-
hE/
K
hf Z f ^f W do processo de insero internacional da economia
brasileira.
/
-
O Brasil, desde o final da Segunda Guerra Mundial, vem fazendo
um esforo enorme no sentido de transformar quantitativa e
qualitativamente a sua forma de insero no mercado mundial.
Inicialmente, na dcada de 1940, contamos com o modelo do
h/
Mdulo 3 111
s W aprofundado. K tudo acontea no seu devido tempo e dentro de
um processo Ws
-
processo por substituio de importaes, que acabou entrando em
esgotamento, na dcada de 1960. Com o seu ressurgimento na dcada de
1970, novas aes se tornaram necessrias ao Pas, e a opo pelo
endividamento externo trouxe consequncias ainda sentidas nos dias
de hoje.
De 1968 a 1973 tivemos a fase do milagre econmico, que tambm
recruscedeu. Com os dois choques do petrleo, ocorridos na dcada de
1970, verificou-se a necessidade de trazer de volta o processo de
substituio por importaes pauta da poltica econmica da poca como uma
das alternativas ideais para superar as dificuldades.
A dcada de 1980, devido s dificuldades herdadas do perodo
autoritrio, ficou caracterizada como perdida e, logo em seguida, na
dcada de 1990, a economia brasileira resolveu se abrir
definitivamente ao comrcio exterior e reduzir as barreiras
participao do capital estrangeiro em boa parte dos setores de sua
economia. Na dcada de 2000, prosseguiu-se com o modelo de
ajustamento da dcada de 1990, mas com reformulaes principalmente no
que diz respeito ao retorno de uma maior participao do Estado na
economia.
Foi a partir do primeiro choque do petrleo, ocorrido em 1973,
que o Brasil procedeu ao aumento do endividamento externo. Na
realidade, essa opo foi tomada tendo por objetivo a manuteno do
crescimento econmico, que foi em parte atingido com a promulgao do
segundo Plano Nacional de Desenvolvimento Econmico (II PND), sob
coordenao do ministro do Planejamento Joo Paulo dos Reis
Velloso.
No II PND, a proposta centrou-se na busca da transformao da
estrutura econmica brasileira, destinando os cuidados para os
setores energtico, nuclear, petroqumico e de bens de capital. Nessa
etapa da economia brasileira, as empresas multinacionais reduziram
os interesses e participaram do processo apenas como auxiliares,
uma forma encontrada de no incorrerem em riscos maiores, segundo
observam Rego e Marques (2003).
Vamos, agora, a algumas indagaes, presentes em nosso cotidiano,
que dizem respeito ao problema da insero externa da economia
brasileira:
Bacharelado em Administrao Pblica
Economia Brasileira
112
-
f Quando efetivamente comeou o endividamento externo
brasileiro?
f Por que o Brasil resolveu buscar o endividamento externo?f Por
que o choque do petrleo afetou a economia brasileira?f Qual o papel
do Fundo Monetrio Internacional (FMI)?f Quantas vezes o Brasil
recorreu ao FMI?f O receiturio do FMI era de cunho monetarista?f
Qual a importncia da Conferncia de Bretton Woods para o mundo?
f A dvida externa brasileira acabou se concentrando no setor
pblico?
f Qual o significado da palavra vulnerabilidade?f Em qual
globalizao nos encontramos inseridos?f O Brasil tem jeito?f Quais
as perspectivas para a economia brasileira?
O endividamento externo data da nossa independncia de Portugal.
E, em muitos dos momentos, foi um recurso que se disps com a
finalidade de superar as dificuldades enfrentadas pelo Brasil ao
longo da sua trajetria econmica.
Cabe destacarmos ainda que na dcada de 1970, quando se d a opo
pelo financiamento externo do novo plano de desenvolvimento, as
vantagens oferecidas eram tentadoras, o sistema financeiro
internacional gozava de excesso de liquidez e os bancos se
mostraram interessados em emprestar, oferecendo inmeras vantagens,
que se tornavam irrecusveis.
A realidade que o excesso de liquidez internacional acabou
levando o Brasil a se endividar e, alm disso, o acordo de Breton
Woods, realizado aps o final da Segunda Guerra Mundial, deu a fora
que faltava para o fortalecimento das economias de mercado.
h/
Mdulo 3 113
Saiba mais
K
da dvida externa por meio de J. M. Rothschild and
Sons de Londres em quase quatro milhes de libras
W K
sempre
W
&^
-
Na anlise de Baer (1986, p. 95), o aumento da dvida externa
brasileira, na dcada de 1970, deve-se a:
[...] um contedo eminentemente financeiro, mas que est
determinado pela dinmica da internacionalizao produtiva da economia
brasileira e a concorrncia que esta gerou entre as distintas faces
do capital.
Inicialmente tudo pareceu muito atraente, mas com o passar do
tempo essa situao foi se modificando, a tal ponto que em 1982 o
servio da dvida chegou a 83,3% do valor das exportaes (BAER,
2002).
Bacharelado em Administrao Pblica
Economia Brasileira
114
-
D&D/
Com o segundo choque do petrleo, ocorrido em 1979, a taxa de
juros internacional aumentou consideravelmente. Como os nossos
emprstimos haviam sido contrados com taxas de juros flexveis, os
custos dos emprstimos, acompanhados dos servios da dvida, foram
tambm elevados (BAER, 2002).
