Portu-gal que foi reforçada pelo ex-Chefe do Executivo, Edmund Ho, nas suas visitas a Portugal e a outros países da União Europeia. Macau e Portugal são parceiros consideráveis no comércio externo e nas outras áreas económicas, existin-do, por exemplo, um grande número de empresas locais de capital português, com peso e relevância nos sectores de utilidade pública, finanças, serviços gerais e consultado-ria profissional. Achamos, por isso, que o relacionamento bilateral, em termos económicos e empresariais, está num patamar satisfatório e merece fortalecimento por ambas as partes, tendo em vista as projecções económicas da China Continental, da RAEM e de Portugal.

Como analisa o relacionamento entre Macau e Portugal tendo em conta os laços históricos, culturais e políticos que os unem? Devido aos factores históricos, culturais e políticos, Macau tem mantido laços de relacionamento com Portugal nas ver-tentes económicas e sociais, assim como institucionais e jurí-dicas, estando estabelecidas, na RAEM, muitas empresas de capital português e organismos culturais, educativos e sociais de origem portuguesa. Por outro lado, tem promovido a con-fluência das culturas ocidental e oriental em Macau através de actividades promocionais e culturais (de que são exemplo a inclusão de danças folclóricas de Portugal na EXPO 2010 em Xangai), contribuindo para o posicionamento de Macau como destino internacional de turismo e lazer. São factores que constituem vantagens especiais de Macau perante os de-safios da globalização e da cooperação inter-regional.

Qual a principal missão do IPIM no que respeita ao seu relacionamento com Portugal?O IPIM, como entidade oficial do Governo da RAEM, res-ponsável pela promoção das actividades comerciais e de investimento em Macau, tem vindo a investir no desenvol-

vimento das relações comerciais entre Macau e os outros países e territórios. Temos organizado e colaborado numa série de actividades promocionais, tais como a MIF e o En-contro de Empresários, o Fórum e a Exposição Internacio-nal de Cooperação Ambiental (MIECF) e a Feira OVIBEJA. Em Outubro de 2004, para reforçar a cooperação entre as associações comerciais e empresariais de Macau e as suas congéneres de Portugal, assim como entre empresários de

“Graças a um intercâmbio cultural e económico de longa data com os países lusófonos, Macau tem vindo a desempenhar um forte papel de plataforma de serviços no processo da cooperação económica e comercial entre esses países e a República Popular da China.”

Macau e Portugal, de modo a divulgar ao mesmo tempo o papel de Macau como Plataforma para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os PLP, o Secretário para a Ecomonia e Finanças do Governo da RAEM, Francis Tam, participou no “2004 – Fórum sobre a Cooperação Económica entre a Província de Guangdong, Macau e Por-tugal”, realizado em Lisboa.

Este Fórum foi considerado o primeiro evento de grande es-cala no estrangeiro e coincidiu com o 25º aniversário da im-plementação de relações diplomáticas entre a China e Por-tugal. Em Dezembro de 2005, por ocasião da visita oficial do Primeiro-ministro da República Popular da China e com o intuito de promover a citada cooperação, o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) assumiu, a convite do China Council for the Promotion of International of Trade (CCPIT) a co-organização da “Confe-rência dos Empresários da China e Portugal”, realizada em Lisboa, com o apoio do antigo ICEP Portugal.

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ENTREVISTA

Portugalglobal // Junho 10 // 25

Em 2007, por ocasião da visita a Macau do Primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, realizamos o Fórum de Cooperação Económica e Empresarial Portugal - Ma-cau 2007, em conjunto com organismos de Portugal, de modo a fortalecer a parceria entre os empresários de am-bas as partes. No tocante à nova edição do Encontro de Empresários, a decorrer em Lisboa pela 2ª vez, a AICEP e o IPIM fazem parte das entidades organizadoras, sen-do o Seminário sobre a Cooperação Económica e Comer-cial e Serviços entre Guangdong, Macau e Portugal, no Porto, organizado conjuntamente pelo IPIM e pela AEP. A intervenção do IPIM tem ajudado a estabelecer sólidos

Em termos institucionais, que relações mantém com organismos portugueses como é o caso da AICEP? De que forma poderá desenvolver-se a cooperação entre ambos?O IPIM e a AICEP têm organizado várias actividades promo-cionais em conjunto, como foi o caso do Encontro de Em-presarios, sendo necessário salientar a participação activa da AICEP nas diversas edições da MIF, no sentido de convocar dirigentes e empresários dos variados sectores de Portugal para esse evento anual em Macau. Os laços de cooperação com a AICEP, AIP, AEP e os organismos governamentais de Portugal foram assegurados mediante protocolos de coope-ração e contactos institucionais. Acreditamos que essa co-operação será desenvolvida com mais dinamismo na óptica dos projectos nacionais e regionais de ambos os lados.

Que apoios disponibiliza o IPIM às empresas portuguesas que pretendam exportar ou investir em Macau? Que conselhos daria a um empresário português na sua abordagem ao mercado de Macau?O IPIM tem disponibilizado aos investidores, na sua fase de instalação e constituição, o uso de espaços de escritório já equipados, além de serviços comerciais multidimensionais através de vários instrumentos, nomeadamente o one-stop service para os investidores e os serviços de promoção co-mercial, de offshore, de apreciação de pedidos de fixação de residência por investimento e de informações económicas. A Empresa Café SIM, de capital português, instalou uma enor-me unidade produtiva de café em Macau através do apoio do IPIM, com equipamentos modernos e capacidade de pro-dução anual de 3.000 toneladas, passando a beneficiar da política de isenção de direitos aduaneiros aos seus produtos

“Devido aos factores históricos, culturais e políticos, Macau tem mantido laços de relacionamento com Portugal nas vertentes económicas e sociais, assim como institucionais e jurídicas, estando estabelecidas, na RAEM, muitas empresas de capital português e organismos culturais, educativos e sociais de origem portuguesa.”

mecanismos de cooperação entre os organismos de pro-moção comercial e câmaras de comércio de Macau, da China Continental e de Portugal. Iremos prosseguir, como sempre, com a promoção da cooperação económica entre a China Continental e Portugal, através da plataforma de serviços de Macau.

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ENTREVISTA

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exportados para o mercado da China Continental, sob o en-quadramento do CEPA. Em relação a conselhos, assinalamos que Portugal possui variadas marcas de qualidade, tais como o vinho do Porto, géneros alimentícios e materiais de cons-trução, o que é vantajoso para a sua penetração no grande mercado para produtos de consumo da China com base nas operações, rede de contactos e apoio logístico em Macau.

E no sentido inverso, de que forma é que o IPIM apoia as empresas macaenses que queiram apostar no mercado português?Através das actividades promocionais, nomeadamente fóruns e conferências, feiras e exposições e bolsas de contactos em-

de Macau, pretende o IPIM consolidar e optimizar a função da plataforma de serviços comerciais de Macau, apoiando o desenvolvimento das PME, mediante o desenvolvimento de uma vasta gama de iniciativas com vista a prestar às em-presas um serviço mais abrangente e efectivo, e explorando amplas oportunidades de negócios para as empresas locais. Nesta sentido, iremos continuar a apoiar o desenvolvimento dos sectores de convenções e feiras e outras indústrias emer-gentes, ao mesmo tempo que prestamos apoio às empresas locais que se querem expandir para os mercados do interior da China, PLP e outros mercados tradicionais, além de novos mercados, nomeadamente, de Taiwan e do Sudoeste Asi-ático. Considerando o peso especial do mercado do Delta do Rio das Pérolas, serão também reforçadas as actividades promocionais na Província de Guangdong, Zhuhai e Macau.

Que análise faz do actual desenvolvimento económico de Macau e que perspectivas aponta para o futuro em termos de crescimento? Quais os sectores ou áreas de actividade em que Macau deve apostar?Relativamente ao desenvolvimento económico local, os da-dos estatísticos apontaram uma forte tendência de recupe-ração, tendo o total de negócios dos estabelecimentos do comércio a retalho, referente ao 1º trimestre de 2010, atingi-do o montante de 6,85 mil milhões de patacas (cerca de 682 milhões de euros), registando um crescimento substancial de 36 por cento em comparação com o volume de negócios revisto do 1º trimestre de 2009. Nos primeiros quatro meses do corrente ano, entraram em Macau 8.226.784 visitantes, correspondendo a um aumento de 12,4 por cento em rela-ção ao período homólogo do ano passado. Além disso, várias empreitadas de peso terão início em breve, contribuindo para os investimentos a curto prazo.

Conforme um estudo da Universidade de Macau, a taxa de crescimento económico anual foi prevista para 14 por cento. Com as indústrias de turismo e de jogos a liderar a expansão económica local, os sectores emergentes mere-cem uma atenção especial, designadamente as convenções e exposições, as franquias e lojas em cadeia, a protecção ambiental e a logística.

“Nos primeiros quatro meses do corrente ano, entraram em Macau 8.226.784 visitantes, correspondendo a um aumento de 12,4 por cento em relação ao período homólogo do ano passado.”

presariais, o IPIM tenta sensibilizar as empresas interessadas sobre o ambiente de negócios e investimento em Portugal, prestando apoio na procura de parceiros. Nas diversas edi-ções do citado “Encontro de Empresários” foram celebrados dezenas de acordos e cartas de intenção para a cooperação empresarial, incluindo muitos projectos em Portugal, o que é encorajante para todos os empresários apostadores.

No seu discurso de posse, a 1 de Fevereiro passado, referiu que, durante o seu mandato, iria imprimir uma nova perspectiva mental e um conceito de serviço à instituição. Quer detalhar esta sua mensagem? O IPIM, enquanto instituição vocacionada para a promoção do comércio e do investimento de Macau, constitui eixo principal da nossa missão na prestação de serviços e apoio aos empresários de Macau e do exterior. Com vista a cor-responder ao desenvolvimento diversificado da economia

O novo presidente do IPIM, Jack-son Chang, de 47 anos, estudou em Macau e no Canadá, onde obteve, em 1986, a licenciatura em Econo-mia. Ainda naquele país, fez um mestrado em Gestão de Empresas (MBA), ingressando na administra-ção pública de Macau em 1989, de-sempenhando funções na Direcção de Serviços de Economia. Em 1994 transferiu-se para o IPIM, onde de-

PERFILsempenhou os cargos de Chefe do

Gabinete de Documentação Comer-

cial, Director-Adjunto do Gabinete

de Estudos e Documentação e Direc-

tor do Departamento de Actividades

Promocionais. Em 2004, foi nomea-

do Vogal Executivo do Conselho de

Administração do IPIM e, em Feve-

reiro de 2010, ascendeu ao cargo de

Presidente da instituição.

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NOTÍCIAS

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Com o objectivo de promover as em-presas portuguesas nos mercados asi-áticos e no seguimento da política de diversificação dos mercados de destino das exportações nacionais, o presiden-te da AICEP, esteve em Xangai, Taiwan e Singapura, entre 5 e 11 de Junho.Na China, Basílio Horta liderou uma mis-são organizada pela AICEP/AIP, constitu-ída por nove empresas, que se desloca-ram a Xangai para participar em diversas reuniões com entidades oficiais e empre-sas chinesas. AdP - Águas de Portugal, Caixa Geral de Depósitos; Companhia das Lezírias, Domingos da Silva Teixeira (DST), Ferconsult, PCG Profabril Group, Solubema/ETMA, Softlimits e TEKEVER-Tecnologias de Informação foram as em-presas que integraram a missão.No âmbito das comemorações do Dia de Portugal na EXPO Xangai 2010, a AICEP/AIP organizaram um seminário subordinado ao tema “Brands from Portugal” que contou com a presença do Ministro da Economia, Inovação e Desenvolvimento, José Vieira da Silva e de cerca de 100 empresários chineses.

Basílio Horta em Xangai, Taiwan e Singapura

Da visita a Xangai destaca-se o encon-tro que as autoridades portuguesas ti-veram com a Huawei, a maior empresa chinesa de equipamentos e software de telecomunicações, já instalada em Portugal e que pretende intensificar os seus investimentos no nosso país.Em Taiwan, a convite do Bureau of Fo-reign Trade de Taiwan (BOFT), Basílio Horta participou num seminário sobre oportunidades de negócio e assinou

O Governo aprovou, em Conselho de Mi-nistros, uma nova linha de crédito destina-da às pequenas e médias empresas (PME) no montante de 1.250 milhões de euros. Trata-se da linha PME Investe VI e surge na sequência do “sucesso” alcançado por estes programas no último ano e meio: “Mais de 50 mil pequenas e médias em-presas foram apoiadas no acesso ao cré-dito”, explicou o secretário de Estado da Indústria e Desenvolvimento, Fernando Medina, no final da reunião do Governo. Segundo o governante, a dotação do PME Investe VI é de 1.250 milhões de euros, existindo um valor de reserva de 450 milhões de euros para as empresas exportadoras e 350 milhões para as micro e pequenas empresas.

