1 AULATECNOLOGIA DA CONSTRUO 1.MADEIRAMENTO DA ESTRUTURA DO
TELHADO Componentes da Estrutura do Telhado
Paraumaproteocontraintempries,emtodasasconstruessorealizadaslajesde
cobertura,acabadascomimpermeabilizantesoutelhados.Nomomentoestudaremosos
telhados, que so constitudos de madeiramentos e cobertura.
chamadademadeiramento,aestruturafeitacompeasdemadeira,queirorecebera
carga transmitida s paredes ou estrutura da edificao.As cargas que
atua na estrutura so de dois tipos:
a)Cargapermanenteaquelaqueatuasemprenaestrutura:opesodaprpria
estrutura e a cobertura que se apia nela;
b)CargaAcidentalestetiponoatuadeformapermanentenaestrutura,isto,
apenasemalgumasocasies;porexemplo,aodoventosobreo telhado,opesodeum
homem andando sobre o telhado, etc. A forma do telhado bastante
varivel, pois depende da planta da construo, bem como a inclinao do
telhado. Naturalmente a estrutura de um telhado pode ser executada
tambm
compeasmetlicas,aoinvsdastradicionaisdemadeira.Nessecaso,suadesignao
ser de estrutura
metlica.Paraumamelhorcompreensodaestruturademadeiradeumtelhado,subdividamosa
estrutura em 2 partes: ARMAAO E TRAMA. Vejamos:Armao a parte da
estrutura formada de peas de madeira, que so a parte resistente da
estrutura. Entre outros componentes, h as tesouras cantoneiras,
escoras, etc. Trama feita de teras, caibros e ripas, formando um
quadriculado, que apoiado sobre a armao, sobre a qual fica a
cobertura. A trama serve de apoio a ela, sobre a armao.
Astesourassoarmaesdepeasdemadeiras,comaformatriangular,apoiadassobre
as paredes ou vigas da estrutura do prdio. Ao se executar ou
projetar o madeiramento de
umtelhado,necessrioqueseutilizepeasdemadeiracommedidasjexistentesno
mercado. O tipo de madeira que ai deve utilizado o da peroba rosa,
sendo que outros tipos como cabreva, ip, eucalipto, canafstula,
etc., praticamente no o so.
Amadeiraparaaexecuodastesourasvemsobaformadevigas,cujasmedidas
encontradas no comercio so de 6 cm x 12 cm e 6 cm x 16 cm, sendo
vendidas por metro (Figura 1). 2
Muitobem,vamos,ento,conhecerosnomescomquesoconhecidososdiversos
componentes da tesoura:
Empenassoas2peasinclinadasdatesoura.atravsdelasqueseobtmas
inclinaes dos telhados.
TensorouTiranteavigahorizontal.Localizadanaparteinferiordatesoura,queune
ambas as empenas (Figura 2)
Penduralaquelapeacolocadanaposiovertical,quesustentaas2pontasdas
emendas na parte superior, apoiando-se no tensor e na parte
inferior Escoras so peas inclinadas, colocadas na tesoura, de tal
modo que a parte superior fica abaixo das empenas e a inferior
apoiada no pendural (Figura 3) Pontaletesso
pequenaspeasverticaiscolocadasentreasempenaseotensor,prximasentreo
encontro desses dois fios (Figura 4)
Atramaformadadeteras,quesovigasapoiadassobreasemendas,emsentido
perpendicular s tesouras. No ponto mais alto, onde as empenas se
encontram, localiza-se a tera que recebe o nome de cumeeira (Figura
5) 3
Frechalumavigaquenofazpartedatesouraenemdatrama,ficandosobreaparte
superior,aolongodaparededealvenaria,aondesoapoiadasastesouras.Oseuuso
necessriodistribuiodacargadotelhadosobreaalvenaria,principalmentequandose
fazascintasdeamarrao.Issoporque,comessascintasnorespaldodasalvenarias,ao
invsdefrechal,poderemoscolocarpedaosdeviga,colocadossobreosapoiosdas
tesouras(sochamadosdecoxim),paramelhordistribuiodacarga,desnecessriose
tornando a colocao da viga continua que justamente o frechal
(Figura 6) Caibros so peas de madeira, dispostas perpendicularmente
s teras.
Ripastambmsopeasdemadeira,maspregadasperpendicularmenteaoscaibros.
justamente sobre as ripas que as telhas so apoiadas.
Resumindo:aarmaoformadadetesouras,queporseuturnosoformadaspor
empenas, tensores ou tirantes, pendurais, escoras e pontaletes.A
trama composta de teras, caibros e ripas. As medidas mais
facilmente encontrveis no comrcio so: Teras vigas de peroba de 6 cm
x 12 cm e 6 cm x 16 cm. Caibros de peroba rosa, 5 cm x 6 cm e 5 cm
x 7 cm, vendidos por metros, Ripas de peroba rosa, 5 cm x 1 cm de
espessura. As ripas so vendidas por metro ou dzia. 2.FUNCIONAMENTO
ESTRUTURAL MONTAGEM DAS TESOURAS TRAMAS
Otelhado,sobopontodevistaestrutural,funcionacomooelementodaconstruoque
recebe e transmite a carga para as paredes ou para a estrutura da
edificao. 4 O peso da prpria cobertura, mais o das cargas
acidentais, transmitido s ripas, caibros e teras que formam a
trama, e das teras para as tesouras, que por sua vez descarregam-no
para as alvenarias ou vigas.
Vejatodasaspeasdemadeiraquecompemomadeiramentodotelhado(Figura7).O
desenho mostra uma tesoura de madeira apoiada na peas n 6, que a
chamada frechal.
