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JAN 2001 NBR ISO/IEC 17025
Requisitos gerais para competncia delaboratrios de ensaio e
calibrao
ABNT - AssociaoBrasileira deNormas Tcnicas
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SumrioPrefcioIntroduo1 Objetivo
2 Referncias nor~~ti\,a3 Termos e defini
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2 NBR ISO/IEC 17025:2001''.
slido. A seo 5 especifica os requisitos para a competncia tcnica
para os tipos de ensaios e/ou calibraes que o labo-ratrio
realiza.
O crescimento do uso de sistemas da qualidade, em geral, tem
aumentado a necessidade de assegurar que laboratriosque fazem parte
de organizaes maiores ou que oferecem outros servios possam operar
de acordo com um sistema daqualidade que esteja em conformidade com
a NBR ISO 9001 ou a NBR ISO9002, bem como com esta Norma.
Portanto,foram tomados cuidados para incorporar todos os requisitos
da NBR ISO 9001 e NBR ISO 9002 que so pertinentes aoescopo dos
servios de ensaio e calibrao cobertos pelo sistema da qualidade do
laboratrio.
Os laboratrios de calibrao e ensaio que atendam a esta Norma,
portanto, operaro tambm de acordo com aNBR ISO 9001 ou NBR ISO
9002.
Apenas a certificao das NBR ISO 9001 e NBR ISO 9002 no
demonstram a competncia do laboratrio para produzir da-dos e
resultados tecnicamente vlidos.
Convm que a aceitao de resultados de ensaio e calibrao entre
paises deva ser facilitada se os laboratrios atenderema esta Norma
e se eles obtiverem o credenciamento de organismos que tenham
acordos de reconhecimento mtuo com or-ganismos equivalentes de
outros pases, os quais utilizem esta Norma.
O uso desta Norma facilitar a cooperao entre laboratrios e
outros organismos, auxiliando na troca de informao e ex-perincia e
na harmonizao de normas e procedimentos.
10bj.tivo ~ ~1.1 Esta Norma especifica os requisitos4~. t~
ciaemfelizar ~~
u calibraes, incluindo amostra-gemo Ela cobre ensaios e
calibrae~I til ndo-se\n~
'tOdo
rnor,ah
J.z
.
t
~os no normalizados e mto-
dosdesenvolvidospelolaboratrio. ,I\. \ ~1.2EstaNorma aplicvela
to. '7 a iza s u realiza nsa~o~e/~ .li r~~\ s
incluem,porexemplo,la-boratrios de primeira, seguno/1 }9l;Ceira
partes Ifboratriost de q ersai~~/o ca~ra~ ~~o parte da inspeo e
dacertificao de produto. / I I I 1 n I I ~ I. 'Esta Norma aplicvel
a
~
to'L o'I'oratrios, lin er.tden
;5te ai nmJr
lde pe
1r
l s oJ
~.
a eXte
~',do escopo das ativi-
dades de ensaio e/ou calib
~' - ~ando um lat a: r\o no r~{JlizaUlf ou mai as ativ da~Ets
~ertas por esta Norma,
~~:,~o amostrag.m. R odIs.nvolvlm.no . n"""" ,dOS.f .qulsij s.
ef.nln os a os :"I"os noso apU-1.3 As notas apresentamT. I r c
entos sobre o e
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Q1
se or
i.'
J
aes. Elas nl ontm
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Lq~ittos e no so par-tes integrantes desta No. .
1.4 Esta Norma para S
~t,Lz Jp.por laborat~ris d.s.nvo' Ir. to dos seI
J'st.~Js da qu lil)d"administrativo e
tcnico que regem suas o r 0es. Clientes &~ atJfrptrios,
autrI d s regUlt entaoojas e or ~Jsmos de credencia-
mento podem tambm us- a ~oA\mao o~ n reCii>nheCimentj a
cqmpetnf;i de Itbbratri~S~I "1.5 O atendimento a reqUiSi~~ \gurana
e
ttg Ilmentoss01rl
rera1 d
tlabor!ltrij' ~p est coberto por esta
~_::'os 'aboratriosd. .nsa~ . raoai n ..~ aos reqJ.~osd sta
N0t...,'uota umsistemadaqualida-de paraas suas atividades de ensaio
libraai qu fambm p1ffi1de ds requisItos da)l~F9S09001,quando
envolvidosem projeto/desenvolvimento de nov~~ osle u ~senvolyefi
progr~mas d~l~ns i9--c~binando mtodos de ensaio ecalibrao
normalizados e no normalizaaos1oo.:B 'SQ.",90Q2,qua~dq usam~as
todos normalizados. O anexo Acontm a matriz de correlao entre
esta~O{[ha~~01 e~~2. .a Norma contempla diversos requi-sitos de
competncia tcnica que no so contetARl,doBR-I8' r:\e~E a NBR ISO
9002.NOTA1 - Poder ser necessrio explicar ou interpretar alguns dos
requIsitos desta Norma para assegurar que estes requisitos
sejamaplicados de maneira consistente. O anexo B fomece orientaes
para o estabelecimento de aplicaes em reas especficas,
especial-mente para organismos de credencamento (ver ABNT ISO/IEC
Guia 58:1993, 4.1.3).
NOTA 2 - Se um laboratrio deseja o credenciamento para parte ou
para todas as suas atividades de ensaio e calibrao, convm que
eleescolha um organismo de credenciamento que opere de acordo com o
ABNT ISO/IEC Guia 58.
2 Referncias normativas
As normas relacionadas a seguir contm disposies que, ao serem
citadas neste texto, constituem prescries para estaNorma. As edies
indicadas estavam em vigor no momento desta publicao. Como toda
norma est sujeita a reviso, re-comenda-se queles que realizam
acordos com base nesta que verifiquem a convenincia de se usarem as
edies maisrecentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a
informao das normas em vigor em um dado momento.
NBR ISO 9001:1994,Sistemas da qualidade- Modelo para garantia da
qualidade no projeto, desenvolvimento,produo, instalao e
servio.
NBR ISO 9002:1994, Sistemas da qualidade- Modelo para garantia
da qualidade na produo, instalao e servio.ABNT ISO/lEC Guia 2,
Termos gerais e suas definies referentes normalizao e atividades
correlatas.
VIM: Portaria INMETRO nQ29 de 10 de maro de 1995-Vocabulrio
intemacional de termos fundamentais e gerais demetrologia, emitido
por BIPM, IEC,IFCC, ISO, IUPAC, IUPAP e OIML
NOTA 1 - Outras normas, guias etc. adicionais, relacionados aos
tpicos incluidos nesta Norma, so citados na bibliografia.
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,.NBR ISO/IEC 17025:2001 3
NOTA 2-Convm observar que quandoesta Norma estava sendo
desenvolvida, as revises da NBR ISO 9001 e da NBR ISO 9002 esta-vam
previstas para serem publicadas ao final de 2000, unificadas na NBR
ISO 9001:2000.