O Dia da Internacionalização decorreu na Alfândega do Porto no dia 25 de Maio, integrado na 2ª Semana Eu-ropeia das PME, uma vasta iniciativa lançada pela Comissão Europeia, fo-cado em temáticas e mercados de in-teresse para a internacionalização das PME nacionais. A acção promovida pela AICEP contou com cerca de 250 participantes. No âm-bito dos trabalhos, foram abordados seis mercados – EUA, Brasil, Cabo Ver-de, Rússia, China e Turquia – selecciona-dos pela sua importância estratégica de negócio para a economia portuguesa. Igualmente, teve lugar a apresentação do projecto BIU – Bussiness Intelligen-ce Unit desenvolvido pela AICEP. Além do contributo de empresas que foram convidadas a prestar o seu testemu-nho de experiência de negócio nos

Governo aprova nova linha de crédito para as PME

Dia da Internacionalização apoia PME

mercados em análise, estiveram pre-sentes representantes da Banca, para dar o seu know-how acerca dos mes-mos mercados (Millennium bcp, Banco Espírito Santo, Caixa Geral de Depó-sitos), e de sociedades de advogados como a Garrigues, a PLMJ, a Francisco Caiado Guerreiro & Associados.Do programa destacaram-se ainda as três sessões temáticas – “Marketing nos Negócios Internacionais”, “As PME Portuguesas e os Desafios da In-ternacionalização”, “Instrumentos de Promoção da Oferta Nacional” – que decorreram durante a tarde.Tratou-se de uma ocasião privilegia-da para proporcionar o alargamento da base exportadora das PME, dando lugar ao estabelecimento de redes de contacto e ao desenvolvimento de par-cerias com outros empresários.

um protocolo de colaboração com a TAITRA (Taiwan External Trade �evel-�evel-opment Council). Trata-se do primeiro acordo do género celebrado com as autoridades de Taiwan e visa promover o incremento das relações económicas entre Portugal e aquele mercado.Em Singapura o presidente da AICEP re-alizou reuniões com várias empresas lo-cais e encontrou-se com o Ministro dos Negócios Estrangeiros daquele país.

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EMPRESAS

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A táctica adoptada pela Balanças Marques nos mercados externos em competição com grandes concorren-tes faz lembrar, metaforicamente fa-lando, o confronto entre David e Go-lias. Também aqui se assiste à vitória

BALANÇAS MARQUESBALANÇAS FIÁVEIS

Não ter uma dimensão exagerada, ser flexível e muito rápida a actuar nos mercados são os grandes trunfos da Balanças Marques. Uma empresa com conta, peso e medida.

de conformidade com o tipo segundo a norma NP EN ISO/IEC 17025, pelo organismo notificado CEM – Centro Espanhol de Metrologia. Junta ainda,

em reconhecimento da sua actividade, a Certificação de Gestão da Qualidade ao abrigo da Norma ISO 9001:2000.

Nos tempos mais próximos, a Balança Marques quer entrar no mercado egíp-cio e reforçar a posição que já conquis-tou no mercado francês. Em termos de inovação, vai desenvolver tecnologias com recurso a visão artificial, sendo convicção dos seus responsáveis que esta aposta vai trazer grandes benefí-cios em novos mercados.

Balanças MarquesParque Industrial de Celeiros (2ª fase)Apartado 23764701-905 BragaTel.: +351 253 309 830

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www.balancasmarques.pt

da estratégia e da capacidade de ser flexível contra o gigantismo e a inca-pacidade de rápida reconversão. No segmento onde compete com os seus dois grandes trunfos, as básculas de pesar camiões e as balanças comer-ciais com tecnologia touch, passou o tempo da construção massiva, o mer-cado exige alterações e evoluções no produto “quase todos os dias”, e a di-mensão da Balança Marques é a ideal para injectar no mercado mais rapida-mente “pequenas séries de produto com factores de diferenciação em vez de produtos sempre iguais durante muitos anos”, de acordo com fonte da empresa.

Por outro lado, ainda no domínio da internacionalização – a empresa ex-porta 90 por cento da produção o que correspondeu a cinco milhões e

meio de euros no último ano – a má-xima “um mercado, um cliente” é se-guida à risca tendo sempre em conta uma cuidadosa escolha dos parceiros locais (exige-se capacidade técnica para acolher e trabalhar o produto no serviço pós-venda), parcerias ou joint-ventures cuidadosamente preparadas, acompanhamento técnico dos parcei-ros e muita dinâmica comercial seja em Marrocos, Argélia, Tunísia, França ou Cazaquistão, os grandes mercados da empresa.

A Balança Marques tem, desde 2000, a certificação do Sistema da Qualidade segundo a norma NP EN ISO 9002 pela entidade ICS, tem a homologação CE das células de carga e a Certificação de Reconhecimento de Qualificação de Reparador e Instalador de Instru-mentos de Pesagem sem Limite de Ca-pacidade. Tem também, desde 2002, a Certificação do Laboratório para actuar na emissão da declaração CE

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EMPRESAS

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“De maneira lenta, mas segura, e a dar frutos de forma consistente”, é assim que João Luís Ferreira, sócio do atelier Promontório Arquitectos, define o evo-luir da internacionalização da empresa. Frutos – acrescentamos nós – bem es-palhados pelos quatro cantos do mun-do. Senão vejamos.

Em Espanha, onde o atelier criou uma nova empresa de direito espanhol, de-senvolveu os projectos de três grandes centros comerciais e aguarda pelo início de mais dois. Em Angola, assegurou a

PROMONTÓRIOARQUITECTURA EXPERTEM MÚLTIPLAS ÁREASGrandes promotores turísticos como a Sonae, a Amorim Turismo ou a Marinóteis escolhem o Promontório Arquitectos para parceiro em projectos de referência. Um atelier que desenvolveu uma expertise em múltiplas áreas e que cresce nos mercados internacionais através de parcerias estratégicas.

participação numa empresa de direito angolano e está a desenvolver um pro-jecto de uma torre de habitação em Luanda. Na Ásia, foi responsável pelo projecto de um centro comercial e de escritórios no Vietname (Ho Chi Mihn). No Médio Oriente, concursos e projectos no Qatar e na Síria. No Norte de África, com o master plan das falésias de Oran, na Argélia, e no leste europeu, com pro-jectos na Bulgária, na Sérvia e na Ucrânia.

Em relação à actividade da empresa, João Luís Ferreira considera que “o

Promontório desenvolveu uma ‘exper-tise’ nas áreas de ‘retail’, turismo, equi-pamentos lúdico-culturais e na con-ceptualização de ‘master plans’ para empreendimentos de usos mistos, ca-racterizada por uma dupla interacção: na conceptualização e coordenação de projectos e na relação com ateliers estrangeiros, tanto em projectos nacio-nais como internacionais”. Quanto à exequibilidade e controlo de custos de cada projecto, estão garantidos à par-tida porque, acrescenta o arquitecto, “temos uma equipa sólida, apta para

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EMPRESAS

Portugalglobal // Junho 10 // 31

Promontório ArquitectosRua Fábrica do Material de Guerra, 101950-128 LisboaTel.: +351 218 620 985

[email protected]

www.promontorio.net

liderar processos internos de concep-ção e desenvolvimento de projectos que depois são complementados, atra-vés da sua verificação e validação final do ponto de vista técnico”.

Esta organização permitiu ao atelier definir uma estratégia de parcerias in-ternacionais de que resultaram duas novas empresas ligadas ao Promon-tório: o Promontório SI, em Madrid, e a 8 SUL, em Luanda. Nos mercados internacionais, adianta João Luís Fer-reira que o caminho “é criar novos posicionamentos através de parcerias com grupos locais em destinos estra-tégicos para continuar a prestar servi-ços aos clientes tradicionais quando se internacionalizam, criar visibilidade em mercados onde podemos competir nos preços e ganhar experiência em áreas específicas para, a partir dessa presen-ça, desenvolvermos a nossa actividade normal nesses novos mercados”. São os dividendos da expertise que o atelier desenvolveu e que chamou a atenção

Alguns grandes projectos do Promontório Arquitectos

• Centro Comercial Vasco da Gama• Vivaci Guarda• Dolce Vita Miraflores• Dolce Vita Tejo• Telheiras Housing• Complexo Oriente• Bloco de Carnide• Tróia Design Hotel• Hotel Tivoli Vitória• Sheraton Pine Cliffs• Remodelação de Vila Lara• Colégio Parque• Fluviário de Mora• Praça de Entrecampos/EPUL• Remodelação da Marina de Cascais• Frente Marítima de Portimão• Évora Resort• Herdade do Pinhal

– Alcácer do Sal• Herdade das Cegonhas

– Alcácer do Sal

referindo João Luís Ferreira o momento de grande expectativa que o Promon-tório atravessa porque “os projectos de Cadiz, Luanda, Damasco, Ho Cho Mihn e Oran são de grande dimensão e podem ser preciosos para consolidarmos a nossa presença no mercado global”.

Em termos da sua organização interna. e tendo sempre em vista diversificar ao máximo a sua oferta de serviços, foram também incorporadas valências de de-sign gráfico e industrial, de paisagis-mo, de produção de imagens 3D e de ilustrações e, no plano administrativo, foi criada a figura do PR. Entretanto, do atelier nasceu o Promontório Inte-riors que é um novo atelier, autónomo, destinado à arquitectura de interiores e à decoração e que tem desenvolvido uma importante actividade em Portu-gal (Lake Resort, Tróia Design Hotel, Tivoli Vitória Hotel, Vila Lara, etc.) cuja aposta também é a internacionaliza-ção nos mercados de destino do Pro-montório Arquitectos.

dos promotores internacionais, atraí-dos pelo seu potencial. Outro aspecto incontornável da internacionalização do Promontório, são os resultados das parcerias locais e da partilha de portfo-lios com arquitectos dos mercados de origem dos projectos, de que resultam, muitas vezes, novas oportunidades de negócio, o que vem solidificando a pre-sença do Promontório fora de Portugal.

No último ano, o atelier atingiu cerca de cinco milhões de euros de volume de negócios mas, face a novos contratos já confirmados, as perspectivas são de subi-da na facturação nos mercados externos,

Um dos marcos na vida do atelier foi o concurso num master plan para o Qatar, em que o programa era um empreendimento de usos mistos com um centro comercial de 250 mil metros quadrados, dois hotéis de cinco estre-las, 1.100 apartamentos, num total de 500 mil metros quadrados de constru-ção e onde fazia parte de uma shor-tlist que incluía algumas das maiores empresas de arquitectura do mundo. Ou ainda o concurso de requalificação de um parque no Kuwait, que integra, para além de um master plan, edifícios

comerciais, culturais e de lazer.

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EMPRESAS

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A oferta de serviços especializados de consultoria em energia, sustentabilida-de e carbono são a grande aposta da Inenergi no mercado. Face aos clientes, a empresa tem sempre em vista a in-tegração das suas necessidades espe-cíficas e a sua predisposição ao inves-timento, utilizando sempre modelos qualificados e inovadores de actuação, tanto ao nível dos serviços primários de consultoria, como ao nível do quadro regulador, financeiro e operacional do mercado energético.

No mercado português é ponto assen-te: a Inenergi desenvolve uma activi-dade inovadora, ao introduzir soluções verdadeiramente originais na constru-

INENERGI PROTEGE AMBIENTE

Ao fim de ano e meio de actividade, a Inenergi dá passos seguros no negócio do fornecimento de serviços de consultoria na área da energia e sustentabilidade. Uma empresa vocacionada para as questões ambientais e onde a diminuição da emissão dos gases de efeito de estufa é um dos enfoques dominantes.

ção e/ou na reabilitação de edifícios. Destacam-se na panóplia de áreas de actuação a que se dedica a realização

(micro e macro) e sua implementação com correspondente adequação ao meio, a avaliação de projecto e apoio à decisão, a certificação energética de edifícios, a auditoria energética à indústria e transportes, a implemen-tação de planos de racionalização de energia, a avaliação da qualidade do ar e acústica, a simulação termodi-nâmica e a termografia e um depar-tamento de construção sustentável e arquitectura bioclimática.

