CENTRO DE ESTUDOS RELIGIOSOSlder Richard G. Scott - Aprender e
Ensinar com mais Efeito Joseph Fielding McConkie - Como Estudar as
Escrituras Robert J. Woodford Descobertas do projeto de estudo Dos
Escritos de Joseph Smith: Os Manuscritos Iniciais lder Bruce R.
McConkie - Esta Gerao Receber minha Palavra por teu Intermdio Hugh
W. Nibley - Grandes So as Palavras de Isaas lder F. Enzio Busche -
Lies do Cordeiro de Deus lder Dallin H. Oaks - O Arbtrio e a
Liberdade Presidente James E. Faust - Ensaios Clssicos dos Simpsios
Sperry: Doutrina e Convnios e Revelao Contnua lder Neal A. Maxwell
- O Livro de Mrmon: a Grande Resposta Grande Pergunta lder Jeffrey
R. Holland - O Prefcio do Senhor lder Russell M. Nelson - Os
Remanescentes Coligados, Convnios Cumpridos lder Dallin H. Oaks -
Revelao lder C. Max Caldwell - Sermos Aceitos pelo Senhor Steven C.
Harper - Todos as coisas so do senhor Richard Neitzel Holzapfel -
Um por Um, o Modelo de Servio do Salvador lder John M. Madsen - Uma
Testemunha Poderosa e Preciosa de Jesus Cristo lder Jeffrey R.
Holland - Rasgar o Vu da Descrena
Idos
2
Aprender e Ensinar com Mais Efeito
lder Richard G. Scott
O lder Richard G. Scott membro do Qurum dos Doze Apstolos. Este
discurso foi proferido durante a Campus Education Week (Semana de
Educao no Campus [da Universidade Brigham Young]) em 21 de agosto
de 2007. Traduzido de Richard G. Scott, "To Learn and to Teach More
Effectively" in The Religious Educator, vol. 9, num. 1, ed. Richard
Neitzel Holzapfel (Provo: Religious Studies Center, 2008), 1-11.
Juntamente com os irmos eu sinto a emoo e espectativa pelos eventos
inspiradores que esto por vir ao darmos incio octagsima quinta
Semana de Educao no campus da BYU. Dou-lhes meus parabns pela
deciso de participarem desta atividade extraordinria para que
possam aprender e desenvolver-se atravs das experincias aqui
compartilhadas. Quanto a seu alcance e qualidade no h nada no mundo
todo como este evento. Eu, assim como os irmos, tenho um desejo
constante e contnuo de melhorar e crescer atravs de todos os meios
de aprendizado que o Senhor nos proporcionou. Ao viajar pelo mundo
inteiro, evidente para mim que o conhecimento poder. Alguns o usam
para a sua prpria vantagem. Muitos empregam incorretamente o
conhecimento, limitando gravemente o uso do arbtrio das outras
pessoas. Porm h outros cujos talentos, conhecimento e experincia so
aplicados para edificar, encorajar, motivar e abenoar aqueles ao
seu redor. Tenho confiana que os irmos tambm o fazem. Os irmos sero
muito beneficiados pelo esforo e tempo despendidos aqui e, em troca
disso, ajudaro outros ao aplicarem e compartilharem o que
aprenderem aqui. Estaro seguindo a admoestao do Senhor: "E como nem
todos tm f, buscai diligentemente e ensinai-vos uns aos outros
palavras de sabedoria; sim, nos melhores livros buscai palavras de
sabedoria; procurai conhecimento, sim, pelo estudo e tambm pela f"
(Doutrina e Convnios 88:118). O tema deste ano, "O Alvorecer de um
Dia Mais Radiante," muito apropriado. Enfatiza a maravilha que a
Restaurao do evangelho nesta dispensao. Qualquer estudante da
histria est consciente do fato de que a Restaurao da Igreja (com
sua doutrina pura, autoridade sacerdotal e orientao divina)
desencadeou uma avalancha de descobrimentos, clarificaes e invenes
que continuam a edificar a humanidade de forma
3poderosa. Quo grato sou ao nosso Sagrado Pai pela restaurao da
verdade que nos chegou por meio do Profeta Joseph Smith para o
benefcio da humanidade. Joseph Smith um exemplo muito inspirador de
um indivduo que ao longo de sua curta vida sempre procurou
conhecimento e compartilhou-o livremente com os outros, embora
faz-lo lhe custasse a vida. A minha inteno agora compartilhar
algumas idias de como aprender e ensinar com eficcia. Como Aprender
com Mais Efeito
H inmeros meios pelos quais poderemos aprender e aperfeioar-nos.
Alguns deles so o estudo formal, a meditao, a anlise, a experincia
prpria, a observao cuidadosa, mentores, seguir o exemplo de pessoas
extraordinrias, servir de boa vontade e aprender atravs dos nossos
erros. No seria realista procurar identificar, mesmo em forma
resumida, os infinitos meios pelos quais podemos adquirir o
conhecimento e ganhar experincia. Por este motivo resolvi falar do
que para mim o caminho mais eficaz que nos conduz verdade e fonte
inestinguvel de orientao e inspirao do nosso Pai Celeste e seu
Filho Amado. Este caminho consiste na orientao e inspirao por meio
do Esprito Santo. Juntos edificaremos um alicere para compreender a
orientao espiritual e descobrir como obt-la e pass-la aos outros.
Meu sincero desejo proporcionar-lhes motivao para que aumente sua
capacidade de adquirir conhecimento para o seu benefcio eterno e
para abenoar as pessoas com que o compartilharo. Tambm mencionarei
algumas das importantes verdades que tenho aprendido por meio de
buscar a orientao do Esprito Santo. E dado que reconheo que muitos
dos irmos foram motivados para estarem aqui por um forte desejo de
ajudar os outros, sugerirei aos irmos maneiras para ensinarem estas
verdades. Seria bem mais fcil ensinar-lhes se pudssemos conversar
pessoalmente. Felizmente quase sempre os irmos podero interagir com
as pessoas que estiverem ensinando mesmo quando se trata de um s
membro da famlia. Sua instruo ser mais beneficial e mais duradora
se os irmos incentivarem a participao dos alunos. Para comear,
compartilharei com os irmos uma verdade do evangelho que, se for
comunicada com eficcia e praticada constantemente na sua vida,
compensar todo esforo que fizeram para chegar Semana de Educao,
mesmo que no faam mais nada aqui. Esta verdade os ajudar a obter o
benefcio mximo desta hora que estaremos passando juntos, do
restante desta conferncia e de outras experincias significativas no
decorrer de sua vida. Tenho observado que muitos dos irmos vieram
preparados para fazer anotaes do que aqui escutarem. Embora isso
seja de grande proveito, vou compartilhar um padro que lhes
proporcionar at mais acesso verdade. Resume-se nesta declarao de
princpio: Pelo resto de minha vida procurarei aprender atravs
daquilo que ouo, vejo e sinto. Vou escever as coisas importantes
que eu aprender e pratic-las. Sugiro que escrevam isto. Se eu fosse
terminar o discurso agora mesmo, j teriam recebido um dos meios
mais significantes de aprendizagem que eu poderia dar-lhes. Se este
princpio que acabo de citar no parecer importante, pensem de novo.
Muitas das lies essenciais que tenho aprendido e profundamente
apreciado aprendi atravs de p-lo em prtica. Como Responder aos
Sussuros do Esprito
Os irmos podero aprender princpios de suma importncia pelo que
ouvem e vem e, aindia mais, pelo que sentem conforme inspirados
pelo Esprito Santo. Muitas pessoas limitam o seu aprendizado ao que
ouvem ou lem. Sejam sbios! Desenvolam tambm o talento de aprender
por meio daquilo que se observa, ou v, e, principalmente, por meio
daquilo que o Esprito Santo os inspira a sentir. Sua capacidade de
aprender assim crescer atravs da prtica repetitiva. Exigem-se f e
esforo significantes para aprender pelo que se sente mediante o
Esprito. Peam tal ajuda com f. Levem uma vida digna de receberem
tal orientao. Escrevam e guardem num lugar seguro as coisas
importantes que aprenderem do Esprito. Percebero que ao
4registrarem uma impresso preciosa, muitas vezes neste momento
viro ainda mais idias que de outra forma no teriam recebido.
Saliento que o conhecimento espiritual que se recebe lhes ser
disponvel ao longo de sua vida. Sempre, de dia, de noite, no
importa onde ou o que estejam fazendo, procurem reconhecer e
responder guia do Esprito. Tenham mo um pedao de papel ou carto
para registrar tal orientao. Dem graas ao Senhor pela orientao
espiritual que receberem e obedeam-lhe. Este hbito reforar sua
capacidade de aprender pelo Esprito e realar a direo vinda do
Senhor na sua vida. Aprendero mais ao porem em prtica o
conhecimento, experincia e inspirao transmitidos aos irmos pelo
Esprito Santo. A orientao espiritual a direo, a ilucidao, o
conhecimento e a motivao que recebemos de Jesus Cristo atravs do
Esprito Santo. Trata-se de instruo personalizada e adaptada a suas
necessidades individuais por Aquele que as compreende
perfeitamente. A orientao espiritual um dom de valor incomparvel
concedido queles que a buscam, levam uma vida digna e agradecem ao
Senhor. As escrituras nos ensinam como podemos tornar-nos
merecedores da orientao espiritual. O lder Bruce R. McConkie nos
deu este conselho sbio: "Por mais talentosos que sejam os homens em
assuntos administrativos; por mais eloquentes que sejam em exprimir
suas idias; por mais eruditos que sejam quanto s coisas do mundo,
se no pagarem o preo atravs do estuco e poderao das escrituras e
orarem a seu respeito, ser-lhes-o negados os sublimes sussuros do
Esprito que poderiam ter recebido."[1] Ao estudar e orar acerca de
certas escrituras, descobri que o seguinte modelo muito til na
obteno de orientao espiritual. Para adquirir orientao espiritual e
obedecer-lhe com sabedoria, deve-se: Buscar com humildade a luz
divina Exercer f, especialmente em Jesus Cristo Procurar
diligentemente guardar Seus mandamentos Arrepender-se
constantemente Orar continuamente Obedecer direo espiritual Dar
graas pela orientao recebida
Que estas sugestes lhes sejam de benefcio na sua busca de direo
espiritual. Ensinar Outros a Aprenderem do Esprito
Agora, vamos ver como se pode ensinar o princpio de aprendizado
que j mencionei a outros. Se eu estivesse ensinando, primeiro
recomendaria que cada aluno escrevesse o princpio: Pelo resto de
minha vida procurarei aprender atravs daquilo que ouo, vejo e
sinto. Esceverei as coisas importantes que aprender e irei
pratic-las. Ento, explicaria como se usa cada um dos trs meios de
comunicao: ouvir, ver e sentir. E procuraria incentivlos a se
comprometerem a viver o princpio, pois cada aluno que fizesse isso
receberia a bno de grande orientao espiritual para sua vida.
Depois, eu mostraria a seguinte srie de grficos de como se pode
incrementar o aprendizado.
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1. Minha inteno mostrar-lhes como podem ajudar os outros a
qualificarem-se para serem guiados pelo Esprito e reconhecerem que
quando receberem tal orientao, devero escrev-la e obedecer.
2. As pessoas que os irmos ensinam vivem num mundo onde esto
sujeitos a desafios e tentaes. Estou convencido de que sem a ajuda
do Esprito um indivduo ter dificuldade em evitar a transgresso no
mundo de hoje. Quando algum faz uma escolha errada, amarra-se ao
pecado.
3. Os irmos podem motivar o estudante a viver a fim de receber a
influncia do Esprito e reconhecer sua direo para que seja abenoado
ao obedecer a esta guia. Os irmos podero desempenhar um papel
essencial neste processo. Ao ensinar a doutrina apropriada e
explicar como o Senhor se comunica pelo Esprito, seus alunos tero a
experincia de serem guiados pelo Esprito. Aprendero os princpios em
que tal comunicao se baseia. Ao aplicarem estes princpios, faro
escolhas corretas na vida.
