1 Gabriel Calzavara III AQUAPESCABRASIL A PESCA OCEANICA DE ATUNS E AFINS NO BRASIL Novembro / 2012
1
Gabriel Calzavara
III AQUAPESCABRASIL
A PESCA OCEANICA DE ATUNS E AFINS NO BRASIL
Novembro / 2012
2
FROTA ESTRANGEIRA ARRENDADA POR EMPRESAS BRASILEIRAS EM OPERAÇÃO NO
BRASIL (Fonte: DCP – Diretoria de Portos e Costa Set/12)
N° ATIVIDADES N° DE NAVIOS
PRINCIPAIS EMPRESAS ARRENDATÁRIAS
PETROBRAS OGX VALE RIO DOCE OUTROS
1 Transporte de Carga 12 5 7
2 Apoio Marítimo 122 119 2 1
3 Turismo Náutico 2 2
4 Transporte de Passageiro 1 1
5 Dragagem 38 6 10 22
6 Engenharia Submarina 7 7
7 Levantamento Hidrográfico 6 6
8 Pesquisa Científica 2 2
9 Pesquisa Sísmica 12 12
10 Plataforma / Navio Sonda 89 74 5 10
11 Pesca de Atuns 7 7
12 Outras atividades 2 2
QUANTIDADES 300 198 13 10 79
Principais recursos de atuns e afins no Oceano Atlântico - 2010
3
Espécie MSY – Limite Máximo Sustentável (Tons)
Capturas Totais (Tons)
Capturas do Brasil (Tons)
% do Brasil / MSY
Albacora Branca 56.964 38.549 271 0,5%
Albacora Bandolim 92.000 75.833 1.151 1,2%
Albacora Laje 144.600 107.546 3.617 2,5%TOTAIS 293.564 221.928 5.039 1,7%
Espadarte 28.730 24.720 2.926 10,2%TOTAIS 322.294 246.648 7.965 2,4%
Fonte: ICCAT
Busca por alternativas tecnológicas para a pesca de
atuns
4
• Queda de rentabilidade da pesca de atum com tecnologia de espinhel americano a partir de 2007
• Valorização do Real• Aumento do preço do combustível• Aumento no preço da isca• Aumento no preço dos fretes aéreos• Crise internacional
ASPECTOS DE PRODUÇÃO
BARCOS ARRENDADOSATLÂNTICO TUNA
5
Percentuais de captura em 2011
6
Barco Atuns Espadarte Agulhões Tubarões Outros
Koei Maru No. 58 75,2% 2,5% 1,5% 15,6% 5,3%
Shoei Maru No. 1 76,4% 3,9% 2,0% 12,1% 5,6%
Shoei Maru No. 7 71,6% 6,8% 6,8% 9,7% 5,1%
Taiwa Maru No. 78 80,7% 6,8% 0,9% 8,3% 3,3%
Ttaiwa Maru No. 88 77,0% 5,5% 2,1% 12,3% 3,1%
Kinei Maru No. 85 76,6% 5,0% 3,4% 10,4% 4,6%
Kinei Maru No. 108 72,0% 5,6% 1,9% 15,2% 5,3%
Chokyu Maru No. 11 73,6% 6,9% 1,8% 13,0% 4,7%
Kinsai Maru No. 38 79,6% 2,8% 3,6% 11,4% 2,5%
Koryo Maru No. 15 73,6% 1,7% 5,7% 14,3% 4,7%
Koryo Maru No. 51 70,5% 3,6% 4,1% 18,9% 2,9%
Médias 74,6% 4,5% 3,2% 13,4% 4,3%
Total em Kg, Lances e Produção diária de 2011
7
Barco Total em Kg Lances Kg por dia
Koei Maru No. 58 204.820 123 1.665
Shoei Maru No. 1 262.638 142 1.850
Shoei Maru No. 7 200.140 128 1.564
Taiwa Maru No. 78 161.050 116 1.388
Ttaiwa Maru No. 88 243.773 140 1.741
Kinei Maru No. 85 132.733 65 2.042
Kinei Maru No. 108 148.356 93 1.595
Chokyu Maru No. 11 160.792 99 1.624
Kinsai Maru No. 38 61.842 42 1.472
Koryo Maru No. 15 249.153 122 2.042
Koryo Maru No. 51 324.963 212 1.533
Totais 2.150.260 1.282 1.677
Percentuais de captura em 2012
8
Barco Atuns Espadarte Agulhões Tubarões Outros
Shoei Maru No. 7 70,8% 4,6% 0,4% 17,4% 6,8%
Ttaiwa Maru No. 88 76,5% 6,7% 2,0% 12,2% 2,7%
Kinei Maru No. 108 72,5% 8,9% 0,0% 14,6% 3,9%
Kinsai Maru No. 38 82,8% 5,3% 1,6% 4,6% 5,7%
Médias 76,4% 6,2% 1,0% 11,3% 5,1%
Barco Total em Kg Lances Kg por dia
Shoei Maru No. 7 367.776 147 2.502
Ttaiwa Maru No. 88 253.624 181 1.401
Kinei Maru No. 108 313.373 84 3.731
Kinsai Maru No. 38 511.074 242 2.112
Totais 1.445.847 654 2.211
Total em Kg, Lances e Produção diária de 2012
Comparativo entre 2011 e 2012
9
Aspecto 2011 2012 Variação
