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491 OS IMPLANTES DE BIOMATERIAIS – RELATO DE CASOS OS IMPLANTES DE BIOMATERIAIS - RELATO DE CASOS THE BIOMATERIALS IMPLANTATION - CASES RELATES Clóvis MARZOLA * Marília GERHARDT DE OLIVEIRA ** João Batista BLESSMANN-WEBER *** Ingeburg HELLWIG **** Patrícia W. FREGAPANI-WORM ***** _________________________________________________ * Professor Titular de Cirurgia Aposentado da Faculdade de Odontologia de Bauru da USP. Professor dos Cursos de Especialização e Residência da APCD Regional de Bauru, do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial e do Hospital de Base da Associação Hospitalar de Bauru. Membro Titular Fundador do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial. Membro Titular e Presidente da Academia Tiradentes de Odontologia. Membro Titular da Academia Brasileira de Odontologia. ** Professora Titular de Cirurgia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Professora Pesquisadora do CNPq. Membro Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial. Membro Honorário da Academia Tiradentes de Odontologia. Membro Titular da Academia Brasileira de Odontologia. *** Professor Titular de Odontopediatria da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. **** Professora da Faculdade de Odontologia da PUCRS, Porto Alegre, Brasil. ***** Especialista em CTBMF pela FO – PUCRS. Doutoranda em CTBMF pela FO – ULBRA.
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491 OS IMPLANTES DE BIOMATERIAIS – RELATO DE CASOS

OS IMPLANTES DE BIOMATERIAIS - RELATO DE CASOS

THE BIOMATERIALS IMPLANTATION -

CASES RELATES

Clóvis MARZOLA * Marília GERHARDT DE OLIVEIRA **

João Batista BLESSMANN-WEBER *** Ingeburg HELLWIG ****

Patrícia W. FREGAPANI-WORM ***** _________________________________________________ * Professor Titular de Cirurgia Aposentado da Faculdade de Odontologia de Bauru da USP.

Professor dos Cursos de Especialização e Residência da APCD Regional de Bauru, do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial e do Hospital de Base da Associação Hospitalar de Bauru. Membro Titular Fundador do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial. Membro Titular e Presidente da Academia Tiradentes de Odontologia. Membro Titular da Academia Brasileira de Odontologia.

** Professora Titular de Cirurgia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Professora Pesquisadora do CNPq. Membro Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial. Membro Honorário da Academia Tiradentes de Odontologia. Membro Titular da Academia Brasileira de Odontologia.

*** Professor Titular de Odontopediatria da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

**** Professora da Faculdade de Odontologia da PUCRS, Porto Alegre, Brasil. ***** Especialista em CTBMF pela FO – PUCRS. Doutoranda em CTBMF pela FO –

ULBRA.

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RESUMO Buscam-se, ainda nos dias de hoje, substitutos, principalmente para tecidos duros do organismo como o osso e os dentes. Em cirurgias realizadas na cavidade bucal, o problema é ainda mais crítico, pois a grande maioria das intervenções implica na manipulação de tecido ósseo. Em exodontias, exéreses de lesões tumorais ou processos inflamatórios crônicos, obtenção de acessos, torna-se necessária realização de osteotomias e ostectomias, resultando na formação de cavidades ósseas. Em condições normais, desde que agente causador tenha sido eliminado, essas regiões são reparadas através de processo biológico natural. A extensão e velocidade deste processo estão na dependência da localização anatômica, do agente etiológico, das dimensões da lesão além das características biológicas de cada indivíduo. Podem ser necessários anos para se completar o reparo, expondo-se o paciente a riscos e, desconfortos, muitas vezes desnecessários. Na tentativa de sanar estes inconvenientes, desenvolveram-se técnicas para sua reconstituição, totais ou parciais das estruturas perdidas, com objetivo de recuperar o contorno anatômico normal. Isso, além de restaurar sua função, aumentar a resistência mecânica, eliminar "espaços mortos", favorecer a cicatrização e, prevenir invasão de tecidos moles, reduzindo assim, as chances de infecções secundárias, restabelecendo imediatamente o suporte para aparelhos protéticos. Materiais aloplásticos estudados foram o "Hard Tissue Replacement" (H.T.R.), Sulfato de Cálcio (Gesso Paris), Osso Sintético, hidroxiapatitas reabsorvíveis (Biohapatita e Biohapatita + BMP) e não reabsorvíveis, além da Matriz Orgânica de Osso Bovino Liofilizado (Osseobond) e, Osso Bovino Desproteinado (BIOBONE). As membranas biológicas através da RTG são pesquisadas, principalmente as nacionais (Alumina, a Dentoflex, o Microlágeno e o Laminado de Osso Bovino Desproteinado Recomposto com Substância Colágena a FLEXFORM), associadas ou não a todos esses materiais aloplásticos. Sua importância está na divulgação que se poderá fazer para que todos os profissionais possam utilizar esses biomateriais, melhorando assim o estado geral do paciente bem como sua expectativa de uma vida melhor. Justifica-se, pelo acúmulo de informações contidas, que poderão ser colocadas em prática adequadamente.

