1 GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ SECRETARIA DO ESTADO DE EDUCAÇÃO A.O.S. DIOCESE DE ABAETETUBA EEEFM SÃO FRANCISCO XAVIER COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA ANO/SÉRIE: 1º ANO PROFESSORES RESPONSAVEIS: LUANA, JOSE CARLOS e LUZIVAN CRONOGRAMA DE AULA PRIMEIRO E SEGUNDO PERIODO Primeiro período: Assunto oriente e ocidente. Início da aula do dia 08\ 02\2021 a 26\02\2021 Segundo período: Assunto Globalização. Início da aula dia 01\03 a 19\03 ESTUDAR AULA 01. ORIENTE E OCIDENTE ESTUDAR AULA 02. GLOBALIZAÇAO AULA 01 : ORIENTE E OCIDENTE A divisão do mundo em Ocidente e Oriente. Onde começa e onde termina o Oriente? Que cretérios foram utilizados nessa divisão? Qual é o papel do Meridiano de Greenwich, ao dividir o planeta em Leste e Oeste? Para além do que já foi estudado sobre as linhas imaginárias e suas determinações, em
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GEOGRAFIAcsfx.org.br/disciplinas/pdf/geografia_1_1.pdf · 1 SECRETARIA DO ESTADO DE EDUCAÇÃO O conteúdo trabalhado no primeiro bimestre de 2020 antes da pandemia do Corona vírus
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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ
SECRETARIA DO ESTADO DE EDUCAÇÃO
A.O.S. DIOCESE DE ABAETETUBA
EEEFM SÃO FRANCISCO XAVIER
COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA ANO/SÉRIE: 1º ANO
PROFESSORES RESPONSAVEIS: LUANA, JOSE CARLOS e LUZIVAN
CRONOGRAMA DE AULA PRIMEIRO E SEGUNDO PERIODO
Primeiro período: Assunto oriente e ocidente. Início da aula do dia 08\ 02\2021 a 26\02\2021
Segundo período: Assunto Globalização. Início da aula dia 01\03 a 19\03
ESTUDAR AULA 01. ORIENTE E OCIDENTE
ESTUDAR AULA 02. GLOBALIZAÇAO
AULA 01 : ORIENTE E OCIDENTE
A divisão do mundo em Ocidente e Oriente. Onde começa e onde termina o Oriente? Que cretérios
foram utilizados nessa divisão? Qual é o papel do Meridiano de Greenwich, ao dividir o planeta em
Leste e Oeste? Para além do que já foi estudado sobre as linhas imaginárias e suas determinações, em
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especial o Meridiano de Greenwich – tido como marco referência nas zonas horárias – podemos
compreendêlo enquanto elemento de poder em sua demarcação. O mundo em que vivemos é
configurado a partir de diversas regionalizações. Tais divisões possuem o objetivo de facilitar a
compreensão das informações requeridas e de partes especificas do espaço geográfico, impedindo que
haja generalizações dos dados. Dentre as muitas divisões que o mundo é sujeitado, as principais são:
divisão em hemisférios (norte/sul e oriental/ocidental), em continentes (América, Europa, África, Ásia
e Oceania), como mostra o mapa abaixo.
DIVISAO DO MUNDO SOBRE O PONTO DE VISTA HISTORICO
O processo de regionalização conta com o ponto de vista histórico. Sob essa abordagem, o mundo é
divido em três: Velho Mundo, Novo Mundo e Novíssimo Mundo.
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O Velho Mundo é uma expressão usada para designar a visão de mundo eurocentrica que os europeus
detinham por volta do século. Naquela época, os europeus conheciam somente os continentes da
Europa, África e Ásia. Novo Mundo é uma terminologia criada pelos europeus para designar o
continente americano. A expressão foi bastante utilizada no período do descobrimento do continente
Americano, que até então, era desconhecido pelos europeus, vindo a ser algo novo em relação aos
continentes já conhecidos. O Novíssimo Mundo compreende o continente da Oceania, constituída pela
Austrália, Nova Guiné, Nova Zelândia, entre outras ilhas. Essa denominação se deu em razão do
continente ter sido o último a ser descoberto. É importante ressaltar que as regionalizações citadas
acima estão pautadas em uma visão eurocentrista (que enfatiza a idéia de que a Europa está ao centro
do mundo). Sob essa ótica, o continente europeu passa a condição de “Velho Mundo”. Entretanto, essa
concepção é equivocada, pois, existem países no oriente como China, Japão, países do Oriente Médio
e Índia que possuem culturas milenares e são detentores de conhecimentos e descobertas irrefutáveis a
humanidade. A abordagem eurocentrista marginaliza outras culturas existentes fora do Velho Mundo.