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4. muito comum o professor somente dar conselhos ao aluno sem
interao. s vezes no h explicao de porque existem mandamentos,
regras e padres. O professor no mais que uma cabea falante. A
maioria do ensino neste mundo se baseia nos sentidos-audia, viso,
tato, olfato e paladar. Na sua sala de aula podero ensinar pelo
poder do Esprito.
5. Tal comunicao comea quando se incentiva a cada um dos alunos
a participar em vez de ser um mero ouvinte passivo. Desta maneira
podero avaliar se o aluno entendeu o que foi ensinado e, desta
maneira, o prprio professor tambm aprender. E o que mais
importante, a participao do aluno uma forma de exercer o arbtrio,
assim permitindo o Esprito Santo a comunicar uma mensagem pessoal,
adaptada s necessidades individuais. Criar um ambiente de
participao aumenta a probabilidade do Esprito ensinar lies mais
importantes do que os irmos podem transmitir.
6. Tal participao trar para sua vida a direo do Esprito. Quando
se incentiva o aluno a levantar a mo e responder a uma pergunta,
ele, embora talvez no reconhea, indica ao Esprito Santo que tem
vontade de
7aprender. Tal uso de seu arbtrio moral permitir que o Esprito o
motive e d-lhe uma orientao mais poderosa durante a aula. A
participao faz com que as pessoas tenham a experincia de serem
guiadas pelo Esprito. Elas aprendem a reconhecer e sentir o que a
direo espiritual. Atravs da repetio do processo de sentir
impresses, apont-las e obedecer a elas que se aprende a depender
mais da orientao do Esprito, sim, muito mais do que a comunicao
pelos outros cinco sentidos.
7. Sua capacidade de ensinar aumenta pela direo que os irmos
recebem do Esprito Santo. Para dizer de forma simples e clara, a
verdade, quando apresentada num ambiente de amor verdadeiro e
confiana, qualifica uma pessoa para receber o testemunho do Esprito
Santo.
8. Se na sua relao com os alunos os irmos no conseguirem mais
nada do que ajud-los a seguir os sussurros do Esprito, tero
abenoado sem medida e para a eternidade a vida deles. Para isso, os
irmos precisam buscar constantemente a direo do Esprito para saber
o que dizer e como diz-lo. Estou convencido de que no h nenhuma
tcnica nem frmula simples que eu possa dar-lhes, ou que os irmos
possam dar a seus alunos, que instananeamente facilite o domnio da
abilidade de ser guiado pelo Esprito Santo. Tampouco creio que o
Senhor permita que algum invente um modelo que possa abrir
invarivel e imediatamente os canais de comunicao espiritual. Ns
crescemos ao lutarmos para reconhecer e receber a inspirao do
Esprito Santo e ao esforar-nos para comunicar-nos com nosso Pai
Celestial nos momentos de necessidade ou de transbordante gratido.
Cada vez que nos esforarmos neste sentido, daremos um passo frente
no cumprimento com o propsito de estarmos aqui na terra. Nosso Pai
espera que aprendamos a obter a ajuda divina por meio da f nele e
no Seu Santo Filho. Se fssemos receber direo inspirada sem nenhum
esforo, ns nos tornaramos fracos e cada vez mais dependentes. Ele
sabe que o crescimento pessoal e essencial provm da luta para
aprender a sermos guidados pelo Esprito. Esta luta esculpe nosso
carter imortal e aperfeioa nossa capacidade de reconhecer Sua
vontade atravs dos
8sussurros do Esprito Santo. O que de incio parece um trabalho
assustador se tornar mais suave ao longo do tempo se nos esforarmos
constantemente para identificar as sensaes que o Esprito desperta
em ns. Tambm a nossa confiana na direo que recebemos por meio do
Esprito Santo ser grandemente fortalecida. As coisas fceis nunca
produzem frutos benficos. Nem Nosso Pai que est no cu nem Seu Santo
Filho sente prazer em ver-nos lutar para sobrepujar obstculos,
resolver dvidas ou achar solues a problemas complexos e
desafiadores. Porm, Eles se regozijam quando os irmos
voluntariamente reconhecem que estes so passos para o crescimento e
que nos conduzem s aes que moldaro em ns um bom carter. Entesourar
as Impresses Sagradas
Os irmos j aprenderam o valor duradouro de manter um registro
das importantes experincias espirtituais e as impresses sagradas
que o Senhor lhes comunicou? No mantenho um dirio detalhado dos
acontecimentos cotidianos mas procuro manter um registro de alguns
assuntos de muita importncia. As experincias espirituais guardo num
registro protegido por senha que mais ningum pode acessar. Quando
me sinto autorizado pelo Esprito Santo, tiro algumas destas
verdades que aprendi e coloco-os num dirio familiar ou
compartilho-os num discurso pblico. Isto fao em comformidade com um
princpio cuja veracidade confirmada pelas escrituras. Algumas
revelaes so para nossa orientao e edificao, para ajudar-nos a
crescer e aprimorar nosso carter, devoo e testemunho. Estas coisas
no se destinam a outros. Assim como a bno patriarcal adaptada para
a pessoa a quem dada, certas informaes devem ser protegidas com
reverncia devido a sua essncia sagrada inerente. Qualquer assunto
sagrado que o Senhor queira comunicar a terceiros Ele transmitir a
eles diretamente pelo Esprito, se esses forem dignos e estiverem
sintonizados. Para confirmar que o que tenho falado no pura teoria,
agora mencionarei algumas verdades preciosas que aprendi ao longo
dos anos pela orientao espiritual. As escrituras nos ensinam (e
foi-me confirmado por inspirao) que o Esprito Santo nunca nos
inspirar a fazer algo que no seja possvel fazer. Pode ser que leve
um esforo extrardinrio, muito tempo, pacincia, orao e obedincia,
mas teremos condies de faz-lo. Repetidas vezes fui inspirado a
aprender que para alcanar uma meta nunca antes alcanada, deve-se
fazer coisas que jamais foram feitas. Foi-me ensinado que podemos
fazer muitas escolhas na vida mas no podemos determinar nosso
prprio destino final. As nossas aes que o fazem. Pode parecer que
controlamos os resultados de nossa vida, mas no os controlamos. A
dignidade, a retido, a f em Jesus Cristo e o plano de nosso Pai
asseguram um futuro produtivo e agradvel, enquanto mentir, enganar
ou violar as leis de castidade pessoal asseguram uma vida de misria
aqui na terra como tambm na vida vindoura, a no ser que haja o
devido arrependimento. importante no nos julgar a ns mesmos pelo
que pensamos saber do nosso potencial. Devemos confiar no Senhor e
no que Ele pode fazer, utilizando nosso corao dedicado e mente
disposta a fazer sua vontade (vide D&C 64:34). Arprendi atravs
do Esprito Santo e da observao dos outros que os conceitos como a
f, a orao, o amor e a humildade no tm grande significado e no
produzem nenhum milagre a no ser que se tornem uma parte viva do
nosso ser por meio de nossas experincias pessoais acompanhadas dos
sussurros sublimes do Esprito. Todos ns passaremos pela
adversidade; faz parte da vida. Todos ns passaremos por ela, pois
precisamos dela para crescermos e para formarmos um carter reto.
Aprendi que o Senhor tem uma infinita capacidade de julgar a nossa
inteno. Ele se preocupa com o que ser de ns por causa das escolhas
que fizermos. Ele tem um plano individual para cada um de ns. Esta
idia muito consoladora para ns quando procuramos entender as coisas
difceis como a morte inesperada de algum de que tanto precisamos
aqui na terra. Ela ajuda-nos quando sofremos devido a uma doena ou
uma deficincia fsica, ou at quando somos abalados com a notcia de
um suicdio trgico de algum.
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A experincia prpria me levou a compreender uma verdade
importante. Sei que Satans no tem poder algum de forar as aes de
uma pessoa reta e decidida porque o Senhor protege tal pessoa do
poder do diabo. Satans pode tentar, pode ameaar, pode at parecer
ter tal poder, mas ele no o possui. Aprendi que nossa mente pode
magnificar uma impresso do Esprito Santo, ou, infelizmente,
destru-la por completo se a rejeitarmos como se fosse algo sem
importncia ou algo que sasse de nossa prpria imaginao. Quando a
direo espiritual chega, bom levar em mente este comentrio do
Profeta Joseph Smith: "Deus julga os homens de acordo com sua
utilizao da luz que Ele lhes d."[2] Ao enfrentarmos a adversidade
poderemos ser levados a fazer muitas perguntas. Algumas delas tm um
propsito til, outras no. Na verdade no adianta fazer perguntas que
refletem oposio vontade de Deus. Estar disposto a sacrificar
profundos desejos pessoais a favor da vontade de Deus , de modo
geral, algo muito difcil de se fazer. Porm quando assim fazemos,
colocamo-nos numa posio fortssima de receber o mximo de ajuda do
nosso carinhoso Pai Celestial. Aceitar sua vontade, mesmo no
sabendo por qu, traz-nos grande paz de esprito e, depois de um
tempo, a compreenso vir. dificlimo, s vezes, discernir a reposta
nossa orao referente a um assunto pelo qual temos profundos
sentimentos pessoais ou fortes emoes. por isso que importante
recebermos conselhos vlidos e inspirados ao nos encontrarmos em
tais circunstncias. Num momento de meditao calma aprendi que h uma
relao entre a f e o carter. Quanto mais f temos em Jesus Cristo,
mais se fortalece nosso carter e um carter fortalecido aumenta
nossa capacidade de exercer maior f ainda. O Esprito me ensinou que
Satans no precisa nos tentar com o mal. Ele consegue grande parte
de sua meta por nos distrair com muitas coisas aceitveis, assim
desviando-nos para que no faamos as coisas essenciais. Precisamos
frustrar esta distrao por meio de identificar o que de suma
importncia na vida. Devemos dedicar o nosso melhor esforo a lev-lo
a efeito. Quando h tempo e recursos limitados, seguir este padro
pode requerer que deixemos de lado algumas atividades boas mas no
essenciais. Em certas ocasies o Senhor nos dar orientao espiritual
vital atravs de inspirar terceiros a compartilharem conosco o que
eles aprenderam. Tais mentores podem enriquecer grandemente nosso
vida por meio da comunicao gentil de seu conhecimento e
experincias. Podemos encontrar mentores, vivos e falecidos, pelo
estudo e emulao de suas vidas produtivas. Tenho certeza que o
falecimento recente do Presidente James E. Faust inspirou no corao
de milhares de pessoas inspiradas por ele uma imensa gratido por
sua solidariedade e motivao. Ele possuia uma capacidade enorme de
elevar e edificar as pessoas. Ele sempre cumprimentava as pessoas
com sinceridade e integridade com elogios vlidos e no inventados. O
resultado foi o de edificar, levantar e ajud-las a descobrir o
caminho de vida que lhes traria maior sucesso e felicidade. A forma
dele encorajar as pessoas muitas vezes era breve e sucinta, porm
muito eficaz e duradora. Um dos meios mais memorveis e poderosos de
comunicao do Esprito so os sonhos. Aprendi que quando a transio do
sono total ao acordar-se parece quase imperceptvel sinal que o
Senhor nos ensinou algo muito importante atravs de um sonho. Quando
isto ocorre, reconheo a necessidade de meditar a respeito daquilo
de que me lembro do sonho e procurar entend-lo e aplic-lo na minha
vida. s vezes um sonho simblico e requer que oremos para que, por
meio do Esprito Santo, o Senhor possa-nos interpretar ou esclarecer
as lies a serem compreendidas e aplicadas. Ao longo da maior parte
de minha vida de jovem e adulto, tenho apreciado muito a
misericrdia. Foi atravs de um sonho vvido que tambm aprendi a
entesourar a justia. A justia d ordem e controle ao plano de
felicidade do nosso Pai Celestial. Assegura-nos de que o que ns
ganhamos pelo esforo digno ser sempre nosso, tal como o
conhecimento, o amor aos entes queridos e os benefcios eternos das
ordenanas, inclusive as do templo. A justia guarante que nenhum
poder pode-nos tirar estas coisas preciosas. Poderamos perd-las
devido desobedincia, mas quem iria querer fazer isso? A ordem do
Salvador: "Pedi e recebereis; batei e ser-vos- aberto" (3 Nfi
27:29) o porto que se abre para a
10orientao espiritual. Foi-me ensinado que sussurros mansos nos
incentivaro a fazer decises certas. Quando observadas
cuidadosamente, estas impresses que entram no nosso corao sero
seguidas por conselhos especficos transmitidas a nossa mente. Estes
conselhos nos levaro a entender com mais preciso o que devemos
fazer. Tal direo detalhada nos vem quando respondemos de boa
vontade inspirao do Esprito. s vezes tal direo espiritual pode
indicar ou dar a entender eventos que ocorrero mais tarde na vida.