ABSTRACT Are sought, even today, substitutes, especially for hard tissues of the body such as bone and teeth. In surgeries performed in the oral cavity, the problem is even more critical because the vast majority of interventions involve the manipulation of bone tissue. In extractions, excisions of tumors or chronic inflammatory processes, obtaining access, it becomes necessary ostectomy and osteotomies, resulting in the formation of bone cavities. Under normal conditions, since the causative agent has been eliminated, these areas are repaired through natural biological process. The extent and speed of this process are dependent on anatomical location, the etiologic agent, the size of the lesion beyond the biological characteristics of each individual. It may take years to complete the repair, exposing the patient to risks and discomforts often unnecessary. In an attempt to remedy

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these drawbacks, techniques have been developed for its reconstruction, total or partial structures lost, with the aim of restoring normal anatomical contours. That, and restore its function, increase strength, eliminate "dead space", to promote healing and prevent invasion of soft tissues, thus reducing the chances of secondary infections, immediately restoring support for prosthetic devices. Alloplastic materials studied were the "Hard Tissue Replacement" (HTR), calcium sulfate (Plaster Paris), the synthetic bone, the resorbable hydroxyapatites (Biohapatita Biohapatita + and BMP) and non-resorbable, and Bone Matrix Organic Freeze Dried Beef (Osseobond) and Bovine Bone Desproteinado (BIOBONE). In addition to these materials, also through the biological membranes RTG, are being researched, especially the national (Alumina, the Dentoflex, the laminate and Microlagen Deproteinad joined with bovine bone collagen to Flexform substance), associated or not with all these alloplastic materials. The importance of this work is the disclosure that can be done so that all professionals can use these biomaterials, thus improving the patient's general condition and their expectation of a better life. Justified, by the accumulation of information and which can be put into practice properly. Unitermos: Biomateriais; Substitutos funcionais; Membranas biológicas. Uniterms: Biomaterials; Functional changes; Biological membranes.

INTRODUÇÃO Possibilidade de recuperação de falhas, ou partes deficientes do corpo humano por substitutos funcionais, tem intrigado profissionais e pesquisadores da área de saúde, já há algum tempo. Buscam-se, ainda, substitutos, principalmente para tecidos duros do organismo como o osso e os dentes. Em cirurgias realizadas na cavidade bucal, o problema é ainda mais crítico, pois a grande maioria das intervenções implica na manipulação de tecido ósseo. Em exodontias, exéreses de lesões tumorais ou processos inflamatórios crônicos, obtenção de acessos, torna-se necessária realização de osteotomias e ostectomias, resultando na formação de cavidades ósseas. Em condições normais, desde que agente causador tenha sido eliminado, essas regiões são reparadas através de processo biológico natural. A extensão e velocidade deste processo estão na dependência da localização anatômica, do agente etiológico, das dimensões da lesão além das características biológicas de cada indivíduo. Podem ser necessários anos para se completar o reparo, expondo-se o paciente a riscos e, desconfortos, muitas vezes desnecessários. Na tentativa de sanar estes inconvenientes, desenvolveram-se técnicas para sua reconstituição, totais ou parciais das estruturas perdidas, com objetivo de recuperar o contorno anatômico normal. Isso, além de restaurar sua função, aumentar a resistência mecânica, eliminar "espaços mortos", favorecer a cicatrização e, prevenir invasão de tecidos moles, reduzindo assim, as chances de infecções secundárias, restabelecendo

