28 Pastor Jasiel Souza de Araújo [email protected]HOMILÉTICA A arte de preparar e pregar sermões fiéis e poderosos INTRODUÇÃO O obreiro precisa saber comunicar a Palavra de Deus com eficiência e de maneira clara. Surge então, a necessidade da homilética. I – PORQUE PREPARAR SERMÕES? "Sermão é Deus quem dá". Por que há níveis diferentes de sermões? Por que há pregadores melhores que outros? Todos os sermões e todos os pregadores deveriam ser uniformes. Há culto narcisismo nos púlpitos. Quase todos os pregadores se acham bons e não gostam de ser corrigidos. Corrigir um pregador não significa duvidar de sua vocação. Há pregadores que encaram o preparo do sermão como descrença no poder espiritual deles. 1. O valor da pregação
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HOMILÉTICAA arte de preparar e pregar sermões fiéis e poderosos
INTRODUÇÃO
O obreiro precisa saber comunicar a Palavra de Deus com eficiência e de maneira clara. Surge então, a necessidade da homilética.
I – PORQUE PREPARAR SERMÕES?
"Sermão é Deus quem dá". Por que há níveis diferentes de sermões? Por que há pregadores melhores que outros? Todos os sermões e todos os pregadores deveriam ser uniformes. Há culto narcisismo nos púlpitos. Quase todos os pregadores se acham bons e não gostam de ser corrigidos. Corrigir um pregador não significa duvidar de sua vocação. Há pregadores que encaram o preparo do sermão como descrença no poder espiritual deles.
1. O valor da pregação
Helmut Thielicke, famoso pregador alemão, disse: "Onde quer que encontremos, hoje em dia, uma congregação cheia de vida, encontraremos no centro uma pregação cheia de vida". Com isto podemos entender que a pregação é a principal tarefa do pastor.
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2. Definição de pregação
"É a comunicação da verdade por um homem a outros homens."
"É a comunicação verbal da verdade divina com o propósito de persuadir."
3. Definição de Homilética:
"É a arte de pregar sermões", "a ciência da pregação", "arte de fala religiosa". Do grego: "Homileo" (conversa, fala, em espírito de camaradagem).
4. Objetivo da homilética
Ajudar na confecção de sermões para uma pregação mais eficiente. Isto porque beneficia o pregador (torna mais fácil à pregação do sermão) e beneficia o auditório (um sermão homileticamente preparado é mais assimilável). Muitos sermões falham por ser absolutamente sem ordem. As idéias são confusas e a pregação perde o sentido, por completo. Talvez chegue o tempo em que poderá dizer-se: "Felizmente a vida não é como o sermão do pastor, porque a vida, apesar de tudo, tem algum sentido, enquanto o sermão do pastor não tem nenhum".
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5. A homilética não é:
a) Substituta da vida espiritual;
b) Substituta do Espírito Santo;
c) Uma garantia de ministério eficiente.
6. A homilética é:
a) Um auxiliar no estudo e análise do texto;
b) Um auxiliar na exposição de idéias;
c) Uma compreensão de que o sermão tem muito a ver com o pregador. O pregador é o sermão.
d) Uma compreensão de que Deus colocou no mundo recursos que devemos aproveitar. Inclusive os da ciência da comunicação verbal.
II – OBJETIVO GERAL DO SERMÃO
O objetivo geral é o propósito geral do sermão, a categoria a que ele se encaixa em termos de fim último. O que se pretende com um sermão? Ocupar o espaço no culto? Dar algum material para o povo pensar? Os ouvintes de um pregador ou são salvos ou são perdidos. A quem se destina o sermão? A ênfase no seu conteúdo se para os salvos, se para os perdidos, é o que determina o seu objetivo geral. São seis os objetivos gerais do sermão, evangelístico, doutrinário,
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devocional, consagração, ética (ou moral) e alento (pastoral). Destina-se a crentes e não crentes.