Se aceitarmos ou no tal inspirao, se obedecermos ou no, a vontade
do Senhor no mudar. O que muda o impacto na nossa vida. Haver
conseqncias positivas bem mais exressivas conforme a nossa boa
vontade de obedecer aos conselhos dados por tal orientao do Esprito
Santo. H mais uma jia preciosa de orientao espiritual que eu
gostaria de compartilhar. Levou-me muito tempo para reconhec-la. A
obedincia forada no produz frutos duradouros. por isso que tanto
nosso Pai Celestial como o Salvador esto dispostos a pedir, soprar,
encorajar e esperar com pacincia para ns reconhecermos sua preciosa
orientao espiritual. Certa vez levou mais de dez anos para eu
descobrir a resposta a uma questo importante sobre a qual eu tinha
orado constante e fervorosamente. A resposta total me veio ao
juntar as partes da soluo comunicadas a mim de formas diferentes em
horas diferentes, A resposta no foi dada diretamente, mas fui
guiado com amor e pacincia at encontr-la. Encerro com o meu
testemunho. Procurarei seguir os conselhos excelentes do Presidente
Spencer W. Kimball. Ele ensinou: "Um testemunho no exortao; um
testmunho no um sermo; . . . no um relato sobre viagens . . . . s
dizer o que sente no ntimo. Isto testemunho. No momento que os
irmos comearem a pregar aos outros, seu testemunho terminar.
Digam-nos o que sentem, o que a mente, o corao e toda fibra de seu
ser lhes dizem."[3] Eu sei que as coisas que lhes disse so
verdadeiras, pois eu as aprendi. Foram-me confirmadas pelos
sussurros suaves do Esprito Santo. Que algumas delas sejam de
proveito para os irmos! Sei positivamente que Jesus Cristo vive e
como um dos apstolos dele presto solene testemunho que Ele um
personagem glorificado e ressurrecto de perfeito amor. Ele guia Sua
igreja na terra. Ele os ama. Durante sua presena aqui Ele os
inspirar.. Ao procurarem identificar tais sussurros, Ele guiar sua
vida. Ele nosso Mestre, nosso Redentor, nosso Salvador. Eu O amo.
Com toda capacidade que possuo presto testemunho que Ele vive. Em
nome de Jesus Cristo, amm. REFERNCIAS
1. Bruce R. McConkie, seminrio dos representantes regionais, 2
de abril de 1982. 2. Joseph Smith, Teachings of the Prophet Joseph
Smith [Os Ensinamentos do Profeta Joseph Smith], compilado por
Joseph Fielding Smith (Salt Lake City: Deseret Book, 1976), 303. 3.
Teachings of the Presidents of the Church: Spencer W. Kimball [Os
Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Spencer W. Kimball](Salt
Lake City: The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints [A
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos ltimos Dias], 2006),
76-77.
167 Heber J. Grant Building
Provo, Utah 84602
11Como Estudar as Escrituras
Joseph Fielding McConkie
Joseph Fielding McConkie professor jubilado de escrituras
antigas da Universidade Brigham Young. Este discurso foi proferido
na Semana de Educao da BYU de agosto de 2006. Se os cus se abrissem
hoje e Deus falasse, os irmos no gostariam de ouvir o que Ele ele
tivesse que dizer? Da mesma forma, se um mensageiro viesse em lugar
dEle, os irmos teriam menos interesse? Se a mensagem fosse escrita,
os irmos no queriam l-la? Muitas pessoas fiis sacrificaram sua
prpria vida para que a palavra do Senhor, transmitida antigamente a
seu povo, fosse preservada para ns. O estudo minucioso destes
registros s pode servir de fonte de grandes bnos para ns, ao passo
que deixar de conhec-los seria uma perda enorme. Que Princpios
Corretos, e no Tcnicas, Dirijam Nosso Estudo> Ao longo dos anos
muitos alunos e outros vieram a meu escritrio, perguntando a
respeito de como poderiam-se tornar melhores estudantes das
escrituras. Tambm me perguntaram com freqncia como que estudavam as
escrituras os homens tais como meu pai, o lder Bruce R. McConkie, e
meu av, o Presidente Joseph Fielding Smith, ambos conhecidos como
eruditos quanto ao estudo do evangelho. Inerente nestas perguntas a
idia de que h algum mtodo ou segredo desconhecido pela maioria das
pessoas que d queles que o conhecem uma grande vantagem em entender
as escrituras. Eis que revelarei o grande segredo: o fato que no
existe nenhum segredo. Quanto a meu pai e a meu av, seu mtodo
consistia em no terem um mtodo. Os mtodos no so a soluo. O estudo
eficaz das escrituras no tem nada a ver com um sistema de
sublinhar. No tem nada a ver com a escolha de um lpis azul em vez
de um lpis vermelho. No tem nada a ver com o estudo cronolgico nem
por tpicos de um determinado assunto. No tem nada a ver com a edio
das escrituras. No tem nada a ver com o tamanho das letras, a no
ser para ns, os mais idosos. Tem tudo a ver com a intensidade e
constncia que levamos ao estudo. No h atalhos, tampouco segredos.
Porm h princpios bsicos que so indispensveis compreenso correta das
escrituras. Apresentarei sete princpios desta natureza. Cada um
deles traz consigo mais luz. Juntos podem aumentar at sete vezes o
seu entendimento das escrituras, ou talvez at mais.
12Requer-se o Esprito de Revelao para Entender a Revelao O
primeiro princpio, e o mais fundamental, de entender as escrituras
este: S se pode entender a revelao dada pelo Esprito por meio da
ajuda do Esprito. Aceitar as escrituras como sendo revelao divina
requer que acreditemos no princpio de revelao. Requer que
acreditemos que Deus pode-nos transmitir, e de fato nos transmite,
seus pensamentos e sua vontade. A maior parte das escrituras est
escrita no corao e mente das pessoas. Esta forma das escrituras
sagradas conhecida como a Luz de Cristo. universal para os filhos
dos homens e sempre tem o propsito de prepar-los para receber a luz
maior. De certa maneira as escrituras so tudo que se fala sob a
influncia do Esprito Santo. O Esprito Santo um revelador. Como o
terceiro membro da Trindade, seu objetivo ensinar e testificar das
verdades da salvao. Assim, a voz do Esprito Santo se reserva para
revelar verdades de ordem mais elevada do que as que so
transmitidas pela Luz de Cristo. Ao passao que o direito de receber
a Luz de Cristo universal, a revelao do Esprito Santo requer f em
Cristo e obedincia aos princpios de retido. Nfi ensina este
princpio da seguinte forma:
E acontece que eu, Nfi, depois de ouvir todas as palavras de meu
pai referentes s coisas que ele vira numa viso, como tambm as
coisas que dissera com o poder do Esprito Santo, poder que ele
recebeu pela f no Filho de Deuse o Filho de Deus era o Messias que
deveria vireu, Nfi tambm desejei ver e ouvir e conhecer essas
coisas pelo poder do Esprito Santo, que o dom concedido por Deus a
todos os que o procuram diligentemente, tanto em tempos passados
como no tempo em que se manifestar aos filhos dos homens. Pois ele
o mesmo ontem, hoje e para sempre; e o caminho est preparado para
todos os homens desde a fundao do mundo, caso se arrependam e
venham a ele. Pois aquele que procurar diligentemente, achar; e os
mistrios de Deus ser-lhe-o desvendados pelo poder do Esprito Santo,
tanto agora como no passado e tanto no passado como no futuro;
portanto o curso do Senhor um crculo eterno. (1 Nfi 10:17-19)
Entre as inmeras revelaes que nos vieram do Deus do Cu muito
poucas foram escritas. Entre as escritas ainda menos foram-nos
preservadas em forma de livro. Um exemplo de tal forma de coletnea
conhecemos como a Bblia Sagrada. A palavra bblia deriva-se da
palavra grega biblia que significa os livros. Assim, a Bblia uma
coleo de livros tidos como sagrados, ou santos. importante observar
que os catlicos, os protestantes e os judeus discordam entre si
quanto aos livros que devem fazer parte desta coletnea. A
biblioteca de livros sagrados dos Santos dos ltimos Dias contm
assaz mais registros de escrituras do que se encontram na
biblioteca de outras igrejas. Apesar dos outros no concordarem uns
com os outros quanto aos livros que devem fazer parte da Biblioteca
da Fou seja, a Bblia, encaram como heresia nosso acrscimo de livros
a esta biblioteca. Ns, por outro lado, cremos que, tal qual os
antigos, receberemos revelaes prprias s nossas circunstncias, se
que temos a mesma f que eles tinham. Os santos da antigidade eram
fortalecidos ao lerem as revelaes dadas aos que os antecediam, mas
no se limitavam s revelaes prvias e sim, recebiam a sua prpria
orientao espiritual. Nosso caso como o deles. Sim, este princpio
fundamental ao nosso entendimento e interpretao de tudo que lemos
no cnon das escrituras. Se a comunicao com os cus for
interrompidaisto , se dissermos que a biblioteca de revelao est
fechadaperderemos tanto a oportunidade de recebermos mais revelaes
como a chave de compreendermos tudo que j possumos. Nfi explicou
este princpio com as seguintes palavras:
13
Sim, ai do que diz: Recebemos e no necessitamos mais! E por fim,
ai de todos os que tremem e esto irados por causa da verdade de
Deus! Pois eis que o que est edificado sobre a rocha recebe-a com
jbilo; e o que est edificado sobre um fundamento de areia treme de
medo de cair. Ai do que disser: Recebemos a palavra de Deus e no
necessitamos de mais palavras de Deus, porque temos o bastante!
Pois eis que assim diz o Senhor Deus: Darei aos filhos dos homens
linha sobre linha, preceito sobre preceito, um pouco aqui e um
pouco ali; e abenoados os que do ouvidos aos meus preceitos e
escutam meus conselhos, porque obtero sabedoria; pois a quem recebe
darei mais; e dos que disserem: Temos o suficiente; destes ser
tirado at mesmo o que tiverem.
O Senhor nunca, nem sequer em toda a eternidade, revelou que no
haveria mais revelao. Se Ele assim fizesse, seria como negar-nos a
capacidade de compreender as revelaes que j nos deu. Seria como se
escondesse a evidncia de sua existncia e disfarasse as verdades do
evangelho. A Bblia um livro muito diferente nas mos de quem rejeita
a revelao do que nas mos de quem est disposto a receber o Esprito.