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imediatamente o suporte para aparelhos protéticos (LEGEROS; PENUGONDA, 1983 e MARZOLA, 2008). Inicialmente, optou-se pela utilização de enxertos ósseos autógenos. Apesar de suas enormes vantagens biológicas, apresentam certos inconvenientes, como a necessidade de hospitalização, intervenção em outra área do organismo, morbidade da área doadora, maior período de convalescença, susceptibilidade às infecções e, ainda sua reabsorção progressiva e constante (SANDERS; COK, 1945; BIRD; KULLBOM; QUAST, 1974; CANZONA et al., 1976; BAKER et al., 1979; FRAME; BRADY, 1984; FRAME, 1987 e MARZOLA, 2008). Por esta razão, vários materiais sintéticos estão sendo desenvolvidos, com vários graus de sucesso e insucesso. Surgiram derivados anorgânicos como compostos de cálcio, o sulfato de cálcio e o de tricálcio, as hidroxiapatitas (FRAME; BRADY, 1984; JARCHO, 1986; KENT; BLOCK; KAY, 1986; FRAME, 1987; BISSADA; HANGORSKY, 1980; BLOCK; KENT; KAY, 1987; COOK et al., 1987; DE GROOT et al., 1987; FRAME, 1987; HOLMES; BUCHHOLZ; MOONEY, 1987; THOMAS et al., 1987; DUCHEYNE, 1988; EGGLI; MÜLLER; SCHENK, 1988; LOWENBERG et al., 1988; DACULSI; LEGEROS; MITRE, 1989; ISHIKAWA; WAKAMURA; KONDO, 1989; OONISHI et al., 1989; BAGAMBISA; STOM; SCHILLI, 1990; BAGAMBISA; JOOS, 1990; KRAUSER; BONER; BONER, 1990; ALLIOOT-LICHT et al., 1991; BUSER et al., 1991; GOTTLANDER; ALBREKTSSON, 1991; HENCH, 1991; LUM; BEIRNE; CURTIS, 1991; SENNERBY, 1991; GOTTLANDER; ALBREKTSSON; CARLSSON, 1992; DARD et al., 1994; DOGLIOLI et al., 1994; MARZOLA; TOLEDO FILHO; ZORZETTO et al., 1996 e MARZOLA, 1997 e 2008), além de vários polímeros e plásticos. O polimetilmetacrilato é um destes compostos acrílicos já amplamente utilizado, com bons resultados em cirurgias ortopédicas (HOMSY; TALLOS; KING, 1969 e CHARNLEY, 1970), neurológicas (VAN GOOL, 1985 e BENZEL et al., 1990), plásticas reconstrutivas (SHONS et al., 1983; VAANDRAGER et al., 1988 e GOVILA, 1990) e, bucomaxilofaciais (SCHWARTZ; KAUFMAN; GLUCK, 1973; EHRLICH; AZAZ, 1975; KAMEROS; HIMMELFARB, 1975 e TIMMIS et al., 1986). As membranas biológicas através da regeneração tecidual guiada (RTG) têm mostrado considerável sucesso: 1) Na maxila e na mandíbula (CHVAPIL; KRONENTHAL; VAN WINKLE, 1973; BECKER et al., 1987; SCHALLHORN; McCLAIN, 1988; DAHLIN et al., 1990; NEWMAN, 1991; WACHTEL et al., 1991; ZABLOTSKY et al., 1991; ARORA et al., 1992; MITSUI, 1992; CRUZ; REIS; SILVA, 1993; DUAILIBI; MORETTI; ISSAS, 1993; MARZOLA; TOLEDO FILHO; ZORZETTO et al., 1996; LOBO; MARZOLA; CONSOLARO et al., 1997; MARZOLA, 1997; DE LAVALLE RESTREPO; MARZOLA; CONSOLARO et al., 1998; TOSIN; MARZOLA; CONSOLARO et al., 1998; CRUZ, 2006 e MARZOLA, 2008). 2) Em cranioplastias (DAHLIN et al., 1988). 3) No baço, como hemostático e na reparação (TONIOLLO, 1988). 4) Na restauração da parede lateral do seio maxilar (BECKER; NEUKAN; SCHLIEPHAKE, 1992). 5) Como curativo biológico (PITANGUY; SALGADO; MARACAJÁ, 1988). 6) No tratamento de ressecções faciais em seres humanos (TINTI; VICENZI, 1990 e TINTI et al., 1992).

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No aumento de rebordo alveolar, também têm desempenhado um papel muito importante, facilitando o trabalho do protesista, posteriormente (BUSER et al., 1990 e MARZOLA, 2008). Sua atuação na periodontia, para a reparação do periodonto, destruído pela evolução de um processo inflamatório, a RTG tem-se desempenhado de maneira bastante satisfatória (ELLEGAARD; KARRING; LOE, 1974; CATON; ZANDER, 1976; NYMAN et al., 1980 e 1982; GOTTLOW et al., 1984 e 1986; AUKHIL et al., 1986; DAHLIN et al., 1988; NOVAES JR; MORAES; NOVAES, 1990 e 1991; SEABRA, 1990; TINTI; VICENZI, 1990 ;STAHL; FROUM, 1991; CRUZ, 2006 e MARZOLA, 2008). Assim, foram desenvolvidos trabalhos no sentido de se encontrar um material que pudesse constatar sua eficácia e, sua boa integração com os tecidos do hospedeiro. Esses materiais além de serem indutores da formação óssea, deveriam ser adquiridos pelos profissionais a custo satisfatório, para poderem ser utilizados nos pacientes, diminuindo, dessa maneira, os problemas na cavidade bucal. Os materiais aloplásticos estudados, tanto clínica quanto experimentalmente em alguns casos foram o "Hard Tissue Replacement" (H.T.R.), o Sulfato de Cálcio (Gesso Paris), o Osso Sintético, as hidroxiapatitas reabsorvíveis (Biohapatita e Biohapatita + BMP) e não reabsorvíveis, além da Matriz Orgânica de Osso Bovino Liofilizado (Osseobond) e, o Osso Bovino Desproteinado (BIOBONE) (MARZOLA, 1997 e 2008) sendo a Biohapatita e o Osso Bovino Liofilizado desenvolvidos no Departamento de Bioquímica da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo. Também, foi utilizada a cera de abelha, com resultados aceitáveis (MARQUES et al., 1994). Além desses materiais, também as membranas biológicas através da RTG, estão sendo pesquisadas, principalmente as nacionais (Alumina, a Dentoflex, o Microlágeno e o Laminado de Osso Bovino Desproteinado Recomposto com Substância Colágena a FLEXFORM), associadas ou não a todos esses materiais aloplásticos. A associação de osso autógeno aos biomateriais veio trazer um avanço muito grande nas pesquisas com esses tipos de alternativas. Isto sem contar recentemente com a magnífica união dos biomateriais às células tronco, trazendo avanços maravilhosos nessas pesquisas (MARZOLA, 2008). A importância deste trabalho está na divulgação que se poderá fazer para que todos os profissionais possam utilizar esses biomateriais, melhorando assim o estado geral do paciente bem como sua expectativa de uma vida mais saudável. Justifica-se, pelo acúmulo de informações contidas e, que poderão ser colocadas em prática adequadamente.