3 Definies
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se os termos e definies
pertinentes contidas no ABNT ISOIIEC Guia 2 e no VIM.
NOTA - As definies gerais referentes qualidade so dadas na NBR
ISO.8402, enquanto o AB~T ISOIIEC Guia 2 estabelece
definiesespecificamente relacionadas normalizao, certificao e
credenciamento de laboratrio. Quando as definies dadas so
diferentes naNBR ISO 8402, as definies do ABNT ISO/IEC Guia 2 e do
VIM so preferidas.
4 Requisitos da Gerncia
4.1 Organizao
4.1.1 O laboratrio ou a organizao da qual faa parte deve ser uma
entidade que possa ser legalmente responsvel.
4.1.2 responsabilidade do laboratrio realizar suas atividades de
ensaio e calibrao de modo a atender aos requisitosdesta Norma e
satisfazer as necessidades dos clientes, das autoridades
regulamentadoras ou das organizaes que fome-cem reconhecimento,
4.1.~ O sistema de ~erenci~mento do
laboratriQ.Jl~e.~~er;j~..o&..t!:ba~hosrealizados ~a~suas
ins~a~aesp:rm,anentes, emlocais fora de suas rnstalaoes
perma~m'ln'Stal O'eS"'a~~ ao laboratono, temporanas ou movels.4.1.4
Se o laboratriofor parte d~~~~
f
~ 'eal'''1''~~ almde ensaiose/ouoaUbmes,as 'es-ponsabilidadesdo
pessoa.
I-~\~l~
.
. ga iz
,
lO'qu 'rnha~
,
e~eVOIVi~~,
l"'o~.ipfluncianas atividades de ensaioelou
calibrao do laboratrio,/m~' fini a, e
mOd','dent]ar11{>teI
C8~~~de interesse.NOTA 1 - Quando um IabQt}to.9(~ pa e eu, a
organif oJ
alp~~I{~ml ~Ol,}r~jOS organizacionais sejam tais que osla~c6l'"
d intere s s, ais como Pld o, mrkeJF.lg"'c\orerCi1ito~~
~ ~eiro,
conformidade do laboratn7l'uisitos d st No a. INOTA 2 - Se o
laborat{ e e'~r reconh cdo o o um I boratri dl terceir parte, co~~
~seja capaz de demonstrar que "',~,c;ale ,"eele'f~;'?~al",,"o"" ,
.elfisq, uer.'t',J"so", '!o.neIi:Ir:e direitos de ,m,riedade
dosseus cllenles, Incluln~o mcedln\etos[ra
Jpr ~~t;oa
r1 armazfn~m
ii.nfQ a (ransmisso eletrnica dos resulta-
dos; ~ I l)d) te, poli"oase ,mcedlmenlo:Da~'i!a, 1.] oJ. e~
emqua~que!:,.ilI adesquepoderiamdlmlnu"a confianana
suacompelncia,Imparelalida,Ji'n~,9"e) definir a estrutura
organizacional e geren i boratri~~ na organizao principal e as
relaes entre a ge-
rncia da qualidade,operaes tcnicas e servios e apoio;
f) especificar a responsabilidade, a autoridade e o
inter-relacionamento detodoo pessoal que gerencia, realiza ou
verificatrabalhos que afetam a qualidade dos
ensaioseloucalibraes;
g) prover superviso adequada do pessoal de ensaio e calibrao,
inclusive daqueles em treinamento, por pessoas fami-liarizadas com
os mtodos e procedimentos, com a finalidade de cada ensaioelou
calibrao e com a avaliao dos re-sultados de ensaio ou calibrao;
h) ter gerncia tcnica que tenha responsabilidade total pelas
operaes tcnicas e pela proviso dos recursos necess-rios para
assegurar a qualidade requerida das operaes do laboratrio;
i) nomear um membro do seu quadro de pessoal como gerente da
qualidade (qualquer que seja a denominao), que in-dependentemente
de outros deveres e responsabilidades, deve ter responsabilidade e
autoridade definidas para asse-gurar que o sistemada qualidade seja
implementado e seguido permanentemente; o gerente da qualidade deve
teracesso direto ao mais alto nvel gerencial, onde so tomadas as
decises .sobre as polticaselou recursos do labora-trio;
j) nomear substitutos para o pessoal-chave no nvel gerencial
(ver nota).
NOTA -Algumas pessoas podem ter mais de uma funo e pode ser
impraticvel designar substitutos paracada funo.4.2 Sistema da
qualidade
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4 NBR ISO/IEC 17025:2001 .~
4.2.1 O laboratrio deve estabelecer, implementar e manter um
sistema da qualidade apropriado ao escopo das suas ati-vidades. O
laboratrio deve documentar suas polticas, sistemas, programas,
procedimentos e instrues, na extenso ne-cessria para assegurar a
qualidade dos resultados de ensaioselou calibraes. A documentao do
sistema deve ser co-municada, compreendida, estar disponvel e ser
implementada pelo pessoal apropriado.
4.2.2 As polticas e objetivos do sistema da qualidade do
laboratrio devem estar definidos em um manual da qualidade(qualquer
que seja a denominao). Os objetivos gerais devem estar documentados
numa declarao da poltica da quali-dade. A declarao da poltica da
qualidade deve ser emitida sob a autoridade do executivo-chefe. Ela
deve incluir, pelomenos, o seguinte:
a) o comprometimento da gerncia do laboratrio com as boas
prticas profissionais e com.9 qualidade dos seus ensaiose calibraes
no atendimento aos seus clientes; .
b) a declarao da gerncia sobre o nvel do servio do
laboratrio;
c) os objetivos do sistema da qualidade;
d) um requisito de que todo o pessoal envolvido nas atividades
de ensaio e calibrao abrangidas pelo laboratrio familia-rize-se com
a documentao da qualidade e implemente as polticas e os
procedimentos nos seus trabalhos; e
e) o comprometimento da gerncia do laboratrio com a conformidade
a esta Norma.
a) edies autorizadas dos documentos
apropriadosEfsteja~~.veiS1fri1 todos os locais onde sejam
realizadas ope-raes essenciais para o efetivo funcionamento do
laboratrio;
b) os documentos sejam periodicamente analisados criticamente e,
quando necessrio, revisados para assegurar contnuaadequao e
conformidade aos requisitos aplicveis;
c) documentos invlidoselou obsoletos sejam prontamente removidos
de todos os pontos de emisso ou uso, ou, de algu-ma outra forma,
seja impedido o seu uso no intencional;
I ) 9ocumentos obsoletos retidos, por motivos legaiselou para
preservao de conhecimento, sejam adequadamente
iden-tificados.4.3.2.3Os documentos do sistema da qualidade gerados
pelo laboratrio devem ser univocamente identificados. Esta
iden-tificao deve incluir a data da emissoelou identificao da
reviso, paginao, o nmero total de pginas ou uma marcaindicando o
final do documento e a(s) autoridade(s) emitentes.