Trata-sedeumavigadeperobarosa,apoiadasaolongodaparede,servindocomo
sustentculo s tesouras. As suas medidas podem ser de 6 cm x 12 cm
ou 6 cm x 16 cm. Aqui, a tesoura tem nas laterais esquerda e
direita 3 teras apoiadas, com medidas iguais, porm, em razo da
diferena de suas localizaes, elas recebem nomes diferentes:
Cumeeiraateramaisaltadotelhado,ligandotodasastesouraspelapartesuperior
(Figura 7a)
contra frechal a viga n 5 tambm uma tera, com a diferena que est
localizada abaixo das outras, ficando apoiada no tirante e no na
empena, por isso recebendo esse nome;
-terascomunsouteraspropriamenteditasasdemaisteras,localizadasentrea
cumeeira e o contra-frechal. Veja a localizao no desenho, sob
numero 4. No lado esquerdo da tesoura foi colocado um caibro (n2),
demonstrando que os caibros so
perpendicularessteras.Jnoladooposto,paraqueoconjuntosejamaisbem
compreendido, vemos o caibro co s ripas pregadas sobre ele (n1).
Pregadonaempenaeservindodeapoioasterastmumapeademadeiradeforma
triangular, chamada chapuz (n7). 5 O n8 no desenho apresenta a
localizao da empena, tambm chamada de asna ou perna da tesoura. O
n9 traz a localizao do tirante tambm conhecido como tensor e
rochate. O n10 apresenta o pendural ou pendural central. O n11, a
escora. O n12, o pontalete, tambm conhecido como montante ou
suspensrio. O n13, as ferragens ou estribos. O n14 representa as
ferragens que unem as empenas com o pendural, sendo chamadas de
sobrejunta.
Noladodireitododesenho,vemosaformaodobeiral,peloprolongamentodoscaibros.
Observe que estes avanam alm do alinhamento das redes, formando o
beiral.
Apean15,queficapregadanaspontasdetodososcaibros,chamadadetesteiraou
aba, formando o acabamento lateral do madeiramento. A sua localizao
abaixo da ultima fiada de telhas da cobertura.
Aindanessapartedafigura7a,constatamosocortelongitudinaldotelhado,sendofcil
observarasripas(1)pregadasperpendicularmenteaoscaibros(2).Estes,porsuavez,
unidos tambm em perpendicular as teras (3 4 e 5).
Quandoadistnciaentreastesourasforgrande,sernecessrioforasomadeiramento,
colocando-se penduras (10) e mos francesas (16) entre as tesouras,
de maneira que toda
aestruturademadeiramentosetornebemrgida.Senoreforarmos,acumeeiraque
apiaapartesuperiordastesouras,estaficarflexionada(combarriga)e,comisso,a
cobertura ficar ondulada, com um aspecto feio, permitindo inclusive
a penetrando de gua por entre as telhas.
Vejamosagoraaplantadeummadeiramento,comoscortestransversaiselongitudinais
(Figura 8). Na planta observamos as paredes da construo e a laje de
cobertura.
Aoredordaconstruo,haindicaodeumbeiral.Alinhapontilhadasuavolta
demonstra que a sua largura de 50 cm.
Omadeiramentodotelhadotemcomoarmao6tesouras.Emsuasextremidadesforam
feitas alvenarias de tijolos, para o fechamento do telhado. Tais
alvenarias sero o apoio para
asterasecumeeiras,queseprolongamdasultimastesouras.Observenaplanta,a
localizao dessas peas. Tambm h indicao da colocao dos caibros,
espaados a 50 cm, bem como a das ripas.
Atravsdocortetransversal,vislumbrandooformatodatesouracomopenduralcentral,
almdasescorasedospontaletes.Asterasseapiamnasempenaseexatamente
nestes pontos que os pontaletes e as escoras so colocados para
reforo da tesoura(Figura 9). 6 7
Nocortelongitudinal,isto,feitoaolongodotelhado,osreforosfeitoscomescorase
mos francesas, tm a finalidade de proporcionar mais rigidez
estrutura. O fechamento do telhado com alvenaria de tijolos nas
laterais recebe o nome de oito.
Astesourastmosseuscomponentescortadosdetalmaneiraqueseencaixam
perfeitamente entre si. A tais encaixes chamamos de sambladuras,
podendo ser reforados, s vezes, com ferragens. A cumeeira apoiada
na parte superior do pendural, que em sua parte inferior no fixado
notensor.Ento,usamosestribode metal,para queo tensor
fiquesuspensonopendural,
evitandoqueapareaqualquerflexo(barriga),ocasionadaporseuprpriopesoouda
carga dos pontaletes.
Assambladurasnasempenas,notensorounasescoras,devemserreforadascomtalas
de metal (chapas) e parafusos, isso quando a carga for muito
acentuada, ou seja, tesouras com um grande comprimento (vo
enormes).
VejamosasambladuradasempenascompenduralnaFigura10.Openduralnaparte
superior possui abertura para a colocao da cumeeira. NaFigura 11,
temos a sambladura das empenas no tensor com um dente simples e um
duplo, reforadas com um parafuso e uma porca com um dente simples.
Esse tipo de reforo muito usado em casos de grande carga na
tesoura.
Nassambladurasdasempenascomtensor,semparafusoscomoreforo,utilizamospara
tesouras com um carregamento normal. 8 Veja a composio das peas de
madeira formando o beiral (Figuras 12 e 13). Notamos que
ocaibroprolongadoatalarguradesejadadobeiral,almdeserreforadocomoutro
caibro,pregadonapontaefixadonaparedecomumsarrafopregadodecadaladoem
ambos os caibros. 9
Naspontasqueunemocaibroprolongadoaoreforo,prega-seumsarrafoaolongodo
telhado, prendendo todas as pontas a ele, que chamamos de tabeira.
Nas extremidades dos
caibrospregadaacalhafiquemelhorfixada,habitualpregar-seumsuportedeferroa
cada2m,nosquaisacalhaseapia.Observequeapontadacalhaterminaemcurvae
no reta, a fim de evitar que a gua da chuva escoe pela parte
inferior da calha (Figuras 14 e 14a). 10
Observeainda,quenotemosfrechalnasfiguras12e13,mastoapenascoximparao
apoio da tesoura. Isso ocorre em razo da existncia de cinta de
amarrao de concreto na alvenaria. Nas Figuras 15 e15a, podemos
constatar o beiral revestido por baixo com forro de madeira.
Quandoasconstruessofeitasnadivisadolote,evidentementeaguadachuvano
pode ser escoada para o terreno vizinho; seria uma invaso. Nesse
caso, deve ser coletada por uma calha e condutores.
