Top Banner

Click here to load reader

100

0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

Feb 08, 2023

Download

Documents

Khang Minh
Welcome message from author
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
Page 1: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio—Juiz <!<• bora

J

O Ministro Eliseu Resende(D) foi inspecionar as ohrns da Rio—Juiz dv Fora

JORNAL DO BRASIL

Rio de Janeiro — Domingo, 9 de março de 1980 Ano LXXXIX — Nn 332 Preço Cr$ 15.00

ACERTE AQUELA EM-PREGADA, BABA ETC.— Selecionadas portestes psicológicos, en-trevittas e ref. compr.em GABINETE DE PSI-COLOGIA aprov. p/ fis-caliz. Medicina N° 385.Assessoria domésticaem alto nivel. Não éAgência. Taxa fixa 3mil. Garantia 6 meses.236-3340/ 246-4180.BIP 31A2.AG. ALEMA D. OLGA— Oferece coz., babase domésticas bom ga-barito e refer. T: 235-1024/ 235-1022. Preci-sa empregadas bomgabarito. Av. Copa534. apto. 402.AGCN CATETE CENTER 285-0264— Of duzentos diaristas faxincozin. passad. etc. a maior emelhor seleção Dez anos de Tradição Colete, 347/545.AGENCIA PROLARPORTUGUESA ALTONIVEL of. cozinheirasbabá cop(a) mot.acompcaseiros etc t/ refs aci-ma 4 anos selecionadosprolar CGC42568394/0001-29insc 665197-00 damosprazo adaptação 256-3881 237-0197 255-7744.

AG. NOVAK — V. podeconfiar 237-5533 —236-4719, domésticasfixas e diaristas

AGÊNCIA SIMPÁTICA240-9002 e 240-

3401. Domésticas men-salistas em geral, dababá à cozinheira de f/fogão, diaristas pas.,fax., lavadeiras, etc.Faça-nos uma visita.Evaristo da Veiga, 35 SI1412. Cinelândia.

A UNIÃO ADVENTISTAOferece Domésticas

para copa, cozinha, ba-bás, práticas e enfer-meiras, acompanhan-tes, chofer, caseiros,etc., com refs. idôneas,garantimos ficarem.Tel.: 255-3688 e 255-8948.

A METODISTA — Ofe-rece a doméstica idealparo copa-coz., babás,práticos e especial go-varri., motorista, casei-tos, etc. Ref. chec. pes-•oalmente,- prazo deadap. e contr que ga-rante ficarem. T: 256-3976 e 237-1796.

Televisão

Ibrahim Sued só aparecerá noprograma Abertura de 15 em 15dias, porque os produtores nãoquerem desgastar a sua imagem. OSítio do Pica-Pau Amarelo comple-ta quatro anos e sofrerá transfor-mações. Na Bandeirantes, o TodoaçiPoderoso passa por uma crise. E,na Globo, correm rumores de que oGlobo Repórter sairá do ar por trêsmeses, para voltar renovado ounão voltar.

Ainda no Caderno B o outrojogo dos locutores esportivos, os 65anos do diretor de cinema RobertWise, o espetáculo de Paulinho daViola no Teatro da Galeria,Zózimo, Criança é Criança (de AnaMaria Machado), José Carlos Oli-veira (Os Chineses e Eu), o SomNosso de Cada Dia (Tárik de Sou-za) e Carlos Eduardo Novaes falan-do sobre o vírus da novela

Caderno B

Advogado acha

que Flávia sai

logo da prisãoO advogado paulista Gerson Men-

donça disse era Montevidéu ao enviadodo JB que considera boa a perspectivade Flávia Schiling voltar logo ao Brasil."Esta semana pode ser decisiva", co-mentou, embora reconheça que aindanão conseguiu um indício concreto deque o caso será julgado com brevidade.Ele ficará no Uruguai até que haja umadefinição oficial.

Esclarece o Sr Gerson Mendonçaque o recurso apresentado para areabertura do processo depende ape-nas de um parecer do Presidente doSupremo Tribunal Militar. "É umcaminho juridicamente perfeito dentroda legislação uruguaia. Por isto man-tenho meu otimismo." Flávia tem hoje26 anos e está há oito anos na peni-tenciária de Punta Rieles. (Página 18)

Professor da USP

teme o pior se a

inflação não cair"Se não houver colaboração dos

empresários e dos sindicatos organiza-dos, o caldeirão pode entornar", adver-tiu o diretor da Fundação Instituto dePesquisas Econômicas da Universidadede São Paulo, professor Adroaldo Mourae Silva. "Estamos vivendo momentoscríticos, e o Governo terá de obter resul-tados significativos até maio ou junho,reduzindo a inflação ao nível de 3,5%ou 3,7% para garantir sua credibilida-de", disse.

Para o economista, "o grande desa-

fio da economia brasileira é reverter oquadro recessivo que se delineia desde1975, com o crescimento do emprego eda produção a níveis insatisfatórios,diante das limitações físicas enfrenta-das pelo país, principalmente na área deinsumos, sem agravar os desequilíbriosjá existentes nos setores externo einterno".

O professor Adroaldo Moura e Silvaentende que foram dados passos impor-tantes no sentido de reorganizar a eco-nomia e, na fase atual, o grande objetivoé evitar o pior: a recessão. "Nas circuns-tâncias atuais está ficando cada yezmais difícil garantir a manutenção donível de emprego e salários altos",advertiu.

Dados do IBGE sobre o aumento dopessoal ocupado na produção apontamuma tendência de expansão inferior a2% desde dezembro de 1979, abaixo docrescimento populacional de 2,7% aoano. Decreto a ser assinado esta semanapelo Presidente Figueiredo regulamen-ta definitivamente a Lei Salarial e tor-nará mais clara a divulgação dos índi-ces de reajuste semestral de salário eo cálculo da produtividade. (Página 23)

Figueiredo inaugura

a Rio—Juiz de Fora

de carro, em junhoAté maio deverá estar pronta a du-

plicação da Rodovia Rio—Juiz de Fora(BR-040), estrada que, pronta, terá asmelhores características técnicas entreas do DNER. A inauguração oficial estáprevista para junho, com viagem do Pre-sidente Figueiredo, acompanhado dosGovernadores do Rio e de Minas, do Rioaté Juiz de Fora.

Com pista dupla até Matias Barbosa,a 20 quilômetros de Juiz de Fora, a novaBR-040 terá cerca de 140 quilômetrose encurtará em 30 quilômetros o atualtrajeto. Mas sua grande vantagem é aeconomia de tempo de viagem, por suascaracterísticas técnicas. Quando de seuprojeto, estavam previstas velocidadesde circulação de até 100 km/h. (Página 8)

Nave de Júpiter não

aparece mas alegra

madrugada de 6 mil

Seis mil pessoas, entre frustradas e diver-tidas, passaram a noite em claro esperando anave de Júpiter pousar numa fazenda da cida-de de Casimiro de Abreu às 5h20m de ontem.A nave não compareceu ao encontro marçadopor intermédio de seu mensageiro EdilcioBarbosa, mas todos, apesar do congestiona-mento do trânsito, do cansaço e da decepção,se divertiram muito.

Durante 12 horas seguidas bebeu-semuita cerveja e contaram-se muitas pia-das. Um Opála dos contatos imediatos trans-mitiu a música Assim Falou Zaratustra,popularizada pelo filme 2001. Passada ahora marcada, Edilcio Barbosa, protegido pe-la policia, explicou que os jupiterianosnão desceram pelo mesmo motivo que já nãotinham descido em Nova Lima, Minas Gerais:havia gente na área de pouso. (Página 19)

Alta de juros

no mundo gera

nova recessão

A alta das taxas de juros em todoo mundo está levando os analistas atemer uma recessão econômica gene-ralizada, o que se confirma com onovo programa antiinflacionário queos Estados Unidos estão preparandoe com a adoção de medidas de con-tençào econômica da Europa Ociden-tal e do Japão, onde retração é apalavra do dia.

O perigo da situação, segundo ovice-presidente executivo da MerrilLynch Econometrics, Alian Macki-non, "é que ninguém sabe em queponto começará a se formar a bolade neve que vai gerar a retração".Indicador da crise também, para osanalistas, é o déficit mundial de 120bilhões de dólares contra os paísesprodutores de petróleo. (Página 22)

Dia da Mulher

teve música,

poesia e debate

O Dia Internacional da Mulher foicomemorado no Rio na sede do Sin-dicato dos Metalúrgicos, São Cristó-vão, onde centenas de mulheres —enquanto as crianças brincavam nu-ma creche improvisada—discutirama sexualidade e o aborto, assistiram afilmes, ouviram poesia e música eparticiparam de uma tribuna livre dedepoimentos e do Teatro Fórum deAugusto Boal.

Em São Paulo, na PUC, 3 milmulheres participaram da aberturado 2o Congresso da Mulher Paulista,que visa a aprofúndar a discussãosobre a situação da mulher, par-ticularmente a discriminação quesofre e sua participação na poli-tica, nas lutas gerais da sociedade enos movimentos femininos. (Pág. 19)

AftFNriA AMIftA IV"> A ARRUMADtIRA/BABA Arru A ARRUMAWIRA-COPtIRA AftFNCIA MINEIRA A-COZINHEIRA - Trivia! (mo ou AMADMOSELIE Ofer. empreg A MISSAO SOCIAL Ote'ece A COZINHEIRA E I COPEIRA ACOMPANHAHTE - C/ does «ma<,aoeajudotc/cnan<asidade Precisa-se c/1 a no ref e cartel ra , fornoetogao. lovaepassa Sol domest. q» sfirv. t/ seleoo, c/doc co/ arrum de Minos a do R«o senhora so ate Cr$ 8 000 Av refs .gabmerede psicologia sele

LAR — DomeStlCOS C6S* escolat. Pe<;o referencias. Pago Cr$ -1.500.00.Folga 15/15 dios Tern OOmSStlCQS pOTQ comb Exijo refs. e cart. Tr. re* gar Inf.- 255-6124. 23 com doc e ot refs Tel 252 *" Co pa cabana, 1085 Apto 202 aono Bar Ribe<ro 774/ 709ponsaveis e amigas J^-T^,-Vt".'do 399'3I.E Tel 2°te"" p;?3° 711L COpa, cozinha, babas, a,3,!0'30'' lpa"e' "Ji.x Kcnn>lt/;uc,—p- acozinheira—Simpix,voria- acompanhamtc ou babA[/ . . A ASS SANTA URSULA tem . 'v. . ,. 239 B926 ABABA RESPONSAVEL — Com A SENHORA OU MOCA — Poao dot q I foca todo Mtvico d« C/prnticadeenfermogem Diaoubabas enTermeiras,a- domest.ca qf u Siu exige 751 A AGENCIA RIACHUE- praticas e especializa- A COZINHEIRA - PI iiabalhcu w<Hko e reftrinciai, pogo Cr$ CtJ 8.000,00 four wrvi^od* cotol «/ filnot. Pago 8.000,00, nolle Tel 7514392 d docu-companhantes, cozi- 4392 e 751-3250. TaxaUSa If)— Que hd 45 anos das, qovernantas, mo- Barra. fcldrio 4000. lei. 397- 8.000,00 poro cuidar d» tab* wnborai tflrangtirai. Folga to- 0«t. cort, 13°, jonto c»do. folgo memos

1 . if gar/ permonenle. . _ . 8608 D° Maria Eugenio. rTle,eJ^. Copacabana, Jo domingo. Av. Copocabana, a combinar. Av. Copocabona AW* lUAnf IDA COPEIRA nheiras, chofer case,- A9BABXCARINH05A rMpon„, serve a RJ oferecei Coz., tonstas, caseiros, etc, c/ «3op.o. 806. ^°p*° 'M5°p416.ros etc. com refs. soli- v»i, c/r«f»,cart. Mud«p/a«en- T. serviqocop-arr. e ba- referencias chegadas, AO. blA. IbABtL — Ot. a cozinheira — Todo serv.qo associa<;Ao de protecao a cozinheira 0ormeemP<e cjai p/(omiiio d* 4 pmiooi.Hn«s nnrnntimrn firnrpm d«' ml lilho 6 m»t«. Ord. tvic T OT1 "3101 nnrnntimnc; firarpm baba emo t/serv cho- J 000 mois INPS total, folga tim MULHER — Offerece onmas do- go, passar roupa.c/experiencio Witrn oid«n^. Frpnajeoaas garannmos Ticarem 850000 Av Copacobano DaS- '• goroniimos Ticarem. uuoo tsmp. l/serv., tno de semaml tx car, ossinado meslicas c/doc. e ref. R. da Rela- Tr. R. Rodolfo Dantos, 26/ 601 Otavk.no, 165/303. T»l. 227-255-5444,255-3311. I085 ap4i6. 224-7485. 256-9526 e 236-1891. fer, diaristas 237-0429. i ono. Teis'274-0125. lebian. sao i sobr. Tel. 232-0954 Tel.. 235-6531. 4733.

Embaixador do

Brasil, doente,

quase foi solto

O Embaixador Geraldo Euláliodo Nascimento e Silva, um dos re-féns da Embaixada dominicana emBogotá, está doente e poderia tersido libertado, junto com mais doisdiplomatas Mensagem distribuídapelos guerrilheiros colombianosafirma que isto não ocorreu emrazão da intransigência do Governode Bogotá nas negociações deS6Xtã-f6ÍTâ

Além do diplomata brasileiro,também seriam beneficiados coma libertação o Embaixador do Uru-guai, Fernando GÒmez, e o Côn-sul do Peru, Alfredo Tejeda. Nasci-mento e Silva e Gomez estãosofrendo dores nos ombros e nascostas, e Tejeda padece de umalesão de meniscos na perna direi-ta. Hoje, 13 milhões 800 mil colom-bianos escolhem pelo voto vereado-res e deputados. (Páginas 16 e 17)

Estudantes do

Irã se negam a

entregar reféns

Os estudantes que ocupam a Em- *baixada dos Estados Unidos em Tee-rã qualificaram de mentiroso o Minis-tro das Relações Exteriores do Irá,Sadegh Ghotbzadeh, e afirmaramque não lhe entregarão os reféns nor-te-americanos. Os militantes pedi-ram que o Conselho da Revoluçãonomeie outra pessoa para coordenara comissão encarregada da transfe-rència.

Ghotbzadeh, por sua vez, acusouos estudantes de não seguirem "averdadeira linha do Imã Khomeiny",de pretender caluniá-lo e de forçarsua renúncia. Reiterou que a trans-ferência dos reféns não implica"em absoluto, sua liberdade". OPresidente Bani Sadr anunciou quedecidirá sobre o caso. (Página 12)

ACHADOSEPERDIDOS

PASTA PERDIDA - Ofetece-se oquem encontrou umo posta noCarrefur, umo boa gratificaçãoContém documentos pessoais ede firmas Telefonar paro 2081262 falar com Sr. Guedes.

PÜHDRJ-SE Uma maleta demédico no trajeto Rio-Caxias, grotifica-sc bem o quem devolvéIo. tel. 246-5597. Dr. Luiz.

EMPREGOS

210 DOMÉSTICOS

AGENCIA AMIGA DOBEBÊ — Selecionaoferece babás práticase especial. Enfer. acompanh., etc. Refs. sóli-das. Tel. 236-3336.A EMPREGADA - Somente comrefs Cr$ A mil. Dormeempregoefolga aos domingos. Tijuco. Te-lefone. 248-3430.A EMPREGADA — Precisa-se pIapt° de I casal. Av. Atlântico,538/ 501, Leme.

Gilberto Freyre

Aos seis anos fugia de casa; atéos oito recusava-se a ler e a escre-ver; aprendeu a ler em inglês antesque em português; em 1935 foi fi-chado como agitador comunista.Em 1980 faz 80 anos respeitado e/ouodiado. Antropólogo, sociólogo,historiador, Gilberto Freyre é otema do Especial.

Sobre ele escrevem Félix deAthayde, Marinho de Azevedo,Marcus Almir Madeira, GilbertoVelho, Leticia Lins, Fábio Lucas,Barbosa Lima Sobrinho, VamirehChacon, Raimundo Faoro, JosuéMontello, Antônio Carlos Villaça,Carlos Guilherme Mota e JoséGuilherme Merchior. Há tambémtrechos de entrevista de Gilber-to Freyre ao JORNAL DO BRASIL.

Caderno Especial

Antônio Carlos

cobra da União

dívida do voto

"O Nordeste tem sido o sustentá-culo, pelo voto, do regime e,do Gover-no, e até por isso não deve ser puni-do", advertiu o Governador da Bahia,Antônio Carlos Magalhães, ao proporque o Governo federal assuma asdívidas que, segundo revelou, os Es-tados nordestinos tiveram que con-trair por causa da maxidesvaloriza-çào de dezembro do ano passado.

O Governador Antônio Carlos Ma-galhães defendeu também, comoparte de uma série de medidas "ca-

pazes de salvar a economia em crisedo Nordeste", a obrigatoriedadede os bancos aplicarem na Região atotalidade dos recursos nela capta-dos, a maior dotação orçamentáriapara a Sudene e a transformação doBanco do Nordeste em principalagente do Governo federal. (Página 7)

N.TEMPO

WO Cloro a parcialmentenublado. Temperatura eitá-vel. Ventos Norte fracos. Máxi-mo de 36,9 em Bangu e Minima òe 20,5 no Alio do BooVistn* Temperatura referente àiúltimas 24 horos

(Mopot no página 24)

O JORNAL DO BRASILde hoje circula com doiscadernos de Classifica-dos, Noticiário, Cad.Especial, Cad B e Ca-demo de Quadrinhos.

PREÇOS, VENDA AVULSA:Rio de JaneiroDias úteis Cr$ 15,00Domingos Cr$ 15,00Minas GeraisDias úteis Cr$ 15,00Domingos Cr$ 20,00RS.SC, PR, SP, ES, MS, MT,GO, DF, BA, SE, AL, PE, PB,RNDias úteis Cr$ 20,00Domingos Cr$ 25,00Outros Estadose Territórios:Dias úteis Cr$ 25,00Domi ngos Cr$ 30,00

4rMllkJ)fh*c <*• tfuDtn» tkirfaoto

mm

mlii

Page 2: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

JORNAL DO BRASIL

Rio de Janeiro — Domingo, 9 de março de 1980 Ano LXXXIX - Nu 332 Preço: Cr$ 15,00

r~ TEMPOWO — Claro o parcialmentenublado. Temperatura eitá-vel. Vento* Norte fracos. Máxi-ma de 36,9 em Bangu e Mini-ma de 20,5 no Alto da BoaViita.• Temperatura referente à»ultimai 2A horas

(Mapas na página 24)

O JORNAL DO BRASILde hoje circula com doiscadernos de Classifica-dos, Noticiário, Cad.Especial, Cad. B e Cad.de Quadrinhos, maisRevista do Domingo.

PREÇOS, VENDA AVULSA:Rio de JaneiroDios úteis Cr$ 15,00Domingos Cr$ 15,00Minat Gerai*Dios úteis Cr$ 15,00Domingos Cr$ 20,00RS, SC, PR, SP, ES, MS, MT,GO, Df, BA, SE, Al, PE, PB,RNDias úteis Cr$ 20,00Domingos Cr$ 25,00Outros Estadote Território»:Dias úteis Cr$ 25,00Domingos Cr$ 30,00

510ACHADOS E

PERDIDOS

PASTA PWDtOA Oferece-se oquem encontrou urna pasta noCorrefur, urna boa gratificação.Contém documentos pessoais ede firmas. Telefonar para 288-1262 falar com Sr. Guedes.

PWDfU-SE — Uma maleta demédico no trajeto Rio-Caxias, gratifica-se bem o quem devolvêIo. tel. 246-5597. Dr. Luiz.

200 EMPREGOS

210 DOMÉSTICOS

AGENCIA AMIGA DOBEBÊ — Seleciona eoferece babás práticase especial. Enfer. acompanh., etc. Refs. sólidas. Tel. 236-3336.A EMPREGADA — Somente comrefs .Cr$ 4 mil. Dorme emprego efolga aos domingos. Tijuco. Telefone. 248-3430.A EMPREGADA — Precisa-se piapt° de I casal. Av. Atlântica538/ 50), Leme.ACERTE AQUELA EM-PREGADA, BABA ETC.— Selecionadas portestes psicológicos, entrevistas e ref. compr.em GABINETE DE PSICOLOGIA aprov. p/ fis-cali*. Medicina N° 385.Assessoria domésticaem alto nivel. Não éAgência. Taxa fixa 3mil. Garantia 6 meses.236-3340/BIP 31A2.

246-4180.

AG. ALEMA D. OLGA— Oferece coz., babase domésticas bom ga-barito e refer. T: 235-1024/ 235-1022. Preci-sa empregadas bomgabarito. Av. Copa534. apto. 402.AGEN CATETE CENTER 285-0264— Of duzentos diaristas faxinCozin. passad. etc. a maior «melhor seleção Dez anos de Tradiçóo Catete, 347/545.AGENCIA PROLARPQRTUGUESA ALTONIVEL of. cozinheirasbabá cop(a) mot acompcaseiros etc t/ refs aci-ma 4 anos selecionadosp r o I a r C G C42568394/0001-29insc 665197-00 damosprazo adaptação 256-3881 237-0197 255-7744.

AG. NOVAK — V. podeconfiar 237-5533 —236-4719, domésticasfixas e diaristas

AGÊNCIA SIMPÁTICA240-9002 e 240-

3401. Domésticas men-solistas em geral, dababá à cozinheira de f/fogão, diaristas pas.,fax., lavadeiras, etc.Faça-nos uma visita.Evaristo da Veiga, 35 S/1412. Cinelândia.

A UNIÃO ADVENTISTAOferece Domésticas

para copa, cozinha, ba-bás práticas e enfer-meiras, acompanhan-tes, chofer, caseiros,etc., com refs. idôneas,garantimos ficarem.Tel.: 255-3688 e 255-8948.

A METODISTA — Ofe-rece a doméstica idealpara copa-coz., babás,práticas e especial go-vem., motorista, casei-ros, etc. Ref. chec. pes-soalmente,- prazo deadap. e contr. que ga-rante ficarem. T: 256-3976 e 237-1796.

Antônio Carlos

cobra da União

dívida do voto

"O Nordeste tem sido o sustenta-culo, pelo voto, do regime e do Gover-no, e até por isso não deve ser puni-do", advertiu o Governador da Bahia,Antônio Carlos Magalhães, ao proporque o Governo federal assuma asdividas que, segundo revelou, os Es-tados nordestinos tiveram que con-trair por causa da maxidesvaloriza-çáo de dezembro do ano passado.

O Governador Antônio Carlos Ma-galhães defendeu também, comoparte de uma série de medidas "ca-

pazes de salvar a economia em crisedo Nordeste", a obrigatoriedadede os bancos aplicarem na Região atotalidade dos recursos nela capta-dos, a maior dotação orçamentáriapara a Sudene e a transformação doBanco do Nordeste em principalagente do Governo federal. (Página 7)

a, ' 3 &éém

Gilberto Freyre

Aos seis anos fugia de casa; atéos oito recusava-se a ler e a escre-ver; aprendeu a ler em inglês antesque em português; em 1935 foi fi-chado como agitador comunista.Em 1980 faz 80 anos respeitado e/ouodiado. Antropólogo, sociólogo,historiador, Gilberto Freyre é otema do Especial.

Sobre ele escrevem Félix deAthayde, Marinho de Azevedo,Marcus Almir Madeira, GilbertoVelho, Letícia Lins, Fábio Lucas,Barbosa Lima Sobrinho, VamirehChacon, Raimundo Faoro, JosuéMontello, Antônio Carlos Villaça,Carlos Guilherme Mota e JoséGuilherme Merchior. Há tambémtrechos de entrevista de Gilber-to Freyre ao JORNAL DO BRASIL.

Caderno Especial

Televisão

Ibrahim Sued só aparecerá noprograma Abertura de 15 em 15dias, porque os produtores nãoquerem desgastar a sua imagem. OSítio do Pica-Pau Amarelo comple-ta quatro anos e sofrerá transfor-mações. Na Bandeirantes, o TodoPoderoso passa por uma crise. E,na Globo, correm rumores de que oGlobo Repórter sairá do ar por trêsmeses, para voltar renovado ounão voltar.

Ainda no Caderno B o outrojogo dos locutores esportivos, os 65anos do diretor de cinema RobertWise, o espetáculo de Paulinho daViola no Teatro da Galeria,Zózimo, Criança é Criança (de AnaMaria Machado), José Carlos Oli-veira (Os Chineses e Eu), o SomNosso de Cada Dia (Tárik de Sou-za) e Carlos Eduardo Novaes falan-do sobre o vírus da novela

Caderno B

Bjorn Borg

Imperturbável antes das parti-das, indiferente com os fãs, sememoções durante o jogo, tranqüilona vitória, Bjorn Borg junta titu-los e dólares, justificando na vida ena profissão o apelido de Iceborg, ocampeão de coração de gelo, cujoscontratos de publicidade cobremquase todo mundo ocidental e fa-zem dele o tenista mais bem pagoda história.

O Windsurf, sucessor mais com-portado do surfe, já forma profis-sionais. A personalidade contradi-tória de George Bush, candidato acandidato pelo Partido Republica-no à Presidência dos Estados Uni-dos, pode ainda atrapalhar a corri-da de Ronaldo Reagan para a indi-cação. E os encantos da Praça Ge-neral Osório esbarram no descuidooficial, mas ainda assim ela re-siste.

Revista do Domingo

W'

Areol(RJ)/Foto de Rubem Barbosa

O Ministro Eliseu Resende(D) foi inspecionar as obras da Rio—Juiz de Fora

Professor da USP

teme o pior se a

inflação não cair"Se não houver colaboração dos

empresários e dos sindicatos organiza-dos, o caldeirão pode entornar", adver-tiu o diretor da Fundação Instituto dePesquisas Econômicas da Universidadede São Paulo, professor Adroaldo Mourae Silva. "Estamos vivendo momentoscríticos, e o Governo terá de obter resul-tados significativos até maio ou junho,reduzindo a inflação ao nível de 3,5%ou 3,7% para garantir sua credibilida-de", disse.

Para o economista, "o grande desa-

fio da economia brasileira é reverter oquadro recessivo que se delineia desde1975, com o crescimento do emprego eda produção a níveis insatisfatórios,diante das limitações físicas enfrenta-das pelo país, principalmente ria área deinsumos, sem agravar os desequilíbriosjá existentes nos setores extemo einterno".

O professor Adroaldo Moura e Silvaentende que foram dados passos impor-tantes no sentido de reorganizar a eco-nomia e, na fase atual, o grande objetivoé evitar o pior: a recessão. "Nas circuns-tãncias atuais está ficando cada vezmais difícil garantir a manutenção donível de emprego e salários altos",advertiu.

Dados do IBGE sobre o aumento dopessoal ocupado na produção apontamuma tendência de expansão inferior a2% desde dezembro de 1979, abaixo docrescimento populacional de 2,7% aoano. Decreto a ser.assinado esta semanapelo Presidente Figueiredo regulamen-ta definitivamente a Lei Salarial e tor-nará mais clara a divulgação dos índi-ces de reajuste semestral de salário eo cálculo da produtividade. (Página 23)

Figueiredo inaugura

a Rio—Juiz de Fora

de carro, em junhoAté maio deverá estar pronta a du-

plicação da Rodovia Rio—Juiz de Fora(BR-040), estrada que, pronta, terá asmelhores características técnicas entreas do DNER. A inauguração oficial estáprevista para junho, com viagem do Pre-sidente Figueiredo, acompanhado dosGovernadores do Rio e de Minas, do Rioaté Juiz de Fora.

Com pista dupla até Matias Barbosa,a 20 quilômetros de Juiz de Fora, a novaBR-040 terá cerca de 140 quilômetrose encurtará em 30 quilômetros o atualtrajeto. Mas sua grande vantagem é aeconomia de tempo de viagem, por suascaracterísticas técnicas. Quando de seuprojeto, estavam previstas velocidadesde circulação de até 100 km/h. (Página 8)

Nave de Júpiter não

aparece mas alegra

madrugada de 6 mil

Seis mil pessoas, entre frustradas e diver-tidas, passaram a noite em claro esperando anave de Júpiter pousar numa fazenda da cida-de de Casimiro de Abreu às 5h20m de ontem.A nave não compareceu ao encontro marcadopor intermédio de seu mensageiro EdílcioBarbosa, mas todos, apesar do congestiona-mento do trânsito, do cansaço e da decepção,se divertiram muito.

Durante 12 horas seguidas bebeu-semuita cerveja e contaram-se muitas pia-das. Um Opala dos contatos imediatos trans-mitiu a música Assim Falou Zaratustra,popularizada pelo filme 2001. Passada ahora marcada, Edílcio Barbosa, protegido pe-la polícia, explicou que os jupiterianosnão desceram pelo mesmo motivo que já nãotinham descido em Nova Lima, Minas Gerais:havia gente na área de pouso. (Pagina 19)

Embaixador do

Brasil, doente,

quase foi solto

O Embaixador Geraldo Euláliodo Nascimento e Silva, um dos re-féns da Embaixada dominicana emBogotá, está doente e poderia tersido libertado, junto com mais doisdiplomatas. Mensagem distribuídapelos guerrilheiros colombianosafirma que isto não ocorreu emrazão da intransigência do Governode Bogotá nas negociações desexta-feira.

Além do diplomata brasilei-ro, também seriam beneficiadoscom a libertação o Embaixadordo Uruguai, Fernando Gómez, eo Cônsul do Peru, Alfredo Te-jeda. Nascimento e Silva e Gómezestão sofrendo dores nos ombrose nas costas, e Tejeda padece deuma lesão de meniscos na pernadireita. Hoje, 13 milhões 800 milcolombianos escolhem pelo votovereadores e deputados. (Pág. 16)

Estudantes do

Irã se negam a

entregar reféns

Os estudantes que ocupam a Em-baixada dos Estados Unidos em Tee-rã qualificaram de mentiroso o Minis-tro das Relações Exteriores do Irá,Sadegh Ghotbzadeh, e afirmaramque não lhe entregarão os reféns nor-te-americanos. Os militantes pedi-ram que o Conselho da Revoluçãonomeie outra pessoa para coordenara comissão encarregada da transfe-rència.

Ghotbzadeh, por sua vez, acusouos estudantes de não seguirem "averdadeira linha do Imã Khomeiny",de pretender caluniá-lo e de forçarsua renúncia. Reiterou que a trans-ferència dos reféns não implica"em absoluto, sua liberdade". OPresidente Bani Sadr anunciou quedecidirá sobre o caso. (Página 12)

Alta de juros

no mundo gera

nova recessão

A alta das taxas de juros em todoo mundo está levando os analistas atemer uma recessão econômica gene-ralizada, o que se confirma com onovo programa antiinflacionário queos Estados Unidos estão preparandoe com a adoção de medidas de con-tençáo econômica da Europa Ociden-tal e do Japão, onde retração é apalavra do dia.

O perigo da situação, segundo ovice-presidente executivo da MerrilLynch Econometrics, Allan Macki-non, "é que ninguém sabe em queponto começará a se formar a bolade neve que vai gerar a retração".Indicador da crise também, para osanalistas, é o déficit mundial de 120bilhões de dólares contra os paísesprodutores de petróleo. (Página 22)

Dia da Mulher

teve música,

poesia e debate

O Dia Internacional da Mulher foicomemorado no Rio na sede do Sin-dicato dos Metalúrgicos, São Cristo-váo, onde centenas de mulheres —enquanto as crianças brincavam nu-ma creche improvisada — discutirama sexualidade e o aborto, assistiram afilmes, ouviram poesia e música eparticiparam de uma tribuna livre dedepoimentos e do Teatro Fórum deAugusto Boal.

Em Sáo Paulo, na PUC, 3 milmulheres participaram da aberturado 2o Congresso da Mulher Paulista,que visa a aprofundar a discussãosobre a situação da mulher, par-ticularmente a discriminação quesofre e sua participação na poli-tica, nas lutas gerais da sociedade enos movimentos femininos. (Pág. 18)

AGENCIA AMIGA DOLAR — Domésticas res-ponsaveis e amigas,babás enfermeiras,a-companhantes, cozi-nheiras, chofer, casei-ros etc. com refs. sóli-das garantimos ficarem255-5444, 255-33)1.

AARRUMADEIRA/ BABA — Arru-moção e 0|udnr d crianças idadeescolar. Peço referências. Pagobem. Tratar Vanda. 399-3187.A ASS. SANTA URSULA lem adoméstica q/ a Sra. exige 751-4392 e 751-3250. Taxa/ fixo

gar/ permanente.A BABA CARINHOTA, r« pornô-Vai, c/ ref*, cart. saúde pi aten-dar ml filho 6 meses. Ord.8.500,00. Av. Copacabana1065 ap 416.

A ARRUMADEIRA-COPEIRA —Precisa-se c/1 ano ref. e carteiraCr$ 4.500,00. Folga 15/15 dias.Tel T feira p/239-7727.

A AGÊNCIA RIACHUE-LO — Que há 45 anosserve o RJ oferece: Coz.,T. serviço cop-arr. e ba-bás. T. 231-3191 è224-7485.

AGENCIA MINEIRA —Tem domésticas paracopa, cozinha, babás,praticas e especializa-das, governantas, mo-toristas, Caseiros, etc, dreferências chegadas,garantimos ficarem.256-9526 e 236-1891.

A* COZINHEIRA — Trivial fino ouforno efogào. Io voe passa Sol.acomb Exijo refs. e cart Tr. RPrudl. Morais, 1340/301 Ipone-ma Te. 239-8926A COZINHEIRA - P/ trabalhe»Barra. Salário 4000. Tel. 397-8608. D° Maria Eugenia.AG. STA. ISABEL —Of.babá emp. t/serv., cho-fer, diaristas 237-0429,

AMADMOSELIE -Ofe- empregdomes? q/ serv. t/ seleoo, d doeref . ga- Inf 255-6!24. 2= à>ob

A BABÁ RESPONSÁVEL — Comprática e ref—éncias, pogo Cr$8.000,00 pano cuidar de bebêde 4 meses. Av. Copacabana,583 apto. 806.

A COZINHEIRA — Todo serv,c;o4 000 mais INPS total, folga fimde semana. Exijo cart. assinada1 ano. Tel; 274-0125. Leblon.

A MISSÃO SOCIAL - Oferececoi, arrum. de Minas e do Rio,com doe e ot. refs Tel. 252-4431A SENHORA OU MOÇA — PogoCr$ 8.000,00 fazer serviço de 2senhoras estrangeiras. Folga ta-do domingo. Av. Copacabana,583 apto. 806.ASSOCIAÇÃO DE PROTEÇÃO AMULHER — Oferece ótimas do-mésticas d doe e ref. R. da Rela-

ção 1 sobr. Tel. 232-0954.

A COZINHEIRA E I COPEIRA — P<senhora só até Cr$ 8.000 AvCopacabana, 1085 Apto. 202.A COZINHEIRA —Simples, varia-dos q/ foca todo serviço decasal s/ filhos. Pago 8.000,00,ass. cart, 13°, janta cedo, folgaa combinar. Av. CopacabanaIMS ap 416.A COZINHEIRA Darrrw empre-

go, passar roupa, d experiência.Tr. R. Rodolfo Dantas, 26/ 601Tel.: 235-6531.

ACOMPANHANTE - Cl does erefs. gabinete de psicologia seis-ciona Bar Ribeiro 774/ 709ACOMPANHANTE OU BABÁ -C/ prática de enfermagem. Dia ounoite Tel 751-4392 d docu-mentosARRUMA DEIRA — COPEIRA —Precisa-se c/prática e referi rvcias p/familia de 4 pessoas.Ótimo ordenado. Rua Fronc iscoOtoviano, 165/303. Tel. 227.4733.

' \

B

Page 3: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

2 — POLÍTICA E GOVERNO JORNAl DO BRASIL ? domingo, 9/3/80 ? 1° Carlerno

rColuna do CasteUo

Hipótesesestratégicas

Brasília —. O rigor com que executamseus projetos os membros do grupo quecomanda o Palácio desde o momento em

?ue o General Ernesto Geisel foi escolhido

residente da República os predispõe acrer já agora na infalibilidade ao seu plane-jamento estratégico. Tudo tem ocorrido deacordo com os planos previamente traça-dos. O General João Figueiredo foi feitoPresidente, escolhido com longa antecedeu-cia e quebrando os obstáculos previstos ouimprevistos. Em alguns momentos, quandoameaças se situavam na execução, modifi-cações táticas eram introduzidas e o Presi-dente Geisel as adotava e impunha no seufamoso estilo imperial. Com uma política decúpula, fechada, consumou-se o processode distensào exatamente nos moldes previs-tos pela estratégia palaciana e o GeneralFigueiredo, saltando obstáculos, chegou àsquatro estrelas e ao Governo para darseguimento à segunda etapa da normaliza-ção institucional.

O projeto, malgrado os reveses corrigi-dos pela mão pesada do ex-Presidente, é,em essência, um. projeto que assimila gra-dualmente as aspirações nacionais. O gra-dualismo não está medido ou pelo menosnão está medido no campo de percepçãodos náo iniciados. Mas pode-se prever quenão se esgotará no longo período de presi-dência do General João Figueiredo a im-plantação de um modelo democrático defi-nitivo. Os assessores do Presidente, entro-sados no planejamento estratégico, assegu-ram, por exemplo, que não haverá em 1984eleição direta para Presidente da Repúbli-ca. Como eles têm acertado até aqui emtodas as suas predições e em todas as suasmanipulações políticas, é de presumir-seque isso venha a ocorrer, embora tenha se{ornado difícil manejar novamente o cole-gio eleitoral para adaptá-lo à realidade quesaltar das urnas de 1982.

Ora, não queremos duvidar da pré-ciência do Sr Heitor Ferreira, mas comotemos tempo e obstáculos pela frente nãocusta especular em k)rno da hipótese deque o panorama poderá alterar-se em se-guida à próxima eleição de tal forma que aopróprio sistema seja mais interessante umaeleição direta para Presidente da Repúbli-ca do que uma eleição indireta. Embora abase municipal do Colégio seja escassa-mente afetável pelo resultado eleitoral, apossível conquista pelos Partidos de oposi-cão dos Governos do Rio Grande do Sul,Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, MinasGerais e Pernambuco — ainda que a previ-sáo possa falhar em um ou dois dessesEstados — alterará o quadro de influênciaspolíticas e criará pólos de atração novossobre os membros do referido Colégio.

Nâo consideramos necessariamente an-tidemocrática a eleição indireta do Presi-dente, desde que o processo seja honesto,tanto na composição do Colégio — honesti-dade que náo estava no pacote de abril,substituída que foi pelo cálculo malicioso —como na realização da convenção nacional,a que é inerente autonomia e a que éindispensável a liberdade de debater e es-colher. Mas o Sr Heitor Ferreira, homem decuja inteligência dão notícia tantos quantosfreqüentam o Palácio do Planalto, poderáesquecer por alguns momentos o dogmatis-mo que se inspira numa sucessão de vitó-rias irretocáveis e encarar o futuro comuma margem de dúvida—pelo menos aque-Ia dúvida metódica aconselhada por Des-caries — que lhe permita prever alternati-vas, quando nada para prover. Se o plane-jamento estratégico é essencial, nem sem-pre conduz ao êxito. Se o conduzisse, nãohaveria batalhas perdidas, pois todos osgenerais vão ao campo de luta armados deum plano de combate que lhes parece omelhor, senão o infalível.

O Senador Luís Viana Filho, Presidentedo Senado, não considera inviável um açor-do entre o Congresso e a Presidência daRepública em torno da emenda patrocina-da pelo Sr Flávio Marcílio destinada arestituir a autonomia do Poder Legislativo.O Presidente da Câmara dá o texto comonegociável e o Executivo, também. Como hádispositivos de que deputados e senadoresnáo abrem mão e dispositivos de que oPresidente da República também nào abremão, haverá sempre uma margem de enten-dimento em torno do que não é objeto deveto de parte a parte e a possibilidade deconcessões de ambos os lados.

¦ ¦ ¦

O Deputado Roberto Cardoso Alves ten-tou entrar no PP, onde se situam seusmelhores amigos, entre os quais o ex-Deputado José Aparecido, mas seus interes-ses eleitorais o fixaram no PMDB. Ele fezuma opção racional e cotnentou que empolítica não há espaços para decisões docoração.

m ¦ ¦

O Secretário-Geral da Receita, Sr Fran-cisco Dorneles, está implantando um siste-ma de controle e de fiscalização da receita,por via de computadores. Não só ele dispo-rá de informações de que necessitar o Mi-nistério da Fazenda a qualquer momentosobre a situação dos diversos grupos decontribuintes, como terá em mãos em ai-guns minutos os parâmetros para identifi-car erros, falhas ou fraudes nas declara-ções de renda das pessoas físicas e juridi-cas. Eleja tem a lista dos maiores contri-buintes, por exemplo, do Imposto de Rendae dos maiores devedores da Fazenda Públi-ca. A computação facilita a fiscalização e odesencadeamento de medidas corretivas.

Um dado: o maior furo na arrecadaçãositua-se na área do IPI. Industriais devemmais de Cr$ 7 bilhões ao Erário. Mas aReceita jâ este ano estará armada paradeixar de lado os inocentes e dirigir-sediretamente aos culpados.

Carlos Castello Branco

PT promove festa em Osasco Thales afirma que saídapara oposições é aliança

Sâo Paulo — Com as provft.veis presenças rio cantor Anto-nio Marcos e das atrizes ReKinaDuarte, Débora Duarte e BninaLombardi, o PT - Partido dosTrabalhadores — reMyst hoje, apartir das 15 horas, na cidadede Osasco, na Qrande Sâo Pau-Io, sua primeira grande o.oncen-tração popular no pais, Alémdos artistas convidados, os or-ganizadores esperam o coiiipH-

recimento de cerca de Ifl milpessoas.

O ex-Governador Miguel Ar-raes, que se encontra ern SftoPaulo, confirmou ontem aos or-ganlzariores da concentração,que comparecerá no final datarde. A concentração será co-mandada por quatro membrosda comissão de articulação na-cional do PT - o Deputadofederal Aírton Soares (SPi e ospresidentes rios Sindicatos de

Metalúrgicos de Osasco. HenosAmorina de Sáo Bernardo doCampo e Diadema, Sr Luis Iná-cio d» Silva, o Lula, e dos Ban-cários de Porto Alegre, Sr 011-vio Dutra

O Deputado estadual Eduar-do Mataravoio Supllcy oomuni-cou ainda que durante a con-centraçâo, a Sra Eunice Paiva,viuva do ex-Deputado RubensPaiva anunciará o seu ingressoe o de sua família no PT.

PILHAS VIRGENSD' Em Navio de luxo com Buffet a Bordo '•ITACURUÇÁEJAGUANUM*

Saldas Diárias do Rio 8.00 h. Retorno 18.00 h.

lê Passamar 236-4136 - 236-4505253-1125 - 233-8835

PíílíHWGRANDECIRCUITOBRASILEIROSALVAOOR RECIFE - NATALFORTALEZA SAO LUIS BELÉMMANAUS

19 DIAS-SAÍDAS:-Abril-06e09

Maio • 04 e 28 — Junho -10Julho-09 e 12Cr$ 43.700 p/pessoa*

AQUARELA

BRASILSALVAOOR RECIFEFORTALEZA BELÉMMANAUS

15 DIAS SAÍDAS:-Abril-13

Maio 04 .18 Jun-01 e 08Julho 04-07 e 13C$ 37.800,00 p/pessoa

S___l LUNSUUE NOS SÜBRE CONDIÇÕES DE PAGAMENTO MMAbrtulur Op*ra__ra Turiitíca Emb. 090002.no 6

abreuturRIO OE JANEIRO: Rua México. 21-A Loia Tels.: 232-2300 -PABXSÂO PAULO. Av. Ipiranga. 795 3." Andar Tels : 222 6233 -PABX

AVANTUR

MIAMIDISNEYWORLD'

9 dias - USS 945Saída: 31 marçoSemana Santa

COSTA A^COSTA

Miaml-New Ortaans-Li! VeiasLos Anjeles-S. Francisco— N.Yortt

16 dias — US) 1 750Preço Super-Especial

AtençãoFaca hoje sua reserva

para julhogarantimos o cambio

de hoie

EUROPA12 Roteiros Maravilhosos30 dias —saída: 26 abr

consulte-nos

U. S. A.JapãoOriente

23 dias - US$ 3 166S. Franc. — Hawaii — OsaKa —KiotoBangkoK — Hotig Kong — Tokio.

m _0>srv>--n.r\-v-rrw-lC:i^**Y-^ü£gURBI «ORBK

SEMANA SANTA 1980Cidades Históricas e Gruta de Muquiné • Vitória-Guarapari - Costa do Sol • Águas e

Praias Paulistas • Roteiro das Eclusas • Vale do Itajai • Campos dô Jordão • Cida-de da Criança e Simba Safari • Foz do Iguaçu - Argentina - Paraguai (7 dias).

NOVA JERUSALÉM - PAIXÁO DE CRISTO >\

ROTEIRO: Rio - Governador Valadares - Teófilo Otoni - Vitória da Conquista - Jequie ¦Feira de Santana - Maceió - Recite - Nova Jerusalém - Aracaju - Salvador -Porto Seguro - Vitória - Rio. DURAÇÃO: 13 Dias

VIAGEM AÉREA OU RODOVIÁRIAIda e Volta de Ônibus - Saidas 30e31 março

Ida e Volla de Avião Saidas 2 e 3 abril.Ida de Avião Volla de Ônibus - 2 e 3 abril.

CAMPOS DO JORDÃOHotel em Campos do Jordão. I. B. - SAIDAS- 15 22 e Z9 Marco. 12.19e 26 Abril 10.17. .4 e 31 Maio, Saídas Sábado p

manha e regresso Domingo a noite. DURAÇÃO 02 dias

ÁGUAS DE MINAS - PRÓ-ESTÁNCIAS - CAMBUOUIRA, LAMBARI. SÂC LOURENÇO E CAXAMBU• OURAÇÀ0: 03 DIAS • SAlDAS: 14, 21 e 28 Março, 13. 20 e 27 Abril.

TODAS AS VIAGENS EM ÔNIBUS COM AR CONDICIONADO

ROTEIRO DASMISSÕES BRASILARGENTINA-PARAGUAI-Rio-S. Paulo - Curitiba - Irai llhermasiSanto Ângelo Rumas de Sao Miguel -Sao Borta - Santo Tome - Posadas - Minas de San Ignacio Mini Encarna.lon ¦Assuncion - For do Iguaçu - Guaua(Sele Ouedasl Maringá - Londrina - S.Paulo • Rio DURAÇÃO. 13 DIAS -SAlDAS: 16 Março. 03, 14Ataril.05.16 Maio, 05 Junho, 11, 15, 18Julho.

FOZ - SETE QUEDAS •PARAGUAI-ARGENTINA SULGO BRASIL - MARAVILHOSAVIAGEM EM NAVIO FLUVIAL(EXCLUSIVIDADE DA URBI ET0RBI) - Oescendo o Rio Paraná aleguaira e continuando -de ônibus visi-lando Sao Paulo Pres Prudente Guaira. Sele Quedas Cataratas do Iguaçu.Pio. Pres Slroessner Assunção. LagoYpacaray Argentina. Curitiba. PonlaGrossa Vila VelhaDURAÇÃO 15 DIAS SAÍDAS: 11 Março,09 Abril. 06 Maio. 10 Junho. 08. 10Julho.

FOZ - PARAGUAI •ARGENTINA • Ônibus com arCONDICIONADO Rio Registro Cunliba. Vila Velha. Ponla Grossa. Guará-puava. Cataratas do Iguaçu. Paraguai(Pio Pres Stroessner). Argentina(Puertü Iguaru Missiones)OURACAO 07 DIASSAÍDAS: 15. 22, 29 Março, 01.

12.20 2BAbril. 01.10.18Maio. 02.15 Junho, 05,08,13. 16, 19.20.23Julho.

VIAGEM AO SULA MAIS COMPLETA EXCURSÃO AO SUL00 PAIS abrangendo SANTA CATARI-NA. PARANÁ. RIO GRANDE DO SULREGIÕES 00 VINHO UVA E 00 CAFÉida pelo litoral volla pela Sena. SaoPaulo Curitiba. Paranaguá. JoinvilleBlumenau llaiai Cambonu. Floriano-polis Cntiuma Torres. Porlo AlegreGramado. Caracol. Canela. Canas doSul Ganbaldi Benlo Gonçalves NovoHamburgo Lages. Vila Velha. PonlaGrossa. Londrina. Sao Paulo RioDURAÇÃO: 14 DIAS'

SAIDAS: 17 Março. 03,14 Abril. 06.14 Maio 06 Junho, 09.14.16 Julho.

CHILE

ARGENTINA sulD0 BRASIL-URUGUAI Sao Pau-Io. Curitiba. Paranaguá Joinville. Blu-menau. Ilaiai Cambonu Florianópolis.Torres. Gramado Canela. CaracolNovo Hamburgo Canas do Sul. PortoAlegre. Pelglas Chui MONTEVIDÉU.PUNTA 0EL ESTE. BUENOS AIRES (50IAS). Tigre y Oella dei Paraná. La Pia-Ia Mar dei Piala DURAÇÃO 19 DIAS

SAlDAS: 03.10 Abril. 09Maio. 10 Junho, 10. 12 Julho.ida Ônibus - volta ônibus ouNAVIO.

SUL 00 BRASILCOM FOZ DO

IGUAÇU Rio Curitiba Paranaguá.Joinville. Blumenau Vale do llaiai.Cambonu Florianópolis. Criciúma.Torres. Osono Porto Alegre NovoHamburgo. Gramado Canela. Cascalado Caracol Canas do Sul Lages. RioNegro. Curitiba Vila Velha. Fo; doIguaçu. Pio Pies Slroessner (PARA-GUAI) Puertu Irjud.u lARGENTINA)Guarapuava. Londrina Sao Paulo Rio.DURAÇÃO: 17 DIAS SAlDAS: 12Março. 03. 10 Abril. 07 Maio, 07Junho. 08, 14 Julho.

BAHIA ENCÃNTADORAECAMINHODO DESCOBRIMENTORio de Janeiro-Cosia doSol-Saquarema-Araruama ¦ Barra de São João ¦ Rio dasOstras - Macaé - Campos - Guarapari -Linhares -Teixeirade Freitas -MonlePas-coal - Porto Seguro - Santa Cruz de Cabra-lia - Salvador (4 dias) • Ilhéus - Itabuna -São Mateus - Vitoria - Vila Velha - Rio deJaneiro. (Regresso opcional de avião, dacidade de Salvador no 8° (oitavo) dia daExcursão).Duração 10 dias. Saídas: 12Março.12Abril.12Maio.12Junho. 07, 14, 19'Julho.

MATO GROSSODO SUL E DONORTE PANTANAL

5 ESTADOS E BOLÍVIA -Conheça o maismisterioso Estado do Brasil, Rio. Angrados Reis. Parati. Ubatuba, Caraguala-tuba, S. losé dos Campos, S. Paulo,-iirinh_s. Pres. Prudente, Pres. Epitá-cio, Campo Grande. Corumbá, PuertoSuatez (Bolívia). Uberlândia, Crabá,Ãguas Quentes (40°C). Rio Verde, Ri-beiráo Preto, S. Paulo-Rio. DURAÇÃO-14 DIAS. SAIDAS: 13 Março, 03,15 Abril. 06.15 Maio. 05 Junho. 07.14,15 julho

TRANSBRASILBELÉM • BRASÍLIA •

TRANSAMAZONICA • MANAUS

(ZONA FRANCA) NORDESTE.ÔNIBUS DE LUXO CARCONDICIONADO Rio Belo Hortronie 8rasilia Anápolis. Goiânia. Ce-res Transania.onica Rio TocantinsImpetatri. Belém Manaus (OPCIONALOE AVIA0I Caslanhal Capanema Sla.Ines. Sao Luir Gruta de Ubaiara. Teresina Sobral Fortaleza Mossoro. Na-lal João Pessoa Recite. Olinda. NovaJerusalém. Maceió. Aracaiu. Salvadorllabuna Ilhéus Vilorie da ConquistaPorto Seguro Vitoria Guarapari Cam-pos Niterói (Ponte). Hio OURACAO 25DIAS-SAlDAS.16 Março. 04. 05.16 Abril. 05 06 16Maio. 03. 04,16 Junho. 01. 02. 03;04 Julho.

BRASÍLIA CALDASNOVAS (3 DIAS) • ARAXATRIÂNGULO MINEIRO - Rio. Junde Fora Barbacena Belo Hon.onleTrês Manas Cristalina. Brasília. Ci-dade Livre Cidades Satélites Anapolis Goiânia. CALDAS NOVAS (pousadado Rio Quente). Uberlândia. Uberaba.ARAXA Ribeirão Prelo Campinas SaoPaulo Rio OURACAO II DIAS

SAlDAS: 20 Março,.-, e 16Abril,02 elEMaio. 06. 18 Junho09 16 e 22 Julho.

BARILOCHEÔNIBUS NAVIOAVIAO

Rio Curitiba Porlo AlegreMontevidéu Punia Del Esle BuenosAires La Piala Mar Del Piala Baia

Blanca Neuquem Bariloche BUENOSAIRES embarque em transatlânticocontinuação de ônibus via RosárioSanla Fe Resistência Pilca Mayu

Assunção Fo; Pio SlroessnerCuritiba Rio IDA E VOLTA DE ÔNIBUSDURAÇÃO: 21 DIASSAlDAS: 0B Abril. 08 Maio, 11, 13,19 Julho.

COMPARE0s preços, a duração a cale-goria dos holeis. as refeições,o transporte, a Iradiçjo de 18anos o bom serviço, o linan-ciamenlo em 2 veies s |urorou em ale 10 pagamentos compequena enlrada.

DO ATLÂNTICO AO PACIFICO • Rio. Currliba. Fo; Assunção. Sla Fe. Cordoba. Travessia dos Andes.Santiago V:na fiel Mar Região dos Lagos Chilenos. Bariloche Baia Branca. Mar dei Piala Buenos Aires Montevidéu Puniadei Esle. Porto Alegre. Curitiba. DURACÁ0: 25 a 30 0IAS SAlDAS: 02. 05. 07 Abril. 02, 07 Maio. 02 Junho. 02, 15 Julho

URBI ET 0RBI Rua Sao José. 90 - Gr. 2003 - Tels: 242-0447 - 242-8300 252-0008 - 263-8992' -222-7579 • 232-0444 - 232-4555 - 263-8898 - FILIAL: Rua Santa Clara. 75 - Gr/707 (Esq. Av.Copacabana) Tel 236-0107 • Emb. 08003350 07 emb 3« cat a rj

ai

Brasília - O Deputado Thales Ramalho,líder do bloco parlamentar do Partido Popularna Câmara, considera oorno uma saída vitalpara os quatro Partidos de oposição e a eonsti-tuiçào de uma aliança parlamentarem tomo deum programa comum resumindo as diretrizespelas iiuais se balem as oposições. como elei-çôes diretas. Constituinte e prerrogativas doCongresso

O parlamentar pemamhueano alega que iso-ladamente os Partidos oposicionistas - PP,PMDB PTB e PT - apresentam-se sem forçapara muitos atos legislativos, nào podendonenhum deles sozinho requerer sequer umaComissão Parlamentar de Inquérito ou apre-sentar uma proposta de emenda constituclo-nal!" Dai por que nossa melhor saída será umaaliança parlamentar"

O líder do Bloco do PP na Câmara dosDeputados negou que estivesse em marchaqualquer gest.ào para fundir aquele Partidocom o Partido Trabalhista Brasileiro patroci-nado pelo Sr Leonel Brizola.

- Eu pelo menos náo tenho conhecimentode nada a este respeito E possível que a noticiatenha-se originado no fato de se terem encon-trado uma vez os ex-Oovernadores RobertoSantos, da Bahia, e Leonel Brizola. do RioGrande do Sul Náo posso sequer informar seeles talaram em fusão.Mas <ieria possível a fíisào?

- Possível e. porque em política tudo í possi-vel quando a lei permite No caso, haveriaentretanto algumas situações a contornar eresolver A primeira delas e que teriam as dua»agremiações que realizar convenções que auto-rizassem a ftisão e ate mesmo modificar o»respectivos programas partidários Política-mente, haveria uma dificuldade a superar aqup se relaciona com a acomodação das diver-sas tendências políticas numa Ptitidarie única,com a circunstância de que a direção provisóriado Partido Popular ja esta constituída, nelafigurando representantes cie uma corrente coma qual os trabalhistas parecem pouco inclina-dos a conviver, os chamados chaguístas.

voce na ^SEMANA SANTA

Cidades HistóricasCongonhas do Campo Ouro Preto Rarbacena Mariana

Sabara ¦ Belo Horizonte Gruta de Maquine |Partida dia 3 de Abril \

Nova Jerusalém.1 Recifp Pernambuco :>I*T Partida dia 3 de Abril "

^f_7\t a iiiiMf •nui Rua Buenos Aires. 2 301IIUl! IIII I! li llll leis 242-1561 222,5782

'"¦'':\V-\ ;:.v:...*

.:,-:,/&¦¦¦¦¦*¦ % m^- «S

__p^''fl""i________-

BHJ1

SEMANA SANTA— Neste feriado aproveite e sele da rotina —

OPÇÕES GRANTUR4 di» em: Saídas.3 da abril

GUARAPARI «Hotel Coron«do lfr.nt» para o m»rl — Y00 . <..

SALVADOR - Hotal Maridi-n - Voo Cruzeiro

BUENOS AIRES-Hotal Cantor.-Vóo Aerollneas Argentinas

Financiamento: em 2 vezes s/juro» ou em 6, 9 e 12 vezes.- Procura o *eu agente de Viagans -

MARAVILHOSAUWtg-wevOfcrfd

(fobreuDESDE 1840

SAIDAS OO BRASIL 1980MAR. 12.1. A8R 02.09.16.30MAI.14 JUN.04.2b,2-JUL.02,05.09. 12. 16. 19.23.26.30 AGO 20SET 17.24 OUT.08.?íl NOV 12

8, IB, 28 ou 30 OI »S

mim . cuo «Maior • OKUINDOW»tl DISMFr «mm. - *ISH«f.l0Mlurrtio • NUM»» nus • roKDHioMONIREM • HtVI T0«K ¦ S FIMHtISCOLIS VEtUS • tüS UGItfS • «CHftllCOMEIIC0

^uii-S-ti. nos suam cimnu oisa^"" IH PAGAMENTO "-abreutur

RIO Dí IUNEIBO: Rua Menca -1-»Te).: -32-2300 PABX

SÀO PAULO: *... Ipii.nii. .9. ¦}.° mi.IH.: 222-6233 PABX

.•/»•, "/JC*- Maiores Informações:

iranl-iiit Grantur'„™ U' ; °Perador8 de Tuir-mo Ltda

-_*__?-_*.'•¦'" :_ l Tels.: 240-5334 — 240-4885Os melhores roteiros para melhores viagens

ILHA GRANDEHOTEL #

FAZENDA

NOVO TELEFONE'

PARAÍSO

s&273-7797

£v7l abreu_£_=m iiii_=_>

&¦"

'feii-H ^̂. \ 3 magníficas excursõesEUROPAMARAVILHOSA

«3 A 35 DIAS-10 PAISESMAR 27 ABR XI3. 10. 17.24. 26.28.29.30 MAI 08. 15.22.29 -JUN. 05.12. 19.23. 26.28.29,30-JUl 01,02.03.04.05.07, 10. 17 24.31-AGO 07, 14. 21,28-SEI 16,17. 18.20. 25 - 0UT 02,09

EUROPA COM GRÉCIAE PAISES DE LESTE

•S A 34 DIAS -11 PAISESABR. 19.26 MAI 24 JUN. 21.28-JUL 05. 12, AGO. 02. 09 ¦SET. 20.27

ROSSIA. EUROPA DELESTE _ ESCANDINÁVIA

31 A 36 DIAS • 13 PAISES |JUN. 24 JUL 29 AGO. 05

GRANDECIRCUITO EUROPEU

ff ASO DIAS-11 PAISESABR. 21 MAI. 19-JUN. 16 JUL 14AGO. 18 SET. 15

SAGA ESCANDINAVA 19 A IO DIAS-9 PAISESJUN. 29-JUL 06 AGO 03. 10

OCIDENTE EUROPEU 14 A13 DIAS-«PAISESMAI. 14,28-JUN. 04,30 JUL 02.09.16

DE LONDRES .AO MEDITERRÂNEO

13 A15 DIAS-4 PAISESJUL. 25-AGO. 01.29-SET. 17

EUROPA COM ALPESE LAGOS SUÍÇOS

MA lê DIAS -7 PAISESJUL. 29 • SET. 02,16

EUROPA E PAISES DELESTE

11 A19 DIAS -11 PAISESMAI. 22-JUN. 26-JUL 24,31-AGO. 07 SET. 18 ¦ 0UT. 23

Preços desde US$1-295?°CONSULTE-NOS SOBRE CONDIÇÕES DE PAGAMENTO

abreuturDESDE 1840

RIO DE JANEIRO Rua México. 21-A Lo|a Tels 232-2300 pabxSAO PAULO Av iDiranqa 795 - 3° Andar Tel 222 6233 pabx

Ebl 08OO5S100 9/RJ Abreulu Operadora Turística Emb 090002600 6 Ebl 080058101 6/SP

**l R i\

Page 4: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

Nemmuito,

nempouco

espaga

Estdgamedidacerta

para voc6 viverbem.

O que voce precisa e de um espago A &rea de lazer tem tudo o que osideal para viver bem. seus filhos adoram: sauna, piscina

Foi assim que planejanrtos o seu e playground.

^WPnwWwrrfl^^ WK'to no ponto mais nobre de 0

pre{o esta na medida do3 ii F.I k 1 j Ua Isabel. seu or?amento.

¦¦¦KHrigniMriwBaalBli^HII Compare a rtietragem desta planta cinai crt 7<«unnI Baa I com tiido o que voc& jiviu: varanda, ENTRADA........7.V.V.Crl 26!24o!oo

sal&o, 2 amplos quartos (1 suite), 2 MENSAIS Crt 3.280,00banheiros, copa-cozinha, Saldo em at£ 15 anos pcia C.E.F.dependdncias e 1 ou 2 vagas na c . . .garagem. Ediffcio com 2 frentes (para escdL umaP^?cobrrtura?de3°qSrtLa rua e para a praga), em centro com um excelente tenrago.de terreno.

RuaTorresHomem,242.

VilalsabeLCorretores no local at6 &s 22 horas.

quarto ~

«-a : jIncorporatSo e eonstru?So:

U^DECTA

Stnborporatad: Fln»nclamento: Planejamefitoevendas: ^

SET0R RcURTiCASTRO IHW : CRECJ..126

Av.Lineu de Paula Machado,64-Lagoa PBX 266-3122

H

O que você precisa é de um espaçcideal para viver bem .

Foi assim que planejamos o seuapartamento no ponto mais nobre deVila Isabel.

Compare a metragem desta plantacom tudo o que você já viu: varanda,salão, 2 amplos quartos (1 suíte), 2banheiros, copa-cozinha,dependências e 1 ou 2 vagas nagaragem. Edifício com 2 frentes (paraa rua e para a praça), em centrode terreno.

A área de lazer tem tudo o que osseus filhos adoram: sauna; piscinae playground. r:

O preço está na medida doseu orçamento.SINAL....... ..Cri 7.504,00ENTRADA........i.....Cr$ 26.240,00MENSAIS. .......Cri 3.280,00

Saldo em até 15 anos pela C.E.F."

E se você precisa de mais espaço, podeescolher uma das 6 coberturas de 3 quartoscom um excelente terraço.

EDIFÍCIO

Corretores no local até às 22 horas

IncorporaçSo e construção

Financiamento:l« (CM4MCA KJXMl|^

Incorporação:

¦SÍLW

Brizola pede a Figueiredo Deputado tentará hoje

convocação da Constituinte com vereador por fim

para apressar a democracia à crise de São Gonçalo

Porto Alegre — O ex-Governador Leonel Brizola,em paJestra pela Rádio Farroupilha encerrada na ma-drugada de ontem, disse que o Presidente João Figuei-redo precisa acelerar o processo de democratizaçãoconvocando uma Assembléia Constituinte, "pois a na-ção não vai aceitar a escolha do seu sucessor na basedos mesmos processos autoritários."

Depois de pedir ao Governo "o equilíbrio e acompreensão de concluir este período de transição, e opatriotismo de abrir caminho para as novas geraçõesdo povo brasileiro", o Sr Leonel Brizola afirmou que seuPTB "não ressurge para ninguém, pois não temos umavisão catastrófica do Brasil."

ORGANIZAÇÃO POPULARReunindo cerca de B mi) pes-soas no Salão dos Capuchi-

nhos, em Caxias do Sul, de on-de foi transmitida a palestra, oSr Leonel Brizola disse acredi-tar no futuro "porque este paistem um grande povo, que ad-quirlu uma grande consciêncianestes 15 anos de humilhaçõese de sofrimento. O PTB é umamensagem de esperança, que onosso pais vai ingressar numperiodo de liberdade, de demo-cracia, e sobretudo de grandecriatividade por parte dos seusfilhos".

Para a implantação "da ver-dadeira democracia", contudo,"o único caminho é a organiza-ção do povo", prosseguiu. "Onosso Partido é o grande instru-mento para realização dos di-reitos e das aspirações do povo,mas se elegermos um Presiden-te com uma multidão desorga-nizada atrás, ele só terá umdestes dois destinos: ou um tirono coração, como aconteceucom o Presidente Vargas, ouum golpe de estado, como so-fteu o nosso Presidente JoãoGoulart. Porque um povo de-sorganizado não respalda a umGoverno que queria enfrentarforças altamente poderosas sobtodos os pontos-de vista, embo-re minoritárias "

Depois de afirmar que "a le-galização do PTB é segura co-mo dois e dois são .quatro" eque 'o pluralismo democráticonão pnrimá existir sem a pre-sença legai e atuante do PTB",o ex-Govemador gaúcho ressal-tou que, "em centros da maisalta responsabilidade em ma té-rias internacionais, existem es-tudos que o ressurgimento doPTB em nosso pais será umfator decisivo para a democrati-zaçáo da América Latina, paraa libertação dos povos latino-americanos de todas as ditadu-ras que os oprimem".

Em entrevista na tarde ante-rior, também em Caxias do Sul,

terra natal do presidente doPMDB gaúcho, Senador PedroSimon, o Sr Leonel Brizola dis-se não ter idéia de quanto tem-po vai durar o atual regimebrasileiro. Embora ressaltandoque o processo de transição"náo é tão rápido quanto desejao povo", ele reiterou que "noBrasil hão irá haver uma derru-bada. A transição é um pouco alição que recolhemos do con-texto que ai está, como tam-bém um pouco da tradição bra-sileira. O brasileiro dá um jeiti-nho em tudo".

"A grande saida para o Gene-raJ Figueiredo", prosseguiu, "éser sensível às aspirações na-clonais e assumir realmente es-ta posição de Presidente detransição, de ponte da tiraniapara a liberdade, da opressãopara a democracia. Acelerar asmedidas democratizadoras e fa-zer com que tudo desemboquenuma Constituinte. Assim elepoderá superar, lhclusive, as di-?culdades quase intransponi-veis para a escolha de um su-cessor à base dos mesmos pro-cessos autoritários. A socieda-de brasileira não vai aceitar."

O PTB e o Senhor, particu-lánnente, podem manter rela-ções cordiais com as ForçasArmadas?— Não há dúvida que as For-ças Armadas estão, pouco apouco, reassumindo as suasfúnções constitucionais, assuas funções normais no con-junto da sociedade brasileira.Creio que o nosso dever é esti-mular, colaborar para que oambiente político favoreça estatendência. Creio que tambémas Forças Armadas irão fazeruma avaliação do que aconte-ceu no Brasil, e o julgamentonão poderá ser diferente daqui-lo que é obvio, de que estes 15anos foram um fracasso. Então,uma visão sobre saldas para onosso pais deve também serdiscutida e assimilada pelasForças Armadas.

São Gonçalo - O Deputado federal e Vlce-Prefelto deSão Gonçalo, José Alves Torres (PDS), vai-se encontrai' hojecom o presidente da Câmara de Vereadores, Arismar Dias(PP), para tentar pôr flm à crise política no Município, ondeo Prefeito Jayme Campos foi afastado durante 12 dias docargo e está ameaçado com nova denúncia de infraçãopolitico-administratlva.Só hoje o órgão oficial da municipalidade, o jornal O SãoGonçalo, publicará a exoneração do secretariado provisório,' nomeado na curta gestão do Sr Arismar Dias, e a nomeaçãodos novos secretários, fato que revelaria a disposição doPrefeito Jayme Campos, reintegrado no cargo na últimaquarta-feira, de fazer uma composição política com osvereadores.

Quem ficaDos secretários do Prefeito interino Arismar Dias, o SrJayme Campos manterá o de Fazenda, Air Barbosa, afas-tando seu antigo colaborador, Fernando Vaqueiro, aponta-do como um dos motivos da crise entre o Executivo e oLegislativo de São Gonçalo.Como secretários serão reempossados, os Srs AécioNery, (Obras), Aguilar Santos (Administração) e NelsonCampos (Superintendente de Compras). Em outros atos,três antigos secretários também voltarão a ser nomeados,mas com a ressalva de que "respondem pelo cargo", o queindica estarem passíveis de substituição breve. São eles osSrs Reinaldo Silva (Divulgação e Turismo), Luis Vianna(Educação) e Clóvis Cavalcanti (Saúde).

EditalA edição de O São Gonçalo de hoje publica tambémedital de citação do Sr Jayme Campos, denunciado comoinfrator do Artigo 127 da Lei Orgânica dos Municípios, "por

ter contratado 1 mil 353 servidores, sob o regime CLT sempublicar os respectivos atos" A partir de hoje. o Prefeitodenunciado tem cinco dias e prazo para apresentar suadefesa prévia à Câmara de Vereadores.

Na sessão de quarta-feira última, a denúncia foi aceitapor maioria simples, através de 11 votos a favor e doiscontra. Para que o processo contra o Prefeito Jayme Cam-pos seja levado avante, o plenário deverá manifestar-seatravés do voto de, pelo menos, dois terços da Câmara.Assessores do Sr Jayme Campos confiam que, "destavez, o processo não terá curso, pois o Prefeito terá nomínimo, oito vereadores conscientes, votando pelo arquiva-mento da denúncia e impedindo nova manobra do bloco doPartido Popular para afastá-lo do cargo".

• DISNEYWORLDEMIAMISaída: 27 março Regresso: 05abrilRÜDOVI AR IA com ar cohcíicioii<h1o)POÇOS DE CALDASCIDADE DA CRIANÇA/SANTOS/GUARUJASaídas: 03 de abril Regresso: 06 de abril

Itatiaiaturismo

Av. Rio Branco, 120 - S/Loja 1Tels: 231-2418 - 283-8494EMBRATUR 0800400900.0 RJ

Simon defende união

contra a rebeldiaO Senador Pedro Simon de-

(tendeu ontem a união das opo-sições "antes que o povo, nodesespero dos justos, só tenha asolução de rebeldia, que nin-guém quer adotar, pois acredi-tamos na democracia para su-perar a voragem de um capita-lismo que não tem mais respos-tas a oferecer ã sociedade brasi-leira".

No seu discurso na concentra-çáo do PMDB em Santo Ànge-lo, o Senador Pedro Simon ga-rantiu que o PMDB gaúcho ,!ja-mais transacionará com os do-nos do Poder, que entregaram o /pais à exploração de poderososgrupos' financeiros internado-nais e que reduziram as condi-ções de vida do nosso povo aum simples e lamentável esta-do de sobrevivência".

IMPACIÊNCIA%

Para o Senador Pedro Simon,"o povo não tem mais condi-ções de esperar pelo tempo quese requer para a implantaçãode nenhum projeto político, ematenção às vaidades pessoais.Acima das pessoas e de suasjustas reivindicações por posi-ções de comando político, estáo desespero que já se evidencianos lares e nas ruas. A fome, ébom não esquecer, é má conse-lheira".

Nobre faz

palestra

radicalSào Paulo — "No Brasil, a

democracia ainda está muitolonge", afirmou ontem o líderdo PMDB na Câmara, Depu-tado Freitas Nobre (SP), du-rante uma palestra sobre aconjuntura política do país,na abertura do Io Encontrode Bases do Partido na Capi-tal e no Interior do Estado deSão Paulo.

Promovido pelo Deputadoestadual Fernando Moraes(PMDB), o encontro reúne re-presentantes de 41 municí-pios do Estado na Assem-bléia Legislativa, e será en-cerrado hoje, às 18 horas, comum pronunciamento do ex-Governador Miguel Arraes,sobre o tema A Soberania Na-cional Em sua palestra, o De-putado Freitas Nobre criti-cou a i*;i Falcão a Lei deSegurança Nacional e a Leide Greve, e considerou a de-mocracia longe, porque "osinstrumentos da ditadura es-tão todos ai, montados, into-cados. E os que os utilizaramestão nos mesmos postos,ocupando as mésmas posi-ções".O Sr Freitas Nobre conside-rou a Lei de Segurança Nacio-nal "a mais ditatorial de nos-sa História, porque ela admi-te que o Governo proceda en-díiadramentos' e aplique pu-mçoes até poi hipóteses So-mos talvez o único pais domundo em que uma pessoaiiode ser punida por simplessuspeita, mediante uma hipó-tese levantada pelo Go-verno".

Entende o Sr Pedro Simonque o PMDB será o grande Par-tido nacional e popular para asolução iqiediata, "tão imedia-ta quanto reclama o sofrimentodos brasileiros, da terrível e de-sumana crise nacional, geradano ventre impuro do arbítrio".

O Sr Pedro Simon criticouindiretamente o ex-Gover-nador Leonel Brizola, rememo-rendo a formação do MDB e oposicionamento nas eleições de1970 de "alguns, distanciadosdos acontecimentos, insensi-veis ao sofrimento da nação,que preferiram pregar o votoem branco a somar forças noenfrentamento do arbítrio".Observou, ainda que, ao mes-mo tempo, "a maioria da nossagente tinha seus lares, suas in-dividualidades, suas consciên-cias violentadas pela opressão,que negava a quem e a quantosa ela se opunham o direito deexistir".

À violência respondemossempre cóm a inflexível dispo-sição Ide luta pela libertaçãonacional das amarras do capi-talismo selvagem, invadido queestava o pais pelos apetites dasmultinacionais", acrescentou.Em nova refereftcia ao Sr Leo-nel Brizola, o Senador gaúchodisse que "quem quiser podenegociar com o Governo e como regime mas o PMDB jamaistransacionará com os podero-sos donos do Poder".

VOCÊ NÃO ESCUTA DIREITO?

PODE CORRIGIR, SABIA?

ARARELHOS

AUDITIVOS

viennaloneI AJUDAM A V. OUVIR I

E ENTENDER AS PALAVRAS I

[EM 12 PAGAMENTOS I

I SEJA QUAL FOR O GRAU DA SURDEZ |

EMBUTE NO OUVIDO DE USO SOB 0 CABELO SEM MOLDE. SEM FIOTESTE SEM COMPROMISSO EM SU» RESWÊNCH

HERMES FERNANDES S.A. vfteiinalOIie'CENTRO: Av. Rio Bianco 133-18." andaiCENTRO: Lgo. Machado 11 loja fI0TAF080: R. Voluntários da Patria 452 loja JCOPACAI: Av. Copacabana 542 Sr. 309C0PACAI: Av. Copacabana 945 S1106NITERÓI: Cel. Gomes Machado 404/5

IPANEMA: Vise. de Piiajá. 487 SL209TI JUCÁ: Conde de Bonfim, 370 SI 209MÉIER: DiasdaCiu;. 155 Gr. 601MA0UREIRA: Mana Freitas96Gi. 801PENHA: Av.Biás de Pina 24, CO-3S. HTE: Av. Afonso Pena 952 Gr. 522/24

COLÉGIO ARTE E INSTRUÇÃODESDE 1905, DEDICANDO-SE A EDUCAÇÃO

FUNDADOR: ERNANI CARDOSO

MATERNAL, JARDIM I E II, CLASSE DE ALFABETIZAÇÃO,1o E 2o GRAUS COMPLETOS.

CURSOS: PATOLOGIA CLÍNICA, QUÍMICA, NORMAL, ADMINISTRAÇÃOCONTABILIDADE E PRÉ-VESTIBULAR QUALIFICADO

CURSOS LIVRES: BALLET E JUDÔCONDUÇÃO PRÓPRIA - PROFESSORES ESPECIALIZADOS

ÚLTIMAS VAGAS

Av. Ernani Cardoso, 225/237 - Cascadura - Tels. 390-4850, 229-0493

•.Jantar

q.«np.

Planejamento e vendas:

cumcAsntoCRECIJ 1126

Av.Lineu de Paula Machado,64- Lagoa PBX 266-3122

VOCE SABE COM QUEMI /J| >—^ LWTJM\ 30 BB jjii fek.

instalar um telefone, peça primeiro para ver suaidentificação e a papeleta da

BBQ ¦BLflHl^HB^HBHflH^^IAHB técnicos que fazem esses serviços estão devidamentecredenciados pela TELÉRJ. Portanto, exi|a sua identificação.E a garantia de que você estará falando com a pessoa certa.

Avise também a sua família.

A TeieRJTeiecoMUNicações oo rio oe jaiveiRo s.a.

JORNAL DO BRASIL U domingo, 9/3/80 |_J I" Caderno POLÍTICA E GOVERNO - 3

Sarney

vai a

Sergipe

Aracaju — Com 12 dos 18deputados estaduais, três dosseis federais; dois senadores e87 prefeitos dos 74 municípiosserppanos. o PDS será insta-lado oficialmente, amanhã,com a presença do presidentenacional do partido, SenadorJosé Samey O GovernadorAugusto Franco, articuladorda agremiação no Estado,disse que a solenidade será

uma demonstração de que "opovo confia no Presidenta Pi-gueiredo e a prova disto e queo PDS, em Seiyipe. será amaior agremiação parti-daria"

O governador sergipanodisse também que, "durantea fase de definição dos pohti-cos, o Governo náo prometeunada. Os que optaram peloPDS fizeram voluntariamen-

te Nos não convidamos nin-tçimrn"

Depois do PDS, a segundaforça política em Sergipe e oPartido Popu la re em terceirovem o PMDB. que possui ape-nas o Deputado FederalJackson Barreto, os Depute-dos estaduais Leopoldo Sou-za e Jonas Amaral, e o ex-Deputado federal e candidatoderrotado para o Senado, Jo-sé Carlos Teixeira.

M

o

mm

Page 5: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

llg||iillite

N

4 — POLÍTICA E GOVERNO JORNAL DO BRASIL ? dom nqo, 9/3/80 ? Io Coderno

PDS pode

dar direção em Minas ao PSD mas não para Bias

Brasília — O Presidente Joáo Fiirueiredo 11 nomes narn a riirer.nn rin PDS minpirn Prpstriontp Anr#»Unnn rhoimc ... -P-

Congresso

examina

nove vetos

Brasília — Nove vetos pre-sidenciaís a projetos de leiserão apreciados nos próxi-mos dias pelo Congresso Na-cional, mas as lideranças doGoverno no Senado e na Cá-mara dos Deputados estãotranqüilas, confiantes em quea exigência do quorum dedois terços afasta desde logoqualquer hipótese de derrota.

O mesmo não ocorre comas 70 propostas de emendaconstitucional apresentadasnas duas Casas, que exigirãodos lideres governistas, Sena-dor Jarbas Passarinho (PA) eDeputado Nelson Marchezan(RS), um trabalho de persua-são dentro do próprio PDS,çmbora desde 1964 não hajacaso de rejeição de vetos doExecutivo pelo Congresso.

SUBLEGENDA

Dos vetos a serem próxima-mente apreciados, o únicoque poderia levar a algumadiscussão é o do PresidenteJoão Figueiredo a alguns dis-positivos do projeto da refor-ma partidária. Ainda assim,nem este despertará maior in-teresse dos congressistas, de-vido à exigência do quorumde dois terços para sua rejei-çào. Como os demais, esseveto deverá ser lido em ses-sâo morta, a não ser pelo pro-nunciamento de um ou outrolíder que poderá ir aos micro-fones para fixar posição.

Na mensagem com que en-caminhou o veto à extinçãoda sublegenda, o Presidenteda República faz a defesa doseu uso a nível municipal, di-zendo que "assegura a plenamilitáncia entre correligioná-rios, em disputa de escritolimite local, mas unidos nalealdade à mesma sigla, valedizer, aos mesmos princípiosprogramáticos".

Não cabe o argumento —adianta—de que a sublegen-da não se concilia com o plu-ripartidarismo. Tal ocorreriase extensiva a todos os níveis.Limitada ao município, aten-de às finalidades e motiva-ções de suas lutas, sem refle-xos prejudiciais à unidade doPartido. O que não pareceacertado é constranger cida-dáos identificados com as Ü-nhas doutrinárias do Partidoa abandoná-lo sob a pressãode razões meramente locais.

Esse trecho da mensagempresidencial, verdadeira de-claraçáo de princípios emmatéria de sublegenda, pres-supõe uma correção posteriorna política do Governo, por-que segundo a Lei 6.767, dareforma partidária, a institui-çáo da sublegenda não se li-mita aos pleitos municipais.

SALÁRIOSEm outra mensagem, o Pre-

sldente Figueiredo consideraque a unificação dos valoresdo salário mínimo em todo opais é "uma disposição pro-gramática oportuna e váli-da", mas sua determinaçãode alcançá-la de imediato"não se compatibiliza com arealidade a que tem de ajus-tar-se a previsão legal paraatender sua finalidade".

Trata-se do veto à expres-são "no exercício seguinte",que figurava no Artigo 19 doprojeto sobre a correção auto-mática dos salários. Segundodispositivo parcialmente ve-tado, já a partir do próximoano o salário mínimo deveriaser o mesmo para todas asregiões do país.

O terceiro veto que o Con-gresso terá de examinar embreves dias é o que impediu aaposentadoria proporcionalaos funcionários públicos. OGoverno considerou que issoseria contrário à administra-çào, por acarretar evasão emmassa de funcionários e au-mento da despesa pública.

JUÍZES

Outro veto foi o que incidiusobre dispositivo de um pro-jeto de lei pelo qual o juiz quefigurasse pela terceira vezconsecutiva em lista de mere-cimento teria que ser promo-vido. A Constituição dispõeque esta promoção compul-só ria só se dará quando setratar da quinta vez.

O Presidente Figueiredovetou também, integralmen-te, o projeto de lei da Câmarados Deputados pelo qual seatribuiria aos excombatenteso privilégio de não estaremsujeitos a teto de contribui-çào para a Previdência So-ciai. Alegação do veto: a eü-minaçáo dos limites pretendi-da "viria atender apenas auma minoria, assegurandovantagens especiais a algunspoucos excombatentes, aosquais o cumprimento do de-ver de defesa da pátria nãoatingiu de forma a diminuir acapacidade laborativa, o quenão seria justo, equànime econstitucional, pois o amparoque o legislador visa a pro-porcionar aos combatentesdeve beneficiar principal-mente aqueles que sofreramas conseqüências maiores daguerra."

Outro veto total atingiuprojeto de lei da Câmara quereduzia contribuições de em-pregadores rurais ao ENCRA.

Brasília — O Presidente Joáo Figueiredodeverá ser o árbitro de decisão sobre osproblemas criados com a organização dacomissão regional provisória de Minas entreos antigos udenlstas e pessedistas, parecen-do inteiramente afastada a hipótese de esco-lha do Deputado Bias Fortes (PSD) para apresidência do PDS mineiro, face à reaçãodo ex-Deputado José Bonifácio.

Os pessedistas continuam declarandoque a presidência deve caber a eles, a fim deque seja respeitado compromisso assumidopelo falecido Ministro Petrónio Portella epelo Ministro Golbery do Couto e Silva. OVice-Presidente Aureliano Chaves, que jámanifestou apoio ao Governador FrancelinoPereira, disse náo acreditar que o Presiden-te Figueiredo tenha assumido o compromis-so sem o seu conhecimento.

Luta mineiraComo todos os governadores, o Sr Fran-

cellno Pereira comandou as articulaçõesque resultaram na escolha de uma lista de

11 nomes para a direção do PDS mineiro,sendo cinco do antigo PSD, cinco da antigaUDN e o Deputado Aécio Cunha, do ex-PR.como neutro, que assumiria a presidênciado Partido.

A lista era composta dos Srs AécioCunha, Homero Santos, Murilo Badaró, Car-los Eloy, Paullno Cícero, Rondon Pacheco,Ozanam Coelho, Joáo Navarro, Emílio Galo,Emílio Haddad e Dario Tavares. Imediata-mente após sua entrega ao Governo federal,a lista vazou para a imprensa, desencadean-do manifestações de descontentamento porparte dos pessedistas.

Ao se encontrar, há dias, com o DeputadoBonifácio José de Andrada, em Brasilia, napresença de vários políticos, o Ministro daJustiça, Ibrahim Abl-Ackel, criticou a listapreparada pelo Governador Francelino Pe-reira, ao afirmar que ela conseguira unirtodos em Minas numa posição contrária.Posteriormente, as sucessivas viagens doMinistro da Justiça a Minas irritaram osantigos udenlstas e, em particular, o Gover-nador Francelino Pereira e o Vice-

Presidente Aureliano Chaves.Ao se encontrar com vários políticos doPDS, na Embaixada da França, no ato sole-ne de entrega da comenda da Legião deHonra ao Sr Aureliano Chaves, o Governa-

dor Francelino Pereira disse que a rebeliãocontra a sua lista era uma rebelião contra asua autoridade.

Obstinado como nunca se mostrou, o SrFrancelino Pereira, numa conversa com umdirigente do PDS, disse que é homem decomposição e de tolerância, mas que saberámanter as tradições do Palácio da Liberda-de. náo permitindo que sua autoridade deGovernador do Estado seja abalada.

O Governador de Minas disse a diversosparlamentares mineiros dos dois antigosPartidos — como os Deputados HomeroSantos e Bonifácio José de Andrade — queaté terça-feira espera anunciar uma soluçãopara o impasse.

O ex-Deputado José Bonifácio, que aindanáo assinou sua ficha de filiação ao PDS —na expectativa da compsosiçáo da comissãoregional mineira — já advertiu o Governa-

dor Francelino Pereira de que não aceitaráque seu antigo adversario de Barbacena, oSr Bias Fortes, seja escolhido presidente doPDS.

Tendo em vista que o Ministro da Justiçaé o coordenador político do Governo federal,o Sr Francelino Pereira manteve sucessivosentendimentos com ele anteontem e ontem.O Governador de Minas, que regressará hojea Belo Horizonte, inclina-se por adotar umasoluçáo mineira para o problema.Nesse caso, seria resolvido, primeiro oproblema da composiçáo da comissão regio-nal, com a presença de elementos represen-tativos de todas as correntes. Só mais tardese discutiria o problema da escolha do presl-dente do Partido. Existe uma tendência

para aproveitar o Deputado Bias Fortes eum dos Andradas.Caso decida por essa soluçáo política, oGovernador Francelino Pereira substituiriao Deputado estadual Joáo Navarro peloDeputado Bias Fortes Filho e o DeputadoEmílio Hadad pelo Deputado Bonifácio José

de Andrada ou seu irmáo. o Deputado esta-dual José Bonifácio Filho.O Vice-Presidente Aureliano Chaves ma-nifestou solidariedade ao Governador Fran-celino Pereira, que conseguiu unir em tomode si todas as forças da antiga UDN. Figurasda direção nacional do PDS, que náo dese-jam interferir no problema, acham que res-surgiu a luta entre UDN e PSD em MinasGerais.Atribui-se à forma como foi anunciada aescolha do Sr Ibrahim Abi-Ackel para oMinistério da Justiça a causa do ressurgi-mento de velhas paixões entrp as duas fac-ções. Porta-vozes do Governo justificaram aescolha do Sr Ibrahim Abi-Ackel como in-dispensável para atrair o antigo PSDOs dirigentes nacionais do PDS fazemquestão de náo emitir qualquer comentánoa respeito da crise mineira, alegando que ciaé muito delicada, pois envolve, de um lado oGovernador de Minas e o Vice-Presidente daRepública — além dos antigos udenistas —e, do outro, o Ministro da Justiça e impor*tantes políticos pessedistas do Estado.

Omaiorespetáculode

O verdadeiro prazer de fazer compras. Largas galerias de /o/as A natureza e o Shopping Cenler.

SHOPPING CEN

A força de atração

de um Shopping Center.

Afastado 5 km do centro da cidade, o Shopping Center de Belo Horizonte, construídopeto mesmo Grupo Empreendedot do Shopping Center da Barra, atendeu a 4.200.01)0consumidores em apenas 6 meses de funcionamento, constituindo-se hoje noprincipal pólo de atração comercia! da cidade.

Agora, na Barra,

o 1.° Shopping Mall.

Shopping Mall é um SupershoppingCenter com agrupamento planejadode centenas de conceituadas lojasnum mesmo local estrategicamentesituado para atender a um enormecontingente de consumidores.O Shopping Center da Barra é o 1.°Shopping Mall do Rio, projetado emum só pavimento e atenderá, no seuprimeiro ano de funcionamento, a umapopulação de 961.600 consumidorescom elevado nível de renda.Seu potencial de vendas atingeCr$ 2.500.000.000,00 anuais.O Supershopping Center éconstituído de uma grande avenida

interna, inteiramente refrigerada,com 367 metros de extensão,intercalada por 4 grandes praças,através da qual se distribuem aslojas. Nas suas extremidades estãosituados os grandes magazines,geradores de intenso tráfego depessoas. Externamente o seuestacionamento tem capacidade para3.100 vagas permanentes.O Supershopping Center estáimplantado num terreno de150.000 m2 com 500 metros deextensão para a Av. das Américas e écircundado pela Via Parque, que ligaa Av. das Américas à Via 11.

i *¦

Page 6: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

JORNAL DO BRASIL D domingo, 9/3/80 D Io Caderno POLÍTICA e governo - 5

Deputado do PP pede com apoio de Levy a CPI dos jurosBrasília — Integrante de um Parti-

do que inicialmente foi chamado dePartido dos Banqueiros, o DeputadoEdison Vldlgal (PP-MA) decidiu ontempedir a constituição de uma ComissãoParlamentar de Inquérito sobre o paga-mento de juros às instituições financet-ras do país.

Antes de iniciar a coleta de assinat _•ras, o parlamentar maranhense cônsul-tou o líder do Partido, Deputado ThalesRamalho (PE) e o Deputado HerbertLevy (SP), o qual inclusive se dispôs aser o primeiro signatário do requeri-mento.

PDS apoiaA iniciativa tem o apoio do bloco

trabalhista, sendo o Deputado OenivalTourinho (MG) um dos principais de-fensores da idéia.

— No dia em que se fizer uma devas-

sa em tomo desta matéria—disse ele—a consciência nacional irá se estarrecercom o gangsterismo vigente no chama-do mercado de capitais; frustrando, emfavor dos finórios, os objetivos maioresda legislação de estimulo.

No PMDB, o Senador Roberto Sa-tumino (RJ) também defende a medi-da, Por sua vez, o próprio líder do PDSna Câmara, Sr Nelson Marchezan (RS^prometeu o apoio de sua bancada àiniciativa.

Subsídios.Ao justificar o requerimento, o

Deputado Edison Vldlgal aponta gra-ves distorções no sistema financeironacional.

— Em todos os aspectos do mesmoproblema — acentua ele — evidenciam-se, do lado das entidades financeiras,práticas extremamente onerosas à boi-

sa do público consumidor, conflguran-do-se uma verdadeira redlstribuiçáoperversa de renda no sentido dos me-nos afortunados para os mais abas-tados.

No que tange aos subsídios governa-mentais aos juros, sustenta o DeputadoEdson Vldlgal que o que há é umaintensa drenagem de recursos públicosem favor de limitado grupo de prlvile-giados". Cita ele um estudo publicadona Conjuntura Econômica na qual secomprova que o volume de subsídios aocrédito atingiu a soma de Cr$ 81,7 bi-lhões, concedidos através de empréstl-mos a taxas de juros reais negativos de24% ao ano. Estes recursos, lembra oDeputado, foram destinados especial-mente às intervenções do Banco Cen-trai junto às entidades-financeiras emcondições de falência virtual (o chama-do socorro financeiro) e a flnanciamen-to de manufaturados exportáveis. "Emtodos os casos observam-se evidentes

anomalias comprometedoras da serie-dade dos propósitos e da Idoneidadedas autoridades encarregadas da admi-nistraçào daqueles programas" afirmao parlamentar.

O crédito rural — acrescenta — deveser investigado pela mesma CPI, por-que se tem revelado discriminatório aofavorecer apenas os grandes agriculto-res em prejuízo dos pequenos, além deestimular preferencialmente culturasexportáveis. O crédito rural, sobretudo,náo tem conseguido aumento da produ-ção agrícola compatível com seu pró-prio crescimento. As liquidações extra-judiciais de Instituições financeiras pe-lo Banco Central, montando à impor-táncia de Cr$ 41 bilhões, segundo infor-maçôes veiculadas do 6o Encontro deEconomistas em Gramado (RS), nuncaforam suficientemente esclarecidas, adespeito de várias interpelações parla-mentares ao Ministro da Fazenda."E quanto ao crédito pessoal e ao

consumidor, as distorções se exarce-bam pela quase absoluta ausência decontrole e fiscalização, ocorrendo nor-malmente taxas de juros Incrivelmentealtas de até 315% ao ano."

Quem bancaPara o Deputado Vldlgal, . legitimo

e democrático que banqueiros se te-nham filiado ao seu Bartido.— Não vejo nada demais nisso —observa. É até animador ver homenscomo Olavo Setúbal e Magalhães Pin-to, plenamente realizados profissional-mente, preocupados com os problemasnacionais e defendendo as idéias queestào claramente descritas no progra-ma do Partido Popular. Eles sabem,como Kennedy. que se a sociedade livre(a que queremos para o Brasil) não forcapaz de ajudar os poucos que sàoricos, nào poderá salvar os muitos quesào pobres.

- Contraventor é banqueiro do \om>de bicho _ nao wl de nenhum ._nc__nrde jogo em nosso Partido Alias, quemvem sendo banqueiro de iogo . o Oover-no, com as loterias e . jâ anunciadazooteca Vm Partido político nào podeaer uma tribo de índios, nem uma soc.ie-dade secreta Há que ser a reunião detodos em tomo das mesmas idéias eaberto a todas as discussões. Ingresseilivremente no PP pensando nisso.

O Deputado maranhense entendeque, uma vez constituída a CPI dosjuros, poderão ser investigados eexaus-tivamente analisados os mecanismosdeterminantes do estabelecimento dastaxas de juros nos respectivos setoresdo sistema financeiro nacional, comvistas ao oferecimento de sugestões ca-pazes de coibir energicamente os abu-sos e irregularidades Identificados, eredirecionados aqueles recursos públi-cos no sentido mais conveniente à so-cledade nacional.

^

coinpmselazerdoRio.wA^Awr ¦¦''¦£¦¦¦:! .'¦'•'', .,' ilii_________lll__1"'''''''1*''''*"''" ______ x ______________________JTM' 'WmW'' ;::'__________fl_______________________í j| _. <?____________¦ ': '¦v0^:'-^f^AJ^^t^

iy^^^LW ¦ ; ::'--. - -"-i.^t.--'' ¦:::.'- : :"^T^^^^^^^' ^*^_^#:. W^^^^^Aat^^&^W^- ¦•¦$.:¦.: flSKC:..,;.,.. ¦¦:*•''' y St ^MV-^i ^AW^^ É^^.

¦*rm_» v. ¦***»*"•' ¦'—'" w j^fkjk mima'- •

^R^RRLÉL^aRJR mf-m > È\ Im^^jRtW •l^^fÉM 1* _____L________ R* -___B____fc_. __________ ^______T

WKMam,mmm»^Mmmm» __-_P*^-^:*.______________! ____Ft^____________i:______! ___%¦_______!___________;'mmmt __íi__E9 ______tWívK__T _______ -¦ ______ Á . H «_. ym' ^T^llfc__________w.- ____&&._____<&*.i&_Bs_>r __E_____ ___________L____p'T!_ti_v_^______rr_l_____l _p^_____: .__*'¦¦¦¦¦ ¦:-£jç...Mj\.!z^aam&-iv^m»\ B-_.-_--B ^Êm-,m^mmm\ wmmmm ^TPI ____¦ ^____r * 7wr s ________________-':'-:r::-_n__p*'-^___: -«_ ___=¦¦''_!_£¦ - ¦ ^^"_^^^k££ __^;:i:::.i^B___í-a_M_____tv._>>ife.fa ___^__________HH __B:-

__________________! ______M™^^_fl5^ l_9_______^ ______r ___________ ____-~___^^^ mm _____.jP _____________¦ _/____[ ^^^^^^^^^^^^^^^^^B _.'.. í'*^____F^ '- ^___P^^^^__^___I __^^^^^

^^^m^^B^^Wjmm *Rm *AêÊ ^^^^^^B ^^^ Rmi^ I ^m-fMJÊfmm»*mmm ..ii _._iiiii-_-_--—w * mmma ¦ * _ ^k/__________L ^^_ m\ m^a ^^aat

Praça de testauiantes e lanchonetes. "Mall' — a grande galeria Interna, refrigerada. Estacionamento lácil de chegai e de entrar.

TER IM BARRA Projclo í-inhraplanArquitetoBERNARDO HIÔÜEIREDÓ

_HHHÍH|^^^^^^^^HH_________________________________________________________H ¦ . -.•''¦f.&x&iCs/.-y. J :«£¦_..j^H HH "' •<&'.^^-'-'-'--'..-:-:- ¦ 'víW__í'"•*>-¦mmwmS^tmaacammÊmmmmm^ v>.sflí.: ¦:'.¦"'' Y,J '-'*fi£áíomM: v.*-*--"- .'*••_' • ^-JaliyWre_B5_^Oii----_- "„ %

..*%•- __ *««____._¦- _ -" '_ "SW

mm mu n^w| M^gm|^K||. SS.- -., *mm ^M

(inauguração em1981)

A filosofia doEmpreendimento.

A filosofia das empresas, quecompõem o GrupoEmpreendedor, não permiteque elas tenham quaisquervínculos com seus locatários,jamais sendo, por essa razão,concorrentes deles. Dessaforma, dispensam a todos oslojistas um tratamento igual.

4 grandesMagazines noShopping Centerda Barra:

JMSi Sears

IaLOJAS AMERICANAS

©MAGAZINES

Informações e reservas para locações»Sendo comerciante e possuindo estabelecimentos em qualquer parte do Brasil,você está qualificado para contratara locação comercial de uma loja no ShoppingCenter da Barra. A fase de seleção dos lojistas, já iniciada, obedecerá aoplanejamento de marketing (tenant-mix) que prevê para cada ramo de comércioum número limitado de lojas.72% das áreas de lojas já foi reservado.

AudiovisualPara perfeito entendimento do projeto e sua filosofia, um completo audiovisual

• está à disposição dos lojistas nos escritórios da CAA, na Rua das Palmeiras. 15 -Botafogo - Tel.: 286-7244, 286-7294 e 286-7144.

(irupo Empreendedor:

MULTISHOPPING BOZANO, SIMONSENEíhpri-hüini-iiiòb Imobiliários l_cl_

(Lmptt'**i üKwtudti att Grupa MuluphniCentros Comercia.!, lida.

^_

ESTA SOPTOS PLAMIGEmpresa Sancadora Icriiiorial Comércioe Administra, o Empreendimentosc Participações

Agrícola S.A.

Planejamento, projeto,organização e marketing:

^Embraplan

Informações sobre locações:

ttEBR

ÔB :€RIORua das Palmeiras. 15 - Botalogo

286.7244,286-7294 e 286-7144

IMPRlbA BRAbILtIHA DE PlAN CM. I.NIC)

S. PAULOCorretores Autônomos Associados Tel: 285-2561 e 285-2572

Mal uf dizque Papa vema seu pedido

São Paulo — Ao discursarontem na Câmara Municipalde Aparecida do Norte, o Oo-vemador Paulo Salim Malufafirmou que a anunciada visi-ta do Papa João Paulo nàquela cidade foi uma suges-

. tào sua, no encontro quemanteve com o Sumo Pontifi-ce, no Vaticano, durante suarecente viagem à Europa eOriente Médio.

Ao saber dessa afirmação.Dom Angélico Sândalo, Bis-po da Zona Leste, disse nestaCapital que "o roteiro da visi-ta do Papa ao Brasil é umaquestão a ser resolvida pelaCNBB, pela Nunciatura e pe-lo Vacitano e tudo que seafirmar em contrário não cor-responde à verdade" Acres-centou que inclusive nãoexiste ainda um roteiro defi-nido da visita papal.

VISITA

O Governador esteve on-tem em Aparecida para inau-gurar uma avenida de 600 me-tros de extensão por 60 delargura, que levara o nome doPapa João Paulo II. e paraparticipar de outros atos, in-clusive o recebimento do títu-lo de Cidadão Honorário dacidade. Durante sua perma-nência de cinco horas, ele feztrês discursos, elogiandoprincipalmente "a.fé cristã dopovo brasileiro, que é o maiorpaís católico do mundo".

O roteiro do Governadorcomeçou às 10h30m, quandoparticipou de uma missa naBasílica nova, celebrada peloArcebispo Dom Geraldo Ma-ria de Moraes Penido. Pelaprimeira vez na história daBasílica, um político foi con-vidado a discursar durante amissa, e o Sr Maluf falou aosperegrinos que assistiam_à_missa, recordando seusítem-pos de coroinha em Sáo Pau-lo, e de seu casamento que foicelebrado pelo Cardeal DomCarlos de Carmelo Vasconce-los Motta.

Disse também que era asegunda vez que estava pa-gando promessa em Apareci-da, a primeira tinha sidoquando passou no vestibularda Faculdade Politécnica e asegunda agora, por ter sidoeleito Governador de SàoPaulo, embora reconhecendoque esta promessa estivessesendo paga com um ano emeio de atraso.

DISCURSOS

Em todos os discursos quefez em Aparecida, o Governa-dor Paulo Maluf fazia questãode relembrar a próxima visitado Papa João Paulo n a estacidade. No entanto, foi maisincisivo o seu discurso na Cã-mara Municipal quando rece-bia o título de Cidadão Hono-rário do Município, afirman-do que a presença do PapaJoão Paulo n em Aparecidaera uma sugestão sua duran-te o encontro que mantevecom o Papa no Vaticano,quando lembrou que Apare-cida era a Capital espiritualdo Brasil e que possuía amaior Basílica do país. "Te-nho certeza de que minhaspalavras ficaram gravadas nocoração de Sua Santidade eque fizeram que ele incluísseno seu roteiro de visita aoBrasil esta cidade paulista"— afirmou.

Durante -a solenidade, osubchefe da Casa Civil, Ar-naldo e Silva, teve um proble-ma cardíaco, sendo atendidono Pronto Socorro local. Elejá se encontrava, à tarde, forade perigo. Ainda na visita doSr Maluf, foi assinado umconvênio entre a Prefeiturade Aparecida e o fundo demelhoramento das estâncias,no valor de Cr$ 3 milhões 500mil, para a iluminação daavenida ontem inaugurada,que tem o nome de João Pau-lon.

O autor da proposta queconcedeu o título de CiuadáoHonorário ao Sr Maluf, foi opresidente da Câmara, SrJoão Lourenço Barbosa Fi-lho, que, em discurso, faiouda importância do título decidadania de Aparecida, por-que significa também "ser _-lho direto de Nossa Senhora

.de Aparecida."

A 55

Page 7: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

6 — JORNAL DO BRASIL ? domingo, 9/3/80 ? Io Caderno

Informe JB

Liberdade

O Ministro Ibrahim Abi-Ackel prome¦teu em Brasília, ao Presidente da OAB, SrEduardo Seabra Fagundes, não só irá TConferência Nacional dos Advogados,em Manaus, em maio, como também re¦presentar o Presidente Figueiredo.

O último Ministro da Justiça a partici-par da solenidade de abertura de umconferência nacional promovida pelaOAB foi o falecido Sr Gama e Silva, em1968. No último dia do encontro, realiza-do em Recife, em 13 de dezembro, o Al-5estendeu seu manto sobre a naçáo.

Em 1976 durante a conferência daOAB realizada na Bahia, o Ministro Ar-mando Falcão estava em Salvador masignorou o acontecimento e/oi inauguraruma penitenciária.

¦ ¦ ¦

Pela presença do Ministro Abi Ackel emais as do Presidente do STF, MinistroAntonio Neder, e da Câmara, DeputadoFUivio Marcilio.já confirmadas, a confe-réncia da OAB em Manaus está sendochamada de "conferência da abertura".

O tema, por sinal. será a Liberdade.

Em terra alheia

Depois do tumultuado debate realiza-do na TV Guaíba, de Porto Alegre, o SrLeonel Brizola e o Senador Pedro Simonforam para o interior do Rio Grandeparticipar de comícios e intensificar aorganização do PTB e do PMDB.

Brizola foi para Caxias do Sul, terra dePedro Slmon, e Pedro Simon para Carazi-nho, terra de Brizola.

entendimentos para formar a direção pro-visória do PDS em Minas. Explicou que acomissão seria escolhida de forma "lm-pessoal." Pensava-se, então, que ele nãolevaria em conta as antigas legendas.

Mas se bem o disse, muito mal o fez.Escolheu cinco ex-pessedistas sem osconsultar, excluindo exatamente o SrBias Portes, cinco ex-udenistas e um ex-perrista, para que presidisse a comissãode forma isenta.

Por sinal, o ex-perrista indicado foi oDeputado Aéclo Cunha, genro do funda-dor do PP, Senador Tancredo Neves.

¦ ¦ ¦

Até aqui. não está dando certo.Agora espera-se a Semana Santa para

que o Governador, iluminado pelo espiri-to-santo-de-orelha, tão conhecido em Ml-nas, louve-se nas cinzas em que estáimerso, para conseguir ampla conciliaçãoentre a ex-UDN e o ex-PSD, Partidosressurectos, e hoje mais vivos do que oPDS.

Por falar em trânsito

A Avenida Amaral Peixoto, em Nite-rói, está sendo chamada de Avenida PDS.De táo engarrafada, é impossível transi-tar por ela.

Cnmo o trânsito da cidade foi modifl-cado sob a gestão do MDB, espera-se queo Prefeito Moreira Franco mude as mãospara o trânsito fluir.

Imagem do regime, a Avenida AmaralPeixoto é também mão única, estendidada Avenida Estácio de Sá às barcas.'Non

grata"

Brizola ganhou. Em Caxias do Sul. oex-Governador reuniu quase 6 mil pes-soas.

Em Carazinho. o Senador não cnnse-guiu mais de 400.

O nó

O voto distrital no Brasil será misto,em sistema parecido com o alemão Oeleitor votará em duas listas: na primeira,distrital, elegerá 70% dos representantesdo Estado; na segunda, proporcional, osrestantes 30%.

O Ministro Abi-Ackel que já tem vá-rias pastas com estudos sobre o assunto,comenta que o nó górdio do voto distritalserá o desenho dos distritos

Mas há competência sufic.iente paradesfazè-lo, sem usar a espada.

Quem viver votará.

Adesões

Em 1976 o MDB baiano emergiu dasurnas com a primeira vitória conseguidapara a Câmara Municipal de Salvador,desde 1964. Elegeu 12 dos 21 vereadoresda casa.

Na semana passada, ao som da bandada reorganização partidária, o Sr Franeis-co Bastos, eleito pelo MDB, decidiu pas-sar para o Partido do Governo. Feitasnovas contas, verifica-se que o quadro seinverteu: agora o PDS tem a maioriaabsoluta de 15 vereadores, o PTB levou 3e os 3 restantes ficaram para o PMDB.

De duas uma: ou o santo do Sr Anto-nio Carlos Magalhães é muito forte, ouentão ser Governo é muito bom.

Perguntas e respostas

Depois de apresentar aos jornalistas onovo esquema de fiscalização aa Seeieta-ria da Receita Federal, baseado em com-putadores do Serpro, o Secretário Fran-cisco Domelles passou a dar exemplospráticos de como funcionará o sistema.

Pediu a alguns dos presentes que des-sem seu número de inscrição no CPF,para verificar se estavam incluídos naoperaçâo-malha ou não Ele mesmo deu oseu número, e a experiencia prosseguiaem tom ameno quando alguém sugeriuque se perguntasse ao computador comopretendia agir em relação ao número doCPF do cidadão João Baptista Figueire-do. Dornelles respondeu logo'

— Ah, isto náo, meu filho, porque fclémde Secretário da Receita, eu sou mineiro.

Se depender do Governador AntônioCarlos Magalhães, o Secretário Especialdo Moio-Ambiente. Sr Paulo NogueiraNeto nào voltará à Bahia nos próximostrês anos.

As relações entre os dois já não eramboas desde que a SEMA mandou reabrira Companhia de Carbonos Coloidais, doGrupo Atala, fechada dias antes peloGoverno estadual, por poluir a cidade deCandeias.

O fumo negro da incompreensão bai-xou sobre os dois quando o Sr NogueiraNeto disse em Salvador que os índices depoluição com mercúrio da Baía de Todosos Santos se iguala aos que provocaram odesastre ecológico da Baia de Minaniata.no Japão

Depois disso, o tratamento mais cor-tès dispensado até agora por AntônioCarlos Magalhães ao titular da SEMA foium telegrama cujos termos mais levesavisam o Sr Paulo Nogueira Neto, "emnome do Governo e da população", queele náo será mais bem-vindo à Bahia.

Solução final

¦ ¦ ¦

E além de mineiro, o Sr FranciscoDomelles é sobrinho do Senador Tancre-do Neves.

Das cinzas

Ao regressar do carnaval, passado emLagoa da Prata..o Governador Franceli-no Pereira disse que pretendia iniciar

Lance-LivreNa entrevista que concedeu à revista

Playboy o Sr Gilberto Freyre relata expe-rièncias pessoais de sua juventude que ocredenciam como precursor da políticado corpo de Fernando Gabeira. E citaalguns dos grandes chatos que conheceuem.80 anos de existência: Oscar Nie-meyer, Miguel Arraes, Rubem Braga,Ariano Suassuna e o Marechal CastelloBranco.

O que terá a censura cortado na peçaA Serpente, de Nelson Rodrigues?

O avião do Governador Amaral deSouza pousou no aeroporto de Livramen-to, fechado há dois anos e reaberto espe-cialmente para recebê-lo. Amaral de Sou-za ia pronunciar discurso, na CâmaraMunicipal local, em comemoração aocentenário de nascimento do GeneralFlores da Cunha Com o movimento, apa-receram várias cobras venenosas, o queatrasou a comitiva e a sessão de homena-gem. Ninguém foi mordido.

Os chuveirinhos dos postos de salva-mento do Leblon e Ipanema continuamsem água. E os sanitários agora são depó-sitos de refrigerantes.

Opinião de um velho político paulista,de raízes no antigo Partido Republicano,da República Velha "Entre a legenda doPTB de Bnzola e » legenda do PTB deIvete Vargas, fia a superlegenda do Mnus ¦tro Delfim NetoO serviço de Radio-Taxi, que come-çou funcionando muito bem, já esta dan-

O Gainesville Sun, jornal de Gaines-ville. Florida, publicou recentementeuma fotografia, procedente do Brasil,mostrando quatro crianças subnutridas.Sônia S. Chagas, brava e vigilante brasi-leira que mora na cidade enquanto omarido conclui um mestrado, escreveu aojornal protestando contra a má publici-dade dada ao Brasil pela imprensa ameri-cana em geral.

Claro — diz ela — que temos gentepobre, com fome, que não tem empregonem os confortos da boa vida. mas que talos guetos de Nova Iorque, de Chicago, ouos velhos aposentados de Miami, morren-do de fome e sem amigos ou família paratomarem conta deles?

E por ai afora.¦ ¦ ¦

Pouco depois, o Gainesville Sun rece-bia é publicava de outro leitor, Clinton H.Russel, uma resposta à carta de Sônia S.Chagas, que segundo o Sr Russel tinha,na verdade, "mandado os americanos semeterem com seus próprios problemas".E, como prova das boas intenções dopovo americano, o Sr Russel apresenta,como "contribuição pessoal, a seguintemodesta proposição":

Parece-me que a solução dos dois- maiores problemas do Brasil está numaclara escolha entre duas complementa-res, mas mutuamente exclusivas, solu-çôes. O Governo brasileiro pode ou (A)alimentar o excesso de crianças com oexcesso de piranhas; ou (B) alimentar oexcesso de piranhas com o excesso decrianças. Embora alguns digam que isto ésimplesmente roubar Pedro para pagar aPaulo, uma tal ação administrativa ob-viamente consolidará o presente dilemabrasileiro num problema de algum modomais fácil de resolver.

do motivos para queixas. Uma pessoatelefonou de Santa Teresa pedindo umtáxi. A central confirmou; mas o moto-rista ligou mais tarde para a clientedizendo que só a atenderia se ela desces-se, pois ele não subiria.

No próximo dia 13 o Presidente Fi-gueiredo estará em São Paulo, onde pre-sidirá a solenidade de abertura da Pri-meira Feira Nacional da Pesca. A seguir,visita a Fundação para o Livro do Cegodo Brasil.

Será realizada no Recife, a partir dodia 23, a 8" Conferência da Divisão Inter-nacional da ASTA. Participam do encon-tro cerca de 1 mil delegados estran-geiros.

No dia 13 o Governador Chagas Frei-tas inaugura, no Jardim América, a Esco-la Juscelino Kubitschek de Oliveira.

No almoço oferecido pelo Clube Gi-nas tico Português ao Presidente JoãoFigueiredo, três pessoas discutiam asvantagens e desvantagens da fusão: oPrefeito Israel Klabin, o ex-GovernadorNegrão de Lima e o Deputado Celio Bor-ja. A fusão foi derrotada doi dois a um.

Ja que o Governo federa) insiste emtrancar o Tesouro Nacional para os pro-bleinas que eie mesmo criou aqui no Rio,quem sabe a solução não será voltar-separa a generosidade do Governo PauloMalul que se teru mostrado tão pródigoao resolvei os problemas dos desespe-radus?

FALE INGLÊS EM

4 MESES.

jflHii jfffi S

BOLSAS

DE INGLlS

o BBC comunica que já estão abertasas matrículas para 500 BOLSAS DE INGLÊSpara iniciantes. O candidato, ISENTO DEMENSALIDADE, pagará *a taxa ÚNICA deCr$ 500,00. A credencial de BOLSA é obtidaàRUA DAS MARRECAS, 36 • Grupo 607 ounas secretarias do Curso: Tijuca - RUA GE-NERAL ROCA, 826 - 3.° AND. Tel: 288-3299MÉIER - RUA LUCIDIO LAGO, 345 - Tel.261-7788 -RUA DIAS DA CRUZ, 28 • 3.° AND.Tel. 229-4547.

BBCÚNICO REPRESENTANTE

NO BRASIL DA

FLORIDA INTERNATIONAL UNIVERSITY

\ós vamos fnzcr vnrô íal,ir in^lPs dc.de.1 pimicir.i hula, mYsmn qtip yorô n,'in

tenha nonluima noçcVi do idiomaItifm.b d»' 10Aul.b nas ompr»'sis individuaisou «mu >1 ei ?> J«rVidiMM«om tilmcs dlUttli<Mdn>df li melf.imMn.

BORGHINI 1-íkuoLANCUOttCfNTtP pffl UPIltc

Centro Comercial de CopacabanaRua Siqueira Campos-, •! i Gr, 11) 10lei r>r> Hr,2r>- 235:WM

ifh puc

PONTIFÍCIA coordenação

CATÓLICA de EXTENSÃOSEMINÁRIO

POLÍTICA CULTURALProf. Fernando Batinga

O que é "Política Cultural"? A Cultura interes-sa apenas aos intelectuais ou diz respeito a toda anação? É o Brasil um país ocupado culturalmente?Qual o papel dos intelectuais na resistência cultu-ral? Quais os conteúdos e a força da cultura afro-brasileira? Há uma cultura nacional brasileira?Essas e outras perguntas serão debatidas nodecor-rer do Seminário.ÉPOCA: 18 de março a 08 de julho.HORÁRIO: 3as. e 5as.-feiras de 18 às 20 horas.NÚMERO DE PARTICIPANTES LIMITADO

Credenciamento no Conselho Federal de Mão-de-ObraINFORMAÇÕES ESâo Vicente. 225

sob o n.° 0855INSCRIÇÕESCasa XV CCE/PUC/RJ - Rui Marquês d*Tel 274-4148 e 274-9922 R 335

IBAM/ltl recursos edesenvolvimento iBAM/rd recursos e

desenvolvimento

GERÊNCIA DE MARKETING(E. JOHN KUEHLEWIND III)

OBJETIVOS: Dar aos participantes uma visão de amplitude econteúdo dos princípios e técnicas de Marketing e sua aplicaçãoenfocando resultados.CONTEÚDO: Mentalidade e termos mercadológicos, pesquisasde mercado, como encontrar mercados certos, determinação dopreço, pesquisa e desenvolvimento de novos produtos; distribui-ção; Relações Públicas; uso de informações industriais; realida-des Mercadológicas; estratégias; planos de desenvolvimento deMercadosPERÍODO 09 e 10 de Abril (Tempo Integral)INSTRUTOR: E. John Kuehlewind III (Georgetown University eConsultor de Empresas no Brasil)INSCRIÇÕES E INFORMAÇÕES: SECRETARIA — TEL.:266.6622CREDENCIADO NO C.F.M.O—MT N° 0490 (P

¦

ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS

OBJETIVO:Transmitir conhecimentos indispensáveis à atuaçãodos participantes, na percepção, análise e solução dos proble-mas sociais e técnicos no âmbito das organizações.PARTICIPANTES:Consultores, Gerentes, Assessores, Supervi-sores, Técnicos, pequenos e médios Empresários e estudantesdas áreas de Administração de Empresas.DISCIPLINAS: Sistemas, Análise Organizacional. Direito Comer-ciai e Empresarial. Planeiamento. Marketing. Produção, Supri-mentos, Recursos Humanos, Finanças e Economia de Em-presas.PERÍODO: 15/03/80 a 28/06/80, aos Sábados, das 8 às 12 e das14 às 18 horas, com 120 horas de Carga Horária.

ÚLTIMAS VAGASINSCRIÇÕES E INFORMAÇÕES: SECRETARIA — TEL.: 266-6622CREDENCIADO NO C.F.M.O.—MT N° 0490 (P

Brizolista

diz que não

teme IveteSào Paulo — O Prefeito de

Osasco, Sr Guaçu Piteri, pre si-dente da Comissão ExecutivaProvisória Regional do PTBpaulista liderado pelo ex-Governador Leonel Brizola,disse ontem que seu grupo nãoreceia ser surpreendido poruma decisão do TSE, dando asigla do Partido à ex-DeputadaIvete Vargas, e adiantou queaté o final deste mès a correntebrizolista dará entrada no TSEcom os livros comprovando aconstituição de comissões pro-visórias municipais em umquinto dos municípios de 19Estados.

O presidente do PTB lideradopelo Sr Brizola em São Pauloreiterou a convicção de que asigla Irã para o grupo do ex-Governador gaúcho e disse es-tar confiante de que o TSE dl-vulgarã o resultado da disputao mais rápido possível, conside-rando ainda que "esta indeflni-ção já começa a prejudicar otrabalho de estruturação doPartido".

O Sr Guaçu Piteri disse espe-rar que nesta semana se con-cluam os trabalhos de consti-tuiçáo de 150 comissões provi-sórias municipais do PTB bri-zolista em São Paulo, adiantan-do que é sua intenção até apróxima sexta-feira encaml-nhar ao TSE o livro com a atade aprovação destas comissões,comprovando que o Partidocumpriu a exigência no Estado,no tocante à constituição decomissões em um quinto dosmunicípios.

Ele Insistiu que a sigla será dogrupo brizolista, "porque Parti-do não é só uma sigla. Partidotem que corresponder a umarealidade política e social, e is-¦ soquem detém é o nosso grupo.Nos é que temos prefeitos evereadores em todos os Esta-dos e um bloco parlamentar de28 deputados e um senador. AIvete Vargas, por seu lado, nãoapresenta um só político de ex-pressão em seu grupo. O blocoparlamentar dela é o bloco doeu sozinho, de um parlamentarapenas, o Deputado Jorge Cury(RJ)".

O Sr Guaçu Piteri insistiuque o seu grupo "não se ame-dronta e nem se impressionacom o fato de a Sra Ivete Var-gas ter constituído 126 comis-soes provisórias em São Paulo.Formar uma comissão provisó-ria è muito fácil. Eu mesmoposso formar uma a qualquerhora, é só pedir para meu moto-rista e minha mulher assinaremjunto comigo e pronto; estáconstituída uma comissão. Éisso que a Ivete está fazendo.Seu grupo chega nas cidades

ijrgo iram 1 Botafogo Rio de Janeiro - RJ - CEP 27282Te» i02Wb6bW2 ^ Largo iBAM i Botafogo Rio a e janeiro Rj CEP 222R2 Tei <021> 2bò *>(>22

VENDA DE NAVIO

EX-CRUZADOR (CL) TAMANDARE

18,50m•_ - 183,00m «- b 4VISITAS: Eitariomnr (Ilha do Mocanguè), onde o navio tttá atracado; Acouop/Pont» (tio-Nil«ròi, rtotdiat út*i«dai9à< 11 «dai 14 ài 16h». Pegar autoriioçãoprévia no Dept.* de Intendència, prédio 23 do A.M.R.J.

mmoEMEEWÊM

VENDERA EM LEILÃO

Devidamenteautorizado pêloExmo. Sr. Almiranto Dintor do

COURAÇA HORIZONTAL Df 3", LATERAL OE 1.5"A 4" E NAS TORRES DE 3" A 6" (ACO HTS)

CALDEIRAS, TURBINAS, REDUTORES, EIXOS PRO-PULSORES

MOTORES DIESEL E ELÉTRICOS AUXILIARES —QUADROS DE COMANDO COMPLETOS

DESLOCAMENTO APROXIMADO OE 10.300 TO-NELADASe CHUMBO EM LINGOTES (LASTRO)AÇOS ESPECIAIS (Ni-Cr) — AÇO MÉDIO TEOR

CUPRO-NIQUEL, BRONZE , CABOS DE COBREARSENALDE MARINHADO RIO DE JANEIRO

SEXTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 1980, AS 14,OO.HORAS, NA ILHA DO MOCANQUE,ACESSO PELA PONTE RIO-NITEROI — RIO DE JANEIRO — RJ.

OftS. • No ato, o comprodor pagará 20% d« tinal, 5% dt comiuóo doleiloeiro • 0,25% d« ISS. CompUmtntoçóo do pogamento om 10 dkno retirada do navio om 15 dias.

Mart informações, no escritório doLEILOEIRO ALVARO CHAVES, à Rua Buenoi Airei, 80 - 5.* e 8.* andamTeli.: 222-4382 e 283-2546 - Rio de Janeiro - RJ.

SECRETARIADOInício: 103 80Com Taqui, Pori, Datil. Matam.,Contab . Tec Comerciais. Arquivo.Comum o Adm. de EmpresasTAQUIGRAFIA EDATILOGRAFIA

(manual e elétrica) em qualquer dia ehoraCENTRO TAQUIGRÂFICO

BRASILEIRODir do Prof Paulo Gonçalves PrçaFlonano. 55—12° (Cinelàndia) —Tels 252-2972 e 252 0618 — Tam-bem Supletivo.

INGLÊS

ALEMÃO

FRANCÊS

audio-visual só no

diversos níveisinscrições abertas

R. Bolívar, 54/10 andartels.: 255-5249 e

235-0424

SÍNDICOSGaranto a segurança de seu condomimo instalando um PORTEIRO ELETRÔNICO. Nossos150 clientes podem confirmar a qualidade de nosso equipamento Consulte-nos. S/compromisso SIR Av Rio Branco, 277 s/1009. Tel 220-0899 ^

U tllEm colaboração com o

INSTITUTO CULTURAL BRASIL-ALEMANHA

lnício:10de marçoRua Jardim Botânico, 635/203 — Tel.: 266-1678

ESCOLA TÉCNICA DE COMÉRCIO

CÂNDIDO MENDES Itt

Cursos Técnicos Pré-Vestibular

TÉCNICO DE CONTABILIDADE ADMINISTRAÇÃO C. CONTÁBEISTÉCNICO OE SECRETARIADO

iVO: EM 1 ANO(Para quem já possui o 29 grau)

REGULAR: EM 3 ANOS

DIREIMJim

(Preparando para janeiro -1981)TURMA INTENSIVA MANHA

(Para quem possui o 19 grau) (Preparando para julho -1980)

MATRÍCULAS ABERTAS CENTRO - PRAÇA XV DE NOVEMBRO, 101 - CENTRO

Good mor ning, IpanemaIV

• ? — ?

IBEU-Agora em Ipanema

Um Curso moderno para um Bairro moderno. |Cursos Regulares • Matr íeulas Abertas.• INSTITUTO WU».-ESTADOS UMOOS

Hua Barão da Torre, 662* Te» : 247-7525 I

SN

f ANALISTA DE SISTEMAS

• PROGRAMADOR COBOL

OS FAMOSOS CURSOS COMPUTER INTERNATIOIVAL COM AULAS PRATICAS EM NOSSOS COMPUTADORES

AV. COPACABANA, 435 109 AND. TEL.: 257 2376

1i

IlENDI

Page 8: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

t

^ ^ ^ ^ ^

^ ^

Frv»c Rog*ri< Wni»

q^em

N></as^^^

||><^3

? *H

tnj-CJ rCXl

Antônio Carlos lembrou que em todas as eleições o Nordeste tem sido o sustentáculo do Governo

fmíffivj

iÒHb.: o* descontos não são válidos acessórios e eletrodomésticos!

Sears

Grande\èndade

3rAniversário

MVA

|\l)E DESCONTO

MAIS FÁCIL

MAIS SIMPLES

MAIS RÁPIDO

Nossos projetistas-decorariore»lhe ajudarão a planejar a suanovn cozinha Sears, de acordocom a sua conveniência. Venhavisitar nosso exposição ou lele-fone pedindo um vendedor Asua residência.

PROJETOS K ORÇAMENTOSGRÁTIS!

ALGUMAS OPÇÕES

Em - T Em "L"

na compra desta /ín#i

cozinha completa ou na Vi

composição que

você escolher

Preços válidos por 3 «iasilpjjKfm I ^

vA INSTALAÇAO

GRÁTIS!

/\N"

Cozinha For mi color Sears

7;

Em "li"0 fF3Paralela

fórmica e interior envernizado. É impermeável e conser-

va-se sempre como nova. Dobradiças de dupla ação, quemantêm as portas abertas ou hermeticamente fechadas.

Cores modernas: cerejeira ou branco.

Escolha o plano de crédito Sears que mais lhe convenha!

Módulos cuidadosamente estudados, permitindo com-

por qualquer cozinha, grande ou pequena, de forma

personalizada. De linhas modernas com portas retas quedispensam puxadores. Revestida externamente com

JORNAL DO BRASIL ? domingo, 9/3/80 ? 1" Caderno NACIONAL — 7

Governador quer

ajuda para

salvar economia do Nordeste

- O Senhm prnpfte nn cano. umapnrartn nu pniciWMi de desenvolvi-mento rir Centr«-8uÍ|

Rm absoluto lssr> nfto e intell-líPtu* Ai cimr.rann seria uma hurncequerei desenvolvei o Nordeste puran !d( ¦ o Ontrr>-8iii Rcononuca e política-.mentf seria impossível Man temos delamentai o íhtj de o renda per capita'do Nordeste se situar em 453 dólarescontra uniu de 2 mil 300 dólares, que èa da outra região

Alinhamento políticoO 8r Antônio Carlos Magalhães

lemhrrm que a política de descentrali-Z8<HJ ecnriorruca do último Governofederai apresenta-se mmo a ujsndeperspectiva para o desenvolvimentoregional do Nordeste E explicou'"Traia se contudo de uma variavelbem tx ist.a a nlvei técnico mas queesta querendo grande decisão políticae uma adequada moldura Instttucio-nal para efetiva-la""O processo' frisou, "deve Iniciar-se a nível político, levando-se em con-ta que a região se apresenta como umsustentáculo objetivo na configuraçãoda base política do pais A região ain-da nàn dispõe e verdade de uma forçaeconômica capa? de influir nas deci-sóes nacionais mas o alinhamento e aunião de suas forcas políticas poderãolevai a União a optar por decisões quea favoreçam como um todo"

Acha o Governador baiano que,"sobretudo num momento de abertu-ra não se pode subestimar, também, opapel reivindicador da população, quese encontra num momento de difleul-dades. O Governo terá, ainda por isso,de estar muito atento para orientar osseus programas no sentido de melhoratendê-la"

A política crediticia, na opinião doSr Antônio Carlos Magalhães, precisatambém ser revista em alguns pontos.Ele sugere entre outras medidas, nosetor a regionalização do Manual deCrédito Rural a fim de ajusta-lo aocalendário agrícola e aos níveis deprodutividade. Quer, ainda, a elabora-ção de um orçamen to geral de creditorural, capaz de corrigir as dotações deacordo com a demanda dimensionadapor Estado."É importante, nesse conjunto deprovidências" — continuou — "queum programa unificado de crédito ve-nha a ser elaborado para o Nordeste eque seja instituído um novo fluxo detransferência para os Estados da recei-ta total do Imposto sobre Exportação,a ser distribuído na proporção diretaao saldo liquido das divisas obtidas nocomercio exterior por cada um deles".

DlAKiA.MK.NTK DAS 9:00 ÀS 22:00 HORAS SÁBADOS DAS 9:00 ÀS 18:30 HORAS.Botafogo Shopping Centei do Méier Niterói MadureiraHrait <)'; Botafogo, 400 Hun Du «Ia Uu* 255 Hua Sáu João, 42 K Larolina Machado, 362Tel.: 286 1522 'lei 229-46-'b Tel : 719-7388 Tel.: 390-4891

Numa entrevista no R.io o Oover-nador da Bahia Antônio Carlos Maga-lháes. defendei) um elerien de medidas"capazes de salvar a economia emcrise do Nordeste' incluindo nele enecessidade da adoção de um nkhv?nismo que leve ô Governo federai aassumi) o acréscimo do enriividamento do setor público estadual provoca-do pela maxidesvalorizaçào do cru-zeiro"

Quer. também, a edição de normasque obriguem os bancos a aplicaremnos Estados da região a totalidade dosrecursos neles captados Explica queisso não é pedir muito, "porque afinalde contas, o Nordeste tem sido o sus-tentáculo, pelo voto, do regime e doGoverno, e até por isso não deve serpunido".

O que é necessário

Nordeste, segundo o Sr AntônioCarlos Magalhães "vive no momentouma de suas fases mais decisivas ecomplexas no sentido de firmar-secom uma participação crescente emtermos políticos e em termos de econo-mia nacional" E como providênciasiniciais para que essa participação re-clamada se tome possível, ele propõeao Governo federal o seguinte:

— regionalização do Orçamentoda União e das entidades da adminis-tração indireta;

— tornar possível a política nacio-nal de desconcentração do crescimen-to industrial;

— assegurar tratamento diferen-ciado ao setor rural do Nordeste, parti-cularmente;

— uma agricultura voltada para asolução do problema energético;

— produtos para contribuir nasolução do problema do balanço depagamentos;

— produtos alimentares para asolução do problema nutricionk), bemcomo para combater a inflação;

— manter o Polonordeste e oProjeto Sertanejo como programas es-peciais;

— financiamento de 50% dos eus-tos dos programas de educação e desaúde; e

— tratamento diferenciado na po-litica habitacional e de desenvolvi-mento urbano.

Para a SudeneO Governador da Bahia julga que

chegou a hora, também, de um aperfei-çóamento institucional que beneficie,

Mas «*ss» sua tdei» nfto contraria d» o*rtn morto » pniitirh d* combate a inflação1*

Creu Que não Essa política dedescentralização àrjnnnmii'* apenas seestfl iniciando Reconheço que se tratade uma met>> rttftc.il sobretudo porquemove com interesses ia consolidadosmas é « única via para se promover odesenvolvimento regional ia que estenão pode mais sei autônomo e simparte de todo o desenvolvimento na-cional

F qual seria o carro-chefe doprocesso"

A industria que é a forma maisadequada para se promovei a necessária modernização da base econômicaregional Isto nai significa contudoque desenvolvimento possa apoia' se.com exclusividade em hases setoriaisa promoção integrada dos «anos seto-res se faz necessário para dar conteúdoe continuidade ao desenvolvimento re-gional

Mas como se desenvolveria essasua idéia em termos industriais1'

Prevendo nas regiões a implanta-ção de indústrias modernas e dínámicas capazes de concorrer nacional-mente gerar e diversificar o parqueindustriai regional Gostaríamos delembrar que a idéia dos complexosindustriais formulada no GovernoGeise) não deve sofrei solução de con-tinuidade, apesar de o momento exigira conjugação de esforços para o com-bate à inflação. A promoção da des-centralização, via complexos indus-triais e agroindustriais integrados, tal-vez seja a única via para a deflagraçãode um efetivo processo de desenvolvi-mento regional.

Posição a assumirSempre reconhecendo que "o país

enfrenta dificuldades econômicas,cujas soluções dependem do esforçocomum de todos", o Governador An to-nio Carlos Magalhães disse que, nempor isso, contudo, o Nordeste deve serpenalizado:"Há que se ter cuidado com a re-gião. Ela não pode ser convocada acolaborar nos mesmos termos que asregiões mais ricas na política de com-bate à inflação. Em momentos de cri-se, razão da advertência, há uma ten-dência natural à concentração de in-vestimentas em áreas de mais rápidamaturação e mais pronta resposta. Is-to poderia prejudicar a política dedescentralização, sobretudo se apoia-do na indústria, para o que as forçaspolíticas regionais têm de estaralertas".

com algumas soluções imediatas oNordeste, defendendo, por exemplo,uma maior dotação orçamentária àSudene; a transformação do Banco doNordeste Brasileiro no principal agen-te financeiro do Governo Federal naregião e a obrigatoriedade de aplica-ção. nos Estados que a compõem, de60% da receita total do Deereto-Lei157 (o dos incentivos fiscais)."É importante que os Governos es-taduais do Nordeste — prosseguiu —recebam; ainda, da União, autorizaçãopara depositar em seus bancos oficiaisos recursos provenientes de transfe-rências federais. O Finor precisa, porsua vez, de uma dotação de recursoscorrespondentes às reais necessidadesde investimentos na indústria e naagropecuária regional".

Sistema FederativoQuanto ao fortalecimento do Siste-

ma Federativo, o Sr Antônio CarlosMagalhães considera importantes osseguintes pontos:

1— participação dos Estados nasdecisões relativas a alterações nas nor-mas tributárias;

2— elevação de 9 para 15% da parti-cipação dos Estados e municípios naarrecadação do Imposto de Renda eImposto sobre Produtos Industriali-zados;

3— manutenção integral dos atuaiscritérios de distribuição do Fundo deParticipação dos Estados, com a suaextensão ao Fundo de Participaçãodos Municípios;

4— elevação de 20 para 40% dopercentual do Fundo de Participaçãodos Estados destinado à Reserva Es-pecial dos Estados do Norte e Nor-deste;

5— eliminação das vinculações naaplicação dos recursos de transferèn-cias;

6— restabelecimento do percentualde 60% da arrecadação do ImpostoÚnico sobre Combustíveis Líquidos eGasosos;

7— estabelecimento de alíquotas'diferenciadas do ICM;

&— criação de mecanismos de com-pensaçáo para os Estados e municí-pios tendo em vista a concessão deincentivos fiscais por parte da União; e

9— fazer incidir o ICM sobre o preçodo varejo de cigarros e sobre as opera-ções de circulação de combustíveis elubrificantes.

Bandeira de todos"A política de descentralização eco-

nômica a nível nacional é uma bandei-ra que deve ser de todos os brasilei-ros", observou o Sr Antônio CarlosMagalhães. "Ela foi encetada pelo ex-Presidente Geisel, no último qüinqüê-nio, e reflete uma necessidade de sepromover certo equilíbrio entre as di-ferentes regiões do país. É, também,fundamental para o funcionamento daeconomia como um todo. a fim deaproveitar as riquezas das várias re-giões e incorporar grandes massas deconsumidores a uma efetiva economiade mercado".