4.3.3 Alteraes em documentos
4.3.3.1As alteraes nos documentos devem ser analisadas
criticamentee aprovadas pela mesma funo que realizou aanlise crtica
original, salvo prescrio em contrrio. O pessoal designado deve ter
acesso informao prvia pertinente,para subsidiar sua anlise crtica e
aprovao.
4.3.3.2Onde praticvel, o texto alterado ou o novo texto deve ser
identificado no documento ou em anexos apropriados.
4.3.3.3Se o sistema de controle da documentao do laboratrio
permitir emendas manuscritas dos documentos, at suareemisso, devem
ser definidos os procedimentos e as pessoas autorizadas para fazer
essas emendas. As emendas de-
-
".NBR ISO/IEC 17025:2001 5
vem ser claramente marcadas, rubricadas e datadas. Um documento
revisado deve ser reemitido formalmente o mais brevepossvel.
4.3.3.4Devem ser estabelecidos procedimentos para descrever como
so realizadas e controladas as alteraes nos do-cumentos mantidos em
sistemas computadorizados.
4.4 Anlise crtica dos pedidos, propostas e contratos
4.4.1 O laboratrio deve estabelecer e manter procedimentos para
a anlise crtica dos pedidos, propostas e contratos. Aspolticas e
procedimentos para as anlises crticas que originem um contrato para
ensaioelou calibrao devem garantirque:
a) os requisitos, inclusive os mtodos a serem utilizados, sejam
adequadamente definidos, documentados e entendidos(ver 5.4.2);
NOO
b) o laboratrio tenha capacidade e recursos para atender aos
requisitos;
c) seja selecionado o mtodo de ensaio elou calibrao apropriado
e(ver 5.4.2).
Quaisquer diferenas entre o pedido ou proposta e o contrato
devem ser resolvidas antes do incio do trabalho. Cada con-trato
deve ser aceito tanto pelo laboratrio como pelo cliente.
NOTA 1 - Convm que a anlise crtica do p~i~ta e contra~du~ de.uma
~aneira prtica ~.eficien.t~e que os ef~itosdos aspectos
financeiros, legais e de ~~e~~e"\7ciJ s:\.m conSld~~~~
lentes Intemos, as analises cntlcas dos pedidos,
propostas e contratos podem ser r~l~d~~rrti"arimPlifi\\a.NOTA 2
- Convm que a anl~#~~~~ci a. e do la~pl'{ltriO et~~e st)s~rtPQ. s
~~srecursos fsicos, de pessoal e de infor-maesnecessrios,e se
oY7'~.}
-
6 NBR ISO/IEC 17025:2001",
4.6.3 Os documentos de aquisio dos itens que afetam a qualidade
do resultado do laboratrio devem conter dados quedescrevam os
servios e suprimentos solicitados. Estes documentos devem ter seu
contedo tcnico analisado critica-mente e aprovado antes da
liberao.
NOTA -A descriopodeincluir tipo, classe, grau, identificao
precisa, especificaes, desenhos, instrues de inspeo, outros
dadostcnicos, incluindo aprovao dos resultados de ensaio, a
qualidade requerida e a norma do sistema da qualidade sob a qual
eles foramfeitos.
4.6.4 O laboratrio deve avaliar os fornecedores dos materiais de
consumo, suprimentos e servios criticos que afetem aqualidade de
ensaios e calibraes, e deve manter registros dessas avaliaes e
listar os que foram aprovados.
4.7 Atendimento ao cliente
O laboratrio deve oferecer cooperao aos clientes ou a seus
representantes, para esclarecer o pedido do cliente e paramonitorar
o desempenho do laboratrio em relao ao trabalho realizado, desde
que o laboratrio assegure a contidencia-lidade em relao a outros
clientes.
NOTA 1-Tal cooperao podeincluir:a) disponibilizao ao cliente ou
a seus representantes, razovel acesso s reas pertinentes do
laboratrio, para presenciar os ensaios
elou calibraes realizadas para o cliente;
d)
e)
4.9.2 Onde a avaliaoindicarque o trabalho no-conforme pode se
repetir ou que existe dvida sobre a conformidade dasoperaes do
laboratrio com suas prprias polticas e procedimentos, os
procedimento de ao corretiva dados em 4.10devem ser seguidos
imediatamente.
4.10 Ao corretiva
4.10.1 Generalidades
O laboratrio deve estabelecer uma poltica e procedimento e deve
designar autoridades apropriadas para implementaraes corretivas
quando forem identificados trabalhos no-conforme ou desvios das
polticas e procedimentos no sistemada qualidade ou nas operaes
tcnicas.
NOTA - Um problema com o sistema da qualidade ou com as operaes
tcnicas do laboratrio pode ser identificado por meio de
vriasatividades, tais como: controle de trabalho no-conforme,
auditorias internas ou externas, anlise critica pela
gerncia,feedback de clien-tes ou observaes do pessoal.
4.10.2 Anlise de causas
O procedimento para a ao corretiva deve iniciarcom uma
investigao para a determinaoda(s)causa(s)-raizdo pro-blema.
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:NBR ISO/IEC 17025:2001, 7
NOTA-A anlise da causa a chave e, algumas vezes, a parte mais
difcildo procedimento de ao corretiva.Freqentemente a causa-raiz no
bvia e, portanto, necessria uma anlise cuidadosa de todas as causas
potenciais do problema. As causas potenciaispodem incluirrequisitos
do cliente, as amostras, especificaes de amostra, mtodos e
procedimentos, habilidades e treinamento dopessoal, materiais de
consumo ou equipamento e sua calibrao.
4.10.3 Seleo e implementao de aes corretivas
Onde for necessria uma ao corretiva, o laboratrio deve
identificaraes corretivas potenciais. Ele deve selecionar
eimplementar a(s) ao(es) que seja(m) mais provvel(eis) para
eliminaro problema e prevenir sua reincidncia.
As aes corretivas devem ser de um grau apropriado magnitude e ao
risco do problema.
O laboratrio deve documentar e implementar quaisquer mudanas
requeridas resultantes das investigaes relacionadascom as aes
corretivas.
4.10.4 Monitorizao das aes corretivas
O laboratrio deve monitoraros resultados para garantir que as
aes corretivas tomadas sejam eficazes.
4.10.5 Auditorias adicionais
NOTA -Os registros podem estar em quaisquer meios, tais como em
papel ou meio eletrnico.4.12.1.3 Todos os registros devem ser
mantidos seguros e com confidencialidade.
4.12.1.4 O laboratrio deve ter procedimentos para proteger e
fazer cpias de segurana dos registros armazenados eletro-nicamente
e prevenir o acesso ou emendas no autorizados nesses registros.