Existeumamaneiracorretadotelhadoserconstrudo,quandoaedificaoestasituada
prxima divisa (Figura 16). O acabamento do telhado denominado de
platibanda em tais casos. Note que uma parede lateral erguida ao
longo do telhado, escondendo-o. na parte superior da parede,
coloca-se com argamassa de cal, areia e cimento, telha do tipo
canal, a fim de ser bloqueada a penetrao de gua nesta parede. 11
Emsualateral,colocadaacalhaquevaireceberaguadachuva,escoando-apelos
condutoresedespejando-anoterrenodaconstruo,evitando,portanto,quecaiano
vizinho.Nodesenhodafigura16,podemosconstatarapresenadeumforro,preso
tesoura...
Asplatibandasdevemsercuidadosamenteimpermeabilizadas,comafinalidadedeser
evitadaapenetraodeumidadeporcausadaguadachuva.Nessaultimailustrao,
vemos que foi colocada uma telha para proteo da poro superior da
platibanda, porm,
nalateral,ocuidadonomenosimportante.comumemmuitasobras,aoinvsdese
utilizarastelhasdeproteodaplatibanda,usarem-sechapasgalvanizadasdomesmo
material das calhas.
Aguacaiemcimadachapa,escorrendoparaacalha,semmolharaparede.Aspontas
dessa chapa so inclinadas em relao platibanda, para uma proteo mais
eficiente das paredes (Figura 17). Tal chapa conhecida como rufo.
Orufopresoatravsdepregossobreaalvenaria,ondeforamembutidos,previamente,
tocosdemadeira.Nascabeasdospregoscolocamosumapastaimpermeabilizante,para
quenohajaamenorpossibilidadedaguapenetrarnasfolgasentrepregosechapas
(Figura 18) 12 Voltando figura 16, percebemos o aparecimento de um
elemento novo, que o guarda-p.
umforrodemadeira,pregadoaoscaibros;numalarguravarivelentre30e50cm,
conforme a localizao da calha, servindo de apoio a ela.
Paredeplatibandaou,maissimplesmente,platibanda,levantadanoalinhamentoda
parede externa, acima do frechal, para esconder o telhado. A
platibanda acompanha a calha ao longo da construo na divisa do lote
devendo sempre estar sobre a proteo do rufo.
Otelhado,emquaisqueredificaes,almdesuaproteocontraasvariaes
metereolgicas,devecompletaraparteesttica,isto,integrar-seharmoniosamenteno
conjunto.Porisso,deve-seacompanharoestiloarquitetnicodaconstruo.Observando
as inclinaes do telhado e a cobertura, chegamos concluso de qual o
tipo de telha ser o mais apropriado colocao. Outro cuidado que no
pode ser esquecido, em relao largura dos beirais, pois sendo
muitolargos,absorvemailuminaodoscmodos,paredeeportasdaresidncia.Essa
largura ser escolhida, conforme a arquitetura da residncia.
Preferindo-seaeliminaodosbeirais,todasasparedesdaconstruodeveroser
platibandas.Essasoluodeesconderotelhadofarcomqueasparedesexternas
fiquem desprotegidas, pois ser por elas que a gua da chuva
escorrer, penetrando pelas portas e janelas e, por conseguinte,
deteriorando a madeira com que foram construdas.
Todootelhado,quandoprojetadodever,almdetodasessasconsideraes,
possibilitaremoescoamentorpidodaguadachuva.Eissoseconsegueemrelaoa
maior inclinao. 3.LINHAS DO TELHADO
necessrioconhec-las,paramelhorentenderoprocessodeescoamento.Soas
seguintes as principais linhas de um telhado.
Cumeeiraalinhamaisaltadotelhadoeparaleladireodasparedes,bemcomo
perpendicular em relao s outras.
Espigessolinhasinclinadasqueformamumngulode45comaprojeodas paredes,
saindo dos cantos externos (Figuras 19); e 13
RincoouguaFurtadatambmformam45comaprojeodasparedesesaemdos cantos
internos (Figura 20). Dado o desenho da figura 19, determinemos a
cumeeira e os espiges. Para tanto, a parte
dosquatrocantosdasparedes,traamosretasqueformem45comoslados.Unindoos
pontosdeencontrodosespiges,temosacumeeira,quealinhamaisaltadotelhado,
paralela a umas a umas paredes e perpendicular a outras. Vejamos
agora a Figura 20, para definir as linhas de outro tipo de telhado.
Paraadeterminaodaslinhasdostelhados,inicialmentevamosprocurardeterminaros
espiges. Para o que, traamos semi-retas, formando 45 pelos pontos
A, B, C, D e E, que so vrtices dos ngulos externos. Os pontos de
encontro dessas semi-retas, pontos 1, 2 e 3, determinaro o inicio
das linhas das cumeeiras, que sero paralelas s paredes laterais e
perpendiculares s transversais.
Notequeparaacharmosumdosespigesdapartemaislargadotelhado,portantomais
alta,determinaremosopontoGatravsdosimplesprolongamentodaretaFG.Naparte
maislargadotelhado,determinamosumacumeeira1-2bempequenanocomprimento.A
retaF-Hdenominadarincoouguafurtada.Atenteparaodetalhe:elaforma45no
ngulo interno, cujo vrtice est no ponto F. O rinco ou gua furtada
uma linha do telhado, que aparece quando 2 partes do telhado
comlargurasdiferentessejuntam.Nocasodafiguraanalisada,otelhadodelarguraB-C
est se juntando com a parte do telhado mais estreita, qual seja
E-D.