No Novo Mundo por exemplo (América), as civilizações como os Incas, Maias, Astecas além dos
povos Indígenas do Brasil têm seus elementos culturais pormenorizados. Na visão dos europeus não
existe história antes de sua chegada. A fim de entender essa divisão cultural, onde começa o Oriente e
onde termina o Ocidente, é preciso analisar onde está o mundo islâmico. De oeste a leste, estende-se
desde o Senegal, no oeste da África, até às Filipinas, nos limites do Oceano Pacífico. De norte a sul,
vai desde o Cazaquistão, na Ásia Central, até a área entre a Tanzânia, na África, e a Indonésia, no
Oceano Índico. Porém, nem todos os países dentro dessa enorme área são muçulmanos, mas de culturas
e religiões diferentes das do Ocidente, que é judaico-cristão. Por exemplo, Austrália e Nova Zelândia,
que estão no sudeste da Ásia, são países de colonização européia e sua cultura está expressivamente
vinculada ao Ocidente. No entanto, além dos aspectos culturais existem as questões econômicas. Para
compreender essa fronteira sob o viés econômico é necessário recaptular o movimento colonialista a
partir do século XV. As fontes das imagens e materiais de pesquisas utilizados para elaboração desta
atividade semanal, estão disponibilizados no documento Referências Bibliográficas (8S) 7 cultura, sua
forma de organização territorial e seu modo de produzir, determinando novas territorialidades em
diversos continentes. A partir dos séculos XIX e XX, mesmo com a independência de diversos países,
a dominação cultural e econômico-financeira continuou com a presença de um novo protagonista, os
Estados Unidos, que passaram a desempenhar um papel hegemônico a partir da Segunda Guerra
Mundial. Quando se analisa o contraponto Oriente e Ocidente sob um patamar histórico amplo, logo
se revelam duas configurações geo-históricas distintas. Estas são interdependentes e complementares,
mas reafirmam-se diferentes. São configurações geo-históricas que se constituem, modificam e
reiteram no curso do mercantilismo, colonialismo, imperialismo e globalismo. As exigências e
imposições do mercantilismo, colonialismo e imperialismo, vistos como processos sociais de ampla
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envergadura e fundas implicações, emanam, desde o começo, a partir da Europa Ocidental, onde se
enraiza o capitalismo, visto não só como modo de produção, mas também como processo civilizatório.
Posteriormente, nos séculos XIX e XX, as exigências e imposições passam a emanar também dos
Estados Unidos, como outra manifestação do ocidentalismo. A disputa pela hegemonia em relação à
influência no continente asiático, os Estados Unidos enfrentam a concorrência de duas fortes nações
neste início do século XXI: a Rússia e a China. Assim como os Estados Unidos, esses dois países são
membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, que tem como finalidade manter a paz e a
segurança no mundo. Os outros membros permanentes desse Conselho são a França e o Reino Unido.
Essa designação confere a esses países o poder de vetar resoluções tomadas pela Organização. A Rússia
está mais atuante no cenário político-militar internacional e vem trabalhando para reduzir a influência
do Ocidente nos territórios próximos ao seu, como nos países da Ásia Central, nos europeus próximos
à sua fronteira e em parte dos países do Oriente Médio, sobretudo Irã e Síria - este último em posição
estratégica por abrigar uma base militar russa, em Tartus, em pleno mar Mediterráneo, além de ser
importante comprador de armamentos da indústria militar da Rússia. Em relação à ascensão da China,
especialistas em relações internacionais entendem que o país compete com os Estados Unidos não
apenas no aspecto econômico, mas também na esfera geopolítica mundial. As relações entre China e
Estados Unidos cada vez mais desempenham um papel importante na geopolítica global. A forte
expansão da economia chinesa exige que o país busque fornecedores de matérias primas e parceiros
comerciais ao redor de todo o mundo, ampliando seus mercados e suas possibilidades de investimento.
Em decorrência dessa situação, têm sido inevitáveis os choques . No próprio continente asiático, os
chineses já desempenham papel importante no desenvolvimento econômico de vários países.
Um conceito mutável
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A dicotomia (divisão) Ocidente-Oriente remonta à época do império Romano e, desde
os primórdios, já guardava aspectos tanto geográficos quanto culturais.
No período de queda do império, a divisão tomou caráter oficial com a instituição do
Império Romano do Ocidente, com capital em Roma, e o Império Romano do Oriente, com
sede em Constantinopla (atual Istambul):
Enquanto a parte ocidental se desintegrou já no século V, o império a Oriente se manteve
unificado até 1453, quando foi tomado pelos turcos islâmicos. A partir desse momento, o
conceito de Ocidente começa a aproximar da ideia de “cristandade”, em oposição ao islã que
vinha do oriente.
