-
1
Ministrio Pastoral
Teologia & Prtica
Contedo I. Surgimento da Disciplina
..................................................................................................................
2
II. Entendendo o Ministrio Pastoral na Bblia:
........................................................................................
3
III. Preparo Para Pastorear
....................................................................................................................
5
IV. IMAGEM: Tudo Ou NADA ?
..............................................................................................................
7
V. Pastor , ministro da
Palavra..................................................................................................................
8
VI. Pastor Pra Qu?
..............................................................................................................................
11
VII. A Apresentao do Pastor
.............................................................................................................
12
VIII. O Pastor e o Plpito
...................................................................................................................
21
X. O Culto na Igreja
..............................................................................................................................
25
XI. O Pastor e a Organizao da Igreja / Ministrios
...................................................................
29
BIBLIOGRAFIA:
.......................................................................................................................................
30
-
2
I. Surgimento da Disciplina
Titulos: Pastoral, Pastoreio, Pastorado, Teologia Pastoral,
Teologia Prtica,
Teologia Ministerial
Nos sculos XVIII e XIX que se desenvolve a teologia pastoral ou
teologia
aplicada, sob influncia do iluminismo1. Em 1810 Friederich
Schleiermacher2 cria a
ctedra de Teologia Prtica, na faculdade de Teologia na
Universidade de Berlim.
A terminologia que tem prevalecido na teologia catlica no
distingue com suficiente
clareza entre pastoral e teologia pastoral; os dois termos so
freqentemente utilizados
como sinnimos e seus significados podem at ser confundidos de
fato. Mais
corretamente, no catolicismo pastoral indica o complexo de
atividades desenvolvidas
na igreja para a consecuo de seus prprios objetivos; teologia
pastoral indica a
reflexo, criticamente fundamentada, sobre o acontecimento
pastoral.
Na rea protestante alem percebe-se a distino, pelo contrrio,
entre teologia
pastoral e teologia prtica; teologia pastoral indica a reflexo
sobre a atitude do pastor
em geral, a respeito de sua prpria profisso e ajuda prestada ao
incremento das
aptides pessoais do pastor (prudentia pastoralis), enquanto que
teologia prtica
designa a reflexo crtica sobre a tarefa eclesial. A proposta
feita recentemente no
mbito catlico de se substituir a expresso teologia pastoral por
teologia prtica se
situa em correspondncia ao deslocamento da reflexo sobre a
atividade do pastor na
igreja para a reflexo sobre o agir da igreja em suas
dimenses.3
Para o pensamento das igrejas que surgiram a partir da Reforma
do sculo XVI,
falar de pastoral tem significado, principalmente, referir-se
funo do pastor [no
entanto] os reformadores do sculo XVI nunca falaram de pastoral,
quando muito,
referiram-se ao ministrio do pastor e sua ordem prpria. bvio
que, com o correr do
tempo, produziu-se no pensamento protestante uma reduo do
conceito, que foi
ficando limitado pessoa (ou figura, como se queira) do ministro
ordenado [...] esta
tendncia, fortemente arraigada no protestantismo, influi
fortemente para que a
compreenso da pastoral siga focalizando a figura do pastor.4
1 Movimento filosfico e literrio do sc. XVIII, caracterizado por
profunda crena no poder da razo humana e da cincia como
foras propulsoras do progresso da humanidade; ILUSTRAO;
FILOSOFIA DAS LUZES - Dicionrio Aulete. 2 Friederich foi um Telogo
e Filosofo alemo.
3 PACOMIO, L et alli (orgs.). Diccionrio teolgico
multidisciplinar. Salamanca: Sigueme, 1997, 2 volumes (vocbulo:
Teologia
Pastoral), p. 84 4 SANTA ANA, Julio de. Pelas trilhas do mundo,
a servio do Reino. So Bernardo do Campo: Imprensa Metodista e
Faculdade de
Teologia da Igreja Metodista, 1985, p. 31.
-
3
II. Entendendo o Ministrio Pastoral na Bblia:
No Antigo Testamento:
V-se na histria dos hebreus a criao de rebanhos de ovelhas.
Quando Deus
chamado de pastor faz-se meno ao cotidiano dos pastores que
cuidavam, guiavam e
protegiam esses rebanhos. O salmo 23 retrata a excelncia do
pastoreio divino por
Israel. O pastor autoridade e solicitude, poder e carinho, vigor
e ternura ... (Ronaldo
Sathler - Rosa citando Libanio, p.17) .
Ser pastor em Israel ser fiel a vocao do povo. Da que os
dirigentes da
nao eram chamados pastores: Jeremias, por exemplo, critica os
maus pastores de
Israel, culminando com um discurso atravs do qual foi
fustigando, sucessivamente a
famlia real de Jud, aos reis Joacaz, Joaquim e Jeconias (cf. Jr
21.11 - 23.2) (Julio
de Santa Ana, p.35).
Para Julio de Santa Ana, a figura pastoral veterotestamentrio
tem haver com a
liderana poltica da poca, pois esses tinham condies de guiar,
proteger e cuidar do
povo ou rebanho. (Livro: Pelas Trilhas do Mundo a Caminho do
Reino).
No Novo Testamento:
- No novo pacto ou aliana Jesus Cristo o Bom pastor. Toda sua
vida a
atividade pastoral. Ele o modelo excelente e perfeito A pessoa e
prtica de
Jesus modelo por excelncia do ministrio da igreja e do ministrio
do pastor
e da pastora (Ronaldo Sather-Rosa, p.29).
- O Objetivo central de toda ao pastoral que Cristo seja
formado, ou seja,
que Cristo permeie toda a vida das pessoas e seus mltiplos
relacionamentos:
com Deus, com o prximo, com a natureza e com elas mesmas (cf Joo
10.10).
Ronaldo Sather-Rosa p.31 citando Bonhoeffer, 1955, p.55-78).
- No tem como entender o ministrio pastoral na Bblia sem
refletir na atuao
de Iav em Israel e de Cristo no mundo. Deus presente na histria,
cuidando do
seu rebanho.
Lendo Sobre o Dom
Ele mesmo concedeu uns para (...) pastores e mestres. Ef
4.11
Neste texto parece se referir a mesma funo. Pastorear e ensinar
so habilidades
que se sobrepem, no entanto so distintas. Emissrios (apstolos)
fundavam
-
4
congregaes. Profetas falavam a palavra de Deus. Proclamadores
das boas-novas
(evangelistas) comunicam as boas-novas de modo que as pessoas se
voltem do
pecado e aceitam o perdo de Deus por intermdio do messias.
Pastores prosseguem
a partir desse ponto, discipulando e aconselhando os crentes
novos e maduros para
viverem a vida messinica. Mestres comunicam e aplicam a verdade
bblica. Nenhum
deve se orgulhar quanto a sua posio, mas sim preparar o povo de
Deus, conforme
explicado nos vv. 12-13 . (David H Stern, p.637.)
Vocao Pastoral
Vocao : chamamento, ato de convidar ou solicitar.
Vocao Geral: Toda humanidade, de maneira indistinta, convocada
a
participar gratuitamente dos benefcios do Evangelho com base nos
mritos da
morte de Cristo.
Vocao Especfico: Embora todos sejam convidados a usufruir dos
meios da
graa, nem todos sero convidados a exercer o ministrio da
Palavra. um
chamado que depende nica e exclusivamente dos desgnios e da
soberania de
Deus.5
Liderana Espiritual
Liderana e servio esto intimamente ligados na proposta bblica
espiritual.
