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UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU
CENTRO DE CINCIAS EXATAS E NATURAIS
CURSO DE CINCIAS DA COMPUTAO(Bacharelado)
PROTTIPO DE UM RECONHECIMENTO FONTICOAPLICADO AO BANCO DE DADOS ORACLE
TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO SUBMETIDO UNIVERSIDADEREGIONAL DE BLUMENAU PARA A OBTENO DOS CRDITOS NA
DISCIPLINA COM NOME EQUIVALENTE NO CURSO DE CINCIAS DACOMPUTAO BACHARELADO
FABIANO JOS ROSSETTO
BLUMENAU, JULHO/2000
2000/1-18
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PROTTIPO DE UM RECONHECIMENTO FONTICOAPLICADO AO BANCO DE DADOS ORACLE
FABIANO JOS ROSSETTO
ESTE TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO, FOI JULGADO ADEQUADOPARA OBTENO DOS CRDITOS NA DISCIPLINA DE TRABALHO DE
CONCLUSO DE CURSO OBRIGATRIA PARA OBTENO DO TTULO DE:
BACHAREL EM CINCIAS DA COMPUTAO
Prof. Marcel Hugo Orientador na FURB
Prof. Jos Roque Voltolini da Silva Coordenador do TCC
BANCA EXAMINADORA
Prof. Marcel Hugo
Prof. Roberto Hentzle
Prof. Wilson Pedro Carli
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DEDICATRIA
Dedico este trabalho a Deus, toda minha famlia e meus amigos pelo amor, amizadededicados a minha pessoa e pelo incentivo e apoio de todos na elaborao deste trabalho.
Agradeo a Deus,
por me capacitar,
ao longo da academia.
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AGRADECIMENTOS
Especialmente a Deus, por ter me dado e me mantido vivo para que chegasse at esteponto me mantendo inspirado e confiante na elaborao de todo projeto.
Agradeo tambm a minha famlia, por estarem sempre presente mesmo nos
momentos mais difceis que passei, tanto neste trabalho como durante todo o perodo
acadmico.
A meus amigos e todos as pessoas que me apoiaram e me ajudaram para que este
trabalho, seja com conselhos, crticas construtivas e sugestes.
A meu orientador Marcel Hugo, pela superviso, crticas, companheirismo e pacincia
que teve para comigo no decorrer deste trabalho.
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SUMRIO
LISTA DE FIGURAS ..............................................................................................................XI
LISTA DE TABELA.............................................................................................................. XII
RESUMO ..............................................................................................................................XIII
ABSTRACT ..........................................................................................................................XIV
1 INTRODUO..................................................................................................................1
1.1 OBJETIVOS.......................................................................................................................2
1.2 ESTRUTURA.....................................................................................................................2
2 BANCO DE DADOS ORACLE........................................................................................4
2.1 INTRODUO..................................................................................................................4
2.2 SISTEMA GERENCIADOR DE BANCO DE DADOS...................................................5
2.3 OBJETIVOS DE UM BANCO DE DADOS.....................................................................6
2.4 CARACTERSTICAS DE UM BANCO DE DADOS......................................................7
2.5 ESTRUTURAS DO BANCO DE DADOS ORACLE ......................................................7
2.5.1 ESTRUTURAS FSICAS ..............................................................................................7
2.5.1.1 ARQUIVOS DE DADOS ..........................................................................................8
2.5.1.2 ARQUIVOS DE LOG................................................................................................8
2.5.1.3 ARQUIVOS DE CONTROLE...................................................................................8
2.5.2 ESTRUTURAS LGICAS............................................................................................8
2.6 LINGUAGENS DE PROGRAMAO DE BANCO DE DADOS .................................9
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2.6.1 LINGUAGENS PROCEDURAIS..................................................................................9
2.6.2 LINGUAGENS DE CONSULTA ESTRUTURADA (SQL) ......................................10
2.6.3 OUTRAS LINGUAGENS ...........................................................................................10
2.7 O PROCESSAMENTO DOS COMANDOS SQL ..........................................................11
2.8 OTIMIZADOR DO ORACLE.........................................................................................12
3 FONEMAS.......................................................................................................................13
3.1 INTRODUO................................................................................................................13
3.2 MORFEMAS....................................................................................................................14
3.3 MORFEMAS QUANTO AO SIGNIFICADO ................................................................14
3.4 MORFEMAS QUANTO A FORMA...............................................................................15
3.4.1 LIVRES ........................................................................................................................15
3.4.2 PRESOS .......................................................................................................................16
3.4.3 DEPENDENTES..........................................................................................................16
3.5 O PROCESSO MORFOLGICO....................................................................................16
3.5.1 RAZES ........................................................................................................................16
3.5.2 AFIXOS........................................................................................................................17
3.6 GERAO DA PALAVRA ............................................................................................18
3.7 ABORDAGENS FONTICAS........................................................................................18
3.8 CLASSIFICAO DOS FONEMAS EM PORTUGUS..............................................19
3.8.1 FONEMAS VOCLICOS ...........................................................................................20
3.8.2 FONEMAS CONSONANTAIS...................................................................................21
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3.9 ALFABETO FONTICO ................................................................................................23
3.10 FONEMA E TRAOS DISTINTOS ...........................................................................24
3.11 A SLABA....................................................................................................................26
3.12 O ACENTO..................................................................................................................26
3.13 PESQUISA FONTICA ..............................................................................................27
3.13.1 TRADUO FONTICA ...........................................................................................28
3.13.2 SEPARAO SILBICA...........................................................................................28
3.13.3 SEGMENTAO DA PALAVRA .............................................................................29
3.14 ESTRUTURA GERAL DOS SEGMENTOS ..............................................................29
3.14.1 SEGMENTO DO TIPO I .............................................................................................30
3.14.2 SEGMENTO DO TIPO II ............................................................................................30
3.14.3 SEGMENTO DO TIPO III...........................................................................................30
3.14.4 SEGMENTO DO TIPO IV...........................................................................................31
3.14.5 SEGMENTO DO TIPO V............................................................................................31
3.15 GERAO DO CDIGO FONTICO.......................................................................32
3.16 ROTINA DE ACESSO ................................................................................................34
4 WEB SERVER.................................................................................................................35
4.1 INTRODUO................................................................................................................35
4.2 ARQUITETURA DO WEBSERVER..............................................................................36
4.2.1 LISTENER DA WEB...................................................................................................37
4.2.2 COMMON GATEWAY INTERFACE .......................................................................37
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4.2.3 INTERFACE WEB REQUEST BROKER..................................................................37
4.2.4 DESPACHANTE WRB ...............................................................................................38
4.2.5 AGENTE PL/SQL........................................................................................................38
4.3 DESCRITOR DA LIGAO BASE DE DADOS......................................................39
4.4 CGI E WRB......................................................................................................................40
4.5 LOCALIZAO DOS OBJETOS DO BANCO DE DADOS........................................41
4.6 SEGURANA DO WEB SERVER.................................................................................43
5 METODOLOGIA.............................................................................................................45
5.1 FASES DA METODOLOGIA.........................................................................................45
5.1.1 ESTRATGIA .............................................................................................................45
5.1.2 ANLISE.....................................................................................................................46
5.1.3 IMPLEMENTAO ...................................................................................................46
5.2 A LINGUAGEM UTILIZADA .......................................................................................46
5.2.1 MODELO CLIENTE-SERVIDOR..............................................................................47
5.2.2 FUNCIONALIDADE DO PL/SQL .............................................................................47
5.2.2.1 ESTRUTURA DE BLOCOS ...................................................................................48
5.2.2.2 TRATAMENTO DE ERROS ..................................................................................48
5.2.2.3 CURSORES .............................................................................................................49
5.3 PL/SQL DINMICO .......................................................................................................49
5.3.1 SQL DINMICO X SQL ESTTICO .....................................................................49
6 PROTTIPO DO RECONHECEDOR FONTICO .......................................................53
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6.1 BASE DE DADOS...........................................................................................................53
6.2 ANLISE DO PROTTIPO ...........................................................................................53
6.3 ESPECIFICAO DA ROTINA FONTICA EM FLUXOGRAMA ...........................54
6.3.1 DOCUMENTAO DO FLUXOGRAMA................................................................57
6.4 ESPECIFICAO DA ROTINA FONTICA EM CONOTAO BNF......................57
6.5 FUNCIONAMENTO DO PROTTIPO .........................................................................59
6.5.1 VANTAGENS DO DESENVOLVIMENTO MODULARIZADO.............................59
6.5.2 DESVANTAGENS DO DESENVOLVIMENTO MODULARIZADO.....................59
6.6 TELAS DO PROTTIPO................................................................................................60
6.6.1 TELA DE ABERTURA...............................................................................................60
6.6.2 TELA DE MODIFICAO DA TABELA.................................................................61
6.6.3 TELA DE GERAO DO CDIGO FONTICO .....................................................62
6.6.4 TELA DE CONSULTA ...............................................................................................63
6.7 TESTES EXECUTADOS COM O PROTTIPO ...........................................................64
7 CONSIDERAES FINAIS ...........................................................................................67
7.1 CONCLUSES................................................................................................................67
7.2 LIMITAES DO PROTTIPO ....................................................................................68
7.3 DIFICULDADES ENCONTRADAS ..............................................................................68
7.4 SUGESTES ...................................................................................................................68
ANEXO 01 ...............................................................................................................................69
ANEXO 02 ...............................................................................................................................71
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ANEXO 03 ...............................................................................................................................73
ANEXO 04 ...............................................................................................................................77
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS .....................................................................................84
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LISTA DE FIGURAS
Figura 01: Rotina de Acesso.........................................................................Figura 02: Arquitetura WEBSERVER.................................................................
Figura 03: Interface Web Request Broker ..............................................................
Figura 04: Acesso a base atravs do DNS ..............................................................