A preocupao com a sobrevivncia da poltica desenvolvi-mentista
era to visvel que, com a sada do ministro Mrio Henrique Simonsen,
em 1979, foi convidado para assumir a pasta Antnio Delfim Netto,
que havia conduzido a economia brasileira no perodo do milagre. Em
um primeiro momento, em 1980, ainda como resultado dos
investimentos realizados no mbito do II PND, o PIB cresceu 7,2%.
Entretanto, por conta do crescimento da instabilida-de no setor
externo da economia brasileira, decretou-se um pacote contendo
medidas arrojadas, entre as quais podemos destacar: a
maxi-desvalorizao do cruzeiro, o fim dos subsdios para as
exportaes, a retirada de diversos outros incentivos fiscais, a
elevao das taxas dos servios pblicos, a remoo das exigncias de
depsitos para os capi-tais que tivessem interesse em investir no
Pas e a retirada do controle rgido sobre as importaes (BAER,
2002).
Nesse perodo, h de se lembrar da forte presena do FMI
solicitando medidas de austeridade, sendo que a cada vistoria um
enorme pesadelo tomava conta da populao, preocupada com o que
poderia vir a ser recomendado. Realmente no foi fcil o percurso da
economia nacional em busca de alternativas que lhe trouxesse
estabilidade.
Podemos ento afirmar que as metas traadas pelo FMI deviam
ser seguidas risca?
h/
Mdulo 3 115
-
Sim, pois, como dissemos, eram frequentemente tambm
rigorosamente supervisionadas, j que este o rgo responsvel por
regular o funcionamento do mercado financeiro e desde 1967 conta
com um instrumento de poltica denominado Direito Especial de Saque
(DES) espcie de reserva, de acordo com as cotas pagas, que o Pas
adquire para solicitar como restituio, em caso de alguma
desestabilizao. Caso o Pas necessite de um volume maior de
recursos, pede-se uma exposio de motivos, a ser avaliado pela
diretoria e que ao ser aprovada traz junto um receiturio de cunho
monetarista as seguintes medidas: rgido controle sobre os gastos
pblicos, polticas de crditos, subsdios e salrios, com polticas de
desvalorizao cambial quase que frequente. Fazem parte do FMI 184
pases e, embora todos votem, apenas cinco detm o maior poder de
deciso sobre as alteraes das regras. Para fazer parte do FMI, os
pases precisam contribuir com uma cota e indicar um delegado e um
suplente. O Brasil integra o FMI com um poder de voto pouco
significativo. Em 2005, o nosso pas quitou uma dvida que venceria
com o FMI em 2007, que propiciou certo flego economia nacional
(SANDRONI, 1989).
Na dcada de 1980, por recomendao do FMI, os gastos no setor
pblico foram enxugados, acarretando em uma considervel reduo nos
investimentos e na demanda agregada.
E, aqui, chamamos a ateno para a reorientao terica do papel
desempenhado pelos economistas no governo naquele momento. Segundo
Munhoz (1987, p. 149),
Quando o Brasil assinou o programa de ajustamen-to econmico com
o Fundo Monetrio Internacional, em janeiro de 1983, uma das
preocupaes do Fundo se dirigia aos elevados nveis da inflao
brasileira da ordem de 100% anuais, j por trs anos, e relao entre
crescimento dos preos e os dficits do setor pblico.
O tema dficit pblico no era novo nos debates ento presen-tes,
voltados para a realidade econmica do pas. Pois pratica-mente desde
1981, quando o Brasil passou a adotar uma pol-tica econmica segundo
o modelo recessivo do FMI embora
Bacharelado em Administrao Pblica
Economia Brasileira
116
-
ainda sem submeter-se formalmente ao receiturio da institui-o j
aflorava internamente a questo dos dficits. E nessa etapa primeira,
surgiram, desde logo no seio do Governo, os diagnsticos clssicos
sobre as causas da instabilidade dos preos, conforme atestam
documentos e declaraes oficiais.
Ao longo dos anos 1970, a dvida externa brasileira sofreu uma
importante mudana qualitativa, cuja composio passa a predominar os
emprstimos tomados pelo Estado, superando o endividamento do setor
privado. Nos primeiros anos da dcada de 1970, os emprstimos se
dirigiram na sua maior parte aos setores de transportes e de
telecomunicaes. No final da dcada, a situao modificou para o setor
eltrico e siderrgico. Foi sempre mais tranquila a obteno dos
emprstimos de bancos privados, mesmo sabendo das desvantagens:
taxas de juros maiores, prazos de trmino bem mais rpidos e
vulnerabilidade do credor maior, dado que as taxas de juros eram
flutuantes, oscilando em funo da conjuntura (SANDRONI, 1989, p.
75-80).
Segundo Carneiro e Modiano (1990), em 6 de janeiro de 1983, o
governo brasileiro submeteu a primeira carta de intenes ao FMI. Nos
24 meses subsequentes, sete cartas de intenes foram examinadas pela
direo do Fundo. Esta troca constante de metas e normas entre os
funcionrios do governo brasileiro e o FMI ilustra as dificuldades
envolvidas em adaptar o receiturio da instituio a uma economia em
desenvolvimento, altamente indexada, na qual o setor pblico, no
somente era responsvel por algo entre 30 e 50% do investimento
global, como tambm intermediava grande parte do investimento
privado atravs da administrao de importantes fundos compulsrios de
poupana.