1. Sermão evangelístico.
Sua finalidade é persuadir os perdidos a aceitarem Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Infelizmente, os sermões evangelísticos são, hoje, repletos de frases feitas: "Deus te ama", "Você pode morrer esta noite", "Vem agora", etc. No entanto, um sermão evangelístico pode ter um bom conteúdo (O evangelista não necessita de pobreza de idéias no cumprimento de sua missão). Quatro verdades devem se delinear no sermão evangelístico:
a) O homem natural está perdido;
b) A obra redentora é de Cristo;
c) As condições pelas quais o homem se apropria da obra redentora de Cristo;
d) A necessidade de uma decisão, se não pública, pelo menos no íntimo.
2. O sermão doutrinário.
Sua finalidade é instruir os crentes sobre as grandes verdades da fé e como aplicá-las, portanto, é didático. O dom de ensino era muito difundido no cristianismo nascente. Jesus era intitulado de "Mestre" e os seus seguidores de "discípulos". O sermão doutrinário atende quatro funções na vida da igreja:
a) Atende o desejo de aprender que existe na vida do crente;
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b) Previne contra as heresias;
c) Dá embasamento à ação;
d) Contribui para o crescimento dos ouvintes e do próprio pregador.
3. O sermão devocional
Sua finalidade é desenvolver nos crentes um sentimento de amorosa devoção para com Deus, despertando sentimento de louvor.
4. O sermão de consagração
Sua finalidade é estimular os crentes a dedicarem talentos, tempo, bens, influência, vida, etc, ao serviço de Deus. Estimula a igreja para vocação, abertura de novos trabalhos, ofertas missionárias, etc.
5. O sermão ético ou moral
Sua finalidade é orientar os crentes para pautarem suas condutas diárias e relações sociais de acordo com os princípios cristãos. Assuntos que cabem aqui: Matrimônio, adultério, divórcio, justiça social, racismo, dignidade da pessoa.
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Sua finalidade é fortalecer e alertar os crentes no meio de crises pessoais ou comunitárias. Focalizam o cuidado de Deus para com o seu povo e o livramento que o Senhor opera.
III - OBJETIVO ESPECÍFICO DO SERMÃO
É a aplicação do objetivo geral a uma determinada congregação. (Primeiro se encontra o objetivo geral e depois o objetivo específico). Há duas considerações aqui:
a) Para formular o objetivo específico é necessário compreender as necessidades da congregação;
b) A formulação do objetivo específico delimita o assunto do pregador, define o rumo em que ele vai seguir.
IV - CLASSIFICAÇÃO DOS SERMÕES QUANTO A ESTRUTURA
Geralmente os sermões pertencem a uma dessas três categorias:
. Sermão tópico ou temático.
Trata de um tópico e não de um texto bíblico em particular. As divisões derivam-se do tópico (ou tema).
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Trata do desenvolvimento de um texto bíblico, um ou dois versículos. As divisões derivam-se do texto.
. Sermão expositivo
Trata do desenvolvimento de um texto bíblico, geralmente longo. As divisões também derivam-se do texto.
1. Sermões Tópicos ou Temáticos
O que caracteriza o sermão tópico ou temático é o seu tema derivado do texto, mas as divisões são aleatórias.
Exemplo 1: "A palavra divina é a verdade" (João 17.17).
Na introdução o pregador mostrou como podemos crer na bíblia. Ela tem sido comprovada pelos séculos. A argumentação seguiu a partir daqui: A palavra de Deus é a verdade e isto está provado. Surgiram as três divisões:
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4.2 - Suas vantagens:
a) Foi o método dos tempos apostólicos
b) Exige estudo sério da palavra de Deus (é benção para o pregador e é bênção para a igreja – é a melhor maneira de edificar a igreja)
c) Obriga-se a tratar de assuntos que de outra forma ficariam esquecidos.
d) Presta-se a uma série de sermões bíblicos. Aplica-se uma série de passagens doutrinárias, devocionais, evangélicas, parábolas, milagres, incidentes históricos e séries de sermões.