Paravisualizarmosmelhorasituaodequealarguradacumeeiradepartedotelhado
menordoqueaoutra,vamossuporqueapartedotelhadomaisestreitatenha4,00mde
14 largura e a mais larga, 8,00 m. E que a cobertura seja de telhas
francesas com inclinao de 40%. Ento, a tesoura da parte menos larga
do telhado ter a altura de: (Figura 21) Como a inclinao de 40%, a
altura da tesoura ser: 2,00 m x 0,40 = 0,80 = 80 cm Para a tesoura
da parte mais larga do telhado (Figura 22), teremos: 4,00 m x 0,40
= 1,60 m
Veja,portanto,atesouradapartedotelhadomaislargaquetemaalturade1,60meda
parte mais baixa com 0,80 m. Desse modo, a cumeeira da parte do
telhado mais larga, fica
maisaltaqueaoutra,poisascumeeirassovigasqueseapiamnapartemaisaltadas
tesouras.Paraumaperfeitavisualizao,vejamosavistadeumtelhadoqualquer,
sublinhado a localizao dessas linhas que ficamos conhecendo agora
(Figura 23). 4.GUA DO TELHADO Chama-se assim ao numero de plano que
compem o telhado. 15 Telhado de uma gua consiste em um s plano,
sendo um tipo de telhado mais simples, que se apia em paredes de
alturas diferentes (Figura 24). Telhado com 2 guas (Figuras 25 e
26). Telhado com 3 guas (Figura 27) Telhado com 4 guas (Figura 28)
Telhado com mais de 4 guas (Figuras 29 e 30) 16 17 O telhado pode
terminar sobre a parede em forma de gua ou em forma de oito (Figura
31) 18 Talhado terminado na parede em gua (Figura 32) Detalhe do
madeiramento para formando da gua indicada na Figura 33. 19 5.TIPOS
DE TESOURA
Astesourasexecutadasemcoberturasderesidnciastrreas,sobradosouprdios,so
quase sempre com madeira, pois os vos so pequenos.
Ascoberturasdeindstriasegalpes,tendoosvosmuitograndes,nosseriam
adequadasaousodetesourasdemaneira,umavezqueissoacarretariaeestruturas
pesadasdemais.Eisarazopor queseutiliza,ento,estruturasmetlicas,
comtelhasde fibrocimento e no de barro. As tesouras podem ser
executadas em concreto armado.
Almdostiposdetesourasquevimosanteriormente,mostraremosoutrostiposbastante
utilizadosnasobras,cujosmodelosforamextradosdoexcelentelivroCONSTRUOES
CIVIS de autoria do professor Alexandre Albuquerque. Tesoura de
Alpendre Na seqncia (Figura 34). a)Tipo de tesoura mais simples;
b)Tesoura de alpendre para vos maiores j podemos notar os reforos
com tensor, pontalete e escora;
c)Tesouradealpendresemo2apoio,denominadodetesouradealpendreem
consolo. 20
Astesourasdealpendretambmpodemserfeitasjcompletas.Emoutraspalavras,com
empena,tirante,teras,caibros,ripaseescora(ladoAdaFigura35).Atenteparaa
representaodatesouraemalpendre,com2terasintermediarias,paraevitaraflexo
(embarrigamento)daempena.Sousadas2escorasqueapiamessateras,queesto
apoiadas nos coxim de concreto (Figura 35, lado B). Uma tesoura com
empena dupla, chamada de contra-empena, cujo comprimento mais ou
menos2/3daempena.Otensortambmduplonasextremidades,consolidadopor
estribos metlicos (Figura 35-A).
Umatesourasemescoras,comumacontra-empenaaplicada,almdeumacontra-tirante.
Quando o vo da tesoura grande, pode-se aproveitar essa rea abaixo
do contra-tirante como sto (Figura 35-B).
Umatesouraparareceber3teras;almdasescorasnecessrias,hasembutidasno
concreto, o que contribui para diminuio do vo do tensor (Figura
35-C) Uma tesoura sem tensor, para quando existe a necessidade de
se aproveitar ao Maximo a alturainterna,casoem quepodemos
fazeressatesourasemtensor, sendoindispensvel,
porm,oempregodofrechal.Deve-seprocurarutilizarestetipodetesouraparapequena
carga, pois a ausncia do tensor compromete a estabilidade da
tesoura (Figura 35-D) Temos outros muitos exemplos de tesouras sem
o tensor (Figuras 35-E, 35-F e 35-G). Note como so feitos os
reforos com as escoras e pontaletes prximos aos apoios. As paredes
devero conter os esforos que a tesoura descarregar lateralmente.
Existetesourasoprpriasparagalpeseindustriais,tendoemvistaoMaximo
aproveitamentodailuminaonatural,feitapelaslaterais(Figuras35-H,35-Ie35-J).O
telhadotodofeitoseqnciadessetipodetesoura,chamando-setelhadoemdente-de-serra
ou telhado tipo shed (Figura 36) 21 22 23 24 Tesouras Metlicas Para
indstrias e galpes, onde grande o vo entre as paredes, as tesouras
tambm devem ter grandes vos. A fim de se diminuir a carga que vai
atuar sobre
astesouras,costuma-seaplicarcoberturacomtelhasdefibrocimento,quesoleves,no
lugar do madeiramento, que pesado. Assim, as tesouras e todos os
demais componentes da trama so desse material.
Vejamosalgunsexemplosdetiposdetesourasmetlicasmaiscomuns,cujasarmaes
(trelias) possuem nomes prprios, como tesoura ou trelia tipo alem,
belga, inglesa, russa,
etc.dessemodo,quandofalamosdetesouraemtermosdeestruturametlica,estamos
dizendo de trelia. Conforme a disposio dos componentes da trelia,
ela receber uma ou outra designao (Figura 37). Todos esses modelos
so prprios para telhados de grandes vos. O principal cuidado que
devemos ter, o de pint-las periodicamente, a fim de evitarmos a
corroso. 25
Outrotipodetesouraaplicadanasconstruesindustriais.adotipolanternix,que
consiste na elevao das tesouras, possibilitando com isso a iluminao
e ventilao pelas
aslaterais.Porfalarnisso,naslateraispoderoatsercolocadasvenezianas,quando
desejarmosumaboaventilaoouapenascaixilhas(janelas)comvidros,quandonosso
objetivo apenas iluminao natural.
Outraopoadecompormosaslateraiscomvenezianasecaixilhascomvidro.Assim
obteremos ventilao e iluminao para o interior (Figura 38). 26
Vejamosalgunstiposdeestruturasdecoberturaparaedificaesindustriais,maisusuais
(Figura 39). 6.DETERMINAAO DAS BITOLAS DOS COMPONENTES DO TELHADO
27 Quandoastesourassodegrandesvosesuportamcargapesada,ocalculodos
elementos estruturais ser feito por calculistas de estruturas.