Figura 05: Distribuio dos objetos do Oracle WebServer..................................................
Figura 06: Estgios de desenvolvimento do prottipo .....................................................
Figura 07: Fluxograma do funcionamento do pacote DBMS_SQL .........................................5
Figura 08: Diagrama da rotina fontica ................................................................Figura 09: Diagrama da rotina fontica ................................................................
Figura 10: Diagrama da rotina fontica ................................................................
Figura 11 : Tela de Abertura.........................................................................
Figura 12: Tela de modificao da tabela...............................................................
Figura 13: Tela de gerao do cdigo fontico...........................................................
Figura 14: Tela de consulta..........................................................................
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LISTA DE TABELA
TABELA 01: DEMOSTRAO DOS ALOMORFES .................................................... ..................TABELA 02: DIFERENTES CONCEITOS SOBRE MORFEMAS .................................................... ........
TABELA 03: ORIGEM DA PALAVRA ..................................................... ............................
TABELA 04: CLASSIFICAO DOS FONEMAS (VOGAIS) ....................................................... ........
TABELA 05: CLASSIFICAO DAS CONSOANTES .................................................. ..................
TABELA 06: CLASSIFICAO DOS FONEMAS (CONSOANTES)..........................................................
TABELA 07: ALFABETO FONTICO..................................................................................
TABELA 08: EXEMPLO DE RESPOSTA ................................................... ............................
TABELA 09: TRADUO FONTICA.................................................................................
TABELA 10: EXEMPLO DE SEGMENTO (TIPO III) ................................................... ..................
TABELA 11: EXEMPLO DE SEGMENTO (TIPO IV) ................................................... ..................
TABELA 12 : CDIGO FONTICO DAS VOGAIS ..................................................... ..................
TABELA 13 : MODO DE ARTICULAO DOS FONEMAS................................................................
TABELA 14: DEMONSTRAO DO DESCRITOR DE DADOS.............................................................
TABELA 15: COMPARAO ENTRE SQL DINMICO E SQL ESTTICO.................................................
TABELA 16: FORMATO DOS DADOS RETIRADOS DA BASE .................................................... ........
TABELA 17: RESULTADO DOS TESTES DA APLICAO ....................................................... ........
TABELA 18: EXEMPLO DAS PALAVRAS RETORNADAS................................................................
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RESUMO
Este trabalho propem-se a elaborar um prottipo que interligado internet possa
acessar uma base de dados ORACLE e acessar os registros de uma tabela atravs da pesquisa
fontica. O objetivo deste diminuir a quantidade de registros que esto perdidos ou no so
mais encontrados em grandes bases de dados, principalmente quando estes registros s so
acessados atravs de chaves alfanumricos. Para a implementao do prottipo utilizou-se o
OracleWeb Servere PL/SQL para acessar e gerar as pginas HTML dinamicamente.
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ABSTRACT
This work aims to create a prototype to access a Oracle Database and the table records
over the internet using fonetic search. In addition the objective is to decrease the quantity of
the lost records or records not found in a large database, hainly those that the access key is
composed by names. To develop the prototype it is going to be use the Oracle Web Server
tool and PL/SQL language to access and generate the HTML pages dinamically.
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1
1 INTRODUO
Com a revoluo da informtica as organizaes esto cada vez mais dependentes dos
computadores que so vastamente utilizados para gerar informaes e guard-las em banco dedados para serem utilizadas posteriormente em beneficio da prpria organizao. O problema
que uma parte destas informaes nunca mais so utilizadas por serem s vezes redundantes,
ou por se perderem por problemas de falha humana na absoro dos dados e no ser mais
possvel encontr-las em uma grande base de informaes. Segundo[ALP1999], este
problema afeta principalmente organizaes que utilizam nomes como principal chave de
acesso ou s vezes como nica forma disponvel de acesso para encontrar dados, como nos
exemplos a seguir:
a)Auxlio a Lista - nas Companhias Telefnicas;
b)Pesquisa de Antecedentes Criminais - na Polcia;
c)Pesquisa de Maus Pagadores - no Servio de Proteo ao Crdito;
d)Emisso de Certides Negativas - nos Cartrios.
Quando a manipulao de dados feita de forma manual o problema menor pois
usa-se arquivos organizados em ordem alfabtica sendo bastante comum em reparties
pblicas, comrcio, escolas, cartrios, etc. Tais arquivos, compostos por fichas, somanipulados por seres humanos que tm a capacidade de anlise como uma de suas
caractersticas, associada flexibilidade de pensamento e toda uma bagagem cultural herdada
e ampliada atravs de geraes.
Na sociedade informatizada, porm, as informaes esto armazenadas em meios
magnticos e sua recuperao fica sujeita ao rigor das comparaes lgicas dos computadores
digitais que, embora dispondo de sofisticados circuitos eletrnicos, s possuem a pobre
cultura binria dos bits, sem nenhuma capacidade inerente de anlise[ALP1999].
Por estes e outros fatores, seria interessante obter o conhecimento e o domnio da
tcnica de reconhecimento de palavras atravs de fonemas, permitindo que dados relevantes a
grandes empresas fossem rapidamente resgatados ou encontrados para serem corretamente
utilizados, trazendo com isto benefcios s organizaes e tambm aos usurios.
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2
Atualmente existe uma tendncia de mercado em se dizer que qualquer problema ser
resolvido caso a empresa adquira um Banco de Dados. Naturalmente, em um ambiente com
acesso constante aos dados (acesso concorrente), onde a segurana seja de vital importncia e
o desempenho da aplicao critico empresa, sem dvida a aquisio de um Banco de Dados
poder ser o primeiro passo na soluo do problema.
Na empresa Souza Cruz, existem casos onde existem dificuldades em encontrar
registros que no possam ser acessados atravs de cdigo, este problema vem sendo
contornado com a criao de listas de valores, porm no a soluo ideal. Este um
agravante que estimula a existncia de um reconhecedor fontico que consiga contribuir para
a diminuio deste problema. Com este prottipo, conseguir-se- acessar dados na base de
dados atravs do nome. Estas consultas tornaro os sistemas muito mais eficazes e
economizaro tempo, eliminando cadastros duplicados e ou no encontrados.
A empresa TEClgica Sistemas em Informtica contribuir para definio, construo
e testes. O prottipo estar na mesma para demonstrao futuros sistemas que possam
utilizar desta nova tecnologia.
Para especificao do projeto fsico e projeto lgico do prottipo ser utilizada a
ferramenta CASE Designer 2000, e para o desenvolvimento do prottipo linguagem
estruturada PL/SQL, juntamente com tcnicas de reconhecimento de padres.
1.1 OBJETIVOS
Este trabalho tem por objetivo principal desenvolver um prottipo cuja funo
buscar na base de dados nomes, endereos, ou qualquer dado desta natureza pelo mtodo
fontico. Este mtodo tem por principais metas :a) reduzir a redundncia de cadastros;
b)diminuir o custo de recadastramento e com isto duplo controle;
c)aumentar o retorno de dados em consultas para encontrar registros duplicados e ou
encontrar registros ainda cadastrados da maneira errada.
1.2 ESTRUTURA
O trabalho est dividido nos captulos seguintes:
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3
O captulo 1 apresenta a introduo do trabalho, sendo dividida em: justificativa,
objetivos do trabalho e estrutura que o mesmo possui.
No captulo 2 descreve-se todos os conceitos e identificaes de banco de dadosOracle que ser utilizado para buscar os dados.
O captulo 3 trata do assunto relacionada a lingstica, fonemas, fonetizao, no
mbito da computao identificando suas caractersticas bem como seu funcionamento.
No captulo 4 so mostrados os conceitos, protocolo e arquitetura do WEB SERVER
que a Oracle utiliza como servidor de Web para fazer o acesso a base de dados.
J no captulo 5 so contextualizados alguns conceitos da metodologia de anlise
estruturada de sistemas e da ferramenta CASE utilizada, e a linguagem PL/SQL que foi
escolhida para o desenvolvimento do prottipo.
No captulo 6 fala sobre o prottipo, modo de funcionamento maneira de utilizao do
mesmo.
No captulo 7 conclui-se o trabalho realizado identificando as dificuldades encontradas
durante a realizao do mesmo e sugere sugestes para o melhoramento e aperfeioamento
do trabalho.
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2 BANCO DE DADOS ORACLE
2.1 INTRODUO
O termo banco de dados um nome da computao que designa uma coleo de
informaes. Esta coleo deve ser organizada para poder servir a uma finalidade especfica
[MOR1995]. Ou como [AUL1995], um banco de dados um acervo de informaes
armazenadas segundo certos critrios de organizao.
J para [CER1995], banco de dados relacional uma coleo de dados organizados e
integrados armazenados em forma de tabelas interligadas por meio de chaves primrias e
estrangeiras. Estas constituem uma representao natural dos dados, sem imposio derestrio ou modificaes. Pode ser utilizada por todas as aplicaes relevantes sem
duplicao de dados, e sem a necessidade de serem definidos em programas.
Segundo [AUL1995], o ORACLE um SGBDR - Sistema de Gerenciamento de
Banco de Dados Relacional ou RDBMS - Relational DataBase Management System, que
possibilita o armazenamento de dados em tabelas (relaes). Estas relaes so representaes
bidimensionais (linhas X colunas) dos dados, onde as linhas representam os registros e as
colunas (atributos) so as partes de informao contidas no registro.
O ORACLE fornece um grande conjunto de ferramentas que permitem projetar e
manter o banco de dados, com as quais os usurios podem acessar a base de dados. As
principais ferramentas do ORACLE so o ORACLE Forms, ORACLE Report, ORACLE
Graphics, SQL, SQL*Plus, SQL*DBA e ORACLE Web SERVER entre outras.