As palavras so as mesmas, mas a viso completamente outra. Um livro
que nos veio por revelao s revelao para quem tem o esprito de
revelao. O esprito que os irmos levarem leitura de um livro
predeterminar o aproveitamento que tiraro dele. O Evangelho de So
Mateus pode ser escritura para um e para outro no. Podem at estar
juntos na mesma sala lendo o mesmo livro e pode ser escritura
sagrada para um e para o outro no. A diferena no se encontra no que
foi escrito e sim no esprito com que se l. Se lermos escritos
sagrados com um esprito de contenda, no ser escritura; no se trata
da voz do Senhor nem representa seu Esprito. simplesmente tinta
preta num papel branco. Se o esprito com que se l no estiver certo,
tampouco estar certa a sua interpretao. Eu gostaria de compartilhar
dois textos clssico das escrituras que nos ensinam este princpio. O
primeiro trecho de uma revelao dada a ns para nos ensinar a
discernir a verdade do erro, espritos bons dos malignos e doutrina
correta de doutrina falsa. Ao iniciarmos a leitura, nota-se que o
Senhor, o Mestre, com uma pergunta nos motiva a pensar no assunto
de discernir os espritos:
Portanto eu, o Senhor, fao-vos esta pergunta: Para qu fostes
ordenados? [A, ao responder a sua prpria pergunta, o Senhor diz:]
Para pregar meu evangelho pelo Esprito, sim, o Consolador que foi
enviado para ensinar a verdade. E ento recebestes espritos que no
pudestes compreender e os recebestes como se fossem de Deus; e
nisto estais justificados? Eis que vs mesmos respondereis a esta
pergunta; no obstante, serei misericordioso para convosco; aquele
dentre vs que for fraco, no futuro ser torndado forte. Em verdade
vos digo: Aquele que ordenado por mim e enviado para pregar a
palavra da verdade pelo Consolador, no Esprito da verdade, prega-a
pelo Esprito da verdade ou de alguma outra forma? [Notem que esta
passagem d a entender que o que estamos esinando a verdadeesta no a
questoa questo se trata do esprito com que se ensina.]
14E se for de alguma outra forma, no de Deus. Ento como que no
podeis compreender e saber que aquele que recebe a palavra pelo
Esprito da verdade recebe-a como pregada pelo Esprito da verdade?
(D&C 50:13-21)
Notaram? As verdades do cu no so as verdades celestes se
procuramos justific-las de outra maneira seno pelo esprito de
revelao. Para sermos edificados e regozijarmo-nos juntos precisamos
ensinar e aprender pelo esprito de revelao. A segunda ilustrao
deste princpio baseia-se nas palavras de uma revelao que antecede a
que acabamos de ler, uma revelao dada ao Qurum dos Doze seis anos
antes de seu chamado. Referindo-se ao Livro de Mrmon, o Senhor diz:
Estas palavras no so de homens nem de um homem, mas so minhas;
portanto vs testificareis que so minhas e no de um homem; pois
minha voz que vo-las diz; pois vos so dadas pelo meu Esprito; e
pelo meu poder vs as podeis ler uns para os outros; e se no fosse
pelo meu poder, no as podereis ler; portanto podeis testificar que
ouvistes minha voz e conheceis minhas palavras (D&C 18:3436) O
princpio no se limita ao Qurum dos Doze. Nenhum princpio do
evangelho se limita a um s grupo. S existe um evangelho e ele se
aplica a todo ser honesto de maneira igual. Quando os irmos e eu
lemos ou estudamos as escrituras sob a orientao do Esprito do
Senhor, ouvimos a voz do Senhor e podemos testificar disso. Lermos
as escrituras sem aquele Esprito outra coisa. Assim, o primeiro
princpio de compreenso das escrituras que elas devem ser
compreendidas pelo mesmo esprito pelo qual foram escritas. Sem o
esprito de revelao no h escrituras. Alguns diriam que isto
racioncnio circular, e de fato . Precisa-se de vida para dar vida.
No se pode ler no escuro. No se pode ver nem ouvir as coisas do
Esprito sem o Esprito. Assim como a luz atrai a luz, as trevas que
geram ms aes. No H Seno um Evangelho O segundo princpio focaliza na
natureza eterna do evangelho. Todos os princpios do evangelho so
absolutos; de eternidade para eternidade so sempre os mesmos. Os
mesmos princpios que esto conosco neste nosso segundo estado
estavam conosco na vida pr-mortal e no mudaro ao passarmos desta
vida ao mundo espiritual. Sua importncia no diminuir na ressurreio.
No h princpios de salvao que no tenham sido decretados antes da
fundao da Terra. O Senhor declarou que sua casa uma casa de ordem e
no de confuso. Em uma revelao concedida ao Profeta Joseph Smith, o
Senhor enfatiza este princpio, fazendo trs perguntas retricas: A
primeira: Aceitarei uma oferta que no seja feita em meu nome? a
segunda: Receberei de vossas mos aquilo que no ordenei? E a
terceira: Designar-vos-ei algo . . . sem que seja por lei conforme
meu Pai e eu vos ordenei antes de existir o mundo? (D&C
132:9-11). A resposta a cada uma destas perguntas um no retumbante.
O propsito delas dramatizar o fato de haver um s evangelho, um s
plano de salvao, um s sistema de autoridade e uma s organizao em
que se encontram administradores legais. Se a casa de Deus uma casa
de ordem, no ser governada por leis feitas por terceiros e nela no
se honraro as ofertas feitas para outros deuses. Tampouco se
permitir que se aceitem ordenanas feitas sem licena e autoridade.
No posso-me tornar o herdeiro de um dos irmos s por ler seu dirio e
apreciar as promessas que seu pai lhe fez. De igual modo os irmos
no podem ser herdeiros de Deus s atravs de ler as promessas que Ele
fez a um povo antigo. Sua salvao e a minha requerem revelao pessoal
e imediata. De maneira semelhante, se uma pessoa pudesse obter o
direito legtimo de pregar o evangelho e agir em nome de Deus s por
ler a Bblia, ela tambm poderia tornar-se presidente do pas s por
ler a constituio. lgico que isto no ser possvel sem a devida
autorizao.
15Procurai Conhecimento, Sim, pelo Estudo e Tambm pela F Tiro o
terceiro princpio da ordem dada pelo Senhor Escola dos Profetas:
Procurai conhecimento, sim, pelo estudo e tambm pela f (D&C
88:118). Esta declarao afirma primeiro a importncia do estudo e da
sugere a necessidade de passar alm do estudo e abraar o princpio da
f. Permitam-me ilustrar do que se trata. O Profeta Joseph Smith
estava estudando o livro de Tiago quando chegou a uma passagem que
o inspirou a perguntar a Deus e faz-lo com f sem vacilar (vide
Tiago 1:5-6). Quando ele colocou o livro na mesa e foi procura de
um lugar sossegado para orar, sua f tomou o lugar do estudo e por
meio desta f ele pde fazer o que seus mentores bblicos haviam
feito: abrir os cus. Minha f que o Livro de Mrmon pertence
biblioteca de livros sagrados me d um monte de conhecimento que de
outra maneira eu no teria. Para mim o livro restaura o conhecimento
das coisas simples e preciosas que foram tiradas da Bblia. Por meio
dele aprendi que os povos do Velho Testamento tinham aquilo que ns
conhecemos como o Sacerdcio de Melquisedeque. Tinham tambm o
batismo, o dom do Esprito Santo e todos os outros princpios e
ordenanas redentores do evangelho. Por meio do Livro de Mrmon posso
ganhar mais conhecimento e entendimento acerca do que se ensinou no
Velho e Novo Testamento do que por meio de todos os comentrios
eruditos que j foram escritos a respeito deste assunto. Do Livro de
Abrao aprendi que os povos do Velho Testamento possuam o convnio
abramico junto com a promessa da perpetuidade da semente e da
famlia eterna. Atravs da f na traduo de Joseph Smith do Livro de
Moiss aprendi que possuam o conhecimento de Jesuso MessiasAdo,
Enoque, No e Abrao e que o plano de salvao revelado a eles o mesmo
plano de salvao que conhecemos hoje em dia. Isto no se trata de uma
retirada posio anti-intelectual ocupada por muitos do mundo cristo
tradicional e sim uma declarao ousada de que reunir a f com o
estudo como um casal amoroso trazer ao mundo um filho. A criancinha
um ser vivente que proporciona aos pais o profundo amor e
compreenso que antes desconheciam. De modo igual, minha f em Jesus
de Nazar, o muito esperado Messias, Salvador e Redentor da
humanidade, me d um entendimento mais profundo do Velho Testamento
do que de outra maneira seria atingvel. Todos os seres reproduzem
conforme sua espcie, analogamente a f gera mais f. A f que se tem
num princpio do evangelho incute a f em outros princpios. Minha f
na ressurreio, isto , a unio inseparvel do corpo e esprito (uma
idia que a cincia no consegue defender), incute f no relato da
criao do mundo (um assunto muito debatido pelos cientistas).
Somente atravs de aplicar a f ao nosso estudo das escrituras que
conseguiremos captar a essncia do que lermos. A religio verdadeira
uma coisa viva. Ela requer que os sinais sigam os que crem. Fala de
milagres para que saibamos que ns podemos realizar milagres.
Descreve a voz de Deus para sabermos reconhec-la quando a ouvimos.
Relata o ministrio de anjos a fim de que saibamos que tambm podemos
receber tal ajuda. Se plantarmos as mesmas sementes que aqueles de
que lemos nos escritos sagrados, colheremos a mesma colheita que
eles colheram. Manter as Coisa no Contexto Correto O quarto
princpio que chamarei ateno dos irmos a necessidade de manter as
coisas no contexto correto. O contexto d cor, ou pode mudar a cor,
de tudo que dizemos. Quando minha esposa me diz que devo dizer: Eu
te amo com mais freqncia, ela no quer dizer que devo diz-lo a
outras mulheres. Todo texto das escrituras tem dois contextos: as
circunstncias imediatas que provocaram a declarao e o contexto
maior composto de outros princpios e declaraes corretas. Uma citao
obscura ou isolada no poder sustentar o peso de definir o evangelho
nem estabelecer um princpio essencial para a salvao. Quando Cristo
disse: Na ressurreio no se casam, nem se do em casamento (Mateus
22:23-30), precisamos saber se ele falou acerca de todos os seres
que j viveram ou s dos saduceus (que O rejeitaram como Messias) os
quais fizeram a pergunta que incitou a resposta de Jesus.
16Quando Ele disse: No vos inquieteis, pois, pelo dia da amanh
(Mateus 6:34), Ele falou aos irmos e a mim, ou aos Doze que haviam
sido chamados ao ministrio de tempo integral? Quando Ele disse:
Pai, perdoa-lhes, porque no sabem o que fazem (Lucas 23:34), Ele se
referiu aos soldados romanos que Lhe haviam cravado as mos e ps, ou
a todos, ao longo da histria, que procuram crucific-lo de novo?
Quando Cristo disse: Ide a todo o mundo e pregai o evangelho
(Marcos 16:15), Ele deu a ordem a todos que sentissem o desejo, ou
falou isso aos Doze que havia designado e treinado? Quando o
Apstolo Paulo disse: Mas, se no podem conter-se, casem-se. Porque
melhor casar do que abrasarse (1 Corntios 7:9), ele sugeriu que o
casamento fosse para as pessoas que de natureza so fracas e no tm
carter moral, ou Ele estava-se referindo queles que estavam de
misso e que deviam esperar at completarem a misso para se casarem?
Quando Joo advertiu que no era para ningum acrescentar nem diminuir
daquilo que havia escrito, ele estava proibindo que os outros
mexessem com as palavras de sua epstola, ou estava anunciando a
cessao de todos os escritos sagrados? (vide Apocalipse 22:18-19). O
contexto imediato d as respostas a todas estas perguntas que acabo
de fazer, mas se ainda estamos confusos, precisamos recorrer ao
contexto mais amplo de tudo que j foi revelado a respeito daquilo
que est em questo. Como homem jovem fui capelo no militar. Sempre
que nosso grupo recebia ordens de ir ao combate, alguns soldados
descobriam que se opunham, por motivos de conscincia, a armar-se.