Contudo, para carga menor de
coberturaevosparacasastrreasouassobradas,nohnecessidadedecalculo
profundo dos elementos da estrutura. A prtica tem oferecido
elementos necessrios para a
execuodomadeiramentodostelhados,aproveitando-seasbitolascomerciaisdas
madeiras.
Vamosagorasinformaesprticas,pelasquaisvocpoderdeterminarasbitolasda
estrutura de madeira de um telhado:
(1)oespaamentomximonosentidohorizontal,entreasduasterasserde2,00m,
quando usarmos caibros com medida de 5 cm x 6 cm e 2,50 m, quando
os caibros forem de 5 cm x 7 cm (Figura 40). (2) as teras so
apoiadas sobre 2 tesouras e as suas bitolas dependero do espaamento
dessas tesouras. Para tanto, usamos teras de 6 cm x 16 cm, quando
as tesouras estiverem
espaadasde2,50mat4,00mdedistncia.Portanto,parautilizarmosamaiorbitolade
viga, encontrada no comrcio, que de 6 cm x 16 cm, no deveremos
espaar as tesouras com mais de 4,00 m (Figura 41).
Sendooscaibrosde5cmx6cmoude5cmx7cm,sempredeveroestarpregadoss teras
com espaamento de 50 cm (Figura 42) 28 As ripas sempre tero a
medida de 5 cm de largura por 1cm de espessura, pregadas nos
caibros,cujadistnciaentreumeoutrodependerdotipodetelhaqueserusado.
Medianteesseselementos,vocpoderespecificarasbitolasdamadeiradequalquer
telhado,desdequeobedeaaosespaamentosmximosindicadosparacadapeado
madeiramento. 7.COBERTURAS E INCLINAAO DOS TELHADOS A forma e a
inclinao dos telhadosdependem das condies climticas. Por exemplo,
em regies onde caia neve, os telhados devem ser acentuadamente
inclinados, par possibilitar um rpido escoamento. Por outro lado,
para regies onde h uma forte ao dos ventos, os
telhadosnodevemterumainclinaomuitoelevada,emrazodaatuaodascargas
acidentais.Nesseultimocaso,hquesereforarmuitoomadeiramento,oqueelevar
sensivelmente o custo do telhado.
Ainclinaodostelhadosdependertambmdotipodematerialqueserutilizadona
cobertura, pois alm de impermeabilizao, ela deve receber um
isolante trmico e sonoro,
afimdenotransmitirparadentrodahabitaoocalorouofriodoexterior,bemcomoo
rudo da chuva caindo no telhado. Ademais, quanto menos peso for
possvel ter, maior ser a economia. O material que ser aplicado na
cobertura deve ter uma boa durao, mas tambm deve ser de fcil
reposio, pois havendo a quebra de algum elemento, a sua substituio
deve ser o mais fcil possvel. As coberturas mais utilizadas em
nossas edificaes so: - telhas de barro do tipo francesa ou
Marselha; - paulista ou capa e canal, colonial; - plan; - telhas de
concreto; - telhas de zinco e alumnio; - telhas de fibrocimento; -
outros tipos de coberturas. Veremos cada uma delas, com as condies
de recomendao para cada caso.
TelhasFrancesasouMarselhasoasmaiscomuns,poispropiciamumaexcelente
economia, alm de no oferecerem muita dificuldade na substituio,
quando uma ou outra
sequebrar.Nosendopesado,omadeiramentodotelhadonoprecisarserreforado.
Como elas dispem de ranhuras uma vez encaixadas propiciam uma
cobertura firme. As telhas francesas so produzidas com um barro
devidamente misturado e homogeneizado
emmquinasespeciais.Finalmentesoqueimadas,originandoassimumexcelente
materialimpermevel.Oconsumodessastelhasnaordemde16telhaspormetro
quadrado na posio horizontal. 29 Ocaimentoouinclinaomnimaaser
dadonomadeiramentode35%,sendo queesse tipo de cobertura fica melhor
com caimento de 40%. Definimos o que seja caimento, para no o
confundirmos com ngulo de inclinao. Quando
falamosqueocaimentodotelhadod35%.Queremosdizerqueacada100cmde
comprimento,eleseelevaem35cm(figura43).Ento,paraumadeterminadatesourade
10 m de vo, o caimento de 40% ser assim apresentado (Figura 44).
-comoocaimentode40%,significaqueacada100cmhumaelevaode40cmna
vertical. Ametadedovodatesouraserde10 2=5m=500cm.Separacada100cmde
comprimentotemoselevado40cmnavertical,para500
cmdecomprimento,teremos que elevar na vertical 200 cm, pois o caso
de aplicarmos a regra de trs: Se para cada 100
cm.......elevamos........40 cm para500
cm...............................x cm multiplicando os termos em
cruz, teremos: 100 cmX = 40 cm x 500 cm Onde X = 40 500 100 = 20000
100 = 200 cm
Portanto,atesouracomvode10mterdeserelevadaem200cmou2mnomeio.O
calculodaaltura,dadaainclinao,feitosemprecomametadedocomprimentoda
tesoura (Figura 45). 30
Outroexemplo:vamosdesenharumatesoura,cujocomprimentodovode6cmea
inclinaode35%.Soluo:35%significaqueacada100cmdeveremoslevantar,na
vertical, 35 cm. Metade do vo da tesoura de 600 2 = 300 cm. Ento,
se para 100 cm teremos de elevar 35 cm, para 300 cm elevaremos na
vertical. 300 35 100 = 105 Monte a regra de 3 que voc chegar ao
valor acima (Figura 46). Em media, as telhas francesas tm 30 cm de
comprimento, havendo uma pequena margem de variao na medida das
telhas fabricadas por uma ou outra empresa de cermica. Assim,
necessrio comprarmos todas as telhas para uma determinada obra em
um mesmo lugar.