O ORACLE mais que apenas um conjunto de programas que facilitam o acesso aos
dados, podendo ser comparado a um sistema operacional sobreposto ao sistema operacional
de computador onde reside. Possui suas prprias estruturas de arquivo, de buffer, reas
globais e uma capacidade de se ajustar muito alm das capacidades fornecidas no sistema
operacional. O ORACLE controla seus prprios processos, monitora seus registros,
consistncias e limpa a memria ao sair[ORA1998].
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O banco de dados ORACLE quando est em operao (ativo), consiste de uma srie
de eventos acontecendo sobre o banco de dados. Segundo [ORA1992], os principais tipos de
eventos que podem ocorrer so:
a) transaes: unidade lgica de trabalho composta por um ou mais comandos SQL,
executados por um nico usurio. No ORACLE, os efeitos de uma transao podem
ser aplicados definitivamente ao banco de dados (commit) ou desfeitos (rollback).
Uma transao comea com a execuo de um comando SQL pelo usurio e
termina com a execuo de um commitaplicando os efeitos da transao ao banco
de dados ou com um rollbackque desfaz os efeitos da transao;
b)bloqueio (lock): bloqueios so mecanismos utilizados para controlar o acesso
concorrente a um determinado recurso. Sua principal finalidade evitar que umatransao destrua os efeitos de outra transao. Os locks podem ser de dois tipos, os
causados pelos comandos do tipo DML (DML Locks) e os causados por comandos
do tipo DDL (DDL Locks). Os locks so utilizados para realizar duas importantes
metas, a consistncia (assegura que os dados vistos ou alterados por um usurio no
sejam alterados por outro enquanto a transao no for finalizada) e a integridade
(assegura que os dados e estruturas reflitam todas as trocas em uma seqncia
correta) dos dados. Os locks garantem a integridade dos dados, enquanto admitemum mximo acesso concorrente por usurios ilimitados;
c) sesses (sessions): uma sesso especifica uma nica conexo ao banco de dados via
processo do usurio. Quando o usurio conecta-se base de dados, precisa
informar um nome (username) e uma senha (password) vlidos para que a sesso
seja estabelecida. Mltiplas sesses podem ser criadas por um mesmo usurio, mas
cada uma delas considerada como sendo uma sesso diferente.
Conforme[ORA1999], o banco de dados ORACLE um banco de dados relacional, e
possui tabelas, chaves primrias, chaves estrangeiras e o principal, possui um SGBD.
2.2 SISTEMA GERENCIADOR DE BANCO DE DADOS
Segundo[SAL1993], um SGBD ou DBMS - DataBase Management System uma
coleo de programas e utilitrios que servem para organizar, armazenar, atualizar e recuperar
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dados. O objetivo principal do SGBD capturar os dados de forma que modelem
adequadamente o mundo real.
Para armazenar os dados, o SGBD tem de oferecer algum tipo de servio de definiode dados. Precisa tambm de um mecanismo interno para manter os dados armazenados e
saber onde est cada elemento em particular. Claro que o SGBD faz mais do que
simplesmente armazenar dados, responsvel tambm pela introduo ou insero,
classificao, restaurao, atualizao ou eliminao dos dados no banco de dados.
Contudo, ter os dados armazenados e reav-los quando necessrio, no serve para nada
se no houver certeza da veracidade e preciso dos dados. Para isso o SGBD precisa fornecer
algum tipo de integridade de dados, garantindo que os dados no sejam corrompidos no meio
exterior, como por falhas de disco ou falta de energia. O SGBD tem ainda a difcil tarefa de
proteger o banco de dados contra alteraes no intencionais, causadas por usurios ou por
aplicativos. Essa tarefa particularmente importante para bancos de dados multiusurios, no
qual um ou mais usurios podem, ao mesmo tempo, atualizar o mesmo dado. Neste caso, o
SGBD deve garantir que somente uma das alteraes realmente acontea e dever notificar os
outros usurios sobre a mudana feita.
Conforme [SAL1993], para facilitar tudo isso, o SGBD oferece os seguintes servios:
a)definio dos dados : fornece um mtodo para definir e armazenar informaes;
b)manipulao dos dados : fornece servios que permitem ao usurio inserir,
atualizar, eliminar e classificar dados;
c) integridade dos dados : fornece um ou mais mtodos para a preciso dos dados.
2.3 OBJETIVOS DE UM BANCO DE DADOS
De acordo com [SAL1993], os objetivos de um banco de dados so :
a)permitir que vrias aplicaes compartilhem dados;
b)armazenar dados;
c)eliminar redundncias;
d)reduzir o tempo de resposta;
e)permitir a integridade dos dados;
f) ter segurana.
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2.4 CARACTERSTICAS DE UM BANCO DE DADOS
Segundo [MOR1995], vrias caractersticas evidenciam um banco de dados
a)um banco de dados uma coleo;b)um banco de dados usa um padro de organizao consistente;
c)um banco de dados fornece respostas a consultas sobre informaes previamente
selecionadas.
2.5 ESTRUTURAS DO BANCO DE DADOS ORACLE
Segundo [ORA1992], os trs principais aspectos do modelo relacional, no qual o
ORACLE se baseia so as estruturas, as operaes e as regras de integridade.
As estruturas so os objetos que guardam os dados de um banco de dados. Essas
estruturas e os dados podem ser manipulados atravs de operaes.
As operaes so as aes que permitem aos usurios manipular os dados e as
estruturas de um banco de dados. Essas operaes devem aderir a um conjunto de regras de
integridade predefinidas.
As regras de integridade so as leis que governam quais operaes so permitidas nos
dados e nas estruturas de um banco de dados, com o propsito de proteg-los de operaes
indevidas.
Um banco de dados ORACLE possui estruturas fsicas e lgicas que so
independentes entre si, isto , as estruturas fsicas podem ser gerenciadas sem afetar o acesso
s estruturas lgicas.
2.5.1 ESTRUTURAS FSICAS
Na estrutura fsica de um banco de dados ORACLE, existem trs tipos de arquivos
gerenciveis pelo sistema operacional, sendo eles :
a)arquivos de dados;
b)arquivos de redo log;
c)arquivos de controle.
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2.5.1.1 ARQUIVOS DE DADOS
O banco de dados ORACLE possui um ou mais arquivos de dados que so utilizados
para guardar fisicamente os dados que so inseridos alterados e consultados pelos usurios.
Estes arquivos formam uma nica unidade lgica que so as tablespaces.
2.5.1.2 ARQUIVOS DE LOG
Estes arquivos so importantes para um banco de dados pois em caso de falha de
execuo, em que pode at se perder o banco de dados por inteiro, por uma falha de disco
rgido ou mesmo por uma falha mecnica em acesso a disco, estes arquivos de log, chamados
na prtica comoredo log, so recuperados e so executados criando novamente o banco com
todas as informaes at a ultima transao efetuada com sucesso.
2.5.1.3 ARQUIVOS DE CONTROLE
Estes arquivos tm registros de todas as estruturas fsicas que compe um banco de
dados, o nome do banco de dados, a localizao dos arquivos de dados, e arquivos deredo
log, e ainda a ltima data de alterao dos mesmos.
Estes arquivos so extremamente teis para recuperao do banco de dados,
necessrio sempre ter um backup destes arquivos.
2.5.2 ESTRUTURAS LGICAS
As estruturas lgicas so os objetos (tabelas, vises, ndices, clusters, seqncias,
stored procedures e ligaes entre bancos de dados ) que esto armazenados no banco de
dados e so manipulados pelo usurio. Conforme [MOR1995], as estruturas lgicas so
determinadas por uma ou mais tablespaces e pelos objetos dos esquemas dos usurios de um
banco de dados.
Dentro das tablespaces, so criadas tabelas onde ficaram guardados todos os dados
especificados para a tabela. Para o desenvolvimento do prottipo essencial o entendimento
de uma tabela. A tabela formada por linhas e colunas, que so acessados pelos usurios, as
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tabelas possuem apenas um nome dentro de um banco de dados, assim como as colunas
possuem apenas um nome e um tipo dentro de uma tabela.
Sempre que se criar uma tabela pode-se inserir dados e tambm consult-los, atravsde queries (pesquisa). Pode-se tambm alter-los ou mesmo apag-los tudo isto atravs de
comandos de SQL.
2.6 LINGUAGENS DE PROGRAMAO DE BANCO DEDADOS
Um SGBD sofisticado no faz nada a no ser que os usurios tenham acesso aos
dados. Um aplicativo de banco de dados um programa de computador que permite aousurio introduzir, alterar, eliminar e emitir relatrios com os dados. Os aplicativos,
tradicionalmente feitos por programadores, so escritos em uma ou mais linguagens genricas
ou especializadas de programao. Entretanto, h uma tendncia nos ltimos anos em usar
ferramentas de acesso a banco de dados orientado para o usurio, as quais simplificam a
utilizao do SGBD e eliminam a necessidade de programao personalizada.
Segundo [SAL1993], as linguagens utilizadas para criar os aplicativos de banco de
dados podem ser agrupadas em trs categorias: linguagens procedurais, linguagem SQL
Linguage Query Structure e todas as outras linguagens.
2.6.1 LINGUAGENS PROCEDURAIS
A grande maioria das linguagens de programao pode ser descrita como procedural.
Quando o programador cria um aplicativo de banco de dados com uma dessas linguagens,
precisa escrever o cdigo como uma srie de procedimentos (procedures). Cada procedure
faz o trabalho de uma parte do aplicativo, como para consultar o banco de dados ou atualizar
os dados. As diversas procedures so ento reunidas por outras procedures de interface do
usurio (menus) e colocadas nos locais apropriados do aplicativo.
As linguagens de programao de alto nvel como o Pascal, Cobol e C, so
procedurais e podem ser utilizadas para criar aplicativos de banco de dados atravs de uma
interface de programao de aplicativo. Esta interface consiste de um conjunto padro de
funes (chamadas) que estende a linguagem para lhe dar acesso aos dados do SGBD.