Assim, precisamos atentar para no confundir dvida com o FMI, com
a dvida externa que continua em aberto com a banca
internacional.
h/
Mdulo 3 117
-
O Sistema Monetrio Internacional que vigorou aps a Segunda
Guerra Mundial foi aprovado na Conferncia de Bretton Woods e teve
vigncia de 1946 a 1971. O ouro foi tido como o ativo de reserva
internacional, a taxa de cmbio que deveria ser estipulada nas
relaes de trocas foi a de tipo fixa e o padro estipulado como
paridade ficou sendo o dlar-ouro, porque os Estados Unidos da
Amrica detm a maior quantidade da espcie em nvel mundial.
Atualmente, existe uma proposta do presidente do Banco da China,
Zhou Xiaochuan, da criao de uma outra moeda de reserva
internacional.
[...] Zhou Xiaochuan, Presidente do Banco da China, causou furor
ao publicar um ensaio sobre a criao de uma nova moeda de reserva
internacional. [...] Zhou no est sozinho. Temos visto um sem-nmero
dessas exor-taes mudana desde que a crise comeou e, embora os
substitutos do dlar variem o euro frequentemente endossado, assim
como uma composio de moedas.[...]
[...] Quando os revolucionrios americanos declararam sua
independncia da Inglaterra, em 1776, tambm se desven-cilharam da
libra esterlina, criando o dlar para substitu-la. [...] o dlar que
adotaram era o dlar espanhol [...] [...] Muito mais comum do que a
libra esterlina, o dlar espa-nhol era a moeda global da poca,
onipresente no comrcio e utilizada pelos americanos para manter
suas contas. [...] O sculo 20 considerado o sculo americano e o
cres-cimento do poder dos Estados Unidos coincidiu com a ascenso do
dlar como principal moeda mundial. [...]
Bacharelado em Administrao Pblica
Economia Brasileira
118
-
Quando representantes mundiais se reuniram na cidade de Bretton
Woods, em 1944, para negociar a arquitetu-ra financeira ps-guerra,
o economista britnico John Maynard Keynes tentou persuadir os
americanos a criar uma nova moeda comum, chamada bancor. Os
ameri-canos no aceitaram queriam que o dlar se tornas-se a moeda de
reserva mundial e conseguiram. [...] [...] As moedas raramente
morrem da noite para o dia. Vale olhar o declnio vagaroso do dlar
espanhol e da libra esterlina. No entanto, elas sobem e descem
depen-dendo da sorte dos pases e dos imprios que as emitem. (MIHM,
2009, p. 66)
De 1971 aos dias atuais predomina nas relaes comerciais a taxa
de cmbio flutuante, os ativos de reserva so em moedas fortes (dlar,
euro) e o sistema de ajuste se processa de forma automtica, com
desvalorizao cambial alternada, seguindo as instrues do FMI, que no
deixou de exercer o atendimento aos membros participantes. Mas o
FMI foi muito criticado nas dcadas de 1970 e 1980, por ativistas
polticos e pela sociedade, contrrios ao estilo da poltica
instituda, e depois com o estabelecimento do processo democrtico
acabou quase sendo esquecido, embora a sua forte atuao no tivesse
sido desmontada.
Recentemente, Cardoso (2009, p. 78) teceu o seguinte
comentrio:
Sempre que h uma crise profunda, a questo sobre o futuro do
capitalismo ressurge. Mas isso vem ocorren-do h sculos, o que
mostra a resistncia do sistema. O fato que ele est sempre se
transformando. Nossa ordem global foi pensada aps a Segunda Guerra
Mundial, cujo fim permitiu retomar o impulso do cres-cimento. [...]
Os ingleses defendiam a criao de uma moeda global e que o Fundo
monetrio Internacio-nal fosse uma espcie de banco central dos
bancos centrais. Mas a posio inglesa foi vencida pelos ameri-
h/
Mdulo 3 119
-
canos, que foraram o dlar como moeda global. Agora os mesmos
temas voltam mesa. Qual ser o novo papel do FMI? Seu oramento foi
reforado no encon-tro do G20, em Londres, o que sugere que o Fundo
ter um peso maior. Mas, em meio crise, o Federal Reserve americano
vem agindo como um banco central global. Enquanto isso, a China
tambm comea a fazer sua pol-tica. Emprestou dinheiro Argentina,
Petrobras, sia, comprou minas na Austrlia. Mas contribuiu com pouco
dinheiro extra para o FMI, dando mostra de que no v com bons olhos
um poder renovado da instituio. Os chineses tambm questionam o
papel do dlar como moeda global, outro tema em debate. Vamos manter
o dlar ou migrar para outro sistema? As respostas ajuda-ro a moldar
o novo capitalismo.
Perceba que a dvida brasileira se concentrou no setor pblico e a
forma de o governo conseguir divisas ocorreu com o endividamento
interno ou, em outras palavras, por meio da transformao da dvida
externa em interna, da colocao de ttulos de longo prazo no mercado
(GREMAUD et al., 1997, p. 223). Alm disso, como dificilmente
obtinham-se supervits comerciais no balano de pagamentos, a
cobertura dos dficits acabou sobrando para a sociedade brasileira e
redundou em arrocho dos salrios com caractersticas recessivas para
todos. Para um melhor entendimento desta situao, observe a Figura
6.
Bacharelado em Administrao Pblica
Economia Brasileira
120
-
Figura 6: Evoluo da dvida total lquida do setor pblico
brasileiro, em percentual do PIB, desde 1991
Fonte: IPEA-DATA (2009)
A vulnerabilidade da economia brasileira aos choques externos
foi um problema dos mais temidos, chegando ao ponto de colocar
dificuldades ao processo de estabilizao e ao processo de
estabilizao dos preos interno (inflao). Foi a partir dessa situao
que surgiu a crise fiscal no Estado brasileiro e tambm a especulao
financeira desenfreada, inclusive do prprio setor estatal,
demonstradas nos Balanos de Pagamentos. Segundo Baer (2002, p.