Esemprecomumaquantidadeamaisdoqueoplanejado,jqueeventualmente
perderemos alguma durante a montagem e mesmo no futuro, por
qualquer acidente. Durante a montagem do madeiramento do telhado,
necessrio que as telhas j estejam na
obra,poisadistnciaentreasripassermaioroumenoremconseqnciadotamanho
destas.Seastelhasnoestiveremnaobraeomadeiramento,comexceodasripas,
estiverpronto,oresultadoserdanoso:asvigasfatalmenteempenaro,pelaaodoSol
ou da chuva. No fim, todo o madeiramento ficar torto, dando obra um
aspecto lamentvel. Para a colocao das ripas, de costume fazer uma
guia de ripamento (figuras 47 e 48). 31 A montagem das telhas pode
ser feita por pedreiros, contudo, os acertos e possveis cortes, o
acabamento, devero ser feito por um especialista a que chamamos de
telhadista (Figura 49). Na parte mais alta do telhado, no lugar
onde as telhas se encontram (cumeeira) ou nos
espiges,necessriocobrirmosoespaoqueficaentreastelhas,atravsdacolocao
detelhas-cumeeiras,encaixadasearrematadascomargamassamista(cimento-areia-cal)
(Figura 50). 32
TelhasPaulistaoucapaeCanalColonialAstelhasdotipopaulistatambmso
conhecidaspelosnomesCapaeCanaloucolonial.Elassoconstitudasdeduaspeas:
umaondeescoaagua(canal)eoutrapea,quecobreointervaloentredoiscanais
(canais) (Figura 51) Para se cobrir 1 metro quadrado de superfcie
horizontal, so necessrias de 30 a 32 peas, sendo 15 capas e 15
canis, ou 16 e 16. As capas ainda servem para dar o arremate, isto
,
cobriracumeeiraeosespiges.Ocaimentomnimoutilizadoparaissode28%,pois
abaixo dessa percentagem, necessariamente haver vazamento no forro.
33 Astelhaspaulistasapresentamumexcelente aspecto, masoseucusto
bemsuperioras das francesas. O uso das paulistas recomendado quando
o telhado visvel, constituindo junto a casa, um conjunto harmonioso
e bonito.
Astelhaspaulistas,quandotmcurvasecapasdoscanaisbemabertos,somais
frequentemente chamadas de colonial (Figura 52)
Paratelhasdotipocolonial,ocaimentopodeserexecutadoa25%.Hatalguns
fabricantes que chegam a recomendar um caimento de at 18%, valor
que acreditamos ser baixo para o caimento, facilitando o
aparecimento de vazamentos (Figura 53). O madeiramento para receber
esse tipo de cobertura deve ser muito bem reforado, pois o seu peso
varia de 60 kg a 70 kg por metro quadrado, ao passo que as telhas
francesas no ultrapassam os 50 kg por metro quadrado. 34 Telhas
Tipo Plan so telhas tambm do tipo capa e canal, com a diferena so
retas e no
curvascomoaspaulistas(Figuras54).Ainclinaorecomendada,nomnimo,de22%.
So feitas igualmente com barro. Para cada metro quadrado so
necessrias 10 capas e 10 canais.
TelhasdeConcretooseuusopoucocomum,poissetratadetelhaspesadas.Asua
aparncia no das melhores, pois em pouco tempo ficar coberta de
limo. Por ocasio do boom na construo de casas populares, foram
empregadas enormemente. Porm, devido ao seu custo elevado,
inclusive no madeiramento, abandonou-se o seu uso, preferindo-se as
telhas de fibrocimento. Telhas de Zinco e Alumnio e de Chapas de Ao
A caracterstica mais importante dessas
telhasaleveza,almdepossuremgrandedimenso.Isto,semdvida,acarretauma
considervel economia no madeiramento, pois dispensado o uso de
caibros e ripas, pois elas so fixadas sobre teras. 35
Outravantagempertinenteaocaimento,quepodeterummnimode12%.Para
residncias no so muito apropriadas, mas excelentes para construes
industriais. Quase sempre a estrutura do telhado de metal. Telhas
de Fibrocimento so telhas de diversos formatos, fabricadas de
cimento e amianto. Dada a diversidade de material aplicado nas
coberturas (que podem atender a construes populares, de luxo ou
indstrias) e o problema de economia no madeiramento, ser de bom
alvitre o prezado aluno estar bem informado em relao aos diversos
existentes no comercio e os modos de montagem. Tipos existentes:
ETERNIT:telhaondulada,telhamodulada,telhatropical,telhavogatex,canalete43,
canalete 90, chapas lisas, chapas corrugadas.
SANO:chapaondulada,telhamodular,sanocalhabandejacomminibandeja,sanocalha
meio tubo, bandeja, sanomaxi, telhas trmicas. 8.MONTAGEM E EXECUAO
DE CHAPAS ONDULADAS Recomendaes preliminares - verificar se as
dimenses da obra coincidem com as indicaes do projeto,
principalmente
noqueconcerneaocomprimento,espaamento,paralelismodasterasenivelamentode
sua face superior.
-nasuperfcieemqueseapiamastelhas,nodevemexistirsalincias,cabeasde
parafusos ou arestas vivas que impeam o seu mau assentamento. -
quando existirem teras intermedirias, estas devero ter a face
superior no mesmo plano que o das teras adjacentes, para evitar o
mau assentamento das telhas.
-amontagemdastelhasonduladasfeita,depreferncia,nosentidocontrarioaodas
chuvas de vento predominantes na regio (Figura 55). - como gua
esquerda, ou da esquerda para a direita, entende-se aquela cuja
montagem foi iniciada esquerda de quem olha o telhado do beiral
para a cumeeira. Quando iniciada direita do referido observador, a
gua dita direita, ou da direita para a esquerda. 36
-namontagemdepeasdeconcordnciacomorufos,cumeeirasshedetelhasde
ventilao,deveserobservadoque guasdireitasrecebempeastipo
direitoeguas esquerdas recebem peas tipo esquerda.
OBS.:aoencomendarnovaspeas,necessrioverificar qualosentidode
montagemda gua onde sero colocadas. - a montagem se inicia do
beiral para a cumeeira.