SATISFAÇÃO GARANTIDA OUSEU DINHEIRO Dfc VOLTA!SE A COMPRA NÃO AGRADAR,NÔS TROCAMOS OU REEMBOLSAMOS!

Page 9: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

/4sprofessoras da Escola Monsenhor Cordioli naosao mestras-de-obras, nuts o esjori-o supcrou tudo econse^u-sequant^deCrS^

Fete dc Chico Ybarra I<W*A'" :- T 4. — .-

^mlim^

'!S|p||||||g

;1HHM .S|M| • •'"¦¦¦¦^^isS^Wpll^^:

^h|HH

' " ' \|

mm ¦ ;? .

iWIBlP*

0 quarto, com poucos objetos espalhados, mostra o tipo de vida ascttica que o miliondrio levava I

Fofo de Crirtina Paranogud

^^^¦i^Pi^BIIII^IH^^Sii^n^^SlSHHI^^H^^HII V v^uiH^BI^^H&KwgB

iinnHHE mk^W n *« c «¦ '^jpi« "f^ww^i' .,* ^si^Hs 'i^ v^^hBwh^KI&iI

- r Ml mHi^Miiia^ys^ii^^«^JI^HHHHi^Hl-v.-r^^^K'j^ v , Av •-... ^fl^j^^Bijfcllj^^MBBjM^^H^regggagpMMaigi^

Construida em 1596, a casa onde a familia de Arnaldo mora ha 50 anos hospedava a Familia Real

Foto cfo Broí Etozarra

/4s professoras da Escola Monsenhor Cordioli não são mestras-de-obras, mas o esforço superou tudo

Foto de Chico Ybarra

^®«WWWW«««wwvw»«««KKÃ^^ •. • . wm^^ÊBm0i.0 quarto, com poucos objetos espalhados, mostra o tipo de vida ascética que o milionário levava

8 — CIDADE

Nova Rio-Juiz de Fora será

inaugurada em junho com as

melhores condições técnicas

As obras de duplicação da estrada Rio—Juiz deFora estarão concluídas até maio e a inauguraçãooficial está prevista para junho, em data a ser marcada,com a presença do Presidente Figueiredo, informouontem o Ministro dos Transportes, ao final de mais umainspeção aos trabalhos.

Se possível, o programa de inauguração deveráfixar uma viagem do Rio até a cidade mineira e oPresidente seria acompanhado pelos dois Governado-res. A estrada, quando pronta, será a de melhorescaracterísticas técnicas do DNER, que estimou seucusto histórico em cerca de Cr$ 5 bilhões.QUESTÃO DE PRAZO

Na sua última Inspeção àsobras, em 15 de dezembro, oMinistro dos Transportes, enge-nheiro Eliseu Resende, apuroucom as duas empreiteiras dotrecho, Cetenco e Cowan, que aestrada poderia ser aprontada'em 90 dias úteis de trabalho,Isto é, descontados feriados e,principalmente, os de chuva.

Ontem, ao se encontrar comrepresentantes das empreitei-ras, o Ministro sacou do bolsouma anotação e preferiu falar,antes de perguntar qualquercoisa. A Cetenco (trecho de Bin-gen a Bonsucesso, na serra dePetrópolis) teve, no período, 41dias úteis; a Cowan (Bonsuces-so a Areai) um pouco menos —35 dias, apurou ele.

Assim, ele disse que até maio•a obra deveria estar concluída,sem maiores problemas. Os em-preiteiros concordaram, consi-derando como válido o últimodia útil de maio; então, o Minis-¦ tro explicou que a intenção éinaugurá-la com uma viagemdo Presidente, pedindo atençãoao DNER para todos os deta-lhes de acabamento e sinali-zação.

Do Rio a Juiz de Fora (a es-trada vai um pouco além, atin-gindo a localidade de Barreirado Triunfo) a estrada nova terácerca de 140 quilômetros. Emrelação à atual, a antiga BR-3, anova, BR-040, encurtará cercade 30 quilômetros, mas a princi-»pai vantagem sáo as melhorescaracterísticas técnicas.

Está em obras há mais decinco anos e o projeto previavelocidades de circulação supe-riores a 100 km/h. A pista édupla, do Bingen, no meio da'serra de Petrópolis, até a clda-de de Matias Barbosa, cerca de20 quilômetros antes de Juiz deFora, cidade que, com a obra,ganhou novo contorno.

Após a inauguração, um pe-queno trecho, de 2,5 qullôme-tros, continuará em obras, paraligar o Bingen a Quitandinha.Só com este trecho será possi-vel a adoção de mão única, compista dupla, em toda a serra dePetrópolis. Com o trecho Bin-gen-Juiz de Fora, haverá trechode cinco quilômetros, com mãodupla, no contorno de Petrópo-lis, do Belvedere ao Bingen.

^ BANCO DO BRASIL SA

v>

C.G.C. 00.000.000/0047-74

EDITAL

SELEÇÃO EXTERNA PARA NÍVEL BÁSICODA CARREIRA ADMINISTRATIVA W 10

I) O BANCO DO BRASIL S A. convoca os candidatos inscritos (segunda fase), nasagências da Cidade do Rio de Janeiro (RJ), à seleçáo em epígrafe, para a realização dasprovas de Português, Matemática. Contabilidade e Conhecimentos Gerais, a saber.a) Dia; 23.03 80 (domingo)b) Locais

AGÊNCIA/INSCRIÇÃO ENDEREÇOAG CENTRO-Rio00 001 a 02.180 - INSTITUTO ABELAv. Roberto Silveira. 29 (antiga Av. Estácio de Sá)Icarai - NITERÓI (RJ)02.181 a 03 925 - ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL PllNIO LEITERua Vise. do Rio Branco. 137 — Centro-NITERÓI (RJ)ABOLIÇÃO11 001 a 12 472 - INSTITUTO SUPERIOR DE ENSINO CELSO LISBOARua 24 de Maio, 797 — Sáo Francisco XavierBANDEIRA13801 a 15 345 — INSTITUTO DE EDUCAÇÃORua Mariz e Barros, 273 — TijucaBANGU16 101 a 17 568 - FACULDADES INTEGRADAS SIMONSENRua Ibitiuva, 151/ 193 — Padre MiguelBOr AFOGO19 301 a 21 663 — UNIVERSIDADE SANTA ÚRSULARua Fernando Ferran. 75 — BotafogoCAMPO GRANDE23 301 a 24 309 - FACULDADES INTEGRADAS MOACYR SREOERBASTOSRua Eng. Trindade. 205/ 229 — Campo GrandecinelAndia26801 a 30 189 - COLÉGIO PEDRO II - SAO CRISTÓVÃOCampo de Sáo Cristóvão, 177COPACABANA34 801 a 35.721 - UNIVERSIDADE SANTA ÚRSULARua Fernando Ferrari. 75 — BotafogoDEODORO36 301 a 37 120 — COLÉGIO PIO XIIRua Matiola, 305 — GuadalupeFIGUEIREDO MAGALHÃES38 301 a 41 013 - PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DEJANEIROPUC (Ed. Cardeal Leme e Ginásio)Rua Marquôs de Sáo Vicente, 225 — GáveaGLORIA42 901 a 45.188 - INSTITUTO METODISTA BENNETTRua Marquês de Abrantes. 85 — FlamenqoGOVERNADOR46 401 a 46 822 - COLÉGIO ESTADUAL PREFEITO MENDES DE MO-RAESRua Pio Dutra. 353 — Ilha do Governador46823 a 47 888 - COLÉGIO CAPITÃO LEMOS CUNHAEstrada do Galeáo. s/n° — Ilha do GovernadorJACARÉ49.201 a 50.222 - INSTITUTO SUPERIOR DE ENSINO CELSO LISBOARua 24 de Maio, 797 — Sáo Francisco XavierjacarepaguA50 801 a 52 634 - COLÉGIO SANTA EDWIGES ISUSE)Rua Cândido Benicio. 850 — JacarepaguáLEBLON y54 J0I a 55 566 — PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DEJANEIROPUC (Ed. Amizade — Ala Frings)Rua Marquôs de Sáo Vicente. 225 — GáveaMADUREIRA56 201 a 58 750 - FUNDAÇÃO TÉCNICO EDUCACIONAL SOUZA MAR-

Av. Ernani Cardoso, 335/345 — Cascadura58 751 a 59.118 - ESCOLA NORMAL CARMELA DUTRAAv Min. Edgard Romero. 491 — MadureiraMEIER62 001 a 66 545 - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO- UERJRua Sáo Francisco Xavier. 524 — TijucaNOSSA SENHORA DA PAZ70001 a 70776 - PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DEJANEIROPUC (IAG e Ala Kennedy)Rua Marquês de Séo Vicente. 225 — GáveaPE.NHA71 001 a 72 982 - SOCIEDADE UNIFICADA DE ENSINO SUPERIORAUGUSTO MOTTA - SUAMAv. Paris, 72 — BonsucessoPRAÇA MAUA75 001 a 75 298 - INSTITUTO BRASILEIRO DE CONTABILIDADE (FA-CULDADE MORAES JÚNIOR)• Rua Buenos Aires, 283 — CentroRAMOS75 701 a 77 536 — SOCIEDADE UNIFICADA DE ENSINO SUPERIORAUGUSTO MOTTA - SUAM, , Av. Paris. 72 — BonsucessoSÂO CRISTÓVÃO79.301 a 80.600 - CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICADO RIO DE JANEIRO (ESCOLA TÉCNICAIAv. Maracanã. 229 — MaracanãSAÚDE81.901 a 82 213 - INSTITUTO BRASILEIRO DE CONTABILIDADE (FA-CULDADE MORAES JÚNIOR»Rua Buenos Aires, 283 — CentroTIJUCA82 601 a 86080 - FACULDADES INTEGRADAS ESTACIO DE SARua do Bispo, 83 — Rio Comprido86 081 a 88 055 - ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL VEIGA DE ALMEIDARua Ibituruna. 108 — Maracaná88 056 a 89 257 - COLÉGIO MARISTA SÃO JOSÉRua Conde de Bonfim, 1067 — Tijuca

89 258 a 89 861 - COLÉGIO PEDRO II — TIJUCARua São Francisco Xavier, 204TIRADENTES93 601 d 93890 - INSTITUTO BRASILEIRO DE CONTABILIDADE (FA-CULDADE MORAES JÚNIOR)Rua Buenos Aires. 283 — CentroVICENTE DE CARVALHO94 301 a 95640 - SOCIEDADE EDUCACIONAL PROFESSOR NUNOLISBOAAv. Min Edgard Romero. 807 — Madureirac) Horário;13:00 horas — Chegada dos candidatos ao local da seleçáo;08S: O candidato que chegar ao local da seleçáo apôs o horário acima indicadoestará em atraso, sujeito a ser excluído do certame.13:50 horas — fechamento dos portões,17:10 horas — término das provas.21 Os candidatos deverão apresentar-se com antecedência mínima de CINQÜENTAMINUTOS do horário estabelecido para o fechamento dos portões, munidos de:a) ficha de inscrição,b) cédula oficial de identidade;c) lápis prnto n° 2 e apontador;d) borracha macia,. e) caneta esferográfica com tinta azul3) Antes do inicio das provas serão recolhidos livros, cadernos, papeis, tabuas delogarítmos bolsas, máquinas de calcular ou outros obietos similares em'poder doscandidatos4) Para as provas só haverá uma chamada sendo proibida a entrada de candidato aposo sinal para distribuição do tema5) O candidato que se apresentar fora do local acima designado de acordo com o seunúmero de inscrição ficará impedido de participar do certame6) A prova de datilografia será aplicada, por ocasião da qualificação, apenas aoscandidatos habilitados nas provas acima indicadas

8ANCO DO BRASIL S AAgência Centro do Rio de Janeiro (RJ) (P

Casa da Av. Atlântica onde

viveu o milionário foi

saqueada na última semanaA casa da esquina da Avenida Atlântica com Joa-

quim Nabuco, do milionário Humberto Milano Júnior,que morreu há duas semanas e nào deixou testamento,foi saqueada na última semana, segundo os moradoresda vizinhança. Por dentro, os móveis estão empoeira-dos, há roupas velhas, cheiro de mofo e desordem total.É fácil entrar nela, pelas janelas apodrecidas.

E a casa continuará assim, até que a Justiça decidapara onde vai a fortuna avaliada em Cr$ 500 milhões domilionário que, ao morrer aos 80 anos, vivia como umeimitão ("era um pão-duro", segundo comentou umvizinho), em companhia de seus gatos. Uns poucosparentes afastados, entre os quais o poeta Dante Mila-no, também de 80 anos, se habilitaram à herança.EXTRATOS DE CONTAS

A casa tem 600 metros qua-tirados e a última melhoria querecebeu foi em 1914. No quedeveria ter sido um escritório,cadeiras empoeiradas, um parde pés-de-pato. roupas pendu-radas em pregos e uma malaaberta com vários recibos dedividendos e extratos de con-tas. Na parede, uma caricaturado dono da casa, um alto-relevoem gesso e dois quadros a óleo,retratando peixes, pintados porele próprio.

A sala de jantar, com umaenorme mesa, quase não é sufi-ciente para conter o número depapéis. Livros sobre fotografia,folhetos do Jóquei Clube, Iate,Departamento Nacional de Es-tradas de Ferro e vários papéisde repartições públicas espa-lhados pelo chão estão cobertosde poeira. As portas e janelasvedadas com pedaços de ma-deira quase não deixam passarclaridade. Toda a fiação elétri-ca da casa está aparente, comvários fios emendados.

Em uma cristaleira empoeira-da e com alguns papéis, umvestígio de requinte: quatro ta-ças de champanha. Mesmo nomeio de tanta poeira, desta-cam-se um casaco de smoking,um terno de Unho branco e 1casaco de cashemere dentro deum armário aberto.

No quarto a "presença" deHumberto Milano Júnior émais percebida. Na cama decasal, com um cobertor barato,vidros de remédio aparecempor debaixo de um colchão mo-fado. Na parede há uma vistamarítima de Copacabana, pin-tada a óleo por ele, datada de1950. Há um aparelho de telefo-ne com o número 278-0172 nu-ma mesa, ao lado de uma caixade pintura com tubos de tinta aóleo. Na porta um barbantesustenta várias gravatas, ao la-do de um calendário deste ano,com as fases da Lua marcadas alápis até abril. Papéis velhos,uma bacia, uma arca e moedasfora de circulação dividem oespaço do chão apodrecido.

O mar está presente em vá-rios lugares da casa. Em umquarto, dois caniços com moli-netes; no escritório, um par de

pés-de-pato e pinturas de pei-xes, e. no meio dos papéis, umpedido de registro de invençãopara aperfeiçoamento em cani-ços de molinete, ao Departa-mento Nacional da Proprieda-de Industrial, sob o número56549. A utilidade da invenção"consiste em lançar com poucochumbo, ou mesmo só com opeso da isca, sem perigo deembaraços na linha, nem chico-tadas para trás".CADERNETA DO IP ASE

Entre os documentos, um cer-tificado de registro de um revól-ver Rossi de calibre 22, umacaderneta de consulta de am-bulatório do IP ASE e um extra-to de conta bancária datado dedezembro de 79, com saldo deCr$ 5 mil 517 e muitos livros deioga e massagens orientais.

Em um quarto vazio, umacorda suspende toalhas e rou-pas em péssimo estado. O ba-nheiro, todo quebrado, temuma banheira antiga cheia delatas e vidros de álcool. A cozi-nha guarda latas de leite em póenferrujadas, vidrinhos de tem-pero e muito papel.

Na varanda da parte tranca-da da casa, mora João Pereirade Sena, de 68 anos. Ele mon-tou uma "parede" de caixotes,um colchão de espuma e algunspanos e ali vive. João conta quemora ali há seis meses: "Estouesperando o Exército resolverminha situação" (ele tem a per-na direita amputada e está con-valescendo de três faturas naoutra). Segundo ele, durante al-gum tempo serviu de soldado-cozinheiro no 3o Grupo Móvelde Artilharia da Costa, emOlinda.

João disse que sofreu um aci-dente de carro quando foi pro-videnciar o enterro de sua mãe,em Olinda. "Por causa do aci-dente tive que amputar a pernae fui desligado do Exército semdireito a nada. Em 1956 vimpara o Rio vender lanches napraia e quebrei a perna que mesobrou. Estou esperando o re-sultado de um processo que es-tá em Brasília, sob o número 72-10.597. Eu náo estou morto eacho que ainda tem muito ser-viço que eu possa fazer."

FISCAL - 90 MILAle 45 anos Dia 12 —Inicio de turma Inf e reservas — 232-9081 — IPE —AvRio Branco. 185-1°

CURSO DE SECRETÁRIA EXECUTIVA

PELO MÉTODO STS

SELF TRAINING SYSTEM

INÉDITO NO BRASIL'Você estuda no horário que deseja, sem preju-dicar suas atividades profissionais e particu-|aresReceba o CERTIFICADO de SECRETÁRIA EXE-CUTIVA estudando pelo SELF TRAINING SYS-TEM, método de formação profissional porauto-instrução.A duração do Curso depende de você etambém as condições de pagamento.

ESTÁGIO EM ESCRITÓRIO-MODELO. INSCRIÇÕES: Av Presidente Vargas, 590-gr. 604.

Tel: 223-5401ASTRO-ASSESSORiA DE TREINAMENTO E OR-GANIZAÇÃO LTDA.

JORNAL DO BRASIL D domingo, 9/3/80 D Io Caderno

Construída em 1596, a casa onde a família de Arnaldo mora há 50 anos hospedava a Família Real

União proporá

ação de despejo

contra morador de casa tombadaCaso Arnaldo Augusto de Abreu Cam-

pos insista em continuar ocupando umadas casas mais antigas do Rio (data de1596), propriedade da União, no JardimBotânico, o diretor do Serviço de Patri-mónio pedirá à Procuradoria-Geral daRepública para propor ação de despejo,tão logo receba a comunicação do acór-dão do TFR.

Um acórdão do Tribunal Federal deRecursos cassou a 11 de fevereiro o man-dado de segurança impetrado por Amai-do Campos contra uma notificação expe-dida pelo patrimônio da Uniáo para quedeixasse o imóvel, ocupado -pela famíliahá aproximadamente 50 anos.

A questão

A questão começou quando, após amorte do pai de Arnaldo, funcionário doJardim Botânico e, como tal, com direitoa ocupai' a casa, este lá permaneceu,contrariando a Lei 5 285; de 8 de marçode 1967, que dá um prazo de 30 a 90 diaspara que descendentes de servidor insta-lados em imóvel do Governo o deso-cupem.

Durante certo tempo, a direção doJardim Botânico foi complacente. Mas oServiço do Patrimônio da União entroucom notificação contra Arnaldo para quedeixasse a casa. Ele respondeu com ummandado de segurança, agora cassadopelo TFR.

Tombadas

A casa, como todos os imóveis doJardim Botânico, é tombada. Construídaem 1596, hospedava a Família Real. Hojeestá com aspecto de total abandono, comfendas nas paredes, vidros quebrados epintura estragada. O projeto original foimodificado.

No Jardim Botânico há ainda maistrês casas antigas. Uma de 1808, emestilo colonial, abriga o Museu Kuhl-mann. Outra a chamada Residência Pa-checo Leáo, em estilo misto franco-normando e neoclássico, com as esqua-drias quebradas^ telhado danificado, in-filtraçòes, goteiras, parcialmente ocupa-da pela administração do Jardim Bota-nico.

Uma terceira, construção do séculoXIX, foi comprada por Pedro I para darde presente ã segunda mulher. Depois devárias reformas que modificaram bastan-te seu aspecto original — vê-se até apare-lhos de ar condicionado na fachada — éusada como residência de verão pelosministros da Agricultura.

Construções

Ainda na área do Jardim Botânico,mas fora da parte ajardinada, existemtambém construções novas de alvenaria,todas casas ocupadas por funcionários.Antes, bastava ao funcionário pedir au-torização ao diretor para la construir suacasa.

Na área ajardinada, há ainda duasconstruções, uma do Serpro e um prédiomuito moderno onde se instalou o setorde Botânica Sistemática, peito da entra-da da Rua Pacheco Leão. Este prédio, deacordo com decisão tomada pelo IPHANe Jardim Botânico, deverá ser demolidopor náo ter sido executado em estilo daépoca.

Mutirão de professoras faz

reforma em único jardim de

infância da Cidade de Deus"Como é que a gente mistura cimento?", perguntava aprofessora Maria Luisa. "E a cal, como é mesmo a mistura'"perguntava a professora Ellane Sem muita pratica de obras,mas com muita vontade dp consertar aquilo que está quebra-do, as professoras da Escola Municipal Monsenhor Cordiolicomeçaram o mutirão para reformar o único jardim de infán-cia da Cidade de Deus.

Entre outubro e dezembro de 1979, a Escola foi assaltadaoito vezes e suas dependências depredadas pelos bandidos. Adiretora Sylvia Emílio Louzada comunicou à Secretaria deEducação o estado ".lamentável" em que se encontra a Escolae pediu providências. Do ofício encaminhado no dia 31 dejaneiro, apenas um lacônico "tomaremos providências" cons-ta no documento. Nenhuma medida real foi tomada e omutirão foi organizado.ASSALTOS

Em todos os assaltos, umaconstante: a destruição das de-pendências da Escola. Paredesforam chutadas, portas arrom-badas e até cola foi utilizadapelo marginais para sujar pare-des. No dia 3, após reunião comprofessores e pais de alunos, foitomada a decisão do mutirão..Novo oficio foi encaminhado

à Secretaria Municipal de Edu-cação, comunicando o mutirão,e ontem começaram os traba-lhos. Como havia falta de águana Cidade de Deus. muitos paise mães não puderam ir à Esco-la, e a previsáo inicial de termi-nar a reforma ontem mesmo foimodificada, pois somente na se-mana que vem as professorasesperam concluí-la.

Para as despesas com mate-rial, fez-se um abaixo-assinadoe conseguiu-se quantia de Cr$ 4

mil Foram compradas trancas,madeira, pregos, cimento, areiae cal. e ja foram gastos Cr$ 2 mil800 a mais do que o dinheiroarrecadado. "Não pagamos ocimento ate agora. Estamos es-perando que haja mais contri-buiçoes, senão nào sei como vaificar a situação", disse a subdi-retora Maria da Glória Monte-negro Sloboda. "Só entendo afalta de apoio da SecretariaMunicipal de Educação pelafalta de verbas. Náo posso en-tender de outra forma":

A Escola Municipal Monse-nhor Cordioli só atende a crian-ças entre quatro e seis anos deidade e tem capacidade para300 alunos. Existe fila de esperae as crianças sáo escolhidas porsorteio. O corpo docente tem 13professoras e a proteção da Es-cola está a cargo do 18° Bata-lháo da Polícia Militar.

Foto d® Cristina Paranoguà

0

Page 10: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

JORNAL DO BRASIL ? domingo, 9/3/80 ? 1" Caderno — 9

Advogado acha que

o "Caso

Flávia" está perto

do fim

Montevidéu — Depois de passar umasemana no Uruguai, tentando apressar oandamento do recurso que poderá resultarna libertação da brasileira Flávia Shilling, oadvogado paulista Gérson Mendonça nãoconseguiu nenhum indicio concreto de que ocaso poderá ser julgado com brevidade, mascontinua achando que "são boas as perspec-tivas de que Flávia voltará dentro de poucotempo ao Brasil", arriscando até a previsãode que "essa semana pode ser decisiva"."Não tenha dúvida de que eu vou ficaraqui até que se tenha uma definição oficialsobre o caso de Flávia, pois o recurso apre-sentado para a reabertura do processo estáapenas na dependência de um parecer dopresidente do Supremo Tribunal Militar.Trata-se de um caminho juridicamente per-feito, dentro da legislação uruguaia, por issomantenho o meu otimismo", declarou, on-tem, o advogado Gérson Mendonça, contra-tado pela família Schilllng para acompanharo caso Flávia.

Início de tudoEm abril de 1964, pouco antes de comple-

tar 11 anos, Flávia Inés Shilling Wesp, gaú-cha de Santa Cruz do Sul, veio para oUruguai com sua mãe, D Ingeborg, Cláudia,a irmã mais velha, e Valéria e Andréa, asirmãs mais novas. Seu pai, Paulo R. Schil-ling, ainda estava asilado na Embaixadauruguaia, no Catete, Rio. Ele só conseguiusalvo-conduto para deixar o Brasil algunsdias depois que a família já se encontravaasilada.

Como outras crianças brasileiras força-das ao exílio, Flávia foi-se adaptando rapi-damente ao novo idioma e ao novo pais.Estudiosa, entrou aos 17 anos na Faculdadede Medicina de Montevidéu, numa época emque a política era fervilhante no Uruguai,com intensa participação da maioria da ju-ventude.

Em abril de 1971, antes mesmo de com-pletar no dia 26 os 18 anos de idade, Fláviacomeçou a fazer política estudantil numadas ramificações do Movimento de Liberta-ção Nacional, organização que ficou maisconhecida pelo nome de Tupamaro.

Sua participação dentro da organizaçãosubversiva nunca chegou ao protagonismo,sendo sempre encarregada de atividades se-cundãrias, que começaram com distribuiçãode panfletos nas ruas, pichação de paredes eoutras atividades do gênero. Depois de umano de militância, entretanto, já estava sen-do perseguida e passou à clandestinidade, oque agravou mais ainda sua situação. Emseu processo, entretanto, não consta nenhu-ma participação em atentado violento e nemo disparo de armas de fogo.

A prisãoNa noite de 24 de novembro de 1972,

Flávia e seu namorado Rubem Walter Viga-no Pastrana receberam voz de prisão numarua de Montevidéu. Os dois estavam desar-mados, mas Flávia tentou fugir: jogou umabolsa de roupa suja em um dos policiais ecorreu. O outro agente deu um tiro, que lheatingiu quase na nuca, deixando-a clinica-mente morta.

Durante seis meses, Flávia ficou hospita-lizada e a partir do início de sua convales-cença demonstrou extrema força de vonta-de para recuperar-se. Sozinha, durante anos,fez exercícios para evitar que ficasse muda,pois a traqueotomia e um tratamento delica-do a fizeram praticamente perder toda acapacidade de falar. Até hoje, ela ainda temalguma dificuldade, que se diminui progres-sivamente.

Julgada como cidadã uruguaia (emboranunca tenha adquirido esta cidadania), Flá-via foi condenada em primeira instância aoito anos de prisão. Como era praxe, suaadvogada recorreu ao Supremo TribunalMilitar, pedindo que houvesse redução dapena, expulsão do país ou absolvição. Apromotoria não recorreu.

Surpreendentemente, o tribunal decidiuentão julgar ultra petita (que na linguagemjurídica significa "além do que foi pedido" e,portanto, algo raro), agravando assim a penade Flávia: de oito anos passa a 10 anos deprisão, mais de dois a cinco anos de "medidade segurança" e, ao final desta última fase,expulsão do país.

A defensora de Flávia apresentou outrorecurso previsto na Legislação uruguaia—ode casacion, que dava margem a uma revi-são da pena. Mas a própria advogada come-çou a ser perseguida pelos militares uru-guaios e teve de abandonar o pais. A Justiçanomeou um advogado ex oficio para Flávia,que, além de não ser bacharel em Direito,nunca sequer a viu e nem examinou o pro-cesso, de acordo com informações obtidasem Montevidéu.

Esse defensor limitou-se a retirar o recur-sos de casacion, que a defensora de Fláviatinha dado entrada, aceitando pura e sim-plesmente a decisão do tribunal. Tudo isso,sem sequer consultar a ré, sua cliente. Apartir desse momento, a Justiça Militar uru-guaia passou a considerar o caso Fláviacomo "coisa julgada", sem possibilidade al-guma de recurso.

Há quase dois anos, uma reportagem doJORNAL DO BRASIL revelou a existênciade uma jovem brasileira como presa políticano Uruguai. Nesse momento, Flávia tinhaproblema de saúde e sua família — expulsado Uruguai e já estabelecida na Argentina—enfrentava dificuldades para conseguir visl-tas que, aliás, tinham sido totalmente proi-bidas nos primeiros dois anos e meio.

O então Ministro do Exterior Azeredo da. Silveira manifestou interesse pelo caso de

Flávia, quando se encontrava no Uruguaipara uma reunião internacional. A partirdaí, em várias oportunidades, fez declara-çóes de que iria pedir ao Governo do paísamigo pela brasileira. O Ministro do Exte-rior uruguaio chegou a comentar que Fláviapoderia sair se houvesse um pedido formalem seu fiavor por parte do Governo brasi-lelro.

Houve muitas declarações, mas poucaação do Itamarati naquela época (recente-mente o Ministro Saraiva Guerreiro decla-rou que o caso era "frustrante" para a diplo-macia brasileira).

Rosental Calmou AlvesEnvkxJo Mfwciol

Após as manifestações do Itamarati, oúnico fato concreto, na verdade, foi o inícioda prestação de assistência consular a Flá-via, através de visitas periódicas do Cônsul-Geral do Brasil, Ministro Agenor Soares dosSantos.

Enquanto no Brasil surgia uma campa-nha a favor da libertação de Flávia, asautoridades, uruguaias atiravam um baldede água fria nas esperanças brasileiras: "Ocaso Já foi julgado, ela terá que cumprir todaa pena e nã hâ mais possibilidades de recur-so", disseram.

No segundo semestre do ano passado,contudo, a situação começou a mudar. Oadvogado gaúcho Décio Freitas, inicialmen-te contratado pela família Schilllng paraseguir o caso, foi afastado. Na realidade, elenão tinha conseguido fazer praticamentenada em favor da causa, sobretudo por umatotal falta de trânsito em Montevidéu, ondeé considerado uma espécie de persona nongrata por alguns militares.

No lugar de Décio Freitas, a família Schil-ling contratou uma banca de advogadospaulistas — Gerson Mendonça, Ivo Galli,Orlando Maluf e José Francisco Martins —que haviam atuado no Uruguai para a liber-tação do jornalista Flávio Tavares, presoquando trabalhava como correspondente deO Estado de S. Paulo e Excelsior, do México.

A solução

Os advogados paulistas conseguiram serrecebidos pelo Presidente do Supremo Tri-bunal Militar uruguaio, Coronel FedericoSilva Ledesma, que lhes explicou por queseu pais considerava o caso como "julgado esem possibilidades de recurso". O advogadoanterior, Décio Freitas, nôo tinha sequersido recebido no STM.

Apesar da visão pessimista inicial, osadvogados paulistas começaram a estudar ocaso e entraram em contato com um dosmais importantes juristas do Uruguai, pro-fessor Adolso Gelsi Bidart. Embora estives-se já há tempos afastado de causas no ámbi-to da Justiça Militar, o jurista acabou con-cordando em aceitar o caso de Flávia.

Finalmente, em outubro do ano passado,começaram a aparecer as primeiras esperan-ças concretas de uma solução, dentro dalegislação uruguaia. Esta solução baseava-se justamente numa irregularidade proces-suai cometida pelo advogado ex oficio deFlávia.

Pela lei, ele teria de consultar a ré, antesde retirar o recurso em seu favor, que jáestava em tramitação e tinha sido apresen-tado dentro do prazo legal. Além disso, pelalegislação processual uruguaia, se a ré nãofoi intimada pessoalmente da decisão dorecurso de apelação, o prazo para entrar comrecurso de cassação sequer foi iniciado.

Esta é portanto a base jurídica do pedidode reabertura do processo de Flávia que estáera tramitação na Justiça Militar uruguaia.E depois da abertura do novo prazo, seráapresentado outra vez o recurso de cassaçãoda sentença, com o objetivo de conseguir aimediata expulsão de Flávia.

Num primeiro momento, o Supremo Tri-bunal Militar não quis aceitar o pedido doprofessor Gelsi Bidart para a "devolução doprazo", insistindo na tese de que se tratavade "coisa julgada" e da inexistência de pos-sibilidade de recurso. Posteriormente, po-rém, o pedido foi recebido, o que acendeu asesperanças da família e dos advogados. Esteé o momento atual. Aguarda-se um pronun-ciamento do tribunal a qualquer momentosobre a abertura do novo prazo para apre-sentação do pedido de revisão das penas.

À partir da reabertura do processo, hámuitos argumentos já preparados em favorde Flávia. Alguns são conhecidos, embora osadvogados não gostem de antecipar o quealegarão no Tribunal.

Para começar, a pena de Flávia foi muitomais dura do que a de outros companheirosdela, Inclusive seu namorado, preso com ela,que há três anos está em liberdade. O quecomplica mais o caso da brasileira é a "medi-da de segurança" que foi condenada a cum-prir, depois da pena de 10 anos. Segundo atese dos advogados, essa medida não temcabimento, pois é prevista exclusivamentepara os criminosos que podem oferecer al-gum perigo à sociedade depois de cumprirsua pena. No caso de Flávia, ela vai abando-nar o país, pois sua expulsão já foi decreta-da, por jssQ osadvogádos "perguntam

queperigo ela poderá oferecer se sequer estaráno Uruguai.

Além de todas essas teses há ainda o fatode que ela é cidadã estrangeira e foi julgadacomo uruguaia. O próprio Presidente doSupremo Tribunal Militar, Coronel Silva Le-desma, declarou que estrangeiro náo comete"crime de lesa-pátria" fora do seu país (en-trevista publicada por El Diário, de Monte-vidéu, em Io de março de 1979). A condena-ção de Flávia é justamente por crime delesa-pátria.

Para configurar um quadro favorável àbrasileira, não faltam precedentes; váriosestrangeiros presos, julgados e condenadoscom base em acusações semelhantes ás deFlávia foram expulsos do país, sem cumprira totalidade de suas penas. Um desses es-trangeiros foi o francês Jean Franc ConchonOswald, que teve as mesmas acusações deFlávia (associação subversiva, atentado àConstituição em grau de conspiração segui-da de atos preparatórios de falsificação dedocumentos públicos) e foi condenado auma pena maior que a da brasileira emprimeira instância: nove anos de prisão. Naapelação, a Justiça Militar optou simples-mente por expulsá-lo do país por tratar-se deestrangeiro. Recentemente, o mesmo acon-teceu com um grupo de argentinos a favordos quais havia uma ampla campanha daEuropa.

Flávia Inés Schilling Wesp, hoje com 26anos, está cumprindo seu oitavo ano deprisão na Penitenciária de Punta Rieles,num subúrbio de Montevidéu. Apesar dedemonstrar extrema força de vontade parase recuperar do precário estado de saúde, elatem tido recaídas freqüentes e no domingopassado mesmo,.se mostrou abatida física ementalmente ao receber a visita de suasirmãs.

1SS

Roupasde todos os tipos, em manequins até o n.° 62. As Camisasesportes vfio até o n.° 10 e as camisas sócias e pijamas têm man-gas mais compridas, de até 70 cm e com mais cintura. Blasers ecostumes de todos os tamanhos. Cuecas anti -alérgicas de tecidoou malha, também com as pernas mais longas. Ceroulas de teci-1do malha, flanela, lá e de helanca.

CAMISARIA iflU Novo MundoW AV- PA5SOS, 83/89 (Esa. daTftlr . OU Pino nn iav. PASSOS, 83/89 (Esa. da Alfândega)Tels : 221-6723 6 224-7369.

(A»to7"

lAu^rÒ,.

Três caminhos para o Oriente.

A Jal leva você.

China FascinanteBrasil, São Francisco, Honolulu,Tokyo, Kyoto, Osaka, Pequim,

li, Kl*ng,<

Bangkok, Kuala Lumpur,

Shangai, fcuilin, Xian, Hangzou,Wunang, Cantão, Hong-Kong,

Magia OrientalBrasil, são Francisco, Honolulu,Tokyo, Kamakura, Hakone,Atami, Kyoto, Nara, Osaka,Cingapura, Bangkok, Hong-Kong, Los Angeles, Brasil.30 dias.Operadora: CupeltourOperadora Tunstica Ltda.Embratur: 090003900.0Parte Terrestre:

Cingapura, Tokyo, New York,Brasil.35 dias.Opéradora: AbreuturOperadora Turística Ltda.Embratur: 090002600.6Parte Terrestre:US$3.150

yUS$ 1.879

Volta ao MundoBrasil, México, Acapulco, LosAngeles, Las Vegas,SãoFrancisco, Honolulu, Tokyo,Kyoto, Osaka, Manila, Hong-Kong, Bangkok, Delhi, Cairo,Luxor, Atenas, Istambul, Roma,Brasil.47 dias.Operadora: AbreuturOperadora Turística Ltda.Embratur: 090002600.6Parte Terrestre:US$ 3.950

Procure o seu agente de viagens ou a

xJAPAN AIR LINESAv. Rio Branco, 156 - 21» andar - i/2119 - Tel.: 262-4366.

Nosso modo de ser é nosso modo de voar.

CURSO AUDIOMÉTRICO

VIENNAT0NE

Aprovado pelo SEECCEE — Proc. n° E-03/0001 -653/79Abre-se novo campo de trabalho profissionalizante. Tur-mas com n° limitado — Início 20 de março. Duração doCurso 18 meses. Matérias aplicadas: Física Acústica;Anatomia da Cabeça e Pescoço; Fisiologia; Audiometria(Todos os tipos de Exames Audiométricos): Análise doAudiograma: Prótese do Ouvido; Prótese Auditiva; Trei-namento com Preparo para Aplicação da Prótese. Todasas Matérias com Aulas Práticas. Venha Hoje garantir suavaga. Turmas com n° limitado de alunos (Também ànoite). Matrículas abertas. Av. Rio Branco, 133 •252-4562, Rio, R.J.

HERMES FERNANDES S.A. Viennatone

18°,

(P

iüjL J A

FUNDA DOBBSAMERICANA LEGITIMA0» «mofuu cOncivjs Tocj no corpo so em 2 PontosPari imtot oi mo* Permite todoi tu nforçosInterrompe < rutura Elimina o perigo E Doíte. e Batia1 Oemonslncoe»noi endereços aíauo SEM COMPROMISSO No impoiudo'

iii mii s i i itwMii s s. v[ CENTRO: Av Rio Brinco 133-18' índar W

EiHILAf 9. MKniao 1' 1011' njUU: Conóe dê" Boniim 370SIM9IOTAfOw:R Voluntários Da Patria 4» 101a J MltR Dias da Cru;. 155 Gi 601£2£í£ü: ív C»waíir« 542 Gt 309 MOUMM: Maria FtMas 96 Gr 60!C0PAÇAI: «V Cooacatuna 945 S '06 KMM: Av Bras de Pina 24 C0-3| WTEHOi Cd Gomes Macfiado 38 Gf 404'5 I. HTf: Av. Afonso Pena 95? Gr 5??'?*. HBS 'HuSS ;i'iH8S 'MlAS Oi <íflS 'HuSS ÜUBB1! THubS OOB0S '«USS 0UBBS 'AU

LTVRO JfP*\

SAB ADO afmAi iCADERNOB -||K\W/

JORNAL DO BRASIL

Mini-Turmas — Initio 17/320% de desconto para matrfculas ate 12/3.

Av. Pres. Vargas, 542 —i_ learning I si 4 ™ 243-1914

PARA AS MAES E AS NOIVAS

CINE-FOTO

CÂMARA KODAKTlra-TolmaCÂMARA KODAK PSIUX-l-C/fllmoaflashc Amara polaroid ee-44Instantânea - Rovda na horaCÂMARA WERLISA CLUBttmm • Pormlta vária» ragulagans.c Amara beirette 35 mmOrgulho da Indústria AlomS

399

990

2.330

1.990

2.790

PROJETOR KODAK 20Clna ¦ BS/l-C/Tola ¦ SONORO

cAmara YASHICA ME-1 C AtuiMmm • Controla Autométlco Abortara... W • ¦§Ov i

1.460,

1^.^;*!'™..'™ 10.190,

25.550

25.990

28.450

5.150

9.170

5.850FILMA DOR CHINON PXL 1 A CCAZoom atétrko 2 vaias IV* WWW

27.750

12.350

1.220

750

725

180

329

499

SOM PRESENTES

AMPLIFICADOR YANGYA-150 • KW

PROJETOR CHINON 7000ano Supor I- SONOROPROJETOR I.E.C. 16MMano-Amador-SONOROPROJETOR SLIDES I.E.C.S/AutoméHco - MA-160PROJETOR ROLLEI Wslido.

| Aut. • Controlo Romoto-CarrossolFILMADOR HALINA S/8Idoal p/prlnclplanta om cinama..,

FILMADOR CHINON XLZoom olétrico 4 «eiet • SONORO..FILMADOR GAF SONOROZoam 2 vota* XLFLASH NATIONALPE-145 • BatrAnkoFLASH FOCUSINI • EiatrAnlcoFLASH ROTORBLITZ1000 • EiatrAnlcoFILMES KODAK COLORIDOSC /II0/20-cm/10 cada

I FILME KODAK SUPER 8Srtachrama 40-coloridoFILME POLAROID• Colorido

4.370,

7.380,

13.990,

7.180,

8.510,

9.430,

18.490,

20.990,

6.990,

8.280,TAPE DECK EVADIN IO Aik(íFrontal ¦ C/Slitoma dalby lAtlvV fTOCA DISCOS BSR-123 C 41AComplato - C/Còptula magnética Wa"• I VfTOCA DISCOS PHILIPS C Q£fl|cESTAP/PAO WOLFF 635G A-341 - C/Cápsula magnética W»9VV f Ou AMINOX 1103/5 - INOXTOCA DISCOS PHILIPS 11 1AHGA-lU'MtDri».Digital I I iWVV f

5.480,

7.990,

850,

1.315,

1.860,

4.370,

5.340,

5.620,

9.300,

AMPLIFICADOR QUASARQA-2300 - 29SWAMPLIFICADOR QUASARCom mlxor - 2 V.U. matar - 2MW.RECEIVER YANG 60WYR-1400 - AM/FM - EstéraoRECEIVER C.C.E. 100WSR-3220 - AM/FM - EstéraoRECEIVER PHILIPS 60WAH-717 - AM/FM - Estérao.RECEIVER SHARP 70WCom. TAPE DECK FRONTAL

RECEIVER SONY 140WC/2 Caixas YANG YC-2400TAPE DECK COLLAROCD-702 - C/EqualliadorTAPE DECK PHILIPSEstérao • C/pausa a Ultra

SINTONIZADOR YANGAM/FM • EstéraoSINTONIZADOR QUASARQFM-1004 • FM-astérooHEADPHONE MAGNOVOZPH-100 • O mais sofisticadoMICROFONE MAGNOVOZSom fio

ESTANTE RACK P/SOMYANG • YE-4M0CAIXAS MAGNOVOZACÚSTICAS- 2XWW O PAR

YANGICAS-2XMW OPAR<

CAIXAS QUASARACÚSTICAS - 2 X 70W O PAR

395,1

990,

1.860,

2.580,

3.800,

4.420,

1.890,

2.860,

1.990,

375,

330,

415,

12857

235,

1.180,

1.240,

APARELHO GOYANA 48 PÇS. 1 OQAJantar, Ché, Café - Vária» coras I •»#¥/

AP. PORCELANA SCHMIDT 1 QfiflJantar - 42 pt». - Docorofto 2t0 I • m WW /AP. PORCELANA REAL O 1QAJantar -42 p<s. Floral W* I #Wf

4.760,

325,

149,

FAQUEIRO HÉRCULES 30024 pfs • INOXFAQUEIRO HÉRCULES 355Slpfs-INOXFAQUEIRO HÉRCULES 355101 pfs. - INOXFAQUEIRO HÉRCULES 399101 pçs. - Supor luxo • INOXFAQUEIRO HÉRCULES 366130 pçs. • Luxo - INOXFAQUEIRO HÉRCULES 699130 pçs. • Supor luxo • INOXAPARELHO HÉRCULES 7 PÇS.Chá. Café o Latt» • INOX *...APARELHO WOLFF 661 .Ché, Café a Lalta - 7 pçs. - INOXAPARELHO FRACALANZA7 pcs.- Ché. Café o Lalta -INOX

BANDEJA WOLFF INOXTERRA NOVA • 35 X 24cmBANDEJA FRACALANZAOURO VEROE - S2 X 31 cm - INOXBANDEJA BIJOUX 263Rondada • 40 X 24 cm - PRATA

jôgo 6 xícaras wolffOu AMINOX - lasa o Piras - INOXBAIXELA WOLFF 698Jantar -1 pças. - INOX.

BAIXELA FRACALANZAJantar - Rogina • 10 pfs. • INOX

JÔGO CRISTALEIRA HERINGél pfs • banco pop. CRISTALAÇUCAREIRO AMINOX 700gr«Com cothar • INOXGARRAFA WHISKYluiolHo 150 - CRISTAL...

CALCULADORAS

IXAS QUASAR\S • 2 X W W. O PAR

CALCULADORAS

BALDE GELO MANFREDIC/Doador o jogador • PRATA....

^^^^¦2.890^^^H.6.490,^^^¦6.990,I TEXAS TI-58 PROGRAMÁVEL 11 OQA|l70f«nçôo« MOpassoe Mniamérlas.. I I |77V|

CALCULADORAS

I

TEXAS TI.50 CIENTIFICAé0 funfBot-maméria-crittal liquido..TEXAS TI-51 III CIENTÍFICAlélfwnfôoa • 10rTEXAS TI-57 PROGRAMÁVEL

I Profissional-50 passos-10 ma mò rios...

SDUPLICADOR FACIT D* 11 O OCA loiSiMAC VISOR E FITA O COA IMimaografaaté500eéplã mm* 7wV dlgltos-S-mantòria WtvAV| DDISMAC ESCRIT. C/FITA 5.740,I

TEXAS TI-B.A. IISupor Fbiancolra^ristal liquido.DISMAC ESCRIT. 12 KM-VI12 digltos-VK-maméria

3.190 f 112 digitas - 2 momériacN • GT

1.990,DISMAC VISOR E FITA12 digito* — 2 mamérias-%..,

TEXAS ESCRIT. C/VISOR2C/LQ

IFACIT ESCRIT. C/FITAtVV# fJ 11 dfgHat-% -V5mod.2520..

6.730,

6.960,

uojasTIME S SQUARE7

LOJAS ESPECIALIZADAS EMCl NE FOTO -SOM -CALCULADORASCBmtO-RUA SENADOR DANTAS, MA 3é

; CtNTRC - RUA DO ROSADO, 174ONTRO • RUA 7 Dl SCTIMIRO ilt A IÜ7CENTRO • RUA DA CARIOCA, 12•ONSUCBSO • PÇA. DAS NAÇÔB, 3MCOPACABANA • RUA SANTÁ CLARA, 2«COPACABANA • AV. COPACARANA, 107TUUCA • RUA CONOC DC BONFIM, 597N. IGUAÇÚ • AV. AMARAL P8X0T0, 400NITatÓI - R. VISC. URUGUAI ESQ. S. PB)RO

PRESENTES A VE NO A NAS IO J ASCBITRO • RUA 7 DC SfTIMBRO, 113 A 117CENTRO - RUA SENADOR DANTAS, 2t A 3*TUUCA - RUA CONDI Dl BONFIM, 5*7COPACABANA • AV. COPACABANA, B07BONSUCESSO - PÇA. DAS NAÇÕES, 3*4 A

. N. IGUAÇÚ • ÁV. AMARAL PBXOTO, 400

^UPERESPECIALIZADA EM CINE - FOTO - SOM - CALCULADORAS

!! drl.MI.LHR

I FUNDA DOBBS ro— II AMERICANA LEGlTIMA I

De 4HnofMH cAncetis Tou no corpo so em ! Ponios IPin imKn 01 leiot Peimite todoi o> eMortot ¦intemmpe I rutura Elimm o perigo E Ooetr. e Bnu1 Oemomtncoes Inot enaerepn 4B»«0. SEM COMPRMIISSO No unpoiudoi. ¦

W K!JJP:.*V R.?8'in™ '33-18' indir INNHU: Vise it P,nM 467 SI 209 1I EiHILy?. II ion jjUC*: Conoe de Bonlim 3WSI ?09 IIOTAFOw:R VcKuntanos Hi Pitta 45? ion J MIER: Dus di Crui 155 Gt 601 II SSIKit iv 542 G' 309 MaWBM: Mirh Ffeitls 96 Gr 601 ICOfACAl: Av CODIcltuni 945 S 106 KMM: «v Bus He Piiu 24 CO 3 IJ WTEBOt: Ctt Gomts MlctilOO Gr 404'? I. HTI: Av Alonso PefW 95? Gf 52?'?' T

Page 11: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

JORNAL DO BRASIL

Vice-Presidente Exocutivo- M. F do Nascimento BritoEditor: Walter Fontoura

Rio de Janeiro, 9 de março de 1980

Dirotora-Presidente: Condessa Peroira Carneiro Dtrelot Bernard da Costa CamposDiretor: Lywal Salies

Bom Começo

O Conselho de Desenvolvimento Social anun-ciou, afinal, a aprovação das linhas mestras de limapolítica nacional para as migrações internas. Esta-mos saindo aos poucos do hábito de atacar determi-nados problemas por asfiectos conjunturais, para aprática saudável de 'enfocá-los no seu contextoeconômico e social. O vezo antigo de atender anecessidades nacionais com retalhos «le providên-cias administrativas, que jamais se harmonizavamna perspectiva de soluçiies gerais, resultou semprena dispersão de esforços e recursos esbanjados semconseqüência. Em todos os setores da atividadeestatal, do setor da educação à esfera da questãofundiária, faltava o procedimento fundamental detraçar uma política a que se submetessem coerente-inente as medidas setoriais e de emergência.

Em face do problema das migrações internas,era assim que se vinha comportando o Governo atéo começo deste ano, quando os Ministérios doPlanejamento e do Interior deram os primeirossinais de que passariam a agir racionalmente, nointeresse de atingir o alvo e também de daraproveitamento integral e objetivo aos recursosorçamentários e extra-orçamentários a empregar.Fixou-se finalmente uma política de atendimento àsmigrações internas, a cuja aplicação metódica sedestinaram inicialmente, para o presente exercício,Çr$ 109 milhões à conta das verbas sem retorno doFundo de Assistência Social.

É claro, entretanto, que não basta fixar uniapolítica. Interessa conhecê-la para avaliar-se a suaadequação, como seu grau de lucidez diante doproblema ou fios problemas a equacionar e resol-ver. A política adotada pelo Conselho Nacional deDesenvolvimento Social parece ter sido fundada emesquema exclusivo do Ministério do Interior, o quenão basta para pôr em dúvida o seu acerto mas ésuficiente para expô-la a flutuações de linha deexecução, se não resultou de uma integração deexperiências,. pontos-de-vista e competência dasdiferentes áreas administrativas interessadas. Hou-ve uina recomendação para que os diversos Minis-terios considerassem, na execução de seus prográ-mas próprios, as providências genéricas alvitradas.

Que providências serão estas? O Ministério doInterior reservou-se desde logo uma delas, que é olevantamento estatístico do fluxo migratório, pre-vendo-se que serão ouvidas este ano 180.mil pessoas

no Norte. 400 mil no Nordeste. 601) mil no Sudeste,120 mil no Sul e'300 mil no Centro-Oeste. Segundo

o resultado dessa pesquisa, calcula-se cjue o órgãojá existente, de apoio aos migrantes, atenderá a 250mil pessoas em 1980, num total estimado em Imilhão 600 mil pessoas. Serão criados para isto 150postos de atendimento e 450 do Sistema de Infor-inações sobre Migrações Internas.

O dinamismo que o Ministro Mário Andreazzacostuma imprimir aos setores que lhe são confiadospelo Governo poderá levar a lima grande movimen-tação do Ministério do Interior nesta matéria, semque nada indique aind? que a política de cujaslinhas gerais deu notícia o Conselho de Desenvolvi-mento Econômico já possa configurar, verdadeira-mente, uma política. As dúvidas começam pelosnúmeros fixados, na linha do atendimento aosmigrantes, sem conhecimento exato ou aproximadodo volume das migrações — para não falar em suascausas e conseqüências precisas em cada Região.Tornou-se polêmico um dos itens do programa dosBispos, justamente o que se referiu ao total dosmigrantes que, segundo dados oficiais, ou oficiosos,chegariam a 40 milhões. Tentou-se esclarecer de-pois, sem dados concretos, que este seria o total,considerando-se o fenômeno das migrações desde oque delas revelou o primeiro censo, realizado em1940. No último decênio, o número de migrantesnão ultrapassaria a casa dos 13 milhões. O IBGEdiverge neste particular do Cadastro do Sistema deMigração e este, por sua vez, entra em conflito comos números mencionados pela Igreja.

Vê-se que o essencial é ainda desconhecido:quantos são aproximadamente os migrantes, de«tilde saem e para onde vão; quantos se fixam nosnovos destinos e quantos voltam? O Ministério doInterior aguardará o resultado do censo deste anopara dar resposta a estas perguntas, mas ao mesmotempo sc lançará a uma pesquisa própria. Depen-da-se desta ou daquele, não se pode dizer que jáhaja uma política. Parece ter havido excesso deênfase quando se anunciou a sua aprovação. Adestinação de recursos específicos e o traçado dealgumas providências preparatórias constituem umbom começo. Em matéria de política, não passamosainda da retória dos Bispos que, em termos decampanha, não pode deixar de ser reconhecidaigualmente como boa contribuição.

Idéias Claras

Ante o tortuoso dia-a-dia da educação brasi-leira, amarrada a tantos preconceitos e arcaísmos,é auspicioso saber que pelo menos em um Estado daFederação — São Paulo — onde se encontramalgumas das mais importantes instituições de ensinosuperior do país, começou-se a estudar com serie-dade a adoção do ensino pago nas universidades.

Essa hipótese, com a qual concorda — pelomenos em tese — o Ministro da Educação, só temcontra si o peso das idéias feitas. Pois é facílimoentender que não pode haver ensino gratuito: oestudante das universidades oficiais, que custacerca de Cr$ 50 mil por ano à nação, está dispensa-do de pagar porque se arrecadou da população, emimpostos, o equivalente àqueles Cr$ 50 mil />ercapita.

O esquema agora vigente é exatamente ooposto a qualquer preocupação de justiça social. OReitor da Unesp, em São Paulo, totalmente favorá-vel à instituição do ensino pago,

"por uma questãode justiça e porque isto dá maior responsabilidadeao aluno , é mais uma dentre tantas vozes aobservarem que, via de regra, só um grupo econo-mit:aniente pi ivili-|;ia(l() consegue vencer~ã~barreira~dos vestibulares nas escolas superiores oficiais,porque "o vestibular exige uni preparo físico emental que normalmente só está ao alcance dosbem-dotados financeiramente". O mesmo Reitoracrescenta que o atual esquema "resulta numsistema de casta, absolutamente antidemocrático."

Pesquisas realizadas pelo organismo estadualencarregado de examinar o problema nas trêsgrandes universidades de São Paulo — USP,Unicamp e Unesp — chegaram à conclusão de que70% dos alunos ali matriculados poderiam pagarpelo ensino que recebem. Os outros 30%, na ordemdos estudos preliminares atualmente em curso,receberiam bolsas destinadas aos alunos carentes

um mecanismo que teria certamente mais senti-do do que o atual crédito educativo, à beira daextinção porque, de acordo com o mal generalizadono sistema educacional brasileiro, é difícil identifi-

car «piais sejam os seus benefícios sociais, econômi-cos ou culturais.

Uni esforço neste sentido poderia começar aclarear os horizontes da educação brasileira, atual-mente envolvida nas névoas do amadorismo, dopaternalismo c do hurocratismo. Universidadesoficiais dotadas de maior sentido social, de maioresrecursos, e administradas com ináior competênciapoderiam dar vários passos na direção de uma tãofalada autonomia.

A melhor definição do setor oficial correspon-deria, automaticamente, a clarificação das relaçõesentre Governo e iniciativa privada na área educa-cional. Neste terreno, o Governo ajuda, atualmcn-te, a quem quer e como quer, sem «pie, mais umavez, se possam discernir critérios coerentes deatuação. Na medida em que ajuda, o Governosente-se no direito de tabelar anuidades, em nomeda inflação e da justiça social.

Tal como é praticado, entretanto, o tabela-mento nivela tudo e todos, e a tudo encaminha,novamente, para a burocracia e o paternalismo.'Quanto custa, de fato, uma educação <le~qualidade:' A quem caberia determinar esse impou-derável. sabendo-se que podem haver níveis inter-mináveis de diferenciação qualitativa?

A atual centralização do ensino superior,ligado umhelicalmente ao Poder federal, transfor-niou o Conselho Federal de Educação cm órgãoexecutivo assoberbado de atribuições.

Enxugadas, entretanto, as relações entre Co-verno e iniciativa privada nesta área, concedendo-se mais espaço áo jogo do mercado, que eqüivale auma salutar seleção natural, seria possível ao setoroficial interferir onde a sua presença fosse maisnecessária, sempre com base 110 princípio da quali-

Mas essa clarificação atmosférica tem de co-meçar pelo próprio setor oficial. Passar a limpo aquestão da gratuidade 110 ensino superior é 11111ótimo ponto de partida.

Tópicos

Queda do Veto

O Ministro da Agricultura acreditaque, até o final do mês, será encontrada asolução para contornar o veto aconselha-do pelo IBDF ao trajeto da ligação La-goa—Barra pela encosta do morro aolado da PUC. Com a possibilidade anun-ciada, perdem-se três meses mas pelomenos se recupera o bom senso.

De posse dos dados recebidos do DERao Rio, o Ministro dispõe-se a levantar oveto: a saída é a autorização para cons-truir a estrada na mesma encosta, masno ponto em que sua inclinação obedecea exigência dos 45 graus. A solução eraniais prática do que o veto. E assim sedescarta a alternativa de construir o tú-nel sob o campus da PUC. a que o vetohavia remetido. Como se sabe, o túnel foiimpenetrável a qualquer entendimento.Depois de dois impasses, ao longo de 12anos, esgotaram-se os argumentos dacontrovérsia.Não há mais nada a fazer agora, exce-to começar a obra. A ligação Lagoa—

Barra transcende de muito o interessedos moradores da Gávea, pois se trata defibra que estrangula a própria vocação

do Rio em estender-se na direção daúnica área a ser ocupada. E alem doaspecto urbanístico e social, merece con-sideraçáo a própria atividade da constru-çáo civil, que é essencial à sobrevivênciaeconômica do Rio.

Se os ponteiros podem ser acertados,náo é preciso esperar o fim do mês.Levante o Ministro, imediatamente, oveto que o envolveu numa decisão alheiaàs suas responsabilidades e tera demons-trado que não tem compromisso com oerro. E comece logo o Estado as obrasque a cidade, reprimida em seu desloca-mento na direção da Barra, aguarda comuma paciência de elevado custo social.Não há mais nada a esperar. Exceto,naturalmente, uma providência internado Ministro da Agricultura para que oIBDF se atenha ao exercício da ecologiaonde ela lhe exija a presença, e náo noasfalto.

Brasilidade

Dar valor ao que se possui é sinal dematuridade. É assim um bom indíciopara o nosso nível de desenvolvimentocultural que os 80 anos de Gilberto Frey-

re se tenham transformado em data na-cionalmente importante. O autor de Ca-sa Grande & Senzala colaborou, aliás,como poucos para que nos fôssemos afas-tando da tristeza medíocre dos que sòconseguem invejar o vizinho. Sua obratem a luminosidade intensa do Nordeste.Mas transpôs de muito as fronteiras re-gionais. Em primeiro lugar, com a forçagraciosa de um estilo que era. em simesmo, uma das belas conquistas donosso Modernismo: e em seguida, aoabrir, de Pernambuco, uma janela quedevassava todo o nosso passado, em án-gulos até então inéditos. Casa Grande &Senzala, que tende a ficar como o seuopus magnum, tem a crueza forte daverdade histórica; mas se a revelaçãopode ter desanimado os que imaginavamum Brasi] europeu, litorâneo e literário,traz uma inesgotável mensagem de oti-mismo ao demonstrar que, afinal, a colo-nizaçáo portuguesa foi uma história desucesso: a fusão das raças criou um povo.e nao uma colcha de retalhos; criou ainfinita flexibilidade brasileira, a capaci-dade nacional de adaptação: recursosque estão longe de serem desprezíveis nahistoria de um país jovem: nossa históriatem-se desenrolado sem maiores trau-mas. e só náo seremos o que náo quiser-mos ser.

Chico

Então ficamos assim: um por quase todos; todos por, eventualmente, um ou outro.

Cartas

Limpeza urbana

Um dos Informe. JB, a propósito docentenário do Serviço de Limpeza Públi-ca do Brasil, comentou que "no correrdestes 100 anos. e de todas as taxas delixo que se devem pagar, o Rio ainda éuma cidade suja".E será, enquanto o povo náo for edu-cado. Enquanto não se cobrar multa —

como em muitos países — sobre cadapapelzinho, copinho, líxinho jogado aesmo. As praias sáo uma vergonha. Atéos cães e gatos enterram e escondemsuas porcarias. Os homens não. A PraçaGeneral Osório após a Feira dos hippiesé uma imensa lixeira.

O bairro do Leme. tão simpático efamiliar, é um dos mais sujos. Isso paracitar poucos exemplos e só na Zona Sulda Cidade, a zona privilegiada. Aliás,freqüentada por gente de todos os pontosda cidade e por todo tipo de gente.Há um completo desrespeito em rela-çáo a essa operosa, humilde e utilíssimaclasse dos garis. Por què? Educar o povo,admoestar o povo. multar o povo. Evigiar as cestas, uma das providencias aserem tomadas com urgência, a fim deque as mesmas não sejam levadas pelosmarginais.

O turista leva, estou certa, uma péssi-ma impressão desse aspecto da cidade, apar de sua incrível, maravilhosa belezanatural. Maria Odette Goulart de Andra-de — Rio de Janeiro.

Políticos e literatura

Há alguns dias o escritor Josué Mon-tello teceu no JORNAL DO BRASILuma série de considerações sobre a atua-lidade de Flaubert. Bovary e EducaçãoSentimental. Lá para as tantas, e nin-guém sabe à guisa de que. o escritorinclui duas referências aos senadores Jo-sé Samey e Jacbas Passarinho. Comodiria o finado Bras Cubas, "a compara-çáo náo presta", porque, na verdade,aqueles dois políticos ascenderam aoacume do poder valendo-se tão-somenteda chamada revolução de 64. regime deexceção do qual se beneficiaram e sem oqual continuariam, quando muito, chefe-tes políticos em suas respectivas provin-cias. Hugo Grey Tavares — Niterói —(RJ).

"Avesso da Imagem1'

Muito oportuno o editorial Avesso daImagem, de 29 de janeiro. Realmente,nada mais constrangedor para a popula-çáo e desmoralizante para o Governo quevermos o Ministro da Agricultura prati-camente dando vivas à safra e logo de-pois, no noticiário do mesmo canal deTV. concluirmos que faltam feijáo e ou-—tros-gèneros. O Ministro do Interior irra-~diando otimismo aos favelados, quandosabemos que a realidade é outra.Só falta mesmo o Ministro César Caisrecomendar à população muita cautelaao furar poços para água em seus quin-tais. pois pode receber um jato de pe-tróleo.

O Presidente Figueiredo precisa mes-mo dar um pito em seus rapazes. Ou seráque ele esta de acordo? Antônio Carlosda Silva Prado — Recife (PE).

Dualidade do Prefeito

Gostaria de fazer alguns comentáriosa respeito da carta do Sr Pedro Calladopublicada dia 20 de fevereiro sobre adualidade do Prefeito Moreira Franco.Sobre a primeira parte da carta, concor-do inteiramente com o Sr Pedro Calladoquando se refere ao esforço de MoreiraFranco para melhorar Niterói. Trata-sede um fato que nenhum niteroiense.des-conhece.

Entretanto, na segunda parte da car-ta. o Sr Pedro Callado se refere á dualida-de política do Prefeito Moreira Franco,com o que não concordo. Na realidadenáo existem dois políticos em MoreiraFranco. Existe somente um poli tico. cujacoerência foi demonstrada exatamenteao ingressar no PDS. Gostaria de lem-brar ao Sr Pedro Callado que a realidadenão está dividida em duas partes, o sim eo não, ou Governo e Oposição, como ele

quer fazer crer quando fala em viracasa-quismo.

Não se trata de viracasaquismo ou deadesismo. O MDB já estava em dissolu-çáo no Estado do Rio em conseqüênciados métodos políticos adotados pelo SrChagas Freitas, a quem devemos comba-ter por representar o que há de maisretrógrado e conservador em nosso Esta-do. Para o Sr Pedro Callado, para quem arealidade é biunivoca, pode parecer umparadoxo ou uma incoerência, mas oPDS no Estado do Rio é Oposição. MariaViana — Niterói (RJ),

Impiedosa repressão

Por que FláviaSchilling continuapresa? E porque oGoverno uruguaionáo respeita o bra-sileiro. Se -depen-desse de nossospovos vizinhos e ir-mãos. há multo te-ria cessado o sofri-mento de Flávia.Sabemos o que éuma ditadura. Obedientes aos quartéis,apenas sobrevivem os ex-Poderes Judi-ctanos e Legislativos. O regime deriva doregimento, são sinônimos. Temos clama-do por Flávia, mas em váo. A respostaditatorial de Montevidéu é sempre a mes-ma: o caso depende da Justiça. Conhece-mos bem tal tipo de Justiça, vivida esofrida por nós durante 15 anos. Fláviacontinua encarcerada porque nossos or-

gàos de segurança caminharam de mãosdadas na impiedosa repressão política, ena orgia despótica perderam o respeitomutuo e o senso da realidade.Quantos brasileiros desapareceramna fronteira uruguaia, quantos uruguaiosforam agarrados dentro do Brasil? DanMitrione desovou discípulos de um lado eoutro do Arrolo Chuy. Se lutarmos, Flá-via poderá voltar. Então teremos quecuidar bem de sua segurança. Náo quere-mos que se repita a tragédia do casaluruguaio e seus dois filhos seqüestradosmiseravelmente pelo DOI-CODI de Mon-tevidéu, ultrajando o auri-verde-pendáo.

Quando terminará o terror no Cone-Sul?Nem sequer foi respeitado o III Exército,guardião de nossa integridade territorial.Quando retornará livre nossa patríciaFlávia? Breve, se a imprensa perseverarem sua ajuda patriótica. Adão PereiraNunes — Rio de Janeiro.

Jânio de volta

A charge é de Chico; o JB, de 14.2.80. Ailustrá-la o circunspecto Freud, charutoentre os dedos, e todo ouvidos. Ao seulado, o indefectível diva, no qual, confor-tavelmente deitado, pernas cruzadas,-vê-se um cidadão, de fraque e cartola, decuja boca escorrem as palavras: "Porqueo problema social..." A legenda um pri-mor: "Um consolo que fica: alguns misté-rios nem Freud explica".

E isso aí. Ao adentrar seara alheia —no caso, a política — até o velho garim-peiro do inconsciente, com toda sua so-fisticada parafernalia, encontra difieul-dade para entender a súbita marxizaçãodos programas sociais dos novos parti-dos. principalmente o do majoritário.

Desse constrangimento, entretanto,não padecem alguns leitores, cujas car-tas foram publicadas na data da charge,os quais tudo sabem explicar sobre arenúncia do ex-Presidente Jânio, e. pro-fessoralmente — um deles após singeloexame da foto do paciente — diagnosti-cam: doente mental.

O desabafo é natural, pois jogar pedrano maldito Jânio, embora primário, temsido um processo de catarse muito utili-zado após a sua renúncia. Até mesmo seuex-Ministro da Aeronáutica fez, recente-mente, declarações a diversos jornais de-saconselhando a ressurreição política da-quele que lhe confiou o Ministério. Asorte de Jânio é que o atual Ministrodaquela Pasta pensa diferente, quandodiz: "...a garotada de hoje, que não oconheceu no seu tempo de atuaçáo poli-tica, e que houve falar que numa épocaem que todos se digladiavam para serPresidente, ele renunciou ao Poder, natu-ralmente não poderá combatê-lo e atémesmo se empolgara com o politico".

Faço minhas as palavras do Ministrode hoje. Precisamos de homens comoJânio, porque, hoje, como ontem, o espi-nto de renúncia, a competência e a since-ridade náo são virtudes encontradiças namaioria dos nossos homens públicosPenso que a garotada deve estar preocu-pada com a falta de personalidade denossos políticos, que, em troca de cargose sinecuras, ás vezes desprezíveis, abremmão. espontaneamente, do direito de di-zer, de pensar, de construir, de ser. Creio,também, que os jovens estranham o fatode o dinâmico Ministro da Previdêncialutar valentemente contra os efeitos dacorrupção no seu Ministério, esquecen-do-se de que suas causas, s.m.j.. se locali-zam no critério politico da escolha dosseus principais dirigentes, adotado ou-trora. do qual S. Exa e. hoje, um dosprincipais entusiastas. Aos moços, devecausar espécie a timidez.

E por isso que precisamos de Jànlo. E,neste momento conturbado em que oGoverno mal se basta para atender oscomplexos problemas internos; quandoos observadores mais realistas já ante-vêem, em razão do aumento do petróleo,a repetição do desempenho deficitário denossa balança comercial; quando o paisassiste, inerme, aos aumentos da primerate. da libor. do spread, que inflam,cada vez mais, nossa já volumosa dívidaexterna; quando os argumentos de nos-sos embaixadores plenipotenciários jánáo conseguem convencer os credores;quando náo está de todo afastada a hipó-tese de uma guerra no Oriente Médio,com todas as suas cataclismicas conse-qüências; e, finalmente, quando mais sefaz necessário ao Governo o respaldo decidadãos idôneos de bom lastro popular,por que "renunciar" a essa liderança tãograciosa, táo carismática, táo consenti-da? Por causa da renuncia? Ora, a renün-cia pode ter melindrado alguns intelec-tuais que a ela galhardamente sobrevive-ram, e que sabem táo bem exteriorizarsuas preferências e suas suscetibilidades.ou pode servir de pretexto aos "bensburgueses", de fortunas suspeitas, quecostumam afrontar o povo pagando atéCr$ 20 mil por uma apresentação doSinatra. Ao povo, pouco se lhe dá que elatenha acontecido. Afinal, o que o povodeste pais mais tem feito ê renunciar. E,já cansado de renunciar a tanta coisa, elenão quer renunciar ao direito de reintro-nizar seu verdadeiro líder. Porque sabeque. na hora da amargura, ele pode nossalvar. Bendito Jânio. Renè Bastos Ba-tista — Rio de Janeiro.

Combustíveis eautomóveis

A 8 de fevereiro, as 13h 50m. estava euno estacionamento da Coderte no Largode Sáo Francisco quando vi o carro ofi-ciai placa preta 01-PM, de Rio Bonito,Opala preto, com quatro senhoras, se-- nhoritas e duas eríançasreom bolsas defirmas da Rua da Alfândega e adjacên-cias cheias de artigos de carnaval e comuma alegria que só vendo. Viva a econo-mia de guerra do Governo e a mordomiados órgãos públicos.A 13 de fevereiro, estacionei meu carrona Rua Alcindo Guanabara, ao lado daCâmara dos Deputados. Ao saltar docarro, um guardador, sob supervisão deum PM, me perguntou se eu iria demorare que eu teria de pagar Crê 20. Disse quepagaria na volta. Quando voltei, o PMme estava multando. Quando disse que oguardador me autorizara a estacionar,respondeu-me que o pagamento é adian-tado e que a cerveja do guarda é sagrada.

No domingo de carnaval, no ElevadoPaulo de Frontin, dois pneus de meucarro furaram por causa de dois pregosde inúmeras obras desta cidade. Fui re-bocado pelo pessoal do DER, que mecolocou o telefone à disposição para ligarpara o Automóvel Club. Ai começou mi-nha via crucis. Quem me atendeu infor-mou-me que, como não sabia o númerode minha matricula, náo poderia ser so-corrido. Estaria até hoje no elevado seum motorista de táxi TM-0342 náo metivesse socorrido, emprestando-me seuestepe. Audinete Ferreira da Costa —Rio de Janeiro.

As cortas serão selecionadas para publicaçãono lodo ou em parte entre as que tiveremassinatura, nome completa e legível e endert-i;o que permita confirmação prévia.

r,JORNAL DO BRASIL LIDA., Av Bros 500 CEP-20940 Tel Rede Interno 264-4422 — E"d Telegra-ficos JORBRASIl Telex números 21 23690 e 21232õ2SUCURSAISSóo Paulo — Av Paulista nc I 294 — 15C andar —Unidade 15-B — Edifício Eluma Tei 284-8133PABXBrasília — Setor Comercial Sul — S C S — Guoaro I,Bloco < Edifício Denaso 2^" and Tei 225-0150(Wlo Horizonte - Av Afonso Pene 1 500 7:ana —te; 222 3955Niterói Av Atiora' Pelote. 207 • teia 103 Teie722-2030Curitiba — Rua Presidente Faria, 51 — Con| 1103/05 — Ed Su'ua' Tel 24-8783

Porto AUgr* — Rua Tenente Coronel Correia Limo,1960 — Morro Santa Tereza — Porto Alegre Tei(PABX) 33-3711Salvodof — Ruo Conde Pereira Carneiro, s/n° (Boirrode Pernambués) Tel 244-3133R#cif« — Rua Gonçalves Maia, 193 — Boa Vis'oTel 222-1144.CORRES PONDENTESMacapá, Boa Vista, Porto Vtlho, Rio Branco, Mo-nau», B«lém, Sóo Luí», T«rt«ina, Fortoltzo, Natal,Joóo Pttioa, Moc«ió, Aracaju, Cuiabá, CampoGranò«, Vrtófia, Florianópolis, Goiania, Waihing»lon, Novo lorqu», Pari», Londres, Romo, Moscou, LosAng«l»«, Tóquio, Butnot Air*t, Bonn • Jerusalém.SERVIÇOS TELK3RAFICOSUPI. AP AFP ANSA, OPA, Reuters e EF£

SERVIÇOS ESPECIAISThe New York Times, LExpress, Times, Le //onde.ASSINATURAS - DOMICILIAR (RJ, Niterói) Kl. 264-«807Trimestral ..... Cr$ I 050!00Semestral CrJ 1.900.00BHTrimestralSemestrolSP. ESTrimestralSemestral

Cr$ I 070,00CrSI 960,00

Cr J I 170.00C'S2 210.00

ASSINATURASPOSTAL EM TODO O TERRfTÓRIO NACIONALTrimestral Cr$ 1470,00Semestral Cr$ 2 760.00

í r

L D

Page 12: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

OPINIÃO — 1 1

Coisas da política

O jeito que se atropela apers-I ¦ pectiva da abertura, daqui a

MJF pouco uma voz aflitiva se en-carregará de lembrar aos gri-

tos que o leáo é manso. De acordo coma anedota, quando o leão fugiu dajaula armada no picadeiro, toda aassistência do circo se levantou numimpulso. Só um espectador desatento,apanhado na confluência de duas tá-buas nas arquibancadas, continuousentado. Impossibilitado de se levan-tar, pedia para todos se sentarem.Gritava, porém, em vão. Qualquerleáo, em tese, é feroz.

A abertura está finalmente chegan-do ao Congresso. Através da reorgani-zação partidária, votos da antigaOposição estão tomando assento nabancada do Governo. No sentido con-trário, o fluxo é menor. Oportunidadescomo esta não costumam aparecermais de uma vez numa geração. E com

A vez do Congresso

a queda das barreiras partidáriascaem também outras exigências quenão dependem da regulamentação doTRE.

A sociedade é constituída muitomais pelos que se encontram fora doExecutivo ou do Legislativo. O eleito-rado elege mas não controla os eleitos.Só uma parcela reduzida fiscaliza ocomportamento dos representanteseleitos. Além das razões políticas — e,para alguns, ideológicas — o voto éportador de gesto de amizade, vizi-nhança ou atendimento de uma solici-tação. A sociedade repara na repre-sentaçáo política mais como um todo.E elabora um julgamento coletivo quefixa uma imagem.

A imagem do Congresso não é as-sunto que agrade aos1 congressistas.Os congressistas, tanto quanto os go-vernantes, irritam-se com os reparosmais habituais e freqüentes aos seus

padrões de comportamento político.Simplesmente não os levam em conta.

A recuperação das prerrogativasdo Congresso — etapa indispensável einadiável — já produziu uma reação,em cadeia. Em mais de um nível deobservação se manifesta o receio deque o Congresso está vivendo o riscode não ser autocontrolável.

A questão das prerrogativas é vistapor dois ângulos diferentes: um deabuso de poderes, outro de vantagens.A capacidade de usar normalmente asprerrogativas parlamentares anteci-pa uma incógnita política sobre a ca-pacidade de refrear-se politicamenteuma representação nacional aindanão assentada partidariamente. Pormais improcedente que seja por en-quanto o receio, a recuperação dasprerrogativas se tornou o veiculo demanifestações apreensivas. Para issoconcorre a situação econômica nacio-

nal, em que uma inflação ativa e suairmã gêmea, a recessão, passeiam pe-lo setor privado.

Em termos de classe, ninguém pen-sa do geral para o particular. Todospreferem o caminho inverso. Os sindi-catos e os empresários estão separa-dos, entre outras coisas, pela inflação.Cada qual vê a situação política peloângulo do seu interesse. A redistribui-çáo de poderes políticos, pela ordemnatural da abertura, reserva ao Con-gresso uma quota de participação de-cisória a partir deste ano. E há pordecidir um conjunto de situações so-ciais criadas durante a prolongadapredominância do Executivo. A repre-sentaçáo tem sempre um olho na ree-leiçáo.

Ê resquício de ditaduras desconfiarda capacidade responsável do Con-gresso em matéria econômica. Supor-tam-se melhor, e até com tolerância

Wilson Figueiredo

democrática, a desarrumação do de-bate político, a agressividade na dis-puta, o personalismo e a intransigên•cia. Entre nós o Executivo, com toda asoma de erros que freqüentemente co-mete, ainda consegue manter o Legis-lativo em posição suspeita. Ê possivel-mente um dos piores sinais da carén-cia de convicções realmente democrá-ticas.

Ê quase inexplicável, racionalmen-te, como um Congresso que soube en-contrar um padrão de sobrevivênciasob condições políticas adversas, te-nha se tornado presd de uma suspeitalogo ao reimplantar-se no espaço a elereservado.

A primeira tarefa política do Con-gresso passa a ser o esclarecimentodesses equívocos que estão no ar. Acapacidade de controle próprio sobrea representação terá de ser demons-trada mediante a responsabilidade

política das bancadas. Nada pior quea cor\firmação subjetiva de uma dis-persão política pela ausência deautocontrole. A questão das prerroga-tivas é o teste de uma confiança quedeve levar prioritariamente em contaa sociedade, mas sem perder de vista oExecutivo. Entre a representação e asociedade circula um resíduo de des-confiança que solapa a credibilidadepolítica do Legislativo e desequilibra abalança em proveito unilateral doExecutivo.

A recuperação da iniciativa emmatéria financeira e a derrubada daaprovação, por decurso de prazo, deiniciativas do Executivo são as fron-teiras críticas. Por trás de ambas estávigilante uma parcela influente dopais. Ambas comportam, porém, a ne-gociaçáopolítica. A iniciativa reparte-se e o decurso é uma questão de prazomaior para diluir-se o sentido imposi-tivo. E tudo democraticamente.

_y

0 avesso da democracia Excelência, marche!

S UGUSTO era sensível ao fato deque a humanidade se governa por

A Jk nomes. E ele não se enganou aoacreditar que o Senado e o povo se

submeteriam à escravidão, desde que res-peitosamente assegurados de que continua-vam no gozo das suas antigas liberdades.(Gibbon, cap. m).

O nosso General Joào Figueiredo não éAugusto, nem o Brasil é Roma, emboramuitos dos nossos valorosos burocratas, emBrasília e adjacências, gostassem de imagi-nar o contrário. Boa parte dos nossos malesrecentes, aliás, vêm exatamente dai; daidéia tola (e nefasta) de que o Brasil devetratar desde jâ de disciplinar-se e organizar-se a fim de vir a ser a grande potência doséculo XXI. Para quê? Para atropelar osvizinhos e fazer pelo mundo as tropelias que-hoje fazem os russos no Afeganistão? Gran-de nação, sim; grande potência, não. Tudoindica, aliás, que o tempo dos impérios pas-sou, ou está passando, e é nesse sentido quese inclinam as pessoas menos insensatas. Alição do século é que cada um, na medida dopossivel, procure cuidar de si.

Um dos inconvenientes das alturas é atendência a provocar vertigens nas cabeças

fracas. O Brasil cresceu e inflou tanto, aolongo das últimas décadas, os poderes nasmãos dos nossos burocratas tornaram-se tâoenormes e tào discricionários, que o desequi-líbrio era difícil de evitar. A maior dívidaexterna do mundo, o programa nuclear, astransamazônicas, a "aliança" com os árabes,as teorias políticas da ESG, tudo isto atéque não é muito, dadas as circunstâncias,tào propícias. Ainda bem que nenhum dosnossos bravos generais-presidentes tinha oestofo de um Jânio ou de um Juscelino. Deum modo ou de outro, o que afinal sacudiu avertigem brasiliense foram os votos do povo,em 1974 e 78; foi o desastre financeiro simon-seniano; e foi ainda o irrecusável substratode moderação e de bom-senso pequeno-burgueses, que nunca faltou à maioria dosnossos oficiais militares. Bendito substrato.

Só há duas maneiras de corrigir a concen-tração excessiva de um exagerado poder.Uma delas é fazer o poderoso morder o pó daderrota, opção que não costuma ser prática,nem cômoda, nem segura, porque o que emgeral se consegue é apenas substituir umpoderoso por outro. A segunda maneira con-siste em democratizar o poder e cercá-lodaquilo que os americanos chamam checksand balances, isto é, controles e contrapesosinstitucionais. Esta segunda maneira, comoé óbvio, é dificilmente praticável sem algu-ma colaboração, ainda que involuntária, dopróprio poderoso. Na Espanha, por exemplo,o caudilho Francisco Franco levaria nadamenos de 40 anos para desencarnar.

No Brasil, é bem sabido o que fez oGeneral Emesto Geisel, que devolveu a li-berdade à imprensa, enquadrou e discipli-nou os duros do seu próprio sistema, resta-beleceu a autoridade civil do Presidente daRepública e, afinal, decretou a caducidadedo AI-5. Dir-se-á que o general, como outrosantes dele, escrevia por linhas tortas. Masdeixemos isso de lado, ao menos por ora.

Depois dele, é provável que nenhum go-vernante do mundo tenha jamais prometido,tâo enfaticamente, devolver seu pais à de-mocracia, quanto o seu sucessor, GeneralFigueiredo. O quinto general está comple-tando esta manhã 360 dias de Governo (fal-tam seis para inteirar-se o ano bissexto) e averdade é que ele soube revelar-se, logo docomeço, um presidente incomumente abertoe íyanco, algumas vezes destabocado, até,conforme se ia verificar em Florianópolis e

, como é aliás freqüente entre os seus compa-í nheiros de Arma.

Quem, neste vasto pais, duvidaria hoje dasinceridade do General João? Ninguém.Tanto mais quanto ele juntou os atos àspalavras, não só em ocasiões magnas como ada anistia, mas também na rotina do seuGoverno, em áreas cruciais como o Ministé-rw da Justiça e as pastas militares.

«Tulvez o que esteja faltando ao generalsejam adversários de verdade Ou talvez lhefaltem amigos capazes de ajudá-lo a formu-lar melhor as linhas dessa democracia paraonde vamos. Como democratizar (distribuir)o poder e, ao mesmo tempo, mantê-lo em

Fernando Pedreira

mão própria ou na de apaniguados e depen-dentes? Por outro lado, ê difícil dar poder apessoas que não mostram ganas de usá-lo e,ainda menos, de arrebatá-lo.

Os chefes dos nossos grandes partidos deoposição (Tancredo Neves, Ulisses Guima-rães, Franco Montoro) são os mesmos ho-mens que, há vinte anos, comandavam ogabinete parlamentar que primeiro fraque-jou diante de Jango e que acabaria pordevolver-lhe os poderes todos. São homensda escola pessedista, getuliana, cuja grandeespecialidade política é sobreviver, o que jánão é pouco, mas não é tudo. Sobreviversempre tão perto do poder (ou do chefe)quanto possível.

Além deles, o resto da nossa atual oposi-ção é formada por petebistas e esquerdistas,cuja religião confessada é o estatismo, opaternalismo, a concentração dos poderestodos nas mãos'do caudilho populista (Getú-lio, Jango) ou do líder revolucionário (Fidel,Lenin, Mao), ao menos enquanto este nãodesaparece e não chega a hora do domínioda burocracia do Partido. Petebistas e es-querdistas têm sem dúvida o seu papel, etentar suprimi-los, como se fez por tantosanos, é apenas estúpido. Mas, esperar quelevem o sistema político a democratizar-se, édemais. Tudo o que eles querem, na verdade,neste Terceiro Mundo, são militares ou cau-dilhos antiamericanos e anticapitalistas, co-mo os da África ou da Ásia.

Não se dirá, entretanto, que a culpa peloatual estado de coisas seja toda da oposição,mesmo porque a sua esqualidez há-de ser emparte o fruto, a herança, de dezesseis anos deviolência e arbítrio. Terra arrasada. Terraarrasada na qual o governo do General Fi-gueiredo, em vez de arar e semear, na verda-' de colhe, cata e arranca tudo o que pode.

Como conciliar a promessa da democrati-zação do poder com a construção do PDS? OGeneral-Presidente joga todo o peso daimensa máquina governamental, e mais opeso da sua própria influência pessoal, namontagem de um partido oficial que já não émais um partido, mas um rolo compressor.Arreglos políticos, favores e verbas federais,corrupção malufiana, sorteio de postos daPrevidência, vale tudo para a construçãodesse partido, sempre com o aplauso e oentusiasmo do Palácio e dos seus tripu-lantes.

Talvez o General-Presidente pense quedemocracia é isso, mas ele se engana. Esse éo mesmo sistema populista velho-de-guerra,anterior a 1964. Um partido cujo maior caboeleitoral e grande arregimentador é o Gover-nador Paulo Maluf, um partido que se esfor-ça para aderir ao PSD em Minas e que usatão largamente os recursos do governo paraconquistar aderentes, certamente não seráum partido formado com base em princípios.A não ser que esses princípios sejam osmexicanos, a saber: (l) fidelidade irrestritaao chefe do governo; (2) acesso garantido emonopolístico às tetas do poder.

Como se náo bastasse, no próprio Rio deJaneiro, o Planalto acha pouco que algumasdiretorias dos grandes bancos estaduais te-nham sido entregues a parentes e protegidosdos seus ministros mais fortes. Apesar disso,ele persegue a administração estadual, quejá é ruim por si mesma, negando-lhe o quepode, para forçá-la a aderir ao PDS ou aentregar ao Partido oficial as fatias maissuculentas do bolo. Os recursos sâo federais;devem portanto beneficiar o Partido do Pre-sidente — raciocinam os brasilienses. Belafilosofia. Imagine-se o que náo anda ocorren-do em Estados mais distantes e pobre.s que oRio.

E para que precisará o General Figueire-do de um rolo compressor assim tão pesadoe impiedoso? Para os trabalhos de- parto danossa nova democracia? Mas o fato é quenão teremos nunca democracia, não teremosestado de direito democrático enquanto nãotivermos leis que obriguem igualmente go-vernantes e governados; enquanto não tiver-• mos uma Constituição que limite os poderesdo Governo e defina o livre-funcionamentodas instituições, e que não possa ser altera-da a seu gosto pelo próprio Governo.

A situação que agora temos é decorrentede um simples ato de força do GeneralGeisel. Em 1977, o general baixou o seupacote de abril exatamente para permitir aoGoverno (com a sua maioria) votar o quequisesse, sem se preocupar com a oposição.Esse estado de coisas representa, de fato, oavesso da democracia, a continuação indefi-nida (embora velada) do arbítrio. O que erapreciso era estabelecer sem demora regrasdo jogo democráticas, merecedoras da apro-vaçâo geral e do respeito de todos. E tratarde protegê-las sob o quorum de dois terços.

Talvez entáo o Palácio se mostrasse me-nos sôfrego e mais comedido (mais civiliza-do) nas suas relações com os partidos, entreos quais aquele que o apóia e que nào é oPartido do pais inteiro, nem sequer o de umaesmagadora maioria de cidadãos, pois afinalnão somos um pais totalitário.

Em 1946, o Marechal Dutra disse quequeria ser o Presidente de todos os brasilei-ros. Que saudades do Marechal Dutra.

Barbosa Lima Sobrinho

A

emenda constitucional apresentada peloDeputado Lobão, trazendo o número deassinaturas exigidas pela lei, com o objeti-vo do reestabelecimento da eleição direta

dos Governadores de Estado, podia ser tambémconsiderada como afirmação ou reivindicação daautonomia e da independência do Poder Legislati-vo. A rigor, deveria enquadrar-se no movimento dereforma que estã sendo liderado pelos DeputadosFlávio Marcílio e Djalma Marinho, para que oCongresso voltasse a ser um dos três poderes deque se compõe o Governo, num regime que sepossa considerar como realmente democrático. Etanto náo traduzia qualquer sentimento de con-testaçào, que a autoria da emenda tinha a respon-sabilidade de um deputado, náo da oposição, masda própria situação, filiado à Arena e nào ao MDB.Nào havia necessidade de ouvir o Poder Executi-vo, uma vez que estava de acordo com declaraçõese promessas formais de diversos Presidentes daRepública, desde os tempos do Marechal CasteloBranco. Não se ignorava que se incluía também noprograma da abertura política, iniciada pelo Go-verno do Presidente João Figueiredo.

Se não existissem tantas promessas e compro-missos, poder-se-ia considerar natural que o PoderExecutivo se opusesse ao trânsito da emendaformulada pelo Deputado Lobão, pois que vinharestringir uma das faculdades essenciais ao regimeautoritário em vigor, qual fosse a de nomearGovernadores de Estado, através de colégios elei-torais que procuravam traduzir a vontade e osdesejos do Poder Executivo, no exercício de umafunção meramente homologatória, como todossabemos. Bastava uma indicação do Palácio doPlanalto, e a eleição passava a ser um caso defavas contadas. O único exemplo de rebeldia sur-gira na escolha do Sr Paulo Maluf, fundada nodesejo de melhor servir ao Rei, e não para criardificuldades e restrições às' ordens e conselhosoriundos do Poder Executivo. Motivo, pois, maispara louvores, como o sistema não custou a com-preender e a aprovar.

Todavia, no contexto geral, a emenda do De-putado Lobão estava longe de valer como demons-tração de rebeldia. Ao contrário, surgia antescomo desejo de se antecipar à execução de umapromessa correspondente às declarações reitera-das e categóricas do Presidente da República. Porisso mesmo não havia achado necessário pedir osinal verde ao Poder Executivo. A iniciativa podiaser do Poder Legislativo, de acordo com o textoconstitucional em vigor. Por que não valorizar oPoder Legislativo, numa antecipação que só pode-ria servir para recomendá-lo e prestigiá-lo, umavez que correspondia a uma reivindicação daopinião pública de todo o país? Nào seria mais doque realizar uma das promessas do que se vemchamando Abertura, no caminho para a democra-

cia. Se náo resultava de determinação expressa doPoder Executivo, na verdade viria realizar um dospontos básicos do retorno à democracia, comodemonstração de autonomia do Poder Legislativo,tanto mais quando correspondia ao pensamentoexpresso do Poder Executivo. A menos que seconsidere que tudo que possa significar Aberturaseja privilégio e monopólio do Presidente da Re-pública, o que. por si só. bem que podia traduzir-secomo negação da própria Abertura.

fljáA , >[ MI c} a' À i-

m

Nada disso evitará que a Emenda Lobão ve-nha a ser combatida e hostilizada pelo própriopartido político a que pertence o autor da emendaconstitucional em debate. As razões dessa atitudeforam há pouco explicadas, num programa detelevisão, pelo Senador Jarbas Passarinho. E pormais que admire, de longa data, a inteligência doSenador do Pará não me impressionou nenhum deseus argumentos. A aprovação da Emenda Lobãotornaria imediata a conquista da elegibilidade dosGovernadores de Estado. A Emenda de iniciativado Presidente da República adiará para o ano quevem a aprovação dessa medida. Náo vou pedir

socorro ao provérbio que já nos havia prevenido deque vale mais um pássaro na mão do que dois avoar. Parece-me, todavia, que a aprovação imedia-ta da Emenda Lobão se traduziria numa espéciede reforço às promessas da Abertura. Tanto maisquando corresponde ao programa do novo partidocriado para a sucessão da Arena. Como é quevotarão contra a eleição direta dos Governadoresos deputados e senadores de um partido queinscreveu, no seu programa, essa reforma essen-ciai à realização democrática do regime em vigor?

Mas o argumento essencial do senador JarbasPassarinho é que a aprovação da Emenda Lobãovirá estimular os movimentos que começaram asurgir, em torno de candidaturas que estão surgin-do, em todos os Estados brasileiros. Mas não terá omesmo efeito a aprovação de uma emenda deiniciativa do próprio Presidente da República? Acerteza de que S. Exa. está de acordo com a eleiçãodireta dos Governadores de Estado?

A disputa do cargo surge no momento em queacaba de ser eleito um novo Governador. Náo éapenas uma batalha nos bastidores, pois quealcança os meios de divulgação, através de ummaior esforço de todos os papaveis ou de visitasaos Municípios de maior influência. Não faltamesforços no sentido de alcançar um posto quecorresponde às aspirações de todos os que inicia-ram uma carreira política. Todos são candidatos,como numa competição de células, em que só umaalcançará o milagre da fecundação. Uma lutanecessária em que vão se apurando qualidades eméritos, num processo de seleção em que se redu-zam os riscos dos equívocos. Mas para esse pleitonatural, há limites estabelecidos na disciplina dasleis eleitorais, marcando prazos e estabelecendo oprocesso da propaganda dos disputantes. A lutanos bastidores, entre os que aspiram à promoção,não chega a prejudicar a administração ou oandamento da cousa pública. E é, por sua nature-za, inevitável, tanto com a Emenda lobão comocom a emenda do Poder Executivo. A agitaçãoque prejudica é a da fase eleitoral, mas, por issomesmo, tem que obedecer a prazos definidos, eterá que vir com uma ou outra emenda, no mo-mento próprio, a menos que se suprima a própriaeleição.

O que no momento se discute é se o PoderLegislativo tem, ou náo, a faculdade de apresentaremendas constitucionais. Ou se sua função, naestrutura do regime, é apenas a de um colégio delegisladores, em posição de sentido, de peito esto-fado e mãos agarradas firmemente aos quadris,com a cabeça erguida para significar, não autono-mia e firmeza, mas tão-somente obediência e pas-sividade. A espera, sim. à espera de que venha aordem para marchar ou para descansar, já traduzi-da numa nova fórmula educada e gentil: Excelén-cia, marche!

T

^ HP—PIC6digoTributfirio IjffotlA £ PBATICAimm—inanmmtau JSCMJSO \

OS LIVROS DIDÁTICOS

ESTÃO DE VOLTA

teoria danorma

jurídica

raft mat* mm i . . "'

J pontes 6% Miranda

CURSODf !MBIOQYIDMSIBRO i

i isssuss *IUJOMAR QAi riilRO

lima irihoduçàc-i

CIÊNCIA t

01. Código Tributário(e Legislação Tributáriae Financeira) — atuali-zado por Álvaro MeloFilho — I8 Edição. 239Págs. — Cr$ 220,00.

02. Teoria e Prática doRecurso Extraordiná-rio Cível — Ulderico Pi-res dos Santos — 1aEdição. 286 Págs. - CrS375.00.

03. Teoria dá NormaJurídica — ArnaldoVasconcelos — 1a Edi-ção. 410 Págs. — CrS590,00.

04. Curso de DireitoCivil Brasileiro —Obraem dois volumes —João Franzen de LimaVol. I: CrS 585,00 —Vol. II IDois tomos: CrS950,00.

05. Comentários aoCódigo de ProcessoCivil — Obra em 17tomos — Pontes de Mi-randa. Tomo I e TomoII: CrS 890,00 (cada).Tomo III: CrS 940,00;Tomo IV: CrS 850,00;Do Tomo V ao XVII CrS650,00 (cada).

06. Uma Introdução àCiência das FinançasAliomar Baleeiro —12a Edição. 517 Págs.

CrS 595,00.

¦ ¦. :r»y ¦

mh> , *

07. Direito RomanoModerno — José Cre-tella Júnior — 2a Ediçáointeiramente revista eaumentada. 324 Págs.- CrS 500,00.

INTRODUÇÃO;AO ESTUDODO DIREITO

08. Sucessõeslando Gomes -ção 346 Págs545.00.

| PAULO DOURADOF; DE GUSMÃO

09. introdução ao Es-tudo do Direito — Pau-lo Dourado de Gusmão8! Ediçáo. 539 PágsCrS 475,00.

DESEJO RECEBER O(S) LIVRO(S) ASSINALDO(S)

NOME

END.

CIDADE

DATA

ESTADO CEP

ASSINATURA

Cheque visado ou Vale Postal a favor da Companhia EDITORA FORENSEUtilize, lambem, o nosso serviço de Reembolso PostalPedidos para a Caixa Postal 269 • ZC - CEP 20.000 - Rio - RJ

D

Page 13: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

12 — INTERNACIONAL JORNAL DO BRASIL O dornincio, 9/3/80 Cl 'n Codflmo

Estudantes não entregam os reféns a Ghotbzadeh

CCS-Cartão de

Crédito Sears •

é Grátis

Com ele você compra eleva a mercadoria

na hora, dizendo apenas:"debite em minha conta?

Sears

Toalhas felpudas por quilo

A Sears oferece um amplo sortimento de toalhas,modelo jacquard em diversos motivos , de umaforma sensacional: vendendo por quilo. Dessa ma-neira, você economizará muito mais, pois o preçoserá correspondente ao peso daquelas que vocêescolher. E ainda, você poderá fazer as combina-ções de cores e tamanhos, de acordo com o seubom gosto. Toalhas de rosto e de banho, confec-cionadas com fio 100% algodão, felpudas double-¦face, macias e absorventes. Venha agora mesmo,compre quantos quilos você deseja e .economizebastante!

322

o quilo

SATISFAÇÃO GARANTIDA OUSEU DINHEIRO OE VOLTAISE A COMPRA NÃO ACRADAR,NOS TROCAMOS OU REEMBOLSAMOS! Sears

MAHIAMKNTK DAS 9:00 ÀS 22:00 HORAS • SÁBADOS DAS 9:00 ÀS 18:30 HORAS.

Praia de Botafogo, 400-Tel.: 286-1522

Twirà - Os estudantis queocupam h Embaixada dos Esta-dos Unidos em Tetra chama-ram o Ministro das RelaçõesExteriores. Sadegh Ghotbza-deh. de "mentiroso'' e disseramque náo lhe entregarão os refénsnorte-americanos, pedindo queo Conselho da Revolução nomeitoutra pessoa para coordenar acomissão encarregada da trans-fèrericia.

O Chanceler, por sua vez. acu-sou os estudantes de nâo seguir"a verdadeira linha do tma" decaluniá-lo e de so tentar fazercom que renuncie ao cargo 'Eudisse a verdade, os estudantesmentem, a campanha que fa-zem é uma calúnia insuportávelcontra minha pessoa" disse oMinistro O Presidente BaniSadr. antes de se reunir oom oConselho da Revolução, anun-ciou que tomará uma decisãosobre o caso.MENTIROSO

Os estudantes explicaramque o Chanceler Ohotbzadehnão recebeu, como afirmara an-teriormente. "ordem de Kho-meiny, aprovada pelo Conselhoda Revolução" e que, depoisdessa mentira" náo vão lhe en-tragar os refens, o que deveriater acontecido na urde deontem

O Chanceler esclareceu que atransferência dos reféns da Em-baixada dos Estados, Unidos'nao objetiva em absoluto alibertação dos norte-americanos" acrescentandoque "esta tarefa, por ordem doImã, está confiada à Assem-

bléia Consultiva Nacional" aser eleita dia 14 deste mêsEm frente a Embaixada dos

Estados Unidos, milhares demanifestantes gritaram em co-ro - "Não os deixem sair" eformaram um"múro humano",para Impedir a entrada no pre-dio da comissão encarregadade transferência. Uma jovemamericana, casada com um pl-loto iraniano, com seu Olho denove meses no braço, queimouuma bandeira dos Estados Uni-dos. dizendo que faziB isso devi-do a ignorância do povo ameri-cano. em relação a situação doIrã e dos sofrimentos que o paissuportou durante o reinado doXá Reza Pahlavi.

Uma gigantesca faixa, coloca-da na porta da Embaixada, di-zia que o Ministro das RelaçõesExteriores e 'mentiroso" Dian-te dela, o ayatollah Moham-mad Khalkali afirmou aos ma-nlfestantes que os reféns "nãosairão hoje lontemi da Embixa-da dos Estados Unidos"

Ao mesmo tempo, os Comba-tentes da Revolução islâmica ,uma organização paramllltar,comunicaram sua recusa aosplanos de permitir que a comis-são da ONU entreviste os refénse exigiram que o novo Parla-mentar. a ser eleito, decida so-bre a questão, além de pediremque os reféns sejam julgadospor um Tribunal Revoluciona-rio tslànúco

A Secretaria do tma Khomti-ny explicou, através de notaoficial, que o ayatollah "haviapreferido ate agora manter si-lêncio sobre a questão e delegarpoderes à Assembléia Consulti-va Nacional (futuro Parlamen-

to)" A informação, divulgadapela Radio, entusiasmou osmanifestantes em Frente a Km-baixada norte-americana.

Mas, logo apos. o PresidenteBani Sadr. também pela Radio,ponderou que os estudantespropuseram primeiro a ummembro (que não foi Identifica-do) do Conselho da Revolução eao filho de Khomeiny, Ahmad,que os reféns e a Embixadafossem entregues ao Conselho."Quando me reuni com o Imã,seu Olho elogiou a proposta econcordei. Apresentei-a aoConselho e foi «provada" de-clarou o Presidente iraniano.

Segundo o jornal Azarirgan,de Teerã, os refens serão trans-feridos da Embaixada para umhospital militar perto da mis-sáo diplomática norte-americana, pare serem subme-tidos a exames médicos, infor-mação que nao chegou a serconfirmada por fontes do Oo-vemo do Irã.

Na sede da ONU em NovaIorque, fontes diplomáticasafirmaram que estão sendo es-tudadas todas as Infomiaçoesprocedentes de Teerã sobre oconflito entre o Chanceler Sa-degh Ghotbzadeh e os ocupan-tes da Embaixada, sendo que oSecretario- Onil Kurt Wal-dheim esta em contato coris-tante com a comissão interna-cional Disseram que, apesardisso, nao se sabe se a comissãopoderá entrevistar de fnto osreféns e quanto tempo perma-necera ainda no Ira. conside-rando. no entanto, a visite um-"passo importante" para asolução pacifica da crise ira-niano-americana.

|Mb -XM6 Ar/im4¦ /

jomo um "muro humano" para impedir a saída dos reféns da Embaixada,os iranianos, de punhos cerrados, gritavam:

"Que morram os anwricaiws"

Teerã expulsa Embaixador de Bagdáde negócios suas relações com oIraque. Há alguns dias, o Em-baixador iraniano em Bagdá foiexpulso do Iraque por "lntro-meter-se. através de declara-ções à imprensa, nos assuntosinternos do Iraque".

Teerã — O Governo iranianodecidiu expulsar o Embaixadordo Iraque em Teerã, AhmedHoussain, devido às "repetidasinterferências daquele pais nosassuntos internos do Irã", se-

gundo informou a agência ira-niana Pars.

O Embaixador terá que aban-donar o pais nos próximos dias,e o Governo de Teerã decidiureduzir a nível de encarregado

País Basco elege Parlamento e

vitória será de nacionalistas

Madri — Um Parlamentocom 60 mandatos, o primeirona história recente do País Bas-co, será eleito hoje em três pro-vincias — Alava, Biseaia e Qui-puzcoa — como ato final doprocesso da autonomia. As últi-mas sondagens dão a vitóriaaos nacionalistas liderados pe-10 Partido Nacionalista Basco,cujo Presidente, Carlos Garai-koetxea deverá ser indicadoPrimeiro-Mii listro.

O Pais Basco vive horas dereflexão e a Espanha de expec-tativa, porque não falta quemacredite no fantasma da inde-pendência do Euzkadi em rela-çáo ao Estado espanhol, umaperspectiva que inquieta os mi-11 tares e as camadas mais con-servadoras da sociedade. NoPais Catalão, as eleições serãono dia 20, a campanha decorreem tom moderado e 16 grupos,entre coligações e partidos, es-tão registrados.GRITOS E SONDAGENS

Desta vez a nota dominanteda campanha eleitoral no PaisBasco não foi o terrorismo masos gritos de independência eviva á ETA — militar observa-dos nos comícios não só da Har-ri Batasuna mas de todos ospartidos de esquerda. As son-dagens prevêem um saldo devotos altamente favorável aospartidos nacionalistas, quandonão aos partidos independen-tistas (extrema-esquerdai.

A maioria deverá ir para oPartido Nacional Basco, de ten-déncia moderada próxima daDemocracia Cristã, com 35% a409r dos sufrágios. Os indepen-dentistas, liderados pela HerriBaiasuna, deverão somar 20%,cabendo os restantes 40% ao.PSOE. UCD e PCE juntos. Nãose acredita, porém, numa uniãodo PNB com a HB. Os naciona-listas bascos preferem umaFrente de Unidade que abrigueos chamados Partidos centra-listas PSOE, UCD e PCE.

O chefe do PNB, Carlos Ga-raikoetxea, também presidentedo Conselho Geral Basco, aflr-mou que 'está aberto a toda acooperação que reclame o gra-ve momento que atravessa opovo basco" Explicou que porcooperação entende tudo 'des-de um Governo moriocolor for-te e operante uue erurente efi-cazmente as graves tare fardosproximos anos. a um Governode unidade basca, que lógica-mente teria como suporte fun-darrientai o Partido Nacionalis-ta Basco"

Mais votado nas eleições ge-rais de Io de março do anopassado, o PNB provavelmente

assegurará o maior número decadeiras no futuro Parlamentobasco, mas não poderá gover-nar sozinho. Aliãs, o PNB nãoreivindica isso. Sua inclinaçãomaior é por um acordo com osPartidos que até agora se mos-traram mais receptivos aos ob-jetivos essenciais do próximoquadriènio: desenvolvimentodo Euzkadi, pacificação do po-vo, solução da crise econômicae aplicação profunda do estatu-to de autonomia,O Parlamento basco terá po-deres para legislar sobre impôs-tos, política local, educação eradiodifusão. O que parece in-satisfatório para a extrema-esquerda e sem cabimento, pa-ra a extrema-direita, é conside-rado pelo Partido NacionalistaBasco como o atendimento deparcelas relevantes do desejopopular de autonomia e identi-dade com o Estado espanhol,ao mesmo tempo.

Os extremistas de direitaopõem-se a qualquer tipo deautonomia regional, enquantoos extremistas de esquerda emtomo da BTA-Militar lutam porum Estado basco marxista eindependente da Espanha, qua-lilicando de Insuficientes os po-deres atribuídos ao Parlamentopelo estatuto da autonomia.

As eleições para o primeiroParlamento da nova democra-cia espanhola poderão ter acurto e médio prazos conse-qüéncias importantes nas rela-ções de poder. Atenuaria o cli-ma de violência no Pais Bascose um Governo de unidade forsuficientemente forte para revi-talizar a crença do povo nasinstituições que geraram o es-tatuto da autonomia. Poderialevar os socialistas a um acor-do, em âmbito nacional, com aUnião do Centro Democrãtico,se Adolfo Suarez julgar oportu-no dividir o Governo com Feli-pe Gonzalez como fórmula depacificação da Espanha.

Entretanto, um sério revésdos Partidos centralistas, a co-meçar da UCD e a acabar noPSOE e PCE, dando em contra-partida um grande avanço dosindependentistas, ainda que secomprometer a vitoria dos na-cionalistas, poderá repercutirdiretamente nas eleições para oParlamento aa Catalunha dia20 e dificultar o espaço de ma-nobra do ['residente do Gover-no. Adolfo Suarez, no encauu-nhamento da questão das auto-nomias e até na sua ação admi-nistrativa.

No complexo sistema de for-ças partidarias do Pais Bascoas posições dos Partidos maisimportantes sáo estas:

Juarez HahiaComnpontfento

Partido Nacionalista Bascoo de maior expressão, segun-do Carlos Garaikoetxea, provô-vel Primeiro-Minlstro se se con-firmar o favoritismo do PNBnas eleições de hoje, está dis-posto a forma um "Governo deunidade" com a participaçãode todos os Partidos concorren-tes, à exceção de Herri Batasu-na, a extrema-esquerda que dácobertura legal à ETA-Mllltar.O Partido Nacionalista Basco,cuja tendência e moderada,próxima da Democracia-Crista,desmentiu a promoção de umacoligação com a extrema-esquerda, classificando-a como"intriga dos estatalistas" (Par-.tido Socialista Operário Espa-nhol e Partido Comunista Es-panhol).

Partido Socialista OperárioEspanhol — possivelmente asegunda força política no PaisBasco, o PSOE de Felipe Gon-zalez concentrou seus ataquesdurante a campanha sobre oPartido Nacionalista Basco, vi-sando enfraquecê-lo. Entre tan-to, vitorioso o PNB, o PSOEnão se recusara a formar umafrente de unidade com ele. ParaGonzalez o PNB cometeu o errode abandonar o Parlamento es-panhol para chamar a atençaodo Governo sobre a situaçãobasca. "Se todos os Partidostivessem agido desta forma" —acusa o PSOE — "o estatuto deGuemica (autonomia do PaisBasco) não teria sido apro-vado."

União do Centro Democrátí-co — O Partido do Presidentedo Governo, Adolfo Suarez,também não se negaria a for-mar uma frente de unidade como Partido Nacionalista Basco,apesar de contrariado com asúltimas atitudes do PNB. Masapóia fortemente a autonomiabasca e as eleições para o Parla-mento, que considera "a retafinal de todo um processo e omomento mais grave e trans-cendente para a reforma insti-tucional no País Basco" AUCD oferece aos eleitores so-bretudo a "opçáo contra o me-do e a coaçao" numa referênciaao terrorismo.

Partido Comunista Esparmoimais forte em Bilbao, a PCE

e outro possível componente dafrente de uiudade a sei formadapelo Partido Nacionalista Bas-co. áua posição e contraria aqualquer participaçau «la extre-ma esquerda no processo auto-nõmico. O Euzkadi, ramo bascodo PCE, conta principalmentecom o apoio dos de origem rmobasca.

¦

m

Page 14: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

JORNAL DO BRASIL ? domingo, 9/3/80 ? Io Caderno INTERNACIONAL — 13

Rebelde busca

solução para

o Afeganistão

Nova Déll—O Uder rebelde afegãoAmin Wakman, secretário-geral doPartido Social Democrata, afirmouque quer reunir-se com os soviéticosou com o Presidente do Afeganistão,Babrak Karmal, a fim de procuraruma soluç&o pacifica para a crise na-clonal.

O Oovemo afegão abriu o alista-mento para reforçar o Exército, preju-dicado por Inúmeras deserções, emmeio a uformaçOes de novas incur-

sões contra os rebeldes muçulmanos.As movimentações confirmavam no-tlclas de que o regime de Karmal e astropas soviéticas preparavam umaofensiva de primavera contra os rebel-des baseados no Paquistão.Wakman criticou a recente suges-tão de Karmal no sentido de se reali-zar uma conferência internacionaldestinada a formar uma patrulha demanutenção da paz na fronteira doAfeganistão com o Paquistão.

"Isso servirá apenas ã própria se-gurança de Karmal. Não vai resolvera crise política", alegou Wakman. Oliaer rebelde disse que seu Partidoexiste hã 14 anos, conta com 12 milseguidores e que, antes dos três liltl-mos golpes <Je estado, tinha represen-tantes eleitos no Parlamento. O Parti-do Social Democrata defende um sis-tema socialista, ao contrário dos ou-tros grupos rebeldes, apegados estri-tamente à doutrina islâmica.

Os rebeldes liderados por Wakmannão participam da Aliança Islâmicapela Libertação do Afeganistão, a Crã-gil tentativa de grupos Insurgentes nosentido de coordenarem ações e, as-sim, obter reconhecimento interna-clonal e ajuda militar. Wakman expli-cou que seu Partido não foi convidadoa entrar para a Aliança devido à dlfe-rença religiosa, mas espera que issoaconteça em breve.

¦r

IIIMÓVEL MAL ALUGADO

*

AÇ.AO ISIOS\l. Dl \I.Kit I I

^ ^ Informações: 240-7434 de 13 as I8hs

^I

Sears

wlta às Aulas

Amplo Sortimento a Preços Reduzidos!

iyg

^

MAIS FÁCIL

MAIS SIMPLES

MAIS RÁPIDO

Economize Cr$ 1.222

nesta mesa de cerejeira natural

4.777

15 dTc%.520

Ideal para estudantes; 5.999funcional. De finíssi-

mo acabamento, resis-

tente. De pequenas di- oumensões: l,10x0,60x Total a prazo O 000,74rn. <>$ < •OUU

sem entrada

Cadeira fixa sem braço De Cr$ 1.799 1.222

1.° Grau

Economize Cr$ L012nesta Olivetti

Studio 46

I)e Cri 9.789 8.777OU 15 nieni. de Cri 954

Total a prazo Cr$ 14.310«cm entrada .

Olivetti Studio 46Semiportátil, leve e prática.Corpo metálico, barra espa-çadora auxiliar, com repeti-çâo continua e tabulador.

Preços válidos por 3 dias.

Calculadora Texas

SR-40

Preço Baixo é Sears! 4.490

ou 15 mcns. de Cr$ 488

Total a prazo Cr| 7.320tem entrada

Efetua desde as 4 operações bá-sicas até funrôes logarítmicas,trigonométricas e seus inversos.Bateria recarregável.

Máquina de escreverOlivetti Lettera 31

Preço llaixo í Sears! 5.222

ou 15 mcns. dc Cri 568

Total a prazo Cr$ 8.520sem entrada

Alavanca para bloqueio do carro,tecla soltadora de margens e pa-rá«rafo automático. Com estojo.

/ ** « ^ & Bk II

/ •##

Iff II

///

/f£^I

f

Calculadora Texas TI -30

Máquina de escreverOlivetti Lettera 35

Preço Haixo i Sears! 5.555

ou 15 meus. dc Cri 604

Total a pra/.o Cr) 9.060sem entrada

Corpo metálico, leve e resisten-te. Tecla soltadora de margens eparágrafo automático. Com estojo.

Preço Baixoé Sears!3.290

8 dígitos, 2 exponenciais. Fun-

ções logarítmicas, trigonométri-

cas e inversos, raiz, x2,e raiz e-

nésima de x, constante em todas

as operações. Sistema "A. O. S."

com 15 níveis de parêntesis.¦\ r

Pasta csnnlar—comalças. Azul e marrom

Estojo plástico comimã. Motivos SuperHeróis

Lanchéira com gar<rafa plástica

Caderno espiral com96 folhas

Caderno brochuracom 48 folhas

Caderno brochuracom 96 folhas

Caderno espiralcom 48 folhas

Lápis pretosextavado

Borracha azul/ver-melha

Lanchéira com gar-rafa térmica inque-brável.

1 ii %

L)e Cr$ H

ii i

De Cr$ 3

De Cr$ 8 I 1' 3j^jLjL I

6 : C&»0» ^SBilSllw

490

2.° Grau e Universidade

Caderno universitáriocom 100 folhas

De Cr$ 49

Caderno Bem Boladocom 120 folhas

De Cr$ 75

Caderno Bem Boladocom 160 folhas

De Cr$ 95

Pasta escolar de plásticoondulado

Preço Baixoé Sears!

199

1'rnn Baixoé Si'«r>!

Sacola escolar de lona -modelo tiracolo

Preço Baixoé Seara!

Sacola escolar de nylon -modelo tiracolo

Prevo Baixoé Sears!

571^^

ivUv^Hi'

74 HH

Caneta Bic Cristal

^mKmSI

429

SATISFAÇÃO c;AKANTII)A OI)SEU DIMIKIIM» l»K VOLTA!SE A COMPItA NÃO A«;H\l)Alt.NÓS TKOt.AMOS OU KKKMIIOLSAIMOS!

Sears

DIAK1AMKNTE ÜAS 9:00 AS 22:00 HOHAS . SÁBADOS DAS 9:00 ÀS 18:30 HOHAS.

Praia de Botafogo, 400-Tel.: 286-1522

I i

10

Page 15: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

14 — JORNAL DO BRASIL p domingo, 9/3/80 ? Io Caderno

*~""*.".ST!7'"S9'/ '-iT! *W; ""\T >W'7/WS'35F* !V II*" lywxs'"' *\ ,...., Hfc

' .vir; i If i t

• mm;Em£SLMM 8 ¦EBwcafr BahK fiSSi .M %&/A I'mw:: ... ^.•• 'S'< —___jLrjgSi

fl 09

¦ !¦

H

"^sss

NA LOJA DA RUA URUGUAIANA,1-LARG0 DA CARIOCA.

11 CongeladoresBrastemp BCE-27L. Com270 litros. Sendo:2 amarelos, 3 azuis,4 brancos e 2 vermelhos.

À Vista

nI EM CORES HII

J m

12 TVs Telefunken 664SCR. Í26"). 66 cm. Cdmcontrole remoto.

À Vista 22.990,

9.990,

189 Camas DobrâveisInca. A cama reserva quenão pode faltar em sua casa.

À Vista 648,

118 Batedeiras BraunMinipimer. Fadlima delimpar.

À Vista 1333,

39 Toca-fitas MitsubishiGX-41. Produzido na ZonaFranca de Manaus.

À Vista 3.230,

48 Tricamas Trinidad. Emtecido listrado.

ÀVista 5.320,

67 Eletrofones GrundigSeala 135. Com 2 caixasacústicas.

ÀVista 3.880,

2.013 Conjuntos Allegro.Com 4 copos.

ÀVista 38,

8 Condidonadores de ArCônsul CA - 2513. Com10.000 BTü. IBP.

ÀVista 9.770,

9Mác minas de EscreverFacit 1820/3511. Elétrica.

ÀVista 18.888,

133 Módulos York. Emcourvin castanho com tecidolistrado.

ÀVista 778,

228 Cadeiras DobrâveisBel Prazer. Na cor azul.

ÀVista 428,

NA LOJA DA RUA DA CONCEIÇÃO, 75 -NITERÓI

17 Re frigeradores GeneralElectricGRC 3312. Superluxo. Com 330 litros. Na corbranca.

À Vista 8.880,

11 Politrizes e IixadeirasBlack & Decker 5747.Funciona em 110 volts.

ÀVista 1.699,

RES

12 TVs Sanyo CTP 8705.(26"). 66 cm. Em cores.Produzido na Zona Franca deManaus.

ÀVista 22.990,

82 Baterias Panex Nobre.Com 29 peças. Na coramarela.

ÀVista 1.638,

73 Bieamas Estimulo.Estampada na cor marrom.

ÀVista 2.777,

- -SR? SB I|3iaj ;HHi|

44 EnceradeirasWalitaW-1.Comi escova.Cromada.

ÀVista 2.220,

364 Cadeiras DobrâveisBel-Star. Cores diversas.

ÀVista 358,

9 Gravadores Aiko ATP-707. Fimdona a pilha/luz.Produzido na Zona Franca deManaus.

ÀVista 2.290,

50 Grupos Fixos London.Com 3 peças, sendo: 1 sofá e2 poltronas. Em courvin

¦¦•S-Al.

preto.

AVista 17.980,

7 CongeladoresProsdódmo CC21 /160.Com 160 litros. Na coramarela,

A Vista, 7.970,

|

8 Eletrofones Philips Big-Master GF-661.Com 2 caixas acústicas.

ÀVista 6.630,

39 ExaustadoresAnemo térmica AD-80. Nascores amarela, azul, branca evermelha.

ÀVista 3.559,

«i i . • ' '

¦ ~AS j1':- :.i !: v :m

H-l *_ x|: . | , , * ' \ ( H

'7"S >

I; I ^B|

*mlm 1H ¦ ri im••:-vv.:.-¦• ^•:....v.%-.-;.::.yx:" v,,v >: • :::":*::i;.'' V-.^ . -•••*' *' •.•.••/¦>' '^w'-''''•:''*'

a

Page 16: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

JORNAL DO BRASIL ? domingo, 9/3/80 ? 1° Caderno - 15

W

m

rr"v

\ J h

t 1§»F

V. '.v.' |>|<VA>o |

XZJTtomm' #&&&&* %¦. W,# fet. -.a. ~*£ •»wmJ^*mMim< #*£*#>¥"» %s:«sM Ai... ,.'.'. • .VlVfW. .,., ,...,.. .., ......... . ,....,V . • . .MM • • .VMM IVW.M . ...WM.vW^mW^m • .VMM ..''¦¦¦¦¦¦¦¦¦MkvMnWW^VMM . MW'.W. .*>•**> . . .*.V.K«.. M» •. MMM. .MVMV.VMMV.WM.. .VMM.VAVW . WW «VMW. .VMW.VAW,.VMM-..AW • WW • .V.V .... .'.VW. .VMM • .VMM • .VMM .. MM*..MM •» ,WM• .V.W.M • •'•'•%••%• .V.V.Mm .VMV.V.,V.?• • •. • .VMM • • VMV v. MM • • • V.-.M .. .VM Av~.'

'n^

NA LOJA DA AV. COPACABANA, 735.

28 Grupos Fixos Miragc.Com 3 peças, sendo: 1 sofá e2 poltronas. Em veludolistrado com tecido marrom.

À Vista 12.380,

27 Eletrofones CCECrown SHC-3001.3 em 1.Com toca-discos, tape-deck erádio AM/FM. Equipadocom 2 caixas acústicas.Produzido na Zona Franca deManaus.

À Vista 13.980,

17 Refrigeradores GeneralElectric GKT-3014.Duplex. Com 380 litros. Nacor azul.

À Vista13.330,

89 Secadores de CabelosWalita400-W. Portátil.

À Vista 849,

398 Cadeiras DobráveisStatus Corsário. Emalumínio.

À Vista 528,

63 Aspiradores de PóGeneral Electric. Superluxo. Linha moderna.

À VistaI 3.988,

313 Colchões Bonzão.Mede 0,78x1,88m.Modernas padronagens.

AVista 588,79 Camas DobráveisEspaço Bel. Ideal paraespaços reduzidos.

à Vista 878,

11 TVs Telefunken 362.(14"). 36 cm. Em cores.

À Vista13590,

16 TVs Philips B-710.(12"). 31 an. Com seletordigital eletrônico de canais.

À Vista 5.280,

18 Fogões Brastemp BF(i-51-E Advanced Line. Com4 bocas. Gás de rua. Na corbranca.

À Vista 8.380,

318 Varais Vai-Vem "o

varal escondidinho". Ficaaberto enquanto é usado, efechado quando você nãoprecisar mais dele.

À Vista 448,

NA LOJA DA AV. NILO PEÇANHA, 248-CAXIAS.

15 Refrigeradores ClimaxPrimavera. Com 230 litros.Sendo: 12 amarelos c3 azuis.

AVista 6.888,

288 Panelas de PressãoMarmicoc. Para 2 Va litros.

50 Grupos Cama Recreio.Com 3 peças, sendo: 1 sofá e2 poltronas. Emcourvin abricot.

15 Camas de CasalBon sucesso. Mede 1,28 x1,88 m. Em pau d'arco

53 Furadeiras Black &Decker. jMV Elétrica.

42 Estantes Iider. Emcerejeira.

345 Beliches Bonzão.Mede 0,78 x 1,88 m. Na corcastanha.

À Vista 998,

48 Salas Icaraí. Com6 peças, sendo: 1 bufiet1 mesa e 4 cadeiras. Emlaminado amarelo.

À Vista

AVista1.330,

AVista 4.390, I cerejeira. I

AVista Oi^Jllj

^

99 Rádios MotorádioRCM-61. Com 6 faixas deonda. Modelo de mesa.

43 Radiofones TectronSaturno TÍI4-828 B. Móvcom períeitu acabamento.

27 Aparelhos de JantarOxford Bonzão. Com 22

38 TV s ColoradoIpanema. (24"). 61 cm.Tela retangular com visãototal.

AVista

nmsscmji "" -n, F«/'' > ¦ kr- -

mt ¦'' j|fr|j

¦¦¦ ———^———— i ¦ i ——————————~—————————i

I

—"

I

Page 17: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

16 — INTERNACIONAL JORNAL DO BRASIL ? domingo, 9/3/80 ? Io Caderno

Guerrilha quis

libertar Embaixador brasileiro

Genscher

defende

Mugabe e N'Konw encontram Reagan deve

palestinos dificuldades

para Tl€gOCÍ(ir

CarolinaCairo — Ao chegar ontem ao

Cairo, para visita oficial ao Egi-to, o Ministro do Exterior daAlemanha Ocidental, Hans-Dletrich Genscher, afirmou quea autodeterminação do povopalestino é elemento vital paraqualquer acordo de paz dura-douro e abrangente entre ára-bes e Israelenses. Outro fatoreBseneial, destacou Genscher, éo direito de Israel à sua segu-rança.

Depois de se reunir com oPresidente Anwar Sadat, o Mi-nlstro reiterou que a defesa daautodeterminaç&o palestinapor parte da Alemanha Oclden-tal não é novidade, datando de1974. Mas a insistência que eledemonstrou sobre a questão —falando nada menos de três ve-aes a respeito do assunto —ocorreu poucos dias depois queo Governo da França, pela pri-meira vez, fez idêntico pronun-ciamento.CONDIÇÃO ESSENCIAL

Os dois fatos parecem refletiruma posição crescente da Co-munidade Econômica Européiaem favor da condição que ospalestinos e todos os árabesconsideram essencial para apaz no Oriente Médio. Gens-cher, com Sadat ao seu lado,confirmou essa tendência.

O Ministro declarou ainda3ue

o Egito e a Alemanha Oci-ental compartilham não ape-

nas o apoio à autodetermina-çôo palestina, mas também aoposição ã política israelensede instalação de colônias nosterritórios árabes ocupados.

Ontem, o Presidente da Fran-ça, Valery Giscard d'Estaing,chegou a Amã, Jordânia, sendorecebido pelo Rei Hussein e de-mais integrantes do Govemo.Segundo fontes diplomáticas,suas conversações abordarão acrise do Oriente Médio, princi-palmente a questão palestina.Amanhã, Giscard d'Estaingviajará para a Arábia Saudita,regressando depois a Paris.

Ao qualificar a normalizaçãodas relações egipcio-israelensesde "uma realidade e uma neces-sidade vitais", o Presidente Sa-dat disse que todos os egípcios,tanto os cidadãos comunsquanto os empresários, estãoem liberdade para estabelecercontato com o Estado judeu.Segundo Sadat, a única diver-gência entre Egito e Israel giraem tomo da solução do proble-ma palestino; ele assegurou,contudo, que "estamos cami-nhando no sentido de superaressa divergência".

Arafat elogiaGoverno francêsParis — O recente pronuncia-mento do Presidente francês

Valery Giscard d'Estaing a fa-vor da autodeterminação dopovo palestino permitiu á Euro-pa dar "um grande passo emdireção a um acordo de paz noOriente Médio", afirmou o líderda Organização para a Liberta-ção da Palestina (OLP), YasserArafat.

A declaração de Giscard foi"uma iniciativa corajosa e im-portante", disse Arafat ao jor-nal Le Monde, além de consti-tuir "um ato de amplo alcancepolítico, provavelmente desti-nado a influenciar a evoluçãoda situação européia, que é for-temente afetada pela crise doOriente Médio". Arafat acredi-ta que a Europa, "através desua influência cultural sobre aopinião pública norte-americana", pode levar o Presi-dente Jimmy Carter a "retificarsua posição errônea" sobre pOriente Médio.

Rei Khaleddeixa hospital

Beirute — O Rei Khaled, daArábia Saudita,' seriamentedoente há algumas semanas,deixou o hospital e segundoseus médicos, está agora "go-zando boa saúde", informou on-tem a rádio de Ryiad.

A doença do soberano haviapreocupado seriamente os Go-vernos das grandes potênciasocidentais, porque a ArábiaSaudita é considerada um dos,últimos países estáveis na con-vulsionada região petrolíferado Golfo Pérsico. A versão ofi-ciai esclareceu que Khaled, de67 anos, sofreu apenas "um es-gotamento físico".

Rins de

Tito não

funcionamBelgrado — Os rins do Presi-

dente da Iugoslávia, Josip BrozTito, já não funcionam mais,obrigando os médicos a utiliza-rem um aparelho de rtiáiinin(rim artificial) e a aplicarem ou;tras medidas de terapia intensi-va para manter com vida o es-tadista de 87 anos.

O ex-Presidente Mitjá Ribicicexpressou sua confiança na ca-pacidade de os iugoslavos re-solverem o problema da suces-sáo de Tito. Ribicic, que lideraa Aliança Socialista na Eslovê-nla, movimento que dá apoio àLiga dos Comunistas Iugosla-yos, descartou a hipótese deuma intervenção soviética nopais, porque a Iugoslávia "temestabilidade interna"

A possibtlinadt de interven-ção "não e realista destacouRibicic, acrescentando porém,que a segurança a longo prazoda Iugoslávia depenoe ris solu-ção dos grandes P" >bierrias eco-nómicos e da manutenção daunidade do pais

Sallsbury—As negociações entre Muga-be e N'Komo para formar o novo Governoestão correndo mais lentas e difíceis do queesperava o Partido vitorioso. A rigor, AZANU poderia governar sozinha com sua •maioria absoluta Mas precisa da ZAPU deN'Komo para mudar a Constituição e trans-formar Zimbabwe num pais socialista.

Há outros fortes motivos para buscaruma aliança com N'Komo: a divisão emtribos e o problema militar. As eleiçõesmostraram claramente que o eleitoradoShona (74% da população) votou em Muga-be e o eleitorado Ndebele (19%) votou emNKomo. Um Govemo só de Mugabe seriauma Governo Shona, repetindo o erro trági-co de tantos países africanos, mergulhadosem guerras tribais. O aspecto militar tam-bém é importante: o Exército de NKomo, aZIPRA, é bem equipado (armado pela UniãoSoviética) e treinado.

Mugabe precisa de NKomo, mas nãoestá disposto, após sua vitória esmagadora,a lhe dar multo poder. A idéia era fazer deleo Presidente, cargo cerimonial, e dar-lhe trêsou quatro Ministérios secundários. MasN'Komo sabe o quanto vale seu apoio, e temoutros planos: rejeita a Presidência e exigeum quarto dos Ministérios, com ele mesmo àfrente de um dos dois principais postos:Finanças ou Relações Exteriores. São posi-ções de Poder das quais a ZANU não querabrir mão.

Daí o impasse, que pode atrasar por malaalguns dias a formação do novo Govemo.Há, no entanto, uma grande pressão para

Jorge Pontualimiode Espacial

que Mugabe conclua logo as negociações, aflmdenáo quebrar a sensação de segurançae unidade que vem marcando sua lideran-ça.E possível que ele termine cedendo àsexigência de NKomo.

Já não se espera que o dia da indepen-dêncla aconteça antes do fim de março ouinicio de abril. Até lá, Lord Soames continuagovernando a colônia da Rodésla do Sul.

Uma comissão da Frente Patriótica estáexaminando sugestões para a bandeira e ohino de Zimbabwe. A bandeira será total-mente diferente da atual, Já anunciou aZANU. A bandeira de Zimbabwe-Rodésia, oefêmero pais governado pelo Bispo Muzore-wa, é verde e vermelha, com uma estranhapomba sentada sobre uma coroa.

Em meios ligados a Mugabe já se garanteque Sallsbury passará a se chamar Harare(colina em shona), atualmente o nome domaior e mais antigo subúrbio negro da Capi-tal. A Cecil Square, praça mais central deSallsbury, onde há, inclusive, um trottoirsemelhante ao da Clnelândia, passaria achamar-se Tongogara Square, em homena-gem ao Ministro da Defesa de Mugabe, umde seus homens mais brilhantes, morto aos41 anos num acidente de automóvel emMoçambique, em dezembro do ano passado.Tongogara recebeu treinamento militar naChina, Junto com seu amigo, o Presidentemoçambicano Samora Machel. Cecil Squareé uma homenagem a Cecil Rhodes, o inglêsque comandou a ocupação do reino de Zim-babwe no fim do século XIX, e deu seu nomeà Rodésia.

ZAPU parte para o radicalismo

8alisbury (Do enviado especial) — "Mu-gabe é igual a Muzorewa". Esta heresiapodia ser ouvida ontem, muito confidencial-mente, nos escritórios do Partido de JoshuaN'Komo, na mesma hora em que este seencontrava com o Premier designado, Ro-bert Mugabe, para acertar o Governo decoalizão. Os seguidores de N'Komo acusamMugabe de estar conciliando demais com"os brancos". Sintomaticamente, o que cau-sa mais irritação é o convite ao GeneralPeter Vfalls continuar no comando das For-ças Armadas.

A ironia é que o Partido de N'Komo vinhasendo justamente apontado, antes das elei-ções, como a força moderadora que, numaaliança com os pequenos Partidos negros(afinal excluídos nas urnas), levaria Zim-babwe a um rumo próocidental, protegendoa iniciativa privada e os investimentos ex-ternos. Ora, esta é exatamente a políticaque vem sendo defendida pelo vencedor daseleições, para "surpresa" daqueles queacreditaram na campanha maciça que ata-cou Mugabe como um "perigoso comu-nista."

Oficialmente, não há divergências entreos dois Partidos: a ZANU de Mugabe e aZAPV de N'Komo. Os dois aliaram-se em1976, na Frente Patriótica, para conduzir aluta armada, e unidos governarão Zimbab-ive. Mas, corno cabe ao futuro Chefe doGoverno conduzir a delicada política deestabilização, após quase uma década deguerra — basicamente, convencer os bran-cos a não deixarem o pais — subitamente oPartido de N'Komo percebeu que há umespaço vazio a ocupar com uma retóricamais radical.

Com apenas 20 das 77 cadeiras da coatt-zâo no Parlamento — Mugabe levou as ou-tras 57—0 Partido de N'Komose ressenteda vitória esmagadora do parceiro. Ao mes-mo tempo, menos preso às responsabilida-des do Governo, não se obriga aos mesmoscuidados para tranqüilizar os brancos. Issoexplica as declarações de tom radical doporta-voz de N'Komo, Willie Musarurwa. Naverdade, ele expõe posições que podem serencontradas também nos documentos inter-nos do Partido de Mugabe.

Tudo isso vem comprovar a política tnte-Ugente do Primeiro-Mtnistro designado, que,sem renegar suas propostas de longo prazo,adotou princípios conciliatórios, indispen-sáveis para a consolidação no Poder. .

Há apenas 10 dias, a maioria dos obser-vadores previa as seguintes alternativas, nocaso de uma vitória de Mugabe que obrigas-se o Governador, Lord Soames, a designá-loPremier.- golpe de estado liderado peloatual comando das Forças Armadas rode-sianas; intervenção militar sul-africana; de-bandada em massa dos brancos, o que ar-minaria a economia do país; reinicio daguerra civil. Ou tudo isso junto.O Partido de Mugabe conseguiu 63% dovoto africano (mais do que lhe dava qual-quer previsão), o Governador não teve esco-lha, e o pais, graças à habilidade do futuroPrimeiro-Ministro, entrou num período detranqüilidade que chega a irritar centenasde jornalistas estrangeiros que vieram aquià procura de noticias quentes.

A ênfase na preservação da lei e daordem, na pacificação, na estabilidade e nasegurança — antes de qualquer programade Governo—garantiu a Mugabe, de um diapara o outro, a confiança dos brancos. Amesma locutora de telejornal, que uma se-mana antes falava dos homens de Mugabecomo "terroristas", ontem anunciava que,sob o novo Primeiro-Ministro, Zimbabwe iráliderar as nove nações negras da metadeSul do continente. Está em curso uma cam-panha maciça para vender a imagem deMugabe aos brancos.

Da parte do Primeiro-Ministro designa-do, há uma disposição evidentemente since-ra ao diálogo e à superação do passado.Sem estabilidade e sem o know-how dosbrancos na economia, ele não terá a menorchance de governar o pais. Daí o convite ao

General Walls, as garantias de não discrimi-nação contra os brancos, a promessa de nãotocar na propriedade privada e de fazerrespeitar a lei, o compromisso de não permi-\ tir ataques armados ã África do Sul a partirdo território de Zimbabwe. O novo país nãoserá um novo Moçambique: os brancos não.irão embora e guerrilheiros não encontra-tão santuário.