1. HIDRÓXIAPATITA Tomando como base todas as cirurgias realizadas, utilizando-se este material, num período de 24 meses, observou-se em 84,6% dos casos, o restabelecimento das áreas operadas e integração do implante às estruturas neoformadas. Vinte e três por cento (23%) dos casos demonstraram alguma perda de material por expulsão e, apenas em um caso, foi manifestada infecção pós-operatória.

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Os resultados obtidos, embora com pequena casuística (13) até a algum tempo, mas já com muitos casos atualmente, além de sua utilização também em casos de associação com os transplantes, podem ser considerados aceitáveis para um biomaterial, estimulando a continuidade de pesquisas com a hidroxiapatita (Caso 1 - Figs. 1 a 8, Caso 2 - Figs. 9 a 17, Caso 3 – Figs. 18 a 29 e Caso 4 – Figs. 30 a 37).

Caso 1 (Figs. 1 a 8)

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Figs. 1 a 8 - Caso de implante de hidroxiapatita numa apicoplastia da raiz medial de um

primeiro molar inferior, notando-se o implante e o caso clínico e radiográfico após três anos.

Fonte: Acervo do Prof. Dr. Clóvis Marzola.

Caso 2 (Figs. 9 a 17)

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Figs. 9 a 17 - Exibição de caso de implante de hidroxiapatita após a extração de uma raiz

de pré-molar inferior com foco de infecção periapical. Nota-se a facilidade com que o material é implantado e seu acompanhamento após um ano.

Fonte: Acervo do Prof. Dr. Clóvis Marzola.

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Caso 3 (Figs. 18 a 29)

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Figs. 18 a 29 - Sequência cirúrgica de um implante de hidroxiapatita granulosa numa ferida

cirúrgica ocorrida pela exérese de um grande cisto residual, podendo-se acompanhar todo o caso com a proservação clínica e radiográfica após vários meses até um ano.

Fonte: Acervo do Prof. Dr. Clóvis Marzola.

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Caso 4 (Figs. 30 a 37)

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Figs. 30 a 37 - Implante de hidroxiapatita em associação com transplante autógeno de

canino superior direito. Observa-se após transplante a colocação do material, refazendo o osso da abóbada palatina e seu acompanhamento durante um ano.

Fonte: Acervo do Prof. Dr. Clóvis Marzola.

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Este material pode ser não e reabsorvível estando sendo utilizada a Biohapatita associada ou não à matriz orgânica de Osso Bovino Liofilizado (Osseobond). Ainda a Biohapatita + BMP que é uma proteína morfogenética, todos desenvolvidos no Departamento de Bioquímica da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo. O resultado obtido com todos esses materiais foi bastante aceitável (MARZOLA, TOLEDO FILHO; ZORZETTO et al., 1996; MARZOLA, 1997 e 2008), sendo encontrados com novos nomes e já devidamente registrados: “GENPRO” a proteína morfogenética, “GENOX-ORGÂNICO” a matriz de osso bovino, “GEN-DERM” a membrana e, o aglutinante “GEN-COL” (Caso 5 - Figs. 38 a 45).

Caso 5 (Figs. 38 a 45)

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Figs. 38 a 45 - Caso de implante de hidroxiapatita reabsorvível (GENPRO-Biohapatita) +

matriz orgânica de osso bovino liofilizado (GENOX-ORGÂNICO - Osseobond) + membrana biológica (GEN-DERM) + o aglutinante (GEN-COL) (todos os materiais desenvolvidos pelo Departamento de Bioquímica da FOB-USP), onde notam-se todas as fases cirúrgicas, desde a Rx pré-operatória, o caso clínico, a incisão, o descolamento do retalho, a exérese total do cisto, o tratamento da cavidade óssea com a colocação dos biomateriais na cavidade cirúrgica com a colocação da membrana biológica, a recolocação do retalho em posição e a sutura final. Pode-se notar uma imagem da lesão cística e dos materiais utilizados: a Biohapatita, a matriz orgânica de osso bovino liofilizado e a membrana biológica. Um aspecto do pós-operatório após uma semana, bem como da Rx pós-operatória, notando-se ainda o caso após 2 meses.