Suas reivindicaes eram sempre tratadas com respeito e, entre outras
coisas, eram mandados ao capelo para buscar seu auxlio em defender
sua causa, se que realmente tinham causa. Em tais casos eu
perguntava se eles j tinham feito algo que pudesse comprovar sua
nova crena. Nenhum deles conseguiu comprov-lo. A segunda pergunta
que eu fazia era se havia algum motivo religioso para sua resoluo
de no portar armas. A nica resposta de que me lembro que se dava
era que Deus mandou a Moiss, dizendo: No matars ( xodo 20:13). Sem
entrar em detalhes das palestras que tive com estes jovens,
observei que sem exeo se surpreendiam ao aprender que a palavra
traduzida na Bblia como matar vem do vocbulo hebraico que significa
assassinar. Ficavam ainda mais admirados em saber que a pena do
assassinato nos tempos de Moiss era a morte. Ficavam igualmente
surpresos em saber que o prprio Moiss era um grande general que
repetidas vezes liderou os exrcitos de Israel batalha contra seus
inimigos aos quais matavam em quantidades espantosas. A idia aqui
que h um contexto mais amplo para o sexto mandamentoum contexto
inteiramente diferente do que os jovens com quem eu lidava haviam
entendido. Equilibrar os Princpios Corretos O quinto princpio diz
respeito ao equilbrio que se deve haver entre os princpios do
evangelho. Os princpios corretos s vezes entram em choque um com o
outrouma dificuldade que tem sua origem no jardim do den. Deus
colocou, de propsito, Ado e Eva numa situao em que tinham que
escolher entre mandamentos contraditrios. Haviam sido ordenados a
multiplicar e encher a terra, algo que no podiam fazer sem comer do
fruto da rvore de conhecimento do bem e do mal, o que lhes havia
sido proibido. Esta circunstncia exigia que fizessem uma escolha e
arcassem com as conseqncias. Com sabedoria e retido escolheram
guardar o mandamento maior, ou seja, gerar filhos, que,
naturalmente, requereu que comessem do fruto da rvore de
conhecimento do bem e do mal. Referimo-nos a este evento como a
transgresso de Ado, e no o pecado de Ado. A trangresso consiste em
violar uma lei. O pecado, por outro lado, a desobendincia
proposital. A conseqncia desta lei transgredida, conhecida como a
Queda, criou a necessidade de Cristo e da expiao. O que eu gostaria
de salientar-lhes no contexto desta palestra que os princpio
corretos entram em choque um com ou outro muito mais do que
imaginamos. Ns, como Ado e Eva, muitas vezes enfrentam
mandamentos
17contraditrios. Assim como eles, ns tambm devemos decidir qual
o maior e qual o menor e, como nossos primeiro pais, teremos que
sofrer as conseqncias de nossa escolha. Considerem estas ilustraes:
Por um lado queremos ser honestos, por outro lado no queremos
ofender ou ser insensatos. As duas so virtudes, mas a virtude
exagerada pode tornar-se vcio. Ensina-se que devemos perdoar e ser
misericordiosos, no entanto, como sabe todo bispo bom, a
misericrdia no pode negar a justia. Se assim fosse o caso,
anular-se-iam a responsabilidade pessoal e a doutrina de
arrependimento, e, inevitavelmente o plano de salvao. H a letra da
lei e o esprito da lei e h um tempo certo para cada um se destacar.
preciso manter um equilbrio entre os princpios do evangelho. Por
bela que seja, a doutrina da graa no pode ser mando e intimidar
todos os outros princpios do evangelho. No podemos encantar-nos com
um s princpio de tal forma que obscurea os outros. O mundo est
repleto de exemplos de como este tipo de motim evanglico entra no
navio da f e um princpio se apodera, escravizando, ou jogando na
gua, os outros princpios. Deve-se lembrar de que nenhum princpio
pode manter-se correto se for usado incorretamente. Qualquer
princpio isolado do corpo dos princpios se torna corrupto no seu
isolamento. O que acontece com freqncia que um membro convidado
para dar aula sobre tal princpio. A tendncia a de isolar aquele
princpio de princpios relacionados e s focalizar o estudo naquele
princpio isolado. Faz-se um trabalho to bom de ensinar a importncia
daquele princpio que por fim o princpio fica to inflacionado que no
cabe mais com os outros, despejando-os, assim criando uma moradia
para um s residente. A receita de princpios do evangelho no permite
a excluso de um ingrediente a favor de uma dose dupla de outro.
Quando se entendem corretamente todos os princpios, pode-se manter
o equilbrio apropriado entre eles. A vida cheia de opes de escolha,
mesmo as melhores escolhas tm suas conseqncias. De fato, as
melhores escolhas geralmente exigem um preo alto. No viemos a esta
terra para ver quantas dificuldades poderamos evitar ou por quanto
tempo poderamos ficar descansando na sombra. Ao invs disso estamos
aqui para ver se optaremos por ficar na luz e trabalhar com af na
causa da verdade. Usar comentrios e Bom Senso O sexto princpio de
estudo das escrituras buscar ajuda de fontes que possam exceder
nosso conhecimento referente a um assunto especial. H muitos
recursos para o nosso estudo j imbutidos nas edies das escrituras
da Igreja. Os cabealhos dos captulos nos proporcionam um resumo
conciso do contedo do captulo e muitas vezes contm explicaes e
comentrio. As notas de rodap tambm ajudam, mas precisamos levar em
conta que no fazem parte, propriamente dito, das escrituras. Na
edio da Igreja da Bblia em ingls, a guia de assuntos, o dicionrio
bblico e os extratos da traduo de Joseph Smith da Bblia, bem como
os mapas, so muito teis. Comentrios seculares podem ajudar a
entender matria histrica e geogrfica. Quando se trata de doutrina a
ajuda que estes comentrios fornecem limitada. Quanto aos comentrios
de Santos dos ltimos Dias, nenhum autor tem toda a razo em todos os
assuntos, mas isso no quer dizer que no sejam de valor para o
estudo de assuntos especficos. Diz-se muito que o melhor comentrio
sobre as escrituras so as prprias escrituras. Certamente o caso,
mas no uma simples questo de utilizar um versculo para interpretar
outro; entender que o Velho Testamento um comentrio maravilhoso
sobre o Novo Testamento e que o Novo Testamento de valor igual para
desvendar o significado do Velho Testamento. Ademais, no suficiente
o Santo dos ltimos Dias encarar o Livro de Mrmon simplesmente como
outro testamento de Jesus Cristo; devemos tambm reconhecer que a
chave com que abrimos o significado verdadeiro tanto do Velho como
do Novo Testamento. a vara de Jos de que falou Ezequiel que se
tornaria um com a vara de Jud a fim de reunir Israel dispersado
(vide Ezequiel 37:19). Por isso, Jos do Egito disse: Portanto o
fruto de teus lombos escrever; e o fruto dos lombos de Jud
escrever; e aquilo que for escrito pelo fruto de teus lombos e
tambm o que for escrito pelo fruto dos lombos de Jud sero unidos,
confundindo falsas doutrinas e apaziguando contendas e
estabelecendo paz entre o fruto de teus lombos; e levando-os nos
ltimos dias a conhecerem seus pais e tambm meus convnios, diz o
Senhor (2 Nfi 3:12; Traduo de Joseph Smith de Gnesis 50:31).
18O significado disso que a mensagem dos dois livros a mesma.
Compreendida corretamente, eles ensinam os mesmos princpios,
testificam do mesmo Deus, levando-nos mesma destinao. O Livro de
Mrmon restaura ao nosso conhecimento muitas coisas simples e
preciosas que foram ou perdidas ou tiradas dos manuscritos bblicos
antes deles serem impressos em forma de livro. Nenhum livro de
escritura ameaa outro livro de escritura. Embora defiram nos
pormenores, os evangelhos se apoiam um ao outro. Os livros padro de
Igreja no so concorrentes e sim, companheiros. J ouvi muitas
crticas speras sobre os comentrios. Lembrem-se de que uma grande
parte das escrituras se consiste em comentrio a respeito de outras
escrituras. Tudo que se escreve ou se diz acerca do evangelho
comentrio das escrituras; at a declarao que no se deve usar
comentrios no deixa de ser um comentrio. Vale a pena salientar que
h poucas coisas mais importantes do que o bom senso para
entendermos as escrituras. No h nenhuma passagem de escritura que
no possa ser distorcida e h poucas escrituras que j no foram usadas
para fins maliciosos. Muitas causas ms e polticas perversas foram
justificadas com citaes das escrituras. Nos tempos de Cristo, os
que O rejeitaram utilizaram argumentos baseados nas escrituras.
queles que procuravam tirar-lhe a vida, Cristo disse:
Examinai as Escrituras, porque vs cuidais ter nelas a vida
eterna, e so elas [as escrituras] que de mim testificam. E no
quereis vir a mim para terdes vida. Eu no recebo glria dos homens;
Mas tambm vos conheo, que no tendes em vs o amor de Deus. Eu vim em
nome de meu Pai, e no me aceitais; se outro vier em seu prprio
nome, a esse aceitareis. Como podeis vs crer, recebendo honra uns
dos outros, e no buscando a honra que vem s de Deus? No cuideis que
eu vos hei de acusar para com o Pai. H um que vos acusa, Moiss, em
que vs esperais. Porque, se vs crsseis em Moiss, crereis em mim;
porque de mim escreveu ele. Mas, se no credes nos seus escritos,
como crereis nas minhas palavras? (Joo 5:39-47)
s vezes nota-se que h malcia no que se refere s escrituras.
Alguns costumam dizer que o figurativo literal e o literal
figurativo. Ao faz-lo declaram seu amor s escrituras ao passo que
viram do avesso o significado delas. No livro de Moiss lemos que
Ado foi criado do p da terra (vide Moiss 3:7). Alguns argumentam
que o primeiro homem foi feito de argila. Porm, o mesmo texto diz
que os irmos e eu nascemos nesta terra pela gua, sangue e esprito,
que Deus fizera e assim vos transformando de p em alma vivente
(Moiss 6:59). O mesmo autor que emprega p para descrever o
nascimento de Ado tambm o utiliza para descrever nosso nascimento.
Neste mesmo contexto, lemos que Eva foi criada da costela de Ado
(vide Moiss 3:21-22). O texto no explica o que se subentende--que
isto simblico, que metfora para nos ensinar que o lugar da mulher
ao lado de seu marido. As escrituras no nos dizem isto; devemos
deduzi-lo. Neste caso nosso conhecimento vem da doutrina do bom
senso. A mulher no feita literalmente da costela do homem. H certas
coisas que devemos aprender por ns mesmos.
19Quando se estuda a lgebra, aprende-se que se pode usar o que
se sabe para descobrir o que se desconhece. Pode-se fazer assim
tambm no estudo do evangelho. Se, por exemplo, sabemos que certo
povo possua o sacerdcio de Melquizedeque, sabemos tambm que tinham
o dom do Esprito Santo porque o sacerdcio de Melquizedeque que
concede este dom. Alguns alunos j me perguntaram se h evidncia de
que se praticava o casamento eterno nos tempos do Velho Testamento.
Os irmos no acham lgico que se recebemos a autoridade de fazer o
casamento eterno de Abrao, ou de algum de sua dispensao, que se
possua tal autrodidade na poca deles? Da mesma forma, pode-se
raciocinar que se o batismo uma ordenana do sacerdcio aarnico, ento
um povo antigo que possua o sacerdcio aarnico tambm teria possudo a
ordenana do batismo. O fato de sabermos que Deus eterno e que os
princpios de salvao que provm dele so absolutos nos abre ao
entendimento o significado das escrituras. Contradiz, por exemplo,
a idia de que havia um plano de salvao para o povo do Velho
Testamento e outro para o povo do Novo Testamento e ainda mais
outro para o povo da atualidade. Claramente refuta a idia de que no
havia uma Igreja de Cristo antes do era do Novo Testamento.