Outra área de relevo no universo da actuação da empresa são as parcerias com entidades públicas e privadas, e até transnacionais, no mercado volun-tário do carbono, onde desenvolve pro-

“No mercado português é ponto assente: a Inenergi desenvolve uma actividade inovadora, ao introduzir soluções verdadeiramente originais na construção e/ou na reabilitação de edifícios.“

de estudos técnico-económicos de produção descentralizada de energia

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EMPRESAS

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jectos e define estratégias de combate às alterações climáticas no âmbito das metodologias da UNFCC. Neste domí-nio, avalia o potencial das emissões de gases de efeito de estufa, quantifica as fontes de emissão, identifica os projec-tos com potencial de redução de emis-sões, elabora planos de combate e ava-lia a respectiva viabilidade financeira, gera os créditos respectivos e promove a sua venda no mercado voluntário.

José Pedro Francisco, director da Área Internacional, fala da internacionali-zação da Inenergi como “um factor chave no sucesso da actividade da em-presa e uma aposta desde a primeira hora”. Actualmente, a empresa está no mercado espanhol, angolano e cabo-verdiano e procura agilizar parcerias para entrar nos mercados inglês, austrí-aco e sueco. Aquele responsável adian-ta também que a internacionalização “resulta da necessidade de expansão da actividade e da diversificação de mercados, o que potencia a nossa ofer-ta e reforça a nossa capacidade para competir de forma global”. Para José Pedro Francisco, “o risco de operar nos mercados externos é idêntico ao risco

que se corre no mercado interno, mas torna-nos mais exigentes e inovadores, com uma oferta cada vez mais rica tan-to dentro como fora do país”.

A inovação é transversal a toda acti-vidade da empresa. Os exemplos são

impacte ambiental seja menor; nos sis-temas de produção de energia térmica e eléctrica, cuja análise é feita de forma independente, para que os empreen-dimentos sejam, tanto quanto possível autónomos, em termos de consumo de energia e água.

Recentemente, em conjunto com um parceiro empresarial português, a Ine-nergi desenvolveu uma especificação técnica para o Sistema de Gestão de Carbono. José Pedro Francisco assegu-ra que “este sistema permitirá às em-presas e instituições que o implemen-tem, controlar, monitorizar e reduzir as emissões de carbono e beneficiar dos investimentos feitos através das ven-das no mercado voluntário do carbo-no”. Este sistema de gestão, à seme-lhança de outros existentes (qualidade, ambiente, segurança e energia), per-mitirá a verificação por uma entidade externa e respectiva certificação. Outra nota saliente na vida da Inenergi é a celebração de parcerias com municí-pios portugueses no desenvolvimento de projectos transnacionais na área da sustentabilidade, nomeadamente, através da adequação desses projectos aos programas comunitários em curso.

A partir do corrente ano a Inenergi vai contar com escritórios em Londres e Madrid. Nestas instalações, este res-ponsável espera “receber portugueses com qualificações nas nossas áreas de actuação, que tenham optado por uma carreira internacional e que possam co-laborar com a empresa no desenvolvi-mento do negócio e na prestação de serviços técnicos especializados”.

Na internacionalização, e nos próximos três anos, o enfoque será o esforço de crescimento no mercado espanhol e nos países de língua portuguesa, onde se in-clui o Brasil, que é encarado como uma possibilidade muito interessante.

Inenergi AdvancerAv. António Augusto de Aguiar, 163 – 5 dir.1050-014 Lisboa Tel.: +351 213 808 234

[email protected]

www.inenergi.com

“Na internacionalização, e nos próximos três anos, o enfoque será o esforço de crescimento no mercado espanhol e nos países de língua portuguesa, onde se inclui o Brasil, que é encarado como uma possibilidade muito interessante.”

múltiplos e passam, por exemplo, pelos serviços de consultoria na construção sustentável e na procura das soluções mais adequadas ao nível da arquitec-tura, como a introdução de coberturas verdes ou fachadas em solar fotovol-taico; na utilização de materiais com melhores desempenhos térmicos e acústicos, reciclados e recicláveis, cujo

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Se a liquidez do mundo actual está na Ásia, dizem analistas dos mais variados quadrantes, a China, um caso de estudo no crescimento económico a nível global, está na linha da frente dos países que justificam aquela constatação. Xangai, a sua capital económica, com vinte milhões de potenciais consumidores e um PIB per capita mais do dobro do resto de território é a montra de luxo de uma economia que não pára de surpreender.

Xangai, onde a realização da EXPO 2010 e o esforço pela criação de um moderno sector de serviços, são o enfoque actual de empresários de todo o mundo. Um texto de Manuel Couto Miranda, responsável pelo Centro de Negócios da AICEP em Xangai.

XANGAIPORTA ABERTA PARA A ECONOMIA GLOBAL

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MERCADO

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“Com as reformas de 1978, Xangai passou a beneficiar de um ambiente mais aberto ao exterior tendo daí resultado níveis de crescimento económico bastante elevados, sobretudo com a aproximação e viragem do novo século.”

Xangai é o mais importante centro económico, financeiro, comercial e de expedição de mercadorias na China, facto que torna esta cidade um dos maiores impulsionadores do crescimen-to económico e da evolução da socie-dade chinesa.

Devido ao seu excelente porto, Xangai tem tido um papel dominante no de-senvolvimento económico e comercial da China desde tempos antigos. Com as reformas de 1978, Xangai passou a beneficiar de um ambiente mais aberto ao exterior tendo daí resultado níveis de crescimento económico bastante elevados, sobretudo com a aproxima-ção e viragem do novo século. Teste-munho desta nova realidade é o facto de aquele índice se ter mantido acima dos dois pontos percentuais durante 15 anos consecutivos.

Representando 0,06 por cento da área do país, Xangai gera 8,3 por cento do Produto Industrial Bruto chinês, 10 por cento do volume de trocas dos portos chineses, 25 por cento do total de tro-cas comerciais e 12,5 por cento do to-tal de receitas da China.

A aplicação de boas políticas nacionais de reforma e abertura têm sido cruciais para impulsionar o desenvolvimento da cidade. Apesar de Xangai ter mantido níveis de crescimento económico mui-to elevados durante vários anos e de os salários médios e nível de vida geral da sua população terem demonstrado um incremento razoável, existem ainda alguns problemas estruturais que não podem ser ignorados.

Por exemplo, importa ter em conta que o crescimento da economia de Xangai ainda está demasiadamente dependente do sector secundário, es-pecialmente da indústria pesada e de base e que esta necessita de espaços mais amplos e de quantidades muito elevadas de energia para o seu fun-cionamento o que, acarreta, como é óbvio, o conjunto de problemas am-bientais inerentes a esta actividade.

Outros segmentos, tais como o sector dos serviços, ainda ocupam uma pe-quena parte da estrutura industrial de

Xangai, cenário que, a manter-se, pode gerar desequilíbrios e prejudicar, na sua globalidade, a economia da cidade.

Na tentativa de resolver este problema, as autoridades de Xangai estão a direc-cionar os seus esforços para a transfor-mação da estrutura industrial da cidade, promovendo a criação e implementação de indústrias de serviços, seguindo uma estratégia bem definida, que se baseia em seis indústrias chave: tecnologias de informação; serviços financeiros; comér-cio e trocas; indústria automóvel; mon-

de Xangai: biofarmacêutica, protecção ambiental; novos materiais e logística. É precisamente aqui, nestas novas áreas estratégicas de desenvolvimento, que as empresas portuguesas devem concentrar a sua atenção e analisar potenciais opor-tunidades de investimento.

Vejamos alguns exemplos de produtos e serviços que Portugal pode exportar para o mercado de Xangai: materiais de construção, serviços de engenharia (des-taque para o tratamento de águas resi-duais e para a instalação de centrais de produção de energia), máquinas e equi-pamentos, assim como infra-estruturas de transporte, energia e saneamento. Aliás, perante a política de investimento público e o boom no sector da habita-ção, estas são áreas onde podem surgir oportunidades, quer de parcerias de ini-ciativa das empresas portuguesas, quer no âmbito de linhas de crédito específi-cas para os sectores em causa.

Também dado o desenvolvimento que se tem vindo a verificar e tendo em linha de conta que a China se quer demarcar da imagem pejorativa de “fábrica do mundo”, as máquinas e equipamentos industriais, com destaque para moldes, ferramentas de corte e máquinas para trabalhar madeira, são produtos de re-ferência para as empresas chinesas que procuram qualidade.

Um outro aspecto que não pode ser es-quecido quando abordamos o mercado chinês é a sua recente transformação numa sociedade de consumo. Nesta nova realidade, há todo um conjunto de produtos não só de luxo, mas tam-bém de lifestyle, com uma enorme pro-cura em perspectiva, embora nalguns casos a oferta já existente no mercado seja esmagadora. Ainda assim, Portu-gal tem uma forte tradição no sector das rochas ornamentais, na cerâmica, nos curtumes e nos têxteis de que de-veria tirar partido. Também a tentativa de impor marcas portuguesas no re-talho pode e deve ser levada a efeito, havendo alguns indícios de que, no fu-turo, isso será possível.

Também associados a este consumo de luxo estão os produtos gourmet, so-bretudo nos grandes centros urbanos,

tagem de equipamentos e imobiliário. Desta forma, as autoridades municipais pretendem manter uma relação saudá-vel e equilibrada entre o crescimento económico da cidade e as prementes preocupações ambientais.

A aposta nestes sectores, especialmente em indústrias de alta tecnologia, repre-sentadas nomeadamente pelo sector das tecnologias de informação (TI), é considerada uma das pedras basila-res para o futuro desenvolvimento da economia de Xangai. A própria política estatal dá um grande impulso a esta aposta das entidades locais devido à in-tenção de redireccionar, gradualmente, o investimento de áreas como a alimen-tar, policarbonetos e metais, para indús-trias de maior valor acrescentado e alta tecnologia. Esta aposta tem vindo a ser implementada, de forma muito visível, e sempre com o crescente apoio das auto-ridades municipais de Xangai.

Para além da grande aposta nas TI, exis-tem ainda quatro novas indústrias que têm vindo a receber uma crescente aten-ção por parte das autoridades municipais

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MERCADO

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o que faz do azeite e do vinho produ-tos muito procurados, embora, neste domínio, haja países fornecedores com um grande avanço no mercado.

consequência, do desenvolvimento que tem conhecido nos últimos anos, o turis-mo é um sector que apresenta algumas oportunidades, quer no fornecimento de serviços de carácter tecnológico ou mesmo produtos para o canal Horeca.

Nos últimos anos, temos assistido, ainda que de forma modesta, à entrada de em-presas e marcas portuguesas no mercado chinês. Seja no sector das energias, reno-váveis ou não, no agro-alimentar, no mo-biliário/decoração e no software (alguns destes investimentos com produção lo-cal). Temos ainda vindo a verificar que, na área da saúde, na farmacêutica e nos materiais de construção (cimento, tintas, cerâmicas), o enorme mercado chinês começa também a atrair investidores portugueses. Porém, é previsível que sejam as empresas na área das energias renováveis as que têm maiores potencia-lidades de desenvolvimento.

Este Centro de Negócios, e as suas an-tenas, tem acompanhado sempre que necessário os projectos de investimen-to no mercado, bem como tentado chamar a atenção do maior número possível de empresas portuguesas para as potencialidades desta economia e para a importância que pode represen-tar o sucesso na mesma.

Neste contexto, e não podendo compe-tir em matéria de preços, em virtude da distância e dos encargos com o trans-porte, e também dos custos sociais e ambientais inerentes ao nosso processo de produção, os produtos portugueses têm de se fazer valer da qualidade. Pese embora o posicionamento dos nossos produtos não poder ser dissociado da ténue imagem que Portugal ainda tem na China, existem sectores onde o nos-so país começa a ser mais conhecido, nomeadamente nos sectores das ener-gias renováveis, das TIC e dos bens de consumo de gama alta, sectores que podem, com estratégias de entrada bem delineadas, vingar no competitivo mercado chinês.

Centro de Negócios da AICEP em Xangai (China)16th floor, Crystal Century Tower, N. 567 Wei Hai Road Shanghai 200041 The People’s Republic of ChinaTel.: (geral): +86 21 6288 6767

(ext.: 501 e 505)Tel.: (linha directa): +86 21 6288 6570 Fax: +86 21 6288 6571

[email protected]

“Este Centro de Negócios, e as suas antenas, tem acompanhado sempre que necessário os projectos de investimento no mercado, bem como tentado chamar a atenção do maior número possível de empresas portuguesas para as potencialidades desta economia e para a importância que pode representar o sucesso na mesma.”