Fonte: Acervo do Prof. Dr. Clóvis Marzola.

2. SULFATO DE CÁLCIO (GESSO PARIS) Analisando-se os casos operados onde se implantou este material, após período de proservação de 24 meses, verificou-se total absorção das partículas de gesso convencional, sem manifestação de complicações pós-operatórias. Contudo, naqueles casos em que foi implantado o gesso modificado, constatou-se alto índice de complicações, com casos de infecção, perda de material e, um caso de recidiva da lesão primária (MARZOLA et al., 1991, 1997 e 2008). Estes dados permitem identificar a necessidade de aprimoramento da fórmula deste material de implante, que embora economicamente acessível, não atendeu, às características mínimas de um biomaterial (Caso 6 - Figs. 46 a 55).

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Caso 6 (Figs. 46 a 55)

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Figs. 46 a 55 - Exibição de um implante de sulfato de cálcio (gesso Paris) em forma de grânulos, numa cavidade devido a um odontoma, notando-se que o material já foi quase que totalmente absorvido após alguns anos, possibilitando a correta adaptação da prótese nesse local. Fonte: Acervo do Prof. Dr. Clóvis Marzola.

3. "HARD TISSUE REPLACEMENT" (H.T.R.) Pode-se verificar tratar-se de um excelente material, biocompatível, radiopaco e, de fácil manuseio, constituindo-se em valioso recurso terapêutico na cirurgia bucomaxilofacial (MARZOLA et al., 1992, 1997 e 2008) (Caso 7 - Figs. 56 a 66) tanto na forma granulada quanto em forma de blocos.

Caso 7 (Figs. 56 a 66)

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Figs. 56 a 66 - Implante de H.T.R. numa extensa lesão cística na mandíbula. Observa-se a

facilidade com que o material é manipulado e, colocado na cavidade. Pode-se notar a perfeita evolução do caso após três anos, tanto clínica quanto radiograficamente, recompondo completamente o rebordo alveolar do paciente, propiciando a boa colocação de uma prótese ou de implantes nesse local.

Fonte: Acervo do Prof. Dr. Clóvis Marzola.

4. OSSO SINTÉTICO Estudando-se todos os casos por nós operados com o implante deste tipo de material, pôde-se constatar que se trata de um material que merece ainda muitos estudos, tanto dele, como também da forma como foi estudado (MARZOLA, 1997 e 2008). Assim sendo, parece que ainda pesquisas devam ser realizadas, para observação mais cuidadosa deste material (Caso 8 - Figs. 67 a 73).

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Caso 8 (Figs. 67 a 73)

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Figs. 67 a 73 - Implante de osso sintético após a exérese de um extenso cisto dentígero na

maxila. Esse material teve algumas partes eliminadas, dificultando o reparo da região. Isto ocorreu, devido talvez, à grande quantidade de material colocado no local. Quanto menos material, melhor o resultado final.

Fonte: Acervo do Prof. Dr. Clóvis Marzola.

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5. MATRIZ ORGÂNICA DE OSSO BOVINO LIOFILIZADO

Material para implante de cavidades ou de rebordos alveolares, que está sendo desenvolvido pelo Departamento de Bioquímica da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo, com excelentes resultados clínicos. É realizada uma mistura dessa matriz orgânica de osso bovino liofilizado (GENOX-ORGÂNICO - Osseobond), com a hidroxiapatita reabsorvível (GENPRO - Biohapatita com ou sem o BMP) mais soro fisiológico, havendo a formação de uma pasta. Ela é colocada na cavidade ou em rebordos alveolares, com a finalidade de impedir a reabsorção e induzir a formação de osso. Essa mistura pode ser levada a efeito na proporção de duas partes de Biohapatita para uma de osso bovino liofilizado, mesclados com soro fisiológico ou sangue, ou ainda com outra substância que está sendo desenvolvida, que dará uma consistência bastante dura a essa mistura, vindo a preencher corretamente a cavidade cirúrgica. Os resultados dos casos clínicos levados a efeito mostram tratar-se de material de fácil aplicação e manipulação (Caso 9 - Figs. 74 a 87), devendo sua indicação ser sempre correta, sempre com três superfícies para o contato do material, além da ausência de contaminação purulenta no local. Muito importante ainda é a técnica cirúrgica correta que deverá ser levado a efeito pelo cirurgião, desde uma incisão perfeita, correto descolamento do muco-periósteo, até a sutura final adequada e, se possível com a aplicação de uma membrana biológica previamente. Apesar de já muitos casos haverem sido realizados no Serviço, há ainda a necessidade de mais pesquisas serem levadas a efeito nesse sentido e, para um acompanhamento melhor e mais detalhado (MARZOLA, TOLEDO FILHO; ZORZETTO et al., 1996; MARZOLA, 1997; DE LAVALLE RESTREPO; MARZOLA; CONSOLARO et al., 1998; TOSIN; MARZOLA; CONSOLARO et al., 1998; OMAGARI, 1999; OMAGARI; MARZOLA; TOLEDO FILHO, 2000 e MARZOLA, 2008).