Aplicai-as a Vs Mesmos (1 Nfi 19:24) O stimo e ltimo princpio de
que falarei para incrementarem seu estudo das escrituras o de
aplicar as escrituras a si mesmos (vide 1 Nfi 19:23-24). Em vrias
revelaes de Doutrina e Convnios o Senhor diz: O que vos digo, digo
a todos (D&C 93:49). Por exemplo, Doutrina e Convnios 25
registra uma revelao para Emma Smith em que o Senhor a chama uma
mulher eleita (versculo 3). A ela dada a designao especfica de
compilar um hin rio para o uso da Igreja no seu incio e depois ela
recebe alguns conselhos. Ao concluir a revelao, o Senhor diz: E em
verdade, em verdade vos digo que esta minha voz para todos (D&C
25:16). Portanto, todo membro da Igreja tem direito igual a esta
revelao. tanto nossa como a de Emma. Entendermos este princpio
requer um pouco do bom senso de que j falamos. O Senhor no quis que
cada membro da Igreja compilasse um hinrio, mas em vez disso
devemos aplicar as admoestaes de evitar a tentao de murmurar, de
buscar o Esprito Santo para facilitar nosso aprendizado e de deixar
de lado as coisas do mundo e buscar as coisas de um mundo melhor,
como o Senhor instruiu a Emma. Se assim fizermos, teremos a mesma
promessa que Emma tinha, a de recebermos uma coroa de retido com
todas as bnos pertencentes. De modo igual, o Senhor deu uma revelao
a Joseph Smith Snior. uma revelao a respeito de servio que se
encontra na seo 4 de Doutrina e Convnios. Os missionrios a citam
muito ao reunirem-se, mas a revelao realmente pertence a todos ns.
nossa porquanto os princpios se aplicam a ns da mesmssima maneira
que se aplivavam a Joseph Smith Snior. Assim costuramos o tecido
das escrituras, adaptando-o a nossas prprias medidas e
circunstncias, tomando para ns os princpios eternos que se aplicam
a ns e deixando para a pessoa mencionada em certas revelaes as
promessas unicamente destinadas a ela. Concluso Completamos o cclo.
Vamos unir agora os sete princpios. Iniciamos com o preceito de que
as escrituras, ou seja revelao, s so revelaes quando so
acompanhadas do esprito de revelao. Joseph Smith e Oliver Cowdrey
nos ilustram este princpio de forma notvel. Depois que Joo Batista
havia restaurado o sacerdcio aarnico a eles e depois que se
batizaram um ao outro e o Esprito Santo havia cado sobre eles,
Joseph Smith disse: Estando agora com nossa mente iluminada, as
escrituras comearam a abrir-se ao nosso entendimento e o
significado e inteno verdadeiros das passagens mais misteriosas se
revelaram a ns de uma maneira que antes no havamos atingido nem
pensado (Histria de Joseph Smith 1:74). Acrescentamos o segundo
princpio, a idia de que os princpios do evangelho so imutveis. Toda
escritura vem da mesma fonte, tem o mesmo propsito e ensina a mesma
doutrina. O evangelho de Jesus Cristo no evoluiu e
20no est evoluindo. imutvel, absoluto e eterno. A doutrina na
qual Ado e Eva achou a salvao exatamente a mesma pela qual cada um
de seus filhos em todas as geraes se salvaro. Esta doutrina sempre
estar focalizada no mesmo Salvador, na mesma Expiao, na obedincia s
mesmas leis e ordenanas e requerer o mesmo sacerdcio. H somente um
Salvador e um s evangelho. Quando o Cristo j ressurrecto visitou o
povo do Novo Mundo, Ele fez o que fez no Velho Mundo. Foi ao
templo, chamou e ordenou doze homens como testemunhas especiais de
seu nome e ensinou o mesmo evangelho que ensinara queles de sua
prpria nao. O evangelho e seus convnios e promessas permanecem
sempre os mesmos. No havia um evangelho para os pioneiros e outro
para ns, nem um para os apstolos e profetas e outro para o restante
da Igreja. Temos um s evangelho do mesmo modo que s h um Salvador.
Cada um de ns faz os mesmos convnios e cada um recebe a mesma
promessa de bnos. Neste contexto, as promessas das revelaes so
nossas; foram-nos dadas; podemos colocar nossos prprios nomes
nelas. O terceiro princpio o de procurar aprender tanto pelo estudo
como pela f. Deve ser bvio que a nica forma de aprender o princpio
da f por meio de exerc-la. A noo de que devemos buscar conhecimento
tanto pela f como pelo estudo significa que a f no requer que
deixemos nossa mente porta quando entramos na aula da Escola
Dominical ou em qualquer outra ocasio em que procuramos aprender o
evangelho. Quer dizer, porm, que seria um evangelho fraco se no nos
proporcionasse revelao que fosse alm dos limites de nosso
entendimento e do conhecimento comum. A mesma revelao nos diz que
Deus, e no a natureza, o autor de todas as leis. Esta revelao
declara que todas as leis, luz e vida vm de Deus e que Ele est
acima de tudo. Deus o criador de tudo isso e no um simples
observador. O quarto princpio observa que tudo tem seu contexto
apropriado. Todos os princpios do evangelho tm um contexto imediato
e um contexto geral, este ltimo sendo o contexto da plenitude do
evangelho. Nenhum princpio do evangelho existe na solido. Isolar
qualquer princpio do conjunto de princpios que constituem o
evangelho corromper o princpio. O evangelho no consiste somente na
graa, somente no amor, somente na f, nem somente em qualquer
princpio. Os princpios evanglicos se sustentam um ao outro. O
quinto princpio consiste no devido equilbrio que deve haver entre
os princpios do evangelho. A ignorncia no pode nutrir a f e a
inteligncia dos homens no pode substitu-la. A Bblia permanece sendo
um livro selado para aqueles que a estudam unicamente com sua
prpria mente. O significado e propsito da Bblia desaparecem para
aqueles que reduzem sua mensagem a algumas frases que sempre citam
para justificar seu entendimento superficial e sua crena naquilo
que no pertence ao corpus da f. O sexto princpio nos incentiva a
buscar sabedoria e ajuda de todas as fontes que nos conduzem a um
entendimento maior. Nenhuma fonte pode exceder a voz de um profeta
vivente, sim, a voz unida de todos os profetas do passado nos diz
que devemos escutar o profeta atual. Observamos no stimo princpio
que buscamos o mesmo destino que buscavam os fiis do passado,
portanto os ensinamentos de que escreveram so de grande valor para
ns. Para que isso nos ajude, devemos orientar o mapa que nos
deixaram conforme os princpios corretos e l-lo pela luz do mesmo
esprito conhecido por eles. Sempre que algum interpreta um trecho
das escrituras, podemos medir o nvel de bom senso e integridade
espiritual que ele possui. O que fazemos com as escrituras,
inclusive negligenci-las, proporciona ao Senhor uma forma de
avaliar nossa alma. Que todos ns possamos apresentar-Lhe uma boa
avaliao minha orao.
167 Heber J. Grant Building
Provo, Utah 84602
21
Descobertas do Projeto de Estudo Dos Escritos de Joseph Smith:
Os Manuscritos Inciais Robert J. WoodfordO Irmo Robert J. Woodford
instrutor aposentado do Sistema Educacional da Igreja e redator da
srie Escritos de Joseph Smith O projeto de estudo dos escritos de
Joseph Smith uma obra de muitos volumes que disponibilizar ao
pblico mais de quatro mil documentos relativos a Joseph Smith,
inclusive livros, dirios, correspondncias, discursos, revelaes,
histrias e documentos legais. Trata-se de uma obra de propores
monumentais que se tornou possvel pela colaborao generosa da
Biblioteca de Histria da Igreja, vrias universidades, bibliotecas,
sociedades histricas e certas organizaes religiosas que possuem os
documentos. A obra quando completa far com que pessoas interessadas
possam estudar os documentos originais sem terem que viajar aos
diferentes lugares onde os documentos esto guardados, assim
preservando os documentos do desgaste natural que ocorre quando os
pesquisadores os tateiam. Os primeiros dois volumes da Srie de
Documentos do Projeto Escritos de Joseph Smith contm mais de cem
revelaes, a maioria das quais se encontram em Doutrina e Convnios.
Dois colegas e eu redigimos estes volumes que contm as revelaes
recebidas at o fim de 1833. Outros redatores esto revisando o
material recebido depois de 1833. O acesso mais amplo a estes
documentos nos expandiu a viso concernente a escrita, redao e edio
destas revelaes. Um do propsitos deste ensaio o de apresentar um
panorama de algumas das descobertas consideradas importantes e
interessantes das quais uma exposio mais pormenorizada s ser
desponvel aps a publicao dos volumes. Outro propsito mostrar-lhes
as tcnicas que desenvolvemos que realaram muito nossa capacidade de
comparar e datar documentos mltiplos relacionados a uma s revelao.
Para que todos os leitores tenham um background em comum, apresento
os seguintes fatos bem-documentados sem referncias nem anlise
adicionais: Joseph Smith raramente escrevia as revelaes dadas a
ele; em vez disso ditava-as a escrives. No vero de 1830 Joseph
Smith e John Whitmer comearam a organizar e copiar as revelaes j
recebidas e da se fizeram cpias dos documentos originais. J de
incio os manuscritos das revelaes eram copiados por membros da
Igreja e missionrios, assim multiplicando o nmero de cpias em forma
manuscrita. Poucos manuscritos das revelaes podem ser positivamente
identificadas. Joseph Smith alterou certas revelaes para corrigir
alguns erros e conform-las com os conhecimentos posteriormente
revelados e com as mudanas de organizao devido ao crescimento da
Igreja. Em novembro de 1831, Joseph Smith e outros lderes da Igreja
decidiram imprimir as revelaes em Missouri. Esta compilao levaria o
ttulo "Um Livro de Mandamentos para a Governana da Igreja de
Cristo," conhecido popularmente como "O Livro de Mandamentos."
Joseph Smith revisava e corrigia as revelaes, quando necessrio, a
fim de prepar-las para ser publicadas. A publicao do Livro de
Mandamentos findou no dia 20 de julho de 1833 quando antagonistas
destruiram a prensa e espalharam as folhas do livro. Cpias
incompletas do Livro de Mandamentos foram encadernadas por alguns
indivduos para seu prprio uso. Em 24 de setembro de 1834, o sumo
conselho de Kirtland, Estado de Ohio,
22Ordenou que Joseph Smith e outros reunissem pela segunda vez
as revelaes para public-las. Fez-se um trabalho macio de redao
naquela ocasio. Em 17 de agosto de 1835 o livro de Doutrina e
Convnios foi apresentado numa conferncia da Igreja e aceito como
sendo a palavra de Deus para o seu povo. A verso de Doutrina e
Convnios de 1835 continha sete "Lies sobre a F" e 103 revelaes.
Edies posteriores (principalmente as de 1844, 1876 e 1981)
aumentaram de nmero de revelaes. As "Lies sobre a F" foram omitidas
na edio de 1921. MTODO DE PESQUISA REFERENTE S REVELAES Ao preparar
as revelaes para o Projeto Escritos de Joseph Smith, o manuscrito
completo mais antigo de cada revelao foi utilizado como o texto
principal com todas as outras verses citadas nas notas apropriadas
conforme as fontes. s vezes foi difcil determinar qual era a verso
mais antiga. Nestes casos analizamos os fatos histricos conhecidos,
os escrives e o prprio texto para fazer uma determinao. Mesmo
assim, havia meia dzia de revelaes para as quais tivemos que fazer
a melhor suposio possvel quanto antiguidade dos manuscritos. No que
diz respeito s variaes no texto das revelaes, foi de muita
preocupao, especialmente se as diferenas se tratavam de questes
doutrinrias. As variaes so uma realidade, porm uma discusso
adequada delas no cabe dentro do alcance deste trabalho. Os volumes
que logo sero publidados tratam das variaes expressivas. importante
observar aqui que as alteraes s tm valor histrico pois a edio atual
de Doutrina e Convnios o nico texto autorizado destas revelaes.