Aqueles a qual Deus chama para o ministrio da Palavra, i..,
Pastoral,
exercem liderana espiritual. Essa liderana algo que de alguma
maneira
relaciona-se com a vida e misso dos crentes. A ao dessa liderana
muitas
vezes no est clara no meio evanglico, na maioria das vezes
relacionada a
administrao, organizao e preocupaes institucional e no com a
palavra.
Liderana terrena tem haver com chefia, comando, representante de
um grupo
de pessoas, aquele que exerce influncia sob outros. Liderana
espiritual tem
haver com conduzir, guiar, orientar, influenciar, tudo com base
na palavra de
Deus.
5 Definies de vocao extrado do Dicionrio Teologico, p.289
-
5
III. Preparo Para Pastorear
A necessidade de uma preparao a vocacionados muito mais exigida
hoje do
que antes. Dennis Bickers tratando sobre esse assunto afirma: O
ministrio
rduo. Os pastores de hoje se deparam com questes que seus
predecessores
nunca enfrentaram: AIDS, cristos divorciados, aborto, problemas
sociais,
violncia entre jovens e distoro de valores so apenas algumas das
questes
difceis que devem ser tratadas pelos pastores de hoje. 6
Fomos chamados para pastorear, para conduzir homens e mulheres a
Cristo, a
se conformarem imagem dele. Esta a nossa tarefa, para isso que
nos
preparamos, estudamos e ministramos. Para ver pessoas sendo cada
vez mais
semelhante ao filho de Deus, refletindo sua glria, sua
humanidade perfeita.7
A igreja sempre teve a preocupao de ter pastores preparados na
sua
edificao. Caso contrario no teramos tantas orientaes no Novo
Testamento
dirigida exclusivamente a essas pessoas que pastoreiam. Podemos
afirmar que
preparao a exigncia do Senhor (dono) da Igreja para o
pastor.
Preparo significa:
Obedecer aos Princpios Bblicos pastorais
Manter a espiritualidade atravs da Orao, Leitura e Meditao
bblica.
Cito aqui tambm leituras extras: livros e jornais.
Estar contextualizado e atualizado.
Estudar Teologia.
O estudo da teologia o estudo sobre a palavra de Deus. O dom
pastoral o
ministrio da palavra. Como sou ministro (servo) daquilo que no
conheo? O que
vou falar daquilo que no estudei e no tenho conhecimento?
Contra as tendncias narcisistas
Narcisista de Narciso, heri da mitologia grega. O
auto-admirador. Pessoa
muito vaidosa, enamorado de si mesma.
James Houston diz que podemos identificar pelo menos oito
caractersticas de
desvios nos narcisistas:
6 Extrado do livro Pastor e Profissional, p.61
7 Extrado do livro Nova Liderana, autor Ricardo Barbosa,
p.102
-
6
1. Noes grandiosas de auto-importncia, acentuadas por conceitos
fantasiosos de
liderana.
2. Preocupao com fantasias de sucesso, poder, brilhantismo e
beleza ilimitados (...).
3. Exibicionismo a servio da publicidade, para aumentar vendas e
gerar falsas
expectativas.
4. Fortes sentimentos de raiva, inferioridade, vergonha,
humilhao ou vazio diante da
critica ou indiferena de outros.
5. Sentimento de que o mundo lhe deve muito, de modo que o
individuo tomado por
um profundo sentimento de injustia, cime, inveja e ressentimento
quando no
reconhecido.
6. Explorao Interpessoal, que leva o individuo a derrubar outros
que se apresentam
como rivais em potencial e que criam alguma ameaa ao ego
inseguro do narcisista.
7. Relacionamentos que oscilam entre a super-idealizao ou ento a
desvalorizao,
e nunca se caracterizam pela estabilidade ou constncia.
8. Uma falta de empatia, que torna esse lder incapaz de tratar
os outros com
sensibilidade e gentileza. No final, os outros se sentem
explorados e manipulados.
Extrado de: Nova Liderana, p.178-179.
Vivendo o Fruto do Esprito:
gape: O maior destes. Tudo comea com o amor de Deus
Chara: A alegria do viver, ou reviver, de ter encontrado o que
foi perdido, de ser
reconciliado.
Eirene: O melhor da vida: a paz. Jesus nos trouxe a paz.
Makrothumia: A pacincia divina e humana. Expressa a atitude de
nunca perder
a calma a pacincia com as pessoas ou acontecimentos (eventos)
dirios.
Chrestotes: A benignidade. Tratar os outros de modo que Deus nos
tratou
Agathosune: A bondade ou generosidade. Generosidade que brota do
corao
benigno.
Pistis: A virtude da confiana: f. Descreve o homem em cujo
servio fiel
podemos confiar e cuja palavra podemos aceitar sem reservas.
Prautes: Fora e suavidade: mansido. prautes o poder que,
mediante o
Esprito de Deus, faz a fora poderosa e explosiva da ira ser
aproveitada no
servio humano e divino
Egkrateia: A vitria sobre o desejo: temperana. a qualidade que
capacita o
homem a viver e andar no mundo, conservando imaculadas as suas
vestes.
Extrado de Barclay, William, As Obras da Carne e o Fruto do
Esprito.
-
7
Na relao pastor fruto do Esprito podemos ver a busca da
integridade
ministerial. Enquanto que na relao pastor narcisismo, vimos a
decadncia dessa
integridade
IV. IMAGEM: Tudo Ou NADA ?
Modelo pastoral influenciado pela ps-modernidade:
Empresarial (percebe a necessidade do mercado)
Status, posio (Poder)
Politicagem (poltica de interesses pessoais)
Modelo Pastoral Bblico:
Modelo Excelente: Cristo
O livro Teologia Pastoral do escritor Jos Deneval Mendes, p.26,
apresenta
quatro aspectos do modelo neotestamentrio pastoral, ou seja, o
pastor em
relao as ovelhas deve:
1 Governar 3 - Alimentar
2 Defender 4 Cuidar
A imagem que reflete Cristo jamais influenciada pelo presente
sculo, pelo
contrrio, protesta e convida a reflexo e mudanas necessrias
(nascer de novo).
-
8
V. Pastor , ministro da Palavra
Alguns princpios para exercer melhor sua funo:
Transformando Olhos em Ouvidos
Se tornar um Exegeta e Hermeneuta.
O pastor jamais pode esquecer de ouvir a voz de Deus. Quando l
no pode
deixar-se levar s pelas necessidades dos outros mas antes
aplicar a palavra de Deus
as suas necessidades.
Exegeta: pessoa que faz comentrio ou dissertao para
esclarecimento ou
minuciosa interpretao de um texto ou de uma palavra.
Hermeneuta: pessoa que Interpretar os sentido das palavras ou
texto.
O ministrio do pastor pregar a palavra para orientar, cuidar e
guiar. Ele ser a
pessoa que transmite as verdades bblicas atravs de comentrios e
interpretao do
texto. Ele tambm dar esclarecimentos acerca da Bblia.
Atualmente temos mais condies e mais ferramentas do que outros
tiveram no
passado (pesquisas nas reas de arqueologia, histria, geografia,
filologia, entre
outras, alem de acesso mais fcil a informaes, livros,
bibliotecas).
Pastor igual a Cristo
1. Na vida particular 6. No fazer discpulos
2. Na vida Espiritual 7. Nas reunies
3. Na Vida Emocional 8. Nas Finanas
4. No Ensino 9. Na Santidade
5. Nos Sermes 10. Na Autoridade
Ralph M. Riggs diz que impossvel que um ministro do Evangelho
seja
verdadeiramente espiritual em pblico e carnal na vida
espiritual
A vida particular do pastor testemunha o Evangelho de Cristo. O
que muitas
ovelhas no entendem ainda que o pastor precisa cuidar tambm de
si mesmo e de
sua famlia.