4.3 - Suas exigências:
a) É necessário determinar o texto. O texto precede o sermão. Diferença de um sermão temático e um expositivo, neste sentido.
b) É necessário a exegese do texto. Dá mais trabalho
c) É preciso descobrir o assunto principal ou a lição principal
d) As divisões devem se relacionar com o tema principal
e) Deve-se evitar a multiplicação de minúcias, de detalhes desnecessários
f) Não gastar tempo demasiado explicando pontos difíceis
g) Não multiplicar a citação de passagens paralelas.
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c) Calendário da igreja, da denominação, do país.
d) Momento histórico: - Fatos relevantes acontecidos no mundo. " em quem votar? " (Js 24.15) . "A eleição do rei" ( Dt. 17.14-20) do Pr Éber Vasconcelos.
2. O título do sermão
É o nome do sermão. É o condensado de um título, numa expressão.
3. A necessidade de um título
a) Auxilia o pensamento do pregador na preparação do sermão
b) Auxilia a congregação a entender o que o pregador quer dizer. É bom que o povo saiba para onde vai andar.
4. Qualidades de um bom título
a) Clareza - Deve permitir que o ouvinte saiba o que vai ser tratado. O que significa "Prolegômenos pneumatológicos " ?
b) Específico - Não deve ser genérico. Salvação, Deus, universo, etc.
c) Brevidade - De duas a sete palavras
d) Adequado ao púlpito - Considere-se o que é a pregação o que é o púlpito e qual o ambiente em que se prega.
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e) Relevância - Deve ter relação com a vida do povo. Qual é o melhor "A vida de José" ou "A fidelidade de um jovem crente?" O que nos diz mais respeito "como Abraão se portou" ou "Porque devemos obedecer a Deus" ?
f) Originalidade - Um bom: "O direito de rejeitar a Cristo. Não confunda com sensacionalismo, irreverência ou vulgaridade.
5. Exemplos de títulos negativos:
a) "O homem que perdeu a cabeça num baile" (João Batista)
b) "Raposas com lanterna traseiras acesas" (Sansão)
c) "O pecador está frito" (o rico Lázaro)
d) "O homem que caiu do cavalo" (a conversão de Saulo)
6. Como redigir o título
a) Ter em mente que o título vai ser "dividido". Deve haver um elemento "divisível" no título.
b) Tornar o título em uma preposição.
Exemplo: Sermão em Lc 9.23 (é preciso morrer), um sermão sobre o discipulado.
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7.1 Formulando o título em uma interligação - Uma pergunta expressa o título. As divisões irão respondê-la.
Exemplo 1
"Por que amamos a Deus"? Sl 116.1-8
I - Porque nos escuta quando clamamos por Ele
II - Porque nos tem livrado da morte
III - Porque nos consola nas tribulações
IV - Porque nos guarda do tentador
7.2 Formulado o título de forma imperativa. O título é uma ordem. Um mandamento. Esta ordem vai estabelecer o rumo da discussão. Há quatro caminhos a seguir quando se usa um título imperativo.
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a) Está de acordo com a natureza da pregação: ensinar a palavra.
b) É vantajoso para o povo: ouvir a palavra.
c) Dá autoridade ao pregador: vai falar da Bíblia
d) Valoriza o pregador: é conhecedor da Bíblia.
e) Auxilia na variação de assuntos : "garantia de estoque inesgotável de assuntos"
f) Auxilia na determinação da estrutura do sermão
g) Leva o povo a crescer no conhecimento da Bíblia
2. Escolhendo o texto
2.1 Quatro regras negativas:
a) Evite o uso de texto de autenticidade duvidosa : Jo 8.1-11, At 9.6, I Jo5.7
b) Cuidado com textos obscuros ou contravertidos: Rm 7.10-11, I Pe 3.18-20. Escolha textos claros e simples sobre os quais você pode falar. Se usar texto obscuro e contravertido, estude-o muito e fale claramente. Explique e aplique. Sua função é esclarecer e não obscurecer.
c) Cuidado com textos repugnantes : Jz 3.24, II Pe 2.22 e Ap 3.16
d) Cuidado com textos cuja tradução seja disputada: Jo 5.39, no caso de usar o verbo no imperativo.