Reportando-nos ao sector dos serviços, podemos destacar algumas áreas-chave como a saúde, consultoria de gestão, consultoria de ambiente, tecnologias de informação e serviços financeiros, que surgem como necessidades decorrentes do desenvolvimento económico do país, da sua terciarização e do envelhecimen-to da população. Mas também, e em

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MERCADO

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Um pavilhão todo forrado a cortiça, que leva muitos visitantes chineses a tocar, a cheirar e muitos até a tentar recortar o material para levar como re-cordação, é apenas a face mais visível da participação portuguesa na maior exposição mundial de sempre, onde estão representados 192 países.

A EXPO Xangai abriu portas a 1 de Maio, vai terminar a 31 de Outubro, e estima-se em 70 milhões o total de visitantes que a procurarão, atraídos pela mítica cidade chinesa, pela gran-diosidade da exposição e também pelo tema a que está subordinada: “Melho-res Cidades, Maior Qualidade de Vida”.

A exposição pode considerar-se o co-rolário de muitos anos de afirmação da China como a potência económica emergente mais importante do mun-do e da sua capacidade de realização,

EXPO XANGAI 2010AICEP AGILIZA CENTRO DE NEGÓCIOSO Centro de Negócios do Pavilhão de Portugal na EXPO Xangai 2010 dá à vertente económica e empresarial uma importância nunca vista noutras presenças portuguesas em exposições universais. Um espaço para encontros de empresas, onde a AICEP usará todo o conhecimento do mercado e experiência em acções de promoção, para rentabilizar ao máximo todos os eventos ali realizados.

a que Portugal aderiu para fomentar o

intercâmbio cultural, científico, tecnoló-

gico e económico entre os dois países.

com o gigante asiático e até com os outros países participantes. Aliás, a participação portuguesa tem no seu pavilhão um espaço totalmente dedi-cado à organização de encontros entre empresários portugueses e chineses, o Centro de Negócios, concebido como uma janela de oportunidade para o fomento do intercâmbio económico bilateral. E é aqui que a AICEP desem-penha um papel fundamental.

O Centro de NegóciosA existência de um Centro de Negócios é uma iniciativa sem precedentes na história da participação portuguesa em exposições universais e coincide com um bom momento das exportações para a China. Apesar da crise global, em 2009, as exportações portuguesas para a China (não incluindo Macau nem Hong Kong) aumentaram 20 por cento, somando cerca de 222 milhões de euros. Presen-

“A existência de um Centro de Negócios é uma iniciativa sem precedentes na história da participação portuguesa em exposições universais e coincide com um bom momento das exportações para a China.”

Portugal pretende não apenas passar a imagem de país moderno e inovador, na linha da frente em áreas como as energias renováveis e a eficiência ener-gética, mas, no domínio das empresas, aumentar o relacionamento comercial

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te há alguns anos no mercado chinês, com um Centro de Negócios em Xangai, que coordena também os escritórios da Agência em Pequim e em Macau, a AI-CEP, com o seu envolvimento na iniciati-va, vai permitir uma valorização do Cen-tro de Negócios da exposição, para uma maior e mais abrangente divulgação do espaço, tirando partido do seu conheci-mento do mercado, da sua experiência única na identificação de oportunidades de negócio e na realização de acções de promoção externa da oferta portuguesa.

A actuação da Agência vai ter uma na-tureza dual. Por um lado, no mercado, onde irá responder pela coordenação do marketing e divulgação local dos eventos temáticos a realizar no Centro de Negó-

importância que a vertente económi-ca tem nesta representação: “a nossa meta é clara, queremos ajudar as em-

Contactos no Pavilhão:

Tel.: +86 1379 5431 915

[email protected]

[email protected]

cios do Pavilhão de Portugal, junto dos potenciais clientes, opinion makers e de-cisores chineses. Por outro lado, em ter-ritório nacional, onde articulará, com os promotores respectivos, as semanas te-máticas que irão dinamizar aquele Centro e coordenará as participações de entida-des e empresas portuguesas interessadas em serem incluídas nessas semanas.

Uma afirmação do comissário geral de Portugal na EXPO 2010, Rolando Borges Martins, deixa bem vincada a

A título de exemplo, já teve lugar no Pavilhão de Portugal, um seminário de-dicado à área das energias renováveis, intitulado “Re.New.Able Seminar”, que contou com a afluência de 149 repre-sentantes de inúmeras entidades chi-nesas, desde empresas a associações, passando ainda por algumas institui-ções académicas. O evento contou com a presença de 10 empresas portu-guesas, cujo core business se foca em três vertentes das energias renováveis – eólica, solar fotovoltaica e hidráuli-

ca. Empresas tão importantes como a EDP Renováveis, a DST Renováveis ou a Martifer Solar estavam incluídas nesse grupo e, em resultado de diligências da AICEP, puderam desfrutar de encontros individuais com congéneres chinesas, sendo alguns desses encontros realiza-dos fora do âmbito da EXPO Xangai. De assinalar, que ao longo do tempo e até ao final da EXPO outras iniciativas congéneres terão ali lugar.

O que a AICEP pretende, e para o qual contribuirá com toda a sua experiên-cia, é que as missões empresariais, os seminários e as conferências realiza-das no Centro de Negócios da EXPO 2010 constituam uma montra das diferentes áreas da actividade empre-

“...a nossa meta é clara, queremos ajudar as empresas a entrar no mercado chinês, de forma gradual, porque a China tem uma forma de se relacionar a prazo, nada se faz de um dia para o outro.”

sarial portuguesa, dos seus produtos e serviços, permitindo transmitir ao mercado chinês uma visão geral e sectorial da oferta portuguesa e pos-sibilitar às nossas empresas o contac-to com potenciais clientes e respecti-vas necessidades.

presas a entrar no mercado chinês, de forma gradual, porque a China tem uma forma de se relacionar a prazo, nada se faz de um dia para o outro”.

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PARTICIPAÇÃO PORTUGUESA NA EXPOSIÇÃO UNIVERSAL DE XANGAI

BALANÇO DO PRIMEIRO MÊS

Rolando Borges Martins, Comissário-geral de Portugal na EXPO Xangai 2010, faz-nos o balanço do primeiro mês de exposição num texto onde fica expressa a sua convicção sobre a importância fundamental que o evento irá ter numa maior aproximação entre Portugal e a China.

O passado mês de Maio ficou marcado pela abertura da maior Exposição Uni-versal de sempre. A EXPO 2010 Shan-ghai foi inaugurada no dia 1 de Maio, subordinada ao tema “Better City, Better Life” – “Melhores Cidades, Maior Qua-lidade de Vida”. Com uma área de 528 hectares, a Exposição conta com a Par-ticipação de 192 países, entre eles Por-tugal, e 50 organizações internacionais.

“Portugal, Uma Praça para o Mundo”, “Portugal, Um Mundo de Energias” foram os temas que a Participação Por-tuguesa levou até Xangai para apre-sentar um país com riqueza cultural e patrimonial, contemporâneo, moderno e dinâmico, mas também um país que tem apostado fortemente na inovação, nomeadamente em energias renová-veis. A Participação Portuguesa pre-tende ser uma verdadeira montra do Portugal de hoje, e a vertente econó-mica assume um papel preponderante e transversal nesta Participação.

O número de visitantes que o Pavilhão de Portugal já alcançou, mais de 500 mil no primeiro mês, demonstra que o enfoque feito na promoção de Por-tugal enquanto país europeu contem-porâneo e com valores patrimoniais únicos está no caminho certo. Portugal surge como um país com cidades vivas e activas, com capacidade de oferta em algumas das áreas mais relevantes para as necessidades de mercado do século XXI: a sociedade do conhecimento e do lazer e a sustentabilidade ambiental.

A riqueza e diversidade patrimonial e cultural fazem de Portugal um país com uma excelente oferta em termos de la-zer. A gastronomia, os monumentos, os vinhos, as praias, os campos de golfe, a qualidade ambiental e a hospitalidade são, em si mesmos, produtos que impor-tam promover e que têm o seu lugar nos conteúdos expositivos do pavilhão portu-guês. O turismo tem sido, assim, poten-ciado, de forma a gerar efeitos positivos na economia nacional. Por outro lado, Portugal mostra-se ao mundo como um dos maiores players internacionais no de-senvolvimento e inovação em energias renováveis. A sustentabilidade e qualida-de de vida, temas da Exposição Universal e, simultaneamente, áreas de negócio

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promissoras, são exploradas de forma a apresentarmos os nossos progressos em termos de capacidades científica e tec-nológica instaladas, no que respeita à produção de energias hídrica, solar e eó-lica. O mercado chinês tem demonstrado grande receptividade nesta matéria.

Ainda no que concerne à vertente eco-nómica da Participação Portuguesa, é de referir a existência de um Centro de Negócios no Pavilhão, espaço inédito na história de presenças portuguesas em Exposições Universais, gerido em parceria com a AICEP. As iniciativas em-presariais aqui realizadas e os seminários promovidos por entidades oficiais têm criado uma dinâmica muito interessante neste primeiro mês de Exposição, bem como potenciado contactos profícuos no mercado chinês, dos quais, cremos, viremos a ter notícia através das empre-sas que por cá têm passado.

No actual contexto económico, é de salientar o investimento que está a ser feito com a Participação Portuguesa na Exposição Universal de 2010. As relações pacíficas que Portugal mantém com a China desde há cinco séculos encontram aqui uma oportunidade de intensificação. Com rigor orçamental, mas sem deixar de lado uma visão estratégica de médio e longo prazo, Portugal marca, novamente, entrada no mercado chinês, a partir do seu centro financeiro que é Xangai.

Já no inicio de Junho, a presença do Mi-nistro da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento, Vieira da Silva, no Dia de Portugal, que se assinalou na Exposi-ção Universal a 6 de Junho, foi mais um sinal claro do cariz que esta nossa Par-ticipação tem. Estamos, sem dúvida, a afirmar-nos enquanto país europeu con-temporâneo, com tradição e património histórico e ambiental ricos, enquanto país acolhedor, de paisagens e gentes diversificadas, de produtos únicos, mas também enquanto país com apostas for-tes em termos económicos, em sectores de actividade relevantes para a China.

É, assim, convicção da Participação Por-tuguesa na EXPO Xangai 2010 que os próximos meses serão uma alavanca fundamental no processo de aproxima-ção ao mercado chinês, um dos mais relevantes do mundo.

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A China é um país de oportunidades. As taxas de crescimento, a abertura ao Ocidente, o aumento do poder de com-pra e a evolução tecnológica são apenas alguns dos atractivos que têm contri-buído para o aumento do investimento externo e para a fixação de empresas estrangeiras neste mercado. Outrora um pólo industrial pouco desenvolvido, cuja mais valia residia exclusivamente na mão-de-obra barata, a China procura agora reposicionar-se tendo a tecnologia e a inovação como principais vectores.

No caso da Pecol, a decisão de abrir uma estrutura no Oriente foi inevitável. A grande maioria dos nossos fornecedores estão neste mercado e o grande desafio prendia-se com a optimização de todo o processo de compras – estabelecendo uma relação mais próxima com parcei-ros de negócio, negociando melhores contratos, optimizando a logística e, na-turalmente, obtendo acesso privilegiado às novidades na nossa indústria.

Xangai é o grande centro económico na China. Além de ser a cidade na mainland que apresenta condições mais favoráveis ao estabelecimento de uma empresa es-trangeira – pelas condições e serviços que oferece – a sua localização permite fácil acesso a dois dos pólos industriais mais importantes no país: as províncias de Zhejiang e Jiangsu. A abertura da nossa estrutura nesta cidade decorreu de uma

PECOL GANHA APOSTA EM XANGAIPara a Pecol, abrir uma filial em Xangai, representou não só perceber um mercado complexo, mas também tirar partido da localização privilegiada da cidade que é o grande centro económico de toda a China. Um texto de Rui Rapazote, director de mercado do Grupo Pecol.

necessidade e não de uma oportunida-de mas rapidamente percebemos que poderíamos ir além do nosso objectivo inicial. A indústria da fixação e materiais de construção é bastante competitiva e tem na China o seu principal pólo de produção. Apesar de uma evolução assi-nalável na última década, os problemas de qualidade e comunicação continuam a ser comuns. A nossa presença na China permitiu-nos minorar o efeito destes pro-blemas e perceber o valor da nossa cartei-ra de contactos, know-how da indústria e de todo o processo de exportação. Assim, começámos a promover os nossos servi-ços junto de empresas de todo o Mundo a operar no sector da construção.

Neste momento a Pecol China exporta directamente para países como os Es-tados Unidos, Brasil, Espanha, Itália e Angola usufruindo de economias de escala na compra de alguns produtos para a empresa mãe em Portugal. O futuro da empresa na China passa pela expansão da carteira de clientes e pelo

estabelecimento de um centro de con-solidação de cargas com vista à optimi-zação de todo o processo logístico.