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As funes da interface de programao de aplicativo normalmente esto contidas em
bibliotecas includas nos aplicativos ao serem compilados. A maioria dos fornecedores de
SGBD tem essas bibliotecas disponveis como parte do pacote de SGBD ou como uma opo
de custo extra[ORA1992].
2.6.2 LINGUAGENS DE CONSULTA ESTRUTURADA (SQL)
Os sistemas de banco de dados devem oferecer recursos para que os usurios possam
definir e consequentemente manipular os dados armazenados. O acesso a esses dados feito
atravs de comandos, os quais so interpretados e executados pelo SGBD. A linguagem SQL
(Structured Query Language ou Linguagem de Consulta Estruturada) uma simples e
poderosa linguagem de acesso ao banco, usada por muitos sistemas de gerenciamento de
banco de dados relacionais.
Segundo[MOR1995], existem duas categorias para os comandos SQL:
a)os comandos DDL ( Data Definition Language ou Linguagem de Definio de
Dados) permitem a definio, manuteno e a eliminao de objetos (como tabelas,
ndices, etc.) de um banco de dados. Essa categoria tambm inclui os comandos que
so usados para dar privilgios ou direitos de acesso aos objetos de um esquemaespecfico de um banco de dados. Segundo [DAT1991], esta definio deve apenas
conter definies das informaes, sem levar em considerao a estrutura de
armazenamento e estratgias de acesso;
b)os comandos DML (Data Manipulation Language ou Linguagem de Manipulao
de Dados) so usados para manipular os dados de um banco de dados, como por
exemplo para consultar, inserir, alterar e eliminar linhas de uma tabela. Essa
categoria de comandos inclui tambm aqueles usados para bloquear uma tabela ou
viso e examinar o plano de execuo de um comando SQL.
2.6.3 OUTRAS LINGUAGENS
Este grupo inclui as linguagens que no se adaptam perfeitamente s duas categorias
anteriores. As mais comuns so as linguagens de programao orientada a objeto (OOP),
como C++. As linguagens OOP representam uma abordagem completamente diferente da
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programao, pois as aes so definidas pelos objetos, ao invs de serem por uma srie de
procedures.
Segundo [SAL1993], outro tipo de linguagem usada com banco de dados alinguagem de macro (ou script). Essas linguagens no so exatamente linguagens de
programao, na verdade, so listagens de toques de tecla, introduzidas pelo usurio no
aplicativo, a fim de automatizar determinadas tarefas. So altamente especficas a um
aplicativo em particular e normalmente so encontradas em pacotes de SGBD Sistema
Gerenciador de Banco de Dados, ou nos servidores de banco de dados.
2.7 O PROCESSAMENTO DOS COMANDOS SQLSegundo[MOR1995], o banco de dados ORACLE, como outros bancos de dados,
possui a linguagem SQL para fazer acesso a seus objetos. A linguagem SQL padronizada e
o SQL que o ORACLE recebe como padro para acessar os dados esto de acordo com o
padro ANSI American National Standards Institute. Assim todas as operaes que
envolvem o acesso aos dados so executados a partir de comandos SQL.
Para que o ORACLE processe um comando de SQL necessrio que o mesmo
execute uma srie de passos que podem ser divididos em trs partes:
a) fase de anlise;
b)fase de execuo;
c) fase de busca de dados.
Na fase de anlise o ORACLE verifica a sintaxe do comando, verifica se na rea de
memria, na qual se encontram outros comandos j executados e que ainda esto sendo
guardados, no existe nenhum comando parecido ou mesmo igual ao comando executado.Existindo, verifica ento o dicionrio de dados para verificar as permisses de acesso, os
privilgios de segurana, e o plano de execuo do comando. Caso no exista o ORACLE
determina o plano de execuo mais eficiente para acessar os dados. Este comando executado
pode ser compartilhado com outras aplicaes que porventura venham utilizar do mesmo
comando. Neste caso estar diminuindo, em caso de execuo de outro comando igual ao
anterior , o tempo de acesso j que no passar pela fase do plano de execuo.
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Na fase de execuo caso o comando no tenha sido encontrado na memria, o plano
de execuo aplicado aos dados, tendo o ORACLE a fazer leituras e gravaes fsicas e
lgicas. Entretanto para o comando SELECT na fase de execuo ocorre o congelamento da
imagem da tabela afetadas pelo comando, para efeito de consistncia de leitura. Ai ento o
ORACLE coloca em prtica o plano de execuo decidido na fase de anlise.
Na fase de busca ocorre literalmente o acesso a base de dados, retirando o registro
encontrado, fazendo uma cpia do mesmo e retornando-o ao processo que o solicitou.
2.8 OTIMIZADOR DO ORACLE
Segundo [MOR1995], existem vrias maneiras de executar um mesmo comando SQL.E quem escolhe o mtodo de acesso o otimizador. Ele executa diversas tarefas, entre elas :
a)avalia expresses e condies;
b)pode transformar comandos SQL em comandos equivalentes, em algumas
situaes;
c)decide qual o melhor caminho de acesso aos dados armazenados em um banco de
dados;
d)para aqueles comandos que acessam mais de uma tabela o otimizador decide comoexecutar a mais eficiente combinao entre os dados das mltiplas tabelas.
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3 FONEMAS
3.1 INTRODUO
O termo Fontica aplicado desde o sculo XIX para designar o estudo dos sons da
voz humana, examinando suas propriedades fsicas independentemente do seu papel
lingstico de construir as formas da lngua. J os fundamentos da Fonologia ( ou Fonmica,
como preferem dizer os anglos-saxes ) se estabeleceram a partir do segundo decnio do
sculo XX, na Europa e nos Estados Unidos da Amrica do Norte [JAK1967].
Em contraste com a Fontica, que uma cincia da natureza e diz a respeito aos sons
da voz humana, a Fonologia tem por objeto os fonemas das lnguas humanas. Por isso, osespecialistas afirmam que h trs modos principais de descrever os sons lingsticos. Um som
pode ser descrito sob o ponto de vista:
a)da sua composio;
b)da sua distribuio;
c)da sua funo.
A Fontica trata do primeiro ponto de vista (a), ao passo que a Fonologia trata dos dois
outros, (b) e (c).
Embora acrescentando que no existe uma concrdia absoluta sobre a rea coberta por
ambas as disciplinas, [LOP1997] mostra que a fonologia poderia ser apresentada como um
modo de considerar-se a fontica: ela seria a fontica tratada dos pontos de vista funcional e
estrutural.
J [FAR1988], diz que todo e qualquer som capaz de estabelecer distino de
significado entre duas palavras de uma lngua recebe o nome de fonema. Portanto o fonema
no pode ser confundido com uma letra, na lngua escrita apenas representamos fonemas
atravs de sinais que so chamados de letras.
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3.2 MORFEMAS
O estudo da morfologia de uma lngua consiste em arrolar todas as unidades
significativas e indicar as normas que regem a composio destas unidades mnimas paraformar as palavras[HEC1994].
Morfema a unidade formal mnima significativa, ou seja o menor elemento divisvel
que tenha significado. Aplicando a definio a um exemplo, fazer por exemplo, este existe
trs unidades mnimas significativas. 1 FAZ ( sendo a raiz, carrega o significado nocional)
2 E ( a Segunda conjuno), e 3 R (sufixo indicador do infinitivo). Estes trs so
unidades indivisveis mas mesmo assim possuem significado, portanto so consideradas como
morfema.
Alomorfe uma variao do Morfema, ou seja, a forma vria, porm mantm-se o
mesmo significado.
Observando a tabela 01, pode-se identificar que a raiz comum em todas elas , ou seja
possui o mesmo significado sendo apenas a forma diferente, sendo ento Alomorfes.
TABELA 01: DEMONSTRAO DOS ALOMORFES
Raiz Morfemas Alomorfes
Faz Fazer Fase
Facada Faca
Fiz Fsica Fizica
Fizemos Fisemos
Fonte[HEC1994].
3.3 MORFEMAS QUANTO AO SIGNIFICADO
Os morfemas dividem-se em duas formas:
a)MORFEMAS LEXICAIS : Os lexicais so as razes das palavras, so os que do o
significado nocional, formando uma idia em nossa mente;
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b)MORFEMAS GRAMATICAIS : Os gramaticais so os que no formam uma
imagem em nossa mente, apenas indicam relaes gramaticais.
Segundo [HEC1994], outros autores como Andr Martinet, diz que a unidade mnimasignificativa o monema , que se divide, quanto a semntica, em lexema e morfema. J
Bernard Pottier et Alii denominam gramema o morfema gramatical que tambm a mesma
coisa do que o morfema de Martinet. Outros utilizam o termo semantema para o morfema
lexical, e ainda existe a possibilidade de se usar os termos morfema objetivo para a parte
lxica e morfema subjetivo para a parte gramatical.
A tabela 02 esclarece melhor:
TABELA 02: DIFERENTES CONCEITOS SOBRE MORFEMAS
Terminologia geral Morfema 1. Morfema lexical
2. Morfema gramatical
Martinet Monema 1. lexema
2. morfema
Pottier e outros Monema 1. lexema2. gramema
Outros Morfema 1. morfema objetivo
2. morfema subjetivo
Fonte[HEC1994].
3.4 MORFEMAS QUANTO A FORMAOs morfemas quanto a sua forma dividem-se em outros trs subgrupos que so os
Livres, Presos e Dependentes.
3.4.1 LIVRES
Os morfemas livres so aqueles que no necessitam de outros morfemas para serem
utilizados na comunicao, exemplo : luz, sol, mar, ar.