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2.2 Seis regras positivas:
a) Escolha um texto que tenha falado ao coração do pregador
b) Delimitar o texto de tal forma que contenha um unidade completa de pensamento
c) Ter em mente as necessidade dos ouvintes
d) Seguir o calendário cristão na medida do possível
e) Usar textos de todos os livros da Bíblia
f) Via de regra, limitar-se a um só texto para cada sermão. Em caso excepcional, mais de um. Manter a unidade de pensamento.
3. O texto e a idéia do sermão
O texto bem escolhido é aquele que apresenta a idéia central do sermão em uma sentença clara e definida.
A idéia do sermão pode ser tirada diretamente do texto. Por exemplo: Em João 3, "A necessidade do novo nascimento". Que idéia você tiraria para o Salmo 23 e em João 20?
A idéia do sermão pode ser achada por referência. Quando Paulo fala sobre carne sacrificada aos ídolos. "A importância da influência cristã".
Pode ser analogia. Mt 18.15-17 é uma passagem sobre relacionamento pessoal, mas pode ser usada para falar sobre "Como evitar a guerra?".
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4. O texto e o planejamento da pregação
Deve haver oração e dependência do Espírito Santo. Estabelecer um programa de ensino. A pregação eclesiástica contemporânea é dispersiva quanto aos temas. O plano pode ser mensal, trimestral ou anual. Pode-se usar o calendário cristão, da igreja ou denominação. Deve-se ter em mente a situação da comunidade e do mundo. Pode relacioná-los com assuntos da Escola Bíblica Dominical. Estabelecer uma série de sermões sobre um assunto, uma vez por ano. Pode ser sobre um livro da Bíblia, uma série de passagens, etc...
5. A interpretação do texto
Definição : " Interpretação é o esforço de uma mente em seguir as processos mentais de outra mente por meio de símbolos que nós chamamos linguagem".
5.1 - Passos na interpretação do texto
a) Conhecer o autor e sua situação - Salmos 32 e 51, de Davi.
b) Usar dicionário bíblico.
c) Os leitores e o meio ambiente - Cartas às igrejas do Apocalipse, o gnosticismo.
d) A ocasião e o propósito do autor - Tiago e Pedro sobre Abraão.
e) As condições geográficas, políticas, econômicas e sociais - Maria era noiva de José mas chamada de esposa.
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a) Estudar o texto em várias traduções em português (VR, BLH, ERAB, BJ, BV, BL)
b) Examinar outras traduções
c) Examinar o texto grego ou hebraico
d) Dar sua própria interpretação
e) Examinar outros recursos na biblioteca, inclusive comentários
f) Relacionar com a vida de hoje
VII - A ESTRUTURA DO SERMÃO
Como organizar a matéria: Estrutura = esboço = plano. O material do sermão deve ser disposto em ordem. Isto exige talento e treino. É necessário a imaginação construtiva. Mas, uma estrutura é indispensável.
1. A importância da estrutura
a) Para o pregador: Por os pensamento nos lugares devidos. A falta de ordem leva à digressão, a repetição e à falta de clareza.
b) Para os ouvintes: Uma boa estrutura ajuda: A compreensão - o que foi mesmo que o pastor pregou?
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4.3 – Tipos de introdução
a) Introdução textual. Pode preceder a leitura do texto. Se é um sermão textual, pode e deve ser repetido o texto. Explicação de fatores de importância relacionados com o texto.
b) Introdução contextual. Os antecedentes, por exemplo. O caso da parábola do filho pródigo: são três parábolas sobre a alegria de Deus
Introdução descritiva. A descrição dramática. Sermão sobre Bartimeu.