A ironia é que Mugabe não chegaria ondechegou se Moçambique não lhe tivesse dadoretaguarda.Cinco dias após o anúncio do surpreen-dente resultado das eleições, o progressorumo à estabilização do país também sur-

preende: sexta-feira, pela primeira vez, nãohouve nenhuma morte em choques arma-dos. Os homens que há 10 dias eram chama-dos de "terroristas da Zaiüa" — o exércitode Mugabe — nos comunicados diários so-bre combates, agora são simples bandidosou renegados. O Primeiro-Ministro explicouao público que esses homens perderam con-tato com seus comandantes, não sabem quea situação do país se normalizou e agem porconta própria. Hoje, domingo, começou aser levantado o toque de recolher ao qual aRodésia já se acostumara. Primeiro, as zo-nas industriais urbanas. Mais tarde, pro-gressivamente, todo o pais.A comissão de fiscalização do cessar-fogo se autodissolveu na sexta-feira. As for-ças enviadas pela Commonwealth estão-seretirando, pois não são mais necessáriaspara vigiar os soldados rodesianos e os doisexércitos guerrilheiros. As três forças cami-nham rapidamente para a integração, sob ocomando do General Vfalls. O porta-voz doPremier, Edson Zvobgo, anunciou que tam-bém na polícia haverá a integração.

A estabilidade do novo Governo é tndis-pensável para que o país comece a receber aajuda externa de que necessita para a re-construção. O primeiro problema é alojarmais de 200 mil refugiados, a maioria dosquais ainda em Moçambique. Seu retornofoi interrompido durante as eleições e aindanão há uma decisão quanto ao reinicio, aser coordenado pelo ACNUR (Alto Comissa-riado das Nações Unidas para Refugiados)e a Cruz Vermelha. Se bem-sucedida, será aprimeira repartição de refugiados em tãogrande escala desde a Segunda GuerraMundial.

Será preciso também enfrentar o proble-ma da fome; a guerra destruiu plantações,afastou lavradores de suas terras, desfez asredes de distribuição, as cidades recebe-ram enormes levas de refugiados. Saliburyinchou de 600 mil habitantes para quase1 milhão, ganhando um cinturão de favelas.Mesmo sem a guerra, as distorções da eco-nomia rodesiana levam a maioria da popu-loção negra (da qual mais da metade temmenos de 15 anos) ã subnutrição.

Diante de tantos problemas, ganha umadimensão ainda mais profunda a conclusãodo discurso de Mugabe á nação, na terça-feira: "insisto que, quer sejam brancos ounegros, unam-se a mim num novo empenhopara esquecer nosso terrível passado —perdoar aos outros e esquecer —juntar asmãos numa nova unidade, e juntos comozimbabweanos esmagar o racialismo,

O tribalismo e o regionalismo — traba-lhar duro para reconstruir e reabilitar nos-sa sociedade, revigorando nossa máquinaeconômica. ...Finalmente, quero assegurar atodos que meu Govemo se empenhará emtrazer mudanças significativas ás suas vi-das. Mas cada um deve exercitar a pacién-cia, porque mudanças não podem ocorrerde um dia para o outro. Por enquanto,unamo-nos em nosso esforço para conduziro país à independência. Constituamos umaunidade, derivada de nossos objetivos co-murts e de nosso total orgulho de toda aÁfrica. Mergulhemos em nosso sentimentode companheirismo e forjemos interessescomuns que não conheçam raça, cor oucredo. Tomemo-nos verdadeiros zimbab-uieanos. Com uma única lealdade: longavida ã nossa liberdade."

Vidente prevê fim do racismo

Sallsbury — Do Enviado Especial —"Vejo a Rodésia tranformar-se numa so-ciedade interracial, dentro dos padrõesbrasileiros". A profecia está no best-sellerdaqui, Previsões Para 1980, do videntesul-africano Bill McLeod. Na discotecaTimes Place, na Baker Avenue, o futurojá chegou, pretos, muitos mulatos e ai-guns louros dançam misturados, ao somde Elis Regina cantando Upa Neguinho.Os hits são os mesmos em qualquer lu-gar. Poderíamos estar na Praça Mauá.

Os louros não são marinheiros de pas-sagem. Eles mandam no pais. A rendamédia anual de um branco é de Cr$ 450mil; a de um negro, trabalhador urbano,Cr$ 57 mil 200; no campo Cr$ 15 mil 600.Dos 250 mil brancos, 120 mil estavamempregados em 1975. Dos 6 milhões denegros, no mesmo ano, apenas 860 mil 420recebiam salários.

Leis, regulamentos, costumes e a opo-sicão da torça de trabalho branca, paraprotegei sua posição privilegiada, impe-dem os trabalhadores africanos de adqui-rii b qualificaçao necessaria pai-a obtermelhorei: salários Em 1975. por exemplo,os europeus que trabalhavam nas minasrodesianas recehiam 47% do total das

folhas de pagamento, embora só repre-sentassem 5% da força de trabalho.

Devido aos baixos salários, os traba-lhadores negros são obrigados a deixarmulher e filhos nas Tribal Trust Lands,as reservas negras, nas quais ocupamterras sem direito a propriedade. Essasreservas superpovoadas funcionam comoestoque de mão-de-obra barata. Nelasvivem 60% dos negros, com uma taxa decrescimento populacional de 3,6% ao ano.

Sua alimentação básica é o milho —que aqui chama de mili. As espigas ma-duras, depois de endurecidas ao sol, sãomoídas em pilões para faaer uma massacom água e sal. Bolos dessa massa —sudsa—são comidos com um caldo gros-so de came e vegetais. É o feijáo-com-arroz da população negra.

Os jornais de ontem trouxeram umanoticia alarmante para os negros. A safrade milho de 1980 deverá sei 30% inferior à .de 1979. devido a seca de janeiro A pro-dução anual de rnilho da Rodésia entre1962 e 1977, caiu de 176 para 115 quilospor pessoa Nas reservas negras, o núme-ro de moradores, em proporção à produ-ção de milho, é três vezes maior do queseria wnlosrinamente desejável

Armando OuriqueConwpondmH

Washington — Ronald Rea-gan deve vencer a primária re-publicaria da Carolina do Sul,realizada ontem, confirmandoas sondagens feitas durante asemana. Mas os resultados dasumas serão mais decisivos paraJohn Connally, que foi mal emoutros Estados e espera umaboa votação para se manter nacorrida pela nomeação do Par-tido a candidato á Presidênciada República.

Num momento de entuslas-mo, ao encerrar sua campanhaanteontem, John Connally che-gou a prever a vitória. As umasnão deverão confirmar este seuprognóstico, mas ele terá quegarantir um bom segundo lugarpara manter alguma esperançanos próximos Estados. Connal-ly, talvez mais conservador doque Reagan, antes do Inicio dasprimárias, era considerado umforte pretendente. Mas até ago-ra não conseguiu mais do queum quarto lugar e na primáriade Massachusetts obteve ape-nas 1% dos votos republicanos.DESESPERO

De acordo com uma pesquisaencomendada por Ronald Rea-gan, nessa primeira primárianum Estado sulista, de tendên-cia mais conservadora, 55% dOsrepublicanos deveriam preferirRonald Reagan, 18%, Connallye 12% George Bush. Connally eReagan sáo os candidatos quemais se esforçaram no Estado.Reagan gastou mais de 400 mildólares em campanha, mas nãopassou muitos dias no Estado.Connally fez campanha duran-te 17 dias e gastou 500 mil dôla-res. Para ele, é vital conseguirum bom resultado. E talvez te-nha sido por desespero que pre-viu anteontem vitória na pri-mária de ontem.

John Connally, apesar de nãoobter vitória, deverá conseguir,para ele, uma boa votação. Eleteve, ao seu lado, o melhor caboeleitoral do Estado, o SenadorStrom Thurmond, e foi entu-siasticamente apoiado pelo lí-der religioso evangelista BobJones m, presidente da BobJones Unlversity. Esta universi-dade é tão conservadora quemuitos de seus professores eestudantes consideram BillyGraham, que foi expulso de láquando era estudante por ques-toes disciplinares, "um tipo es-querdista".Mas, na verdade, John Con-nally não está nem com o se-gundo lugar assegurado. Váriosanalistas previam a possibillda-de de George Bush seguir Ro-nald Reagan, o que seria fatalpara Connally. Bush fez poucacampanha no Estado, que ape-nas enviará 25 delegados para aconvenção nacional. Mas Bushdeve obter talvez a maioria dosvotos dos centros industriais,onde decidiu o pouco tempoque passou na Carolina do Sul.Para Bush os resultados tam-bém terão significado, já que aCarolina do Sul é um trampo-lim para as primárias mais im-portantes de Flórida, Geórgia eAlabama, que serão realizadasna próxima terça-feria. Depoisdisso, as eleições voltarão paraEstados industrializados doNorte. John Anderson, que estásurpreendendo os analistasapós seus bons resultados emMassachusetts e Vermont, nãoestá participando de nenhumadessas quatro primárias sulis-tas. Ele está agora já fazendocampanha no Estado de H11-nois, onde haverá uma primáriadecisiva para todos candidatos,republicanos e democratas, nopróximo dia 18, e em que 102delegados republicanos serãoescolhidos. O Partido Demo-crata não realizou ontem pri-mária no Estado da Carolina doSul, onde os delegados demo-era tas serão escolhidos numaconvenção estadual interna doPartido a ser realizada no mêsque vem.

Comissão da

ONU denuncia

nove paísesGenebra — A Comissão de

Direitos Humanos da ONU pu-blicou ontem uma relação denove países considerados "mo-delos constantes de graves vio-laçóes" a estes direitos. O jor-daniano Waleem Sadi, presi-dente da comissão, em entre-vista, declinou cada pais citadona relação: Argentina, Uruguai,Paraguai, Bolívia; Coréia doSul, Etiópia, Indonésia, Ugan-da e República Centro-Africana.

A comissão de 43 membrospassou quatro dias e meio emsessões privadas para decidirque medidas tomai' para cadacaso. A exceção da RepúblicaCentro-Africana, todas as de-mais nações constavam da listado ano passado, dos piores vio-ladores dos direitos humanos.GUINÉ

. um especialista das NaçõesUnidas, o professor costarrique-nho Fernando Volio-Jiménez,esteve duas semanas Investi-gando a situação das liberda-des na Guiné Equatorial emnovembro passado e chegou àconclusão de que as violaçõescontinuam neste país desde aderrubada do Presidente Ma-cias N'Guenia

Voilo-Jiménez disse que elasenglobam trabalhos foiçadosdiscriminação a muihei e severas restrições a liberdade deexpressão Segundo ele o paisafricano está em vias de conver-ter-se ao despotismo Dissetarnbérn que não ha liberdadespolíticas e que o Judiciário so-fre limitações inconcebíveis.

Bogotá — O Embaixador brasileiro. Geral-do Eulállo do Nascimento e Silva, que seencontra adoentado, seria libertado nas pró-ximas horas pelo comando guerrilheiro queocupa a Embaixada dominicana em Bogotá.Isto só não aconteceu, de acordo com osguerrilheiros, devido á intransigência de-monstrada pelo Govemo colombiano na ter-celra etapa de negociações, sexta-feira.

Outros dois diplomatas também seriamsoltos: o Embaixador Gómez, do Uruguai, e oCônsul Alfredo Tejeda, do Peru. Dos três,todos enfermos, o que está em pior estado é oCônsul peruano, com lesão de meniscos naperna direita, contusão adquirida num jogoae futebol, dias antes do seqüestro, e agrava-da pelo tombo que levou no dia da ocupaçãoda Embaixada.

FracassoEm mensagem transmitida ontem ao Go-

vemo colombiano, os membros do comandodo Movimento 19 de Abril (M-lfli classifica-ram as negociações de sexta-feira de "umfracasso" Acrescentaram que, como prova desua flexibilidade, já libertaram 24 reféns, "aopasso que o Govemo continua dando provasde intransigência" Comentaram que "nãotivemos qualquer resposta positiva"A mensagem é clara, ao afirmar que agoranão haverá mais a possibilidade de libertaçãodos dois Embaixadores e do Cônsul. Náo hámaiores detalhes sobre os males que afligemNascimento e Silva e seu colega uruguaio, queestariam sofrendo de dores nos ombros e nascostas.

O texto assinala: "O diálogo e as negocia-ções bilaterais não levaram a nada devido ãIntransigência do Govemo colombiano, quese esconde atrás de pormenores legais e insis-

te que a legislação nacional impede de faaeras duas concessões principais a libertação de311 presos e o pagamento do resgate «¦dinheiro (50 milhões de dólares)"Os guerrilheiros concluem denunciando

que "o Govemo colombiano está efetivamen-te assumindo a responsabilidade pelos """fl-tecimentos e ações que possam ocorrer emconseqüência de sua decisão em não ceder àtduas principais exigências".

Amanhã ou terçaDiplomatas entrevistados pela UPI, e quepediram para ficar no anonimato, dlumiiique as negociações realmente fracassaram. Adespedida dos negociadores do OovemoedóM-19, mais calorosa do que de costuma, che-gou a iludir os Jornalistas, mas o otimismonao durou multoNo texto explicando seu pontode-vistasobre os resultados do encontro entre Jim£ne?. e Zambrano, emissários do PresidenteTurbay, coin a guerrilheira, que se suDõechamar-se M«ry Bridge, o M-19 considerafalsa a argumentação de Bogotá de não poderceder por motivos constitucionais. "Não p&dem aplicar leis nacionais a uma situação qúge daramente internacional".O üovernn, por sua vez, referindo-se Éúltima etapa das negociações, declarou queos dois emissários fizeram uma pormenoriza-da exposição das teses oficiais e, do outrolado. a negociadora reiterou as teses de s«u

grupo"A Presidência da República anunclou/íinoite, que as conversações vão prosseguir "na

próxima semana". Nào há data marcada,se acredita que o próximo encontro tenhalugar amanhã ou terça-feira.

Itamarati prepara viagem

Brasília—Continua na pauta do Itamara-ti a viagem do Chanceler Saraiva Guerreiro aBogotá, marcada para o dia 17 de março. Ospreparativos da Chancelaria brasileira estãopraticamente terminados, a náo ser nos deta-lhes finais, e, se não houver cancelamento porparte do Govemo colombiano, o Chancelerseguirá.

Fontes autorizadas do Itamarati assinala-ram ontem.que a parte econômica da visita jáestá com seus preparativos terminados, fal-tando apenas ajustes políticos e protocolares,como, por exemplo, os discursos que ele teriade fazer. A parte que falta, segundo aquelasfontes, pode ficar pronta em menos de 24horas.

Espera

Desta forma, diplomatas brasileiros desau-torizam especulações de cancelamento daviagem por mais alguns dias, até que haja umesclarecimento das negociações do Govemo

colombiano com os militantes do movimentoM-19. que ocupam a Embaixada dominleansfem Bogotá. Por outro lado, não cabe ao ladóbrasileiro cancelar ou manter a viagem, massim ao Govemo anfitrião, que até agora nãotomou tal Iniciativa.

A atitude do Itamarati será de espera."fepossível que o Govemo colombiano Julgueimpraticável a viagem com a continuação d»ocupação da Embaixada dominicana, ma*6possível também que Isso não ocorra. Oadiplomatas brasileiros, então, estão vendo aproximidade da data da visita sem idéias'preconcebidas ou especulações adiantadas. ¦

Se o Govemo colombiano resolver cancevlar a visita, isso será recebido com naturalida-de pelo Itamarati. Mas, se por acaso, a visita,for mantida — isto é, se não houver o cancelq-,mento de Bogotá — o Chanceler seguirá econcretizará a visita, mesmo com o problemada ocupação da Embaixada dominicana e oseqüestro do Embaixador brasileiro, garan>tem assessores categorizados do Itamarati...

Brasil modificou posição

Brasília — Embora tenha o seu Eníbai-xador, Geraldo Eulálio do Nascimento eSilva, entre os reféns ainda mantidos pe-los guerrilheiros do M-19 na sede da repre-sentação dominicana em Bogotá, o Itama-rati não deu sinais de que vá reviver aatuação dramática de 10 anos atrás,quando pressionado pela sucessão de atosde terror no Brasil, liderou numa assem-bléia extraordinária da OEA, em Washing-ton, um movimento pela aprovação deuma convenção capaz de banir o terroris-mo do continente americano.

Naquela ocasião, ironicamente, oChanceler Gibson Barbosa viu seu projetoderrotado pela ação de um grupo de pai-ses, moderados — do qual faziam parte aColômbia, hoje palco do seqüestro coletivode embaixadores, Guatemala e El Salva-dor, onde também se desenvolvem atosterroristas contra embaixadas e diploma-tas estrangeiros — e que foi liderado pelosEstados Unidos, cujo Embaixador em Bo-gotá, Diego Ascendo, também integra ago-ra, a lista dos reféns do M-19, e cujosfuncionários da Embaixada em Teerã seencontram há mais de 100 dias em poderde estudantes iranianos.

Se em junho de 1970, irritada pela tndi-ferença de outras representações, que pre¦feriam atribuir os problemas do terroris-mo no Brasil exclusivamente à situaçãointerna do país, negando-lhe o caráter decrime "lesa humanidade", como desejavao Chanceler Gibson Barbosa, a delegaçãobrasileira se retirou da sala de reuniõesda OEA, em protesto (acompanhada pelosdelegados e pelo Ministro da Argentina),hoje o Chanceler Saraiva Guerreiro enca-ra friamente a eficácia das convençõesinternacionais contra os atos de terror.

Houve uma inversão de situações e oBrasü tem agora uma situação internaabsolutamente tranqüila (em plena fase deexecução de uma lei de anistia dos crimesdesse gênero) e náo parece mais dispostoa patrocinar ações coletivas em organiza-ções regionais ou internacionais, como aOEA e a ONU.

Essa troca de posição está tambémcaracterizada no fato de que o homemescolhido para realizar a primeira tentati-va de mediação junto ao comando guerri¦lheiro na Embaixada dominicana em Bo-gotá, Sr Alfredo Vasques Carrisoza, foiexatamente o Chanceler da Colômbia queadvogava em 1970 soluções moderadaspara conter o terrorismo, opondo-se ásmedidas radicais defendidas pelo Brasil.

Em síntese, o projeto patrocinado pelarepresentação brasileira na Assembléiada OEA há 10 anos previa o seguinte:

I11 Os Governos americanos repu-diam unanimemente os atos de terrorismoque podem constituir sérias violações dosdireitos e liberdades fundamentais do ho-mem e que ditos Governos têm estadoempenhados em evitar sua repetição.

(2) Que os pretextos políticos ou ideo-lógicos invocados para tais crimes emnada atenuam sua crueldade e irraciona-lidade.

(3) Que o processo de desenvolvimen-to econômico e social em que têm estado

Luiz Barbosaempenhados os países do continente ame-ricano é perturbado por tais crimes deterrorismo.

(4) Que o seqüestro de representantesdiplomáticos estrangeiros é um crime ne-fando que comove a opinião mundial eafeta as bases mesmas da convivênciainternacional.

(5) Que a proliferação de tais crimesno continente cria uma situação nova querequer prontas e eficazes medidas porparte da OEA e de seus Estados-membros.

6) Que os crimes de terrorismo sãocomuns e de lesa-humanidade.

7) Que os Estados membros que aindanáo o tenham feito devem adotar medidaspara prevenir e sancionar tais crimes,tipificando-os em sua legislação penal.8) Que os Governos dos países membrosda OEA facüitem na conformidade de suasleis um intercâmbio de informações quecontribua para prevenir e sancionar oscrimes de terrorismo.

9) Encomenda ã Comissão Jurídica In-teramericana do Rio de Janeiro que pre-pare um juízo sobre os procedimentos ne-cessários a fazer efetivas as finalidadesprevistas nessa resolução. Num prazo má-ximo de 120 dias.

10) Que a mesma CJI deve preparar umprojeto de instrumento intenuwional so-bre o seqüestro de representantes diplo-máticos estrangeiros, tendo em conta arepercussão internacional daquelescrimes.

11) Que a mesma CJI dê conta de seustrabalhos ao Conselho da OEA.

A Comissão Jurídica Interamerlcana,com base numa resolução já bastante mai6atenuada, efetivamente reuniu-se na suasede, na Rua Senador Vergueiro, no Rio,em agosto de 1970, mas até hoje seustrabalhos não se transformaram na deseja-da convenção específica contra os atenta-dos a diplomatas.

Também um especialista em Direito In-ternacional, o próprio Embaixador Geral-do Eulálio do Nascimento e Silva — hojerefém dos terroristas do M-19 em Bogotá—comentou o Artigo 29 da Convenção deViena sobre relações diplomáticas (traba-lho reeditado pelo Itamarati durante oGoverno Geisel), o princípio da "inviolabi-lidade pessoal" dos agentes diplomáticos.Diz ele:"A inviolabilidade pessoal do agentediplomático é um privilégio básico do qualderivam todos os demais. Os povos daantigüidade sempre cercaram o enviadode uma proteção especial, atribuindo-lheum caráter sagrado. Como conseqüênciada sua inviolabUidade, a sua residência le,em certa época, até o quarteirão onderesidia) e seus auxüiares passaram a des-frutar de tal situação privilegiada".O Embaixador do Brasü em Bogotá dáconta também em seus comentários de que"o Estado acreditado (no atual caso, aColômbia) tem a obrigação de impedir aprática de atos ofensivos, violentos oumjuriosos contra pessoa ou dignidade doagente diplomático por parte da autorida-de ou de particular, não podendo em ne-nhuma hipótese prendé-lo ou detê-lo".

EUA só negociam

via BogotáBogotá — O Governo norte-americano,

através de sua Embaixada em Bogotá, distri-buiu ontem a seguinte declaração a respeitoda ocupação da Embaixada dominicana:"1 Continuamos considerando o Govemocolombiano o único responsável pela soluçãodeste caso Somos contrários à abertura dequalquer canal alternativo de negociaçãocom os terroristas.

2 Estamos confiantes na habilidade doGovemo colombiano em tratar ao problemacom êxito e estamos otimistas pelos progres-sos alcançados até agora3. Registramos atentamente as garantias doGoverno colombiano, de que evitará o uso daforça ou de ação provocativa, a menos que asvidas dos reféns estejam em perigo Não ve-mos nennuni indicio de que o uso da força setome necessário

4 Consideramos que a uiudade e soliaanedadt entre os Governos afetados é da maiorimportância Nào procuramos tmpoi nossospontos-de-vista ou nossas políticas a quemquei que seja. mas acreditamos que a coordenação entre as diversas partes e essencialpara o sucesso final da empreitada".

Mirage sobrevoa de «

novo a Embaixada jj4Bogotá — Para fazer um levantamento;

aerofotográfico da Embaixada dominica-"na, necessário para o caso — último recur-«so — de uma ação militar para desalojar os»guerrilheiros que mantêm reféns vários di-"plomatas, um Mirage da Força Aérea co- -lombiana voltou ontem a sobrevoar o pré-"dio diplomático.

Na sexta-feira, outro Mirage sobrevoara ]a área. Pouco depois, o mesmo foi feito por:um helicóptero, que o Govemo afirma náo ¦ser militar ou policial. O proprietário do;aparelho seia punido, de acordo com as«normas da Aeronáutica Civil, por ter des-11respeitado seu plano de vôo

Fontes ligadas ao Governo afirmaram'que ama tomada a torça da Embaixadaseria o ultimo recurso a empregar, acen- \tuandü que. por isto mesmo, era necessário .tomai todas as precauções, entre elas ter o »conhecimento total da área. «

Page 18: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

JORNAL DO BRASIL ? domingo, 9/3/80 ? 1° Caderno INTERNACIONAL — 17

PDC culpa bipartidarismo

Ha Colômbia pela loucura

e violência da juventudeBogotá — O sistema é culpado "pelos atos de

loucura e violência protagonizados por jovens idealis-tas, incapazes de imaginar métodos de luta diferentes"—assim se pronunciou o Partido Democrata Cristão daColômbia, de pouca influência, a respeito da situaçãopolítica e social do pais.

O PDC classificou o sistema politico colombiano de"marcado pelo cinismo dos grupos governantes. Aanarquia na vida social e a violência Institucionalizadatem suas raízes na injustiça social e na hegemoniabipartidlsta".

os democratas-crlstáo8 apoia-ram o seqüestro de Embaixado-res. Em outta nota, a CentralLatina Americana de Trabalha-dores (CLAT), sediada na Vene-zuela e inspirada na democra-cia cristã, acusou a ação do M-10 de "aventureira" e "provoca-dora", que prejudica a luta dostrabalhadores colombianos"pela democratização real dasociedade".

P8EUDODEMOCRACIAOs Partidos Liberal e Conser-

vador — respectivamente, noGoverno e na Oposição—"sus-tentam uma pseudodemo-qacla que durante o atual Qo-vemo acentuou seu caráter re-pressivo e antipopular, atravésde instrumentos como o estadode sitio permanente, o aberran-te Estatuto de Segurança comsuas seqüelas de torturas, pri-aôes arbitrárias e violações per-manentes dos direitos hu-tpanos".

A violência—segundo o PDC— "é um circulo vicioso. Sem.sair dele, jamais chegaremos aama sociedade humanista, Jus-ta e solidária".o A análise, claramente oposta•o Governo, nâo significa que

A CLAT disse que a situaçãose agrava, na medida em queisto ocorre "dentro do esquemacapitalista mais selvagem, poisna Colômbia existe um dosquadros mais violentos de ml-séria, exploração dos trabalha-dores e violação dos direitoshumanos", com o apoio de "umsindicalismo cúmplice".

Espectro da abstenção

ronda eleição de hojeBogotá — As urnas serão

abertas às 8h da manhã de hojee fechadas às 17h. Em todo opais, mais de 13 milhões de co-lombianos escolherão vereado-res e deputados, numa eleição<ftie, antes da tomada da Em-baixada dominicana, ameaça-va marcar um recorde de abs-tençôes.

Antes do seqüestro dos em-baixadores, apenas 24 em cada100 colombianos estavam pen-aando em comparecer aos lo-cais de votação. A operação doM-1B está sendo utilizada peloGoverno para pedir ao eleitora-do que exerça seus direitos civi-cos. A Igreja aderiu aos apelos.E, embora não sejam conheci-das novas pesquisas de opinião,acredita-se que a situação te-nha mudado radicalmente, eque, ao contrário do que o ocor-ria há poucas semanas, a ten-dência seja agora de que a vota-çâo tenha a presença maciça

COMPANHIA OOCAS DO RIO DE JANEIROEMPRESA DO SISTEMA PORTOBRÁS

KC>)

Capital Autorizado de Cr$ 1.498.605.288,00C.G.C. MF 42.266.890/0001-28

COMUNICAÇÃO

Acham-se à disposição dos Senhores Acio-nistas, na sede desta Sociedade, à Rua Acre n921, nesta cidade do Rio de Janeiro, Estado doRio de Janeiro, os documentos a que se refere oArtigo 133 da Lei 6.404 de 15 de dezembro de1976, relativos ao exercício encerrado em 31 dedezembro de 1979.

Rio de Janeiro, 05 de março de 1980Pedro Batouli

Diretor-Presidente

senacSenac ARRJ

Prova Seletiva

para Professores'S

Para Professor de

CONTABILIDADEESTATÍSTICAMATEMATICADIREITO E LEGISLAÇÃOO.T.C.

Exigência: Registro definitivo do MEC

Inscrições: dias 11, 12 e 13 de março,de 14 às 18hs, na Rua Pompeu Lourei-ro, 45 — térreo, com os seguintesdocumentos: Carteira de Identidade;Titulo de Eleitor.

USU-Universidade Santa ÜrsulaHiA FfcRNANX) FERPA» Vft O© 06 JAT4HRO 2C01 RJ 20000 7Et 2665612

NOTA DA REITORIA DA USU

A Reitoria da Universidade Santa Úrsulainforma que o ano letivo de 1980 terá iníciodia 17 de março, 2a-feira.

• Na ocasião será proferida, no Auditório daRua Farani, 42, a aula Inaugural por DomAffonso F. Gregory, Bispo-Auxiliar do Riode Janeiro, tendo como tema "Migrações

Internas e Suas Repercussões nos Gran-•des Aglomerados Urbanos: o Problemadas Favelas"

-Rio de Janeiro-RJ., 09 de março de 1980CARLOS PQTSCH

REI ÍUR (P

Passado de Marchais ainda perturba

os franceses

dos colombianos em condiçõesde votar.

A situação no pais, de modogeral, é calma, segundo o Minis-tro do Interior, German Zea He-nández. Ele disse que os efeti-vos policiais atuarão commaior intensidade no campo,devido a denúncias de que or-ganizações guerrilheiras ruraispretendem dissuadir os campo-neses de sufragar os candi-da tos.

O Arcebispo de Cáli, Monse-nhor Alberto Uribe, afirmouque todos os colombianos de-vèm acorrer às urnas, "pois aabstenção seria uma atitudeimpatriótica e oposta aos prin-cipios sociais da Igreja". O Ar-ceblspo acentuou que o paismergulhou numa "profundacrise moral" e que só será supe-rada com a busca de "uma pazestável, compreensão mútua eimensa caridade cristã".

Paris — Oeorges Marchais mentiu so-bre seu passado? ERta é a questão que osfranceses se colocam, depois da divulga-çâo, ontem, no último número de L'Ex-press. de um artigo que acusa o secreta-rio-geral do Partido Comunista Francêsde ter trabalhado na Alemanha até ofinal da Segunda Guerra Mundial.

O caso, que faz barulho na França,relança uma polêmica antiga, mas Ja-mais completamente esclarecida. A re-vista (considerada de tendência giscar-diana) traz na capa, sobre uma foto deMarchais, uma cópia de um documentoem língua alemã que compromete o lidercomunista. A manchete diz: "A prova damentira."

De fato, o documento dá indicação dapresença do lider comunista na Alemã-nha, durante a Segunda Guerra Mundial.

No longo artigo interior, o diretor deL'Expret», Jean François Revel, explicaque Oeorges Marchais não fügiu da Ale-manha em maio de 1943, como ele sem-pre contou, mas lá permaneceu pelo me-nos mais um ano, quase até 1945, no finalda guerra.

Como prova, exibe a cópia de umdocumento encontrado nos arquivos dacidade de Augsbourg, na República Fe-deral da Alemanha. Trata-se de umaficha de trabalho, no nome de Marchais,indicando as datas de seus serviços. Aprimeira data é de sua chegada a Augs-bourg, em dezembro de 1942; outra fixamaio de 1943; e outra é de maio de 1944.

Segundo L/Express, as duas últimasdatas indicam provavelmente os dias emque Qoerges Marchais se apresentou àsautoridades alemães, como se fazia na

Arlette ChabrolCofTwpontatf»

época. Quando o secretário-geral do PCFafirma que fugiu da Alemanha em maiode 1943, ele mente, afirma Jean FrançoisRevel. E se ele mente, se ele mentiudepois a seu Partido e aos franceses, eledeve se demitir e renunciar a suas inten-çôes de se apresentar à eleição presiden-ciai do ano que vem, ou ao menos, dizRevel, que aceite a constituição de umacomissão de investigação para esclarecero caso.

Esta não ê a primeira vez que Mar-chals é acusado de esconder suas atlvida-des reais durante a guerra. Em 1970, doisex-comunistas, Charles Ttllon e RogerGaraudy, fizeram denúncias; e em 1973,três jornais divulgaram documentos pa-ra provar que ele trabalhava voluntaria-mente na Alemanha.

Atentado na Aeroflot

de Frankfurt fracassaMomoo — Um atentado ter-

rorista contra a agência da em-presa de aviação soviética Ae-roflot, em Frankftirt, foi evitadono último momento, quandoum funcionário descobriu poracaso um pacote com explosi-vos, anunciou ontem a agênciade noticias Tass.

A explosão não aconteceu

porque houve uma avaria nosistema de detonação. A Tassinformou que a policia da Ale-manha Ocidental foi encarrega-da de investigar o caso e recor-dou que ha menos de três me-ses a agência da Aeroflot emMunique foi alvo de um atenta-do terrorista.

DE FUMAR-7Com o Ponto na Orelha

Sem esforços nem sacrifícios, em ura única aplicação.^Xavier da Silveira,45 - Cob.Oli - 237-7h71, 257-.)7V) (Sl':i84-6973)i

Conheça na Garson toda a linha de calculadorasTexas.*-51. TI-30

*§w

illf [

TEXAS TI-S0 - SLIMLINECompleto conjunto de funçõesestatísticas e cientificas. Duasmemórias constantes. Bateria paramais de 1.000 horas de uso

1 de 1.070,+2 de 1.071,

Total 3.212,Avista 2.890,

TEXAS TI-51 -III68 funções cientificas e

estatísticas (inclusive regressãolinear). 32 passos de

programação e 10 memórias.Acompanha livro "A calculadora

na tomada de decisões".

1 de 2.404,+2 de 2.404,

Total 7.212,Avista 6.490,

TEXAS TI ~ BA II ~ h» 1 181Mais de 60 lunções financeiras e estatísticas. l«IQI,

Cálculos de juros, investimentos,anuidades, ,+2 de 1.182,. amortizações. Completo conjunto de funções 1estatísticas. Memória constante. Total 3.545,

Avista 3.190,

I

SHARP

I1315S18"

7~ 8 9 I -r I í OCEIa ira In ia! a

a

m ia s si

¦A Garson ¦

lançaoseu

departamento

especializado

em

I calculadoras.]

I J** *•« «— am?

TEXAS CIENTIFICAS TI-3048 funções. Exclusivo sistemaAOS. Você escreve o problemacomo lê: da esquerda paradireita. Acompanha livro MathArkeys.

1 de 1.218,+2 de 1.219.

Total 3.656,Avista 3.290,

Texas Instruments

CALCULADORA MOD. EL-206 ^ VÍSta8 dígitos. Porcentagem. Potenciação. _ ^ ^Raiz quadrada. Registro de memória KCSQoperacional. WwWJPilha 1 ano (150 horas)

i MMTH

m n a ra u iCHI CD CQ OI 83O D ÉJ Q3 D

E3 ta HD El G3CD CU [13 CDíED;CD El 13 ?m ? IH mId!

^lj|0

SHABP

Todas as marcas, todos os modelos.

_ A partir de agora, você tem um endereço certopara encontrar a calculadora que você procura.Digit Hall.

O departamento especializado da Garson, queoferece a você a linha completa de todas as marcasexistentes.

Desde as calculadoras de bolso, programáveis ounão. com funções simples ou complexas, até ascalculadoras de mesa, tudo isso você encontra naGarson pelas melhores condições de pagamento, àvista ou a prazo.

Digit Hall.Se a sua calculadora não estiver là, não está em

lugar nenhum.

Na Garson, você podecomprar sua calculadora

em até 15 meses.CALCULADORAELETRÔNICA PESSOALMOD. EL-58058 dígitos. 1 memóriaindependente. Cálculoestatístico. Raiz quadradae cúbica. Funçõestrigonométricas, logarítmicase antilogaritmicas, radiciaçãoe potenciação.

I gobdbbbLisafl1 a B & ¦ ®

glllBB¦ ¦¦as

DISMAC HF25-LC-18 dígitos. Visor de cristal liquido. Memóriapositiva e negativa, raiz quadrada e mark up.Funciona a bateria, com 2000 horas de duração.

À vista

I 1.025,

 vista1.880,

\rl22tl2sml

SHARPasiMAii li am

m) a KB ÍXI

O m ES M)

El ü G3 IH)

CALCULADORA ELETRÔNICAPESSOAL MOD. EL-58098 dígitos Memória operativaindependente. Raiz quadrada e raizcúbica. Funções logarítmicas eantilogaritmicas, radiciaçãoe potenciação. Desligaautomaticamente.

À vista

2.385,

E9E9Eb5E£bOSmBMH

DISMAC 121 MTV III10 dígitos. Impressora com visor. Portátil1com o gigantismo das calculadorasconvencionais. Funciona com pilhasou eletricidade. Bobina comum defácil reposição. Portátil, podendo-seusar no escritório ou noescritório de sua casa.

 vista

4.050,_0N_ _ 0K_

123 mi8 I""

4 dismac m "BBBBBlDBBDGSOBBBB

BBBBOBBB

o dismac i

dismac

DISMAC MINI CARD RI/RII/S8 dígitos. 3mm de espessura.Memória positiva e negativa. Raizquadrada e porcentagem.Funciona a bateria com 2000horas de duração.

À vista

CALCULADORAPESSOAL DE BOLSOMOD. EL<81408 dígitos Operações emcadeia Fator constante.1 registro de memóriaoperacional. PorcentagemPilha 600 horas.

À vista

ficit-haMTodas as marcas, todos os modelos.

B uu I t Odiimdc

miRU nummu ommu n RHtrwnun u»u ¦¦

Éa GB

2.110,

Uma questão de respeito.Nas seguintes lojas:

CENTRO: Uruguaiana, 5 Alfândega, 116/118Ouvidor,137 - COPACABANA; Copacabana, 462-B - Raimun-1do Correia, 15/19 - IPANEMA: Visconde de Pirajá, 4 -MADUREIRA: Carvalho de Souza, 282 - Carolina Ma -chado, 352 - NITERÓI: Cel. Gomes Machado, 24/26.

DISMAC MINICARD RDCA mais completa calculadora portátil nacional. VÍStaDotada de unidade de memória, relogio comdispositivo para correção do mês, dia da semana

|hora e alarme. Cronômetro com 2 agulhas,comandadas por um circuito integrado. 1.600,

J u u I

|* 11 i

SHARP I l~F ¦¦¦¦¦¦¦¦¦iuiMm v. ¦pf'oM ¦"ciBiaiwwBgBmB[^Brj^B^i

^2BE2HES82§

JBMSm mm

Page 19: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

Timb6 diz que pensou em se recuperar, mas agora .safte que turn de continuar criminoso Os debates sobre os problemas da mulher se estenderam por todo o dia na sede dos metaluriricos

mm

padraq^^^^H

0M

J^L

•n

Al¬ii1^

W$<^r

11

W£^0

Tinibó diz que pensou em se recuperar, mas agora sabe que tem de continuar criminoso Os debates sobre os problemas da mulher se estenderam por todo n dia na sede dos metalúrgicos

Condomínio Associado

elegeu nova diretoria

Rio — Em reunião plenária, o senador João deMedeiros Calmon foi reeleito, pela 5a vez, presi-dente do Condomínio Acionário das Emissorase Diários Associados, para o próximo triênio,sendo ressaltados suas qualidades de honradez,seus atributos de pugnacidade e sua dedicaçãono trato dos problemas das empresas.Coube a vice-presidência ao condôminio Pedro

Ido Fulgêncio, diretor geral da área deRio Grande do Sul e Espirito Santo,

sendo escolhidos Nereu Gusmão Bastos, super-visor regional do setor do Nordeste, e Martinhode Luna Alencar, diretor financeiro de DiáriosAssociados Ltda., respectivamente, secretáriogeral e cabecel.A eleição decorreu sob a presidência de CamiloTeixeira da Costa, especialmente convidado,atuando como escrutinadores Paulo Cabral deAraújo e Francisco Braga Sobrinho, e comosecretário Manuel Eduardo Pinheiro Campos.Dos atuais 21 condôminios, 15 estavam presen-tes e dois representados por procuração, nototal de 17.Compareceram João de Medeiros Calmon, Ed-mundo Monteiro, Nereu Gusmão Bastos, Edil-son Varela, Manuel Gomes Maranhão, ManuelEduardo Pinheiro Campos, Pedro AguinaldoFulgêncio, Renato Dias Filho, Leão Gondim deOliveira, Armando Oliveira, Martinho de LunaAlencar, Camilo Teixeira da Costa, FranciscoBraga Sobrinho, Epaminondas Correia Ba-rahuna e Paulo Cabral de Araújo.

Enfermos, fizeram-se representar regular-mente os condôminos Odorico Monteiro Tava-res e João Napoleão de Carvalho. Feita a apura-ção, verificou-se o seguinte resultado: para pre-sidente, João de Medeiros Calmon; vice-

{•residente, Pedro Aguinaldo Fulgêncio; secre-

ário-geral, Nereu Gusmão Bastos; cabecel,Martinho de Luna Alencar. Houve um voto embranco.

Uma salva de palmas saudou o resultadoda votação, após a qual o Sr João Calmonagradeceu e fez uma apreciação otimista sobrea posição das organizações Associadas dentrodo quadro geral das empresas de comunicaçãodo pais.

A posse do presidente João Calmon, dovice-presidente Pedro Aguinaldo Fulgêncio, dosecretário-geral Nereu Gusmão Bastos e docebecel Martinho de Luna Alencar se verificaráno dia 8 de abril.

Bandido preso na Cidade de

Deus reconhece crimes e

diz que matou só bandidos

"Não sou tão perigoso quanto pensam". Com 25anos, Jorge Rodrigues Barbosa, o Timbó — que domi-nava a quadra 13 (Triagem) da Cidade de Deus —reconhece seus crimes e diz: "Os que matei erambandidos". Ele foi preso, após denúncias, por policiaisdo Destacamento de Policiamento Ostensivo da PM daCidade de Deus.

O bandido confirmou três crimes de morte — ManéGalinha, índio e Jairzinho—e disse: "Se fosse preciso,mataria mais 20 ou 30, pois era eles ou eu". Cabisbaixo,só tinha uma queixa: "Agora os moradores da quadra13 ficarão desprotegidos, entregues à quadrilha deAilton Batata, que mata até criança".

de pintor de automóveis, che-gando a trabalhar na profissãodurante algum tempo. Contoutambém que nessa época che-gou a jogar futebol no time dejuvenis do Flamengo.

"Aos 17 anos, quando traba-lhava, ftimei o primeiro cigarrode maconha e dai em diante foia perdição. Fiquei viciado e odinheiro que ganhava não davapara manter o vicio, mas nãoqueria roubar e por isso aprendia jogar baralho", disse.

O sargento Sales, comandan-te do DPO da Cidade de Deus, emais sete soldados, prenderamTimbó na casa número 44, daRua dos Milagres, na quadra13, após cercá-la. O bandido,que não estava armado, nãoreagiu e entregou-se fácil-mente.

PROTETORDizendo-se vitima de perse-

guição das outras quadrilhasda Cidade de Deus, Timbó con-tou sua história de criminoso e"protetor" de pessoas pelasquais se diz "adorado". "Nãoinvado casas, nem assalto co-merciantes, somente cuido deproteger as famílias ameaçadaspelos bandidos".

Em 1977, foi preso pela pri-meira vez, acusado de tentarmatar um PM que queria pren-dê-lo. Foi para a PenitenciáriaLemos Brito e depois Presídiode Água Santa, de onde foi sol-to a 5 de maio de 1979.

Na Cidade de Deus, soubeque havia um guerra entre asquadrilhas de Zé Pequeno, daqual faz parte, e Mané Galinha,porque alguns homens haviamassaltado o ponto de tóxicos deMané Galinha. Não pretendiaentrar na briga, mas foi atacadoe reagiu.

Depois de atacado a tiros, eferido duas vezes no rosto porMané Galinha e sua quadrilha,Timbó comprou uma arma epassou a defender a quadra 13.MODO DE VIDA

Nascido e criado até os 15anos na antiga favela da Praiado Pinto, no Leblon, disse que atransferência para a Cidade deDeus foi a pior coisa que pode-ria ter-lhe acontecido, pois,quando morava no Leblon, eraguardador de automóveis e co-meçou a aprender a profissão

Timbó, disse que tem um ir-mão de 21 anos e uma irmã de27, que são trabalhadores. Amãe mora no Morro do Enge-nho Novo e o pai na Cidade deDeus. Os pais são separados há20 anos e o bandido foi criadopor uma avó, Sebastiana, quemorreu recentemente. "Nuncative chance de ser alguém.Quando fui preso, e depois, pen-sei em me recuperar, vieram osbandidos e me atacaram. Ago-ra, quando eu for solto nova-mente, se não morrer na cadeia,eles vão tentar me matar dequalquer maneira, eu tenhoque continuar criminoso eter-namente" — declarou.

TURISMO

QUARTA-FEIRA CADERNO B JORNAL DO BRASIL

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETOEMl! «¦ 13/» dl TMINM K PKÇOS

A UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO comunica, achar-se aberta aTO.ADA DE PREÇOS n° 098/080. para TERRAPLENAGEM NO CAMPUS, comaproximadamente os seguintes volumes:CORTES 18 600 crv> ATERRO 5.700 m3BOTA-FORA a uma distância média de 360 mis.: 12.900 m3.A abertura esta marcada para as 14 horas do dia 20 de março corrente oslicitantes deverão eslar inscritos no registro cadastral de fornecedores daUFOP Demais esclarecimentos poderào ser obtidos com a Comissão deLicitação, a Rua Diogo de Vasconcelos. 328, ou pelo telefone 551-1120Comissão de Licitação da Universidade Federal de Ouro Preto, 07 de março de1980(as.) Eng. José Storry dos SantosPres da Comissão de Licitação da UFOP (P

Nós queremos ver você bem longePrimeiro: nossas excursões, por si só, já se justificam como excelentes atrações.Acrescente a isso uma experiência notável em operações no exterior. Todos os detalhes são cuidadosa-mente elaborados.A BPC é uma das poucas que oferece guias brasileiros durante todo o percurso, e isso é uma das coisasque dá muita tranqüilidade a quem viaja.Resultado: você conta sempre com programas inteligentes e econômicos.Segundo: nós temos condições de ajustar a forma de pagamento.Nunca é demais lembrar: é conversando que a gente se entende. ,Uma coisa é certa: no que depender de nós, você vai estar bem longe nessa próxima temporada.

) DO REINO DOS VDONGS AO IMPÉRIO DOSCZARESSaídas: 22 de maio e 22 de junho e 31 de agosto.35 dias. Copenhagem, Oslo, Estocolmo, Helsinque,Leningrado, Moscou, Budapeste, Praga, Berlim (Cruzeiropelo rio Reno) Colônia e Paris,

) AMÉRICA E ORIENTE, BELEZA E CONTRASTESaídas: 26 de abril, 31 de maio, 30 de junho e 20 de set.35 dias, Miami, México, Acapulco, Los Angeles,Honolulu, Tokyo, Kamakura, Hakone, Kyoto, Osaka,Nara, Bangkok, San Francisco, Las Vegas e New York.

^ARTE, CULTURA E BELEZASaídas: 25 de abril, 30 de maio, 27 de junho, 1? deagosto, 19 de setembro e 3 de outubro.33 dias. Casablanca, Marrakech, Roma, Cairo, Athenas,Jerusalém, Tel Aviv. Istambul, Paris e Londres.

) SINFONIA EUROPÉIASaídas - 25 de abril, 30 de maio, 30 de junho e 22 desetembro.28 dias. Roma, Florença, Veneza, Viena, Munich,Amsterdam, Londres, Paris, Madrid, Genebra.

^GIGANTES DO NOVO MUNDOSaídas - 2 de maio, 6 de junho, 5 de julho, 12 desetembro, 10 de outubro.32 dias. Miami. México, Acapulco, Los Angeles,Honolulu, San Francisco, Las Vegas, Toronto (NiagaraFalls), Montreal e New York. 1

CONSULTE-NOSSOBRE EXCURSÕESPERSONALIZADAS.

Em sua eidadi consultao nu Agtm» di Viqpns. <«im

Embr. 0800093003 - Cm. A

bfozilkifl pernoitai ccntci turismoftaça MahatmaGandhl. 2gi. 911 Cindàndla RJ Brasil CbPüiKÍffiTels: (U2l) 222-U83 224-5U46 221-7Ml),;2ü4 (fJSò 1V-I..ABAV: 2.i0-

Mulheres discutem sexualidade

e aborto no Dia InternacionalCentenas de mulheres, reunidas na sede do8indicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro,comemoraram o Dia Internacional da Mulher

discutindo a sexualidade e o aborto, partici-pando de uma tribuna livre de depoimentospessoais, assistindo filmes, ouvindo poesias e seintegrando ao Teatro Fórum de Augusto Boal.

As comemorações começaram a ser prepara-das em novembro pelas três organizações femi-nistas do Rio — Centro da Mulher Brasileira,Coletivo de Mulheres e Sociedade Brasil Mu-lher — e pelos departamentos femininos dosSindicatos dos Metalúrgicos e Bancários. Umacreche promoveu atividades e forneceu alimen-taçào ás crianças.

8 de marçoO dia 8 de março foi escolhido como DiaInternacional da Mulher, por um congresso emCopenhague, para marcar a data em que 129operárias morreram numa fábrica que tinhamocupado quando reivindicavam redução da jor-nada de trabalho de 16 para 12 horas.No Rio, a comemoração se estendeu portodo o dia. Nas paredes da sede do Sindicato

dos Metalúrgicos, grandes painéis sobre o pro-blema feminino, dando a visão, muitas vezesdivergentes, dos diversos grupos feministas efemininos.

A professora Hildésia Alves de Medeiros,vice-presidente do Centro Estadual de Profes-sores, disse: " Entendemos que as questõesespecificas da mulher devem ser amplamentedebatidas e assumidas pelas mulheres das di-versas categorias profissionais, na medida emque a luta pela libertação da mulher está inti-mamente ligada à luta mais geral do movimen-to dos trabalhadores contra a exploração".

Hildete Pereira de Melo, do Centro da Mu-lher Brasileira, discorda, salientando que sebem que reconheça a existência de uma lutamais ampla a ser travada, acredita em pontosespecíficos que o socialismo não resolveu: "A

opressão da mulher é anterior ao capitalismo.Os assírios empalavam a mulher que faziaaborto e os romanos puniam as que abortavamsem autorização do marido."

Para Lígla Rodrigues, do Coletivo de Mulhe-res, é a diversidade de opiniões que faz ariqueza do movimento feminino: "É fundamen-tal que as pessoas pensem diferente O quequeremos é transformar os problemas do dia adia numa discussão política. Esse é o caso dasexualidade, que sempre foi considerada umassunto particular mas que, na medida em queé discutida coletivamente, se transforma numadiscussão política."

AtividadesSentadas no chão, no palco do salão do

Sindicato, um grupo grande discutia a sexuali-dade, debaixo de um varal com peças de roupasfeitas de papel com poesias e textos relativosaos problemas femininos. A discussão foi sepa-rada em temas: A posição da mulher diante doprazer; O que é a sexualidade para o homem e amulher; A fidelidade e a feminilidade natural; Arejeição ao próprio corpo.

Os debates, muito intensos, eram interrom-pidos por palmas. Na tribuna livre, se reveza-ram poetas, músicos, professoras, bancárias,donas-de-casa e representantes de diversas as-soclações de moradores.

No segundo andar eram projetados de horaem hora filmes feitos por mulheres. No saláo dotérreo, o aborto era discutido por vários grupospequenos.

Em vãrias barracas eram vendidos jornaisalternativos, livros, cartazes, tapeçarias feitaspelas detentas do Presídio Talavera Bruce. OMovimento Feminino pela Anistia passava umabaixo-assinado pela libertação de José Sales,um dos últimos presos políticos do país, e pelalibertação de Flávia Schilling, presa há seteanos no Uruguai.

Paulistas enviam carta a Flávia

São Paulo — Reunidas na PUC 3 mil mulhe-res que participaram da abertura do Congressoda Mulher Paulista aprovaram o texto de umacarta enviada á brasileira Flávia Schilling, hásete anos presa no Uruguai, manifestando adisposição de se mobilizar e lutar para que elaesteja no Brasil o mais breve possivel. •

O Congresso visa a aprofundar a discussãosobre a situaçáo da mulher, particularmente adiscriminação que sofre. Ao discursar na aber-tura dos trabalhos, a Deputada estadual IrmãPassoni defendeu uma unificação dos váriosmovimentos femininos "para que iiaja um efeti-vo aprofundamento da luta da mulher e paraque esta luta passe a apresentar resultados".

DebatesOntem as participantes do Congresso, pro-movido por 53 entidades femininas e sindicatos

de trabalhadores, discutiram a discriminaçãoque a mulher sofre enquanto mãe, trabalhadoradoméstica e trabalhadora assalariada. Hoje dis-

cutem: A participaçáo da mulher na política,nas lutas gerais da sociedade e nos movimentosfemininos.

Logo após a abertura dos trabalhos o grupoTeatro Debate do ABC apresentou a peça AGaiola, de Andreoni Romeu, que aborda osproblemas de uma mulher numa fábrica, com afalta de creche, e o problema das horas extras eda gravidez da operária.

Em seguida, a Deputada Irma Passoni aler-tou para o grande número de grupos lutandopela libertação da mulher e insistiu na necessi-dade de uníficaçáo dos vários movimentos fe-ministas para se obter um avanço na luta.Salientou a necessidade de as mulheres luta-rem por melhores condições de emprego "epara que seja efetivamente respeitada a lei quedetermina que, para um trabalho igual, salárioigual". Considerou, no entanto, que a luta prin-cipal da mulher, no momento, deve ser contra aalta do custo de vida, contra a inflação e pelaregularização da situação da terra.

Este é o novo telefone da Vasp

para sua reserva sair mais rápida ainda.

Aproveite o novo PBX da Vasppara você voar com jeito brasileiro

e padrão internacional.

JEITO BRASILEIRO, PADRAO INTERNACIONAL.

QUATRO VIDAS A ML NUM RAiS

QUE VOCÊ AINDA NÃO VIU

LANÇAMENTO DIA 27 DE /v¥vRÇO Botv FariaJosc WilkcrFábio júniorZaira Zambclli

ACPEmtíIo e dirijíido por

CARLOS DIECUE5l íma apresentarão

LUZ CARLOS BARRETO

QUINTA-FEIRA

CASAJORNAL DO BRASIL

Juiz pede

inquérito

de tortura

Juiz de Fora — Encabeçadopelo Juiz João Sldney Affonao,da 1" Vara Criminal, foi encaml-nhado ontem ã Superinfcendên-cia de Polícia Federal de Minas,em Belo Horizonte, documentoassinado por juizes e pro mo to-res desta Cidade pedindo In-quérito contra os agentes AydeTeodóslo de Araújo e Aldeir Bo-rio Gonçalves, acusados de tor-turar sete rapazes presos poruso de tóxicos.

A denúncia foi feita pelo estu-dante Ivan Bittencourt de Sou-za. que disse ter sido queimadocom cigarro e espancado comcassetetes e barras de ferro,junto com mais seis compa-nheiros detidos quinta-feira. Odelegado-regional do DPF, SrRubem Dias, afirma desconhe-cer o fato e disse ter ficado"chocado com o depoimentodos rapazes aos juizes criminaise promotores da Comarca".NADA SABE

Afirmou o delegado-chefe da4» DPF da Zona da Mata que ospresos são assaltantes, viciadose traficantes, embora reconhe-ça que alguns são estudantes enão tinham ficha na policia.'Alegou que nada sabe sobre astorturas praticadas na sua dele-gacia, mas que "tudo será apu-rado devidamente". O caso estásendo acompanhado por um re-presentante da OAB local, SrDaniel Ribeiro do Vale, pois "aOrdem dos Advogados é radi-calmente contra qualquer tipode violência ou tortura".

O pedido de inquérito admi-nistrativo contra os agentes Ce-derais é assinado pelos juíaesJoão Sidney Affonso, Alcyr Vi-dal e Jorge Magaldl e pelos pro-motores Raymundo PereiraGuedes, Fuad Abdaila Chebli eJosé Geraldo Barbosa. O dele-gado por DPF pediu que agen-tes de Belo Horizonte viessem àcidade para apurar as denún-cias.

Os presos são Ablnel VieiraLira, Laurimar de Oliveira Lo-pes, Laércio Santana da Silva,Sebastião Geraldo da Cunha,Fernando Fernandes, CarlosFerreira e Ivan Bittencourt.Eles disseram que os agentesAyde (Chicâo) e Bório—identi-ficados porque os juizes convo-caram, um a um os agentes doDPF à sala do fórum, onde fo-ram apontados pelos presos —depois de bater muito, coloca-vam seus pés sobre uma mesa ebatiam neles com um cassetete."Quando abríamos a boca paragritar de dor. eles enfiavam umpedaço de cabo de vassoura.Mal podíamos nos agüentar depé." Os sete rapazes fizeramexame de corpo de delito, queconstatou queimaduras e feri-mentos em várias partes do cor-po. Um dos rapazes, Laurimar,que trabalha em uma indústriaquímica, teve um acidente comsoda cáustica, há alguns dias,apresentando ferimento no pé.Ele disse que os agentes que-riam pisar no ferimento e quelhe batiam muito, jogandoágua no rosto quando des-maiava.

O menor R. B., de 16 anos,preso pela PM quando se en-contrava dopado por maconhae tirando a roupa na rua, foiencaminhado á DPF no mesmodia. Ele contou que foi bemtratado mas que viu "os poli-ciais baterem em muitos rapa-zes que estavam presos era ou-tra sala". Disse que podia ouviros gritos dos torturados.

Maciel demiteagente ladrão

Recife — Baseado nos resul-tados de quatro Inquéritos ad-minlstrativos, elaborados pelasduas comissões de disciplinasda SSP-PE, o Governador Mar-co Maciel demitiu, ontem, doserviço público, o agente de po-licia Wilson Gomes Maciel, im-plicado no roubo de diversasimagens sacras no Estado, en-tre elas a de Nossa Senhora doCarmo, padroeira da Cidade,que foi furtada em maio e recu-perada pela policia no dia desua festa, 15 de julho.Wilson Gomes Maciel, agentede policia de 2a categoria, foraanteriormente expulso da poli-cia também por roubo de ima-gens mas reintegrado por deci-são da Justiça, que encontroutalha no seu processo de expul-são feito em 1976. Agora, aSSP-PE elaborou quatro inqué-ritos administrativos distinto»,para substanciar o seu processode exclusão dos quadros da po-licia do Estado.

JOKNAl DO HkA^lt domingo, V/U/tíQ i_ 1 Caderno

k 4

Page 20: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

JORNAL DO BRASIL ? domingo, 9/3/80 ? Io Caderno — 19

Casimiro de Abreu junta

6 mil para

ver nave de Júpiter

.Aí 6 mil pessoas que foram esperar achegada de uma nave espacial marcadapara as 5h20m da madrugada de ontem emuffla fazenda perto da cidade de Casimirode Abreu nâo viram nada de extraterreno:eles sofreram com os mosquitos, passarama noite em claro, ficaram exaustos deandar, enfrentaram congestionamentos naestrada, voltaram frustradas com os Jupi-tçrianos, certamente não irão atender aoutra convocação do Sr Edilclo Barbosa, omensageiro de Júpiter, mas se divertiram.' Durante 12 horas seguidas, das 18 às 6h,tocaram e ouviram violão, beberam cerve-J» apesar da lei seca, apreciaram o céu emuma noite belíssima, tiveram a oportuni-dade de se relacionar com multas pessoas,(Vgperam até pipoca, viram luzes se me-xendo no céu, riram de piadas sutis quecomentavam situações e ainda descarre-garam em cima do mensageiro de Júpiter,a quem, sem agressões físicas, xingaramdetodaa as maneiras. E ainda correram orisco de verem um extraterreno a 300 me-tirou de distância. ^ .

" Apenas por "hobby"

A Fazenda Nossa Senhora da Concel-ção, à beira da rodovia BR-101 (km 214 daRio-Campos-Vitória), começou a ser ocu-pada na manhã de sexta-feira sob o olharpreocupado do seu proprietário, o fazen-deiro Antenor Celso Cardoso, o Celsinho.Soldados da Policia Militar, curiosos, am-bulantes e oficiais das trés Forças Arma-das se misturavam no quintal à equipe deEdilcio Barbosa que, naquele momento, seconcentrava para mais tarde.

Dois militares se destacavam, ambosno local "apenas por hobby: os majoresQuedes e Rocha, este último com ummapa do local do pouso: "O perigo é che-gar perto da nave, pois sua radiação quel-ma." A sombra de uma árvore, a reuniãopara estabelecer o esquema de segurança:os dois maiores, o delegado Heralmir Ra-mirez, revólver na cintura, cartucheiraamarrada na perna. Uma coisa ficou logoacertada: "Só pessoa credenciada entra naárea do pouso." Do lado de fora do quintal,alguns ambulantes já exibiam, velada-mente, credencial de convidado.

Isolado em um canto o engenheiro-cientista Athanasios Skallitzis, de LimaDuarte (MO), distribuía o "boletim comu-nlcação 0003" da Rãdio-Estação V I —Móvel PX4-3588 — Base 3587 — Departa-mènto de Ciência Internacional—Vigüan-tes Interplanetários. Em suas 21 páginas,entre outras coisas, "a fórmula de aplica-çáo da energia solar para cura de doenças:"Pintar um copo comum do lado de foracom tinta sintética preta. Colocar água edeixá-lo exposto ao Sol da manhã, das lOhàs 13h. Tomar todos os dias, trés vezes aodia. Indicações: úlceras estomacais, apen-dlcite, ferimentos e lesões de difícil cicatri-zação".

Lei secaNa cidade de Casimiro de Abreu, a 6 km

da fazenda, onde desde a véspera vigoravauma lei seca, podia-se beber atrás do bal-cão, bastando para isso que entre os com-panheiros de copo estivesse algum mora-dor conhecido. Na Prefeitura, o PrefeitoCélio Sarzedas se mostrava tenso e preo-cupado: "Espero que tudo saia bem".

Se pela manhã o ambiente era de arru-maçáo diante da entrada da fazenda, àtarde, a partir das 16h, tudo era motivo debrincadeira. E entre as pessoas que chega-vam havia de tudo, desde barbados que sediziam "enviados de Deus", até crentesque distribuíam o folheto O Lenhador quequeria morrer, de um pastor batista.

O comércio ambulante restrito a estaentrada vendia de tudo, até mesmo chur-ros calientes. Quando aparecia alguémmais extravagante, como um fazendeiroda região, alto, magro, vestido de indiano,turbante na cabeça, era logo cercado:—ôdo turbante, que fantasia beleu, péra lá,não vais comprar nada para comer? Semdar atenção ao ambulante', o "indiano"Eduardo, isto é, o morçje Khalsa Slngh, 30anos, da religião Sikh, apenas respondeusecamente: "Estou em jejum para o conta-to extraterrestre". E o ambulante retrucouem cima: "Logo vi, por isso que estásmagrelo".

Segundo o esquema de segurança, aimprensa só podia entrar com os seuscarros para deixar material na área dopouso (a 4 km da rodovia, fazenda adentro)no horário das 18h às 19h, o mesmo aconte-cendo com os credenciados (convidados)com seus veículos. Como esse credencia-mento não respeitou nenhum critério, áslBh havia quase 500 pessoas na área depouso.

• Azuis e amarelosDois platõs terraplenados formavam

uma espécie de arquibancada: no inferior,a imprensa e no outro os convidados. Maisabaixo, o local das autoridades, entre elasas pessoas "preparadas e protegidas" quefariam parte da comissão de recepção,com suas vestimentas azuis (homens) eamarelas (mulheres) e que mnig tarde se-riam rebatizadas pelo público de comissãode frente e ala das baianas.

A noite bastante clara, o céu limpo,favorecia bastante a criação de um climade expectativa. No platô dos convidados,os grupos foram se organizando: esteirasno chão, travesseiros, lampião a gás, cadei-ras de praia, remédio contra mosquito(repelentes), faméis e recipientes com retri-gerentes e também cerveja em lata, apesarda recomendação contra a bebida alcoó-lica.

E aos poucos foi sendo montado todo oesquema: as ambulâncias, os carros daPolicia Militar, os carros das autoridades,du#8 viaturas da Teleij que instalaram nolocal um orelhão do qual se podia falarpara todo o pais; barracas para o comandodo 7° Batalhão da PM que distribuiu pelaárea 180 dos seus soldados.

O Carro do contatoNa área destinada à imprensa a primei-ra invasão foi a de um carro Opala, chapa

de Lima Duarte (MO), pintura má conser-vada: "Abram alas para o carro do contato

Ms d* (juix Corlot Dsvld

Edilcio Barbosa explica por quea nave espacial não desceu

extraterreno", avisava o engenheiro-cientista Athanasios Skallitzis. enquantoorientava as manobras do veiculo a fim deque as luzes de contato ficassem na dire-ção certa. Essa luzes eram dois faróis deneblina instalados em um bagageiro, ondehavia, também, dois altofalantes pronta-mente trocados, pois ao primeiro teste nãofuncionaram.

E foi com este som de rádio de pilhaque seriam dadas todas as ordens de comoproceder para a concretização do contato.Isolado da imprensa e de todos, o respon-sável pela concentração, o filipino e nortis-ta Edilcio Barbosa, segundo seus auxilia-res, preparava-se para receber orientaçãode Júpiter. O acesso a ele era dificultadopor um esquema de segurança que a todoinstante pedia as credenciais de convida-dos da imprensa.

Às 20h40m, logo após um rápido tumul-to provocado por uma barata na esteira deum casal que dormia, ouviu-se o pregão doprimeiro ambulante que conseguira furaro cerco e que chegava ao local, com doisisopores de sorvete, após caminhar umahora e 15 minutos, os quatro quilômetrosdo asfalto ao local do pouco.

Tudo é lucroQuebrado todo o esquema de seguran-

Sa e credenciamento, o acesso passou a ser

vre, embora a pé. A exceção foi umaKombi, de Antonio Augusto Ferreira, queàs 20h50m começava os preparativos parafazer pipoca: ele trouxera a sua carroci-nha, de Irajá, no Rio, e com ela a mulhergrávida de sete meses, a mãe que passou afazer cafezinho e os dois filhos pequenos:"Trouxe 50 quilos de milho. O que vender élucro, pois meu caso é estar nas paradas."A liberação provocou uma verdadeiraromaria pela estrada de barro, já que aolongo da Rodovia Rio—Campos—Vitória(BR-101) os veículos estacionavam noacostamento. Em uma fazendola, em fren-te, a vaga custava Cr$ 110.

O que fazer no escuro, em pé, ou senta-do em uma esteira, papel ou cadeira? Asopções eram poucas, ftias todas implica-vam um relacionamento com o vizinho aolado, ou para emprestar o repelente contramosquito, ou para convencê-lo de que "aliao lado do Cruzeiro do Sul tem uma luzi-nha que se está mexendo". Filar um cigar-ro, ceder um outro, passar aquele de mãoem mão, tudo era válido. Muitos chega-ram, beberam e dormiram, cobertor e (5a-vesselros.

Cuidado com a cobraLugar para sentar aos poucos foi aca-

bando, pois o espaço terraplenado era pou-co. Começaram as improvisações e atéduas árvores serviram de cadeira. Muitosse acomodaram no mato, entre um platô eoutro, apesar das brincadeiras: "Cuidado,companheiro, que ai tem aquela cobrapapa-rasteiro"

Às 21h, uma luz amarelada aparecebem ao longe, em cima de um morro:aparece e some, luz de um avião. Para os"ufólogos e entendidos" foi o primeiro si-nal. Para a grande maioria, apenas ummotivo para comentários. A euforia doInicio da noite, pessoal cantando, tocando,vai aos poucos diminuindo, o cansaço che-ga. começa a dominar. A cerveja "clandes-tina", Cr$ 50 a lata, vai fazendo efeito.

Às 23h 45m, nova luz ao longe, desta vezum satélite artificial, rota firme, cruzandoo céu: "É ele. Olha lá. Agora vem". A partirda meia-noite, começaram, então, os pre-

Sérgio Fleuryparativos para o contato. A comissão derecepção começou a tomar posição de per-to da "pista de pouso", um triângulo for-mado ae 100 metros de lado por trés ár-vores.

Assim falou Zaratustra

Edilcio Barbosa continua concentran-do-se (mais tarde diria que essa hora, maisou menos, recebera a confirmação do pou-so juplteriano para as 5h 20m); o engenhei-ro-cientista Athanasios começa a acionar"o Opala dos contatos Imediatos", comofoi logo apelidado seu veículo. Apesar dosom precário, fanhoso mesmo, é executadaa música Assim Falou Zaratustra, temado filme 2001, seguida do Danúbio Anil.

Quando as instruções começariam a serdivulgadas ("Não acendam lanternas"), avoz do engenhelro-cientista foi interrompi-da pelo apito de mais um trem, novamenteaplaudido. Outra interrupção: "Olha a co-bra ai no mato!" Houve, então, um corre-corre. O cientista insistiu: "Por favor, nãoacendam lanternas ou fogueiras, pois istoprejudica os contatos que só'devem sertentados pelo carro do contato" (os doisfaróis de neblina eram acesos alternada-mente).

Até às 3h 20m da madrugada a anima-ção foi diminuindo, mas a partir das 4h opessoal, já refeito por uma dormida, voltoua demonstrar a expectativa da chegada danave espacial de Júpiter marcada para às5h 20m e que traria quatro terráqueos quetinham sido levados da Terra no passado.

Olha a hora

Às 5h, em ponto, bastou um olha ahora, para que começassem as brincadei-ras. Junto ao platô reservado à imprensa etambém na área de pouso soldados da PMtambém tomaram posição, "para impediro avanço do público caso a nave espacialvenha realmente a pousar".Às 5h 05m, uma luz no céu, novo satéliteem evolução, agita outra vez o ambiente.Alguns se excitam, outros já demonstramarrependimento de terem vindo.

Às 5h 08m, pelo alto-falante, o pedidode silêncio é recebido com o grito, bem altode Mengo. Às 5h 12m, o vozeiro aumenta,alguns vêem novamente uma luz diferentee apontam para o céu. Às 5h 15m, CarlosBarroso, de Volta Redonda, comenta emvoz alta, sob risos de seus vizinhos: "Estoucom vergonha, pois assim que entrar emcasa minha mulher vai-me jogar na caraum não te disse que náo valia a pena e euvou-me sentir arrasado."

Às 5h 16m o silêncio é cortado pelobarulho de um galho quebrando: era daárvore onde havia mais de cinco pessoas.Às 5h 18m, voltam a gritar "olha lá", masde brincadeira. Às 5h 20m, hora previstapara a descida, outro grito do público:"Seu Barbosa, cadê o disco? Isso é chave-cada."

Gasolina do pessoalLogo em seguida começam os comentá-

rios contra Edilcio Barbosa, o mensageirode Júpiter, que a bordo de um bugrepasseia pela área de pouso: "Barbosa, sal-va a gasolina do pessoal, seu safado."

Às 5h24m, por segundos todos se vol-tam para o mesmo lado e apontam excita-dos para o céu: ao longe, uma luz firme, semovendo, parecendo escotilhas de umanave, mas era um avião chegando ao Rio,pela rota internacional. Às 5h32m, voapelo ar o primeiro disco de papel, brinca-deira que se espalha: todos jogam pratosde papelão e gritam "olha ele". Na pista depouso da nave começa uma correria com aPolicia Militar atrás de algumas pessoas.De cima ninguém entende. Ouvem-sevaias, mas. de repente todos param e co-meça um aplauso quase uníssono das 5 milpesSoas concentradas no local. Tendo aofundo o céu avermelhado do nascer do Sol,uma garça passa voando com elegânciapor cima de todos. Para quem foi, valeupelo menos esta cena.

Deitados no chãoCercado pela imprensa que lhe exigiu,

em nome do público que lá compareceu,uma explicação, Elcidio Barbosa, ternosem gravata, sentado em um bugre, umcachorro policial na parte de trás, falousem muita convicção:Aos 15 minutos tive um contato comeles quando me confirmaram que desce-riam. Mas isto não ocorreu porque na áreade pouco havia 40 pessoas deitadas nochão. Essas pessoas, certamente, não que-riam que o pouso acontecesse.Mas a segurança do local não erarígida? Como essas pessoas apareceramlá?

Não sei. Quero elogiar o esquema desegurança da PM, mas a pista foi invadida.Assim náo desceram. Não sou culpado.

O comandante do 7° Batalhão da PM(Alcântara—São Oonçalo), o Tenente-Coronel Ivo, aproximou-se e confirmouque havia pessoas na área, mas eram so-mente 14 e não estavam no triângulo fbr-mado pelas três árvores, isto é, na área depouso. Eram todas de uma fazenda ao ladoe que após serem retiradas foram libe-radas.O senhor acha que terá condições,novamente, de convencer a população e aimprensa de que haverá qualquer outrodia novo pouso de uma nave espacialdepois desse fracasso documentado aquiem Casimiro de Abreu? O senhor sabe quepoderá ser processado por iludir o pú-blico? Náo sou nenhum criminoso para serprocessado — respondeu nervosamente oSr Edilcio Barbosa.O senhor não acha que essas pessoasque estavam na área do pouso poderiamser orientadas para isso a fim de justificaro fracasso? O senhor não teme um lincha-mento?

Bastante nervoso e sem ter explicaçõesconcretas para o que realmente ocorreu,Edilcio Barbosa pediu ao Tenente-CoronelIvo para se retirar. Ele saiu da área numaKombi da PM, sob forte esquema de segu-rança e sentado entre aquele Coronel e oMajor Soares. Como ocorreu em Nova Li-ma, Minas Gerais, ele conseguiu dar outradesculpa para seu fracasso como mensa-geiro de Júpiter.

Falo áê Luiz Corlot Dovid

Mo d» lul> Cario» OsvM

- ¦; \: ; ' ' <^v " f< ' 5MmMMmmmmmmmz* ¦ > mm I sl ÍÜ

A noite clara e o céu limpo favoreceram a expectativa das pessoas, jovens em sua maioria

Fofo d» tuiz Corlot David

A BR-101 ficou congestionada. Numa fazendola, o estacionamento custava Cr$ 110

AGORA HP NO DIGIT-HALL DA GARS0N.

]

4 > DrOo

4yeo.

r°W» "Ca -

Cento e oitenta soldados do T° Batalhão da PM foram mobilizados para fazer o policiamento

Wam HEWLETT ^ /10S

mlWM Packard

(JBat-hall|

Todas as marcas, todos os modelos. I

Garson

l'ma questão do respeito.Nas seguintes lojas:

CENTRO: Uruguaiana, 5 - Alfândega, 116/118Ouvidor, 137 - COPACABANA: Copacabana,462-B- Raimundo Correia, 15/19 - IPANEMA:Visconde de Pirajá, 4 - MADUREIRA: Carvalhode Souza, 282 - Carolina Machado, 352 - NITE-RÓI: Cel. Gomes Machado, 24/26.

mm

rm

m

Page 21: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

20 —NACIONALJORNAL DO BRASIL ? domingo. 9/3/80 ? 1" Caderno

Dados falsos sobre poliomielite

eram fornecidos pelo

IBGE

c Pa rc

I GRANDE VEND4 DE

31

"ANIVERSÁRIO

Escolha o plano de

crédito Sears que

mais lhe convenha

MAIS FÁCIL

MAIS SIMPLES

MAIS RÁPIDO

Preços válidos por 3 dias.

Economize Cr$ 114 nestemaxifio profissional

Extensão com 10 me-Iros. 2 tomadas, pa-ra pinos chatos e re-dondos. Seguro.

^

M

Hfr

caria

1 1^|HB4\

k> J)y «5S5SSSS3=J

f a sua^v DK 3 ^HHSugf De Cr$ 3.099ah:ta1.1'// cscolha \ nitocAs i'/FL'KA'IK'HA |De ^ ^ ^

CONCKKTO Hf 1 ff

v|gy f

~ o,*h

y^i, ¦/ \

'*•/(¦ ™-"h-LL

/T 7*\.bkocas / A sua \ 7BIMIl.AS/ escolha \

|De ate Cr$ 399J

\277/ flV 1raH Oil

Aa^"«>- ",(:",,K WNmsa

mui ~. WV

UNIÃO CONTRAA INFLAÇÃO

'VJ

Economize Cr$ 471nesta furadeira6mm (1/4")

Ideal para uso 110 lar ou 11aoficina; Seu corpo é leve,sólido e inquebrável.Possui dupla isolação:-

protege contra choques.Buchas de luhrificarão

permanente. 110 V.

1.888

Economize Cr$ 762nesta furadeira9mm (3/8")

("0111 potência de 1/5CV,1200r|>m e luhrificação

permanente: dispensamanutenção. Dupla iso-la<;ãu que proporcionatotal proteção contra cho-

ques. 1.10 V.

1.997

Economize Cr$ 877nesta furadeira

9mm (3/8")velocidade variável

Motor de I/5CV. Veloci-dade variável de 0 a 1200rpm. Luhrificação per-

2.222

inens. de Cr$ 232

3.480Total a prazosem entrada

Economize Cr$ 755nesta furadèira9 mm (3/8")

velocidade variávele reversível

Motor de 1/5 CV. Velo-cidade variável de 0 a1200 rpm e rotação re-versível.

De Cr$ 3.199 2.444

15 mens. de * Cr$ 255

Total a prazo Cr!?

sem entrada

3.825

SATISFAÇÃO GARANTIDA OUSEU DINHEIRO I)K VOI.TA!SE A COMPRA NÃO ACKADAK,NÓS TROCAMOS OU REEMBOLSAMOS! Sears

Dl A 1(1 A.MENTE DAS '1:00 ÀS 22:00 IIOIUS • SÁBADOS DAS 9:00 ÀS 18:30 HORAS.

Praia de Botafogo, 400-Tel.: 286-1522

Brasília — Os dados estatísticos que oIBGE fornecia ao Ministério da Saúde e àOrganização Mundial de Saúde sobre epide-miologia — sobretudo varíola e poliomielite— eram falsos. A comprovação foi feita peloMinistério da Saúde, a partir de análise denúmeros de 1969,A descoberta foi feita porque técnicos

desconfiaram dos dados sobre a varíola, queestava sendo erradicada, o que não concor-dava com os relatórios do IBGE. Atravésdas Secretarias Estaduais de Saúde, o Minis-tério constatou que os dados do IBGE nãoestavam de acordo com a realidade.

Dois sistemasAté 1972, os números oficiais, sobretudosobre poliomielite, do Ministério da Saúdebaseavam-se em dois métodos diferentes:um do IBGE e outro'da Fundação Serviçode Saúde Pública. Só em 1973 o MS conse-

guiu concluir que eles não eram reais. Antes,as pesquisas eram feitas só nas CapitaisDepois, fez convênio com o IBGE para ca-dastramento dos serviços oficiais de Saúdeno interior dos Estados, pois esta fundaçãotem representantes em todo o país. Os agen-tes municipais do IBGE passaram por todosos postos de saúde do interior, mas o levan-tamento era restrito.A partir de 1960 o IBGE usou formulários,

entregues aos postos de saúde e que erampreenchidos uma vez por ano. Preenchidosos formulários, por qualquer funcionário doposto, o IBGE enviava-os para a DivisãoNacional de Epidemiologia e Estatística doMinistério da Saúde para que fossem devi-damente analisados. O Ministério admitehoje que esses dados nunca foram analisa-dos criticamente.

Em 1969, a Divisão da Epidemiologiaachou discrepantes os números encontradossobre varíola. Daí, chegou à conclusão deque os dados estatísticos do IBGE eramfalsos.

Processo interrompidoMas só em 1973 é que o Ministério da

Saúde resolveu interromper o processo delevantamento sobre doenças em convêniocom o IBGE, passando a utilizar, após reali-zação de crítica, os relatórios das secretariasde saúde estaduais, recebidos desde 1968 e,nunca utilizados. Estas informações eram

mais corretas por decorrerem de levanta-mento semanal e não anual, como ob doIBGE.Foi a época em que a Organização Mun-dial de Saúde passou a receber dados esta-tístlcos de confiança do Ministério, publica-dos ainda pela Sesp no Boletim Epidemiol^

gico. Observando os relatórios enviados àOMS e confrontando os dados enviados até1973 com os levantados após esta data, 6cientista Albert Sabin concluiu que o Brasilestava num rápido processo de imunização,Em 1971, por exemplo, conforme dados doIBGE, foram notificados 31 mil casos depoliomielite, sendo 19 mil só em São Paulo.Dados da Sesp indicam que naquele anoocorreram 2 mil 800 casos.

O secretário nacional de Ações Básicas.de Saúde disse que, com relação a outrasdoenças transmissíveis, "os relatórios doIBGE eram bem piores e as diferenças entreos relatórios do Instituto e os da Sesprealmente espantosos" "O problema" —continuou — "é que essas discrepâncias sórepercutiram na Organização Mundial deSaúde, no Brasil não" O que da maiorcredibilidade também aos relatórios da Sespé o fato de que ela, apesar de abrangermenos localidades do que o IBGE, realizainvestigações sobre os dados.

Segundo o cientista Albert Sabin, no Bra-sil, ao contrário dos Estados Unidos e paísesda Europa, a poliomielite tem uma faixaendêmica alta, problema que pode ser resol-vido com a vacinação relâmpago. Foi basea-do na discrepância entre os relatórios envia-dos à OMS que ele sugeriu a pesquisa deseqüelas abrangendo 10<7r dos escolares (1milhão 400 mil), nascidos entre 1969 e 1973.Segundo boletins da Fundação Sesp, doMinistério da Saúde, são os seguintes oscasos de pólio registrados no país desde1968: 1 mil 498 casos em 1968; 1 mil em 1969-2 mil 270 em 1970; 2 mil 208 em 1971- 1 mil429 em 1972; 1 mil 610 em 1973; 1 mil 74 em1974; 3 mil 433 em 1975; 2 mil 458 em 1976; 2mil 398 em 1977; 1 mil 711 em 1978; e 2 mil234 em 1979.Segundo os boletins do IBGE enviados àOMS, que não recebeu dados do Brasil até1968, foram os seguintes os casos notificadosentre 1969 e 1973:11 mil 832 em 69; 11 mil 545em 70; 31 mil 111 em 1971; 6 mil 270 em 72; élmil 723 em 73. A partir de 1974 é que osdados enviados passaram a ser de confiançado Ministério da Saúde.

.-Campanha tem êxito em Florianópolis

Florianópolis — A Secretaria de Saúdeconsiderou "plena de êxito" a campanharelâmpago de vacinação contra poliomieli-te, iniciada na manhã de ontem e que seestende até hoje na Grande Florianópolis,tendo em vista que, em vários pontos, aomeio-dia, mais de 50% das crianças de atécinco anos jã haviam sido vacinadas. Naszonas mais centrais, a afluência foi tãogrande que faltou vacina em vários postos,que foram obrigados a enviar pessoas àSecretaria de Saúde em busca de novasdoses.

O Prêmio Nobel Albert Sabin, que percor-

reu os postos para verificar o andamento dacampanha, repetiu que a experiência aquiobtida servirá de base para a campanhanacional, que terá inicio a 14 de junho, einsistiu na necessidade de uma continuida-de da vacinação. Lembrou que, em 1961, noRio de Janeiro, foi executado um plano devacinação em massa, ao fim da qual edurante 18 meses não se registrou um únicocaso de pólio. Como o programa não tevecontinuidade e foram nasce7ido novascriaiu;as, novos casos da doença foram sur-gindo, informou o cientista.

44444444444>4444«K44444444444444444444444444444444444444*4444444>44444444444444444444444444444444

/à TÉCNICAS AVANÇADAS

DE COMUTAÇÃO

OBJETIVO: CURSOCOMUTAÇÃO POR PROGRAMA ARMAZENADO (CPA). COMUTAÇÃO ESPACIALCOMUTAÇÃO TEMPORAL. TÉCNICAS DE COMUTAÇÃO DIGITAL.REDES DE CONEXÃO DO TIPO TST E STS. UTILIZAÇÃO DEMICROPROCESSADORES. MEMÓRIAS. FUTUROS DESENVOLVIMENTOSEM COMUTAÇÃO TELEFÔNICA.

PROFESSOR: ROBERTO CARLOS MACKMARCOS ANTONIO DE SOUZA

INldO: 17/03HORÁRIO: 19,00 ÀS 22,00 HS.HORAS AULA: 45

¦ INSCRIÇÕES E INFORMAÇÕES!CENTRO DE APERFEIÇOAMENTO E APOIO PROFISSIONALRUA DO BISPO, 83 TEL. 264-7089 — 228-7124 — 228-7125FACULDADES INTEGRADAS ESTÁCIO DE SÁ

44444444.4>444*4444444444444444444444<4444444

44 4444 44 44 44 44 444444 44444444 44 444444 44 4444 44 44 44 44 44 44

44 44 44 <>4 44 4444 44 444444 44 4444 44 44 44 44 4>4444 44 4* 4444 44 44444444444444444444444444444444«4444444444

*

MERCADO DE CAPITAIS- CURSO —

AS FACULDADES INTEGRADAS ESTÁCIO DE SÁ E A BOLSA DE VALORES DO RIO DEJANEIRO, EM CONVÊNIO, ABREM INSCRIÇÕES PARA NOVA TURMA NO CURSO DEEXTENSÃO UNIVERSITÁRIA PROFISSIONALIZANTE SOBRE MERCADO DE CAPITAIS,COM CERTIFICADO CONFERIDO PELAS DUAS INSTITUIÇÕES.

INÍCIO: 22.03.80DURAÇÃO: 2 PERÍODOS DE 4 MESES COM ESTÁGIO OFERECIDO PELA

BOLSA DE VALORES DO RJ.ESPECIALIZAÇÃO: MERCADOLÓGICA, JURÍDICA, FINANCEIRA E ECONOMICA.

i INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES lCENTRO DE APERFEIÇOAMENTO E APOIO PROFISSIONAL

RUA DO BISPO N.° 83.TELEFONES: 228-7124/228-7125/264-7089CREDENCIAMENTO MO CONSELHO FEDERAL DE MAO Dfc OBRA N 0?81

FACULDADES INTEGRADAS ESTÁCIO DE SÁ

4*444444444444

•44444444-44444444-44¦ir:4444-44

4444 44 44 44 44 44 4444 44 4>44 4444 44 44444444 4444444444 44 44gfc

444>4444444K44444444H4444444444444444H444444'K4O>44

TÉCNICAS DE PROGRAMAÇÃO4444444444444444444444444444444444'4^4444

/à TÉCNICAS DE PROGRAMAÇÃO 8

?T DE MICROPROCESSADOR *

8080 E 8085 (SOFTWARE) t

curso t>OBJETIVO: INICIAR UMA SÉRIE DE CURSOS NA ÁREA DE SOFTWARE DE MICRO, 44PARA SUPRIR AS NECESSIDADES DOS ENGENHEIROS E TÉC.NIC0S DE HARDWARE &

PROFESSOR: M.S.C. TARCÍSIO CUNHA (MESTRE-COPPE-UFRJ)PERlODO: 17/03 A 16/04HORÁRIO: SEGUNDAS, QUARTAS E SEXTAS 19 ÁS 22HS.REQUISITOS: CONHECIMENTO DE MICROPROCESSADOR 8080

50% DAS AULAS SERÃO MINISTRADAS EM LABORATÓRIOi INSCRIÇÕES E INFORMAÇÕES i

CENTRO DE APERFEIÇOAMENTO E APOIO PROFISSIONALRUA DO BISPO, 83 TEL. 264 7089— 228-7Í24 - 228-7125FACULDADES INTEGRADAS ESTÁCIO DE SÁ

444444444444

.44444444

44 ^44 4444 44 44 4444 444444 444444 44 444444444>444444 44 44 44444>

IERI

D

Page 22: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

JORNAL DO BRASIL D domingo, 9/3/80 D 1° Caderno ECONOMIA - 21

Reativação de exportação decafé traz problemas a Santos

Sâo paulo— A euforia da pra-ça santista com a repentinareativação do comércio do cafésó tem sido amenizada em par-te devido a alguns problemasoperacionais que surgiram: acapacidade de armazenamentoestá quase esgotada, obrigandoà recuperação de dependênciasque estavam paralisadas, ou àutilização de armazéns destina-dos a outras mercadorias. E nointerior Já há falta de caml--lhões para levar o produto atéos portos. Uma outra preocupa-çáo é a campanha salarial dosempregados da Companhia Do-cas de Santos, que ameaçamentrarem greve no dia 16.

Para o presidente do Depar-tamento de Exportadores daAssociação Comercial de San-tos, Sr René Blegel, os proble-mas que surgiram nos últimosdias são conseqüência naturalde um período de cerca de dois

. meses sem a exportação deuma única saca de café. "Náo sepode acionar todo o complexocafeelro tão rapidamente, mes-mo porque o volume movlmen-tado tem sido excepcional", ex-plicou.

Em razão da grande quanti-dade de café exportado atual-mente, os caminhões que che-gam ao interior demoram vá-rios dias além do normal paradescarregar.

Entende o dirigente cafeeirosantista que "há um ligeiroatraso na descarga e o portorecebeu um impacto muito for-te em pouco tempo, causadopela mudança da política docafé, que reativou as exporta-ções. Mas o porto está estrutu-radò para absorver esse movi-mento. Ele já suportou muito

mais e pode manter o ritmoatual, se for necessário".

Os exportadores, em Santos,aürmarn preferir problemas emrazão de um grande movimentodo que os causados por um am-biente de paralisação como fo-ram os dois primeiros meses doano. Por Isso, representando opensamento deles, o Sr RenéBlegel afirma que "a nova siste-mática de preços estabelecidapelo IBC e que tomou o nossocafé competitivo como sempredeveria ser, é multo boa e vemao encontro daquilo que sem-pre defendemos, Incluindo otratamento igual para os pe-quenos e grandes importado-res". Isso, segundo ele, está fa-zendo com que antigos clientesque haviam deixado de com-prar café brasileiro estejam vol-tando a fazê-lo.

Se o IBC continuar receben-do adesões do exterior aos seusnovos preços (1 dólar 85 centa-vos por libra-peso pelo café tipo6 embarcado por Santos, até 30de abril), acredita o Sr RenéBiegel que poderá ser atingidaa meta governamental de ex-portar 15 milhões de sacas nes-te ano. Na semana passada, omercado cafeeiro fechou comalto volume de negócios, alcan-çando 3 milhões de sacas desde14 de fevereiro, qyando o DBCimplantou a nova sistemáticade vendas, com contratos espe-ciais Junto aos importadores.Quinta-feira foram registradasvendas de 160 mil sacas ao ex-terior e para embarque estemès já há registradas em todo opais 1,5 milhão de sacas, mais1,4 mllháo para abril. Cerca de80% dessas exportações sãorealizados por Santos.

Na opinião do diretor da As-sociação Comercial de Santos

"os bons preços que o interiorestá obtendo em função dasvendas ao exterior mantêm aliquidez do setor e garantem aexistência do produto. A lavou-ra tem-se beneficiado, sem pro-blemas de artlflcialismos". Masreconhece que, por outro lado,surge a possibilidade de umaalta nos preços para o consumoInterno. "O IBC está estudandouma forma de evitar o aumentodo preço do café doméstico, emsua política de defender o con-sumldor e combater a inflação.Mas não podemos esquecer quecom a valorização do café sejustifica por ser um produtodestinado principalmente á ex-portação e produção de divisas.Pode ser até que com um au-mento interno o consumo seretraia um pouco, mas depoisas coisas voltarão ao normal. Aquestão é que a nossa produçãoainda está aquém do ideal.Quando pudermos colheranualmente 25 milhões de sa-cas de café, poderemos vendermulto ao exterior e ainda ofere-cer quantidades maiores e pre-ços melhores para o consumi-dor caseiro".

O fato de o setor estar emplena atividade náo impedeque os exportadores santistascontinuem reclamando dasvantagens de embarque por Pa-ranaguá oferecidas pelo IBC."Achamos e insistiremos sem-pre nisso, que café igual deveter tratamento igual, indepen-dente do porto em que vai serembarcado", declarou. O dire-tor da ACS está satisfeito por-que" depois de dois anos o Se-mlnário do Comércio de Caféque realizamos anualmente po-dera se preocupar com outrosassuntos que não especifica-mente a exportação".

É

PREFEITURADA CIDADEDO RIO DE JANEIRO

COMPANHIA MUNICIPAL DE LIMPEZA URBANA

TARIFA DE LIMPEZA URBANA 1980' Já foi iniciada a distribuição das guias da Tarifa de Limpeza Urbana obedecendo ao se-

guinte calendário de vencimentos: ^^^

2

DATA COTA 1, FINAL DE INSCRIÇÃO DE OU

ENTREGA ÚNICA COTA 2 COTA 3 COTA 4

' 00 20 40 60 80 10 MAR 24 MAR 20 MAI 05 AGO 21 OUT' 10 30 50 70 90 12 MAR 26 MAR 22 MAI 07 AGO 23 OUT

01 21 41 61 81 14 MAR 28 MAR 27 MAI 12 AGO 27 OUT11 31 51 71 91 16 MAR 31 MAR 29 MAI 14 AGO 30 OUT

; 02 22 42 62 82 17 MAR .01 ABR 04 JUN 19 AGO 04NOV,.12 32 52 72 92 18MAR 02 ABR 10JUN 21 AGO 06NOV.03 23 43 63 83 24 MAR 07 ABR 12 JUN 26 AGO 11NOV13 33 53 73 93 26 MAR 09 ABR 17 JUN 28 AGO 13NOV

' 04 24 44 64 84 28 MAR 11 ABR 19 JUN 03 SET 18NOVt-14 34 54 74 94 30 MAR 14 ABR 24JUN 09 SET 20NOV'"05 25 45 65 85 02 ABR 16 ABR 26 JUN 11 SET 25NOV¦-15 35 55 75 95 04 ABR 18 ABR 30 JUN 16 SET 27NOV.06 26 46 66 86 08 ABR 22 ABR 03 JUL 18 SET 02 DEZ.16 36 56 76 96 10 ABR 24 ABR 08 JUL 23 SET 04 DEZ

„07 27 47 67 87 14 ABR 28 ABR 10 JUL 25 SET 08 DEZ.17 37 57 77 97 16 ABR 30 ABR 15 JUL 30 SET 10 DEZ.08 28 48 68 88 20 ABR 05 MAI 17 JUL 07 OUT 12 DEZ. 18 38 58 78 98 " 24 ABR 08 MAI 22 JUL 09 OUT 15 DEZ-09 29 49 69 89 28 ABR 13 MAI 24 JUL 14 OUT 17 DEZ"19 39 59 79 99 1 30 ABR I 15 MAI l 30 JUL I 16 OUT I 19 DEZ

¦:: TARIFA DE LIMPEZA URBANAINSTRUÇÕES E DATAS PARA PAGAMENTO

V*'"- Verifique os dois últimos algarismos da direita do número de inscrição do seu

imóvel na guia da Tarifa de 1979 ou de exercícios anteriores e os localize na ta-belan-M.

^_- Uma vez localizado o "Final de Inscrição", verifique na tabela n° 2 até que data-_ a guia deverá ser entegue em sua residência,

^X~ A tabela n9 3 indica a data-limite para pagamento das cotas da Tarifa.OBSERVAÇÃO. Caso a guia da Tarifa de Limpeza Urbana de 1980 não seja entregueem sua residência até a data prevista na tabela n? 2, compareça aos seguintes locais, de'"'breferència, munido da guia da Tarifa do exercício anterior, para obtenção da 2? via.

RUA MAJOR ÁVILA, 358 - TIJUCA.RUA JUQUIÁ, ESQUINA DE BARTOLOMEU MITRE - LEBLON,

RUA RIO GRANDE DO SUL, 26/28 - MÉIER.»>: RUA MAFRA, 50-PENHA CIRCULAR.

EST. DA COVANCA, 320 ¦ JACAREPAGUA.RUA FALCÃO PADILHA, 261 - BANGU.

COM U J;. :.___________¦.¦¦

Os acronlstfcs da SIDERÚRGICA COFERRAZ S/A reu

nidos em Assembléia Geral no dia 29 de Feve

feiro, deliberaram HOMOLOGAR o aumento do Ca

pitai Social de CR$.396.144.000,00 para

918.572.000,000 aumento foi totalmente subscrito e integralizado.

Nò Balanço de 31.03.80 o Patrimônio Liquidoda companhia atingirá CR$.l.400.000.000,00

Arquivo Arqutvo

^^^| ___K_W4____________-____ vw/í '^<_____________k''' r?: _R^Éti_ÍJj|ÍkcL_»' _F

Laerte Setúbal Luis Eulálio Vidigal-Palma tenta ajudar De Nigris-

SIDERÚRGICA

Sáo Paulo - Os candidatos de oposição àpresidência da Federação das Indústrias doEstado, Srs Luís Eulálio de Bueno VidigalFüho e Laerte Setúbal Filho, recusaram oacordo proposto pelo Secretário da Indús-tria, Comércio e Tecnologia, Sr OswaldoPalma, candidato, pela quinta vez, à vice-presidência da entidade, visando à desis-tència dos concorrentes para beneficiar o SrTheobaldo De Nigris.

No encontro que manteve com o Sr LuisEulálio Vidigal, o terceiro de uma série, oSecretário pediu sua desistência á cândida-tura à presidência da FIESP, oferecendo-lhe em troca a presidência de um conselhosuperior a ser formado na Federação dasIndústrias, no qual o Sr Theobaldo de Nigristambém participaria.

A mesma proposta foi feita ontem pelo SrPalma ao vice-presidente da Duratex e pre-sidente da Associação dos ExportadoresBrasileiros, Sr Laerte Setúbal, durante en-contro realizado em Hu, no haras do Secre-tário da Indústria e do Comércio.

O Sr Laerte Setúbal já manifestou-secontrário a qualquer tipo de acordo, man-tendo sua disposição de ir até o fim dacampanha visando chegar à presidência daFIESP.

Os sindicatos que apoiam o Sr Luís Eulá-lio de Bueno Vidigal Füho estiveram ontemreunidos e, por unanimidade, recusaram aproposta feita pelo Secretário. Os presidén-tes dos sindicatos afirmaram que a presi-déncia do Conselho é coisa para gente velhae "nossa chapa visa a renovação da Federa-ção das Indústrias do Estado".

13 EM UM

Com o novo E 24 V você terá o con-forto há tanto esperado, Sào Real-mente 3 aparelhos em um.

0 CENTRO AUDITIVO

•)fel issogu.o . ONUex ir*

S___2lança o aparelho rio século •Liquida de uma vez poi todas qualquer duvida

sobre a qualidade de um bom aparelho • Venha C0NHECÉ-L0 • URGENTE •Você comprova o resultado na hora Peça demonstração sem compromissoem uma de nossas filiais

NORMAL — Som AmbienteDIR — Som DirecionalOMNI — Som Multidirecional

Você regula o seu novo E 24 V de acordocom o ambiente em que se encontre

CENTRO —Av Rio Branco, 120Sl| 21 - Tel 222-666? 232-96-1 • fl.o - RJ — COPACA-BAN*-Rua Xavier da Silveira 45 • gr 1_06 ~ - Tei 235-3862 • RJ - NITERÓI - AvErnan) do Amaral Peixoto 455 -Gr 1107 a- Tei 722-3389 -RJ -TIJUM- Praça SaensPeru 45 • Gr 503 H • Tel 284-OUO -RJ - MADUREIRA - Rua Francisco Batista 43Gr 303 4-Tel 390-9571-B. MANSA-Av JoaQuim Leite 604 S/.07- RJ -VITORIA- Rua Aitwtn de Olivfit- Santos, -in - 18 - le1 223-7893 ¦ ES

OMNI

«23> LIVRO SÁBADOCADERNO B

JORNAL DO BRASIL

Sears

MAIS FÁCILMAIS SIMPLESMAIS RÁPIDO

GRANDE VENDA DE31'AMVERSARIO

Comece agora o seu ginásio particular,economizando muito mais.

Preços válidos por 3 dias.\\Y\\\__A \\ >"*»**N Z"**^-^

// ^\ Ia ^X'-- ^Xi ^at»*?^^ ^^*m^^***m—^. —**^a**^***^

II Wn Ia \\ ^^aa*m**^ ^^3l_i_í<_^^II ^IÈ W ,111'"' ._j<Él_J_jMM %^r^^^^^^-^_______________P_r mmiamm—^- ^L% ^mm****^^ ____P^^__i-(^___^^II \\ ^^7W_^______!%^^-^:Síí^«^¦«::¦*1?íi""'í:¦¦,:'¦ ^^r******^Mt ^_V Jv /m^^^____PM___V ____#'^___^___,^^II vV aV IL****^ ^m\ ^a***—***^***^II YV ám*0ta %\ jam^f^Ta***^^MM ^_m__É____P-$flÍF _»£í'í^-^

EconomizeCr$ 316 nesta

prancha abdominal

1.233De Cr$ 1.549

Proporciona diversos tipos de exerci-cios. Estofada com courvin vermelhoe branco, resistente. Cavalete de tu-bos de aço e presilhas de couro.

Economize Cr$ 1.222 nestebanco Supino inclinável

Fará exercícios pei-torais e dos ombro..Inclinação regula-vel. Com 0,40 m dealtura, 1,20 m decomprimento e0,30 m de largura.

De Cr$6.099

ou 15 niens,de Cr$

Total aprazo Cr$

sem entrada

4.877530

7.950

Economize Cr$ 2.883neste ginásio doméstico614.549 11.666

ou 15 de Cr$ 1.268

19.020Total aprazo Cr$.

sem entradaFará exercitar as pernas, o to-rax e as costas. Com 2 rolosreguláveis conforme o coinpri-mento desejado. Dimensões:0,40x1,20x0,80 m de altura.

^l**-***= -Tifi /^£T i^_ámf

Economize Cri 894neste Remosan Atleta

todo desmontável.De Cr$4.449 3.555

ou J.O meus. de Crf OO t

Total a prazo Cr$ D.oUD«em entrada

Economize até Crã 272nestas barraspara halteres

5111J077

Com 0,40mUe CrS biW

Com l,20mDe Cri U49 üS_f fâj;

SATISFAÇÃO GARANTIDA OUSEU DINHEIRO DE VOLTA!SE A COMPRA NÃO AGRADAR,NÓS TROCAMOS OU REEMBOLSAMOS!

SearsDIARIAMENTE DAS 9:00 ÀS 22:00 HORAS • SÁBADOS DAS 9:00 ÀS 18:30 HORAS.

Praia de Botafogo, 400-Tel.: 286-1522

Page 23: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

22 - ECONOMIA JORNAL DO BRASIL ? domingo, 9/3/80 ? Io Cadarno

Informe Econômico

Crédito e emprego

O Presidente do Banco Central, CarlosGeraldo Langoni, apesar dos números con-servadores — abaixo da inflação—projeta•dos para a expansão do crédito para aindústria e o comércio, não está muito preo-cupado com a possibilidade de repetiçãoeste ano do baixo desempenho dos setoresindustriais de uso intensivo da mão-de-obraem 1979.

Segundo os dados do IBGE sobre odesempenho da indústria de transformaçãono ano passado, a indústria transformado-ra de alimentos cresceu apenas 229%, aindústria de vestuário, calçados, artefatosde couro e tecidos aumentou apenas 3,96%;o crescimento da produção da indústria defumo de 4,05% e a indústria de bebidas tevea modesta expansão 4,58%.

Esses setores, juntamente com a cons-trução civil, são os ramos da economia quemais empregam mão-de-obra e influem de-cisivamente no comportamento da área deserviço, especialmente do comércio, outrogrande segmento empregador. E seu baixodesempenho é a principal causa da baixaevolução — aquém do crescimento popula-cional — da oferta de emprego no setor daprodução em todo o país.

Para Langoni, os reajustes salariaissemestrais, evitando uma perda real dopoder aquisitivo dos assalariados frente aointervalo anterior de 12 meses, vão facilitara reativação da demanda nos setores deprodução de bens de consumo mais popula-res, que usam grande mão-de-obra.

Ele não crê que os reajustes salariais,ampliando o poder de compra, possampressionar uma alta de preços. E garantiuque a prioridade dada à exportação noOrçamento Monetário, aliada a redução noImposto de Exportação sobre têxteis, rou-pas, borracha eplásticde 6% para 0,93% sobre exportações deroupas de couros, deve acelerar os negóciosnesses setores, onde as exportações têmgrande peso, favorecendo maior absorçãode mão-de-obra.

Aumento adiado

Para evitar que a pressão dos preçosnão ultrapasse os limites suportáveis dacaldeira da inflação, o Ministro do Planeja-mento, Delfim Neto, está adiando de marçopara abril o envio da proposta do ConselhoNacional de Petróleo para o aumento dospreços dos combustíveis e derivados, poisconsidera, inviável adicionar ao índice demarço —já sobrecarregado pelos reajustesde produtos alimentícios e industrializados— a alta da gasolina.

Além desses produtos, os automóveis játiveram seus preços corrigidos. Mas, Delfimnão poderá deixar de aprovar para abril oaumento, pois maio é o mês do saláriomínimo, com todos os seus agravantes psi-cológicos, inclusive.

Aliás, o Governo espera contrabálan-çar o aumento do preço dos derivados depetróleo com a redução no preço dos produ-tos alimentícios. Assim, os combustíveis em-purrariam os índices para cima, mas assafras o espremeriam para baixo.

PressãoAs universidades federais serão pres-

sionadas para reduzir o volume de serviçode processamento de dados que prestam aterceiros, afim de não fazerem mais concor-rências às empresas privadas especiali-zadas.

Uma das pressões sugeridas pelos em-presários do setor de Informática é conteras importações de equipamentos para es-sas universidades. O Secretário Especial deInformática, Octávio Gennari Netto, disseque iria conversar com o Ministro da Edu-cação, Eduardo Portela, sobre o assunto,mas adiantou que muito pouca coisa pode-rá ser feita, já que grande parte do equipa-mento usado pelas universidades é de fabri-cação nacional.

Avista

Ainda está para acontecer muita coisano Mercado Futuro. Uma delas, não tãoremota como pode parecer, é a morte dafigura do financiador.

Aquecimento

As vendas de aparelhos életrodomeéti-cos costumam arrefecer, sazonalmente, du-rante o mês de janeiro, em virtude de ademanda se concentrar nas vendas do finalde ano. Em janeiro último, as vendas dessesprodutos caíram 15% em relação a de-zembrol79.

Porém, o fato inusitado no comércio foiuma vendagem superior em 5% sobre omesmo período de 79.0 mercado está exce-lente ainda neste mês de março, aquecidocomo o verão. Como conseqüência, os co-merciantes não estão conseguindo reporseus estoques. A explicação para esse com-portamento é que a demanda não foi satis-feita em dezembro, por falta de produtos.Com as vendas aquecidas, os comerciantese fabricantes acham que as estatísticas decrescimento do setor em 80, anteriormentefixado em 5%, poderão agora ser aumenta-das de 7 a 10%.

Esforço

Uma comitiva de 28 empresários fran-ceses está desembarcando neste final desemana no Brasil. Representa a FederaçãoFrancesa de Calçados e deverá visitar asfábricas em São Paulo, França e NovaHamburgo, no Vale dos Sinos. A comitivafoi trazida pelo dirigente da IAT, compa-nhia de comércio exterior, Jacques Eluf.

Ele tem esperanças de que sejam fecha-dos bons negócios e argumenta: a françaproduz atualmente 60 milhões de pares desapatos por ano e importa 180 milhões. OBrasil pode e deve participar desse bolo deimportação. O consumo na França é de 5pares de sapato per capita. No Brasil é demeio par de sapato.

iBAM/rd recursos edesenvolvimento

Reciclagem Técnica paraProfissionais e Estudantes

de Engenharia e Arquitetura- CONTENÇÃO DE ENCOSTAS-Inicio: 11/03

— PROJETOS E CÁLCULOS DE FUNDAÇÕES— Inicio: 12/5/80 a 18/6/80

Eng°. Areias Neto — Prof. da UFERJ, da U.G.F, daU.S.U. e da FERP.INSCRIÇÕES E INFORMAÇÕES: Secretaria-Tel.:266-6622Credenciado no C.F.M.O—MTn°0490 (P

i.ugo iram 1 Botafogo - Rio de Janeiro--- Cf P 2228? tei (021-26b*622

Cf

COMPANHIA

BRASILEIRA DE DRAGAGEM

Comunica às Firmas nas especialidades abaixo discriminadas.que está aberta a inscrição para Cadaslramento de Prestação deServiços, no período de 8 00 às 11 00 horas, na Rua GeneralGurjâo. 166 Caju Rio de Janeiro.MOTORES DIESELa) Reparo em oficina ou a bordo, de Motores Diesel Marítimos

com potência de até 3 500 HP.b) Reparo geral e retifica de componentes de Motores Diesel

com potência de ate 500 HP., com teste e amaciamento emdinamòmetro.

SISTEMAS HIDRÁULICOSReparo de motores, bomba, redes e painéis de controle desistemas de baixa e alta pressão. Projeto de nacionalizaçãoe modernização de sistemas existentes.

SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃOReparo de frigoríficos e centrais de ar condicionado deequipamentos marítimos.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃOECULTURA

SECRETARIA OE APOIO

OE ALIMENTAÇÃO ESCOLARSUPERINTENDÊNCIA

COMISSÃO OE LICITAÇÕES

CONCORRÊNCIA PDBLICA CNAE/SUPER N* 02/80AVISO

A Comissão de Licitações da Superintendência da CampanhaNacional de Alimentação Escolar do Ministério da Educado eCultura, comunica aos interessados que, no dia 09/04/80, is15:00 horas, no Auditório do Edificio-Sede. situado no SetorComercial Norte. Quadra 02, Projeçio "C". Brasíha DF, farárealizar licitação, na modalidade de Concorrência Pública, paraa contratado de serviços de transportes de gêneros e outrosmateriais, observando-se as disposições do Decreto-Lei n° 200,de 25/02/67 e legislação complementar.

O Edital a que se refere este Aviso, encontra-se i disposiçlodos interessados, no endereço acima referenciado, nos diasúteis, nos horários de 08:30 is 12:00 e 14:00 is 18:00 horas, eu-ceto aos sábados.

Brasilia-DF.. 06 de março de 1980.Jurandir Alves do Amaral

Presidente da Comisslo de Licitações

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTESEMPRESA DE PORTOS DO BRASIL SA. PORTOBRAS

ATO CONVOCATÓRIO NQ002/80TP

AVISO

DE TOMADA DE PREÇOSA Empresa de Portos do Brasil S/A • PORTOBRÁS, EmpresaPública de Direito Privado, vinculada ao Ministério dos Transpor-tes, localizada no Setor de Autarquias Sul, Quadra I Blocos D eF, Brasília, Distrito Federal, comunica aos interessados que irá

proceder Tomada da Preços para aquisição de um Guindaste Au-topropulcionado, sobre esteiras, para movimentar graneis sblidos,sacaria e carga unitizada no Porto de Pirapora, no Rio São Fran-cisco.-As Instruções, os Termos de Referência e desenho nP079/39da Tomada de Preços estão à disposição dos interessados, a par-tir desta data pelo preço de Cr$ 1.000,00 (Hum mil cruzeiros)no endereço abaixo:EMPRESA DE PORTOS DO BRASIL S/A - PORTOBRÁSSetor de Autarquias SulQuadra 01 - Blocos D e F - 1? andarBrasília - Distrito FederalPoderão participar desta Licitação, firmas com Registro deHabilitação da Portobrás, vigente na data da publicação des'teAto Convocatório, cadastradas no sub-item 2.1.3., categorias"A" ou "B", com capital social mínimo Cr$ 20.000.000,00(Vinte Milhões de Cruzeiros) e que tenham efetuado a caução novalor de Cr$ 50.000,00 (Cinqüenta Mil Cruzeiros), a qual deveráser depositada no máximo até do dia 27 de março de 1980 naTesouraria da Portobrás, mediante guia emitida pela Seção deExecução e Registro de Valores do Serviço Financeiro, ambaslocalizadas no 19 andar do Edifício Sede, em Brasília, devendo ocomprovante fazer parte da documentação integrante do invólu-cro n901, Relativo à "Habilitação".As Propostas serão recebidas pela Comissão de Julgamento nasala de Reuniões, no endereço mencionado da Portobrás em Bra-sília, de acordo com as Instruções da Licitação, às 1500 (quinze)horas do dia 27 de março de 1980.

Brasília, 07 de Março de 1980MÁRCIO FERREIRA VIANNA

SERVIÇO DE ADMINISTRAÇÃO GERAL

EUA lutam contra a

inflação e Europa e

Japão já se retraem

Clyde FarnuwnrthTh» H*w Voflr Tlnwt

Washington — Enquanto Washington prepara novoprograma antünflacionârio com medidas monetátrias efiscais, os Governos da Europa Ocidental e do Japãoestão entrando numa fase de contenção econômica emque a retração é a palavra do dia.

A ascensão das taxas de juros, combinadas comnovas ameaças de uma revalorização competitiva dasdivisas — tudo tendo como pano de fundo um déficitmundial de 120 bilhões de dólares contra os paísesprodutores de petróleo — levaram os analistas a temeruma generalizada recessão econômica

O perigo na atual situação é apontado por AllanMackinnon, vice-presidente executivo da Marril LynchEconometrics, ao prever que. com a elevação das taxasde juros em todo o mundo, 'ninguém sabe em que pontocomeçará a se formar uma bola de neve que resultaránuma redução nas atividades econômica e comercialinternacionais".

Analistas acreditam que a instabilidade econômicanos EUA, combinada com as previsões de menor cresci-mento da Europa Ocidental e do Japão, significará avolta da sincronização dos ciclos econômicos, que preva-leceu na recessão de 1974-75.

Mas, para evitar uma recorrência do fenômeno, foiestabelecido um esquema já conhecido por teoria dalocomotiva. Assim, Alemanha Ocidental e Japão fica-ram com o encargo de puxar o desenvolvimento, en-quanto os EUA estivessem em recessão. Quando osnorte-americanos se recuperassem, levariam os demaisde volta à trilha do crescimento. A inflação, e o inespera-do aquecimento econômico que ela provocou nos EUA,estragou tudo.

E quanto mais firmes os Estados Unidos se mostramno combate à inflação, melhor a performance do dólarnos mercados de câmbio. Em janeiro e fevereiro, amoeda norte-americana elevou-se 4% contra o iene, 5,5%contra o franco suíço e 3% contra o marco alemão econtra as demais divisas do Sistema Monetário Europeu(SME), atreladas ao marco.

Os diferenciais em favor dos investimentos em dóla-res tèm aumentado. Por exemplo, os rendimentos dosbônus governamentais com prazos de 8 a 10 anos pula-ram de 10,43% em dezembro nos EUA para 13,60% emfevereiro, comparados com crescimentos no mesmo pe-ríodo de 8,63% para 9,14% no Japão e de 7,91% para8,54% na Alemanha Ocidental.E quando a Junta de Reserva Federal (o Fed, banco

central dos EUA) elevou a taxa de desconto de 12% para13% no último dia 29, Alemanha, Japão e Suíça segui-ram o caminho, argumentando que, se não o fizessem,suas moedas desvalorizar-se-iam, provando inflação.

Igualmente, as estimativas de crescimento passa-ram por um processo de revisão: a última previsãooficial alemã é de uma expansão de 2,5% este ano,abaixo dos 3% ou 4% projetados há alguns meses,quando a teoria da locomotiva ainda estava em vigor.

O crescimento econômico do Japão está previstopara mais promissores 5%. Contudo, isto é tambémmodesto diante dos padrões de dois dígitos (acima 10%)que caracterizaram o desenvolvimento japonês no perío-do do pós-guerra.

Governo espera obter do

BIRD US$ 100 milhões

para a Ferrovia do AçoO Ministério dos Transportes ainda acredita que será

possível obter, junto ao Banco Mundial — BIRD, financia-mentos da ordem de 100 milhões de dólares (Ci$ 4 bilhões800 milhões) para investimento na Ferrovia do Aço. Nopróximo dia 24 missão do Banco virá ao pais para examinaros aspectos técnicos e econômicos da obra.

O secretário-geral do Ministério, Sr Wando Borges, queviajou ontem â noite para os Estados Unidos, onde acertarácom o Banco Mundial os últimos detalhes para 'im financia-mento de 159 milhões de dólares (cerca de Cr$ 7 bilhões 500milhões), destinados ao sistema de trens de Porto Alegre,confirmou a vinda da missão.A esperança do Ministério dos Transportes em obterfinanciamentos para a Ferrovia do Aço se fundamenta,segundo o Sr Wando Borges, no fato de que ainda há obras aserem contratadas, na ferrovia, assim como equipamentos

por adquirir. O Banco, segundo explicou, não concedefinanciamentos para obras já contratadas.Entre as obras possíveis de obter financiamento, citou asuperestrutura da Ferrovia do Aço (trilhos, lastro, dormen-tes, aparelhos de fixação de trilhos, a própria obra, além deestações e edifícios), lembrando, também, que já foramadquiridas, para a fase de operação, 19 locomotivas elétri-cas, "mas a Ferrovia do Aço necessitará do dobro".

Nuclebrás demite até

o final do mês cerca

de 600 funcionáriosA Nuclebrás vai demitir,

até o final do mès, cerca de600 dos seus 2 mi) «HO fun-cionários De acordo com adecisão tomada na sexta-feira serão atingidos pnnci-palmente os ftinclonáriosde nível médio. Também nasexta-feira, uma portaria dopresidente da empresa,Paulo Nogueira Baptista,destituiu <1os cargos de che-fla mais de RO tiincionários,na nerceira lista desse tipoemitida pela Nuclebrás esteano.

A Nuclebrás está em difl-culdades para pagar faturasdos seus principais fornece-dores. Há mais de trés me-ses a empresa está entre-gando a esses fornecedores— entre eles a Natron, aConstrutora União e aConstrutora Andrade Gu-tierrez — documentos quepermitem aos credores le-vantarem dinheiro nos ban-cos comerciais com o avalda Nuclebrás. Os fornecedo-res pagam 6% de juros aosbancos e a Nuclebrás secompromete a ressarcirparte desses juros, pagandoa variação da ORTN mais12% ao ano. A empresa estáenfrentando dificuldades

Equador tem

melhor taxa

que BrasilLondres — Bem recebida no

mercado, a solicitação doEquador para um empréstimode 100 milhões de dólares naárea do eurodólar, com prazode sete anos, poderá ser amplia-da para 150 milhões, com taxasde risco (spread) de 3/4 sobre ataxa interbancária londrina (Li-bor) e três anos de carência.

Produtor de petróleo e paísmembro da OPEP, o Equadorconseguiu assim condiçõesaparentemente melhores queas do Brasil, que já admite pa-gar spread de 1% nos emprésti-mos com oito anos de prazo.Enquanto isso, a Argentina le-vantou 250 milhões de dólaresno mercado do eurodólar, pa-gando 1/2% sobre a Li bor numprazo de seis anos.

O diretor do Banco Centralda Argentina, Francisco Solda-ti, revelou que o spread (taxade risco) pago pelo país caiu de2% em 1976 para 0,66% no anopassado, enquanto a duraçãomédia dos empréstimos contra-tados dilatou-se de 2,5% para8,3%.

Soldati informou que, dos 1bilhão 600 milhões de dólaresque a Argentina planeja levan-tar no mercado Internacionaleste ano (o Brasil pretende ob-ter 10 bilhões de dólares), 75%destinar-se-ão a Investimentopelos órgãos oficiais e o restan-te ao financiamento geral doGoverno.

Disse também que o total dodébito externo argentino atésetembro de 1979 se elevava a16 bilhões 900 milhões de dóla-res, enquanto as reservas repre-sentam 10 bilhões 500 milhõesde dólares.

também para honrar seuscompromissos externos.

DESTITUIÇÕES

Jk

UNIVERSITE RENE DESCARTES PARIS - FRANÇA

FACULDADES INTEGRADAS ESTÁCIO DE SÁRIO DE JANEIRO

O Curso de especiali-zação em Ciência Politi-ca tem a duração de 1ano (abril 1980 a março1981) e confere aos par-ticipantes o título de"Doctorat DUniversité,reconhecido pelo Minis-tério da Educação daFrança.

O programa do cursoé constituído das se-guintes disciplinas:"Théorie Générale deL'Etat, Le Régime Poli-tique des Etats-Unis,Les Régimes Parlemen-tares Europeéns e His-

toire des Ideés Politi-ques. As sessões serãodirigidas pelos profes-sores Bernard Chante-bout, Patrick Juillard,Michel Bonisson, PierreVillard e Jean Gicquel.

Condições de admis-são: diploma de cursosuperior e domínio dalíngua francesa.

Documentos neces-sários: curriculumvitae. certidão denascimento oucasamento e? fotos3x4.

Inscrições: Centro dePós-Graduaçào - Ruado Bispo. 83 - Rio Com-prido - RJ -

Tel. 228-1494. /X264-6124. 4 t*JkT

Qr^Q)

cr<# vy

I CONGRESSO NACIONAL

Estímulos à Exportação

O Centro de Treinamento Empresarial e a Rama Administração ePlanejamento de Negócios estão promovendo o I - CONGRESSONACIONAL DE ESTÍMULOS A EXPORTAÇÃO a realizar » noRio de Janeiro nos dias 27, 28 e 29 da Março sob a coordenação doEspecialista Francisco R. S. Calderaro.

OBJETIVOS: Considerando-se que, com os atuais egraves pro-blemas de balança de pagamentos, a exportação aparece como agrande esperança de solução, devendo ser necessária e maciçamenteestimulada a se incrementar, neste e nos próximos anos, o Congressoem questão tem o propósito de reunir autoridades governamentais,especialistas na área, representantes de associação e entidades declasse e empresários interessados para discutir amplamente a atualpolítica de estímulos á exportação e fornecer subsídios ao governopara seu aperfeiçoamento, de vez que sem uma política global deestímulos, dif icilmente, o país atingirá a meta de US$20.000.000,00de exportação.

Serão discutidos os atuais estímulos governamentais è exporta-ção procurando-se analisar os resultados e contribuições efetivas decada um deles, as falhas e as virtudes para a promoção da exportação,inclusive dos estímulos recém revogados e seus efeitos possíveis, pro-curando contribuir para uma reanálise da política de exportação.

E is alguns dos temas das palestras programadas:Oi* 27 de março - AberturaPolítica Brasileira de Estimu-

losà ExportaçãoTrading CompaniesEntrepostos AduaneirosIncentivo na Área do I. RendaIncentivos na Área do IPI eo pacote de dezembro

Exportação de Serviços eTecnologia

Dia 28 de marçoFinanciamén tos è ExportaçãoOs Programas Especiais deExportação BEFIEX

Os Mini-Programas de Ex-

portação (Ex. CIEX)Incentivos às Vendas no Mer-cado Interno Equiparadas iExportaçãoDRAWBACK

Dia 29 de março - EncerramentoExperiência com IncentivosEspeciais IImportação de Fã-bricas Completas e outros)Os Estímulos ao TurismoBurocracia na ExportaçãoOs Incentivos e os AcordosInternacionais

As alterações Legislativas emestudo Tendências.

Reservas e Inscrições em Sao Paulo á Av.Pacaembú, 1122 e pelosTels.: 66-0612 - 66-2085 - 67-2375 - 67-7685

Entre os funcionários de*tituídos de cargos de cbeflapela portaria 021/80, de sex-ta-feira passada, está o su-perintendente-geral de Ml-neração e Beneflciameníò,Sr Alexandre Levy, ç^joafastamento já era espera-do. O Sr Alexandre Levy foidestituído porque se recu-sava a reduzir os investi-mentos deste ano no desen-volvimento da mina de urià-nio de Itataia, como desejao Sr Paulo Nogueira Baptis-ta. Com a lista de sexta-feira, a terceira, já chega amais de 200 o número defuncionários que perderamseus cargos este ano.

Em outro ato, também nasexta-feira, o presidente daNuclebrás nomeou seu as-sessor especial, Sr JosephAntonio Roque, para o catr-go de superintendente-geral do Controle. O Sr Jo-seph Roque substituirá o SrPaulo Dehner, que pediudemissão na quinta-feirapor não concordar com apolítica de investimentosda empresa.

RFF cresce

6,3% em

janeiroBrasília — A Rede Ferro-

viária Federal — RFF apre-sentou os números relativosao seu desempenho no mêsde janeiro deste ano, repre-sentando um crescimento de6,3% sobre o desempenho domesmo período de 1979. Noprimeiro mês de 80, a redetransportou 5 milhões 53 miltoneladas de cargas, repre-sentando 2 bilhões 343 mi-lhões de toneladas/quilóme-tro úteis. A receita dessetransporte representou Cr$ 1bilhão e 600 milhões, ou seja,um Incremento de 106% emrelação ao mesmo periodo doano passado.

Com relação ao tipo de car-gas transportadas, a RFF in-formou que adubos e fertili-zantes apresentou o maior in-dice de crescimento, 175%,vindo em segundo lugar o fer-ro gusa 54%. Por sua vez, otransporte de milho sofreuuma redução de 42,7%, o fare-lo de soja, 34,7%, o carvão,16,7%, derivados de petróleo,0,4%, e minérios, excluindo ode ferro, 18,4%. O transportede trigo cresceu 42,2%, os pro-dutos siderúrgicos 15,7%, cal-cáreos, 35,4%, e minérios deferro 7%.

Os principais portos queapresentaram maiores indi-ces de crescimento em janei-ro de 80, comparativamentecom janeiro de 79, foram osportos de Recife, com 41% eSantos, com 34,7%. "

Confaz fixa

novo ICM

esta semana • »uuBrasília — O Confaz (Conse-

lho de Política Fazendária), ór-gào que reúne todos os secreta-rios estaduais de Fazenda, sereúne amanhã para decidir afixação das novas alíquotas pa-ra operações interestaduaiscom o ICM (Imposto sobre Cir-culaçào de Mercadorias). Elaspassarão dos atuais 11,73%'pa-ra 11%, com exceção dais remes-sas das Regiões Sul e Sudestepara o Norte-Nordeste e Cen-tro-Oeste, que serão fixadas em10% em 1980,9,5% em 1981 e 9%em 1982.

A questão vem sendo protela-da desde a gestão do MinistroKarlos Rischbieter e, segundofontes do Ministério da Fàaèn-da, a mudança implicará umaumento de 75% de recursospara os Estados do Norte-Nordeste e Centro-Oeste a. par-tir de 1982, quando também aalíquota das operações inter-nas estará equalizada em léfi.

"•'t

LEILÃO DE JÓIAS

Cautelas com juros pagos até janeirode 1980.

Dia 11 de março de 1980.Cautelas do Serviço PETRÓPOLISPenhores.

Horário do Leilão: 13:30 hs.Horário da exposição: das 10:00 às12 00 hs.

Salão de Leilões

Av. 15 de Novembro, 149/153 (P

Reciclagem Tecnica paraProfissionais e Estudantes

de Engenharia e Arquitetura- CONTENCAO DE ENCOSTAS — Infcio: 11/03

— PROJETOS E CALCULOS DE FUNDACOES— Infcio: 12/5/80 a 18/6/80

Eng°. Areias Neto — Prof, da UFERJ, da U.G.F, daU.S.U. e da FERP.INSCRIBES EINFORMAQOES. Secretaria-Tel.:266-6622CredenciadonoC.F.M.O—MTn°0490 (P

Ei

Page 24: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

•'JORNAL DO BRASIL ? domingo, 9/3/80 ? Io Caderno ECONOMIA - 23

Excesso de água no

álcool vem causando

corrosão em motoresSão Paulo—"O consumidor nacional deve ter paciência¦"ètftft o Inevitável problema que surgirá na parte mecânica

dotf carros movidos a álcool, uma vez que ainda está emaprimoramento a tecnologia da utilização do Álcool comocombustível e o principal é a criação de um padrão para oálcool nacional, com um limite máximo de nidratação de5%. Acima desse Índice, o motor Jâ começa a apresentar

-^problemas. Em testes realizados com o álcool que estár sendo distribuído, chegamos a descobrir uma percentagem

Sòo Paulo — Foto óê Joié Carlot Martjnt««HaÉ

"de 7,5% de água no combústlvel"A afirmação é do engenheiro E

Departamento de Engenharia Expi Euclldes José Falzetta, do

Dfe|Sartamento de Engenharia Experimentai de Veículos daQcneral Motors do Brasil, que acrescenta que os cuidadoscom a corrosão do veiculo provocada pelo álcool não deve' ficar somente no motor, mas também no tanque de combus-tive! e as bombas de ãlcool. "O material deve ser estanhado,paia evitar a corrosão", afirmou.-¦t O Governo estuda também uma adlçáo de 2% a 3% no'ajcçiòl carburante, desnaturandoo, para evitar que ele seja'qesviado para outras finalidades. Este estudo existe e estásendo realizado há algum tempo. Quanto á mistura gasoli-na/álcool de 20%, ela ainda não é uniforme no pais, variandode 15% a 20%, mesmo no Estado de São Paulo.

Outro ponto que está preocupando em relação aosveículos movidos a álcool, diz respeito a serviços de retiflcas,que apenas se preocupando com os motores, estão deixando&. .trocar outros componentes necessários para evitar a

, corrosão provocada sobre alguns metais e tipos de borra-cnas. As mangueiras comuns utilizadas nos postos de gasoli-ha normalmente não resistem à corrosão do álcool e por Isso'devem ser trocadas também. Os tanques dos postos devemser estanhados.

O estanho resiste ã corrosão do álcool, mas seu preço émuito elevado, havendo falta no mercado Interno, além datendência de aumentar ainda mais no mercado interna-cional.

Poucos carros

11 "Nos primeiros dois meses do ano, apesar de a indústriater assinado um protocolo para a produção de 250 mil

-veículos a álcool em 80, pouco menos de 10 mil unidades, foram fabricadas. A meta seria uma produção de pelo menos'20

jnil unidades/mês durante os 12 meses do ano.Outro problema que surge agora diz respeito ao finan-

ciamento do carro a álcool em 36 meses. A Associação deEmpresas de Crédito, Financiamento e Investimento (Acre-

«flj/tlue congrega as financeiras nacionais, está solicitandoda Indústria uma garantia para financiar os veículos a álcoolnum prazo de três anos. A indústria automobilística respon-de à solicitação, afirmando que "o carro a ãlcool tem amesma garantia do movido a gasolina".

Os fabricantes de veículos não dizem publicamente, masentre eles há. os que afirmam que "o apressamento doPrograma do Álcool em termos de produção de automóveisestá sendo prejudicial, pois a tecnologia do motor a álcoolainda não foi totalmente dominada. O prazo inicial era1981". Tanto isso é verdade que o ex-presidente da FordBrasil e atual vice-presidente para Operações na Américalatina, Robert Graham, reconheceu que sua empresa deve--ria•começar a produzir os veículos a álcool em 81. Com o-apressamento, o Departamento de Pesquisas e Engenharia

. da, Ford teve que trabalhar 24 horas diárias em experiênciase iiestes para produzir o seu motor a álcool, já aprovado pelaSecretaria de Tecnologia Industrial.

C Palavra do Técnico'O engenheiro Falzetta, da General Motors, disse que no"tótátí do tanque de combustível do veículo, "é uma área quemerece atenção especial, devido ao seu tamanho grande, e¦onde o álcool pode ter acelerada sua ação corrosiva com•facilidade, o que acaba por provocar entupimentos nos..componentes do motor".

i ir, "O tanque deve ser estanhado. O filtro de combustível.deve ser de bronze/fosforoso, até que o papel utilizado nesse'componente tenha uma cura perfeita. As fábricas de filtro

^èátão estudando a questão".Para ele, "não há dúvida de que o motor a álcoolapresentará alguns problemas para seu consumidor. É um•Ittotor novo. Na área do carburador, já há algumas prote-çõés,' mas vamos proteger mais ainda.-iii nfloje mesmo vamos liberar uma série de proteções parao earburador. O carburador é uma peça critica porque tem

m^tos detalhezinhos. A sede da válvula do motor deve ser-^murecida. No caso do motor, a gasolina, o chumbo tetrae-. tile (composto antidetonante) forma uma película de prote-' cáb na sede da válvula do motor. No caso do álcool não háproteção".'""'"Para evitar a corrosão, sem fazer o endurecimento da•sede da válvula, teríamos que possuir um aditivo anticorro-mono álcool. Nós já recebemos as máquinas para fazer o. endurecimento da sede das válvulas dos motores. Em ter-

4^9§;de corrosão estes sáo os principais problemas".A corrosão do álcool forma uma pasta esbranquiçadaque vai entupindo componentes do motor, levando a umadestruição dos mecanismos. Não há um prazo rígido para'conseguir um desenvolvimento perfeito de um motor aálcool, como o da gasolina, que tem 90 anos. O único-problema existente em relação ao álcool até o momento, é o¦que diz respeito à corrosão.

•' •CJVP apura desvio de

4 milhões de litros em PE•• Brasília — O CNP (Conselho Nacional do Petróleo) está,investigando o desvio de 4 milhões de litros de álcool anidroem Pernambuco, revelaram ontem fontes do Ministério dasMinas e Energia. Ao mesmo tempo, o órgão investiga ofundamento de denúncias feitas pelas distribuidoras dederivados de que os produtores de álcool de PernambucoéStáo sonegando as entregas do produto e formando esto-

ques à espera de um próximo aumento de preço.¦èano^O sumiço dos 4 milhões de litros ocorreu há algumas. .semanas e provocou problemas de abastecimento de gasoli-na no Rio de Janeiro e uma viagem em vão de um navio-.^.tanque da Petrobrás entre o Rio e Recife. Em conseqüênciadas chuvas que caíram nas últimas semanas em Pernambu-co, "foi impossível escoar a produção de álcool de uma dasprincipais destiiarias do Estado, que acabou formando uméfetoque de 6 milhões de litros, o máximo permitido pela sua•capacidade de tancagem, e foi obrigada a paralisar a pro-•dução.Combinou-se, então, entre o CNP, o IAA (Instituto doAçúcar e do Ãlcool) e o Sindicato dos Produtores de Açúcar..e Álcool de Pernambuco, que, tão logo as condições dotempo permitissem, o álcool da destilaria seria escoado com

prioridade. Como a quantidade era grande e concentrada, oCNP decidiu enviar um navio da Petrobrás do Rio a Recifepara receber os 6 milhões de litros de álcool e entregá-lo nospontos de mistura do Rio de Janeiro. Ao mesmo tempo, oórgão determinou o cancelamento do envio de Igual quanti-dade de álcool anidro de São Paulo para o Rio.'¦Entretanto, quando chegou a Pernambuco, o navio"TSftBbntrou apenas 2 milhões de litros para carregar e até omomento o CNP náo conseguiu descobrir a pista dos-restantes 4 milhões de litros, embora o órgão trabalhe sobre¦ • duas hipóteses: ou esse álcool está estocado em algum lugar.aguardando aumento de preço ou foi vendido diretamente apostos de gasolina, numa operação também ilegal, para queesses o adicionem à gasolina que vendem A segundahipótese, de acordo com os técnicos do Ministério é muito"graVe, porque a gasolina que os postos recebem já contémuma média de 18% a 22% de álcool anidro e é possível que«consumidores pernambucanos estejam consumindo gasoli-¦>na com 30% ou mais de álcool.

- Além disso, a falta dos 4 milhões de litros de álcool¦»anldro que seria adicionado à gasolina vendida no Rio de:Janeiro, provocou problemas de abastecimento no Estado.porque, segundo os técnicos, suas refinarias não estavam.programadas para suprir essa diferença com gasolina e foinecessária a remessa do produto das refinarias paulistas"para que náo faltasse o produto nos postos do Rio.• Quanto á sonegação das entregas de álcool anidro ásdistribuidoras pelos produtores pernambucanos, as fontes^do Ministério da Minas e Energia disseram que o Sindicom(Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Com-'bustiveis Minerais) entregará, nos próximos dias, denúncia'por escrito á Cenal (Comissão Executiva Nacional do Al-"cool), porque a atitude está impedindo que a gasolina.colocada no mercado em Pernambuco contenha os 20% de*álcool determinado pelo CNP.

Embora nem o CNP e tampouco o IAA achem necessá-/io, no momento, um aumento de preço do álcool a nível de.consumidor, os produtores estão pressionando para que seja.elevado o preço pelo qual entregam o produto às distribui-"doras. Isoladamente, o álcool hidratado vendido nas bom-"oas a Cr? 11,40 o litro, para uso exclusivo como combustível"automotivo, está dando um prejuízo ao CNP de aproxima-«damente Cr$ i poi litro.« Por outro lado, o álcool anidro, adicionado à gasolina,.oferece um lucro de quase Cr$ 7 por litro, que é revertido em/avor da alínea "L" da estrutura de preços, cujos recursos^áo utilizados no financiamento de projetos do Pro álcool eno momento também para compensar o prejuízo na vendaftto álcool hidratado.