A vida particular, espiritual e emocional est relacionada ao
cuidado prprio.
O pastor deve cuidar-se ou prevenir-se contra os males deste
sculo, entre eles
cito: ansiedade, estresse, fadiga. Algo que o pastor deve
planejar tambm com
bastante responsabilidade sua vida futura (velhice e
jubilao).
-
9
Sobre a vida familiar a Bblia da uma orientao para os casados:
mas o
homem casado preocupa-se com as coisas deste mundo, em como
agradar sua
esposa 1Co 7.33, mas por outro lado essa no pode ser uma
preocupao que lhe
tire da posio em Cristo pois se algum vem a mim (a Cristo) e ama
o seu pai, sua
me, sua mulher, seus filhos, seus irmos e irms, e at a sua
prpria vida mais do que
a mim, no pode ser meu discpulo Lc 14.26. Ainda temos a orientao
em 1 Tm 3 que
entre os muitos requisitos para o ministrio pastoral encontramos
alguns requisitos
sobre a famlia: ser marido de uma s mulher, e governar bem sua
prpria famlia,
tendo os filhos sujeitos a ele, com toda a dignidade. Pois se
algum no governar sua
prpria famlia, como poder cuidar da igreja de Deus?
Comodismo X Ativismo
Os extremos nos cercam no s na teologia pastoral, mas em quase
todos
pensamentos acerca de Deus. Sempre tem os dois lados. Na atuao
pastoral deve
haver aquela harmonia necessria para no ter exageros. O ativismo
filosoficamente
definido a doutrina que faz da atividade a essncia da realidade.
J o comodismo o
sistema ou atitude que leva o individuo a atender, acima de
tudo, prpria comodidade
(bem-estar ou conforto).
O pastor no pode se acomodar, pelo contrrio deve saber de
suas
responsabilidades com a igreja, com sua famlia, consigo mesmo e
acima de tudo
com Deus que o chamou para esse trabalho.
Por outro lado, no pode ser um ativista. Jhon White em seu livro
Encontrei um
Lder, escreve o seguinte capitulo:
Os lderes de Deus no so viciados em trabalho. Eles trabalham
duro sem escravizar-
se ao cativeiro do prprio trabalho. Eles no tm medo do trabalho
ou receio de delegar
tarefas. Um bom lder considera o trabalho como um meio de
alcanar um objetivo
especifico. p.64
Leve em considerao isso. Como Temos falado em vrias aulas o
ministrio
pastoral o que mais est em evidencia na igreja crist da
atualidade. Considere essa
liderana como um servio para alcanar Objetivos para o Reino de
Deus: edificao,
discpulos...
-
10
Expectativas
Na Teologia Pastoral acredito que no deveria faltar essa
reflexo: Quais so
minhas expectativas para o pastorear no sculo XXI? Mais
importante ainda: em
quem focalizo minhas expectativas?
Com tantas presses para resultados a frustrao pastoral pode
acontecer
quando no crescer, no sentido de demonstrar resultados. Lemos na
Bblia Eu
plantei, Apolo Regou; mas Deus que d o crescimento. Pelo que nem
o que planta
alguma coisa, nem o que rega, mas Deus que d o crescimento. Ora,
o que planta e o
que rega so um; mas cada um receber o seu galardo, segundo o seu
trabalho I Co
3: 6-8
Pginas 1 10, escrito pelo Pr. Elmer M. B.
Bibliografia
Nas Trilhas do Mundo, A Caminho do Reino. Julio de Santa Ana
Trabalho Pastoral em Tempo de Insegurana. Ronaldo
Satler-Rosa
Encontrei um Lider. John White
Nova Liderana, Valdir Steuernagel & Ricardo Barbosa
(editores)
Pastores Ainda em Perigo, Jaime Kemp
O Guia do Pastor, Ralph M. Riggs
A Vocao espiritual do Pastor, Eugene Peterson
Um Pastor Segundo O Corao de Deus, Eugene Peterson
Teologia Pastoral, Jos Deneval Mendes
-
11
VI. Pastor Pra Qu?
De todos os animais domsticos, as ovelhas so as que mais exigem
trabalho e
esforo do pastor, exigem ateno e cuidado meticuloso, por isso a
sorte de uma
ovelha depende grandemente do tipo de pessoa que o seu pastor.
Com um bom
pastor, no se falta nada, as ovelhas crescem e se desenvolvem.
Deixada por si
mesma, perde-se facilmente, pois sua tendncia desviar-se do
caminho; ela no
percebe os perigos. Se for deixada em um pasto por um longo
tempo, acaba
destruindo-o, arrancando at as razes da grama. Se a ovelha cair
numa pequena
valeta e ficar de pernas para o ar, ela no consegue se levantar
e, se ningum a ajuda,
acaba logo morrendo.
A sorte de uma ovelha depende do pastor. A Bblia mostra que o
homem como
uma ovelha, pois sua tendncia desviar-se do caminho bom e tomar
o caminho da
destruio. Ele tambm precisa ser pastoreado, Is 53:6. De
madrugada, o pastor
chama cada ovelha para fora do aprisco, pois quando vier o calor
do dia, o rebanho
poder se deitar na sombra j bem alimentada. Se houverem vrios
rebanhos reunidos
ali no aprisco, ele chama cada ovelha pelo nome, e elas
reconhecem a sua voz,
seguindo-o.
Sua preocupao levar as ovelhas boa pastagem, dar- lhes gua,
proteo,
cuidado s doentes, e s que se desviam do caminho. tarde conduz
novamente o
rebanho ao aprisco e as faz entrar uma por uma.
Passa a mo examinando cada uma, individualmente, nas feridas
derrama leo e
cuida dos carrapatos e pestes. Conta suas ovelhas e, faltando
uma, volta a procur-la,
conforme LC 15:3, 7. O pastor vigia constantemente, ele precisa
ir onde encontrar
pastos verdejantes e gua.
A ovelha precisa se sentir segura e sem temor para crescer e se
desenvolver bem,
pois, se estiver inquieta, com temores, no se alimenta bem e no
haver
desenvolvimento e reproduo. Por isso, a sorte das ovelhas
depende do pastor e da
maneira que cuida delas. Aqueles que tm compaixo pelas ovelhas
do sua vida por
elas. Quando longe de sua casa, o pastor faz curral com galhos
de espinhos para
proteo e se deita na estrada durante as noites longas,
protegendo o rebanho dos
predadores.
-
12
VII. A Apresentao do Pastor
Cuidado com seu corpo;
Nosso corpo o veiculo atravs do qual funciona todo o nosso
ministrio. Se
esse veculo adoecer, a pontualidade e a eficincia sero
prejudicadas. razovel,
pois, que cuidemos bem do nosso corpo, que nos foi dado pelo
Senhor, pois, alm do
mais, somos templos do Esprito Santo, I CO 6:19, 20. Ter um bom
fsico no deve ser
finalidade em si mesma, mas possuir um bom fsico, forte, uma
vantagem para o
ministro de Deus. Capacita-nos a sermos desgastados para Deus e
dar plena
expresso e eficincia sua capacitao espiritual e mental.
Abusar do corpo algo insensato e, pouco tempo para o repouso e
recuperao
leva a runa da nossa sade.