Introdução do tópico ou assunto. Anúncio do assunto e talvez definição de palavras do texto.
c) Introdução de problema. todo sermão deve Ter como objetivo a solução de um problema humano, vital e importante.
d) Introdução de objetivo. Sermão sobre "Regresso à disciplina": "O nosso mundo hoje nos confronta com pelo menos uma necessidade elementar: A necessidade de disciplina"
e) Introdução de citação. Citação notável da bíblia, dos jornais, de conversas, da literatura, de poesia, etc.
f) Introdução de ilustração. Leonardo da Vinci: O quadro da ceia do senhor
Introdução de manchetes. As manchetes de jornais.
g) Introdução de experiência. Experiência pessoal do pregador, de outrem. Carta ou entrevista.
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faça-o com jeito para não ser pernóstico. Não seja pedante não faça citação em outros idiomas.
VIII - ILUSTRAÇÕES
1. Necessidade.
1.1 - São um meio pedagógico eficiente.
1.2 - Auxiliam a memória. O povo se lembra mais das ilustrações do que das argumentações. Um pastor pediu a vinte pessoas que escrevessem sobre o que se lembravam do sermão que pregara. Um ou dois se lembraram do esboço; quase todos se lembraram da história final.
1.3 - Foi o método usado por Jesus para ensinar. A projeção da parábola do filho pródigo
1.4 - Ajudam a convencer
1.5 - Despertam reação emotiva. Há histórias que convém evitar "apelações".
2. Tipos de ilustrações
2.1 - Linguagem pictórica, Metafórica, Alegorias. Exemplo Jr 2.12-17
2.2 - Histórias ou narrativas. Um fato histórico. Um incidente, uma experiência, uma parábola, etc
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6.3 - Cultivar a arte de contar histórias
6.4 - Ser preciso. Cuidado com nomes, fatos e datas
6.5 - Não exagerar. Não "aumentar" a ilustração
6.6 - Preparar a ilustração com cuidado
6.7 - Não abusar das ilustrações do Toninho, da Mariazinha, da Menininha, etc
IX - A CONCLUSÃO
De grande importância. Põe abaixo ou salva o sermão. É onde se chega a uma decisão. Muitas vezes o auditório vê o sermão se esfumaçar no fim. Não deve ser um amontoado de frases, mas o clímax do sermão. O ponto alto.
1. Cuidados a tomar
1.1 - Prepare-se, não neglicencie. Esboço visto! "conclusão: O que vier na hora". Pode se esperar algo do pregador preguiçoso?
1.2 - Evite a pobreza mental e fuja do medo de levar os ouvintes à decisão
1.3 - Evite a "conclusão de afogado": "batendo no ar", para todos os lados
1.4 - O tempo: Não mais de 10% do sermão
1.5 - Não acrescente matérias novas, idéias diferentes
1.6 - Não peça desculpas. É ruim no início e pior no fim
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1.7 - Não conte piadas. É o momento mais sério do sermão
1.8 - Cuidado com gestos que distraem: olhar o relógio, fechar a Bíblia, recolher o esboço, falar enquanto folheia o hinário, buscar um hino a ser cantado, etc
1.9 - Varie as conclusões, evite monotonia
2. Qualidades de uma boa conclusão.
2.1 - Ter unidade. Não ser múltipla
2.2 - Deve ser clara e breve
2.3 - Deve ser pessoal, personalize o sermão. Cada ouvinte deve saber que está se falando para ele. Deve o ouvinte se perguntar: "Muito bem, à luz disto, que devo fazer?". Evite o festival de banalidades: "que possamos ser crentes melhores", "que Deus nos abençoe". Isto não quer dizer nada.