Fundada em 1983, a Pecol é um grupo industrial português de que fazem par-te nove empresas em cinco países: Por-tugal, Espanha, Itália, Angola e China. Tendo começado a sua actividade como fabricante de parafusos, o grupo tem di-versificado a sua produção e a sua gama de produtos tornando-se uma referência no mercado da fixação na Europa. Pre-sentemente a Pecol serve mais de 25.000 clientes em Portugal e exporta para 25 países em todo o mundo.

Pecol ChinaRoom 303, 550 Wuding Rd.Iing Na District, 200040Shanghai, ChinaTel.: +86(0)21 6255 3977

[email protected]

www.pecol.pt

www.pecol.cn.com

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MERCADO

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EM PORTUGAL

Embaixada da República Popular da ChinaRua do Pau de Bandeira, 11-131200-756 LisboaTel.: (351) 213 928 430Fax: (351) 213 928 431www.fmprc.gov.cn(ce/cept/[email protected]

aicep Portugal GlobalO`Porto Bessa Leite ComplexRua António Bessa Leite, 1430, 2º4150-074 PortoTel.: (351) 226 055 300Fax: (351) 226 055 [email protected]

aicep Portugal GlobalAv. 5 de Outubro, 1011050-051 LisboaTel.: (351) 217 909 500Fax: (351) 217 909 [email protected]

Câmara de Comércio e Indústria Luso-ChinesaRua António Patrício, 5, r/c – B1700-047 LisboaTel.: (351) 217 934 284Fax: (351) 217 934 [email protected]

COSEC – Companhia de Seguros de CréditosAv. da República, 581069-057 LisboaTel.: (351) 217 913 700Fax: (351) 217 913 [email protected]

NA CHINA

Embaixada de Portugal – Pequim8, San Li Tun Dong Wu JieBeijing 100600 ChinaTel.: (8610) 653 23497Fax: (8610) 653 [email protected]

CONTACTOS ÚTEIS

Apesar de já vender vinhos para Ma-cau, foi a abertura de um escritório de representação em Xangai, no início de 2009, que marcou uma nova etapa da aposta do grupo Enoport na China, porque foi a partir dessa altura, diz o seu presidente, “que começámos a in-vestir a sério nesse grande mercado”.

Para Nuno Santos, um engenheiro de 32 anos, “o vinho na China está na moda e o seu consumo incorpora algum prestí-gio social”, acrescentando que “a região de Xangai é um dos nossos grandes mer-cados de aposta no qual queremos criar raízes o mais sólidas possível”.

Constituído em 2005, com sede em Rio Maior, o grupo reúne dezenas de mar-cas de várias regiões demarcadas, entre as quais Romeira, Bucellas, Caves Dom Teodósio e Serradayres.

Desde 2008, as vendas do grupo Enoport triplicaram no mercado chinês, devendo

EnoportRua Mariano de Carvalho, Ap. 42040-998 Rio maiorTel.: +351 243 999070

[email protected]

www.enoport.pt

GRUPO ENOPORT

atingir este ano quase um milhão de gar-rafas, o que confirma a visão de Nuno Santos, que olha para a China como “um mercado estratégico para a internacio-nalização dos vinhos portugueses, em-bora ainda por desenvolver e onde não existe, por agora, a cultura do vinho”. O presidente do grupo Enoport fala de si-nais muito animadores, “porque há uma classe com uma apetência fortíssima para consumir o produto a par de uma grande necessidade de formação”.

O grupo Enoport é um dos patrocina-dores do pavilhão de Portugal na EXPO Xangai 2010.

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MERCADO

Portugalglobal // Junho 10 // 43

Área: 9.561.000 km2

População: 1.333,5 milhões de habitantes (estimativa 2009)

Densidade populacional: 139 habitantes por km2 (estimativa 2009)

Designação oficial: República Popular da China

Chefe de Estado: Presidente Hu Jintao (desde Março 2003)

Vice-Presidente: Xi Jinping

Primeiro-Ministro: Wen Jiabao

Data da actual Constituição: 4 de Dezembro de 1982; foram introduzidas alterações em 1993, 1999 e 2004.

Principais partidos políticos: Partido Comunista Chinês (PCC). As últimas eleições para um novo governo, no Congresso Nacional Popular, ocorreram em Março de 2008.

Capital: Beijing (Pequim) – 13,1 milhões de habitantes (final de 2007)

Outras cidades importantes: Shangai (Xangai), Guangzhou (Cantão), Shenzhen, Tianjin, Harbin, Shenyang.

Religião: A principal é o budismo, existindo ainda o daoísmo e minorias muçulmanas e cristãs.

CHINA EM FICHA

Pequim

China

aicep Portugal Global- XangaiBusiness Development AgencyConsulate General of Portugal – Economic Section16th Crystal Century Tower, 567 – Wei Hai RoadShangai 200041 – ChinaTel.: (8621) 628 86767;

extensões: 501 e 505Tel.: (8621) 628 86570Fax: (8621) 628 [email protected]

aicep Portugal Global – PequimBusiness Development AgencyEmbassy of Portugal8, San Li Tun Dong Wu JieBeijing 100600 – [email protected]

All-China Federation of Industry & Commerce93,Beiheyan Street – Dongcheng DistrictBeijing 100600 – ChinaTel.: (8610) 651 [email protected]

Ministry of Commerce of the People`s Republic of China – MOFCOM2, Dong Chang`an AvenueBeijing 100731 – ChinaTel.: (8610) 652 84671Fax: (8610) 655 99340www.english.mofcom.gov.cn

China Council for the Promotion of International Trade - CCPIT1, Fuxingmenwai StreetBeijing 100860 – ChinaTel.: (+86 10) 880 75716Fax: (+86 10) 680 30747http://english.ccpit.org/

Língua: A língua oficial é o putonghua (dialecto de Pequim, usualmente conhecido por mandarim). No sudoeste e sudeste são falados dialectos locais.

Unidade monetária: Yuan da China (CNY).

Risco país: Risco monetário – BBB; risco do sector bancário – B; Risco político – B; Risco de estrutura económica – BBB.

Ranking de negócios: Índice: 6,40 (10=Máximo); ranking geral - 42 (entre 82 países); (EIU – Março 2010).

Risco de crédito: 2 (1=risco menor; 7 = risco maior) (COSEC – Março 2010).

Grau da abertura e dimensão relativa do mercado (2008):

Exp + Imp. (bens e serviços) / PIB=63,7 por cento;

Imp. (bens e serviços) / PIB=27,9 por cento; Imp. (bens)/Imp. Mundial=6,9 por cento.

Fontes:

The Economist Intelligence Unit (EIU) – Country Report (Março 2010); ViewsWire (Março 2010).

U.S. Dep. Of State – Bureau of East Asian and Pacific Affairs (Outubro 2009)

World Trade Organization (WTO)

Banco de Portugal

Page 44: 2010.06 Portugalglobal 24

DE VIVA VOZ

// Junho 10 // Portugalglobal44

Como empresa do universo AICEP, a ai-cep Global Parques é especialista em ser-viços completos de gestão de localização empresarial, desenvolvendo acções que vão desde o procurement de áreas/par-ques industriais e logísticos até à gestão de projectos e obras de urbanização.

Oferece espaços infra-estruturados e plataformas para a instalação de uni-

AICEP GLOBAL PARQUESPARCEIRO DE CONFIANÇAGestora de áreas e de serviços de localização empresarial, a aicep Global Parques olha para os Países de Língua Portuguesa, assim como para o Oriente, como mercados naturalmente favoráveis ao desenvolvimento dos produtos e serviços desta participada da AICEP. Uma vasta oferta a nível de localizações empresariais – de que a ZILS, em Sines, é o melhor exemplo –, e de produtos de prestação de serviços, como o Global Find e o Global Force, fazem da aicep Global Parques um parceiro de confiança e com experiência para estes mercados.

dades económicas. Do conjunto de sites geridos directamente pela aicep Global Parques, a ZILS (Zona Industrial e Logística de Sines) tem um lugar de destaque quer pela proximidade ao único porto de águas profundas do lado ocidental da Península Ibérica, quer pela disponibilidade de mais de dois mil hectares que a tornam numa localização de excelência.

Destaque igualmente, já na área de produtos de prestação de serviços, para Global Find e o Global Force. O primeiro identifica alternativas de loca-lização em parques industriais ou logís-ticos com lotes disponíveis; o segundo é um serviço personalizado e integrado de gestão de localização e acolhimento empresarial destinado a empresas in-dustriais e logísticas.

Page 45: 2010.06 Portugalglobal 24

DE VIVA VOZ

Portugalglobal // Junho 10 // 45

A propósito da realização do Encontro Empresarial para a Cooperação Econó-mica entre a China e Países de Língua Portuguesa (PLP), o presidente da Co-missão Executiva da aicep Global Par-ques, Francisco Sá, revelou que a em-presa dá particular atenção ao mercado dos PLP na divulgação internacional dos seus produtos. Segundo Francisco Sá, “a participação, na FILDA e FACIM em 2008 e em 2009 representou uma oportunidade de comunicar a existên-cia da empresa com a sua nova deno-minação, bem como os seus parques e serviços. Constituiu também uma im-portante oportunidade para reforçar o desenvolvimento e implementação da estratégia delineada para a empresa se tornar a parceira de referência no apoio às estratégias de localização empresa-rial. Esta presença reforçou a divulgação não só dos parques empresariais que gere, mas também dos dois serviços que vieram diversificar o seu portfolio – o Global Find e o Global Force”.

Neste contexto, defende o mesmo responsável, o mercado dos Países de Língua Portuguesa é um mercado na-

dade excelente” para a aicep Global Parque cooperar através da prestação de serviços nestes mercados, especifi-ca Francisco Sá.

O apoio na criação e desenvolvimento de Parques Empresariais e Logísticos e

nomeadamente para a ZILS e a ZALSI-NES (Zona de Actividades Logísticas).

“Devido à sua posição estratégica e à existência de um porto de águas pro-fundas altamente competitivo – o Por-to de Sines –, a ZILS tem condições de acolher grandes projectos logísticos tornando-se na verdadeira Porta Atlân-tica da Europa. Com a proximidade da conclusão das obras de alargamento do Canal do Panamá, que permitirão o aumento da capacidade até 600 milhões de toneladas por ano, novas oportunidades abrem-se a Sines dado que é o primeiro porto de águas pro-fundas europeu de rotas por esta via em alternativa ao Canal do Suez”, ex-plica o presidente da empresa.

Com base neste facto a aicep Global Parques, também em parceria com a Administração do Porto de Sines e a PSA Sines (empresa que gere o Termi-nal XXI de contentores), tem direccio-nado estrategicamente acções de pro-moção a Oriente, com presença na MIF, em Macau, em 2008 e 2009, e, já este ano, em Xangai onde serão realizados dois seminários sob o tema “Sines – A Porta Atlântica da Europa”.

Para Francisco Sá, já se começam “a sen-tir os resultados desta estratégia, pois os contactos e o acompanhamento de po-tenciais investimentos com esta vertente têm-se desenvolvido de forma muito po-sitiva desde o final de 2009. São projec-tos que constituem um grande desafio podendo gerar grandes oportunidades na criação de postos de trabalho, au-mento do movimento portuário e valor acrescentado influenciando positivamen-te as nossas exportações”.

Refira-se ainda que a oferta de Sines – um porto de águas profundas gerido pela Administração do Porto de Sines que oferece um conjunto de terminais portuários geridos de forma profissional, como é o caso do Terminal XXI ou do Ter-minal Multipurpose, e serviços facilitado-res do processo de instalação de empre-sas prestados pela aicep Global Parques – é, no contexto de globalização dos fluxos de mercadorias, fortemente competitiva e um activo importante para Portugal no contexto internacional.

turalmente favorável para o desenvol-vimento dos produtos de serviços da aicep Global Parques. A possibilidade de desenvolvimento de plataformas Global Find adaptadas às realidade destes mercados, que necessitam de promover o ordenamento do territó-rio e a promoção de potências loca-lizações industriais, logísticas e ou/turísticas, constitui uma “oportuni-

como um parceiro de confiança, com experiência e know-how que portu-gueses e não só, podem encontrar nos mercados lusófonos”, acrescenta.