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3.4.2 PRESOS
Os morfemas presos so os que necessitam de um ou mais morfemas para que ao
serem utilizados na comunicao tenham um sentido, isto , necessitam de mais de um
morfema para formar uma palavra. Este morfema pode ser utilizado com outro morfema
livre, ou um morfema livre e um ou mais presos, ou por mais de um morfemas, sendo todos
presos.
Todos os afixos e a maioria das razes so morfemas presos, ou seja, todos os
gramemas so presos e a maioria dos lexemas tambm.
3.4.3 DEPENDENTESOs morfemas dependentes so os que dependem de outro para servir na comunicao.
Ex. falou-nos, o nos no livre nem preso, neste caso o nos dependente da palavra ou de
outros morfemas falou ; os alunos, os dependente de alunos, portanto as palavras clcicas
so consideradas dependente.
3.5 O PROCESSO MORFOLGICO
Conforme [HEC1994], o objetivo da morfologia arrolar todas as unidades mnimas
significativas existentes numa lngua e indicar as normas que regem a composio destas
unidades mnimas para formar a palavra.
O padro morfolgico da lngua portuguesa indicado por dois tipos de unidades
mnimas, sendo as razes e afixos. No entanto mais fcil conhecer todos os afixos do que
conhecer todas as razes que compe a palavra portuguesa.
3.5.1 RAZES
De acordo com[HEC1994], as razes so nicas. Portanto as palavras se originam pelo
acrscimo dos diversos sufixos que a contornam e do diferentes significados, alm disso os
sufixos ainda possuem a funo de classificarem a palavra.
A raiz uma unidade neutra, pois atravs da raz de uma palavra no se consegue
classifica-la. Para um reconhecimento fontico as razes no podem ser levadas em
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considerao pois geraria um grande nmero de canditados, e que muitas vezes no ter a
menor importncia com o que foi solicitado.
3.5.2 AFIXOS
So todas aquelas unidades lingsticas que se ligam raiz para completar uma forma
livre ou uma palavra. O papel relevante dos afixos principalmente dos propostos na raiz so
que alm de serem unidades significativas, so tambm unidades funcionais, isto exercem
uma funo classificatria na formao das palavras, como mostrado na tabela 03.
TABELA 03: ORIGEM DA PALAVRA
Palavra Formao (Morfema) Atribuies
Estudar Stud Vogais
Estdio Stud Vogais + acentuao
Estudo Stud Vogais
Fonte[HEC1994].
A primeira tarefa a ser realizada para a identificao fontica seria a identificao dos
morfemas das palavras, ou dos nomes apresentados , e posteriormente os gramemas j que so
um nmero bem reduzido. Na tabela 03, a palavra estudar tem seu meio exatamente igual as
palavras estdio e estudo. Na lngua portuguesa aps agregar a uma palavra vogais ou
artigos, existe a possibilidade de formar outra com significado totalmente contrrio a palavra
inicial, este pode ser um problema para a identificao fontica.
Segundo[HEC1994], a formao da palavra um processo. E este processo consisteem ajuntar os morfemas at conseguir uma forma livre, reconhecida como uma palavra. Um
processo qualquer segue leis e normas. O gramtico deve descobri-las atravs de uma
pesquisa profunda. Estas leis sero lingsticas e no leis fsicas e nem morais. Este processo
no e no pode ser eterno, pois a palavra sofre mutao na medida em que o tempo vai
passando. Para identificao da palavra, que ser utilizado para reconhecer foneticamente um
dado sero verificados os processos atuais, eliminando processos passados e futuros, j que
no ser levado em considerao a fontica de uma palavra daqui a algumas dcadas.
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3.6 GERAO DA PALAVRA
A palavra conforme[HEC1994], uma unidade autoformal e auto-smica sentida
pelos falantes nativos, e a seqncia fontica completa a palavra para que a mesma fiquedicionarizada ou gramaticalizada.
J [FAR1988], define uma palavra como sendo distinta em trs partes, sendo elas
quanto a sua funo, quanto a sua forma e quanto a sua distribuio. Para efeito deste trabalho
analisar-se- apenas a definio que diz respeito a sua forma.
Segundo[FAR1988], quando diz respeito a forma, a palavra composta
potencialmente por dois ou mais tagmemas, o que para [HEC1994] significa morfema, sendoum manifestado por radical e outro manifestado por outros perifricos podendo ser afixos
flexionais.
3.7 ABORDAGENS FONTICAS
H trs modos bsicos, que constituem verdadeiras escolas, de descrever os sons da
lngua. Estes podem ser descritos da seguinte forma:
a)do ponto de vista da sua produo pelo aparelho fonador do remetente de signos;b)do ponto de vista dos efeitos que eles provocam no ouvido do destinatrio dos
signos;
c)do ponto de vista das propriedades fsicas das ondas sonoras que se propagam do
remetente ao destinatrio.
Segundo [LOP1997], o primeiro dos modos de descrio caracteriza a Fontica
Articulatria ( ou motriz ). Tal mtodo o mais usado ainda hoje e, simultaneamente ainda, ,
tambm, o mais antigo, remontando antigidade indiana, com a sua exigncia de extrema
acuidade na produo dos sons Snscrito.
O mtodo b caracteriza a Fontica Auditiva que , igualmente, um estudo de longa
tradio, remontando aos gregos.
O mtodo c o mais moderno entre todos os tipos de descrio. Ele caracteriza a
Fontica Acstica, que se apoia nos registros das ondas sonoras feitas por diversos tipos de
aparelhos ( quimgrafo, espectgrafo, e outros ).
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evidente que o emprego de aparelhos apresenta uma imensa vantagem sobre a
compreenso dos fatos fonticos que se pode lograr atravs do ouvido humano. Alguns
especialistas afirmam que 30% dos fonemas so normalmente captados por nossos ouvidos de
maneira inexata.
Deste modo, a Fontica Auditiva est longe de ter a preciso das anlises laboratoriais
em que se baseia a Fontica Acstica. Ocorre, no entanto, que a comunicao lingstica
funciona perfeitamente bem com essa taxa de exatido, que compensada largamente pelos
processos de redundncia, de elipses fonticas e over-lapping, normalizadores da
compreenso inter-subjetiva.
Isso significa que, ao contrrio do que se poderia pensar, uma anlise fontica
realmente cientfica deve incluir o estudo desses componentes aparentemente anormais (s
aparentemente) e no exclu-los do exame.
A percepo da fala eqivale a um ato de identificao que no se faz a base de uma
nica dimenso, mas sim a base de vrios traos distintivos, entre os quais os fatores
psicolgicos.
3.8 CLASSIFICAO DOS FONEMAS EM PORTUGUS
De acordo com a Nomenclatura Gramatical Brasileira[LOP1997], as consoantes do
portugus se descrevem levando em conta quatro critrios, de base articulatria:
a)quanto ao modo de articulao;
b)quanto ao ponto de articulao;
c)quanto ao papel das cordas vocais;
d)quanto ao papel das cavidades bucal e nasal.
Chegando boca, a corrente de ar que provem dos pulmes podem ser totalmente
bloqueada ou parcialmente bloqueada. Resultam da os seguintes modos de articulao, em
portugus:
a) fonemas oclusivos, so resultantes do bloqueamento, mas sempre momentneo, da
corrente de ar, em alguma parte da boca;
b)fonemas construtivos, so resultante do efeito de atrito a que se submete a corrente
de ar, cuja o percurso parcialmente bloqueado e se desvia, por isso, pelo canal um
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formado pela lngua;
c) fonemas lquidos, comumente subdivididos em:
- fonemas vibrantes, so resultantes de brevssimos e repetidos bloqueamentos
parciais da corrente de ar, provocados por movimento vibratrios da lngua (ao
colidir com os dentes), do vu palatino, ou da vula;
- fonemas laterais, so resultantes do bloqueamento parcial da corrente de ar, que
se escoa pelos lados da lngua;
- fonemas nasais, resultam da passagem de parte da corrente de ar para as fossas
nasais, que atuam, conjuntamente com a boca, como caixa de ressonncia.
3.8.1 FONEMAS VOCLICOSDe acordo com[JAK1967], vogais so fonemas sonoros resultantes da livre passagem
da corrente de ar para a boca ou para a boca para as fossas nasais, rgos estes que atuam
como simples caixa de ressonncia (rgos ressonadores). Trs propriedades caractersticas
das vogais so:
a)as vogais apresentam o maior abrimento dos rgos articulatrios; a boca fica
normalmente aberta ou entreaberta ao pronunciar uma vogal;
b)as vogais apresentam o maior nmero de vibraes das cordas vocais por unidade
de tempo (ou seja, tm a maior freqncia);
c)as vogais so os nicos fonemas do portugus a integrar o centro da sada.
So considerados, normalmente, cinco caractersticas para a descrio do sistema
fonolgico voclico do portugus. Este processo de deciso no inteiramente relevante; a
zona de articulao, por exemplo no distintiva na pronuncia brasileira, pois no existe duas
vogais que se opunham com significados diferentes quando esto juntas, e nem sendo que
uma tem mais valor que outra. Resumindo possvel discriminar duas vogais de acordo com
tais traos, mas eles no so seno redundantes, subsidirios.
As vogais classificam-se em diferentes classes na lngua portuguesa, veja a
classificao conforme tabela 04.
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TABELA 04: CLASSIFICAO DOS FONEMAS (VOGAIS)
VOGAIS ORAIS VOGAIS NASAIS
Anterioresou Palatais Central
Posterioresou Velares
Anteriores ouPalatais
Central Posteriores ouVelares
Altas / i / / u / / ~i / / ~u /
Mdias Centrpetas / e / / o / / ~e / / /
Mdias Centrfugas / / / o /
Baixa /a / / /
No Arredondadas Arredondadas No arredondadas Arredondadas
Fonte[JAK1967].