133),
[...] notvel aumento das despesas financeiras acima de 1000%
estava ligado larga expanso da dvida das empresas estatais. Como,
durante a dcada, a capa-cidade de autofinanciamento dessas empresas
declinou, uma crescente parcela dos investimentos era custeada por
emprstimos estrangeiros. Alm disso, prximo ao final da dcada de
1970, medida que as taxas de juros aumentavam, e com a
maxidesvalorizao de 1979, a carga financeira das empresas estatais
cresceu expressi-vamente. Para piorar os fatos, medida que a
inflao
h/
Mdulo 3 121
-
aumentava, o governo reteve os preos de muitas empre-sas pblicas
como instrumento antiinflacionrio, o que ocasionou uma queda
regular dos preos e tarifas reais cobrados por elas.
Os desequilbrios internos e externos que ocorreram na Alemanha
na dcada de 1920 levaram ao surgimento do Balano de Pagamentos.
Alis, essa foi a forma encontrada de como fornecer a radiografia de
um pas diante das mais diferentes situaes de gerenciamento. Os
economistas keynesianos tenderam a concordar com a teoria do balano
de pagamentos e, de acordo com Rego e Marques (2003, p. 155),
seguindo a prpria posio de Keynes. Veja a Figura 7.
Figura 7: Oscilaes ocorridas no saldo da Balana Comercial
brasileira, em dlares americanos, desde 1959
Fonte: IPEA-DATA (2009)
Mas no para por a, na atualidade, vivemos desde 2008 uma crise
que se arrasta aos poucos e que parece no ter fim, por enquanto
algo que parece desafiar a todos. Para Sen (2009, p. 18),
Bacharelado em Administrao Pblica
Economia Brasileira
122
-
[...] A desacelerao que est nos levando beira de uma depresso
tem ntidas feies keynesianas a reduo da renda de um grupo de
pessoas ocasionou a reduo de suas compras, causando, por sua vez,
nova reduo na renda de outras. Entretanto, Keynes, s pode ser o
nosso salvador numa escala muito parcial, e preciso olhar para alm
dele para compreender a crise atual. Um economista cuja relevncia
atual foi bem menos reconhecida o rival de Keynes, Arthur Cecil
Pigou. [...] O contraste entre Pigou e Keynes relevante [...]
Embora Keynes estivesse muito envolvido na questo de como aumentar
a renda agregada, ele estava menos engaja-do em analisar problemas
da distribuio desigual da riqueza e do bem-estar social. Pigou no s
escreveu um estudo clssico de economia do bem-estar mas tambm foi
pioneiro na medio da desigualdade. Como o sofri-mento das pessoas
mais carentes pede uma ateno mais urgente agora, o papel da
cooperao mtua entre empresas e governo no pode parar apenas na
expan-so econmica. Existe a necessidade de dar ateno s vtimas da
injustia social.
Como voc pode observar, o Balano de Pagamentos resume de forma
contbil as transaes econmicas realizadas pelo Brasil com o resto do
mundo e fornece uma radiografia geral da situao da economia
nacional. Pela ilustrao apresentada, pudemos, ento, ter uma noo do
cenrio das oscilaes da Balana Comercial brasileira.
NoBalano de Pagamentos temos a Balana de Transaes Correntes onde
se encontram a Balana Comercial, os Servios e Rendas, as Rendas e
as Transferncias Unilaterais Correntes,assim discriminadas:
f Balana Comercial: formada das exportaes e das importaes. Em
caso das exportaes superarem as importaes, tem-se uma situao de
supervit, e no caso inverso, apresenta-se com dficit.
h/
Mdulo 3 123
-
f Balana de Servios e Rendas: desenvolvida com os resultados dos
investimentos e os trabalhos realizados (e aqui se encontram
especificados: transportes, viagens, seguros, royalties e licenas,
servios do governo, aluguis etc.).
f Transferncias Unilaterais Correntes: formada dos pagamentos
realizados entre pases, destacando-se as remessas feitas por
migrantes e as doaes recebidas ou realizadas.
Temos tambm a Conta de Capital e Financeira, na qual encontra-se
alocada a conta capital, a conta financeira, o investimento direto,
o investimento em carteira, os derivativos e demais investimentos.
E os Erros e Omisses finalizam o Balano de Pagamentos.
Bacharelado em Administrao Pblica
Economia Brasileira
124
-
A
Diante de tudo que conversamos at aqui, podemos afirmar que a
trajetria brasileira de insero externa foi marcada por uma srie de
pontos e contrapontos. Dos pontos destacamos para voc a estabilizao
econmica que se conseguiu depois de uma srie de tentativas que se
frustraram e dos contrapontos a excessiva concentrao da renda e os
baixos ndices de desenvolvimento humano alcanado, apesar dos
esforos mais recentes em buscar por super-los.
Na realidade, tudo acabou se transformando em um longo amanhecer
como assim denominou Furtado (1999, p. 36-38), ao observar que a
entrada do Brasil no processo de globalizao teve um preo alto e ao
deduzir que:
[...] A luta contra o subdesenvolvimento um proces-so de
construo de estruturas, portanto, implica na existncia de uma
vontade poltica orientada por um projeto. Essa a lio que podemos
tirar dos decnios de crescimento que vivemos a partir do imediato
ps--guerra. Se o Estado nacional o instrumento privilegia-do para
enfrentar problemas estruturais, cabe indagar como compatibiliz-lo
com o processo de globalizao. [...] A absoro de recursos externos
deve ser discipli-nada por uma poltica que tenha em conta seus
efeitos positivos e negativos. [...] No se pode perder de vista que
o comrcio exterior o pulmo pelo qual se respira o avano tecnolgico.