O mercado da China tem sido igualmen-te alvo da atenção da aicep Global Par-ques, com o desenvolvimento de acções vocacionadas para a captação de investi-mentos para os Parques sob sua gestão,

“O mercado da China tem sido igualmente alvo da atenção da aicep Global Parques, com o desenvolvimento de acções vocacionadas para a captação de investimentos para os Parques sob sua gestão, nomeadamente para a ZILS e a ZALSINES.”

na instalação de actividades industriais e logísticas é uma das outras áreas de cooperação económica em que a em-presa pode actuar com o seu know-how, disponibilizando os seus serviços Global Force. “Queremos afirmar-nos

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// Junho 10 // Portugalglobal46

COSECNo âmbito de apólices individuais

Políticas de cobertura para mercados de destino das exportações portuguesas

ANÁLISE DE RISCO - PAÍS

África do Sul* C Aberta sem condições restritivas.

M/L Garantia bancária (decisão casuística).

AngolaC Caso a caso numa base restritiva.

M/L Garantia soberana. Limite total de responsabilidades.

Antilhas Holandesas C Aberta sem condições restritivas.

M/L Não definida.

Arábia Saudita C Carta de crédito irrevogável

(decisão casuística).M/L Caso a caso.

ArgéliaC Sector público: aberta sem res-

trições. Sector privado: eventual exigência de carta de crédito irrevogável.

M/L Em princípio, exigência de garan-tia bancária ou garantia soberana.

Argentina T Caso a caso.

BareinC Aberta sem condições restritivas.

M/L Garantia bancária.

BenimC Caso a caso, numa base muito

restritiva.M/L Caso a caso, numa base muito

restritiva, e com exigência de garantia soberana ou bancária.

Brasil* C Aberta sem condições restritivas.

M/L Clientes soberanos: Aberta sem condições restritivas. Outros Clien-tes públicos e privados: Aberta, caso a caso, com eventual exigência de garantia soberana ou bancária.

Bulgária C Carta de crédito irrevogável.

M/L Garantia bancária ou garantia soberana.

Cabo Verde C Aberta sem condições restritivas.

M/L Eventual exigência de garantia bancária ou de garantia soberana (decisão casuística).

Camarões T Caso a caso, numa base muito

restritiva.

Cazaquistão Temporariamente fora de cobertura.

Chile C Aberta sem restrições.

M/L Clientes públicos: aberta sem condições restritivas. Clientes pri-vados: em princípio, aberta sem condições restritivas. Eventual exigência de garantia bancária numa base casuística.

China* C Aberta sem condições restritivas.

M/L Garantia bancária.

Chipre C Aberta sem condições restritivas.

M/L Não definida.

Colômbia C Carta de crédito irrevogável.

M/L Caso a caso, numa base restritiva.

Coreia do Sul C Aberta sem condições restritivas.

M/L Não definida.

Costa do Marfim C Caso a caso, com eventual

exigência de garantia bancária ou de garantia soberana. Extensão de prazo constitutivo de sinistro para 12 meses.

M/L Exigência de garantia bancária ou de garantia soberana. Extensão do prazo constitutivo de sinistro de 3 para 12 meses.

Costa Rica C Aberta sem condições restritivas.

M/L Não definida.

CroáciaC Carta de crédito irrevogável ou

garantia bancária. Extensão do prazo constitutivo de sinistro para 12 meses. Redução da percen-tagem de cobertura para 90 por cento. Limite por operação.

M/L Garantia bancária ou garantia soberana. Extensão do prazo constitutivo de sinistro para 12 meses. Redução da percentagem de cobertura para 90 por cento. Limite por operação.

Cuba T Fora de cobertura.

Egipto C Carta de crédito irrevogável

M/L Caso a caso.

Emirados Árabes Unidos C Aberta sem condições restritivas.

M/L Garantia bancária (decisão casuística).

EslováquiaC Carta de crédito irrevogável

(decisão casuística).M/L Não definida.

Eslovénia C Aberta sem condições restritivas.

M/L Garantia bancária (decisão casuística).

Estónia C Aberta sem condições restritivas.

M/L Garantia bancária.

EtiópiaC Carta de crédito irrevogável.

M/L Caso a caso numa base muito restritiva.

Filipinas C Aberta sem condições restritivas.

M/L Não definida.

GanaC Caso a caso numa base muito

restritiva.

M/L Fora de cobertura.

GeórgiaC Caso a caso numa base restritiva,

privilegiando-se operações de pequeno montante.

M/L Caso a caso, numa base muito restritiva e com a exigência de contra garantias.

Guiné-Bissau T Fora de cobertura.

Guiné Equatorial C Caso a caso, numa base restritiva.

M/L Clientes públicos e soberanos: caso a caso, mediante análise das garantias oferecidas, desig-nadamente contrapartidas do petróleo. Clientes privados: caso a caso, numa base muito restri-tiva, condicionada a eventuais contrapartidas (garantia de banco comercial aceite pela COSEC ou contrapartidas do petróleo).

Hong-Kong C Aberta sem condições restritivas.

M/L Não definida.

Hungria C Aberta sem condições restritivas.

M/L Garantia bancária (decisão casuística).

Iémen C Caso a caso, numa base restritiva.

M/L Caso a caso, numa base muito restritiva.

Índia C Aberta sem condições restritivas.

M/L Garantia bancária.

Indonésia C Caso a caso, com eventual

exigência de carta de crédito irre-vogável ou garantia bancária.

M/L Caso a caso, com eventual exi-gência de garantia bancária ou garantia soberana.

Irão C Carta de crédito irrevogável ou

garantia bancária.

M/L Garantia soberana.

Iraque T Fora de cobertura.

Israel C Carta de crédito irrevogável

(decisão casuística).

M/L Caso a caso, numa base restritiva.

Jordânia C Caso a caso.

M/L Caso a caso, numa base restritiva.

Koweit C Aberta sem condições restritivas.

M/L Garantia bancária (decisão casuística).

Letónia C Carta de crédito irrevogável.

M/L Garantia bancária.

Líbano C Clientes públicos: caso a caso

numa base muito restritiva. Clientes privados: carta de crédito irrevogável ou garantia bancária.

M/L Clientes públicos: fora de cober-tura. Clientes privados: caso a caso numa base muito restritiva.

Líbia C Aberta, com eventual exigência

de carta de crédito irrevogável.M/L Aberta, com garantia bancária,

soberana ou outra considerada adequada.

Lituânia C Carta de crédito irrevogável.

M/L Garantia bancária.

Macau C Aberta sem condições restritivas.

M/L Não definida.

Malásia C Aberta sem condições restritivas.

M/L Não definida.

Malawi C Caso a caso, numa base restritiva.

M/L Clientes públicos: fora de co-bertura, excepto para operações de interesse nacional. Clientes privados: análise casuística, numa base muito restritiva.

Malta C Aberta sem condições restritivas.

M/L Não definida.

Marrocos* C Aberta sem condições restritivas.

M/L Garantia bancária ou garantia soberana.

Martinica C Aberta sem condições restritivas.

M/L Não definida.

México* C Aberta sem restrições.

M/L Em princípio aberta sem restrições. A eventual exigência de garantia bancária, para clientes privados, será decidida casuisticamente.

Moçambique C Caso a caso, numa base restritiva

(eventualmente com a exigência de carta de crédito irrevogável, garan-tia bancária emitida por um banco aceite pela COSEC e aumento do prazo constitutivo de sinistro).

Page 47: 2010.06 Portugalglobal 24

Portugalglobal // Junho 10 // 47

Políticas de cobertura para mercados de destino das exportações portuguesas

No âmbito de apólices globaisNa apólice individual está em causa a cobertura de uma única transação para um determinado mercado, enquanto a apólice global cobre todas as transações em todos os países para onde o empresário exporta os seus produtos ou serviços.

As apólices globais são aplicáveis às empresas que vendem bens de consumo e intermédio, cujas transações envolvem créditos de curto prazo (média 60-90 dias), não excedendo um ano, e que se repetem com alguma frequência.

Tendo em conta a dispersão do risco neste tipo de apólices, a política de cobertura é casuística e, em geral, mais flexível do que a indicada para as transações no âmbito das apólices individuais. Encontram-se também fora de cobertura Cuba, Guiné-Bissau, Iraque e S. Tomé e Príncipe.

COSEC Companhia de Seguro de Créditos, S. A.Direcção Internacional

Avenida da República, 581069-057 LisboaTel.: +351 217 913 832 Fax: +351 217 913 839

ANÁLISE DE RISCO - PAÍS

[email protected] www.cosec.pt

M/L Aumento do prazo constitutivo de sinistro. Sector privado: caso a caso numa base muito restritiva. Operações relativas a projectos geradores de divisas e/ou que admitam a afectação prioritária de receitas ao pagamento dos créditos garantidos, terão uma ponderação positiva na análise do risco; sector público: caso a caso numa base muito restritiva.

Montenegro C Caso a caso, numa base restritiva,

privilegiando-se operações de pequeno montante.

M/L Caso a caso, com exigência de ga-rantia soberana ou bancária, para operações de pequeno montante.

Nigéria C Caso a caso, numa base restritiva

(designadamente em termos de alargamento do prazo consti-tutivo de sinistro e exigência de garantia bancária).

M/L Caso a caso, numa base muito restritiva, condicionado a eventuais garantias (bancárias ou contraparti-das do petróleo) e ao alargamento do prazo contitutivo de sinistro.

Oman C Aberta sem condições restritivas.

M/L Garantia bancária (decisão ca-suística).

Panamá C Aberta sem condições restritivas.

M/L Não definida.

Paquistão Temporariamente fora de cobertura.

Paraguai C Carta de crédito irrevogável.

M/L Caso a caso, numa base restritiva.

Peru C Aberta sem condições restritivas.

M/L Clientes soberanos: aberta sem condições restritivas. Clientes públicos e privados: aberta, caso a caso, com eventual exigência de garantia soberana ou bancária.

Polónia* C Aberta sem condições restritivas.

M/L Garantia bancária (decisão casuística).

Qatar C Aberta sem condições restritivas.

M/L Garantia bancária (decisão casuística).

Quénia C Carta de crédito irrevogável.

M/L Caso a caso, numa base restritiva.

República Checa C Aberta sem condições restritivas.

M/L Garantia bancária (decisão ca-suística).

República Dominicana C Aberta caso a caso, com eventual

exigência de carta de crédito irrevo-gável ou garantia bancária emitida por um banco aceite pela COSEC.

M/L Aberta caso a caso com exigência de garantia soberana (emitida pela Secretaria de Finanzas ou pelo Ban-co Central) ou garantia bancária.

Roménia C Exigência de carta de crédito

irrevogável (decisão casuística).M/L Exigência de garantia bancária

ou garantia soberana (decisão casuística).

Rússia C Sector público: aberta sem restri-

ções. Sector privado: caso a caso.M/L Sector público: aberta sem restri-

ções, com eventual exigência de garantia bancária ou garantia sobe-rana. Sector privado: caso a caso.

S. Tomé e Príncipe T Fora de cobertura.

Senegal C Em princípio, exigência de

garantia bancária emitida por um banco aceite pela COSEC e eventual alargamento do prazo constitutivo de sinistro.

M/L Eventual alargamento do prazo constitutivo de sinistro. Sector público: caso a caso, com exigên-cia de garantia de pagamento e transferência emitida pela Autori-dade Monetária (BCEAO); sector privado: exigência de garantia bancária ou garantia emitida pela Autoridade Monetária (preferência a projectos que permitam a alocação prioritária dos cash-flows ao reembolso do crédito).

Sérvia C Caso a caso, numa base restritiva,

privilegiando-se operações de pequeno montante.

M/L Caso a caso, com exigência de garantia soberana ou bancária, para operações de pequeno montante.

Singapura C Aberta sem condições restritivas.

M/L Não definida.

Síria T Caso a caso, numa base muito

restritiva.

Suazilândia C Carta de crédito irrevogável.

M/L Garantia bancária ou garantia soberana.

Tailândia C Carta de crédito irrevogável

(decisão casuística).M/L Não definida.

Taiwan C Aberta sem condições restritivas.

M/L Não definida.

Tanzânia T Caso a caso, numa base muito

restritiva.

Tunísia* C Aberta sem condições restritivas.

M/L Garantia bancária.

Turquia C Carta de crédito irrevogável.

M/L Garantia bancária ou garantia soberana.

Ucrânia C Clientes públicos: eventual

exigência de garantia soberana. Clientes privados: eventual exigência de carta de crédito irrevogável.

M/L Clientes públicos: eventual exigência de garantia soberana. Clientes privados: eventual exi-gência de garantia bancária.

Para todas as operações, o prazo constitutivo de sinistro é definido caso a caso.

Uganda C Caso a caso, numa base muito

restritiva.M/L Fora de cobertura.

Uruguai C Carta de crédito irrevogável

(decisão casuística).M/L Não definida.