Leia SL 127:2 e MC 6:31. Na passagem de LC 21:34 diz que no
devemos ficar
sobrecarregados pela gula e pelas preocupaes deste mundo, pois
isso seria lao
para ns. Em GL 5:23 fala de domnio prprio e Paulo fala em manter
seu corpo em
sujeio, I CO 9:27.
Asseio Pessoal;
O ministro de Deus deve ser um homem limpo. Nem mesmo uma
vida
financeira difcil no justifica o andar sujo. O obreiro do Senhor
precisa andar bem
arrumado, cheiroso, e cujo asseio ressalte a vista. Tambm se
condena o andar
exageradamente na moda.
A higiene pessoal e corporal deve ser to perfeita como a da
mente, do corao
e da linguagem. H ministros e obreiros que proferem termos
incompatveis com o
decoro do ministro do Evangelho. Alis, mesmo sendo dotado de um
linguajar pobre,
errado, com pouco vocabulrio obrigao do homem de Deus procurar
melhorar,
atravs de estudo e leitura.
Dignidade
Se um homem no tiver dignidade, no pode ser ministro do
Evangelho.
Dignidade um conjunto no qual fazem parte NOBREZA, DECORO,
GRAVIDADE,
-
13
SERIEDADE, e COMPOSTURA. No quer dizer que o homem de Deus
precisa ter no
seu rosto piedade forada, semblante solene ou ameaador, mas um
comportamento
que inspira RESPEITABILIDADE. Ele lder espiritual e exemplo
moral do povo de
Deus; tem o dever de ser homem temperado, mesmo que seja jovem
(I TM 4:12). Em
EF 5:4 Paulo recomenda que no haja entre eles: Conversao torpe;
Palavras vs;
Chocarrices, etc.
O homem de Deus no deve ser excessivamente intimo com os membros
da
igreja para no ser desrespeitado. Excesso de familiaridade
diminui sua autoridade e o
rebaixo no conceito e respeito dos demais crentes.
Tato;
Significa prudncia, pois atitudes, palavras ou gestos impensados
prejudicam
sua imagem e seu trabalho. H casos em que o pastor precisa
corrigir comportamento
das pessoas, jovens, adultos ou crianas; ou corrigir alguma
desordem na igreja, ou
numa reunio ou assemblia, discorda de uma opinio no compatvel
com a verdade
e em todos esses casos no pode ferir a suscetibilidade das
pessoas, no humilhar,
no desmoralizar, no ofender, no criar clima desagradvel, no
ferir ningum, enfim.
Discrio;
Ser tardio em falar e pronto a ouvir uma virtude, TG 1:19. Para
no sermos
acusados falsamente em dados momentos, Paulo ensina: RM 14:16 No
seja, pois,
vituperado (repreendido) o vosso bem.
O homem de Deus tem que ser de vontade firme e controlada e
mente sbia
para agir com prudncia, no se envolvendo em situaes de
embaraos.
Veja alguns exemplos:
1. Ser sempre cavalheiro, mas cauteloso;
2. Quando levar para casa pessoa de sexo oposto, ir sempre
acompanhado de
uma terceira pessoa, nunca deve ir sozinho;
3. Todo contato com o sexo oposto deve ser extremamente
cauteloso;
4. H obreiros que s so afetuosos com mulheres; isso precisa ser
evitado.
5. Tratar com distino determinadas pessoas e outras no acepo de
pessoas,
e tem de ser evitado;
6. Tratar de forma privilegiada pessoas financeiramente
abastadas uma atitude
reprovvel;
7. Entrar em conversa de pessoas, mesmo sendo membros da sua
igreja, quando
estes falam em particular, falta de discrio e at de educao.
-
14
8. Usar termos que traduzem fascinao por alguma pessoa, mesmo
sem malicia
censurvel;
9. Elogiar s mulheres ou somente a esposa, quando se tratar de
casal, mesmo
que as intenes sejam as mais justas e puras, pode suscitar
comentrios
desagradveis.
ERROS A EVITAR
Um pastor com vida consagrada normalmente sabe comportar-se
dignamente no
exerccio da sua nobre misso. Nas suas mltiplas atividades, no
desejo de evitar
contendas, os esforos para resolver com amor cristo problemas
complicados que
surgem na sua igreja, nas relaes pessoais e funcionais no
ministrio, no fcil
seguir o Mestre e ser prudente e sbio, mantendo sempre o padro
tico da sua
posio. Se fizer escrupulosamente o exame da sua prpria
personalidade, ficar mais
bem preparado para reconhecer e corrigir suas fraquezas, e
manter a pureza de
motivos no exerccio de seu ministrio.
H variedade de temperamentos entre pastores como em qualquer
outro grupo
de pessoas.
Alguns so ardorosos e cheios de confiana e esperana; outros so
irascveis e
facilmente ficam zangados e aborrecidos. Alguns so calmos e
tranqilos, enquanto
outros nervosos e facilmente ficam agitados. O pastor pode
cultivar com proveito a
honestidade intelectual; ter e manter as convices quanto s
verdades primordiais da
f crist.
Em questes de interpretao e mtodos de servio, deve reconhecer
que no
infalvel, e procurar reconhecer a verdade na posio daqueles que
no concordam
com ele.
Devido s fraquezas humanas, o comportamento do pastor nem sempre
condiz
com seu conhecimento. Em certas circunstncias difcil subordinar
o seu
personalismo aos ideais do ministrio cristo. Pastores mais
experientes e espirituais
oferecem conselhos valiosos para os jovens pastores na formao de
seus valores
ticos. O irmo D.J. Storer, no seu livro THE PREACHER, menciona
alguns erros da
vida tica do pregador (homem de Deus);
1. Falta interesse e desejo de ajudar os irmos na soluo de
seus
problemas.
2. O perigo de no tratar de seus prprios negcios.
-
15
3. A perda do idealismo da sua vocao.
4. Agitao em torno dos problemas que incomodam os irmos.
5. Desejo e esforo de galgar a preeminncia entre os colegas de
ministrio
custe o que custar.
O Dr. Storer ainda recomenda que, para vencer esses erros
(fraquezas), usar as
seguintes sugestes;
a. Cultivar o esprito de justia nas relaes pessoais.
b. Desenvolver o esprito de cooperao na satisfao das
necessidades de outros irmos.
c. Praticar a disciplina prpria com firmeza e HONESTIDADE.
d. Procurar entender de forma realstica os problemas do corpo
de
obreiros (as) da congregao e do ministrio.
e. Reconhecer que nunca se deve semear discrdia e dissenses
em
nenhum lugar.
No fcil para um pastor reconhecer suas fraquezas prprias, mas
seguindo
os preceitos apresentados, a possibilidade do erro ministerial
diminui e sua
credibilidade aumenta.
Em muitos lugares vemos que, h pastores e dirigentes com
tendncia a
censurar asperamente e com prazer, as faltas de seus irmos
obreiros. os
caadores de pecados, os Indiana Jones das nossas igrejas. MT
7:12 diz: Tudo
quanto, pois quereis que os homens vos faam, assim fazei-o vs
tambm a eles;
porque est a Lei e os profetas.
Aplicando os princpios ticos j mencionados tiramos mais alguns
preceitos,
que, no realizados, constituem grave erro;
1. O obreiro consciencioso no procurar ganhar membros nas
igrejas
vizinhas, para aumentar a sua prpria, mas trabalhar para
evangelizar
os incrdulos e formao do seu prprio corpo de obreiros.
2. No divulgara boatos ou fofocas ou informaes confidenciais
que
prejudiquem o nome de obreiros ou irmos da igreja.
3. Falar-lhes pessoalmente, sobre as acusaes contra eles, e
os
defender contra acusaes falsas.