%10—

9-8-7-

Emprego IndustrialPessoal ocupado na-produção

Variação (%) »m 12 meies

%^

Indicador Antecedente

9—

o

'?5,

IVFonte: IBGE

Adroaldo Moura e Silva acha que conter inflação e reverter quadro recessivo e de queda na oferta de emprego são os grandes desafios da economia

Governo só terá crédito com a

inflação em 3,5%, diz AdroaldoAdilson Lorente

Sáo Paulo — "Se não houver colaboraçãodos empresários e dos sindicatos organizados,o caldeirão pode entornar", advertiu o diretorda Fundação Instituto de Pesquisa Econômi-ca (FIPE), professor Adroaldo Moura e silva."Estamos vivendo momentos críticos e o Go-verno terá de obter resultados significativosaté maio ou junho, reduzindo a inflação aonível de 3,5% ou 3,7% para garantir sua credi-bilidade", disse.

Para o economista "o grande desafio daeconomia brasileira é reverter o quadro reces-sivo que se delineia desde 1975, com o cresci-mento do emprego e da produção a níveisinsatisfatórios, diante das limitações físicasenfrentadas pelo pais, principalmente na áreade insumos, sem agravar os desequilíbrios jáexistentes nos setores externo e interno".Depois de um rápido histórico da evoluçãodos desequilíbrios da economia brasileira, eleanalisou as principais medidas tomadas peloGoverno nos últimos meses.

Para ele, a redução da inflação para 4,2%,num mês como fevereiro, com apenas 20 dias,tem muito pouco significado. Os meses críti-cos são abril, maio e junho, quando o Governoterá de reduzir a evolução do índice de preçospara 3,5% ou 3,7%, no máximo, para conquis-tar a credibilidade da sociedade para suapolitica econômica e poder manter um bomnivel de mobilização contra a alta dos preços,especialmente junto aos setores empresariais.

EvoluçãoO quadro de tendência recessiva da econo-

mia brasileira começou a se delinear em 1975,agravando-se em 77, quando houve um verda-deiro desastre do ponto-de-vista do emprego.Em 78, surgiram alguns sinais de recuperaçãocom o crescimento do emprego a taxas de 2,5a 3%, mas no inicio do Governo Figueiredo jáhaviam sinais de desaceleração da economia.E o segundo semestre foi nitidamente recessi-vo. Paralelamente ocorreu, nos últimos 18meses, um acirramento da inflação, os sinto-mas de que a economia estava se desorgani-zando ficaram cada vez mais evidentes. Para-lelamente ao baixo crescimento do emprego eda exploração da inflação, tivemos aumentospreocupantes do endividamento interno e ex-terno e uma especulação financeira generali-zada, que perdurou até agosto.

A partir de dezembro, o professor AdroaldoMoura e Silva considera que houve uma im-portante mudança na orientação da politicaeconômica, embora a tendência recessiva per-sista. O pacote de dezembro representou, aseu ver, uma tentativa de reorganização daeconomia para evitar a recessão. Nesse senti-do, foi preciso limpar os "aleijóes" que ha-viam sido criados nas áreas críticas: TesouroNacional, setor externo, politica-de preços,etc.

A reorganização da economia, no entanto,observou — é um processo sem mágicas nemmilagres, que dura dois anos, no minimo.Corresponde a um processo de criação políti-ca, onde o Governo age como indutor inicial,mas é apenas uma das partes envolvidas. Omarco inicial pode ser considerado o pacote

de dezembro, no qual ficou definida umapolítica coerente — completada em janeiro —e o Governo adotou medidas com o objetivode recuperar o controle sobre a situação,especialmente em relação à balança comer-ciai e à inflação.

A grande reforma de dezembro, ocorreu, nasua opinião, no âmbito do próprio Tesouro,com o Governo aumentando sensivelmente acarga tributária, para diminuir um déficitviolento e que já estava exercendo pressãoinsuportável sobre a economia; com essa fina-lidade, houve aumentos do IPI, do Imposto deRenda, fim ou redução de incentivos fiscais ecreditícios, criação de exportação e aumentodas alíquotas de importação, além da alta dosimpostos estaduais e municipais.

No setor externo também ocorreram mu-danças significativas, pois os déficits da ba-lança e de serviços estavam levando a umendividamento excessivo e os banqueiros in-ternacionais começaram a fazer pressões.Nesse sentido, processou-se a maxi-desvalorização e eliminou-se o depósito deimportação que estava servindo apenas paraaumentar o custo dos insumos importados,inclusive aqueles utilizados em produtos de

. exportação, o que prejudicava a capacidadedo país de competir no mercado intemacio-nal, se reduzir as compras no exterior. Osincentivos a exportações, muitos realmenteexagerados, também foram praticamente eli-minados, pois estavam gerando protestos ebarreiras protecionistas no exterior.

"Duvido que até julho

esse orçamento estejasendo respeitado.

Aumentar a dívida em 81,só para resolver problemasde empregos, e não paradar liquidez a empresas"

O diretor de pesquisas da FIPE assinalaque o grande ato de coragem do Govemo, noentanto, foi a eliminação da Resolução 432,para evitar que os investidores estrangeiroscontinuassem especulando às custas do Te-souro Nacional.

Para o professor Adroaldo Moura e Silva, aterceira mudança significativa da politicaeconômica ocorreu no setor de preços a partirda criação da SEAP — Secretaria Especial deAbastecimento e Preços. O objetivo nessaárea foi de reimplantar um sistema efetivo de-controle de preçosrque-havia-sido-pratica--mente desfeito pelo Ministro do Planejamen-to anterior, que não acreditava na sua eflcá-cia. Além disso, houve uma coordenação im-portante na ação do CIP, Sunab, Comissão deFinanciamento da Produção e Cacex, queaumentou a eficiência desses órgãos. Antes,- lembrou, o controle de preços se limitava aaprovação de planilhas, quando deveria ser

uma luta corpo-a-corpo, uma verdadeira guer-ra, estrategicamente bem coordenada.A nova política salarial e o controle dos

juros comèçaram a produzir resultados e sig-niflcaram uma mudança no coração do siste-ma, ao lado do controle dos preços. Destacouque os juros apresentaram reduções sensíveisnos últimos meses, enquanto o novo mecanis-mo de reajuste de salários possibilitou umadefesa do poder aquisitivo do trabalhador."Mas" — comentou — "se persistir a tendèn-cia recessiva, haverá muita gente indo paracasa sem salário nem emprego."

O professor Adroaldo Moura e Silva enten-de que foram dados passos importantes nosentido de reorganizar a economia e, na faseatual, o grande objetivo é evitar o pior: arecessão. "Nas circunstâncias atuais está fl-cando cada vez mais difícil garantir a manu-tenção do nível de emprego e salários altos.Se seguramos a expansão dos preços, contro-Íamos o crédito e soltamos a política salarial,os lucros certamente terão de diminuir, assimcomo os investimentos. O Governo tenta se-gurar as rédeas dessa situação acenando aosempresários com a perspectiva de crescimen-to e lucros futuros", disse.

—Temos de acreditar na racionalidade dosagentes econômicos. A política do Govemo écoerente. O negócio agora é gerenciá-la deforma competente e mobilizar as parcelas dasociedade com maior capacidade de barga-nha — empresários e sindicatos organizados— no mesmo sentido.

Nesse quadro, as discussões sobre o exatovalor das exportações este ano e de quanto opais vai precisar obter de empréstimos noexterior perdem importância. Que o país en-frenta dificuldades sérias é óbvio: qualquernação que precise despender 60% das dividasque obtém com exportação, apenas para pa-gar o serviço da dívida, está em dificuldades.Aliás, só estamos conseguindo tomar empres-tado tudo o que precisamos porque a situaçãodo resto da América Latina, na África, noOriente Médio, na Europa e até nos EstadosUnidos também está difícil.

Na situação atual, o diretor de pesquisasda FIPE considera que determinados instru-mentos de politica econômica como o orça-mento monetário náo devem ser levados aopé da letra. Explicou que o orçamento não éum fim em si mesmo e está para ser modifica-do em função de novos fatos. Se o desempregose acentuar, por exemplo, ele acredita quedevem ser feitas modificações e adaptaçõesrápidas. "Duvido—comentou—que em julhoesse orçamento esteja sendo respeitado. Aboa condução da politica econômica exigeadaptação rápida às circunstâncias e o Go-vemo sabe disso. Perseguir o orçamento co-mo um fim em si mesmo seria burrice".

Para o professor Adroaldo Moura e Silva, opais conta hoje com capacidade ociosa emvários setores industriais e tem mão-de-obradisponível. O grande problema do crescimen-to do nível da produção e do emprego, noentanto, está na disponibilidade de algunsInsumos essenciais, que estão cada vez maisescassos e caros, como o petróleo, fertilizantes

e metais náo ferrosos. dos quais a economiabrasileira depende em grande escala.

A única forma de amenizar a situação, noseu entender, está na implantação de umapolítica energética agressiva e ágil, capaz degarantir o crescimento da economia, sempressionar o balanço de pagamentos. A re-construção institucional da economia brasi-leira — observou — tem de ser feita numquadro de limitações fisicas e o ano de 1980será certamente complicado.

Segundo o diretor de pesquisas da FIPE,não existem limitações do ponto-de-vista eco-nòmico ao endividamento. Nessa área, aslimitações sáo essencialmente políticas."Basta comparar" — disse — "as perspectivasde endividamento dos Governos JuscelinoKubiátcheck, João Goulart e Figueiredo. Noprimeiro, tivemos praticamente intervençãodo Banco Mundial; o segundo náo conseguiuarrancar um tostão e o último está ampliandouma divida de 50 bilhões de dólares.

"£ preciso entender ainda

que não há nada nomundo que garanta queesse arcabouço vai dar

certo. Depende-se muitode fatores que estão forado controle da sociedade

brasileira"

— Enquanto a perspectiva do pais for decrescimento e a situação no resto do mundoestiver ruim, haverá crédito. A taxa de juros,no entanto, continuará subindo e criandoproblemas para financiar o déficit. Aumentara dívida atual, no próximo ano, na minhaopinião, só se justificaria para resolver gravesproblemas de emprego, não para dar asslstên-cia a liquidez de algumas empresas nacionaisou estrangeiras.

A reformulação institucional da economiabrasileira passa obrigatoriamente por trêsfases: implantação de uma política coerente(já realizada), mobilização das parcelas commaior poder de barganha para apoiá-lo (o queestá começando a ser feito) e gerência eficazdessa politica. Nesse momento, se náo houvercolaboração dos empresários e dos sindicatosorganizados, o caldeirão pode entornar. Esta-mos vivendo momentos críticos e o Govemoterá de obter resultados significativos atemaio ou junho, reduzindo a Inflação ao nivel'de 3,5 ou 3,7%, para garantir sua credibili-dade.

Muitos fatores adversos, como a alta dopetróleo, das taxas de juros e maxldesvalori-zação que se tornou necessária, atada estáosendo deglutidos pela sociedade brasileiracom dificuldades. E preciso entender atada —conclui — que náo há nada no mundo quegaranta que esse arcabouço vai dar certo.Depende-se muito de fatores que estáo fora docontrole da sociedade brasileira.

Decreto tornará mais compreensíveis dados do INPC

Brasília — Decreto a ser assl-nado esta semana pelo Presi-dente Figueiredo regulamenta-rá finalmente a lei salarial emvigor desde Io de novembro,especificando a publicação doíndice Nacional de Preços aoConsumidor (INPC), cujos da-dos ficarão assim mais claros ecompreensíveis, e esclarecendomelhor o cálculo da parcela deprodutividade a ser incorpora-da aos salários.

Assessores econômicos e jurí-dicos do Govemo, que partici-param da elaboração do decre-to, garantiram que ele náo In-traduzirá qualquer modificaçãona sistemática, objetivandoapenas eliminar as dúvidas sur-gidas desde a promulgação dalei salarial entre os principaisinteressados — empregados eempregadores.8EM FÓRMULA MÁGICA

Já quanto à produtividade,não haverá, como muitos acre-ditavam, uma fórmula mágicadefinida pela regulamentaçãoda Lei Salarial. A produtivida-de, de acordo com os setoresgovernamentais diretamenteenvolvidos em questões sala-riais, entre eles o Ministro doTrabalho, Murilo Macedo, é al-go que tem de continuar a serbuscado por empregados e em,-pregadores, principalmenteatravés das negociações di-retas.

O Ministro do Trabalho, porexemplo, é de opinião de que a

Lei Salarial está dando maiortranqüilidade a todos, Gover-no, trabalhadores e patrões,particularmente porque desdeo dia Io de novembro, em ter-mos de salários, náo se discu-tem mais percentuais altos dereajuste. Este, afirma constan-temente o Sr Murilo Macedo, jáé dado automaticamente, a ca-da seis meses, pelo INPC, en-quanto o aumento é discutidoentre empregadores e emprega-dos, isto é, a taxa de produtivi-dade.

Ele costuma citar o exemplode que as greves arrefeceram,praticamente até acabaram,em grande parte por causa dapolitica salarial. Nem mesmo amovimentação dos metalúrgi-cos do ABC, mais especifica-mente dos de São Bernardo eDiadema, comandados por seupresidente, Luis Inácio da Sil- •va, Lula, faz o Sr Murilo Mace-do temer que a Lei Salarial ve-nha a sofrer algum abalo.

Ele por exemplo, garante queela será cumprida, também, nocaso dos metalúrgicos do ABC.Na data-base da categoria, nopróximo mês, em termos de au-mento salarial, lembra o Mtais-tro do Trabalho o que será dis-cutido na mesa de negociaçõesé apenas a taxa de produtivida-de. O reajuste será automático,o INPC a ser divulgado no pró-ximo dia 25, que será aplicado

às categorias que têm data-base em março e em outubro.SÓ PARÂMETROS

Se náo houver um acordo so-bre a taxa de produtividade en-tre empregados e empregado-res, uma das duas partes pode-rá pedir dissídio, sendo então aquestão resolvida pela Justiçado Trabalho, que determinará,a taxa de produtividade. E éneste caso que se apelará paraa regulamentação da Lei Sala-rial. Ela trará alguns paráme-tros sobre a produtividade, nãouma fórmula para orientar osjuizes.

Assim, a Justiça Trabalhista,se considerar que não tem ele-mentos suficientes para julgara questão, poderá recorrer aperitos no assunto, que, funda-mentados nos argumentos depatrões e empregados, em seuspróprios conhecimentos e emnúmeros da economia brasilei-ra sugerirão uma forma pararesolver a questão.

Aparentemente, segundo as-sessores econômicos do Mtais-tério do Trabalho, a taxa deprodutividade pode dar a im-pressão de que é algo confusa,extremamente difícil de ser afe-rida e excessivamente polêmi-ca. Todavia, eles sáo de opiniãode que a questão náo pode serencarada de tal maneira.

Recordam, por exemplo, ci-tando o Ministro do Trabalho,

que a produtividade veio paraficar, nas negociações salariais,onde deve ser discutida racio-nalmente pelas duas partes. Ecom o desenrolar das discus-sóes, a cada ano, o diálogo en-tre patrões e empregados seráfortalecido, abrindo e solidifl-cando o caminho para que aprodutividade seja encontradapelas duas partes sem muitostraumas.

Nem mesmo os casos conslde-rados dificeis de apurar a pro-dutividade, como o de professo-res, médicos, jornalistas, lixei-ros, ascessoristas, porteiros, en-tre outros, sáo tidos como desolução inexistente pelo Mtais-tério do Trabalho. No entanto,o próprio Ministro Murilo Ma-cedo não desce a pormenores,quando instado a mostrar pelomenos uma fresta para se abriro debate sobre a discussão daprodutividade naqueles casos.

Alguns de seus assessores,porém, embora sem ampliar ohorizonte da questão, lembramdois pontos que acreditam serfundamentais: antes da novaLei Salarial, o Governo fixava oreajuste salarial, incluindo a ta-xa de produtividade, que osci-lava entre 2% e 4%, e atualmen-te o Govemo fixa apenas o rea-juste, que acompanha o custode vida, deixando a taxa deprodutividade para ser acerta-da no diálogo entre patrões eempregados.

Números à parte, porque nemsempre, mesmo com a nova LeiSalarial, o reajuste pelo INPC

acompanha o custo de vida, ca-so dos que ganham mais de 12salários-minimos por mès, o SrMurilo Macedo entende quecom o correr do tempo a ques-tão da produtividade deixaráde ser um assunto intratável.Afinal, desde novembro traba-lhadores e patrões passaram ater de pensar na produtividade.Com o tempo, as duas partesterão que acabar se entenden-do, encontrando formas e fór-mulas de acertar a produtivi-dade.

Nos casos de difícil apuração,há os que acreditam, dentro doGovemo, que eles acabarão porser resolvidos sem muitas difi-culdades, porque, afinal, todosdevem ter, no mínimo, cons-ciência do que produzem, emoutras palavras, se sua produti-vidade está ou não aumentan-do a cada ano. Assim, espera-Sfeque sindicatos de trabalhado-res e de patrões, com o decorrerdo tempo passem a ser maisfreqüentados, gerando umaparticipação maior de todosnos debates, não só da produti-vidade mas também de outrostemas afetos às relações traba-lhistas.

Mas a questão, enquanto oscaminhos para se achai a taxade produtividade estáo sendoabertos, é também preocupa-çáo do Governo, que tem deresolver o problema da produti-vidade das empresas onde temparticipação e que estáo vincu-ladas ao Conselho Nacional dePolitica Salarial (CNPS), como

as estatais e concessionárias deserviços públicos, principal-mente.

Na próxima semana, um gru-po de trabalho, formado porassessores governamentais, re-presentantes de empresas e tal-vez de empregados, começaráas primeiras discussões sobreprodutividade, especificamentee das empresas vinculadas aoCNPS. Pretende-se, com isso,encontrar soluções para a pro-dutividade, inclusive fórmulas,que poderão, se assim estive-rem de acordo empregados eempregadores das áreas náovinculadas ao CNPS, até mes-mo serem adotados por todos.

Estas fórmulas, contudo, náodeverão surgir de imediato,principalmente porque a pro-dutividade, em termos de baaepara aumentos salariais e, ata-da, uma questão praticamentedesconhecida de todos. E elasvariaráo de acordo com a ativi-dade da empresa e do setor aque pertencem É desejável,contudo, segundo assessoresgovernamentais, que daqui aalguns anos todos sejam técni-cos em produtividade, como jásão, aliás, em futebol.

Enquanto náo se cria a Confe-deraçáo Brasileira de Produti-vidade, ò Ministério do Traba-lho, vai acumulando uma sérieinfindável de estudos sobre aquestão. Estudos que servem,lembram os assessores paraampliar os debates e os conhe-cimentos sobre o tema, aindamuito polêmico, por sinaL

mm

D

Page 25: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

24 JORNAL DO BRASIL Coderno

FalecimentosRio d* Janeiro

Carlos de Oliveira Guimarães,80, em casa na Avenida Atlántl-ca, Copacabana, natural do Riode Janeiro, casado com Car-mem Zaya Guimarães, aposen-tado, tinha cinco fllhos. Infec-çáo Intestinal e choque séptico.Eurico Fernandes Corrêa, 88,comerclârlo, casado com Aris-to te llna Rodoptano Corrêa, emcasa na Rua Fernandes Gulma-rfies, natural do Rio de Janeiro,acidente cerebral encefálico.Henedina Mendes dos Santos,93, na Rua Marquês de Abran-tes, no Flamengo, viúva, para olar, natural do Maranhão, lnsu-flcléncia respiratória broncop-neumonia.Dino Pimentel do Valle Silva,17, estudante, em casa na Nos-sa Senhora de Copacabana, na-tural do Rio de Janeiro. FÜhode Camillo Goije do Valle eTherezinha Pimentel do Valle8ilva. Câncer. No CemitérioSáo João Batista.Manoel da Silva—68, em casa,na Estrada Intendente Maga-lhàes, comerciante aposentado,casado com Maria do Carmo deOliveira, insuficiência respira-tória.Lyses de Oliveira Couto, 62, noHospital da Lagoa, aposentado,62, Natural de Minas Gerais,sem Blhos, broncopneumonia.Flori Fellipe, solteiro, 53, noHospital Miguel Couto, não dei-xou fllhos, era residente na RuaFernando Magalhães. Pneumo-nia aguda.Maria de Lurdes Oliveira, 84,natural do Rio de Janeiro, aci-dente vascular cerebral, naAvenida Rui Barbosa, no Fia-mengo.

EstadoRaul Pedreira Passos, 87, emBelo Horizonte. Baiano de Sal-vador, foi diretor do Departa-mento de Identificação da Se-cretaria de Segurança Públicade Minas e vereador na Capitalmineira.Casado com Consuelo Bhe-ring Passos tinha seis fllhos:Ney, Marita, Enio, José RaulRegina e Sílvia — 10 netos édois bisnetos. Insuficiência res-piratória.

Polícia

prende

quadrilhaOutra quadrilha especiali-

zada em invadir residênciaspara roubar foi presa ontem àtarde no Recreio dos Bandei-rantes, depois de uma trocade tiros com os policiais ondeum bandido, Jefferson Wil-liam Treton, 21 anos, foi feri-do na perna esquerda. A poli-cia apreendeu três revólveres,duas navalhas e muita mu-nição.

A quadrilha assaltava a ca-sa de veraneio de Camilo Co-lonesse, que estava ausentecom a família, na AvenidaSernambetiba, quando o ca-seiro João de Deus Oliveiraviu os bandidos e telefonoupara a radiopatrulha e a 16"DP. Minutos depois, o quar-teirào estava cercado por 30policiais.ASSALTOS

Os assaltantes fugiram pe-los fundos e correram para aAvenida Serbambetiba, ondetrocaram tiros com os poli-ciais. Depois que JeffersonWilliam foi baleado, os bandi-dos correram para um mata-gal, mas foram agarrados porsoldados da PM da patrulha54/0787. São eles Carlos Al-berto da Silva, 33 anos, e LuísAlberto de Lima, 20.

Os três bandidos moramnuma favela no subúrbio deVila Valqueire e disseram, na16' DP, que só assaltavamcasas na Barra da Tijuca e noRecreio dos Bandeirantes,nos fins de semana e duranteo dia. Confessaram oito as-saltos.

Censura

combate

a gíriaBrasília—O Ministro da Jus-

tiça, Ibrahim Abi-Ackel, reco-mendou à Censura que fiscalizeo uso de gíria e palavras chulasno rádio e na televisão. Peloscritérios que estão sendo exa-minados no Ministério, peçasde teatro e filmes com cenas deatos sexuais não escaparão àproibição para menores de 18. Eos menores de 14 anos não po-derão ver nem mesmo cenas deroubo e assalto.

Para avaliação do próprio Mi-nistro, o diretor da Divisão deCensura, José Vieira Madeira,está colhendo informações dosserviços regionais sobre o des-respeito ás programações dastelevisões às decisões da Cen-sura.

O Ministro pretende convo-car de novo representantes dasemissoras de rádio e televisão

,para discutir o anteprojeto deregulamentação da lei 5 536,que estabelece os novos crité-rios censórios. Acha o Ministroque a reunião da semana passa-da em Brasília não deu nenhumresultado.

O Conselho Superior de Cen-sura se manifestou preocupadocom os conflitos já observadosna legislação de censura porcausa da farta e esparsa gamade decretos, leis, portarias eavisos sobre o assunto..No últi-mo dos 3) artigos da propostade regulamento, ficou estabele-cido que "enquanto tiâo se con-solidam as normas de censura(...) continuam em vigor todasas demais disposições que nãocontrariem o presente regula-mento".

Mo de CrUtina Paranogoá

A maioria das pessoas que foram ao enterro do Tenente eram policiais

Enterro de Tenente PM morto

por bandido reúne 1 mil

pessoasMil pessoas — a maioria poli-ciais — foram ao enterro do

2o Tenente PM Jerônimo Anto-nloCosta Pereira, 25 anos, quesexta-feira pela manhã foi mor-to com um tiro de escopeta nopeito—disparado pelo bandidoJulinho, na Favela do Cação,em Itaguaí, que também mor-reu — ao tentar, com outroscolegas, prender uma quadrilhaintegrada por fugitivos da IlhaGrande.

Meia hora antes do enterro,um homem armado deixou nacatacumba um bilhete, assina-do por Mão Branca, porta-vozdo Esquadrão da Morte, afir-mando que estava "resolvido aparar", mas, como "luta por um

.Ideal", e perdeu mais um com-panheiro, será "dente por den-te, olho por olho", isto é, "umpolicial igual a 20 bandidos".MOVIMENTO

Dezenas de coroas foram en-viadas por quase todas as uni-dades da Polícia Militar e pelaColigação dos Policiais Civis doEstado do Rio de Janeiro, re-,presentada por seu presidente,detetive Walter Hyll, e pelo 2°vice-presidente, escrivão Mil-ton Bioni. Este disse que, "infe-lizmente, os policiais só seunem nessas horas, de dor, lutoe morte"."Precisamos interceder juntoàs autoridades para que as leissejam reformuladas ou nelas in-cluída a defesa do policial. Te-mos que desentocar os bandi-dos, onde quer que eles este-jam, mas para isso precisamosde um mínimo de defesa, que sóo Judiciário pode nos dar", sa-

lientou o presidente da Coliga-ção, que iniciará movimentonesse sentido, para o qual pedi-rã o apoio da Associação dasAutoridades Policiais.

HOMENAGENSPouco antes de chegar, à se-

çáo A do Cemitério de Irajá, ocaixão com o corpo do TenenteJerônimo, carregado por alunosda Escola de Formação de Ofi-cias e colegas da 2a CompanhiaIndependente de Polícia Mili-tar, passou diante de um pelo-tão do Batalhão de Choque for-mado por 30 praças, comanda-das pelo Aspirante J. Neto.

Foram disparadas, nesse mo-mento, três salvas de tiros comos antigos fUzis FO. A passoslentos, a urna foi levada até agaveta n° 50 da seção A, quan-do a Bandeira Nacional que aencobria foi retirada, seguindo-se o sermão do capelão. Muitagente se comprimia na estreitarua do cemitério e muitas pes-soas tiveram que subir nas se-pulturas.

A cerimônia fúnebre compa-receram o representante do Go-vemador Chagas Freitas, Coro-nel PM Neylson Rebouças, e orepresentante do Secretário deSegurança General EdmundoMurgel, Tenente-Coronel PMPaulo Madureira Gurgel. O Co-mandante Geral da PM, Coro-nel do Exército Aníbal de MeloHenriques, disse: "Evidente-mente, a corporação está pre-parada para receber impactoscomo este, devido ao aumentoda força repressiva. Foi sem dú-vida um fato constrangedor e a

imolaçào do Tenente Jerônimoservirá de estímulo à corpora-çáo na luta contra o crime."

Em sermão, o Capitão-Capelão José Rafael Pinheirodisse que "o Tenente Jerônimocumpriu o juramento prestadono dia em que recebeu a espadano pátio da Escola de Forma-ção de Oficiais, quando jurou,com o risco da própria vida,defender a lei e combater o cri-me". O pai do oficial, João An-tônio Pereira, chorava muito,abraçado a um outro filho, Ma-noel, que também chorava."MÃO BRANCA"

Às 10h30m — 30 minutos an-tes do sepultamento — um ho-mem moreno, estatura média,cabelos curtos e pretos, vestin-do calça cinza e camisa socialazul, por fora da calça, onde senotava na cintura uma arma,deixou na catacumba onde se-ria enterrado o Tenente Jerôni-mo o seguinte bilhete, escritoem vermelho numa folha de ca-derno escolar espiral:

. "Mas um companheiro queperco na luta contra os porcos.Até ontem estava resolvido aparar, mas não sou conto decarochinha, mas sim luto porum ideal. Dente por dente, olhopor olho. Um policial = 20 ban-didos."

Como assinatura, uma mãoespalmada e no centro a pala-vra branca. O bilhete foi reco-lhido por agentes do serviçosecreto da PM. Os oficiais dacorporação não quiseram co-mentar o fato.

AVISOS RELIGIOSOS

DR. CLAUDE RUEFF

AGRADECIMENTO

¦ A. A família do Dr. CLAUDEXX RUEFF, sensibilizada, agrade-

V ce todas as manifestações de

pesar recebidas por ocasião do seufalecimento. (P

ABRAM GHITNIC* (FALECIMENTO)

A Cecília Ghitnic, Luiz e Anabela Ghitnic eV/ y filhos. Branca e Froim Wakswasser eAA filhas. Aron e Zaida Ghitnic e demaisy parentes constérnados comunicam o se-

pultamento de seu esposo, pai, sogro,avô e irmão, ocorrido no dia 7 de março último.

BENJAMIN

AIZENMAN

Z'L

a_ Esposa, Filhos,Noras e Netos,comunicam o

seu falecimento ocor-rido em Petah Tikva— Israel em 26r02-80.

Nelson se

abraça com

Dr AlceuNelson Rodrigues e Alceu

Amoroso Lima fizeram as pa-zes, se abraçaram e juraramamizade eterna, "para além damorte"

Dessa forma, em encontro demeia hora que teve lugar quln-ta-felra, no Centro do Rio deJaneiro, chegou ao fim uma ve-lha inimizade da inteligênciabrasileira. Os detalhes e o diálo-go da reconciliação estão narevista Vej&desta semana, quededica, sua capa a Nelson Ro-drigues, cuja nova peça, A ser-pente, acaba de estrear no Tea-tro do BNH.

A contenda entre os dois inte-• lectuais foi longamente alimen-tada em crônicas nas quais Nel-son Rodrigues, agora com 67anos, habitualmente atacava oDr Alceu. Amoroso Lima ja-mais respondeu aos ataques.Nelson é um possível candidatoa uma vaga na Academia Brasi-leira de Letras, à qual já perten-ce seu antigo desafeto. O en-contro, no entanto, não tevecaráter eleitoral, assunto quefoi tratado muito discretamen-te na ocasião.

Português

é morto

em IpanemaO português Donzil Pires daCruz, 64 anos — dono de umaherança, da ex-mulher, mortahá cinco anos — foi encontrado

morto, ontem, amarrado e en-capuzado, no interior de suaresidência, na Rua Barão daTorre, 348, ap. 301, em Ipane-ma. O corpo apresentava sinaisde torturas e estava em adian-tado estado de decomposição.

Alfaiate aposentado peloINPS, Donzil vivia sozinho etinha uma empregada — mula-ta de 50 anos presumíveis —que um dia por semana fazia alimpeza do apartamento. Elefoi visto pela última vez naquarta-feira passada, quandofez cobrança da venda de duasde suas casas, em Jacarepaguá.A polícia acredita que ele tenhasido vitima de um assalto.CORDA DE "NYLON"

Segunda dona Celina Miran-da, moradora no apartamento302, diariamente comprava pãoe leite para o protuguès. Naquarta-feira, ele a avisou queiria fazer cobrança de duas ca-sas que vendera, na Estrada doTindlba, 65, em Jacarepaguá.Iria receber, pelas prestações,Cr$ 20 mil de uma e Cr$ 15 milde outra.

Voltou às 16h e, na manhã dequinta-feira, o pão novamentefoi deixado no parapeito da es-cada. Sexta-feira, o páo conti-nuava no mesmo lugar, ao mes-mo tempo em que a empregadaque fazia a faxina, cujo nomeela náo sabe, chegou e tocou acampainha, sem ser atendida.Ela esperou até às lOh e como oportuguês não apareceu, foiembora. Ontem, devido ao maucheiro, dona Celina resolveuavisar aos enteados do portu-guês, Ventura Pereira Carvalho(Rua Ataly Aguiar, 60—Taqua-ra, Jacarepaguá) e João Pereirade Carvalho (Rua ProfessorViana da Silva, 191 — Vila daPenha). Os dois chegaram noapartamento, resolveram co-municar o fato aos policiais da13a DP. Foram solicitados osbombeiros de Copacabana, quearrombaram a porta do aparta-mento. O corpo estava no quar-to de vestir com as mãos e ospés amarrados para trás comcordas de nylon e encapuzadocom uma toalha. As chaves nãoestavam na porta, e as janelasdos quartos, que dão em frentea Praça N Sa da Paz, estavamabertas embora, a polícia tenhaachado que os criminosos tives-sem as chaves e fugiram comelas. Era dono de uma conside-rável herança herdada pela suaex-mulher Laura Pereira d^Cruz que morreu há cinco anos,com 70 anos. Todo o prédio daRua Barão da Torre, 348 per-tencia a Donzil. Tem 4 andarese 8 apartamentos, onde ele pas-sou a vender todos os aparta-mentos, ficando, entretantocom o que morava, que tam-bém estava à venda.

i

Salvador

de golfinhos

é detidoTóquio — Foi preso ontem oecologista norte-americano,

nascido no Havai, Dexter Cate,de 36 anos, que havia cortadouma rede de cordas para salvardo sacrifício golfinhos que se-riam apreendidos na ilha de Iki.Cate confirmou na Justiça

que cortara a corda para salvar250 golfinhos aprisionados pe-los pescadores, que vendem suacarne para ser usada em fertili-zantes.

JOÃO 00 NASCIMENTO

PERPÉTUO

MISSA DE 7° DIAJ, Diva Isabel Marques comunica o falecimentoT de seu. companheiro JOÃO DO NASCIMENTO

I PERPETUO ocorrido no dia 3 do mês emcurso, no Hospital da Beneficência Portuguesa

— SP, e convida seus amigos para a missa que farácelebrar na intenção de sua alma no próximo dia 11,às 11 horas na antiga Catedral — Praça XV deNovembro.

OLGA MENEZES PRADO

MISSA DE r DIA

tAlmerio

e Suelly Marques Ladeira, filhos, genros, nora enetos, Celita Menezes Prado, Abgar e Maria José Mene-zes Prado, filhos e genro, Jessy Dutra Sayd agradecem asmanifestações de pesar recebidas por ocasião do faleci-mento de sua querida mãe, sogra, avó, bisavó e tia, e,

convidam os parentes e amigos para a missa que mandamcelebrar por sua alma, terça-feira, 11 de março às 18:30h naIgreja Sta. Luzia à Rua Sta. Luzia.

ALMIR DA SILVA GONÇALVES

tA

Diretoria e os funcionários da Voest-Alpinedo Brasil comunicam o falecimento de seuestimado Contador e convidam parentes eamigos para a Missa em sufrágio de sua alma,

a ser realizada às 08:30 hs na próxima 2a feira, dia10 do corrente, na Igreja São José, Rua 1o de Marçoesq. S. José.

? domlngo, 9/3/80 ? !°

Tempo {

®'»

f» .< - I•» l »

A área branco >obre o oceano Atlântico no alturo Ho litoralNorte-Nordeste do Brasil indicu nebulosidade e -huvasassociadas ò zona de convergência mtertropical Uma grande área branca cobre as regiões Centro-Oeste e Norte doBrasil indicando a nebulosidade e chuvas que continuam acair nestas regiões associadas à massa de ar equatorialcontinental. Grande parle da Bahia e de Minas Gerais e osEstados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Paranaaparecem com área escura indicando tempo bom, ausênciade nuvens, temperatura elevada. Uma área branca sobre ooceano Atlântico cobre parte dos Estados de Santa Catarina eRio Grande do Sul. Esta área branca indica a nebulosidadeassociada ò uma frente-fria semi-estacionaria O Uruguai e

qrnrfí*- oort' íf. ^rgpntinr» irw i ''tx-Unescuro ndicundo <empo hom leinpemi >\iotpuma novo frente-fria bem no Sul do Afqentnio ,xi aihira deBahío Blanço

As »mog«n* do intélrte .Txtf^wnlògiro ióorecebida* diariamente pelo ln*t»t«rto de P«*qiii»o* hi»-ciai» em São ioté do* Campo» SP A» 'mogem *ãotransmitidas em infravermelho Nelas os Orem branca»indicam temperaturas boinas eai areas preta* tempera-fura» elevada» Qeterminondo-«e o temperatura da»áreas branca» e das áreas preta» pode »e, com uma«cala cromótica, determinar a temperatura da superfj-cie da ferra, das ma»»a» de ar e da topo da» nuven».

NO RIO O MAR A LUA

Claro a parcialmente nublado Tempe-ratura estável. Ventos Norte fracosMáxima de 36,9 em Bangu e mínimade 20,5 no Alto do Boa VistaO SOL

NascerOcaso 5h52mI8hl5mA CHUVA

PRECIPíTAÇAOímm)ULTIMAS 24 HORAS 0.0ACUMULADA ESTE MÈS 00NORMAL MENSAL 133 1ACUMULADA ESTE ANO 1516NORMAL ANUAL 1075 8

MaresRio/Niterói Preomor04h01 m/0 6m e 07h56m'0.9m Bauo-mar I6h2l m/0 5me 23h46m/100mAngra do» Rei» Preamar02h27m/0.5m e 06h07/0 8m Bai*a-mar 14h54m/0.5m 19h06m/0 8m e21h36m'0.9mCabo Frio—Preamar 0lhl4m'0.6me 06h23m/0.8m Bamamar —13h48m/0 5 e 20hl0m/0 8m

Temperatura»

DMINGUAOTEApartirde ho|e

a

16/3

Dentro da baiaFora da barra 2020CHESCENTE CHEIA23/3 d'" 310»

NOS ESTADOSBoa Vifta — Pte nub a nub Temp estável Ventos NEfracos. Manaus Nub. c/chuvas esparsas Temp estávelVentos: NE/fracos. Máximo, 34; mínimo. 22,3. Moca páPte. nub. a nub. Temp.. estável. Ventos Norte fracosMáxima, 33,4; mínimo, 20,3 Belém Nub a encobertoc/chuvas esparsas. Temp.: estável Ventos E/NE fracos Maxi-ma, 30,2; mínima, 22,2. S. Luís Nub. a encoberto Temp :estável. Ventos: NE/E fracos Máxima, 29.9, mínima, 22,20.Teretina — Nub. a encoberto c/chv Temp.. estável. Ventos:NE/E fracos. Máxima, 30,1; mínimo. 20,1. Fortaleza Nuba encoberto c/chv. Temp : estável. Ventos: NE/E fracos.Máxima, 29,4; mínima, 22,6. Natal - Nub. c/chv ocasio-nais. Temp.: estável. Ventos: E/fracos a moderados Máxima,30,1; mínima, 22,4. João Feitoo Nub. c/chv. ocasionais.Temp.: estável. Ventos: E/fracos a mod. Máxima, 29,8,mínima, 22,3. Recife — Nub c/chuvas ocasionais Temp.:estável. Ventos: E/fracos a mod. Máxima, 29.5; mínima,21,3. Maceió — Pte. nub. a nub c/pancadas ocasionaisTemp.: estável. Ventos: E/fracos a mod. Máxima. 28.9,mínima, 20,6. Arocaju Pte. nub a nub. c/pancadasocasionais Temp. estável. Ventos: E/fracos a mod Maxima,29,1; mínima, 21,7. Salvodof — Pte nub. a nub. suieito ainstab. Temp.: estável. Ventos: E/fracos a mod. Máxima,27,6; mínima, 22,2. Vitória - Claro Temp.. estável. Ventos:Norte fracos. Máxima. 31; mínima, 23,4 Rio de JaneiroClaro a pte. nub. Temp . estável Ventos: Norte fracos.Máxima, 36,9, mínima, 20,5 B. Horizonte Claro a pte.nub. Temp.: estável. Ventos- Norte fracos Máxima. 30.4,

^mínimo, 17,4. Brasília — Pte. nub suieito a instab. passa-' geira. na parte da tarde. Temp.: estável. Ventos: NE/E fracosMáxima. 23; mínima, 17. São Paulo Pte nub. suieito ainstab. na parte da farde. Temp.: estável. Ventos variáveisfracos o moderados Máxima, 30,6, mínima, 21,2. Curitiba— Pte. nub. a nub. Temp.. estável. Ventos: NE/E fracos.Máxima, 27,2; mínima, 18 Florianópolis — Pte nub. a nub.Temp.-. estável. Ventos: NE fracos. Máxima. 29,4, minima,22,1 Porto Alegre — Nub. c/chv e trv. isoladas. Temp:estável. Ventos: NE/E fracos a moderados. Máxima, 28,2;mínima, 22,7. Rio Branco Nub. c/chv. ocasionais Temp.:estável. Ventos: variáveis fracos. Máxima, 32,2; minima,22,2. Porto Velho -- Nub. c/chv. ocasionais. Temp.: estável.Ventos: variáveis fracos. Maxima, 35; mínima. 21,2. Goiâ-nia — Nublado Temp. estável. Ventos: NE/E fracos. Máxi-ma, 29,9; mínima, 28. Cuiabá Nub c/chv esparsas e trv.

¦r ¦ ¦

TSf ; . /

ttfNft ft'* *AAAA jL " ~t

ANÁLISE SINÓTICA DO INSTITUTO NACIONAL Oi METÇO-,ROLOGIA frente fria d atividade modeiada localizada^*»litoral Norte do R G do SulAnticidone polar c/ centro de 1016 MB localizado a 35°S55°W ,; fisoladas Temp estável Ventos N/NE fracos Máximo. 30.4rmínima, 22 (tampo Grande Nub c/chuvas esparsos e trv.isoladas Temp estável Ventos. fc/NE fracos

NO MUNDOAmsterdã. 7, nublado, Atenas. 14, nublado, Bancoc. 36,ensolarado; Beirute, 19. ensolarado; Belgrodo. 11. nublado;Berlim, 7. nublado, Bogotá, 20, ensolarado. Rruxtla». 8.chuvoso; Buenos Aire», Cairo, 26, ensolarado Caroço», 28,nublado; Chicago, 1. neve, Copenhogue 2, nublodo, Curiti-bo. 29 ensolarado, IXíblin 9. nublado. Estocolmo, 0. en^lo-,rado, Francfort 10. nublado. Genebra. 10. chuvoso. Hilsirv.qui. 0. ensolarado. Jíirusalém. 20, ensolarado, r- '•*

Assaltantes armados roubam

de gerente e hóspedes de

hotel de Ipanema Cr$ 126 mil

Quatro homens armados assaltaram, na madruga-da de ontem, o Hotel Arpoador Inn, na Rua FranciscoOtaviano, 177, em Ipanema. Imobilizaram o gerenteJosé Josino Alves da Silva e quatro hóspedes, dos quaislevaram Cr$ 126 mil, relógios e outros objetos; em-seguida fugiram num Passat amarelo, cuja placa nãofoi anotada.

Os assaltantes, todos pretos, dois usando barba,agiram com rapidez e precisão. Minutos depois, assus-tados, os hóspedes — na maioria turistas argentinos eamericanos — providenciaram a volta a seus países.Esse foi o segundo assalto a hotel em menos de umasemana.

INVASÃOOs quatro hóspedes conver-

savam no salão de entradaquando os bandidos entraram eanunciaram o assalto, amea-çando todos de morte, caso rea-gissem. Do gerente, roubaramCr$ 20 mil, relógio e outros obje-tos. Dos quatro hóspedes, todosargentinos, roubaram: de Hec-tor Campos, Cr$ 16 mi] e reló-gio. Este revelou que é a segun-da vez que é roubado no Brasil.Na primeira, há dois anos, naAv. Atlântica, dois assaltanteslhe roubaram Cr$ 50 mil e obje-tos de uso pessoal.

De Jorge Jaun Sanches —que foi obrigado a ficar com orosto contra a parede — os la-drões levaram um relógio que,segundo ele, está avaliado emCr$ 1 mil, Hector Raul Mijanaperdeu Cr$ 60 mil, relógio euma máquina fotográfica. Se-gundo ele, o restante de seudinheiro estava no cofre do ho-tel. no qual os assaltantes nãomexeram; Carlos Allende Se-nos perdeu Crt 30 mil, relógio eóculos.

Os assaltantes levaram, ain-da, documentos do carro VT-3480, alugado por Hector Cam-pos na locadora Nobre.

- > >

Cardeal vem-

de Roma senr

ver o Papa -

Sem nada de concreto sobre avisita do Papa Joáo Paulo II aoBrasil, em junho, voltou ontemde Roma o Arcebispo de Forta-leza Dom Aloisio Lorscheider.O Pontífice náo pôde recebe-lopara tratar do assunto por estar,•muito resfriado. O NúncioApostólico, Dom Carmine Roc-jco, ficou em Roma com a mis-são de acertar os detalhes davisita e deve chegar semanaque vem com toda a programa-çáo pronta.

Dom Aloisio esteve no Vat£cano para reunião da Congre-gação dos Religiosos e queriaaproveitar para acertar tudosobre a visita papal Levou rela-tório com algum elementos que-podem ajudar João Paulo ILa-conhecer as cidades que podem'estar em seu roteiro. Levoutambém proposta aprovada pe-la CNBB em que se pede acanonização do Padre José dêAnchieta.

LARIETTE FERREIRA MOASSAB(MISSA DE 7° DIA)

tMaj.

Brig. Guido Jorge Moassab, Guido e Paulo agradecem sensibili;zados a todos que se manifestaram por ocasião do falecimento desua querida esposa e mãe e convidam os parentes e amigos para a.

Missa em intenção de sua boníssima alma, 43 feira, 12 de março, às 10:00horas na Igreja Santa Margarida Maria — Fonte da Saudade — Lagoa.

CLELIA FALCAO DE CARVALHO

(MISSA DE 7" DIA)

tVALDECY

A. DE CARVALHO, filhos, irmãos, cunhados e sobrinhos, sensibili-zados, agradecem as manifestações de pesai e carinho recebidas porocasião do falecimento de sua querida esposa, mãe, unia, cunhada e tiaCLEIA e convidam para a Missa que mandam celebrar em intenção de sua-

alma, amanhã, segunda-feira, dia 10, às 10:00 horas, na Igreja da Candelária. (P"

D

?

¦

?

Page 26: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

JORNAL DO BRASIL ? domingo, 9/3/80 ? 1" Coderno TURFE - 25

•¦*x • ¦ BE*.' ¦ ~;<v ¦ Hl ¦•¦•*»¦•. ** -w<.w.

-: ~\l:.;^::-^^ . ._

"'.?'*

™ ~

^ J| - v >

, ' ' ' ' ""¦ ¦**'¦ -r. v':?,/.,:;, .,W'''¦ ... ¦ " : '.....:;;- >' .:i«S» .. .. .. Jj * Sfe- ^c.... V,,.,^ S -^W «. . . ,

llozone estd em otiinas condigoes de treinamento para correr o Handicap Extraordindrio em dois quilometrds hoje a tarde, em pista de grama

Foto de Jote Com ik> doSllv

¦>l • V?-" >V.

*®**• 4IHI I¦... :'; ' '¦. .' - <

;^:i> :. .si.'":'- :¦y-: vi" ¦ • • •.•*«•: \ %.

*. Svv-' -. .\yv - V

r.

I-# IISÉ . ¦ ..•:. ^llozone está em ótimas condições de treinamento para correr o Handicap Extraordinário em dois quilômetros hoje á tarde, em pista de grama

55 2,20 12 8,4055 1,90 13 5,5055 8,70 14 1,8055 9,00 23 14,9055 3,90 24 7,0055 18,90 33 47,90

54 2,20 11 8,0052 4,50 12 2,4057 6,20 13 11,2057 16,40 14 10,1057 3,20 22 2,4057 16,80 23 6,1058 6,00 24 8,3058 12,80 33 79,50

56 4,00 12 3,1055 4,00 13 7,8052 5,50 14 5,604,20 23 3,7057 1,80 24 3,1051 17,30 33 42,00

H

Quenoir vence a

* >

prova especial

Com autoridade

Quenoir, Kamel em Gambuesa, venceu a prova espe-c)al'de ontem no Hipódromo da Gávea, em 1 mil metros napista de grama, marcando o tempo de 58s3/5. G F. Almeidafoi um jóquei tranqüilo no dorso do pensionista de G. F.Çantos.A luta pela segunda colocação foi bastante dific.il entreTeabino, Adelfo e Eli Klng, com vantagem para o pilotadoqe J. Pinto que conseguiu uma ligeira vantagem no flnal¦obre os seus adversários. O favorito Atop Sln correu poucoi terminou em quinto lugar muito apagado. A carreirainicial para potros de dois anos, foi ganha por Enfoque,Jutía em Collislon, que deixou em segundo Látex. O tempodo ganhador para os 1 mil 200 metros na pista de areia levefoi de lmlSsl/5.i t

1 ' I" PÁREO — 1200 metro. — Pitto — AL — Prímio Cr$ 95.000,00.j1° Enfoque, F.N. Pereira,2o íatex.L Januário3o sorteado, A Oliveira*4° Nightmon, E.B.Queiroz,5® Farol do Barra, J.M.Silva6° Lorrio, M. C. Portoi iOif. 2 corpos e vários corpos - Tempo — 1'I5"1 venc (6) 2,20 — Dup (14)1,80 — plocé - (6) l,30e(l) 1.20 Mov. do páreo Cr} 797.890,00. ENFOQUEM C 2anos--SP—- JucoeCoIlision criador Haras Itaiassu Propr. João C.Feixoto de Catlro Palhares — Treinador — L. Coelho.

7 PÁREO — 1000 mirai - Pitto - GL ¦ Prlmki Cr$ 58.000,00:« Io Timofous.w. Coita; 2° Joema.J.B.Fonseca3° Bfa-Bla-Brás,LGonzalez4o CzarlstiaCaterina.F. Pereira< 5° Vittel,A.Oliveira

, e «uvlla.J. Garcia7° Imatura,J.Ricardo\ 8° Divindade,E. Marinho

N/CM; FIRACAIA • BALA 0E OURO.iDif.-y-.DtJPLAEXAlA (05 01) Cri 11,40 — DIF. — 2 corpos e 3 corpos Tempo -) 1 'OQwtnc. — (5) 2,20 - - Dup. (12)2,40 plocé-(5) 1.60c (1)2,00 Mov. do, párqo Cr$ 1.074.070,00. TIMOROUS—F. C. 6 anos— RJ Tuyuli II e Muette'criador — Haros Fronteira — Propr. — Haras Santo Augusto — Treinador — J. B.i Silva.

¦r PÁREO —1000 iMtKM — PMa — GL —Pr*mio Ct$ 15.000,00. (P. ESPECIAL)1* CINTEMÁRtO DA ASSOCIAÇÃO DOS EMPREGADOS NO COMERCIO DO RIO 01JANEIRO)tt;

» 1°»^uenoir,G. F.AlmeidaT TeuinoJ. Pinto3°'*delfo,LGozales40 EliKing,J.M.Silva. 3° AlopSln,J. Ricardo' tf latagáo.R. Macedo

Oif. — 1 1/2 corpoe 1/2 corpo —Tempo—58"3 venc.— (6)4,00 —Dup. —(14)- 5,M - plocé — (6) 2,20 e (I) 2.10 — Mov. do páreo CrS 1.297.580.00. QUENOIRM. T. 4 anos — RS — Kamel e Gambuesa — criodor e Propr. — Haras Santa Ana dot Rio Grande — Treinador — G. F. Santos.

, 4" PÁREO — 1400 metro» — Pitto — GL — Primlo CrS 68.000,00.1 l*'Ofé*,E.R. Ferreira 57 8,80 II 9,60

T Dnolk.f, Pereira 57 10,10 12 2,40, * ElleONuUEacobar 57 1,90 13 7,404> DwhlngGal.G.F. Almeida 57 10,10 14 3,605* Anhomot,A.Oliveira 57 2,50 23 9,40tf Ardoroeo,J.M.Silvo 57 2,70 24 3,00

WC. AMENDOEIRA. — DIF 1 corpo e 2 corpo» —Tempo —1'26"4 —venc.—(2)•X> — Dup. (13) 7,40 — ploct — (2) 3,80 e (5) 4,70 — Mov. do páreo Cr$1.240.990,00 ORK F. C. 4 ano»—SP—ChioeErinne—Criador — hara» SantaVefènko — Propr. Stud Lawn Tente — Treinodor — E. P. Gxrtinho.

. r PÁREO — 1000 metro» — Pitto — GL — Prtmio CrS 68.000,00.1® Arrobalero,G.Meneses 54 1,60 12 8,80T Quolily Ploce, A. Oliveira 57 5,00 13 10,90y EIModtugodorJ.LMorins 54 9,80 14 2,004® DineBird.J.M.Silva 57 2,70 22 51,50y DonAtonolo.W.Costo 52 9,90 23 12,806° Cisco.CBensabem 55 7,80 24 4,507° Alwcien.J. Malta 52 9,80 33 80,20

Dif — Vários corpos e cabeça — Tempo — 58"2 — Venc. (6) 1,60 — Dup (44) — 3,30Wacé — (6) 1,40 e (5) 2,10 — Mov. do Páreo CrS 1.241.000,00. ARRABAlfRO - M.C. 4 anos — SP— Felicio e Galante ria —Criador e Propr. Haras São José e Expedictus— Treinodor — F. Saraiva.

tf PÁREO — 1400 metro» — Pitto — GL — Prêmio» CrS 71.000,00 .1° BrozilianRose.J.F. Froga 56 8,10 11 75,602° TailorMade.F. Pereira 56 10,70 12 6,603° Biafette.J.Escobar 56 2,20 14 11,90;'4®-.B»rbosa, J.Ricardo 56 2,20 14 11,205° Urn,J.Pinto 56 3,20 22 3,10tf Uberit.G.F.Almeida 56 3.20 23 4.10T Rainha da Noite, P. Rocha 52 17,90 24 2,308°-Je*seJane, A. Ramos 56 20,60 33 38,709°. Caiçara, R. Macedo 56 10,70 34 8,70

M&ISABA1ADUPLA EXATA (04-01) CrS 80.10 — DIF 2 112 corpos e 3/4 de corpo -tempo I '25 1- Venc. (4) 8,10 dup (13) 11.90 Plocê (4) 3,80 e (1) 4,70 Mov. do Páreo Cri1.441.600.00. BRAZILIAN ROSE — F. C. 3 anos SP Orpheus e Old Rose — criadorHoras Sòo José e Expedictus — Propr. Danilo Aieta Treinador J.E. Souza.

7» PÁREO — 1500 metro» — Pitto — AL — Prtmio CrS 58.000,001° 'Vifto Puro, E.R. Ferreira 57 3,50 11 16,502"' Mister Dudu, A. Abreu 58 9,90 12 2,403° Komo.F. Pereira 57 2,10 13 7,104° Sesmo,G.Alves 58 5,30 14 8,205°*Brigond,J.Pinto 57 3,10 22 3,506o Greenness.D. Neto 57 9,20 23 6,007o Ourolivre.E. Marinho 57 21,40 24 4,30

corpo paletaTempo — 1'37"2 — venc. — (2) 3,50 — Dup. — (11) —16,50 — plocé — (2) 2,20 e (I) 7,10 - Mov. do páreo CrS 1.396.710,00. VINO PUROM. C. 5 anos — SP — Kublai Khan e Jouvence — criador — Haras São José eExfhfcfrctus — Propr. — Alfredo de Jesus Rodrigues — Treinador — G. Ullhòa.

r PÁREO — 1300 metro» — Pitto — GL — Primio CrS58.000,00.1°Abecé,Jz. Garcia 56 6,00 11 22,902° lofdDanny,C.Xavier 55 10,90 12 4,70T Vofconic,J.Garcia 55 2,90 13 5,504° CzorRurick.J.F.Froga 55 19,90 14 12,10y.Clivera.J. Ricardo 56 9,70 22 17,90tf5 Dolbion, A Abreu 57 6,60 23 2,60T Agageur.G. F. Almeida 57 13,30 24 6,008o Hoilove.T.B. Pereiro 55 14.10 33 6,609° Fluster,J.B.Fonseca 51 2,40 34 4,901RV>VictordeLufce,W.Costa...» 54 16,10 44 41,20

NC. TUPIQUIÍNDif»«- 1 corpoecabeça - Tempo— 1*19*1 —ven. (10)6,00— Dup. —(14) 12,10— plocé — (10) 3,00 e (2) 4,50 — Mov. do páreo Cr 1.324.560,00. ABtCÊ — M. C. 5ano» — RS — I Say e Quash — criador — Haras São Lauiz — Propr. — Stud SanfAnad».Brasília — Treinador — A. Orciuoli.

^9* PÁREO — 1300 metro» —Pitto — AL — Prêmio CrS 58 000,00.\° Enjambre,F.Carlos 58 2,60 12 9.80-2° Triunfodor.J.Escobor 57 3,00 13 6,703° CondyBoy.F. Araújo 53 7,50 14 2,804o AlceKhan, A.Romos 57 6,60 23 15,805° Duarte,W. Costa 55 2,40 24 3,406o Galopante, A. Ferreira 58 10,50 33 31,50

NM: GAROTAO e SQUINT.Díf. — cabeça e 3 corpos — Tempo — 1 '23"4 — venc. — (6) 2,60 — Dup. — (14) 2.80plpcé (6) 2,10 e (1) 1,80 - Mov. do páreo CrS 968.830.00. ENJ AMBBfc — M A 5ar** — RS — Providencial e Epifanio — criador — Agro-Pastoril Haras Ifapui ItdoTreinador — W. G- Oliveira — Propr. — Stud Biscal.

*ii" 10° PÁREO — 1200 metro»—Pitto—NL —Prêmio CrS 58 000,00.

Montechio.J. PintoT Aciano.M.Voz3? Azulino.G.F.Almeida^ SweetSky.F. ft»reira

58 5,50 II 15,7055 10,40 12 5,40¦58 3,50 13 7.5058 5,40 14 6,80. 54 ...10.30 2258 5,60 23 5,8055 12.70 24 2,9052 5,10 33 11,1055 13,30 34 5.1055 7,50 44 9,2056 5.10

DUPLA EXATA (03-08) Cr$ 49,10 — DIF. — vários corpos e 1/2 corpo — Tempo —1 j4' —venc. — (3)5,50 Dup. (24)2.90 plocé — (3) — 2.90 e (8) 4,30 —Mov. do páreo Cri 1.226.280,00 MONTECHIO M. A 5 anos - SP - Ployboy eGilbeline —criador — Horas Pirassununga Propr — Stud Pluma Treinador —I.Cj BorioneApostas CrS 14 milhões 220 mil 757

Montarias

para

amanhã1° PÁREO—.AS 20h.00m — 1.000 metro»—CrS 78.000,00 Kg1 — 1 Linda Selmw. W Gonçalves 532—-2 Pedro Redonda. G F. Almeida 2 55Capela Sun, A. Oliveira 3 563—4 La Faby, E. R. Ferreira 55DinhaSó,J.M.Silva 5 554—6 Sallamahj. Pinto 6 55Ano íanga.J. Ricardo 7 55

T PÁREO — ÀS 20h.30m — 1.000 nwtro»—CrS 68.000,00 (DUPLA-EXAT A) Kg.1—1 Dona Rosa, J. Ferreira 562 Jalvina.J. M.Silvo 572—3 Talando,G. F. Almeida 57Miss Encerramento, J Ricardo. 573—5 Sweet Mamy,W Costa 57Queen Beatriz. R. Freire 574—7 Harmanda.C. Xavier 55Prodice.W. Gonçaves 57Filustreca.E. Freire 57

3° PÁREO —ÁS 21h.00m —1.000 metrot— CrS 48.000,00 (INICIO CONCURSO 7PONTOS) Kg.1—1 Embalodor,A Ramos 1 582 Pomslx.E. R Ferreira 2 582—3 Bluex.L.Moia 3 574 Tugstènio.J.Mendes 4 553—5 SnowFate.J Garcia 5 58Insouciont, D. Guigmoni 6 58Brucutu.J. Ricardo 7 584—6 Revel,W.Gonçalves 8 56RoyaImo, E. B. Queiroz 9 579 Espaço. M. Peres 10 574o PÁREO — Às 21 h.30m — 2.100 metrot—CrS 81.600,00 Kg.1—1 SirRichard, J. L. AAarins 522—2 Tijolo, J. Pinto 573—3 Escardillo.R Macedo .....3 524 Roger Bacon, J. Ricardo 564—5 Fanuil, A. Oliveira 56

5° PÁREO — Ás 22h.00m — 1.200 rmtro»—CrS 68.000,00—(DUPIA-EXATA) Kg.1—1 Quiabeiro.G. Tozzi 552 Arvik,G.Menezes 572—3 FilhodoRei.W. Gonçalves... 56Bolshevik.J. Ricardo 57Aconitum.J. Pinto 573—5 Continente, W Costa 56Faristan, O. Rodrigues 57Nicolino, A. Abreu 574— 8 GreatBliss.F Lemos 569 Hilador. 6. Alves 10 57íalanco.F. Silva 11 566° PÁREO — A» 22h30m — 1.300 mrtroí—CrS 68.000,00— —Kg1—1 Vi vita, F. Pereira I 572—2 Duinha, A. Abreu 2 57SarçaArdente,G.Meneses.... 4 563—3 Queen Angela, A. Oliveira ... 3 57Gratia Plena, J. Ricardo 5 564—4 Hafar.M. Vaz 6 56Finde Boi, J. Pinto 7 57Navalha, P Cardoso 8 53T> PÁREO — Ás 23h00m — 1.000 mrtro»—CrS 48.000,00— Kg1 — 1 Cirgento.L Januário 55

Quimper, J. Pinto 582—3 Jeraldo.W Gonçalves 56VanGoyen,J.Garcia 563—5 Difundida. J. Ricardo 56

6 Katiripapo, J. Reis 564—7 Rien, J B Fonseca 56Dreamer, J. Malta 55LordTrigo,E.R. Ferreira 55

8° PÁREO — Ás 23h30m — 1. 100 melrot—CrS 58.000,00 Kg1—-1 CerroLopez. J.M. Silva 542—2 LilAbner,G.Alves 58Sweet Sky,W Costa 523—4 Lucchini.E.B Queiroz 54Valéncio.G. Meneses 564—6 Cognac.G F Almeida 55

9° PAREÔ — As 23h55m — 1.200 metrot—CrS 78.000,00—(DUPIA-EXATA) Kg.

Damping Wave

domina campo do

clássico de hoje

1—I Lengo-lengo. F Silvo 532 Galindo.E R Ferreira 56

2—3 Bangalore, U Meireles 56Gran Rio ,J Escobar 56Cannon Shot J Ricardo 563—6 Ubim.G.F.Almeida . 567 Tico-Tico-Rei F. lemos 564—8 Alandez W Costa 569 Baccio D Agnolo. W Gorx;alves 5610 Vif.J Pinto 10 56

.A principal carreira desta tar-de no Hipódromo da Qávea é oGrande Prèinio Henrique Pos-solo, prova do grupo 1, que fazparte da primeira prova da Trí-plice Coroa de Éguas. Esta car-reira é disputada na distanciade 1 mil 600 metros e tem comodotação Cr$ 450 mil, a vence-dora.

Como nome de maior expres-sáo desta carreira, surge a pau-lista Damping Wave, por 'rum-ble Lark em Tereza n, que nadefesa do seu criador e proprie-tário, Haras Rosa do Sul, vemde duas vitórias seguidas empistas de Cidade Jardim. É ogrande nome do páreo, sendodifícil a sua derrota Como pro-váveis adversárias, é bom lem-brar os nomes de Cannelle Da-míscus Bladei e Kaulinha.PRIMEIRO PAREÔ

Radi e destaque nesta carrei-ra. vem (le segundo para Phai-çal. melhorou e deve vender ca-ro a sua derrota Trovatore eDebarek sáo os seus maioiesobstáculos, com ligeira vanta-gem para o pilotado de W Cos-ta que já correu bem em turmamais fórtc.SEGUNDO PÁREO

Falam muito bem do estrean-te Lord Simpatia que na Gãveavai pegar um páreo fraco parasuas forças Gosta da distânciae está muito bem preparadopelo treinador C.Rosa. O retrós-pecto aponta Snow Xelim co-mo forte adversário, principal-mente se conseguir uma boalargada na baliza número um.Turno ainda não correu tudoquanto pode, já que é cavalo demelhor turma Dos outros, es-peram uma melhor apresenta-çâo de Cocoruto, que sabe cor-rer muito mais do que andaproduzindo.TERCEIRO PÁREO

Gráo-Para reapareceu em no-vas cocheiras correndo muitono páreo em homenagem a LuizReis e agora na sua verdadeiraturma deve e pode vencer Oseu companheiro de número,Demigod é um bom reforço, po-dendo até formar a dupla com odefensor do Haras Pemale.Leão do Norte e Abala logodepois, com ligeira vantagempara Leáo do Norte.QUARTO PÁREO

A estreante Mil Folhas conti-nua sendo levada como barba-da na cocheira e, pelo que di-zem, deve ganhar. O seu maiorobstáculo é Kempton Maid,que já tem um ótimo terceiropara Miss Graciosa e Filatova,e agora com mais aguerrirnentodeve vender caro a derrota. Oazar no páreo é Vissage. quecorreu no clássico e nao gostoudo tropel.

QUINTO PÁREOCarreira que poderá ser dlvi-

dida entre Velletri, Famr. eQuality Show, que aparente-mente sáo melhores do que osadversários que irão enfrentar.Reduzindo, Velletri e Farno. de-pois. o conduzido do jóqueiAdai! Oliveira.SÉTIMO PÁREO

Em períodos de melhoras ocompetidor Lagos poderá ga-nhar sem susto destes adversa-rios. O seu maior obstáculo éGcrald. que na grama correumuito frente a Kamm, tirandoum bom terceiro lugar Dos ou-tros. esperam uma melhor apre-sentação de Chare o que vai nadireção de J.M.Silva.OITAVO PAREÔ

Na pista de grama e multopossível que o cavalo Agarapeconsiga uma completa e totalreabilitacao técnica Melhoroue no gramado sus produção so-be consideravelmente O seumaior adversário e Tambi, quetambém ê bom corredor no ta-pete verde e aprontou muitobem para este compromisso.Dos outros esperam uma me-lhor apresentaçao de QuietNow. que náo anda contirman-do em carreira os bons traba-Uios que produz pela madru-gadaNONO PAREÔ

Pelo que dizem nos bastido-res o estreante gaúcho E) Pas-saporte aeve largai e acabarcom o páreo Seu retrospectono Cristal é muito oom e naturma fraca que caiu e quaseuma autentica barbada O ca-valo Desdobrado, com J M. Sil-va, é um nome que nao deve sertotalmente desprezado nasapostas, principalíiiente nestetiro curto de i rnil metros queparece ser a sua distância prefe-rida Xairo é um azar tentadorna prova, principalmente pelosprogressos que vem (ilustrandonas últimas apresentaçõesquando vem chegando cada diamais perto dos vencedores. Oazar e AvançadoDÉCIMO PÁREO

A carreira flnal da reunião dehoje no Hipódromo da Gávea émuito difícil entre Daxalaia, In-chineza, Urena, Tropical Fun eOfama já que todas elas regu-Iam na categoria técnica. Ofa-nia. favorita na última vez, náoconfirmou as esperanças neladepositada, mas, agora, saindona pedra seis é um nome certopara uma total e completa rea-bilitação técnica. Os seus res-ponsáveis acreditam nesta rea-bilitação. Inchineza agora nadireção de um jóquei mais ex-periente é um nome que podeaparecei bem no final, o mesmoacontecendo corn Daxalaia,que já andou misturada no flnalcom turma de maior classe.

Retrospecto

1° Páreo: Trovatore — Radi — Emerillon2o Páreo: Barroc — Devilish Khan —Altai Khan3o Páreo. Grào-Pará — Elais — Abala4" Páreo: Kempton Maid — Vissage —\ ama5" Páreo: Velletri — Verdagon — Farno

6o Páreo: Damping Wave — Canelle —manga7° Páreo. Choare — Revuleto — Lagos8" Páreo: Tambi — El Sol — Jack Boy9" Páreo. Desdobrado — Yuíapá —Krippa1(1" Páreo: Ofama — Belisbebelis — Da-viata a

Velletri é força do Handicap

Io PÁREO — àt 14H00 — 1600 metrot — Farirtelli — 1m37# 2/5 — (Areia)1—I Plotino.J.Escobar 562 Debarek, W. Costa 562—3 Trovatore,E.R.Ferreira 583—4 Ouroville.CMoraado 555 Radi.G.F.Almeiáa 584—6 "Emerillon, J. Ricardo 56

8o ( 8) Smash e Trovatore4o ( 8) Smash e Trovatore3o ( 5) Phaiçal e Radi7o (10) Tuins e Quilotim2o ( 6) Phaiçal e Trovatore4o ( 5) Pahiçal e Radi

1600 NP Im45s4 C. I. P Nunes1600 NP Im45s4. .R. Carropito1600 AP 1 rn42sl. G. Ulloo1600 NU Im44s N. P. Gomes1600 AP lm42sl. G. F. Santos1600 AP 1m42s1. A. Orciuoli2» PAREÔ —à. I4H30 — 1400 imtio. — bcord* — Uro. - Im24. 4/5 — (Areio)4° PAREÔ DO CONCURSO TRÍPLICEDUPLA EXATA

1—1 SnowXelim,A.Ferreira 56 2° ( 8) El Sol e Escamoso 1500 GL lm3Jsl. M.ConejoCalavad6s,J.Pinto 57 8° (11) Colaborador e Barroc 1400 AU Im28s4. G. L FerreiraAltai Khan, J. Ricardo 57 5° ( 9) Al Pataco e Barroc 1500 AL Im35s3. E. P. Coutinho2—4 Rampsar.A.OIiveira 56 5° ( 8) El Sol e Snow Xelim 1500 GL 1 m31 si. W. AlianoBarroc,J.R.OIiveira 57 2° (11) Colaborador e Barroc U00 AU Im28s4. A. A SilvaTurno.F. Pereira 56 4° ( 8) El Sol e Snow Xelim 1500 GL lm31sl. S. P. Gomes3—7 Sambao,J.Malta 57 2° (11) Colaborador e Sambao 1400 AU Im28s4. A. P. LavorDevilish Khan, E.Marinbo.... 56 2° ( 9) Tachim e Cocoruto 1600 AP Im4ls4. R.CostaBoc,M.C.Porto 57 6° (10) Circeu e Nicolino 1200 NL Iml5s3. J. M. Aragao4—10 Cociruto,C.Morgado 10 57 5° (11) Colaborador e Barroc 1400 AU Im28s4. P.Morgodo11 LordSimpatia,D.Neto II 57 2° (11) Conhecido e Jamour (CJ) 1400 AP Im27s3. C.Rosa12 ArtNouveau,G.Meneses.... 12 57 8° (10) Fuscoo e El Sol 1400 AL Im28s3. J. A Lirneira

4o PÁREO —àt 15h30 — 12Q0 metrot —Recorde — Içrtoçan — lml2t2/5 —(Areia)5° PAREÔ 00 CONCURSO TRÍPLICEINÍCIO DO CONCURSO DE 7 PONTOS

1—1 Visiage.E. B.Queiroz 1 552—2 Vaina,J.Ricardo 2" Jocasfer.U.Meirelet 4 553 Tour 0'Aroent, E. R. Ferreira 553—4 Kempton Maid, G. Menetet 55 Letty,J.M.Silva 554—7 Mil Folhos, J. Pinto 7 55Haik.J. Malta 55

7o ( 8) La Divina e Miss GraciosaEstreanteEstreante6° ( 7) Fleet Girl e Hechtia3o ( 8) Miss Graciosa e Filatova4o ( 7) Fleet Girl e HechtiaEstreante5o ( 8) Miss Graciosa e Filatova

1000 AL 1 m02sEstreanteEstreante1000 AL Im02s3.1000 AU Im02s31000 AL 1 m02s3Estreante1000 AU 1 m02s3.5o Páreo —àt 16h00 — 2000 metrot — Recorde — Baronius — 2m00t — (Grama)HANDICAP-fXTRAORDINÁRIO

1—1 Velletri,I.Gonzalez 52 5° (10) Homord e Cop Ferrol 1600 AU Ihi.10^2 F. Saroivo2 Bomborial.J.Ricordo 52 1° ( 7) Improvisor e Tuins 2200 AL 2m2.ls4, R. Nohid2—5 Forno.J.Mendes 50 1° (10) Bonde e Bomboriol 1600 AP Im43s3. A Orciuoli4 Verdogon.G. Atves 58 7° (14) Boronius e Rock Ridge 2000 GL 2m00s S. P.. Gomes3—5 llozone.E.R.Ferreiro 53 9° (10) Homord e Cop Ferrot 1600 AU Im40s2 B Ribefro" Shot Lancer, A. Ramos 52 ¥ ( 4) Mold) Point Again e Recuado 1600 NL 1 m.!0s3 B fcbeiio '4—6 QualityShow.O.OIiveira 56 6° (10) Homartf e Cap Ferrot 1600 AU Im40s2 A Morales

6° Páreo —át 16H30 — 1600 metrot —Luccarno — Indaial,— Im33t4/ 5 —(Grama)GRANDE PRÊMIO HENRIQUE POSSOLO — 1° PROVA DA TRfPLICE COROA DE ÉGUAS6o PÁREO DO CONCURSO TRlPUCE — DUPLA EXATA

1—1 Damascus Blade, J. Queiroz 56" Dyne,J.Queiroz 7 56" Damping Wave, A. Bolino.... 14 562 Bagarre,G.Meneses.* 562—3 Cantelle,U.Meireles 564 Uana.G.F.Almeida 56" Urg,F.Alves 56" Ulango.G.F.Almeida 12 56

. 3—5 JetPrincess.F. Pereiro 56Earn,A. Ramos 56Ofilinda, J. Pinto 9 56Meg Rose, A. Abreu 10 564—9 Ully,J.Escobar 11 5610 Kaulinha,W.Gonçalves 13 5611 Cannelle, J. Ricardo 15 56

5° ( 5) Chilrada e Delicacy (CJ) 1800 A4> Im55s4 A G R'vero9° (15) Dynamics e Buchanet (CJ 1600 AP lm4l$l. A Cabrera1° (10) Cabadelo e B Reca (CJ) 1600 AP Im38s8 S Lobo4° (14) Pelouse e J. Glorio 1800 GL Im52s4 F Saraiva7° ( 9) Cannelle e Kaulinha 1600 AU Im4ls2 W Meirelles12 (13) Kaulinha e Sandstorm 1600 At lm4l$ G. F. S antos5° ( 9)Cannelle e Kaulinho 1600 AU 1m4ls2 G. F. Santos.4° ( 9) Cannelle e Kaulinho 1600 AU Im4ls2 G F. Santos5° (10) Damping Wove e Gobade'o (CJ) 1600 AP Im38s8 A S Ventura8° ( 9) Cannelle e Kaulinha 1600 AU Im4ls2 R Nahid3° ( 9) Cannelle e Kaulinha 1600 AU Im4ls2, 1. D. Guedes2° ( 6) Carving e Barra Ba'reta 1300 AL lm22sl. P. Morgado4° ( 6) Carving e Meg Rose 1300 AL 1m22s1. G I Feireira2° ( 9) Cannelle e Ofilindo 1600 AU Im4ls2 J. A. Lirneira1° ( 9) Koulinha e Ofliinda 1600 AU 1m4ls2. W. P. Lavor

7® PÁREO —át 17h00 — 1600 metrot — Luccarno — Indaial — lm33t4/5 —(Grama)

1—1 Logos.R. Freire 562—2 Gçrald,D. Neto 563nRevuelto,J. Pinto 563—4 logon,J.Ricardo 565 EICrucero.L.Gonzalez 56

4—6 Sogaris.W. Costa 567 Choare,J.M.Silva 56

3o (10) Kambary e Kamm3o (10) Kamm e Great Class8o ( 9) Rock Ridge e Geller8o ( 8) El Ducado e Baccio D'Agnolo8o (10) Kamm e Great Class5o (10) Kamm e Great Class4o ( 8) El Ducado e Baccio D'Agnolo

1500 AL 1 m36s3. O.Cardoso1400 GL I'm24s2. G. L Ferreira1500 GU 1m31s Z. D. Guedes1400 AU Im29s4. A. Ricardo1400 GL 1 m24s2. G. Ulloa1400 GL Im24s2. J. B. Silvo1400 AU Im29s4. A. Morales

8o PÁREO —àt 17H30 — 1500 metrot —Stick Ppker — 1m29t —(Grama)7° PÁREO DO CONCURSO TRÍPLICE

1—1 Jock Boy, R. Freire 562 lapix,J.Ricardo 572—3 Colaborador,J.L.Marins 57" El Sol, A Ramos 564 Quiet Now, A. Oliveira 553—5 Acarape.F. Pereira 56" Tambi,G.Alves 55Tachim.G.F Almeida 10 574—6 Fogo de Palha, J. Pinto 56DeadShot.C.Morgodo 57Al Polaco, J.M.Silva II 57

8° ( 9)4° ( 7)I» (11)I» ( 8)8° (10)4C ( 8)3o ( 6)5o ( 8)5o ( 6)7° ( 8)1° ( 9)

Carcassone e SmetanoTijolo e FanuilSambão e BarrocSnow Xelim e EscamosoBanacek e HipiasHipias e RueckRueck e BaladoHipias e RueckRueck e BaladoHipias e RueckBarroc e Clagny

1600 AL 1m4lsl- S* P. Lavor2100 NP 2m 16s A. Ricardo1400 AU Im28s4. R. Nahid1500 GL 1m31s1- R. Nahid1300 NU 1 m23s2. A Morales1300 AP 1m22s2 G. F. Santos1400 AU Im29s4 G. F Santos1300 AP Im22s2 G. F. Santos1400 AU 1m29s4. A. P. Silva1300 AP Im22s2. A Arauio1500 AL Im35s3. S. Morales

9° PÁREO — À» IBhOO — 1000 metro» — Tom Sawyer — IrnOO» — (Areia)

1—1 El Passaport, A. Ferreiro 572 Avançado, F. Silvo 562—3 Krlppo.W Costa 544 Xarro.J. Pinto 583—5 Garotáo.G. Tozzi 54Sun PortR. Freire 57Chantelle,M Vaz 554—6 Desdobrado J.M. Silva 56Yulapa,E.B.Queiroz 5710 Ixiane.J.Escobart 10 55

Io ( 7) Brasos'Rush e Ente (RS)8o ( 8) Down Town e Royalmo5o ( 6) Balzello e Don Eduardo5o ( 8) Royalmo e Ixiane2o ( 9) Soívitex e Candy Boy (SV)4o ( 7) Down Town e Xarrolc ( 9) Rcha Um e Ferix (CP)9o (10) Espaço e Royalmo8o (10) Tiercé e FalanteT ( 8) Royalmo e Caraúna

1300 AL Im22s2 M.Caneio1000 NP lm05sl A.MCaminha1300 AL Im24s3 GLFerreira1000 NL 1 m03s4 A.Poim P1200 NP Im22s2 J.OIiveira Jr1000 NU lm05sl S. T. Comoro1200 NP lm23sl H.Peres1000 NL 1m03sl R. Marques1100 AU lml Is3 P.Duranti1000 NL 1 m03s4 J.T.AIves10» PAREO — A».lflh30 — 1300 metro» — Yard — lml8» 3/5 —(Areia)

8° PAREO DO CONCURSO TRÍPLICEDUPLA EXATA1—1 Doxaloia.J Ricardo 56 10° (11) Langoustine e Union 1300 NU lm22s R Nahid1 Doviata,.) L Marins, 56 7? ( 9) Tropical Sun e Racionada 1200 NL lml5s-i R Nahid2--2 Inchlnezo.A Ferreira 56 6° ( 9) Tropical Sun e Doviato 1200 NL lml5s*i C.Ribeiro3 Urena.W Gonqalves. 55 6C (11) Exacta e Matrera 1500 GU Im31s2 J.ALimeiro3--4 GelsOmino a\ Ramos-. 55 2° (10) Liang Sheng e Lindo Selma 1000 NL lm02s A.PSilva

5 Tropical Fun 56 1° ( 9) Daviota e Racionada 1200 NL 1nil5s4 LCoelho4—6 Ofania,A.OIiveiro 55 4° (II) Langoustine e Union 1300 NU 1m22s AMoralesBellisbebelis, G F. Almeida 56 6; (11) Longoustine e Union 1300 NU lm22s APoim PRajane.G. Meneses 55 5C (11) Langoustine e Union 1300 NU lm22s P Morgado

3o PÁREO —àt 15H00 — 1600 metrot —Recorde —Luccarno-lrtdaial — 1m33t4/5 —(Grama)

1—1 GráoPará.G. AAeneses 55I Demigod,J.M.Silvo 562—2 Abala, A.Oliveira 553—3 Milanez,W.Gonçalves 524—4 Elais, J. Ricardo?j. 555 Leão do Norte, G. F. Almeida 52

6o (12) Bravio e Match Point Again7o (12) Bravio e Match Point Again9o (12) Bravio e Match Point AgainIo ( 8) Sagaris e Kalamoun1P ( 7) Daily e Estimado Amigo4o ( 9) Dutchman e Dubois

1600 GL 1 m35s21600 GL 1 m35s21600 GL 1 m35s21600 AP 1 m44s21300 AP 1 m23s1500 AU Im34s3

S. MoralesS. MoralesA. MoralesA. P SilvaJ A. LimeiraG. F. Santos

am

Page 27: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

26 - ESPORTE JORNAL DO BRASIL L.; domingo y/'i/8(i Caderno

Eduardo repete vitória na eliminatória de Star

Conolly lidera

Aberto de Golfe%

em Pernambuco

Repetindo a atuação da vés-pera o paulista Eduardo SouzaRamos e seu proelro Peter Era-lierger, com o barco Kiishiu V,cruzarem a Mia de chegada emprimeiro lugar ontem, na se-gund8 regata da série de seteque apontará a tripulação querepresentará o Brasil na classeatai nas provas de iatismo dosJogos Olímpicos de Moscou.Eduardo lidera a série com ne-nhum ponto perdidoJohn King recuperou-se namá atuação na primeira regataquando chegou em penúltimolugar e ficou com o segundolugar de ontem. A regata teveum percurso triangular olimpi-co com a raia armada entre asIlhas Rasa, o do Pai e Contun-duba e foi corrida com o marcalmo com vento? de Sudestefracos — força 1 para 2 no Inicioe atingindo 2,5 em seu flnal.DUAS LARGADAS

A regata começou atrasadapois foram necessárias duas lar-gadas pois, na primeira, o ventorondou multo e não permitiumanobras por partes dos iatis-tas. A Comissão de Regata de-cidiu então anulá-la e dar outralargada Ontem mals*duas tri-pulações apresentaram-se paradisputar a eliminatória KlausHendriksen-Hélio Araújo, como barco Vento Sul e Willi We-ner-PauIo Ricardo, com o Pri-ma Dona.

Klaus cruzou em terceiro lu-gaj seguido por Fernando e Ro-berto Nabuco, também de São

Paulo, com o Wa-Wa-Too Mar-ceio Cataneo Adomo e Wemer8onksen com o Expresso Da-nie) Adler e Camilo Carvalho,com o Clementlne, FranciscoCaneppa e Sérgio Nascimento,com o Mistura Fina e Wlll) Wer-ner-Paulo Ricardo, com o Pri-ma Doiui

Com a vitoria de ontem,Eduardo aproximou-se aindamais da vaga na equipe brasi-leira de iatismo que vai a Mos-cou e já está quase completa,faltando apenas a tripulação daclasse Star Vicente e GastàoBrun e Roberto Martins corre-ráo em Solin*, Cláudio Bie-karck em Finn Marcos Soarese Eduardo Penldo na Classe 470e Reinald Conrad e ManfredoKaufmann em Fl.ving Duteh-mann. O responsável pela equlrpe é Boris Ostergreen, um iatifrta com vários títulos interna-cionais e que veleja principal-mente em Snipe.

Décimo terceiro no Mundialde Star encerrado há pouco noRio e vencido pelo norte-americano Tom Blackaller, opaulista Eduardo Souza Ramosfoi o segundo melhor brasileironesse Campeonato, pois Gas-tão Brun fleou em nono na cias-sificação geral. Ele já correuquatro mundiais na classe Stare agora luta pela vaga depois detei perdido a de Soling, suaespecialidade para GastãoBrun Seu barco é alemão,construído no estaleiro Mader eusa velas Melges ou NorthSails, dependendo das condi-çóes da regata.

CLASSIFICAÇÃO DA 2° REGATA1.Eduardo Souza Ramos-Peter Erzberger — Krishna V — (SP)2.John King-Carlof. Gordilho Nirxrtcho (RJ)3.Klaus Hendriksen-Hélio Araújo Vento Sul (RJ)4.Fernando Nabuco-Roberto Nabuco Wa-WaTo© (SP)5.Marcelo Cataneo Adorno-Werner Sonksen Expre*so-(RJ)ó.Daniel Adler-Camilo Carvalho Clementine (RJ)7.Francisco Caneppa-Sérgio Nascimento Mistura Fino (RJ)8.Willi Werner-Paulo Ricardo — Primo Dona — (RJ)

. 4f - •. •!

' £..

iâéâMÈÊÈÈ

Isabel Motta e Richard Conolly são os favoritos para a conquista doAberto de Recife

Os seis que

sonham com a medalhan /io/ni iM/iiw/t

Disputadas duas das sete rega-tas programadas, seis timoneiros eseus respectivos proeiros come-

. çam a definir a partir de hoje qualserá a tripulação escalada para re-presentar o Brasil nos Jogos Olim-picos de Moscou, na Classe Star. Ajulgar pelo retrospecto de todos osinscritos, o equilíbrio poderá seruma constante até o final das pro-vas seletivas.

Fora do iatismo, eles atuam navida profissional como bem-sucedidos empresários, executivosou estudantes, sendo que um deleslargou tudo para morar no mar e sededicar amadoristicamentc, e emtempo integral, ao iatismo. Assim,ao final de anos de treinamento eenfrentando o eterno problema daconciliação de esporte com traba-lho, eles se encontram hoje na raia,com um objetivo comum: ir àUnião Soviética e tentar ganharuma medalha.

Eduardo RamosPaulista, com 35 anos de idade evelejando há 10 anos, — abandonou oiatismo aos 18 — Eduardo Souza Ra-mos é casado, tem três filhos e dirige aconcessionária Ford que leva o seunome. Dedicado, treinando sempre

com muita seriedade, ele tem o me-lhor retrospecto dentre todos os iatis-tas brasileiros especialistas na Classe• Star.Além de iatista, também funcio-

nou durante longo tempo como diri-gente da Federação Paulista de Vela,obtendo grandes vitórias políticas pa-ra seu Estado nas reuniões da Confe-deração Brasileira de Vela e Motor. Êprofundo conhecedor das dificulda-des para velejar no exterior, pois cos-tuma correr regatas na Europa e nosEstados Unidos, chegando a ficarafastado do Brasil, em algumas tem-poradas, por cerca de quatro meses.

Com l,82m, pesando cerca de 80quilos, ele já disputou regatas emvárias Classes, tais como: Snipe e 470,obtendo títulos estaduais; Soling,Star e Oceano.

Foi proprietário do barco Krshna,de oceano, vendido posteriormente aRoberto Pellicano, que conseguiuvencer a Regata da Bermudas. Com oKrshna, Eduardo obteve apenas umsegundo lugar na Santos—Rio. NaClasse Soling ganhou o CampeonatoEuropeu do ano passado, foi bicam-peão brasileiro e conquistou a meda-lha de prata rios Jogos Pan-Americanos de Porto Rico

Embora diga constantemente quegosta mais da Classe Soling. é na Starque tem demonstrado toda a sua ca-tegoria. Foi campeão brasileiro e por•duas vezes campeão do 7o Distrito. Nocampeonato europeu de 1978 ficou emquarto lugar e terminou o Mundial deMarstrand, em 1977, na Suécia, nanona colocação. No Mundial do Rio,atuando abaixo de suas reais condi-çôes, não passou da 13" posição, quan-do tinha chances de lutai pelos pri-

Fotos dít Delfim Vieira

Eduardo, diretor da Souza Ranwsmeiros lugares. Na eliminatória paraas Olimpíadas apontado como favori-to, está competindo com um barcoMelges, utilizando velas North e Mel-,ges (e prefere ventos fortes). Seuproeiro. mais uma vez, é Peter Erz-berger.

Daniel Adler

Estudante do terceiro'ano de Eco-nomia da. PUC. com 2i anos de idadee solteiro, Daniel Adler já disputoucinco campeonatos mundiais, dois deSoling e trés de Star. No último,realizado no Rio, enfrentou um pro-blema pouco comum no iatismo: que-brou o mastro duas vezes, nas duasprimeiras regatas, perdendo desde oinício a chance de obter uma "boacolocação, justamente quando éstvaem sua melhor forma.

Além do Star, também competiuvarias vezes na Classe Soling, obten-do dois títulos de vice-campeào sul-americano e ficou em 3o lugar noBrasileiro. Correu a Semana Pre-Olímpica de Tallin, em 1978, de Star;a Bacardi Cup, em Mianii; e o Cam-peonato Europeu.

Aplicado e determinado em seustreinamentos, Daniel é filho de HarryAdler, irmão de Alan Adler, ambosbons iatistas e cunhado de FranciscoCaneppa, que disputa a seletiva dasOlimpíadas como seu adversário Umpouco nervoso e precipitado, muitasvezes perde boas colocações pot procurar decidir as regatas logo de ini-cio. Sua dedicação ao barco é fora docomum e ele sempre pode sei vistofazendo uma pequena reforma ouadaptação ein seu Star.

Na eliminatória, Daniel, que temboa velocidade, usa um barco Mel-ges, construído ano passado, nos Es-tados Unidos, e como os demais con-correntes utiliza velas Melges eNorth Sails. Apesar de pesar pouco,cerca de 70' quilos c não ser alto,

préfere ventos fortes. Seu proeiro éCamilo Carvalho.

Marcelo CattaneoNascido na Itália há 29 anos. Mar-ceio Cattaneo Adorno e naturalizadobrasileiro lia pouco mais de seis me-ses Solteiro, formado em Administra-

çao nos Estados Unidos, e diretor daAsberit, que fabrica produtos de isola-.mento e revestimentos.Morando na Itália, velejou até os18 anos de idade, depois largou oiatismo, por aproximadamente seisanos. Em 1976, voltou a velejai nasClasses: Laser. Pingüim, Snipe eFl.ving Júnior. Nervoso no timão, emuito impetuoso, Marcelo foi prota-gonista de vários choques durante oMundiai de Star. sendo que em umadas regatas foi abalroado pelo cam-

peáo Tom Blackaller. Segundo váriosconcorrentes que viram o incidente.Marcelo tinha toda razão, mas perdeuo protesto porque o peso do retrospec-to do norte-americano era muitomaior Ainda no Mundial, ele obteveum excelente quarto lugar na primei-ra regata, mas depois foi traído pelonervosismo.Marcelo já correu três campeona-tos mundiais iSáo Francisco, como

proeiro de Daniel Adler; Marstrand,na Suécia, e o do Rioi. Participoutambém da tradicional Bacardi Cup,em Miami, no ano passado; além dedisputar o campeonato italiano deHalf Tonner junto coro seu irmão.Desclassificado em duas das seis re-gatas do Mundial do Rio terminouem 27" lugar. Suas principais coloca-çóes em regatas importantes são vice-campeão brasileiro de 1979 e terceirocolocado no campeonato do 7° Distri-to. ambos na Classe Star.

Marcelo tem l,82m, pesa 79 quilose na eliminatória está utilizando ummodernissimo barco Melges, norte-americano, equipado com velas NorthSails e Melges Ele prefere ventos for-tes — "É mais emocionante" - mas

veleja melhor com ventos de fracospara médios. Seu proeiro na seletiva éWernner Sonksen, conhecido comoChocolate.

Fernando NabucoEsportista nato, e executivo bem-

sucedido, Fernando Nabuco nasceuem São Paulo há 35 anos e recente-mente foi eleito presidente da Bolsade Valores de São Paulo. Casado, temdois filhos e dirige a Corretora Ba-luarte.

Antes de se dedicar ao iatismo. hácerca de 13 auos, foi campeão brasi-leiro de water-pólo, campeão sul-americano de natação, disputou osJogos Olímpicos de Roma, na provade 100 metros nadb livre, além de tersido piloto de motonáutica e tenistaeventual. Entretanto, seu nome setornou conhecido e até mesmo famo-so, como comandante do barco deoceano Wa-Wa-Too.

Com trés Wa-Wa-Too diferentes,correu a famosa e tradicional Admi-ral's Cup, na Inglaterra, em três opor-tunidades. Disputou ainda a série deregatas Onion Patch — unia das eta-pas é a perigosa Regata das Bermu-das — além de vencer a Buenos Ai-res~Rio e vários Circuitos Rio.

Em principio, Fernando era consi-derado apenas o moço rico paulistaque tinh» o melhor e mais caro barco.Entretanto, aos poucos, ele está pro-vando que aprende fácil qualqueresporte, e a prova disso foram o titulo sul-americano de Soling. em 1978;o quinto lugar no Brasileiro de Star,ano passado; e a nona colocação noMundiai do Rio, como parceiro deGastão Brun. Fernando correu, ain-da, o Mundial de Star, na temporadapassada, em Marstrand, Suécia, e fazquestão de dizer que uão passou da45" colocação.

Alto, bom físico, calmo e muitosimpático. Fernando é uma espéciede ídolo do público feminino e naeliminatória está correndo con» umbarco Madder, construído na Alemã-nha Ocidental, ano passado Suas ve-Ias são da North Sails e da Melges. eele prefere ventos fortes O proeiro éseu irmão Roberto Nabuco e, no mo-mento, sua grande preocupação é ter-minar o mais rápido possível a sériede regatas para reassumir seu cargona Bolsa de Valores de São Paulo.

John KingApontado como uma das maiores

revelações do iatismo brasileiro nosúltimos tempos John King tem 20anos, solteiro estuda Economia naCândido Mendes e apesai de so veie-jar há sete anos. tem um curriculumesportivo invejável

Começou na Classe Optimist e lo-go depois ganhou a Semana de Kiel,na Alemanha, considerada uma dasmais importantes séries de regata domundo. No campeonato europeu fi-cou em segundo lugar e obteve otitulo sul-arnericano. Foi campeãobrasileiro da classe Pingüim e na La-ser conseguiu um segundo e um ter-ceiro lugares em campeonatos sul-americanos, além de ser campeão bra-

Edson Afonsosileiro e campeão estadual, no anopassado.Uma de suas principais atuaçõesocorreu no campeonato norte-americano de Laser quando termi-nou em oitavo lugar entre 150 concor-rentes. Disputou ainda os Jogos Pan-Americanos de Porto Rico, ficandoem sexto lugar.

Joninho. como é conhecido, é umiatista aparentemente calmo, calcu-lista e prefere ventos médios. Suaaltura é l,82m, pesa 75 quilos e foiconsiderado uma das grandes surpre-sas do Mundial de Star, quando, ape-sar de praticamente náo conhecer obarco emprestado por Peter Siemense de ter desistido em uma regata,ficou em 16° lugar na frente de aigu-mas das maiores estrelas do iatismointernacional

Sempre incentivado por seu pai,que tem um arquivo enorme sobresuas atuações e raramente deixa de irvé-lo em regatas, Joninho enfrenta aseletiva para Moscou com um barcoMadder. alemáo, construído ano pas-sado e mais uma vez emprestado porseu amigo Peter Siemens. Seu proeironesta série — Joninho até hoje correuapenas cerca de 10 regatas de Star —é Carlos Gordilho e as velas são Mel-ges e North.

Francisco CaneppaFrancisco Caneppa, 31 anos, vele-

ja ha 22. sempre representando o IateClube do Rio de Janeiro Casado háutfi ano, sua mulher espera um filhopara o fim deste mês. Atualmente, elemora a bordo de uma escuna, denome O Sol, e praticamente passa odia inteiro no Clube.

Trabalhou muito tempo como ope-rador de open market do Banco De-nasa de Investimento, mas abando-nou tudo para se dedicar em tempointegral ao iatismo. Sua mulher, doiscunhados e o sogro, Harry Adler. sãotambém iatistas.

Caneppa .iá velejou de Snipe, Pin-güim, laser e Oceano, esta última sóeventualmente. Na Classe Star, estáapenas há quatro meses Atuou tam-bém como dirigente, sendo até poucotempo diretor de vela do Iate Clube, ediretor da Federação do Rio de Janei-ro. Atuou ainda como técnico oficialda Confederação Brasileira de Vela eMotor, na Semana Pré-Olfmpica deTatlinn, União Soviética, em 1978.

Especialista na Classe 470, correuo Mundial do Japão, em 1977; a Sema-na da Finlândia, em 1978; a Pré-Olímpica de Tallinn em 1978; o Cam-peonato Europeu, em Portugal e aSemana de Cork, no Canadá.

Ainda se adaptando á Classe Star,obteve n 20" lugar nn Mundial do Rioe esta tentando uma vaga para asOlimpíadas com um barco da marcaGerard, de procedência francesa evelas Melges e North Sails, norte-americanas. Ele prefere ventos fra-cos, mede cerca de l,80m, pesa apro-ximadamente 80 quilos e seu proeiroé Sérgio Nascimento. Polêmico, mascalmo, náo costuma esconder o queacha prejudicial ao iatismo, fato quelhe tem trazido alguns aborrecimen-tos com dirigentes.

DANIEL, ESTUDANTE l»K ECONOMIA MAKCKI.O. DIRETOR DA ASBERÍf

JSK,« wsiis^jfjM m ig~ i'

mmk JSr 7^ WMlmm»pi m Wm Wm

. W ¦

79/fT W* ' " s

sirm

¦ *. . ¦

Reclfr - Richard Conollydefendendo Pernambuco, permanece na liderança após asegunda volta do 5o f'amp*>nato Aberto de Golfe da Cidadedo Recife, fazendo os 18 buracos em 69 tacadas, melhorandoseu Índice técnico em relaçãoao dia anterior Ele tem agora141 pontos.O bom tempo permitiu quetodos os jogadores também me-lhorassem tecnicamente, tantoque Douglas Mac Farlane, doRio, empatou na segunda colo-cação com Roberto Gomes deSâo Paulo, Rafael Gonzalez doRio, que já conquistou o Abertoda cidade em 1978 esta naquinta colocação

Hoje, na última volta, as aten-çóes se voltam paru RichardConolly que poderá ser bicampeão da competição com apoiodos pernambucanos que com-parecem ao Caxangá Golfe Clu-be, prestigiando o seu golfistanúmero um.

Resultados parciais: 1" Ri-chard Conolly (PE) — 141, 2oDouglas Mac Farlane (RJ) —146, 3o Roberto Gomes (SPi —146, 4o Rodrigo Fiáes (RJ) —147, 5o Rafael Gonzales (RJ) —149.

rom «1,5 net a dupla Antho-ny Talbot e Mamus ViníciusAragão ganhou » Taça Tea-chers disputada ontem nocampo do Teresopolls GolfeClube em 18 buracos, no siste-ma So.otoh Four-8om (tacadasalternadas). A volta cumpridapela dupla campeã foi muitoboa — 69 tacadas - duas abai-xo do par

O segundo lugar ficou com adupla Raul Hazan e Emil Tes-liuk com 62,5 net. Os demaiscolocados foram Richard Car-tlidge e Nigel Wynn-Jones (66),João Madeira e Ivo Zauli (67,5)StiR Sjostedt e Clovis Tourinho(68,5)

Hoje sera disputada a TaçaSao Francisco, contra o par docampo 3 4 de handicap. em 18buracos nas categorias 016 e17/28As equipes feminina e mascu-

lina do Teresópolis, para a TaçaFederação de Golfe do Rio deJaneiro, está escalada com Jen-nifer Kelloch, Marion Attel, Li-gia Porto, Sônia Aragão, An-thony Talbot. Vicente GalliezFilho, Marcus Vinícius Aragãoe Graham Kelloch.

Castro Prado larga

na "pole-position"

da Ia prova da F-VW

Sào Paulo — Com a presençade bom público no autodromode Interlagos, foram definidasontem as posições de iargadapara a primeira prova do Cam-peonato Brasileiro de FórmulaVolkswagem 1 600, e o pilotoAntônio Castro Prado, sem pa-trocínio, sai na pole-position Alargada da primeira bateria se-rá às 10 horas e a da segunda às13h, ambas em seis voltas

O melhor tempo, de CastroPrado, foi de 3m00s42. enquan-to Arthur Bragantini obteve asegunda melhor marca com3m01s93. O único acidenteaconteceu com o piloto JúlioCaio. da equipe Pepsi-Cola, quebateu com o carro, sem sofrernenhum ferimento. MaurícioChulan, campeão da têmpora-da passada, conseguiu o sextotempo: 3m02s68.

Fórmula Volktwagem-1 Cr$600 Antônio Castro Prado (avulso)00101° (Robert Lewis) 3M01S932° Arthur Bragontin» (Casas Pernambucana») 3M 02S 273o Marcos TronconFórmula Volkswakgem-1300

Élcio Pelegiini (T-ambrasil/Guorutar) 3MI5S72César Kaix Hoick ®""llo)Décio Belenni (Penlagonoffop Time) 3M18S78

1°2°3°Torneio Passati°?3°3°

Toninho da Matto (Autobet/Refricentro) 3M 42S 98Sérgio Pwgoraro Promax/Bardhall/Predilar) 3M43S95Luiz A Ferreira (Condor) 3M 44S 26Luiz A Ferreira (Condor) 3M 44S 26

Moser faz o melhorSob uma temperatura de 43 tura elevada terá uma influen-

graus na pista, Fernando Moser cia negativa no motor de quemobteve o melhor tempo dos trei- quiser andar mais rápido. O se-nos de ontem e o direito de gundo tempo foi conseguidolargar hoje. às 10h30. na primei- poi José Carlos Romano:ra flla para a primeira etapa do 2m21 s49Campeonato Brasileiro da Divi- Quase todos os 10 primeirossão 3. que será realizado no colocados fizeram seus temposautódromodeJacarepagua em na primeira sessáo de treinos,duas baterias A segunda tam- quando a temperatura aindabém com 10 voltas, começa as em amena Na parte da tarde,llh30 apenas Ricardo Mogames. que

Moser fez 2m21s32 nos treinos havia batido contra o guurdrealizados pela manha e disse rail pela manhã, conseguiu oque vencerá a corrida hoje o oitavo tempo, passando Edsonpiloto que tiver paciência e tec- Yoshikuma para nono e Cláu-nica, caso contrário a tempera- dio Gonzalez para décimo.

ORDEM DE LARGADA1. Fernando Moser (Chalé XV) 2m21s322. José Carlos Roma no (Roma no) 2m21 s493. Arturo Fernandes (luxforde) 2m22sll4. Amadeu Rodrigues (Asada/üeQuann) 2m22s325. José Anfònio Bruno (CCE Color Gin) 2m22s386. AmadeoCampos(Centil/ Presidenie) 2rn22s527. Luís Lara Campos(Sfaroup/Smirnoff) 2m23s52

Ricardo Mogames (Centil/Presidente) 2in24s01Edson Yoshikuma (Lester/F'U-S) 2m24s3110. CláudioGonzalez(Nasa) 2m25s79

Moronguinho venceBrasília — O gaúcho Pedro

Bernardo Raimundo, o Moron-guinho, venceu ontem as pro-vas de Motocross nas catègo-rias de 125 e 250 cilindradas, naabertura do Campeonato Brasi-leiro de Motociclismo, realizadono Parque Rogério Pithon deFarias. Hoje as lOh. serão ini-ciadas as provas de velocidadeno autodromo de Brasília

Protegido por um forte esque-ma de segurança, com a partici-paçáo de mais de 60 recrutas daPolicia Militar do Distrito Fe-deral, além dos guardas detrânsito, os pilotos das provasde motocross consideraram co-mo a melhor em que já tinhamparticipado em termos de cam-

peonato de motociclismo noBrasil

Na prova de 125 cilindradas,os cinco primeiros lugares fica-ram assim distribuídos: Io Pe-dro Bernardo Raimundo (RS);2° Ademir Antônio da Silva(PR). 3o Fábio Ceschin (SP); 4°Edmar Campos (MG); e 5o Ge-raldo Sterling Soares (MG). Osresultados da prova de 250 ci-Lindradas foram osseguintes: IoPedro Bernardo Raimundo(RS): 2o Carlos Ouriques (SP);3o Ademir Antônio da Silva(PR). 4o Mário Caucia (RJ), e 5oMoacir Gaia Júnior (SP).

Na prova de velocidade doCampeonato de Motociclismo,que prossegue hoje, participa-ráo todas as categorias,

NABUCO. PRESIDENTE DA BOLSA JONINHO ESTUDANTE111

CANEPPA APENAS IATISTA

Beth vence prova de

hipismo com "Pirro"

Sáo Paulo - A eanoca Elizabeth Assaf, atual campeãbrasileira de saltos venceu ontern a terceira prova doTorneio Pão ae Açúcar de Hipismo disputada na SociedadeHípica Paulista Montando Pirro, ela fez o percurso deobstáculos a i,40mxi.80rn, tabela A. sem faltas em 63s3.

Na vespera ja vencera a prova da série principal, comPara Bellum

Em segundo lugar ficou Djalma Ferreira Júnior, deBrasília, com Morumbi — O em 67s4 — o paulista JoséRoberto Reynoso Fernandes, com Sin Rival, obteve aterceira colocação, com 0 em 68s8 Joaquim Franco de Melo,com Roque Santeiro, ficou em quarto lugar com 0 em 69s5,seguido de Alberto Assunção, com Porto Belo — 0 em 73s2e Caio Sérgio Carvalho com Piau - 0 em73s4

A prova de adestramento Reprise Paraná, série prelimi-nar foi vencida pelo paulista Miguel Dónoso e pela cariocaMaria Lúcia Silva com Feroz e Pin*o respectivamente, com359 pontos A carioca Diana Osward venceu a Reprise Pajeúcom com Time - 391? pontos - e a outra prova foi transferi-da pará nojt devido ao mau tempo

O Tor neio prossegue hoje com mais d uas provas de saltouma às 10 horas de valores com obstáculos a l,40m, eoutra às 15 horas, tipo Grande Prêmio, dois percursos al,50m x 2m. tabela A - e trés de adestramento — umaReprise Guapore uma riete e uma Intermediária, além dacomplementaçao da dt ontem

4

Page 28: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

9

' '' • ¦ • a- . ,. gk ; v < ¦ •' ' . .A '

^ *1 :8if

, lllll

- ¦'¦•"¦¦' /' ¦; ••¦' ¦ ¦• ¦ . ^% ,>¦•. s^'^ w "w" -M* ,

•JILs$ iirimiiiM "'"' •-»«»*•>* vyjit^v •::«;-a«^-wi^^>:V :: v-vww. A

4;,:: :'.'¦¦¦ • :^'r';.. V-. ^--.'s- ' '"/:'¦ -:>-;--;;":v

'•*>&& '. v ¦'¦¦.¦ ".'; ' . • 4s

Folo ck Ah Ootnm

Covas auer esporte de alto nlvel centralizado

^-t': t^Pf

-<¦" -t*"""" ;* vW,

JORNAL DO BRASIL ? domingo, 9/3/80 ? 1° Codemo ESPORTE 27

Beto Dourado conseguiu ampla vantagem sobre os demais concorrentes na primeira bateria, quando permaneceu quase uma hora no ar, o que lhe garantiu a vitória

Dourado vence e brasileiros dominam vôo livreBeto Dourado, 11° do ranking

mundial, conquistou a CopaBrasil/França de Vôo Livre, en-cerrando sua participação comduas vitórias nas baterias dis-- •>• -putadas ontem. Paul Gaiser, bi-campeão brasileiro e 9o do ran-

.,.. king, não se apresentou bemnos dois vôos realizados na fi-nal e terminou em terceiro,

: atrás de Haakon Lorentzen, se-"' gundo colocado.1 O melhor francês classificado-foi Gerard Thevenot, 3o do ran-king, enquanto seus compatrio-tas Jean Petit ocupou a 10a

.colocação e Joel Belin foi des-classificado, ao errar o cálculona hora do pouso da primeirabateria. Ele não conseguiu do-minar a asa e acabou pousandono estacionamento, sofrendobv 'um pequeno corte no rosto.1 « c.r.t-BETO DOMINA

No primeiro vôo, com o tem-po imposto de uma hora, Betofoi o único que conseguiu apro-iümar-se da marca. Como náohavia térmicas, todos os pilotos"•' pousaram com 12 minutos de""vôo, enquanto Beto atingiu

. 52m52s, obtendo 4.500 pontos

na permanência e mais 300 nopouso. Paul, que dividia a lide-rança da competição com ele,acabou pousando com llmOl eficou na oitava colocação, per-dendo oito pontos.

Segundo Paul, as térmicaseram raras e quase ninguémconseguiu ficar no ar. Beto, noentanto, disse que havia térmi-cas pequenas, bem favoráveisao tipo de vôo que gosta. Nasegunda bateria houve uma re-petição do que ocorreu na pri-meira, só que Paul foi mais felize conseguiu a segunda coloca-çào, sem, no entanto, superarseu adversário mais próximo.Beto voltou a dominar total-mente a última bateria, voando38m45s, enquanto Paul não foialém dos 30m20s. Haakon, quese havia colocado em segundoria bateria anterior, ficou emterceiro na segunda, obtendo aterceira colocação na contagemgeral. Thevenot se mostrou sur-preso com a evolução técnicados brasileiros e vai convidar,além de Paul Gaiser, outros pi-lotos para voarem com as asasAtlas, de sua propriedade, noscampeonatos da Áustria, Fran-ça, Japão e Estados Unidos.

CLASSIFICAÇÃO

1. Bento Dourado"2. Haakon lorenlzen3. Paul Gaiser4. Gerard Thevenot (França)5. Geraldo Nobre6. Arnaldo Borges• 7. Marcos Ascher8. Djalma Vieira9. Leandro Sansoldo-10. Jean Petit (França)

pontos no último vôo4.4503.7013.8223.7012.5252.3471.2152.1451.3862.183

Thevenot reformula asa_ i -Para-os franceses, a copa-" Brasiiy França de Vôo Livre ti-' nha apenas um significado: di-

vulgar ainda mais as asasAtlas, de maior performance devôo do que as outras. Mas o

— Próprio fabricante das asasAtlas e terceiro do rankingmundial, Gerald Thevenot, quetambém competiu, chegou àconclusão de que suas asas jáestão obsoletas, tal o domínio

dos pilotos brasileiros sobre...•elas.•J Segundo ele, será necessário,

quando voltar à França, estu-dar um novo modelo, porquedentro de seis meses, caso osbrasileiros continuem voandocom as Atlas, eles serão os me-" lhores do mundo. O bicampeáo" 'brasileiro Paul Gaiser é da mes-ma opinião mas acha que os"brasileiros já são imbativeis"¦ 'agora, necessitando apenas demais competições internado-nais, principalmente contra eu-ropeus.

" •Thevenot flcou admiradocom o avanço técnico dos brasi-leiros em relação à primeira vez

,~que veio competir no Rio, hᦠum ano. Naquela época, ele

chegou como estrela máximado esporte e qualquer manobraque executava era vista pelos! pilotos brasileiros como "auda-

1 ciosa" ou "radical". A admira-çào por ele era grande e nin-

guemf, àò menos, pensava emvencè-lo em uma competição.

Desta vez, além de Paul, en-controu Beto Dourado, HaakonLorentzen, Arnaldo Borges, An-dré Sansaldo e vários outrosdominando as Atlas tão bem oumelhor do que ele, que se tor-nou apenas mais um piloto nomeio de uma quantidade imen-sa de outros. Mas ninguém con-testa que suas asas são as maiscompetitivas e seguras, permi-tindo ao piloto hábil qualquertipo de manobra por mais au-daciosa que ela possa parecer.Se bem que os franceses náolevaram a Copa muito a sério,porque vieram ao Rio apenaspara aproveitar as passagensque tinham para düsputar oCampeonato Internacional,suspenso por falta de verbas.Uma coisa, no entanto, flcouclara: a técnica deles na preci-são de pouso é bem inferior àdos pilotos brasileiros.

E Paul tem uma explicaçãopara isso: os brasileiros já sãoos melhores por dispor de umarampa considerada a mais com-pleta, por sua localização, e pe-Ias condições climáticas quepermitem voar durante todosos dias do ano, sem nenhumproblema com neblina, neve ouventos. Além disso, a localiza-ção da Pedra Bonita é favorávela todos os pilotos do Rio deJaneiro.

Atlas mantém produçãoDepois que flzer alguns estu-

dós, Gerald Thevenot vai deter-minar o novo tipo de asa a serusado por todos e não vai me-xer na estrutura de sua fábrica,que atualmente lhe dá um lucrode aproximadamente 500 milfrancos por mês (cerca de Cr$ 6milhões), sem Incluir as despe-sps com os 24 empregados.

Para essa competição, eletrouxe as asas mais modernascom a finalidade de afirmarauas condições de melhor pilo-to. Vai continuai fabricandofiSO asas Atlas poi més, paradistribuir entre todos os paísesinteressados, como já vem fa-zendo há algum tempo No Rio,existem cerca de 30 asas Atlas,mas o principal mercado deThevenot é a Alemanha.

Uma asa Atlas na França eus-ta 1 mil 500 francos (cerca deCr$ 75 mil) e entre'os brasileiroselas chegam a custar Cr$ 120mil. Esse preço é consideradocaro, mas qualquer piloto doRio se interessaria em adquiriruma, pois, com ele, realmentehá mais facilidade em permane-cer no ar e executar evoluçõesmais precisas nas provas desl&Uon, onde cada um tem quecumprir um determinado per-curso fazendo voltas de até 360graus.

Thevenot convidou Paul Gai-ser para ir à França participarde algumas competições. Paulembarca em julho e, além des-sas competições, disputará tor-neios na Áustria, Japão e Esta-dos Unidos.

Patrocínio é a fórmula

de

Djan salvar a natação

Era fim de dezembro, o calor forteconvidava ã praia e Djan Madruga, omaior nome da natação brasileira nomomento, vergado sob terno e grava-ta, pastinha de executivo na mão,percorria numa maratona a pé os es-critórios de vãrios empresários pelaCidade, em busca de patrocínio. Acena se repetiu novamente quandoDjan esteve no Rio esta semana, após

Sul-Americano da Argentina: ele játem o patrocínio de duas empresas,mas quer arranjar auxilio para o ir-mão, Roger, e tentar impor este es-quema no Brasil, pois acha que quemnáo tem patrocinador dificilmente vaiser campeão.

Aos 21 anos — completa 22 emdezembro — Djan é recordista sul-americano de cinco provas (200,400 e

mil 500 metros livres, 400 medley e200 costas) e em todas elas está entreos 15 primeiros colocados do rankingmundial. Seu grande sonho é o devencer duas provas em Moscou: os400 medley e, principalmente, os 1 mil500 metros livres, em que se colocouem quarto lugar nas Olimpíadas deMontreal. Ele vai treinar, nestes últi-mos quatro meses que faltam para osJogos, no Mission Viejo Nadadores,da Califórnia, com o técnico MarkSchubert. Desde quarta-feira, ele estálá, cheio de disposição. Afinal, apesarda idade, esta deve ser sua últimaolimpíada, pois quando chegar a vezde Los Angeles, em 1984, estará com25 anos, uma idade difícil mesmo paraum nadador excepcional como ele,que prefere, no entanto, se concentrarenrseusplanos para~Moscou:

O que é hoje o atleta de alto nível,o atleta que tem condições de lutarpor medalhas numa Olimpíada? Co-mo é possível se dedicar, treinar tan-to e ao mesmo tempo sobreviver co-mo amador?O problema todo é o seguinte. Apartir de um certo momento eu preci-so praticar uma natação de alto nivelpara competir com os soviéticos ou osnorte-americanos, que no masculinosão os melhores em nivel mundial. Osoviético é um cara que treina de setea oito horas por dia, que se dedicaexclusivamente ao treinamento nanatação. Então, é um cara completa-mente subvencionado pelo Governo,que é pago pelo Governo. Por exem-pio, na União Soviética os atletas oupertencem às Forças Armadas ou tèmum trabalho num departamento qual-quer do Governo e deste jeito sãosubvencionados. Assim, recebem to-da a ájuda de que necessitam, desderoupa, alimentação, custeio de treina-mento...

E como, então, você pode equili-brar esta situação, não sendo soviéti-co nem norte-americano?Bem, eu estudo, pratico a nata-çào treinando também sete, oito ho-ras por dia, e quem é que vai susten-tar tudo isso? É claro que não seriameu pai. Não posso viver como umparasita do meu pai a vida inteira. Euprecisaria talvez trabalhar, para sus-tentar os estudos e o esporte. Mas ai, ématemático, não poderia treinar sete,oito horas por dia e já náo teria maiscondições de competir com os soviéti-cos e americanos. Então, tem. quehaver uma certa ajuda, pelo menospara manter o equilíbrio com os ou-tros.

Você então concorda que para serum atleta de nivel olímpico não bas-ta ter apenas talento, aptidão?

É claro. Hoje em dia o esporteestá-se tomando algo tão sofisticadoque não existe mais aquele conceitode antigamente de que o cara fazesporte porque gosta e só com suaaptidão natural pode ser um cam-peão. Como éque uma pessoa normal,comum, que necessita trabalhar parase sustentar, vai competir com umatleta, um superatleta como ê o casodos soviéticos e dos norte-americanosna natação?

Como é o modelo norte-ameríca-no? Nos Estados Unidos a situação édiferente. O atleta recebe o apoio deempresas. E uma situação bem dife-

Djan Madruga

rente da dos soviéticos, que eu consi-dero meio forçada. Existe até umapiada muito engraçada no meio danatação que diz que o nadador sovié-tico que fracassa é condenado a enxu-gar gelo na Sibéria. É uma situaçãoem que eu acho que a pessoa não temmesmo muitas opções e vê no esporteuma saída para viver bem.

Como assim?Vou dar um exemplo: Cuba. Os—cubanos ou fazemesporte,-oucortaiir~cana ou estão lutando na África. En-tão muita gente se pergunta como éque uma ilha tão pequena produzatletas capazes de bater no Canadáou no Brasil, como acontece nos Jo-gos Pan-Americanos. A resposta éque lá cada um dá o máximo para semanter no esporte, porque náo quer ircortar cana ou morrer na África. Háfalta de opções.

Voltando aos Estados Unidos...O outro modelo é o dos paísescapitalistas. Nos Estados Unidos, ocara quer fazer esporte porque pensaem vencer inspirado em mitos comoMark Spitz, que ficou milionário comas medalhas que ganhou nas Olímpia-das de Munique, ou John Naber, quese consagrou em Montreal. Outrospensam apenas em se destacar. Mashá aí um projeto, de garantir o futuro,existe um ideal. O Jesse Vassalo (re-cordista mundial dos 200 e 400 metrosmedley) me disse que espera conse-guir um grande resultado em Moscoupara assegurar o futuro dele.

Mas como funciona este esquemade empresas sustentarem o atleta? Eas limitações estabelecidas pelo Co-miti Olímpico Internacional?Funciona da seguinte maneira:cada atleta faz uma espécie de contra-to com a empresa, geralmente paradivulgar o nome, a marcado produto.Todo o pessoal que pratica atletismonos Estados Unidos tem algum patro-cinador. Na natação, sáo as empresasde material esportivo que normal-mente fazem estes contratos. O nada-dor é contratado para um cargo a queeles dão o nome de consultor especialde artigos esportivos. O atleta usa omaterial e, teoricamente, o que tem afazer é dar sugestões para melhorias.

Mas são apenas empresas ligadasao esporte que patrocinam o treina-mento dos atletas?Não. O esporte hoje dá muitapromoção, então empresas das maisdiversas áreas tèm interesse às vezesem usar a imagem de sucesso de umatleta para se identificar com estesucesso.

E este esquema de empresas pa-trocinando atletas daria certo noBrasil?Eu estou lutando agora justa-mente para implantar isto por aqui.Acho mesmo que é a única soluçãopossível para o esporte brasileiro, oupelo menos para os atletas de altonivel.

Você está conseguindo se manterassim?Eu não tenho do que reclamar.

Luís RusselDepois das Olimpíadas de 76. quandofui quarto colocado nas provas de 400e 1 mil 500 metros livres, tive umconvite para estudar em Indiana, combolsa oferecida pela universidade.Mas preferi a bolsa que o Governobrasileiro me ofereceu para custearmeu-estudo e treinamento lá, porqueisso me daria autonomia para partici-par de competições pelo Brasil sem-pre que necessário. Náo posso recla-mar do apoio do Governo. Mas hojetenho ainda ^juda de duas empresas:a Atlântica Boavista de Seguros euma empresa de prestação de servi-ços, a Higya. Sem esse apoio, cada vezmais eu ficaria distante dos norte-americanos e soviéticos.

O seu vinculo com estas empresasaparece apenas através das camise-tas que você usa com os nomes delasestampados?As empresas decidiram patroci-nar meu treinamento para as Olim-piada. Então, e claro que qualquerbom resultado internacional que euobtenha nos Jogos ou em outras com-petições até lá vai estar relacionadocom a ajuda das empresa. Todo mun-do vai saber que aquilo só foi possívelporque recebi apoio.

E onde é que ficam as restrições doComitê Olímpico Internacional?Pois é, na nataçào, todo mundosabe que os grandes nomes, sejamnorte-americanos ou soviéticos, oumesmo no meu caso, recebem algumtipo de auxílio. Acho que o próprioComitê Olímpico Internacional estápassando por um processo de abertu-ra com réláçao aíssõrOs exemplosestão aí mesmo, como as discussõespela anistia dos atletas que foramconsiderados profissionais no atletis-mo antigamente e mesmo em casosmais recentes, como a de alguns atle-tas ingleses e norte-americanos, queforam punidos mas estão tendo suaspunições revistas e hoje já se admiteinclusive que voltem a competir.

E como você sente a utilização deatletas ou competições com finalida-des políticas? Você acredita nestateoria?Bem... Acho que existe algo des-te tipo. Também por um lado econò-mico, por exemplo. Por que tantascidades se oferecem para sediar osJogos Olímpicos, se dizem sempreque os Jogos dão prejuízos e náo sei oque mais? Algum lucro compensadordeve existir. Primeiro, a cidade ficaconhecida internacionalmente. Quemjá náo ouviu o nome de Melbourne, deTóquio, de Helsinque, para náo falarem Roma, que é mais conhecida ain-da por muitos outros motivos? Há umnúmero incrível de turistas que vai àcidade e deixa seu dinheirinho lã emuitos turistas que váo visitá-la maistarde, em função do prestígio que osJogos lhe deram.

Você pretende baixar os 15 mlnu-tos na prova de I mil 500 metroslivres em Moscou, mas será que ape-nas baixar bastará para vencer?Não, náo acredito. O maior favo-rito para esta prova atualmente é osoviético Vladimir Salnikov. Ele está-se preparando ao máximo, já possui osegundo melhor tempo do mundo nos1 mil 500, desde que venceu o Cam-peonato Mundial na Alemanha, em78, e acho que ele baixará também os15 minutos.

Quando perguntaram a VladimirSalnikov o que ele achava da previ-são feita por um computador para arevista Swimming World de que otempo dos 1 mil 500 seria deI4m33s78 nesta Olimpíada, Salnikovrespondeu que o tempo parecia exa-gerado, mas que estava preparadopara fazer 14m45s. Será que ele tam-bem está exagerando?Fazer 14ru33s como prevê o com-putador é um tempo muito violento.Significa que o nadador teria que per-correr cada 100 metros com uma mé-dia de 58s, e fazer isso 15 vezes. Náo éfácil mas, no entanto, acho que é umtempo possível de se alcançar. Talveznão seja nesta Olimpíada, talvez só napróxima. Tudo depende também detreino psicológico. Mas quem podedefinir o limite do homem?

Fundação para

esporte amador

pode sair logo

Considerada a melhor solu-ção para acelerar o desenvolvi-mento do esporte praticado emalto nivel, a Fundação Nacionalde Desportos (Fundesporto),prevista no Plano Nacional deEducação Física e Desportos,de 1975/79, começa a ser objetode esforços mais enfáticos paraque se tome realidade a curtoprazo.

O modelo a ser adotado paraa Fundação irá variar de acor-do com a direção que se decidadar à sua ação. Se tiver porobjetivo uma elite esportiva, se-rá uma fundação centralizada.Se visar a massa, será descen-tralizada. Esta é a definiçãoconstante do Plano, que acres-centa ainda a ausência, no ce-nário nacional, de entidadespúblicas ou mesmo privadasque possam assumir os encar-gos executivos decorrentes dapolítica de Governo no setoresportivo.TUDO PREPARADO

Um dos adeptos da Fundaçãocomo prioritária para o esporteamador brasileiro é o CoronelJosé Maria Covas Pereira, daConsultoria Técnica do CND eresponsável pela elaboração dotrabalho de alto nível inseridono Plano Nacional. A partir de1975, ano da vigência do Plano,e por-determinação do entãopresidente do CND, BrigadeiroJerônimo Bastos, o próprio Co-ronel Covas trabalhou na feitu-ra dos estatudos da nova enti-dade.

Na prática, segundo o Coro-nel Covas Pereira, a Fundação,além de dirigir todo o esportede alto nivel, extremamente di-námico, teria, por força de suaestrutura, meios para contratarpessoal especializado em cadasetor, técnicos, e outros profis-sionais, o que náo se faz hoje,salvo com algumas limitações,por falta de um órgão especificopara esse fim.

— A Fundação teria por fina-lidade estimular, Intensificar,coordenar e aperfeiçoar as atl-vidades desenvolvidas na áreade alto nível, estabelecendo es-trutura distinta, de acordo coma necessidade de cada grupo.Náo seria demais exigir a fun-•daçáo, pois em outras ativida-des do Ministério da Educaçãoe Cultura existem fundações,menos no esporte, o que achoplenamente necessário e urgen-te, disse Covas Pereira. .

Prontos para serem encaml-nhados ao Congresso, tornan-do-se em seguida objeto de lei,os estatutos da fundação esta-belecem entre outros objetivoso de promover e coordenar, porsi e por terceiros, pesquisas eestudos, de âmbito nacional eregional que visem a atividadese instalações esportivas e técni-cas, material e equipamento,alimentação e assistência mê-díco-odontológica especializa-da em esporte. Deverá firmarconvênios, contratos e acordoscom instituições públicas ouparticulares, nacionais ou es-trangeiros.ATRIBUIÇÕES DISTINTAS

Covas Pereira considera per-feitamente viável e até necessá-ria a Fundação. Para ele, a Se-cretaria de Educação Física e—Desportos poderia, com bas-_tante eficiência, cuidar dos es-portes estudantil e de massa,áreas muito carentes em ter-mos de resultados. O setor dealto nivel necessita de umaação dinâmica pela complexi-dade e providências que de-mandam.

Com sede no Rio de Janeiro, afundação iria beneficiar as con-federações, todas sediadas tam-bem no Rio. Essa ligação estrei-ta e continua entre as entída-des dos desportos nacionais e oórgão governamental propor-cionaria o suporte às suas ativi-dades.

i

Page 29: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

28 — ESPORTE JORNAL DO BRASIL ? domingo, 9/3/80 ? 1° CadenW"

Depois da conquista do heptacampeonaiu esludual, o Bahia renovua o tune e amda nao se firniou no National

s*/wsr

Vv-' \Yl'" vA^ 2

if) w\,' —'-¦

I N.

&8 ?

MIXTO X HAMENOO - UaiiMé Pragelli (Cuiabá). Hortr» 17b.Juiz: Roberto Nunes Morgado. Huineii-90: Raul, Toninho, Rondinelli, Marinhoe Carlos Alberto; Carporaiani, Zico tAdílio; ftoinaldo, Tito e cario» Henri-que.-#Ai*ío: Saldanha, Gilmar, Miro,Fobinho e lúcio/ Atildo, Udtlton •Brecha; Marcinho, Toitóo e Elmo,

Cuiabá — Depois do formidô-ve) fracasso dó quadrado magi-co, losango ou "4-3-3 flexível",como Cláudio Coutinho prefe-riu denominar a sua formaçãode meio-campo, o Flamengo en-tra hoje para enfrentar o Mixtoarmado ofensivamente comdois pontas bem abertos, bus-cando com Isso se redimir daderrota de 2 a 1 para o Botafogoda Paraíba, quinta-feira última,no Maracanã.

Andrade, cn)a atuação diantedos paraibanos foi desastrosa, équem deixa o time, entrandoCarlos Henrique de Início naponta-esquerda. voltando Car-peggiani ã sua antiga função dedar o primeiro combate à frentedos zagueiros. Outro-fator quepoderá ser importante para aspretensões do Flamengo é o re-torno do lateral Toninho, queem poucos minutos, quinta-feira, ofereceu maiores opçòesde ataque ao time.

Dias antes do início do Cam-

peonato Nacional, o Flamengo •derrotou num amistoso este .mesmo Mixto pela contagemde 7 a 1, resultado que poucos 1acreditam que se possa repetir,nfto só porque o Flamengo an-da numa fase confusa estrategi-camente, como o adversárionão atuará táo aberto. A dele-gaçáo carioca desembarcou àslã horas de ontem. Indo diretopara o Santa Rosa Hotel.

Uma vantagem considerávelpara o Flamengo e a diflculda-de que o técnico Milton Buzettoesta encontrando para escalarsua equipe, culpa da vendadeAdvílson e da suspensão de.Ri-.naldo. A novidade será a estréiado ponta-de-lança Tostão, cpji-.tratado ao Goiânia, mas aindasem entrosamento no time. Pòrcausa disse tudo. Buzetto, quese tornou famoso no futebolpaulista por ser um exímio ar-marior de retrancas, deu a en--tendei que o Mixto jogarã omais cautelosamente possível«-que um empate já será umgrande resultado. ..,

— Temos que tomar todos oscuidados O nosso time não e oideal e ainda por cima o Fia-metigo vem mordido por causadaquela derrota inesperada pa-ra o Botafogo da Paraíba. Seconseguirmos um empate, esta-rei plenamente recompensado.

Até que levar uma figa para a Bahia é uma boa.Que figa, que nada, rapaz. Estou levando a mão do

Borer, pra ver se Mãe Menininha consegue abrir.— Vai por mim, Joel. Se trouxernws El Cordobés, em lugar doRoberto, vai dar nuiis IBOPE

Buzetto confia ao

menos no empate

Cuiabá—O técnico do Mixto,Milton Buzzeto, está acreditan-do que vai dar zebra no jogo dehoje em Cuiabá, mas apressou-se a acrescentar que seu otimis-mo não é exagerado e esperaapenas um empate. Esse resul-to, segundo ele, levantaria ain-da mais o moral do time queainda vibra com a vitória de 3 a1, em casa, com o Náutico.

O resultado positivo no últl-mo jogo aumentou a confiançado time do Mixto e os jogadoresconfiam que, com muita luta,poderão obter um empate, re-sultado que, embora conside-rem difícil, não é impossível,especialmente depois da derro-ta do Flamengo para o Botafo-go da Paraíba.

Buzetto ainda não sabe sepoderá contar com o coman-dante de ataque Tostão para ojogo de amanhã, cuja estréiaestá sendo esperada há muitotempo pela torcida. Outro pro-blema' é Brecha, que se contun-diu na partida contra o Naúti-co. Ele, juntamente com Elmo,foram os principais destaquesdo Mixto; Brecha contribuiu

para a vitoria, inclusive comum gol.Tostão ainda não ganhoucondições de jogo por ter assi-nado duplo compromisso, como Goiânia e Mixto. mas os diri-gentes estavam empenhadosem legalizar sua situação. Sefor possível escalá-lo. ele vai.para a lateral, no lugar de Reir,naldo, pois Buraeto dificilmen-te deixará de fora o atacanteElmo, autor de dois gols contraa equipe pernambucana. Elmoganhou a simpatia da torcida,-com um futebol vistoso e efi-ciente.

Os preparativos para a parti-da contra o Flamengo estão en-cerrados desde sexta-feira,quando houve treino pela ma-nhà e recreaçao à tarde, mas sohoje pela manhã o treinador vaidefinir o time, quando saberá sepode contar com Brecha e Tos-tão. Os dirigentes esperam umaboa renda, com a qual preten-dem contratar alguns reforços,pois estão certos de que o time,embora ainda tenha uma parti-da fora de casa. passara a faseseguinte do Nacional.

Botafogo terá Renato Sá no jogo

contra o

Zé Carlos diz que sai

do banco e ganha vaga

Um time em reformulação

Sandro Moreyra

Aos 35 anos, depois de uma carreiraamplamente vitoriosa, que começou, no Cru-zeiro, de Belo Horizonte, num famoso timemuitas vezes campeão, que tinha Piazza,Dirceu Lopes e Tostão, que continuou noGuarani, de Campinas, onde liderou a equi-pe para ganhar o ttíulo brasileiro de 77,carreira que o levou a ser convocado para aSeleção Brasileira e ser apontado como umdos grandes estilistas do nosso futebol, ZéCarlos há três jogos se senta no banco dereservas do Botafogo, ante a indiferença daprópria torcida, que talvez nem se lembreque ele está ali.

Ele. no entanto, não parece impressiona-do com ofaio e neni de longe admite que issopossa-significar que sua participação nofutebol está chegando ao fim.Claro — disse ele, falando calmamente— que não estou satisfeito. Falta-me atéhábito, porque não me lembro de ter sidoreserva. E. de resto, não foi para sentar nobanco que vim para o Botafogo. Mas se nãoestou conformado, não estou desesperado.Pelo contrário: estou absolutamente certôque serei o titular do time denlro de poucotempo. O que faltava, pelo menos foi o quealegaram, 6 que eu estava sem ritrm, o queem parte era certo, mas agora já acompa-nho a velocidade dt> time em todos os treinose dai acreditar na minha escalação rápida.

Zé Ca rlos reconhece a posição de PauloAmaral, aceitando e explicação do técnicoque não podia mexer num setor do time quevinho jogando bem. Ele mesmo elogia ofutebol de Wescley, Mendonça e Marcelo,destacando o entendimento existente entreeles. Mas admite que poderia entrar emqualquer das três posições.

Ultimamente no Guarani eu jogavameio solto, embora naturalmente com obri-gaçóes de marcação Mas a mim cabia co-mandar o ritmo de toda a equipe, justamen-te por sei o mais experiente. O Giiarani, talcomo o Botafogo, era um time novo. Quandoaceitei o convite de vir para cá meu objetivoera repetir o sucesso que tive em Campinas.

Num time em que o meio-de-campo — osen ponto alto — é formado por jogadoresjovens, com pouco mais de 20'anos'até queponto os 35 anos de Ze Carlos estão pesandona sua condição atual de reserva?Ê possível que estejam influindo, por-

que no futebol brasileiro muita gente seimpressiona com idade. O jogador podeestar bem, mas se passou dos 30 é veterano.Mas eu estou bem. Posso perfeitamente cor-rer toda uma partida. Fôlego não falta. Porisso. quero deixar claro, que não aceitaria aproposto do Botafogo se não tivesse emcoridições de ser útil a seu time É precisoque saibam que vim jogar no Rio, um grandecentro, evidentemente não para exibir umadecadência e sim. pura mostrar o bomfutebol que sem/ire tive Como me consagreiem Minas e Sao Paulo lógico que tambémgostaria de vencei no Rio E sei que vouTicaoai vencendo

Seus companheiros já vão-se acostuman-do com seu modo de jogai suo liderançanatural que ele mesmo sem querer acabaexercendo pela caiegoriu e maior experién-

Falo de

Zé Carlos %

cia. Todos reconhecem que Zé Carlos temfeito bons treinos com seu futebol bonito eobjetivo.

Quando será finalmente escalado é umproblema que apenas Paulo Amaral poderesponder. Já houve — ena verdade aindahá — pressões de dirigentes pela sua entra-da no time. Afinal ele custou caro e com ossalários de Cr$ 150 mil é o jogador mais bempago da equipe. Mas Paulo Amaral nãotoma conhecimento. No inicio explicou queZé Carlos estava fora do ritmo da equipe,não tinha participado dos treinamentospreparatórios de antes do campeonato e,por isso. teria primeiro que entrar em forma.De três jogos para ca. passou a colocar ZéCarlos no banco de reservas e por duasvezes o lançou em final de partida.

Não discuto as qualidades técnicas deZé Carlos. Conheço-o muito bem e sei do seuvalor. Por isso, quando ele tiver de serescalado, sei que entrará no time e daráuma contribuição positiva. Mas somente euque acompanho diariamente o seu treina-mento, decidirei o momento que isto deveacontecer.

Treinador honesto, correto em suas ati-tudes, náo passa pela cabeça de ninguémqualquer possível má vontade de PauloAmaral contra Zé Carlos. Nem o próprio ZéCarlos admite isso.

Ê uma questão de ponto-de-vista, queeu respeito — diz ele Afinal o responsávelpelo time é o técnico e ele deve escolher osjogadores aentro cie suo concepção Mas eusei que acabarei convencendo-o È um desa-fie que.fiz. u mim mesmo e que vou ganhar. Ese tiver áe encerra) minha carreira serácomo titular do Botafogo, táo respeitadoquanto fui no Cruzeiro e no Guarani.