Barcos 11 4 - 63,64%Produção total (Kg) 2.150.260 1.445.847 - 32,76%Lances 1.282 654 - 48,99%Produção por lance (Kg) 1.677 2.211 + 31,84%Produção por barco (Kg) 195.478 361.462 + 84,91%
PERCENTUAL DE CAPTURAS
TECNOLOGIA JAP - 04/2011 - 09/2012 TECNOLOGIA ESP/AME - 2004 - 2010
TECNOLOGIA
JAP ESP/AME
ISCA
5 tipos
Garapau (Decapterus macarellus),
Chanos (Chanos chanos),
Sardinha (Sardinops sagax),
Lula (Illex argentinus)
Arenque (Clupea harengus)
1 tipo
Lula (Illex argentinus)
Profundidade de Atuação do Espinhel
(m)
180-350 50-150
Horário
Lançamento
Recolhimento
Manhã
Tarde
Tarde
Manhã
Número de tripulantes até 25 até 12
Número de anzóis (média) 2.928 1.244CPUE
Albacora laje 14.78 7.40
Albacora bandolim 8.37 10.51
Albacora branca 37.85 5.80
Espadarte 1.66 45.71
ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS
12
CONTRIBUIÇÕES DO PROJETO
• Geração de Divisas;• Aumento da produção Brasileira de atuns;• Manutenção e ampliação das cotas de captura junto à ICCAT;• Aumento da oferta de pescado no mercado interno;• Agregação de valor ao atum Brasileiro;• Realização de cursos de Treinamento de Pescadores;• Geração de emprego;• Ocupação racional e sustentável da ZEE Brasileira.• Fornecimento de subsídios para o conhecimento dos recursos
existentes na ZEE.
13
Contribuição para o aumento da produção Brasileira de atuns e
Manutenção e ampliação das cotas de captura junto à ICCAT;
14
Espécie Capturas Brasil Capturas ATuna %ATuna /
Captura Brasil
Albacora branca 1.269 663 52,2%
Albacora bandolim 1.799 347 19,3%
Albacora laje 3.499 587 16,8%
TOTAL 6.567 1.597 24,3%
Espadarte 3.033 97 3,2%
TOTAL 9.600 1.694 17,6%
2011
Agregação de valor ao atum Brasileiro:Comparativo de preço de venda
15
DESCRIÇÃO PAÍS2011
Kgs US$ / Kg US$
ALBACORA BRANCA CONGELADA ESPANHA 32.425 1,87 60.551
ALBACORA BRANCA CONGELADA JAPÃO 648.474 2,97 1.924.010
ALBACORA BRANCA CONGELADA TAILÂNDIA 100.000 2,60 260.000
DESCRIÇÃO PAÍS2011
Kgs US$ / Kg US$
ALBACORA LAJE CONGELADA ESPANHA 168.190 2,17 365.502
ALBACORA LAJE CONGELADA JAPÃO 583.973 7,31 4.271.603
Agregação de valor ao atum Brasileiro:Comparativo de preço de venda
16
DESCRIÇÃO PAÍS2011
Kgs US$ / Kg US$
ALBACORA BANDOLIM CONGELADA ESPANHA 68.965 2,89 199.387
ALBACORA BANDOLIM CONGELADA JAPÃO 347.509 8,48 2.947.808
DESCRIÇÃO PAÍS2011
Kgs US$ / Kg US$
ESPADARTE CONGELADO ESPANHA 1.040.256 3,46 3.595.234
ESPADARTE CONGELADO JAPÃO 95.895 6,75 647.494
Contribuição para o aumento da geração de emprego
17
Barco Empregos Diretos Salário Médio
Koei Maru No. 58 7 R$ 1.928,57 Shoei Maru No. 1 7 R$ 1.928,57 Shoei Maru No. 7 9 R$ 1.722,21 Taiwa Maru No. 78 6 R$ 1.750,00 Ttaiwa Maru No. 88 15 R$ 1.600,00 Kinei Maru No. 85 6 R$ 1.750,00 Kinei Maru No. 108 10 R$ 1.650,00 Chokyu Maru No. 11 7 R$ 1.714,29 Kinsai Maru No. 38 16 R$ 1.687,50 Koryo Maru No. 15 10 R$ 1.800,00 Koryo Maru No. 51 11 R$ 1.772,73 Administração 13 R$ 2.165,38Total 117
Realização de cursos de Treinamento de Pescadores
Primeira fase: Fev a Mar de 2011 – Instituição SENAI
18
MODALIDADE CURSO CARGA
HORÁRIA ALUNOS PERFIL TREINANDO
PERÍODO
Formação inicial e
continuada
Aperfeiçoamento de pescador em alto-mar 57 h – 8h/dia 57
Pescador profissional – sem limite de
idade
2 seman
as
EMPRESA INVESTIMENTO NATUREZA DO GASTO
Japan Tuna Corporation R$ 39.329,64 Salário dos especialistas, Material de estudo, viagens, intérprete
Atlântico Tuna R$ 23.615,25 Alimentação e hospedagem dos treinando, fardamento.