4.12.2 Registros tcnicos
4.12.2.1 O laboratrio deve preservar, por um perodo definido, os
registros das observaes originais, dados derivados einformaes
suficientes para estabelecer uma linha de auditoria, registros de
calibrao, registros do pessoal e uma cpiade cada relatrio de ensaio
ou certificado de calibrao emitido. Os registros de cada ensaio ou
calibrao devem conterinformaes suficientes para facilitar,se
possvel, a identificao de fatores que afetem a incerteza e
possibilitarque o en-saio ou calibrao seja repetido em condies o
mais prximo possvel das condies originais. Os registros devem
incluira identificao dos responsveis pela amostragem, pela realizao
de cada ensaio e/ou calibrao e pela conferncia deresultados.
NOTA1- Em certas reas pode ser impossivelou impraticvelmanter os
registros de todas as observaes originais.
NOTA2 - Registros tcnicos so acumulao de dados (ver 5.4.7) e
informaes que resultam da realizao de ensaios e/ou calibraes eque
indicam se os parmetros especificados da qualidade ou do processo
foram alcanados. Podem incluirformulrios, contratos, folhasde
trabalho, livrosde trabalho, folhas de conferncia, notas de
trabalho, grficos de controle, relatrios de ensaio e certificadosde
calibra-o, externos e internos, bem como notas, papis efeedbackde
clientes.
-
NBR ISO/IEC 17025:2001",
4.12.2.2Observaes, dados e clculos devem ser registrados no
momento em que so realizados e devem ser identific-veis tarefa
especifica a que se referem.
4.12.2.3Quando ocorrem erros nos registros, cada erro deve ser
riscado, no devendo ser apagado, tornado ilegvel nemeliminado. O
valor correto deve ser colocado ao lado. Todas as alteraes em
registros devem ser assinadas ou rubricadaspela pessoa que fizer a
correo. No caso de dados armazenados eletronicamente, devem ser
tomadas medidas equiva-lentes, para evitar perda ou alterao do dado
orjginal.
4.13 Auditorias internas
4.13.1 O laboratrio deve, periodicamente e de acordo com um
cronograma e um procedimento predeterminados, realizarauditorias
internas das suas atividades para verificar se suas operaes
continuam a atender os requisitos do sistema daqualidade e desta
Norma. O programa de auditoria interna deve cobrir todos os
elementos do sistema da qualidade, in-cluindo as atividades de
ensaio e/ou calibrao. responsabilidade do gerente da qualidade
planejar e organizar as audi-torias, conforme requerido no
cronograma e solicitado pela gerncia. Estas auditorias devem ser
realizadas por pessoaltreinado e qualificado que seja, sempre que
os recursos permitirem, independente da atividade a ser
auditada.
NOTA - Convm que o ciclo de auditoria interna seja, normalmente,
completado em um ano.
- feedbackde clientes;
- reclamaes;
- outros fatores relevantes, tais como atividades de controle da
qualidade, recursos e treinamento de pessoal.
NOTA1- Umperodo tpco para a realizao de uma anlise criticapela
gerncia uma vez a cada12 meses.
NOTA 2 - Convm que os resultados alimentem o sistema de
planejamento do laboratrio e incluam as metas, objetivos e planos
deaopara o ano seguinte.
NOTA 3. Uma anlisecriticapela gerncia inclui a considerao de
assuntos relacionados com a mesma, nas reunies regulares da
ge-rncia.
4.14.2As constataes das anlises criticas pela gerncia e as aes
delas decorrentes devem ser registradas. A gernciadeve garantir que
essas aes sejam realizadas dentro de um prazo adequado e
combinado.
5Requisitos tcnicos
5.1 Generalidades
5.1.1 Diversos fatores determinam a correo e confiabilidade dos
ensaios e/ou calibraes realizados pelo laboratrio.Esses fatores
incluem contribuies de:
- fatores humanos(5.2);
- acomodaes e condies ambientais (5.3),
-
NBR ISO/IEC 17025:2001 9
- mtodos de ensaio e calibrao e validao de mtodos(5.4);
- equipamentos (5.5);- rastreabilidade da medio (5.6);
- amostragem (5.7);
- manuseio de itens de ensaio e calibrao (5.8).
5.1.2 A extenso na qual os fatores contribuem para a incerteza
total da medio difere consideravelmente entre (tipos de)ensaios e
entre (tipos de) calibraes. O laboratrio deve levar em conta esses
fatores no desenvolvimento dos mtodos eprocedimentos de ensaio e
calibrao, no treinamento e qualificao do pessoal e na seleo e
calibrao do equipamentoque utiliza.
5.2 Pessoal
5.2.1 A gerncia do laboratrio deve assegurar a competncia de
todos que operam equipamentos especificos, realizamensaios elou
calibraes, avaliam resultados e assinam relatrios de ensaio e
certificados de calibrao. Quando for utili-zado pessoal em
treinamento, deve ser feita uma superviso adequada. O pessoal que
realiza tarefas especificas deveser qualificado com base na formao,
treinamento, experincia apropriadoselou habilidades demonstradas,
conforme re-querido. -~
.
-' - ----..........~~ ...
NOTA 1-Em algumas reas tcnicas (P9P'~;~s.po-destru I
~~r...c.eqUeridO que o pessoal que realiza determinadastarefas seja
certificado. O laborat~"'y5.1 S,veto.c(l)f1Primen~s re
tli~!.fo~"esgecificados para certificao de pessoal. Osrequisitos
para certificao d. e. pe~. s .,1"f)9Ce t/r stabele'eiaosem
rllegula.rnen. tq. S?cJ.lIdoS{, as.no. rmas para a rea tcnica
especficaou requeridos pelo cliente. f'T J I "\. 1\" I I ~ "-NOTA 2
- Convm que o P
.
.!'" ,~,, Ir"" p'o'Oo,e:tle
-
10 NBR ISO/IEC 17025:20010.0,
5.3.2 O laboratrio deve monitorar, controlar e registrar as
condies ambientais conforme requerido pelas especificaes,mtodos e
procedimentos pertinentes, ou quando elas influenciam a qualidade
dos resultados. Deve ser dada a devidaateno, por exemplo.
esterilidade biolgica, poeira, distrbios eletromagnticos, radiao,
umidade, alimentao eltrica,temperatura eniveis sonoro e de vibrao,
conforme apropriado para as atividades tcnicas em questo. Os
ensaioseloucalibraes devem ser interrompidos quando as condies
ambientais comprometerem os resultados.
5.3.3 Deve haver uma separao efetiva entre reas vizinhas nas
quais existam atividades incompatveis. Devem ser to-madasmedidas
para prevenir contaminao cruzada.
5.3.4 O acesso e o uso de reas que afetem a qualidade dos
ensaioselou calibraes devem ser controlados. O laboratriodeve
determinar o nivel do controle. baseado em suas circunstncias
particulares.
5.3.5 Devem ser tomadas medidas que assegurem uma boa limpeza e
arrumao no laboratrio. Onde necessrio, devemser preparados
procedimentos especiais.