Salvador — Campeão da primeira TaçaBrasil em 1959 e vice-campeáo do mesmotorneio nos anos de 1961 e 1962, o EsporteClube Bahia, fundado em 1931 por ValdemarAzevedo Costa, é heptacampeáo baiano e,tanto para o Campeonato regional comopara a Taça de Ouro deste ano, reformulouquase que totalmente seu time de futebol,mudando desde o técnico até jogadores con-siderados ídolos da torcida.

Detentor de 24 campeonatos baianos, oBahia conquistou o heptacampeonato noano passado a duras penas, pois os torcedo-res, inconformados com a campanha de 79,'passaram a exigir a reformulação do time, oque foi feito com a contratação do treinador-Duque e de vários jogadores que substituí-ram antigos titulares, como o goleiro LuísAntônio, o zagueiro Sapatáo, os meio-campistas Fito e Baiaco e o atacante Dou-glas.Nos últimos sete anos, o time-base doBahia foi: Luís Antônio, Toninho, Zé Augus-to, Sapatáo e Romero, Fito, Baiaco e Dou-glas; Washington Luís, Beijoca e Jesum).Justamente por isso, esses jogadores come-çaram a ser chamados de velhos e responsa-bilizados por cada derrota que o time sofria.

Com o time quase completamente muda-do — com Renato, Zé Maria, Zé Augusto,Boca e China; Chiquinho, Rocha e Perez;Osni. Beijoca e Gilcimar, — o Bahia estreouem 1980 realizando alguns amistosos. A pri-

Luiz Faustinomeira partida foi contra o Grêmio, que resul-tou num empate de 1 a 1. Derrotado no fimdo ano passado por 7 a 3 pelo Botafogo daParaíba, o Bahia promoveu uma revanche evenceu o adversário por 3 a 1. Por fim,convidou o Internacional, tricampeáo brasi-leiro para jogar na Fonte Nova e conseguiusua vitória mais expressiva — 3 a 1 —quando os prognósticos indicavam, no má-ximo, um empate.

Com esses resultados, o Bahia fez ressur-gir em sua torcida as esperanças de umagrande campanha na Taça de Ouro, mas otime estreou no Torneio perdendo de 1 a 0para a Portuguesa_Nosegundojogo, mesmo—na Fonte Nova, perdeu para o Corintianspor 3 a 2.

No jogo seguinte derrotou o CRB, deAlagoas, por 1 a 0 e na última quarta-feiraempatou em 1 a 1 com o Remo, em Belém.Ninguém, nem a diretoria nem a torcida,admite um resultado adverso contra o Bota-fogo.

Desde que foi fundado, em 1931, o Bahiapassou a ter. junto com o Vitória, a preferén-cia dos torcedores e, em várias pesquisasrealizadas, sempre apareceu como o clubede maior torcida no Estado. Seu time defutebol é apelidado de Esquadrão de Aço,devido á campanha da Taça Brasil de 1959,que conseguiu conquistar derrotando o San-tos dentro da Vila Belmiro, com Pelé e tudo.

BAHIA X BOÍAKDGO local Fonte No-va. Horário 16h30m. Juiz: RomualdoArp Filho. Bahia: Renato, Zé Mana, ZéAugusto, Boca e China (Romero), Aeres,Douglas e Rocha,- Osni (Gilcimar), Bei-lota (Freitas), Washington Luís, Botafo-go. Paulo Sérgio, Penvaldo, Luís Clau-dio. Renè e Carlos Alberto, Wecsley,Mendonça e Marcelo,- Gil, e Silva eRenato Só.

Salvador — Animado com asboas atuações do time nesteCampeonato Nacional e pelavolta de Renato Sá. o Botafogojoga esta tarde, contra o Bahia,na Fonte Nova, confiante na.conquista de uma vitória, quepoderá deixá-lo como um doslideres de seu grupo.

Embora considere o jogo difl-cil. já que o Bahia em seu cam-po sempre se torna um adversá-rio perigoso, o técnico PauloAmaral disse ontem, ao chegar,que seu time vem fazendo boaspartidas, estã bem entrosado ejogando com bastante disposi-ção e que por isso espera maisum resultado favorável.

O Botafogo vem de uma vitó-ria sobre o CRB por 3 a 1 e napartida desta tarde volta a con-tar com Renè na quarta zaga —ausente do último jogo por es-tar suspenso — e ainda com

Renato Sa, que no ano passadofoi um dos primeiros jogadoresda equipe. Apesar de escaladona ponta-esquerda, Renato Saterá funções também no meio-campo, colaborando com Mar-ceio e Mendonça na armaçãodos ataques. É, sem dúvida, umexcelente reforço.

O Bahia talvez não possa corntar hoje com seu treinador Du-que. que desde sexta-feira estáinternado num hospital destacidade em conseqüência de for-te cólica renal. Além da ausén-cia de seu técnico, o Bahia, quenáo vem fazendo uma boa cam-panha, talvez náo conte comOsni e Beijoca. dois de seusmelhores atacantes, e com olateral China, ex-Botafogo.tOrdos com problemas de contu--sões;

Como a torcida anda irritadacom as más atuações da equipee em razão dos possíveis desfal-ques, a renda pode náo chegaraos Cr$ 3 milhões que eslausendo esperados. Numa tentftti-va de motivar o time. a direta-ria do Bahia fixou o prêmio deCr$ 5 mil em caso de vitória,Até agora, em quatro jogos, oBahia conseguiu somar apenastrês pontos, o que atesta a suafraca campanha. Na ausênciade Duque, o time hoje seradirirgido pelo preparador físico Mel-quisedeque dos Santos.

SatvodoWFoto de Gildo Limo

mim

Depois da conquista do heplacampeunaiu esluduai, o Bahia renovou o nine e ainda não se firmou no Nacional

Aeroporto 80

EMBARQUE

B B

s

Page 30: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

JORNAL DO BRASIL D domingo, 9/3/80 ? Ia Coderno ESPORTE - 29

Vasco modifica time se meio-campo não acertarGRÊMIO X VASCO local; Wód'0Olímpico (Porto Alegro) HwíriO: 17h.Julu OulcldioVond»rl«l BokIiíIio. Vof-co líéo, Orlando, Ivan, Gom»!» Mnr,co Ant&nio; Wnlinho, Guina t Jorg»Ntondonçoi Wililnho, Roullnho » Ali-ton. Giímlo; R»ml, Eurico, Ancheta,Vantulr • Dirau; Vítor Hugo. luro •Itaulo lildoro, Tarei», Bollpiai t Jé-_»um(Jurondlr).

O técnico Orlando Fantoniconfirmou ontem sua disposi-çéo de revigorar o melo de cam-po do Vasco durante a partidadesta tarde, com a entrada deZé Mário na cabeça-de-área. Otreinador começa com a forma-çào tradicional, pois mantém aesperança de que Pintlnho,Guina e Jorge Mendonça acer-tem logo. Caso Isto náo ocorra,entra Zé Mário, saindo o ata-cante Ailton, com Wllslnho sen-do deslocado para a extrema-esquerda.

Embora a posição da equipena tabela seja cômoda — temseis pontos ganhos — o técnicoacha que o jogo de hoje serámulto difícil porque conhecebem o time do Grêmio. Poroutro lado, acha que o fato po-de beneficiá-lo, e exatamentepor Isso pretende modificar oesquema de jogo.

Indagado sobre uma possíveldesestruturação do melo-campo com a entrada de maisum apoiador, Fantoni explicouque a fórmula é perfeitamente

válida nas circunstâncias, poisnào quer que o setor seja exclu-slvamente técnico, como a for-maçào com Pintlnho, Guina eJorge Mendonça sugere. Contu-do, fez questão de esclarecerque continuará com um pontaverdadeiro (Wllslnho) na es-querda, e com Quina na direita,mas com funções mais ofensi-vas. Para a reserva seguirampara Porto Alegre os jogadoresMazaropi, Fernando, Zé Mário,Paulo Roberto e Peribaldo.GRÊMIO

O pontelro-esquerdo Jésumlevou uma forte pancada nojoelho durante o treino recreatl-vo da manha de ontem e passoua ser a preocupação do treina-dor Oberdan. O atacante de-penderá de um teste de vestia-rio, hoje, e se náo for aprovadoentra Jurandlr em seu lugar,obrigando o Grêmio a atuar deforma menos ofensiva, pois estejogador possui característicasde armador, raramente buscan-do a linha de fundo.

Quem surgiu de repente noEstádio Olímpico foi o goleiroManga, dizendo-se dispostoagora a brigar pela posição,pois sentiu que não se adapta-ria ao Barcelona do Equador."A vida lá está multo cara",esplicou.

Pato dt Lm Cork» DavM

•IWíítl

Oberdã já pensanas semifinais

Victor Hugo Paz

Porto Alegre — O técnicoOberdã já está preparando asua equipe para a fase seguintedo Campeonato Nacional e, porisso, anunciou um sistema dejogo bastante ofensivo contra oVasco da Gama, no EstádioOlímpico. Afirma que seriamais fácil para o Grêmio en-frentar o Vasco no Maracanã,"pois, aqui, tenho quase certezade que nosso adversário jogaráre trancado"."Eu considero praticamentecerta a classificação de Grêmioe Vasco a fase seguinte do cam-peonato e, se pudesse combinarcom o Fantoni um jogo total-mente franco, creio que teria-mos um espetáculo muito bom.Mas isso não é possível, pois oresultado pode influenciar noprestigio do próprio clube. Nin-guém quer perder um jogo, em-bora ele pouco signifique emtermos de classificação a outrafase. Foi o caso do Santa Cruz,com quem empatamos no meioda semana. Eles, embora prati-camente classificados, nâo cria-ram-nenhuma chance de gol,Jogando os 90 minutos super-retrancados. Isso deixa o fute-boi feio, difícil. Quando real-mente se necessita do empate,ai tudo bem, mas, agora, noinicio do campeonato, isso náotem sentido", disse Oberdã.

NO ATAQUE

Quando o Grêmio iniciou es-ta temporada, Oberdã optoupelo esquema com quatro joga-dores no meio-de-campo, utili-zándo Paulo César Lima comofalso pontelro-esquerdo e fican-do com apenas Tarciso e Bai ta-zar como verdadeiros atacan-tos. Depois, surgiu o problemada saída de Paulo César Lima eOberdã voltou ao 4-3-3, com Jé-sum na ponta-esquerda, numesquema bem mais ofensivo."Essas equipes que, já nestafase do campeonato, estão pen-sando em empatar, terão mui-tas dificuldades para vencer osjogos na fase seguinte do cam-peonato, quando o empate cer-tamente não será um bom re-sultado. Por isso, eu consideromuito importante o Grêmio jo-gar, desde já, no ataque, solidi-ficando um esquema para a fa-se seguinte do campeonato.Com Paulo César Lima na equi-pe, nós éramos mais defensivosdo que agora. Mas o Paulo Cé-sar é o tipo do jogador em ex-tinção no futebol brasileiro e oGrêmio, com quatro no meio-de-campo, goleou o Olímpia doParaguai e o Guarani de Cam-pinas. Paulo César Lima temmuita técnica e transforma o 4-4-2 em 4-3-3 com a maior fácili-dade".

Mesmo com dois empatesdentro do Estádio Olimpico —Sào Paulo, na estréia, e SantaCruz, na última quarta-feira,ambos em 0 a 0 — Oberdá nãoacredita que o Grêmio tenha anecessidade imperiosa de ven-cer ao Vasco para se reabilitarperante sua torcida."O Grêmio, neste jogo contraò. Vasco, vai preocupar-se em

náo perder a partida e, depois,em vencê-la. Isso não significaque seremos defensivos. Achouma preocupação normal, pois,como já disse, ninguén querperder. Acho que os piores ad-versários da chave o Grêmio jáenfrentou, restando o Vasco.Depois, teremos adversáriosmenos perigosos. Ai, seremosmais ofensivos ainda".

SOB PRESSÃO

A mudança no esquema dejogo da equipe, com a dispensade Paulo César Lima, fez Ober-dá pensar numa outra maneirade manter a consistência nomeio de campo e, agora, o Grê-mio está usando uma marcaçãosob pressão, na saida de bola doadversário."Isso nos dá mais chances degols, embora facilite o contra-ataque do adversário. Mas é umrisco que precisamos correr. Es-sa marcação sob pressão, aindano campo do adversário, é maisdesgastante, concordo. Mas ti-vemos tempo de realizar umbom preparo físico da equipe,no inicio da temporada e, acada partida, o time continuase preparando para a fase se-guinte, tanto tática como física-mente."

Sobre o Vasco, Oberdã con-fessa que conhece muito pouco,embora o Grêmio tenha envia-do um espião para observá-lo."Essas poucas informaçõesque temos do Vasco já nos dãouma base de como o Vasco de-verá jogar aqui. Por exemplo,sei que seus laterais vão conti-nuar apoiando muito o ataque,e armaremos um esquema paraevitar surpresas. Se o Zé Máriofor escalado no meio-de-campo,os dois laterais ficarão commaior liberdade ainda deapoiar.

Oberdã, Imaginando o Vascoretrancado contra o Grêmio, Jápensou, inclusive, o esquema aser adotado se a sua equipefizer o primeiro gol.

"Aí, nós seremos defensivos, eeles vão nos atacar, pois perderde 1 ou de 10 não existe diferen-ça. Então, se isso chegar a acon-tecer, se o Grêmio fizer o pri-meiro gol, seremos defensivos eo Vasco, nos atacando, vai nosdeixar ofensivo em questão desegundos. Mas se a historia dojogo for diferente, se o Vascomarcar primeiro, então serámuito difícil para nós. Sabemosdisso e o Vítor Hugo nunca saide sua função de proteger adefesa, justamente para náocairmos numa situaçãodessas".

"Estou dizendo tudo isso,mas do outro lado está o Fanto-ni, que já provou a sua capaci-dade aqui mesmo no Grêmio,onde conquistou o campeonatoregional do ano passado. De-pois, no Nacional, teve uma sé-rie de problemas, que todos sa-bem. Mas ele é um grande trei-nador e, embora eu nunca te-nha trabalhado com ele, sei dis-so", concluiu Oberdã.

.¦:ZwMí*' ^Jl |Lv,.;V^::/'''_JB_M_ÉÉ

m Jm mW:'''^x- ¦ y*£-**r-- ^WWvMmlBlm M mWWljKf^r ^^JÊLWÉlMk%mÈÊm!m)iW:

I 15-' ^H^HBp.f

W&wmm W* ' ''' !¦' dm\ Ca. V *sm\ Kt

^^^me\msWmÉ7-l^ " ^^^ IN t,#'"' '

^^mmm\memesm1m^t^^ems\\s^%l!UÊÊW9 ^^b. ^MÉÍfllttfc-,? "

s Ül mmem^ememW

?JZ' skebsP WM H0MK

"i «• -mi

Américateme oSanta Cruz

-:::<'-K ¦' Z '-. "

•:' ;"7:7:Z: 7:7':.¦:¦¦¦'>¦:7'

Fantoni só quer um time que ataque com a bola e se defenda sem ela

Fantoni sonha— Quando perdemos a bola, todos defendem.

Quando estamos com a bola, todos atacam.Isso é que é o futebol atual.

Assim Orlando Fantoni costuma resumirsua filosofia de jogo; "nada de quadrados,losangos, triângulos e fórmulas numéricas tipotrês vezes nove vinte se sete, noves fora... Tantofaz jogar com Joaquim, Francisco ou Manoel,desde que se tenham os jogadores certos paraocuparem os espaços e executaram as funçõesnecessárias".

No Vasco, é extamente isso que ele aindanão conseguiu ver o time fazer. E, apesar dassete vitórias em oito partidas, apesar das con-tratações de Jorge Mendonça e Pintinho, elebusca ainda a fórmula ideal que llie permitatrazer Zé Mário de volta para dar mais tranqüi-lidade à equipe e reconquistar a confiança datorcida, que passou de uma eufórica expectati-va à incontrolável irritação das duas últimaspartidas em São Januário, diante de fracasatuações.

Mudanças

Fantoni lembra que começou seu trabalhono Vasco a 25 de janeiro, com pelo menos 10dias de atraso em relação aos demais clubes,pois a disputa das finais do Campeonato Na-cionai atrasou as férias dos jogadores. Já nodia 30, o time enfrentava o Nacional, em Ma-naus, e prosseguia a temporada enfrentando oFlamengo, a Seleção de Roraima e o AtléticoGoianiense.

Com a graça de Detis, vencemos todos osjogos, tendo a felicidade de ganhar o torneio deManaus logo contra o Flamengo. Com pacien-cia e muito trabalho, começamos a armar otime nesses jogos. Logo depois, veio o JorgeMendonça e tive que fazer a primeira altera-ção. Fizemos mais algumas partidas, chegou oPintinho e, mais uma vez, foi preciso mexer notime. Com isso, estamos tendo dificuldade deentrosamento — explica Orlando Fantoni.

Essa dificuldade, segundo ele, é uma quês-tão de conjuminar o estilo dos jogadores:Na gíria do futebol, conjuminar significaum entendimento perfeito entre todas as posi-çòes do time. No Vasco, o meio-campo aindanão está conjuminando. Isso, em parte, é conse-qüéncia do pouco tempo que temos para treina-mento, jogando sempre ãs quartas e domingospara termos folgas que nos permitam a disputada Taça Libertadores.

Por essa razão, o jogo de hoje, contra oGrêmio, é especialmente importante. Fantonijá decidiu experimentar Zé Mário, provável-mente no segundo tempo, certo de que ele náopoderá mais ficar fora do time. Para isso, teráque recorrer a uma improvisação, que poderáser o deslocamento de Guina para a pontadireita e o de Wilsinho para a esquerda. Mastambém Paulinho pode vir a ocupar o lugar deAilton na extrema esquerda e o seu lugar nocentro do ataque ser ocupado por Jorge Men-donça, permanecendo Wilsinho em sua posiçãooriginal e passando o meio-campo a ser forma-do por Zé Mário, Pintinho e Guina.

Como mudar

Orlando Fantoni considera indispensável apresença de Pintinho no time. Mas vê nele umjogador inadequado para afttnção de cabeça-de-área, na qual Zé Mário ainda parece insubs-tituivel, tal a insegurança causada tia equipepor sua saida.

— Pintinho é muito útil, mas cisca mais doque marca. Ele e Jorge Mendonça sáo um tantoindisciplinados taticamente, pois gostam de

com um timeJorge César Wamburg

jogar muito soltos. E a principal deficiência donosso meio-campo é a marcação — diz o téc-nico.

A questão é que Fantoni quer ter certeza aeque o problema será corrigido definitivamentecom a mudança que fará. Ele náo pode fazermodificações a cada jogo, e jtistifica:

— Futebol não é jogo do bicho, por isso épreciso agir com consciência. Para o torcedor émuito fácil sugerir uma ou outra modificação,mas o técnico é diferente. Não posso tirar ebotar no time a toda hora jogadores comoPintinho, Guina e Mendonça. Quando mexer,tenho que estar certo do que estou fazendo.

Apesar de se declarar adepto de um futeboltotal — defender e atacar em bloco — Fantonidemonstra náo haver contradição quando falaem posições de jogadores. Sua intenção è ter ohomem em condições de executar a funçãocorretamente em cada setor do campo, dai náodispensar a existência de pontas autênticos.Entretanto, tal como há três anos, ele enfrentao crônico problema de uma equipe sem pontei-ro-esquerdo. Ao que se recorde, o último foiGilson Nunes, hoje seu auxiliar de campo, semcantar Luis Carlos, que por muitos anos vestiua camisa 11 por falta absoluta de quem pudesseusá-la com mais eficiência. Em 77, Fantoniimprovisou Ramon e deu certo. Em SO, começoucom Ailton e náo sabe como terminará. Masreconhece que a diretoria tem feito um esforçomuito grande para conseguir esse reforço:

É preciso reconhecer o esforço dos dirigen-tes. Eles chegaram a oferecer Cri 15 milhõespor Joãozinho, o que significa um investimentode Cr$ 20 milhões, considerados os 15% dopasse, luvas e salários. Mas, está mesmo difícilconseguir o ponta e, se náo vier, terei quearranjar uma solução dentro do elenco. Agora,há interesse por Silvinho, do América. Dele, viapenas um gol que fez contra o Flamengo, comgratuie categoria, depois dtrdnblar Toninhovárias vezes.

Fé e trabalho

SANTA CRUZ X AMERICA LocalEstádio do Arruda Horário I6h30mJuix Marco Campos Sales. AuxiliamManoel Pimentel e tdion do HoraSanto Crui Wendell, Everaldo. Lula,ftiulo Marcoi e Pedrinho, Neinha, Car-los Alberto, Baiano e Belinho; PauloCésar e Joãozinho. Américo - fcrnaniUcboo. torinho, fcraldoe Álvaro. Ne-do. Carlinhos e Nelson Bofges. Sergi*nho, Porto Real * Alcides

Fantoni considera o ataque do Grêmio umdos melhores do Brasil, com Tarciso, Baltazar eJesum. além de ressaltar a qualidade da defe-sa, onde destaca o central Ancheta. Por issomesmo, considera o jogo de hoje muito impor-tante para suas conclusões sobre a estruturadefinitiva do time do Vasco, pois acredita que aclassificação para a Fase Semifinal já estápraticamente assegurada, com seis pontos ga-nhos, e náo depende deste resultado.

Eleyi começa a se preocupar com a disputada Taça Libertadores, que começa dia 23,quando o Vasco enfrentará o Internacional emSão Januário, Sua posição é de um otimismomoderado, pois reconhece as dificuldades queenfrentará:

— Sempre se recorda o insucesso dos timesbrasileiros nessa competição, em conseqüênciada disputa paralela dos campeonatos nacio-nais. Mas não podemos eixarar nossas possibi-lidades pelo lado negativo. Devemos manter opensamento positivo.

A religiosidade é uma característica da per-sonalidade de Fantoni. Em suas declarações,ele constantemente invoca a proteção e a graçadivinas, seja na expectativa de uma partida ouem seguida a um bom resultado. Para merece-Ias, é necessário agir com a consciência de que"Deus náo desampara quem trabalha". E otrabalho, daqui, por diante, será redobrado,para que o time não volte a decepcionar umatorcida que espera muito mais do que aquiloque apresentou até agora.

Recife — Hoje, contra o Amê-rica, o Santa Cruz não precisarájogar retrancado como o fez naúltima quarta-feira, contra oGrêmio, pois, segundo o seutreinador Cláudio Duarte, erapreciso garantir um bom resul-tado no Sul. e jogando em casaas coisas ficam bem mais tran-qüilas, já que os jogadores sesentem mais confiantes contan-do com o apoio de sua torcida.

Enquanto isso, no América, otécnico Paulo Amlllo confessouque náo conhece mais, comoconhecia, o Santa Cruz, ondefoi duas vezes campeão, e nãose furtou em recorrer a amigos,como Alex, que pertenceu aotime carioca, para ter informa-çòes sobre o time do Arruda etentar montar um esquema ca-paz de parar o adversário.

Apesar das informações. Pau-lo Emílio nào se considera segu-ro, e, ontem à tarde, na Ilha doRetiro, onde comandou umtreino leve. preparou sua equi-pe para entrar em campo comcautela, esperando os primeiros20 minutos de jogo para entãopartir para uma tática maisagressiva.

O técnico carioca, que nàomodificará a equipe para o jogode hoje à tarde, apesar do em-pate de 0 a 0 com o Gama,reconheceu o poderio do adver-sário, mesmo sabendo que amaioria dos jogadores náo sàodo seu tempo, e frisou que opróprio nome do Santa Cruz Jáimpõe respeito, e, por isso, todocuidado é pouco. Todavia, eleacredita que pode sair de Reci-fe com um bom resultado, em-bora, ontem, no treino, nào te-nha armado nenhum tipo demarcação especial, preferindodeixar o América fazer o quesabe.

Santa aindaé respeitado

Recife — O Santa Cruz estáem fase de transição. Mas, gra-ças a uma estrutura sólida emtermos administrativos, vai de-morar muito para que os pon-tos negativos apareçam, e êbem fácil que isso náo aconte-ça, pelo menos enquanto o gru-po que comanda o clube perma-necer, pois já deu mostras, emoutras vezes, de saber o que faz.

Assim é que, com a saída dotreinador Evaristo Macedo,aparentemente o time nada so-freu, mantendo a estrutura deanos. O novo técnico, CláudioDuarte, está trabalhando emcima da situação encontradano Arruda, náo por falta decapacidade, mas simplesmentepor falta de tempo para imporuma filosofia de trabalho.

OUTRO ESQUEMA

Numa observação mais cui-dada, porém, deve-se admitirque o time nào é mais o mesmo.Em primeiro lugar, houve mu-dança geral no DepartamentoTécnico, no qual ficou apenas omédico. Todavia, como o timeadquiriu fama, é temido. E oexemplo disso foi o jogo emPorto Alegre, quinta-feira pas-sada, contra o Grêmio, quandoos pernambucanos ficaram to-talmente retrancados, mas oadversário nào teve coragem departir para o ataque.

Hoje, o Santa Cruz está redu-zido a um só nome que é consí-derado estrela: o ponta esquer-da Joãozinho. Fora dele. amaioria é comum, como Wen-deli ou Betinho, sem falar nosmenos votados. Mas o que lhegarante o sucesso é uma estru-tura já tradicional aliada ao es-pírito profissional dos jogado-res — é comum em Recife sedizer que o Santa Cruz joga semtécnico no banco — de modoque o time consegue se manternivelado.

O Santa Cruz enfrenta hoje oAmérica, do Rio de Janeiro. En-tra como favorito, e sua torcidaestá prestigiando o time. A ren-da deve superar CrS 1 milhão,sobretudo depois que a direto-ria resolveu acabar pratica-mente com o setor de geral.

•SÃO PAULO 5X3 CORITIBA - bcol.TStorumbi. Rondo CrS 1 milhóo 566 mil770. Pública: 16 mil 830 pessoas. Juiz:José Roberto Wright. Cartões amarelos.Serginho e Dionisio. São Paulo — Valdir'Péres, Nei, Marião, Gassem e Getúlio:Teodoro, Freitas e Ailton Liro (Dorio Perei-ra); Edu (Assis), Serginho e Zé Sérgio.

¦Coritiba — Célio, Vilson (Gilson), Duilio,Eduardo e Dionisio; Almir, Freitas e Vilson(Gilson), Duilio, Eduardo e Fionisio,- Almir,Freitas e Vilson Tadei; Leonir (Aladim),Escurinho e Luis Freire. Gols: No primeirotempo. Duilio (16), Teodoro (17) e Serginho(38); no segundo, Getúlio (18), Renato (30),Duilio (34), Eduardo '37) e Zé Sérgio (40).

RODADA

CRUZEIRO 2 x I JOINVILLE (Toco de Ouro) local:Mineiròo. Btndo: CrS 7S9 mil 910 Público: 13mil 012 pagantes. Juix: Wilson Carlos dosSantos CartÓM amarelo*: Jorge Carraro e trl¦Carla. Cruieiro Luis Antônio, Nehnho, £ez\-

¦nho. Bianque e Luis Cos me; Mello (Mundinho),Alexandre (Erivelto) e Eli Carlos; Eduardo, Tião eJoãozinho. Joinville. Bosse. Clòvis, Wagner,Jofge Carraro e ladinho; Jorge luis Lico eValdo; Britlnho (Mateus), iè Carlos e Ademli(Edilson) GoUi.nò primeiro tenipú Wagner (10minutos) e Eli Carlos (41). no segundo. Eli Carlos(291.

TAÇA DE OUROFluminense x Palmeiras

Grêmio x Vasco

Mixto x Flamengo

Bahia x Botafogo

Portuguesa x Corintians

Colorado x Remo

CRB x Operário (MS)

Vila Nova (GO) xVitória '

Ceará x Desportiva

Atlético x Guarani

Flamengo (PI) x América (RN)

Santos xSão Paulo (RS)

Náutico x Internacional

Gama x Atlético (GO)

TAÇA DE PRATAAmericano x Bonsucetso

Campo Grande xBanguSerrano x Internacional (SP)

Ferroviária x GoitacásSampaio Corrêa x Tuna Luso

Arapiraca x ConfiançaEsporte x Central

Campinense xABCLeônico x Baraúnas

Anapolina x BrasíliaUnião xVila Nova (MG)

Comercial (MS) x UberlândiaRio Branco x América (MG)

Noroeste x Botafogo (SP)Caxias x Novo Hamburgo

Operário (PR) x AvaíFigueirense x 15 de Piracicaba

Maringá AxAmérica (SP)Londrina x Brasil (RS)Juventus x JuventudeCriciúma x Comercial (SP)

i»miiT3ígnDe CrS 5.000,00 a Cr$ 29.400,00

em dinheiro vivo na hora.Centro: R Gonçalves Dias 65 ¦ Tel PABX. 244-41/7

R aa Assembléia, 41 Loja ¦ Tei 242-6466R Miguel Couto, 7-Tel 252-9998

Copacabana: Av Copacabana, 807 S/Loja • Te: 235-6377Tijuca: R Conoe ae Bonlim. 480/A • Tel 208-6848Méier: R Dias ca Cruz 255/L -Tel 289-4944Madureira: Trav Aímennüa Freitas. 41/B - Tei: 390-2444

Eslrada ao Poneia. 99 Lojas 241/242 Polo iCampo Grande: Av CesáriodeMelo. 2876/C ¦ Tel: 394-7170Niterói: R Ce! Gomes Machado 143 - Tel 719-8544Belo Horizonte: Av Afonso Pena 867 S/Lojas - 23 e 24 - Tel 226-2078Brasilia: SCSEdil Oscar Niemeyer • Loja3• Tei.. 226-9663

Nâo ulilue intermediários'\3o cobramos tma oe caadsuo nem comissões P'ociire-nos diretamente

mj^^^^*t77^!1^T^^W

Campo NeutroJosé Inácio Werneck

CREIO

que o vice-presidente de Fute-boi do Vasco, Antônio Soares Calça-da, cometeu um erro tático em suatentativa de comprar Silvinho. E me

explico: Calçada foi conversar com ÁlvaroBragança, do América, logo depois do em-pate com o Gama por 0 a 0.

Convenhamos que o momento não erapsicologicamente dos mais oportunos. Ál-varo Bragança nào chega a ser o que seconvencionou chamar um dirigente intran-sigente em matéria de grande time. Ele estámais para vender do que para comprar. Émais favorável à tese de fazer seus jogado-res em casa. apurar algum dinheiro com avenda e depois fazer outros.

Esta tem sida, de modo geral, a linha doAmérica ao longo de sua história. Bragan-ça não se constitui em exceção. Será poristo que o América nunca chegou a sefirmar corno grande equipe? Pode ser, maseste não é o momento de discutirmos oassunto. O que eu quero dizer ê que seCalçada chegar-se ao Bragança depois deuma vitória e com pouco mais do que os Cr$7 milhões anunciados, o Vasco terá Sil-vinho.

Para Orlando Fantoni começar a dor-tnir mais tranqüilo.

E,

dizendo isto. quero tornar aindamais explícito meu apoio a Fantoni:ele quer um extrema-esquerda deverdade e não sossegará enquanto

não conseguir um.Náo adianta repisarem a tese de que o

importante náo é jogar com um ponta, massim pela ponta. Orlando Fantoni sabe que aextrema-esquerda é área especial, maldita.Se o sujeito não sabe jogar na ponta, se ricatodo torto, como quem salta do bonde an-dando pelo lado errado, de nada adiantamos esquemas para ali projetar um jogadorcomo Adílio, como Júnior, como Ailton etantos outros.

Aliás o técnico Cláudio Coutinho, do Fia-mengo, está redescobrindo esta verdadesimples: o extrema-esquerda, como o golei-ro, é um ser especial. Nào basta ter só péesquerdo, pois Gérson o tinha e nunca foiextrema-esquerda. Jair da Rosa Pinto otinha e nunca foi. Rivelino o tinha e só foi acontragosto. Paulo César, que não o tinha,chegou a jogar ali com grande desembara-ço, mas depois tratou de fugir da posiçàocomo o diabo foge da cruz.

A extrema-esquerda exige uma série deatributos físicos, técnicos e psicológicos di-Sceis de encontrar no mercado do futebol.

¦ ¦ ¦

TENDO

escrito acima que Gérsonnunca foi extrema-esquerda, paro ereflito. Na verdade, ele foi extrema-esquerda um dia: no dia em que

Flávio Costa, no jogo decisivo com o Botafo-go, resolveu por ali escalá-lo, com o objetivode marcar Garrincha.

O resultado, se não me engano a finaldo Campeonato Carioca de 1962, foi umaretumbante vitória botafoguense com exibi-ção magistral de Garrincha, enquanto Gèr-son e Flávio rompiam definitivamente. Vol-temos aos dias de hoje. A torcida do Vascoanda tào irritada com o seu time que deupara vaiá-lo até nos treinos. O pobre Pauli-nho, jogador de belos recursos, é quem maissofre e já nem tem tranqüilidade para co-'brar pênaltis.

Entretanto, se formos à tabela verifica-remos que o Vasco é o lider num grupo de 10times dos quais ficam sete classificados. Sealguém deveria estar vaiando e estrebu-chando seria a torcida do América, a torci-da do São Paulo, ameaçados de náo passa-rem à segunda fase do Campeonato.

A classificação do Vasco parece asse-gurada e o importante é ver como o time secomportará mais além na Taça de Ouro e,especialmente, no Campeonato Carioca.Aos vascainos eu aconselharia calma.

DE PRIMEIRA: O critico inglês KeirRadnege assistiu a uma partida de Robertopelo Barcelona, contra o Real Madrid. Suaimpressão foi a seguinte: "Lento e pesa-dão." /// Enquanto Roberto náo se ajeita aoBarcelona, Mário Kempes vai recuperandosua forma no Valencia, do qual esteve atépara sair em fins de 1978. /'.< Vamos por sinalaceitar todas as explicações para a inadap-tação de Roberto, menos a do frio. A Espa-nha náo chega a ser a Sibéria e o clima lá,especialmente em Barcelona, náo é pior doque na Argentina durante a Copa de 1978.Quando, entre outras coisas, Roberto ga-nhou a posição de titular na Seleção Brasi-leira por se adaptar bem ao campo pesado./// Hans Krankl, rompido com o Barcelona(razão que levou o clube espanhol a com-prar Roberto), continua deixando a barbacrescer Diz que só a raspará quando oBarcelona concordar em vendê-lo de voltaao futebol austríaco. j

Page 31: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

JORNAL DO BRASIL ? domingo, 9/3/80 ? Ia Caderno 2o Clichê ESPORTE - 29

Vasco modifica time se meio-campo não acertar

OOèMIO X VASCO local bládioOlímpico (Porto Al»gr«). Hmòrlo 17h.Jufc; DulcIdioVarxkrlei Bowihilia. Vo«.

l§6o, Orlando, Ivon, Gome» e AAar-co Antônio; Pinlinho, Guina n Jorge«•ndoinjo. Wilsinho, ftiullnho « Ali-ton. Orimto; Itaml, Eurico, Anch#ta,VanHjir e Oirciu; Vítor Hugo, luro ePtaulo Ilidoro; Tarei», Baltazar • Jé-tumfJurandir).O técnico Orlando Fantonl

confirmou ontem sua dlspost-çfto de revigorar o melo de cam-po do Vasco durante a partidadesta tarde, com a entrada deZé Mário na cabeça-de-área. Otreinador começa com a forma-çáo tradicional, pois mantém aesperança de que Plntlnho,Guina e Jorge Mendonça acer-tem logo. Caso Isto não ocorra,entra Zé Mário, saindo o ata-cante Ailton, com Wllsinho sen-do deslocado para a extrema-esquerda.

Embora a posiçáo da equipena tabela seja cômoda — temseis pontos ganhos — o técnicoacha que o jogo de hoje serámuito difícil porque conhecebem o time do Grêmio. Poroutro lado, acha que o fato po-de beneflciá-lo, e exatamentepor Isso pretende modificar oesquema de jogo.

Indagado sobre uma possíveldesestruturaçáo do meio-campo com a entrada de maisum apolador, Fantoni explicouque a fórmula é perfeitamente

válida nas circunstâncias, poisnáo quer que o setor seja exclu-sivamente técnico, como a for-maçáo com Ptntinho, Guina eJorge Mendonça sugere. Contu-do, fez questáo de esclarecerque continuará com um pontaverdadeiro (Wilsinho) na es-querda, e com Guina na direita,mas com tUnçôes mais ofensl-vas. Para a reserva seguirampara Porto Alegre os jogadoresMazaropl, Fernando, Zé Mário,Paulo Roberto e Peribaldo.GRÊMIO

O pontelro-esquerdo Jésumlevou uma forte pancada nojoelho durante o treino recreati-vo da manha de ontem e passoua ser a preocupação do treina-dor Oberdan. O atacante de-penderá de um teste de vestiá-rio, hoje, e se náo for aprovadoentra Jurandir em seu lugar,obrigando o Grêmio a atuar deforma menos ofensiva, pois estejogador possui característicasde armador, raramente buscan-do a linha de fUndo.

Quem surgiu de repente noEstádio Olímpico foi o goleiroManga, dizendo-se dispostoagora a brigar pela posição,pois sentiu que não se adapta-ria ao Barcelona do Equador."A vida lá está muito cara",espllcou.

Foto óê Luiz Cork» Dovtd

Oberdã já pensa

nas semifinais

Victor Hugo Paz

Porto Alegre — O técnicoOberdã já está preparando asua equipe para a fase seguintedo Campeonato Nacional e, porisso, anunciou um sistema dejogo bastante ofensivo contra oVasco da Gama, no EstádioOlímpico. Afirma que seriamais fácil para o Grêmio en-frentar o Vasco no Maracanã,"pois, aqui, tenho quase certezade que nosso adversário jogaráretrancado"."Eu considero praticamentecerta a classificação de Grêmioe Vasco a fase seguinte do cam-peonato e, se pudesse combinarcom o Fantoni um jogo total-mente franco, creio que teria-mos um espetáculo muito bomMas isso não é possível, pois oresultado pode influenciar noprestígio do próprio clube. Nin-guém quer perder um jogo, em-bora ele pouco signifique emtermos de classificação a outrafase. Foi. o caso do Santa Cruz,com quem empatamos no meioda semana. Eles, embora prati-camente classificados, não cria-ram nenhuma chance de gol,jogando os 90 minutos super-retrancados. Isso deixa o fute-boi feio, difícil. Quando real-mente se necessita do empate,aí tudo bem, mas, agora, noinício do campeonato, isso náotem sentido", disse Oberdã.NO ATAQUE

Quando o Grêmio Iniciou es-ta temporada, Oberdã optoupelo esquema com quatro joga-dores no meio-de-campo, utili-zando Paulo César Lima comofalso pontelro-esquerdo e fican-do com apenas Tarciso e Balta-zar como verdadeiros atacan-tes. Depois, surgiu o problemada saída de Paulo César Lima eOberdã voltou ao 4-3-3, com Jé-sum na ponta-esquerda, numesquema bem mais ofensivo."Essas equipes que, já nestafase do campeonato, estão pen-sando em empatar, terão mui-tas dificuldades para vencer osjogos na fase seguinte do cam-peonato, quando o empate cer-tamente náo será um bom re-sultado. Por isso, eu consideromuito importante o Grêmio jo-gar, desde já, no ataque, solidi-ficando um esquema para a fa-se seguinte do campeonato.Com Paulo César Lima na equi-pe, nós éramos mais defensivosdo que agora. Mas o Paulo Cê-sar é o tipo do jogador em ex-tinçáo no futebol brasileiro e oGrêmio, com quatro no meio-descampo, goleou o Olímpia doParaguai e o Guarani de Cam-pinas. Paulo César Lima temmuita técnica e transforma o 4-4-2 em 4-3-3 com a maior facili-dade".

Mesmo com dois empatesdentro do Estádio Olímpico —São Paulo, na estréia, e SantaCruz, na última quarta-feira,ambos em 0 a 0 — Oberdã nãoacredita que o Grêmio tenha anecessidade imperiosa de ven-cer ao Vasco para se reabilitarperante sua torcida."O Grêmio, neste jogo contrao Vasco, vai preocupar-se em

SPW América

teme o

Santa Cruz

SANTA CRUZ X AMERICA Localbfádio do Arruda Motor» l6H30mJuii Marco Campos Sales Auxiliar*Manoel Pimenfel e Edson da HoroSorrio Crui- - Wendell, Everaldo, lulaPaulo Marcos e FVdrinho. Nemha, Car-los Alberto, Baiano e Bítinha PauloCésar * Joãozinho América ÉrrnoniUchoa. Marinho. Eroldo e Álvaro. Ne-do, Carlinhos e Nelson Boujes. Sergi-nho, Porto íeal e Alcides

não perder a partida e, depois,em vencê-la. Isso náo significaque seremos defensivos. Achouma preocupação normal, pois,como já disse, ninguén querperder. Acho que os piores ad-versários da chave o Grêmio jáenfrentou, restando o Vasco.Depois, teremos adversáriosmenos perigosos. Ai, seremosmais ofensivos ainda".

SOB PRESSÀOA mudança no esquema de

jogo da equipe, com a dispensade Paulo César Lima, fez Ober-dá pensar numa outra maneirade manter a consistência nomeio de campo e, agora, o Grê-mio está usando uma marcaçãosob pressão, na salda de bola doadversário."Isso nos dá mais chances degols, embora facilite o contra-ataque do adversário. Mas ê umrisco que precisamos correr. Es-sa marcação sob pressão, aindano campo do adversário, é maisdesgastante, concordo. Mas ti-vemos tempo de realizar umbom preparo fisico da equipe,no inicio da temporada e, acada partida, o time continuase preparando para a fase se-guinte, tanto tática como fisica-mente."

Sobre o Vasco, Oberdã con-fessa que conhece muito pouco,embora o Grêmio tenha envia-do um espião para observá-lo."Essas poucas informaçõesque temos do Vasco já nos dáouma base de como o Vasco de-verá jogar aqui. Por exemplo,sei que seus laterais vão conti-nuar apoiando muito o ataque,e armaremos um esquema paraevitar surpresas. Se o Zé Máriofor escalado no meio-de-campo,os dois laterais ficarão commaior liberdade ainda deapoiar.

Oberdã, imaginando o Vascoretrancado contra o Grêmio, jápensou, inclusive, o esquema aser adotado se a sua equipefizer o primeiro gol.

"Ai, nós seremos defensivos, eeles vão nos atacar, pois perder—de 1 ou de 10 não existe diferen-ça. Então, se isso chegar a acon-tecer, se o Grêmio fizer o pri-meiro gol, seremos defensivos eo Vasco, nos atacando, vai nosdeixar ofensivo em questáo desegundos. Mas se a história dojogo for diferente, se o Vascomarcar primeiro, então serámuito difícil para nós. Sabemosdisso e o Vítor Hugo nuncd saide sua ftinçáo de proteger adefesa, justamente para nãocairmos numa situaçãodessas".

"Estou dizendo tudo isso,mas do outro lado está o Fanto-ni, que já provou a sua capaci-dade aqui mesmo no Grêmio,onde conquistou o campeonatoregional do ano passado. De-pois, no Nacional, teve uma sé-rie de problemas, que todos sa-bem. Mas ele é um grande trei-nador e, embora eu nunca te-nha trabalhado com ele, sei dis-so", concluiu Oberdã.

/X . • 'A vi ^ RMHMiFantoni só quer um time quentaque com a bola e se defenda sem ela

Fantoni sonha com um time

— Quando perdemos a bola, todos defendem.Quando estamos com a bola, todos atacam.Isso é que é o futebol atual.

Assim Orlando Fantoni costuma resumirsua filosofia de jogo; "nada de quadrados,losangos, triângulos e fórmulas numéricas tipotrês vezes nove vinte se sete, noves fora... Tantofaz jogar com Joaquim. Francisco ou Manoel,desde que se tenham os jogadores certos paraocuparem os espaços e executaram as funçõesnecessárias

No Vasco, é extamente isso que ele aindanão conseguiu ver o time fazer. E. apesar dassete vitórias em oito partidas, apesar das con-trataçóes de Jorge Mendonça e Pintinho, elebusca ainda a fórmula ideal que lhe permitatrazer Zé Mário de volta para dar mais tranqüi¦lidade à equipe e reconquistar a confiança datorcida, que passou de uma eufórica expeclati-va à incontrolável irritação das duas últimaspartidas em São Januário, diante de fracasatuações.

Mudanças

Fantoni lembra que começou seu trabalhono Vasco a 25 de janeiro, com pelo menos 10dias de atraso em relação aos demais clubes,pois a disputa das finais do Campeonato Na-cional atrasou as férias dos jogadores. Já nodia 30, o time enfrentava o Nacional, em Ma-naus, e prosseguia a temporada enfrentando oFlamengo, a Seleção de Roraima e o AtléticoGoianiense.

Com a graça de Deus, vencemos todos osjogos, tendo a felicidade de ganhar o torneio deManaus logo contra o Flamengo. Com pacién-cia e muito trabalho, começamos a armar otime nesses jogos. Logo depois, veio o JorgeMendonça e tive qtie fazer a primeira altera-çào. Fizemos mais algumas partidas, chegou oPintinho e, mais uma vez, foi preciso mexer notime. Com isso, estamos tendo dificuldade deentrosamento — explica Orlando Fantoni.

Essa dificuldade, segundo ele, è uma ques-tão de conjuminar o estilo dos jogadores:Na giria do futebol, conjuminar significaum entendimento perfeito entre todas as posi-çóes do time. No Vasco, o meio-campo aindanáo está conjuminando. Isso, em parte, é conse-qüência do pouco tempo que lemos para treina-mento, jogando sempre ãs quartas e domingospara termos folgas que nos permitam a disputa-da-Taça Libertadores.-

Por essa razão, o jogo de hoje, contra oGrêmio, è especialmente importante. Fantonijá decidiu experimentar Zé Mário, provável-mente no segundo tempo, certo de que ele nãopoderá mais ficar fora do time. Para isso. teráque recorrer a uma improvisação, que poderáser o deslocamento de Guina para a pontadireita e o de Wilsinho para a esquerda. Mastambém Paulinho pode vir a ocupar o lugar deAilton na extrema esquerda e o seu lugar nocentro do ataque ser ocupado por Jorge Men-donça, permanecendo Wilsinho cm sua posiçáooriginal e passando o meio-campo a ser forma-do por Zé Mário, Pintinho e Guina.

Como mudar

Orlando Fantoni considera indispensável apresença de Pintinho no time. Mas vê nele umjogador inadequado para a função de cabeça-de-área, na qual Zé Mário ainda parece insubs-tituivel, tal a insegurança causada na equipepor sua saída.— Pintinho é muito útil, mas cisca mais doque marca. Ele e Jorge Mendonça são um tantoindisciplinados taticamente, pois gostam de

Jorge César Wamburgjogar muito soltos. E a principal deficiência donosso meio-campo é a marcação — diz o tec-nico.

A questáo é que Fantoni quer ter certeza aeque o problema será corrigido definitivamentecom a mudança que fará. Ele náo pode fazermodificações a cada jogo, e justifica:

— Futebol não ê jogo do bicho, por isso èpreciso agir com consciência. Para o torcedor émuito fácil sugerir uma ou outra modificação,mas o técnico é diferente. Náo posso tirar ebotar iio time a toda hora jogadores comoPintinho, Guina e Mendonça. Quando mexer,tenho que estar certo do que estou fazendo.

Apesar de se declarar adepto de um futeboltotal — defender c atacar em bloco — Fantonidemonstra não haver contradição quando falaem posições de jogadores. Sua intenção é ter ohomem em condições de executar a funçãocorretamente em cada setor do campo, dai nãodispensar a existência de pontas autênticos.Entretanto, tal como há três anos, ele enfrentao crônico problema de uma equipe sem pontei-ro-esquerdo. Ao que se recorde, o último foiGilson Nunes, hoje seu auxiliar de campo, semcontar Luís Carlos, que por muitos anos vestiua camisa 11 por falta absoluta de quem pudesseusá-la com mais eficiência. Em 77, Fantoniimprovisou Ramon e deu certo. Em 80, começoucom Ailton e não sabe como terminará. Masreconhece que a diretoria tem feito um esforçomuito grande para conseguir esse reforço:

É preciso reconhecer o esforço dos dirigen-tes. Eles chegaram a oferecer Cr$ 15 milhõespor Joãozinho, o que significa um investimentode Cr$ 20 milhões, considerados os 15% dopasse, luvas e salários. Mas, está mesmo difícilconseguir o ponta e, se não vier, terei quearranjar uma solução dentro do elenco. Agora,há interesse por Silvinho, do América. Dele, viapenas um gol que fez contra o Flamengo, comgrande categoria, depois de driblar Toninhovárias vezes.

Fé e trabalho

Fantoni considera o ataque do Grêmio umdos melhores do Brasil, com Tarciso, Baltazar eJesum, além de ressaltar a qualidade da defe-sa, onde destaca o central Ancheta. Por issomesmo, considera o jogo de hoje muito impor-tante para suas conclusões sobre a estrutura

-definitiva do time do Vasco, pois acredita que-a—classificação para a Fase Semifinal já estápraticamente assegurada, com seis pontos ga-nhos, e náo depende deste resultado.

Ele já começa a se preocupar com a disputada Taça Libertadores, que começa dia 23,quando o Vasco enfrentará o Internacional emSáo Januário. Sua posição é de um otimismomoderado, pois reconhece as dificuldades queenfrentará:

— Sempre se recorda o insucesso dos timesbrasileiros nessa competição, em conseqüênciada disputa paralela dos campeonatos nacio-iuiís. Mas não podemos encarar nossas possibi-lidades pelo lado negativo. Devemos manter opensamento positivo.

A religiosidade é uma característica da per-sonalidade de Fantoni. Em suas declarações,ele constantemente invoca a proteção e a graçadivinas, seja na expectativa de uma partida ouem seguida a um bom resultado. Para merecé- ¦Ias, é necessário agir com a consciência de que"Deus náo desampara quem trabalha". E otrabalho, daqui, por diante, será redobrado,para que o time náo volte a decepcionar umatorcida que espera muito mais do que aquiloque apresentou até agora.

Recife — Hoje, contra o Amê-rica, o Santa Cruz não precisarájogar retrancado como o fez naúltima quarta-feira, contra oGrêmio, pois, segundo o seutreinador Cláudio Duarte, erapreciso garantir um bom resul-tado no Sul, e jogando em casaas coisas ficam bem mais tran-qúilas, já que os jogadores sesentem mais confiantes contan-do com o apoio de sua torcida.

Enquanto isso, no América, otécnico Paulo Amilio confessouque náo conhece mais. comoconhecia, o Santa Cruz, ondefoi duas vezes campeão, e náose ftirtou em recorrer a amigos,como Alex, que pertenceu aotime carioca, para ter informa-çóes sobre o time do Arruda etentar montar um esquema ca-paz de parar o adversário.

Apesar das informações, Pau-lo Emílio não se considera segu-ro, e, ontem à tarde, na Ilha doRetiro, onde comandou umtreino leve, preparou sua equi-pe para entrar em campo comcautela, esperando os primeiros20 minutos de jogo para entãopartir para uma tática maisagressiva.

O técnico carioca, que nãomodificará a equipe para o jogode hoje à tarde, apesar do em-pate de 0 a 0 com o Gama,reconheceu o poderio do adver-sário, mesmo sabendo que amaioria dos jogadores náo sãodo seu tempo, e frisou que opróprio nome do Santa Cruz jáimpõe respeito, e, por isso, todocuidado é pouco. Todavia, eleacredita que pode sair de Reci-fe com um bom resultado, em-bora, ontem, no treino, não te-nha armado nenhum tipo demarcação especial, preferindodeixar o América fazer o quesabe.

Santa ainda

é respeitado

Recife — O Santa Cruz estáem fase de transição. Mas, gra-ças a uma estrutura sólida emtermos administrativos, vai de-morar muito para que os pon-tos negativos apareçam, e ébem fácil que isso náo aconte-ça, pelo menos enquanto o gru-po que comanda o clube perma-necer, pois já deu mostras, emoutras vezes, de saber o que faz.

Assim é que, com a saída dotreinador Evaristo Macedo,aparentemente o time nada so-freu, mantendo a estrutura deanos. O novo técnico, CláudioDuarte, está trabalhando emcima da situação encontradano Arruda, náo por falta decapacidade, mas simplesmentepor falta de tempo para imporuma filosofia de trabalho.OUTRO ESQUEMA

Numa observação mais cul-dada, porém, deve-se admitirque o time não é mais o mesmo.Em primeiro lugar, houve mu-dança geral no DepartamentoTécnico, no qual ficou apenas omédico. Todavia, como o timeadquiriu fama, é temido. E oexemplo disso foi o jogo emPorto Alegre, quinta-feira pas-sada, contra o Grêmio, quandoos pernambucanos ficaram to-talmente retrancados, mas oadversário náo teve coragem departir para o ataque.

Hoje, o Santa Cruz está redu-zido a um só nome que é consi-derado estrela: o ponta esquer-da Joãozinho. Fora dele, amaioria é comum, como Wen-deli ou Betinho, sem falar nosmenos votados. Mas o que lhegarante o sucesso é uma estru-tura já tradicional aliada ao es-pírito profissional dos jogado-res — é comum em Recife sedizer que o Santa Cruz joga semtécnico no banco — de modoque o time consegue se manternivelado.

O Santa Cruz enfrenta hoje oAmérica, do Rio de Janeiro. En-tra como favorito, e sua torcidaestá prestigiando o time. A ren-da deve superar Cr$ 1 milhão,sobretudo depois que a direto-ria resolveu acabar pratica-mente com o setor de geral.

RESULTADOS

TAÇA DE OURO

Cruzeiro 2 x 1 JoinvilleSão Paulo 5x3 CoritibaFerroviário 2 x 1 Itabaiono

TAÇA DE PRATA

Piauí ) x PaissanduCSA 2 x Sergipe

fiotofogo (BA) 1 x ItabunaGuará 0x2 Itumbiaraftoias 2 x Vitorio (ES)

Atlético (PR) 1 x Chapecoense

RODADA

TAÇA DE OURO

FlumintnM x PalmeirasGrêmio xVaico

Mixto x FlamengoBahia x Botafogo

Portuguesa xCorintiansColorado x Remo

CRB x Operário (MS)Vila Novo (GO) x Vitória

Ceará x DesportivaAtlético x Guarani

Flamengo (PI) x América (RN)Santos x São Paulo (RS)

Náutico x InternacionalGama x Atlético (GO)

TAÇA DE PRATA

Americano x BonsuceuoCampo Grande xBangu

Serrano x Internacional (SP)Ferroviária x Goitacós

Sampaio Corrêa x Tuna LusoArapiraca x Confiança

Esporte x CentralCompinense xABC

leònico x BaraúnasAnapolina x Brasília

União xVila Nova (MG)Comercial (MS) x Uberlândia

Rio Branco x América (MG)Noroeste x Botafogo (SP)

Caxios x Novo HamburgoOperário (PR) xAvai

Figueirense x 15 de PiracicabaMoringa AxAmerica (SP)Londrina x Brasil (RS)Juventus x JuventudeCriciúma x Comercial (SP)

Dinheiro

De Cr$ 5.000,00 a CrJ 29.400,00em dinheiro vivo na hora.

Centro: R Gonçalves Dias. 65 - Tel PABX 244-4177R fla Assembléia. 41 Loja • Tei 242-5456R Miguel Couto 7- Tel 252-9998

Copacabana: Av Copacabana. 807 S/Lo|a • Te! 235-6377Tijuca: R Conde de Bonfim. 480/A - Tel 208-&848Meier: R Dias da Cru/ 255/L - Tel 289-4944Madureira: Trav Aimerinda Freitas. 41/B - Tel: 390-2444

Estradaoo Portela. 99 Lojas 241/242. PolotCampo Grande: Av CesanooeMeio. 2876/C-Tei. 394-7170Niterói: R Cei Gomes Machado. 143- Tel: 719-8544Belo Horizonte: Av Afonso Pena 867 S/Lojas - 23 e 24 Tei 226-2078Brasília: SCS Eoif Oscar Niemeyer - Loja 3 Tei 226-9663

Não tjüiize interrnen'áriosNâo cmrámos :a»d aecàiüastra nem comissões Procüré-nos djrekintente

Campo Neutro

José Inácio Hferneck

CREIO

que o vice-presidente de Fute-boi do Vasco, Antônio Soares Calça-da, cometeu um erro tático em suatentativa de comprar Silvinho. E me

explico: Calçada foi conversar com ÁlvaroBragança, do America, logo depois do em-pate com o Gama por 0 a 0.

Convenhamos que o momento não erapsicologicamente dos mais oportunos. Ál-varo Bragança não chega a ser o que seconvencionou chamar um dirigente intran-sigente em matéria de grande time. Ele estárruiis para vender do que para comprar. Émais favorável á tese de fazer seus jogado-res em casa, apurar algum dinheiro com avenda e depois fazer outros.

Esta tem sido, de modo geral, a linha doAmérica ao longo de sua história. Bragan-ça náo se constitui em exceção. Será poristo que o América nunca chegou a sefirmar como grande equipe? Pode ser, maseste não é o momento de discutirmos oassunto. O que eu quero dizer é que seCalçada chegar-se ao Bragança depois deuma vitória e com pouco mais do que os CrS7 milhões anunciados, o Vasco terá Sil-vinho.

Para Orlando Fantoni começar a dor-mir mais tranqüilo.

E,

dizendo isto, quero tornar aindamais explícito meu apoio a Fantoni:ele quer um extrema-esquerda deverdade e não sossegará enquanto

náo conseguir um.Náo adianta repisarem a tese de que o

importante não é jogar com um ponta, massim pela ponta. Orlando Fantoni sabe que aextrema-esquerda é área especial, maldita.Se o sujeito não sabe jogar na ponta, se ficatodo torto, como quem salta do bonde an-dando pelo lado errado, de nada adiantamos esquemas para ali projetar um jogadorcomo Adilio, como Júnior, como Ailton etantos outros.

Aliás o técnico Cláudio Coutinho, do Fia-mengo, está redescobrindo esta verdadesimples: o extrema-esquerda, como o golei-ro, é um ser especial. Náo basta ter só péesquerdo, pois Gérson o tinha e nunca foiextrema-esquerda. Jair da Rosa Pinto otinha e nunca foi. Rivelino o tinha e só foi acontragosto. Paulo César, que nâo o tinha,chegou a jogar ali com grande desembara-ço, mas depois tratou de fugir da posiçãocomo o diabo foge da cruz.

A extrema-esquerda exige uma série deatributos físicos, técnicos e psicológicos di-ficeis de encontrar no mercado do futebol.

¦ ¦ ¦

rWl ENDO escrito acima que GérsonÊ nunca foi extrema-esquerda, paro eÊ reflito. Na verdade, ele foi extrema-

esquerda um dia: no dia em queFlávioCosta, no jogo decisivo com o Botafo-go, resolveu por ali escalá-lo, com o objetivode marcar Garrincha.

O resultado, se não me engano a finaldo Campeonato Carioca de 1962, foi umaretumbante vitória botafoguense com exibi-çào magistral de Garrincha, enquanto Gér-~sõire Flãvio rómpiam definitivamente. Vol-temos aos dias de hoje. A torcida do Vascoanda tão irritada com o seu time que deupara vaiá-lo até nos treinos. O pobre Pauli-nho, jogador de belos recursos, é quem maissofre e já riem tem tranqüilidade para co-'brar

pênaltis.Entretanto, se formos ã tabela verifica-

remos que o Vasco é o lider num grupo de 10times dos quais ficam sete classificados. Sealguém deveria estar vaiando e estrebu-chando seria a torcida do América, a torci-da do Sáo Paulo, ameaçados de não passa-rem ã segunda fase do Campeonato.

A classificação do Vasco parece asse-gurada e o importante é ver como o time secomportará mais além na Taça de Ouro e,especialmente, no Campeonato Carioca.Aos vascainos eu aconselharia calma.

DE PRIMEIRA: O crítico inglês KeirRadnege assistiu a uma partida de Robertopelo Barcelona, contra o Real Madrid. Suaimpressão foi a seguinte: "Lento e pesa-dão." III Enquanto Roberto não se ajeita aoBarcelona, Mário Kempes vai recuperandosua forma no Valencia, do qual esteve atépara sair em fins de 1978. III Vamos por sinalaceitar todas as explicações para a inadap-tação de Roberto, menos a do frio. A Espa-nha nâo chega a ser a Sibéria e o clima lá,especialmente em Barcelona, não é pior doque na Argentina durante a Copa de 1978.Quando, entre outras coisas, Roberto ga-nhou a posiçáo de titular na Seleçào Brasi-leira por se adaptar bem ao campo pesado./// Hans Krankl, rompido com o Barcelona(razão que levou o clube espanhol a com-prar Roberto), continua deixando a barbacrescer. Diz que só a raspará quando oBarcelona concordar em vendè-lo de voltaao futebol austríaco.

t

Page 32: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

Fluminense e Palmeiras prometem jogo movimentado

Clérice luta para

rearmar o time

Solon CamposSão Paulo — Pires, Carlos Alberto

e Mococa. Esse é o atual meio-campodo Palmeiras, cuja equipe ainda seressente da saída de Jorge Mendonça,,negociado com o Vasco. O técnicoSérgio Clérice, que substituiu TeléSantana, encontrou no Parque Antar-tica um lime abatido pelos insucessosdo fim do ano passado, quando dei¦xou de decidir dois títulos importan-tes — os campeonatos nacional e pau-lista — após chegar as semifinais.

Sem Jorge Mendonça, jogador ex-periente e de boas qualidades técni¦cas, Sérgio Clerice encontrou — pelomenos até agora — uma altenuitivapara compor o meio-campo palmei-reme: deslocar o atacante Carlos Al-berto para a posição e manter Césarcomo centroavante. Ao ser contrata¦do, o treinador pediu imediatamentereforços, dando prioridade a aquisi-ção de um ponta-direita e o clube

comprou o passe de Lúcio, ex-jogadorda Ponte Preta:- Carlos Alberto tem toda a liber-dade para tentar jogadas ofensivas.E um bom jogador e foi a soluçãopara o lugar que era ocupado porJorge Mendonça.

Entrosamento

A goleada de 4 a 1 sobre o AméricaiRNi quinta-feira á noite, no Pacacmbt(, foi a primeira vitória do Palmei-ras nessa temporada de 19H0. Elaserviu para dar novo animo aos joga-dores e dirigentes e trazer, parcial-mente, de volta os torcedores que,decepcionados coma irregularidadeda equipe, não vinha comparecendoem massa aos seus jogos Para o jogocontra o Fluminense, a torcida estána expectativa, confiante na sorte

que o time costuma ter quando seapresenta no Maracana.

Embora o esquema tático náo sejao mesmo da época de Telé, a equipeteve apenas uma mudança, justamen-te no seu selor de. armação, devido aodesligamento de Jorge Mendonça. Ascaracterísticas dos três jogadores domeio-campo sao estas

Pires — Um bom jogador no desar-me. que cobre a defesa eficientemente,mas quando tenta ir aó ataque náo ofaz com a mesma segurança. Emboratenha caído de produção nas últimaspartidas, e um dos destaques do time.

Carlos Alberto — Um centroavantedeslocado para o meio-campo, masque tem liberdade de ação na frente.Suas características sáo completa-mente diferentes das de Jorge Meu-donça, mas ele também sabe tocar abola com alguma habilidade.

Mococa — Pintou como um craque

e teve atuações de destaque, notada¦mente na partida em que o Palmeirasderrotou o Flamengo, por 4 a 1, noMaracanã. Mas. como toda a equipe,caiu de produção e nos jogos contra oInternacional, nas semifinais do Na-cional e nas disputas do certame pau-lista, nào foi o mesmo jogador:Na partida contra o America do

Rio Grande do Norte. Baroninho mar-cou dois gols e provou que será maiseficiente se permanecer atuandoofensivamente, sem preocupação es-pecifica de ajudar ao meio-de-campo.O resultado trouxe novas esperançasao Palmeiras que, apesar de jogarfora de Sáo Paulo, espera um bomresultado amanhã, no Maracanã.Com a contratação de Lúcio, Jorgi-nho poderá ser deslocado para omeio, já que ele e um ponta-goleador.

VERÃO DE OFERTAS QUENTÍSSIMAS HM.

TUDO SEM ENTRADAPRIMEIRO PAGAMENTO APÓS TRINTA DIAS.

PNEUS de Passeio,Camionetas e Caminhões.

Todas as marcas e medidasA PRAZO EM CONDICÕES

SUPER FACILITADÁS.

OFERTA ESPECIALSOMENTE POR 3 DIAS

4 |

AUTO RÁDIO TOCA-FITAS WIOTORADIOAM/FM - stereo - mod. ACS - M31

7.356 / à vista

6,1.226, 7.356,s / acréscimo e s/entrada

15,767, = 11.505,s/entrada

OU

ou

AMPLIFICADOR GOLD STAR100 watts

1.920,;r a vista

ou 6 >320, .1.920,s/acréscimo e s/entrada

OU 15,200, 3.000,s/entrada >

OU

JOGO DE SOQUETESde 12 a 32 mm ou 3/8"

a 1 1 /4" c/24 peças.2.590, à vista

15,270, = 4.050,s/entrada

AMORTECEDORES COFAPpara todos os carros nacionais

em 10 pagamentos mensais iguaissem acréscimo e sem entrada. |

BATERIAS DELCOpara todos os tipos

de veículosem 6 pagamentos

iguais sem entradaGrátis instalação.

Atenção: Pagamos pela sua bateriausada o melhor preço.

MACACO JACARÉ2 toneladas

uso universal

a vista5.220,

15,544,

8.160,s/entrada

OU

CAIXA DEFERRAMENTAS

Universal169 I à vista

CHAVE STILSONpara cano 12"285 / à vista

MACACO SANFONA359 I à vistaBUZINA MIXO429 , à vista

JOGO DE CHAVESCOMBINADAS

c/12 peças764, à vista

CAPAS PROCARmod. Monza

para VW, Brasília. Fiate Variant

2.240, à vista

BERLINETA CALOIregulável a partir

dos 12 anos.

r a vista5.199,

ou 15,542,

8.130,s/entraria

RADIO BOSCH AM/FM stereomod. LD 243 - instalação grátis

3.299 , à vista

15,344, = 5.160,OUs/entrada

FURADEIRA ELETRICABLACK Et DECKER

mod. 7004 de 0 a 1/4".Grande versatilidade no lar e na oficina.

1.999, avista

Ou15,208, = 3.120,s/entrada J

UTILIZE OS SERVIÇOS HMmontagem de pneus grátisrodízio de pneus grátismontagem de rodas grátiscolocação de amortecedoresgrátismontagem de todos osacessórios grátisteste de baterias grátisbalanceamento de rodasalinhamento de direção'

""" \

BARRACA OUTO PRETO/80linha nova para 5 pessoas.10.599,

ou 15,1.105,

= 16.575,s/entrada

ATENÇÃO: Ofertas somente esta semana

Zona NorteBotafogo: Rua Voluntários da Patria. '40Madureira: Av. Ministro Edqard Romero.

AMPLOS ESTACIONAMENTOS

Niterói Av. Mal H A Castelo Branco, 161Volta Redonda Av Amaral Peixoto 766

Fluminense e Palmeiras |o-gam hoje a tarde no Maracanauma partida que promete pelomenos muita movimentaçãoos times, formados poi jogado-res em sua maioria jovens e debom nível técnico, precisamcumprir uma atuação convincente para se Armarem diantede seus proprios treinadores.No Palmeiras, a grande novida-de e a estréia de Lúcio, ponta-direita comprado recentementeã Ponte Prela. enquanto noFluminense a única mudança eo lançamento do ponta-esquerda Almir, em lugar deZeze.

A dúvida que Zagalo tinhapara definir a equipe foi desfei-ta ontem: Tadeu joga na zagacentral e Ademilton fica nobanco. O técnico optou pelamanutenção de Tadeu no timeporque o jogador já tem ritmode jogo. enquanto Ademiltonainda nâo esta cem por centofisicamente — nao atuou naquarta-feira, por motivo de con-tusão.

HUWNÉNSt . PALMIUAS localVcncanõ Wormw I 7 ho»at JuiiMnncwl S#»rnpiao Filho FlumirMwv•• ^oulo Goulart Marinho lod*»u Edmho e CHicho Fraga. Giva"ildo OiMovoo e Mano OwiPohertmho * Almir Palmeira*Gilnwr Rowmiro Silvo P0I0//1 #»Pedrinhci; Pwti Motoco e CnciMAlborto (Jotçjinho) Iwoo O&at 9Bconinho

O sistema tático que o Flumi-nense vai empregar hoje è umaincógnita: Zagalo não comentasobre esquema. O time porempode sofrer uma alteração naforma de marcação em relaçãoa que usou diante do Vila Nova.Por causa do nível técnico dosjogadores do Palmeiras, o Flu-minense deve adotar a marca-çao na segunda linha, abando-nando a pressão que caracteri-zou sua atuaçao na ultima par-tida.

Zagalo dirigiu treinamentotécnico ontem a tarde, logoapós uma partida de dois to-qutíis. O técnico decidou-se aorientar Edinho e Mario nascobranças de faltas, enquantoos preparadores flsicos ÁlvaroPeixoto e Paulo Roberto se en-carregaram dos outros jogado-res. nos chutes a gol. O time seconcentrou apos o treino, e obanco sera formado por CarlosAfonso, Edevaldo, Ademilton.Rubens Oalaxe e Tulica.

O técnico Sérgio Clérice, doPalmeira, tem apenas uma du-vida no meio-campo: nao sabese mantém Carlos Alberto, quevem jogando na meia esquerda,ou se desloca Jorginho. até acontrataçao de Lúcio atuandona ponta direita, para o miolo.Clerice. durante os treinos dasemana, exigiu maior rapideznos contra-ataques e movimen-tação constante dos pontas.Clérice afastou a hipótese deadotar uma tatica defensiva.

Foto de Evainiro Teuwno f

Mário. Cristóvão e Givanildo. um meio-campo (\uv começa a render bem

U111 meio-campo que promete

Márcio Tavares

Horário de 2? a 6?: das 8:00hs às 8:00hs da noite.

Que meio-campo e esse quereúne três jogadores antes mui-to contestados mas que agoracomeça a acertar e prometeruma série de esperanças ã torci-da do Fluminense? Quando Gi-vanildo chegou, trocado porWendell. foi combatido porqueja está com 31 anos. Cristóvãoveio de Salvador sem muitocartaz e atualmente é peça im-portante no sistema tático dotime. E Mario de promessa pas-sou a retribuir todo o investi-mento que o clube fez, acredi-tando em seu físico franzino.

A fórmula nâo e nova. o pro-prio Zagalo reconhece. O técni-co nada mais fez do que combi-nar e adaptar o talento, habili-dade e combatividade de Márioe Cristóvão à liderança e expe-riéncia de Givanildo. fe o Flu-minense tem hoje um meio-campo ágil. criativo e acima detudo equilíbrio com esses tresjogadores. Seguindo rigorosa-mente as exigências de treina-dor, suas últimas atuações con-firmam o que Zagalo vem di-zendo há muito tempo:Com habilidade e determi-nação tática qualquer timeconsegue se armar. É preciso,no entanto, acima de tudo obe-diència ao sistema. Se náo hou-ver organização, os planos vãopor água abaixo.

Para Zagalo. o Fluminenseconseguiu contornar, com a en-trada de Cristóváo, o único pro-blema que havia no time: faltade penetração na área. Por iro-nia, a equipe só encontrou seuritmo certo e conseguiu sermais objetiva quando Pintinhosaiu para o Vasco, embora to-dos tenham absoluta conscièn-cia de que o ex-apoiador naoera o culpado pelas deficiênciasofensivas da equipe.

O tripé de meio-campo co-mo nós temos feito, com trêspelo meio, necessita de um ho-mem finalizador. com comple-mente as jogadas na área. quetenha bom poder de conclusão.Náo gosto de falar sobre as fun-çóes táticas de meus jogadores,de modo que posso resumir mi-nha analise sobre o nosso meio-de-campo desta forma: tem umjogador experiente, o Givánil-do. e dois outros que aliam tec-nica e combatividade em favordo conjunto. Cristóvão e Mano.Bem preparados fisicamente ecom a seqüência de jogos, váose entender melhor aindaZAGALO EXPLICA

Cada jogador do meio-campotem uma particularidade paraZagalo. Cada um tem uma defi-niçâo. isso sem contar com osdetalhes que o técnico faz quês-taò de manter em sigilo Analisaneio os tres. esta é a opiniãode ZagaloGivanildo, Muno contesta-do quando foi contratadoatualmente, da uma aula de como se ,ioga futebol de comodeve se portai un, pivo A fun-çao lhe cai muito bem e ficoumelhor ainda no Fluminenseum time jovem Ele e o ponto deequilíbrio que faltava a equipeE aos 31 anos. considerado pormuitos um velho, tem fôlegopara cobrir todos os setores docampo porque se cuida E um ¦exemplo para as gerações maisnovas

Mario. Começou como pon-ta-esquerda. mas sua caracte-nstica de batalhador acabou le-vando-o para o meio-de-campo.Foi muito combatido e mudouseu posicionamento para me-lhorar Ele atualmente realiza omesmo que realizava algumtempo atras, jogando comoponta. So que agora atua maispara dentro do campo, tornou-se um meia-esquerda. Seu esti-lo me agrada, pelo sentido cole-tivo que da a sua atuação. Pro-cura criar as jogadas e tem umdrible fácil Outro detalhe: chu-ta forte. No último jogo errouapenas ao prender demais abola. Quanto a Cristóvão, ele erao homem que faltava para otime subir de produção. Ê ojogador que complementa asjogadas dentro da area adver-sária e combate no meio-cami>ocom a mesma eficiência. Temum poder criativo muito bom eum potencial físico que poderender mais ainda com o correrda temporada. Uma frase defi-ne seu estilo: joga fácil.GIVANILDO ANALISA

O tímido e habitualmentequieto Givanildo, consideradopor Zagalo um exemplo dentroe fora de campo, concorda coma opinião do treinador: o Flumi-nense ganhou maior força ofen-siva com a entrada de Mario eCristóváo na equipe. Os golsque~a-equipe temJomadQ_ultL-_ma mente ligam-se exclusiva-mente as falhas que ainda têmde ser corrigidas nò futuro.O bom e que o time temuma estrutura solida. Defensi-va ou ofensivamente sua forçaparece a mesma, combatendoou criando. Mário e Cristovãodão força ao meio quando têmde desarmar e também sãomuito criativos quando partempara o ataque

Analisando seus companhei-ros. Givanildo afirmou:Mario é um batalhador in-cansável, que corre pelo seu se-tor com boa vontade, lutandopela posse da bola o tempotodo. Habilidoso, seu único pro-blema e exatamente a formafísica que-ostenta Precisa do-sai um pouco as energias, mas .isso so vai conseguir com expe-riéncia Este e o problema doFluminense, é um time jovem.O torcedor pode notar que nosúltimos 15 minutos o Mário janao rende tanto porque correudemais no inicio do jogo Porisso. quando tiver maior expe-riéncia vai ser completo.

E Cristóvão e o talento quevem despontando. Assim comoMario, seus deslocamentos têmsido fundamentais para que eupossa distribuir as jogadas Eleme facilita muito pelo lado di-reito e o Mano pela esquerdaquando tenho que passar a bo-la E o baiano fecha bem o meio.quando tem que marcar. A faci-lidade com que dribla e chuta efantastica.

Na opinião de Cristóvão, omais importante no meio-de-campo do Fluminense náo e osenticio de marcação que Zaga-lo vem tentando empregar des-de que assumiu, e exatamentea mobilidade que as suas peçastem conseguido mostrar nos ul-limos jogos A movimentação

intensa, segundo o atacante,desorienta os adversarios.O meio-de-campo está cer-to. Acho que estamos nos en-trosando aos poucos e a ten-déncia e melhorar com os prn-ximos jogos. A marcação e boa,mas ás vezes nos mudamos oritmo, de acordo com as intni-çóes de Zagalo O mais impor-tante e a mobilidade do time,especialmente do setor que fa-cilita a criação de jogadas deataque.A análise sobre os compa-nheiros:Givanildo ê um jogadorque da tranqüilidade para todoo time Jogando como cabeça-de-área fixo tem um sentido demarcação muito bom e e umagarantia. Suas orientaçõestambém sáo importantes, porque jogando atras tem maiorvisão do campo. E quando al-gum jogador esta malcolocado,ele orienta e acerta tudoMario e um jogador que separece muito comigo no modode jogar Tem mobilidade e ha-bilidade. de modo que nos en-tendemos bem desde os primei-ros treinos. E logico que temosde acertar muitos detalhes,mas isso vem com o tempo. Oimportante é que acertemospor enquanto os deslocamen-tos. para que todos os compa-nheiros tenham espaço parasuas penetrações.

O franzino e irriquieto Mário-chegou a sofrer muitas criticas .,ao ser escalado no lugar de Ze-ze. na época em que AdmildoChirol assumiu a direção doFluminense. Mas quando foitransferido de setor, para naoferir suscetibilidades, passandoa jogar pelo meio, os ventospasaram a soprar mais favora-veimente para o seu lado. Naochegou a ser titular mas pelomenos quando entrava nameia-esquerda náo era maisvaiado. Hoje peça fundamentalpara Zagalo. Mario aponta osegredo do time:Força de vontade. Apenasisso. Quando Zagalo assumiu,todos queriam uma vaga no ti-me e tiveram que mostrar con-diçóes de jogar. Náo havia titu-lar nem reserva, todos força-vam ao máximo para ganharuma posição na equipe. Issoacabou facilitando as coisas pa-ra que o time acertasse comoestã no momento. É uma equi-pe jovem, mas com muita dis-posição

Mãrio analisa seus compa-nheiros de setor:Givanildo tem uma boacolocação na cabeça da área. Équem tranqüiliza o time nospiores momentos, quem seguraa barra quando ela pesa. Expe-riente. sabe a hora certa desairmos para o ataque As vezesnos queremos sair rapidamentemas o momento nao e propicioe ele grita: "Vai manso, náoadianta correr." Ou então faz oinverso. Ê quem comanda o ti-me la de trás. quem dá tranqüi-lidade a todos.O Cristóváo é um talento,muito parecido com o falecidoGeraldo, que jogou no Flamen-go Tem toque de bola, fechabem no meio e entra na áreacom rapidez para complemen-tar um lance. Alem da boa colo-caçao. sobe bem para cabecear.

SISTEMA IMPACTO 'SCRAU •2? GRAU

O MELHOR ENSINO DO BRASIL VESTIBULAR

COPACABANA - Xavier da Silveira. 58TIJUCA - Desembargador Isidro. 68

E NOS MELHORES COLÉGIOS

DE 5 ESTADOS DO PAIS !

r

1

El

3=11

Page 33: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

JORNAL DO BRASILcaderno

ROBERT WISE

DO TEMPO DO

ESTRELISMO

À

"JORNADA

NAS

ESTRELAS

Entrevista a Ely Azeredo

ESSENTA e cirico anos de idade, meio século nomundo do cinema — onde começou como mensageirode estúdio durante Grande Depressão americana —Robert Wise é um dos cineastas mais versáteis ebrilhantes da geração hollywoodiana dos anos 40, dageração pós — Cidadão Kane, um dos Rimes quemudaram a face da nova arte. Vindo da Argentina para o Brasil, de

onde seguirá para Paris, dando continuidade a uma viagem depoucas férias e muito trabalho na promoção de Star Trek (Jornadanas Estrelas) — a estrear dia 31 no Rio — Wise falou ao JORNALDO BRASIL sobre sua trajetória diretorial de 38 filmes, quaseexatamente um por ano, já que iniciada em 1944, com um pequenoclássico de terror, A Maldição d» Sangue de Pantera.

Jornada nas Estrelas é um insólito ponto de aproximaçãoentre Robert Wise, que nunca se interessou em fazer telefllmes, e atelevisão. O filme tem origem na popularissima série de TV, e oprodutor Gene Roddenberry foi contratado em 74 pela Paramounta fim de denotar o processo de adaptação cinematográfica. Wiseparecia um dos nomes mais improváveis para dirigi-la. "Gosto dever filmes na tela grande", diz com um sorriso, reiterando o prazerdo menino de Winchester, Indiana, que punha todo possívelcentavo nas matinês programadas com os produtos da "usina desonhos" do silencioso. Deixa bem nítida sua ausência de atraçãopela TV como veículo de criação, embora admitindo que "algunscineastas, como George Cukor fizeram bom trabalho nessecampo".

Esse desinteresse pela TV não pode ser desvinculado doimpacto devastador que o vídeo produziu sobre o cinema nos anos50. Em sua primeira tentativa de produção independente, aofundar a Aspen Productions, em 51, com dois amigos — um dosquais, Mark Robson, do mesmo grupo de cineastas que se revele-ram na RKO, no início dos anos 40. Baseado nas conclusões doComitê Kefauver, e com a presença do próprio senador em cena,Cidade Cativa (Captive City), denunciava, em 1952, a força docrime organizado junto à administração pública. Apesar dasqualidades do filme, mais elogiado pela critica fora dos EstadosUnidos, e do interesse espetacular de Volta ao Paraíso (Returno toParadise), de Robson, a empresa não obteve resultados estimulan-tes e fechou as portas.

Todavia, o desafio de Star Trek interessou. Wise, que já tinhaduas experiêncas bem-sucedidas na área da ficção científica: ODia em Que a Terra Parou (The Day the Earth Stood Still), de 51, eO Enigma de AndrAmeda (The Andromeda Strain), de 70. Justa-mente a partir de 70, depois do êxito inicial na rede NBC-TV, os 79episódios da série Star Trek começaram a alcançar popularidadecrescente em outros mercados. Nos últimos cinco anos essapopularidade cresceu 77%. A série percorreu 131 países, dubladaem 47 idiomas. Argumentos mais que suficientes para a Para-mount dar tratamento de superprodução preferencial à versãocinematográfica, aventura do século 23, com uma fortuna emefeitos especiais, como convém (sob o ponto-de-vista industrial)desde o impressionante sucesso de Guerra nas Estrelas. Jornadasnas Estrelas inclui novos personagem, mas conserva nos antigospapéis os mesmos intérpretes — Leojwrd Nimoy, William Shatt-ner, DeForest Kelley.

Wise estudou a mística da telesséri» e viu como uma das razõesdo sucesso a presença de personagens muito humanos, em situa-çóes "nas quais a esperança e a crença no futuro encontramexpressão". E pleiteou um roteiro mais verossímil, com maissentimento. Em sua opinião, todo o aparato técnico de EncontrosImediatos do Terceiro Grau, de Spielberg, náo impediu que ofilme se perdesse no meio, embora "tivesse um interessanteinício".

A concentração de grandes investimentos em tantos filmes dedispendiosissimos efeitos especiais não esté encolhendo perigosa-mente a área acessível ò expressão de novos cineastas? Wise

tie Janeiro ? Domingo, 9 do <|e 1980

Wise fala de sua oarreira vers6til(lue inclui desde Punhos de Campeao.

.iff' I' inodttsta obra-prima, ale Star Trek.,\ fic^ao cientifiea de US$ 20 millioes -

Perca4quüos

em 1 semana.

EXCLUSIVO: Você jamaisvai encontrar algo parecido.Um novo método criado,desenvolvido e patenteado peloEsthetic Center. Para você.RÁPIDO: Com apenas 10minutosdetratamento você podeperder até meio quilo por dia.LOCALIZADO: Você sóemagrece onde realmente precisaemagrecer. Pode ser nos quadris,na cintura, nas coxas, etc.DURADOURO: Enquanto >emagrece, enrijece os tecidosdo corpo. l?so garante que aelegância que você conquistouvai ser para sempre.AGRADÁVEL: Ao contráriodos métodos convencionais,você obtém os melhoresresultados sem fome, semmassagens, sem remédios.SEGURO: Seu tratamento éinteiramente dirigido eacompanhado de perto pornossos especialistas em estética.GARANTIDO: Após otratamento, você tem consultasgrátis durante seis meses, parase manter com o mesmo corpoelegante e sadio.

Telefone já e marque umaentrevista, inteiramente semcompromisso.

esthetic centerOrientação e Assessoria EstéticaCOPACABANA M£lER"2* 275-1444 ® 249-4744f'aci Demtlri" r DiasdaCruz.Rlbciro, 17 3° l43conj 405(Harata Ribeiroesqde Princesa Isabel >TIJUCA LEBLON ICAHAl234-7118 *2? 274-1895 3? 710-3026234-6829 Av. Ataulfo R ClavifloPeixoto,Pra<;a Saens Pefta dePaiva.1079 182 <Center 4)45 sa la 11 OH salaftOS salaf>20

Para homens e mulheres - Aberto das 8 ás 20 horas.

concorda: "Acho que a tendência, agora, entre os grandes produto-res, será estudar minuciosamente, com grande cautela, cadaprojeto multo dispendioso. Os filmes na faixa de 20 milhões dedólares serão mais raros".

Por que as boas comédias sáo tão raras no cinema contempo-ráneo? Robert Wise acha que, realmente, é uma grande lacuna.Ate às décadas de 30 e 40 a produção humorística tinha muitavitalidade no cinema americano. Destaca o trabalho de WoodyAllen e cita Mel Brooks entre os realizadores notáveis, hoje, nbgênero. Depois de questionar-se um pouco, considera que a amplaoferta de programas cômicos na TV americana é a principal razãoda retração do humor na indústria cinematográfica.

NAS

novas gerações do cinema americano Wise prefere(citando ao sabor da memória) Bob Fosse, de quemelogia todos os aspectos de Ali That Jazz — um doscandidatos ao Oscar deste ano — Woody Allen ("temgrande talento"), Francis Ford Coppola (refere-secom admiração a Apocalipse), George Lucas e Hal

Ashby. E a Importância de Robert Altman? Wise mostra poucaafinidade com seus filmes e não o situa entre os talentos novosmais expressivos. Mas, ao referir-se à evolução da técnica do som,reconhece o extraordinário uso que o cineasta de Nashville faz dacaptação simultânea de diálogos e ruídos.

Em um flash-back de quase quatro décadas, observa-se que asafra de novos talentos do momento em que Wise passou a dirigirfoi invejável. Ele estreou dois anos depois do impacto de CidadãoKane (do qual foi montador) e a influência de Orson Welles sobreseu estilo ê inegável, embora transfigurada. Cidadão Kane deu àmontagem (ou à edição, como prefere a terminologia americana)uma revalorização revolucionária — a de maior importânciadepois de Grifflth (Intolerância; O Nascimento de uma Nação) edos cineastas russos do silencioso.

E foi na montagem que Wise sobressaiu, de Início, depois deexercer funções subalternas nos estúdios da (hoje extinta) RKO,onde ingressou pela mão do irmão, que trabalhava na contabilida-de. Tanto em Cidadão Kane como em Soberba (Tbe MagnifícentAmberson), os dois primeiros triunfos de Welles, teve oportunida-

de de trabalhar com técnicos do mais alto nivel. Depois de Orson,o estilo de interpretação dominante nas realizações de maiorempenho artístico jamais seria o mesmo. Também nisso, Wise nãoperdeu as melhores lições disponíveis. Como comprovam o queobteve do elenco de Punhos de Campeão (The Set-l)p), comRobert Ryan (um de seus atores favoritosi à frente; do grupomulti-estelar de Executive Suite (Um Homem e Dez Destinos), deSusan Hayward, eiri Quero Viver (I Want to Live) — trabalhomemorável que proporcionou o Oscar à atriz; de novo com RobertRyan, junto a Harry Belafonte, Sheiley Winters, Ed Begluy eGloria Grahame no menos famoso, mas também excelente, üddsAgainst Tomorrow (Homens em Fúria).

Sem negligenciar o conhecimento de Wise çm todas as áreas daprodução, salta aos olhos a excelência que a montagem dá àconstrução rítmica de seus filmes (renovando, por exemplo, ogênero musical, com West Side Story/Amor Sublime Amor, noqual contou com Jerome Robbins, o coreógrafo, como co-diretori;o trabalho esmerado com os atores (sempre evitando, com todas asforças ao seu alcance, que o cartaz se sobreponha ao talento e àadequação de tipo. no casting); e o mood. a atmosfera evidenciadaaté — desde o título em um western diferente como Sangue na Lua(Blood on the Moon), com Robert Mitchum, 1948, o primeiro filmeem que contou com recursos acima da modesta produção B (acategoria que, entáo, em Hollywood, "náo contava com mais de125, 130 mil — eventualmente 200 mil dólares").

Como se alcança a atmosfera, o mood marcante de um filme deRobert Wise? Sem dúvida, em primeiro lugar, um privilégio dntalento, que nenhuma escola, por si pode inventar Depois, alémdo esmero na seleçáo dos cenários (naturais ou de estúdio, umaconstante nas conversas de Wise), um cuidado prioritário naseleção do diretor de fotografia, dos cameramen. "Náo bastaescolher um fotógrafo muito bom", frisa o cineasta "E preciso queo fotógrafo tenha sensibilidade especifica para cada tipo dehistória, para a atmosfera necessária. Eu escolho os fotógrafos coma mesma preocupação com que seleciono os atores" LembramosNicholas Musuraca. e Wise cita o êxito que Sangue na Luaalcançou numa recente revisão.

Como montador (ou editor), Wise teve a imensa responsabili-dade de proceder ã revisão da construção de Soberba. Orson

MINI-C0IFA IRENOMA lüi

wmwwmmztt

RENOMA

21 MODELOS ETAMANHOS DIFERENTES

R. Vise. de Pinjá, 550/L 3) 1239-3697/232-6168239*6546/252*4846

11

llTl

4*4

eseouewnELIMINA.

COM DOISEXAUSTORES,

A GORDURA' E O CHEIROATRAVÉS

DE TUBULAÇÃO

A estante

bem bolada Gelli

está em todas.

No living como um móvelpersonalizado, como divisória deambientes, no quarto dos jovens,na sala de TV, para acomodar funcionalmentetoda aparelhagem de som, ou aindapara tornar útil aquele cantinho que vocêdava como perdido, a estante bem boladae a solução mais prática, versátil e econômica.Venha vê-Ia em nossas lojas, ou peça semcompromisso, a visita de um projetista.

Gelli @o móvel bem bolado

Av Copacaoana 1032 • Tels 235 0635 ¦ 255-1138 39Rua Ba'ala Ribeiro. 614 - Teis 235-69T9 - 255*9629Rua Conae de Bonfim .'08-B • Te;s J48-0547 - 234-5125Rua Dias aa Cru:. 140-A - Teis 229-6408 • 289-3091Niterói R Gaviao Penolo 115 ¦ Teis "11-6806 - 711--281supe'Gelii * Av BraS'i 12025 - Te; 270*1322Barra • Carrelour * Lo.-a C - Teis. 399-1431 ¦ 399-'?65PetfODOns Magazm Ge«i ¦ Teis 42-0343 - 42-0"5

Terças e quinlas ale 22 h ¦ Sabaflos ale 14 hsuperGelli e Barra, sabados ale 18 h.Breve: Rio Sul Shopping Center-Botafogo

CursosDecoraçãoPaisagismoJardinagemPerspectivaMaqueteFotografiaEtiqueta Social

INSTITUTO INTERNACIONALDE CULTURA

R. Visconde de Pirajá,580/219. Tel: 227-2699 -Ipanema.

FrancêsfPROF? FRANCESAl

ÁUDIO-VISUALMET. ALIANÇA

FRANCESA256-2870

COPA

Welles estava no Rio cuidando da produção do episódio brasileirode lt's Ali True (o mitologico e inacabado filme de Welles. que osprodutores temeram e arquivaram quando as sessões de surpresapromovidas pela RKO. para testar o público, levantaram suspei-tas sobre a repercussão comercial de Soberba. Como profissionalde confiança do quadro do estúdio, Wise. seguindo ordens dadireção da RKO, fez importantes cortes no filme. Quanto tempo deprojeção foi cortado'' 'Mais ou menos 24 minutos" responde Wise.E ele mesmo foi encarregado de proceder a filmagens adicionais,que equilibrassem a nova edição. Quanto tempo somou essematerial adicional? Wise' "Seis. sete. talvez oito minutos"

Sem dúvida, o equilíbrio do cineasta se afirmou muito cedo emWise. Alem da intervenção em Soberba, cabe lembar que suaestréia como diretor se deu a meio caminho da filmagem de AMaldição do Sangue de Pantera, da clássica série produzida porVai Lewton (por quem Wise expressa a mais profunda admiraçãoi.O diretor era um estreante na longa metragem, Gunther V.Fritsch. No elenco, a francesa Simone Simon. Kent Smith. JaneRandolph e Ann Carter. Roteiro original de DeWitt Bodeen("Como sempre, com participação ativa de Lewton. que. noentanto, nunca punha seu nome como co-autor"). Na fotografia, omestre Musuraca. Fritsch era um profissional cuidadoso, cons-ciente, mas muito lento. O tempo de filmagem estava quaseesgotado, sem que ele desse mostras de poder encerrá-la semgrande atraso. O chefe de produção convocou Wise e pediu queassumisse a direção. "Eu relutei Mas deixaram bem claro: ou vocêaceita, ou segunda-feira haverá um novo diretor a frente do filme".Assim começou a carreira de Wise como realizador. Sem queninguém note onde termina o trabalho de Fritsch e onde começa odo substituto.

NATURALMENTE,

Wise se orgulha dos quatro Oscarque conquistou os de "os de melhor filme" (ele foi oprodutor) e de "melhor diretor' de West Side Story.produção de 61. e A Noviça Hebelde iThe Sound ofMusic) de 65. Este. surpreendentemente, ultrapassoua (entàoi aparentemente imbativel posição de .. ,E o

Vento Iievou... como campeão de bilheteria. Mas o prodígio desegurança e brilho de West Side Story nao ofusca o modestíssimoPunhos de Campeão, produzido com apenas 50(1 mil dólares, em49. com base em um poema de Joseph Moncure March rtoda ahistória ja estava contada no poema", frisa o cineastai. e que.confirmando previsões feitas por Billy Wilder. alcançou muitomaior êxito de critica que resultados de bilheteria. "Mas emalguns mercados estrangeiros o filme foi muito bem", lembra ocineasta. E exulto em saber que a discreta obra-prima foi eleita umdos "mais importantes filmes de todos os tempos", em consulta acritica, no Brasil. "Cidade Cativa também obteve melhor reper-cussáo critica fora dos Estados Unidos."

Robert Wise se emociona especialmente ao lembrar QueroViver (I Want to Livel, de 58, baseado em exaustivas pesquisassobre o caso de Barbara Graham. condenada por homicídio eexecutada na câmara de gás da penitenciária de San Quentin. "Eunão posso afirmar que ela era culpada ou que era inocente. Masconcordo plenamente com quem afirmou que a pena de morte é amais requintada forma de crueldade que se pode infligir a um serhumano." Até hoje o cineasta sente calafrios ao falar de suasvisitas ás instalações de pena maxima de San Quentin e de suasconversas com pessoas que acompanharam até o fim a tragédia deBarbara Graham. Lembra, perturbado, que. durante os prepãrati-vos da produção, assistiu a todo o horror do ritual de umaexecução em câmara de gas. "Falei com o padre que ouviu aquelamulher antes do fim. Ele não me quis dizer nem uma de suasúltimas palavras. Mas nem esse padre suportou permanecer multotempo como confessor dos condenados de San Quentin. Os relatosque ouvi me levaram a perceber que seria preciso mostrar na tela,em detalhes, o ritual dos preparativos de execução. A fim dereproduzi-la com todo o rigor de detalhe, preferi reconstituir emestúdio a câmara de gas."

Wise filmou The Body Snatcher (O Túmulo Vazioi, com BorisKarloff e Bela Lugos (1945), além de outros filmes do gênero. Elembra o gênero ao falar no admirável Quero Viver. "WalterWanger (o produtor) leu para mim três ou quatro páginas escritaspor um jornalista, como base para um filme sobre o caso BarbaraGraham. Depois, quis saber minha opinião sobre o projeto. Eudisse: o público gosta de filmes de terror. Vamos mostrar umaautêntica história de terror."

Gente feliz.

Pensar em cozinhas e banheiros faz lembrar um nome:COBAN.

A experiência de 30 anos em reformas, construção emanutenção fez da COBAN a maior especialista em tudo o quediz respeito a cozinhas e banheiros. E com uma vantagem adicional:assistência técnica permanente.

Por causa de tudo isso, a COBAN fez muita gente felizEntre nesta relação de clientes felizes e satisfeitos!

S93AN

Rio - CopacabanaR Barão de Ipanema, 110-RTels.:255-5993 - 255-6785 - 235-0325NiteróiR W Dcodoro, 155 ¦ Tel: 719-3288 <

m

i

D

E

Page 34: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

PÁGINA 2 ? CADERNO B ? JORNAL DO BRASIL ? Rio de Janeiro, domingo, 9 de março de 1980 E

Venha estudarcom a gente...

INGLÊS AlLSWELlAlEMAO (ICBA)

•n TURMAS TAMBÉM> AOS SÁBADOS

AUDNG LANGUAGE GNTEB!*• vno él 4*ommTIJUCA - Ed. Sloptr - 8° andar

208-4949 • 208-4263COPA - N.S. Copocobono -647

PORTUGUÊS rcAS

6PF 258-1572

DF, REDAÇÃORua Clòvis(Beviláqua, 1802.° and. TlIUCA

h

HELSING0RAm domingo* SMORGÂSBORD d* 12 ài 17h.Rtwivat: 259-3949. Av. Gal. San Martin, 983

POR MOTIVO PE OBRAS

LEBELSONHMODAS

INICIOU

ESPETACULAR LIQUIDAÇÃOR Raimundo Corrêa 35/ A r. Álvaro Alvlm 21 / ACopacabana Clnelftndla

Zozimo

A Luz de VelasO Copacabana Palacevol-

tou por uma noite aos bonstempos como palco de umJantar ao redor da piscinaoferecido por Helô e EduardoGuinle, que reuniram infor-malmente um grupo de ami-gos.

Décor elegante e ideal pa-ra qualquer tipo de festa, pe-Ias opções que oferece, o Co-pa foi usado em suas váriaspossibilidades pelos anil-trióes, que receberam.paradrinks no terraço de cima,todo iluminado, fazendo de-pois servir o Jantar na pérgu-

Ia, em mesinhas, à luz develas.• Entre os inúmeros presen-tes, estavam o Embaixador eSra limar Penna Marinho, oscasais José Nabuco, Cecil Hi-me, Beroard Wattel, as SrasMariazinha Guinle, NenetteWelnschenk, Emita de Pour-talès, Maria Celina Lage,Berta Leitchic, Lia MayrinkVeiga, Andréa de Morgan-Snell, com a filha, Flora, osSrs Marcello de CastelloBranco, Júlio Senna, Agosti-nho Olavo, Gastfto Maciel eOscar Simon. FARRAH FAWCETT

DeclínioAo que tudo indica,

Farrah Fawcett não temcoTiseguido vender comsua imagem a quantidadede produtos de belezaimaginada pela Fabergéao contratá-la por 2 mi-Ihoes de dólares anuais.

A empresa anunciouque o contrato da atriz,que expira em abril, nãoserá renovado.

Farrah, entretanto,continuara ligada à Fa-bergé: seu presidenteGeorge Barrie contratou-a para estrelar cinco fll-mes que a Brut Produc-tions, uma subsidiária dogrupo, produzirá a partirde meados do ano.

INFORMAÇÃO PUBLICITÁRIA

Peças romanas de 3 000 anos. um Caravaggio representando "Vida e Morte", obras de Guignard,Weingartner, Calixto, Augusto Petit, um verdadeiro museu do mobiliário antigo brasileiro iráo a leilão a partirdo dia 7 de abril. Leone mais uma vez com qualidade internacional. Raro de se ver: quadros de flores deCícero Dias. Já catalogados bronzes arqueológicos chineses, porcelanas dos períodos MING aoTAUKUAN ejóias antigas dos séculos XVII, XVIII e XIX.

Para anuncitr aqui Itgua 288-5414 — correspondência Ctixi Postal 25.026'20670 —* Rio.

JQ9. IA pintora primitiva Isabel Braga só trabalha com tintas e telas importadas. * * O 2° Leilão de Renato <Magalhães Gouvea em S. Paulo vai contar com a colaboração de Maurício Pontual ? ? Claudir Chavesrecolhendo obras para o último leilão da Mini Gallery. nos Salões do Rio Palace * * Neste proximo dia 11, às I21 h, inaugura-se exposição de Otto Stupakoff na Galeria Luz/Sombra (loja 202 do Shopping da Gaveal.

Março 9 — 1980 — Edição 256 — Ano VI

GUIA SEMANAL/COMPRA, VENDA & SERVIÇOS

LEILÃO, EM ABRIL,DE OBJETOS DE ARTE NO

PALACETE ROSA

Comunicamos aos srs. colecionadores _que já estamos aceitando peças para o leilão.

PAULO BR AMEuaOnN«n

Rua João de Barros, 147 - leblonTels.: 294-4499 e 294-1281

Paaeefii

O pintor marinheiroA Galeria Acervo inaugura a primeira exposiçãodo ano no dia 24 de abril às 21 li.: 35 óleos dePaneetti. Na mesma data e neste mesmo local, aFundação Conquista lança "PANCETTl — OPintor Marinheiro?edição ansiosamente aguar-dada. 800 reproduções, 150 polieromias, comtextos de José Roberto Teixeira Leite, CláudioMedeiros Lima. João Conde, Max Justo Guedes,Aloysio de Paula e uma apresentação de Clari-vai Valladares.

Preço do exemplar: CrS 10.000,00Preço Especial de pré-lançamento:

CrS 8.000,00

Itn exemplar de prova já pude ser visto, a partir <1pamanhã* na Galeria Acervo. As reservas podein ser feitas naGaleria. Rua das Palmeiras, 19 — 26()-5837 e na FundaçãoConquista. Av. Rio Branco, 50 — 17" andar,- 253-2878

Leone:3.000Anos de Arte no Próximo Leilão

Tão importante quanto aqualidade, as avaliações dosdois espólios que Ernani vaileiloar, a partir do dia 7 no Palá-cio dos Leilões, é o que maischama a atenção. UmCastag-neto de Toulon medindo 60x50cm vai a leilão com avaliação ju-dicial de CrS 80.000,00. Outro,representando a Pedra de Itapu-ca com a Baia de Guanabara aofundo, medindo 48 x 30, poderásair até por Cr$ 50.000,00. Eassim serão vendidos os 1.400lotes nos 11 dias seguidos, in-clusive sábado. Nos leilões deespólio sempre se faz bons ne-gócios.

Castagneto roubado sexta-feira 7: marinha c/barco s/ma-deira 24,5 x 9 cm, tons cinzen-tos assinado e datado de 99.Remunera-se a quem fornecerinformações sobre o quadro:225-1511 ou 288-0962

Recado a Lula Freire daeditora Spalla: republique ur-gente o livro de José Paulo. Edeixe as vendas por conta deLéo Christiano Editorial, que nãoaceita nova edição com menosde 2 000 exemplares.

Aloysio Zaktar em foto de Lula Rodriguea.

? A primeira exposição indivi-dual da nova Galeria do BANERJserá uma grande retrospectivade José Paulo Moreira da Fon-seca. O consultor crítico da Ga-leria é o Golfinho de Ouro Clari-vai do Prado Valladares. Sehoje me pedissem uma dica debom investimento, de prontoindicaria o nome de José PauloMoreira da Fonseca. Sua pintu-ra está bem acima do preço emque ainda é comercializada.

¦RN4NIB

GR4NDELEL/ÍÕ '

DE OUTONOESPÓLIOS

CÍCERO LHJEMROTH

CARIOS DA SILVA ARAÚJO

7 de abril-21:00 hs.pypoçiPÃrv

3,5e 6 de abril-15:00-22:00 hs.

Mtiao

DOS LEIRua São Clemente, 385 Tels.: 266.6259 - 286.3246

Raros os mestres de pintu-ra que conseguem grandes re-velações entre os seus alunos.O pintor Geraldo Orthoff é umdeles. Em Petrópolis (0242/42-0734) dá aulas de pintura edesenho e trabalha uma bonitasérie de óleos que vai exporbrevemente na Galeria Irlandini.Seus quadros são comercializa-dos na faixa dos CrS 30.000,00.Suas aulas de pintura são indivi-duais.

Victorina Sagboni vendemesmo. E junte-se a isto a quali-dade dos seus trabalhos. DoraBasílio, dá Galeria Trevo (274-8345), abriu data para Victorina,este ano. Em janeiro, plenabai-xa-estação, vendeu os três úni-cos trabalhos que dispunha.

Adelson do Prado expõena Galeria Kattya, de Salvador,no dia 25 de abril. Até hoje aindarepercute a homenagem quelhe prestou a campeã " Impera-triz Leopoldinense", desfilandocom a reprodução da Madonaem painel de 7 x 4 metros, naMarques de Sapucai. No Rio, aMini Gallery representa comer-cialmente Adelson do Prado

? Portinari retratando LuizCarlos Prestes como o "Cava-leiro da Esperança". Eis umdestaque do Leilão da Tableau(011/814-4097 e 011 813-3086).em S. Paulo. A exposição abreamanhã e o leilão de 4 dias vaide 17 a 20 de março.

Léo Grossman abre novaGaleria em S. Paulo, na Alame-da Lorena A de Salvador vaimuito ,bem.

Programação 80 da GaleriaToulouse (274-4044) começacom Satyro Marques, a partirdo próximo dia 18. São apenas20 quadros' com preços entreCrS 15 e CrS 30 mil. Não sobraráum sequer. Sua pintura estábelíssima, e Adriana Soninoacabará abrindo lista de reser-vas para quadros futuros, talcomo se faz com Bianco.

José Maria Dias da Cruzinstala atelier em Cataguases.onde passa maior parte de seutempo. Desde que a cidade per-deu o painel "Tiradentes" paraS. Paulo, é o fato mais impor-tante.

Prefeitura inaugura Sala deExposições no Parque da Cata-cumba com esculturas deFernando Casás. Montagemde Roselie Faria Lemos, daequipe de Mário Sophia, Dire-tor de Parques e Jardins daPrefeitura. ? ? Roque Batistae Evilásio Lopes, da equipe dePaulo Brame para leilões dearte, marcam para 9 de maio oprimeiro leilão do Palacete Rosado Leblon. ? ? Já há fila paraas reservas dos livros sobrePaneetti, edição da FundaçãoConquista, com lançamentomarcado para dia 24, na GaleriaAcervoNoticiário sob a responsabilidade deLeoChristiano Editorial P)

QUADROS ANTIGOS

BRASILEIROS B ESTRANGEIROS

COM MAIS DE 40 ANOS — COMPRAMOS ECONSIGNAMOS — ÚNICA GALERIA

INTEIRAMENTE DEDICADA A COMPRA£ VENDA DE PINTURA ANTIGA.

Maurício Pontuai Galeria de ArteRUA MARIA ANGÉLICA, 7

(esquina com a Lagoa)2* a 6\ das 14 às 19 h e 3a <? 5", até 22 h.

286-2997 e 226-2995

Novos

Telefones

DDD/021-Rio

Galeria Bahiart239-4599

Galeria Lebreton239-8648

MÁRCIO MATTAR

Curso de Criação eexecução de Jóias

265-3404

OrtefadMOLDURAS

R. Gen. Caldwell, 216 - Rio224-3601 e 224-4935

NAIF PROSAICATui, Tui, novamente. Carneva-le renasci! Da, da, da #Com pedaços lunares na ca-beça, dicotomias das gerais,passeiam olhares vaeiristasnas estrelinhas ? Chil-reios senis levam a conclu-sáo: Dois mais dois são 22.Onanista ciumento, segueTieta do Agreste e seus passa-rinhos ? Sapo esguichano olho psilocibina * llu-minado, Mario Shembergchega ao pensamento intuiti-vo ? Pego novamente oMUIRAQUITA coletivo. Uni-verso em expansão torna-senecessário um novo renasci-mento ? Professor Par-dal, passarinheiro, perguntapelas andorinhas * Damuda ao viradinho, comendoalpiste na mào, chegavam a'Capital fazendo o botton-les* 'mediador. Com ou sem firulasseguiam o lugar comum natrajetória destas mal traçadaslinhas ? Pobre. Pobre. Po-»bre. Solano Trindade *Saudemos o Novo Mundo. Odia ja vai raiando para qusmpossa. Posso?.

Aloysio Zaluar

LEONE

Peças para o

6o Grande Leilão

Última Semana de Arrecadação

7 de Abril-1980Local: Rua Francisco Otaviano, 132

5P

Leone — Centro de AvaliaçõesR. Prudente de Moraes, 903

Telefones: 247-7587247-0583287-4758

¥í

<0?

georges henri

rio

boutique: rua santa clara 70

DIJON

IPANEMA

"VENDA ESPECIAL"

HOMEM e MULHER

À PARTIR DE AMANHÀ ÀS 9 HORAS

DIJON IPANEMA - GARCIA D'AVILA, 110 (NOS 3 ANDARES)

HORÁRIO DE AMANHA DAS 9:00 AS 18:00 HS.

wtaffi BH TEQTPS

LIQUIDA

A PARTIR DE AMANHÃ

10 DE MARÇO.

Rua Farme de Amoedo, 76 — AIpanema

MAT0GR0SS0 PRODUÇÕES ARTÍSTICASapresenta

—SeilTipo^—

TEATRO CARLOS GOMESPça. Tiradenles (Tel.: 222-7581)

CURTA TEMPORADA

• Walter Piston • Saint-Saens • Liszt • Cimarosa • Debussy • Tchaikowsky • Schumann

Neste domingo,

oucaoqueeles

têm a dizer.- 2-•

Clássicos em FM, de 10 às 13 horas.

Rádio Jornal do Brasil

FM 99.7MHZ

Patrocínio

db

JÚLIO BOGORtCIN IMÓVEIS

m

D

Ei

¦I

msMmm

Page 35: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

CADERNO B O JORNAL DO BRASIL n Rio de Janeiro, domingo, 9 de março de 1980 O PAGINA 9

Aumento à vista

Já chegou à Secretaria Geral do Planejamento o oficiodo Conselho Nacional do Petróleo pedindo um novoaumento do preço dos combustíveis.

Desta vez, os cálculos do CNP estimam em 30% anecessidade do aumento, mas é improvável que o Gover-no acabe autorizando mais de 28%.

Uma coisa, entretanto, é certa: o aumento nâo vemeste mês.

¦ ¦ ¦

Pontos-de-vista

Zózimo

RODA-VTVA

• Entreouvido numa con•versa entre dois guardas detrânsito, que discutiam ainutilidade de multarem asinfrações cometidas pelosônibus:

— Eu só não multo por:que não dá em nada. Amei-nhã eles voltam aqui e aca-

bom passando em cima demim.• Dizia o outro:

— Eu só não multo por-que não consigo. De dia,eles deixam aquele mar defumaça negra atrás; de noi•te andam de luzes opa-gados.

AMANHÃ IPANEMA

LIQVIDAÇAO TOTAL

©CIIPYÜIOHTVISCONDE DE PIRAJA, 444 GALERIA

lNG&sm

CURSOS INTENSIVOS E REGULARESAULAS DE CONVERSAÇÃOCURSO PARA CRIANÇASSERVIÇOS DE TRADUÇÃO

NOVAS TURMASINÍCIO EM SE 10/3

JOIN THE GROUP YOUH IIKEITTHE GROUP ENGLISH COURSEo §Rua Marquês de S5o Vicente, 52/211 p

Shopping Center da Gávea - Tel: 274-6449 4i

LEILÃO, EM ABRIL,DE OBJETOS DE ARTE NO

PALACETE ROSA

Comunicamos aos srs. colecionadoresque já estamos aceitando peças para o leilão.

PAULO BR AMEmoaocmn

Rua João de Barros, 147 - leblonTelt.: 294-4499 e 294-1281

LIQUIDAÇÃO

DA

AMARELINHA»

roupas de bebê à 14 anos

BARÃO DE IPANEMA, 94 — A COPACABANA

REMARCACAO

10 DE MARCÕ"DESCONTOS

DE ÀTE 60%

GHMRTO DMMCBOUTIQUE

AV. GENERAL SAN MARTIN, 889.

CQPACABAMA:-AV.COPACABANA 680 - S/SOLO•IPANEMA:-R.VISC.DE PIRAJA', 330-LOJA 104LÉBLUN .-AV. ATAULFO DE PAIVA. 725 - LOJAT'

SABEDORIAA cantora Grace Bumbry, es-

trela da ópera Norma, festejou oDia Internacional da Mulherbrindando o distinto público comuma frase perfeita sobre o movi-mento feminista:

— Não sou contra nem a favorde mulheres ou homens. Achoapenas que num casal acaba pre-dominando aquele que tem maispersonalidade.Simples, objetiva e irrespon-dfvel.

O colecionadorGilbertoChateaubriand,que estáchegando ao Riodepois de umaviagem * Israelcomo membro doconselhointernacional doMuseu de ArteModerna de NovaIorque. Na fbto,tirada naUniversidade deHadassar, emJerusalém, s&ovisiiveis, além deGilberto, detalhesdos vitrais deChagall queornamentam asinagoga erguidano campus.

CASA CHEIASeosRoIlingStonesvieremao

Rio cantar no Maracanã, comopretende o empresário RobertoMedina, a festa acontecerá prova-velmente em julho, quando o con-junto tem uma folga breve emseus compromissos.

O que viria a calhar: apesar deninguém temer ver o estádio va-zio, o mês de férias escolares ga-rantiria com larga margem de se-gurança até mesmo mais de umespetáculo dos Stones.

Depois de Robert Wise, está chegando aoBrasil ura outro blg mune do cinema america-no, Sandy Howard, produtor de vários (Umes,entre eles Um Homem Chamado Cavalo, comRichard Harria. Howard vem disposto a produ-zir aqui um filme, se encontrar ambientes ehistória apropriados.

O escultor Roberto Moriconi movimentaS&o Paulo na terça-feira inaugurando na gale-ria Skultura uma exposição de peças em ma-delra e aço.

Todo o elenco da peça A Serpente, queestreou quinta-feira no Teatro do BNH, esticoudepois do espetáculo no Noites Cariocas, noalto do morro da Uma.

O Banco do Brasil comproo três telas dopintor J Beaerra para a decoração de suaagência em Lisboa.

O Embaixador da Itália e Sra GiuseppeJacoangeli convidando para o jantar que ofere-cem dia 13 em Brasília.

Os figurinos exibidos pela cantora GraceBumbry em Norma participarão da exposiçãosobre a obra de seu autor, Béni Montrésor, queo M use um of performing Art, do Lincoln Cen-ter, vai montar em 1981. A mostra se chamaráThe Magie of Béni Montrésor.

Os 80 anos do ex-Prefeito João Carlos Vitalserão comemorados amanhá com um almoçono Clube de Engenharia.

Assediada por produtores americanos paracontar sua vida num filme, a célebre MadameClaude tem até agora firmemente resistido. Ofilme com o sen nome exibido ano passadonada tem a ver com ela e foi rodado e lançadosem sua autorização.

O Centro Cultural Cândido Mendes reabreamanhã sua galeria de arte com uma coletivade desenhos de Marta Pires Ferreira, NlseteSampaio e Flory Menezes.

Sexta-feira, na pista do Hippopotamus, umcasal chamava a atenção pela coreografia in-crivei de seos passos na pista de dança. Era s6olhar com mais atenção para identificar, ágil,elástico, de chapéu, o bailarino Jo Jo Smith,que tinha como parceira Mariy Tavares, estre-Ia do musical SklndA, último grande espetãeu-Io mostrado pelo Golden Room do Copa.

Charles Jourdan será festejado amanhãapós o desfile de seus sapatos no Copa com umjantar no Salnt-Honoré.

Lançado na sexta-feira um novo jornal, oRepórter Fotográfico editado pela Associaçãode Repórteres Fotográficos e Cinematográfi-cos do Rio de Janeiro.

Seguro experimentalEsta na reto final o estudo para a implantação

do seguro-turismo que a Embratur pretende insti•tuir no país, ainda este ano, em convênio com umgrupo de seguradoras particidares.Já recebeu o sinal verde em Brasília e deveráser posto em prática experimentalmente para umnúmero limitado de turistas a partir de junho.A idéia, baseada no sistema espanhol, éressar-cir o turista de quaisquer prejuízos que venha asofrer durante sua permanência no país—vitimade assalto, roubo, extravio de bagagem, aciden-tes, etc.

¦ ¦ ¦

GUERRA DE MERCADOmental lançamento de umrefrigerante com sabor la-ranja, destinado a abalaros alicerces até então ab-solutos da Fanta.* Quem acompanha aguerra, que já se desenvol-ve nos bastidores, garanteque será para valer.

A entrada da Coca-Cola no mercado doguaraná, no ano passado,representou um golpe quecustou a ser absorvido pe-la Brahma.

Agora, chegou a vez darevanche: a empresa estápreparando um monu-

m m m

PRESENTE

DE ANIVERSÁRIOO Príncipe Andrew, da Inglaterra, fez um único

pedido aos pais, como presente de aniversário pelosseus 20 anos: ser dispensado da Marinha.Ganhou um Aston-Martin. Da dispensa, nem ouviafalar.¦ ¦ ¦

Troca de mãosA Caderneta de Poupança — leia-se BNH — nâo é

mais o órgão público a deter a maior conta publicitáriade todo o pais.O recorde está agora em novas mãos — tambémpertencentes a empresa do Govemo.

Pelo menos em 1980, a maior conta de publicidadeficará com o IBGE, mais especificamente com a campa*nha de divulgação do Censo.

PAIS DIFÍCILO Irá está anunciando medidas drásticas para o

próximo mês.Vai aumentar o preço de exportação do caviar em

50%, de modo a reduzir a quota do produto que sai dopaís.Primeiro, o ayatollah; agora, o fim do caviar—assimnão há pais que agüente!

Zózimo Barrozo do Amaral

REMARCAÇÃO

de

VERÃO

A partir do dia

Rua Móntenegro 149 0

MODULADOS VOGUE

|U sern

aumento

àí\sta 20% de desconto

A maior e melhor exposiçãode estantes e armários VOGUE se encontraem nossa loja. Venha conhecé laou peça sem compromisso, a visitade um projetista.

Venha conhecertambém, nossa última novidade,

a COZINHA VOGUE

0 Lar Feliz decoraçõesTradição de mais de 30 anot

Pça. das Naçfies, 186 - Tels. 230-2566e 260-4089 - Bonsucesso

Diariamente até 18,30h. sábados alé I3h

DE VERÃO

JEANS ~

SENSACIONAL

LIQUIDAÇAO

A partir

DIA 10SEGUNDA FEIRANA

LOJA GREATDA

RUA GARCIA D'AVILA, 58

PREÇOS DE ATACADOESTA MARCA E A DIFERENÇA

kfl^liCAS 299,

^B^CAMISAS129,

VESTIDOS 29SMI

Cortinas e

tapetesHda praça. Orçament^^^^^^^^^|

Lasas hmajulfis I Casa ílosCapelesI P.ontrrv Roto do í?o(omhm 1BR ^

Todos os tipos decortinas já prontas.À vista ou a prazo,os menores preços

. Orçamentos grátis a domicílio.

Centro: Sele de Setembro, 186Tels. 221-3313 e 221-3314Tijuca: Conde de Bonlim, 41

Tels. 254-3244e284-0693Copacabana: Barata Ribeiro, 135Tels. 237-7566e2S7-5671Mêier: Hermengarda, 13Í -Tel.289-3046 * 289-8897

Centro: ;Gomes Freire, 559Tels.PABX 232-8386-2S2-82Z7* 262-7474Copacabana: Barata Ribeiro, 194Tels. 2S6-9923«236-57MTijuca; Conde de Bonfim, 519

Tels. 268-6967 « 288-0196

MERCADÃO DE TAPETES MADUREIRA

Est. Intendente Magalhães,177-Tel: 390-4477Amplo estacionamento.

QUADRINHOS

DOMINGO

I fC1; JORNAL DO BRASIL

Cozinha Francesae Patisserie

curso completo últimas vagas256-9099

Patrocínio da sua

CADERNETA DE POUPANÇA

Quem poupaconquistaoqueavida tem de melhor.

WAGNER TISO"SE EU NÃO ACREDITO NAQUILO QUE NA MINHA INFÂNCIA

ERA PREGADO PRA MIM COMO UMA LEI, AQUILO ME VALEUCOMO UM PONTO DE PARTIDA MUSICAL, PELO MENOS".

ESPECIAL

TERÇA, 11HS. DA NOITE.

* Uss^flBbpssm

RÁDIO JORNAL DO BRASIL AM 940 KHZ

lança sua coleção INTERSAIS0N e entrega o VERÃOcom preços espetaculares.

AV. COPACABANA, 420-A - RIO

k e ALAMEDA TIETE, 179 - SPI

IEI

ID

0

CURSOSINTENSIVOS E REQULARESAULAS OECONVERSACAO NOVAS TURMAS2?ss: iNicio em s e 10/3serviqosdetraduqAo I.I

JOIN THE GROUP YOU'LI I IKE ITTHE GROUP ENGLISH COURSES 1—y RuaMarquftsdeSSo Vicente, 52/211 p

Shopping Center da Givea - Tel: 274-6449 \

O eolecioudorGUbertoChateaubriand,Que est*

¦PjP cbegando ao RiomS 9 ¦PwIHKm': depoia de una|§:&V- viaxem • Israel

corns maAio doy V '&*?} conselhc$£ I'-A> 'k Interaackmal doIft '/,v h Muses de Arte

Moderns de Nova5 i-Mf 1 Ioiqoe. Na Ibto,\ 4. ,rAf'- SH^gsrt^ll tirada na

-¦ i I Hadaaaar, em¦H Jerusalem, sAo

v t . HHHHHH visilveis, altm de9 Giiberto. detalhes

I'"- dos vitrais de' if mtagWmSm ' ¦ Chagall queW'W ornamentam af[ H sinagoga erguidav| mm M D0 campus.

Page 36: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

PÁGINA 4 ? CADERNO B o JORNAL DO BRASIL CJ Rio de Janeiro, domingo, 9 de março de 1980

Cinema***** EXCELENTE **** MUITO BOM *** BOM •* REGULAR * RUIM

Estréiasda semana

O Mistério de AgathaTudo Bem no Ano Que VemEm Louvor à Mulher MaduraAmor em ChamasE Agora José? / Tortura doSexoBruce Lee, o Imortal

•*•••CINZAS NO PARAÍSO (Ooyt of Htoven), deTerrence Molick. Com Richard Gere, BrookeAdoms, Sam Shepard, Linda Manze, RobertWilke. Rian (Av. Atlântica, 2.964 — 236-6114); Ópera-2 (Praio de Botafogo, 340 —246-7705): 14h, 16h, 18h, 20h, 22h. Exibidono Rian 70 mm. (14 anos). Tombem escritopor Malick, recebeu o prêmio de "melhor

direção" no Festival de Cannes e o Oscar de"melhor fotografia" (para Nestor Almen-dros), 79. A história tem um prólogo emChicago e se transfere para a região doTexos conhecida como Panhandle, antes doboom petrolífero e do ingresso dos EUA naguerra de 14-18. O operário Bill (Gere), suairmã menino, Linda (Linda Manzes) e suaamante, Abby (Brooke Adams) — que passapor

"irmã" — aceitam trabalho temporárionuma fazendo de trigo, cujo dono (SamShepard) se apaixono por Abby. Acreditandoque o jovem fazendeiro, segundo disse omédico, terá openas um ano de vida, Billinduz Abby a aceitar seu pedido de casa-mento. Apesar do crescente envolvimentoafetivo com o marido, Abby continua amantede Bill. As suspeitas criam um conflito e o fimdos "dias de paraíso". Produção americanafilmada no Canadá.

*****HAIR (Hair), de Mi los Forman. Com JohnSavage, Treat Williams, Beverly D'Angelo,Annie Golden e Dorsey Wright. Veneza (Av.Pasteur, 184 — 295-8349), ComodofO (RuaHoddock Lobo, 145 — 264-2025); Palácio-1(Rua do Passeio, 38 — 240-6541): 14h,16h30m, 19h, 21h30m. Modureira-1 (RuaDagmar da Fonseca, 54 — 390-2338):13h30m, 16h, 18h30m, 21h. No Venezaserá exibido em 70mm. (18 anos). Versão dapeça musical de Gerome Ragni e JamesRodo, cantando as esperanças e chorando asilusões da juventude dos anos 60. Um jovemconvocado paro a Guerra do Vietnam encon-tra novos caminhos na companhia de umgrupo de hippiet. Produção americano.

*****A DOCE VIDA (Ia Dolee Vita), de FedericoFellini. Com Anita Ekberg e Marcello Mas-troiani. Bruni-Copacabana (Rua Barata Ri-.beiro, 502 — 255-2908): 14hl5m, 17h30m,20h45m. (18 anos). Produção italiana emTotalscope e preto e branco. Um painel davida italiana centralizado em Roma, reunin-do histórias em vários níveis sociais (dospobres à nobreza), com um personagem(jornalista) sen/indo como elemento de liga-ção. Em destaque, as relações deste persona-gem com várias mulheres e sua perplexida-'de ante o desespero de um intelectual lúcidoe a religiosidade histérica da massa queacredita em um milagre. Última exibição dofilme que está com o certificado de censuraextinto. Reapretentoção.

*****INOCENTE DE VISCONTI (Llnnoeente), deLuchino Visconti. Com Giancorlo Giannini,Laura Antonelli, Didier Haudepin, Marc Poreie Jennifer 0'Neil. Roma-Bruni (Rua Viscondede Pirajá, 371 —287-9994): 14h, 16h, 18h,20h, 22h. (18 anos). Depois que o esposaadota um amante com o qual tem um filho, omarido redescobre a paixão da época docasamento e sente ódio de morte pela crian-ça. Adaptação livre do romance 0 Inocento,de Giovanni D'Annunzio. Ultimo filme deVisconti, falecido antes de concluir a monta-gem. Produção italiana. Roapmentação.

* • • •ESPOSAMANTE (Mogliamanto), de MarcoVicario. Com Marcelo Mastroianni, LauroAntonelli, Leonard Mann, William Berger,Annie Belle e Olga Korlatos. JacatepaguáAuto-Cine 2 (Rua Cândido Benício, 2.973 —392-6186): 20h, 22h. Até terça. (18 anos).Luigi e Antônio são casados há alguns anos evivem com conforto numa cidadezinha daprovíncia italiana, no começo do século. Omarido é negociante de vinhos e viaja muito.Pouco tempo ou amor dedica à esposa sub-missa. Um crime político irá todavia modifi-car a situação: o marido tem que se escondere a mulher, sendo obrigada a tomar contados negócios, vai descobrindo as verdades domarido e as suas, transformando-se numafeminista convicta. Produção italiana. Rea-presentoçóo

••**A VOLTA DO FILHO PRÓDIGO (Brasileiro),de Ipojuca Pontes. Com Helber Rangel, DilmoLóes, Tereza Rachel, Marlene, Jaime Barcel-los e Carlos Gregório. Caruto (Av. Copacaba-na, 1362 — 227-3544): 16h, 18h, 20h, 22h.(16 anos). Primeiro longa-metragem de fie-ção de Ipojuca Pontes, realizador do docu-mentário longo Canudos. Roteiro do cineas-ta, com colaboração de Zevi Ghivelder ncargumento. História de Antônio Maria (Hei-ber Rangel), "indivíduo comum que perde ospontos de referência numa sociedade cadovez mais obcecada pelo lucro e pela força".

Depois de cometer um crime no Rio, paroonde viera seduzido pela ilusão de ganhar ovida sem dificuldades, o protagonista fogerumo à sua terra natal, no Nordeste, sonhan-do encontrar uma espécie de redenção ncreencontro com a mãe, que abandonaraquando garoto. Outra fugitiva (Dilmo Lóes]se junto a Antônio Maria no Rio—Bahia eambos enfrentam situações violentas, obor-dados por bandidos procurados pela polícia.Entre outras distinções, o filme conquistouprêmios nos Festivais de São Paulo e CabeFrio e menção honrosa da crítica no Festivalde Tessalônica (Grécia).

**•*NORMA RAE (Norma Rc»), de Martin Rltt.Com Sally Field, Beau Bridges, Ron leibman,Pat Hingle, Barbara Baxiey e Goil Strickland.Studio-Paissandu (Rua Senador Vergueiro,35 — 265-4653): 15h, 17hl5m, 19h30m,21h45m. (14 anos). Uma operária (SallyField, prêmio de melhor atriz, Cannes, 1979)do Sul dos Estados Unidos, realiza-se existen-cialmente participando das lutas sindicais,onde a comunidade é pouco propício àliberdade da mulher. Conhece um ativista deNova Iorque (Ron Leibman), encarregado deorganizar a adesão dos operários locaisa umgrande sindicato. Nãoé um projeto feminis-ta: trata-se da história de uma criaturalimitada que se agarra às poucas oportuni-dades de auto-realização. Produção america-na. Reapresentoção.

*•*•MANHATTAN (Manhattan), de Woody Allen.Com Woody Allen, Diane Keaton, MichaelMurphy, Mariel Hemingway, Meryl Streep eAnne Byrne. Scala (Praia de Botafogo, 320— 246-7218): 14h, 16h, 18h, 20h, 22h. (14anos). De novo Woody, roteirista (com Mar-shall Brickman), diretor e ator, como o inte-lectual insatisfeito com o que escreve paraviver, judeu de amargo senso de humor,-vida amorosa instável, preocupado com osexo e as revelações da psicanálise. Sua ex-esposa passou a viver com uma lésbica e oameaça com a insistência em publicar umlivro sobre sua experiência conjugai. O escri-tor se sente culpado por suas relações comuma estudante de 17 anos (Mariel) e com aamante (Diane) de seu melhor amigo. Trilhamusical com criações de Gershwin, inclusiveRhapsody in Blue. Fotografado (por questãode estilo) em preto e branco / Panavision.Produção americana.

•*•*A MULHER COMO CINEASTA - Hoje: Har-lan County, Tragédia Americana (HerlanCounty, USA), documentário de longa-metragem de Barbara Kopple. Complemen-to: Substantivo, de Regina Machado. Rica-mar (Av. Copacabana, 360 — 237-9932):14h, 16h, 18h, 20h. Às 22h, haverá debotessobre a participação da mulher na atividadecinematográfica. (18 anos). As greves demeneiros do Condado de Harlan, os conse-

quentes problemas coletivos e violentos con-flitos com os encarregados do repressão. Acineasta Barbara Kopple, de Nova Iorque,trabalhou in locodurante três anos, utilizan-do na montagem seqüências documentáriasdos movimentos grevistas ocorridos no Con-dado, na década de 30. Filme premiado como Oscar (melhor documentário de longa-metragem) de 1977. Reapresentação.

-^«i ______P^^? ü. mAÈ mmAn5 ISB ?>______¦.

wÊk """<SS1__B. mm*ê&sSm _________ >9^R&: 7%>:' Wf^^^A hh ^Hl

" . ¦ :1B_H mmmW%Ê&&&J; *&&¦¦.: '_!___&______________.'' ^B^____________

WmWrjJ^ .. :íl*p||| ______T^É_I mA^M^Lm ^mWL^mW^'^-.'».#Sf \a '¦¦ W^^^^^^^^^LA _________¦ \\W _____P ^ÊmA

¦___. __B_F!íi?íí^í^_s_!^k^^______H _______T _mmr-" '^^^m^Lw^m »__________. _______

'W^Èmm Wr' 'v'7''?SHEf-RK* -*Arfom WZjíSLmw., <_._¦: ¦..:í M mm"mw \i\è ^_________________________________________TB|

O MISTÉRIO DE AGATHA (Agatha), de Mi-chel Apted. Com Dustin Hoffman, VanessaRedgrave, Timothy Dalton, Helen Morse eTony Britton. Palacio-2 (Rua do Passeio, 38— 240-6541), Roxi (Av. Copacabana, 945 —236-6245), Leblon-1 (Av. Ataulfo de. Paiva, .391 — 239-5048): 13h20m, 15h30m,17h40m, 19h50m, 22h. Tijuea-Paloee (RuoConde Bonfim, 214 — 228-4610): 15h30m,17h40m, 19h50m, 22h (14 anos). Versãoficcional do desaparecimento da escritoraAgatha Christie, em dezembro de 1926,jornais esclarecido — nem mesmo pela pró-pria. Durante 11 dias e ao que tudo indicaem conseqüência da crise matrimonial quelevou à sua separação do Coronel ArchibaldChristie, aviador, posteriormente. No filme,Agatha dribla a investigação de um jornalis-'ta americano e inventa uma trama quedeixa mais confusa a Scotland Yard.

••UM TOQUE DE HUMOR (lost and Found), deAAelvin Frank. Com George Segai e GlendaJackson. Cinema-1 (Av. Prado Júnior, 281 —275-4546): 14h, lóh, 18h, 20h, 22h. (10onos). Comédia com os mesmos atores prata-gonistas e diretor de Um Toque de Classe, de73, que proporcionou um Oscar a GlendaJackson e um Globo de Ouro a George Segai.Após longa intimidade propiciada por umacidente de esqui (ambos quebraram umaperna e foram hospitalizados), o viúvo Adame a divorciada Tricia se casam. Neurotizadopela morte da primeira esposa, Adam con-serva um caso amoroso clandestino, admiteintromissões da mãe em sua vida e se recusaa concluir a tese que pretendia defendercomo professor universitário. Tricia foge eprocura a ajuda de um filosófico chofer detáxi. Produção americana.

__

MANECO, O SUPER TIO (Brasileiro), de Flá-vio Migliaccio. Com Flávio Migliaccio, Rodol-to Arena, Cleide Blota, Paulo Fortes, Canari-nho e Virgínia Valle. Studio-Cateto (Rua doCatete, 228): 14h, lóh, 18h, 20h, 22h.(Livre). Continuação da série destinada aopúblico infantil e iniciada com As Aventurasdo Tio Maneco. No sítio do Vovô Camargo,

Mohotmo Gandhi, 2 — 220-3835), Copaca-i i"» (Av. Copacabana, 801 — 205-0953),UWoiW (Av. Ataulfo de Paivo, 391 — 239-5048), Tijuca (Ruo Conde de Bonfim, 422 —288-4999): 14h10m, lóh, 17h50m.19h40m, 21h30m. Imperator (Rua Dias da?-,llrin]70,7L 249*7982). Olaria: 15h30m,I7h20m, 19hl0m, 21h. Modui-eira-2 (RuaDagmar do Fonseca, 54 — 390-2338)-13h40m, 15h30m, 17h20m, 19h10m, 21h.(18 anos), O protagonista é preso depois dodesaparecimento de um amigo cujas ativida-des subversivas ignorava. O organismo derepressão (não identificado), sabendo darelação de amizade, suspeita do cativo e nãodá crédito à sua alegação de total desconhe-cimento das atividades do outro. A julgar pela sinopse, o título alternativo Tortura doSexo não tem nenhuma relação com o MATINÊShistorio. -

Harlan County, Tragédia Americana, documentário deBarbara Kopple, encerra hoje, com debates, a programação

de filmes realizados por mulheres cineastas.

onde pretendem passar as férias, Maneco eseus sobrinhos descobrem que, através deexperimentos científicos, o velho viajou parao passado (1926). A única maneira de recu-perá-lo é localizar uma fotografia da mesmaépoca e local em que Vovô se encontra, mas,para isso, precisam desvendar o mistério deuma cidade destruída pela poluição. Reapre-tentação.

TUDO BEM NO ANO QUE VEM (Some Time,Next Year), de Robert Mulligan. Com EllenBurstyn, Alan Alda, Ivan Bonar, Bernie Kubye Cosmo Sardo. Metro Boavitta (Rua doPasseio, 62 — 240-1291), Condor Largo doMachado (Largo do Machado, 29 — 245-7374), Condor Copacabana (Rua Figueiredode Magalhães, 286 — 255-2610), Carioca(Rua Conde de Bonfim, 338 — 228-8178):14h, 16h30m, 19h, 21 h30m. lagoa Drive-ln(Av. Borges de Medeiros, 1.426 — 274-7999): 20h, 22h30m. Até quarta no LagoaDrive-ln. (16 onos). Versão de uma históriade Robert Slade, que deu origem a umsucesso de bilheteria no teatro. Ellen Burstyne Alan Alda interpretam pessoas que seencontram por acaso, passam uma noitejuntos e, como são casados e felizes com suasfamílias, armam um programa singular:encontrar-se todos os anos, uma vez, nomesmo lugar. Vivem uma espécie de lua-de-mel periódica, sem a rotina do matrimônio,de 1951 a 77. Produção americana.