Se mal administrado, esse comr-cio pode levar a economia a uma
paralisia progressiva.
h/
Mdulo 3 125
-
O formidvel sobreendividamento que sofremos entre 1995 e 1998 o
dficit em conta corrente somou algo como 100 bilhes de dlares
ocorreu num perodo em que o crescimento econmico foi praticamen-te
zero. Ora, esses foram anos em que dobrou o grau de controle por
grupos estrangeiros do capital fixo reprodutivo do pas.
Ao continuar a argumentao, Furtado (1999) recomendou ao Brasil a
priorizao para com a questo da fome, segurana pblica e combate s
doenas infecto-contagiosas, devendo os investimentos
concentrarem-se na capacitao, com vistas ampliao do quadro da
populao com formao tcnica especializadas. Alm desse aspecto,
enfatizou sobre a necessidade da conciliao do processo de
globalizao com a possibilidade da gerao de novos empregos, tendo
por finalidade o fortalecimento do mercado interno, pois depois de
termos as dcadas perdidas de 1980 e 1990, valeria a pena verificar
em que os governantes falharam, uma vez que imputar toda a
responsabilidade ao exterior seria temeroso.
Com relao importncia do fortalecimento de um mercado sul
americano, Furtado (1999) teve o maior apreo ao lembrar-nos que a
ideia de solidariedade entre as regies que comeou com os europeus
acabou gerando a Unio Europeia. Acreditava tambm que com a ampliao
dos interesses regionais outros mercados e foras acabavam sendo
estimulados. Com isso, chegou, inclusive, a levantar a indagao se
seria possvel criar uma nova moeda que fosse aceita em toda regio,
ao lembrar-nos tambm que, para o estabelecimento do euro na Europa,
foram anos de aprendizagem.
Considerando essa discusso, podemos destacar ainda que, mesmo
diante das inmeras crises pelas quais a economia brasileira passou,
ainda h tempo para se fazer algo com a finalidade de reverter os
problemas existentes. Nesse sentido, vale o lembrete: preciso estar
sempre atento e disposto a construir uma sociedade mais justa. Nas
relaes econmicas com o resto do mundo, o Brasil tem feito um enorme
esforo no sentido de integrar-se com os outros pases, e na
Bacharelado em Administrao Pblica
Economia Brasileira
126
-
h/
Mdulo 3 127
Amrica do Sul o Pas tem se colocado disposto a dialogar e
participar das iniciativas que busquem a ampliao da integrao
necessria.
preciso pensar novas formas de abordarmos as
Antes de encerrarmos esta ltima parte, apresentamos a recomendao
de Vinod Thomas, importante consultor do Grupo Banco Mundial, em
entrevista ao Jornal Folha de So Paulo, o qual chama a ateno para o
potencial do Brasil em termos de desenvolvimento sustentvel Angelo
(2009, p. A24) destaca:
[...] O Brasil tem a razo mais favorvel de terra, gua e floresta
per capita do que qualquer outro pas, ento deveria ser uma rea na
qual o pas estivesse investin-do, no destruindo! O que voc tem a
ganhar com mais cuidado ambiental no Brasil muito mais do que na
China ou na ndia. O planejamento ambiental faz mais diferena para o
Brasil do que para esses pases.
Complementando...Para voc que tem pela frente muita
responsabilidade no gerenciamento da
nossa economia, recomendamos as seguintes leituras:
Um novo capitalismo? Revista Exame, abril/2009. Desconcentrao
produtiva regional do Brasil (1970-2005) de Wilson Cano.
Desenvolvimento capitalista no Brasil de Luiz Gonzaga de Mello
Belluzzo e Renato Coutinho.
-
Resumindo E h
yy
E
interessantes como a questo do dlar para moeda de reserva
internacional.
Bacharelado em Administrao Pblica
Economia Brasileira
128
-
h/
Mdulo 3 129
valor e que pode extrair a sua prpria forma e concepo de estudo
de caso apresentado a seguir.
Atividades de aprendizagem
1. >sd
geral do Grupo Independente de Avaliao do Banco Mundial.
Vinod
Thomas publicou o livro O Brasil visto por dentro. Aps a leitura
do
Revista Exames
Nos ltimos anos, virou moda decantar as qualidades de novos
atores no cenrio global. Refiro-me s grandes naes emergentes, em
especial Brasil, Rssia, ndia e China, o j famoso Bric. Por algum
tempo, porm, houve quem considerasse o Brasil algo deslocado no
grupo. Afinal, a China se tornou a principal estrela da econo-mia
global na ltima dcada, a ndia passou a segui-la de perto mais
recentemente e a Rssia surfou como poucos o boom nos preos do
petrleo. luz das estatsticas, tal vigor no encontrava paralelo no
Brasil. Quem se dispu-sesse a entender as transformaes mais
profundas no cenrio brasileiro, porm, j teria percebido o erro que
no considerar seriamente a hiptese de o Brasil se alar como novo
peso pesado da economia mundial. Destaco trs reas em que o pas vem
trilhando um
-
caminho de renovao. A primeira a macroecono-mia. Nem precisamos
voltar aos anos 80 e confuso reinante em meio hiperinflao. Mesmo
uma compa-rao recente mostrar que, em pouco tempo, o pas se
transformou. A inflao foi domada. A dvida do setor pblico est hoje
abaixo de 40% do PIB. O pas tem sido capaz de emitir ttulos da
dvida externa em reais, o que demonstra a confiana de investidores
internacionais. As reservas somam 200 bilhes de dlares. E o dficit
em conta corrente pequeno. Alm disso, o setor financeiro
encontra-se completamente slido.