4. No aceitar crtica mordaz contra o seu antecessor, e nas
mudanas
dos planos de administrao do ministrio, no condenar tudo que
os
outros fizeram ou queriam fazer.
-
16
5. detestvel quando um dirigente se esfora para ser melhor do
que
outro de outra congregao, em vez de trabalhar para o
engrandecimento do reino de Deus.
6. Quando chegar o dia de entregar o comando da igreja a outro
obreiro,
deixara tudo bem organizado, sem fazer o papel de Absalo.
7. Reconhecer que Deus o chamou ao ministrio NA SUA
DENOMINAO e que tem deveres junto mesma, cooperando com
seus programas e trabalhando para aumentar a sua influencia e
poder.
8. Reconhecer que, na providencia de Deus foi SUA DENOMINAO
que
recebeu seu preparo e a OPORTUNIDADE da SEPARAO ao servio
do Senhor.
9. Dedicar todo o seu tempo ao ministrio cristo sem embaraar-se
com
as coisas desse mundo.
10. No se esquivar dos seus deveres como cidado da ptria, dando
bom
exemplo de cumpridor das leis.
11. Como homem de Deus tem responsabilidades especiais para
com
mulheres, sejam mais jovens ou mais idosas, sempre as
respeitando de
modo especial e tratando-as com honra e dignidade devidas.
12. Cuidar bem da SUA PRPRIA FAMILIA. (Este item ser objeto
de
estudo especial).
O JULGAMENTO
Mesmo sem provas concretas, costumamos avaliar as pessoas e
conden-las,
baseado em suposies... Jesus deixou claro que isso envolve srios
riscos, baseados
em suposies, s vezes at ilgicas. Os danos so IRREVERSIVEIS. Em
MT 7:1 se
encontra a frase juzo temerrio, mas muitos no fazem idia do que
possa significar
TEMERRIO.
Temerrio significa:
...Imprudente ...Perigoso
...Precipitado ...Sem fundamento
Jesus estava se referindo ao mau hbito de culpar algum de forma
infundada,
atravs de criticas amargas e injustas. Os fariseus;
a. Criticavam o relacionamento de Jesus com os pecadores; MT
9:10-11 ... porque come o vosso mestre com os publicanos e
pecadores?.
O critico um descobridor de erros vive procura de falhas
alheias.
-
17
b. Criticavam o ministrio de Jesus;
MT 9:34 ... Ele expulsa os demnios pelo prncipe dos demnios.
O julgador temerrio imagina as PIORES INTENES DAS PESSOAS.
Jogam gua fria nos seus planos e entusiasmo, ministrio, etc.
c. Arrogantes e sem misericrdia nos seus juzos;
Confiam demais em si mesmos, crendo que so justos e desprezam
os
outros.
LC 18:11 ... Deus, graas te dou que no sou como os demais
homens,
roubadores, injustos, adlteros, nem ainda como esse
publicano.
d. Porque Jesus condena o juzo temerrio?
...No julgueis...
Esses tm uma viso mope dos fatos. No corrigem a si mesmos, mas
querem
sempre interferir na conduta e pensamentos dos outros.
Amado pastor pea a Deus que vos livre da tentao de fazer critica
amargas e
emitir juzos temerrios sobre o teu prximo.
O OTIMISMO EXAGERADO
Diz o dicionrio brasileiro Globo: otimismo a tendncia de se ver
tudo pelo lado
bom. E quando, vitria aps vitria, o otimismo se torna
exagerado?Vem quela
sensao de orgulho, aquela alegria resultante do sucesso.
comum ver algum se regozijar numa vitria espiritual, mas
observe;
NECESSITAMOS MEDIR O GRAU DO NOSSO REGOZIJO, porque s vezes a
nossa
alegria no do Senhor, mas carnal, e, sendo assim corremos srio
perigo. Lendo I
SM 15:13-26, vemos que SAUL ALEGROU-SE NAS VITRIAS que o Senhor
lhe havia
dado, mas o Senhor NO SE ALEGROU com a sua alegria, alegria de
Saul.
At o apostolo Paulo certa vez se regozijou de seu trabalho, mas
voltou atrs,
dizendo:
No eu, mas a graa de Deus est comigo I CO 15:10.
Muitos ministros tm tropeado nessa pedra, do otimismo exagerado,
levando
uma vida de excessiva satisfao prpria; gozo em si pelos
trabalhos realizados; tem a
satisfao de ver sua prpria voz gravada, seja no vdeo ou na TV;
fazem questo que
o coro da igreja, o grupo de louvor, a banda da SUA igreja
recebam os maiores elogios,
-
18
e da por diante, as coisas passam para o plano, no de sacrifcios
da obra do Senhor,
mas de exibicionismos.
Pelos nossos sucessos espirituais, seremos tentados a crer cada
vez mais que
somos os bons e a depender apenas de ns mesmos e que daqui para
frente TUDO
VAI BEM. Como Jesus fez, nossa atitude deveria ser de nos
retirar para um lugar a
ss, para um particular com ELE e nos livrar desse perigo
espiritual, que mais cedo,
mais tarde, leva ao orgulho.
O PESSIMISMO
Diz o dicionrio j mencionado que a tendncia para ver e julgar as
coisas pelo
lado tudo pssimo, ou mais desfavorvel e de tudo esperam o
pior.
Ora, sejamos claros, se esperamos APENAS E SEMPRE O PIOR,
porque
NO TEMOS F. E o que diz em HB 13:6: Sem f ningum pode agradar a
Deus,
porque que vai para Deus precisa crer que Ele existe e que
recompensa os que o
procuram.
VEJA BEM: O pastor testemunha de uma verdade infinitamente maior
do que
ele mesmo. embaixador do Deus Eterno; um vaso frgil verdade, mas
um vaso que
leva perdidos o tesouro da vida eterna.
A PERSEVERANA
A maioria dos livros da Bblia foi escritos num contexto em que
os servos de
Deus vinham sofrendo grande rejeio por parte das pessoas para as
quais foram
enviados. Veja os exemplos de Jeremias e do prprio Jesus, alm de
perseguio
(Elias, Paulo, Pedro e Joo).
Isto mostra o que ser esperado por aqueles que servem a Deus, e
como um
exemplo da forma COMO DEVEM REAGIR diante da perseguio e do
sofrimento.
Em Romanos 8:17, somos caracterizados como co-sofredores com
Cristo e co-
herdeiros de sua glria. Nos vs 35-39 ele afirma que nenhuma
espcie de sofrimento
pode separar-nos de Cristo. Conclumos ento que o sofrimento
poderia ser usado
para tentar separar-nos de Deus, mas que no precisa prevalecer.
O sofrimento nos
alcana unicamente na medida em que o onipotente Deus permite e
em que os
propsitos de Deus so alcanados nos sofrimentos de seus
servos.
-
19
O MEDO
Medo - o medo uma emoo de afastamento e envolve uma fuga do
perigo.
uma reao a um perigo real e eminente, a resposta emociona, so
controladas pelo
sistema nervoso. O medo pode dilatar as pupilas; sobrevm tremor
e calafrio. Essa
reao natural por Deus para a preservao da vida. A Bblia no
condena, embora
exorte a jogarmos o fardo do medo sobre o Senhor. (SL
55:2-5,22).
Israel sentiu medo e, quando estavam sem sada, olharam para o
alto e s assim
receberam o livramento. SL121.
A mensagem de Deus para ns No temas, EX 14:10-15; IS 41:10-14 e,
diz
uma publicao evanglica que 366 vezes aparece frase no temas.