EM LOUVOR A MULHER MADURA (In Praisoof OWer Women), de George Kaczender.Com Tom Berenger, Karen Black, SusanStrasberg, Helen Shaver, Marilyn Lightstonee Alexandra Stewart. ópera-1 (Praia deBotafogo, 340 — 246-7705): 14h30m,16h50m, 19hipm, 21h30m. Vitória (RuaSenador Dantas, 45 — 220-1783), América(Rua Conde de Bonfim, 334 — 248-4519).14h, 16h20m, 18h40m, 21h. Astor (RuaMinistro Edgard Romero, 236), Rosário (RuaLeopoldina Rego, 52 — 230-1889): 16h20m,18h40m, 21h (18 anos). Versão do livro deStephen Vizinczey, ambientada na Hungria(durante a II Guerra Mundial e pós-guerra)eCanadá. Iniciado no amor por uma condes-sa, o jovem Andras só tem frustrações comgarotas de sua idade e vive relações passio-nais com mulheres adultas. Produção cana-dense-americana.

AEROPORTO 1980 —O Concordo (Airoport80 —The Concordo), de David Lowell Rich.Com Alain Delon, Susan Blokely, RobertWagner, Sylvia Kristel, George Kennedy,Eddie Albert e Bibi Anderson. Art-Méier (RuaSilva Rebelo, 20 — 249-4544): 14h,16h30m, 19h, 21h30m (14 anos). Filme desuspense, da série iniciada com Aeroporto, aversão do romance de Arthur Hai ley. O aviãosupersônico empreende uma viagem de boavontade Washington/Moscou, perturbadapor uma série de acontecimentos: campanhacontra poluição dos aviões supersônicos, ten-(ativas de sabotagem por parte de técnicos eperseguição por mísseis que, segundo anun-ciada, deveriam ser testados em experiên-cias com outro avião. Produção americana.Rea pretentacão.

IRACEMA, A VIRGEM DOS LÁBIOS DE MEL(brasileiro), de Carlos Coimbra. Com HelenaRamos, Tony Correia, Francisco di Franco,Carlos Koppa, Alberto Ruschel e Mario Ben-venutti Filho. Cine-Show Modureira (RuaCarolina Machado, 542 — 349-8266): 13h,15h, 17h (16 anos). Inspirado na obra deJosé de Alencar. Iracema, virgem tabajara,filho do pajé, é guardiã de um segredo deTupã. Se entregar seu corpo será castigadacom a morte. Um colonizador português,Marfim, entra em sua vida e modifica seudestino. Reapresentacão.

BLACK EMANUEUJ (Black Emanuelle), deAlbert Thomos. Com Karen Schubert, ÂngeloInfantil, Isabelle Marchall e Gabrielle Tinti.Lido-1 (Praia do Flamengo, 72 — 245-8904):14h, lóh, 18h, 20h, 22h (18 anos). Explora-çáo do sucesso de Emanuelle francesa, semnenhuma vinculaçáo de produção ou equipee também sem relação com os livros quederam origem ò série pornô. Nairóbi, naÁfrica, serve de cenário às aventuras sexuaisde May Jordan, fotógrafa de uma revista. Ablack (aliás mulata) May participa de umsafári onde a caça é sencundária. Produçãoitaliana. Roapmentação.

A DAMA DA ZONA (brasileiro), de OsyFraga. Com Marlene Silva, Marlene França,Hélio Porto, David Neto, Canarinho e LiaFarrel. Studio-Tijuea (Rua DesembargadorIsidro, 10 — 268-6014). 14h40m, 16h20m,18h, 19h40m, 21h20m (18 anos). Anuncia-do com comédia que conta a história de umaprostituta

"independente e de forte persona-lidade, que vive em um cortiço característicode São Paulo". Reopre—ntoçáo.

13h20m, lóhdOm, 20h Sábado e domingo,às 13h20m, I6h40m, 20h (16 anos). Melo-drama Jovem inexperiente procura conhecera vido e o mundo, sofrendo decepções oamarguras Reapresentacão.

CINCO CHINESES SELVAGENS (The SavogoFhre), de Chong Cheh. Com Dovid Cholrtg, TiLung e Chen Kuon. Programo complementariNós... Os Amantes. Orly (Rua Alcindo Guo-nobara, 21): de 2o a 6o, às lOh, 13h20m,16h40m, 20h. Sábado e domingo, às13h20m, 16h40m, 20h (18 anos). Aventurono linha habitual da produção de HongKong. Reapnssentoção.

BRUCE LEE, O IMORTAL (The True Game of'Death), de Steve Horries e Chien Ten Tai.Com Bruce Lee, Shou Lung e Alice Meyer.Programo complementar: O Castelo das Vir-gem. Rex (Rua Álvaro Alvim, 33 — 240-8285): de 2a a 6o, às 12h30m, 15h35m,18h40m, 20h30m. Sábado e domingo, às14h20m, 17h25m, 20h30m. (18 anos). Pro-dução chinesa de Hong Kong.

A ILHA DOS URSOS (Bear Island), de DonSharp. Com Donald Sulherland, VanessaRedgrave, Richard Widmark, Christopher Leee Barbara Parkins. Joio (Av. Copacabana,680 — 237-4714), Cinema-3 (Rua Conde deBonfim, 229): 14h40m, 17h, 19h20m,21h40m. (10 anos). Versão do livro de aven-turas de Álistair MacLean. Uma, expediçãoda ONU vai a uma ilha do Ártico paroestudos climáticos. Seus integrantes corremperigo de vida; alguém quer eliminá-lospara apoderar-se de um carregamento deouro. Produção anglo-conadense.

NOITE SEM HOMEM (Brasileira), de RenatoNeumann. Com ítalo Rossi, ítala Nandi,Otávio Augusto, Zanoni Ferrite e Zélia Za-mir. Coral (Praia de Botafogo, 316 — 246-7218): de 2o a 6o, às 15h40m, 17hl5m,18h50m, 20h25m, 22h. Sábado e domingo,às 14h05m, 15h40m, 17hl5m, 18h50m,20h25m, 22h. (18 anos). Do original deOrígenes Lessa eda sinopse distribuído pelaprodutora e distribuidora Cinemundi, o filmenão tem nada. Devido aos cortes, está reduzi-do a 45 minutos de projeção e não é umapornochanchado. Pelo que sobrou, conta trêsconflitos: o de um homossexual dono debordel com suas mulheres, a exploração porum pocicial corrupto e a crise entre umaprostituta e seu amante de moral burguesa.

SESSÃO COCA-COLA - Pinóquio—lagoaDrive-ln: 18h30m (Livre).

O CAVALINHO MÁGICO — Ilha Autocino:18h30m (Livre).

ONDE ESTÁ TERESA? — Jacarepaguá Auto.eine-2: 18h30m (Livre).

Extra*••

A HORA E A VEZ DE AUGUSTO MATRAGA(brasileiro), de Roberto Santos. Com LeonardoVillar e Jofre Soares. Às 20h, no CinecluboBarravento, Ruo Muniz Freire, 60 — Tijuco.

ESPÍRITOS INDÔMITOS (The Men), de FredZinneman. Com Marlon Brando e TeresaWright. Às 18h30m, no Cineclubo JeanRenoir da Aliança Francesa do Méier, RuaJacinto, 7.

Grande RioNITERÓI

ALAMEDA (718-6866) — Noite Sem Homem,com ítalo Nandi. Às 15hl0m, 16h45m,18h20m, I9h55m, 21h30m (18 anos).

DO INFERNO À VITÓRIA (From Hill to Vido-ry), de Hank Milestone. Com Georga Pepard,George Homilton, Horst Bucholz, Anny Dupe-rey, Jean Pierre Cassei e Capucine. IlhaAuto-Cine (Praia de São Bento — Ilha doGovernador — 393-3211): 20h30m,22h30m. Até terça. (14 anos). Drama deguerra acompanhando a trajetória de quatroamigos (um americano, um canadense, urr,alemão e um francês) dos tempos de paz,além de uma jovem francesa e um escritoramericano que os conhece por acaso, àsvésperas da invasão da Polônia pelos exerci-tos de Hitler. A história começa e termina emParis, onde os seis prometem reunir-se todosos anos, depois da guerra. Produção hispa-no-franco-italiana. Reapretentoção.

AS AMK3UINHAS (Brasileiro), de Carlos Al-berto Almeida. Com Diva Medrek, Cot Regi-ne, Fátima Celebrini, Neusa Chantal e EdsonHeath. Jacarepaguá Auto-Cine-I (Rua Cân-dido Benício, 2973 — 392-6186): 20h, 22h.Até terça. (18 anos). Melodrama. Quatromoças vão passar uns dias numa ilha deser-ta. Júlio ama Cláudia. Esta, Sílvio e Mônicapraticam o lesbianismo, mas ficam excitadasquando descobrem um homem na ilha,fugitivo de uma prisão, para desespero deJúlio, que despreza o sexo oposto. Reapre-tentação.

AMOR EM CHAMAS (Hanover Street), dePeter Hyams. Com Harrison Ford, Lesley-Anne Down e Christopher Plummer. Pathé(Praça Floriano, 45 — 224-6720): de 2o a 6o,às 12h, 14h, lóh, 18h, 20h, 22h. Sábadoedomingo, a partir das 14h. Paratodot (RuaArquias Cordeiro, 350 — 281-3628): 14h,lóh, 18h, 20h, 22h. Art-Copacabana (Av.Copacabana, 759 — 235-4895): 15h30m,17h40m, 19h50m, 22h. Art-Modureiro(Shopping Cenfer de Madureira), Lido-2(Praia do Flamengo, 72 — 245-8904), Ari-Tijuca (Rua Conde de Bonfim, 406 — 288-6898): 15h, 17hl0m, 19h20m, 21h30m. Aossábados, sessão à meia-noite, no Ait-Copacabana. 14 anos). História de amorentre um piloto americano e uma enfermei-ra, mulher de um capitão inglês, passada emLondres, durante os bombardeios de 1943.0piloto e o capitão têm uma missão importan-te a cumprir juntos, procurando ajudar-semutuamente, sem saber que amam o mes-ma mulher. Produção americana.

E AGORA JOSÉ?/TORTURA DO SEXO (Brasi-leiro), de Ody Fraga. Com Arlindo Barreto,Henrique Martins, Neide Ribeiro, Roque Ro-drigues e Ana Maria Soeiro. Odeon (Proço

TRINITY AINDA É MEU NOME (TrinHy ie StillMy Nome), de E. G. Clucher. Com TerenceHill, Bud Spencer, Harry Carey Jr, YantiSomer e Jessico Dublin. Santa Alice (RuaBorão de Bom Retiro, 1 095 — 201-1299):lóh, I8h30m, 21 h. (10 anos). Trinity (Hill) eBambino (Spencer) em outra comédia-wetttm da série vinculada ao nome doprimeiro personagem. Prometem ao pai ago-nizante que cumprirão suo última vontade:se tornorão bandidos com um preço bem altopor suas cabeças. Mas envolvem-se mais emequívocos e complicações que em proezasdignas do juramento. Produção italiana.HMpftltfwOÇaO-

CLUBE DOS CAFAJESTES (National Iam-poon't Animal Houte), de John Landis. ComThomas Hulce, Stephen First, Mark Metcalf,Mary Louise Weller e Marth Smith. Baronesa(Rua Cândido Benício, 1747 — 390-5745):14h, 16h20m, I8h40m, 21h (16 anos). Co-média em torno da rivalidade entre doisgrêmios universitários, Omega e Delta. Asperturbações provocadas pelos deltas culmi-nam com a tentativa de um deles paraconquistar a mulher do reitor. Produção ame-rica no.

A DAMA DO SEXO (Brasileiro), de WilsonRodrigues. Com Zilda Movo, Wilson Rodri-guese Zélia Soares. Rio-Sul(Rua Marquês deSão Vicente, 52 — 274-4532): 15h20m, 17h,18h40m, 20h20m, 22h. (18 anos).

PROFESSORA DE LlNGUA-De Mario Landi.Com Femi Benussi e Giorgio Ardisson. Méier(Av. Amaro Cavalcanti, 105 — 229-1222):14h35m, 16h15m, 17h55m, I9h35m,21hl5m. (18 anos). Uma professora impres-siona os homens com sua técnica nos encon-tros amorosos. Produção italiano.

O CASTELO DAS VIRGENS (Lipt of Blood), deKan Ruder. Com Michael Fynn, CatherineFrank, Teresa Gimpera e Sandra Reaves.Programa complementar: Bruce Lee, o Imor-tal. Rex (Rua Álvaro Alvim, 33 — 240-8285):de 2o a 6a, às 12h30m, 15h35m, 18h40m,20h30m. Sábado e domingo, às 14h20m,17h25m, 20h30m (18 anos). Reapresen-tação,

NÓS... OS AMANTES (brasileiro), de WilsonRodrigues. Com Emannuella Migues, JamesLins, Heitor Goiotti, Walter Portella, RosaFerreira e Li no Braga. Programa complemen-tar.- Cinco Chineses Selvogent. Orly (RuaAlcindo Guanabara, 21): de 2o a 6a, às lOh,

BRASIL — Apocalipse, com Martin Sheen. Áslflli45m, 17h40m, 20h35m (18 anos).

CENTER (711-6909) - Em Louvor à MulherCasada, com Tom Berenger. Às 14h,16h20m, 18h40m, 21h (18 anos).

ICARAÍ — (718-3346) — O Mistério doAgatha, com Dustin Hoffman. Às 13h20m,15h30m, 17h40m, 19h50m, 22h. (Manos).

CENTRAL (718-3807) - Em Louvor à MulherMadura, com Tom Berenger. Às 14h,16h20m, 18h40m, 21h (18 anos).

DRIVE-IN ITAIPU - A Morte Transparente,com Bibi Vogel. Às 20h30m. Amanhã edomingo, às 20h30m, 22h30m. (18 anos).

CINEMA-1 (711-1450) — E Agora José? /Tortura do Sexo, com Arlindo Barreto. Às!4hl0m, lóh, 17h50m, 19h40m, 21h30m(18 anos).

ÉDEN (718-6285) - Em louvor à MulherMaduro, com Tom Berenger. Às 14h,16h20m, 18h40m, 21h (18 onos).

PETRÓPOLISDOM PEDRO (2659) - Em Louvor ò MulherMadura, com Tom Berenger. Ás 16h20m,18h40m, 21h (18 anos).

TERESÓPOLIS

ALVORADA (742-2131) — O Ataque doeCylont, com Richard Hatch. Às 14h, lóh,18h, 20h, 22h (Livre).

Curta-metragem

O MUNDO MÁGICO DE AUGUSTO RODRI-GUES — DeAraken-Távera.-QnemotrMeiioBoavitta, Condor Largo do Machado e Con-dor Copacabana.

DONA CIÇA DE BARRO CRU - De JeffersonAlbuquerque Jr. Cinema: Bruni-Copacabana.

FORJA DE CAMPEÕES — De Fernando LuizConi Campos. Cinema: Art-Méier.

ESCOLA DE CRAQUES—De Saul lachterma-cher. Cinema: Baronesa.

El, PARENTE — De Suzana Sereno. Cinema:Bruni-Tijuca.

CINEAAA AÇÃO CURTA-METRALHA - DeSérgio Péo. Cinema: Roma-Bruni.

RIO, JARDIM BOTÂNICO - De RonaldoNunes. Cinema: Cinema-3.

BRILHO DA NOITE - De Emiliano Ribeiro.Cinema: Lido-1.

CriançasAPENAS UM CONTO DE FADAS — Texto edireção de Eduardo Tolentino. Músicas deOscar Correra Jr. Com o Grupo Tapa, Marle-ne Madeira, Denise Waimberg e MiguelFalabella. Teatro Gláucio Gill, Pça. CardealArcoverde, s/n° (237-7003). Hoje, às lóh.Ingressos a Cr$ 60. Espetáculo mágico ondea memória ocupa a cena e sen/e de palco auma viagem pelo vivência infantil da ficçãoe da família. (F.S.). Até final de março.

DUVIDE-Ó-DÓ — Texto de Lúcia Coelho eCaique Botkay. Direção de Lúcia Coelho.Com o grupo Navegando. Teatro Villa-Lobot,Av. Princesa Isabel 400. Hoje, às 16h. Ingres-sos a Cr$ 40,00, sob o patrocínio do SNT.Excelente mescla de atores e bonecos, numasucessão de quadros, mercados pela criativi-dade com que se transformam os materiais

cênicos e se estabelece uma ligação mágicacom o espectador. (F.S.)

COM PANOS E LENDAS - Musical de JoséGeraldo Rocha e Vladimir Capella. Direçãode Ivan Merlino e Vladimir Capello. ComMarco Miranda, Nadia Carvalho, OtávioCésar e outros. Teatro Vanucci, Rua Marquêsde S. Vicente, 52/3°. Hoje, às 16h. Ingressosa CrS 80,00. Bela remontagem pautada nojogo entre as transformações dos panos queconstituem o cenário e o rápido encadea-mento de lendas e cantigas, numa viagempelo repertório ficcional popular brasileiro.(F.S.)

FALA PALHAÇO—Criação coletiva do grupoHambu. Com Regina Linhares, Sílvia Aderne,Tarcísio Ortiz, Beto Coimbra e Sérgio Fidalgo.

Teatro do Sete da Tijuca, Rua Barão deMesquita, 539. Hoje, às 17h. Ingressos a Cr$60,00. Com 12 indicações paro o Mambem-binho, belíssimo espetáculo onde a históriade um grupo de palhaços serve de contra-ponto e oportuna reflexão sobre o trabalhode criação coletiva. (F.S.)

OS TRÊS MOSQUETEIROS — Adaptação deBenjamim Santos. Dir. de Ricardo Amorim.Produção do Grupo Rotunda. Teatro Opinião,Rua Siqueira Campos, 143 (235-2119). Hoje,às 17h. Ingressos a CrS 70,00.

DR. BALTAZAR, O TALENTOSO, NO MUNDODA IMAGINAÇÃO, CONTRA DR. DRÁSTICO— Musical de Neila Tavares. Direção deMona Lazar. Música de Luiz Gonzaga Jr.Com Wagner Vaz, Zemário Liniongi, Wilma

Mario e outros. Teatro da Gávea, Rua Mar-quês de S. Vicente, 52/4°. Hoje, às lóh.Ingressos a Cr$ 80,00. Até final de março.

O GIRASSOL MÁGICO — Texto de Adalber-to Nunes. Com Mirian Fisher e Luiz CarlosNino. Teatro Senac. Rua Pompeu Loureiro,45. Hoje, às 16h. Ingressos a CrS 80,00

AS BETERRABAS DO SENHOR DUQUE -Texto de Oscar Van Pfhul. Direção de RobertoMauro. Com Elenir Leal, Ciça Tranin e Roge-rio Blumm. Teatro da Galeria. Rua Sen.Vergueiro, 93. Hoje, às 16h30m. Ingressos aCr$ 60,00. Até fim de março

PLANETÁRIO — Programação de hoje: àslóh, AmiguinhoSol, para crianças de quatroa sete anos; às 17h O Universo om quo

Vivemos, para crianças de oito a 12 anos; às18h30m, Do Geocontritmo ao Heliocerrl.it-mo, para adolescentes e adultos. Av. Pe.Leonel Franca, 240, Gávea. Ingressos a Cr$3,00

SUPER-HERÓtS CONTRA MULHER GATO ECIA. — Musical com texto e direção deWilliam Guimarães. Com Fabiano Gouveia,Wagner José, Solange Gouveia e Paulo deOliveira. Teatro Alasca. Av. Copacabana1.241. Hoje, às 17h. Ingressos a CrS 50.

EMlUA, SACI E VISCONDE CONTRA ASTE-RIX, O GAULÊS — Musical com texto edireção de William Guimaráes. Com CarlaVanessa, Evans Brito, Araújo Guerra e outros.Teatro Aloslco, — Av. Copacabana, 1241

(247-9842). Hoje, às lóh. Ingressos a Cr$ 50.

ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS - Texto edireção de Jair Pinheiro. Teatro Teresa Ro-quei, Rua Siqueira Campos, 143(235-2119)..Hoje, às 17h. Ingressos a CrS 70,00.

CHAPEUZINHO VERMELHO - Texto e dire-ção de Jair Pinheiro. Teatro Teresa Raquel,Ruo Siqueira Campos, 143(235-1113). Hoje,às 16h. Ingresso a CrS 70,00

OS TRÊS PORQUINHOS E O LOBO MAU -Texto e direção de Jair Pinheiro. TeatroBrigrtte Blair, Ruo Miguel Lemos, 51 (236-6343). Hoie, às I7h. Ingressos a Cr$ 60,0.0..

BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÓES - Textoe direção de Jair Pinheiro. Teatro BrigrtteBlair, Rua Miguel Lemos, 51 (236-4343).Hoje, às lóh. Ingressos o CrS 60,00.

Page 37: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

CADERNO B D JORNAL DO BRASIL a Rio de Janeiro, domingo, 9 rfp março <!.> 1<)80 ? PÁGINA 5

PAULINHO DA VIOLA EM "ZUMBIDO"

Show

IUMMP0 •— Show do contar» amipwWorPaulinho da Violo acompanhado de Copinha(flauta « clarinete), César Faria (violOo),Plnlnho (baixo), Hércules (bateria) eCelsinho(percussão). Direção musical e textos de Pau-Jinho da Viola. Cenário, iluminação e dlre-ção de Elifas Andreoto. Teatro da Gafariaifiga Senador Vergueiro, 93 — 2252-8846).Xoje, ò»21h. Ingressos a Cr$ 200,00. Até dia30.

lOPIESS — Show com o compositor e gultor-Hsta Robertinho de Recife acompanhado daNenê (teclados), Fernando Gama (baixo),'Beto Saroldi (sopros), Givaldo Repolho (per-tussõo) e Wilson Meirelles (bateria). TecM»•Ipuiiiiin (Rua Prudente de Morais, 824 —>•247-9794). Hoje, às 18h. Ingressos a Cri100,00. Até dia 16.

SEU TIPO—Show do cantor NeyMatogras»"acompanhado pelo grupo Teroeiro Mundo,

^formado por Cidinho (percussão), Jorjão (boi-;;xo e violão), Jurim Moreira (bateria), Celso^Teixeira (guitarra, viola e violão), AristidesI;Mendes (guitarra, viola e violão), Márcio^Miranda (teclados e aeordeon) e Márcio Pe-"reira

(sax e flauta). Teatro Cario» Gome*,"Praça Tiradentes, s/n° (222-7581). Hoje, às"21h30m. ingressos a Cr$ 250,00. Até dia 27"de abril.'BONS

TEMPOS, HEIN? — Show do conjuntoMPB4, formado por Magro (vocal, teclados epercussão), Miltinho (vocal, violão, guitarra eviola), Ruy (vocal, baixo e violão) e Aquiles(vocal e percussão). Participação de BebetoCastilho (baixo, flauta e percussão) e MárioNegrão (bateria, flautas e sanfona). Direçãode Benjamin Santos. Texto de Millôr Fernan-des. Teatro Casa Grande, Av. Afrânio deMelo Franco, 290 (239-4046). Hoje, às"21h30m. Ingressos: normal, a Cr$ 250,00" integração (ingresso e disco), a Cr$ 400,00, e"caminhão, que estará hoje na Pça. SerzedeloCorreia a Cr$ 150,00.

IK : X£ I

*yjw8iL<

B; -

X0^. '}W§'

|p|§£l3IBBfe' MM t Mfe W/' ¦ /¦ >iBBB&ifev - ./.•• .. "WKmmm iMaria Bethania encerra hoje a temporada de Mel no Canecão

FILHO PWWLETO DE XANGÔ - Show com oeójitor e compositor Jorge Mautner (violão e

^violino) acompanhado de Nelson Jacobino'(voz, violão e guitarra) e Ronald Pinheiro[ (voz, bandolim e violão). Teatro do Sesc de'Copacabana, Rua Domingos Ferreira, 156.' Hoje, às 20h30m. Entrada mediante convite' á ser retirado no local.

.SAUDADE, ENCANTO E RAÇA - Show dasi cantoras Adelaide Chiozzo e Eliana e do; yjpjonista Carlos Mattos. Teatro do América,;Rya, Campos Sales, 118. Hoje, às 18h e21n30m. Ingressos a Cr$ 200.

VIVA O GORDO E ABAIXO O REGIME —Show do humorista Jô Soares. Texto de JôSoares, Millôr Fernandes, Armando Costa eJosé Luís Archanjo. Cenário e iluminação deArlindo Rodrigues. Direção de Jô Soares.Direção musical de Edson Frederico. Teatroda Praia, Rua Francisco Sá, 88 (267-7749).Hoje, às 18h e 21 h. ingressos a Cr$ 300,00, evesp. a Cr$ 300,00 e Cr$ 150,00, estudantes.

REVISTA

GAY GIRLS — Revista musical com Verusko,Maria Leopoldina, Ana Lupez, THeo Monte-negro, Stella Stevens e La Miranda. TeatroAlasca, Av. Copacabana, 1241. Hoje, às21h30m. Ingressos a Cr$ 200,00.

MIMOSAS ATÉ CERTO PONTO N°2—Showde travestis, com texto e direção de Brigitte

Blair. Com Marlene Casanova, Camile, Ed-son Farr, Alex Mattos e outros. Teatro BrigitteBlair, Rua Miguel Lemos, 51 (236-6343).Hoje, às 19hl5m e 21hl5m. ingressos a Cr$150,00.

CASA NOTURNA

MEL — Show de lançamento do LP docantora Maria Bethânia. Acompanhamentode Túlio Mourão (teclados), Luizão Moia(baixo), Cláudio Guimarães (violão e guitar-ra), Tuti Moreno (bateria), Bira da Silva(percussão) e a orquestra da casa, com 30figuras. Direção de Waly Salomão. Direçãomusical, arranjos e regência de PerinhoAlbuquerque. Canecão, Av. Venceslau Braz,215 (295-3044 e 295-1047)., Hoje, às20h30m. Ingressos a Cr$ 400. Último dio.

Teatro

Á SERPENTE — Texto de Nelson Rodrigues.Direção de Marcos Flaksman. Com CláudioMarzo, Sura Berditchevsky, Carlos Gregório," Xuxa Lopes,. Yuruah. Teatro do BNH (Av.Chile, 230 — 262-4477). Hoje, às 19h e 21 h.Ingressos a Cr$ 200,00 e Cr$ 100,00 (estu-dantes). O que acontece quando uma esposafeliz resolve emprestar o seu marido, poruma noite, à sua irmã mal-amada.

UM SOPRO DE VIDA — Texto adaptado porMqrilena Ansaldi e José Possi Neto do livrode Clarice Lispedor. Dir. de José Possi Neto.Com Marilena Ansaldi. Teatro Teresa Ra-quel, Rua Siqueira Campos, 143 (235-1113).Hojem às 21 h30m. Ingressos a Cr$ 200,00 eCr$ 100,00, estudante. A misteriosa gênesedo criação literária, o contraditório relociona-manto entre as angústias do escritor e as dapersonagem por ele inventada, num monó-logo poético que mereceu diversos prêmiosem São Paulo.

!rÀ DIREITA DO PRESIDENTE- Comédia deMSJJJ.ro Rasi e Vicente Pereira. Dir. de ÁlvaroGuimarães. Com Gracindo Júnior, Araci Ba-lobanian, Jorge Botelho, André Villon eBento. Teatro Gléria, Rua do Russel, 632¦ : (2435-5527). Hoje, às I8h e 21 h. Ingressos a. Cr$~250,00 e Cr$ 150,00. Um famoso cabe-

," leireiro, uma jovem ambicioso, um alto fun-.1 cionário do Governo e um traficante ence-ngm, à sombra do Palácio do Planalto, o seul pequeno ritual de luta pela subida na escala

socai.

.RASGA CORAÇÃO — Texto de Oduvaldo,Vianna Filho. Dir. de José Renato, com Raul¦Cortez, Débora Bloch, Sônia Guedes,' Ary^.Fontoura, Tomil Gonçalves, Isaac Pardavid,Márcio Augusto, Antônio Petrin, MaurícioTávora. Sidney Marques Teatro Villa-Loboe,Av, Princesa Isabel, 440 (275-6695) Hoje, àsI8h e 21h30m.lngressos a Cr$200,00 e"Cr$ 100,00, estudantes. Tendo como painel"de fundo a História do Brasil das últimas"qüdtro décadas, o autor, na sua magistral"obra-testamento, mostra com lirismo, ternura"e ironia as contradições, perplexidades, ge-nerosidodes e descaminhos de três geraçõesdo classe média brasileira. Recomendação¦¦especial da Associação Carioca de Críticos-Teatrais.

de Hamilton Vaz Pereira. Com Luiz FernandoGuimarães, Evandro Mesquita, Regina Cosé,Ivan Marques, Paulo Conde, Patrícia Travas-sos e Perfeito Fortuna. Teatro Dulcina, RuaAlcindo Guanabara, 17 (220-6997). Hoje, às19h. Ingressos o Cr$ 150,00 e Cr$ 80,00estudantes.

EM ALGUM LUGAR FORA DESSE MUNDO —Texto de José Wilker. Dir. de Aderbal Júnior.Com Sadi Cabral, Catalina Bonaky, MariaHelena Imbassohy, João Moita. Teatro doCentro Cultural Cândido Mendes, Rua JoanaAngélica, 63. Hoje, às 18h30m e 21h30m.Ingressos a Cr$ 150,00 e Cr$ 100,00, estu-dantes. A solidão e o vazio da vida de umafamília incapaz de abrir as janelas para omundo do lado de fora do seu refúgio. Atédia 30.

AFINAL, UMA MULHER DE NEGÓCIOS —Texto de R. W. Fassbinder. Dir. de WalterShorlies. Com Renato Sorrah, Tonico Pereira,Monah Delacy, Germano Filho, Dema Mar-ques. Teatro doe Quatro, Rua Marquês deSão Vicente, 52 — 2o (274-9895). Hoje, às18h e 21 h. Ingressos a Cr$ 200,00 e Cr$100,00 (estudantes). Inspirada no episódioverídico de uma mulher que, no séculopassado, decapitado após envenenar 14pessoas, a peça analisa as contradições e osconflitos da condição feminina.

O DESPERTAR DA PRIMAVERA — Texto deFrank Wedekind. Dir. de Paulo Reis. ComZezé Polessa, Daniel Dontos, Eduardo Lago,Fábio Junqueira, Maria Padilha, MaríliaMartins, Miguel Falabella, Paulo Renato Bra-ga, Rosane Gofman. Teatro Opinião. RuaSiqueira Campos, 143 (235-2119). Hoje, às21h30m. ingressos a Cr$ 150,00 e Cr$80,00, estudantes. Remontagem de um exce-lente espetáculo do ano passado, no qual umgrande texto alemão do início do século éusado para analisar poeticamente as doresdo despertar do adolescente para o vidaadulta.

Miguel Carroro, Cláudia Martins e FernandoPalitot. Teatro Senac, Rua Pompeu Loureiro,45 (256-2746). Hoje, às 18h e 21 h. ingressosaCr$ 150,00 eCr$ 80,00, estudantes.

TEU NOME É MULHER — Comédia de MareeiMithois. Dir. de Adolfo Celi. Com TÔniaCarrero, Luís de Lima, Célia Biar, Hélio Ary,Ivan Mesquita, Maria Helena Velasco e Mar-cos Wainberg. Teatro Maison de France, Av.Pres. Antônio Carlos, 58 (252-3456). Hoje, às18h e 21hl5m. ingressos a Cr$ 250,00 eCr$150,00, estudantes. A laboriosa carreira deumo recordista em golpes de baú no jet set.COMO TESTAR A FIDEUDADE DAS MULHE-RES — Comédia de João Bethencourt. Dir. doautor. Com Aríete Sales, Felipe Wagner,Carvalhinho, Elcio Romar, Camilo Bevilac-qua. Teatro Copacabana, Av. Copacabana,327 (257-1818 R. Teatro). Hoje, às 18h e21 h30m. Ingressos (2o sessão), a Cr$ 200,00e Cr$ 100,00, estudantes, (Io sessão), a Cr$200,00. Um morido siciliano que se acreditaenganado recorre ao teste de Comiggio,velha tradição do local, para averiguar ofidelidade da esposa.A FILHA DA.. — Comédia de Chico Anísio.Dir. de Antônio Pedro. Com Yolanda Cardo-so, Lutero Luiz, Alcione Mazzeo. Teatro Va-nucci, Rua Marquês de São Vicente, 52-3°(274-7246). Hoje, às 19h e às 21 h30m, a Cr$200,00 e Cr$ 120,00 estudantes. Peripéciasdos preparativos do casamento de filha deuma ex-prostituta com o filho de uma famí-lia tradicional.VERDEVIDA — Texto e dir. de Bruno Bonin.Com Arthur Muhlemberg Jr., Carlos EduardoCampos Filho, Luiz Carlos Ninô, Robson Al-ves, Sônia Santiago, Suely Coelho, Zé Bu-Ihões. Teatro da Gávea, R. Marquês de SãoVicente, 52 — 4o andar (294-1096). Hoje, às19h. Ingressos a Cr$ 80,00. Um elenco deadolescentes dá o seu depoimento sobre osproblemas da ecologia.

;NA CARREIRA DO DIVINO - Texto de Corlos[Alberto Soffredini. Dir. de Paulo Betti. ComAdilson Barras, Eliane Giardini, Marcília Ro-"sário, Márcio Tadeu, Maria Elisa Martins,"Paulo Betti, Reinaldo Santiago. Teatro Gláu-"cio Gill, Praça Card. Arcoverde, s/n° (237-"7003). Hoje, às 18H e 21 h. Ingressos o Cr$'150,00 e Cr$ 100,00, estudante. Uma pes-"quisa dramatizada sobre a cultura caipira do"trabalhor rural do interior de São Paulo, num-"espètáculo do grupo O Pessoal do Victor•distlnguido com inúmeros prêmios da crítica"paulista. Até dia 30.

:QUÀNTO MAIS GENTE SOUBER MELHOR—'Texto de João Siqueira. Dir. coletiva do;GrJpo Dio a Dia. Com Alice Carvalho, Car-•meri de Castro, Jackson Leal, Zé Antônio,:Jurandir Oliveira, Luzia Fonseca, Rômulo•Júnior Teatro Sesc da Tijuca, Ruo Barào de• Mesquita, 539 (258-8142). Hoje, às 21 h.¦Iníjrèssos a Cr$ 120,00, Cr$ 60,00, estudan-'tes"ê Cr$ 20,00 comeciários. Visão satírico-'crítica dos conflitos de interesses entre traba-•lhadores e esquema dominante nas últimas¦décadas da História do Brasil.>AQUE1A COISA TODA—Criação coletiva do>grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone. Direção

HOMEM É HOMEM — Texto de Bertolt Brech.Dir. de Ivan de Albuquerque. Com RubensCorrêa, EmilianoQueiroz, Leyla Ribeiro, LinaFróes, Davi Pinheiro, Marcus Alvisi, RicardoMaurício, Humberto Botista.Teatro Ipanema,Rua Prudente de Morais, 824 (247-9794).Hoje, às 21h30m. Ingressos a Cr$ 150,00 eCr$ 100,00, estudantes. De como um pacíficoestivador pode ser transformado num feroz ebem-sucedido soldado.

,É. . . — Texto de Millor Fernandes. Dir. dePaulo José. Cen e figurinos de Marcos Flaks-man. Com Fernanda Montenegro, FernandoTorres, Betina Vainy, Fernando de Souza eBetty Erthal. Cine-ShowModureira, R. Caroli-na Machado, 542. (359-8266) Hoje, às 18h e21 h. Ingressos a Cr$ 150,00 e Cr$ 100,00,estudantes.

RIO DE CABO A RABO — Revista de GuguOlimecha. Direção de Luiz Mendonça. Dire-ção musical de Nelson Melin. Com ElkeMaravilha, Alice Viveiros de Castro, Isa Fer-nandes, Morio Cristina Gatti, Nadio Corvo-lho, Marco Miranda e outros. Teatro Rival,Rua Álvaro Alvim, 33 (240-1135). Hoje, às18h e 21h30m. Ingressos a Cr$ 150,00 e Cr$100,00, estudantes.

A FEIRA DO ADULTÉRIO - Comédia de JôSoares, Braulio Pedroso, João Bethencourt,Armando Costa, Paulo Pontes e Ziraldo.Direção de Mauro Mendonça. Com Rosama-ria Murtinho, Felipe Carone, Lúcio Mauro,

COSTINHA ENTRANDO NA ABERTURA -Texto de Amanoel Rodrigues, José Sampaio,Jorge Murad e Lauretti Guzzard. Com ocômico Costinha. Teatro Leopoldo Fráes, RuaManoel de Abreu, 16, Niterói. Hoje, às 18h e21 h. Ingressos a Cr$ 200,00 e Cri 100,00,estudantes.

Dança

BALÉ STAGIUM — Apresentação do grupopaulista de dança, sob a direção da coreó-grafa e bailarina Márika Gidalli. Programa :Kuarup ou A Questão do fndio, coreografiade Décio Otero, música original da reservado Xingu; Coisas do Brasil, coreografia deDécio Otero, rnúsica:colagem de temas deLuís Gonzaga, Pe José Maurício, MarcosPortugal, Villa-Lobos, Baby de Oliveira, Gil-berto Mendes é outros; Serestas e ValsasBrasileiras, coreografia de Décio Otero, mu-sico-colagem de temas de Chico Buarque,Cândido das Neves, Pixinguinha, PatápioSilva e outros; e Dança das Cabeças,-coreo-grafia de Décio Otero, músico de EgbertoGismonti e Mikis Theodorakis. Teatro JoãoCaetano, Pça. Tiradentes (221-0305). Hoje,às 17h (Serestas e Coisas do Brasil) e à» 21 h(Quarup e Coisas do Brasil) Ingressos a Cr$100,00.

COM A CLASSE

DE SEMPRE

Maria Helena Dutra

E

aquela tranqüilidade.Zumbido, agora em car-taz no Teatro da Gale-ria, é mais um espetácu-lo com a marca registra-

da, patente exclusiva e intransfe-rivel de Paulinho da Viola. Showimaginativo, mas sem invencioni-ces, político, porém destituído dediscursos e agressões, musical-mente explêndido pelo repertóriosem tropeços, e interpretações domais alto e requintado nível técni-co. Enfim, mais uma previsíveletapa, exibição sem surpresa deum artista que, em mais de 15anos de carreira, só faz esbanjar ecomprovar a classe de sempre.

Mesmo em situação pouco fa-vorável. Paulinho não conseguiu,por problema do teatro, realizarensaio geral com luzes e cenário.Na noite da estréia, com o públicojá chegando, ainda fazia o únicorepasse no palco. Isto atrasa oespetáculo e causa visível nervo-sismo, quase amadora inseguran-ça, no astro principal que, no de-correr do show, chega a errar algu-mas letras e se embaraçar nossolos de cavaquinho. Problemasque não deverão se repetir nasoutras apresentações de têmpora-da e que mesmo na noite inicialnão chegam a afetar a impressãogeral deixada pelo show que é deprodução bem pensada, cuidada ede extrema seriedade profissional.Dentro de cenário de Elifar An-cheato com plácida lua e estrelasa brilhar, presença agora quaseconstante nos shows cariocas, láestá Paulinho com o também in-defectível terno branco, outro uni-forme em grande moda. Mas logose revela eterno no que canta enas homenagens. Todo o Zumbi-do é dedicado aos compositores eintérpretes negros que sempreusaram a música como forma deafirmação e resistência. Com mui-to orgulho, Paulinho, César Faria,Copinha, Dininho, Hércules e Cel-sinho mostram a grandeza, inde-pendência e a liberdade destescriadores pretensamente humi-lhados e humildes. Wilson Batistaé o primeiro lembrado, depois vemValzinho e Ciro Monteiro. Entresuas músicas, palavras e obras dopróprio Paulinho, que compõe oquadro sem exageros, raivas ousuperficialidades. Presente tam-bém o parceiro Elton Medeirosnum dos mais bonitos sambas doano passado, e infelizmente poucodivulgado, Recomeçar GeraldoPereira, na esfúãante CabritadaMal Sucedida, também está pre-sente e a primeira parte se encerracom o vigor de Candeia e suaFilosofia do Samba.

O recado não podia ser maisbonito e digno. Pena que os res-ponsáveis pelo Teatro tenhammania de economia. Só ligam o arrefrigerado nos primeiros minutosdo espetáculo. Depois, lembramda conta, e deixam o público asfi-xiado em mais uma sauna. Mas"nem esta tem a força necessáriapara distrair a atenção do total-mente instrumental início da se-gunda parte. A iluminação defi-

. ciente, típica de nenhum ensaioanterior, também não derruba odesempenho geral em obras deLuís Americano e Ernesto Naza-reth. E dá para se sentir o religiososilêncio da platéia ante a perfei-

ção de Sarau para Radamés. dePaulinho, e o solo de extremo vir-tuosismo de Copinha, na flauta,para A Vida É um Buraco, dePixinguinha. E até que as roupasbonitas e distintas da boutique deIpanema caem muito bem em to-do este grupo de músicos de inataelegância. Que não brincam comas raízes, mas as sentem comoparte integrante e não filosóficade qualquer vida. Tanto que Pau-linho lembra até os sambas doii\)ustiçado, mas profundamentecarioca bairro de Botafogo atra-vés de Passei por Ela, de ÁlvaroCardoso e Waldemiro Oliveira. Étanto o entusiasmo, que chega apartir a corda do cavaquinho. In-cidente irrelevante porque boamúsica vai de qualquer maneira.Como prova no seu Na Linha doMar, no pungente Pode Guardaras Panelas e no Cantar pra não

Chorar, de Heitor dos Prazeres ePaulo da Portela. Até este mo-mento, Paulinho, em termos demovimentação, apenas trocava delugar de quando em vez. Sem mui-tos motivos, cantava sentado nocentro do palco e falava em pénum microfone lateral. Mas quan-do chega o Miudinho, folclore,mostra que é bamba. Arrisca e sesai muito bem mostrando os pas-sos desta dança e os agradecimen-tos com o lenço. A platéia vai àloucura. Um bom momento paracantar então História Diferente,de sua autoria, no qual afirma quetodos estes sambistas, ele inclusi-ve, ainda tem muitos outros enre-dos para contar e cantar. Não sóacreditamos, mas confiamos pro-fundamente nesta esperança. Ca-so contrário, nossa música seriaapenas, e exclusivamente, muitopobre.

Musicalmente esplêndido,o novo show de Paulinho da V iola

Criança é criança

ESCREVER

COM PRAZER

Ana Maria Machado

O

aparecimento de livra-rias especializadas, espe-cificamente dirigidas aopúblico infantil, por certo

está facilitando a tarefade pais e professores naescolha atualizada de bons livros paraseus Olhos. E, sobretudo, está possibi-litando à criança um ambiente gosto-so para entrar em contato com a pro-duçào literária a ela dirigida. Ou seja,está ficando mais fácil que as criançastenham acesso ao livro — pelo menosas crianças de classe média, nas cida-des que já contam nas livrarias espe-cializadas. É o caso de Belo Horizonte(com a Miguilim), de Sáo Paulo (com aFaz-de-Conta) e do Rio (com a Divul-gaçáo e Pesquisa no Jardim Botânico,a Murinho na Praça General Osório ea Malassartes no Shopping Center daGávea).

Essa conseqüência já era prevista.Mas as livrarias para crianças estáotendo outro efeito: o incentivo à escri-ta infantil. Coisa nada surpreendente,aliás: a familiaridade com a palavrado outro libera a própria expressão decada um. Ler estimula a criação, afantasia, solta as idéias, dá vontadede escrever também. E o contato comlivros em estantes baixas, sem redo-mu nem proibições, dessacraliza a

palavra escrita, sempre táo mitifica-da e enobrecida pelo poder que sepretende seu detentor exclusivo.

Assim é que esta semana em SãoPaulo, está sendo lançado um jornalchamado Faz-de-Conta. sob a respon-sabilidade da livraria do mesmo no-me (Rua Peixoto Gomide 1492). A pu-blicaçào se propõe a dar um serviçocompleto do lazer infantil previstopara o mês. O jornal se dirige a crian-ças entre 6 e doze anos e inclui umaparte com ampla participação infan-til em sua elaboração.

No Rio, no final do ano passado, aLivraria Murinho e o suplemento lite-rário da Tribuna andaram publicandovários textos escritos por crianças,num concurso que já deve estar che-gando ao seu final. E na Livraria Mala-sartes, uma máquina de escrever àdisposição da garotada tem registradoalgumas histórias bem interessantes,quer elaboradas individualmente poruma só criança, quer desenvolvidascomo resultado de um trabalho coleti-vo em que os pequenos visitantes dalivraria vão escrevendo diferentes tre-chos do texto e deixando o papel namáquina à disposição do próximo in-teressado.

Dino, por exemplo, assinou sua his-tória de poucas linhas, mas não indi-cou sua idade: "Era uma vez um ele-fante gordo, muito gordo. Ele uma vez,de tão pesado, afundou numa poça delama enorme. Foi um desastre. Esteelefante era gordissimo, pesava mais

de uma tonelada. Demorava muitopara andar, so sabia se atrasar. FIM."

Esta outra é coletiva, recolhida emum papel que ficou uns dois ou trêsdias na máquina:

"Era uma vez uma peixa que ia terfilhos E o sapo era o médico. Quandoos peixinhos nasceram, o médico le-vou um .iusto porque eram cinco pei-xes e estavam um em cima do outro. Amãe ficou contentíssima lua verdade,escrito "contentiscima"! e pulou dacama dizendo o primeiro vai se cha-mar blá, o segundo vai ser blé o tercei-ro bli, o quarto bló e o quinto blu. Opa,disse o pai assim não dá!!! Vai ser clá,clé, cli, cló. clu, afinal eu sou o pai.

Aí o filho falou e calou-se (ou me-lhor foi calado) vai ser ca, qué, qui, có...o médico mandou eles calarem e disseos nomes sa, po, cu, ru 1, ru 2, ou-viram?

Mas...Nem mas nem menos senão boto

todo mundo de volta na barriga.Bota coisa nenhuma, onde já se

viu? A barriga é minha, quem mandanela sou eu.

E mandou mesmo."Se as nossas escolas (inclusive as

chamadas escolinhas de arte) foremcapazes de incorporar em seus cursosalguma coisa que permita assim alivre expressão, mesmo sem limita-çóes gramaticais, as crianças váo sedivertir muito. E váo escrever, ora senáo vão. ^

E

D

Page 38: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

t

PÁGINA 6 O CADERNO B ? JORNAL DO BRASIL ° Ri» de Janeiro, domingo, 9 de março de 1980

José Carlos Oliveira

OS CHINESES E EU

LOGOGRIFO Jerônimn Ferreira

moça que conheci na noite,morena de cabelos negros li-

Mm sos, vinha do Sul e se chamarva Ollvia. Inventei isso ago-ra, pois acho que nem che-m ™ guei a perguntar seu nome

verdadeiro. Aliás, todas as pessoas queentram nesta narrativa, iniciada sexta-feira última, usam nome falso, excetuandoas celebridades ocidentais. Era uma noiteespecial: acordara em mim o boêmio Um-gamente dormido e, acompanhado de OU-via curiosa em violar os mistérios da noitecarioca, fui à luta. Nossa intenção eracomeçar pelo Baixo Leblon, onde estãoacontecendo as coisas. Mas um boêmioque sabe onde vai deve recolher-se bemcedo ao leito, por sofrer evidentemente deuma doença, a sensatez, incompatível comos descaminhos da madrugada. E assimfomos parar no Hippopotamus. Antes dis-so, foram dados muitos telefonemas, pri-metro porque lá se realizava uma festaparticular — a despedida das Frenéticasque vão fazer a cabeça dos franceses emParis, e segundo por causa das minhassandálias. No Hippo eles exigem, no mini-mo, mocassim com meias. Mas já uma vezabriram uma exceção por minha causa, enovamente disseram a frase que mais amono quando vou à festa: "Venha como quirser e com quem estiver".

Semelhante ao grande salão de umtransatlântico nostálgico de icebergs, ekitsch por não ser o grande salão de umtransatlântico, essa que é chamada a rai-nha das discotecas é apenas uma boateem ponto grande. No meu tempo de rapaz,tempo de twist e chà-chá-chô, os casais jádançavam separados, o som era o mesmo(menos 35 decibéis) e a diferença era dita-da pela moda: outros ritmos, outra coreo-grafia. Quanto à Olívia que veio do Sul,ficou quieta espiando aquela multidão emmovimento na pista, relampagueando sobos refletores que inserem velocíssimas lu-zes psiçodélicas entre as fissuras da escu-ridão, e quanto a mim, ah, eu era umhomem transatlântico, um romântico tita-nic, já lacerado pela mortal brancura damontanha de gelo flutuante, já mergulha-do para sempre num oceano de abissaisrecordações. Eu era especialmente, na-quele instante, o fazedor da crônica kitsch— barroca, rococô, parnasiana, puro tra-lalá... Tralalemos!

Uma linda mulher, decotada com esme-ro, usando um longo vestido vermelho-hippo (cujo degrade se transforma confor-me mude a cor dos feixes de luz semoventena escuridão), aproxima-se, trocamos bei-jinhos: é a Danusa Leão, capixaba deMimoso do Sul, flor mimosa do grand-mond, noctívaga que faz seus oito quilóme-tros de ginástica ao sol da tarde, e por issoaqui está viçosa, com seu legendário pes-coço de girafa e seu riso franco. Trocamosalgumas palavras por cima da mesa, en-

quanto o volume da música o permitiu, epor baixo da mesa balançavam as minhassandálias e pensei: "Alguém que ela muitoamou também palmilhava as madrugadasem sandálias rústicas de couro, alguémque também escrevia crônicas"...

Depois disso estive com o Ricardo Ama-ral, o dono da casa, agora fazendo aponte-aérea Rio-Paris. Era ele quem pa-trocinava o adeus temporário das Frenéti-cas. Elas vão cantar e dançar no Le 78, aboate que Ricardo abriu—em que lado doSena? (Não me lembro). Sei que, em maté-ria de atração boêmia, Le 78 é o ponto deencontro das celebridades internacionais.Saúdo o Ricardo com a velha frase que,graças a ele, tornou-se frivola realidadeneste princípio dos anos S0: "Mais uma veza Europa curvou-se ante o Brasil!" Ouvin-do isto, e para demonstrar sua satisfação,ele pediu ao maltre que espoucasse cham-pagne em minha homenagem — ou seja,serviram-nos cafezinho, pois não sou maisconsumidor de bebidas alcoólicas (maspodem me chamar de bêbado que eu nãoligo, eu vivo embriagado de cólera santa),e Olívia, a morena que veio do Sul, achouaquilo diferente: beber café no Hippopota-mus—mas um cafezinho servido ritualisti-camente, como se fora uma bebida cara erara.

No salão, as Frenéticas e seus fãs for-mavam uma só família saracoteante. Derepente, a turma de Frank Stnatra, comseus longos (as mulheres) e pescoços orna-dos de jóias, e seus paletós gravatas (oshomens) fazendo o salão retroagir aostempos do Vogue e do Sacha's... Comi adobradiça dessa última frase: que bom!Três gerações estavam agora reunidas nadiscoteca. Os recém-chegados eram osamigos de Dólares ex-Gutnle (mas quemfoi Gutnle sempre será majestade, dirão oscolunistas sociais), e a própria Dólares láestava, igualzinha á antiga Dolores queMás eu só conhecia de fotografias... Pro-curei ansioso, em meio á formosa turba,aauela que foi e será as minhas 10 MaisElegantes: Teresa Sousa Campos. Teresi-nha! Onde estás que não respondes? Nos-so "presidente" Aloísto, com sua jovem eencantadora mulher, explicava que Tere-sa S.C. decidira não esticar o programa,que eles todos vinham de outra festa...Lembrei-me bruscamente de uma cançãoque não tem nada a ver, uma cançonetafrancesa com um trocadilho. Em francês,vocês sabem, moi se pronuncia moá. EMao Tsé-tung fica sendo "Maô"... A cançãodiz assim: "Huit-cent millions de chinois...Et MOI, et MOI, et MOI!" Oüocentos mi-Ihões de chineses — e eu, e eu, e eu! Erajustamente isso; era isso de uma formaindizível. A sensação de ser o único antípo-da no meio de SOO milhões de chineses...Tralalá! O transatlântico segue impávidona noite coalhada de gelo derretido pelocalor... Não há naufrágios fora de dentrode nós...

D I

R

R S D

Consiste o LOGOGRIFO em encontrar-sedeterminado vocábulo, cujos consoantesjá estão inscritas no quadro acima. Aolado, ò direita, é dada uma relaqão devinte conceitos, devendo ser encontradoum sinônimo para cada um, com o núme-ro de letras entre parênteses, e todoscomeçados pela letra inicial da palavra-chave. As letras de todos os sinônimosestão contidas no termo encoberto, erespeitando-se as letras repetidas.

PROBLEMA N° 3041. aquele que rifa (7)2. ato de rir (4)3. cintilar (6)4. círculo (4)5. coçar (5)6. de Rodes (5)7. disposto em raios (7)8. emitir raios luminosos (5)9. flor da roseira (4)

10. fome (4)11. gargalhada (6)12. movimento completo de uma roda (6)13. orvalhado (6)14. percorrer em volta (5)(15. porção de cartas do mesmo naipe (6)16. ruborizar (5)17. rueiro (6)18. tecer (6)19. tocar dando rufos (5)20. tudo que iguala (7)Palavra-chave: 13 letrasSoluções do problema n° 303: Palavra-chave: TETRA-PODOLOGIA.Parciais: tragédia; •trópola; trépido; trigal; traga té,tetralogia,- toeira; tropelia,- tarega; tagarote; tigradoTágide; tapador,- tálitro,- tildar; troglodita; teatral; teriaga; teólogo; treita.

QRMKR/C

|B §HOJEÍPAiaSANDU]

ESTE FILME 0EUSALLY FIELD

0 PRÊMIO DEMELHOR ATRIZ

| Festival de |I CANNES I

W fo* Film de Brasil aa. GO ANOS DE BRASIL 19201980

3/5,15/7,30/9,45* AMANHA' *CINEMA llll

r CASA 1

CADERNOBJORNAL DO BRASIL a

QUINTA-FEIRA A

tA/ARUS HYAMS *¦<«*« ;« PF1FH HYAMf,HARRISON FORD • LESLEY-ANNE DOWN

. CHRISTOPHER PLUMMER -HANOVER STREET

. PAUL N IA/ARUS III • ; - PETER HYAMS

I i rtlj J1— I fcl M A 2-4-tt-8-lOh. 1 3 30-5.40 7.50-10H

USB "s143-5.10-7.30-B.30h.

\NN|N l\ \|'\l< I ll< I >1 \\1 \\|| \NOS ei M:\I \S daCOOPKRATIYA

¦¦¦uujiHHi

de KEN RUSSELL I

I SOLARIS Ide A. TARKOVSKY ¦

I O&OL DOS II AMANTES Ide GERALDO SANTOS PEREIRA ¦

IavoBTdoiI FILHO PR6DIGO || delPOJUCA PONTES U^^APARTIROn7DEMAR9^^1

AVOLTADE IQUOMADA I

B de GILO PQNTELORVO [

•QUADRINHOS

DO BRASIL

De capa e chapéu,

indiferente ao calor,

surge um herói nacional.

OUIHMO HERÓI

Um filme de José FrazãoCom Marcus Vinícius, Bete Mendes, Helber Rangel,

Álvaro Freire, Maria Fernanda e José Dumond

ColoridoHr

AMANHÃ r2.4,6,8 e 10 hs

(S3

¦TMh i\ i] ¦ 11

LUIZ SEVERIANO RIBEIRO S/A

EraM10.00 MASSACRADOPELAGRANDECIDADE. ffij&jg&n. '¦ ¦'

SO LHE RESTOU AQUE1£ SANGRENTO IretornoAterra natal

12PREMI^NAOONMSEINTERN^W^^^^

mASpsmlQNtaaiquew^igxxi KIZ^IQjf Jl ^ ¦

B^^^risforma-se^rtmdosrrvaiores H

MICHAEL BUTLER MHOS FODIMNJL SShm

l£;- CINEMA EA MAIOR DIVERSÃO

i;

TEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO%

GOVERNO IX) KSTADO DO RIO DE JANEIRO ^SECRETARIA DF, ESTADO DE EDUCAÇÃO E CULTURAFUNDAÇÃO DF. TEATROS DO ESTAIX) IX) RIO DE JANEIRO í&J&Sàjk

TEMPORADA LÍRICA OFICIAL

NORMA > '

GRACE BUMBRY áNÊÊnRUBEN DOMINGIJEZ - FLORENCE QUIVAK ÍM f.FIDIIjSON COSTA e grande elenco ü. MKgjfo- ¦Régisseur: Ii/TKl MANSOUR1 ' '

Cenógrafo: BENI MONTRESOR WCORO E ORQUESTRA SINFÔNICA m

"

DO TEATRO MUNICIPAL KRegente: HENRY IEWIS ||

3 DE MARÇO: TROCA DE ^ASSINATURAS E ABERIT RA DA IVENDA I)E INCRESSOS AVLT.SOS ¦>& J*

13/3 • Asxin. A • 21 hs KSTRfclA "16/'i • Assin. C ¦ 17 hs Viuperal19<3 ¦ Assin. B • 21 hs. IÉ&KÍ -f» 1 '*'/ *22/3 • Rec Extr • 17 hs V'c.s;*'m/ - ~Èt*&

\f, *25/3 • Réc Extr • 21 hs MK' »' '28/3 ¦ Réc Extr ¦ 21 hs < t31 '3 • Rec Extr • 21 hs «HM»-Preços de Assinatura A. :'WGol Cr$ 200.00 ' B Simples Cr$ 300.1X1 |Plat. e B. Nobre Ci« 550.00 < Frisas «• '

' '1Camarotes 16 luxaresi Cr$ 3 .'XXI.00 IPreços da Assinatura B e Extraordinaruix INoturnas: Cr$ 150.00 - Cr$ 250.00 # MÊ '

/iaCr$ 450,00 / Cr$ 2 700.00 JPreços de Assinatura C t Extronrtlinána #«• áÉstò--1Vesperai de 220: Crt 100.00 i Cr$ 200.00 •• 1Cr$ 350,00 / Cr$ 2 100.00 %'f,Na estréia: Trqje rigor nas Frisas, Cam..Plat. e B. Nobre Paieio completo nas 'Jg 'Gale nas e B. Simples . i *" ,Informações na Bilheteria do Teatro Mm':. HL*'' *Municipal. Tel.: 263-1717. r 117 " ... ».!!?• ?

A PROMOÇÃO DA TEMPORADA 80 É UM PATROCÍNIO CULTURAL DE

LUIZ SEVERIANO RIBEIRO VA

¦ RflilRNIIfl2,00- 4,00 6,00 8,00 10.00

t 7?0 383b ,0"«

GSPiieouioco>*gy_:a

QDEONlROXY

CflRIOCRl ICHRRI

SRNTflRlUElROsnRiD

1,30 ^330 5,307,30 9.30

Tinani

3,00 5007,00 9.00

QUARTAFEIRA

tambémr»iniii|ijra

mm

PO

ARMANDO BOGUS SIVIA SALGADO HELENA RAMOC«lOfiARASO HIIAONJ IXXHI\OMKANDA WXFAIIMA PORTO ZltIA TOUDoTSSS^

WlÓ«im,fDU*R0°*MAS UANA tXJKIl. Ca^CNCXI I IOHtIIO PORTO r<omo pioi^ftü CARLOS A OtKXJI. RUHNS A CtFXQA

ItOUO S4D-7.50 -ipaOiT¦ Qj^ãQngrmgH

j-JVilBJMM.

¦ DO A\ScTIIwirjlHS!m¦li «ttStlO XSHIHUCISM tWltlHSt jHKÜ n eCll Mi mu naiiwn I»0\ 0 StB TRIUNFO! Dimn n«q

HORÁRIOS[2430.7-9,30h^^^M

QUARTA -FEIRA

VITÜRIRl RIR N

T\jur/I

QUARTAFEIRA

HORPRIOS4,006,309,00

1MPERRTDR

AST0R

NITERÓI

D.PEDRD

DEPOIS DE7AN0S DE ESPERAHNAIMENTE LIBERADO !^^^^Hnjusrca

(M /

^^^^^^^¦MOVRLOMfDO/

.Ww OOH1TO MM9 ATRDZ- C0MET1D0 NESTE 9KUU)KtA JUSUfA HUMANA*

RICARDO CUC

<' i m

m,' i :•

UNIVERSALGENEVE AIR FRANCE /// r>BANCO DO BRASIL

nii liCannes«3UL" % Moscou,,|'

oireçao de musica orGIULIANO MONTALDO-JOAfl BAEZ

PROIBIDO ATE'18 ANOS

AmanhãHOnAWOInVMHC nn

71 IHS

I Gaga MRotAlQCO - m TW

I igl B1P

DE TODOS EM "CENAS"

OS FILMES E EM PftRTICIPE Ec-Drrrirn riLMtò t tm "í1"?'.ERCrnC0 NACIONIUS! "PALAVRAS"! "GOZE COM

«UCSpsaI»E^

rmrmmr^l

¦¦¦¦K! .mm

" I IS M

0 "GIHflIHSO", USOU... IBUS0U... E ESTOVB FIRMECOMO UMA "ROCHA' DEPOIS DE "30 MULHERES !

V «I

»u 1

i «1tEBi.0N|TiJUtB

OLHRI

SEX

B Amanhã M

vitoriam pAlAc'° |^,T'. 11ANC.ii ¦ c»irn) I »'<»roi

nwurn

Emi

rrar§

nuns¦ " lilPMHBI-J'yi'ijtii'i

m

l

10.00 MASSACRADOPELAGRANDEODADe, '¦ ¦>SO LHE RESTOU AQUE1£ SANGRENTO IpVyjjl^Tj RETORNOATERRA NATAL

12PREMI^NAOONMSEINTERN^W^^^^

iHASfSWil1

0M^TDqUe ArffiGQ10" wJf Vwv ^ J IB^^^nsforma -se^rtm dos vrvicrvs I

KpJZrSS. ?§MLo^ss-t'H "*

M¦^WCHAELBUMR MHOS FORMAWj^

y

Page 39: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

CADERNO B O JORNAL DO BRASIL B Rio de Janeiro, domingo, 9 de março de 1980 ? PÁGINA 7

mmm lü 'wawz v: 'iÊ&ifàtôÈ g$M| |Kf$| wm

Rí&iiaí!

O som nosso de cada dia Tárík de Souza

O

teatro que lançou econsolidou artistascomo Nara Leão, ZéKeti, Maria Bethània,João do Vale,

Oduvaldo Vianna Filho, NelsonCavaquinho, Cartola e tantosoutros da incontável galeria desucessos musicais e teatrais doOpinião está para ir abaixo,destruindo mais um ponto dereferência fundamental à culturacarioca. Todos os artistas estãoconvocados para uma festa deresistência pacifica queintercalará teatro e música,amanhã, a partir de 13h, nacalçada em frente ao teatro. Daárea musical, entre outrasatrações, lá estará certamente otrio original da peça Opinião, quedeu nome oa teatro: João doVale, Nara Leão e Zé Kéti.

Outra convocação de benefíciocoletivo, também amanhã, mas ànoite, serO o show do CasaGrande, às 21h, reunindo

Gonzaguinha, Sueli Costa, PauloMoura, Marilía Medalha, ZezéMota, Angela Rô R6, LeciBrandão, AntAnio Adolfo, Joyce,Dalmo Castelo, Danilo Caymmi,Vânia Carvalho, MaurícioTapajós, Fátima Guedes, TerezaTinoco, Lula Carvalho, NilsonChaves, Leila Maria e Zizi Possi.A promoção levantará fündospara o Sindicato dos Escritoresdo Rio.

* * *Por seu turno, a classe musicaldeverá estar reunida no próximodia 15, a despeito do horáriopouco próprio para quemsobrevive de atividades noturnas— nove da manhã. O Sindicatodos Músicos convoca a classepara discutir o pagamento dosdireitos de execução, desdeoutubro, entregue àresponsabilidade do sindicatopela Socimpro. A quetão serásaber de que maneira os músicosrepartirão o bolo para que nãosobre a cada um menos de umamigalha.

'''' '/¦

*5* t < ¦ «>,*•#7 :,< . .'9 *«SM: * -2JWÊmmm'.*

' * "t

"'»» A*«#v•;^V

*;.VUr**<ss

. Miltinho e Helena de Lima: clima envolvente da noite

u

MA dupla deirresistível e maciçoêxito no começo dosanos 60, Miltinho eHelena de Lima, será a

próxima atração do Seis e Meiada Sala Funarte, de terça asábado, de 11 a 22 de março.

Miltinho e Helena de Limareconstroem no palco o climaenvolvente da noite cariocadaquela época, selado pelosucesso em dupla Estão Voltandoas Flores, de Paulo Soledade,regravado recentemente porSimone.

A

pleno vapor o espetáculoZumbido, de Paulinho daViola no Galeria, com algu-mas surpresas estlmulan-tes, além da habitual corre-

çáo do artista: a estréia do diretor ElifasAndreato (também autor dos cenários)que, literalmente, colocou Paulinho, umartista de apresentações sempre conti-das, para dançar. Na cozinha instru-mental, além do pai de Paulinho (CésarFaria), Dininho (filho do mestre Dino,do sete cordas), Hércules (bateria) eCelsinho (percussão).

Uma indiscrição do baixista BillWy-man, ao comentar que deverá deixar oconjunto Rolling Stones, revelou que ogrupo permanecerá unido, ao menos até1983. Nessa data, com grandes festejos eo direito a disco-show-fllme ou quemsabe vídeo cassete, os "velhinhos" maispersistentes do rock comemoram 20anos de atividades sem interrupção.

"Ao escutar o recolher do clarimsinto também uma voi dizer para mim,quem não cultua a História e tradições,não se situa nos Dragões". A letra e amúsica de Revista estio saindo emcompacto simples. Do outro lado, otitulo também se resume a uma pala-vra, Alvorada, e o mais forte refrão daletra concita: "Clarim, lamento, lem-bra pro dragão, qual foi seu Juramen-to". Esse novo compositor disputa oestrelato credenciado pelo titulo dePresidente da República. O gaitistaJoão Baptista de Figueiredo ainda dis-põe de quatro estrelas para impor-se àsparadas, assunto, aliás, afeito à vidacastrense. Para não ficar-lhe atrás, dis-puta o trono da arte pelo Poder o Go-veraador pianista de Sáo Paulo, numagravação ao vivo, ajudado obviamentepelas qualidades musicais e platéiascativas de seus coadjuvantes, ArturMoreira Lima, Jacques Klein, João Car-los Martins. Em breve, o lábaro artisti-co também acolherá eleitos indiretos.

• Contando com uma banda de 14 mú-sicos, 11 dançarinos coreografados porMarika Gidali e mais programação vi-suai de Vergara, direção de AdemarGuerra, cenários de Marcos Flaksmanne figurinos de Kalma Murtinho, a can-tora Elis Regina estréia Saudade doBrasil no Canecão. A temporada vai de20 de março ao final de maio e deveráser impulsionada pela execução maci-ça do compacto simples que sai ama-nhã com Alô aló Luciana (Rita Lee-Roberto de Carvalho) e Céu de Vibra-ção (Gilberto Gil).

Portugal, França (Le 78, em Paris),Espanha (Madri e Palma de Majorca) eItália no roteiro internacional das Fre-néticas, que embarcaram terça-feira pa-ra a Europa. Ficam uma semana emcada pais e gravam um especial a corespara a TV portuguesa, onde faz grandesucesso a música Caia na Gandaia.

Na mesma programação da Sala Fu-narte, a partir de 2 de abril, a dupla do

RITA

Lee, com suaMania de Você,desbancou ocampeonissimoRoberto Carlos com

o carro-chefe Desabafo norádio do Rio e de Sfto Paulo.Segundo o relatório da firmaInforma Som, ouviram-se noprincipal eixo do showbizznativo 361 "manias" para 354"desabafos". Osinternacionais foramamplamente derrotados: entreos 10 mais executados entrouapenas o grupo Queen, comseu Love of My Life, contra osjá citados Rita e Roberto emais Luís Ayrfto (Saudadeque Ficou), Maria BethÂnia(Grito de Alerta), Kátia

(Lembranças), Beth Carvalho(Coisinha do Pai), Belchior(Medo de Avião), Gilson(Casinha Branca) e RobertoRibeiro (Vazio). A despeito deperseguida, Geni e o Zepelimainda conseguiu um honroso17° lugar (141 execuções),empatada com Amelinha(Frevo Mulher) e Jimmy "BoMHorn (You Get me Hot).

Outra classificaçãohonrosa foi a do selo BocaLivre, do conjunto vocal domesmo nome, classificado em16° lugar entre as gravadorasmais executadas, com seuúnico disco de catálogo —também intitulado BocaLivre.

Viclor Assis Brasil:geração de qualidade^

A

partir do dia 12 de marçoe avançando pelo mês deabril, o Teatro ClaraNunes apresentará umasérie de curtastemporadas unidas pelo

titulo geral de Pela Qualidade daNossa Geração. Elas marcam oslançamentos dos últimos LPs dosartistas: Victor Assis Brasil Quarteto(de 12 a 16), Wagner Tiso e Viva Voz(19 a 23), Hélio Delmiro Trio (26 a30), Teca & Ricardo (participação deLeonardo Ribeiro, de 2 a 6 de abril),14 Bis (9 a 13 de abril) e Ló Borges(16 a 20 de abril).

Maria Bethània: numa colméiade sinais.

çde Maria E

OM um estrondososucesso de público queobrigou um excesso demesas extra em todas asnoites, o espetáculo Mel,

de IHãna Bethània no Canecão,apaga suas luzes hoje com umaúnica apresentação às 20h30m.Houve quem amanhecesse na filapara não perder essa derradeiraoportunidade de degustar amontagem, segundo seu idealizador,Waly Salomão, "uma verdadeiracolméia de sinais".

antológico LP Thelma Soares Interpre-ta Nelson Cavaquinho—relançado ago-ra — poderá ser vista e ouvida emcarne e osso, música e filosofia popular.

Um leitor e amigo socorreu-se àcolu-na a propósito do LP Muito ã Vontade,do pianista Joáo Donato, relançado des-pido de informações pela Polygram. ÉMilton Banana e não João Palma oexcelente baterista do disco, comple-mentado pelo baixo sempre irrepreensí-vel de Tiáo Neto e o ritmo (bongô epandeiro) de Amaury. Faz um marcantesucesso de execução nas rádios a faixaJodel. Quem sabe isso não anima aPolygram a relançar também o LP se-guinte, gravado na mesma época emselo Polydor (LPNG 4 107), A BossaMuito Moderna de Donato.

E mais: por que essa economia devinil com um dos maiores pianistas earranjadores (além de trombonista eacordeonista) do pais? Por que não gra-var também sua produção atual?

Hoje, no horário do jantar, 20h30m,o restaurante do Sesc em Copacabanaapresenta um prato diferente: O FilhoPredileto de Xangô, com JorgeMautner.

Inútil e desgastante a polêmica — etentativa de processo — do Ministérioda Previdência contra a cantora Car-men Costa. No batente artístico desde1936, quando formou unia dupla degrande sucesso com o compositor Hen-ricão (Está Chegando a Hora), a magní-fica intérprete sofre o drama da desor-ganização dos poderes públicos, sujeitaa correção monetária: há sete anos de-via à Previdência Cr$ 7 mil, hoje suadivida ultrapassa os Ci$ 100 mil. Aoinvés de cadeia, essa artista popularcom largos serviços prestados — dopúblico à critica, quem negará isso? —merecia, no minimo, o peidáo de suasdividas.

Oportunidade de ver/ouvir cantado-res e repentistas do pais inteiro no ICongresso Nacional de Literatura de

Cordel: entre 14 e 16 de março, noPavilhão de São Cristóvão.

• O LP de estréia de Maurício Tapajósserá lançado amanhã às 21h no EdifícioCidade do Leblon (Ataúlfo de Paiva,135/18°), com direito a cachaça e pastel.O título do disco é Olha ai, e inaugura oselo cooperativo Saci, da editora musi-cal de Maurício, Aldir Blanc, Ivan Lins,Luis Cláudio Ramos, Paulinho da Violae Vitor Martins.

• Encarnando um novo tipo — o sim-pies — Ney Matogrosso superlota oCarlos Gomes da Praça Tiradentes como espetáculo Seu Tipo, titulo do LP e deuma ótima composição de Luis CarlosGóes e Duardo Dusek. A parte instru-mental é do grupo Terceiro Mundo:Cidinho (percussão), Jorjão (baixo eviolão), Jurim Moreira (bateria), CelsoTeixeira (guitarra, viola e violão), Aris-tides Mendes (guitarra, viola e violão),Márcio Miranda (teclados, acordeon) tMárcio Pereira (sax e flauta). De quartaa domingo.

• Reduto Insaciável de Nat King Cole,o mercado brasileiro, por motivos ób-vios. jamais será brindado com um Ma-racanà de audiência para o falecidocantor americano. No entanto, a famíliatem aproveitado, a bons bocados, essapolpuda herança de fidelidade. Inicial-mente, o irmão de Nat, Fred ColeCole,"fez o Brasil", apresentando-se em espe-ciais de TV e gravando discos aqui.Agora neste fim de semana, desembar-cou Natalie Cole, a filha de Nat, cujoslançamentos brasileiros tiveram poucoêxito, provavelmente porque ela nuncaimitou o pai—seu gênero é mais chega-do ao soul-funk. Depois do Anhembi(sexta e ontem), ela chega hoje ao Rio,apresentando-se terça e quarta no HotelNacional, com um grupo de músicos evocalistas trazidos dos Estados Unidos.Curiosamente, Natalie embarca quinta-feira para Belém do Pará, onde faz umasolitária apresentação na próxima sex-ta, encerrando a tournée insólita emBelo Horizonte, no sábado, lã.

/• / iH

ADMINISTRAÇAO FINANCEIRAnível pos graduação

Realização: ESAN - Escola Superior de Administração de Negócios da Fundação de CiênciasAplicadas ¦ São Paulo. /

A Quem se destina: Bacharéis em Administração ou Contabilidade ou Economia e áreas afins.Corpo Docente: Professores e profissionais atuantes em São Paulo, em empresas e Faculdades

de reconhecida qualidade e competência.Programa: Tecnicamente elaborado, englobando "Matemática Financeira e Engenharia

Econômica", "Mercado de Capitais", "Contabilidade Gerencial", "GerenciaFinanceira", "Custos e Orçamento".

Objetivos: Dotar os participantes dos conhecimentos, das técnicas e do instrumentalprático indispensável à tomada de decisões no âmbito financeiro

Duração: 180 aulas, aos sábados das 9.00 às 13:00 e 14:30 ás 18:30 horas em Copacabana.INFORMAÇÕES E RESERVAS: 256-1662 - RIO DE JANEIRO

( A-

I nivil

í »ií

GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO E CULTURA

FUNDAÇlO DE TEATROS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

TEATRO JOÃO CAETANO

BALLSI STAGIUM

de são Paulo

Direção Artística: Márika Gidali e Decio Otero

de março, 21 he.de margo, 17 e

Programa 9 cie março, 17 ha. - Programa I10 de março, 21 ha. - Programa II

Programa I 11 de março, 21 ha. — Programa II

Programa |>

Serestas e Valsas Brasileiras

Lm

Dança das Cabeças

Programa II

Kuarup

Coisas do Brasil

Preço Único: Cr$ 100,00 FUNTERJ - AULUS

PARA

discutir comos grupos de tea-tro alternativouma melhor utili-zação do Centro

Experimental Cacilda Becker— estimulando a troca de in-formações vivas e a busca desoluções mais coletivas paraa produção artística—come-ça amanhã e irá até o dia 17 aJornada de Teatro Alternati-vo — ou Encontrarte. A pro-gramação inclui trabalhos deOficinas de Prática Teatral,pela manhã na Sala SantaRosa e à tarde na Sala Joel deCarvalho. À noite no TeatroExperimental Cacilda Beckerhaverá debates e apresenta-ção de espetáculos.

Há cinco anos, o antigoTeatro Rio, no Catete, foi re-formado: de teatro tradicio-nal palco-platéia passou ateatro de arena para fUncio-nar como um centro experi-mental para grupos de teatroalternativo. Nessa época sur-giam de forma mais concretagrupos de teatro que propu-nham uma estética nova. Aidéia foi assimilada pelo SNTe o centro seria utilizado en-tão como sede das discussõesdos grupos da época, além deespaço para ensaios e apre-sentaçôes.

Com o passar do tempo,houve uma ruptura entre oque o grupo propunha e o queo teatro fez: o Cacilda Becker.passou a ser ocupado comprogramação normal de tea-tro. Em maio do ano passado,quando o SNT criou um de-partamento especial para oteatro alternativo — e Almé-rio Belém passou a represen-tar o SNT na área do teatroexperimental — o centro foireativado. Desde então, gru-pos de teatro alternativo, àsterças-feiras à noite, se reú-

¦ nem no Cacilda Becker, ten-tando encontrar uma políticade programação para o cen-tro como um todo: a sala doteatro e as três salas da sobre-loja — Napolêao Muniz Frei-re, Joel Carvalho e SantaRosa.

No Cacilda Becker, ajuda-do por participantes de gru-pos de teatro que estão na.jornada (Pé de Chinelo, Mi-nha Maè Nâò Vai Gostar, Diaa Dia, entre outros), AlmérioBelém explica o processo quetrouxe os grupos de volta aocentro:— Não se sabe por que sedemorou cinco anos para aretomada — diz o represen-tante do SNT na área de tea-tro experimental. "Se anali-sarmos o momento históricode 1975 e o de 1980, talvezpossamos chegar a uma con-clusáo: pode ter sido devidoao próprio SNT, talvez medo

ENCONTRARTE

O TEATRO ALTERNATIVO

RETOMA O SEU ESPAÇO

Almério Belém (de óculos): política flexível.ou desconfiança, mas isso sãoapenas suposições."

Quando Almério Belémchegou ao SNT — era presi-dente de uma produção deteatro independente e foi cha-mado quando vagou a dire-ção do Cacilda Becker — suaprimeira e principal reivindi-cação foi a de que o espaço doCacilda Becker só fosse utili-zado a partir das discussões,três projetos começaram nastrês oficinas da sobreloja doteatro: Grupo Pau-Brasil—desenvolvendo projeto a par-tir de notícias de jornais, Gru-po Teatro de Câmara, comproposta de teatro de rua eGrupo Niterói. "Dos três, oúnico que se sentiu isolado foio Teatro de Câmara, que seviu dentro de uma sala quan-do sua proposta era teatro derua", diz Almério Belém "Aretomada das discussõestambém se deu a partir des-ses grupos, era meu ponto dereferência". Os grupos, alémdas discussões, têm apresen-tado ensaios abertos e exerci-cios como uma troca de infor-mação.

Chegar à jornada foi umprocesso difícil—segundo Al-mério Belém — que encon-trou o brasileiro desacostu-' mado a discutir, fato refletidonos encontros de terça-feirano centro. "Muitas vezes sur-giam propostas e não eramdiscutidas", conta.

Para Dacosta, do Grupo Péde Chinelo, não foi apenas a,,r.

dificuldade de discussão queatrapalhou o ritmo de traba-lho dos grupos alternativos.

• —O alternativo vem provarque é possível haver profissio-nal sem relação patrão-empregado, mas sim relaçõesonde as idéias sejam sociali-zadas, além da parte econô-mica programada para umanova estética. Queríamos queas coisas acontecessem nãoisoladamente, mas interrela-cionadas num novo métodode trabalho. Conseguimosmontar ano passado quatroespetáculos dentro dessa li-nha e que provam os resulta-dos que podem ser consegui-dos a partir da continuidadedas discussões. É uma novi-dade dentro da política deteatro que se faz no Brasil:grupos que se reúnem paratrabalhar dentro de um espa-

ço e propor uma política apartir disso".

A jornada, para os grupos. de teatro alternativo, é a reto-

mada para o que já poderiaser um trabalho amplo e esta-belecido. "É o resultado deuma experiência em processode amadurecimento e de ne-cessidades surgidas dessa ex-periência. Não quer dizer queapós a jornada a política docentro estará formulada for-malmente, mas sim o que po-derá ser feito em 80, uma poli-tica que seja a mais flexívelpossível ", explica AlméricoBelém

A abertura da jornada, noTeatro Cacilda Becker, serácom o debate Os Caminhos eDescaminhos do Teatro Al-ternativo e Suas Perspecti-vas, entre Amir Haddad, Pes-soai do Victor, Almérico Be-

lém, João Siqueira e outros.Trata-se da experiência deteatro feita por grupos que sejuntam para desenvolver umtrabalho prolongado e nãoapenas espetáculo. Váriosgrupos de teatro alternativoapresentarão seus espetácu-los: Grupo Asfalto Ponto dePartida, com Sobre Estes Úl-timos Dias, Grupo Dia a Diacom Quanto Mais Gente Sou-ber Melhor, Grupo Zumbi Es-trela Cadente com Infânciados Mortos Grupo MinhaMâe Não Vai Gostar com Jo-gos na Hora da Sesta, GrupoPede Chinelo com a Estóriados Meninos de Ferro. O Gru-po de Teatro Niterói e o Tá naRua, coordenados por AmirHaddad farão uma demons-tração prática do tipo de pre-paração do ator que realirâm,mostrando as diferenças dapreparação do ator para re-cinto fechado e para espaçode rua. O grupo Que Ainda éo Tal mostrará uma colagemque reúne trechos de todos osseus trabalhos. No dia 17, noteatro, será realizada uma as-sembléia-geral dos partici-pantes da jornada, para exa-me e aprovação da política deprogramação elaborada pelacomissão.

Na Sala Santa Rosa, de 12 a14 de março, será montadoum espetáculo Sobre EstesÚltimos Dias — a partir dotema cotidiano, orientadapor Marcondes Mesqueu, doGrupo Asfalto Ponto de Par-tida. De 10 a 14 de março, naSala Joel de Carvalho, haveráintegração das Artes Cênicase Prática e ainda na Sala Joelde Carvalho, uma oficina quese apóia em duas sondagensno campo teatral—Teatro doCotidiano Urbano.

Dia 12 às 17 horas, na SalaJoel de Carvalho, serão apre-sentados alguns trabalhosrealizados pelo Grupo Teatrode Rua, seguidos de exposi-ção e discussão do Grupo deTeatro de Càmera por JoséAntônio Dominguez. Dia 14,às 18h, na mesma sala, o Gru-po Ültima Hora apresenta apeça Lembranças.

ORGANIZAÇÃO & MÉTODOS

NÍVEL DE POS-GRADUAÇÃO

A que se destina:Corpo Docente:

Aplicadas • São PauloHomens de negócios e profissionais de areas afins, com formação superiorIntegrado por professores e profissionais atuantes em São Paulo, em empresas eFaculdades de reconhecida competência

Programa: Único no Brasil, especialmente desenvolvido para alunos de alto nível, englo-bando todos os aspectos da função de Organização & MétodosObjetivos: Dotar os participantes das técnicas especiais de O & M. bem como apresentaros mais recentes conhecimentos e inovações no campo.Duração: 120 aulas, aos sabados das 9 00 as 13 OO e 14 30as 18 30 horas em CopacabanaINFORMACOES E RESERVAS: 256-1662 - RIO DE JANEIRO

Realizapao: ESAN - Escola Superior de Adniinistragao de Negocios da Fundagao de CienciasAplicadas • Sao Paulo. /

A Quem se destina: Bachareis em Admmistragao on Contabilidade ou Economia e areas afins.Corpo Docente: Prolessores e profissionais aluantes em Sao Paulo, em empresas e Faculdades

de reconhecida qualidade e campetencia.Piograma: Tecnicamente elaborado, englobando "Matematica Financeira e Engenharia

Economica", "Mercado de Capitals", "Contabilidade Gerencial", "GerenciaFinanceira", "Custos e Orgamento".

Objetivos: Dotar os participantes dos conhecimentos, das tecnicas e do instrumentalpratico indispensavel a tomada de decisoes no ambito financeiro

Durapao: 180 aulas, aos sabados das 9.00 as 13:00 e 14:30 as 18:30 horas em Copacabana.

RealizagSo: ESAN Escola Superior de AdmmistracSo de NegocIosaanTnoagaoaecJencias^^^Aplicadas • S5o Paulo

A que se destina: Homens de negiScios e profissionais de areas alms, com formacSo superiorCorpo Docente: Integradopor prolessoreseprofissionais aluaniesem Sao Paulo, emempresaseFaculdades de reconhecida compeienciaPrograma: Unico no Brasil, especialmente desenvolvido para alunos de alto nivel. englo¬bando lodos os aspeclos da funcdo de Organuacao 8 MetodosObjetivos: Doiar os parncipames das tecnicas especiais de 0 & M. bem como apresenlaros mais recentes conhecimentos e inovacoes no campo.

Durapao: 120 aulas, aos sabados das 9 00 as 13 00 e 14 30as 18 30 horasem Copacabana

Page 40: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

¦ ¦ ¦ i^ji>n»i.¦ 11n11ij.r.

flj® '^JbL

iiyi^^HE^' fW

lIBiil

«pT'||

Ibrahim Sued, a mudanca de clima no Abertura

L.^RsnilHHw^-;'-''^'^^^^^><^^MH¦!^^,>,,,^ ,"\->!: 4H$¦HBslifliDBHi i^ff^pr ; jJ? t 'i# >>)^

Reny de Oliveira (Emilia) e N6lson Camargo (Z6 Bento), personagens do

mfcTd<ll#»!Í''

IBRAHIM SUED,

A ATRAÇÃO

EM DOSE CERTA

IBRAHIM

Sued — Que vem sen-do a principal atração do Aber-tura nas últimas semanas—nãoaparecerá no programa destanoite. A decisão é do diretor Fer-

nando Barbosa Lima e tem sua razãode ser:

Decidi programar o Ibrahim sóde 15 em 15 dias, de modo a nãodesgastar a sua imagem.

Nos domingos anteriores, a partici-pação de Ibrahim deu ao Abertura umnovo clima. A opinião não é apenas deFernando Barbosa Lima, mas tambémde outros participantes do programa,alguns do quais são seus opositoresnos debates que os temas abordadoscriam.

Ibrahim já é um personagemdentro do programa — diz Fernando.Assim como Ziraldo, Antônio Callado,Newton Carlos, Vivi Nabuco, Robertod'Avila e Juca Chaves. E já é umpersonagem vitorioso.

O diretor de Abertura responde àIndagação sobre se a presença deIbrahim no programa não teria o mes-mo objetivo promocional, por exem-pio, de se utilizar Vivi Nabuco, inega-velmente uma madame:

Vivi é uma madame, mesmo.Pode escrever isso. Ela não tem culpade ser uma Nabuco. Mas é, também,uma jornalista da maior qualidade. Nodia em que ela entrevistou o Mesquita,o pessoal do programa chegou a co-mentar que era uma entrevista oito-centona, 400 anos para cada um. Já oIbrahim é um homem que veio de ummeio humilde, é um vitorioso. Só queos perdedores nunca perdoam os ven-cedores. O sucesso tem um peso desço-munal. Ibrahim é um homem que sabeviver o sucesso e, dentro disso, tem amaior humildade. £ um profissional decoragem, enfrenta todas as situações.Eu fico impressionado com sua fideli-dade para com os amigos.

Fernando diz não gostar de perde-dores amargos, que ele compara às.pessoas que andam de ônibus pelo

Aterro sem olhar para a direita, sem semisturarem com a natureza.

As gravações com Ibrahim sãofeitas sem privilégios, exatamente damesma forma que a de outros partici-pantes. Ele é muito pontual, um ho-mem bem humorado, embora ás vezesexiba uma imagem excêntrica. Porexemplo, ultimamente ele tem andadocom um terço na mão. Pois bem, já meperguntou umas quatro vezes se euacredito em Deus. E quando eu lhedevolvo a pergunta, responde, sim-plesmente: "Não!" E continua enro-lando nos dedos as contas do rosário.Ibrahim é, também, um homem multoligado aos filhos. Outro dia, o filhoestava assistindo à gravação quandoele cometeu um erro de Português. Omenino tentou corrigi-lo e sugeriu queele gravasse outra vez.

"Nada disso — contestouIbrahim. Foi só uma volta aos velhostempos."

A participação de Ibrahim no pro-grama tem sido atuante, oportuna, porvezes apaixonada Como no dia emque ele talou da Usina Nuclear deAngra dos Reis:

"Para que gastar mais dinheiro?— disse Ibrahim. "O pais está comtantas dividas... por que não romperlogo com os alemães" Ai ele se deuconta de que o tom estava muito exal-tado e, baixando a voz, concluiu numtom dramático, "João, desculpe... "Nomesmo programa, criticou Israel Kla-bin, mandando-o parar de se queixar eir trabalhar.

Noutro trecho, Ibrahim fez umáconfissão pública, dizendo-se muitobem de vida e citando-se comoexemplo:

"Você também pode ser igual amim", disse, provocando Ziraldo. Noprograma seguinte, Ziraldo respon-deu. Fernando observa:

Claro, os dois pensam de mododiferente. Essas polêmicas têm deexistir, do contrário o programa não sechamaria Abertura.

A novela das 8

Qual o motivo do sucesso dasnovelas das 20h na Olobo? Qual afórmula usada? Qual é o truque?

Brasil rompe um período ne-gro: de um lado reinam a miséria, afome e o analfabetismo; do outro, aerudição, o luxo, o fino, enfim, obeautiftil people.

A TV nada mais é do que umarauto (o maior) da nossa sociedadede consumo. As suas mensagenscom ordem de consumir chegam dofavelado ao bon vivant, e estimulaa ambos. Como age a TV nessasduas mentes tão distintas; tão dlfe-rentes, tão opostas?

Os telespectadores são bombar-deados diariamente com dezenasde comerciais, levando a ânsia doindividuo de consumir ao auge. Istotanto age na mente do pobre comona do rico. O rico possui o capital esatisfaz o seu desejo, compra osapartamentos do Leblon, da Barra,as aparelhagens de som, os passats,etc.

E o pobre? Compra?Não, não compra. O que começa

então a se desenvolver nesta ca-beça?

Pensemos no que ocorre em nos-sas mentes quando somos estimu-lados a ter uma coisa e não a alcan-çamos.

Desenvolve-se um processo noqual a frustração e a raiva são osdominantes. Mas frustração + rai-va - ódio. E ódio é igual à vio-lêncla.

Bem, dirão todos, mas eu vejoTV e não sou violento. Será?

Bem, isto será explicado abaixo.Uma coisa é certa: a violência

tem aumentado assustadoramenteno nosso pais de uns anos para cá.Os roubos têm chegado às raias doabsurdo. Mas nem todos roubam.Por quê?

S.o que tentaremos explicaragora.

Bem, acima foi esboçado umpensamento: a TV com seus comer-dais nos estimula a consumir eaqueles que não têm capital paraconsumir ficam violentos.

Aqui entra a novela das 20h daGlobo. As últimas cinco novelas daOlobo tiveram uma audiência queainda não foi explicada.

Cito cinco novelas pois minhamemória não me permite ir além. O1BOPE nunca na TV determinouÍndices tão altos. Por quê? O quetransmite essas telenovelas? O quetransmite Pai Herói, que a faz tãopopular? O que faz as pessoas dei-xarem seus namorados, o jantar, aescola, o clube e se postarem dianteda tela pequena?.

Vou resumir abaixo os últimoscinco enredos das novelas das 20hda Globo:

— Duas Vidas: Beth Faria,pobre, viúva, com um filho, vivendona casa de parente. Casa-se comVitor (Francisco Cuoco), rico, donode um status enorme na sociedadepela sua posição de médico famoso.

2—Espelho Mágico: Sônia Bra-ga, pobre, família classe média bai-xa, semi-analfabeta, alcança o augeda fama e do sucesso ao se transfor-mar na deusa da Vênus Platinada.

— 0 Astro: Francisco Cuoco(Herculano Quintanilha), charla-tão, pobre, semi-analfabeto, casa-secom Dina Sfat, rica, capaz de fazerinveja ao Sérgio Dourado.

— Dancing Days: Sônia Braga(Júlia) pobre, ex-presidiária, semi-analfabeta, mãe solteira, casa-secom Antônio Fagundes (Cacá), ex-diplomata, rico, dono de uma cul-tura invejável.

— Pai Herói — Tony Ramos(André Cajarana) pobre, semi-analfabeto, roceiro, casa-se com Ca-rina (Elisabeth Savala), rica, donade poderosas indústrias, bailarinaclássica.

Observamos que com o decorrerdas novelas a chance do persona-gem pobre ficar rico vai aumen-tando.

O que devemos pensar? Coinci-dência? Não. Temos 70 milhões demiseráveis sendo estimulados aconsumir e vivendo a consumir so-nhos. Miseráveis como André CEya-rana, Herculano Quintanilha, Júliaetc. Esses miseráveis, charlatãesetc., por isto, amigos, a violênciaainda não atingiu o auge.

No dia que as novelas deixaremde cumprir o seu papel, será o fim.O "adeus" nos acuda.

Vimos então que a TV através deseus comerciais estimula o consu-mo e o pobre, não podendo consu-mir as casas, os perfUmes, fica comódio. O pobre se identifica com opersonagem pobre e ai então ficatudo bem. Isto até quando? Atéquando?

Esta carta foi escrita antes de anovela Os Gigantes entrar no ar.Em Os Gigantes dois temas se so-bressairam: a eutanásia e as multi-nacionais (nem tanto). Esta novelafoi o maior fracasso, o que culminoucom a saída do autor Lauro CésarMuniz da Rede Globo. O autor, aotentar mudar o tradicional esque-ma do pobre ficando rico através docasamento, se deu mal. Ao passoque Marron Glacê, que joga esteesquema num tremendo folhetim àJanete Clair, é o maior sucesso.Cláudio Rómulo Mussi Bersot —Mtcaé (RJ)

& RADIO

Reny de Oliveira (Emília) e Nélson Camargo (Zé Bento), personagens doSítio do Pica-Pau Amarelo

0 QUARTO

ANIVERSÁRIO

DE UM SÍTIO MUITO ESPECIAL

Sitio do Pica-Pau AmareloW — inspirado nos persona-¦ ¦ gens e nas situações cria-

das em seus livros porMonteiro Lobato — com-

pleta este mês seu quarto ano de exis-tência. E o melhor e mais bem cuidadoprograma infantil da televisão brasilei-ra, o feito em bases mais profissionais,reunindo uma equipe de mais de 50pessoas, num trabalho da TV Globo emconvênio com a TV Educativa e doMinistério da Educação e Cultura.

Depois de algumas pesquisas em vá-rias faixas etárias, o Sitio sofrerá algu-mas transformações, segundo explica-ções do seu diretor Geraldo Casé:"Sem a pesquisa, sentíamos algumacoisa estranha em relação à assimilação

da história e não dos personagens. Hoje,as histórias são menores, com episódioscompletos de 20 capítulos e todo nossotrabalho vem sendo pautado por estaspesquisas. Atualmente, por exemplo, fa-zemos um retrospecto, um resumo doque está sendo levado ao ar para man-ter um interesse permanente. E a faixaetária que assistia ao programa, no iní-cio, era dos quatro ao 10, passando hojepara os 14 anos entrando até mesmopara os adultos".

Geraldo Casé explica ainda que apauta do programa para este ano vai ser"induzir o público para o que seja o:Sitio de Lobato. Vamos colocar, então,toda a mitologia brasileira dentro doSitio. No próximo episódio — Não Era

uma Vez, de Marcos Rey — os nossosheróis como a Cuca, Mula-Sem-Cabeça,o Saci, estarão lutando contra os super-heróis alienigneas e que não conseguemser mais fortes que a nossa mitologia".

Sitio do Pica-pau Amarelo tem su-pervisáo de Edwaldo Pacote, direçãogeral de Geraldo Casé, direção de Rey-naldo Boury, produção de Vlvan Perl,cenografia e figurinos de Arlindo Rodri-gues, produção educacional de MariaHelena Silveira.

Vai ao ar de segunda a sexta, às17h30m. Seu sucesso é tanto que váriospersonagens vêm sendo comercializa-dos como a boneca Emilia e, atualmen-te, uma linha de produtos para bebêscomo óleo e sabonete.

*******************************************

ESPORTE MUDA

NA EDUCATIVA

M partir de 28 de abril, a TVOL Educativa contará com

uma programação inteira-mente nova em todos os seus seto-res. Na área esportiva, a novidadefica com Sérgio Noronha que ocu-pa, agora, o cargo de diretor deEsportes da emissora. Sua primeiramudança foi feita no Esporte Total,exibido hoje, mostrando, das 21h às21h45m, um compacto do jogo doMaracanã, seguido da—inesa-redonda e um outro compacto, apartir das 23hl5m. Ainda na áreada Educativa, o Festival Interna-cional do Jazz, em São Paulo, de 24a 27 de abril, terá mesmo transmis-sáo direta para o Rio.

CRISE TAMBÉM

NO

TODO PODEROSO

A Bandeirantes, o núcleo dal%| novela das oito — O Todo Po-

deroso — está passando poruma série crise, Iniciada com a saída deGuga e culminando agora com a entra-da de Walter Avanclni, responsável pe-Ias novelas da estação. O centro danova crise está nos autores da novelaClóvis Levi e José Safiotti, substituídosantes do término dos seus contratospelos autores de Como Salvar Meu Casamento (novela da Tupi que não chegou-ao SnaMevido à demissáo em mas-sa em Sáo Paulo), Edy Lima, Ney Mar-condes e Carlos Lombardi, contratadospor Avanclni. Segundo Clóvis Levi,' 'nósnão fomos demitidos e sim informadosoficialmente de que o nosso contratonão será renovado (termina no próximodia 19)".

"GLOBO

REPÓRTER"

NA BERLINDA

ENTRO da própria TV GloboII as informações são contraditó-

rias. De um lado, ao mesmotempo que anuncia um de seus maisambiciosos trabalhos para as duas pró-ximas terças-feiras (um documentárioem duas partes sobre o homem pré-histórico brasileiro), a produção do programa diz que vai tudo bem. Com textode Wanda Coutinho e Washington No-vaes, o documentário terá, ainda, repor-tagens de Isabel Maria Magalhães, amesma Wanda Coutinho e Sandra Pas-sarinho, esta de Paris. A fotografia é deCarlos Cardoso, Dib Lutfi, Henrique Oli-vier e Mário Ferreira. De outro lado,porém, crescem os rumores de que oGlobo Repórter sairá do ar por trêsmeses. E que, se uma nova fórmula paraele não for encontrada, deixará deexistir.

NA COMPETIÇÃO DE QUALIDADE,

RESULTADOS VARIADOS

Maria Helena Dutra

ISPARADO, ganha a Glo-¦^ bo. Competir com a estação¦ ¦ em novelas é suicídio. No

setor, até seus erros sáoWÊÊP mais charmosos e impor- '

tantes que os acertos dasconcorrentes. A Tupi aprendeu da piormaneira. Gastou o que não tinha paracolocar três produções, sempre caras,no ar. O epílogo foi falta de pagamento,greve e dispensa em massa. Esperamosque ela encontre outra formula paraatrair público, empregar gente e realizarum trabalho marcante.

Enquanto isto não chega, repete-se AViagem, de Ivani Ribeiro, às oito danoite, que tem o mérito de levar o folclo-re às últimas conseqüências. Para justi-ficar o titulo desta novela espirita, qua-se todos os personagens falecem nomelo da história e vão para o céu, am-bientado no Horto de São Paulo, oupara o inferno, no estúdio mesmo. Edepois voltam à terra em outras e varia-das identidades, até mesmo como crian-ças recém-nascidas. Um barato.

Na Bandeirantes, é diferente. A esta-ção é prudente em gastos e só arriscacom patrocínios seguros. Mas suas duasatuais produções não têm os méritos deCara a Cara. Benedito Rui Barbosaficou indeciso entre a crônica e o melo-drama em Pé de Vento e acabou come-tendo apenas tramas diluídas em máhistória. O Todo Poderoso é terrivel porinsistir no gasto tema do curandeiris-

mo. Mas para se afirmar ousada, envere-da agora pelo incesto entre tia e sobri-nho, mas nem assim capta audiência.

Esta está toda na Globo, com suacuidada produção das seis horas e oestouro de Ibope que é Água Viva. To-talmente compreensível. Depois de he-sitante início, a direção encontrou oritmo adequado e o autor, Gilberto Bra:ga, lugar para encaixar todos os assun-tos do momento. Não contentes com aperfeição técnica, o elenco mostra aindavisível garra e completo ajustamento aseus personagens. Como resistir? E bomver Tonia Carreiro em esplêndida formae testemunhar cenas irretocáveis comoa briga de Tamara Taxmann com BetyFaria, ou o diálogo desta com AríeteSales. De quebra, a originalidade decomeçar a novela em pleno desenlacede várias histórias e só após muitosfalecimentos, operações e desapareci-mentos começar a verdadeira trama emais, até Wagner na trilha sonora. Deinadequação apenas o fato de IsabelaGarcia estar muito além da idade deter-minada para a pequena orfà. O terceiro,Chega Mais começou agora e não dáainda para avaliar. Mas seu inicio nãofoi legal. Uma apresentação bonita, masprimeiros capítulos sem impacto, pare-cendo um trabalho amador comparadoàs duas outras produções da estação.Vamos ver se melhora, para que a Globoafinal prove ser possível fazer uma co-média de uma novela.

Todos empatados. Em termos musi-cais, é total o equilíbrio em favor dosvelhos contra os novos na televisão. Nasnovelas o contrário acontece, pois te-mos autores estreando e veteranos con-

firmando, diretores de todas as idades eelencos para diversos gostos, pois reú-nem Tonia Carrero, Maria PadUha Gon-çalves, Bety Faria, Glória Pires, Regi-naldo Faria, Fábio Jr., Raul Cortês eCadu Moliterno. Na hora de cantar etocar, porém, falta esta fascinante mis-tura em todos os canais. No vídeo sóaparece quem tem disco, pois ninguémmais interpreta ao vivo, existe apenasdublagem. E quem já gravou não é tãonovo assim. E se fecha o círculo vicioso.

A Globo promete um festival, porémas esperanças são poucas porque não éa fórmula que resolve, mas a capacida-de de risco. Algo que há muito foge aopadrão da estação no setor. Os nomesanunciados para os especiais e Geração80 também são todos conhecidos e jáprovados. Nos outros canais, nem pia-nos são encontrados. Uma pena porquea música brasileira é boa, sem ufanis-mos, e seus continuadores precisam ho-je, e muito, da força de nosso maiorveiculo de massa. Com incentivos, sem-pre pinta muita gente boa. Basta lem-brar do recente ressurgimento do choroque revelou tantos e ótimos jovens tas-trumentistas que estão por aí fazendodecentes carreiras. Tomara que alguémnão se conforme com este empate etente ganhar esta competição ainda íne-xistente entre as estações cariocas.

Ganha a Bandeirantes. Em telejor-nalismo, apesar de contar com a metadedos recursos da Globo, o Canal 7 estáinformando melhor. Mesmo a Educati-va já deve estar em segundo lugar. Sóem terceiro vem o canal 4 com seu

Jornal Nacional cada vez mais preten-cioso e mais vazio. Todos os repórteresde vídeo se comportam igual, tipo liçãodecorada. E os textos estão terríveis,chegando, no caso do seqüestro dosembaixadores na Colômbia, a ter tre-chos totalmente enigmáticos. O assaltoao Hotel Miramar foi um primor deconfusão, imagens e depoimentos bo-bos. A mesma noticia, na Bandeirantes,foi multo mais ágil, com os turistas nãofalando para repórteres, mas sendo fia-grados nos momentos de maior indigna-ção e desespero. Para piorar o desempe-nho global no setor, o Hoje e o Jornal daGlobo preferem inventar e não correratrás da noticia. Antológica, entre estescasos, foi a embaraçosa matéria do Hojena qual um pobre repórter ia às ruasdescobrir se o povo estava com medo doazar trazido pela sexta-feira, 29 de feve-relro. Uma superstição criada na pautae da qual nenhum popular tinha conhe-cimento até então. Ne a Gaaeta do AltoPuras faz mais disto.

Vence' o espectador. Parecia atémentira. Em plena madrugada poderoptar entre uma adaptação do livro deDashiell Hammett, Canal 4, ou Peno-na; de Bergmann, no 7. Só faltava umbom filme brasileiro para completar oencanto. A gente fica até pensando queeles estão mesmo nos tratando feitogente. Continuem assim.

¦ ¦ ¦

Outra vez a Bandeirantes. O esporte,principalmente o futebol, está sendoagora muito bem transmitido pelo Ca-nal 7. A única falha desta boa coberturaé a impossibilidade de anunciar com

antecedência quais as partidas e com-petições nacionais que vão ser exibidas.£ que tudo é definido em cima do laço,jã que a relação entre as diversas federa-ções esportivas e os canais de televisãodo Brasil são ainda amadoras e improvi-sadas ao sabor de interesses imediatos.Apesar destas limitações, a rede paulis-ta tem exibido bons espetáculos e mui-tas partidas do Campeonato Nacional,diretas ou em tapes, bem narradas efilmadas. A vitória da Bandeirantes,neste caso, é sobre a Tupi, que semprefoi muito fiel ao futebol no fim de noite.Só que agora estã sendo mostrado mui-to depois do Canal 7, em tapes antigos,cheios de defeitos e muita narração foi-clórica. Um grande esforçtf que merece-ria melhores condições de trabalho.

¦ ¦ ¦

Campeões morais. Os prêmios doConselho de Televisão do Museu daImagem e do Som foram ganhos porFernando Pamplona e Arakén Távora.Dois profissionais de trabalho impor-tante no Canal 2 e que muito justamen-te merecem todos os troféus, louvores ereconhecimentos. Mas ficou faltando al-guma menção, ou sei lá o que, ao gruporesponsável pelas séries brasileiras daRede Globo, que foram, sem a menordúvida, o grande acontecimento do vei-culo em 1979. Pelas repercussões, objeti-vos, realizações, ampliação de mercadode trabalho, captação de nossa realida-de e duro desafio contra preconceitos.Qualquer representante deste grupo,Daniel Filho, Paulo José, Milton Gon-çalves, Regina Duarte ou Agnaldo Sll-va, devia ter sido lembrado.

PÁGINA 8 O CADERNO B D JORNAL DO BRASIL 0 No de Janeiro, domingo, 9 de março de 1900

Cartas

>1

>1

D

EI

Page 41: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

CADERNO B O JORNAL DO BRASIL ° Rio de Janeiro, domingo, 9 de março de 1980 o PÁGINA 9

NA VOZ DO LOCUTOR ESPORTIVO,UM OUTRO JOGO

(às vezes mais emocionante)»"»¦•.'.'"•¦ » .'. <:. t|,,,,. * , _ .-MMMWMWMWMWMMM M>,7^mmmgMÊE^KEMmM^.^-, -' ' ^'¦('^^^^^^¦^¦^¦^¦i^nHn

• •.**••«. ....... a . a . *—MM B^ ¦H»4M-__» " ^H ___________P___<*¦•?•-•¦*¦•»*••• *^^B HP^^_P^' * * ¦: j^l¦^r. ' "'''"*''; *'.'__i

fl HL "____¦ . * fl HH H >_|_F _____L^__I HP^aW

¦Jmm UMWfríFím6mi.i "* * mm;,;;v màémF&m > :mUW?ÊÊSS*i7 Tr___Éi_iiiSr__|

M<* " ' ** '" t . • * ' ' * *^^^^^^^^^^^^^^^^^k ''Í ' ^B_____f_l___ÍÍ__fl___lfc " '¦'¦''-» ai PritirmmmffimmER* .,«..•< '*,*AÒMt UÊm0i ' M mámWmmmVi&Wàma U

- •¦'**; _|_r: SflSB ¦ <_H '''•ÍHllllPl^

p^^K*' -^ _Ftf& l______L___ fl2*" '__* T^^aSilSI l_____.'j ^--H

_R .•______ w__i Mm»»^^^ H^_. ^______1 ¦ ¦{£ .____¦ ______7^ ^^^fll ___.«.©&.__»;¦¦ ',.-*a_. ^^, i í ^"lra-1. _¦ ¦___¦ __¦_. ^^BB!__________rá ^*__. t!_l _¦% -H H ^9 ______ ^r*umm. ^^*H

__fe^s_. m Pi IVfl _¦_ l___^ H___a3li .Jl IEU—_l. ^"hill..-.. "

_§T X f..-&_¦ Uwfii3SU Hfl___i Hl^fc .__ «_ ¦¦HH: ¦ -— Jr M ÊmíM. Ut Jw^_i SmkâmÊi SSfL > _HHHis*-* £____§. ii_á___P' _flr t ^H H^^MMflMfl ^ni-r_Íffi3^^^^i --K *__.' ?-__h.*\ * «í__-ra__i_!_____£l____ft nP^ _. !___!' v%i^tJ HHM^HI-a>_wa?__£ ¦_¦

_____®Ç^--í< ^||Hp|l^fl| WmWLmfSm ''^^^9UrmmmmW^SÊ __?¦1. ^fl-_-_-_____-:.v v. ______Pr:: v ¦ '._¦_____¦ ____íí3__ía____^__-. -^°l^aWã______ -OH^B^WBflvjP^ '^__H

Waldir Amaral: a voz sem empostação,tratada com carinho e à água mineral

^^::vi-<¦:¦:¦'¦ vW-:.

^'':v':<v:-:ÍW:;-i:^::;:;- iv^vU-Vw-X/V.::;^;;-::.:;:;^.;:-; .::,'V '

_________ ^^^^^^^^^^^/ /¦¦ .__£_$4r *_B Wmmm¥%L ' WjtmmmWÊ!ÊÊMM UMM Í__fl 4_&S \ z*/^/'____________ —> _JH ll-a-lii-^—BJ ___P^^^MJ^^a*fl Bt^i^Ía-----_WHSÍ---E^s4^tftf'

___> ¦_¦¦ ____._.*;• IRi I — í,^fl::v: _K m\W.ffi$RJmmWfàí WUmW'7-- - •v:'?^H mWSm>, '>™V*____j____K MfffMB BtPM ^_

_¦ ^f-rV^ Smuw j22& wÁmr ^fiff J________hf a ___f _____P _K HP ____K me^ummWT ^m\ ^^B^^^K ofc_^*_______[ *_.HHi^V ^^*j** **zmS V^ m^^mMm M^EE&tm* _T -' _^-_-___________i__________l^_fir^*-. 4V _s_ ün_IP .Ü-HH-Sr*.--. -. É I Wi-_#lrm ___v/___|P.* jIlilritH^W' 'É/4'. . »^B

Jorge Cúri: o rádio esportivo feito há 36 anos e commuito profissionalismo

fl» V_f|_______ fl »r" """"'IIBl*

^''«Ibo^Twott» f <fll _______¦__! KaSRi-B BflBy^ J^^^PPfl"*-^I? y> JB _am ^mii^Mii---—-MÍ ^ ____kí M^BlÍÍ__K_ll__#r4__|f J^^_S___BBBB3^^"^—**^^^^^^^^

T^flBfl_|^____Íil|i^Íteapaji^^Br HP"*^ .:.r-™vw^ ^¦¦^It^mwKvi^SERRERE'_____! ______! _l_ÍÉi____-l

fl fl: TflRB ¦_»|i-!wr«!i-'V'''Ba-»^-fl W----I----- ;¦ ¦¦¦¦.•¦ ¦.,á-^v.,^.«^._í_-r^ .

¦P»"»"1*^ lH_!!_H_ K^T^iPBl H_Í_^i ¦K!ffi--_^-j_W-W_iMJ>''rr'W^ fàm WEmíÍ '*'-'-> ^^*t___^1êl^i3_^__-l^l

___S____p ^Btbt.!a_| ^flPflfl-l BB"^ y^<i_-!. Xt^*-*5 ^y_k'- ^^^^¦^¦^¦^^^Bfc^*^^__í*•¦"'^*^^^W---_-i

K •x ^iPHHKC .a____iò^_fe_5!?v_-. ^^'^í__I_?*"Bflgfi ^^fj^^^^^r*^^^^^

*lT?...s ^^^.m^,

B-Sl^" _í -í <, "ÉS^ÉL fff "nff "tBP'" is_lS'I^^-l_^s^fea_»

s\ __S^^^^-fl_i __™^^^B ^B^l -èi^^iâ^ !^____^B ^k^h*\ »___Ié__| _r_ü _HH %fW:ts$uÈ rat__i¦ V ^Wj__K_ÍM___fl UMmmmmWà UMMM ______l?^P_^£^_£fa_-_l ________Pt___fl KÜ^ "'^¦fl. ¦_¦¦• :^7:^mámm Mrf ^^M

b^___ _KH ¦iifeí" __nHB4_r.- >iK ^^>WIL^H Ifl l»'-; Í^S_HP^ ^^HHÉíri:' wWl ^fli^fl Bii fT iíi -¦'*¦"'--^^fl|HJfl| _______1H EÊmmWÊ&F^- ^"* m.íj

Doalcei Camargo: dos tempos em que não se sabia se o som chegava ou não ao ouvinte

Mara Caballero

Suor escorrendo, perna balançando,braço sacudido a intervalos, olhos fixosno campo,' na bola, microfone presoentre as duas maõs, toalha enxugando orosto. Nos 90 minutos de cada jogo, elessofrem mais do que muito jogador, téc-.nico ou torcedor. São os locutores es-portivos: Doalcey Bueno de Camargoda Tupi, Orlando Baptista da Guanaba-ra, Waldir .Amaral, Jorge Curi, EdsonMauro da Globo, José Carlos .Araújo daNacional, quase 30 no Rio, que irradiama "loucura" que o ouvinte nem suspeitaexistir.

Ficam sentados, mas podem perderaté três quilos no final de cada jogo,como Doalcei. Ficam tensos, apertandoo microfone entre as maõs, como JoséCarlos Araújo. Sacodem o braço pararelaxar, como Waldir Amaral. Precisamde um olho tão bom como o do técnicopara um julgamento rápido no meio dapartida. E ás vezes, lá no fundo, muitodiscretamente sofrendo pelo seu time,como qualquer torcedor da arquiban-cada.

Irradiar um Jogo de futebol é umaverdadeira maratona que faz EdsonMauro se sentir "meio robô". Além deirradiar a partida (com velocidade, dic-ção clara e improvisando bem), fazemmuito mais. Cronometram o tempo dojogo (Waldir Amaral observa que não sepode confiar no cronômetro da Sudeçj,às vezes falho). Dão de cinco em cincominutos o placar. Citam o anuncianteprincipal em períodos determinados.Lêem textos mais longos de outrosanunciantes. Chamam o locutor de ou-tro campo (seja tio Rio ou em outroEstado). Chainaiiius pomas tnome dadoaos repórteres que ficam atrás dos gols).

Para ajudar em todas essas funções,muita coisa: o cronômetro; a pasta pe-

quena (cada folha com uma frase dosanunciantes); um objeto de quatro facespara o rodízio dos anunciantes; o papelda loteria esportiva; o cartão com onome dos jogadores. No último domin-go, José Carlos tinha ainda à sua frenteo nome de mais de 70 torcidas organ_za-das do Flamengo ("Cada uma tem de200 a 250 componentes, e eles gostam de «ser citados").

Olho na bola, nos jogadores, no cro-nômetro, em mil papéis. Tudo isso con-sultado quando não há perigo de gol,pois aí seria fatal: perder um lance degol é o descrédito total junto ao ouvinte,a pior falha de um locutor esportivo.

Cada ouvinte édisputado no grito,no bordão mais

engraçado, nanarração mais fiel.

No fundo, o IBOPE éo que conta

Por tudo isso os locutores vão enfren-tar hoje — e enfrentaram no últimodomingo — um calor de 32 graus (o arcondicionado das cabines funcionandoprecariamente) diante de um Maracanãbalançando, no domingo jogaram Fia-mengo e Internacional. Mais ou menosparecido com o dia em que b alagoanoEdson Mauro foi pela primeira vez emsua vida às cabines de rádio, das suasmaiores emoções: aquele campo verde,bem pertinho, visão total do jogo e aarquibancada colorida mexendo, cheia.Faz até Doalcei comparar:

— A gente entende a emoção doSinatra ao cantar aqui para 140 milpessoas. Todo domingo a gente senteisso quando irradia. Só que para 160 milpessoas.

Para muito mais, na realidade.Quantos? É o motivo da tensão. Cadaouvinte é disputado no grito, no bordãomais engraçado, na narração mais fiel.O leigo pode imaginar que os locutores— enquanto irradiam — náo têm condi-ções de saber como estão indo as outrasemissoras. Mas têm, conta Edson Mau-ro. As três rádios de maior IBOPE (Na-cionai, Tupi e Globo) têm os seus sinaiscaracterísticos sempre acionados nomomento de dar o tempo e placar. Co-mo, ao dar essas informações, há dife-rença de segundos entre as emissoras, olocutor — pela intensidade com quecada sinal é emitido pelos rádios ligadosno estádio — pode aferir se sua trans-missão está sendo mais ou menos ouvi-da do que as outras.

José Carlos Araújo diz não ser muitorelevante o fato de não- chegar ao pri-meiro lugar, de acordo com a pesquisado IBOPE feita nas residências. No mêsde novembro, aos domingos, no horáriodos jogos, os índices foram os seguintes:Globo, 7,68; Tupi, 4,25; Nacional, 4,00:

— O ouvinte de casa tem hábito deouvir o jogo na estação que ouve o restoda semana. E a Nacional não tem públi-co durante a semana. Noventa e cincopor cento da minha audiência só ouve aNacional na hora do jogo, ao contráriodas outras emissoras.

E mostra duas pesquisas do IBOPErealizadas no Maracanã: a primeira, umFla-Flu (24/6/79) com o seguinte resulta-do: José Carlos (36,0); Jorge Curi (25,5);Doalcei (8,8); Waldir Amaral (1,3). NoFlamengo X Vasco (28/10/79): José Car-los (32,7); Jorge Curi (21,0); Waldir Ama-ral (16,6); Doalcei (1.4.6).

Nessa disputa ferrenha. OrlandoBaptista, em vez de nos seus programascarregar no Flamengo (37% da torcida),investe no Vasco (25%), o que lhe garan-te boa audiência. Domingo passado,quando os locutores principais das ou-trás rádios estavam concentrados noMaracanã — só de vez em quando falan-

*>"»- }*'" ¦, '*""¦' "'*'. .','"* «a .¦'",. ~r ,j»; - ;.;-;,¦,.!<««.-»».«,!,: ,y-, ........ ,j

José CarlosAraújo: a tensão

de transmitirjogos noturnostira-lhe o sono

do de São Januário—Orlando Baptistairradiou na íntegra o jogo do Vasco.

Oduvaldo Cozzi era o poetada transmissão esportiva.Nele e em Gagliano Neto, osmestres de toda uma classe

Enorme, andar balançado, bolsa atiracolo, fone pequeno (do tipo usadopelos médicos no estetoscópio), toalhajogada nos ombros lembrando um trei-nador de bouxeur, Jorge Curi adentra àcabine da Globo para irradiar o segun-do tempo. Com as idiossincrasias co-muris aos outros: apesar da cabine terfones e botão de volume, Curi — comoWaldir—prefere ouvir a transmissão doseu próprio rádio de pilha. Edson Maurosó usa um fone americano muito velho,de som agudo como ele gosta. JoséCarlos não toma refrigerante durante ojogo: dá aerofagia, e, como Curi; nãoalmoça em dia de jogo. E Waldir sótoma água mineral sem gelo. Tão ciosodela que uma vez teve problemas: naArgentina, elas foram quebradas porpoliciais na porta do estádio. Precisoucomprar outras.

A voz que não pode falhar exigecuidados especiais. Como ironizou umcomentarista de futebol, os locutoresesportivos cuidam mais da garganta doque uma prima-dona da ópera. OrlandoBaptista, "o locutor mais laureado doBrasil", faz inalações durante a semanapara evitar a coriza. A maioria chupapastilhas antes do jogo e no intervalo.Edson Mauro toma mel pelas manhãs.Waldir Amaral faz gargarejos de salgrosso. E quase todos evitam bebidasmuito geladas. Impostação de voz é asaída de alguns, mas Waldir não gosta,pois o resultado é pouco natural."Dá-lhe garoto... Golaço, aço, aço...Passa de passagem", são os bordõescriados por Jorge Curi. "Disparoooou",grita Doalcei Bueno de Camargo quan-do o jogador cobra uma falta, dandoidéia da trajetória da bola. "Tá botandoo bloco na rua", diz Edson Mauro. "Botaa bola no meio", ordena Orlando Bap-tista depois de um gol, "para homologa-Io". Depois do samba-enredo da Uniãoda Hha, "quem traz a felicidade? Soueu...", José Carlos .Araújo, o "garotinho"anuncia: "cheguei". São os bordões queWaldir Amaral diz que "enfeitam masnão atrapalham". Apresenta: "AfonsoSoares, o comentarista que náo perde aesportiva" ou então, João Saldanha, "ocomentarista que o Brasil consagrou":

Meus amigos... — começa Sal-danha.

Rui Porto, comentarista da RádioTupi, diz que o bom locutor esportivo éaquele que deixa o ouvinte se levantan-do da cadeira o tempo todo. E quando ocomentarista fala é a hora do ouvinte sesentar. Para Rui, o bom locutor é aqueleque tem uma voz aguda, nervosa. E,como completa Waldir Amaral, mais doque voz maviosa, é preciso ter voz carac-terística. Um exemplo é Ari Barroso.Outro, Oduvaldo Cozzi, de voz anasala-da, como lembra ainda Waldir: "Ele erao poeta da transmissão esportiva". Cita-dos por todos, como os locutores quemarcaram época, insuperáveis, está,além de Cozzi, Gagliano Neto, que che-gou a transmitir a Copa do Mundo de38. Jorge Curi recorda a transmissão deGagliano que mais o impressionou. Cu-riosamente, não foi a de um jogo defutebol, mas a da subida do maior vidrointeiriço, uns 40 metros quadrados, paraum dos últimos andares do prédio daRádio Nacional:

O vidro levou um dia inteiro parasubir. E Gagliano irradiou o tempo to-do. Era um grande improvisador.

E foi ouvindo Gagliano e Cozzi quemuitos sonhavam em irradiar jogos defutebol. Como diz o mesmo Curi, locutoresportivo é "aquele menino chato que

passa o dia inteiro em casa irradiandojogo". Exatamente o caso de José Car-los Araújo, que irradiava partidas debotão nas ruas de Vila Isabel, e deEdson Mauro, que ensaiava no banhei-ro, numa época em que o único ouvintee aplauso era a sua empregada.

Sonhavam, achando que era fácil.Mas houve época em que era quaseimpossível: Doalcey Bueno de Camargorecorda muito bem da precariedade dastransmissões antes do satélite. Irradia-va-se. Se chegava ou não, só se saberiadepois, ao receber o telegrama. Uma vèzem Roma, com quase 40 graus de febre,descreveu toda a partida, com o maiorsacrifício. Já no hotel, sendo medicado,recebeu o telegrama: "Transmissão in-chegou," assim escrito para pouparuma palavra.

Lá pelo início de 50 não se transmitiade vários campos, ao mesmo tempo. Olocutor telefonava e dava o resultado.De acordo com Doalcei foi Luís Mendesquem deu a idéia de instalar linhaspermanentes em diversos campos defutebol. E o primeiro sinal eletrônicoapareceu na Rádio Globo, mesmo, lápelo início dos anos 60, e há quemrecorde o pioneirismo da gaita de AriBarroso. Mas foi de 10 anos para cá quetomou as dimensões de hoje, com sinaisidentificando o gol, a bola que saiu pelalinha de fundo, a hora de dar o tempo oplacar, etc. Doalcei, na Tupi, tem atéuma deixa: "Futebol, a alegria do po-vo". O operador de estúdio põe no arentão uma marchinha carnavalesca.Doalcei usa a deixa em duas situações:para quebrar a frieza de uma partida oupara relaxar o ouvinte, caso a emoçãoda partida seja muito intensa. A grandequantidade de sinais acabou cansandoo ouvinte, segundo muitos. Mas Doalceidiz que há de tudo: desde o ouvinte quereclama até o que aparece na rádio paragravar os sinais.

Para Waldir Amaral, o sinal antes dotempo e placar era até uma necessida-de. O ouvinte se distraía um pouco eperdia essas informaçóes.Ou o outroque ligava o rádio com o jogo já emandamento. Diz ainda que o cariocagosta dessas coisas, dos detalhes, aocontrário do paulista, que prefere atransmissão corrida.

A mudança dos últimos anos náo foiapenas sonora. Mais do que nunca orádio, hoje em dia, faz jornalismo. Atransmissão de um jogo, segundo JoséCarlos Araújo, transformou-se numshow onde "o forte não é apenas oevento, a bola rolando, mas preparação,as reportagens".

— O rádio esportivo se limitava adivulgar o que os jornais tinham publi-cado. Hoje, já se pode fazer jornal naárea de esportes, ouvindo rádio. Digoisso sem um sentido de critica masmuitos jornais não têm condições demandar repórter para tudo quanto élado.

E os domingos são um verdadeirofestival de reportagem, entrevista de' técnico, de jogador ao entrar em campo,diretamente do vestiário, a disputa daprimeira informação.

A rapidez das equipes de jornalismodo rádio de hoje deve ser tão grandequanto a dos locutores ao se depararcom um novo time em campo. Coisadificílima aos olhos do leigo, é quasecafé-pequeno para os locutores. Doalceidiz ter boa memória: em cinco minutosjá decorou tudo. Waldir Amaral a mes-ma coisa. José Carlos Araújo decora onome dos centro-avantes. O dos pontase beques, no decorrer do jogo: pegammenos na bola, sáo mais facilmenteidentificados pelas suas posições emcampo. Edson Mauro também não en-contra muita dificuldade: faz uma rápi-da mentalização antes do jogo e pronto.Jorge Cúri conta que, antes da última

Nenhum deles podetorcer por seu timede coração. Mas.quando a Seleção

Brasileira entra emcampo, adeusimparcialidade

Copa do Mundo, ele lia todas as noites aescalação da Seleção Brasileira:

— Como se fosse uma Bíblia.Jorge Curi confessa: leva sua profls-

sào muito a sério e um dos segredos dobom locutor, para ele, é ter sempre nacabeça que "a vedete é a bola". Outroconselho, dado por todos, é a imparclali-dade. Ser emocional sô foi permitido aAri Barroso ias cabines do Maracanãlevam hoje o seu nome) que náo irradia-va derrota do Flamengo. Levantava-se eoutro ficava em seu lugar. Por isso, oslocutores relutam um pouco em revelarseus times, mas acaba-se descobrindo:Jorge Curi e Edson Mauro sáo Flamen-go. Waldir .Amaral é Botafogo, Doalcei éAmérica, José Carlos Araújo diz quenáo tem time, mas clube: é Fluminense.E Orlando Baptista, muito inglês, aflr-ma náo ter "preferência clubística".

Mas toda imparcialidade cai por ter-ra quando quem está em campo é oBrasil. Ninguém resiste e, como disseDoalcei, se não fosse um providencialuisquezinho dado por um médico nahora que o Brasil fez um dos gols contraa Itália, no dia do tricampeonato, nâosabe o que seria dele.

Uma profissão em extinção, dizem oslocutores esportivos. O que importaagora, observa José Carlos Araújo, é odiploma de comunicação, não a voca-ção. Basta ver há quanto tempo estáona profissão: José Carlos, há 19 anos,Waldir e Doalcei, há 30, Orlando Baptis-ta há 32 anos e Jorge Curi há 36 anos, oúnico que já irradiou oito Copas doMundo. Uma profissão, aliás, que mui-tas vezes está junta de outras. WaldirAmaral é também diretor comercial doSistema Globo de Rádio. José CarlosAraújo também é responsável pela ven-da de seu programa e Orlando Baptistaé dono completo de seu horário: ele com-pra 150 horas da Rádio Guanabara,para os repórteres, locutores, e outrosfuncionários que trabalham com ele,contrata os anunciantes. O que sobrar élucro, mas ele náo revela nenhuma cifra.O que se sabe é que o locutor esportivo,com algumas exceções, ganha em me-dia Cr$ 50 mil.

Essa duplicidade de função é expli-cada por José Carlos Araújo pelo altocusto da programação esportiva. Ê pas-sagem, hospedagem, linha da Embratel,para várias pessoas e em vários lugaresdo Brasil só num domingo. Waldir Ama-ral calcula que cada jogo fora do Riocusta para a emissora entre CrS 80 mil eCr$ 100 mil.

Doalcei está de camisa molhada, Jo-sé Carlos com olheiras, pernas aindabalançando, conta que em jogo noturnosó consegue dormir depois de duas emeia da manhã, tal a tensão. O jogotermina e o cansaço é geral. Doalceirespira fundo e comenta:

— Olhar do centro do Maracanã para140 mil pessoas, dá para entender por-que o Sinatra errou na letra. Só que agente não pode trocar o nome do jo-gador.

Rádio Jornaldo Brasil

FMEstéreo

ZYD-46099.7MHz

A programação de música clássicapara hoje é a seguinte:

HOJE20 h — Abertura Otelo, op. 93, de Dvo-rak (Rowitzki —14:13); Prelúdio, Puxae Variação, op. 18, de César FranckiMicheleBoegner-11:17); Sinfornian*2, em Ré Maior, op. 73, de Brahms(Karajan — 41:00); Concerto n° 18, emSi Bemol Maior, K 456, de Mozart(Brendel e Marriner — 28:36); Concertoem Ré, para orquestra de cordas, deStrawinsky (Kai^jan — 12:41); 7 Can-ções Populares Espanholas, de Falha(Monserrat Caballé — 13:19); OferendaMusical, de Bach iKarl Richter, Nico-let, Buchner, Meinecke e Bilgram —45:47 ).

AMANHÃlOh — Suite do bale The IncredibleFlutist, de Walter Piston (Bemstein —15:50); Concerto n° 4, em Dó Menor,para piano e orquestra, op. 44, deSaint-Saens (Campanella

'*- 24:46); Ma-zeppa, poema sinfônico n° 6, de Liszt(Filarmônica de Londres e Haitink —16:30); Concerto, em Dó Maior, paraoboé e orquestra de cordas, de Cimaro-sa (Holliger e Peter Maag — 10:30);Suite Bergamasque (Prelúdio, Menuet,Clair de Lane e Passepied), de Debussy(Aldo Ciccolini — 16:40); Manfredo —Sinfonia em quatro quadros, op. 58, deTchaikowsky (Sinfônica de Londres eAhronovitch — 65:05); Konzertstuck,em Sol Maior, para piano e orquestra,op. 92, de Schumann (Kempff e Kubelik- 16:49).20h — La Valse, de Ravel (Bemstein —13:00); Suite em Sol Menor, de d'Angle-bert (Laurence Boulay, cravo — 19:45);Missa em Dó Maior, op. 86, de Beetho-ven (Karl Richter—46:00); Quinteto n°1. em Fá Maior, para corda.. ?# 88, deBrahms (Quarteto Amadeus e Arono-vitz — 25:20); Concerto n° 2, para pianoe orquestra, de Bartok (Geza Anda —37:57); Abertura e Suite Karelia, opp. 10e 11, de Sibelius (Ormandy — 25:36).

Page 42: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

TELEVISÃO

Manhã

7.45 0 — 0 Despertar da Fé, Reli-gloso.

8.00

153045

A Vox do Pastor. Religioso.Nossa Terra, Nossa (Sente.

Educativo.Santa Missa em Seu Lar.-Coisas da Vida. Religioso.-Brasil Rural. Noticiário.-Jornal da Manhã.

9.00 0 —Re* Humbard Religioso.30 @ — Ginástica. Com a prof. Yara

Vaz.[4] —Globo Rural. Noticiário

agropecuário.[7] —Guerra, Sombra e Água

Fresca. Seriado.[Ü —Rex Humbard. Religioso.

10.00 - Telecurso 2° Grau.¦Concertos para a Juventu-de. Hoje: Programa dedicado

a Tchaikowsky, com apre-tentação de Trio em Lá Me-nor Op. 50, pelo pianistaFernando Lopes, viofoncelis-ta Antonio Del Claro e véoli-nista Ariane Pfister, e deSinfonia n° 5 Op. 64, pela' Sinfônica de Boston, sob aregência de Leonard Berns-tein.

0 —Caravela da Saudade. Foi-dore português.

[3 — Mercado Imobiliário.30 21 — Grizzly. O Homem das Mon-

tanhas. Seriado.O — Johnny Quest. Desenho.

11.00 0 —Esporte Espetacular. Hoje.-Taça Brasil-França de VôoLivre, Elizabeth Assaf e oTorneio Pão de Açúcar deHipismo, gols da rodada doBrasil e da Europa.

0 — Presença Religioso.O — Popeye. Desenho.

30 0 — Palavras de Vida. Mensa-gem do Cardeal D EugênioSalles.

0 — Programa Silvia Santos.Quadros musicais, filmes In-fantls e desenhos, |ogos en-tre casais e concursos.

0 — O Melhor Futebol do Mun-do. VT do jogo Cruzeiro xJoinville.

O — Progroma Silvio Santos, emcadela com o Canal ó.

45 0 — Olimpíadas 80. Noticiário,

Tarde

12.00 tU —Futebol Compacto. Os prin-cipais lonces de um clássico.

0 -Clube HB. Desenhos.

1.00 0 — Stadium. Esporte amador.Hoje: Wind Surf na LagoaMarapendi, XXV Campeona-

to Sulamerkano de Natação,pólo aquático • saltos orna-mentais.

0 — Fred • Barney Show. Dese-nhoj.

0 —Converta de Arquibancada30 0 — Espinafre 80. Desenho.

2.00 0 — Em Busca do Conhecimento.Hoje: Censura n° 2. Partici-poção de Frei José Pereira,Sônia Salomão, CarlosEduardo Novaes, Loura San-droni e Pedro Lyra,

R] — Esquadrão Resgate.10 0 — Gol, o Grande Momento do

Futebol.

3.00 0 —Cinemateca. Hoje: A Cons-trução do Som, Filmes Brasi-leiros no Festival de Berlim eJornada Nacional de Cine-clubes.

0 —Sessão de Domingo. Filme:Aladim e a Princesa de

4.00 0 — Era Uma Vex. Compacto doHistória Meio ao Contrário,de Ana Maria Machado.

45 0 —Bate Papo. Debate infantil.

5.00 0 —Cine Viagem. Hoje: Filmesde animação da Alemanha,da série Caixa de Brin-quedos.

0—0 Incrível Hulk. Seriado.

10 0Bagdá..— TV Bolii

Noite

6.00 0 — E Preciso Contar. Hoje: FoiAssim em 1979.

0 —Filme: OsCavalheiros da Ta-vola Redonda.

7.00 0 — Sessao das Sete. Filme: DoMundo Nacla se Leva.

0 —Os Trapalhoes. Humoristico.

Morte, novo medicamentoparo ataque cardíaco, DianaPequeno, Antônio Carloe eJocafi.

0 — Programa Flávio Cavalcanti.Show e Jornalismo.

0 — Programa Hebe Camargo.Entrevistas.

|T]] — Kung Fu. Seriado.

9.00 0 — Esporte Total. Mesa-redonda.

O — O Homem do Lei. Seriado.

10.0030

Bola na Mesa. Debates.-Premiére 80. Filme: Anato-mia de Uma Sedução.-Abertura. Jornc!:::rc.O Homem do Sapato Bran-co. Jornalístico.

Bolinha. Variedades.8.00 0 — Fantástico. Música e Jorna-

lismo. Hoje: Esquadrão da

00.00

0 -

Futebol ou longametragem.VT do Jogo Fluminense xPalmeiras.Campeões de Bilheteria. Fil-me: O Caçador.

OS FILMES DE HOJE OS DA SEMANA-

UM BOM FRANK CAPRA,

UM DONNER ROTINEIRO

AS REPRISES VOLTAM

A SER OS DESTAQUES

AS

convenções do sonhoamericano, entre a crisede 29 e a n Guerra Mun-dial, tiveram em Capraum satírico ingênuo e

amável e podem ser encontradasem Do Mundo Nada se Leva. Perso-nagens simples e humanos, dema-siado humanos, percorrem o filme,repetindo a fórmula de êxitos ante-riores como Dama por um Dia,Aconteceu Naquela Noite e O Ga-lante Mr Deeds.