Caso 9 (Figs. 74 a 87)

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Figs. 74 a 87 - Caso de grande cisto periapical envolvendo vários dentes anteriores da

maxila, verificando-se a perfeita sequência da técnica cirúrgica, desde a Rx pré-operatória até a sutura final com o acompanhamento clínico depois de um ano. Neste caso como se pode notar, também foi realizado o implante de biomateriais do Departamento de Bioquímica da Faculdade de Odontologia de Bauru da USP, com excelente resultado clínico e radiográfico.

Fonte: Acervo do Prof. Dr. Clóvis Marzola.

6. MEMBRANAS BIOLÓGICAS As membranas biológicas representam um grande avanço no que diz respeito ao implante de materiais aloplásticos, pois impedem que as células do epitélio bucal e do tecido conjuntivo participem da cicatrização da ferida. Deixam que as células do ligamento periodontal tenham prioridade de se conduzirem para a área, resultando em regeneração dos tecidos. Estas membranas, ou ainda outro tipo de material semelhante, vão agir como barreira física, facilitando o processo de regeneração (CUCIN, 1972; ELLEGAARD; KARRING; LOE, 1974; WEINSTEIN et al., 1976; KAWAHARA, 1977; KAWAHARA; HIRABAYASHI, 1980; BRANEMARK; ZARB; ALBREKTSSON, 1985; MCKINNEY; KOTH; STEFLIK, 1985; GOTTLOW et al., 1986; NYMAN et al., 1982; BLUMENTHAL, 1988; MAGNUSSON et al., 1988; PITARU et al., 1988; PRATO; CORTELLINI; CLAUSER, 1988; TANNER et al., 1988; YAMAGAMI et al., 1988; CARD et al., 1989; CLAFFEY et al., 1989; KODAMA et al., 1989; PITARU et al., 1989; CHUMG et al., 1990; CORTELINI et al., 1990; GROMATZKY et al., 1990; NOVAES JR; MORAES; NOVAES, 1990; NOVAES JR; MORAES; NOVAES, 1990; CORTELINI et al., 1991; KON et al., 1991; MINABE et al., 1991; NOVAES JR; DIAS; NOVAES, 1991; CANCIAN et al., 1992; NARY FILHO et al., 1992; PRATO et al., 1992; KINA et al., 1993; MACEDO et al., 1993; CAPRIGLIONE; GREIN, 1993; CRUZ; REIS; SILVA, 1993; DUAILIBI; MORETTI; ISSAS, 1993; LOBO; MARZOLA; CONSOLARO et al., 1997; MARZOLA, 1997; DE LAVALLE RESTREPO; MARZOLA; CONSOLARO et al., 1998; TOSIN; MARZOLA; CONSOLARO et al., 1998; OMAGARI, 1999; OMAGARI; MARZOLA; TOLEDO FILHO, 2000; CRUZ, 2006 e MARZOLA, 2008). Os trabalhos realizados com estes tipos de membranas (GEN-DERM), ou outras ainda como a Alumina (CRUZ, 2006), permitem tirar conclusões bastante satisfatórias, pelo tempo de proservação tanto em casos clínicos de cirurgias normais de grandes cavidades, quanto para uma

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obturação biológica num processo de reabsorção (Caso 10 - Figs. 88 a 93). Ou ainda como auxiliar para implantes osseointegrados num processo de remodelação de uma falha da maxila (Caso 11 - Figs. 94 a 105).

Caso 10 (Figs. 88 a 93)

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Figs. 88 a 93 - Caso de implante de biomateriais do Departamento de Bioquímica da

Faculdade de Odontologia de Bauru da USP, além da membrana de osso bovino liofilizado, num transplante de canino superior, onde esse material foi colocado numa reabsorção óssea e dentinária, com excelente resultado pós-operatório.

Fonte: Acervo do Prof. Dr. Clóvis Marzola.

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Caso 11 (Figs. 94 a 105)

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Figs. 94 a 105 - Caso de implante de biomateriais do Departamento de Bioquímica da

Faculdade de Odontologia de Bauru da USP (101), notando-se que o mesmo pode ser usado com perfeita facilidade para recompor uma falha óssea na região anterior da maxila, associado com implantes osseointegrados. Nota-se o excelente resultado pós-operatório após 4 e 8 semanas, tanto clínica quanto radiograficamente.