Venezuela C Clientes públicos: aberta caso

a caso com eventual exigência de garantia de transferência ou soberana. Clientes privados: aberta caso a caso com eventual exigência de carta de crédito irrevogável e/ou garantia de transferência.

M/L Aberta caso a caso com exigência de garantia soberana.

Zâmbia C Caso a caso, numa base muito

restritiva.M/L Fora de cobertura.

ZimbabweC Caso a caso, numa base muito

restritiva.M/L Fora de cobertura.

Advertência:

A lista e as políticas de cobertura são indicativas e podem ser alteradas sempre que se justifique. Os países que constam da lista são os mais representativos em termos de consultas e responsabilidades assumidas. Todas as operações são objecto de análise e decisão específicas.

Legenda:

C Curto Prazo

M/L Médio / Longo Prazo

T Todos os Prazos

* Mercado prioritário.

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// Junho 10 // Portugalglobal48

A Portugalglobal e a COSEC apresentam-lhe uma Tabela Clas-sificativa de Países com a graduação dos mercados em função do seu risco de crédito, ou seja, consoante a probabilidade de cumprimento das suas obrigações externas, a curto, a médio e a longo prazos. Existem sete grupos de risco (de 1 a 7), corres-

pondendo o grupo 1 à menor probabilidade de incumprimento e o grupo 7 à maior.As categorias de risco assim definidas são a base da avaliação do risco país, da definição das condições de cobertura e das taxas de prémio aplicáveis.

Tabela classificativa de paísesPara efeitos de Seguro de Crédito à exportação

Grupo 1* Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Grupo 6 Grupo 7

AlemanhaAndorraAustráliaÁustriaBélgicaCanadáCheca, Rep.ChipreCoreia do SulDinamarcaEslováquiaEslovéniaEspanhaEUAFinlândiaFrançaGréciaHolandaHong-KongIrlandaIslândiaItáliaJapãoLiechtensteinLuxemburgoMaltaMónacoNoruegaNova ZelândiaPortugalReino UnidoSão MarinoSingapuraSuéciaSuiçaTaiwanVaticano

Arábia SauditaBruneiChileChina •GibraltarKoweitMacauMalásiaOmanPolónia •QatarTrind. e Tobago

África do Sul •ArgéliaBahamasBarbadosBareinBotswanaBrasil •Costa RicaDep/ter Austr.b

Dep/ter Din.c

Dep/ter Esp.d

Dep/ter EUAe

Dep/ter Fra.f

Dep/ter N. Z.g

Dep/ter RUh

EAUa

Ilhas MarshallÍndiaIsraelMarrocos •MauríciasMéxico •MicronésiaNamíbiaPalauPanamáPeruTailândiaTunísia •

Aruba •BulgáriaColômbia Egipto El SalvadorEstónia FidjiFilipinasHungria •IndonésiaLituâniaRoméniaRússia TurquiaUruguai

Antilhas Holand. •AzerbeijãoCabo VerdeCazaquistãoCroáciaDominicana, Rep.GuatemalaJordâniaLesotoLetóniaMacedóniaPapua–Nova GuinéParaguaiS. Vic. e Gren.Santa LúciaVietname

AlbâniaAngolaAnt. e BarbudaArméniaBangladeshBelizeBeninButãoCamarõesCambojaComores DjiboutiDominicaGabãoGanaGeórgiaHondurasIrãoJamaicaKiribatiLíbiaMadagáscarMaliMoçambiqueMongóliaMontenegroNauruNigériaQuéniaSamoa Oc.SenegalSérvia SíriaSri LankaSuazilândiaTanzâniaTurquemenistãoTuvaluUgandaUzbequistãoVanuatuZâmbia

AfeganistãoArgentinaBielorussiaBolíviaBósnia e HerzegovinaBurkina FasoBurundiCampucheaCent. Af, Rep.ChadeCongoCongo, Rep. Dem.Coreia do NorteC. do MarfimCuba • EquadorEritreiaEtiópiaGâmbiaGrenadaGuianaGuiné EquatorialGuiné, Rep. daGuiné-Bissau • HaitiIemenIraque •LaosLíbanoLibériaMalawiMaldivasMauritâniaMoldávia MyanmarNepal NicaráguaNíger Paquistão

QuirguistãoRuandaS. Crist. e NevisS. Tomé e Príncipe •Salomão Seicheles Serra Leoa Somália Sudão Suriname TadzequistãoTogo Tonga UcrâniaVenezuelaZimbabué

Fonte: COSEC - Companhia de Seguro de Créditos, S.A.* País pertencente ao grupo 0 da classificação risco-país da OCDE. Não é aplicável o sistema de prémios mínimos, à excepção do Chipre, Hong-Kong e Taiwan.

• Mercado de diversificação de oportunidades • País com restrições orçamentais ou falta de vontade de pagar por parte do governo

• Fora de cobertura • Fora de cobertura, excepto operações de relevante interesse nacional

a) Abu Dhabi, Dubai, Fujairah, Ras Al Khaimah, Sharjah, Um Al Quaiwain e Ajma b) Ilhas Norfolk c) Ilhas Faroe e Gronelândiad) Ceuta e Melilha e) Samoa, Guam, Marianas, Ilhas Virgens e Porto Rico

f) Guiana Francesa, Guadalupe, Martinica, Reunião, S. Pedro e Miquelon, Polinésia Francesa, Mayotte, Nova Caledónia, Wallis e Futuna

g) Ilhas Cook e Tokelau, Ilhas Niveh) Anguilla, Bermudas, Ilhas Virgens, Cayman, Falkland, Pitcairn, Monserrat, Sta.

Helena, Ascensão, Tristão da Cunha, Turks e Caicos

NOTAS

COSECTABELA CLASSIFICATIVA DE PAÍSES

Page 50: 2010.06 Portugalglobal 24

ESTATÍSTICAS

// Junho 10 // Portugalglobal50

INVESTIMENTO DIRECTO DO EXTERIOR EM PORTUGAL 2007 2008 2009 Var.

09/082009

Jan./Mar.2010

Jan./Mar.Var. 10/09Jan./Mar.

IDE bruto 32.634 35.287 31.843 -9,8% 7.540 8.458 12,2%

IDE desinvestimento 30.396 32.103 29.776 -7,2% 6.650 7.395 11,2%

IDE líquido 2.238 3.185 2.067 -35,1% 891 1.063 19,3%

IDE Intra UE 29.672 31.690 28.250 -10,9% 6.638 6.364 -4,1%

IDE Extra UE 2.961 3.597 3.593 -0,1% 902 2.094 132,1%

Unidade: Milhões de euros

IDE Intra UE 90,9% 89,8% 88,7% – 88,0% 75,2% –

IDE Extra UE 9,1% 10,2% 11,3% – 12,0% 24,8% –

% Total IDE bruto

INVESTIMENTO DIRECTO COM O EXTERIOR

IDPE bruto - Destinos 2010 Jan./Mar. % Total Var. 10/09 IDPE bruto - Sector 2010 Jan./Mar. % Total Var. 10/09

Espanha 19,5% -18,7% Activ. Imobiliárias; Out. Serviços 55,1% -38,4%

Brasil 11,7% 45,7% Activ. Financeiras 20,5% 46,7%

PALOP 5,5% -59,5% Comércio 11,3% 60,4%

EUA 3,5% -17,1% Ind. Transformadora 5,6% -43,5%

Reino Unido 2,1% 21,7% Construção 4,1% -69,8%

>PRINCIPAIS DADOS DE INVESTIMENTO (IDE E IDPE) E EXPORTAÇÕES.

INVESTIMENTO e EXPORTAÇÕES

IDE bruto - Origens 2010 Jan. / Mar. % Total Var. 10/09 IDE bruto - Sector 2010 Jan. / Mar. % Total Var. 10/09

Brasil 18,8% 7777,0% Comércio 36,1% 0,6%

Alemanha 18,0% 49,1% Activ. Imobiliárias; Out. Serviços 32,8% 72,6%

França 16,3% 1,6% Ind. Transformadora 18,4% -10,5%

Espanha 14,0% 0,1% Actividades Financeiras 7,8% 73,7%

Reino Unido 12,0% -18,6% Transportes; Comunicações 2,4% -25,9%

2004 2005 2006 2007 2008 2009 Var. 09/08

Stock IDE 49.167 53.691 67.169 78.333 71.833 77.240 7,5%

Stock IDPE 32.260 35.573 40.990 45.944 45.273 46.679 3,1%

Unidade: Milhões de euros Fonte: Banco de Portugal

INVESTIMENTO DIRECTO DE PORTUGAL NO EXTERIOR 2007 2008 2009 Var.

09/082009

Jan./Mar.2010

Jan./Mar.Var. 10/09Jan./Mar.

IDPE bruto 14.835 11.376 7.961 -30,0% 1.785 1.294 -27,5%

IDPE desinvestimento 10.822 9.505 7.030 -26,0% 1.086 999 -8,0%

IDPE líquido 4.013 1.872 931 -50,2% 700 295 -57,8%

IDPE Intra UE 10.203 8.380 4.995 -40,4% 1.197 858 -28,3%

IDPE Extra UE 4.632 2.996 2.966 -1,0% 588 436 -25,9%

Unidade: Milhões de euros

IDPE Intra UE 68,8% 73,7% 62,7% – 67,0% 66,3% –

IDPE Extra UE 31,2% 26,3% 37,3% – 33,0% 33,7% –

% Total IDPE bruto

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ESTATÍSTICAS

Portugalglobal // Junho 10 // 51

EXPORTAÇÕES DE BENS E SERVIÇOS

COMÉRCIO INTERNACIONAL - BENS 2008 2009Var.

09/082009

Jan. / Mar.2010

Jan. / Mar.Var. 10/09Jan. / Mar.

Var. 10/09 Jan. / Abr.E

Exportações bens 38.950 31.648 -18,7% 7.544 8.615 14,2% 15,2%

Exportações bens UE27 29.007 23.874 -17,8% 5.759 6.514 13,1% 14,0%

Exportações bens Extra UE27 9.943 7.814 -21,4% 1.785 2.101 17,7% 19,0%

Unidade: Milhões de euros E - Estimativa

Exportações bens UE27 74,5% 75,3% – 76,3% 75,6% – –

Exportações bens Extra UE27 25,5% 24,7% – 23,7% 24,4% – –

Unidade: % do total

Exp. Bens - Clientes 2010 Jan. / Mar. % Total Var. 10/09 Exp. Bens - Var. Valor (10/09) Meur Cont. p. p.

Espanha 27,3% 16,4% Espanha 332 4,4

Alemanha 12,8% 6,6% EUA 134 1,8

França 12,4% 8,6% Reino Unido 85 1,1

Reino Unido 5,6% 21,4% França 84 1,1

Angola 5,2% -21,7% Holanda 76 1,0

EUA 4,1% 60,1% Angola -124 -1,6

Itália 4,0% 12,2% Singapura -43 -0,6

Exp. Bens - Produtos 2010 Jan. / Mar. % Total Var. 10/09 Exp. Bens - Var. Valor (10/09) Meur Cont. p. p.

Máquinas; Aparelhos 15,5% 5,4% Combustíveis Minerais 439 5,8

Veículos, Out. Mat. Transporte 12,2% 16,9% Veículos, Out. Mat. Transporte 151 2,0

Combustíveis Minerais 7,9% 182,5% Plásticos, Borracha 136 1,8

Metais Comuns 7,8% 14,0% Vestuário -23 -0,3

Vestuário 6,7% -3,8% Calçado -25 -0,3

COMÉRCIO INTERNACIONAL - SERVIÇOS 2007 2008 2009 Var. 09/08

2009 Jan./Mar.

2010 Jan./Mar.

Var. 10/09Jan./Mar.

Exportações totais de serviços 16.961 17.865 16.294 -8,8% 3.445 3.493 1,4%

Exportações serviços UE27 12.939 13.324 11.995 -10,0% 2.469 2.460 -0,4%

Exportações serviços extra UE27 4.022 4.541 4.299 -5,3% 975 1.033 5,9%

Unidade: Milhões de euros

Exportações serviços UE27 76,3% 74,6% 73.6% – 71,7% 70,4% –

Exportações serviços extra UE27 23,7% 25,4% 26,4% – 28,3% 29,6% –

Unidade: % do totalFonte: Banco de Portugal

PREVISÕES 2010 : 2011 (tvh real %) 2009 2010 1T FMI CE OCDE MFAP BdP

INE INE Abr. 10 Mai. 10 Mai. 10 Mar. 10 Mar. 10

PIB -2,6 1,8 0,3 : 0,7 0,5 : 0,7 1,0 : 0,8 0,7 : 0,9 0,4 : 0,8

Exportações Bens e Serviços -11,8 8,5 1,3 : 3,2 3,8 : 4,4 5,3 : 5,3 3,5 : 4,1 3,6 : 3,7

Exp. Bens- Extra UE 10 (Jan./Abr.) % Total Var. 10/09 Exp. Bens - Var. Valor (10/09) Meur Cont. p. p.