R$ 62.944,89
* Não inclusas as contrapartidas do Governo do Estado do RN e do SENAI.
Realização de cursos de Treinamento de Pescadores
Segunda fase: Out 2011 a Fev 2012– Instituição SENAI
19
MODALIDADE CURSO CARGA HORÁRIA ALUNOS PERFIL TREINANDO PERÍODO
Formação inicial e
continuada / Qualificação Profissional
Pescador de Alto-mar
270 horas regime de Internato. 40
Idade: 18 a 26Mínimo 5° ano do
Ensino Fund.8 semanas
* Não inclusas as contrapartidas do Governo do Estado do RN e do SENAI.
Realização de cursos de Treinamento de Pescadores
Segunda fase: Out 2011 a Fev 2012– Instituição SENAI
20
EMPRESA INVEST. NATUREZA DO GASTO
OFCF R$ 336.180,58
Salarios e Viagens dos Experts japoneses/Salario do Eng. Pesca Brasileiro e tradutor/Material de Treinamento/Aluguel de carro/Hospedagem e alimentação dos professores/experts/tradutores
Japan Tuna R$ 204.670,67 Simuladores, material de pesca, frete aéreo, viagens, consultoria
Atlântico Tuna R$ 61.206,80 Viagens, fardamento, alimentação e transporte dos treinandos
Armadores R$ 77.835,00 Taxas e Impostos dos Simuladores/material de Pesca
TOTAL R$ 679.893,05
* Não inclusas as contrapartidas do Governo do Estado do RN e do SENAI.
Sugestões para viabilizar a competitividade da atividade de pesca oceânica• Estímulos à importação de barcos usados;• Adequação do arrendamento “a casco nu “ à pesca;• Tripulação qualificada para a atividade;
• Utilização de tripulação estrangeira;• Plano de formação de tripulantes brasileiros;
• Desoneração tributária dos insumos estratégicos;
22
Sugestões para viabilizar a competitividade da atividade de pesca oceânica
• Atualização das normatizações das relações de trabalho, cabotagem e praticagem para a pesca oceânica (Lei da Pesca);
• Adequação das normas sanitárias (HACCP) para barcos-fábrica;• Estímulos ao investimento em infraestrutura industrial para
manuseio e processamento de peixes supercongelados a -60°C;• Estímulos ao investimento em infraestrutura de manutenção
de barcos de pesca.
23
Conclusões
• Ocorrência de atuns e afins dentro da ZEE como fator de competitividade;
• Eficácia e seletividade da tecnologia de espinhel de profundidade;
• Processamento e congelamento à bordo (-60°C) assegurando a qualidade do produto e melhor planejamento da distribuição do pescado;
• Acesso competitivo aos principais mercados mundiais de sushi/sashimi;
• Oportunidade de utilização da albacora branca pela Indústria de Conserva Nacional (substituição de importação).
• Viabilidade de aquisição deste modelo de barcos para formação de uma frota oceânica nacional;
24
Conclusões
• Necessidade de manutenção do programa de arrendamento em curto/médio prazo;
• Necessidade de manutenção da flexibilização do uso de tripulação estrangeira em curto/médio prazo.
25
26
Gabriel Calzavara
Obrigado.
Novembro / 2012