Fonte: Acervo do Prof. Dr. Clóvis Marzola.

DISCUSSÃO Com o objetivo de sanar estes inconvenientes, desenvolveram-se técnicas para sua reconstituição, totais ou parciais das estruturas perdidas, com função de recuperar o contorno anatômico normal. Além de restaurar sua função, aumentar a resistência mecânica, eliminar "espaços mortos", favorecer a cicatrização e, prevenir invasão de tecidos moles, reduzindo assim, as chances de infecções secundárias, restabelecendo imediatamente o suporte para aparelhos protéticos (LEGEROS; PENUGONDA, 1983 e MARZOLA, 2008). Todos esses aspectos estão em perfeita consonância com o estudo aqui efetuado. A utilização de enxertos ósseos autógenos foi uma das principais partes deste trabalho e apesar de suas enormes vantagens biológicas, apresentam certos inconvenientes, como a necessidade de hospitalização, intervenção em outra área do organismo, morbidade da área doadora, maior período de convalescença, susceptibilidade às infecções e, ainda sua reabsorção progressiva e constante (BIRD et al., 1974; SANDERS; COK, 1976; CANZONA et al., 1976; BAKER et al., 1979; FRAME; BRADY, 1984 e MARZOLA, 2008). Tudo isso foi perfeitamente constatado as pesquisas efetuadas, estando de comum acordo com o trabalho efetuado.

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Os vários materiais sintéticos desenvolvidos apresentam vários graus de sucesso e insucesso. Surgiram derivados anorgânicos como compostos de cálcio, o sulfato de cálcio, de tricálcio e, as hidroxiapatitas (JARCHO, 1986; KENT; BLOCK; KAY, 1986; FRAME, 1987; BISSADA; HANGORSKY, 1980; BLOCK; KENT; KAY, 1987; COOK et al., 1987; DE GROOT et al., 1987; FRAME; BRADY, 1987; HOLMES; BUCHHOLZ; MOONEY, 1987; THOMAS et al., 1987; DUCHEYNE, 1988; EGGLI; MÜLLER; SCHENK, 1988; LOWENBERG et al., 1988; DACULSI; LEGEROS; MITRE, 1989; ISHIKAWA; WAKAMURA; KONDO, 1989; OONISHI et al., 1989; BAGAMBISA; STOM; SCHILLI, 1990; BAGAMBISA; JOOS, 1990; KRAUSER; BONER; BONER, 1990; ALLIOOT-LICHT et al., 1991; BUSER et al., 1991; GOTTLANDER; ALBREKTSSON, 1991; HENCH, 1991; LUM; BEIRNE; CURTIS, 1991; SENNERBY, 1991; GOTTLANDER; ALBREKTSSON; CARLSSON, 1992; DARD et al., 1994; DOGLIOLI et al., 1994; MARZOLA; TOLEDO FILHO; ZORZETTO et al., 1996 e MARZOLA, 1997 e 2008), além de vários polímeros e plásticos. É justamente essa a função do cientista, a busca incessante por materiais que venham suprir o comércio e possibilitar seu emprego pela classe odontológica. Está em perfeita sintonia com nossas pesquisas. O polimetilmetacrilato é um destes compostos acrílicos já amplamente utilizado, com bons resultados em cirurgias ortopédicas (HOMSY et al., 1969 e CHARNLEY, 1970), neurológicas (VAN GOOL, 1985 e BENZEL et al., 1990), plásticas reconstrutivas (SHONS et al., 1983; VAANDRAGER et al., 1988 e GOVILA, 1990) e, bucomaxilofaciais (SCHWARTZ et al., 1973; EHRLICH; AZAZ, 1975; KAMEROS; HIMMELFARB, 1975 e TIMMIS et al., 1986). Pôde-se constar isso muito bem nas cirurgias dos casos realizados no Serviço e também naqueles que observei de colegas. Principalmente nas cirurgias reconstrutivas é um material que se destaca de maneira muito acentuada. As membranas biológicas através da regeneração tecidual guiada (RTG) têm mostrado considerável sucesso tanto nas maxilas quanto na mandíbula (CHHVAPIL; KRONENTHAL; VAN WINKLE, 1973; BECKER et al., 1987; SCHALLHORN; McCLAIN, 1988; DAHLIN et al., 1990; NEWMAN, 1991; WACHTEL et al., 1991; ZABLOTSKY et al., 1991; ARORA et al., 1992; BALKIN, 1992; MITSUI, 1992; CRUZ; REIS; SILVA, 1993; DUAILIBI; MORETTI; ISSAS, 1993; MARZOLA; TOLEDO FILHO; ZORZETTO et al., 1996; LOBO; MARZOLA; CONSOLARO et al., 1997; MARZOLA, 1997; DE LAVALLE RESTREPO; MARZOLA; CONSOLARO et al., 1998; TOSIN; MARZOLA; CONSOLARO et al., 1998; CRUZ, 2006 e MARZOLA, 2008). Nas cranioplastias esse fato também foi marcante (DAHLIN et al., 1988 e 1990). No baço, como hemostático e sua reparação com notável êxito (TONIOLLO, 1988). Na restauração das paredes laterais do seio maxilar essa ocorrência foi digna de nota (BECKER; NEUKAN; SCHLIEPHAKE, 1992). Como curativo biológico pôde-se verificar sua grande e versátil aplicabilidade (PITANGUY; SALGADO; MARACAJÁ, 1988). No tratamento de ressecções faciais em seres humanos comprovou-se de maneira muito eficaz (TINTI; VICENZI, 1990 e TINTI et al., 1992). Tudo isso pode ser perfeitamente verificado estar em concordância com nossas pesquisas e casos cirúrgicos, tratando-se de um biomaterial que veio realmente para revolucionar a cirurgia reparadora.