“O Ocidente sempre se definiu em oposição a algo, ora em relação aos povos islâmicos
do Oriente Médio, ora em relação aos povos asiáticos de maneira geral”, afirma o professor
José Henrique Bortoluci, do Departamento de Fundamentos Sociais e Jurídicos da FGV. “É
um conceito que necessariamente abarca uma exclusão do outro”.
Dos romanos aos dias atuais, o conceito de ocidente ganhou diversas interpretações e
durante a Guerra Fria adquiriu também contornos políticos e econômicos.
“No período da Guerra Fria, o conceito de Ocidente passa a ser associado a existência
de certas instituições, como democracia e capitalismo e, ainda que de maneira difusa, também
a valores judaico-cristãos.”
José Henrique Bortoluci, professor da FGV
Dessa maneira, explica Bortolucci, países como Austrália e Nova Zelândia seriam
indiscutivelmente parte do mundo ocidental, ainda que geograficamente estejam mais
próximos da Ásia.
E o Brasil?
Não há consenso sobre qual a classificação para o Brasil. Se não somos ocidentais, há
diversas classificações possíveis: latino-americanos ou mundo em desenvolvimento são
opções. Outras regiões neste ‘limbo’ classificatório são a África e a Rússia.
“A classificação da América Latina e do Brasil é particularmente problemática”, segundo
o professor. Se por um lado a colonização europeia deixou marcas na língua e no modelo de
organização dos países latino-americanos, o subdesenvolvimento socioeconômico e as
ditaduras que marcaram a história da região excluiriam esses países do clube ocidental.
“Alguns estudiosos se referiam a América Latina como ‘extremo ocidente’ para
demarcar a diferença em relação aos países capitalistas avançados”
Termo cunhado pelo diplomata e politólogo francês Alain Rouquié
Em outras palavras, na parte ‘desenvolvida’ do mundo, o Ocidente é sinônimo de
desenvolvimento, democracia e cultura de base europeia — uma definição vaga que não deixa
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de ter certa carga de preconceito. Para Oliver Stuenkel, autor do livro O Mundo Pós-Ocidental,
o debate acerca da filiação do Brasil ao Ocidente gera poucos resultados concretos para as
políticas externas.
“O conceito de Ocidente é ambíguo e, na prática, traz mais problemas que soluções”,
afirma. Mesmo entre os formuladores da política externa brasileira parece não existir
consenso. “O Itamaraty evita o uso do termo ‘Ocidente’ na sua linguagem diplomática oficial
porque mesmo entre diplomatas não há entendimento comum”, afirma o estudioso. Stuenkel,
no entanto, vê vantagens nessa ambiguidade do Brasil em relação ao ocidente. “Em um mundo
multipolar, ter legitimidade para dialogar com vários atores é estratégico. O Brasil é um dos
poucos países que consegue dialogar com as potências ocidentais ao mesmo tempo que tem
legitimidade para liderar os países não ocidentais”.
A representação de mundo tal como conhecemos é uma visão europeia que divide o espaço
mundial em ‘este lado’ e o espaço ‘do outro lado’ da linha. Essa divisão em Ocidente e Oriente
resume as explicações sobre o mundo colonial. Os povos orientais, segundo a visão dos
europeus, não possuíam normas, conhecimentos e técnicas que eram utilizadas no ‘velho
mundo’, isto é, a Europa. Criou-se assim um princípio ‘universal’ que dizia que as populações
das colônias viviam sob condições sub-humanas, pois eram desprovidas da capacidade de
pensar, desprovidas de saberes (SANTOS, 2007,p. 4-5).
Assim, o Ocidente não é somente aquele que conhecemos dividido pelo meridiano de Greenwich.
O ocidente traz características do contexto político de elaboração do mapa, as características sociais,
culturais, econômicas e religiosas. Um exemplo encontra-se expresso no mapa projetado (que pode
ser impresso e pendurado no quadro para que os alunos visualizem). Esse mapa é baseado no livro
“Choque de civilizações” (1996), onde a América Latina é considerada uma parte do Ocidente ou
uma civilização distinta intimamente relacionada ao Ocidente e descendente dele
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Os países representados em azul escuro (incluindo a maior parte dos Estados-membros da
União Europeia) foram predominantemente influenciados pela civilização greco-romana e
pelo cristianismo, além de moldados por intensa imigração e colonização europeia.
EXERCITANDO OCIDENTE E ORIENTE:
1. Com base no que estudamos, pontue aspectos que enunciem uma conotação “eurocentrista” em seu