A segunda rea, como resultado desses e de outros avanos, que o
pas atingiu patamares novos em termos de crescimento econmico. A
crise global em curso fez com que o tema do crescimento parea um
fora do lugar. Mas no devemos nos esquecer que, at a ecloso da
tormenta financeira, e pela primeira vez em muito tempo, o Brasil
passou a crescer num ritmo j bastante inte-ressante, especialmente
quando se considera seu nvel mdio de renda, muito superior ao de
China e ndia. Se e quando ir conseguir apresentar um desempenho
seme-lhante, ainda so questes em aberto mas essa dvida se coloca
hoje para todos os pases.
O terceiro front que merece destaque o social. Poucos pases no
mundo tm motivos para comemorar o avano em termos de incluso como o
Brasil, graas a uma combinao de crescimento mais forte e,
principalmen-te, uma vasta rede de proteo. Ela ser de fundamental
importncia a partir de agora, com o inevitvel desaque-cimento
econmico do pas. Quando se considera os trs ngulos de anlise a
macroeconomia, o crescimento e a incluso social , fica claro que o
Brasil no apenas merece estar entre os Bric como provavelmente seja
o mais bem-sucedido dentre eles. No apresenta taxas de expanso to
altas como China e ndia, mas compensa com avanos slidos em outras
esferas.
Economia Brasileira
130
-
C
Caro estudante,
Neste livro tivemos a oportunidade de ver como a economia
brasileira uma disciplina que aborda a histria dos fatos, das
polticas e das ideias econmicas do Brasil, com nfase no Perodo
Republicano. Para tanto, tratamos dos principais perodos da evoluo
do capitalismo no Brasil, procurando delimitar as diferentes
dinmicas econmicas, como o ciclo agrrio-exportador (at 1930), o
ciclo industrial (at 1980) e o ciclo atual de predomnio
financeiro.
O objetivo principal desta disciplina foi o de analisar os
fatores polticos, sociais e econmicos que permitiram o
desencadeamento do processo de industrializao no Brasil, procurando
revelar os seus alcances e limites. Paralelamente, discutimos a
eficincia das polticas econmicas adotadas em termos de seu impacto
tanto no crescimento da produo como na produtividade e no bem-estar
do conjunto da populao.
Procuramos, alm disso, abordar o processo de evoluo econmica do
Pas articulando-o com o plano das ideias econmicas. Isso permitiu
compreender o posicionamento dos economistas em relao aos
diferentes modelos de desenvolvimento em debate em um determinado
contexto no Pas e tornar claras as suas propostas de polticas
pblicas.
Diferente de outros livros didticos, que optam por uma leitura
cronolgica dos fatos econmicos, neste manual fizemos opo por uma
diviso temtica. Essa opo metodolgica permitir uma compreenso mais
concisa das questes centrais associadas evoluo econmica do Pas.
Evitamos, assim, o risco de comprometer o aprendizado com uma
abordagem que apenas percorre as diferentes
Consideraes Finais
Mdulo 3 131
-
polticas econmicas ao longo do tempo e que no orienta a leitura
por meio de um fio condutor analtico.
Lembramos que estudar a economia brasileira constitui um dever
de ofcio para ns que acreditamos na educao como o meio para a
conquista do to almejado desenvolvimento com justia econmica e
social.
Antes de fecharmos as discusses a que nos propusemos na
disciplina de Economia Brasileira, sinalizamos a voc diferentes
caminhos que podem ser percorridos, bastando a partir de agora
continuar e aprofundar todos os temas levantados. Caso tenha tomado
gosto pelos temas, leve em frente os estudos nessa rea. E,
profissionalmente, lembre-se de que o Brasil precisa muito de todos
ns. Foi maravilhoso fazer parte do seu mundo.
Muitas conquistas profissionais para voc!
Professores Fernando Tadeu de Miranda Borges e Pedro C.
Chadarevian
Bacharelado em Administrao Pblica
Economia Brasileira
132
-
RefernciasABREU, Marcelo de Paiva (Org.). A ordem do progresso:
cem anos de Poltica Econmica Republicana (1889-1989). 15. tiragem.
Rio de Janeiro: Campus, 1990.
ALBUQUERQUE, Marcos Cintra Cavalcanti; NICOL, Robert. Economia
agrcola: o setor primrio e a evoluo da economia brasileira. So
Paulo: McGraw-Hill, 1987.
ANGELO, Cludio. Floresta pode ajudar a tirar o Brasil da crise
financeira. Entrevista com Vinod Thomas. So Paulo: Jornal Folha de
So Paulo. 24 maio 2009. p. A24.
ARAJO, Rogrio Dias de. Desempenho inovador brasileiro e
comportamento tecnolgico das firmas domsticas e transnacionais no
final da dcada de 90. Dissertao de Mestrado (UNICAMP). Campinas: So
Paulo, 2004.
BAER, Mnica. A internacionalizao financeira no Brasil.
Petrpolis: Vozes, 1986.
BAER, Werner. A economia brasileira. Traduo de Edite Sciulli. 2.
ed. So Paulo: Nobel, 2002.
BELLUZZO, Luiz Gonzaga de Mello; COUTINHO, Renato.