5.4 Mtodos de ensaio e calibrao e validao de mtodos
5.4.1 Generalidades
O laboratrio deve informar ao cliente quando o mi
5.4.3 Mtodos desenvolvidos pelo laboratrio
A introduo de mtodos de ensaio e calibrao desenvolvidos pelo
laboratrio para uso prprio deve ser uma atividadeplanejada e deve
ser designada a pessoal qualificado e equipado com recursos
adequados.
Os planos devem ser atualizados medida que prossegue o
desenvolvimento do mtodo e deve ser assegurada a comuni-cao efetiva
entre todo o pessoal envolvido.
5.4.4 Mtodos no normalizados
Quando for necessrio o emprego de mtodos no abrangidos por
mtodos normalizados, esses devem ser submetidos aacordo com o
cliente e devem incluir uma especificao clara dos requisitos do
cliente e a finalidade do ensaioelou calibra-o. O mtodo
desenvolvido deve ser devidamente validado de forma apropriada,
antes de ser utilizado.
NOTA - Para os novos mtodos de ensaio elou calibrao, convm que
sejam desenvolvidos procedimentos antes da realizao dosensaios elou
calibraes, que contenham pelo menos as seguintes informaes:
a) identificao adequada;
b) escopo;
c) descrio do tipo de item a ser ensaiado ou calibrado;
d) parmetros ou grandezas e faixas a serem determinadas;
-
:NBR ISO/lEC 17025:2001 11
e) aparato e equipamento, incluindo os requisitos de desempenho
tcnico;
f) padres de referncia e materiais de referncia requeridos;
g) condies ambientais requeridas e qualquer perodo de
estabilizao necessrio;
h) descrio do procedimento, incluindo:
- fixao de marcas de identificao, manuseio, transporte,
armazenamento e preparao dos itens;
- verificaes a serem feitas antes do incio do trabalho;
- verificao do funcionamento apropriado do equipamento e, onde
necessrio, calibrao e ajuste do equipamento antes de cada
utili-zao;
- o mtodo de registro das observaes e dos resultados;
- quaisquer medidas de segurana a serem observadas;
i) critrioelou requisitos para aprovaolrejeio;
j) dados a serem registrados e mtodo de anlise e apresentao;
NOTA 1 - A validao inclui a especificao dos requisitos,
determinao das caracteristicas dos mtodos, uma verificao de que os
re-quisitos podem ser atendidos com o uso do mtodo e uma declarao
sobre a validade.
NOTA 2-A medida que prossegue o desenvolvimento do mtodo, convm
que seja realizada anlise critica regular para verificar se
asnecessidades do cliente ainda esto sendo satisfeitas. Convm que
quaisquer mudanas nos requisitos que ocasionem modificaes noplano
de desenvolvimento sejam aprovadas e autorizadas.
NOTA 3 - A validao sempre um equilibrio entre custos, riscos e
possibilidades tcnicas. Existem muitos casos em que a faixa e
aincerteza dos valores (por exemplo exatido, limite de deteco,
seletividade, linearidade, repetitividade, reprodutibilidade,
robustez e sen-sibilidade cruzada) s podem ser fomecidas de forma
simplificada devido falta de informaes.
5.4.6 Estimativa da incerteza de medio
5.4.6.1Um laboratrio de calibrao ou um laboratrio de ensaio que
realiza suas prprias calibraes deve ter e deve apli-car um
procedimento para estimar a incerteza de medio de todas as
calibraes e tipos de calibraes.
5.4.6.2Os laboratrios de ensaio devem ter e devem aplicar
procedimentos para clculo das incertezas de medio. Em al-guns casos
a natureza do mtodo de ensaio pode impedir o clculo rigoroso,
metrologicamente e estatisticamente vlido daincerteza de medio.
Nesses casos, o laboratrio deve pelo menos tentar identificar todos
os componentes de incerteza efazer uma estimativa razovel. O
laboratrio deve garantir que a forma de relatar o resultado no d
uma impresso erradada incerteza. A estimativa razovel deve estar
baseada no conhecimento do desempenho do mtodo e no escopo da
me-dio, e deve fazer uso, por exemplo, de experincia e dados de
validao anteriores.
-
12 NBR ISO/IEC 17025:2001"',
NOTA 1-O grau de rigor necessrio para uma estimativa da
incerteza de medio depende de fatores como:- os requisitos do mtodo
de ensaio;
- os requisitos do cliente;
- a existncia de limites estreitos nos quais so baseadas as
decises sobre a conformidade a uma especificao.
NOTA 2 -Nos casos em que um mtodo de ensaio bem reconhecido
especifica limites para os valores das principais fontes de
incertezade medio e especifica a forma de apresentao dos resultados
calculados, considera-se que o laboratrio tenha satisfeito esta
seoao seguir as instrues do mtodo de ensaio e de relato
(ver5.10).
5.4.6.3 Quando for estimada a incerteza de medio, todos os
componentes de incerteza que sejam importantes para umadeterminada
situao devem ser considerados usando-se mtodos de anlise
apropriados.
NOTA1 -As fontes que contribuem para a incerteza incluem, mas no
so necessariamente limitadas aos, padres de referncia e ma-teriais
de referncia utilizados, mtodos e equipamentos usados, condies
ambientais, propriedades e condio do item ensaiado ou cali-brado e
o operador.
NOTA 2 -O comportamento previsvel a longo prazo do item
ensaiadoeloucalibrado normalmente no considerado ao estimar a
incer-teza da medio.
NOTA 3 - Para maiores informaes, ver ISO 5725 e o
GUia~J:aoa1'E?\~'"Ct8"IRC~edio (ver bibliografia).5.4.7Controle de
dados .
~ ~ ::::--;::::: .5.4.7.1 Os clculose as tranSfernci94~~d
I' r\~ ~eti os ,\rifi. O~~r~Priadas de uma maneira sis-temtica.
.,~. ~\ ~5.4.7.2 Quando so utilizadosC
~p ~
.
~rqr sou ui aeniojo ali~li' q~s..
amento, registro, relato,
armazenamento ou recupera~6lia Sde enls io
tcallbrn? o Ia ;~~de~e a"'!egof.>!\"'1:
a) osoftwaredesenVOIVidO
~'
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ci ntad
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]
~s e
(1
rOP~la
~~nte validados, comoadequado para uso;
~
~ \\b) sejam estabelecidos eU tados proce i etOS1J8 a proteao.
os dad tais rpcedime '~Si devem incluir,mas
no se limitara, integ1db. e e confidenciali a
.
e enra\~u COI~t
J
armazr n~mel1t
f
.' IrnnsmoW;be p",cessamento
dos dados; I I. ..\ IIc) os computadores e eq i a
nSoautOR:lati
!d!PS iam conse
~
\ do." e form . ass .g rar o fu i~amento adequado,e
esrejam_emoondl,$'\."l':~et'taIS e opera I a s ecessr'a ~ar
lman) n
lo}.[ legnda l.!:tbSdados de ensaio
e cahbraao. J\ ,'X \\ I 1 f fe,NOTA - Podem ser conSiderad
~.s
~,.e\ emente vai a o softwares erci~is de p~t eira ~p.r exem
J10:. rocessadores de texto,
bancode dadose programasd )s~) utilizad mia icaes de ,u h Qeral,
de'1trc!do cr1po de~PIi'O para o qual foramprojetados. Entretanto,
convm q e\~S\ configurae
1
e oi:Hcaes fei
7,
a e~essoftwares
tara o labora(ji(/sejam validadas segundo
5.4.7.2a). .\.
jI
I
1
l)hr5.5Equipamentos '\..\.." . I /.J'~5.5.1 O laborntriodeve ser
aparelhad~ ~ o e uito'pi~ts p.\.iamos"~",mZ e ensaio requendos parn
odesempenho correto dos ensaioselouca~~.