-guasopostas,emumamesmaestruturadevemsercobertassimultaneamente.Desta
maneira,seconsegueacoincidnciadasondulaesnalinhadacumeeira,obtendo-se,
tambm, um carregamento progressivo e uniforme da estrutura, assim
como proteo contra eventuais golpes de vento (de dentro para fora)
antes de terminada a cobertura (Figura 56). Precaues de Segurana -
durante a montagem, ou aps a cobertura concluda, no se deve pisar
diretamente sobre
astelhasonduladas.Ocaminhamentodeveserfeitosobretabuasqueseapiememtrs
teras.Emcoberturasmuitoinclinadas,astabuasdevemestaramarradas,paraqueno
deslizem. Colocao de telhas onduladas 37 - a colocao das telhas
onduladas de cimento amianto orientada pela norma PNB-94 da ABNT
(Associao Brasileira de Normas Tcnicas).
-paraevitarasuperposiodequatrotelhas,faz-seacolocaopelomtododecantos
cortados ou pelo mtodo de juntas desencontradas. Mtodo dos cantos
cortados - o mtodo mais empregado e o que proporciona melhor
acabamento.
-emtodocantoseencontram4telhas,asduasintermediariaslevarocortesemseus
cantos justapostos. Nos pontos onde apenas duas telhas se sobrepem,
no feito o corte dos cantos.
-ocortesefaz,normalmente,comserrotemanualou,nasobrasdemaiorenvergadura,
com cortadeiras eltricas portteis equipadas com disco com disco
esmeril, devido ao maior rendimento de trabalho que proporcionam.
Sempre que possvel, o corte deve ser executado antes da elevao da
telha ao telhado. - o emprego de um gabarito apoiado sobre a telha
facilita a marcao do corte de canto.
-quandoascondiesdamontagemnopermitemaexecuopreviadoscortes,estes
podero ser feitos sobre a estrutura. - quando no for possvel o uso
do serrote, admite-se o emprego de torqus, mordendo-se a telha com
a ferramenta, de modo a evitar a quebra alm da linha de corte.
-nacolocaodastelhasdeveserprevistaumafolgade5a10mmentreoscantos
cortados, para permitir correes de alinhamento, durante a montagem.
- a Figura 57 indica a posio dos cortes a serem dados nas telhas de
beiral, e nas demais telhas de uma cobertura. Mtodo das juntas
desencontradas (colocao em xadrez) 38 Este mtodo usado quando, ao
executar uma cobertura provisria, no se deseja fazer o corte dos
cantos. Apesar de rpido, no utilizado quando se quer uma colocao
perfeita e
maisesttica.Apesarderpido,noutilizadoquandosequerumacolocaoperfeitae
maisesttica.Faz-seacolocao,inicialmenteaprimeirafiadacomumatelhainteira,a
segunda com uma onda a menos, a terceira com duas ondas a menos, a
quarta novamente com uma telha inteira, e assim por diante,
seguindo-se a mesma seqncia.
Ocortelongitudinaldeumaoumaisondas,podeserfeitoporflexodatelha,fazendo-se
previamente um pequeno sulco com profundidade no inferior a 1 mm.
Fixao das telhas
Osacessriosdefixaodevemestarcolocadosdemodoapossibilitaremumalivre
dilatao das telhas.
-ofuroparaoparafusoouparaoganchocomrosca,deveterdimetroligeiramente
superior ao do acessrio (usar broca de 0,10 mm ou 3/8)
-ofurodeveestarsemprenacristadaonda,feitocombroca,nosendoempregado
processo de percusso (evitar o uso de pregos, buris, etc.). - o
furo no deve estar a menos de 50 mm da borda das telhas.
-oapertodoparafusodeveserapenasparaassentaravedaometlicaemtodooseu
contorno, sem deform-la. O aperto excessivo impede tambm a livre
dilatao das chapas.
Napratica,oajustedeparafusoobtidodesatarraxandocercadedevolta,apsa
justaposio da arruela de chumbo telha ondulada. - o parafuso nunca
deve ser batido contra a telha. Posio dos acessrios de fixao
Oparafusoouganchocomrosca(grampo)semprecolocadonacristadaonda(Figura
58). Assentamento das peas de concordncia
Ocortedoscantostambmfeitonascumeeirasedemaispeasquetenha5ondas
(peas com largura de 930 mm). 39 Nas peas complementares, com 6
ondas (rufos, cumeeiras shed e cumeeiras articulares) no necessrio
fazer o corte dos cantos.
Quandoacoberturatemrecobrimentode1ondas,deve-secortaraspeasde
concordncia em onda (na aba levantada). Alinhamento da cobertura
Para obter perfeito assentamento das telhas, um dos fatores
responsveis pela boa vedao
eestticadacobertura,deve-secuidarparaqueastelhasestejamperpendicularesas
teras de fixao. Para eventuais ajustes, deve ser mantida a folga de
5 a 10 mm entre os cantos cortados. Quando a construo no estiver
perfeitamente no esquadro, cortam-se no sentido diagonal
astelhasdaprimeirafaixa,paraqueasdemaistelhaspossamsermontadas
perpendicularmente s teras.
Paraqueasondasresultemparalelas,faz-seemtodasasterasamarcaodepontos,
que devero ser atingidos a cada intervalo de 5 telhas.
Maiorescuidadosdevemsertomadosnascoberturascomrecobrimentolateralde1
onda,ondesoreduzidasaspossibilidadesdecorreoquandooassentamentofoimal
iniciado. 9.MONTAGEM E EXECUO DE CANALETAS
Oscaneletesdevemsermontadosnosentidocontrrioaodosventospredominantesda
regio. Se a montagem feita nosentido esquerdo direita de quem olha
de frente ao telhado, a partir de seu ponto mais baixo, ele passa a
se denominar montagem esquerda.
Seamontagemseprocessanosentidodireitaesquerda,passaasedenominar
montagem direita.
Tendosidoprevistaautilizaodapeaterminaldeabaplana,lembrar
quepeasdireitas
spodemsermontadassobrecaneletesmontadosdadireitaparaaesquerda
Marcaoda posio dos caneletes
Antesdeseriniciadaamontagemdacobertura,aconselhvelamarcaodospontos
inicialefinaldamesma,paraqueo1eoultimocaneletesfiquemeqidistantesdas
extremidadesdaviga,cominegveisvantagensestticas.Paraadeterminaodestes
pontos deve-se proceder como se segue: a)Marcar sobre a viga de
apoio o seu ponto mdio. b)Verificar se o numero de caneletes
previsto no projeto par ou mpar 40 c)Sendo par, marcar a partir do
ponto mdio da viga, para a direita e para a esquerda o comprimento
1 (Figura 60)
1 = ( 908)2 + 50 (em mm)
d)Sendoimpar,marcarapartirdopontomdiodaviga,paraadireitaeparaa
esquerda o comprimento 2 (Figura 61).