Temor um sentimento consciente, racional, que nos ajuda a no
estarmos em
situaes perigosas sem necessidade. Como a Bblia ensina prudncia,
o Senhor Deus
tambm nos deu este sentimento o ttulo de alerta e preservao.
PV 14:16 O sbio cauteloso e desvia-se do mal,....
Alm do temor reverente pela grandeza e santidade do Senhor,
devemos TEMER
PECAR CONTRA ELE.
MT 10:28 No temais os que matam o corpo e no podem matar a alma,
temei,
antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma
como o corpo.
Fobia uma emoo parecida com o medo, sem o perigo ser real. Gera
uma
energia psquica que causa doenas fsicas. Tambm gera F NEGATIVA,
e gera o
que a pessoa teme,
J 3:25 Aquilo que temo me sobrevm, e o que receio me
acontece.
Deus opera pela f, o inimigo usa fobia para oprimir.
Exemplos: medo do escuro, de altura, lugar fechado, barata,
etc.
A me que corre para debaixo da cama com os filhos quando chove
ou troveja,
passa essa fobia para filhos, netos etc.
Ansiedade medo e fobia juntos; um MEDO ANTECIPADO de um perigo
que
est por vir. Prejudicial, no resolve e nada melhora com sua
presena.
MT 6:27 Qual de vs, por ansioso que esteja, pode acrescentar um
cvado ao curso
da sua vida?.
Muda para pior, a tenso provoca enfermidade no corpo. verdade
que as
preocupaes contribuem para a ansiedade.
O que so preocupaes? uma busca de solues reais para os problemas
da
vida humana. Paulo se preocupava com as igrejas;
-
20
II CO 11:28 Alm das coisas exteriores, h o que pesa sobre
mim
diariamente, a preocupao com todas as igrejas.
A Bblia manda descansar (confiar) no Senhor. Veja os vs de SL
37: 3-7, onde
salientamos o vs 5 Entrega o teu caminho ao Senhor, confia Nele,
e o mais Ele far.
Veja ainda;
MT 6:.34 Portanto, no vos inquieteis com o dia de amanh, pois
amanh
trar seus cuidados; basta cada dia seu mal.
Lembre-se, amigo obreiro (a), SEPARE TEMPO PARA PENSAR E
BUSCAR
RESPOSTAS.
Em seguida:
I PE 5:7 Lanando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque ele
tem cuidado
de vs. Viu s, d o teu fardo e sers amparado por Ele.
SL 55:22 Confia os teus cuidados ao Senhor, e ele te suster;
jamais permitir
que o justo seja abalado.
Cultivando relacionamento intimo com Deus, fortalecer tua f,
banindo
ANSIEDADES da tua vida. A presena de Deus em nossa vida TIRA o
medo.
SL 23:4 Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, no
temerei mal nenhum,
porque tu ests comigo;....
Tome posse da promessa de que Deus ama voc e cuida de voc; veja
MT
10:28-31, onde salientamos o vs 31 No temais, pois! Bem mais
valeis vs do que
muitos pardais.
Remorso um tipo de ansiedade, caracterizado pelo medo de receber
um castigo
por um erro praticado. O Senhor Deus nos perdoa os pecados e nos
absolve da pena.
I JO 4:18 No amor no existe medo; antes o perfeito amor lana
fora o medo. Ora, o
medo produz tormento; logo, aquele que teme no aperfeioado no
amor.
O medo deve ser evitado, pois trs o fracasso e perturbaes
personalidade
do individuo.
Alm do mais, o pastor inseguro est transmitindo o medo e a
insegurana ao
rebanho do Senhor. Como o medo causa preocupao, esta nos torna
tensos e
nervosos.
-
21
VIII. O Pastor e o Plpito
Todas as grandes organizaes do mundo moderno possuem o seu ponto
alto, o
qual s pode ser ocupado por algum que seja capaz e que tenha
sido preparado
especialmente para ocup-lo. O templo evanglico tambm tem o ponto
alto este
lugar exatamente o plpito.
AO ASSUMIR O PLPITO
O Pastor no deve, de modo algum, abusar do plpito; no o plpito
lugar para
censurar os defeitos de terceiros, defender-se de seus
adversrios, ou mesmo contra
atacar com indiretas aqueles com quem mantm diferena. Agraciar
seus amigos ou
enaltecer os benfeitores (seus ou da igreja) tambm prejudicial,
pois, cria divises
dentro da igreja.
O plpito tambm no lugar para queixas contra inflao e contra
insuficincia
de remunerao. Se houver diviso na igreja fato este cada vez mais
comum o
plpito nunca dever ser usado para favorecer um e combater o
outro, mas s para
uni-los a todos.
Alm destas coisas, o pastor deve cultivar elegantemente a sua
postura no
plpito de uma igreja. Paulo recomenda a Timteo: Para que saibas
como convm
andar na Casa de Deus (I TM 3:15), e no se pode oferecer sobre o
altar po imundo
ML 6:7, como muitos fazem com vocabulrio vulgar, gracejos,
anedotas e etc,
procurando distrair as pessoas em lugar de proclamar a
verdadeira mensagem do
Evangelho de Jesus Cristo.
Cada vez que o ministro sobe ao plpito, os olhares que se lhe
voltam passam
em revistas, no s as suas palavras, mas a sua voz, e sua
expresso, a sua
movimentao, no ficando indiferente todo o seu modo de
vestir.
Como o pregador a prpria pregao, ele pode tornar ineficiente a
mensagem nele
contida, se no observar algumas regras e atitudes prprias que a
tica nos ensina na
conduta do mensageiro no plpito, como;
a) Pregar gritando o tempo todo, sem se aperceber que est diante
de um
microfone;
b) Bater o p no cho com fora repetidamente e dar murros no
plpito com
estardalhao.
-
22
c) Gesticular demasiadamente, insinuando s vezes grias ou
imoralidades, e s
vezes pular, sem se dar conta disso; o corpo deve ser
naturalmente dosado por
gestos conforme a dinmica do sermo;
d) Falar de olhos fechados ou arregalados, bem como olhar de
modo fixo para
cima ou para o piso como se tivesse perdido algo, e com medo de
encarar o
auditrio. O certo que os olhos devem acompanhar o que se fala,
pois s
vezes falam mais claro que as palavras, e ajudam o pregador a
sentir o efeito da
mensagem;
e) Molhar o dedo na lngua para virar as pginas na Bblia, ou
sopra-las com a
mesma finalidade;
f) Coar se de modo inconveniente e limpar as narinas, quando no
plpito, ou
mesmo fazer cacoetes ou tiques mmicos.
g) Fazer a leitura Bblica que anunciou e no mais voltar a
ela;
h) No conversar no plpito, seno o estritamente necessrio, e no
despachar o
expediente no horrio do culto;
i) O pastor deve chegar cedo Casa do Senhor Deus, porque assim
fazendo, dar
bom exemplo ao rebanho e no contemplar o semblante do povo com
sinais de
impacincia e cansao.
O TRAJE
Reconhecemos que pastores e/ou dirigentes de igrejas no so
astros de
cinema, que tenham luxuosas roupas a fim de vesti-las em cada
reunio. Porm,
reconhecemos que ele no nenhum coitado para ter de andar
despenteado,
barbado, roupa suja ou rasgada e de ps descalos.
Infelizmente uma grande maioria dos nossos pastores e dirigentes
de igrejas no
tem recursos financeiros para possuir um rico guarda-roupas.
Mas, de forma alguma justifica que andem sujos e desarrumados.