.~tClil;ldg..slamostrdgem~~ra..c(dos itens de
ensaioseloucalibra-
o, processamento e anlise dos dados de ens~,~r;:!~J.le~@s
-
:NBR ISO/IEC 17025:2001 13
d) localizao atual, onde apropriado;
e) instrues do fabricante, se disponiveis, ou referncia sua
localizao;
f) datas, resultados e cpias de relatrios e certificados de
todas as calibraes, ajustes, critrio de aceitao e a data daprxima
calibrao;
g) plano de manuteno, onde apropriado, e manutenes realizadas at
o momento;
h) quaisquer danos, mal funcionamento, modificaes ou reparos no
equipamento.
5.5.6 O laboratrio deve ter procedimentos para efetuar em
segurana o manuseio, transporte, armazenamento, uso e amanuteno
planejada dos equipamentos de medio, de modo a assegurar seu
correto funcionamento e prevenir contami-nao ou deteriorao.
NOTA - Quando o equipamento de medio for utilizado para ensaios,
calibraes ou amostragem, fora das instalaes permanentes
dolaboratrio, podem ser necessrios procedimentos adicionais.
5.6.1 Generalidades
Todo equipamentoutiliz~"\...~nsa
.
J LIII~~cal.i~~reS~
iflcluindol~eg~{ntos para medies auxiliares (porexemplo: condies
am~~~I~~~ reJh ~to s~lficati o sobre a e a'fiao ou validade do
resultado do ensaio,calibrao ou amostragem, dev~s~~il~rad~qe entrar
em servo 7G1B"bratrio deve estabelecer um programa e
procedimento para a calibrao do~ s.~nt6s. '" ./NOTA- Convmquetal
programaincluaumsistem para.sclo,..u~O, verificao,controlee
manutenodos padres,dosmateriais de referncia usados como padres e
do equipamento de medio e de ensaio usado para realizar ensaios e
calibraes.
5.6.2Requisitos especficos
5.6.2.1 Calibrao
5.6.2.1.1 Para laboratrios de calibrao, o programa de calibrao
do equipamento deve ser projetado e operado de formaque assegure
que as calibraes e medies feitas pelo laboratrio sejam rastreveis
ao Sistema Internacional de Unida-des (SI)(Systeme
internationald'units).
Um laboratrio de calibrao estabelece a rastreabilidade ao SI dos
seus prprios padres e instrumentos de medio, pormeio de uma cadeia
ininterrupta de calibraes ou comparaes, ligando-os aos padres
primrios das unidades de me-dida SI correspondentes. A ligao s
unidades SI pode ser obtida pela referncia aos padres nacionais. Os
padres na-cionais podem ser padres primrios, que so as realizaes
primrias das unidades SI ou representaes acordadas dasunidades SI
baseadas em constantes fsicas fundamentais, ou podem ser padres
secundrios que so padres calibradospor outro institutonacional de
metrologia.Quando forem utilizadosservos externos de calibrao, a
rastreabilidade da me-dio deve ser assegurada pela utilizaode
servios de calibrao de laboratrios que possam demonstrar
competncia,capacidade de medio e rastreabilidade. Os certificados
de calibrao emitidos por esses laboratrios devem conter
osresultados da medio, incluindoa incerteza de medioelouuma
declarao de conformidade a uma especificao me-trolgica
identificada(ver tambm5.10.4.2).
NOTA 1 - So considerados competentes os laboratrios de calibrao
que satisfaam os requisitos desta Norma. Um certificado de
cali-brao de um laboratrio de calibrao credenciado, segundo esta
Norma, para a calibrao em questo, que contenha o logotipo de
umorganismo de credenciamento, evidncia suficiente da
rastreabilidade dos dados de calibraorelatados.
-
14 NBR ISO/IEC 17025:2001"'-,
NOTA 2 - A rastreabilidade s unidades de medida SI pode ser
obtida por meio de referncia a um padro primrio apropriado (verVIM:
1995,6.4)ou por referncia a uma constante natural, cujo valor da
unidade SI pertinente seja conhecido e recomendado pela Con-ferncia
Geral de Pesos e Medidas (CGPM) e pelo Comit Internacional de Pesos
de Medidas (CIPM).
NOTA 3 - Os laboratrios de calibrao que mantenham seus prprios
padres primrios ou representao de unidades SI baseada emconstantes
fsicas fundamentais podem declarar rastreabilidade ao sistema SI,
somente aps a comparao direta ou indireta dessespadres com outros
padres similares de um instituto nacional de metrologia.
NOTA4 -O termo "especificao metrolgica identificada" significa
que deve estar claro no certificado de calibrao a especificao com
aqual as medies foram comparadas, por meio da incluso da
especificao ou fornecendo uma referncia sem ambigidades a tal
espe-cificao.
NOTA 5 - Quando os termos "padro internacional" ou "padro
nacional" forem utilizados associados rastreabilidade, assume-se
queesses padres possuem as propriedades de padres primrios para a
realizao das unidades SI.
NOTA 6 - A rastreabilidade a padres nacionais no requer
necessariamente o uso do instituto nacional de metrologia do pais
no qual olaboratrio est localizado.
NOTA 7 - Se um laboratrio de calibrao desejar ou precisar obter
rastreabilidade a um instituto nacional de metrologia diferente
daqueledo seu prprio pas, convm que este laboratrio escolha um
Instituto nacional de metrologia que participe ativamente das
atividades doBIPM, quer seja diretamente ou atravs de grupos
regionais.
Os materiais de referncia devem, sempre que possvel, ser
rastreveis s unidades de medida SI, ou a materiais de refe-rncia
certificados. Materiais de referncia internos devem ser verificados
na medida em que isso for tcnica e economica-mente praticvel.
5.6.3.3 Verificaes intermedirias
As verificaes necessrias manuteno da confiana nostatusda
calibrao dos padres de referncia, primrio, detransferncia e de
trabalho, bem como dos materiais de referncia, devem ser realizadas
de acordo com procedimentos ecronogramas definidos.