Oscar de melhor filme e direçãode 1939, Os Cavaleiros da TávolaRedonda é um espetáculo diverti-do, caracterizado pela ação cons-tante e o sabor da aventura, masdirigido friamente por RichardThorpe, que tenta levar à IdadeMédia o vigor de um western. Paraos saudosistas, a presença de AvaGardner, em pleno apogeu da bele-za, constitui prazer à parte.

Clive Donner em O Caçador rea-liza apenas um trabalho rotineiro ecom pouca inventividade no gênerode espionagem. Nas mãos de Hitch-cock, a quem é tão cara a temáticado homem enfrentando situaçõesabsurdamente adversas, o thrillerpoderia atingir momentos de gran-de impacto. Pode agradar aos apre-ciadores intransigentes. (RogérioBitarelii)

ALADIM E A PRINCESA DE BAGDÁTV Globo - lSh

(A Thousand and One Nights)—Produçãonorte-americana de 1945, dirigida por Al-fred E. Green. Elenco: Cornei Wilde, PhilSilvers, Shelley Winters, Evelyn Keyes.Colorido.•kir As populares aventuras de Aladim,(Wilda) o filho do alfaiate Mustafá, que setornou herói graças aos poderes que lheforam conferidos pelo gênio surgido dalâmpada mágica que ele descobriu, deacordo com um dos contos das Mil e UmaNoites.

OS CAVALEIROS DATÁVOLA REDONDA

TV Bandeirantes — 18h(Knights of the Round Table) — Produçãobritanica de 1953, dirigida por RichardThorps. Elenco: Robert Taylor, Ava Gard-ner, Mel Ferrer, Anne Crawford, StanleyBaker, Felix Aylmer, Niali MacGinnis. Co-lorido.

Lionel Barrymore, James Stewart, Jean Arthur e EdwardArnold em Do Mundo Nada Se Leva (canal 2, 19h)

??? Banido da corte do Rei Arthur(Ferrer) por uma intriga envolvendo ahonra da Rainha Guinevere (Gardner), SirLancelot retorna para derrotar o invejosoe perverso cavaleiro Modred (Baker), umdos membros da Ordem dos Cavaleiros daTávola Redonda.

DO MUNDO NADA SE LEVATV Educativa — 19h

(You Can't Take it with You) — Produçãonorte-americana de 1938, dirigida porFrank Capra. Elenco: James Stewart, JeanArthur, Lionel Barrimore, Ann Milier,Ralph Meeker, Edward Arnold, SpringByington.

Jovem (Arthur) pertencente auma familia de Nova Iorque se apaixonapor um rapaz rico (Stewart), cujos pais(Amold, Byington) se opAem tenazmenteao romance, mas acabam sendo contami-nados pelo bom humor e alegria reinantena casa.

ANATOMIA DE UMA SEDUÇÃOTV Globo — 22h30m

(Anatamy of a Seductin) — Produção nor-te-americana de 1979, dirigida por Steven

Hillard Stem. Elenco: Susan Flannery, Ja-meson Parker, Rita Moreno, Ed Nelson,Michel Lenclair, Allan Milier, Sandy Ba-ron. Colorido.

A arquiteta Maggie Kane (flannery),divorciada, com cerca de 40 anos e umfilho adolescente, contrata para trabalharem seu escritório o filho (Parker) de suamelhor'amiga, Nona (Morena). Pouco apouco, Maggie e o jovem Ed vào-se apai-xonando, o que provoca sérios problemasem suas famílias.

O CAÇADORTV Globo — 24h

(Rogue Male) — Produção britanica de1976, dirigida por Clive Donner. Elenco:Peter 0'Toole, John Standing, AlastairSim, Harold Pinter, Michael Byme, MarkMcManus, Ray Smith, HughManning, Ro-bert Lang, Cyd Hayman. Colorido.*? Em 1939, um inglês (OToole) é presoe torturado por tentar matar Hitler, masconsegue ftigir e chegar a Londres, ondepercebe que o serviço secreto considerousua atitude precipitada e perigosa. Pene-guido pelos nazistas, sem poder contarcom a proteção do Governo, leva a vida desobressalto. Feito para a TV.

SEM

nenhuma estréia es-pecial, restam as reapre-sentações de Nunca aosDomingos, Lacombe Lu-cien e Quando é Preciso

ser Homem, que podem ser vistos(ou revistos) pelos telespectadoresmais exigentes.

Na segunda-feira, predominaLacombe Lucien (no 4, às 23h35m),a pòlêmica reflexão de Malle sobrea adesão de um camponês adoles-cente aos colaboracionistas, duran-te a ocupação alemã na França.Cavalgada de Paixões (no 4, às14h30m) é drama sentimental con-duzido com habilidade por HenryKing.

Na terça, a recomendação é paraum dos melhores — senão o melhor— filmes de bassin: Nunca aos Do-mingos (no 7, às 24h). Este foi oquarto filme realizado pelo cineastaamericano em seu exílio europeu edifere dos demais pela linha extre-mamente~cômica. Não é exagerodizer que Melina Mercouri é a pró-pria razão de ser do filme. Tudo sepassa em clima de dança e donsalegres (música de Manos Hadjida-kis) — o espírito dionisíaco. A Lou-ca Máquina de Amor (no 7,14h30m), comédia com SteveMcQueen no sétimo filme de suacarreira, aos 31 anos, é adaptaçãoda peça de Lorenzo Semple Jr. Oincansável Henry King está de vol-ta em O Cisne Negro (canal 6,22h),exibindo a exuberância fotogênicade Maureen 0'Hara.

Na quarta-feira, o melhor ficapara Um Homem sem Sorte (no 7,às 23h), sátira às instituições britá-nicas que consolidou o prestígio doator Malcolm McDoweU, consagra-do em Laranja Mecânica, de Ku-brick.

Não há destaques na quinta. Pa-ra os menos exigentes, a opção é OPirata Real (no 11, às 21h). SirFrancis Drake surge na pele de RodTaylor, trabalhando como piratapara Irene Worth (uma Elizabeth Iestereotipada) nos litorais sul-americanos dominados pelos espa-nhóis. Maria Stuart também com-parece na figura de Esmeralda Rus-poli.

Western vigoroso invocando umepisódio histórico (o massacre deSand Creek, no Colorado, a 29 denovembro de 1864), Quando é Preci-

so ser Homem (no 11, às 21h) retra-ta as relações brutais entre os inva-sores e os peles-vermelhas, na linhade defesa do bom selvagem adota-da pelo gênero a partir de Flechasde Fogo (1950). A Fonte dos Desejos(no 6, às 21h) tornou-se famoso porcausa do folclore turístico em tornoda Fontana de Trevi, que ficariaainda mais em evidência após ADoce Vida. Drama sentimental, queenvelheceu muito com o passar dotempo. (RB)Segunda-feira, 10:14h30 — Canal 4 — Cavalgada de Paixóes(Wait Till The Sun Shines, Nellie). Ameri-cano (52) de Henry King, com David Way-ne, Jean Peters, Hugh Marlowe, AlbertDekker. (Cor)14h30- Canal 7 — A Cidade do Mal (Cityof Bad Man). Americano (53) de HarmonJones, com Dale Robertson, Jeanne Crain,Richard Boone. (Cor)21h — Canal 7 — Mato em Nome da Lei(Lawman). Americano (70) de MichaelWinner, com Burt Lancaster, RobertRyan, Lee J. Cobb, Sheree North, RobertDuval. (Cor)21h — Canal 11 — Os 10 Gladiadores (TheTen Gladiatores). Italiano de GianfrancoParoline, com Roger Browne, Susan Pa-get, Margareth Taylor, Dick Palmer.(Cor)23h — Canal 7 — Benny e Bamey: Opera-çáo Las Vegas (Benny and Barney: LasVegas Undercover). Americano (76) de RonSatlof, com Terry Kiser, Timothy Tho-merson. (Cor)23h35m — Canal 4 — Lacombe Lucien(Lacombe Lucien). Francês (74) de LouisMale, com Pierre Blaise, Aurore Ciément,Holger Lowenadle. (Cor)Terça-feira, 11:14h30m — Canal 4 — Panache (Panache).Americano (76) de Gary Nelson, com RenéAubetjonois, David Healy, Charles Frank.(Cor)14h30m—Canal 7 — A Louca Máquina doAmor (The Honneymoon Machine). Ame-ricano (61) de Richard Thorpe. com SteveMcQueen, Jim Hutton, Paula Prentiss.(Cor)21h — Canal 11 — Terra Selvagem (TheYoung Country). Americano (70) de RoyHuggins, com Roger Davis, Joan Hackett,Walter Brennan, Wally Cox, Skip Young.(Cor)22h—Canal 6—0 Cisne Negro (The BlackSwan). Americano (42) de Henry King,com Tyrone Power, Maureen 0'Hara,George Sanders, Anthony Quinn. (Cor)23h35m — Canal 4 — Inocência Ultrajada(Born Innocent). Americano (74) de Do-nald Wrye, com Linda Biair, Joanna Miles,Richard Jaeckel. (Cor)24h — Canal 7 — Nunca aos Domingos(Never on Sunday/ Pote Tin Kyriaki). Gre-go (59) de Jules Dassin, com Melina Mer-couri, Jules Dassin, George Foundas, TitoVandis. (P&B)Quarta-feira, 12:14h30m — Canal 4 — Sofrendo da Bola(The Caddy). Americano (53) de Norman

Taurog, com Jerry Lewis, Dean Martin,Diana Lynn. (P & B)14h30m —Canal 7 — Um Cào Maravilhoso(Lad: a Dog). Americano (62) de Leslie H.Martinson e Aran Avakian, com PeterBreck, Peggie MacKay, Carrol 0'Connor.(Cor)23h — Canal 7 — llm Homem sem Sorte(0'Luchy Man). Britânico (73) de LindsayAnderson, com Malcom McDowell. RalphRichardson, Rachel Roberts. (Cor)23h3S — Canal 4 — Médica, Bonita eSolteira (Sex and the Single Girl). Ameri-cano (64) de Richard Quine, com NataüeWood, Henry Fonda, Lauren Bacall, MeilFerrer. (Cor)

Quinta-feira, 13:14h30m — Canal 4 — Perdidos na Selva(Lost in the Wild). Australiano (77) deDavid S. Waddington, com Brett Maxwor-thy, Sean Kramer, Lionel Long. (Cor)14h30m — Canal 7 — Homens do PlanetaAttia (I Diavoli dello Spazio). Italiano (65)de Antonio Margheriti (pseudônimo deAnthony Dawson), com Giacomo RossiStuart, Ombretta Coli, Halina Zalewska.(Cor). 21h — Canal ll — O Pirata Real (SevenSears to Calais). Americano-italiano (62)de Rudolph Maté, com Rod Taylor, Mit-chel, Irene Worth, Anthony Dawson. (Cor)21h — Canal 6 — Pancho Villa (PanchoVilla). Americano (72) de Eugene Martin,com Telly Savalas, Anny Francis, ChuckConnors. (Cor1)23h — Canal 7 — Cicatrizes d'Alma (In theCool of the Day). Americano (63) de RobertStevens, com Jane Fonda, Peter Finch,Angela Lansbury, Arthur Hill. (Cor)0h35m — Canal 4 — Um por Deus, Outropelo Diabo (Buck and the Preacher). Ame-ricano (71) de Sidney Poitier, com SidneyPoitier, Henry Belafonte, Ruby Dee, Ca-meron Mitchell. (Cor)Sexta-feira, 14:14h30m-Canal 4-Feras que Foram Ho-mens (Three Came Home). Americano (50)de Jean Negulesco, com Claudette Col-bert, Patrick Knowles, Florence Desmond,Sessue Hayakawa.14h30m-Canal 7-Maya (Maya). America-no (66) de John Berry, com Clint Walker,Jay North, I. S. Jokar. (Cor)21hs-Canal 11-Quando é Preciso ser Ho-mem (Soldier Blue). Americano (70) deRalph Nelson, com Candice Bergen, PeterStrauss, Donald Pleasence, John Ander-son. (Cor)21hs-Canal 6 - A Fonte dos Desejos (ThreeCoins in the Fountain). Americano (54) deJean Negulesco, com Dorothy McGuire,Jean Peters, Maggie McNamara. (Cor).23hs-Canai 7-A História de Três Estra-nhos (The Subject was Roses). Americano(68) de Ulu Grosbard, com Martin Sheen,Patrícia Neal. (Cor).24hs-Cánal 4 - Rosetti e Ryan (Rose tti andRyan. Men who Love Women). Americano(77) de John Astin, com Tony Roberts,Squire Fridell. (Cor)2hs-Canal 4-0 Homem Terminal (TheTerminal Man). Americano (74) de MikeHodges, com George Segai, Joan Hackett,Jill Clayburg. (Cor)

Carlos Eduardo Novaes

o vírus da novela

¦¦H NFIM começo a enten-der a razão daquele co-ro de risadas que acom-panka as piadas nosprogramas de humor

da televisão: é para avisar aopublico que está na hora de achargraça. Claro, a maioria dos teles-pectadores sabe rir por conta pró-pria. Mas existe uma parcela ra-zoável que, se não levar um cutu-cão — "Ei, meu irmão, não vai rir,não?" — passa direto pela piada.Creio ser parte dessa parcela queestá meio embananada com osprimeiros capítulos de ChegaMais.

Bombardeado diariamente pe-los mais diferentes comentários arespeito da novela — será quealguém pode imaginar como andaminha cuca? — um deles particu-larmente me chamou a atenção.Algumas pessoas — senhoras, so-bretudo — vendo os capítulos ini-ciais ficaram meio inseguras semsaber se a novela é uma brinca-deira ou é para ser levada a sério.Deve ser uma dúvida cruel. Pudeobservar a inquietação de umadessas senhoras, que trazida porDona Geninha veio assistir umcapítulo aqui em casa. Instalou-senuma poltrona e, quando a novelaentrou no ar, se ajeitou como setivesse dentro de um avião deco-lando. Quase lhe ofereci um cintode segurança.

A senhora observava a. televi-são e eu observava a senhora.Logo nas primeiras cenas, já umtanto inquieta, chegou pra frenteda poltrona e curvou-se, com osbraços apoiados nas pernas. Umolhar intrigado, um certo esforçopara entender, como se tivesseassistindo a uma novela búlgara.De vez em quando, diante de umacena, esboçava um leve sorriso e

olhava para mim como que per-guntando se deveria rir mais ou sea cena era séria e ela deu umaterrível mancada expressandoum sorriso. Não era difícil imagi-nar o que se passava dentro da-quela cabeça já condicionada por48 novelas, assistidas do primeiroao último capítulo: Mas que dia-bo! Que que é isso? Uma noivaandando pelas ruas sozinha a

procura do noivo? Eu não fariaisso. Ninguém faria. Não, isso ébrincadeira, só pode ser. Acho quetenho que rir. Será que é pra rirdessa noiva procurando o noivono Miguel Couto? Mas ela estáchorando. Anoiva agora está cho-rando! Pôxa será gue é sério? Queconfusão essa novela!"

Depois do segundo comercial asenhora já assistia a novela comoquem vê um jogo de tênis. Olhavaum pouco pro vídeo e um poucopra mim. Percebi que ela precisa-va de ajuda. Na primeira cena,então, de alguma comicidade, elaolhou para mim com um meio

/

sorriso pendurado nos lábios, ecaí na gargalhada:

AH! AH! AH! AH!A senhora abriu um pouco

mais o sorriso más notou que AnaLúcia e Dona Geninha não esta-vam achando graça (na verdadea-cena era muito pouca engraça-da) e continuou indecisa. Pelascostas da senhora, então fiz sinalpara as duas que caíssem na risa-da. Dona Geninha e Ana Lúciacomeçaram a rir, até com um cer-to exagero. Enfim, estávamos to-dos nós morrendo de rir da cena.A senhora então não teve maisdúvidas: a cena era muito engra-çada mesmo. E explodiu numasonora gargalhada.

Logo depois entrou a cena doencontro de Lúcia com Gely, umaacabando de se separar do mari-do, a outra a 'procura do noivo,ambas tristes e deprimidas. A se-nhora, sentada ao meu lado, deolhos fixos no vídeo, foi ficandocom uma expressão de sofrimen-to. De repente, como que acordan-do, tremeu na poltrona, e discre-tamente olhou para mim. Eu, comdois lenços nas mãos, me esvaiaem lágrimas. A senhora deve terpensado: então eu estou certa,essa cena é de sofrimento mesmo.Pediu um lenço emprestado e co-meçou a chorar.

Essa cena é tão dramática!— murmurou ela.

• Ao terminar o capítulo pergun-tei o que estava achando da no-vela.

Bem... eu gostei — disse elameio embaraçada — mas, estouachando um pouco confusa (obs.:a trama da novela é absolutamen-te linear — a confusão estava nacabeça dela)... é sempre assim noinício, não é?

E concluiu com a frase quemais tenho ouvido nesses últimosdias — na forma afirmativa ounegativa — "Vai pegar!" Novela,estou percebendo, é como gripe ousarampo: tem que pegar. As pes-soas, para assistirem numa boa,devem ser contaminadas pelo vi-rus da novela. Levantamo-nos eao nos despedirmos a senhorapdiu para voltar no dia seguinte,alegando que é muito melhor as-sistir a novela ao lado do autor.Disse-lhe que infelizmente no diaseguinte estaria, ás sete da noite,desovando mais um capítulo.

Ela parou, pensou um pouco efez a pergunta definitiva:

Então me esclarece só umacoisa: essa novela é séria... ouédebrincadeira?

Foi ai que percebi o grandeerro que havíamos todos cometidona realização da novela. Um erroimperdoável. Debaixo de cada ce-m deveríamos ter colocado sem-pre um letreiro esclarecendo: "Es-sa é pra rir"; "Essa é pra chorar";"Essa é só pra ficar um pouquinhotriste"; "Essa pede um leve sorri-so". Assim, tenho certeza, a nove-la seria u?n grande sucesso. Per-doem-me, prometo corrigir napróxima. Se nuuuer a próxima...

¦

D

B

Page 43: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

íãk ^ JORNAL DO BRASIL

ESPECIALRIO DE JANEIRO, DOMINGO,

9 DE MARÇO DE 1980

9(0 Nctanoel Guede»

Ao mestre Gilberto Freyre,

com insolência e carinho

Felix de Athayde

ILBERTO Preyre fará no dia 15 de marçoIw 80 anos robustos e redondos. Não tenho^Jl adoração muçulmana (a expressão é dele)por Gilberto Freyre. Mesmo sendo pernambucano.Nem tudo o que ele escreveu está escrito (Maktub).Mas tenho uma admiração brasileira por GilbertoFreyre. Essa admiração próxima do amor, aqueledebochado por Carlos Drummond de Andrade,amor que "hoje beija, amanhã não beija, depois deamanhã é domingo, segunda-feira ninguém sabe oque será". Admiração bem brasileira: leviana e, noentanto, entranhada no espírito.

Os jovens de hoje, e os jovens de ontem queenvelheceram sem conseguir se libertar das peiasdo sectarismo, não gostam de Gilberto Freyre.Torcem-lhe o nariz. Ou confundem os GilbertosFreyres que há em Gilberto Freyre. Não conftmdoe vou fundo, para trazer à tona, mirar e admirar, oescritor. Aquele que ao substantivo deu cheiro; aoadjetivo deu cor, ao verbo deu movimento, e fez doaposto e da oração intercalada um estilo. Nunca seescreveu tão bem em português, no Brasil.

Dos outros Gilbertos Freyres, há uns que eufolheio e que, por falta de conhecimentos canôni-cos, não sei batizar de antropólogo, ou de sociólo-go, ou de historiador. Conheço-os como um Gilber-to Freyre agoniado com o Brasil. E é aquele que,quando os intelectuais brasileiros importavam —digo-o anedoticamente — peças de automóveispara montar aqui automóveis que depois acredita-vam terem sido construídos aqui, foi o primeiro,pioneiro, a reduzir tanta sapiência adquirida láfora e trabalhar com o material que nós tínhamos,que era nosso; a trabalhar o material brasileiro:nosso barro, nosso sarro.

A expressão black is beautifull, recentementecontestatórla, já a havia proclamado, há muitasdécadas, Gilberto Freyre, como reconhecimentoda raça negra, e por admiração à raça negra. Onegro que ele reputa fundador e mantenedor deuma civilização inteira, a do Império: "Não é emtorno de nenhum grande homem de fraque ecartola — nem mesmo o Imperador—que se podeescrever a história econômica do Império, mas—atermos que escrevê-la em torno de alguém — emvolta do escravo negro."

A dignificação do homem tropical, a crençanuma civilização malemolente mas produtiva ecriadora formada nos Trópicos, é dívida, dos quehoje acreditam no homem brasileiro, a ser paga aGilberto Freyre. Ainda que seja com correçãoideológica. Teria sido Gilberto Freyre um precur-sor do tropicalismo de Caetano Velloso? Lembra-,me que já cinqüentenário, Gilberto Freyre compa-receu a um baile carnavalesco no Recife fantasia-.do de palhaço, se autodesmistificando. ,

Recife. 1968: Gilberto Frev re. fantasiado, numa festaatrnavalesca. ao lado do crítico José Mário Rodrigues.(Arquivos de João Conde)

Mas, alguém alude a outros Gilbertos Freyres,menos maravilhosos: o vaidoso como uma sinhazi-nha; o admirador de Oliveira Salazar como quaseuma mucama. Até ao marcisista do seu próprioporte físico e intelectual. Pois todos eles fazem oGilberto Freyre que agora faz 80 anos respeitado e/ou odiado, tão plural e singularíssimo. Obra da suaobra: contraditório. "O humano só pode serexpli-cado pelo humano"(GF).

É que (talvez seja isto) neste país cheio décontrastes e confrontos, passou-se a exigir dointelectual o que deveria sè exigir do político — acoerência, sobretudo. Talvez devido à insuficién-cia intelectual do político brasileiro. Ao nívelpolítico, propõe-se uma frente ampla, democráti-ca, num esforço, às vezes intelectual, de somaçãode quantidades heterogêneas. Mas, ao nível inte-lectual, sectariza-se; não se soma, divide-se; quan-do não. simplesmente, subtrai-se. E toda subtra-ção, nesse nível, é atitude arbitrária contra asgerações futuras. Ao Chico Buarque, ao FerreiraOullar. ao Caetano Velloso, exige-se o que náo sereclama dos trànsfugas da política. É pessedismo,

é mineirismo. O intelectual é sempre um vendido,um traidor. E táo-só porque é um profissional dadúvida.

Proponho uma leitura aberta de GilbertoFreyre. Há nele o que haurir e reter. Como há o quecriticar e desprezar. Os democratas encontrarãoem textos dele um discurso democrata; os conser-vadores encontrarão um discurso pachorrento, deboa digestão; até os populistas encontrarão identi-dade com o seu próprio discurso. Porque GilbertoFreyre é um. intelectual de alta fidúcia.

Outros fartam-se com o Gilberto Freyre con-servador, outros com o Gilberto Freyre populista,eu me contento com o Gilberto Freyre democrata,popular e nacionalista que — um exemplo — aofazer a apreciação crítica do Visconde de Mauá, oprecursor do desenvolvimentismo, debatia em1942 os mesmos problemas de política econômicacom que as esquerdas e os democratas se pre-ocupam hoje: "Colocando-se contra a ordem eco-nómica e social do Brasil de sua época, Mauá agiusob uma mística—a do Progresso com P maiúscu-lo — que os republicanos adotaram mais tarde,procurando conciliá-la, dentro da filosofia de Com-te, com a mística da Ordem. Mas sem atenderemao problema máximo do Brasil que era e é o davalorização da gente nativa, do mestiço, do capitalhomem; e também a do solo, dos rebanhos, dosrios em proveito da mesma gente nativa e mestiça,que não deve ser desprezada para cuidar-se só docolono europeu".

(Até os fagueiros fundadores do PDS assina-riam, hoje, embaixo dessas palavras).

Durante muitos anos, é forçoso reconhecê-lo—e que se reconheça logo, a fim de se corrigir errosvelhos e de se evitar novos erros — o estudo darealidade brasileira era previamente ideologizado.Catava-se na realidade brasileira aqueles fatos,aquelas frases, aquelas atitudes que contribuís-sem precipuamente para justificar tal ou qualideologia. O próprio marxismo não era um méto-do, era uma ortodoxia; não era uma aventuraintelectual da dialética humana, mas o que elenunca se propôs a ser: uma gaiola racionalista. (Emuito cuidado para não se importar Gramsclcomo um novo evangelho).

Apesar de subdesenvolvido, sociedade de mes-tiços, o Brasil tem uma realidade brasileira que,amiudamente, neste século, vem estourando tudoque é modelo. E não está este pais se integrandono chamado concerto das nações apenas comotocador de violino, flauta doce, piano ou órgão,mas também com suas cuícas, seus reco-recos,seus cavaquinhos e seus chocalhos. Tudo o que dásom e se toca conforme a dança.

Até um livro fundador do entendimento dasociedade e do homem brasileiro, como CasaGrande & Senzala, passou a ser lido com um péatrás, ou com punho cerrado ou braço alevantado.Disparates da mediocridade brasileira, de peque-nos intelectuais versados em volantes e monogra-fias, cuja falta de conhecimentos para o entendi-mento de uma obra leva-os a denegri-la. Proponhouma leitura aberta de Gilberto Freyre. Crítica,mas com conhecimentos para seu entendimento.

Que seja elogio. Se um dia tiver que mearrepender, me arrependerei. Pois eu figuro Gil-berto Freyre, para entendimento do Brasil, comoaquele homem que Sófocles enalteceu em Antigo-na: "E a língua, pensamento alado, e os costumesmoralizados, tudo isso ele aprendeu! (...) Fecundoem seus recursos, ele realiza sempre o ideal a queaspira! (...) Industrioso e hábil, ele se dirige, orapara o bem... ora para o mal..."

Os canônicos dirão que Gilberto Freyre já foium sociólogo, já foi um antropólogo, já foi umhistoriador. Ja era. Eu, de minha parte, confiro queGilberto Freyre superou tudo isso—esses saberes,essas técnicas — e é, de uns tempos para cá, umpensador, que despreza metodologias e tem seupróprio método, seu próprio discurso. Que foi alémdo apenas científico.

Gilberto Freyre: se antropólogo, um escritorde mão cheia; se sociólogo, de estilete e estilocontundente; se historiador, um texto camudo esaboroso. Total: sempre um escritor, dos maishábeis e felizes da língua E um intelectual desde oprimeiro livro. Quando da publicação de CasaGrande & Senzala, João Ribeiro estranhou: nãoconclui. Gilberto Freyre não conclui. "Sugere maisdo que afirma."

Eis aí, desculpem-me os opiniáticos, uma pos-tura intelecutal aberta.O próprio Gilberto Freyre, aquele que eu apre-

cio, no prefácio a Sobrados & Mocambos, diz: "Étempo de procurarmos ver na formação brasileiraa série de desajustamentos profúndos, ao lado dosajustamentos e dos equilibrios, e de vê-los emconjunto, desembaraçando-nos de estreitos pon-tos-de-vistas e de ânsias de conclusão."

Ainda é tempo. Como ainda é tempo de sedespir de sectarismos e cumprimentar o escritorGilberto Freyre pelos seus 80 anos robustos eredondos.

Ftlix ót Alhoyde, poeto. • redator do JORNAL DO BRASIL.

A BRINCADEIRA

PREFERIDA? SER DEUS

Marinho de Azevedo

s

|OCIALISTA? Conservador? Anar-quista? Reacionário? Náo será,certamente, um dos menores en-

cantos de Gilberto Freyre, ao completar80 anos, este de ainda manter em tomo deseu nome tantas controvérsias. Desdecriança, por sinal, parece ter sido vítimade mal-entendidos. Aos seis anos fugia decasa. Até os oito, recusava-se a ler eescrever. Preferia pintar e desenhar. Afamília já desconfiava de suas capacida-des mentais, quando um professor inglês,Mr. Williams ("bem inglês de sua época,grandes bigodes ruivos", salienta Freyre)interessou-se por ele. Aprende a ler eminglês antes que em português. Enquantoisso, brincava com irmãos, primos, commoleques, participava, ao mesmo tempo,da vida pobre dos pais e de padrinhosricos, entre antigos escravos, muita missa(a avó queria-o para padre), remanescen-tes de senhores de engenhos. De tudoisto, anos mais tarde, sairia sua principalobra, Casa Grande & Senzala.

De terno cinza, camisa esverdeada egravata em tons de verde e preto, sentadoem seu vasto escritório no Instituto Joa-quim Nabuco de Pesquisas Sociais, Gil-berto Freyre lembra a gênese da obra."Náo é uma história qualquer e muitomenos uma sociologia qualquer". Come-çou, na verdade, a elaborá-la quando ain-da criança. Há anos, explicou em entre-vista que escreveu o livro porque estavainteressado em conhecer-se, em explicaro Brasil à sua volta, coisa que nenhumautor lhe proporcionava.

Seguiu-se, logo, o período das pesqui-sas. Aos 18 anos, vai para os EstadosUnidos. Diploma-se na Universidade deBaylor. Segue para Columbia. Lá, temum encontro decisivo. O antropólogo

me pagava SOO mil réis por mês. O proble-ma é que ele achava que estava compran-do os direitos autorais da obra para sem-pre. Ele tinha vocação para poeta e paraficar rico. Certa vez, em Paris, à porta doPláza-Athenée vejo chegar uma fila demalas. Com elas, um sujeito baixo. Oporteiro perguntou se era um indiano.Era o Schmidt".

Freyre quer discutir. Mas Schmidt éamigo do entáo todo-poderoso FranciscoCampos, Ministro da Justiça. O autorrecorre a Sobral Pinto. Este se recusa.("Por isso digo sempre que ele não é tãoDom Quixote assim".) Aparece um advo-gado desconhecido, Trqjano de MirandaValverde. Durante o processo, Maia pas-sava pelos corredores, chorando. Ga-nham. A quarta edição foi da José Olym-pio. (Hoje, Casa Grande tem, ao todo, 23edições em português, 14 em francês e 4em inglês, sem contar as reimpressões).

O livro foi sucesso e escândalo. "Minhatese, ousada para a época, é que o queimporta é a cultura, náo a raça. Que ascivilizações florescem nos trópicos e mui-to bem. Que a miscigenação não empo-brece a cultura, mas a enriquece. OliveiraViana, favorável à tese da superioridadeda raça ariana, devolveu o livro, que oMaia tinha-lhe enviado". Roquette-Pintoe João Ribeiro defenderam Freyre, quenáo conheciam. De São Paulo, Yan deAlmeida Prado escreveu o primeiro arti-go a respeito, também elogioso.

Considerado imoral e antibraslleiropor uns, Freyre passou a ser um dosexpoentes da nova cultura brasileira quese forma em Recife, no Rio, em SãoPaulo. Ao contrário de tantos, ele nãoconsidera o Movimento de 22 tão impor-tante. Acha-o europeizante demais. Con-vive com Mário de Andrade, mas náoesconde que gostava mesmo era de Os-wald, com seu espírito irreverente."Quando mataram Lampião, ele disse

s4 identificai* otiu Delegacia desde 19 de nterej

•ob o» 13176, COSO AGITAIJO»."orgâniuâor ím mim püica sqmmf. •rltttaAoa.da* piti preparatória*Ao aoviaaoto ooeânieu d* IMt.

rmm cnici aiMDiciLfundada «a li ti foterelro d* MU • tlnli* *ua *4d* • ma ao laperador n«

331, 2» andar, ood* funcionou taabaa a r*d*r*flo »¦ Cia**** Tr*DelLedor»s.

CoalU Central-Zalllano 11 Cavaloantl • Daaanbut*, rtlUisVa do PiUca Botai.OUbarto do h41o rrelrelugenlo colabra Júniorlaaro voUooo la SilvaCícero doa Santo* Dia*Heitor Haia rilúoJoio Botam da Silva

OBftCTIVO;.

IfflSJi'

(fcrlftor, mldonu l av. fiou e 3U»a a* 311.JorsallaU, reildent* i rua 16 de llovoafiro n« 119.Panlflcador, reolâente ao fluza ea ifogaloi,Pintor, raaltaat* i ma iroo-Terde a* 16*.ArchlMcto, ra*ld*nu'£ rua laaro Bozorra • uerby.Crapblco, reildent* na rua de aío Bento o* M Arruda aoutro* Aihot o* soa** olo «botaria ao oooDoclatnto dt«-te Deleeael*.

lglta;lo ea ilml d* protesto iu 1 d* •egurtofa «acionai, eoo«fome depolaento* deiOllberto d* Wlo rreln, mi Uno dl Cavaloaotl, lugtnlo Oo Latir*Júnior, Aauo T*ll**o d* 3Un, Heitor leia rilbo * Ciewo do*Santos Iilaa.Parede», telegrta**, feolatla*, *to. oonforae depolaento* deiHtltor Haia Pilho, Cícero do* Santo* Dia*, tugeolo Colabr* Junitre íali lano dl Cavalcanti.

Gilberto Freyre foi fichado no 1)0PS como agitador. Isto. desde /V de fevereiro de /M.>.conforme diz a sua Jicha, aqui parcialmente reproduzida. (Arquivos de Joàit C.otidc)

Franz Boas, que passa a considerar seumestre. Segue para a Europa. Paris, Ox-ford, Munique. Principalmente Oxford.Encanta-lhe a atmosfera da universidadeinglesa e talvez lá ficasse se não começas-se a escarrar sangue. Teme a fatal tuber-culose. (Na verdade, esta não passava deuma pneumonia.) Regressa correndo pa-ra o Brasil quente. Passara, no exterior,cinco anos.

Volta trazendo consigo os traços prin-cipais que iriam marcar-lhe por toda avida. Principalmente a mistura de regio-nalismo e cosmopolitismo. Acusam-no deser "estrangeirado". Veste-se ã ,inglesa.(Porque era pobre, explica, e as roupas detweed duravam.) Escandalizam-se de verum filho de família freqüentar o Clubedos Pás e o dos Lenhadores, Maracatus,misturar-se com o povo.

O Governador Estácio Coimbra convi-da-o para Chefe de Gabinete. Queria queentrasse na política. Sempre se recusou."Se eu fizesse política, náo teria tempopara escrever. Além do mais não tinhanem titulo de eleitor. "Vem a Revoluçãode Trinta. Ou, como ele prefere dizer,"achamada Revolução de Trinta". Sa-queiam a casa de seus pais e depois aincendeiam, "para fingir que era cólerapopular". A mãe, conta, morreu de des-gosto. Os únicos móveis que se salvaramforam os que ele e seu irmão Ulissestinham levado para a garçonière, emestilo vagamente mourisco, que tinhamem Recife. Muitos destes móveis estãohoje em Santo Antônio de Apipucos.

Com a "chamada Revolução", vem oexílio. Não era político, mas acompanhaEstácio Coimbra à África e, depois, aPortugal. Por sorte, em meio à miséria("só tinha a roupa do corpo") chega uminesperado convite da Universidade deStanford para lá ser professor visitante.Começa a escrever Casa Grande, quetermina três anos depois, na casa mouris-ca que o irmão tinha abandonado paracasar-se.

Para escrever o livro, Gilberto Freyreutilizou-se das fontes mais diversas. Lem-branças, velhas histórias, anúncios, car-tóes postais, arquivos de engenhos, livrosde viajantes estrangeiros. Se interessavapor tudo. Certa vez, no Rio, encontrouuma série de atas da Academia de Medi-cina. "O encarregado, que náo tinha ondeguardá-las, ficou aliviado de entregá-las amim". Era e continua sendo seu método:náo desprezar nada. Chega até a referir-sea certa receita de goiabada afrodisíacaque entusiasmava um titular do Império.

Maia & Schmidt editam o livro. "Du-rante algum tempo, Augusto Frederico

que isso náo adiantava nada, pois euainda continuava vivo".

Seguem-se os livros, as viagens, asaulas. Em 1941 se casa. Hoje, tem doisfilhos e cinco netos. De 1945 a 1950 fazuma breve passagem pela política. Parti-cipa da Constituinte. Ê deputado. Suaobra se solidifica. Aparecem as críticas. Oque antes constituía um dos méritos deCasa-Grande, passa a ser apontado comodefeito. Antes desta obra, disse JorgeAmado, "livro de estudo no Brasil erasinônimo de livro chato, mal escrito, retó-rico, pernóstico, ilegível". Antônio Calla-do fala com delícia de certo trecho noqual Gilberto Freyre compara a terra doBrasil a uma "virgem, gorda, madura' para a penetração do comércio dos súdi-tos de Sua Majestade Britânica". Acu-sam-no de escrever bem. De ser antesescritor que sociólogo. Otto Maria Car-peaux o defende e lembra: "Tucídides foiespírito científico e grande escritor". In-sistem que sua visão da Casa Grande e daSenzala é saudosista, de senhor de enge-nho. O mesmo Carpeaux retruca, comlógica: "Ninguém escreve a história doque odeia".

Como Oliveira Viana, nos anos 30,Carlos Guilherme Mota, nos 70, critica osmétodos de Freyre. Seráo subjetivos de-mais. O Autor náo se defende. Na verda-de, em toda sua obra, nunca escondeu seuencanto e preferência pelosdocumentos pessoais, pelos detalhes, pe-Ias visões subjetivas, mesmo no que pos-sam conter de parcial e até de errado.

Dias antes de completar 80 anos, noInstituto Joaquim Nabuco — um beloprédio de 1877 — Freyre não parece preo-cupado com os ataques. Entre uma eoutra chamada que nunca sabe de quetelefone está saindo, remexe os papéis desua mesa, sempre em bagunça e afirma:"Reacionário, eu? Pelo contrário, sou umanarquista construtivo. Nada mais rea-cionário que o comunismo russo. Estive, éverdade, a favor da revolução de 1964.Mas era preciso tomar uma posição. En-tre duas superpotências — a norte-americana e a soviética — o Brasil náopode brincar. Fui a favor de 64, mas mesinto à vontade. Nunca quis, apesar dasofertas, ser ministro, nem embaixador". Elembra que náo é ser reacionário ter tole-rado, em determinadas circunstâncias,uma interferência dos militares na vidapolítica."Dizem que os jovens não gostam demim. Há pouco, fui falar em São Paulo.Tinha medo até que me apedrejassem.Saí quase carregado em tnunfo'.

Na verdade, o que parece é que, vitima

da moda—depois de ser, durante tantosanos seu protegido — Gilberto Freyre sevè condenado a ocupar uma posição con-vencional. Mesmo o conhaque de pitangaque fabrica e serve em Apipucos é critica-do. Dizem que a fórmula náo é tào mis te-riosa assim como o autor apregoa.

Em Santo Antônio de Apipucos, noentanto, Freyre está tranqüilo. Continua,como há anos, trabalhando todas as ma-nhás, sem atender nem a telefonemas.Está preparando um novo livro, A Procu-ra do Menino Perdido, no qual, contouem entrevista recente, "procura reencon-trar o menino que foi — e talvez aindaseja — nos sucessivos adultos que temsido e até no octogenário que breve será".Escreve com a perna apoiada em umbraço de poltrona, sobre pequenas pran-chetas de madeira."Pinho de riga", pre-cisa. •

A casa, vasta e mergulhada no meio dejardins está cheia de livros e lembranças.Na sala de estar, móveis antigos mistu-ram-se com estantes recheadas de livros,sob retratos a óleo de amigos e parentesque lhe marcaram a vida. Entre eles o deuma tia-avó, Wanderley, cujo desenhoaparece no início da ediçáo definitiva deCasa-Grande.

Gilberto Freyre, desta vez vestido comum slack de brim azulado, está sentadoem uma vasta poltrona de palinha. "Umavez Aldóus Huxley veio aqui, vindo deBrasília. Tinha detestado a cidade, porisso sua viagem estava sendo boicotadapelo Itamarati. Queixava-se da falta decorrimões, dizendo que os homens ti-nham levado séculos para inventá-los e,em Brasília, de repente, tinham acabadocom eles. Olhou para a poltrona e disse:"Que coisa funcional! Brasília poderia tersido assim!"

A poltrona, também ela, tem sua his-tória. Teria pertencido a D Ana Rosa,madrinha de Joaquim Nabuco, em seuengenho de Massangana. "È tão largaassim" — diz Freyre — "pois dizem quefoi feita especialmente para D Ana, queera muito corpulenta".

O escritor gosta de mostrar a casa. É aque sobra de dois engenhos, pertencentesa dois irmãos. ("A outra, os Maristasderrubaram e fizeram aquele horror, aolado".) Entre as vastas paredes e milharesde livros, amontoam-se toda espécie deobjetos, em grande confusão. Retratos,xícaras, móveis, edições raras, entre elasa primeira da Voyage to Conchinchina deBarrow, com uma inscrição na página detitulo: "The Queen". (Será Victória?)."Não sou um colecionador", diz Freyre,"e até náo gosto quando dizem que sou.Estas coisas são de família, e outras quevim juntando pela vida".

Nas paredes, um belíssimo óleo daprimeira fase de Cícero Dias, a ilustraçãoque este fez de uma casa grande e senzalapara o livro; um auto-retrato de Pancetti.Telas de Di Cavalcanti, Jorge de Lima.Desenhos do próprio Gilberto Freyre. Emvitrinas fechadas, antigos talheres de fa-milia, um copo de cristal que teria sido doMarquês de Pombal, uma coleção de ar-mas brancas. ("Era do Ministro austríaco,quando a Alemanha entrou na guerra, elepreferiu me dar as armas, embora a Áus-tria não tivesse nada com aquilo".) Emais livros, retratos e medalhas. Muitasmedalhas que mostra com cuidado. "Háesta inglesa que, se eu fosse inglês, medaria o direito de ser Sir. Conto istoporque sou snob".

Sentado em sua poltrona, Freyre lem-bra sua passagem pela política. "Pergun-tam-me se não perdi tempo. Náo. Foi umaboa experiência. Conheci Prestes. Eu orespeito porque é coerente com suasidéias. Hoje poderia ter muitos cargos.Mas não é um político. É um matemático.Político tem que saber dançar".

Anos mais tarde, conta. Get.úlio cha-mou-o ao Rio para convidá-lo a fazer areforma agrária. "Concordei com ele,que era preciso. Mas eu não poderia acei-tar. O homem que me recebeu no Cateteestava inteiramente solitário e fora darealidade. Náo conseguiria nem fazeruma reforma municipal, quanto maisagrária. Foi pouco tempo antes de matar-50",

Religioso, Gilberto Freyre parece deli-ciado, sensualmente, com a beleza dascerimônias. Em notas sobre a infância,lembra seu encanto "pelos verdes e roxosdo Culto Católico". (O que não impediude, aos 17 anos, tornar-se batista, crençaã qual logo renunciou.) Em várias passa-gens de sua obra fala da beleza das igrejase do culto. É em Chartres com seus vitraisresplandecentes que, em 1922, se faz cató-lico romano. Hoje, reclama que "padrescomo D Helder e D. Paulo Ams, com suamania de simplificar, tiram o misticismoda religião."

São frases como esta, que deixa esca-par ao sabor de sua irreverência, que ofazem acusar de reacionário. Mas suaficha no DOPS, em 1935, o classificavacomo "agitador" esquerdista. GilbertoFreyre, no entanto, náo parece ter muda-do. Ao "confessar ser paradoxal, afirmasua coerência. Anarquista, prefere asbombas verbais. A criança náo mudou.Em um texto sobre sua infância, recorda:"Meu brinquedo sozinho em casa?Posso dizer sacrilegamente que de Deus.Servia-me de soldadinhos de chumbo quedesmilitarizava, revestindo-os de panos epapéis coloridos. E também de blocos demadeira para fazer casas (...) aos quaisacrescentava caixas de papelão que eupróprio pintava (...) e caixas de perâimes,fósforos para veículos. Com este materiale mais plantas para serem árvores, faziacidades, engenhos, etc... e fazia acontecervárias coisas como se fosse um Deus comsuas criaturas: batizados, casamentos,missas, enterros (como o de minha avó) -acrobacias e palhaçadas em circos, (...)danças, banquetes, piqueniques, pasto-ris, bumbas-meu-boi e, por imaginação,coisas que náo conheci, como resultadosde terremotos, vulcões, etc..."

Esta criança que usa de tudo — deacrobacias e terremotos — está ativa eagora se encanta ao comemorar seu ani-versário.Marinho d* Az»v«Jo é rtdafof do JORNAL DO BRASIL

\<• m

DE1

D

Page 44: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

2 ESPECIAL . JORNAl DO BRASH ? Domingo, 9/3/80

' N v/->* •if ipi AssombregGes do Velho Recife. Dlgo nos levam a assoclar, aob a mesma /-* *11 Ti

Gilberto rrevre e Gilberto FrevreVUA/Vi tv IVJ I.V \j U motivates Uteio-flslcas, com que o «e Nordeste. 8e as palavras tamttm V/1AA7V1 IV 1 It] lVautorabreacurlosldadedoptibllco.B podem ser chamas, esta t uina delas, *

.*1/ ,» I . /. 1 esse publico entra logo na certeza de simesmassebastam.Outraterlasido l 1estmstica dos titulos ssssssssasst e o campo intelectual

vezes, ate, de viagem. E note-se um Nordeste ele nada Juntou. Para quft? JLAmuivo/yy pormenor decislvo: a utilizagfio sutll Por putras palavras, o que estou que- _' £3HVy9HHPtiHH singular. Se nos viesse: O mundo rendo acentuar, e todos sabemos, I • 1 *

que OS Portugueses criaram, a carga que certos assuntos tem a atragfto HVO C*| I pillterfiriaje reduzirta de multo. O pop lmedlate de um cartaz. Jd de si pr6- WOlivll Vr

^gleses nfio carrega no tltulo o artlgo; vo^Tbi^ sUitetlca E^s^ ^

^— tos^™

m>b'ren nao seleOsingleses, massimplesmen- tlco aprazivel, do mais absolute mte- buberto Velho putras regiftes e o pais como um todo.te Ingleses. Jfi se terfi pensado que o resse gustativo: Agilcar. ~~ E claro que isto tem repercussoes te6-T,—:—7m—7~. Anrimpirnrarnpteristipndpiimes- Pacat0 monossllabo poria talvez no „ ,

§k obra de Oilberto Freyre en- ricas importantes para a abraneftnciaMarcos Alrrur Madeira * batlsmo daquelas pfiginas um toque Mas a presenga do escritorinventi- §X contra-se no campo intelec- e limitacfies de sua ohm vmtJSn a.sua LnsibUidade o^ a doTeito - de composigao mais ou menos juvenil de 0l}- X* tual brasileira em uma posi- posigdes ideoldglTas tSnWm Sder

UANDO Gilberto Freyre apa- escrever de fato Du-aele Este zelo faz ou Binasiana, al6m de uma manchinha '"Jf^^os personaltesimos, para al- gfio polarizante. De um lado, encontra- se-ia levantar a possibilidade de que 6O receu em iivro, brllhouno tr6- 2a^?p^le S de vulgaridade?... eSlof mos aqueles que se colocamdiante da exatamente a nostalgia do pSo"cKKT™65L2f»al» Oentte outros titulos de comunlca- Oort£ m*SES T-

^PSCSa°SXtotE blliflade joroalMlca, nenhum mala ex- J. tytolto, »u» PMMta, TMm .poffiuclad,cle.^S^S"l: Smde vida que produziram a senzala na das suas D^einas Nao me imoorto de mais 16pido e ao mesmo tempo ? n° Moderno, obviamente, iimitada, quando n&o ine- com a continuidade, muitas vezes de&-casa-grande, o sociblogo nfio s6 criou reDetir oue nfio haverfi nada mais nr6- ma^ ' ou niate denso, do que Brasil, Brasil, Brasilia. xlstente. Este feto nfio 6 incomum no culdados por pesquisadores mais vol-um imstodo de redescoberta do Brazil, °" Els =1 t toda um orotic, do. Bya e wa.11^ ao encontmda. tedos «oTpiSS,dos m»-como fez obra de Justly ecolOglca: do. «ra hablllctede, ela pScTde tinS.ikSSJSSJSlM S""81 Obrtaraeo-esmerou-se na demonstraQao do con- oreclisDor o seu Dublico Estamos as- rw> foinan fomWm o can mnHn u. -> &lsunifl rnisa ohp lhp tvaIpj) nnpihp dooutro p61o 6 que me pare- te, com isto correu o risco inverso dctestado valor dos desvaiidos — do ne- naSS?-e^Sto' mtere^ aviSnSodlSovado?^ ^XdeT?^gro, do escravo, do povo miudo, de- nente exatamente Doraue escritor' mas id nmHn7inHr> > ' vador rip rpvpinrinr litpr^rin , omo opera a intelli- que lhe foi feita em dlversas sltuacoesmonstragao a um tempo sofrida e sua- IZ^ibtoSter^iSte cSdo' Sivador'

de revelador Uter^0' gentsia brasileira, com seus valores e contextos. Ao mesmo tempo, tendeuve, cientffica e poetica. interessado. E esse animo de escritor _ « a orooteito de^ra^es Ou^t^ Chego ao flm do meu bosquejo e h n<£^ ^U" a deixar de lado ou minMzar as di-

vou^^^^ »^asacito- SSSSaES? sa1^tssssi SHHS1SSvivo que^^^dmos™ d^lSar'M SSJSS^tSX£carne dos fetos, como sapadores do na excelente manipulagao do tltulo: proprio para frades... trante, atraente, diftmdida nrimiwirt.. mente veiculadas por Crgaos de im- ftcil separar o joio do trigo, principal-giupo-Brasil, a pletora de tragos Casa-Grande e Senzala. Senhores e T6 D„ _ quase popular.

pre??®Vs®? acionadas como anitemas mente em 6pocas pouco propicias acomplexos culturais que fazem o en- escravos teriam a mesma concisao, _,4v J® 52. r>'«f contra todo o seu trabalho, estigmati- julgamentos mais serenos e objetlvos.canto e o desaflo de nossa prtpria mas nao teriam a mesma forga. ^nirn^r^'a ^^a iSQe Foi o escritor, por seu ieito e arte S1"1?0 Sreacion6rio ouj ™ me" Muitos intelectuais viram-se tao en-realidade, no que tem de mais ineren- Srp ' „ !?¦ - "wo™* Agriria, b . • ir "J"™'®"™' lhor das hip6teses, conservador. Ora, volvidos em opcOes Dartldftrias e ideo-te, de mais end6gena, de mais interior. Um guia de cidade, um indicador, ^ ™ ejcpllcitagao Mguta, ]6que os estudos socta^ acho necess6rio' fa2et distingSo 16gicas que, em vdrlas ocasioes perde-„ um cat^ogo, tamb6m se faz afetuosa- &p!?sl^onte*?,i®Lsede8fl8u- !m aSe ellSSou^,, entre as prefertncias politicas de Gil- raS a SiUda^e^E uSMas, desta vez, o que estou vendo mente. £ o caso, o ameno caso daquele rariam.se a tranm literfiria gerasse cao do valor'eterno contemnortnw» berto Freyre e o slgniflcado de sua espagoparaposigdesdiferentesecon-nao 6 o cientista social; e o escritor. Guia Pratico, Historice Sentimental rPtoeim ^S: obra. Primeiramente, esta nfio6homo- tmditoriTIToutros termo^o fetoOuando tanto se ewrevp p mai do Recife-No Indicador de ruas e bair- pf^:l?am?nte P?r habllldade literfiria Eseeu ^evesse buscar um titSo mm 8^nea nem necessariamente coerente. de eu achar que Casa Grande e Senn-

sobreTottol-acom^S ros, o roteiro do coragao _ talvez o ^ °U resS-mraTbraTa"dS2K Sei que, em ultima anMse, dados bio- la e Sobrados e Mocambos sloliterfiria, categoria inclusive Sag^gi- 11131)3 de ^ saudade' S SSl^mdl Sr te^eTe S te de escritor' ^30 ^escrinl0 ^e iffihiH tad^r^velspara^ quern pretenda

SES SSSri rSS S2HHSsabemos todos, este ™do e eS f° f

sentido de rever o passado dis- S^nSa X^de^ Srao da sua gente. nam Rjndamentalmente trate-se de maniqueista da obra de Gilberto Frey-tor em essencia e oroftrndidade A al- 131116 como no de comParar coisas, f

Nada de mte, dtoo. um senhor pesquisador que consultou re, autor com quem temos muito agumindecisoemacolherestareflexao gnipos ou situagoes chocantemente escritor a educacao literfiria do mes-

fontes primfirias, examinou documen- aprender, mesmo que eventualmenteconviria meditar na escolha dos titu- contrastantes. Aquela receita do im- tre, que lhe ditou, daquela vez, a sim- M«kta o*pdo cb mcc n. Rk> d. md^omScS^'tad^nR m^}" d^1fa<;6e8f®los, precisamente em Gilberto Freyre. pressionismo francos—tcrire pour les pliflcagao. Ela nfio foi contradigao, */*Pf?.10,.Hlv'°'*^l°Bio"° Univnido- ™ ta!Si?lS» ^magoes menos felizra. Estamos fa-Neles, a meu ver, seestampa, nitido, jeux — Gilberto Freyre aviou-a desde porque nao foi frieza, mas, multo ao PubikouoOrnmstico• Brasiii^'obfa'dlEu'dn'S rin^ nUe para^muita rante wriam 0 e 1130 mflgos"seu engenho literfirio. E a transparen- Cedo. contrfirlo, recurso da sua senslbilldade Synt^- °° socioiogia Bratiieiia, considerados nouco relevantes 1pvou-onn u Sinal dfa,V0?a?&0 Mf „ „ „ , de homem de boa pena. Hfi nomes de KTc£ a to7hiSs e£S a^v^ho,c,no rosto de cada iivro, o talento na Nesta mesma linhavisualista,creio eloqflfincla lntrinseca ou Intrinseca- Romans a Tropico • outm Mtudoa. nalssobre moral fvxuaiidndp femfiin nai—ufrj • aut<* <w vijim oCat «ob« a Antmp*.frente, a imaginagao na capa. que nenhum leitor deixaria de incluir mente incteivos; antes de mate porque n>ii<rifin niimn ^nnrn pm hup a mninrin

y v /

(JS ffililCrtOlOffOS res brasilelros, embora desprovido de Nfio hfi como negar a eflciencla doC? C? I _"l I rlPT*! A ;< 'rrigor metodolbglco e cientlflco. Ade- discurso de Gilberto Freyre. Escritor

%j sstsi'sast r iii ssri'saf&s rsSaasssrJKalguns deles, como Durcy Ribeiro a temas, ale dividiu a obra do mestre em H VPf/fP P Q um Dontode-v^sta senhorial e latifun- de Panlo-oMestre deApijMcos.se nao tern u,m ,2 grupos, classified ainda nao conhe- T I CVI C C U um^ntode-vista senhorial e latifun d^8aoPa^^^^^£

ardorosa legiao de admiradores, conta, cida nem mesmo pelo prdprio socidlogo. J .* Assim a obra de Gilberto Freyre t^ socW. oue^ mestre de ADio£%gilSSiVSSS 0 £cia"^ dorSTSSSoS°ectaento

ss.'^ssrs sr%z,rzTr^ socioiogia ^pSKsto^mundo latino e mundo anglo-saxdo; an- E certo que muitos opositores tem emojfio S^mteK'friaffi^

tropotogrfa e so^logta, vida,forma e cor; -| |F feito uma leitura Uteral dos trabalhos gao cientiflca. Muitas vezes,eles cono-

nil brasileira, politicaeeducaqao; e, ^1 /\ do Mestre de Apipucos. Na verdade, tam m«i« do que denotam, apresen-na0 podena ar to ser' mtsce' ULO 8113obra® toscreve113dicotomiaftm- tam-se mais como arte do que como

faM^ Gilberto Freyre — o anti-especialista fj J r^SSSmlfrela6en/tut*

^e86ric°), paia cilar apenos al- coriforme os gUbertdlogos, o generalista ** . % ((iPi cionamentos necessfirios das partes,, p.27) deflne sua posigfio como "reagfioppmnmhvnn ¦ ,, , se^wido opr6prio socidlogo—6 acusado POVfl P Q fl

projetados a nivel de slstema, corre-se de carfiter mais primltivista e matedtoso6o^fe^>rf^wwirfnei-^ cte

criar mecanismos para nao ser locali- V^Ul. ClvClU | 5 0 risco de perder parte importante da romantico, contra os abafos do classi-^ / PorJ^er' ^ r * iHlHWmM-

elaboragao de Gilberto Freyre, em clsmo acadSmico. "Como se ve, sem-ccl, Que tem (tedxccido parte do seu tempo z€S, que e utji liberal que critica os libe- } - mmM!. r muitos asoectos de exteriorizacao in- ore a emooao sohrpouinnrin n razan"citocla. Fdbw Lucas muWos a^ectos de exteriorizagfio P^XaSsSt. 0 Zdoanos ae ouberto Freyre. assim como Mas Nery da Fonseca reage: De oualauer forma a obra dp ail- nrtian "Puihim rin rnmpon" ni» n>»0JSCrii0r ~ Desde 08 Primeiros artigos publico- A de.,3l^fs

^f1}38.^ I berto Freyre constitui um marco in- darfi suporte para denominar "Socio-e a sua obra. Mas 0 maior colecionador dos no Didrio de Pernambuco, Gilberto Uv™s' cientista social dos a , contomfivel para quem estuda a So- loeia do Coracao" ao bem sucedido

^rnmnJnr ^re defendia abordagem generalista SrtoFSJtemtuS f ciologlanoBrasU.Oseureglonalismo esforgo Intelectual que resultou em

J J ,° Motor, promoter de problemas especificos, pela convicQao . Gilberto Freyre tem seu nome e 0 seu tradicionallsmo devem ser pro- Casa Grande & Senzala ¦ A Cultura doA'erta/tejd de Pernambuco, que nele se antecipou, de que nenhum especialmente ligado a um lira que se I-?. jetados no quadro historico nacional, Coracao se lira de modo intimoa!!?w^w80 haras vagas^ C oleciona- problema pode ser resolvido por especia- (!asa Gra,nde & Sen' pols refletem aspectos objetivos das aquela parte de uina cultura nacionaldor detoda a obi a do Mestre de Apipucos listasdeumasdespecializagdo.Jddiziao zata, editado pela pnmeira vez em condigoes reais em que a obra foi con- aue no seu conlunto de artes e ate na- tem inclusive a tese que ele defendeu Presidente da ReptiblicaFranceso, C16- 1933- t Casa Grande & Senzala relata conmgoes reais em que a oora roi con que, noreucogmtode^seatenanos Estados Unidos, e que constUuiu-se menceau, que a guerra 6 assunto serio , , Tendo feito a sua fonnagao cultural decadtacia do patriarcado rural, da gclaro que assumindo a perspecti- esoeci^nteema^mls^Mtofno-m uwortertmdo da sua obra mais dermis para seTZtregue a generais. Msica ap^da Antropologia Social, unidade monocultora escravocrata, vaS 05Te So S eZ^ce® paS^fantosa -Souto Maioi possui quase to- vamos dar um exemplo: 0 desenvolvi- Pre/t5i°™lior deriva das quere- para a exportagao, citfo nivel de pro- Competentemente 0 discurso do con- do ouecsatesS MaSSto^dos os artigos escrttos por Gilberto Frey- mento do Brasil ndo pode ser entregue s6 las historiogrfiflcas e literfirias a que dugao e de emprego depended da servadorismo e da permantocia l&dca^N^Xtiva^oou^raclorur^repara jamais erevistas. Tem attumde a economistas. Brasilia foi projetada so fsteve ligado. Mas todos 0 demanda externa. Apresenta aspectos b d Gllberto prey^tende a oflcia- Ora^atodosos SlSurate1953, no qwdo escritor aconselha a popu- por urbanistas, e hoje estd enfrentando designam Invariavelmente como "so- pioneiros quanta fi contribuigao socio- ^ GOterto

Fre^ tem coS Zulaqao a jumar maconha no carnaval, problemas sociais gravissimos. N&o vejo, ciologo", rn^to embora algumas gera- cultural do indf genaao que veto a ser Por exemplo a sua tese acerca do e^s^o aWbutos mteSadoresumentorpecentecaboclo",contra0lan- portanto, sentido nas criticas ao genera- ^desoctologoshajamrecusado tal cultura nordestina e, de modo mate luso.tropicaltemo constitui versfio U- ^SSn'doSs wrbataienteno^Subuma vergonha do carnaval lismo de Gilberto Freyre. qualiflcagao ao escritor pernambuca- amplo, fi formagfio do homem brasilei- sonjeira para 0 colonialismo portu- ZS^ iL mSbrasUeiro". lr^ no de controvertida personalidade. ro. Juntamente com Sobrados e Mu- SSI SSS nostalgia e da saudade.

Moacir reconhece as contradiqdes do * A flm de fundamentar sua visfio do cambos (1936) e Ordem e Progresso 'q A Pen2 do escritor fulgura em todasmestre, e por isso mesmo acha dificil Brasil, Gilberto Freyre partiu da no- (1959) forma a triloba do saber de ^?.„r 88 manifestag6es de Gilberto Freyre:fazer um estudo sobre a sua obra. Mas ?ao de padrfio cultural e procuroues- Gilberto Freyre acerca do Brasil. *71 ~~" z." fela dfi testemunho de uma paixao,pretende auxiliar os que a ele se dedi- '** ¦ - * paciallzar as fireas culturais do com- Muita critica tem sido dirigida n6ria pm Pnrhiimi al6m de reaflrmar os valores socials dacam, organizando um Dicionfirio do Pen- i Plexo brasileiro, determinando-lhe as tais obras e a seu autor. An n „„inr)rtn classe hegem6nlca. Ora llrica, ora dra-samento Vivo de Gilberto Freyre, 0 que "ilhas". Para tanto, retomou a nossa As primeiras geragdes de sociblo- n*tihrm>in hraviMm Hnnrtn mAtica' 001110 x 8 vasta Camilla arls-fard com base no seu prdprio e volumoso PHMIBPf tradigfio literfiria deavaliagao das trts gos formados pelas universidades bra- trocrfitica estivesse suportando osarquivo. Os artigos escritos pelo socidlo- §Mr f , > - fc ragas primordiais — a branca, a negra sileiras atacavam o prestigio do escri- 3 lt„ ventos da Historia.gofalam de tudo um pouco, e se prendem l|flr * e a indigene — mas, na esteira de seu tor pemambucano dizendo que sua JJrr:" Dizem-no vaidoso. No Encontro Na-a colaboTogoes no Diario de Pemambu- Mr * ; mestre Franz Boas (1858-1942), op6s-se notoriedade adveio deter sido analisa- clonal de Escritores, realizado na Bl-co, Jornal do Comm6rcio, Difirio da Ma- *sm ao precelto, entao vigente entre nbs, do por leigos, por escritores e criticos «nb esse as nbras nrinrinais blioteca Mfirio de Andrade de Saonha, Jornal Pequeno e A Provincia. Ha Ouanto as vosicoes noliticas do socid- de que existem ra«as superiores e ra- Uterfirios sem formagao cientiflca. Na ^ Paul°. em 1979, ele se defendeu dessacolaboragoes ndo s6 como escritor mas togTCbra£Tfoi^M esZ- ^ ^riores. verdade, Casa Grande & Sensala nao Smo iSaSaSto aue dfiS 3CUS3?!0: C3d3111113 8611 modo' ^tambfrn como caricaturista. As cblunas dista "Hoje Tde direitista mas somente Seguiu Franz Boas no problema passaria de um canto de ctene da arte- BAnero And^Jnlles irf i Vm 830 vmdosos. 9, ao receber uma decla-sob responsabilidade do mestre tinham vor rnarxistas ortodoxosE embora o das ra?as transplantadas e, identifl- tocracia rural, um belo e prolongado ? Pj,,lln r..1)Tiv ragfio de amor de uma das estudantesnomes sugestivos com Linha de Fogo socidlogo diga aue seria imvossivel a C3ndo 08 ^telectuais brasilelros da canto agdnico: seria a expressfio da Alvaro Cabral) ouseia'aexkt^rladp Presentes, levantou-se e, curvado, bei-(Jornal Pequeno) ou Pessoas, Coisas Sores como ^rtoT^SSSoUi do XIX para 0 s6c. XX, elite dominante em momenta de crise, JSsmSo^ me&S£?S£ jou 0 bUhete amoroso' 8015 3Pl3US0SAnimals (O Cruzeiro). atroMdrtados distingue Alberto Torres por ser 0 uni- resquicto intelectual da Republica ^T^omtrtT cnmo femnL p^ unanimesdaplateiaquelotavaoaudl-Esse, alidsjoi ohtulo dado por Edson Z^toT^t^ob^os ZsMeS- co a nao adotar uma visao arianizante Velha. Sreta emSibX eS^oR^ torio. Mais uma p^gina para a Soclolo-Nery da Fonseca a um Iivro por ele S!^i^amised^S£a^&o do problema racial Comefeito, Casa Grandee Senzala gia do Coragao.organizado para a MPM propaganda, no aa ideologic da cultura brasileira" Nery A Pn>p6sito, convfem recordar as estfi impregnado um sentimentaltemo gaj^go "O^spirito nacloMT^ 144. If"do exercido notfivel lnflufnciafinal do ano passado, contendo uma sele- da Fonseca at6 nisso discorda'deste nogoes ractetas que fUndamentam Os nostfilgico, de uma afelgfio pelas for- \ ,,l°^La literfiria no Recife da d6cada de 20,(do de artigos de Gilberto Freyre em Ztor SertoesdeEuclidesdaCunha,embora mas arcaicas e tradlcionate da vida, MfcSinta-™ Pe^ introdugao all de correntes evdrios periddicos brasileiros. Alitm de - "Ndo vejo vor este prisma vois ° relato da agao vigorosa do sertanejo apresenta uma slmpatia apolog6tica deveres r^n n<: hrinpnTH obras europSias e pela atlvagao doSouto Motor e Nery da Fonseca, hd ou- Carlos GuUhemeMotafazestas conside- contra 0 cerco da repressao oflcial da mestigagem como um fenfoneno vo d swiedade da rJfrablSrmM ambi®111t* adomecido no academls-tros estudiosos da obra do mestre, como racdes da vania-Ap.-iAta dn kipninnin contrarie a informagao teorica. O etn6- ser dimensionado a distfincia. Desde 3int„^3d mo, Gilberto Freyre oscilou entre oFrancisco Assis Barbosa e Osmar Pimen- rSA ^aaSum^ilJta Cm- lo8° de gabinete foi sendo devorado sua tese universltfiria, GUberto Freyre ^los tateresses do cla' ^ e!dgen' conservadorismo regionalista e as for¬te/ (ambos de Sao Paulo). No entanto, Vgm no entanto lembrar aue Antdnio 1)610 cientista que, aflnal, acabou ado- vem sustentando uma esp^cie de ter- cias do parentesco, e a comunidade1 11138 renovadoras da Modernidade.talvez 0 mais ardente defensor do senhor candido e Jorge Amado jd orestaram tando 0 m&todo da observagao partici- nura pela escravidao no Brasil, a seu burguesa de interesses tem aqui 0 no- Tempos adiante a mao do escritor edede Santo Antdnio de Apipucos seja mes- depoimentos dizendo aue a obra de Gil- Pante. 0 que procuramos demons- ver mais branda do que 0 regime de me de vinculos de sangue". sociologo do coragao empurrou-o amo Edson Nery da Fonseca, que Justifica berto Freyre - e principalmente Casa trar em nosso Iivro Interpreter da Vi- trabalho oferecido ao operfirio euro- Nao serfi por mero acaso que Gil- escrever obras de criagao literaria.at6 mesmo as controvertidas posigoes Grande e Senzala — 6 uma catarse da ^ Social ®el0 Horizonte, 1968). E peu. Olhar indulgente para 0 que berto Freyre tambem se tenha oflciali- Mas estas serao analisadas em outrapoliticas do socidlogo e que jd chegou alma brasileira Viviamos enveraonha- Gilberto Freyre, em trabalho que dedi- nosso. zado no BrasU, mormente nos momen- oportunidade.gerpremiadoemumconcursopromovido dos de sermos mesticos Freure mostrou cou a Euclides da Cunha, demonstrou Outros criticos, sem negar valor fis tos criticos em que a tradigfio e postapelo Governo do Estado sobre Casa que ^so ndo 6 um mal que £uma condi- que 3 "antropologia cientiflca" adota- pesquisas originate de Gilberto Frey- em duvida. Como produtor e circula-Grande e Seiizsk. cdo cultural. A misciaemcdo foi valoriza- da por este nada lhe valeu no retrato re, a enfase que emprestou a fatores dor de ideologia da classe dominante, _. , , ,Meticuloso, Nery da Fonseca acaba de fa. criou-se a teoria damorenidade Ho- qu.e tr35°u da fortaleza de nosso serta- como a cozinha, a arquitetura, os jar- tem ocupado postos estrategicos na !Xd^,£."!!!£ ISh? S0etaborar um piano de publicagao das je, 0 Brasil e oraulhoso de ser mestico nejo (cf. Atualidade de Euclides da dins eparquesfiportuguesa etc, prefe- distribuigao do poder intelectual do ii.era.ura Brosiie.ro.obras de Gilberto Freyre, pois, al6m das Cunha, Rio, C.E.B., 1943). rem alistfi-lona linha dos bonsescrito- Dais.conhecida," hd toda '/ma outre., paralela, Leticia Lins j

2 ESPECIAL JORNAl DO BRASIL ? Domingo, 9/3/80

Assombrações do Velho Recife. Digomais: O mundo que o português crloadeve ir também para esse mundo demotivações litero-flsicas, com que oautor abre a curiosidade do público. Eesse público entra logo na certeza deque vai ler para ver. Desperta-se neleuma diferente sensaç&o de contato. Àsvezes, até, de viagem. E note-se umpormenor decisivo: a utilização sutildo singular. Se nos viesse: O mundoque os portugueses criaram, a cargaliterária se reduziria de multo. O por-tuguès, além de mais aproximativo oumais intimo, é arranjo que nos vinculafacilmente ao luso vovô, ao avôzinho...como ainda—por que nào lembrar? —ao luso da anedota ou anedotas. Emqualquer hipótese, um certo sabor foi-clórico. Tanto assim que seria indlfe-rente, do ponto-de-vista do interesselitero-psicológico, escolher O Mundoque o francês criou ou os francesescriaram, ou os alemães, ou os ingleses.Talvez calhasse melhor o plural. Porque não?

Uma outra habilidade ou sutilezade escritor: o opulento estudo sobre osingleses não carrega no titulo o artigo;não se lê Os ingleses, mas simplesmen-te Ingleses. Jã se terá pensado que opacato monossilabo poria talvez nobatismo daquelas pãginas um toquede composição mate ou menos juvenilou ginaslana, além de uma manchinhade vulgaridade?...

Dentre outros titulos de comunica-bllidade jornalística, nenhum mni« ex-pedito, mate lépido e ao mesmo tempomate sério, ou mate denso, do queaquele conteanamente brasileiro: Or-dem e progresso.

De feição também a seu modo jor-nalistica — e portanto interessante,mas jfi produzindo vibrações mais es-tfivete na linha de intensidade média— é A propósito de frades. Ou seráesse um titulo mate intrigante, a criardeliberadamente uma certa indefini-ção graciosa, ou mesmo uma atmosfe-ra, uma fimbria de mistério? Nadaseria mate próprio para frades...

Já em Aventura e Rotina, em Re-giáo e Tradição, em Arte, Ciência eTrópico, em Cana e Reforma Agrária,há uma explicitação arguta, jâ que ostemas, pela sua contextura, se desflgu-rariam, se a trama literária gerassecolocações reticentes. Nesse caso, foiprecisamente por habilidade literáriaque o autor se tornou mate direto oumate gideanamente enxuto nas esco-lhas. Mas ainda por isso, e de umaoutra forma, igualmente comunicati-vo, simpático, fácil.

Um outro dado ou outro aspecto:certo livro de Gilberto Freyre, dosmate artísticos, tem por titulo uma sópalavra, que é apenas um dado danossa geografia. Nada de mate, dirão.Mas foi exatamente a consciência deescritor, a educação literária do mes-tre, que lhe ditou, daquela vez, a sim-plifleação. Ela não foi contradição,porque não foi frieza, mas, multo aocontrário, recurso da sua sensibilidadede homem de boa pena. Há nomes deeloqüência intrínseca ou intrínseca-mente incisivos; antes de mate porque

nos levam a associar, sob a mesmavibração, glórias e sofrimentos, gran-dezase infortúnios. E tudo teto chama-se Nordeste. 8e as palavras tambémpodem ser chamas, esta é uma delas. Asi mesmas se bastam Outra teria sidoa decisão do escritor se o assunto fosseo SuL. ou o Leste... a Oeste... Mas aNordeste ele nada juntou. Para quê?Por putras palavras, o que estou que-rendo acentuar, e todos sabemos, éque certos assuntos têm a atraçãoImediata de um cartaz. Já de si pró-prios, valem por titulos, e expressivos.A sugestão do conteúdo é a sugestãodo continente. Gilberto Freyre, justa-mente por seu tino de escritor, percebeisto como poucos e conserva intacto opotencial de motivação intrínseca:não altera o cartaz. Um exemplo amais: Açúcar. O instinto literário se-gredou-lhe que não desadossasse osubstantivo com acréscimos Inúteis.Ainda al, a solução foi a dosagem E anoção de dosagem conAinde-se com aprópria idéia de açúcar... De maneiraique o aproveitamento de uma só pala-vra veio a ser, como operação literária,o recurso exato: o encontro do sugesti-vo pela busca do sintético. E do sinté-tico aprazível, do mate absoluto lnte-resse gustativo: Açúcar.

Mas a presença do escritor inventi-vo expande-se na originalidade de ou-tros achados personalíssimos, para al-cangar inclusive o pitoresco. Algunsexemplos: Oliveira D QuixoteGordo, Seis Conferências em Buscade um Leitor, Quase Política, TalvesPoesia, Além do Apenas Moderno,Brasil, Brasil, Brasília.

Eis aí. Ê toda uma estilística dostitulos, a acrescer os titulos do escritor—alguma coisa que lhe realça, que lheaviva a condição de inovador, de reno-vador, de revelador literário.

Chego ao fim do meu bosquejo e auma conclusão: o escritor, em GilbertoFreyre, bafejou o sociólogo e a sociolo-gia no Brasil. Seria melhor dizer :Freyre é a técnica do sociólogo que apersonalidade do escritor fez pene-trante, atraente, diiündida, admirada— quase popular.

Foi o escritor, por seu jeito e arte,quem abriu entre nós o apetite intelec-tual para os estudos sociais; estudos epesquisas em que ele insuflou a sedu-ção do valor 'eterno, contemporâneoda primeira manhã: o sentido poético.E se eu devesse buscar um titulo pararesumir-lhe a obra e a lida precteamen-te de escritor, seria ao seu escrínio querecorreria, para trazer de lá, incrusta-da em ouro puro, a pérola de mais umtitulo: Vida, Forma e Cor.

E aqui deixo o retrato, valendo-medas próprias tintas com que o estilistado Nordeste pintou o Brasil e a almada sua gente.

Amulvo/77

destes tópicos era ou tabu ou despre-zada. Aliás, por motivos diversos, boaparte dos cientistas sociais brasileirosaté hoje não se sensibiliza diante des-tes fenômenos e fetos que lhe parecemsecundários, residuais. Freyre, semdeixar de lado ou ignorar as relaçõeseconômicas e políticas, focalizou coa-tumes, estilos de vida, visões de mun-do, ethos. Estudou a cultura, procu-rando identificar as maneiras, os mo-dos peculiares à sociedade brasileira.Seu objeto básico de pesquisa foi asociedade de plantation nordestina,embora seus trabalhos estejam reple-tos de referências e reflexões sobreoutras regiões e o país como um todo.É claro que teto tem repercussões teó-ricas importantes para a abrangênciae limitações de sua obra. Voltando àsposições ideológicas também poder-se-ia levantar a possibilidade de que éexatamente a nostalgia do passado,com a roupagem do conservadorismo,que permite a Freyre preocupar-secom os aspectos mate permanentes ecom a continuidade, muitas vezes des-cuidados por pesquisadores mate vol-tados e/ou preparados para ver mu-danças e transformações. Obvlamen-te, com isto correu o risco inverso deter uma visão mais imobilista, criticaque lhe foi feita em diversas situaçõese contextos. Ao mesmo tempo, tendeua deixar de lado ou minimizar as di-mensões e aspectos conflitlvos de nos-sa sociedade. É claro que partindo deuma perspectiva determinada sempreestará faltando algo de essencial naperspectiva diferente: Parece não serfácil separar o joio do trigo, principal-mente em épocas pouco propícias ajulgamentos mate serenos e objetivos.Muitos intelectuais viram-se tão en-volvidos em opções partidárias e Ideo-lógicas que, em várias ocasiões, perde-ram a possibilidade de reconhecer umespaço para posições diferentes e con-traditórias. Em outros termos, o fetode eu achar que Casa Grande e Senia-la e Sobrados e Mocambos são livrosindispensáveis para quem pretendaestudar a sociedade brasileira não slg-niflea que eu tenha que endossar tudoque está ali e, muito menos, concordarcom certas teses sobre luso-tropicologia.

Não devemos, portanto, nos deixarenganar por uma visão apressada emaniqueista da obra de Gilberto Frey-re, autor com quem temos muito aaprender, mesmo que eventualmentepossamos discordar de declarações eafirmações menos felizes. Estamos fa-lando de cientistas e não de magos.

Gilberto Velho

A

obra de Gilberto Freyre en-contra-se no campo intelec-tual brasileiro em uma posi-

ção polarizante. De um lado, encontra-mos aqueles que se colocam diante daobra e do autor em uma atitude deveneração. Dentro desta perspectiva,a possibilidade de avaliação critica é,obviamente, limitada, quando não ine-xtetente. Este feto não é incomum noBrasil e panelinhas são encontradaspelo mundo afora. Mas o grau de exa-cerbação do outro pólo é que me pare-ce merecer mais atenção e reflexãopara entender como opera a inteili-gentsia brasileira, com seus valores ecritérios. A maior parte de nossos alu-nos de Ciências Sociais e de Sociologianunca leu nada de Gilberto Freyre,muitas vezes com o beneplácito deseus professores. As opiniões e decla-rações políticas do autor, constante-mente veiculadas por órgãos de im-prensa, são acionadas como anátemascontra todo o seu trabalho, estigma ti-zando-o como reacionário ou, na me-lhor das hipóteses, conservador. Ora,acho necessário, fazer uma distinçãoentre as preferências políticas de Gil-berto Freyre e o significado de suaobra. Primeiramente, esta não é homo-gênea nem necessariamente coerente.Sei que, em última análise, dados bio-gráficos, opções ideológicas e trabalhointelectual estão associados. Mas cor-respondem, também, a objetos analitl-camente distinguiveis. Não pretendonem tenho condições de fazer umaanálise exaustiva da obra de Freyre.Quero apenas chamar atenção paraalguns pontos que mais me impressio-nam. Fundamentalmente trate-se deum senhor pesquisador que consultoufontes primárias, examinou documen-tos, percorreu jornais, diários, procu-rando Informações de todas as manei-ras. Sua percepção da importância dedados que para muita gente seriamconsiderados pouco relevantes levou-oa fazer hipóteses estimulantes e origl-nate sobre moral, sexualidade, família,religião, numa época em que a maioria

A primeira característica de um es-critor há de ser a de trabalhar com asua sensibilidade para a do leitor —escrever de feto para ele. Este zelo fezde Gilberto Freyre uma espécie deprocurador intelectual de todos nós eme parece, como ia observando, empe-nho muito vivo, a partir do batismodas suas páginas. Não me importo derepetir que não haverá nada mate pró-prio de um escritor do que esse cuida-do, essa habilidade, essa perícia depredispor o seu público. Estamos, as-sim, diante de um sociólogo predispo-nente, exatamente porque escritor;um sociólogo literariamente ocupado,interessado. E esse ânimo de escritorforma o quadro, a justa aliança: ciên-cia social e consciência literária.

Veja-se o assunto da obra-mater —a decadência da família patriarcal —na excelente manipulação do titulo:Casa-Grende e Senzala. Senhores eescravos teriam a mesma concisão,mas não teriam a mesma força.

Um guia de cidade, um indicador,um catálogo, também se fez afetuosa-mente. Ê o caso, o ameno caso daqueleGuia Prático, Histórico e Sentimentaldo Recife. No indicador de ruas e bair-ros, o roteiro do coração — talvez omapa de uma saudade.

E freqüente o convite fi visualiza-ção. Em Sobrados e Mucambos, comoem Casa-Grande, esse recurso é perfei-to. Mas há sempre uma intenção evo-cativa, tanto mais inteligente quanto écerto que o leitor é logo motivado, nãosó no sentido de rever o passado dis-tante como no de comparar coisas,grupos ou situações chocantementecontrastantes. Aquela receita do im-pressionismo francês—écrire pour lesjeux — Gilberto Freyre aviou-a desdecedo.

Nesta mesma linha visualista, creioque nenhum leitor deixaria de incluir

Marcos Almir Madeira

UANDO Gilberto Freyre apa-LkI receu em livro, brilhou no tró-

Pico uma ciência ardente.Confrontando os processos e valo-

res sociais, tanto quanto as filosofiasde vida que produziram a senzala nacasa-grande, o sociólogo não só criouum método de redescoberta do Brasil,como fez obra de justiça ecológica:esmerou-se na demonstração do con-testado valor dos desvalidos — do ne-gro, do escravo, do povo miúdo; de-monstração a um tempo sofrida e sua-ve, cientifica e poética.

A continuidade da produção avl-vou os achados do sociólogo perquiri-dor. E foi também com esse materialvivo que aprendemos a desbastar nacarne dos fetos, como sapadores dogrupo-Brasil, a pletora de traços ecomplexos culturais que fezem o en-canto e o desafio de nossa própriarealidade, no que tem de mais ineren-te, de mate endógena, de mate interior.

Mas, desta vez, o que estou vendonão é o cientista social; e o escritor.

Quando tanto se escreve, e mal,sobre comunicação — a começar pelaliterária, categoria inclusive pedagógi-ca — será de boa lembrança, porqueserá consolo, ir buscar na arte de Gil-berto Freyre a arte da comunicaçãoem si mesma. É ele uma expressãointegral dessa virtude e dessa técnica,dessa inteligência de comunicar-se, deficar no leitor. E quem fica no leitor,sabemos todos, está definido: é escri-tor em essência e profundidade. A al-gum indeciso em acolher esta reflexãoconviria meditar na escolha dos títu-los, precisamente em Gilberto Freyre.Neles, a meu ver, se estampa, nítido, oseu engenho literário. É a transparên-cia de um pendor, o sinal da vocaçãono rosto de cada livro, o talento nafrente, a imaginação na capa.

Marco» Almt» Madura. Otkaodo do MEC no Ris d*Jonjifo, é prefMior titular d* Sociologia no UnivMida-éê retrai do Rio d* Jcntiro, tnta(tta «ocbl o critico.Publicou o Dramático • Brasília) na Obra de Euclidw doCunho, Poilçôe» Vanguardeira» no Sociologia Brasileira,Tecnidsmo e Naobachorelijmo, O Sentido da Ironia d*Machado do Auis, Lúcio do Mendonça, um Inquieto,Romance o Trópico o outro» ectudoc.

res brasileiros, embora desprovido derigor metodológico e cientifico. Ade-mate, na busca da determinação dohomem brasileiro, principalmente desuas qualidades psicológicas, tornageral o que é particular, faz nacionalum ponto-de-vista senhorial e latifun-diário.

Assim, a obra de Gilberto Freyreseria a última visão de relevo da arte-tocracia rural em declínio, o relato porexcelência da decomposição da eliterural.

É certo que muitos opositores têmfeito uma leitura literal dos trabalhosdo Mestre de Apipucos. Na verdade,sua obra se inscreve na dicotomia fun-damental de corte hegeliano: senhor eescravo. Sem se estabelecerem os rela-cionamentos necessários das partes,,projetados a nível de sistema, corre-seo risco de perder parte importante daelaboração de Gilberto Freyre, emmuitos aspectos de exteriorização in-consciente.

De qualquer forma, a obra de Gil-berto Freyre constitui um marco in-contomável para quem estuda a So-ciologia no Brasil. O seu regionalismoe o seu tradicionalismo devem ser pro-jetados no quadro histórico nacional,pote refletem aspectos objetivos dascondições reate em que a obra foi con-cebida.

E claro que, assumindo a perspecti-va da classe dominante e realizandocompetentemente o discurso do con-servadorismo e da permanência, aobra de Gilberto Freyre tende a oficia-llzar-se.

Por exemplo, a sua tese acerca doluso-tropicalismo constitui versão li-sonjeira para o colonialismo portu-guês, que a adotou entusiasticamente.Assim, o Governo Salazar oficializou,por assim dizer, o nome de nosso patri-cio, que goza de uma fama extraordi-nária em Portugal.

Ao mesmo tempo, o relato coloridoque fez do passado brasileiro, dandoênfase aos aspectos positivos dos colo-nizadores portugueses, ressalta o valorda herança (tradição), principalmenteaquela que se transmite pelo sangue.Sob esse aspecto, as obras principaisde Gilberto Freyre podem ser lidascomo uma saga, na acepção que dá aogênero André Jolles (cf. Formas Sim-pies, 8. Paulo, Cultrix, 1976, trad. deÁlvaro Cabral), ou seja, a existência deuma disposição mental em que o uni-verso se constrói como famili» e seinterpreta, em seu todo, em termos declã, de árvore genealógica, de vinculosangüíneo. "O espirito nacional": —afirma Jolles à pág. 69 — "chama-seaqui espirito de femilia; os direitos edeveres não se regem pelos imperati-vos da sociedade, da res publica, maspelos interesses do clã, pelas exigèn-cias do parentesco, e a comunidade1burguesa de interesses tem aqui o no-me de vinculos de sangue".

Não será por mero acaso que Gil-berto Freyre também se tenha oficiali-zado no Brasil, mormente nos momen-tos críticos em que a tradição é postaem dúvida. Como produtor e circula-dor de ideologia da classe dominante,tem ocupado postos estratégicos nadistribuição do poder intelectual dopais.

Não há como negar a eficiência dodiscurso de Gilberto Freyre. Escritorprimoroso, expositor de linguagemtransparente, jornalista de comunica-ção instantânea, escreveu um breveartigo — "Cultura do Coração" (Folhade São Paulo, 26/2/80) que poderá q)u-dar-nos a classificar sua obra de çlen-tista social. É que o mestre de Apipu-cos chama a atenção para o lado emo-cional e intuitivo do conhecimento.

Todos reconhecem nos seus escri-tos a espessura literária, o toque deemoção que se mistura à fria informa-ção científica. Muitas vezes,eles cono-tam mais do que denotam, apresen-tam-se mate como arte do que comociência A propósito, no livro Regido eTradição (Rio, José Olympio, 1941,p.27) define sua posição como "reaçãode caráter mais primltivista e materomântico, contra os abafos do classi-cismo acadêmico. "Como se vè, sem-pre a emoção sobrepujando a razão".

Transcrevamos, portanto, o final doartigo "Cultura do Coração", que noadará suporte para denominar "Socio-logia do Coração" ao bem sucedidoesforço intelectual que resultou emCasa Grande & Senzala: À Cultura doCoração se liga, de modo intimo,aquela parte de uma cultura nacionalque, no seu conjunto de artes e ate nasua filosofia, tende a conservar-se —especialmente em poemas, contos, no-velas e romances — mais pascalianado que cartesiana. Mate mágica do quelógica. Mate intuitiva do que racional".

Ora, a todos os fatores culturaisGilberto Freyre tem conferido, na suaexposição, atributos intenslficadores,recuperandoos verbalmente no planoda nostalgia e da saudade.

A pena do escritor fulgura em todasas manifestações de Gilberto Freyre:ela dá testemunho de uma paixão,além de reafirmar os valores sociais daclasse hegemônica. Ora lírica, ora dra-mátlca, como se a vasta família arte-trocrfitica estivesse suportando osventos da História.

Dizem-no vaidoso. No Encontro Na-cional de Escritores, realizado na Bi-blioteca Mário de Andrade de SãoPaulo, em 1979, ele se defendeu dessaacusação: cada um a seu modo, todossão vaidosos. 9, ao receber uma decla-ração de amor de uma das estudantespresentes, levantou-se e, curvado, bei-jou o bilhete amoroso, sob aplausosunânimes da platéia que lotava o audl-tório. Mate uma página para a Sociolo-gia do Coração.

Tendo exercido notável influêncialiterária no Recife da década de 20,pela introdução ali de correntes eobras européias e pela ativação doambiente adormecido no academls-mo, Gilberto Freyre oscilou entre oconservadorismo regionalista e as for-mas renovadoras da Modernidade.Tempos adiante a mão do escritor e desociólogo do coração empurrou-o aescrever obras de criação literária.Mas estas serão analisadas em outraoportunidade.

RITICADO pelos intelectuais de es-¦ querda — mas com a importân-

cia de sua obra reconhecida poralguns deles, como Darcy Ribeiro

o Mestre de Apipucos, se nao tem umaardorosa legião de admiradores, conta,pelo menos, com um respeitável circulode gilbertólogos, que além de produziremtrabalhos e estudos sobre o controvertidosociólogo, antropólogo, escritor, anties-pecialista, colecionam seus livros e escri-tos, e estão sempre dispostos a defendé-lode críticas que lhe fazem um Carlos Gui-lherme Mota (A Ideologia da Cultura Bra-silelra), Dante Moreira Leite (O CaráterNacional Brasileiro), Joaquim Inojosa (OCarro Alegórico), para citar apenas al-guns.

De Pernambuco, o mais notável estu-cüoso é o professor Edson Nery da Fonse-ca, que tem dedicado parte do seu tempoa organizar o programa oficial dos 80anos de Gilberto Freyre, assim como apronunciar conferências sobre o escritore a sua obra. Mas o maior colecionadorde escritos do amor de Casa Grande eSenzala, é Moacir Souto Maior, promotornuma cidade sertaneja de Pernambuco,gilbertolugo nas horas vagas. Coleciona-dor de toda a obra do Mestre de Apipucostem inclusive a tese que ele defendeunos Estados Unidos, e que constituiu-seem uma antecipação da sua obra maisfamosa — Souto Maioi possui quase to-dos os artigos escritos por Gilberto Frey-re para jornais e revistas. Tem até um de1953, no qual o escritor aconselha a popu-loção a fumar maconha no carnaval,"um entorpecente caboclo", contra o lan-ça-perfume, "uma vergonha do carnavalbrasileiro".

Moacir reconhece as contradições domestre, e por isso mesmo acha difícilfazer um estudo sobre a sua obra. Maspretende auxiliar os que a ele se dedi-com, organizando um Dicionário do Pen-samento Vivo de Gilberto Freyre, o quefará com base no seu próprio e volumosoarquivo. Os artigos escritos pelo sociólo-go falam de tudo um pouco, e se prendema colaborações no Diário de Pernambu-co, Jornal do Commércio, Diário da Ma-nhã, Jornal Pequeno e A Província. Hácolaborações nào só como escritor mastambém como caricaturista. As colunassob responsabilidade do mestre tinhamnomes sugestivos com Linha de Fogo(Jornal Pequeno) ou Pessoas, Coisas eAnimais (O Cruzeiro).

Esse, aliás, foi o titulo dado por EdsonNery da Fonseca a um livro por eleorganizado para a MPM propaganda, nofinal do ano passado, contendo uma sele-ção de artigos de Gilberto Freyre emvários periódicos brasileiros. Além deSouto Maior e Nery da Fonseca, há ou-tros estudiosos da obra do mestre, comoFrancisco Assis Barbosa e Osmar Pimen-tel (ambos de São Paulo). No entanto,talvez o mais ardente defensor do senhorde Sayito Antônio de Apipucos seja mes-mo Edson Nery da Fonseca, que justificaaté mesmo as controvertidas posiçõespolíticas do socidlogo e que já chegou aser premiado em um concurso promovidopelo Governo do Estado sobre CasaGrande e Senzala.

Meticuloso, Nery da Fonseca acaba deelaborar um plano de publicação dasobras de Gilberto Freyre, pois, além dasconhecida,1, há toda 'ma outra, paralela,

de grande importância, mas desconheci-da porque completamente esgotada. Fu-gindo à ordem cronológica, prendendo-sea temas, ale dividiu a obra do mestre em12 grupos, classificação ainda não conhe-cida nem mesmo pelo próprio sociólogo.São eles: antecipação; introdução à his-tória da sociedade patriarcal brasileira;regionalismo, tradicionalismo e moder-nismo; retratos, diários e memórias;mundo latino e mundo anglo-saxão; an-tropologia e sociologia, vida, forma e cor;síntese brasileira; política e educação; e,como não poderia deixar de ser, misce-lánia.

Gilberto Freyre — o anti-especialistaconforme os gilbertólogos, o generalistasegundo o próprio sociólogo—é acusadode criar mecanismos para não ser locali-zável pelos estudiosos. Por dizer, às ve-zes, que é um liberal que critica os libe-rais. Por desenvolver uma quase ciência.Mas Nery da Fonseca reage:

— Desde os primeiros artigos publica-dos no Diário de Pernambuco, GilbertoFreyre defendia abordagem generalistade problemas específicos, pela convicçãoque nele se antecipou, de que nenhumproblema pode ser resolvido por especia-listas de uma só especialização. Já dizia oPresidente da República Francesa, Clé-menceau, que a guerra è assunto sériodemais para ser entregue a generais.Vamos dar um exemplo: o desenvolvi-mento do Brasil não pode ser entregue sóa economistas. Brasüiafoi projetada sópor urbanistas, e hoje está enfrentandoproblemas sociais gravíssimos. Não vejo,portanto, sentido nas criticas ao gemera-lismo de Gilberto Freyre.

Foto de Ncrtqnoel Guedes

coraçao

Fábio Lucas

M UTOR de algumas dezenas delivros, cientista social dos

JãM$ mate conhecidos do Brasil,Gilberto Freyre tem seu nome

especialmente ligado a um livro que setomou clássico: Casa Grande & Sen-zala, editado pela primeira vez em1933.

Tendo feito a sua formação culturalbásica a partir da Antropologia Social,seu prestigio maior deriva das quere-Ias historiográficas e literárias a queseu nome esteve ligado. Mas todos odesignam invariavelmente como "so-ctôlogo", muito embora algumas gera-ções de sociólogos hajam recusado talqualificação ao escritor pernambuca-no de controvertida personalidade.

A fim de fundamentar sua visão doBrasil, Gilberto Freyre partiu da no-ção de padrão cultural e procurou es-pacializiar as áreas culturais do com-plexo brasileiro, determinando-lhe as"ilhas". Para tanto, retomou a nossatradição literária de avaliação das trêsraças primordiais—a branca, a negrae a indígena — mas, na esteira de seumestre Franz Boas (1858-1942), opôs-seao preceito, então vigente entre nós,de que existem raças superiores e ra-ças inferiores.

Seguiu Franz Boas no problemadas raças transplantadas e, identifl-cando os intelectuais brasileiros davirada do séc. XIX para o séc. XX,distingue Alberto Torres por ser o úni-co a não adotar uma visão arianizantedo problema racial

A propósito, convém recordar asnoções racistas que fundamentam OsSertões de Euclides da Cunha, emborao relato da ação vigorosa do sertanejocontra o cerco da repressão oficúdcontrarie a informação teórica. O etnó-logo de gabinete foi sendo devoradopelo cientista que, afinal, acabou ado-tando o método da observação partici-pante. É o que procuramos demons-trar em nosso livro Intérpretes da Vi-da Social (Belo Horizonte, 1968). EGilberto Freyre, em trabalho que dedi-cou a Euclides da Cunha, demonstrouque a "antropologia científica" adota-da por este nada lhe valeu no retratoque traçou da fortaleza de nosso serta-nejo (cf. Atualidade de Euclides daCunha, Rio, C.E.B., 1943).

Casa Grande & Senzala relata adecadência do patriarcado rural, daunidade monocultora, escravocrata,para a exportação, cujo nível de pro-dução e de emprego dependerá dademanda externa. Apresenta aspectospioneiros quanto à contribuição socio-cultural do indígena ao que veio a ser acultura nordestina e, de modo mateamplo, à formação do homem brasilei-ro. Juntamente com Sobrados e Mu-cambos (1936) e Ordem e Progresso(1959) forma a trilogia do saber deGilberto Freyre acerca do Brasil.

Muita critica tem sido dirigida atais obras e a seu autor.

As primeiras gerações de sociólo-gos formados pelas universidades bra-silelras atacavam o prestigio do escri-tor pernambucano dizendo que suanotoriedade adveio de ter sido analisa-do por leigos, por escritores e críticosliterários sem formação científica. Naverdade, Casa Grande & Sensata nãopassaria de um canto de cisne da aris-tocracia rural, um belo e prolongadocanto agònico: seria a expressão daelite dominante em momento de crise,resquício intelectual da RepúblicaVelha.

Com efeito, Casa Grande e Senzalaestá impregnado um sentimentalismonostálgico, de uma afeição pelas for-mas arcaicas e tradicionais da vida,apresenta uma simpatia apologéticada mestiçagem como um fenômeno aser dimensionado a distância. Desde asua tese universitária, Gilberto Freyrevem sustentando uma espécie de ter-nura pela escravidão no Brasil, a seuver mais branda do que o regime detrabalho oferecido ao operário euro-peu. Olhar indulgente para o que énosso.

Outros críticos, sem negar valor àspesquisas originais de Gilberto Frey-re, à ênfase que emprestou a fatorescomo a cozinha, a arquitetura, os jar-dins e parques à portuguesa etc, prefe-rem alistá-lo na linha dos bons escrito-

Quanto às posições políticas do soció-logo, lembra que já foi acusado de esquer-dista. "Hoje é de direitista, mas somentepor marxistas ortodoxos". E embora osociólogo diga que seria impossível aescritores como Carlos Guilherme Motanão reconhecerem que a trajetória dosimpactos de sua obra os meios intelec-tuais permitiu "a análise da cristalizaçãoda ideologia da cultura brasileira", Neryda Fonseca até nisso discorda desteautor:

— "Não vejo por este prisma, poisCarlos Guilherme Mota faz estas conside-rações, do ponto-de-vista da ideologiareacionária da cultura brasileira. Con-vém, no entanto, lembrar que AntônioCândido e Jorge Amado já prestaramdepoimentos dizendo que a obra de Gil-berto Freyre — e principalmente CasaGrande e Senzala — é uma catarse daalma brasileira. Vivíamos envergonha-dos de sermos mestiços. Freyre mostrouque isso nào é um mal, que é uma condi-ção cultural. A miscigenação foi valoriza-da. Criou-se a teoria da morenidade. Ho-je, o Brasil é orgulhoso de ser mestiço.

Letícia Lins

Fábio Lucas é crítico, professor de Literatura Brasileira oautor de vários livros, entre os quais O Carater Social daLiteratura Brasileira.

Page 45: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

JORNAL DO BRASH D Domingo, 9/J/80 ESPECIAL. 3

; 111 jjjjj :

A pernambucanidade de Freyre

£ Jl Jl SL fl-Ci \»»i/J. I ' / \> ~~ 4¥ tlJj&K jrhi iniclativa de meu fraternal amlgo MCi- ca deixara de o estiiriar e de o admirer, do e fazla questfio de conservfi-lo inde-

_ _ I A#/ \ Ml cio Leao. Com GUberto Freyre fora na obra incompartvel que vinha cons- pendente da Unlversldade. E tinha ra¬il F rL. |T ft JJ , t C a Iff dlferente. Ambos no estrangeiro, trulndo. A politics nunca teve fbrgas , zfto, uma vez que passou ele prOprio a

— II If tr> If.,, L I P I // convivdncla passava a ser, tanto para para me convencer de que todos o« vlver para o Institute que havla cria-T,L mi w i li /# o visitante como para o vlsltado, uma meus adversfirloe eram execrtvels. E, do. Imagino que nfio teve desde entfio

4* i> \m fr L r PI .III // ATX espfccie de retomo fi terra natal. Para aide mim, tamb6m nfio conseguiu que outre politics. A de manter, a de con-// If I IT H I * li A If IH mestredeDJofio VI, a presenga de olhasse sempre os meus correUgionfi- aervar o Institute Joaquim Nabuco,' l| H I {JJ/f I IP JL f*? JO»v Gllberto Freyre era a continuagfio da- rios como anjos caidos do <*u. assegurando-se do prestigio de que¦*——rm • *5* it * — * convivencla com a mocldade, Por lsso, quando no Govemo do preclsava, para alcangar os objetlvos

-•» " que uumlnara os ultimos momentos Estado, ao ser criada uma Faculdade desejados,de Filosofla, em que me cabla nomear Nfio sei se lhe foi oenosa a dlretrtz—i fcl —- 2 de os professores, nfio pensel senfio em que se lmpds. Na rin^fi^cftn de Luis

Kado^^Tn^teJl^ Gllberto Freyre para a cadelra de 8o- Seigad™ete estaria meM«foiSdo^ctti^^fa^ ciologiae em Anlbal Femandespara o pemambucanosreallstas do que entre

Tanto Ollvelra Lima r.nmo n wn™ enstao da Lingua e Literature France- os sonhadores que desaflam o imposst-eMontSemfflLX^^Ji? sa. Estavam do outro lado dos acam. vel. Tantomaiiquandohavia,naes-

Pamentos poUticos. Anlbal Femandes tfneia de suas atltudes, o desejo de• contdnuava a ser, no Jomallsmo, um preservar a instituigfio que corporifl-. SSSSrS critico implacfivel, embora tivesse o Zaa sm pernSc^™^

X . to SC de^o?flSaUi^^Se 2°mi.luma Tfc que e 0 1)081540 6adeum anlmador de gera-n...ni«diniitint.f,lu- fill encontrarcom todo nXnrnn^ris°fechaocaminhoaosddlosranco- ?6es. Temsemprealgumapalavrade

Uf" XornSrn°oTL»; rosos que costumavam ressumar da slmpatlaedeestimuloparatodosquepropria aspereza do Nordeste. Pedl ao apalw»m NSo 6 uma Scola, como a

meu notAvel Secretfirlo de Educacdo, dVToblas Barreto, mals preocupada——————— SUvio Rabel°' Q«e dissesse a ambos em combater do que em louvar. Bum

i i • c l - dido Duarte. E ouvla falar de Gllberto que vieram a produzlr. Nfio que baste J™ um grande historiador, em que que eu considerava favor a aceltacdo centra de cultura. aberto a todas asBarbosa Lima Sohnnho Freyre mesmo antes de que ele hou- a viagem ao estrangeiro para alcangar ^versal, pela dos convites que lhes fa^a, dltados ^nHfenoiaa com a dlrecfio do fllho" ~~ vessepublicadoosseusprimeirosarti- resultados de tal ordem. Longe de mcenerencia ae toaos os fetores que excluslvamente pelo m6rito que pos- <y>nsegiilu fayr do Tmstitntn .tnnqnimm ENHO o prazer de acentuar, gos. Nao me causou surpresa que mim a idOa de fezer propaganda dos »mo fttoouio epis6dlo sulam Gllberto Freyre nSo p6de acei- Nabuco ate mesmo uma organlzacdor|* no momento em que se regis- Col6gio Americano tomasse a iniciati- roteirosturisticos,llmitadosaoconhe- Que se esta ooservando ou recordando. tar, o que compreendl depols, quando para dar assitencia a dissidentes, fe-X tra e se comemora o octog6si- va de encamlnhd-lo aos Estados Uni- cimentodemuitos ediflciosedepaisa- Gilberto Freve nao se limltou ver^q"ei que ele desejava conservar- chando-se A intalertncla dos que pro¬

mo aniversdrio de nascimento dos, receoso, naturalmente, de que gens que a mem6ria nao consegue publicacao do llvro aue escreveu se livre da rotlna univereit&rla. Pode- curavam modelos na obra preciosa dede GUberto Freyre, o que se poderia su? Poderosa Inteligtocia se viesse guardar. Mas a convlvtacia demorada resoeito de seu relactanta rnm ri? ser Professor no como no George Orwellclassiflcar como a sua pernambucanl- extraviar na rotina do ensino superior com centres clentlflcos adlantados va- olive ™ T ima Rio, ou S. Paulo. Ou nos Estados Unl- _ ^ ^da^ C^ um diferm^^ id^e, braslleiro, destinado muito mais le multo mals que todos os diplomas SSa^^uTflSSfto do dos, como na Inglaterra ou na Fran?a.que era de 1,5% hd 60 anos e hoje nao conqulstar diplomas do que a adquirir destinados a uma proflssionalizaQfio yro DubUcLse Dor deleMpanrfn Cm A liberdade era, para ele, condicdo, conservar Gllberto Frey-chega a 0,4%, dwerto que em meu saber. imediata. SSdeffSlt reclamada, ou exiglda, pelo ecumerUs- «Pineiro de temas rlgorosamentedesfavor, posso valer de testemunho A permanfencla de GUberto Freyre Ndo seria credltar ft presenga nos morativa docentenAriodo erandeSfr que ^P1™*® 0 Pensamento eparaasualongavida.umavezquenos nos Estados Unidos teve os mesmos Estados Unidos todo o merecimento toriador pemambucano a sua atuacdo doutrinAria. Mas deu a ofliRfoi dada em partilha a longevidade, efeltos do famoso estalo atribuldo ao da obra extraordinfiria que GUberto °r P6™8"01108110- Pernambucouma demonstra?aomul-que s6 nao considero premio quando desenvolvimento Intelectual do Padre ^3™ veio a realizar. Fa<jo questao de Foi nessa ocasifio que nos aproxl- to mais important®, radlcando-se navejo a ausdncia de tantos velhos ami- Antonio Vieira. Nao em criar a inteli- citar, nao direi outra influencta, mas mamos de novo. A polltica nos havla tel™ natal, sem outro cargo ou outre ® ^p011-gos com que contdvamos. gencia, que jd vlmos que lmpressiona- de certo outra presenQa, que foi a de separado,elenaUDN,eunoPSD,com inspirac&o do que a de sua profunda SSSSf

va os professores de GUberto Freyre, ?»estre Oliveira Lima, que residia en- Agamenon Magalhaes. Condidato do pernambucanidade. ' a"s J°™»;GUberto Freyre pode ser incluldo mas em oriente-la para novos rumos, tao em Waslungton no momento em Partido ao Governo do Estado, nao Coube-lheainiciatlvadacrlacSodo do^lK e^nrelros oue SnaUsta, nfio multo apreciada, da pre- reclamados pelo pensamento moder- que o futuro autor de Casa Grande contei com as simpatlas de GUberto Institute Joaquim Nabuco, de que ^ococidade,queencontrouneleumbri- no, ao mesmo tempo que concorria Senza'a cureava uma unlversldade Freyre. O ardor da luta o levara passou a ser diretor, depols que se Ze aueofeoum tor?n!wlhante defensor. Eunemoconheciade para apilmorar e aperfeigoar os seus americana Quanta amim, nao recebl manifestaQoesdestoantesdavelhaes- extlngulu o seu mandate politico mu o seu ^de amord n^tSivista quando escutei a fama das mani- dotes de observaQfio. Poucos se dao os beneficios que poderiam advir da tima que sempre nos aproxlmara, des- Confesso que, de comeco, nfioacredl- nroaoreionMSfrUieasnotaTfestaooes de sua extraordinfiria inteU- conta do que lsso pode representor na Presenga de OUveira Lima em Per- de quando ele, na reda?ao de A Pro- tei muito no fUturo do Instituto. Nun- aue tasniram a sua nroaa ^ seu^Sgfincia. Ele cursava entao o Colegio forma?fio intelectual dos que tlveram nambuco, por culpa de meu tempera- vincia, me convidara para colaborar ca duvidei de sua utilidade. Com 8fl- admlrtwlno sand^rnn nnpAmericano, em que era apontado co- o privU6glo de semelhante inlciacfio. ^ento arredio. Mais arredio do que no jornal que vlnha dlrlgindo. Nfio vio Rabelo, chegamos a supor que ele earewu Ca*»mo aluno prodlgio. Eu jfi fazia o curso Mereceria de certo a classiflca?fio de distante, pois que a admlraoao aproxl- precise! perdoar-Uie as criticas que en- flcaria mals garantldo se ^ustodo ao c a

de direito na Faculdade (que, como abertura, pelos horizontes que desco- nta' quando nao Identiflca e confunde tao me fez. Considerei que se Incluiam conjunto da Unlversldade Federal deBispado, deverfi ser denominada de bria. Jos6 Honbrio Rodrigues e Joa- as pessoas. Poucas vezes ftil fi esplta- no cllma das divergfincias politicas. Pernambuco, para obtencfio das ver- f0*0" Uw SobrWio, da AaxWmia BmtiUim d*Olinda e Recife), conclulda a fase cole- quim Ma to so Camara comprovariam mansao de Parnamirim, em que Tamb6m nao lhe respondi, para ndo bas de que passaria a depender. Mas 0,1 * cehhoro6°'60 J0RNAL 00 was'1-gial no excelente educandario de Can- essa influencia, na orientagao da obra Oliveira Lima residia, e sempre por agravar ressentimentos, quando nun- Gilberto Freyre pensava de outro mo- —

Gilberto Freyre: a pro

vincia e 0 mundo £%)

Vnmiroh fhnrnn dlplomata cosmopoUta mas sempre ne, um cttico mais ao gosto de minel- A16m do mals se tratavam de dlsclpu- la, que lhe era destinada, atlngla na Jr"""' lembrado das mangas de Itamaracfi, ros que de ardorosos pernambucanos. los de Jackson de Figueiredo, lnflexi- fronte o estudante e dlscipulo ^— _ ,, bem como os plntores Vicente do Rego SylvioRabeUo,nasmem6riasTem- veis na defesa da autoridade. Em se- Dem6crlto de Souza FUho. Lfi embal- CRecife sempre teve uma tram- Montelro, com seu irmao morto na po ao Tempo, aponta os primeiros guida incentivadores de fUriosa cam- xo, na multldao, tamb6m tombava no 1 \¦ ¦ gfio de Ugagoes dlretas com Franga, e Emllio Cardoso Ayres, tio de influenciados pelo recem-chegado: panha contra Jacques Maritain, por- tiroteio.desfechadopelapollclapollti- \jmr Europa e os Estados Unidos. Lula, mais moderno e famoso. Olivio Montenegro, Jos6 Lins do Rego Que este lnfletira do ultraconservado- ca estadonovista, o carvoeiro Manuel » \Foi seu porto que a tornou pos- Nestecontextopodemoscomegara e ele pr6prio. Todos pela revalorizagfio rismo de L'Antimoderne para a mode- Elias. Era o dia 3 de margo de 1945.0 x-JY ^avel. As dinculdades do transporte entender a visao senhoril do mundo giiberteana dos trtpicos, procurando rada aceltagao do plurallsmo em Diario empastelado, seu diretor Ani- /a vl/terrestre, so superadas pela constru- em Gilberto Preyre, aflorada por Car- conciliar o antropologismo social de L'Humanisme integral, traduzido pa- bal Femandes, paradoxalmente um L ICao oa rodovia Rio-Bahia, acentua- los Guilherme Mota, muito preocupa- Boas, a viiihetas culturalistas de Sim- ra o portugues por Afranio Coutinho. maurasiano, agredido pouco antes pe- / 'vam o lsolamento da Capital mais do do com os concursos da Faculdade de mel (autardeumasociologiadamoda Atitude, ao ver dos pte-integristas, los sicfirios: o Estado Novo comegava / j /que pemambucana de toda uma sub- FUosofla da U8P, entao na Rua Maria e nao so de massudos tratados neo- condicionando a suposta temeridade a agonizar, quando parecia intensifl- /\regiao nordestina abrangendo um ar- Antanla, capltulo sem duvida tamb6m kantistas) e o esteticismo tradiciona- maritaineana de defender os catolicos car a reagfio. / / co desde Natal a Macei6 e penetrando importante na historia da culture bra- Usta de ingleses, franceses e ib6ricos. republicanos bascos contra a perse- MU novecentos e quarenta e cinco /¥( )sUeira- iconoclastia de GUberto la ao ponto guigfio franquista. O jesuita Padre foi oanodegMria polltica para GUber- Vl /sua® r®V0'uC°es GUberto sairia deste Recife com apenas de Mencken, o sullsta norte- Femandes orientava teologicamente to: ajuventudeconsagrou-onasumas \ /

Oue^OT)reendeuCharies fortes e tlpicas vivencias Iritelec- SnCanoH a^ifonizador da deca- J*0'. E11,de voltar-se Deputado federal, numa das mais lin- /fS 5 q"f. tUEiis, para estudar nos Estados Uni- dencia, e de Sorel, o anarquista con- tamb6m contra GUberto Freyre. das campanhas eleitorais que abala- /S' dond^ ejrtr^ria dos. De inicio o bacharelado em Bay- ™dor que chegara a mteressar U- Chegaram ao ponto de arrancar os ram Pernambuco em toda sua histo-comfes&amente ateKrl^JS lor, no Texas, e depols em Columbia, S?Hla,COm- exemptoes de C^Grand™ria. Para quem nfio for recifense esteda orleem das espies numa Nova Iortlue vizinha de Wa- fontes de ^P™?80 de la das livrarias e queimfi-los no pfitio ¦Pormenores podem parecer secundfi- \ L

_ . las especies. shington na qual frequentava a resi- Mussolini do colfeglo inaciano, fi maneira de nos ou remotes, portm nunca para umEsta metrtpole tinha igualmente dtacla do pernambucanlssimo cida- ARevolugaode30embaralhanaas Goebbels na Berlim da tomada Delo pemambucano autentico. Entre n6s | \enraizados hfibitos culturais: pelo seu dfio do mundo, Oliveira Lima, por ele cartas' poder pelos nazistas em 1933 qumido ^ectual verdadeiro tem de passar ^J) \Teatro Santa Isabel, ]6ia neoclfissica retratado no D Quixote Gordo. Nas 1)6 repente GUberto acompanhava erguiam piras de livros proibidos Jfi P°r este batismo de fogo popular. To- /francesa de meados do s6culo XIX, reminlscencias do seu autoexilio, e na a Queda do seu amigo e protetor Estfi- em 1934, logo ap6s o retorno de GUber- blas Barreto- P018 08 pemambu- o "passaram as mesmas companhlas de biblioteca doada apOs sua morte C1° Coimbra, segulndo-o no exllio, to do exllio e antes da publicacao de canos-1180 P888® de 11111 erudito; para ^opera que frequentavam os palcos do Unlversidade Catolica, OUveira Lima ele Estficio, um dos ultimos genulnos casa Grande ocorrida no ano ^euin- n6s 618111,361110 Deputado provincialRio de Janeiro, Sao Paulo, Buenos muito serviu para manter acesa a per- senhores de engenho pemambucano, te, tinha sido chamada a atencao da eleito 1)610 Partldo Liberal fi base doAires. Desciam dos navios, depois dos nambucanidade gUberteana. 111818 Patricio que meramente feudal, noiicia contra o 1° noni?rp<sn Afm. seu "discurso em mangas de camisa", ........avides, escalando no Recife. Menino QllQnT"^. um gentleman farmer. E, ao voltar! BmSteto 5 ele reSd^Nfio out redescoberto por Hemes Lima que dlsclpulos de primeira hora ou conver-deslumbrado, ouvi Arthur Rubinstein, com a decisao de ampliar sua tese de riam os inteeristas lembra-se ter sido 4111118 181118 sensibilidade para estas sos.cristaos velhos ou cristaos novos...Jascha Heifetz e Yehudl MenuWn no ft? ®fu mestrado em Columbia no livro que mesmo GUberto o autor do manifesto coisas. As campanhas aboUcionistas 08 P111401*8 Vicerite do Rego

\ Santa Isabel, quando ainda nao havia ^e daria mais fama, Casa Grande regionaUsta de 1924 a mais ardente de Castro Alves e Joaquim Nabuco Mojjteiro, Cicero Dias, pioneiros dolinhas a^reas diretas entre o Rio, Senzala, deparou-se com o estranho defesa dos valores tradicionais Mas Jamais foram de salfio: quando o Tea- modemismo, Lula Cardoso Ayres eEuropa e Nova torque. SS^iJSSKK?^ErarXSl ^dro do conservadorismo se reno- S^SStevfmESo tro Santa Isabel nfio cabla mais gente, SfdoreZSio^remSfcistaPara as Uvrarias recifenses vinham ^o ^iSnte SfsiSo^Ss fe? WW desPrezando 8tra" gistica, sem atender fi ortodoxia cato- ela « espalhava pela ruas e pragas, oScStamWm sem escalas as ultimas publi- SeZieSvotoS digao: o Estado Novo Para este, bem lica,estranhaaojovemquepartirado carregando nosbragos os seus Uderes. ^^s OU^MontenetroEdua^cagoes. Eram os livreiros LaUlacard no q3oSSEwtSa como para onazi-fesctemo seu inspire- Recife para os Estados Unidos atraves De novo em 1930 txovejandoaptausos porSSScS^OsteS^tempo de Tobias Barreto, Nogueira no ~7 7 dor, Maurras e seguldores nao passa- de Ugagoes protestantes, ap6s uma 808 °™do!!es ^ Alian?8 "beral, com J^f8- °s «8®^princlpio deste s6culo e Berenstein na E bem verdade que esta nem sem- vam de dkeita festiva. OUveto Viana temporfiria conversfio, testemunhada Jos6 Am6rico de Ahneida ^nte tfio cav^ti a^sTs txSminha adolescencia. pre oentendeu.Cheganaao ponto de queria saber de sentimentalismo tra- por SylvloRabeUo em Tempo ao Tem- po espiritual da Faculdade de Direi- Cav^rantt Bow&gipOTtas »towo

a v,„iQ . a * ci u ser-lhe ate injusta, embora nunca dicionalista, preferia mesmo o corpo- no e reclamada Dor autores evanceli- to quanto aqueles outros. ^uisio Ma^inaes wepois gan-de tenha ignorado, Inclusive no meio de rativismo de Mussolini, transfornSdo ras e^oSWtaSretos g Nfio se tratavam de meros tribunos ?£?

^5" polemicas. Pois a presenga gUbertea- em mania inclusive no Portugal onde .. , ... . ou panfletfirios: eram pensadores, ju- JP10, de Athayde, Cesar ^al,i ^ Com evidente na jamais se tornou exclusivista no Salazar tamb^m o adotava, deixando Nada disto contava, em termos ristas, escritores capazes de dlrigir-se J^^^ioly OsensalstasJoaoPon-

™ nJi doque bailannos Recife, apesar de predominante. Sardlnha para as horas de nostalgia neoconservadores, para aqueles esta- ao mesmo tempo aos eruditos e fis ?val?T?1 Cabral de Melo, Marcuspassa vam escritores pelo proverbial combatividade pernambu- do regime. donovistas radicais da ordem ortodo- massas, no Recife onde uiva o vento Vinlcius VUaga, Luis Jardlm, Nelson

TnhnHnc^D6 T i ^cFa" cana nao o pouparia inclusive de Dal FranciscoCamoosestranharo *8-catolicaecorporativista. Dlscipu- da Revolugao, na imagemde Tobias SaldMiha, R^toCameiroCampose/ ^S' ^ S^' agressoes ihiustas, uma delas fisica, aue subSvo de Agamenon gabavam-se de ser Barreto, contaminada pelo maligno ®u pr6p,?a Os htetoriadores Jordfio

tre, Simone de Beauvoir e Arnold quando se viu preso nos cfirceres do Pernambuco o umco lugar do BrasU vamr Dernambucano a aue se referia o Emerenciano, Jos6 Antomo Gongal-Toynbee. E ao corpo docente da tradi- Estado Novo u G"bert0-"° onde a outorgada Constituigfio para- ves de Mel° Neto- m° Perelra e Ar-cional Faculdade pertenciam OdUon Tv^Tniivu.rf. on ao BrasU 08 i^^0808 fascista era cumprida ao pe da letra. So mK martlrolO- ^ ^ Qs ^^08Nestor e Samuel Mac DoweU FUho, liberals Thomas Mann e AmGrico Cas- Com poijCja polltica e tudo, tamWm bvovi® nrm,ivnoo Waldemar Valente e Ren6 Ribeiro. Osque conheceram oessoalmente Marrpi rios meados da d6cadade 20. Passaraa tro. E parecer ao populismo autoritd- cp mnhiiiTnnrin mm fontn om tormnc Gilberto Frejni^e, em sua orgulbosa economistas Clovis Cavalcanti e Ro-Pro^t em P^s

Marcel exercer sua influfencia pelas pfiginas rio de Agamenon Magalhaes um nefe- de SuSo autoriS? l^eSl f consciente pernambucanidade, en- SScSHe AlbuqSue OiZto do secular Difirio de Pernambuco, libatismo a atitude gUberteana pouco tendeu-o multo bem e, na sua longa ^ one bSt^fiito Xtote de.em ,fins,do s6culo jomal mais antigo em circulagfio na praticadeproporumavoltaaomissio- fl fa^rSpSSSnn vlda-foi0lde61ogodeduasgeragdes,a 2uu0te£®nomla E^on Nerv^da Fon^XVin, o botanico Arruda Camara Am6ricaLatinaeassimoutrobaluarte nArio telurico Padre ibianinn pm vp? favor ae Agamenon, apos a rede- gua propria e a do flm da exist&ncia, DiDuowconomia, rxiaon iMery aa ron

aprendera sua cienciae liberalismo na da cultura pemambucana, e d'A Pro- da entao emoolKante Juventude Hitle- m0Cfa ^^0' acabou rom- unidas pelo sentido da ordem, e por Anibel Fernwides,Europa iluminista, donde os trouxera vincia, ultimo 6rgao da Republica Ve- rista sueerida Delo beneditino alemao C0Iv daqueles fa- outro lado o her6i de uma outra, inter- ^arco® Aur61io de Al-

Kc,,sr1r5S'™0!8»u"5rs'T "5Prtod»«iops2ffiSffi: KXSKSSS8 propna Revolugao de Governador deposto pela Revolugao brasilelros. Por conta de artigo neste Naquela epoca, o maior compa- go. Nenhum brasUeiro ou estrangeiro °™ssa°'}™.' Dosfrsieassos sainam para de 1930, na companhla de Gilberto, sentido, Gilberto acabou preso sua nheiro Intelectual de GUberto Freyre nos entusiasmou, a n6s todos, mais das Pesquisas e

P0^8 jviu8 86113111180 e secretfirio particular, que casa vigiada e ele empurrado 'para era 0 seu P11"10 e Ulysses Per- que ele. Inclusive nas suas prOprias incentivadosSaldanha (em 1824) e o General Abreu oacompanharianaaventuradoexUio. uma redemocratizacao tumultufiria nambucano, grande renovador da pe- contradigoes, ao ser exaltado ou rene- ^Ouberto Freyre no Seminario de

nofnf=an 1)0 te es!f l£tl"10 P^ici- Atitude muito normal e mesmo pre- Tentando atualizar-se naquela onda dagogia e da psiquiatria social, pai do gado. PersonaUdade fascinante, esta, e P° Joa(luim-j pan5as . B,oll!ar' E do vis'vel num jovem trazendo nao s6 GUberto Freye andou se interessando hlstoriador Jos6 Antonio Gonsalves ate mesmo com um carisma pessoal, tf® ^ adiregao de Feman-

Recife segimda metade do s6culo sociologia de Giddings e a antropolo- pelos trabalhistas brltfinicos e dedi- de MeUo Neto, autor de uma historia no qual se misturam o charme erudito d,°ni^dt)' ^ ^ m®uJoaquim Nabuco para gia de Franz Boas para o primeiro cando livro a um dos maiores deles s00181 da denominagao colonial holan- cosmopoUta e o combativo ardor reci- ^ outros tantos ate mesmo

Europa. Escreveu, de inicio em fran- curso sociol6gico regular no BrasU, na Stafford Cripps convenientemente desa no Nordeste, Tempo dos Flamen- fense. Slntese multo tipica do genulno venham aos dias atuais, onde GUbertoc6s, sua c61ebre pfigina Massangana Escola Normal de Pernambuco, quan- tamb6m um Sir g°s, tamb6m gUbertana. Ulysses mor- Intelectual pemambucano ou pemam- con1^nua ativo da luta pollticasobre um tipico engenho pernambuca- to tambem as ld61as da Action Fran- o intpmismn pat/iiipn w Ronton reria em grande parte por conta dos bucanizado, desde Nabuco ao baiano . 1488 ^ue temWm registra-no, recordado em Paris... gaise de Charles, Maurras, conhecida doacabecaSte^r^cente^S^" 1113118 413,108 perpetrados contra ele Castro Alves, os sergipanos Tobias a ^os as vozes da difispora, recordando

Esta tradigfioveio ate minha gera- atrav6s da amizade de R6gis de Beau- nism^^lumbrou atr^s de Suel Pela pollcia estadonovista. Uma das GUberto Amado, o paralbano Jos6 espiritual altos degfio: conheci a Europa trts anos antes lieu, da Acci6n Espaiiola de Jos6 Anto- Lubambo e seu wuDoda re^staFron- a6"88?068 56 referi8 ^ assistencia psi- Am6rico, entre muitos outros natos ou dode percorrer o BrasU. Minha familia nio Primo de Rivera e do Integrallsmo teira a pior subvmfio dos costomwe col6gica dada P°r ^y8868 Pernambu- adotlvos. Paradoxal combinagfio de ^apihartbe ^P^r-dMol e como Mau-materna era de afrancesados, como os lusitano de Antonio Sardlnha, mestre nfio s6 da raUtica mi Casa Gr^ie cano aos cultos afro-brasUeiros, langa- sutUeza e vloltacia que multas vezes ?^fl^aPort^iaJa 3 Lorena doPerettie Aquino Fonseca. Hfibito tam- de Salazar. GUberto Freyre escreveria Senzala- a seu ver escandalosamistu- dos na Uegalldade e perseguidos nos torna antipatizados pelos que sao ^

_ b6m baiano e nfio s6 carioca ou pau- muito sobre eles, depois reunindo os ra oansexualista recorrendo a Freud ferro e a fogo em quase literal caga fis apenas uma coisa ou outra e portanto „AoRfej!™br^?f° Nabuc° 0 deliste. ensaios do livro, poucoconhecido. em- nmMkSllotadoSHmracador bruxas' as julgam dimensdes incompatlvels. ^ todos natos ouaioti-

Jfi os filhos de usineiros do agucar bora muito sLntomfitico, Artigos de reconhecimento imDlicito da luta de Justiga se lhe faga: talvez tenha ® hnpossivel entender Gilberto . • 1!™ _jnos ^costuiMvam estudar Agronomia em Jornal. Seu posterior lusotropicalismo classe ao querer reabUltar o negro sido este o momento mfiximo do cida- ^5™ fora deste contexto racional- ^ P«"° d®

^do> ^e reP^"

Baton Rouge, na Louisiana tfio pared- tinha raizes. ^trtWasS dao GUberto Freyre, numa desobe- Passional, pnncipalmente a ele que i^86^3 h0888^da com Pernambuco sem conhecer os Pois ao ensalsmo gUberteano nao OUveira Viana tamb6m um racista diencia civil digna de Thoreau, a quem passou a vida danto tamWm 0 exem-™ais do Estado do Rio e Sfio repugna a frequente presenga perio- LubSoTSdepto?To ^cebeSi ele entao muitocitava. E ao camarada plo do frequente tefifego entreo Recife 0Parto. distica. GUberto Freyre chega a ser aue os alaaues eilberteanos contra Walt Whitman, como ochamava... Sua e a Europa e os Estados Unidos, com JJ^^ ^e188 M prala is ouvlrao 0

8 que ^^ede 8 de GU- um destes raros escritores capazes do usina, tanto quanta os de Jose Lins do resistencia entusiasmou toda uma ge- eventuais vUegiaturas pelo BrasU. l?°reiberta Freyre e com a qual privou de tratado e do artigo, unidos pela ponte Rego eram em nome da casa erande ragao, que 0 acompanharia, em passo tao fiel aos paradoxos da pernambuca- "j88' onde recifensamente aiabamperto; flguravam Alfredo de Carvalho, do ensaio, por ell aprendidrm^en- do sobraTo nZa da senlda e do de procissao, pelas ruas do Recife, nidade. sempre ecoando as cfitedras, os jor-histonador e engenheiro formado na tre ingleses como Walter Pater, a espa- mucamhn 'Rastavn

niminnpr rpstri. patio da Faculdade de Direito ate a A sua colina de Apipucos subiram nal8, 08 Uvr08,

r?isa Sh6is d0 tipo de U™0' q^e e^re ?ao 8 ordem refortalecida, que os esta- P^?8 do Diario de Pernambuco, em vfirias geragdes: montanha de Zara- Vominh ch^, ucuiop,«prot^doUn^kkxt.rara naqueie tempo) e Oliveira Luna, franceses, mesmo ao nlvel de Montaig- donovistas reagiam de langa em riste. cuja sacada discursava, quando a ba- tustra para unseCanossa para outros,

9

JORNAL DO BRASIL ? Domingo, 9/3/60ESPECIAL 3

¦

iniciativa de meu fraternal amigo Mú-cio Leào. Com GUberto Freyre foradiferente. Ambos no estrangeiro, aconvivência passava a ser, tanto parao visitante como para o visitado, umaespécie de retomo fi terra natal. Para omestre de D J0A0 VI, a presença deGUberto Freyre era a continuação da-quela convivência com a mocidade,que Uuminara os últimos momentosvividos na terra natal, amenizandotantas amarguras de um passado delutas e injustiças que não o haviampoupado. De parte a parte se foramformando vtaculos para toda a vida.Tanto OUveira Lima como D. Floraencontraram em GUberto Freyre o fl-lho que o casamento nfio lhes haviadado. E GUberto Freyre correspondeua esse grande afeto com um sentimen-to profundo de amor filial, que se podeencontrar com todo o vigor nas pfigi-nas comovidas do D Quixote Gordo.Sem esquecer que OUveira Lima lhehavia mostrado outros horizontes, co-mo um grande historiador, em que aperspectiva se torna universal, pelainterferência de todos os fatores queconcorrem para o fato ou o episódioque se estfi observando ou recordando.

GUberto Freye nfio se limitou fipublicação do Uvro que escreveu arespeito de seu relacionamento comOUveira Lima. Deve-se também a ele ainiciativa para que o Instituto do Li-vro pubUcasse, por delegação do Con-selho Federal de Cultura, a obra come-morativa do centenário do grande his-toriador pernambucano.

Foi nessa ocasião que nos aproxi-mamos de novo. A política nos haviaseparado, ele na UDN, eu no PSD, comAgamenon Magalhães. Condidato doPartido ao Governo do Estado, nfiocontei com as simpatias de GUbertoFreyre. O ardor da luta o levara amanifestações destoantes da velha es-tima que sempre nos aproximara, des-de quando ele, na redação de A Pro-víncia, me convidara para colaborarno jornal que vinha dirigindo. Nãoprecisei perdoar-lhe as críticas que en-tão me fez. Considerei que se incluíamno clima das divergências políticas.Também nfio lhe respondi, para nfioagravar ressentimentos, quando nun-

ca deixara de o estimar e de o admirar,na obra incomparável que vinha cons-truindo. A política nunca teve fbrçaipara me convencer de que todos o«meus adversários eram execráveis. E,al de mim, também nfio conseguiu queolhasse sempre os meus corre li gionfi-rios como aitfos caldos do céu.

Por isso, quando no Governo doEstado, ao ser criada uma Faculdadede Füosofia, em que me cabia nomearos professores, nfio pensei senfio emGUberto Freyre para a cadeira de 80-ciologla e em Aníbal Fernandes para oensino da Língua e Literatura France-sa. Estavam do outro lado dos acam-pamentos poUticos. Aníbal Fernandescontinuava a ser, no Jornalismo, umcrítico implacável, embora tivesse odom de uma Ironia que fazia rir, e oriso fecha o caminho aos ódios ranço-rosos que costumavam ressumar daprópria aspereza do Nordeste. Pedi aomeu notável Secretário de Educação,SUvio Rabelo, que dissesse a ambosque eu considerava favor a aceitaçãodos convites que lhes fagtn, ditadosexclusivamente pelo mérito que pos-suíam. GUberto Freyre não pôde acel-tar, o que compreendi depois, quandoverifiquei que ele desejava conservar-se Uvre da rotina universitária. Pode-ria ser professor no Recife, como noRio, ou S. Paulo. Ou nos Estados Uni-dos, como na Inglaterra ou na França.A Uberdade era, para ele, condição,reclamada, ou exigida, pelo ecumenis-mo que inspirava o seu pensamento ea sua atuação doutrinária. Mas deu aPernambuco uma demonstração mui-to mais importante, radicando-se naterra natal, sem outro cargo ou outrainspiração do que a de sua profündapemambucanidade.

Coube-lhe a iniciativa da criação doInstituto Joaquim Nabuco, de quepassou a ser diretor, depois que seextinguiu o seu mandato político.Confesso que, de começo, nfio acredl-tei muito no ftituro do Instituto. Nun-ca duvidei de sua utUidade. Com SQ-vio Rabelo, chegamos a supor que eleficaria mais garantido se justado aoconjunto da Universidade Federal dePernambuco, para obtenção das ver-bas de que passaria a depender. MasGUberto Freyre pensava de outro mo-

do e fazia questão de conservâ-lo Inde-pendente da Universidade. E tinha ra-afio, uma vez que passou ele próprio aviver para o Instituto que havia cria-do. Imagino que nfio teve, desde então,outra política. A de manter, a de con-servar o Instituto Joaquim Nabuco,assegurando-se do prestigio de queprecisava, para alcançar os objetivosdesejados.

Não sei se lhe foi penosa a diretrizque se lmpós. Na classificação de LuísDelgado, ele estaria melhor entre ospernambucanos realistas do que entreos sonhadores que desafiam o impossí-vel. Tanto mais quando havia, na es-8ência de suas atitudes, o desejo depreservar a instituição que corporifl-cava a sua pemambucanidade. Suaposição é a de um animador de gere-çóes. Tem sempre alguma palavra desimpatia e de estimulo para todos queaparecem. Não é uma escola, como ade Tobias Barreto, mais preocupadaem combater do que em louvar. È umcentro de cultura, aberto a todas astendências. Com a direção do filho,conseguiu fazer do Instituto JoaquimNabuco ate mesmo uma organizaçãopare dar assitència a dissidentes, fe-chando-se fi intolerância dos que pio-curavam modelos na obra preciosa deGeorge OrweU.

Com a extensão de sua cultura, nfioseria possível conservar GUberto Frey-re prisioneiro de temas rigorosamentepernambucanos. Seu pensamento esua inteligência são decerto univer-sais. Mas é Pernambuco a inspiraçãode suas obras mais características.Trouxe dos Estados Unidos a preocu-pação dos temas sociais. Nfio apenas ointeresse pelas noticias dos jornais,como a preocupação pelas impressõesdos viajantes estrangeiros que anda-ram pelo BrasU. Mas a pemambucani-dade, que o fixou no Recife, compen-sou o seu grande amor fi terra natalproporcionando-lhe as notas de poesiaque inspiram a sua prosa e o seu estiloadmirável, no saudosismo com queescreveu Casa Grande e Senzala.

Aiqutva d* João Condi.

que vieram a produzir. Não que bastea viagem ao estrangeiro para alcançarresultados de tal ordem Longe demim a idéia de fazer propaganda dosroteiros turísticos, limitados ao conhe-cimento de muitos edifícios e de paisa-gens que a memória não consegueguardar. Mas a convivência demoradacom centros científicos adiantados va-le multo mais que todos os diplomasdestinados a uma profissionalizaçãoimediata.

Não seria creditar à presença nosEstados Unidos todo o merecimentoda obra extraordinária que GUbertoFreyre veio a realizar. Faço questão decitar, nfio direi outra influência, masde certo outra presença, que foi a demestre OUveira Lima, que residia en-tão em Wasliington, no momento emque o futuro autor de Casa Grande eSenzala cursava uma universidadeamericana. Quanto a mim, nfio recebios benefícios que poderiam advir dapresença de OUveira Lima em Per-nambuco, por culpa de meu tempera-mento arredio. Mais arredio do quedistante, pois que a admiração aproxi-ma, quando não identifica e confundeas pessoas. Poucas vezes fui fi esplên-dida mansão de Pamamirim, em queOUveira Lima residia, e sempre por

dldo Duarte. E ouvia falar de GUbertoFreyre mesmo antes de que ele hou-vesse pubUcado os seus primeiros arti-gos. Não me causou surpresa que oColégio Americano tomasse a iniciati-va de encaminhfi-lo aos Estados Uni-dos, receoso, naturalmente, de que asua poderosa inteUgéncia se viesse aextraviar na rotina do ensino superiorbrasUeiro, destinado muito mais aconquistar diplomas do que a adquirirsaber.