COMPILAO DE UM TEXTO PADRO Mais de um estudante do Livro de Mrmon j
escreveu sobre as variaes de texto que existem entre vrias cpias da
primeria edio do Livro de Mmon, a de 1830. Royal Skousen nos ajuda
a responder a esta pergunta de como ocorreram estas variaes pela
seguinte explicao. O tipgrafo da primeira edio do Livro de Mmon de
1830 fazia a composio tipogfica de uma seo de dezesseis pginas por
vez (cada seo de quatro flios [dezesseis pginas ao todo] se chamava
"assinatura"). Ento ele imprimia cinco mil cpias daquela
assinatura, a colocava o tipo de mais uma assinatura e imprimia-a e
assim por diante. Ao imprimir as cpias de uma assinatura o
impressor examinava a primeira assinatura para ver se havia erros
tipogrficos. Depois de verificar a prova tipogrfica, mandava parar
a prensa para corrigir os erros tipogrficos e logo continuava a
imprimir as folhas daquela assinatura. Porm, no se descartavam as
folhas j impressas, mesmo com erros, e elas foram utilizadas na
encadernao do Livro de Mrmon. Em alguns casos o tipgrafo de 1830
interrompeu o processo mais de uma vez (num caso, mandou parar a
prensa cinco vezes) ao continuar a encontrar erros nas folhas que
saam da prensa. Por outro lado, no caso de algumas assinaturas, a
impresso nunca parou e aquelas assinaturas eram iguais em todas as
cpias do livro. Ao examinar cerca de cem cpias da edio de 1830,
Skousen no encontrou duas cpias encadernadas iguais devido a todas
essas alteraes feitas pelo impressor.1 Pode-se elaborar agora um
trabalho semelhante a respeito das variaes que se encontram nas
muitas cpias do Livro de Mandamentos. J sabamos que existiam pelo
menos trs pginas de rosto diferentes nas cpias ainda existentes do
livro mas agora sabemos que tambm h variaes de texto s na pgina de
rosto. Embora as variaes sejam mnimas, importante estabelecer uma
verso padro pela qual se comparam os outros textos. Os redatores
dos Escritos de Joseph Smith escolheram a cpia do Livro de
Mandamentos arquivada na Biblioteca de Histria da Igreja a qual foi
doada por Wilford Woodruff. COMPARAO DE TEXTOS Desenvolvemos um
mtodo interessante de comparar os vrios textos de uma s revelao que
passamos a chamar "lineups [tirado da expresso inglsa usada pelos
policias para descrever uma fileira de vrios suspeitos que se faz
para que a vtima indentifique o culpado]." Colocvamos primeiro no
incio de uma pgina uma linha de
23texto da verso mais antiga e debaixo dela colocvamos, por
ordem cronolgica, as linhas correspondentes de todos os outros
documentos, repetindo o processo para cada linha at o fim da
revelao. O exemplo 1 da ltima parte da seo 4 de Doutrina e Convnios
e contm um manuscrito e trs verses publicadas: o Livro de
Mandamentos e as verses das edies de 1835 e de 1844 de Doutrina e
Convnios. As principais variaes ocorreram entre o Livro de
Mandamentos e a edio de 1835 de Doutrina e Convnios. Joseph Smith
liderou o grupo que redigiu a edio de 1835 e as alteraes foram
feitas sob a direo dele. Ento os membros da Igreja apoiaram a edio
de 1835 como a palavra do Senhor para eles.
Exemplo 1 Manuscrito 1133 layeth up his store that he perish not
but bringeth salvation to his own soul & faith [faz sua reserva
de modo que no parece mas traz salvao a sua alma & f] Livro de
Mandamentos layeth up in store that he perish not, but bringeth
salvation to his soul, and faith, [faz sua reserva de modo que no
parece, mas traz salvao a sua alma, e f,] D&C 1835 layeth up in
store that he perish not, but bringeth salvation to his soul, and
faith, [faz sua reserva de modo que no perece, mas traz salvao a
sua alma, e f] D&C 1844 layeth up in store that he perish not,
but bringeth salvation to his soul, and faith, [faz sua reserva de
modo que no parece, mas traz salvao a sua alma, e f] Manuscrito
1133 hope charity & love with an eye single to the glory of God
constitutes him for the work [esperana caridade & amor com os
olhos fitos na glria de Deus constitui-o para o trabalho] Livro de
Mandamentos hope, charity, and love, with an eye single to the
glory of God, qualifies him for the work. [esperana, caridade e
amor, com os olhos fitos na glria de Deus, qualificam-no para o
trabalho.] D&C 1835 hope, charity, and love, with an eye single
to the glory of God, qualifies him for the work. [esperana,
caridade e amor, com os olhos fitos na glria de Deus, qualificam-no
para o trabalho.]
24D&C 1844 hope, charity, and love, with an eye single to
the glory of God, qualifies him for the work. [esperana, caridade e
amor, com os olhos fitos na glria de Deus, qualificam-no para o
trabalho.] Manuscrito 1133 remember temperance patience
[lembrai-vos da temperana da pacincia] Livro de Mandamentos
Remember temperance, patience, [Lembrai-vos da temperana, da
pacincia] D&C 1835 Remember faith, virtue, knowledge,
temperance, patience, brotherly kindness, [Lembrai-vos da f, da
virtude, do conhecimento, da temperana, da pacincia, da bondade
fraternal,] D&C 1844 Remember faith, virtue, knowledge,
temperance, patience, brotherly kindness, [Lembrai-vos da f, da
virtude, do conhecimento, da temperana, da pacincia, da bondade
fraternal,] Manuscrito 1133 humility diligence & C. Ask &
ye shall receive knock & it shall be [da humildade da diligncia
& da C. Pedi & recebereis batei e ser-vos- Livro de
Mandamentos humility, diligence, &c., ask and ye shall receive,
knock and it shall be [da humildade, da diligncia &c., pedi e
recebereis, batei e ser-vos-] D&C 1835 godliness, charity,
humility, diligence. Ask and ye shall receive, knock and it shall
be [da piedade, da caridade, da humildade, da diligncia. Pedi e
recebereis, batei e ser-vos-] D&C 1844 godliness, charity,
humility, diligence. Ask and ye shall receive, knock and it shall
be [da piedade, da caridade, da humildade, da diligncia. Pedi e
recebereis, batei e ser-vos-]
Manuscrito 1133
25opened unto you amen [aberto amm] Livro de Mandamentos opened
to you: Amen. [aberto: Amm] D&C 1835 opened unto you. Amen.
[aberto. Amm.] D&C 1844 opened unto you: Amen. [aaberto: Amm]
Exemplo 2. No seguinte exemplo bem mais complexo de uma linha da
seo 42 de Doutrina e Convnios, seis cpias de manuscritos so
comparadas com cinco edies publicadas: PT (Painesville Telegraph
[jornal], setembro de 1831), EMS (Evening and Morning Star[outro
jornal], julho de 1832), BC (Livro de Mandamentos de julho de
1833), e as edies de 1835 e de 1844 de Doutrina e Convnios. Os
documentos se apresentam em ordem cronolgica, comeando pelo mais
antigo. (As abreviaturas usadas para identificar os manuscritos so
para uso interno e no sero elaboradas aqui. Nos volumes publicados
constaro todos os detalhes.) O texto da edio atual de Doutrina e
Convnios apareceu pela primeira vez no manuscrito BkA, com data de
outono de 1831. Os manuscritos ZC e JW obviamente foram copiados
uma da outra ou tinham uma fonte em comum que pode refletir um
texto anterior e menos refinado. O manuscrito denominado BCR serviu
de fonte para as verses impressas. EMS e BC mostam uma redao
posterior que conforma com as verses impressas. Porm interessante
notar que embora o texto BCR fosse identificado como sendo o mais
antigo, usamos RWD como o texto principal porque inclui uns trechos
que no se encontram nos outros manuscritos. Exemplo 2 BCR hath
[has] authority & it is known to the Church that he hath [has]
authority & has [tenha autoridade & que a Igreja saiba que
tem autoridade & foi] RWD hath authority & it is known to
the church that he hath authority & have [tenha autoridade
& que a Igreja saiba que tem autoridade & foi] PT hath
authority, and it is known to the church that he hath authority,
and have [tenha autoridade, e que a Igreja saiba que tem autoridade
e foi]
26BkB hath authority & it be known to the Church that he
hath authority & has [tenha autoridade & que a Igreja saiba
que tem autoridade & foi] BkA has authority & it is known
to the Church that he has authority & has [tenha autoridade
& que a Igreja saiba que tem autoridade & foi]
ZC has authority & has [tenha autoridade & tenha sido]
EMS has authority, and it is known to the church that he has
authority, and has [tenha autoridade, que a Igreja saiba que tem
autoridade e foi] BC has authority, and it is known to the church
that he has authority, and has [tenha autoridade, e que a igreja
saiba que tem autoridade e foi] JW has authority, and has [tenha
autoridade e tenha sido] D&C 1835 has authority, and it is
known to the church that he has authority, and has [tenha
autoridade, e que a igreja saiba que tem autoridade e foi] D&C
1844 hath authority, and it is known to the church that he has
authority, and has [tenha autoridade, e que a igreja saiba que tem
autoridade e foi] DATAS DAS REVELAES Agora podemos fixar a data das
revelaes com mais exatido do que antes era possvel. A maioria das
revelaes de Doutrina e Convnios levam a data certa mas h algumas
cujas datas esto erradas (nada de srio na maioria
27do casos), porm se trata de algo importante e interessante. Na
seguinte relao destas revelaes, a data que aparece entre parnteses
a que se encontra na atual edio do livro de Doutrina e Convnios:
Seo 10 (vero de 1828) Embora as duas datas dadas a esta revelao
sejam de dia primeiro de maio de 1829 e depois o vero de 1828,
sentimo-nos confiantes que se esta no for uma revelao composta de
mais de uma revelao combinadas depois, a data correta de abril de
1829, logo aps a chegada de Oliver Cowdery em 5 de abril. Mesmo
sendo composta, a data de abril de 1829 seria a mais provvel,
levando em conta os fatos histricos. Seo 20 (abril de 1830) Embora
as partes essenciais fossem escritas num perodo de um ano, mais ou
menos, agora sabemos que a verso contida na edio atual de Doutrina
e Convnios foi escrita no dia 10 de abril de 1830. Seo 23 (abril de
1830) Na verdade esta seo composta de cinco revelaes impressas no
Livro de Mandamentos. Naquele livro constava a data de 6 de abril
de 1830. Embora esta data especfica no aparecesse em edies
subsequentes da seo 23, importante notar que agora sabemos que 6 de
abril no pode ser a data em que a revelao foi recebida e a que
aparece no Livro de Mandamentos est errada. Este fato invalida o
argumento proposto por alguns de que o local da organizao da Igreja
foi Manchester e no Fayette, Estado de Nova York. Seo 27 (agosto de
1830 e o restante em setembro do mesmo ano) Esta seo trata da fuso
de pelo menos duas revelaes separadas e as datas dela variam de
julho a setembro de 1830. Podemos dizer com certeza que a primeira
parte foi recebida em princpios de agosto de 1830. J no existe uma
verso completa, nem manuscrita nem impressa, com data anterior
verso da edio de 1835, contudo as evidncias indicam que setembro de
1830 a data da segunda parte. Seo 35 (dezembro de 1830) Agora
possumos evidncia suficiente que esta revelao foi recebida no dia 7
de dezembro de 1830. Seo 36 (dezembro de 1830) Sabemos agora que
esta revelao foi recebida no dia 9 de 1830. Seo 40 (janeiro de
1831) A primeira revelao a James Covill (D&C 39) foi recebida
em 5 de janeiro de 1830 e agora sabemos que foi recebida no dia
seguinte, 6 de janeiro. Tambm existe evidncia que James Covill era
pastor metodista e no batista. Seo 42 (9 de fevereiro de 1831) Os
estudiosos do livro de Doutrina e Convnios sempre sabiam que a seo
42 de Doutrina e Convnios composta de duas revelaes, uma que se
recebeu em 9 de fevereiro de 1831 e a outra em 23 de fevereiro mas
o que no de conhecimento geral que h uma parte desta seo que nunca
foi publicada e outra parte que foi apagada da verso que se
encontrava no Livro de Mandamentos. Seo 48 (maro de 1831) Podemos
agora fixar a data desta seo em 10 de maro de 1831.