5.6.3.4 Transporte e armazenamento
O laboratrio deve ter procedimentos para efetuar em segurana o
manuseio, transporte, armazenamento e uso dos pa-dres de referncia
e dos materiais de referncia, de forma a prevenir contaminao ou
deteriorao e proteger sua integri-dade.
NOTA - Podem ser necessrios procedimentos adicionais, quando os
padres de referncia e os materiais de referncia forem utilizadosem
ensaios, calibraes ou amostragens realizadas fora das instalaes
permanentes do laboratrio.
5.7Amostragem
-
-JBR ISO/IEC 17025:2001 15
5.7.1 O laboratrio deve ter um plano e procedimentos para
amostragem, quando ele realiza amostragem de substncias,materiais
ou produtos para ensaio ou calibrao subseqente. Tanto o plano como
o procedimento de amostragem devemestar disponveis no local onde a
amostragem realizada. Os planos de amostragem devem, sempre que
isso for vivel,ser baseados em mtodos estatsticos apropriados. O
processo de amostragem deve abranger os fatores a serem
controla-dos, de forma a assegurar a validade dos resultados do
ensaio e calibrao.
NOTA 1 -Amostragem um procedimento definido, pelo qual uma parte
de uma substncia, material ou produto retirada para produziruma
amostra representativa do todo, para ensaio ou calibrao. A
amostragem tambm pode ser requerida pela especificao
apropriada,para a qual a substncia, material ou produto ensaiado ou
calibrado. Em alguns casos (por exemplo: anlise forense), a amostra
podeno ser representativa, mas determinada pela
disponibilidade.
NOTA 2 - Convm que os procedimentos de amostragem descrevam a
seleo, o plano de amostragem, a retirada e a preparao de umaamostra
ou amostras de uma substncia, material ou produto para produzir a
informao requerida.
5.7.2 Onde o cliente solicitar desvios, adies ou excluses do
procedimento de amostragem documentado, estes devemser registrados
em detalhes com os dados de amostragem apropriados, devem ser
includos em todos os documentos quecontenham os resultados de
ensaio e/ou calibrao e devem ser comunicados ao pessoal
apropriado.
5.7.3 O laboratrio deve ter procedimentos para registrar os
dados e as operaes relevantes relacionados amostragem
que faz parte do ensaio ou calibrao que realiza. Estes registros
devem incluir o procedimento de amostragem usado, aidentificao do
amostrador, as condies ambientais (se pertinente) e diagramas ou
outros meios equivalentes para identi-
ficar o local da amostragem, como necess~.
rio ~e-aDro~~~tatisticas em que se basearam os procedimentos
de,--~- , ...amostragem...~ ....
5.8Manuseiode itensde ensa~~'::::= 1-" ::: ~ ~....5.8.1 O
lab~ratrio ?eve t
.
e~~.fnJ ~pr? t~n~hrte,t~b~entt~~~~e~~rote~?, armazenament~,
rete~oe/ou remoao dos Itens ge;e9s'~,)/'lJ call~r ao, Inc~wndo
da~a\p o I en~~~~cessanas para a proteao da Inte-gridade do item de
enSajO;0~Ii~rao!el.
aia. proteq.o!dosI. t~re~es~ .la15'Qratpr;lo,~Ocliente.. ~ I
I
5.8.2 O laboratrio de.:ve~~rrJry'I'sistema p ra
~
'd~ntifica~Oide it~n! de en!:\aioe/o~ c:aIiQr~o.A
.
identificao deve ser man-
~ida du~ante,a perm9n
~.ia ~o ,item noiapo tbrio.O ~i~tematlVe ~er wo)etad~e'OP~"d~.de
form~ a assegurar que osItens nao sejam COl].fuf.,clo~fislcament
riE. qLandoJi~dOS e 1[eglstro~ ou outfO~d~~e{l'os. O sistema deve,
se apro-priado, possibilitar prftI S,~~'diviso de gr R
~
Sd~~o/a trans ~r~ncia dejit+ns dprifro e pa~fV~{ado
laboratrio.
5.8.3 No ato do re~~bfm:e1to do item dele. s~iOlotl"'C~br,f!O
d~v,~m ser r~distra~.
a~.
as anOrlnfl
.
~dades ou desvios das con-dies normais o~ ~s
~
e~Ci~cadas, confo~m.
de~critas no l{1to~ot1eensa!o:Ou calirao. ~~rt.
do houver dvidas sobre a
I adequao de umlit ara..ensaiQ,.ou..c;a1irao, ou qUarido um item
no estivef m confor 'dade com a descrio forne-ci?a ou o
e~saioI;):rlJ~~fI
..
.~a:-sOli6ita
1
a r~.
~stiv~r eS~e~{fi
.
Icr;t em d4ta'hes-~~cientes~bfl;1boratrio deve consultar
ocliente para Instru~' ~~ld{onaISantes. elprps~egUlre de\,repifrar
a d\scrssa~l n,5.8.4 O laboratriop~~~ 1el\procedime t9s ~ i~stalaes
ljI~e1udaspaia ~evitatdeteriora'ej,perda ou dano no item deensaio
ou calibrao q(ai;lte.o armaze
~
a
~
~nto, manuseio e ~r1parad. ts instr}Jes iPflra manuseio
fomecidas com oitem devem ser seglJid~s Q~ando os te s tiJerem quef
Jr azenadb ou dcondic'o apos sob condies ambientaisespecificadas,
~stas cbri'~~es d~vem e mi~~idas, mon~~~aI e registr~d~S.~~a~~7'f"
item de ensaio ou calibrao,ou parte dele, tiver que'ser: antldo em
s g r a, Olab9r~torJOldeve te{ melos,qe j:lr~~zenamento e segurana
que pro-tejam a condio e a integ~~e desseSjit n o partes
-
16 NBR ISO/IEC 17025:2001',
5.10.1 Generalidades
Os resultados de cada ensaio, calibrao, ou sries de ensaios ou
calibraes realizadas pelo laboratrio devem ser rela-tados com
exatido, clareza, objetividade, sem ambigidade e de acordo com
quaisquer instrues especificas nos mto-dos de ensaio ou
calibrao.
Os resultados devem ser relatados, normalmente, num relatrio de
ensaio ou num certificadode calibrao (ver nota 1) edevem
incluirtoda a informao solicitada pelo cliente e necessria
interpretao dos resultados do ensaio ou calibraoe toda a informao
requerida pelo mtodo utilizado.Esta informao normalmente aquela
requerida em 5.10.2, e 5.10.3ou 5.10.4.
Nocaso de ensaiosou calibraesrealizadaspara clientesinternosou
nocasode umacordoescritocomo cliente,os re-sultados podem ser
relatados de forma simplificada.As informaes que constam em 5.10.2
a 5.10.4 que no forem rela-tadas ao cliente devem estar prontamente
disponveis no laboratrioque realizou os ensaio e/ou calibraes.