3.8.2 FONEMAS CONSONANTAIS
As consoantes por sua vez dependem da localizao em uma palavra para se
distinguirem a forma ou o som que produz. Se a consoante encontra-se entre duas vogais est
ter o sons fechado, ou seja, ser considerada como um fonema. Por outro lado se a consoante
encontra-se entre outras consoantes ou mesmo no final de uma palavra a mesma dificilmenteformar um fonema. Como mostra a tabela 05.
TABELA 05: CLASSIFICAO DAS CONSOANTES
Consoante Palavra Fonema Considerado
M Saram Fonema no considerado
Camelo Fonema considerado
R Instruo Fonema no considerado
Carro Fonema considerado
Marcos Fonema no considerado
Fonte[LOP1997].
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Para o estudo fontico deve-se considerar que uma parcela dos dados devem ser
abstrados, por isso deve-se levar em considerao que o estudo dos sons sem valor de um
fonema pode transitar para os fonemas seguintes da cadeia falada.
Conforme[LOP1997], algumas palavras em portugus possuem um resso nasal, isto
ocorre em palavras que possuem consoantes iguais. Como mostra a tabela 05, a palavra carro
possui a consoante R, esta por sua vez considerada, mas no considerada como um todo
pois a continuao da pronuncia, forma o mesmo som fontico.
Os sons das consoantes na lngua portuguesa tambm tem um classificao especfica,
conforme tabela 06.
TABELA 06: CLASSIFICAO DOS FONEMAS (CONSOANTES)
Critrio Classificao Consoantes
Modo de Articulao Oclusivas P,B,T,D,K,Q,C(a,o,u,l,r).
Fricativas F,V,SS,C(e,i,y),,Z,S,X,Ch,Sh,J,G(e,i,y)
Laterais L,LHVibrantes R
Ponto de articulao Bilabiais P,B,M
Labiodentais Z,S,T,D,SS,C(e,i,y),
Alveolares N,L,R
Palatais X,Ch,Sh,Lh,Nh,J,G(e,i,y)
Velares K,Q,C(a,o,u,l,r)R,G(a,o,u,l,r)
Papel das vocais Surdas P,T,K,Q,C,SS,,F,X,Ch,Sh
Sonoras O restante
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Papel das cavidades Bucal e Nasal Nasais M,N,Nh
Orais O restante
Fonte[LOP1997].
3.9 ALFABETO FONTICO
O alfabeto fontico um conjunto de smbolos utilizados para efetuar uma transio
fonolgica e uma transio fontica de uma lngua.
Existem tambm, o princpio do rendimento no-proporcional, propostos por
[LOP1997], dizendo que qualquer deciso no tocante ao nmero de smbolos que deva conterum alfabeto , em grande parte, arbitrria.
De acordo com [NOG1989], a representao dos fonemas que est na tabela 07.
TABELA 07: ALFABETO FONTICO
Alfabeto Fonemas Observao
B B Sempre considerado.
C C(a,o,u,l,r) K, Q. Considerado C, somente a vogal
posterior for a,o,u,l ou r o K e o Q
sempre ser considerado C.
D D Sempre considerado.
F F Sempre considerado.
G G(a,o,u,l,r) Considerado G somente se a vogalposterior for a,o,u,l ou r, seno
considerado J.
J J, G(e,i,y) A letra G considerado J se a vogal
posterior for e,i ou y.
L L Sempre considerado.
M M Sempre considerado.
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N N Sempre considerado.
P P Sempre considerado.
R R Sempre considerado.
S S, Z, , SS, C(e,i,y) Estas so sempre considerados S
com exceo do C, que
considerado S somente se a vogal
posterior for e, i ou y
T T Sempre considerado.
V V, W Sempre considerado V.
X X, Ch, Sh Sempre considerado X.
Fonte[NOG1989].
A associao fontica internacional adotou algumas medidas para uma melhor
identificao dos fonemas, sendo elas :
a)uma medida de base que diz que cada diferena fnica perceptvel deve
corresponder a um nico sinal grfico. Trata-se portanto, de reproduzir sons(transcrio fontica) e no somente fonemas (transcrio fonolgica);
b)A transcrio feita num cuntinuum.
3.10 FONEMA E TRAOS DISTINTOS
De acordo com [GAS1998], Os fonemas so os resultados da segunda articulao, so
uma subdiviso da sada. Concebidos no como sons, mas como simples traos sonoros
agrupados em feixes, cujo valor no esta na sua uniforme realizao da fala, mas na sua
capacidade de caracterizar, mesmo com variaes ocorrentes, uma dada forma da lngua.
Isto significa que o fonema no est ligado de modo invivel e constante a um
determinado som, mas sim a uma determinada forma de depresso. Os elementos da
expresso apresentam um caracter discreto.
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Na realidade, todo transio na cadeia da fala, de tal modo que alguns autores a
consideram uma srie de alofones que devem ser filtrados em feixes de traos distintivos, ou
seja, interpretados como fonemas.
Segundo [LOP1997], de modo prtico pode-se dizer que so fonemas dois sons que,
situados em idnticos ponto do mesmo contexto, fazem corresponder a uma diferena fontica
entre eles e a uma diferena semntica qualquer entre as formas lingisticas que eles
integram.
Quando se fala em diferenas fonticas, de qualquer modo, afirma-se que os fonemas
se deixam analisar em unidades fonticas mnimas e a esta situao denomina-se merisma,
femas ou traos distintos.
Um merisma a unidade mnima no plano da expresso. Continuando com
[LOP1997], a idia bsica de traos distintivos, que o receptor de uma mensagem, ao ouvir a
onda sonora, v-se frente a uma situao de dupla escolha e tem de eleger entre duas
quantidades polares da mesma categorias sendo est grave ou aguda e compacto ou difuso, ou
entre a presena ou ausncia de uma determinada qualidade, sendo esta sonora ou surda e
nasalizada ou no-nasalizada.
Assim, qualquer identificao de unidades fonolgicas supe uma eleio e o cdigo
um cdigo binrio. Esta idia esta de acordo com a teoria da informao, onde a mensagem
se reduz a uma srie de respostas do tipo verdadeiro/falso, tal como ocorre no cdigo do
teletipo.
Em virtude deste ato contatado, que alguns especialistas definiram o fonema como
cada particularidade fnica que se pode extrair da cadeia da fala como o menor elemento
capaz de diferenciar unidades de significado.
O trao distinto cuja funo distinguir um fonema de outro ser o trao distintivo
pertinente do fonema considerado. Diz JAKOBSON [apud in, LOP1997] Qualquer que seja
o trao distinto que se tenha, sempre denotar a mesma coisa: que o morfema ao qual ele
pertence no igual a um morfema que tenha outro trao em seu lugar. Um fonema carece de
uma pura alteridade. A falta de denotao individual separa os traos distintivos e as suas
combinaes em formas de todas as demais unidades lingsticas.
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Ainda com JAKOBSON [apud in, LOP1997], necessrio evitar o equvoco de supor
que o fonema encare uma significao positiva. Corresponde, nica e exclusivamente, ao fato
de haver distino quanto a significao dos signos que eles integrem, sem que por isso fique
determinado ou seja constante o contedo de tal distino. Assim o fonema no tem um
contedo, mas tem uma funo que a de opor-se a todos os demais fonemas do sistema a
que ele pertence.
3.11 A SLABA
Os fonemas se agrupam em seqncia que obedecem a um padro elementar, chamado
slaba. O termo slaba usado para designar um grupo unitrio de fonemas. atravs das
slabas que os fonemas, sob a forma de fones, para a instncia de manifestao das lnguas, no
ato concreto da fala[MAT1979].
Ainda com [MAT1979], diz-se que do ponto de vista fisiolgico, a slaba uma
conseqncia natural dos limites rtmicos do funcionamento dos rgos da fonao, de suas
inspiraes alternadas. A interrupo desse ritmo, para repouso dos rgos, engendra as
pausas na cadeia da fala. Tais pausas so utilizadas nas lnguas sobretudo para exercer a
funo demarcadora das fronteiras entre as slabas, os morfemas os vocbulos, os segmentossintagmticos das frases e entre enunciados inteiros.
3.12 O ACENTO
De acordo com [LOP1997], a definio mais precisa de acento um realce de uma
slaba dentro de uma palavra, tomando a esta palavra como unidade acentual. Por si s o
acento incapaz de distinguir entre palavras de sentido diferentes. O mesmo individualiza
apenas slabas, operando sempre numa seqncia mnima de duas, das quais uma tnica ouacentuada e a outra tona ou no-acentuada.
Diferentemente tambm dos tons que representam um nmero igual ou superior a dois,
o acento nico.
Ainda com [LOP1997], as regras que estabelecem o lugar do acento nas palavras,
variam de lngua para lngua. Existem lnguas, como o hngaro, em que o acento encontra-se
fixado invariavelmente na primeira slaba da palavra, ou como o francs que est sempre na
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ltima slaba, ou ainda o polons que localiza-se na penltima slaba. Entretanto no caso do
portugus ou mesmo do latim a acentuao varivel, e o lugar do acento imprevisvel.
3.13 PESQUISA FONTICAConforme [GAS1989], numa base de dados pode ser definida, facilmente, uma ou
mais chaves de acesso com valores alfanumricos. E uma consulta nestas bases atravs de
valores no numricos no to simples como a tradicional consulta por cdigo. Esta consulta
pode no obter sucesso por causa dos seguintes problemas:
a)erros de entrada de dados;
b)durante o cadastramento (na digitao de contedo da chave de acesso, o usurio
pode cometer alguns erros, como troca de letras, como por exemplo S/Z, V/W,
SS/, maiscula/minscula, pulo de letras ou at palavras inteiras, entre outros);
c)campo com tamanho insuficiente obrigando o digitador a fazer abreviaturas;
d)durante a consulta, na maioria das vezes, o usurio no sabe o valor completo e
exato do argumento de pesquisa.