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No aumento de rebordo alveolar esses biomateriais, também, têm desempenhado um papel muito importante, facilitando em muito o trabalho do protesista (BUSER et al., 1990 e MARZOLA, 2008), o que pôde verificar perfeitamente em todos os casos realizados, estando em perfeita consonância com tudo isso. Na periodontia, para a reparação do periodonto, destruído pela evolução de um processo inflamatório, a RTG tem-se desempenhado de maneira bastante satisfatória (ELLEGAARD; KARRING; LOE, 1974; CATON; ZANDER, 1976; NYMAN et al., 1980 e 1982; AUKHIL et al., 1983; GOTTLOW et al., 1984 e 1986; AUKHIL et al., 1986; DAHLIN et al., 1988; NOVAES JR; MORAES; NOVAES, 1990; SEABRA, 1990; TINTI; VICENZI, 1990 ;STAHL; FROUM, 1991; CRUZ, 2006 e MARZOLA, 2008), o que pôde ser notado grandemente principalmente com algumas pesquisas (CRUZ, 2006). Esses biomateriais foram desenvolvidos no sentido de se encontrar algum que pudesse constatar sua eficácia e, sua boa integração com os tecidos do hospedeiro. Esses materiais além de serem indutores da formação óssea, podem ser perfeitamente adquiridos pelos profissionais a custo satisfatório, para poderem ser utilizados nos pacientes, diminuindo, dessa maneira, os problemas na cavidade bucal. Pôde-se verificar isso perfeitamente em sintonia com todos os autores encontrados na revista da literatura (CRUZ, 2006 e MARZOLA, 2008). Os materiais aloplásticos estudados, tanto clínica quanto experimentalmente em alguns casos foram o "Hard Tissue Replacement" (H. T. R.), o Sulfato de Cálcio (Gesso Paris), o Osso Sintético, as hidroxiapatitas reabsorvíveis (Biohapatita e Biohapatita + BMP) e não reabsorvíveis, além da Matriz Orgânica de Osso Bovino Liofilizado (Osseobond) e, o Osso Bovino Desproteinado (BIOBONE) (MARZOLA, 1997 e 2008) sendo a Biohapatita e o Osso Bovino Liofilizado desenvolvidos no Departamento de Bioquímica da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo. Pôde-se verificar isso notadamente nos trabalhos realizados, principalmente por estar junto com os autores das criações (MARZOLA, 2008). Além desses materiais, também as membranas biológicas através da RTG, foram já exaustivamente pesquisadas, principalmente as nacionais (Alumina, a Dentoflex, o Microlágeno e o Laminado de Osso Bovino Desproteinado Recomposto com Substância Colágena a FLEXFORM), associadas ou não a todos esses materiais aloplásticos. Todos apresentam resultados bastante razoáveis e podem ser adquiridos no mercado para suprirem uma grande ausência até a algum tempo muito sentida. Está em ampla concordância com tudo que foi amplamente divulgado e pesquisado (MARZOLA, 2008).

CONCLUSÕES Depois de muitos anos de estudo e da análise dos dez casos apresentados chega-se à conclusão de que os biomateriais podem ser usados como ótimo recurso para uma recuperação e restauração dos rebordos alveolares. As hidroxiapatitas e o osso associado à proteína morfogenética apresentam excelentes condições para o implante ser bem

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sucedido. Materiais como "Hard Tissue Replacement" (H. T. R.), o Sulfato de Cálcio (Gesso Paris), o Osso Sintético, as hidroxiapatitas reabsorvíveis (Biohapatita e Biohapatita + BMP) e não reabsorvíveis, além da Matriz Orgânica de Osso Bovino Liofilizado (Osseobond) e, o Osso Bovino Desproteinado (BIOBONE), apresentam ótimas condições para o uso rotineiro. Do mesmo modo que os Biomateriais, as membranas pesquisadas, Alumina, Dentoflex, o Microlágeno e o Laminado de Osso Bovino Desproteinado Recomposto com Substância Colágena a FLEXFORM.

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