NOTA 1 - Relatrios de ensaio e certificados de calibrao so,
algumas vezes, denominados, respectivamente, certificados de
ensaios erelatrios de calibrao.
NOTA 2 - Os relatrios de ensaio ou certificados de calibrao
podem ser emitidos como impressos em papel ou por transferncia
eletr-nica de dados, desde que sejam atendidos os requisitos desta
Norma.
i)
j)
b) O nome e o endereodo labor.a'{tlreo do laboratrio;
d)
e)
h)
k)
NOTA 1 -Convm que os relatrios de ensaio e ce'tal de pginas.
5.10.3 Relatrios de ensaio
5.10.3.1 Em adio aos requisitos listados em 5.10.2,os relatrios
de ensaio devem, onde necessrio para a interpretaodos resultados de
ensaio, incluir:
a) desvios, adies ou excluses do mtodo de ensaio e informaes
sobre condies especficas de ensao, tais comocondies ambientas;
b) onde pertinente, uma declarao de conformidade/no-conformidade
aos requisitos e/ou especificaes;
c) onde aplicvel, uma declarao sobre a incerteza estimada de
medio; a informao sobre a incerteza nos relatriosde ensaio
necessria quando ela for relevante para a validade ou aplicao dos
resultados do ensaio, quando reque-rida na instruo do cliente ou
quando a incerteza afeta a conformidade a um limite de
especificao;
d) onde apropriado e necessrio, opinies e interpretaes (ver
5.10.5);
e) informaes adicionais que podem ser requeridas por mtodos
especificos, por clientes ou grupos de clientes.
5.10.3.2 Em adioaos requisitos listados em 5.10.2 e 5.10.3.1, os
relatrios de ensaio que contm resultados de amostra-gem, onde
necessriopara ainterpretao dos resultados do ensaio, devem incluir
o seguinte:a) data da amostragem;
-
~NBR ISO/IEC 17025:2001 17
b) identificaosem ambigidade da substncia, material ou produto
amostrado (incluindoo nome do fabricante, o modeloou tipo da
designao e nmeros de srie, conforme apropriado);
c) o 10ci31da amostragem, incluindodiagramas, esboos ou
fotografias;
d) uma referncia ao plano e procedimentos de amostragem
utilizados;
e) detalhes das condies ambientais durante a amostragem que
possam afetar a interpretao dos resultados do ensaio;
f) qualquer norma ou outra especificao para o mtodo ou
procedimento de amostragem, bem como desvios, adies ouexcluses da
especificao em questo.
5.10.4 Certificados de calibrao
5.10.4.1 Em adio aos requisitos listados em 5.10.2. os
certificados de calibrao, onde necessrio para a interpretaodos
resultados da calibrao.devem incluir o seguinte:
a) as condies (por exemplo: ambientais) sob as quais as
calibraes foram feitas, que tenham influncia sobre os resul-tados
da medio;
b) a incerteza de medioelou uma declarao de conformidade a uma
especificao metrolgica identificada ou seodesta;
c) evidncia de que as medies~o rastrv I r-Aeta-2o
-
18 NBR ISOIIEC 17025:2001\'.
"Suplemento do Relatrio de Ensaio (ou Certificado de Calibrao).
nmero de srie...(ou outra forma de identificao)";
ou uma forma de redao equivalente.
Tais emendas devem atender a todos os requisitos desta
Norma.
Quando necessrio emitir um novo relatrio de ensaio ou
certificado de calibrao completo. ele deve ser
univocamenteidentificado e deve conter uma referncia ao original
que est sendo substitudo.
IANEXO A
AnexoA (informativo)Matriz de correlao com a NBR ISO 9001:1994 e
a NBR ISO 9002:1994
Tabela A.1 - Matriz de correlao com a NBR ISO 9001:1994 e a NBR
ISO 9002:1994
NBR ISO 9001:1994 NBR ISO 9002:1994 NBR ISO/IEC17025
Seo1 Seo1 Seco1
Seo2 Se
-
.NBR ISO/IEC 17025:2001 19
Esta NBR ISO/IEC 17025 considera vrios requisitos de competncia
tcnica que no esto includos nasNBR ISO 9001:1994 e NBR ISO
9002:1994.
IANEXOB
AnexoB (informativo)Orientaes para o estabelecimento de aplicaes
para reas especificas
B.1 Os requisitos especificados nesta Norma so estabelecidos em
termos genricos e. embora sejam aplicveis a todosos laboratrios de
ensaio e de calibrao. podem ser necessrias explicaes. Tais
explicaes sobre a utilizao destedocumento so doravante denominadas
aplicaes. Convm que aplicaes no incluam requisitos gerais
adicionais aosdesta Norma.
IBibliografia
-
20 NBR ISO/IEC 17025:2001..~'-
Bibliografia
[1] ISO 5725-1,Accuracy (trueness and precision) of
measurementmethodsandresults- Part
1:GeneralprincipIesanddefinitions.
ISO 5725-2,Accuracy (trueness and precision),of measurement
methods and results- Part 2: Basic method for thedetermination of
repeatability and reproducibility'ofa standard measurement
method.
ISO 5725-3, Accuracy (trueness and precision)of measurement
methods and results-Part 3: Intermediate measuresof the precision
ofa standard measurement method.
[2}
[3]
[4] ISO 5725-4,Accuracy (trueness and precision)of measurement
methods and results- Part 4: Basic methods for thedetermination of
the trueness ofa standard measurement method.
ISO 5725-6,Accuracy (trueness and precision)of measurement
methods and results- Part 6: Use in practiceofaccuracy values.
[5]
[6]
[7]
NBR ISO 8402, Gesto da qualidade e garantia da qualidade-
Terminologia.
[8]
[9]
[10]
[11]
[12]
[13]
[14]
[15]
ISO Guide 35,Certification of reference materiais- General and
statistical principIes.
ABNT ISO/IEC Guia 43-1,Ensaios de proficincia por comparaes
inter-Iaboratoriais- Parte 1: Desenvolvimentos deoperao de projetos
de ensaio de proficincia.
[24} ABNT ISOIIEC Guia 43-2,Ensaios de proficincia por comparaes
inter-Iaboratoriais- Parte2: Seleoe uso de es-quem!.de ensaio de
proficincia por organismos de credenciamento de laboratrios.
[25] ABNT ISOIIEC Guia 58:1993,Sistemas de credenciamento de
laboratrios de calibraoe ensaio-Requisitos geraispara operaoe
reconhecimento.
[26} ABNT ISOIIEC Guia 65,Requisitos gerais para organismos que
executam sistemas de certificao de produto.
[27] Guia paraa Expresso da Incerteza de Medio-Publicado por
BIPM, IEC, IFCC, ISO, IUPAC, IUPAPe OIML.
[28] Informaese documentos sobre credenciamento de laboratrios
podem ser obtidos no lLAC (International LaboratoryAccreditation
Cooperation): www.i/ac.org.