Uma roupa usada,
porm lavada e BEM PASSADA (Cad as mulheres virtuosas?), compe
melhor quem
a veste, do que a melhor roupa que no esteja bem lavada e bem
passada. Vejo
pastores que, depois de ate 10, 15 anos de pastorado no sabem
dar n em gravata,
vemos homens de Deus com camisas at sem passar e calas com trs,
quatro quinas,
para vergonha de suas esposas.
Tenha ou no tenha roupas novas, o pastor ou dirigente deve se
trajar
condignamente com sua funo, lembrando-se sempre que ele o melhor
carto de
apresentao da igreja qual pastoreia.
-
23
s vezes vemos homens de Deus combinando cores extravagantes que
mais
parecem rvores de Natal. Veja abaixo algumas regras bsicas:
Ter sapatos sempre lustrados;
Ter cabelo sempre aparado e penteado;
Fazer barba diariamente. Como os barbeadores descartveis so
baratos, no
tem desculpas para andar barbado;
Ter unhas sempre limpas e bem amparadas. Imagine um pastor de
unhas
crescidas e sujas, repugna as ovelhas. A idia geral de que a
negligencia
fsica acompanha a negligencia espiritual;
Cuidado com os dentes! Uma boca mal cuidada e desdentada
repugnante. Os
dentes so muito importantes na apresentao de um homem de Deus.
No
esquea a escova de dente; ela para ser usada mais de um a vez
por dia.
MAU HLITO - Evitar comer alho e cebola em certas ocasies uma
opo
favorvel a esse tipo de problema. Imagine, pastores e dirigentes
com mau
hlito orando por algum isso seriam horrveis! Se o problema de
estmago,
faa um tratamento, se falta de uma boa higiene bucal,
misericrdia!
Como vai presidir uma reunio, uma festa, um casamento, uma
entrevista, um
aconselhamento pastoral?
MAU CHEIRO NAS AXILAS Pastores e dirigentes, usem um desodorante
e, se
possvel use tambm perfume, nada muito exagerado, isso ajudar a
evitar
aquele cheirinho to desagradvel que, principalmente em tempo de
calor
causa suor...
Tomar banho uma vez por dia higinico e saudvel!
Combinar suas gravatas em relao s roupas que se usa em
determinada
ocasio, lembrando que a gravata no um enfeite e sim um
complemento que
tem grande valor esttico em relao ao conjunto.
LINGUAGEM
Aproveitamos para nesse item, falar dos pecados da lngua. Tiago,
irmo de
Jesus, usou praticamente um captulo inteiro de sua epstola
(captulo 3) referente a
esse assunto. Diz que todos tropeamos em muitas coisas. Se algum
no tropea em
palavra, o tal varo perfeito, e poderoso para tambm refrear todo
o corpo. (TG 3:2).
Vejamos os tropeos em que o pastor pode incorrer ao longo de seu
ministrio, atravs
da linguagem falada;
-
24
CONVERSAO TORPE
da abundncia do corao que a boca fala, LC 6:45; MT 15:18. A fala
a
faculdade que distingue os homens dos animais; o sinal de sua
personalidade.
O carter de uma pessoa revelado pela maneira de falar e se
expressar. Por isso,
Paulo fala em CL 3:8 ... despojai-vos... das palavras torpes da
vossa boca. Estava
se referindo linguagem obscena do falar, do abuso da boca suja,
pois o termo grego
AISCHROS significa FEIO, VERGONHOSO, VIL, AVILTANTE, e retm a
idia tanto
de profanao como a de obscenidade, juntamente com a idia de
abuso. Ele ainda
condena veementemente essa prtica, que oposta santidade crist,
dizendo que, a
no ser a que for bom para promover a edificao, nenhuma palavra
deve sair de
nossa boca; Nem; prostituio (profanao, aviltamento); impureza ou
avareza
(mesquinhez, esganao); torpezas (procedimento ignbil,
impudiccia); parvoces
(tolices); chocarrices (gracejo atrevido).
Mas, antes aes de graas. Pois , pastores e dirigentes devem
fazer uso da
fala com aes de graa, apropriando-se dessa faculdade, e bendizer
e louvar a Deus,
sempre edificando.
Nem imaginamos pastores fazendo parte de rodas de
escarnecedores, pois MT
12:36 os condena. O termo torpe tambm significa pobre,
decadente, mau ou
corrupto, imoral e utilizar tal linguagem acostumar o ministro a
no dar ouvidos a
Deus, TAL COMO OS IMPIOS TEMEM FAZ-LO.
Procedendo assim tm levados muitos, ao descrdito, perda total de
autoridade
espiritual e de uno, tornando suas palavras como o sino que tini
e, levadas pelo
vento.
-
25
X. O Culto na Igreja
DEFINIES DE CULTO
A. Dicionrio:
Homenagem a uma divindade; adorao; venerao (pequeno dicionrio
brasileiro da
lngua portuguesa 9 edio editora Civilizao brasileira).
B. Diversos autores:
1. Conjunto de Manifestao de atos de adorao;
2. A mais elevada homenagem que se presta a uma divindade, isto
,
adorao na mais restrita acepo do termo;
3. uma serie de aes, ou seja, atos conjugados praticados
pelo
adorador. Estes atos em conjunto so o que forma o culto.
4. O culto a resposta do homem revelao de Deus.
5. O culto honra, reverencia e louvor que a criatura dedica
Divindade.
COMENTRIO INICIAL
O culto to antigo como o homem. J era praticado no den, pois
vemos Caim
e Abel praticando-o; Caim, ritualista, hipcrita, adorador por
mera formalidade; Abel
prtico, sincero e cultuando de corao.
O livro de Isaias fala do culto formalista daqueles que o
adoravam a Deus s de
lbios. A mulher samaritana imaginava um local nico onde se devia
adorar a Deus.
Ate hoje muitos esto presos a lugares, marcas e costumes e
tradies, mas, o
Altssimo imensurvel, no tem fronteiras, no aceita o culto
enlatado.
Pode-se cultuar a Deus no fundo do mar, na mais alta montanha,
no vale mais
profundo, nas naves espaciais ou em outro planeta. Em JO 4:23
Jesus fala que os
verdadeiros adoradores adoraro o Pai em esprito em verdade.
Houve infelizmente, uma degenerao no culto e existem pessoas que
prestam
cultos aos anjos. (CL 2:18) e at culto a demnios. O apostolo
Paulo chama de
CULTO RACIONAL, a apresentao de nossos corpos em sacrifcio vivo,
santo e
agradvel a Deus (RM 12:1).
Explicando esse versculo;
A partir do captulo 12, at o fim, o apostolo Paulo se preocupa
em quando
Paulo fala em apresenteis, pode ser traduzida tambm por
oferecer. Culto racional
-
26
provavelmente se trata de culto espiritual. Em contraste como
formalismo existente no
templo de Jerusalm.
OS CULTOS HOJE
Os elementos do culto evanglico dos dias atuais so:
- Hinos (louvores)
- Leitura Bblica
- Orao
- Contribuio
- Pregao
- Bno Apostlica
HINOS
A funo da msica na igreja preparar o povo para receber a
poderosa palavra
de Deus. Os hinos do vitalidade ao culto, pois atravs deles o
adorador extravasa
seus sentimentos de louvor gratido a Deus.
Diz-se que os cristos primitivos cantavam muito, herana recebida
dos judeus,
Plnio, escrevendo ao imperador sobre o culto dos cristos, dizia:
Eles esto sempre
cantando. Os Salmos so o mais maravilhoso hinrio de todos os
tempos.