28Seo 49 (maro de 1831) Embora a edio atual de Doutrina e
Convnios mostre a data de maro de 1831, podemos provar que a
revelao realmente foi recebida no dia 7 de maio de 1831. Seo 50
(maio de 1831) A data exata desta revelao de 9 de maio de 1831. Seo
51 (maio de 1831) Podemos mostrar que esta revelao foi recida em 20
de maio de 1831. Seo 52 (7 de junho de 1831) Agora aceitamos a date
de 6 de junho de 1831 como data desta revelao e no dia 7 conforme a
atual edio de Doutrina e Convnios. Seo 53 (junho de 1831)
Constatamos que a data desta seo dia 8 de junho de 1831. Seo 54
(junho de 1831) Constatamos que foi recebida no dia 10 de junho de
1831. Seo 55 (junho de 1831) Aceita-se agora a data de 14 de junho
de 1831. Seo 56 (junho de 1831) A data exata desta revelao no dia
15 de junho de 1831. Seo 63 (fins de agosto de 1831) Seo 65
(outubro de 1831) Verificamos que a data certa dia 30 de outubro de
1831. Seo 66 (25 de outubro de 1831) Sabemos agora que a data certa
dia 29 de outubro de 1831. Sees 1, 67-70; parte da seo 107 e seo
133 Estas revelaes foram recebidas durante uma conferncia extensiva
em princpios de novembro de 1831. Atravs de pesquisas apuradas
podemos agora provar que as revelaes foram recebidas na seguinte
ordem: --Seo 68 (novembro de 1831) = dia primeiro de novembro --Seo
1 (primeiro de novembro de 1831) primeiro de novembro --Depoimento
das Testemunhas do Livro de Mandamentos = primeiro de novembro H
evidncia que a revelao foi dada em 30 de agosto de 1831.
29--Seo 67 (novembro de 1831) = dia 2 de novembro --Seo 133 (3
de novembro de 1831) = 3 de novembro --Seo 69 (novembro de 1831) =
11 de novembro --Seo 107:59-100 passim (25 maro de 1835) = 11 de
novembro --Seo 70 (12 de novembro de 1831) = 12 de novembro O
Depoimento das Testemunhas do Livro de Mandamentos no foi includo
no livro, o qual no foi completado porm uma verso modificada foi
includa na edio de 1835 de Doutrina e Convnios como o Testemunho
dos Doze Apstolos.2 Os dois testemunhos foram includos na Introduo
Explanatria da edio de 1921 do livro de Doutrina e Convnios e nas
edies posteriores. O Depoimento das Testemunhas do Livro de
Mandamentos foi tirada a partir da edio de 1981. Seo 74 (janeiro de
1832) Trata-se de uma verdadeira surpresa para aqueles que pensavam
que fosse uma revelao recebida com relao ao trabalho de correo da
Bblia por Joseph Smith. Na verdade a revelao foi recebida em fins
de 1830, e no em janeiro de 1832 como consta em todas as edies de
Doutrina e Convnios. Provavelmente surgiu devido a discusses sobre
o batismo de infantes.
Seo 78 (maro de 1832) Agora reconhecemos a data de primeiro de
maro de 1832. Seo 79 (maro de 1832) Constatamos que foi recebida em
12 de maro de 1832. Seo 80 (maro de 1832) A data correta do dia 17
de maro de 1832. Seo 81 (maro de 1832) Dia 15 de maro de 1832. Seo
84 (22 e 23 de setembro de 1832) Doutrina e Convnios, seo 84 sempre
levou esta data mas agora sabemos que os versculos at 102 foram
recebidos no dia 22 e de 103 em diante no dia 23. Seo 94 (6 de maio
de 1833) A data em que foi recebida agora ficou acertado: dia 2 de
agosto de 1833. Seo 95 (primeiro de junho de 1833) Agora aceitamos
dia 3 de junho de 1833 como a data correta. Seo 99 (agosto de
1832)
30A data correta do dia 29 de agosto de 1832. Seo 101 (6 de
dezembro de 1833) A revelao foi escrita em 16 e 17 de dezembro de
1833. As revelaes depois da seo 101 foram recebidas aps 1833 e
portanto no fazem parte do trabalho que elaboramos referente s
revelaes recebidas de 1828 at o fim de 1833. A COINCIDNCIA DAS AS
REVELAES COM EVENTOS HISTRICOS O que segue s uma amostra do
entendimento que adquirimos ao conectar a mensagem de cada revelao
aos eventos daquela poca. Seo 20. Pergunta: Como pode uma revelao
escrita durante o mesmo ms em que a Igreja foi organizada ter
informaes concernentes aos lderes presidentes, bispos viajantes,
sumo conselheiros, sumo sacerdotes, presidentes, sumo conselho e
bispos (versculos 66-67) visto que estes ofcios no foram revelados
at anos depois? Resposta: Nas edies de 1876 at 1920 havia um
asterisco que precedia o versculo 65 referente a uma nota de rodap
que dizia: "Os versculos 65, 66 e 67 foram acrescidos algum tempo
depois dos outros." No h nenhum manuscrito da seo 20 que inclua
estes versculos e a primeira verso de Doutrina e Convnios em que
aparecem a de 1835.
Seo 45. Pergunta: Qual a relao entre a seo 45 de Doutrina e
Convnios e o captulo 24 de Mateus que agora aparece na Prola de
Grande Valor? At uma leitura superficial revela que a seo 45 se
relata profecia do Monte das Oliveiras em Mateus 24 Resposta: A seo
45 foi recebida no dia 7 de maro de 1831 e no tinha vnculo com o
trabalho de traduo da Bblia que Joseph Smith fazia mas foi dada
como defesa contra "falsos relatos e histrias tolas" (vide a
introduo de D&C 45). Naquela poca Joseph Smith estava
traduzindo o texto do Velho Testamento e no do Novo Testamento.
Muitos dos conversos Igreja de Ohio dos anos 1830 a 1831 haviam
previamente seguido Alexander Campbell o qual rejeitava os credos
das Igrejas crists e procurava restaurar a antiga ordem das coisas.
Conhecidos como "Discpulos," acreditavam que a reformao lanado por
Campbell daria incio ao Milnio. Segundo Amos S. Hayden, um dos
pregadores e historiadores do movimento: "Encarava-se a restaurao
do antigo evangelho como o movimento inicial que, conforme
pensavam, se espalharia to rapidamente que as igrejas existentes
seriam desorganizadas quase de imediato para que o povo verdadeiro,
um remanescente de Cristo entre as seitas, de acordo com esta
crena, abraasse de imediato estas opinies de Campbell que era
"evidentes" pelas escrituras e formasse a unio dos cristos pela
qual se tinha orado tanto e que estabeleceria o Milnio.3 Os
Discpulos que se tornaram Santos dos ltimos Dias se fortaleceram na
sua esperana do Milnio porque agora acreditavam que Deus havia
intervindo e restaurado por meio de Joseph Smith a verdadeira
"ordem antiga." Muitas das revelaes iniciais recebidas por Joseph
Smith, inclusive esta, tratavam de assuntos escatolgicos
[referentes ao destino humano e consumao do sculos]. A escatologia
dos Santos dos ltimos Dias com sua viso da destruio iminente dos
inquos e o triunfo milenar dos justos oferecia uma segurana
poderosa em face da oposio que enfrentavam. Os jornais locais e
daqueles dias de vez em quando publicavam "relatos falsos, mentiras
e histrias tolas" e os membros da Igreja "tinham que lutar contra
tudo que o preconceito e a inqidade pudessem inventar," mas Joseph
Smith relatou que esta revelao foi recebida "para a felicidade dos
santos," com enfoque temtico no fim dos tempos.4
31O que torna esta revelao significativa o fato dela representar
outro relato da mensagem do Salvador a seus discpulos no Monte das
Oliveiras (Mateus 24) em que se resolve a velha controvrsia entre
os cristos quanto cronologia destes eventos. Uma opinio era que os
eventos previstos j haviam se cumprido durante a gerao do Novo
Testamento; outra interpretao colocava todos os eventos no fim da
histria do mundo. Esta revelao deixa claro que alguns
acontecimentos passaram logo aps a morte do Salvador e outros
aconteceriam um pouco antes do Milmio. A clareza e especifidade da
revelaao tambm serviam para confirmar o sentimento que os conversos
tinham de que realmente viviam nos ltimos dias. Contudo, nos
versculos 60 e 61 de seo 45 revela-se o seguinte: "E agora, eis que
vos digo que nada mais vos ser dado a saber concernente a este
captulo, at que o Novo Testamento seja traduzido; e nele todas
estas coisas sero dadas a conhecer; Portanto agora vos permito
traduzilo, para que estejais preparados para as coisas que ho de
vir." No dia seguinte, dia 8 de maro, Joseph Smith e Sidney Rigdon
deram incio ao trabalho do Novo Testamento e dentro de poucos dias
chegaram ao captulo 24 de Mateus. Obviamente sentiam urgncia de
comunicar esta parte da Traduo de Joseph Smith aos Santos logo que
fosse possvel de maneira que uma folha grande foi publicada e
distrubuda. Os missionrios da poca levavam cpias Inglaterra onde
Franklin D. Richards publicou a primeira edio da Prola de Grande
Valor em 1851. A folha foi includa e continua naquele livro at
hoje. Sees 48 e 68. Pergunta: Como podem estas duas revelaes de
1831 conter trechos referentes Presidncia da Igreja quando a
Presidncia do Sumo Sacerdcio s foi formada um ano depois em maro de
1832 e a Primeira Presidncia da Igreja em maro de 1833? Resposta:
Antes de 1835, a seo 48 dizia: "E ento comeareis a reunir-vos com
vossa famlia, cada homem de acordo com sua famlia, de acordo com
suas condies e conforme lhe for designado pelo bispo e pelos lderes
da igreja, segundo as leis e mandamentos que recebestes e que
recebereis daqui em diante; assim seja: Amm" (versculo 6).5 De modo
semelhante a seo 68 dizia: "Portanto ser um sumo sacerdote digno e
ser designado pela conferncia de sumo sacerdotes" (versculo 15).6
Os versculos 16 a 21 tambm mencionam a presidncia mas somente a
partir da edio de maro de 1835. Na verso anterior os versculos 22 e
23 diziam: "E tambm nenhum bispo ou juiz que for designado para
este ministrio ser julgado ou condenado por qualquer crime, a menos
que seja diante da conferncia de sumos sacerdotes; e se for
considerado culpado diante da conferncia de sumos sacerdotes e por
testemumho que no possa ser refutado, ele ser ou condenado ou
perdoado de acordo com as leis da igreja."7 As alteraes, tais como
a colocao de "Primeira Presidncia" no lugar de "conferncia de sumos
sacerdotes," refletem uma organizao em pleno crescimento e expanso
em nmeros e em muitos territrios. Seo 64, versculo 27. O versculo
27 diz: "Eis que minhas leis dizem, ou seja, probem contrair dvidas
com vossos inimigos." Pergunta: Onde que se encontram estes
conselhos nas revelaes? Resposta: Previamente faziam parte da seo
42 mas foram trirados. Dizia: "At que ponto devemos fazer comrcio
com o mundo e como devemos conduzir nossos negcios com eles? No
contrairs dvidas com eles e os lderes e bispos se reuniro em
conselho e faro o que for necessrio conforme guiados pelo
Esprito."8 Seo 77. Pergunta: Por que a seo 77 s apresenta a
interpretao dos primeiros onze captulos do livro de Apocalipse?
Resposta: No dia 16 de fevereiro de 1832, enquanto trabalhava com a
Traduo de Joseph Smith da Bblia, o Profeta e Sidney Rigdon
receberam "A Viso" (vide D&C 76). Esta revelao foi dada quando
revisavam o captulo 5 de So Joo devido ao fato da mensagem do
versculo vinte e nove t-los "maravilhado." Desde o comeo do
32projeto haviam escrito por extenso cada versculo. Por algum
motivo desconhecido alteraram este processo trabalhoso no prximo
captulo e daquele ponto em diante o manuscrito da Traduo de Joseph
Smith s contm textos novos, emendados ou imbutidos. Esta mudana de
metodologia possibilitou que acelerassem a reviso da Bblia e nas
prximas cinco semanas conseguiram completar a reviso do Novo
Testamento. No