2.4 - Deve ser positiva
2.5 - Deve ser vigorosa (Não quer dizer violenta, agressiva). Deve ter vida, mas deve ser amorosa.
3. Estrutura da conclusão
A conclusão, normalmente, deve conter um dos três elementos, como estrutura: recapitulação, aplicação, apelo.
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3.1 - Recapitulação – A introdução mostra "onde vamos". A conclusão "onde fomos". É um sumário das divisões do sermão.
3.2 - Aplicação – Outra maneira de se elaborar a estrutura da conclusão é aplicando a mensagem ao ouvinte. O sermão deve vir todo ele, em seu desenvolvimento sendo aplicado. Aqui a aplicação estaria fortemente colocada na mensagem.
3.3 - Apelo – Para decisão íntima ou pública. Toda a conclusão giraria ao redor do apelo, que pode ser para decisões, consagração, prática das virtudes cristãs, dedicação à obra, etc.
4. Tipos de conclusão
O pregador caprichoso variará as maneiras de concluir seus sermões. Eis alguns tipos de conclusão:
4.1 - Com poesia ou hino – Que se encaixe ao conteúdo da mensagem.
4.2 - Com contrate – Sermão sobre a volta de Cristo: "você será levado ou será deixado?"
4.3 - Com apelo à imaginação – Sermão sobre o natal: "O último natal"
4.5 - Com final abrupto
4.6 - Com oração
4.7 - Com demonstração – Mostrando como praticar a verdade pregada
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4.8 - Com perguntas – Mas evite a generalidade ou banalidade de "Será que estamos fazendo isso?"
4.9 - Com a repetição do texto – Mas levando em conta a necessidade do desafio. Que deve ter em toda conclusão.
X - BONS HÁBITOS NA PREGAÇÃO
A pregação não é apenas o sermão: é também o pregador. Alguns maus hábitos podem comprometer o sermão. O pregador deve tomar cuidado para evitar tais costumes e maneirismo.
1. Postura ereta. Não se deite sobre o púlpito nem se acorcunde.
2. Cuidado com a aparência: O uso de óculos escuros em recinto fechado e à noite, é triste. O pregador descabelado, com barba por fazer, colarinho virado, sapatos enlamiados, meia verde?
3. Cultive o idioma: A pregação é comunicação oral. Conheça pelo menos o seu idioma. É sua ferramenta
4. Cuidado com regionalismo: "Botão, mucidade, cruis de Jesuis, dolze, irrael, etc" etc.
5. Use seu próprio estilo: Seja você mesmo. Não copie. O uniforme de Saul não coube em Davi.
6. Fale toda a palavra: Não engula os "r" e os "s" não engula as sílabas finais. Evite as sujeições "eles tão" ao invés de "eles estão".
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7. Aprenda a ler: Pratique a pontuação correta, dê entonação, viva os diálogos do texto.
8. Fale às pessoas: Olhe para elas. Paredes, bancos, teto e chão não se convertem nem aprendem.
9. Fale com o corpo: Use expressão facial condizente. Evite a "cara de mau". Use ambas as mãos. Não oscile o corpo para trás e para a frente. Tão pouco se levante constantemente na ponta dos pés. Evite o dedo indicador apontando para o ouvinte.
10. Module a voz: Deve ser de acordo com o ambiente. Não é o grito. É a consistência e convicção.
11. Evite os vícios de linguagem: - "né", "intão", "é interessante notar", "aí", etc
12. Evite chavões: Como acompanhar um sermão de 30 minutos com mais de 60 "aleluias" e "glórias a Deus?"
XI - PRECIOSOS PERTINENETES A PREGADORES
1. Descanse bem todas as noites e barbei-se todas as manhãs.
2. Mantenha um coração puro e renove o colarinho limpo.
3. Em sua vida brilhe a luz do evangelho e em seus pés sempre brilhe os sapatos.
4. Não deixe passar oportunidades, mas mande passar seu terno.