Para solucionar os problemas acima, [GAS1989] prope a elaborao de um algoritmo
de fonetizao ou pesquisa fontica. A fonetizao uma tcnica baseada na anlise dosfonemas de cada palavra, que visa amenizar os problemas ocasionados por erros e variaes
ortogrficas e fonticas, existentes entre os dados armazenados. Este algoritmo, combinado
com uma boa estrutura de armazenamento de informaes, pode resolver os problemas de
consultas acima citados.
Hoje em dia com a evoluo dos computadores possvel acessar dados a partir de um
nome bsico fornecido conforme tabela 08. O prottipo deste trabalho deve responder com
nomes iguais ou foneticamente parecidos, juntamente com outras informaes para
diferenciao dos registros.
TABELA 08: EXEMPLO DE RESPOSTA
Xavier Chaves Rua Paranava Blumenau
Xavier Rua XV de novembro Blumenau
Celia Celia Rua Paranava Campo Mouro
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Selia Rua Curitiba Curitiba
Vilson Vilson Rua Curitiba Foz do Igua
Wilson Rua Abel Foz do Igua
Fonte[NOG1989].
3.13.1 TRADUO FONTICA
Ainda com [GAS1989], e tambm com [NOG1989], a traduo fontica pode ser
entendida como uma funo que mapeia o conjunto de argumentos de pesquisa para o
conjunto de cdigos fonticos gerados, a partir de uma anlise dos sons produzidos pelas
letras ou slabas. Esta funo no biunvoca, ou seja, vrios argumentos de pesquisa podem
ser mapeados para um nico cdigo fontico (um sinnimo), como no exemplo de
CHAVES e XAVES, so sinnimos, foneticamente falando, mesmo sendo graficamente
diferentes. Veja Tabela 09.
TABELA 09: TRADUO FONTICA
Palavra Cdigo Fontico
CHAVES X0V1
XAVES
HELIO 1L1
ELIO
Fonte[NOG1989].
Em um processo de fonetizao, nem todos os fonemas devem ser necessariamente
convertidos. Uma converso muito rigorosa pode dificultar a consulta.
3.13.2 SEPARAO SILBICA
A separao silbica um processo de decomposio de uma palavra em grupos de
letras consecutivas, denominados slabas, as quais so pronunciadas em uma s expirao,
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como um som ininterrupto. A separao de slabas em computador no to simples, pois
depende da pronncia, da etimologia, dos elementos componentes e do contexto.
A anlise dos sons de uma palavra eqivale a anlise dos sons produzidos por cadaslaba componente. Aps o processo de separao, cada slaba passa por um processo de
padronizao, eliminando-se as distores ortogrficas e fonticas.
3.13.3 SEGMENTAO DA PALAVRA
O processo de separao silbica pode ser realizado atravs de uma anlise em
segmentos da palavra, formados por duas vogais consecutivas, incluindo as consoantes
compreendidas entre elas. O vocabulrio pneumtico seria dividido nos segmentos eu,uma, ati, ico.
Comforme [GAS1998], sempre que houver separao silbica dentro de uma palavra
esta ocorrer dentro de um segmento, ento a separao de slabas de uma palavra eqivale a
separao dos segmentos que a compe.
Pode-se classificar os segmentos quanto ao nmero de consoantes presentes entre as
suas vogais. Segmentos sem consoantes podero ou no conter um ponto de diviso silbica.Segmentos com uma ou mais consoantes sempre tero um ponto de diviso, dependendo
apenas destas consoantes.
3.14 ESTRUTURA GERAL DOS SEGMENTOS
A estrutura geral dos segmentos segundo[LOP1997], comporta-se da seguinte
maneira:
Vi(Ci ... Cn)Vf
Sendo:
Vi = vogal inicial;
Vf = vogal final;
Ci = Consoante inicial;
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Cn = n-sima consoante da esquerda para direita entre um segmento;
( ) = indica que a existncia de consoantes opcional.
Existem pelo menos cinco tipos de segmentos bem definidos e que possuem
relevncia para o estudo e compreenso da separao silbica.
3.14.1 SEGMENTO DO TIPO I
Estrutura : Vi Vf
Este segmento s separado quando for um hiato. Um hiato um encontro entre duas
vogais pertencentes a slabas diferentes. Enquanto os ditongos (2 vogais) e os tritongos (3vogais) no so separados. Os grupos ia, ei, io, ua, ue, uo, quando tonos finais,
tambm no so separados.
Um encontro voclico pode ser identificado como hiato pela presena de um acento
circunflexo ou agudo ou pela anlise das vogais consoantes adjacentes, anteriores ou
posteriores ao segmento.
3.14.2 SEGMENTO DO TIPO II
Estrutura : Vi C1 Vf.
Este segmento composto por apenas uma consoante entre as vogais. A separao
silbica, neste caso a mais simples, sempre ser antes da consoante, ou seja, Vi C1Vf como
no exemplo : fa-da, ta-ba-co.
3.14.3 SEGMENTO DO TIPO IIIEstrutura : Vi C1 C2 Vf
Este segmento so duas consoantes entre as vogais, porm existem excees regra
que devem ser levadas em considerao, como exemplo da tabela 10.
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TABELA 10: EXEMPLO DE SEGMENTO (TIPO III)
Condio Separao Exemplos
Se C2 = H Vi C1C2Vf Ra- char; fi-lho.
Se C2 = L ou R e C1 L, N, R, S Idem ao anterior Li-vro, te-cla.
Outros casos ViC1 C2Vf Al-vo; Ter-ra; Man-so
Fonte[NOG1989].
3.14.4 SEGMENTO DO TIPO IV
Estrutura: ViC1C2C3Vf
Neste segmento so trs consoantes entre as vogais, e tambm possuem as excees
anteriores que devem ser levadas em considerao. Veja o exemplo na tabela 11.
TABELA 11: EXEMPLO DE SEGMENTO (TIPO IV)
Condio Separao Exemplos
C3 = H, L ou R CiC1- C2C3Vf Ms-cla; En-cher;
Outros casos CiC1C2 C3Vf Abs-ces-so; obs-t-cu-lo;
Fonte[NOG1989].
3.14.5 SEGMENTO DO TIPO V
Estrutura : ViC1C2C3C4Vf
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Esta separao tambm considerada simples pois na teoria no possui exceo. A
separao silbica neste caso ser feita sempre da seguinte forma : ViC1C2 C3C4Vf.
Como no exemplo : subs-cre-ver; ins-tru-o.
3.15 GERAO DO CDIGO FONTICO
Conforme [NOG1989], considera-se a fonetizao de nomes com vrias palavras
(pessoas, produtos, endereos, etc.). estabelecendo os seguintes conceitos:
a)Nomes : nome completo que identifica a entidade. Exemplo: Luiz Carlos da Silva,
Geladeira Cnsul Super Luxo, etc.;
b)Palavras : grupos de caracteres contnuos delimitado por um espao em branco.Exemplo : Carlos, Super, Cnsul.
Para a gerao do cdigo fontico[NOG1989], define os seguintes passos:
a)efetuar a separao silbica de cada palavra;
b)as preposies de, da, dos, das, e a conjuno e devem ser eliminadas
para facilitar a consulta;
c)abreviaturas muito curtas que geram apenas uma slaba, tambm podem ser
eliminadas;
d)para cada slaba de cada palavra deve-se proceder da seguinte forma:
- converter as vogais : Se as vogais forem desprezadas ocorrer um grande
nmero de cdigos fonticos gerados que sero iguais, porm a fala da palavra
escrita no ter o menor sentido. Por outro lado se as vogais forem sempre
consideradas pode ocorrer que todas as palavras parecidas foneticamente no
sejam encontradas por diminuir consideravelmente a gerao dos cdigos
fonticos iguais;
- converter as consoantes : Deve-se converter as consoantes iniciais de cada
slaba responsveis pela formao dos sons, ignorando a letra h no incio, as
consoantes responsveis apenas em formar os sons alveolares (L em cla e
tal), vibrantes (R em pra e par), nasais (M em som e N em
senso) e sibilantes (S em nascer).
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Conforme[NOG1989], a melhor opo a ser implementada para uma rotina de
reconhecimento fontico ser:
a) localiza-se a penltima slaba nas palavras no monosslabas e a ltima slaba nas
monosslabas. Seleciona-se a vogal de menor classe, conforme tabela 12, sendo
considerada a que mais se destaca;
b)em palavras que comeam com H, ou vogal , considerar a vogal inicial;
c)Usar o critrio da regio de articulao conforme tabela 12.
TABELA 12 : CDIGO FONTICO DAS VOGAIS
Classe Classificao Vogais
0 Centrais A
1 Anteriores E , I , Y
2 Posteriores O , U
Fonte[NOG1989].
Usar o critrio do modo de articulao, papel das cordas vocais e papel das cavidades
bucal e nasal conforme tabela 13.
TABELA 13 : MODO DE ARTICULAO DOS FONEMAS
CL Fonemas Modo Articulao Ponto articulao Cordas Cavidades
B B Oclusivas Bilabiais Sonoras Nasais
C C(a,o,u,l,r) K, Q. Oclusivas Velares Surdas
D D Oclusivas Linguodentais Sonoras
F F Fricativas Labiodentais SurdasG G(a,o,u,l,r) Oclusivas Velares Sonoras
J J, G(e,i,y) Fricativas Palatais Sonoras
L L Laterais Alveolares
M M Oclusivas Bilabiais Nasais
N N Oclusivas Alveolares Nasais
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P P Oclusivas Bilabiais Surdas
R R Laterais Velares
S S, Z, , SS, C(e,i,y) Fricativas Labiodentais
T T Oclusivas Linguodentais Surdas
V V, W Fricativas Labiodentais Sonoras
X X, Ch, Sh Fricativas Palatais Surdas
Fonte[LOP1997].