A LEITURA DA PALAVRA
A leitura das escrituras deve ocupar um lugar de destaque no
culto pblico.
claro que todos os cristos devem portar suas bblias, para
acompanhamento da
leitura, cristo sem bblia soldado desarmado; falta de
testemunho, falta de
coragem de ser confundido ou identificado como sendo um dos
tais, ou seja um
crente.
Nossas igrejas fazem normalmente leituras responsivas, ou seja,
um leitor no
caso, o dirigente do culto l um versculo e o povo responde com
outro, at o fim do
capitulo ou do texto escolhido.
O salmista declara: oh! Quanto amo a tua lei! Ela a minha
meditao o dia
todo.
-
27
A ORAO
A orao um dos principais e indispensveis elementos do culto a
Deus.
o momento em que a alma se descobre perante o criador e invoca -
lhe as
suas bnos. Orar entrar em contato com o Senhor ouvindo-lhe as
repreenses,
seus cuidados, seu amor, expor-lhe nossos apelos e receber Dele
as bnos. Orao
no um discurso, como fazia os fariseus; no uma reza como muitos
fazem, no
como um disco, que repete a mesma musica, vrias e vrias vezes,
orao no
memorizao.
A orao que sai da boca, sem que o corao a direcione, como uma
seta que
sai em alvo errado.
CONTRIBUIO
Um culto sem ofertas, dzimos anti-bblico, pois os mesmos
representam a expresso
de gratido do cultuador.
A contribuio no culto bblica, leia MC 12:41-44, o dzimo deve ser
entregue
igreja, (a casa do tesouro afim de que haja mantimento a ela ML
3:10).
Alm de beneficiar ao corpo de Cristo num todo, o dzimo beneficia
nossas
vidas, pois um segredo espiritual (Por vossa causa repreenderei
o devorador, para
que no vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo no
ser estril, diz o
SENHOR dos Exrcitos ML 3:11), ou seja, devido a sua atitude,
Deus repreende a
atuao de roubo em sua vida.
A PREGAO DA PALAVRA
a parte central do culto. O pregador o transmissor das verdades
do eterno
Deus. Para o pastor, a pregao deve ocupar o lugar supremo da sua
vida, dos seus
propsitos dos seus interesses, das suas ocupaes, dos seus
estudos e esforos.
Tudo que est ligado sua, submete-se sua funo de pregar.
Se fizer do ministrio de pregar, um campo de intrigas,
exploraes, vantagens
financeiras e sociais, sua queda ser inevitvel e fatal, sua obra
ser intil e prejudicial
a Cristo e sua causa.
Afinal, a pregao revela o propsito de Deus aos homens, transmite
graa,
sabedoria, poder e vida. Quando a pregao diminui, o povo perece,
por falta de viso
e do conhecimento de Deus; quando a pregao desaparece, as trevas
cobrem os
-
28
coraes e as almas se perdem. A causa de Cristo nos tempos
apostlico se expandiu
pela pregao da palavra de Deus. Espero que hoje esteja se
expandindo pela minha
e sua pregao!
A BENO APOSTLICA
A bno apostlica, ao trmino de cada oficio sagrado, uma prtica
j
consagrada entre ns.
A beno apostlica era comum no A.T., conforme NM 6:24-26.
NM 6:24-26 O Senhor te abenoe e te guarde, o Senhor faa
resplandecer o rosto
sobre ti e tenha misericrdia de ti, o Senhor sobre ti levante
teu rosto e te d paz.
Mas a beno usada a que se encontra em II CO 13:13.
Normalmente,
fazemos assim: o ministro oficiante, ao final do culto, levanta
as mos sobre o auditrio
e profere a beno com solenidade. A graa de nosso Senhor Jesus
Cristo, o amor de
Deus nosso Pai e as consolaes do Esprito Santo sejam com todos
desde agora e
para sempre. Amm. Em algumas igrejas, a bno apostlica e
cantada.
-
29
XI. O Pastor e a Organizao da Igreja / Ministrios
Na pratica pastoral o pastor no o faz tudo. Acredito que j ficou
claro que o
ministrio pastoral o ministrio da palavra. Quando outras coisas
atrapalham o pastor
de preparar sermes, aconselhar, orientar as ovelhas de acordo
com a Bblia, deve-se
resolver rapidamente para que o brilho do ministrio no se
apague.
Sendo assim, o pastor deve delegar atividades aos membros,
acompanha-ls na
execuo, lembre-se, acompanhar significa explicar como fazer,
conversar para saber
se tudo estar correndo bem. Muitos pastores acham que s vai sair
bem feito se ele
fazer, isto no verdadeiro, outras pessoas faro e cometero erros
e acertos, cabe a
ns pastores administrar, organizar.
Uma igreja organizada funciona com os ministrios que tem. No
queira colocar
uma pessoa para fazer um monte de coisa. Assim como voc no deve
se acumular de
atividades, seus liderados tambm no ento se tm duas atividades a
serem feitas,
faa uma de cada vez. Segue algumas orientaes importantes:
Treine de pouco em pouco.
Busque um crescimento com qualidade.
Se no tem quem atua naquele ministrio, treine algum para aquela
funo.
Na questo administrativa: Procure pessoas da igreja que te ajude
a fazer
atas e estatsticas, organizar livros de rol permanente, rol dos
membros
ativos.
No se fadigue com questes administrativas, o tesoureiro,
assessor de
finanas, devem ser pessoas de confiana, com bom testemunho.
Estas
pessoas o ajudaro e muito, sendo elas bem treinadas.
Reunies de liderana devem ser bem objetivas e com freqncia.
No deixe a igreja tomar seu tempo todo, lembre-se do que foi
dito, se o
pastor no governa bem a sua prpria casa, no pode governar a casa
de
Deus, ou seja, sua famlia vem antes da igreja, e voc deve cuidar
muito bem
da famlia, antes de cuidar de outras pessoas.
-
30
BIBLIOGRAFIA:
BENTES, Joo Marques. O Guia do Pastor. Flrida: Vida, 1993
KESSLER, Nemuel. tica Pastoral: O Comportamento do Pastor Diante de
Deus e da Sociedade. Rio de Janeiro: CPAD, 1988. TURNER, Donald T.
A Prtica do Pastorado. So Paulo: IBR, 1989. PETERSON, Eugene. Um
Pastor Segundo o Corao de Deus. Rio de Janeiro: Textus, 2000.
MENDES, Jos Deneval. Teologia Pastoral. Rio de Janeiro: CPAD,
1988.
ATIVIDADES
Sugerimos a leitura do Manual de Liturgia da sua denominao.
Manual de liturgia da IEAB
pedidos na CDL: 11 / 4284 7113 [email protected]
Pesquisa / Trabalho
Faa uma pesquisa bblica sobre Divrcio e Disciplina. Como se faz
essa pesquisa?
Usando apenas a Bblia, encontre os versculos que falem sobre
Divrcio, aps ler,
explique o que voc entendeu. Faa o mesmo com o tema disciplina.
Lembrando que
estes temas o pastor lhe dar com ele no cotidiano da igreja.
RESPONDA:
OBS: Prefira responder usando suas palavras, no copiando
exatamente a resposta.
1. O que significa preparar para pastorear?
2. No ministrio pastoral, o que tendncias narcisistas?
3. Qual o modelo pastoral Bblico?
4. Quem o modelo pastoral excelente?
5. Para que o povo precisa de pastor?
6. Cite pelo menos 3 erros que o pastor deve evitar
7. Porque o pastor no deve se ocupar com muitas coisas?