Angola 20,6% -23,5% EUA 154 6,5

EUA 15,8% 52,6% Gibraltar 77 3,3

Brasil 4,6% 104,2% Brasil 66 2,8

Suiça 3,9% 10,7% Singapura -40 -1,7

México 3,2% 134,8% Angola -178 -7,5

Meur - Milhões de euros Cont. - Contributo para o crescimento das exportações p.p. - Pontos percentuaisFonte: INE

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// Junho 10 // Portugalglobal52

FEIRAS e EVENTOS

DIRECTÓRIO VERDE NA HEIMTEXTIL 2011

“Existem numerosos expositores que oferecem artigos a partir de materiais amigos ou que observam os standards internacionais com particular atenção à produção e responsabilidade social”, explica o vice-presidente das feiras têx-teis da Messe Frankfurt. “A sustenta-bilidade é importante para as nossas feiras têxteis e um aspecto que ainda queremos destacar mais no futuro”. E, a partir de 2011, isto aplica-se em particular à Heimtextil, Feira Interna-cional de Têxteis para Lar e Hotelaria. Para além disso, artigos sustentáveis e fabricantes que utilizam métodos eco-lógicos serão assinalados com etique-tas e serão incluídos no guia – o Direc-tório Verde – para que os compradores possam encontrá-los rapidamente. Este sistema já está implementado noutras feiras têxteis organizadas pela Messe Frankfurt como, por exemplo, na Tex-word de Paris, e constitui uma ajuda valiosa para visitantes e compradores que procuram têxteis sustentáveis.

Os têxteis-lar sustentáveis distinguem-se dos produtos convencionais pela sua elevada qualidade ecológica e são confeccionados em boas condições de trabalho. Comparando com a gene-ralidade do mercado dos têxteis-lar, o segmento de têxteis sustentáveis está a desenvolver-se a um ritmo acima da média. Estima-se que nos produtos para cama e banho já esteja avaliado entre 50 a 80 milhões de euros na Ale-manha e em cerca de 400 milhões na Europa e América do Norte. Este é o re-sultado de um estudo sobre o mercado de têxteis sustentáveis, levado a cabo pela Messe Frankfurt já este ano. Ainda segundo esse estudo, um crescimento anual de cerca de 10 por cento pode ser esperado nos produtos para cama e banho. Para além disso, nas previsões mais conservadoras, o mercado na Ale-manha valerá entre 50 a 130 milhões euros em 2015.

Neste contexto, a Europa é a força im-pulsionadora no mercado de têxteis para lar sustentáveis, com a Alemanha, a França e os países do Benelux na pri-

meira linha. A seguir estão os países da Escandinávia e o Reino Unido. Fora da Europa, a Austrália e o Canadá são também importantes mercados em crescimento. De notar que é a faixa de clientes da gama média e alta a im-pulsionar o crescimento dos produtos sustentáveis.

Desde 2007, a sustentabilidade tem vindo a ocupar um lugar crescentemen-te importante na agenda do universo das feiras da marca Messe Frankfurt.

Local: Frankfurt (Alemanha)Data: 12 a 15 de Janeiro de 2011Organização: Messe [email protected]

www.heintextil.messefrankfurt.com

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FEIRAS e EVENTOS

Portugalglobal // Junho 10 // 53

FEIRAS INTERNACIONAIS

INTERNATIONAL WINE & SPIRITS FAIRFeira Internacional do Vinho e Bebidas Espirituosas

Local: Hong Kong (China)Data: 4 a 6 de Novembro de 2010Organização: HKTDC – Hong Kong Trade Development [email protected]

DÉCORATION ET ARTISANAT D`ARTSalão de Decoração

Local: Bordéus (França)Data: 5 a 14 de Novembro de 2010Organização: Congres et Expositions de Bordé[email protected]

HOSTELCOFeira Internacional do Equipamento para Restauração, Hotelaria e Colectividades - Bienal

Local: Barcelona (Espanha)Data: 5 a 9 de Novembro de 2010Organização: Fira de [email protected]

MARJOLAINESalão de Agricultura Biológica, Turismo Verde e Produtos Naturais – Anual

Local: Paris (França)Data: 6 a 14 de Novembro de 2010Organização: [email protected]

ELECTRÓNICASalão Internacional de Componentes e Módulos de Electrónica – Bienal

Local: Munique (Alemanha)Data: 9 a 12 de Novembro de 2010Organização: Messe Munchen [email protected]

INTERLIGHTFeira Internacional de Iluminação e Tecnologias de Iluminação – Anual

Local: Moscovo (Rússia)Data: 9 a 12 de Novembro de 2010Organização: OWP – Ost-West-Partner [email protected]

INDAGRA FOODFeira Internacional de Produtos Alimentares e Equipamento para a Indústria Alimentar

Local: Bucareste (Roménia)Data: 10 a 14 de Novembro de 2010Organização: Romexpo [email protected]

FHC CHINAFeira Internacional de Alimentação e Bebidas

Local: Xangai (Chiona)Data: 9 a 11 de Novembro de 2010Organização: China International Exhibitions [email protected]

HOTEL/MOTEL/RESTAURANTFeira Internacional de Equipamentos e Acessórios para Hotéis e Restaurantes – Anual

Local: Nova Iorque (EUA)Data: 13 a 16 de Novembro de 2010Organização: George Little Management, LLCwww.ihmrs.com

BTSFeira de Calçado, Peles e Marroquinaria

Local: Poznan (Polónia)Data: 16 a 18 de Novembro de 2010Organização: Poznan International Fair [email protected]

GOURMET FOOD AND WINE EXPOFeira Alimentar e de Vinho

Local: Toronto (Canadá)Data: 18 a 21 de Novembro de 2010Organização: Town Media [email protected]

MEBELFeira Internacional da Indústria de Mobiliário

Local: Moscovo (Rússia)Data: 22 a 26 de Novembro de 2010Organização: ZAO [email protected]

FEIRAS EM PORTUGAL

EMAFExposição Internacional de Máquinas-Ferramentas e Acessórios – Bienal

Local: Exponor – MatosinhosData: 10 a 13 de Novembro de 2010Organização: Associação de Parques e Exposições do Norte – [email protected]

ENOVITSalão Profissional de Técnicas e Equipamentos para Viticultura e Enologia

Local: LisboaData: 11 a 13 de Novembro de 2010Organização: IFE [email protected]

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// Junho 10 // Portugalglobal54

REDE EXTERNA DA AICEP

Centro de Negócios

Escritórios

Representações

ÁFRICA DO SUL / Joanesburgo

CHINA, REPÚBLICA POPULAR DA / Pequim

COREIA DO SUL / Seul

DINAMARCA / Copenhaga

EMIRADOS ÁRABES UNIDOS / Dubai

S. Francisco

Toronto

Cidade do México

Nova Iorque

Copenhaga

Berlim

Haia

Bruxelas

Dublin

Londres

Paris

Milão

Vigo

Barcelona

Praia

Rabat

São Paulo

Santiago do ChileBuenos Aires

Argel

54

Madrid

Mérida

BRASIL / São Paulo

BÉLGICA / Bruxelas

ÁUSTRIA / Viena

ARGENTINA / Buenos Aires

ARGÉLIA / Argel

ANGOLA / Luanda

ALEMANHA / Berlim

CABO VERDE / Praia

CANADÁ / Toronto

CHILE / Santiago do Chile

CHINA, REPÚBLICA POPULAR DA / Xangai

Caracas

Page 55: 2010.06 Portugalglobal 24

Portugalglobal // Junho 10 // 55

ESPANHA / Madrid

ESPANHA / Barcelona

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

/ Nova Iorque

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

/ S. Francisco

FINLÂNDIA / Helsínquia

FRANÇA / Paris

HOLANDA / Haia

HUNGRIA / Budapeste

ÍNDIA, REPÚBLICA DA / Nova Deli

IRLANDA / Dublin

ITÁLIA / Milão

JAPÃO / Tóquio

MACAU / Macau

MARROCOS / Rabat

MÉXICO / Cidade do México

MOÇAMBIQUE / Maputo

NORUEGA / Oslo

POLÓNIA / Varsóvia

REINO UNIDO / Londres

REPÚBLICA CHECA / Praga

ROMÉNIA / Bucareste

RÚSSIA / Moscovo

SINGAPURA / Singapura

SUÉCIA / Estocolmo

SUÍÇA / Zurique

TUNÍSIA / Tunes

TURQUIA / Ancara

Luanda

Maputo

Joanesburgo

Tunes

Oslo Helsínquia

Estocolmo

Zurique Moscovo

Varsóvia

Praga

Budapeste

Viena

Bucareste

Ancara

Dubai

Pequim

Nova DeliXangai

SeulTóquio

Macau

Singapura

55

ESPANHA / Mérida

ESPANHA / Vigo

Atenas

GRÉCIA/ Atenas

VENEZUELA / Caracas

Tripoli

LÍBIA / Tripoli

Istambul

TURQUIA / Istambul

Kuala Lumpur

MALÁSIA/ Kuala Lumpur

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// Junho 10 // Portugalglobal56

Este é um livro que responde antes de mais à pergunta – o que são as agências de rating? – e a (quase) todas as respos-tas que dela dependem: porque é que todo o edifício do sistema financeiro mundial está alicerçado em ratings; por-que é que as maiores agências são alvo de processos judiciais nos EUA; porque é que há quem defenda que o uso do credit default swaps deveria ser forte-mente restringido; ou, ainda, porque é que a Grécia foi forçada a assinar um acordo com o FMI e Portugal pode ser o alvo seguinte dos especuladores…A obra, de Eduardo Ferreira, licencia-do em Gestão e Administração Pública

Autores: Eduardo Ferreira

Editor: Centro Atlântico

Ano: 2010

BOOKMARKS

Comunicar, a chave do sucesso, bem poderia ser o título ou o subtítulo desta obra de Leil Lowndes, especialista em co-municação de reputação mundial e res-ponsável pelo coaching de executivos de topo. Ela escreve este livro combinando a sua experiência e a investigação mais re-cente, pondo ao alcance do leitor regras simples, mas eficazes, que lhe asseguram o sucesso como comunicador:• Transmitir sempre uma imagem de

confiança, credibilidade e carisma;• Utilizar a linguagem corporal para ca-

tivar todos os públicos;• Parecer “da casa” aonde quer que

vá, por pouco que tenha em comum com quem encontre pela frente.

Estas regras simples, sob a forma de re-sumo, demonstram que o segredo da comunicação bem sucedida reside na forma generosa e eficaz como se lida com os outros seres humanos e recorda que ninguém chega ao topo sozinho. As pessoas que parecem “ter tudo”, enfatiza a autora, conquistaram os corações e as mentes de centenas de outras pessoas que as ajudaram a atin-gir, degrau a degrau, o topo da escada

RATINGS50 PERGUNTAS E RESPOSTAS

que decidiram subir, qualquer que ela fosse. Determinada a encontrar as res-postas para tão importantes questões, deu-se ao trabalho de investigar todas as obras escritas sobre competências de comunicação, carisma e “química” entre pessoas.Verificou que a maioria dos estudo não mais fazia senão confirmar o clássico de 1936 de Dale Carnegie – Como Fazer Amigos e Influenciar os Outros. “Na sua sabedoria”, diz Leil Lowndes, “esta obra postulava que o sucesso re-side em sorrir, mostrar interesse pelos outros e fazê-los sentir-se bem consigo próprios”. Isto é tão verdade hoje em dia como há sessenta anos. Mas este caminho, sublinha, não sendo à parti-da necessariamente fácil e inequívoco, está contido nos “porquês” e nos “co-mos” das suas 92 propostas que con-duzem ao sucesso comunicacional.

Autor: Leil Lowndes

Editor: Sinais de Fogo

Ano: 2010

COMO CHEGAR A TODA A GENTE92 TRUQUES PARA SE FAZER OUVIR

(pelo Instituto Superior de Ciências So-

ciais e Políticas da Universidade Técnica

de Lisboa) e com um MBA da Escola

de Gestão do Porto (Universidade do

Porto) e que já foi jornalista no jornal

televisivo RTP-Financial Times, procura

responder, de modo simples e claro,

mas simultaneamente rigoroso, a estas

e a muitas outras perguntas.