3.16 ROTINA DE ACESSODe acordo com[NOG1989], para fazer uma rotina de acesso preciso:
a) traduzir o nome ou palavra informada par um cdigo fontico;
b)atravs do cdigo gerado buscar no ndice correspondente as chaves candidatas e
para cada chave candidata acessar o cadastro, pegar as informaes necessrias e
mostrar para o usurio fazer sua escolha.
A rotina de acesso fica melhor representada de acordo com a figura 01.FIGURA 01: ROTINA DE ACESSO
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4 WEB SERVER
4.1 INTRODUO
Este captulo trata sobre conceitos e arquitetura que a ORACLE utiliza para gerenciar
as aplicaes na Internet.
Conforme[BRO1998], O Oracle WebServer possui uma arquitetura aberta, ideal para
desenvolver produtos e negcios agrupando tecnologia de Internet, intranet ou extranetcom
acesso a base de dados Oracle. Sua arquitetura forte o suficiente para apoiar aplicaes ou
negcios considerados crticos, tanto por complexidade de operaes quanto ao tamanho, ou
mesmo quantidade de acessos aos dados.
Ainda com [BRO1998], O OWS - Oracle Web Server proporciona mais
funcionalidade do que um servidor de WEB tradicional. Pois integrado com a base de dados
ORACLE, permitindo que um procedimento armazenado de PL/SQL Linguagem de
Programao, gere pginas de HTML. Esta facilidade faz com que se consiga criar pginas
em HTML dinmicas, baseadas na entrada de dados, e dependendo de como os dados
devero ser tratados, gera-se uma nova pgina dinamicamente.
Para trabalhar com o OWS, preciso ter uma ferramenta para configurao e
administrao, esta ferramenta que a ORACLE tem disponvel a OAS - Oracle
Applications Server, que possui interface HTML, interface applet java para que o
administrador possa trabalhar remotamente como localmente. O OAS separado em duas
partes:
a)OASAdministrador;
b)OAS Utilities.
A parte do administrador acessada somente com conta e senha de um DBA
Database Administrator, isto porque a partir do administrador que se torna possvel
inicializar ou finalizar o OAS utilities. Tambm utilizado em tarefas administrativas como
instalar o banco de dados e rodar packages para uma nova aplicao por exemplo.
A parte de utilitrios a parte onde os usurios utilizam sistemas, ou seja, a parte
que liga o usurio atravs de uma conexo HTTP Hipper Text Transfer Protocol, de
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qualquer browser ao OAS. Esta conexo pode solicitar uma pgina esttica ou uma pgina
dinmica. Se a pgina solicitada for uma pgina dinmica, o OAS cria est atravs de uma
stored procedure e executa-a retornando a pgina que aprocedure de banco chamada gera em
HTML. J no caso da solicitao feita pelo usurio ser uma pgina esttica o OAS busca a
pgina conforme endereo que o protocolo HTTP forneceu, que na verdade est em um
diretrio configurado no servidor.
O OWS possui um ambiente com caractersticas favorveis sendo:
a)escalabilidade de empreendimento;
b)confiabilidade incomparvel;
c)pode ser programado em vrios idiomas;
d)plataforma porttil.
4.2 ARQUITETURA DO WEBSERVER
O Oracle WebServer mais complicado do que os servidores da Web comuns, mas
tambm mais poderoso. Para funcionar corretamente, envolve-se com o servidor vrios
objetos e o servidor comunica-se entre eles, para manter as pginas e as solicitaes de
usurios sempre disponvel. A arquitetura WebServer constitudo pelos seguintescomponentes, que tambm so encontrados na figura 02.
a)Listenerda Web;
b)CGI - Common Gateway Interface;
c) Interface WRB - Web Request Broker;
d)Despachante WRB;
e)Agentes PL/SQL.
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FIGURA 02: ARQUITETURA WEB SERVER
Fonte[BRO1998].
4.2.1 LISTENER DA WEB
O objeto chamado de Listener responsvel pela recepo de uma URL - Uniform
Resource Locatorde um browser denominado de Cliente, e o Listener tambm fica
responsvel em responder determinados dados para o Cliente conforme solicitao feita pelo
mesmo. Sendo assim todas as solicitaes feitas por usurios e todas as respostas recebidas,
sendo pginas estticas ou dinmicas so recebidas e enviadas atravs doListener.
4.2.2 COMMON GATEWAY INTERFACE
A finalidade de um servidor da Web responder aos pedidos de um cliente.
Normalmente, as respostas so pginas HTML estticas. O CGI proporciona uma interface
com um programa residente no servidor que processa os dados recebidos atravs desta
interface e tem como sada respostas em HTML ou pginas dinmicas.
4.2.3 INTERFACE WEB REQUEST BROKER
A WRB uma interface adicional que ativa a chamada de um programa executvel
pelo Listener. Quando o Listener identifica a necessidade de executar a interface WRB,
delega o processamento para o despachante WRB (tpico 4.2.4), e retorna a processar pedidos
de outros clientes. A interface WRB especfica do Oracle WebServer, enquanto que o
protocolo CGI um componente de todos os servidores WEB. Veja figura 03.
BROWSER LISTENERWRB PL/SQL
CARTRIDGE
ORACLERDBMS
url
resposta
Privilegios
Retornos
Execuo
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Conforme [ORA1999], o agente o principal meio de acesso que o Servidor
WebServer tem para chegar a base de dados. Pois quando o Listenerrecebe uma URL e est
URL est referenciando-se a um agente PL/SQL, oListenerchamar o agente e este far uma
nova ligao com a base de dados executando o procedimento contido no parmetro da URL.
O procedimento a ser executado pode por sua vez tambm receber parmetros. Estes
parmetros viro junto com a URL. Aps o processamento da funo devolvido ao cliente
uma pgina em HTML, que gerada a partir de pacotes especficos que tambm so
fornecidos com o servidor WebServer.
4.3 DESCRITOR DA LIGAO BASE DE DADOSAo chamar um procedimento contido na base de dados, o agente PL/SQL necessita
estabelecer uma conexo com a base, para se saber qual o nome do usurio, senha, nome do
banco, por questes de segurana, entre outros. E estas informaes esto contidas no DCD -
Descritor da Ligao Base de Dados. O que possui dentro de um DCD est descrito
conforme tabela 14.
TABELA 14: DEMONSTRAO DO DESCRITOR DE DADOS
Nome do Campo Significado
USURIO O nome do usurio. necessrio que os procedimentos
relacionados com a chamada possam ser executados por este
usurio.
SENHA Senha do Usurio
ORACLE_HOME Diretrio onde o ORACLE est instalado no Sistema
Operacional.
ORACLE_SID Nome da base de dados onde deve-se conectar para acessar os
procedimentos.
OWA_ERROR_PAGE Local onde est uma pgina de erro, esttica, que serve para que
o servidor devolva para o usurio caso encontre algum erro do
sistema operacional ou mesmo do banco de dados.
OWA_VALID_PORTS Contm uma lista de portas vlidas nas quais o listener
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responder.
OWA_LOG_DIR Diretrio no servidor onde o agente PL/SQL escrever, todos
seus passos. Este server para o administrador diagnosticar erros
que porventura venham a ocorrer.
Fonte[BRO1998].
Estes parmetros contidos no DCD podem ser administrados pelo administrador a
partir da pgina de administrao do servidor WebServer. Esta pgina criada quando
instalado o servidor, permitindo assim criar ou modificar o contedo do DCD.
4.4 CGI E WRB
Os agentes de PL/SQL podem ser chamados tanto a partir de interface CGI , como
tambm atravs dos WRB. Em qualquer dos casos, o DCD utilizado pois necessrio
indicar as informaes da ligao base de dados. Ento a dvida qual das duas a melhor
opo?
Segundo[ORA1999], a interface WRB utiliza a WRBX - Web Request Broker Extend
que uma extenso do WRB e serve apenas para criar manter e cuidar de uma conexo com abase de dados do Oracle, e funciona em duas fases:
a) estabelecida a ligao em si. A WRBX, ou seja, logo que criada;
b)para cada pedido, a WRBX entrar em sesso na base de dados. Quando o pedido
estiver concludo, a WRBX sara da sesso, mas a ligao permanece ativa.
Ainda com [ORA1999], no caso da ligao ser feita atravs da interface CGI, o agente
PL/SQL tem de concluir ambas as fases da ligao para cada pedido, o que necessrio
porque cada pedido que feito atravs da interface CGI, gera um novo processo, e para cada
processo deve-se utilizar todos os passos.
Concluindo, sendo que a interface WRB, fica permanentemente conectada e que para
cada chamada que recebe s necessita executar o segundo passo, e ainda levando em
considerao que o primeiro passo mais demorado, a utilizao do WRB torna os pedidos
mais rpidos e por isso recomendado.
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4.5 LOCALIZAO DOS OBJETOS DO BANCO DE DADOS
O ORACLE WebServer possui um servio que tem a finalidade de procurar os nomes
de objetos, diretrios virtuais, locais de imagens, entre outros. Este servio uma das funesda ORB, e verificar se o cliente tem acesso, ou se suas solicitaes realmente existam mesmo
no servidor. O ORB utiliza CORBA para comunicao entre seus vrios processos, sendo que
estes processos localizam, identificam e retornam ao solicitante afirmativo (True) ou negativo
(False), no caso de xito ou falha na procura.
Estes mesmo objeto tambm tem o poder de verificar se existe disponibilidade do
servidor em responder a processo, no caso de existirem muitas solicitaes feitas e o consumo
de CPU do servidor estiver relativamente alto. O ORB pode negar-se a receber o pedido,retornando ao cliente o que contem no DCD, no campo relativo ao erro, configurado pelo
administrador.
Quando o cliente tem acesso aos objetos o ORB retorna verdadeiro para o despachante
que por sua vez executa as aplicaes e retorna para oListenero resultado da solicitao do
cliente. Conforme figura 04,