2 = 454 + ( 1) 9082 + 50 (em mm)
Tendosidoprevistaautilizaodapeaterminaldeabaplana,lembrar
quepeasdireitas s podem ser montadas sobre caneletes montados da
direita para a esquerda. N nmero total de caneletes 908 mm largura
til do canaletas 454 mm largura til 50 mm largura da curvatura da
aba lateral
Determinamosospontosdoinicioefimdacobertura,recomenda-secolocar
provisoriamente(semfixar)o1eoultimocaneletes,demodoquesepossaverificarse
existe esquadro perfeito entre estrutura e cobertura. Amontagem
seriniciadaporumadasduasposiesextremas,escolhidadeacordocom os
ventos predominantes da regio.
Longosperodosdeestocagemealteraesclimticaspodemtrazermodificaesna
largura til dos caneletes. Assim sendo, recomenda-se colocar os 12
primeiros caneletes na
posiodefinitivae,antesdefix-los,verificarlarguratilmediaefetivaentreos10
caneletes intermedirios (Figuras 62 e 63) 41 Caso a largura mdia
efetiva resulte diferente de 908 mm, a marcao dospontos inicial e
final deve ser refeita a partir do valor real da largura til.
Podeocorrerquenoprojetotenhamsidoprevistasplatibandas,ecomalarguramdia
efetivasuperiora908mm,alinhadecaneletesultrapasseaplatibanda.Nessecaso
aconselhvel retirar um canalete, fazendo-se o arremate com um refo
metlico. 10. OUTROS TIPOS DE COBERTURA Telhas de Vidro tm formato
das telhas francesas. So muito indicadas para proporcionar
iluminaoemclarabiasoumesmoemtelhadoscomunsque,porqualquermotivo,
necessitem de iluminao natural. Geralmente quando os telhados
cobrem uma grande rea, recomendvel a colocao de
variastelhasdevidro,parafacilitaravisoaosenecessitar,porexemplo,fazeralgum
servio de reparo no forro.
CoberturadeArdsiaumacoberturautilizadaemcasascomumcertoestilo
arquitetnico. Telhas de Ondulados de Madeira Compensada com
Revestimento em Folhas de Alumnio
assuasvantagensprincipaisso:excessivalevezaeexcelenteresistnciacorroso.A
folhadealumniocolocadanasuperfcieexternadatelha,refletebemosraiossolares,
permanecendo o ambiente satisfatoriamente isolado do calor.
ChapasTranslcidasdePlsticosLaminadomuitousadasnacoberturaquandoa
iluminao quando a iluminao natural no apenas conveniente, mas
necessria. Assim, em galpesdeindstrias,postosde gasolina,
ginsios,estacionamentos,etc.,aeconomia de energia eltrica ser tima.
Isso no exclui a sua aplicao tambm em residncias. 11. TIPOS DE
MADEIRA
Madeiraroliautilizadacommaisfreqnciaemconstruesprovisrias,como
escoramento.OsroliosdeusomaisfreqentesnoBrasilsoopinho-do-paraneos
eucaliptos.Asarvoresdevemserabatidasnapocadaseca,quandootroncotemmenor
teordeumidade.Asmadeirasroliasquenopassaramporumperodomaisoumenos
longodesecagem,ficamsujeitasaretraestransversaisqueprovocamrachadurasnas
extremidades.Oscontra-ventamentosconstrudoscommadeiraverde,aparafusada,
tornam-se em geral inoperantes pela fissurao das extremidades da
madeira. As peas rolias de dimetro varivel (em forma de tronco de
cone) so comparadas, para efeito de clculo, a uma pea cilndrica de
dimetro de dimetro igual ao do tero da pea. 42
MadeiraSerradaCorteedesdobramentodastorasasarvoresdevemserabatidasde
preferncia ao atingir a maturidade, ocasio em que o cerne ocupa a
maior parte do tronco, resultando ento madeira de melhor qualidade.
O perodo de tempo necessrio para que a
arvoreatinjaamaturidade,variaentrecinqentaecemanos,conformeaespcie.Os
troncossocortadosemserrasespeciais,defitacontnua,queosdivideemlminasou
pranchasparalelas,naespessuradesejada.Emalgunscasos,convenientedividirem
lminasoupranchasparalelas,naespessuradesejada.Emalgunscasos,conveniente
dividir inicialmente o tronco em duas metades, para facilitar a
operao da mquina. As serras de fita possuem comandos mecnicos para
o avano do tronco, que garantem a espessura uniforme das lminas. As
espessuras obedecem em geral a padres comerciais, com bitolas
nominais em polegadas. O comprimento das toras limitado por
problemas de transporte e manejo ficando entre 4m a 6 m. Secagem da
Madeira Serrada antes de ser usada nas construes, madeira serrada
deve passar por um perodo de secagem para reduzir a umidade. O
melhor mtodo de secagem consiste em empilhar as peas, colocando
separadores para permitir a circulao livre do ar em todas as faces.
Protege-se as pilhas da chuva, colocando-as em galpes abertos e bem
ventilados. O tempo necessrio para secagem natural, de um a dois
anos para madeiras macias, e dois a trs para madeiras de lei.
Comoasecagemnaturallenta,desenvolveram-seprocessosartificiaisdesecagem.
Fazendocirculararquenteentreaspeasdemadeiraserrada,obtm-seumasecagem
maisrpida.Outroprocessoartificialdesecagemconsisteemdeslocaramadeira
lentamente atravs de um tnel alongado, no qual a temperatura do ar
circulante aumenta
proporoqueamadeiraavana,demodoamanterumavelocidadedeevaporaomais
oumenosconstante.Otemponecessrioparaasecagemartificialdamadeiraverdede
dez dias a um ms, por polegada de espessura da pea.