Desenvolvimento capitalista no Brasil. Campinas: FECAMP. 1998.
BELLUZZO, Luiz Gonzaga de Mello; ALMEIDA, Jlio Gomes de. Depois
da queda: a economia brasileira da crise da dvida aos impasses do
Real. Rio de Janeiro: Civilizao Brasileira, 2002.
BIELSCHOWSKY, Ricardo. Pensamento econmico brasileiro. 4. ed.
Rio de Janeiro: Contraponto, 2000.
BORGES, Fernando Tadeu de Miranda. Prosas com governadores de
Mato Grosso (1966-2006). Cuiab: Carlini e Caniato Editorial,
2007.
BRESSER-PEREIRA, Luiz C. Economia brasileira: uma introduo
crtica. 4. ed. So Paulo: Brasiliense, 1982.
Z
Mdulo 3 133
-
______. A crise do Estado: ensaios sobre a economia brasileira.
So Paulo: Livraria Nobel, 1992.
______. Macroeconomia da estagnao: crtica da ortodoxia
convencional no Brasil ps-1994. So Paulo: Editora 34, 2007.
BUESCU, Mircea. Evoluo econmica do Brasil. 2. ed. Rio de
Janeiro: APEC, 1974.
______. Brasil: disparidades de renda no passado; subsdios para
o estudo dos problemas brasileiros. Rio de Janeiro: APEC, 1979.
CAMPOS, Roberto de Oliveira. Economia, planejamento e
nacionalismo.Rio de Janeiro: APEC, 1963.
CANO, Wilson. Desequilbrios regionais e concentrao industrial no
Brasil. 1930-1970. So Paulo: Global, 1985.
______. Desconcentrao produtiva regional do Brasil (1970-2005).
So Paulo: Editora UNESP, 2008.
CARDOSO, Eliana A. Economia brasileira atual ao alcance de
todos. 6. ed. So Paulo: Brasiliense, 1987.
CARDOSO, Fernando Henrique. Entrevista: a crise parte do jogo.
So Paulo: Revista Exame CEO, abr. 2009, p. 78.
CARNEIRO, Dionsio Dias; MODIANO, Eduardo. Ajuste Externo e
Desequilbrio Interno: 1980-1984. In: ABREU, Marcelo de Paiva
(Org.). Aordem do progresso. Cem anos de Poltica Econmica
Republicana (1889-1989). Rio de Janeiro: Campus, 1990. p.
323-346.
CARNEIRO, Dionsio Dias. Crise e esperana: 1974-1980. In: ABREU,
Marcelo de Paiva (Org.). A ordem do progresso. Cem anos de Poltica
Econmica Republicana (1889-1989). 15. tiragem. Rio de Janeiro:
Campus, 1990.
CASTRO, Antonio Barros de; 7 ensaios sobre a economia
brasileira. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense-Universitria, 1999.
CASTRO, Antonio Barros de; SOUZA, Francisco Eduardo Pires de.
Aeconomia brasileira em marcha forada. 3. ed. So Paulo: Paz e
Terra, 2004.
COSTA, Edmilson. A poltica salarial no Brasil 1964-1985. 21 anos
de arrocho salarial e acumulao predatria. So Paulo: Boitempo
Editorial, 1997.
Bacharelado em Administrao Pblica
Economia Brasileira
134
-
DELFIM NETTO, Antonio; PASTORE, Affonso Celso; CIPOLLARI, Pedro;
CARVALHO, Eduardo Pereira de. Alguns aspectos da inflao
brasileira.Serie Estudos ANPES Associao Nacional de Programao
Econmica e Social, n. 1, So Paulo, 1965.
DREIFUSS, Ren Armand. 1964: A conquista do Estado. Ao poltica,
poder e golpe de classe. Petrpolis: Vozes, 1981.
FAGNANI, Eduardo. Poltica social no Brasil (1964-2002): entre o
projeto de Estado de Bem-Estar e o Estado Mnimo. Tese de Doutorado:
Unicamp, Campinas, 2005.
FRITSCH, Winston. Apogeu e crise na Primeira Repblica:
1900-1930. In: ABREU, Marcelo de Paiva. A ordem do progresso. Cem
anos de Poltica Econmica Republicana (1889-1989). Rio de Janeiro:
Campus, 1990.
FURTADO, Celso. Formao econmica do Brasil. 19. ed. So Paulo:
Nacional, 1984.
______. O longo amanhecer. Reflexes sobre a formao do Brasil. 2.
ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999.
______. Introduo ao desenvolvimento. 3. ed. So Paulo: Paz e
Terra, 2000.
______. Economia Colonial no Brasil nos sculos XVI e XVII. So
Paulo: HUCITEC e ABPHE, 2001.
______. Razes do subdesenvolvimento. Rio de Janeiro: Civilizao
Brasileira, 2003.
______. Economia do desenvolvimento. Curso ministrado na PUC-SP
em 1975. Rio de Janeiro: Contraponto, 2008.
GORENDER, Jacob. Gnese e desenvolvimento do capitalismo no campo
brasileiro. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1987.
______. O escravismo colonial. 5. ed. So Paulo: tica, 1988.
GREMAUD, Amaury Patrick; et al. Formao econmica do Brasil. So
Paulo: Atlas, 1997.
HOLANDA, Srgio Buarque de. Razes do Brasil. 26. ed. 11. reimp.
So Paulo: Companhia das Letras, 2001.
IBGE. Sntese de indicadores sociais. Braslia, 2008.
IPEA. Sobre a recente queda da desigualdade de renda no Brasil.
Braslia, 2006.
Z
Mdulo 3 135
-
LESSA, Carlos. 15 anos de poltica econmica. 4. ed. So Paulo:
Brasiliense, 1983.
LIMA, Heitor Ferreira. 3 industrialistas brasileiros. Mau, Rui
Barbosa, Simonsen. So Paulo: Alfa-mega, 1976.
MAGALHES, Joo P. de Almeida. O que fazer depois da crise. A
contribuio do desenvolvimentismo keynesiano. So Paulo: Contexto,
2009.
MARQUES, Rosa Maria; BOCCHI, Joo Ildebrando (Orgs.). Desafios
para o Brasil: como retomar o crescimento econmico nacional? So
Paulo: Saraiva, 2007.
MELLO, Joo Manuel Cardoso de. O capitalismo tardio. So Paulo:
Brasiliense, 1998.
MIHM, Stephem. Revista Exame Ceo. So Paulo, abr., p. 64-66,
2009.
MUNHOZ, Drcio Garcia. Os dficits e o reordenamento das finanas
pblicas. In: LOZARDO, Ernesto (Org.). Dficit pblico brasileiro:
poltica econmica e ajuste estrutural. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1987.
OLIVEIRA, Francisco de. A economia da dependncia imperfeita. 3.
ed. Rio de Janeiro: Graal, 1977.
PAULANI, Leda M. Teoria da inflao inercial: um episdio singular
na histria da cincia econmica no Brasil? In: 50 anos de cincia
econmica no Brasil (1946-1996), Petrpolis: Vozes, 1997.
POCHMANN, Marcio. A dcada dos mitos. O novo modelo econmico e a
crise do trabalho no Brasil. So Paulo: Contexto, 2001.
______. O emprego no desenvolvimento da nao. So Paulo: Boitempo
Editorial, 2008.
PRADO JNIOR, Caio. Formao do Brasil Contemporneo. So Paulo:
Brasiliense, 2000.
RANGEL, Igncio. A inflao brasileira. So Paulo: Tempo Brasileiro,
1963.
REGO, Jos Mrcio; MARQUES, Rosa Maria (Orgs.). Economia
brasileira.2. ed. So Paulo: Saraiva, 2003.
REZENDE FILHO, Cyro de Barros. Economia brasileira contempornea.
So Paulo: Contexto, 1999.
Bacharelado em Administrao Pblica
Economia Brasileira
136
-
ROCHA, Sonia. Pobreza no Brasil. Afinal, do que se trata? Rio de
Janeiro: FGV, 2006.
SACHS, Ignacy; WILHEIM, Jorge; PINHEIRO, Paulo Srgio. Brasil: um
sculo de transformaes. So Paulo: Companhia das Letras, 2001.
SAES, Flvio Azevedo Marques de. Uma Releitura de Razes do
Brasil, de Srgio Buarque de Holanda. In: Revista Territrios e
Fronteiras. Cuiab: v. 5, n. 2, p. 11-19, jul./dez. 2004.
SAES, Maria Sylvia M.; FARINA, Elizabeth Maria Mercier. Q. O
agribusiness do caf no Brasil. So Paulo: Milkbizz, 1999.
SALAMA, Pierre; VALIER, Jaques. A economia em decomposio. Ensaio
sobre a hiperinflao. So Paulo: Nobel, 1992.
SALLUM JUNIOR, Brasilio (Org.). Brasil e Argentina hoje. Bauru:
EDUSC, 2004.
SANDRONI, Paulo. Balano de pagamentos e dvida externa. So Paulo:
tica, 1989.
SEN, Amartya. Em defesa do sistema. Revista Exame Ceo. So Paulo:
Abril. abr. 2009, p. 16-25.
SINGER, Paul. A Crise do Milagre. 6. ed. Rio de Janeiro e So
Paulo: Paz e Terra, 1982.
______. Globalizao e desemprego. Diagnstico e Alternativas. So
Paulo: Contexto, 1998.
SUZIGAN, Wilson. Indstria brasileira. Origem e desenvolvimento.
So Paulo: Brasiliense, 1984.
TAVARES, Maria da Conceio. Da substituio de importaes ao
capitalismo financeiro. Ensaios sobre economia brasileira. 11. ed.
Rio de Janeiro: Zahar, 1983.
TAVARES, Maria da Conceio; FIORI, Jos Lus. (Des)ajuste global
e
modernizao conservadora. So Paulo: Paz e Terra, 1996.
THOMAS, Vinod. A chance do Brasil. Revista Exame Ceo. So Paulo:
Abril. abr. 2009, p. 876-88.
Z
Mdulo 3 137
-
VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de; GREMAUD, Amaury
Patrick; TONETO JNIOR, Rudinei. Economia brasileira contempornea.6.
ed. So Paulo: Atlas, 2005.
VIANNA, Srgio Besserman. Poltica Econmica Externa e
Industrializao: 1946-1951. In: ABREU, Marcelo de Paiva (Org.). A
ordem do progresso. Cem anos de Poltica Econmica Republicana
(1889-1989). 15. tiragem. Rio de Janeiro: Campus, 1990.
Bacharelado em Administrao Pblica
Economia Brasileira
138
-
Bacharelado em Administrao Pblica
Economia Brasileira
140
M&dD
ED''
h&
D '
&h^W , ^
&&>,h^W
Faculdade de Economia e professor associado II da
Universidade Federal de Mato Grosso.
W
E^W'
h ^
W d
h ^ W
hW^
E
h&^
^