A permanência de GUberto Freyrenos Estados Unidos teve os mesmosefeitos do famoso estalo atribuído aodesenvolvimento intelectual do PadreAntônio Vieira. Nfio em criar a inteU-gência, que jfi vimos que impressiona-va os professores de GUberto Freyre,mas em orientá-la para novos rumos,reclamados pelo pensamento moder-no, ao mesmo tempo que concorriapara aprimorar e aperfeiçoar os seusdotes de observação. Poucos se dãoconta do que isso pode representar naformação intelectual dos que tiveramo privilégio de semelhante iniciação.Mereceria de certo a classificação deabertura, pelos horizontes que desço-bria. José Honório Rodrigues e Joa-quim Matoso Câmara comprovariamessa influência, na orientação da obra

Barbosa Lima Sobrinho

Hl ENHO o prazer de acentuar,¦ no momento em que se regis-

X tra e se comemora o octogési-mo aniversário de nascimento

de GUberto Freyre, o que se poderiaclassificar como a sua pemambucani-dade. Com uma diferença de idade,que era de 1,5% há 60 anos e hoje nãochega a 0,4%, decerto que em meudesfevor, posso valer de testemunhopara a sua longa vida, uma vez que nosfoi dada em partilha a longevidade,que só não considero prêmio quandovejo a ausência de tantos velhos ami-gos com que contávamos.

GUberto Freyre pode ser incluídona lista, nfio muito apreciada, da pre-cocidade, que encontrou nele um bri-lhante defensor. Eu nem o conhecia devista quando escutei a fama das mani-festaçóes de sua extraordinária inteU-gência. Ele cursava então o ColégioAmericano, em que era apontado co-mo aluno prodígio. Eu já fasia o cursode direito na Faculdade (que, como oBispado, deverá ser denominada deOlinda e Recife), concluída a fase cole-gial no excelente educandfirio de Cán-

VorfaoM Uma Sobrinho, da Academia Brasileira dtUm, é colaborador do JORNAL DO BfiASIL

Gilberto Freyre: a província

ne, um cético mais ao gosto de minei-ros que de ardorosos pernambucanos.Sylvio RabeUo, nas memórias Tem-po ao Tempo, aponta os primeirosinfluenciados pelo recém-chegado:Olívio Montenegro, José Lins do Regoe ele próprio. Todos pela revalorizaçãogUberteana dos trópicos, procurandoconcUiar o antropologismo social deBoas, a vinhetas culturaUstas de Sim-mel (autor de uma sociologia da modae não só de massudos tratados neo-kantistas) e o esteticismo tradiciona-lista de ingleses, franceses e ibéricos. Aiconoclasta de GUberto ia ao pontoapenas de Mencken, o sulista norte-americano auto-ironizador da deca-dência, e de Sorel, o anarquista con-servador que chegara a interessar Lê-nine e que terminaria com uma dasprincipais fontes de inspiração deMussolini.

A Revolução de 30 embaralharia ascartas.

De repente GUberto acompanhavaa queda do seu amigo e protetor Estfi-cio Coimbra, seguindo-o no exülo, aele Estficio, um dos últimos genuínossenhores de engenho pernambucano,mais patrício que meramente feudal,um gentleman farmer. E, ao voltar,com a decisão de ampliar sua tese demestrado em Columbia no Uvro quelhe daria mais fama, Casa Grande &Senzala, deparou-se com o estranhoquadro do conservadorismo se reno-vando pela força e desprezando a tra-diçfio: o Estado Novo. Para este, bemcomo para o naá-fascismo seu inspira-dor, Maurras e seguidores nfio passa-vam de direita festiva. OUveira Vianaqueria saber de sentimèntalismo tra-dicionalista, preferia mesmo o corpo-rativismo de Mussolini, transformadoem mania inclusive no Portugal ondeSalazar também o adotava, deixandoSardinha para as horas de nostalgiado regime.

Dal Francisco Campos estranhar oque lhe parecia subversivo dUetantis-mo nas propostas de GUberto, no sen-tido de trazer ao BrasU os perigososliberais Thomas Mann e Américo Cas-tro. E parecer ao populismo autoritfi-rio de Agamenon Magalhães um nefe-Ubatismo a atitude gUberteana poucoprática de propor uma volta ao missio-nário telúrico, Padre Ibiapina, em vezda então empolgante Juventude Hitle-rista, sugerida pelo beneditino alemãoDom Conrado como modelo para osbrasüeiros. Por conta de artigo nestesentido, Gilberto acabou preso, suacasa vigiada e ele empurrado parauma redemocratização tumultuária.Tentando atualizar-se naquela onda,GUberto Freye andou se interessandopelos trabalhistas britânicos e dedi-cando Uvro a um dos maiores deles,Stafford Cripps, convenientementetambém um Sir...

O integrismo catóUco, jâ levantan-do a cabeça diante do nascente moder-nismo vislumbrou, através de ManuelLubambo e seu grupo da revista Fron-teira, a pior subversão dos costumes enão só da poUtica em Casa Grande &Senzala: a seu ver escandalosa mistu-ra pansexuaUsta, recorrendo a Freud eHavelock EUis, ao lado de ameaçadorreconhecimento implícito da lijta declasse ao querer reabUitar o negro,apesar das advertências contrárias deOUveira Viana, também um racista.Lubambo e adeptos não perceberamque os ataques gilberteanos contra ausina, tanto quanto os de José Lins doRego, eram em nome da casa grande edo sobrado, nunca da senzala e domucambo... Bastava qualquer restri-ção à ordem refortalecida, que os esta-donovistas reagiam de lança em riste.

diplomata cosmopoUta mas semprelembrado das mangas de Itamaracã,bem como os pintores Vicente do RegoMonteiro, com seu irmão morto naFrança, e EmUio Cardoso Ayres, tio deLula, mais moderno e famoso.

Neste contexto podemos começar aentender a visão senhorU do mundoem GUberto Freyre, aflorada por Car-los Guilherme Mota, muito preocupa-do com os concursos da Faculdade deFUosofla da USP, então na Rua MariaAntônia, capítulo sem dúvida tambémimportante na historia da cultura bra-sUeira.

GUberto sairia deste Recife, comtão fortes e típicas vivências intelec-tuais, para estudar nos Estados Uni-dos. De início o bacharelado em Bay-lor, no Texas, e depois em Columbia,numa Nova Iorque vizinha de Wa-shington na qual freqüentava a resi-dência do pernambucaníssimo cida-dão do mundo, OUveira Lima, por eleretratado no D Quixote Gordo. Nasreminiscéncias do seu auto-exilio, e nabibUoteca doada após sua morte àUniversidade CatoUca, OUveira Limamuito serviu para manter acesa a per-nambucanidade gUberteana.

Quando GUberto Freyre retomouao Recife — tendo completado seuitinerário pela Inglaterra, França, Ale-manha e Portugal — trazia assim ino-vagões, porém não exotismos à paisa-gem cultural recifense. Era mais umramo florescente, por sinal o mais fe-cundo, e não um enxerto. Voltava enri-quecido à casa paterna.

E bem verdade que esta nem sem-pre o entendeu. Chegaria ao ponto deser-lhe até injusta, embora nunca otenha ignorado, inclusive no meio depolêmicas. Pois a presença gUbertea-na jamais se tomou exclusivista noRecife, apesar de predominante. Aproverblal combatividade pernambu-cana não o pouparia inclusive deagressões injustas, uma delas física,quando se viu preso nos cárceres doEstado Novo.

A volta de GUberto ao Recife ocorrenos meados da década de 20. Passara aexercer sua influência pelas páginasdo secular Diário de Pernambuco, ojornal mais antigo em circulação naAmérica Latina e assim outro baluarteda cultura pernambucana, e d'A Pro-vincia, último órgão da RepúbUca Ve-lha patrocinado por Estficio Coimbra,Governador deposto pela Revoluçãode 1930, na companhia de GUberto,seu amigo e secretário particular, queo acompanharia na aventura do exílio.

Atitude muito normal e mesmo pre-visível num jovem trazendo não só asociologia de Giddings e a antropolo-gia de Franz Boas para o primeirocurso sociológico regular no BrasU, naEscola Normal de Pernambuco, quan-to também as idéias da Action Fran-Çaise de Charles, Maurras, conhecidaatravés da amizade de Régis de Beau-Ueu, da Acción Espanola de José Antô-nio Primo de Rivera e do integralismolusitano de Antônio Sardinha, mestrede Salazar. GUberto Freyre escreveriamuito sobre eles, depois reunindo osensaios do Uvro, pouco conhecido, em-bora muito sintomático, Artigos deJornal. Seu posterior lusotropicaUsmotinha raízes.

Pois ao ensaísmo gUberteano nãorepugna a freqüente presença perio-dística. GUberto Freyre chega a serum destes raros escritores capazes dotratado e do artigo, unidos pela pontedo ensaio, por ele aprendido mais en-tre ingleses como Walter Pater, a espa-nhóis do tipo de Unamuno, que entrefranceses, mesmo ao nivel de Montaig-

Além do mais se tratavam de dlscípu-los de Jackson de Figueiredo, inflexí-veis na defesa da autoridade. Em se-guida incentivadores de füriosa cam-panha contra Jacques Maritain, por-que este lnfletira do ultraconservado-rismo de L'Antimoderne para a mode-rada aceitação do pluraUsmo emL'Humanisme intégral, traduzido pa-ra o português por Afránio Coutinho.Atitude, ao ver dos pré-integristas,condicionando a suposta temeridademaritaineana de defender os catoücosrepublicanos bascos contra a perse-guiçáo franquista. O jesuíta PadreFernandes orientava teologicamenteesta reação. Ela tinha de voltar-setambém contra GUberto Freyre.

Chegaram ao ponto de arrancar osexemplares de Casa Grande & Senza-la das Uvrarias e queimá-los no pátiodo colégio inaciano, à maneira deGoebbeü na Berlim da tomada pelopoder pelos nazistas em 1933, quandoerguiam piras de Uvros proibidos... Jáem 1934, logo após o retomo de GUber-,to do exUio e antes da pubUcação deCasa Grande ocorrida no ano seguin-te, tinha sido chamada a atenção dapoUcia contra o Io Congresso Afro-BrasUeiro, por ele reunido. Não que-riam os integristas lembra-se ter sido omesmo GUberto o autor do manifestoregionalista de 1924, a mais ardentedefesa dos valores tradicionais. Mas éque esta se apresentava muito sociolo-gística, sem atender à ortodoxia cato-Uca, estranha ao jovem que partira doRecife para os Estados Unidos atravésde Ugações protestantes, após umatemporária conversão, testemunhadapor Sylvio RabeUo em Tempo ao Tem-po e reclamada por autores evangéU-cos em opúsculos indiscretos.

Nada disto contava, em termosneoconservadores, para aqueles esta-donovistas radicais da ordem ortodo-xa, catóUca e corporativista. Discípu-los de Agamenon gabavam-se de serPernambuco o único lugar do BrasUonde a outorgada Constituição para-fascista era cumprida ao pé da letra.Com poUcia política e tudo, tambémse mobilizando com êxito em termosde populismo autoritário. Sucesso re-percutindo inclusive eleitoralmenteem favor de Agamenon, após a rede-mocratizaçfio, quando acabou rom-pendo com os principais daqueles fa-nfiticos reUgiosos.

Naquela época, o maior compa-nheiro intelectual de GUberto Freyreera o seu primo e amigo Ulysses Per-nambucano, grande renovador da pe-dagogia e da psiquiatria social, pai dohistoriador José Antônio Gonsalvesde MeUo Neto, autor de uma historiasocial da denominação colonial holan-desa no Nordeste, Tempo dos Flamen-gos, também gUbertana. Ulysses mor-reria em grande parte por conta dosmaus tratos perpetrados contra elepela polícia estadonovlsta. Uma dasacusações se referia à assistência psi-cológica dada por Ulysses Pernambu-cano aos cultos afro-brasileiros, lança-dos na UegaUdade e perseguidos aferro e a fogo em quase Uteral caça àsbruxas.

Justiça se lhe faça: talvez tenhasido este o momento máximo do cida-dão GUberto Freyre, numa desobe-diência civü digna de Thoreau, a quemele então muito citava. E ao camaradaWalt Whitman, como o chamava... Suaresistência entusiasmou toda uma ge-ração, que o acompanharia, em passode procissão, pelas ruas do Recife,pátio da Faculdade de Direito até apraça do Diário de Pernambuco, emcuja sacada discursava, quando a ba-

la, que lhe era destinada, atingia nafronte o estudante e discípulo amadoDemócrito de Souza Filho. Lá embal-xo, na multidão, também tombava notiroteio, desfechado pela poUcia poUti-ca estadonovlsta, o carvoeiro AtenueiElias. Era o dia 3 de março de 1945.0Diário empastelado, seu diretor Aní-bal Fernandes, paradoxalmente ummaurasiano, agredido pouco antes pe-los sicários: o Estado Novo começavaa agonizar, quando parecia intensifl-car a reação.

MU novecentos e quarenta e cincofoi o ano de glória poUtica para GUber-to: a juventude consagrou-o nas umasDeputado federal, numa das mais lin-das campanhas eleitorais que abala-ram Pernambuco em toda sua histó-ria. Para quem nfio for recifense este.pormenores podem parecer secundá-rios ou remotos, porém nunca para umpernambucano autêntico. Entre nós ointelectual verdadeiro tem de passarpor este batismo de fogo popular. To-bias Barreto, para os não pernambu-canos, nfio passa de um erudito; paranós é também o Deputado provincialeleito pelo Partido Liberal fi base doseu "discurso em mangas de camisa",redescoberto por Hermes Lima quetinha tanta sensibUidade para estascoisas. As campanhas aboUcionistasde Castro Alves e Joaquim Nabucojamais foram de salão: quando o Tea-tro Santa Isabel não cabia mais gente,ela se espalhava pela ruas e praças,carregando nos braços os seus Uderes.De novo em 1930 trovejando aplausosaos oradores da Aliança Liberal, comJosé Américo de Almeida à frente, tãofilho espiritual da Faculdade de Direi-to quanto aqueles outros.

Não se tratavam de meros tribunosou panfletários: eram pensadores, ju-ristas, escritores capazes de dirigir-seao mesmo tempo aos eruditos e àsmassas, no Recife onde uiva o ventoda Revolução, na imagem de TobiasBarreto, contaminada pelo maUgnovapor pernambucano a que se referia oPadre Dias Martins no seu martirolò-gjo poUtico...

GUberto Freyre, em sua orgulhosae consciente pemambucanidade, en-tendeu-o muito bem e, na sua longavida, foi o ideólogo de duas gerações, asua própria e a do fim da existência,unidas pelo sentido da ordem e poroutro lado o herói de uma outra, inter-mediária, à qual de certo modo perten-ço. Nenhum brasUeiro ou estrangeironos entusiasmou, a nós todos, malaque ele. Inclusive nas suas própriascontradições, ao ser exaltado ou rene-gado. PersonaUdade fascinante, esta,ate mesmo com um carisma pessoal,no qual se misturam o charme eruditocosmopoUta e o combativo ardor reci-fense. Síntese multo típica do genuínointelectual pernambucano ou pemam-bucanizado, desde Nabuco ao baianoCastro Alves, os sergipanos Tobias aGUberto Amado, o paraibano JoséAmérico, entre muitos outros natos ouadotivos. Paradoxal combinação desutileza e violência que muitas vezesnos torna antipatizados pelos que sãoapenas uma coisa ou outra e portantoas julgam dimensões incompatíveis.

E impossível entender GUbertoFreyre fora deste contexto racional-passional, principalmente a ele quepassou a vida danto também o exem-pio do freqüente tráfego entre o Recifee a Europa e os Estados Unidos, comeventuais vilegiaturas pelo BrasU. Etão Qel aos paradoxos da pernambuca-nidade.

A sua colina de Apipucos subiramvárias gerações: montanha de Zara-tustra para uns e Canossa para outros,

Vanüreh Chacon

Recife sempre teve uma tradi-¦ ¦ Çào de Ugações diretas com a

Europa e os Estados Unidos.Foi seu porto que a tornou pos-sivel. As dificuldades do transporteterrestre, só superadas pela constru-çáo da rodovia Rio—Bahia, acentua-vam o Isolamento da Capital mais doque pernambucana de toda uma sub-região nordestina abrangendo um ar-co desde Natal a Maceió e penetrandoaté o sertão do Araripe: raio de in-fiuência também das suas revoluçõeslibertárias. Ecoando a cidade quasehanseâtica, que surpreendeu CharlesDarwin, no seu périplo a bordo doBeagle, donde extrairia experiênciasconfe8samente úteis para sua teoriada origem das espécies.

Esta metrópole tinha igualmenteenraizados hábitos culturais: pelo seuTeatro Santa Isabel, jóia neoclássicafrancesa de meados do século XIX,passaram as mesmas companhias deópera que freqüentavam os palcos doRio de Janeiro, São Paulo, BuenosAires. Desciam dos navios, depois dosaviões, escalando no Recife. Meninodeslumbrado, ouvi Arthur Rubinstein,Jascha Heifetz e Yehudi Menuhin noSanta Isabel, quando ainda não haviaUnhas aéreas diretas entre o Rio, aEuropa e Nova Iorque.

Para as Uvrarias recifenses vinhamtambém sem escalas as últimas pubU-cações. Eram os üvreiros LaUlacard notempo de Tobias Barreto, Nogueira noprincípio deste século e Berenstein naminha adolescência.

A hoje sesquicentenária Faculdadede Direito sempre dispensara interme-diários internacionais. Com evidentemenor freqüência do que baUarinos ecantores, passavam escritores peloRecife. Foi lá que conheci Albert, Ca-mus, John dos Passos, Jean-Paul Sar-tre, Simone de Beauvoir e ArnoldToynbee. E ao corpo docente da tradi-cional Faculdade pertenciam OdUonNestor e Samuel Mac DoweU Filho,que conheceram pessoalmente MareeiProust em Paris...

Muito antes, em fins do séculoXVin, o botânico Arruda Câmaraaprendera sua ciência e UberaUsmo naEuropa Uuminista, donde os trouxerapara a Conjuração dos Suassunas, queantecedeu a própria Revolução de1817. Dos fracassos sairiam para oexüio em Bogotá o poeta NatividadeSaldanha (em 1824) e o General Abreue Lima, a tempo de este último partici-par das campanhas de Bolívar. E doRecife da segunda metade do séculoXIX partiria Joaquim Nabuco para aEuropa. Escreveu, de início em fran-cês, sua célebre página Massanganasobre um típico engenho pernambuca-no, recordado em Paris...

Esta tradição veio ate minha gera-ção: conheci a Europa três anos antesde percorrer o BrasU. Minha famíliamaterna era de afrancesados, como osPeretti e Aquino Fonseca. Hábito tam-bém baiano e não só carioca ou pau-lista.

Já os filhos de usineiros do açúcarcostumavam estudar Agronomia emBaton Rouge, na Louisiana táo pareci-da com Pernambuco, sem conhecer oscanaviais do Estado do Rio e SãoPaulo.

Na geração, que antecede a de GU-berto Freyre e com a qual privou deperto: figuravam Alfredo de Carvalho,historiador e engenheiro formado naAlemanha e nos Estados Unidos (coisarara naquele tempo) e Oliveira Lima,

D»Mflho d* Gilberto Frtyr».Arquivot de J060 Condé.

discípulos de primeira hora ou conver-sos, cristãos velhos ou cristãos novos...

Eram os pintores Vicente do RegoMonteiro, Cícero Dias, pioneiros domodernismo, Lula Cardoso Ayres eFrancisco Brennann, momentos se-guintes do regionalismo. O romancistamaior José Lins do Rego. Os críticosUterários OUvio Montenegro, EduardoPorteUa, Leônidas Câmara. Os teatró-los Ariano Suassuna e José CarlosCavalcanti Borges. Os poetas MauroMota, Aluísio Magalhães (depois gran-de "designer" brasUeiro), Carlos PenaFilho, Féllx de Athayde, César Leal,Marcus Acioly. Os ensaístas João Pon-tes, Evaldo Cabral de Melo, MarcusVinícius VUaça, Luís Jardim, NelsonSaldanha, Renato Carneiro Campos eeu próprio. Os historiadores JordãoEmerenciano, José Antônio Gonçal-ves de Melo Neto, NUo Pereira e Ar-mando Souto Maior. Os antropólogosWaldemar Valente e René Ribeiro. Oseconomistas Clovis Cavalcanti e Ro-berto Cavalcanti de Albuquerque. Omais que blbUotecário, cientista debibUoteconomia, Edson Nery da Fon-seca. Os jornalistas Aníbel Fernandes,Sylvio RabeUo, Marcos AuréUo de Al-cântara e muitos nos fazendo correr ograve risco da omissão.

Que outros falem das pesquisas edebates universitários incentivadospor GUberto Freyre no Seminário deTropicologia e no Instituto JoaquimNabuco hoje sob a direção de Feman-do Alfredo, seu filho é meu antigoaluno. Que outros tantos até mesmovenham aos dias atuais, onde GUbertocontinua ativo da luta poUticaMas que fiquem também registra-dos as vozes da diáspora, recordandonossa Massangana espiritual, altos deApipucos olhando a verde várzea doCapibaribe no pôr-do-sol e como Mau-rice Barrès descortinava a Lorena doalto da colina inspirada.

Relembrando Nabuco o maior denós todos, recifenses natos ou adoti-vos, nunca também se nos retira davista esse pano de íündo, que repre-senta os últimos longes da nossa vidaintelectual. "Os filhos de pescadoressentirão sempre debaixo dos pés oroçar das areias da praia e ouvirão oruído da vaga". E nós os clamores dasruas, onde recifensamente acabamsempre ecoando as cátedras, os jor-nais, os Uvros.Vomirah Chocou, sociólogo, é professor do Univertidoded» Bra»IIIo.

I

F

F

O

Page 46: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

Recife, 1906. Gilberto Freyre Gilhvrto Freyre, Baclielor of Arts, pvla Universidadecom *eis anos de idade de Baylor (Waco, Texas), 1920

Pi|B|lf^B^^^ % g^^^^HpjBfi^l

MMb||;v* |H^f

r ^"; /-

^ i xxii&KEj.

GFenti^JosiHondrioRo^iguereJo^ ^HpBHRKf Jk» *Antdnio Convolves no Engenho Pacatuba H|^^' (- ">^V '

Kifn. Pernambuco. IVt4. Foto <lr J

I Gilberto Freyre na Africa Ocidcntal, em GF doutor pela Universidade de Columbia,11951 Nova lorque

*¦&* "i&^vC: / '/a*

/* reyre aos 80 anos. Hoje.

L

4 ESPECIAL JORNAL DO BRASIL ? Domingo, 9/3/80

¦k •

. -• ' '

>' ¦<mmmmmrnmmmmmí mS^mmeSMúíMÊBSlím

UM ENCONTRO COM

GILBERTO FREYRE

Letfcia Lins

GILBERTO

Freyre, 80 anos. So-ciólogo, antropólogo, historia-dor social, escritor. Mais gene-

ralista do que especialista. GilbertoFreyre da casa grande e da senzala.Dos sobrados e mocambos. De alhos ebugalhos. Uma vaidade nacional paraalguns. Acusado de anglicismo, lusita-nismo, direitismo e esterilidade cultu-ral por outros. O cientista que fez comque o povo—através de Casa Grandee Senzala — entrasse para a Históriado Brasil Mesmo assim, a sua maisconhecida obra despertou comentá-rios que o transformariam também emum "defensor reacionário da aristocra-cia decadente do açúcar". Mas o se-nhor de Santo Antônio de Apipucospouco liga para isso: só carrega umtipo de frustração, a de ordem afetiva,a decepção com alguma amizade quefalha.

Critica a patrulha ideológica que seformou ao seu redor, fato que não énovo, pois em 1953, um leitor da revis-ta O Cruzeiro escrevia para a colunaPessoas, Coisas e Animais, sob res-ponsabilidade do próprio GilbertoFreyre, e indagava ao titular da secçãose ele era comunista ou anticomunis-ta. E lhe pedia uma definição politica,quando o escritor pernambucano jáconsiderava o marxismo comunista"completamente ultrapassado". Hojeele reconhece o valor de Marx, masrepudia a sua ideologia. Acha que osseus mais ferrenhos críticos — os cha-mados intelectuais de esquerda — es-tão a serviço de Moscou.

Apesar de ter colaborado na elabo-ração do programa da extinta Arena,Partido que deu sustentação ao Go-vemo implantado no pais a partir de1964, lembra que "de modo algum,cheguei a dar algum tipo de solidarie-dade ao Governo representado por es-ta agremiação". E assegura que teriacolaborado também com o desapareci-do Movimento Democrático Brasilei-ro, caso — na época — tivesse sidosolicitado. Hoje está disposto a opinarnão só para o PDS, PTB e PP, comoaté mesmo para o PMDB. Basta serconvocado. Afinal, todos os quatroPartidos em formação têm um pontoem . comum: "uma grande preocupa-ção com o social."

E em meio à programação oficialelaborada para comemorar o seu ani-versário (que vai de missa de ação degraças a exposições bibliográficas, eaté a seminários com especialistas in-temacionais sobre a sua obra), ele es-quece tudo que já fez: os 62 livrospublicados, os quase 3 mil artigos assi--nados em revistas e jornais, a funda-ção do Instituto Joaquim Nabuco dePesquisas Sociais. E mostra como estáse sentindo, nem antropólogo, nemsociólogo, nem escritor: "Simplesmen-te Gilberto Freyre, um brasileiro dePernambuco, que está fazendo 80anos".

Marx e as patrulha»ideológicas

Para Gilberto Freyre, não foi fácilcumprir à risca o seu juramento deadolescente, de transformar-se, umdia, em escritor. "Foi uma opção herói-ca e quixotesca". Hoje, ele diz com umcerto orgulho, que é um dos poucos noBrasil que vive exclusivamente de di-reitos autorais de livros, conferências eartigos, "o que me caracteriza comoum homem que vive do que escreve".A esta atividade, dedica quase todasas manhãs, em sua ampla residênciado tradicional bairro de Apipucos.Nesse horário, o mestre não recebevisitas, não atende telefonemas. É, se-gundo ele, uma forma antipática derelacionamento com o mundo, da qualnão pode abrir mão, "para não sercolocado para trás".

Faz questão de mostrar que não éfácil, no país, viver única e exclusiva-mente da atividade de escrever: "Amaioria de escritores brasileiros éconstituída de embaixadores, diplo-matas, ou altos funcionários em ativi-dade no magistério. O que tem meacontecido, é uma série de recusas aaltos cargos, tanto no Brasil como noexterior. Com essas recusas, fico fiel ávocação de escritor, e creio que inde-pendente de Governos, Partidos, uni-versidades, academias e até compro-missos ideológicos".

E especifica melhor a que tipo deideologia se refere: "Estou falando debem definidas ideologias. E uma des-tas é a marxista. Isto não significa, noentanto, que eu deixe de reconhecerem Marx uma das maiores inteligèn-cias do século XIX, cuja obra perma-nece válida sob vários aspectos, Sabe-mos que de Marx se deriva uma ideolo-gia fechada, sectária e intolerante.Dessa ideologia, desde jovem, venhome conservando independente. Istonão significa, repito, que desconheça ovalor do pensamento e da critica so-ciai que se encontra em Marx".

Talvez tenha começado pelas criti-cas do Mestre de Apipucos a Marx, areação—contra ele—dos intelectuaisde esquerda. Mas as suas posiçõespolíticas também têm sofrido conde-nação, pois já chegou, certa vez, adefender o AI-5 — como salvaguardanecessária para proteger o pais deforças estrangeiras, interessadas emdesagregá-lo e até mesmo a apoiar acensura à imprensa. Isto decepcionoumuitos dos velhos companheiros, queviam nele, quando candidato à reelei-ção para a Câmara federal, na décadade 50, o símbolo da resistência demo-crática, que deveria representar a mo-cidade livre de Pernambuco, que"nunca se curvou, mas sempre resistiucom todas as forças, aos governos deorientação policiaJesca". Artigos escri-tos na época, nos jornais locais sobre o

assunto, eram constantes. Um deles éassinado por Moacir Souto Maior, hojeo maior colecionador da obra de Gil-berto Freyre.

Esse contingente de admiradoresseria consideravelmente reduzido, apartir das posições políticas assumi-das por Gilberto Freyre, que passou aser acusado de reacionário por algumEm O Caráter Nacional Brasileiro,Dante Moreira Leite chega a dizer quesuas colocações — tanto no Brasil,como em relação ao colonialismo por-tuguès na África, durante o períodosalazarista — contribuíram para Iden-tiflcar o sociólogo com os grupos maisconservadores dos países de línguaportuguesa, e para afastá-lo dos inte-lectuais mais criadores."Disso resultaque Freyre é hoje, pelo menos no Bra-sil, um intelectual de direita, aceitopelos grupos no Poder, mas não pelosjovens intelectuais." (1969).

Mas o autor de Casa Grande e Sen-zala se defende, fazendo uma ressalva:"Precisamos, antes, chegar a um acor-do sobre o que seja intelectual noBrasil de hoje. Há, por exemplo, umasociedade brasileira de escritores daqual nove décimos evidentemente nãosão escritores. Entretanto, eles se pro-nunclam como se fossem, e prestamserviços de inocentes úteis à UniãoSoviética".

E acrescenta: "Ê muito curioso queeles se intitulem de liberais, democra-tas avançados, quando defendem eservem ao totalitarismo mui» comple-to que existe. Combati o nazismo e ofascismo. Com o mesmo ânimo, repu-dio o totalitarismo soviético. Este age,no Brasil, através do chamado patra-lhismo ideológico, distribuindo pechasde reacionário ou conservador a quemrepresenta orientações verdadeira-mente renovadoras e intelectualmenterevolucionárias. Essa patrulha dispõede todos os meios de comunicado,dos quais se utiliza, muitas vezes, comcinismo".

Ele não dá muita importância àspichações que lhe dirigem—até filmesuper-8 já se fez em Pernambuco, sati-rizando a sua obra e suas posiçõespolíticas — e justifica: "Não sou eu quetenho mudado, por minha própria ini-ciativa. E sim em face de mudanças,no Brasil, de orientação govemamen-tal. Tenho toda a autoridade além deIntelectual, moral, para assumir atitu-des em face de diferentes Governosque têm tido o nosso pais, pois denenhum deles tenho aceito cargos im-portantes. Já recusei, várias vezes, ml-nistérios e embaixadas que compro-metam minha independência e condi-cionem as minhas atitudes".

Apesar de ter recusado o Ministérioda Educação, que lhe foi oferecido peloentão Presidente Castello Branco, co-menta-se que o sociólogo, em 1952,teria tentado aproximar-se do entãoPresidente Ge túlio Vargas, para sernomeado embaixador ou ministro. Umdos jornais populares da época—Últi-ma Hora—chegou inclusive a denun-ciar o fato. Ele dá uma risada maliclo-sa, ao lembrar-se da ocorrência, e ex-plica sem nenhuma mágoa:—"Multo ao contrário. Tenho sidocortejado por vários Governos e a to-dos me recusei a aceitar cargos. Masvocê sabe, como jornalista, que os Jor-nais brasileiros nem sempre primampela mesma orientação. Na época,houve uma revista (faz questão de nãocitar qual) que publicou uma páginasobre "fracassados". Nessa página, co-locou uma foto minha, dizendo que euquis ser Embaixador em Londres, enão consegui. Mas o fato não era ver-dadeiro.Pluripartidarismo, abertura

e salvaguardasEleito deputado em 1946, atuando

na Câmara Federal até 1950, GilbertoFreyre era considerado "a grande es-perança da esquerda aristocrática"(segundo Carlos Guilherme Mota, emA Ideologia da Cultura Brasileira).Anos depois, colaboraria com o siste-ma implantado no pais em 1964, pres-tando ajuda à elaboração do programada Arena. No entanto, passados al-guns dias, daria uma entrevista a OEstado de S Paulo, na qual se notavacerta desarmonia quanto à orientaçãoque aconselhara ao Partido oficial e aoteor da reportagem publicada poraquele jornal. Mais tarde, em declara-ções prestadas à revista Veja (1972),afirmava ser "um homem perfeitamen-te identificado com o Governo, que-rendo apenas colaborar".

Hoje justifica que, do jeito que a]ü-dou a Arena, faria o mesmo com outroPartido qualquer: " Não de, de modoalgum, nenhuma solidariedade ao Go-verno representado por este Partido.Fui consultado para dar sugestões decaráter social à Arena, e assim o fiz.Teria dado sugestões da mesma espé-cie ao Partido de oposição, se tivesserecebido solicitação nesse sentido. Demodo que as criticas de que sou umhomem engajado ao Governo não têmbase". Reconhece, no entanto, que assugestões por ele dadas não forampostas em prática. "Indiretamente,talvez".— Mas elas se anteciparam à atualpreocupação dos quatro Partidos emformação no Brasil, de darem relevo aproblemas sociais, como dignos de seconstituírem em empenhos de Parti-dos políticos. A preocupação com osocial chegou um pouco tarde, poistendo tido o movimento de 1964 umaexcelente oportunidade de tomar pro-vidências de caráter social importan-te, inclusive em relação a problemasda terra e a dificuldades sociais liga-das à agricultura, preferiu, entretanto,concentrar-se na solução de proble-mas especificamente econômicos e po-liticos, iniciativa que, sem dúvida, pre-

GF entre CíceroDia,i, à esq., eSérgio Buarque deHolanda, à dir,,estando sentadoRodrigo de MeloFranco. Rio,1935. (Arquivot deJoão Condé)

Casal Gilberto eMadalena Freyreem 1940

judicou grande parte da populaçãobrasileira.

Hoje mostra-se disposto a colabo-rar com as quatro agremiações emformação. Acha que em face do abis-mo verificado entre as classes sociais,o país pode entrar em convulsão so-ciai, e pede uma Imediata redistribui-çáo de renda, devido a dois grandesdesníveis: os salariais e os regionais.Gilberto Freyre admite também aexistência de forças que querem desa-gregar o Brasil:

Elas continuam agindo comonunca, e constituem ameaças para anação. Durante a época de existênciado AI-5, eu o reconheci como um meiode defesa da penetração dessas forças,embora aquele instrumento tenha-seprestado para violências e Injustiçaslamentáveis. Dal porque achei muitooportuno ele cair. Creio, no entanto,que o Brasil continua a precisar desalvaguardas contra o desenfreado im-perialismo russo soviético que se vemapoderando de cubas, angolas e etió-pias.

Procura não se referir a outros tiposde imperialismo, e ao ser provocado;responde sintética e evasivamente:

O imperialismo americano tam-bém está agindo. Na nossa música, nasmultinacionais. No momento, o pri-metro é mais perigoso, o que não querdizer que, no passado, o Brasil tenhadeixado de se defender contra o Impe-rialismo estadunidense.

Defensor da democracia relativa —"a democracia no Brasil tem que serrelativa, como é em toda parte domundo, inclusive já nasceu relativanos Estados Unidos" — ratifica a suaaversão aos liberais, que, segundo ele,não são "carne nem peixe", pois "oliberal não resolve nada. Foge sempredas soluções". E procura explicar-semelhor

O que não me satisfaz nas solu-ções ditas liberais não é o fato de elasme parecerem utópicas, mas, sim, porcolocarem soluções abstratamente ju-ridicas e políticas sobre as reclamadassituações complexamente sociais. Aí éque me parece estar a fraqueza dosliberallsmos, tanto o político como oeconômico.

Obra germinal eo generalismo

Para um autor de tantas obras —cerca de 62 livros publicados (algunsdos quais traduzidos para o inglês, oespanhol, o italiano, o francês e o japo-nês) — toma-se difícil falar do seupróprio trabalho em apenas uma con-versa, e ate mesmo especificar o livrode sua preferência: "Não 6 fácil a umpai que teve vários filhos dizer qual ode sua absoluta preferência. Com rela-ção aos meus livros, direi que conside-ro Casa-Grande e Senzala o mais ger-minaL Ou seja, ele representa, entre osvários que tenho escrito, o gérmen, olivro provocador de outros livros".

E contesta algumas críticas de quea obra é uma visão burguesa da épocaaçucareira, pois "todo livro é, em par-te, escrito de um ponto-de-vista condi-cionado pela personalidade e expe-riência pessoal do autor. Nota-se, en-tretanto, que um dos europeus quepode ser considerado como conhece-dor do Brasil, o suíço Blaise Cendras,destacou que nesse livro, pela primei-ra vez, um autor juntava a seus colabo-radores pessoas de sua própria classe eex-escravos. Portanto, gente das sen-zalas, e não somente os sobreviventesdas casas-grandes"."Creio que esta observação de Cen-dras responde por mim à critica de queo livro persegue toda uma perspectivaaristocrática." Não seria necessário,no entanto, recorrer a especialistasestrangeiros para Justificar seu ponto-de-vista. O antropólogo Darcy Ribeiro

um reconhecido intelectual de es-querda — também já reconheceu, emprefácio da edição venezuelana daobra mais conhecida do sociólogo per-nambucano, que foi através de CasaGrande e Senzala que o povo entroupara a nossa História.

Para Gilberto Freyre," quanto ãperspectiva aristocrática de CasaGrande e Senzala, "creio que a obravem sensibilizando não só lntelec-tuais, como Euclides da Cunha, comoaté mesmo o homem do povo. Disto étestemunha a iniciativa de uma gran-de escola de samba do Rio de Janeiro

a Mangueira — que já chegou adedicar um de seus famosos desfiles àInspiração não só desse livro comotambém de Sobrados e Mocambos.Foi um memorável desfile, que mostraa receptividade espontaneamente po-pular em relação a minha obra". Osgilbertólogos mais ardorosos não es-quecem o fato de que, apesar de osociólogo ter estudado cinco anos noexterior, preferiu não esquecer os valo-res populares de sua terra, a cozinhade seu povo, a linguagem, as crenças ecostumes, dedicando uma tese à "vidasocial no Brasil no meado do séculoXIX", que seria a antecipação de CasaGrande e Senzala

Hoje, com 62 livros publicados; 85opúsculos (trabalhos com menos de100 páginas); 67 contribuições emobras coletivas nacionais e estrangei-ras; 160 prefácios dedicados a obras deoutros autores; e cerca de 2 mil 500artigos publicados em vários jornais erevistas, Gilberto Freyre é, segundoum dos seus estudiosos, o ProfessorEdson Nery da Fonseca, "o autor daobra que reputo a maior da vida literá-ria brasileira. Ê maior, talvez, do que ade Monteiro Lobato, também muitoextensa".

Gilbertólogo — sempre disposto adefender com argumento, unhas e den-tes o Mestre de Apipucos — Nery daFonseca contesta as criticas a CasaGrande e Senzala, e principalmente

aqueles que afirmam que a obra deGilberto Freyre deveria ter parado aí,Pois há muitos que dizem isso. Inclusi-ve em livros e artigos publicados emJornais e revistas.

— Ora, o próprio Otto Maria Car-peaux acha que Sobrados e Mocam-boa é mais Importante do que CasaGrande e Senzala Aliás, não se podeseparar um livro do outro. Enquanto oprimeiro estuda a formação do patriar-cado brasileiro, o segundo observa asua desagregação. Depois, viria Or-dem e Progresso, sendo esta a famosatrilogia de Gilberto Freyre a ser trans-formada em tetralogia, com a conclu-são de Jazigos e Covaa Rasas, sobreritos e sepultamentos de mortos noBrasil patriarcal, — explica Nery daFOnseca

A obra é muito vasta. Há algunslivros—como o Guia Prático, Históri-co e Sentimental da Cidade do Recife— escrito em 1934, com ilustraçõesoriginais de Luís Jardim, e que, segun-do o especialista, "foi o primeiro, noBrasil, feito especialmente para biblió-filos e o primeiro do gênero, no mundo,pois ninguém já havia escrito o roteirotambém sentimental de alguma cida-de". Escrito logo após Casa Grande eSenzala, o livro teria um similar, em1939, com bicos de pena de ManuelBandeira: Guia Prático, Histórico eSentimental da Cidade de Olinda. Hátoda uma obra paralela, de muita im-portáncla, mas que, esgotada, desapa-teceu das livrarias, tornando-se desço-nhecida do grande pública Restam,nas prateleiras, obras esparsas, alémdo Indispensável Casa Grande e Sen-

t o caso, por exemplo, de TempoMorto e Outros Tempos; Como e Por-que Soa e Não Sou Sociólogo; Prefá-cios Desgarrados; Cartas do PróprioPonho sobre Pessoas e Coisas do Bra-sil e do Estrangeiro; Tempo de Apren-diz; Alhos e Bugalhos; Oh de Casa!

Controvertido, foi ele quem em 1926lançou o Manifesto Regionalista, re-fletindo os ideais dos participantes doCongresso Regionalista — o primeirodo gênero, efetuado na América do Sul— e que, para alguns intelectuais nor-destinos, foi mais importante do que aSemana de Arte Moderna, já que serecusava a imitar o Modernismo euro-peu. Mas houve quem considerasse odocumento como um falso manifesto,escrito em data posterior a 1926, sim-plesmente para marcar a presença doautor de Sobrados e Mocambos comopioneiro do Modernismo no Nordeste.Mas em Pernambuco as opiniões dis-cordantes não têm grande repercus-são, e tanto é assim que o manifestocontinua não apenas a ser consideradoverdadeiro, como um importante do-cumento sobre a cultura da região.Com uma vantagem — "a de não tersido uma imitação passiva das moder-nices estrangeiras". E os seus 50 anosforam comemorados, em 1976, compublicações, festas e uma nostálgicaceia regional.

Pois até mesmo o Manifesto Regio-nallsta está desaparecido das livra-rias. Conhecedor profündo da obra deGilberto Freyre, Edson Nery da Fonse-ca chtgou a fazer um plano de publica-ções a ser apresentado às editorasbrasileiras. E destaca sempre que osociólogo é um antiespecialista. E as-sim se considera o autor de Alhos eBugalhos, ao ser indagado a respeitodo que ele não escreveu ainda:

E difícil dizer sobre o que aindanão escrevi. Mas não sou forte nem emmatemática nem em física. Na verda-de, sou um generalista. Evidentemen-te, na minha atividade de escritor,tenho sido antes um generalista doque um especialista fechado. Há pou-co, fez-se, nos Estados Unidos, umagrande sondagem sobre a situação cul-tural daquele pais. Verificou-se que elevinha sofrendo de excesso de especla-lismos e de escassez de generalismos.Creio que minha opção pelos genera-lismos tem sido certa O Brasil precisade generalistas e não apenas de espe-cialistas.

E acrescenta:" Daí porque me con-sldero mais um escritor, que me permi-te uma atividade generalista, do quecientista social, sociólogo ou antro pó-logo, setores estes que foram minhaespecialização, graduação e pós-graduação".

Gilberto fala muito. Está empolga-do com os 80 anos, com os quais nãocarrega nenhuma frustração, a não seralgumas de ordem afetiva, com umaamizade ou outra que falha E pedeque sua atividade de pintor não sejaesquecida. Afinal, foi este o seu primei-ro meio de expressão, já que custou aser alfabetizado, o que levou a sua avóao túmulo "pensando que tinha umneto débil mental".

A pintura, para mim, representauma extensão de minha possível cria-tividade como escritor. Devo lembrarque fui pintor antes de aprender a ler eescrever. De modo que quando vim aser alfabetizado, Já era indivíduo queencontrava na pintura melo suficientede expressão. Esse melo, tão forte nomenino ou na criança que fui, voltouquando adulto, e dele não me afasteiaté hoje.

As manhãs, tem dedicado â tarefade escrever. Quando não está dispostoa escrever, joga alegre com seus pin-céis. E quando não faz uma coisa nemoutra?

Penso. Sou um escritor que pen-sa. A atividade de pensador é quasesempre silenciosa. E significa uma me-ditaçào diária.

Utfcki Ura é r*pórt«f do Sucursal cio JORNAL DOBRASIL «m Rtcífe.

GF entre José Honório Rodrigues e JoséAntônio Gonçalves no Engenho PacatubaSanta Rita, Pernambuco. 1944. Foto deBenício Watley Dias

C

• -.-v v ..... 1 "J,. . s'V. ^ ' Sit'

¦^tl s. '

v ¦ .v yytft

Page 47: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

JORNAL DO BRASIL D Domingo, 9/3/80 ESPECIAL 5

Gilberto: ano 80 aos 80 anosRaimundo Faoro W!%l®!i'&&ifi**StM

O

tempo, como realidade histô-rica e psicológica, está sempree em toda a parte na imensa esingular obra de Gilberto

Freyre, feita em mais de 50 anos deobstinado trabalho. Na intimidadecom o tempo entreabre-se uma daaportas da interpretação do seu estilo,estilo no sentido de compreensão cul-tural de um universo, estranho a qual-quer llteratice do bem escrever. O pa-rentesco de Proust seria a primeirasugestão ao critico afoito e incauto,modelo que teria comandado a recu-peraçâo do tempo perdido, do passadocomo tempo morto. Embora insinue,em algum momento, a matriz prous-tiana, que lhe teria ensinado a ver e a

. sentir mais do que os historiadores eos cientistas sociais, outra será a suaapreensão do tempo, mais próxima,revela no seu diário de juventude, doobscuro Valéry Larbaud, tradutorsempre lembrado e esquecido escritorde terceira categoria. "Contraste-se —lembra e destaca — o memorialismode Valéry Larbaud com o de Proust.Proust nos daria sempre — segundoPoppe—uma "sensação de vida inten-sa e claramente ressuscitada e postaem movimento". Larbaud seria menosrico, menos intenso, menos dinâmicono seu modo de recuperar o tempomorto, revivendo-o. Seu ponto-de-vista seria constantemente o de um"presente histórico": o Presente a sedissolver no Passado em vez de o Pas-sado ase movimentarem Presente. Demodo que em Larbaud a saudade "éevocação de tudo e de todos". Dopassado como do presente e do fütu-ro". Tempo Merto. Guarde-se a idéiamestra — "o Presente a se dissolverem Passado em vez de o Passado a semovimentar em presente"—e ter-se-áa posse do fio que conduz á sua obramaior, sua e da língua portuguesa detodos os tempos: Casa Grande & Sen-zala. A indicação leva a outra pautainterpretativa, calcada na teoria sócio-lógica do conhecimento: a presença daclasse ou do estamento na valoraçãodo tempo, como porta que se abre, emuma hipótese, e porta que se fecha, emoutra, com a saudade reclusa nas evo-cações da sala de visitas.

Se o passado ai está, integro diantedo presente e do futuro, impenetrávele autônomo, nada mais conseqüente elógico do que recompô-lo na sua globa-lidade. Não a globalidade do processo,do devir, do tempo que se move e seprojeta, mas, no caso, a do continenteperdido e submerso, artística Atântidaabrigada dos furacões e dos maremo-tos, suspensa a ação, para que, en-quanto dura a magia, o sonho não seinterrompa. O cerne filosófico de suaobra estaria ai, no primeiro esboço,entrevista imaginariamente, antesque a ciência, então em flor, viesse emseu socorro: " nova técnica ou novacombinação de métodos — o antropo-lógico baseado no psicológico, o histó-rico-social alongado no sociológico —para a captação e a revelação de umsocial total. Se conseguir isto — sãopalavras suas, na ingenuidade de umabela e atormentada juventude — tereirealizado façanha semelhante à deSantos Dumont. Serei outro brasileiroinventor de nova técnica de domíniodo homem sobre o problema que con-tinua fechado aos homens de ciência:o da análise e sobretudo revelação dosocial, por métodos que alcançam oassunto em sua totalidade e mutilada,por metodologistas como que assassi-nos. Anatômicos. "(TM).

Essa totalidade, essa globalidadetem sentido peculiar e se completa emsi mesma, na perspectiva, sempre ricae múltipla, de Gilberto. Extrema-se ese aparta da totalidade da dialéticahegeliano-marxista, repudiada, desdelogo, quando alude à técnicas e combi-nação de métodos, entre os quais sedissolveria esse conceito maior da filo-sofia da praxis. A combinação de cá-nones múltiplos, que se unem na cap-tação do passado, vincula-se ao empi-rismo, que agrupa, qualifica e agregaos fatos, para compor, em quadro ondenão falta o vôo histórico e o hálitoartístico, uma totalidade composta deadições. A dimensão do movimento,congelada no passado que náo se ex-pande no presente — sempre dentrodo paradigma de Valéry Larbaud —mitologiza a globalidade, que, captadapasso a passo, vive fora e acima darealidade, poética substancia forradade ciência. Outra é a percepção dialéti-ca: " Este mesmo sistema escreveMarx no Grundriss—como totalidadetem os seus pressupostos e o seu de-senvolvimento, no sentido da totalida-de, consiste justamente no submeter asi todos os elementos da socieade ouno criar para si os órgãos que ainda lhefaltam Transforma-se em totalidadehistórica. O desenvolvimento rumo aesta totalidade é um momento do seuprocesso, de seu desenvolvimento." Osenso do processo, com a mobilidade aele inerente, falta sempre que se confe-re ao tempo uma dimensão limitada elimitadora. Roland Barthes, na consa-gradora nota que dedicou à traduçãofrancesa de Casa Grande & Senzala,evocou Michelet para compreender aobra, evocação que está longe de sergratuita ou não intencional. Em um eoutro, em certo momento, a história sedetém, imobilizada pela beleza únicade uma hora que expirou, em quadraindefinível, a quadra culminante e de-finitiva, quando cessa o desenvolvimento e o processo.

*"" ¦ m& :x**Wâkm _\f/ ¦' K

mflmW *_\_fW*BuMÊL' . - _¦

.-Pff-fifc „P___ffF-'flfiirM-^-fc-á-í'* vR l^^-^-^-I B-P ^f ¦^ ____¦

_B_j_--BSfiB^.,'^_____:!*^^^S__IHK_^'Í_li-_K_r* *S_B

__ _Bli_-tMMÊmmÉMMÈM—*.- __\ M-B¦ Rii Kl_H_I

]r__u_i__W..111 _______ __________ ______3-$¦_*__ BBr

¦fã W\^.

____ÍM^~áívl-»wBl

^____-__™P--"-^-^_l mm

Há, em consonância e em conver-gência à igual visão, outra mão, na

GF em Àpipucos, 1958

verdade uma Sada, que suspende, tam-bém ela, sempre poeticamente, o fluxodo tempo. Ela viria da infância doautor, menos como entidade pessoalque como determinante de um modode conhecer e apreender a história, deum território habitado de fantasmas, asua Massangana, chamado da terra eprincipalmente das relações sociais eculturais que a terra reclama. O se-nhor de terras, de escravos e do enge-nho de açúcar, fruto de uma economiapré-capltalista na sua voracidade delucros rápidos, especulador e proprie-tário, converte-se, na perspectiva daobra de Gilberto, em aristocrata. Osalto, imediato, súbito e surpreenden-te, embora com muitos precedentes nahistoriografia brasileira, dita um estilode vida, com as notas de prestigio, quepassam a encobrir as origens e a ativi-dade econômica. O colonizador portu-guês, Impiedoso explorador da terra eda gente, enxundioso e cultor de todasas Vênus, avarentamente rasteiro, cc-mo se entende de um dos retratos queo autor pinta, se -fidalga, por obra dosistema de vida da empresa econômi-ca tropical. "Mas onde — lê-se emCG&S — o processo de colonizaçãoeuropéia afirmou-se essencialmentearistocrático foi no norte do Brasil.Aristocrático, patriarcal, escravocra-ta." Dessa aristocracia, diria o padreVieira, em página de maior realismo,verteria sangue das maõs e dos gros-seiros tecidos que a cobriam Com issose obscurece o tijolo da casa-grande,tinto de ferocidade avarenta, bem co-mo a nota imitativa do plebeu abur-guesado que saiu e emigrou de umasociedade coberta de fumos fidalgos,como a portuguesa dos três primeirosséculos da colonização. O que na pena

de Femão Mendes Pinto, que Gilbertolargamente admira, seria o estofo deuma sátira, aparentada de Moliére,passa a ter solene seriedade, conce-dendo ao potentado rural, imerso emprimários valores mercantis, brasõesmais próprios de uma noite de cama-vai do que da desumana quaresmaescravocrata. Náo estaria presente,nesse painel deslumbrado e não inédi-to, um ídolo — lembre-se Bacon —estamental, que ordenai e marca osvalores da história, clausurada numaglobalidade? Náo é exato, dir-se-á comapoio em Max Scheler e náo em Marx,que o modo de pensar e de apreenderos valores dependa inevitavelmenteda classe em que se situa o intérprete.Náo obstante, sempre que desfalece aimpiedosa vigilância crítica, ela, aclasse, ou ele, o estamento, irrompemna tela, ditando as cores e desflguran-do os personagens. A amável fada,insinuante e bela, a silfide de todas asadolescências, esconde, sem que senote, a face oculta e cruel, como namitologia.

Náo espanta, bem pesadas essascircunstancias, que muitas das proposlções de Gilberto se tenham incorpo-rado à Ideologia da classe dominante,com a roupagem de moldes cívicossem o lastro histórico que os contémA moeda cunhada por um escritorpassa, à revelia dele, a circular semembaraços, redistribuída, com a chan-cela real, pelos bancos oficiais. Recor-de-se o mais significativo desses mitos,que se desdobra num cacho de outros,pertinente à eventual ausência de an-tagonlsmo na sociedade brasileira. Doabraço sexual sem discriminações de

»__. _^___________ _______ Jqmo Nolonsp (mm

.<"'*i*ã? (___» y.PTO-^í^sWíSTWlll HM__K'''"3K» ¦¦" _M_I- : _j?.:;^'ea--d--------M8«8aBWI^-K^CTW-Pi<----j_ --¦¦ _ff_»"V!*».., ¦ - ¦•.' SSWÊÊmmmnm ____}

'•- A- - ¦ '¦ M-_?7_fc___ • i '. _^-*__M1'SÍW--' i1--'T_iB

)-:>&Jm_____j± ¦ __V^__P_]M __B * mH SI:^__nb__^_k__BBn_H_H^:;':^I_I

%m\ _______3RS•___,"'.' Wm H "'"•' ¦•r;íí5teS!l|^CS_B__r'' **"*•"^^™-^*rWlfttiMii m m.

~^^^Wr-*™Íl"¦ '^~-r-^S-___P-M_H_^_^_2

wWm ' •l'ri**t^m í^!_,*•- ,. ,wr<< ,-,, j

GF em Àpipucos, 1980

O espelho das cartas de Gilberto FreyreJosué Montello

UM

companheiro de moclda-de de Gilberto Freyre, aotempo em que ambos estu-davam em Columbla, Er-

nest Weaver, deu-lhe de presenteum volume das cartas de Nietzsche,com uma dedicatória em que expri-mia o seu desejo de que os estudan-tes das novas gerações viessem ater nas suas estantes um volumeintitulado Cartas'de Freyre.

Esse desejo profético está sendoagora correspondido. O professorSylvio Rabello, a quem devem asletras brasileiras três estudos ma-gistrais—sobre Euclides da Cunha,Silvio Romero e Farias Brito —dedicou os últimos anos de sua vidade historiador e pesquisador literá-rio a coordenar o livro sonhado porErnest Weaver.

A última carta que dele recebi,em 1972, pouco antes de sua morte,tratava exatamente desse livroexemplar. Ele não se limitara acoordená-lo, com a consciência doalto mérito de sua revolta paciente— nele pusera o sentimento de suaadmiração afetuosa pelo mestre deCasa Grande e Senzala. A obra dairesultante constituiria subsídio bá-sico para o conhecimento da perso-nalidade e da obra de GilbertoFreyre.

Vem a propósito lembrar aquique Machado de Assis, nas Memó-rias Póstumas de Brás Cubas, dei-xou este conselho experiente, queele próprio pôs em prática na guar-da de sua correspondência passiva,hoje recolhida ao arquivo da Aca-demia Brasileira: "Leitor ignaro, senão guardas as cartas da juventu-de, não conhecerás um dia a flloso-fia das folhas velhas, não gostarás oprazer de ver-te ao longe, na pe-numbra, com um chapéu de trêsbicos, botas de sete léguas e longasbarbas assírias, a bailar ao som deuma gaita anacreônica. Guarda astuas cartas da juventude".

Não obstante esse conselho ma-chadiano, que data de 1880, conta-dos serão os colecionadores previ-dentes que, no Brasil, guardariamas cartas da mocidade. As cartas deamor, sim; náo as de simples afeto.Dai a pobreza dos arquivos parti-culares, sobretudo depois que sesubstituiu a carta pelo telegrama ea conversa telefônica.

No caso particular de um escri-tor, as cartas que lhe saem da pena,embora dirigidas a uma única pes-soa, constituem documentos funda-mentais de sua futura biografia.Elas são, mesmo, de certo modo, asua autobiografia fragmentada, eque ele vai compondo sem dar porisso. Se pudessem ser reunidas nasua totalidade, corresponderiam aolivro intimo, palpitante de revela-ções espontâneas, com algumas desuas confidencias mais preciosas.Toda a sua vida estaria ali, refletidano espelho epistolar, permitindo-nos discernir o homem verdadeirona personagem em que este setransfigurou.

Mesmo quando o escritor tem opudor da confidencia, como no casodo romancista de Dom Casmurro,ela sabe encontrar a fenda por ondevem a lume. Eu tive oportunidadede comprovar, examinando a cor-respondência de Machado de Assiscom Joaquim Nabuco, José Verissi-mo, Mário de Alencar e Magalhãesde Azevedo, que, para cada umdeles, o tom do mestre era diferen-te. Só aos dois últimos, que podiamser seus filhos, o grande escritor seconfessou, e com esta distinção: aoprimeiro, transmitiu pequenas con-fldências de ordem pessoal; ao se-gundo, as confidencias literárias.

Gilberto Freyre contou desdecedo com dois interlocutores aten-tos, além de seus familiares: Olivei-ra Lima, que gostava de guardarpapel, por ser historiador, e Rodri-go Melo Franco de Andrade, queprontamente reconheceu tambéma dimensão excepcional do novocompanheiro. A esses dois, poderia-mos acrescentar ainda Olivio Mon-

tenegro, que pôs na guarda dascartas gilbertianas o zelo da adm.-ração fraterna.

Graças a esses três amigos, vie-ram ate nós algumas das muitascartas que Gilberto escreveu na ju-ventude, e ainda no começo da suamaturidade, quando o escritor ain-da náo havia recebido o aplausopúblico que nele sedimentaria aconfiança em si mesmo. O que nosficou ajuda a recompor o caminhohumano e o caminho literário deuma das figuras mais importantesdo Brasil contemporâneo.

Entretanto, lamentavelmente,muita carta se perdeu, ou estaráguardada a sete chaves por arqui-vista ciumento. Como explicar queno volume não figurem cartas aJosé Lins do Rego, a Jorge de Lima,a Jorge Amado, a Santa Rosa, aRachel de Queiroz, a Luis Jardim, aAugusto Frederico Schmidt, seuscompanheiros de geração literária?

Recentemente, num livro de epi-sódios joviais, contou Hervé Mille oque se passou com as 300 e muitascartas que Jean Paulhan, aindamoço, dirigiu a uma de suas ami-gas, Madame Henry. Encontrando-se com ela, já de cabelos grisalhos,Paulhan perguntou-lhe o que fizerade sua correspondência.

Queimel-a — disse ela, tran-qüilamente.

E ante o espanto do escritor, quevia assim transformadas em cinzasas pancadas de seu coração, acres-centou:

Desculpe-me. Eu pensei queas cartas tinham sido escritas sópara mim.

É bem possível que alguns dosinterlocutores de Gilberto Freyretenham tido o argumento de Mada-me Henry. Na realidade, entretan-to, as suas cartas sempre foramduplamente preciosas: pelo que di-ziam, na ordem das idéias e dasrevelações pessoais, e ainda pelacircunstância de serem escritas amão, numa letra torcida e clara, um

tanto inclinada para a esquerdacom muita' entrelinha, indicativado espírito reflexivo.

Se faltam as cartas dirigidas amuitos de seus amigos mais chega-dos, aqui estão as cartas do noivo ànoiva e do marido à mulher, e quenos mostram o Gilberto sentimen-tal, amigo da sua casa, devoto deseu chinelo, só aspirando da vida àpaz para poder trabalhar. E paz queMagdalena lhe deu, com o zelo porsua pessoa e o cuidado por suaobra, no velho solar de Àpipucoshoje repleto de livros, objetos dearte, amigos, filhos, netos e recorda-ções.

As relações de Gilberto com seueditor José Olympio aclaram outrocapítulo da biografia do escritor.Esplêndida vocação de patriarca,José Olympio há de ter sido paraGilberto, desde as primeiras horasda amizade recíproca, o senhor dacasa grande literária, com quem oamigo pernambucano sempre gos-tou de conviver, a despeito dos pe-quenos resmungos, próprios dacondição gilbertlana. As cartas queo escritor lhe enviou, durante maisde 40 anos de diálogo epistolar,poderiam compor um pequeno vo-lume à parte, como o que JacquesSuffel coordenou, há alguns anos,com as cartas de Flaubert a seueditor e amigo Calmann-Lévy.

Certamente, após a publicaçãodas Cartas do Próprio Punho, queSylvio Rabello diligentemente reu-mu, outras gavetas se abrirão paradeixar sair cá fora novas cartas deGilberto Freyre. Elas são indispen-sáveis à sua biografia, como acen-tuei. E mais indispensáveis ainda àhistória da cultura brasileira, dadaa circunstância de ser Gilberto,sem favor algum, uma das figuraspatrimoniais dessa cultura. E aque-Ia que, em nossa geração, mais ex-tensa e profundamente ensinou oBrasil aos brasileiros.

Jo*ué Montello, remancMa, da Acadmla Br-.il.k_és Utrat, t colaboro.- do JORNAL OO BRASIL

As pessoas segundo Gilberto FreyreDo Presidente João Baptista Flguei-redo: "O que me.encanta é a suaespontaneidade. E o fato de dizercoisas que o político convencionalnão diria".De Tristão de Athayde: "Ficará nahistória intelectual do Brasil como ocrítico, por excelência, do moder-nismo".De Luís Inácio da Silva, o Lula: "Con-fesso que tenho uma forte simpatiapor ele. Espero que continue a exer-cer liderança no setor sindical e queesta estimule outros lulas".De Florestai. Fernandes: "Umprofes-sor universitário dentre os melhoresdo Brasil, mas que sofre de sectaris-mo ideológico".De Fernando Henrique Cardoso: "Umdos marxistas brasileiros, que é mar-xista, sem deixar de ser admirável-mente lúcido".

De Fernando Gabeira: "Não conheçobem".De Raimundo Faoro: "Um dos maio-res intelectuais do Brasil de hoje".De Delfim Neto: "Uma rara inteligên-cia não só de especialista em econo-mia como de política".De Dom Hélder Câmara: "Uma gran-de vocação para a política, desde osseus dias de integralista, que nãoparece se sentir bem nos limites dosacerdócio católico. Inteligente e sim-pático".Do cacique Junina: "Temo que sejamenos ele do que o mito utilizado poroutros".Do Presidente Jimmy Carter: "Co-nheço-o pessoalmente. Já jantamosjuntos. Recebi carta dele, convidan-do-me para realizar conferências nosEstados Unidos. Pessoalmente simpá-

tico. Mas não me parece á altura daliderança de alcance mundial que es-tá sendo chamado a exercer, por cir-cunstâncias excepcionalíssimas".Do ayatollah Khomeiny: "Sem dúvi-da, uma voz a favor da espiritualida-deedo misticismo de que o mundo dehoje está sedento. Isso sem desconfie-cer nele um excesso na suafinalida-de, na sua maneira de interpretar oislamismo".De Gilberto Freyre: "JVão sou conser-vador e reacionário. Na verdade, souanarquista construtivo".Da crítica brasileira: "Se eu fosse de-pender da crítica brasileira, teria deme convencer de que sou um sujeitointeiramente insignificante".Da mulher: "O negro vai chegar àPresidência da República antes damulher".

L.L.

cor ou raça se teria gerado uma demo-cracia substancial, com projeções nasrelações políticas que transformaramum subcontinente numa isolada pro-messa de concórdia. "Considerada deum modo geral — diz em passagemfundamental — a formação brasileiratem sido, na verdade, como já salienta-mos às primeiras páginas deste ensaio,um processo de equilíbrio de antago-nismos... mas predominando, sobre to-dos os antagonismos, o mais geral e omais profundo: o senhor e o escravo. Éverdade que agindo sempre, entre tan-tos antagonismos contundentes,amortecendo-lhes o choque ou harmo-nizando-os, condições de confrateml-zação e de mobilidade vertical peculla-res ao Brasil: a miscigenação, a dlsper-são da herança, a fácil e freqüente

• mudança de profissão e de residência,o fácil e freqüente acesso a cargos e aelevadas posições políticas e sociais demestiços e filhos naturais, o cristianis-mo lírico à portuguesa, a tolerânciamoral, a hospitalidade a estrangeiros,a intercomunicação entre as diferen-tes zonas do país." (CG&S). Os anta-gonismos não se extremariam em con-tradições, primeiro na realidade soclo-lógica e histórica e, num segundo tem-po, no campo político, seriam indese-jáveis e dissocladores. A conversão emideologia de um postulado que serianeutro em sua essência teve profundasconseqüências na históriaa brasileirano curso da qual a ordem autoritáriase serviu, para náo ser perturbada, doexorcismo dos conflitos, sempre vistoscomo potencialmente subversivos.Dos conflitos harmonizados se chega,mediante a apropriação ideológica dascamadas dominantes e dirigentes, àescamoteação dos conflitos, ao bani-mento das dissidências, não raro pena-lizadas como se fossem crime. Nessaótica, não se poderia admitir a existèn-cia das classes sabido que, numa fasehistórica mais adiantada, elas entramem antagonismo.

Surpreende mas não espanta que,nos anos 30, os pressupostos da obrade Gilberto Freyre não fossem denun-ciados nas suas seqüelas. A sua pre-sença no mundo literário, ao contrário,foi saudada como ousada inovação,revolucionária na quebra de velhostabus arraigados e de preconceitosconsagrados. A critica não desproposi-tou, nem incorreu em nenhum exage-ro. Inegável foi o impacto inovador deCG&S no cenário de 30, dominadointelectualmente pelo arianismo e pe-lo elitlsmo. Mas, o que era novo enve-lheceu, à medida que as teses alcança-vam êxito, limpando a sociologia e ahistória das viseiras retrógradas, ül-trapassado um degrau, corajosamentetransposto, tomaram-se visíveis ou-tros obstáculos e também o retarda-mento que estaria implícito no que erainovador e que, com as novas circuns-táncias, envelheceu. Ao entusiasmodos anos 30 sucedeu a revisão dos anos60, na qual se viu, algumas vezes, ovezo lconoclástico. Reivindicou-se,uma vez que elas se configuraram gra-ças à literatura do tempo, o exame dascamadas exploradas e subjugadas,com a abertura do leque em direçãoaos movimentos de rebeldia, agora pa-ra acentuar as contradições arredadasou esvaziadas. Não se percebeu que,no reexame, estava ausente qualqueresquema conspiratório ou de sistema-tica demolição literária ou pessoal. Nofundo, inspirava-a uma implícita ho-menagem, uma das mais consagrado-ras em todos os tempos. A obra náo foirefutada, o que seria possível se elativesse permanecido uma entre tantastransfigurações da historiografia. Gil-berto, na verdade, trouxe uma contri-buição à história, na qual se integrou,fazendo parte do seu movimento edotando-a de alguns mitos. Forçosa-mente—este é o avesso de contribui-çáo de tal importância—deveria ocor-rer, com o tempo, a superação da so-ciologia gilbertiana, a superação emsentido hegeliano, que consiste em su-primir e conservar, em necessária ope-ração dialética. Tal superação, toda-via, se deteve diante da arte, pela qualse plasma, como se observou, o temporecuperado.

A trilogia Casa Grande & Senzala,Sobrados e Mocambos e Ordem e Pro-gresso, embora superada, viu, nos últi-mos 40 anos, muitas paredes se paru-rem, com as intempéries minando ai-guris dos pilares científicos que a sus-tentam. Ficou, entretanto, incólumenuma instância, inabalável a despeitode criticas e revisões. Altaneira e in-vulnerável, com a propriedade de que,depois' dela, a língua portuguesa sealargou e se engrandeceu, para nuncamais voltar ao que era há 50 anos. ComCasa Grande & Senzala ocorreu omesmo fenômeno observado por KarlVossler com respeito à obra de Burc-khardt, Cultura do Renascimento,que, abandonada por suas deficiênciasdocumentais, permaneceu intacta nainstância estética, sempre mais lida emais admirada, apesar dos dardos des-fechados pelos eruditos pesquisadoresàs suas bases. Sua sorte corre paralelaà sorte de Os Sertões, obra recheadade vasta ciência, hoje em perecimento,viva, não obstante, como uma dasepopéias mais impressionantes jamaisescritas. Casa Grande & Senzala so-breviveu à ciência, que muda e enve-lhece, emancipada dos seus mitos e dasua ideologia, emancipação que expli-caria seu prestígio aqui e no exterior,um dos raros livros qüe entram nacultura superior de todos os países.

Raimundo Faoro, ex• pre.<dente do Ordem dos Advoga-dos do Brasil, é presidente do Conselho Editorial dorevista Mo É.

Page 48: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

-.

Gilberto FreyreCasamento espontâneo

da Ciência com a Poesia.Uma vida

GILBERTO

de MeloFreyre nasceu no Re-clfe, a 15 de março de

1900. Sociólogo, antropólogo,escritor, poeta, pintor, viveuquase sempre no Recife e pu-bllcou mais de 120 livros eopúsculos. Inspirado na so-ciologia norte-americana e,sobretudo, em Franz Boas,construiu uma obra de inter-pretação do Brasil, sua for-mação histórica, sua cultura,que se coloca entre as maisimportantes contribuiçõespara o estudo de nossa evolu-ção nacional. A trilogia CasaGrande e Senzala, Sobradose Mucambos e Ordem e Pro-gresso e o ensaio de ecologiaNordeste sempre foram con-siderados pela critica maisidônea como fundamentaispara a compreensão doBrasil.

Colúmliia e Oxford

Gilberto estudou pinturacom Teles Júnior. E fez o cur-ao de Humanidades no Cole-gio Americano do Recife, on-de se bacharelou em 1917,sendo paraninfo Oliveira Li-ma. Seu discurso de oradorda turma incorporou-se ao li-vro Região e Tradição.

Bacharelou-se em CiênciasPolíticas e Sociais em Baylore fez mestrado e doutoradona Universidade de Colúm-bia, em Nova Iorque, onde foialuno de Boas.

Terminado o período uni-versitário em Colúmbia, Gil-berto deslocou-se para a Eu-

, ropa e, em Oxford, teve oca-

Antônio Carlos Villaça

sião de conviver com Francis-co de Arteaga. Percorreu aEuropa e longamente conver-sou com Antônio Torres, nos-so vice-cônsul em Londres.Conheceu Paris, 1922, antesde conhecer o Rio de Janeiro.Em começo de 1923 estavaem Lisboa, onde conviveucom João Lúcio de Azevedo.

Voltando ao Recife em1923, viveu dias difíceis, desolidão e isolamento. Ligou-se a um jovem paraibano, Jo-sé Lins do Ftego, sobre o qualexerceu vasta influência cul-tural. A tese universitária deGilberto, publicada em in-glés, versava sobre A VidaSocial no Brasil nos meadosdo século XIX.

De 1926 a 1930, foi secreta-rio do Governador de Per-nambuco, Estácio Coimbra.Nesse caráter, acompanhou-oao exílio, em fins de 1930.Dirigiu por dois anos o JornalA Província, no Recife. E, pormeses, o Diário de Peruam-buco, de que foi colaboradorassíduo desde 1918. Organi-zou no Recife, em 1926, oI Congresso Regionalista,realizado na América, de queresultou o Manifesto Regio-nalista, que seria objeto dedebate no Congresso Ameri-cano de Filosofia, em NewHaven, em 1943.

Recife, sempre

Gilberto nunca se desligoudo Recife. Escreveu mesmoum Guia do Recife, como es-creveu um Guia de Olinda.Foi durante muitos anos peri-

to da Diretoria do PatrimônioHistórico e Artístico Nacio-nal, no Recife. E consultor doInstituto Brasileiro de Geo-grafia e Estatística. Recusousempre cátedras universitá-rias e eleições acadêmicas.Sempre se considerou um an-tiacadémico.

A aventura do exílio o le-vou a Lisboa, onde fez pesqui-sas nos arquivos e bibliote-cas. Convidado pela Universi-dade de Stanford, Paio Alto,Califórnia, foi dar um cursosobre a formação do Brasil,em 1931, que seria um esboçodo seu livro de 1933, CasaGrande e Senzala, longo estu-do sociológico sobre o papeldo branco, do negro e do in-dio na formação patriarcal doBrasil.

O livro foi recebido entu-siasticamente pela crítica, deRoquete Pinto a João Ribei-ro. Seu autor se tornou umclássico imediatamente. Em1935, o Ministro da Educaçãoo nomeou professor extraor-dinário de Sociologia da Fa-culdade de Direito do Recife.Já antes, regera por dois anose pioneiramente, no Brasil —a cátedra de Sociologia daEscola Normal do Recife,1928. Ainda em 1935, a convi-te de Anísio Teixeira, inaugu-rou, na Universidade do Dis-trito Federal, as cadeiras deSociologia, Antropologia So-ciai e Cultural e Pesquisa Sc-ciai. Desse magistério, resul-tou seu livro, em dois volu-mes, Sociologia.

Gilberto Freyre se opôs vi-vãmente â ditadura do Esta-

do Novo e até sofreu prisão,por causa disso, Junto comseu pai, o professor de Econo-mia Política Alfredo Freyre.Participou do comício, diantedo Diário de Pernambuco,em março de 1945, em que foimorto um estudante, Demo-,crito Souza Filho. Foi eleitodeputado federal por Per-nambuco, a 2 de dezembro de1945.

Intrrni. _/.. políticoNão tinha compromissos

com qualquer Partido, embo-ra tivesse sido eleito pela le-genda da UDN. Foi vice-presidente da Comissão deEducação e Cultura da Cã-mara Federal e de sua ativi-dade parlamentar de 4 anos(até 1950) nos dá conta novolume Quase Política, emque reuniu os seus discursos•na Câmara.

Em 1949, foi delegado doBrasil à Assembléia-Geraldas Nações Unidas. E aindaem 1949 fundou o InstitutoJoaquim Nabuco de Pesqui-sas Sociais, no Recife.

Foi um dos oito do Concla-ve dos Oito, reunido em Pa-ris, em 1948. Era uma reuniãode especialistas mundiais emCiências Humanas. Os outrosse chamavam — Gurvitch,Allport, Arne Naess, Rick-mann, Horkheimer, Szalai eStack Sullivan. Em 1954 foisagrado doutor honoris cau-sa da Universidade de Colúm-bla. E, em 1956, foi objeto deum seminário de alto nível,promovido pela Sorbonne emCerisy, na França, a que esti-veram presentes Gurvitch,Gouhier, Bastide, Bourdon,Malraux, Sombarta, Duvig-naud.

Já em 1955, fora convocadopara participar de um simpó-sio em Washington sobre acivilização atômica, comChurchill, Maritain, Jung,Toynbee, Le Corbusier, Ber-trand Russell.

No _o!ar de Apipu. o_

Desde 1943, viveu GilbertoFreyre no belo solar de SantoAntônio de Apipucos, no Re-cife, ao lado de Dona Madale-na Guedes Pereira, comquem se casou em 1942, nomosteiro de Sáo Bento, doRio.

Toda a sua obra foi pratica-mente escrita nesta mansão

tipicamente senhorial, exce-tuados os livros da década de30. Hoje, o Instituto JoaquimNabuco de Pesquisas Sociaisse instalou ao lado, na belacasa antiga, que foi de Delmi-ro Gouvêa. •

Saiu de lá apenas para pro-ferir conferências numerosasna Europa e nos Estados Uni-dos. No Instituto de Goa, es-boçou em 1951 a sua tese doLusotroplcalismo, em queapresentava sugestões para acriação de uma nova ciência,a Tropicologia. Sugestõesposteriormente desenvolvi-das em livro, Um Brasileiroem Terras Portuguesas,

Já em 1934, organizara noRecife o I Congresso Afro-Brasileiro, de tanta repercus-são, o que levou Roquete Pin-to a saudá-lo com fervor co-mo o mestre da nova Escolado Recife.

Falou como convidado nasUniversidades de Indiana,Colúmbia, Oxford, Cambrid-ge, Edimburgo, Londres,Glasgow, Madri, Escoriai, Sa-lamanca, Sorbonne, Heidel-berg, Munster, Berlim, Bonn,Coimbra, São Marcos em Li-ma, Utrecht, até no ColégioPio Brasileiro de Roma.

Em 1956, foi um dos quatroconvidados especiais para areunião mundial de Sociolo-gia, em Amsterdã. Emboradeteste as Academias, foieleito para grandes institui-ções internacionais, como aSociedade Americana de Fi-losofia, a Academia Ptirtu-guesa de História, a Socieda-de Americana de Sociologia,a Associação Americana deAntropólogos, a Academia deCiências, da França, o Insti-tuto Histórico e GeográficoBrasileiro, a Academia Per-nambucana de Letras, que oelegeu à sua revelia, em 1955.

Recebeu em 1962 o grau deDoutor Máximo, na Universi-dade de Coimbra, consagra-çáo que o tornou membroperpétuo do Colégio dos Dou-tores.

Em 1956, ao proferir confe-réncia na Sorbonne, foi calo-rosamente saudado por Gur-vitch como um dos maiores,senão o maior sociólogo vivo.

Prêmios de alta significa-ção lhe foram entregues, co-mo em 1957 o Prêmio Anis-field Wolf. dos Estados Uni-dos, pelo melhor estudo mun-dial sobre relações raciais,

conferido a Mantém and Sla-ves, a tradução de CasaGrande e Senzala, em 1961 oPrêmio da Academia Paulls-ta de Letras, em 1962, o Pré-mio Machado de Assis, daAcademia Brasileira, por con-junto de obras, em 1964 oMoinho Santista, de ciênciassociais, em 1967 o prêmio As-pen, dos Estados Unidos, em1969 o prêmio La Madonnina,da Itália, em 1971, o titulo deSir, conferido pela Rainha daInglaterra.

Vários de seus livros foramtraduzidos para o inglês, otrances, o italiano, o espa-nhol, o alemão, o sueco, ojaponês, o norueguês e o iu-goslavo. A edição francesa deCasa Grande e Senzala, Mai-tres et Esclaves, tradução deRoger Bastide, com prefáciode Lucien Fèbvre, já teve oitoedições e foi apresentada co-mo livro da categoria deGuerra e Paz. de Tolstoi.

Obra definitiva

A obra extensa de GilbertoFreyre se incorporou deflniti- Ivãmente ao patrimônio cul-tural do Brasil. Discutida,atacada, renegada,, louvada,lida por muitos, aqui e noestrangeiro, é uma contribui-ção capital para o estudo daformação social do Brasil.

Dois livros se escreveramsobre Gilberto Freyre, a bio-grafia de Diogo de Melo Me-nèzes, Gilberto Freyre, 1944,com prefácio de Monteiro Lo-bato, e Gilberto Freyre, suaCiência, sua Filosofia, suaArte, alentado volume coleti-vo, com importantes depoi-mentos de toda a inteligênciabrasileira, em 1962, de Gilber-to Amado a Alceu AmorosoLima, de Roberto Alvim Cor-réa a Anísio Teixeira.

Em 1963, Knopf lançava aedição norte-americana deSobrados e Mucambos, Man-sions and Shanties. E em1964, a de Casa Grande e Sen-zala, em edição de bolso,Masters and Slaves. A pri-meira edição americana deCasa Grande fora de 1946.

Quais os textos mais relê-vantes, nessa obra imensa ecomplexa? Por certo, o capi-tulo sobre a ascensão do ba-charel e do mulato em Sobra-dos e Mucambos, o capitulosobre a cana e a água no

ensaio Nordeste, o trecho so-bre a Influência do negro nainfância do brasileiro, em Ca-sa Grande e Senzala, o capi-tulo sobre o português des-garrado na Etiópia, de Aven-tura e Rotina.

Poeta, em Quase Poesia,novelista em Dona Sinhá e oFilho Padre e O Outro Amordo Doutor Paulo, ensaísta emNordeste, sempre arguto, pe-netrante e erudito, recompôssua formação em TempoMorto e Outros Tempos e nosdeu num volume uma finaInterpretação do Brasil. Estebem poderia ter sido o tituloglobal de sua obra, que é umavasta interpretação do Brasil.Os ingleses traduziram a tri-

logia fundamental de Gilber-to Freyre como História doBrasil,

Monteiro Lobato teve r»záo: "O Brasil futuro náo vaiser o que os velhos historia-dores disseram, Vai ser o queGilberto Freyre disser. Gil-berto é um dos gênios de pa-lheta mais rica e iluminanteque estas terras ainda produ-ziram",

AnMnlo Corloi Villoço, ~_i___ln_, é__w dt O Nti".- do fi .rto • O Anel, •__*outrai obra*.

*&* \._J (5

.¦''_/¦* ,;;"' X.wX.'''' ¦ ¦¦'•'¦¦ i.y-¦)'¦.¦'¦' '¦¦':'¦'¦ ¦¦¦vví i

***i^mllÊmW^Êm^^^íWi^ JÜf#^_^_^_ÍÍÍSÍI__l_tó_WÍ____^ir'^^^____l

«Kl _-•__** í. Z:&Z'¦¦¦' .

'R;Z?Z*-m*0^' .'..' ..*.;¦

;-' '^?J_>

Visão senhorial do mundo

DEPOIS

de 1967, parece ao ob-servador menos desatento aoscaminhos da critica no Brasil,tornou-se possível o balançoda produção, a avaliação dos

trabalhos de Gilberto Freyre—e quandonão devia ser nada fácil antes dessa épo-ca... O passar do tempo, as múltiplasocorrências sociais e políticas na Históriacontemporânea da América Latina e nomundo (especialmente a crise do ultraco-lonialismo português na África), os erítra-ves políticos e sociais com os quais aSudene se deparou, a emergência de no-vas formas de organização do mundo dotrabalho, como as ligas camponesas,acarretaram uma profunda revisão nasciências sociais, que passaram a atacarvagarosamente as ideologias que se cons-tituíram a partir de uma categoria tãoabstrata como a de homem brasileiro. Onovo momento compeliu a uma aberturacritica que não fosse a louvação ingênua eduvidosa, até mesmo num Jorge Amado,ou a destruição apressada e juvenil...

... O estudo da trajetória e dos váriosimpactos da obra de Gilberto Freyre so-bre os meios intelectuais assume grandeimportância por permitir a análise dacristalização de uma ideologia com gran-de poder de difusão: a ideologia da cultu-ra brasileira. Sua postura se apresenta,ela mesma, como objeto de investigaçãoestratégico: contêm as ambições daquiloque se poderia denominar uma geração.

de explicadores da cultura brasileira.Uma espécie de caso-limite.

...Essa geração, por assim dizer, carac-terizada não só pelo peso de sua erudiçãomas, sobretudo, pelo estilo de manipula-çáo das informações, oferece ao investiga-dor um material rico e complexo, se setentar decifrá-lo pelo flanco ideológico.Uma abordagem sumária permite, desdelogo, vislumbrar em seu comportamentointelectual — que também se traduz emnível político, possuindo enraizamentosocial e econômico — as expressões deum estamento dominante, embora emcrise. Carrega consigo um certo sentidode mando, as marcas da distinção e doprestigio, uma visão senhorial do mundo,suavizada pelas condições gerais de vidacriadas na esteira das transformações so-ciais e políticas com foco na crise de 1930.

...A emergência, aliás, de novas conste-laçôes sociais nas camadas médias, viriaa revalorizar o tipo de produção dessesestamentos. Um pouco de nobilitação pa-ra a burguesia, por assim dizer, de umlado; por outro, o ajustamento dessesestamentos a uma sociedade de classesem formação. Onde o processo foi maislento, como no Nordeste, dada a indus-trialização tardia, o canto foi mais longo,explicando ainda hoje o poder e prestígiodo Senhor de Mello Freyre".

Carlos Guilhtrmt Mola, Ideologiado Cultura Brasileiro (1933.1974)

Editora Alka, São Paulo.

GF no JB

Um humanista além da modernidadeNO

substrato íntimo darevolução biossocial,da sociedade pós-moderna em gesta-

ção, a primeira característicasurpreendida por GilbertoFreire é a aiilude paradoxal doespírito pós-moderno em -rela-çáo ao tempo histórico. Comefeito, a juventude contestado-ra, principal representante doethos pós-moderno, não se limi-ta a repudiar o aluai (o sim-plesmente "moderno", que seencaixe no âmbito sociedadetecnológica) — repudia o statusquo sócio-cuUural "com saúda-de do pré-moderno". A contes-tação não esposa a mitologiaprofana (burguesia, üuminista,marxista) do progresso linear:é "anticonservadora mais doque antüradicional" romanti-comente "arcaica" em algumasmarcas registradas de seu esti-lo existencial (nas barbas, no'traje, na inclinação à condutaboêmia e ao amor-paixãoetc...). O racioruilismo ascéticodo que nos restava de repressi-va moral vitoriana vai cedendoa impulsos mistico-románticoscomo que saudosos da socieda-de ¦ pré-mdustrial e até pré-metropolitana (não é à toa queGilberto propõe o rurbano co-mo superação das mazelas dasbabilônias modernas).

O melhor sinal da saúde des-sa contestação simultaneamen-te futurista e saudosista, arcai-ca e prospeetiva estaria no fatode ela náo se apresentar comoevangelho messiânico. Ao con-trário do marxismo de ontem, amentalidade pos-modenui pa-rece pouco soteriológica. poucoou nada suscetível de alardearvirtudes dogmaticamente re-dentoras. O espirito pós-moderno não estaria preso, co-

mo ainda há pouco o socialis-mo revolucionário, a essa cren-ça na idade áurea futura, nesseescatológicofim da História co-mo drama, que Mircea Eliadeconsiderou um espúrio avatarmoderno da velha cronofobiado homem primitivo — escalo-logia messiânica, para a qual o"terror da História" deve serantes ideologicamente abolidodo que criticamente enfren-tado.

Gilberto Freire se filia ex-pressamente a um ideal anar-quista. Anarquista conserva-dor — mas nem por isso reacio-nário: libertarismo saudosista,revoltado, em nome do art devivre tradicional, contra a mo-derna "tirania do ideal organi-zacional da sociedade", e inspi-rodo no feroz individualismodos George Orwell e HcrbetRead. Mas convergente, tam-bém, com o individualismo dio-nisíaco de Nietzsche. Não foiNietzsche quem denunciou asubordinação da cultura aosfrios interesses do Estado e dacoletividade? Náo foi ele o pri-meiro clamar ino contexto dacritica da sociedade industrialavançada) por uma cultura deemancipação radical do indivi-duo? Só que Gilberto acresceu-ta ou substitui, ao qnelo nietzs-cheano de uma "transmutaçãode todos os valores", o sensosociológico, que reconhece nopassado o esboço de valoressufocados pela reificação emassificação do homem na so-ciedade moderna. Deste modo,em vez do messianismo do su-

. per-luymem, chegamos a qual-quer coisa de substancialmenteparecido com o saboroso anar-cotradicionalismo de Cliester-ton, velho santo de cabeceira

do autor de Casa Grande &Senzala.

A base tecnológica da transi-çáo do moderno para o pós-moderno é o reforço da auto-mação no aparelho produtivo:a sua base econômica, o au-mento do lazer. O "culto ético"do trabalho, peculiar dos tem-pos modernos te celebrado porseus pensadores, de Franklin aHegel, Carlyle e Kierkegaardlcede cada vez mais a uma valo-rizaçào puramente técnica dotrabalhar. Um dos "possíveis"mais prováveis do nosso ama-nhã e o do trabalho de umaminoria bastar para a susten-taçâo da sociedade — de umasociedade entregue às delíciasdo otium cum dignitate demo-cratizado. Para tanto, contudo,é necessário nos libertarmos dodespotismo do relógio lutensi-lio bem moderno, divulgado doséculo XVII para cá). MestreGilberto quer reviver, contra aobsessão cronométrica do ho-mem moderno, o sentido ibéri-co do tempo — tempo vivencial,existencialissimo, subjetivo-objetivo: pluritempo-duração("tempo tribio", diz Gilberto,em que passado, presente efu-turo se interpenetram). Tempohispânico teorizado por Ameri-co de Castro e pelo próprioGilberto íOn the Iberian Con-cept of Time), e visceralmentecontrário ao objetivismo crono-métrico imposto pela elevaçãoda ascese intramundana (MaxWeben, metódica e fanática-mente laboriosa, a conduta ar-quetipica do homem ocidental,na Idade Moderna. Tempovida,em face do estreito utiliiarismodo time is money.

José Gulharme Merqutor,Um humanista alem da'modernidade

JORNAL DO BRASIL. Cad. B., 5.1.1.74

O regime, os Partidos, a políticaDa entrevista concedida a Tarei-

sio Holanda e publicada no JOR-NAL DO BRASIL a 18 de junho de1972:"Eu náo estou em condições desugerir a maneira de iniciar a cha-mada abertura ou mesmo o diálo-go. Não sou nenhum ingênuo quedesconheça quantos operários e,principalmente, estudantes, foramexplorados por agentes de ideolo-gias e de movimentos interessadosna desagregação, não só do atualregime político brasileiro, como daprópria organização social do país.

O que, no entanto, me parece, é queo Governo e a nação atingiram umatal vitalidade — e os seus serviçosde segurança um tal grau de efi-ciência — que já podemos, hoje,distinguir operários verdadeira-mente operários e estudantes ver-dadeiramente estudantes daquelesque, embuçados sob esses disfar-ces, váo ao extremo de servir deinstrumento a ideologias e interes-ses estrangeiros contrários aos doBrasil e às nossas aspirações dedesenvolvermos formas nacionaisde convivência democrática.

Sào necessários novos métodosde representatividade a fim de quese alcance um melhor recrutamen-to de quadros na sociedade.

Para isso, é necessário que sedesenvolva no Brasil uma obra deeducação através de métodos maismodernos de persuasão e de comu-nicação que importem numa crês-cente valorização do nome político,pois as novas formas de representa-ção que estão sendo procuradaspelo Brasil e outros países não im-portam, de modo algum, no despre-zo pelos políticos e pela ação políti-

ca. O objetivo que identifico e o dasua revalorização.

Se o regime atual é de transiçãoé que os seus responsáveis estãoinclinados a, logo que for oportuno,passar desse estado excepcionalpara outro de normalização da vidabrasileira em seus aspectos politi-cos. A questão de oportunidade,entreíanto, tem que ser seriamenteconsiderada no interesse mais am-piamente nacional em dias de gran-de trepidação internacional comoos que atravessamos."

Os militares, os tecnocratas, o PoderDo depoimento concedido a

Gervásio Campos e publicadoJORNAL DO BRASIL a 15 de maiode 1977:"A tradição intervencionista, se-guida pelo Executivo, caracteriza-ria atos e atitudes dos Governospós-1964, o justificaria o que, emalguns desses atos e dessas ativida-des, vem ofendendo milindres"classicamente liberais ou conven-cionalmente "democráticos". Oque não significa náo terem algunsdesses atos, passado o intervencio-nismo reclamado por circunstân-cias excepcionais, se transformadoem abuso do Poder Executivo, ai-guns, evidentemente, de todo evita-veis. Acentue-se porém, desse inter-vencionismo, constituir constantena política brasileira, quase sempreaplaudida pelo brasileiro típico, porvezes contra atitudes menos objeti-vas — e até menos éticas — doLegislativo. O que pude ver de per-to, no Rio, quando Presidente Gei-sei, usando de poder excepcional,cassou os direitos políticos de umSenador da República, acusado,com impressionantes provas, de

corrupção. O que fez contra o Legis-lativo que procurara amparar omesmo Senador, incorrendo em ge-neralizada desaprovação popularao que ao brasileiro, gente do povo,pareceu tendência do Parlamentopara se considerar casta intocável eprivilegiada.

Essa tendência é também carac-teristica de tecnocratas quandoocupantes de tais posições. A pro-pósito direi aqui me parecer exage-rado o meu amigo, quase sempreadmiravelmente arguto, ao mesmotempo que equilibrado, no seu mo-do de ser, oposicionista ao atualGoverno, Thales Ramalho, quandoconsidera esse Governo, de "muita-res e tecnocratas" e, portanto, pou-co representativo da Nação. Pare-ce-me tal pronunciamento inexatoquanto ao Presidente da Repúblicae quanto a vários—não direi todos— seus Ministros e líderes parla-mentares e arenistas, entre os quaiso Ministro das Relações Exteriorese o da Educação e Cultura, este deformação militar mas nem tecno-crata, nem militarista: o caso tam-bém do Senador Jarbas Passari-

nho. Náo me parece certo falar-sede um militarismo brasileiro, sobre-tuda depois que a Escola Superior,chamada de Guerra, como que veioreforçar nas Forças Armadas doBrasil aquela mentalidade nadacaudilhesca, como a revelada porCaxias, de espírito eminentementecivil, por Deodoro, de modo algumapegado ao Poder, pelo próprio Fio-riano, por Eurico Gaspar Dutra.

O úrfico a se revelar, em cargocivil, um tanto simplesmente mili-tarista, terá sido aliás o bom brasi-leiro Hermes da Fonseca. O civilGetúlio Vargas seria o homem pú-blico mais inclinado ao caudllhis-mo do que qualquer militar, nodesempenho de alto cargo políticono Brasil. Mas ao próprio Getúliosempre parece ter repugnado tor-nar-se de todo caudilho de casaca:papel que às vezes desempenhou acontragosto, talvez por pressão degetulistas exploradores desse pai,nem sempre só de bons e gratosfilhos pobres mas, também, algunsdos quais ministros e interventoresa serviço do único sistema ortodo-

xamente ditatorial que já funcio-nou no Brasil.

Pois aos governos chefiados pormilitares desde 1964 em vigor nopaís náo se pode atribuir uma siste-mática ortodoxa ditatorial, tantotêm sido eles mistos: com tendên-cias ditatoriais contrariadas, dedentro para fora, por pendores civi-lizantes, legalizantes, normalizan-tes. Mais do que isto: procurando —alguns dos Presidentes — valorizara arte civilmente política e a figuracivil do político, através de um es-forço, não só nem sempre bem cor-respondido por políticos e por Par-tidos como nem sempre aproveita-dor dos melhores políticos: os LuisViana, por exemplo.

Aproveitamento que visse corri-gindo a talvez excessiva presençados tecnocratas, puramente tecno-cráticos, em cargos mais políticosdo que técnicos, como só que lidamcom problemas de economia de de-senvolvimento e de finanças em fa-se em que tais problemas se tornamtáo complexamente psicossociais epolítico-sociais, além de econômi-cos, financeiros ou tecnológicos."

A crítica, a ignorância, o fanatismoDa entrevista concedida a Mary

•Ventura e publicada no JORNALDO BRASIL a 8 de outubro de1977:"Eu aceito a critica inteligente.Quando é facciosa eu reajo Violen-tamente, mas, no meu íntimo, náorespondo. Mas, à falta de honesti-

dade intelectual, a minha reação éde repulsa. Não acho que haja noBrasil uma crítica dominante nesteou naquele sentido. Acho que esta-mos sem critica.

A causa? Estamos num períodode ideologismos mais ou menos fa-náticos, de um lado como do outro,

cuja base é fundamentalmente aignorância. Temos uma geraçáotanto de professores quanto de es-tudantes notavelmente ignorante.Essa ignorância é o ambiente idealpara gerar fanatismos ideológicos.Estamos numa revivescència daépoca do fanatismo comunista se

contrapondo ao fanatismo integra-lista. Todo medo de diálogo, dedebate e de critica que feche asoportunidades de intercurso inte-lectual gera o fanatismo. Daí náohaver critica. A verdadeira critica,por natureza, está acima dos extre-mismos ideológicos".

O negro, a mulher, o amor como culturaDa-entrevista concedida a Jacin-

to de Thormes e publicada no JOR-NAL DO BRASIL a 14 de abril de1979:"No Brasil deste momento exis-tem essas duas fantásticas forçasemergentes: o negro e a mulher. Naquímica de qualquer transforma-çáo social brasileira já náo se podeignorar essas razões. Daqui para afrente as revoluções serão fracassosantecipados se náo contarem com amulher e o negro. A última, porsinal, ignorou o negro e a mulher,porque sendo um movimento mili-tar náo possuía influentes generaisnegros ou do sexo feminino. E as-sim foi basicamente insensível àmassa que forma a maioria da po-pulação. A população dos ex-

escravos. O senhor branco já náopode permitir a marginalização da-queles que ate recentemente guar-dava na casa grande e na senzala.Ela, escrava para assuntos domes-ticos. Ele, para o trabalho da terra,das minas, do músculo.

O brasileiro náo é uma raça,muito menos uma sub-raça oumeia-raça, como os subantropólo-gos querem, e sim uma metarraça.Este é um neologismo que criei eque já foi adotado pela Sorbonne.Veja bem: o serviço de estatísticanáo exige mais a cor do brasileiro,simplesmente porque o brasileiroexiste fora de características exclu-sivamente raciais. Defendi essa te-se na Universidade de Sussex e elafoi adotada pelos mestres ingleses.

É claro que a mulher existe co-mo sexo, mas também menos comoraça e muito como brasileira. Outrodia escrevi para uma revista algosobre Sônia Braga que, na minhaopinião, é uma grande atriz. Pen-sando nela imaginei uma simbolo-gia, um pouco pedante, é verdade,mas tenho que chamar de biosso-ciai. Um tipo feminino como aSônia é caracterizado não por ori-gens raciais definidas, nem por con-dições raciais especificas, e sim pe-Ias características sócio-culturais,psicorraciais. O brasileiro adotouatitudes diante da vida, reações emaneiras que sào mais fortes doque a cor da epiderme, a largura donariz, o tipo dos lábios. Na mulher o

modo de andar, a ginga, já é identi-ficável e isso tanto acontece naSônia Braga como na Vera Fischerque é sua irmã loira. O sorrir, o jeitode sorrir é representativíssimo. Amaneira de amar. Existe, não te-nhamos dúvida, a maneira de amarbrasileira, de fazer amor. Isso é mo-vimento diante da vida e não umretrato na carteira.

À revelia das origens raciais,Sônia Braga é por isso uma brasilei-ra em tudo. A incrível mistura fezdela um exemplo do tipo metarra-ciai. É a superação do racial pelosocial, pelo cultural, pelo sócio-psicológico. Somos uma além-raça.Uma nação e unia culturanacional"

• :.__*_____..,>

Page 49: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

«<;. ?í, , Jg9§g- - ír.I -*v fl. >» ' •".•'

^kw|H I!*%$$ Om *? ';;• | s

i /i^lin KnA111laf^m

Wt" f/í-^V*'"Uj*> ¦ ' /"ri" A *- ... ywJ. .»9Í''-"'?Í-: áti srofcjâ>«4'<i^^rS^*'A*

esuacatot" : ¦¦' ' A>^VS

'ásiÇüVv- ..'" -ís&HÍST''' "'.'v' - *'.&"3?Z-, "w; '

,-r.rff^ , ''

' ••' ,;. •$&•'"¦ '. • V '..> V^.--/'J -'¦/•' ^'\fiv^?'i:-!'«?fí'if j?":'.'^- ¦- ¦ '-'.rfl ::-' '""lí*' "V "-- «í^ini. ^ J&-&Viiír rVw*.:,^3^"».'? (£*;'< iíiíK

C~RA

LIMA I

SABE COMO

|

RAT"INy^ASSIM !

^Jo * Uj

" ™ j^n a.vv*

^ ^Ky o

^ *3

rP)/1 3vtl I I Ki4 P

'""s \

/—^/y fcjl i I

LEVAVA UMA

VIDA MISERÃ.-

VELl CADA VEZ

QUE GUINCHA-

VA, ERA UM.

GUINCHO FRA-

QU1NHOÜ

7 £?// oc / VI I ifn I I / RIR PA^ BEM

Kb. .*#» I AO ESPIRITO... |

\ R£l re! \ aAHv: ^7

desde que vo- I

C|Rt>

B

Page 50: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

I' / £'Tf?/&TG VE& CO/WO £&7A' cetZTO Gtue &&7T4

-

II 1 TOVOS OS B/CHOS "OS mtO'VOS A/O MAK

O CHAM AM Z*E HA' NoV£

'

|lllllinm III

' / t=r F/ FT AAdV-t EST#CGRmo Gtue PEGDEMOS

¦MMRh ccw^esae A

Nop*o z>o tgmpo, ecr#

Bjfe»«» ENCONTfZAfZ ]

NAG SABEMOS GtUAM&O £ O

FtlxA /MEU an/versa'- P cS ^ cstOpipS. J I

/^/O PODGRtA <SGR H03SJ Is sV£?~n \. 1/

P&GD£N-

| ^I

*' T

II«

lÊÊÊãíiÈBm

O CHAMAM Tf£

mm

&ttfí

i»- ;)¦<wÈÊÊãi

gmwm í* ¦ Ii

NATAL...OU O

ANO NoVa...p3f-Wf«$¥

ííjiVv£&'$/>'• Vi«HpnjÉj \1 o-v.,í:,;:.

¦ . • . >II1 ¦ Hs

SgK^ssss

Página CADERNO DE QUADRINHOS - Suplemento do JORNAL DO BRASIL

¦1S*4

Page 51: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

~c~*

CASCAOl NUNCA MAIS ^ I I S N&O! AQLH EST£ A NOSSWX |

v-—— _-, (J f OKSEl! V&MOS >v

UfZ . >f\T V •JOSAI? UMATONELAOA ) )) i /( ELA p*lli!ip VdS RAPEL EM CIMA J V \ I

'

f n&o. seu bobao : vamos / pois e isso mesmo!\/ duvido que va \V ESCLEVER UMA C4LTA DE ( DEPOIS QUE ELA LECEBER )( TER COLAGEM )

. AMOR PLA ELA! V ESSA CALT/NUA BEM \ DE BATER NA y•igr\]/ \<4AfO£.OS4... . ILX ©ENTE.' r-^

N

/ CARTA DE DEVEES1&IO# J Quef' \

f COMO E,\^ FAZ UMA UOLA ~ J CEBOUNMA! FOI

*\ *"

I cebou- I que o CAcreiLO c ¦' tgm

"wsi voce que escreveu )

5 V NWA? y>

ENTLEGOU A is^l / AtiAi ? jf9W% \ ESSA CARTA DE y

\__^AMOR?y_^

\ FOI SIM! POR eerAI A I „ *#¦&&*».

11 *' ' ». . ¦ . i , >iai(? ' '

S NÃO! AQUI ESTÁ A NOSSA

v——V———-^——r SOLUÇÃO'

o« SEI i vamos v^-tr~~JOGAR UMA

"TONELADA ) )Y

DE RAPEL EM CIMA J V >

CASCAOt NUNCA MAISÍNTE VAI Se PLBOCUPAR

COM A MONICA! >—

N&O. SEU BOBAO! VAMOS

ESCLEVER UMA CAUA DE AMOR PCA ELA! ^

POIS E ISSO MESMO!DEPOIS QUE ELA LECEBER

ESSA CALCINHA BEM -_ AMOLOSA... . J

DUVIDO QUE VATER COLAGEM

PUXA!QUj£IDÉIA!

CASTA DE DEVG ESTAAMOR?! ro DOENTE!

COMO ECEBOU-

NMA?

FAZ UMA HOLAQUE O CALTEILO

BNTLBOOU A rCALTAl r ZL

CADERNO DE QUADRINHOS - Suplemento do JORNAL 00 BRASIL Págine 3

mm.

Ll

m

Page 52: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

f ...£ •! ' •• |m

';l 1 i f!') •: c n r * !

. f ? c •• '.(' 1

* * " " * « ' r *: : > •: . .

r[ |||| - CADERNO DE OUADRINHOS - Suptemento do JORNAL DO BRASIL

I 1/ PLUTO, sua «swre £>/2 <9</e wo-A / tjeu certo / \I C<^ ^

^

At' eSTA^ AI

I f: PESO ^ w ( 7XMBEM <$UE:-^ peso ";\\

A<$U! T>tZ GiUG. ^

I I: E : ^ aMV f?G VSR 6 -\\ . ~ ( OJW /?AF*Z ALTO VA/

CADERNO DE QUADRINHOS - Suplemento do JORNAL DO BRASILPágina 4

(ê)Alt

^)TsmeV

PUUTOj SUA SORTe T>fZ CfUE VO

cê VAI eNCONT*A* UMA

loura! /

Copyright (g)Walt Disney ProductionjWorld Rigfot» Rcserod

SORTEMINHA

:|S$:í:í:ii

•-(

s£Tfg

II

mii

Page 53: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

CADERNO DE OUADRINHOS - Suplemento do JORNAL DO BRASIL p^9ina

' f .« j .. •

4p/ X l^r (vodk v» i comeeez j

Ocy " l^r\ / AtsotJs peizsokweews » I

H yfJ ao-io (

UOSSA m$tot2iioHA... vy

\

/esre 6 ALV/6S02U2,

"I

IPT11

"rucw 80A'„,.,\

/ e> sue wAo sase

vjpo muito @em .L

Wt>\99E,Sl£ S /fS

O \ ^ (JLTIMA'? I

WAPA...

; I NscWgRlO...

j ^

1

I

'£mj_

1 XsiA

I sorte A ve.\jexxs... I

CADERNO DE QUADRINHOS - Suplemento do JORNAL DO BRASIL

V0C£ VAI £0tÜHIá?02

,u&ü(0$ feçsoüP&ms PA

NOSSA m^ro(2lt0HA,.. >

)tt9 MUITO

e$re g alv/ES CRUZ

O &U£ UÃO

_ PE MAPA,..

tuas

SEM,

ALVES?

MARAVI IH05C».)

^fSíüÊUW^e, 13.6

í tJfo-sAegçe MAPA... ,

9

-•*¦ c ;

'"' '' " '* ^ K>. ,¦ 4.* . a M- .« \r a ...,,, ._ ,. ,. », .> f ,F. 5

Page 54: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

t

p6gina CADERNO DE QUADR1NHOS - Suplemento do'JORNAL DO BRASIL

I [^P/ro/

se A//TO ^

~seu

geyam ^ (Ctf/P/ ) |

I I f+Umi I VEMHA CA't CHIP/ <*C/e GST4'AcoM~\

CADERNO DE QUADRINHOS - Suplemento do JORNAL DO BRASILPágina 6

de MORT WALK6R

e DIK BROWNE

Ctí/P/

Ü

VENHA CA', CHIPf <3U£ GSWAcom

CMPÍUM MOVI

MENTXZ,

VOU JOGA

Íx-áí:

UWW BRISA

wmm

Page 55: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

CADERNO DE QUADRINHOS— Suplemenlo do JORNAL DO BRASIL PSgina

7

T>eAVC*^>Q

I

I _J_,

~jk

£ I COWO E, Voce A/40 VAl

J / A*4o VAl

~MS

Pe/ZGUHTA/Z O pa^fU€

| \ 0 <Jm

I A4E PEJ*<3<JMTA£ /

f PASTES OLWOS G VeST*? o&e —

I t" f NAt3A 7* \j cha-S eA/oG/wes f>

e

~NEM ~PARA

CK/£

~SERVE

SSfTM 1 / TZGVE S£& T&fSTG PA&A UAst L.OSO

Página 7CADERNO DE QUADRINHOS— Suplemento do JORNAL DO BRASIL

í^wmWMÈÊm.

11Siiíssí

x:x;:::;í

AMCA

*WʧÈM

ymw'.WÊÊÊÊmk.

veR-str 7/ÍO AOAL oe^eA//woo

_ a//4O C ?

M

1

KvWvS

Page 56: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

Página 8 CADERNO DÊ QUADRINHOS - Suplemento do JORNAL DO BRASIL

KID PT5. IE20.FK- àe TomK.Ryani i \

®/UM Bl4FALO\ /<^~N \ O TERCEIRO, PARTIR OA [( g§S»DO J^g^0**}( PISOU EM 1 ( ^g^p ) ESQUERDA, NA FILEIRA I \ MU»TO<A OLHAOA?yV MEU PE! J \PELB~X DO MEIO1. 1 (/-'stlriBE* ^^ —^

^gvr-1p|?T /" ãK^íSB ámWK í®*1^^^k mmmmmm\mmmmW Ity^^kwW^ ¦ 7^ ^t-*^^'^H ^HfV ^^ '''•¦ fWP1**!!^^^ & ^amÊmÊmÊml \ ' K* AmmÊ M^V #%.' .^kw^ UU^^ ^Ifl 1

United Feature Syndicate, Inc.

«Aí^tòfc\\Utfi. t lf ai/ 1

TAMANHO.--

VERRUSA ?!NÃO ESTARÁEXAGERANDO,.

AMIGO?! J&iNfôfe

^-¦'

®»^ *4<*r*>3 «V

DOUTO

d ^Kü"'*7y^H

FUI CAMPEÃOTAMENTO OE

LEVAN9PESO

SABE?

ftl#SÉfi^a XXXWSBhmWÊ^iJ*^

MAS FIQUEI CANSADO OE LEVANTARPESOS E FUI TRA-,BALld^A NUMA FAICA

LOGO, PEDI DEMISSÃO,PORQUE ODIAVA AQUELACOISA DE BATER CAR-

v jèM TÃO OE PONTO.X mmmm\ ^ F|J, £S-TU DARTEATRO.

MAS PERCEBI QUE MINHAFISURA NÃO DAVA MUI-

TO PARA SER/ FIGURANTE...

Mui mm$rim%\\ mB ^^M-~'''r''•''•'•'' ' ^^¦¦^^__ jífi/^\ ^t^^ÊJm\mmmMÊ

mr .•" •••• • •**•.. *' ••••.

sPOR ISSO-. FOR- ^— ^^ IME»-ME EAA ARTE /'EU QUERIA

^\ §

v E LCÍGICA. / DESENHAR Ml- \ ^ ?

tf •¦ T »*'" > •* ¦»,, -^" -ü.¦¦ *- ¦ - S ¦ í*. tt 1 t&

Page 57: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

¦¦^HHREZTTT

M£U BEM„UENH/i\ Hi^ll^^^^HiHliiiLuse Gx/e LUA M4-s _ -4T

r'^oeAGSM. O <S>OS * t-U4 FT^

^ |SB|

^7»*f|

^

—T

BO&AGEM. O <&JE A L.UA

7©W A VGR CCM OS -SeGG-S*

HUMANOS p

¦Bi

3 83$ra&sm 8

mÊÊf.>:r--v:.¦*',fof;-::V.

ÉS V I 1m fe§5á&$W«?3SS

Are*/ f=K-Ho... vect

ZX AUMENTA'*~LO B FAZè-C.O

J-tSÓO/O ZM <_

F/GA4/I / r&m»:mm

iUgu a ^' .iwtite.

ÍÉ^MÍÍ K' -ÉBBIɧ§|||Í||l^H;<-*»¦

'M<5^

CADERNO DE QUADRINHOS - Suplemento do JORNAL DO BRASIL

f >••Página 9

e'Mes-MO...GST4'

UNB4. <

Page 58: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

' Maina 10 CADERNO

DE QUADRINHOS - Suplemento do JOBNALpO BRAStl

II /^RANCAMENTE, ¦ —Wf ¦

fV_,-ssw?r-—¦ ---T-'"V^rr-4 1-v

P TX 8EM1 EU VOU TER... PAClgNCIA? 1 J%f8ARRI6UINHA CHEIA,)

/MAS. CARUOTA! EU VDU B&SSAR )

fcOM O SEU... COM O NOSS^ILWOpl V^VRLHINHO? *

DEIXARDEV _ Iv TENOIOO! SEU aANtAR r(<£2^V

I I 1:>i poiip p Tgp QiFirii | &Z v— 1 ¦ l-^::* :

:::& ^ UM RXP1 DO VSOZINHO PARA yI 7 ENCONTRAR ALFACES QUE 1 J MA'S AGORA, UM POUCO \ ( DESENTORPECER OS M0SCUIOSJ

I I ELE PROVAVELMENTE VAI 1 DE EXERQCIO. MEU FILHO! 1*f\ ^ r-, E... t——r—- •—^C'L

V VOLTAR PELA HORA OA ., ..^. ~r r I X \

I

CADERNO DE QUADRINHOS - Suplemento do JORNAL DO BRASILPágina 10

FRANCAMENTE, CARLOTA!UM FILHOTE QUE ,SO COME

ALFACES! fe, ALFREDO! POR H¦PlJ FAVOR*. O RAPAZ

1

ÉMpIr ESTA OUVINDO1. ?ÍlÍÍIÍÍiÍÉÍi5&<&lé#»s2sl

iü»M1SÜ»!

iMMHHi

ss«

- í w,II illf®| W&fmzt4mM wmm¦mwmM\

- mmmwMm, MÊm;:.,

TA 3B^A i EU VOU i kR»»# PAClâNCIA /

COM O SEU... COM O NOSSO FltHOlVJ ^

tMJT X. AMflP | _.JK nr WWI\« r^1

6ARRI6UINHA CHEIAsn FILHINHO?

aüâüSCTi

"* ô! NUNCA

COM» TANTAALFACE 1__

li!!!!!t ¦

Cí»A\w,\VAV.'.w;Am.^j^^v.y^AvXy^F. v.mMHvhMHh

1111111¦•:•¦••:¦ m. <MkmÈÈwÊÈÈÊÊíÈÊmpiililÉ s«s3sssm^»^^

nMiBNft

v'::"i

ALFPEOOl

SE O PABAI ,ESTA ACHANDO. MUITO DIFÍCIL ACHAR <r

ALFACES PRA MIM, EU... J

1 OLHA SO! ELE ATEJÁ SAIU PRA BUSCAR-i SEU JANTAR l

MAS... EUNÃO PUDE

DEIXAR DE

MAMAé! 1

UM MAL-EN-TENDIDO!

ADORA IR

NAO, ,FILHINHO!

Wmf^MWsstSiéW^v-v<«>v. •••'.•.'A*

«IfWm$k'Wm

k;S/ w\"í

MAS EüMAL AL-MOCEI l

* UM RÁPIDO VOOZINHO PARA

DESENTORPECER OS MÚSCULOS

m E QUE E TÃO DIFIQLENCONTRAR ALFACES QUE

ELE PROVAVELMENTE VAI vVOLTAR PELA HORA DA ^gá

—' OANTA!

MAS AfôORA, UM POUCO >

DE EXERCÍCIO. MEU FILHO!

~T DE Pê, VAMOS! J T/ ... Eü NAO

AAAAAÃE!

!!!!!¦> ¦i;i:o:< í^üi

CONTINUA

W§, I : ::!

H

!

Page 59: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

COLOQLUEI-A DENTROI due AS N PORGMJE CJA NAO

de seu Album de tgkummMM revistas em tem tanta im-

I

^

|

C.O/VAO

Ef (3i vf PODE " NAO PERCEBEU QUE,

r POSSO |

SAHl V TO DAS

EASLH1STO

R \ ETA3 AEMr o

E25^"

CRER NO t DEFARAl! Mk EM GtUADRlNHOS CON- K mlrochi^

, QUE, A JB VERGlRAM PARA UM i

*®gSTOFUB-

WedO[>f(';K^_ Z^TTll PEQUENO PONTO NO ^TAS

SE VALORIZAMr^

CENTRO DA PAGINA?/

«3^

E.I,

BLANCH

CADÊ

A PÂGI-

NA DE

QUADRI

NHOS ?

PDA

MESMO

UMA PA'

G1NA DE

QUADRI-

NHOS?

PORQUE cJÁ NÃO

TEM "TANTA

1M-

PORTÂ.NC1A,

ALTEZA !

POR QUE AS ]REVtSTAS EM

QUADRINHOS

ESTÃO FICAN-

DO CADA VEZ i

MENORES? /

COLOQUEI - A DENTRO

DE SEU AlBUM DE

:•.•••: v-Í".5Sv :»Ã'*•>/.>E O QUE

IMPORTA,

AGORA,

SAMUCA?.'

/ GOLPES

DE ESTADO

SEM SANGUE...

ESPOSAS AL-

COO L ATRAS... DE

GRADAÇ-ÃO POLI

TI CA E LIQUIDA-

CÃO DE LO-

V cJAS... y

NAO PERCEBEU QUE,

COM TODO ESSE ESPA-

CO EM BRANCO, EAA

VOLTA, AS HISTORIE-

TAS SE VALORIZAM ?!

NÃO

POSSO

CRER NO

QUE ,vVEÍJOí /ÍITS^ •

iiPíi rnzr

COMO É QUE PODE ?!

TODAS AS HISTORIETAS

EM GlUADRINHOS CON-

VERGlRAM PARA UM

PEQUENO PONTO NO

CENTRO DA PAGINA?.'

SAHI

DEFARÁÜ

, POIS

NÃO,

ALTE-

ZA !

CADERNO DE QUADRINHOS - Suplemento do JORNAL 00 BRASIL Página Tf

Page 60: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

* pfrgjna 12 CADERNO DE QUADRINHOS - Suplemento do JORNAL DO BRASIL

——"— 1-Vl *£-/")—rj~l——\

Em qompeti^GES, os 9URFI&TAS —

y '

| Mpi r m pevem desuzak sobre umnumero

DETERMINADO 05 ^

ITBSTE

- OS sUBF/STAS. PEGEBEM POATTOS ^

PARA GAD@L O/WDA SOB&EAQUAL DESU- •> f

2AM CXJ P&R MTERFEREMG/A A/O PER- —> i ™

. '

GURSO OO ADVE/?SA'&tC> •

/ QVitViJJNI 3 V!OiV$&33ZiaiM V VONO >rmS0MWm^^K MM

I

V' ~vavo SQj/VOd M3B3D3& :dS3& *-» <*

QUAL E. O OfSfil/AO GfcTE7

/^cT QUE^\ """"""'^mmmm""T"

tmmmmmmmm 1 i .

^<17/4 /VO ESRApD VAZ/O P (

EQUE^? /

|<-s, /

TSGO'TECO

/ SeMTBR } J\V .i ./# ii#

- m ( PBRNAS E

:MP XfXTlh',. KfalasbmS — ico,ar„ siga as ~\

rv jp^s ."-i "li? SSI (TER BOCA? L imSTRU<?6ES )

i '" ' ' '

CADERNO DE QUADRINHOS - Suplemento do JORNAL DO BRASILPfegrna 12

Píparoti Pamiahal T/tf MA ' 6 IJ60AI,

CCM.£ãU'WH AíVA MO 6 _. 0f?iWCA(?p

I?;!;X

Ax^i^y

7ÓV&JM 3 WOfV$&3zl&3IM V VCJNQ

vavo ÜOd SQINOd W33303& :d$3à

Q QüEÉ QUE É

'

ANDA

leme isopor-

siga as *—

iaistrüçôes

PARA FAZER OAVlAOZIMWO.'

colar a asa

abine isopor

MMÜ

aram.

tsopor.

E/AIEM GOM MAGl(2AEil SAIO DESSA '

__\10ee GAMMOZJ /

ABAiaeA /

pimdamOmhamgaba.'XEQUE-/VWE/

WÈÈÊÊmWÊÊrnm

WMÉw ,'

mémMmÈíáMwi

i

IvlyXyXv|S;:

Page 61: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

.'•-¦".i'L-i—i—i y». ; - —i——

^k _____

j^M Ef^^^r ¦ I ^ ^Hr g

|^MgBggB|^^M||MgMg^MW^M[^^^™^^g^K'^^^Mggg|^^^B|

^I

,H K^:I9 H

/ -- . :;fe-a:;:»^:- /; JKl^^

w < ' ••{, ?*w ri„T>''. &y &3?^ if i JPfci"# v,', y •.&*? .! , w <rv .<¦ ,• > »,? .; ;, ^-,- f,)Jy ¦¦'>**,"" J&>f&x&xfi£ <\%<»&«S^ ' ..j&fflHg M ^/fggKgoisir „T)r^To^mWi:v:^ Lv-l # I r- #s® , ip - mWM^MHHW^ '

^^¦hHhHI'^y- •¦"'-ts-.-^iv^^-ay:;:j #S:^Si^M#^iMfcftoi

.^H Ik w -Mim^KBKvh y. is^^MwfeaM^tew. "¦ "^^^v?^-'- '-;i^..v.- fe-.-'v

aT m a ^H'ft ' -¦/-' ^gyy^j >¦ wy,„. /^«^B^|^>^g^L r-.' ,^ :^.^

I f 1 • 1 W-^f^Kmsa|»&y,,. |ni^H|^^^B

• 1 f i * lf&lM^^^^^^^^^^^^^MBlllill^^^^^^^^^^^^^^BilllllliMW^MMai3Ri««j .y^ggatMiMB^^i^i , I

" /' • - ' "'¦ '"-'J-'-" ^¦-^':^ ' ' '- ^ '¦'' i .;•¦•¦¦•" "A::' ,Vf •''" . . "^"^i -^. ¦¦ '": ' ./•"' ". 9. ¦-

JORNAL DO BRASIL #

m i1^1mm

MiMBSHI

Page 62: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

ipfflrestifc"'?. •' 5tv-"- 'rl*<. v? yH^^V/ W^^'^B^BKaPI"^ -'^ttHflvrq^BwIaK-' •¦'. • i .

; Si s ^^^^¦IB'^H^B^HI^^^^^^^^KiflREiSMikai^^^^Vj

¦>

ljjjjjjjj|^

¦

tyVMfll

( A técnicos da loitue vão ate sua casa c

instalam sua cozinha, dentro do prazo combinado

ca assistência técnica e permanente.( om as deliciosas cozinhas l o^uc em sua

casa, você \'iu lazer nratos ainda mais incríveis.

Assim como voce prepara seus pratoscom tempennhos especiais e muito carinho,

(/ l c;,í,'//(^ prepara a sua cozinha.

I a l díiue tem uma receita personahz.adacriada especialmente para você.

l e/a hem, as cozinhas logue são práticasc f uncionais. Adaptam-se a espaços peijuenos,médios e grandes, com aquele sahorz.mho (jueso ela tem.

I)ê um puhnho ate o seu revendedor\ bituc. \ ocê escolhe os detalhes, a cor, os .elementos componentes e o tipo de material (juc

mais lhe agradar: formica, madeira nohre, verni?

pohurctano.

COZINHAS VOGUE

TEMPERO BEM BRASILEIRO

Rua Ataulfo de Paiva, 19-1- l ehlonl ane: 247-3793

íêMV :L

m

Page 63: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

igoPomRIO, 09-03-80 ANO 5 — N° 203

8 OS CAVALEIROS DO MARDecorrência natural do surfe, que se

queria rebelde o »vindsuri além da vela e

da quilha traz também uma postura mais

comportada em relação à sociedade esta-

belecida que os primeiros surfistas con-

testavam

18 GENERAL OSÓRIOEnquanto babás e crianças cruzam commoradores da favela próxima, garotas deIpanema e dondocas em busca de bouti-

ques caras, a praça General Osório cons-trói sua trama de dramas e fatos pitores-cos que se desenrolam durante as 24horas do dia. É que a praça não dormenunca

24 BORG, O TÊNIS

Provavelmente nenhum esportista até ho-

je encarnou de maneira mais perfeita a

personalidade do tenista profissional do

que Bjorn Borg. E, também provavelmen-te por isso, tenha-se tornado o mais rico

de todos

36 BRIDGE

CAPABjorn Borg, foto Gamma ..

JORNAL DO BRASIL

14 BUSH, O IMPREVISÍVEL

Quando as pesquisas de opinião o apon-

tam como perdedor na disputa com Ro-

nald Reagan para a indicação à presidên-cia americana pelos democratas, George

Bush costuma vencer. O inverso também

ocorre, como aconteceu recentemente

nas primárias de New Hampshire.

A espera na praça Moda, à espera do inverno

QUENTE INVERNO

Na suave estação fria carioca aguardaimpaciente os novos lançamentos da mo-da que, agora mesmo, fervilha de idéias

VERÍSSIMO

Isto é um Assalto

Revista do Domingo figura no IVC (Insti-tuto Verificador de Circulação), atravésdo JORNAL DO BRASIL. Consulte asNotas Explanadoras.

No mar, a chegada da nova emoção

eWSS^«^''- ^SEi JUH

Rua do Catete, 194-196

Acesso pela praia do Flamengo

Mcub/cs de Supcrwure Qualité • Fine Furnitmv • X~ /* t" t ?/* f A • Quulitiits Mõbel

Venha conhecer nesta mansão, a maior

variedade em móveis personalizados do

mais fino acabamento.

nss

SH

3rnm«a»>MifiSaaaSEvrf32

Page 64: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

Quem

^BMRp; v .- •^- jfJJNRRHHRH I

life ^g4f'rif(ilmiilMili^P SP^6 V^lfeTM '.. \/Jm

, jj^B I

7"': %•; ', V M|

I

.:6 . id

" s

i 5^^l 1' ^¦1 a

N

Duda Cavalcanti, "depois

do Paquistão

Duda volta

para desfile

com CPF

o tempo em que Ipanema

correspondia à imagem

que tem hoje e já ficou tão

distante, Duda Cavalcanti reina-

va soberana. Provavelmente,

mais do que a inspiradora da

música de Tom Jobim e Vinícius

de Morais, ela era a própria

garota de Ipanema, alta, esguia,

queimada do sol, imitada e co-

piada pelas adolescentes da Zo-

na Sul. Por hábitos, atitudes e

opiniões, era uma pioneira nu-

ma época em que um gruporeduzido ditava o comporta-

mento da massa, que se limitava

a seguir. Com direito, inclusive,

a pôster no Bar Zeppelin, da

segunda fase, .ao lado de lumi-

nares como Jaguar, Albino Pi-

nheiro, Carlinhos Oliveira, o

próprio Tom e o próprio Viní-

cius. Era a musa.

Teria 18 anos e um back-

ground que incluía colégio na

Suíça e, à medida do tempo

corrido, muito teatro amador no

Rio de Janeiro, com Martins

Gonzalves, Gianni Ratto e o

Grupo Orla. Foi modelo da Rho-

dia, também, e fez um primeirofilme, O Arrastão>, ao lado de

Cecil Thiré e Jardel Filho, sob a

direção de Antoine D'Ormes-

son, que acabou lançando-a no

cinema europeu. A promoçãodo filme, que entre outras coisas

teve uma hora de especial da

televisão francesa, levou-a, no

ano seguinte, ao papel principalda Escolha dos Assassinos, diri-

gido por Philipe Forestier —

assistente do então incensado

Jean-Luc Godard — filmado no

Marrocos, em que Duda, hippie

drogada, é assassinada pela pri-meira vez na tela. Depois, vi-

riam mais três filmes em que seu

fim seria o mesmo.

Casou-se com o cineasta Jean

Daniel Pollet e, na França, mer-

gulhou fundo nas — bizantinas?— discussões dos cineastas gau-leses, tão ao gosto da época e

que acabaram desembocando

no movimento que serviu de

! estopim para o chienlitâe maio

! de 1968, em Paris. Era em sua

casa que mandarins como Go-

dard, Truffaut, Jacques Doniol-

Valcroze, Louis Malle,. Pierre

Kast e outros se reuniam paratraçar as diretrizes do novo ci-

nema francês e — quem sabe —

do mundo. Apareceu então um

filme insólito, Homem das Estre-

Ias o terceiro, em que fez o

papel de uma estudante "meio

tendenciosa" que encontra um

ser de outro planeta no meio de

uma torcida de futebol. No fil-

me, escrito e dirigido por Jean

Daniel, Duda morre mais uma

vez na tela com um tiro dado

por uma guerrilheira, num tem-

po passado ao qual era levada

por um relógio fantástico usado

pelo ser extraterreno.

Ficção-científica à parte, Du-

da movimentou seu próprio re-

lógio e partiu para os Estados

Unidos, contratada como mane-

quim pela Agência Ford. No

corre-corre das viagens entre

N.I., Paris, Londres e Rio, posan-

do e desfilando para Vogue e

Alcântara Machado, Duda aca-

bou seguindo o caudal de inú-

meros jovens de sua geração em

busca dos mistérios e das ilumi-

nações do Oriente. Um ano no

Paquistão, quando deu "uma

parada geral na vida", andando

apenas a pé e a cavalo, ensinan-

do um pouco de francês — o

suficiente para sobreviver — e

prestando muita atenção no po-

vo que, garante, vive ainda na

Idade Média, foi o quanto bas-

tou para uma revisão de concei-

tos: nem tanto ao Ocidente, é

certo, mas nem tudo ao Oriente.

Agora no Rio, de volta paraficar, até onde tal decisão possaser definitiva, Duda Cavancanti

ajeita o cabelo, reclama dos ca-

chinhos e se esforça para se

concentrar na conversa. É queincorporou de tal forma os hábi-

ros de manequim que prefere

posar. Ela sem dúvida cresceu

como pessoa e como mulher,

não bastasse o casamento, as

duas filhas, o Paquistão e o

mundo da moda internacional.

Prepara-se, no momento, pararetornar às passarelas, a come-

çar pela do Copacabana, em

lançamentos de inverno. Ela

acha — e se experiência vale

alguma coisa, sua opinião é de

peso —

que o Rio de Janeiro não

deve muito à moda européia.

Olho desviado por um instante

do espelho, quase fixação, Duda

enrola mais uma vez dois cachi-

nhos e esclarece: "Imagine

que

pela primeira vez na vida vou

tirar o CPF". Nada demais para

quem seguiu o caminho inverso

da maioria e fez carreira paravaler na Europa antes do Brasil.

Afinal, ao sair daqui ela era

apenas musa. (PIETRA ÂNGELO) ¦

n

H

Page 65: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

iMi&

«w tíüffííi«M' si»m m f§ Mr ¦"" Üfi I ® ^ "¦

wwfâ m mãmMÈW'iiifl ' 11 ! fel í»s fô.w» W* »®:íií li II

</>>

MORDA ESTE CHERBOURG.

Você vai sentir o gostinho de morar bem:

Edifício Cidade de Cherbourg, na Conselheiro

Zenha, 58, uma rua muito tranqüila e residen-

ciai, pertinho da Praça Saens Pena.

Totalmente pronto, é só morder. Ou me-

lhor, ésó mudar.

Um apartamento irresistível por um preço

muito apetitoso, com apenas Cr$ 300 mil de en-

trada e saldo em até 180 meses.

Incorporação

TANACACOMÉRCIO INDÚSTRIA E AGRO - PECUÁRIA S. A.

Apenas um por andar; com 113 m2 muito

bem distribuídos em 3 quartos (1 suíte), salão, 2

banheiros, copa-cozinha, dependências comple-

tas de empregada e vaga na garagem coberta.

O edifício tem playground, salão de festas e

o acabamento tem a categoria GEMACO.

Conquiste logo o seu pedaço do Cherbourg:

atendimento diariamente no local ou na Tecni-

lar, das 9 às 22 horas.

Planejamento e Vendas 1

Financiamento

RESIDÊNCIA

CIA D£ CRÉDITO IMOBILIÁRIO DO

ÊmmmSESBk

cnilctr

Rua do Carmo, 7-17? andar

Tel. 221-1491/221-1494

242-0876/263-9422

Walmir Ferreira - CRECIJ0984

§

m

r*2¦M*i

n

zmi

%

Page 66: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

Pffta'ify^^^^B^^B 9^^^H^^Kt.V^^^BSw ^K:' .^^H

HnMBnDBI^BVr

* ' gfegjg Wp!T

i' ,F flwH -f #

B

D

Rotstein

quer solução

de José

Para

resolver o problemada energia no Brasil, JaimeRotstein, engenheiro, au-

tor de Petróleo, a Crise dos Anos

80, não faz por menos: é impe-

rativo agir como José do Egito,

poupando na época de vacas

gordas para garantir o abasteci-

mento no tempo das magras.

Embora o conceito não seja ori-

ginal, faz sentido exatamente

porque provado ao correr do

século. Diz Rotstein: "É neces-

sário que o Brasil concentre

seus esforços para armazenar o

que ainda tem de fornecimento

de petróleo e estabeleça üm by-

pass para o futuro que recupere

o tempo perdido/'

Jaime Rotstein é defensor in-

cansável do motor a álcool e em

seu livro sustenta medidas

agressivas do Governo em ter-

mos de produção em grandeescala através de acordos bina-

cionais para enfrentar o caos

econômico, social e polítim*\vu

Maria Celina Lage, "ponto

solitário e estimulante

Quem

que, segundo ele, "está

prestes a

acontecer". Jaime é também

presidente da Sondotécnica e

acredita que um modelo brasi-

leiro de energia é a única solu-

ção, "antes de nos tornarmos

vítimas do canibalismo econô-

mico que dominará em breve os

países desenvolvidos".

Tão apocalípticas — e inquie-

tantes, porque inegavelmente

baseadas em fatos atuais — pre-visões não o levam, contudo, a

apoiar o aumento do preço da

gasolina como solução. Ele o

considera medida discriminató-

ria, "pois permite que uns conti-

nuem a se dar ao luxo de pagaralto enquanto outros são obriga-

dos a deixar seus veículos na

garagem". O que ele sugere é

uma racionamento imediato na

base de chapas pares e ímpares

que se revezariam nas ruas, me-

dida já testada com êxito na

Venezuela. Além disso, apóia a

solução da mistura do álcool ao

óleo diesel.

E completa: "Estamos viven-

do um estado de guerra, o Brasil

não agüentaria uma interrupção

parcial do fornecimento de pe-

troleo. "

ÍFLÁVIO SILVA) ¦

Maria Celina

vende livros

na Gávea

Surpreendentemente — o que

prova a freqüente cegueira de

certos empresários para as pos-sibilidades do mercado cultural— obras de art-nouveau, pintu-ra, decoração, fotografia, escul-

tura, cinema, impressionismo e

culinária — também é arte —

tem tido excelente saída. E não

custam barato, em suas luxuosas

encadernações. Como clientela

mais assídua, Maria Celina e

Cristiane tem profissionais de

diversas áreas e aficcionados de

bons livros que simplesmente se

apaixonam pelas obras e as

compram, pagando o preço queacham justo.

A intenção das duas livreiras,

contudo, é valorizar o artista

nacional e em breve convidar

pintores e escultores para deba-

tes, numa semana inteiramente

dedicada a esse tipo de discus-

sões. No Shopping Center da

Gávea, entre butiques, lojas de

decoração, academias de balé e

casas de doces, a Timbre é um

ponto solitário e estimulante.

Um projeto arriscado, também,

neste país de apenas quatro cen-

tenas de livrarias. (ROSE ESQUENA-

Zl) ¦

2

Jaime Rotstein, "by-pass

para o futuro"

Dificilmente

uma nação em

nível médio de desenvolvi-

mento terá índice mais

desfavorável de livrarias por ha-

bitante do que o Brasil. Há cer-

ca de 400 em todo o país (só

Buenos Aires, na Argentina, tem

mais do dobro) e dessa seria

fastidioso contar as que se dedi-

cam a vender livros de arte, não

pelo grande número, mas peladificuldade em encontrá-las.

No Rio, há bairros inteiros

sem nenhuma e entre esses ali-

nhava-se até agora a Gávea,

área tradicional e na qual não se

poderia responsabilizar o poderaquisitivo de seus habitantes de

classe média alta pela inexistên-

cia de lugar onde pudessemcomprar livros. Agora existe

uma. E de arte. Maria Celina

Lage e Cristiane Machado, avó e

neta, juntaram-se para fundar a

Timbre, especializada em livros

de arte nacional e estrangeira.

6

*m

¦i

Page 67: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

Na

^ * j'

W^P^R IP. ff s. ^magt^r

. ^¦BPBHWB£$%mRm£^Bm B^HESfflHHHwBBSi

Gelli

decoração bem planejada

não custa mais.

Decorar uma casa ou apartamento,

é fazê-lo de tal maneira

que todos os aposentos resultem

em um todo harmonioso.

A troca de idéias com nossos

projetistas e decoradores, permite

uma criatividade mais ampla

no que diz respeito ao conforto,

funcionalidade e a integração de sua

personalidade ao ambiente.

Venha conversar com nossos

decoradores e veja como é fácil,

transformar sua casa em um ambiente

cheio de charme e beleza.

msC.tl-lilp

o móvel bem bolado

superGelli e Barra, sábados até 18 h.

Av. Copacabana, 1032 - Tels. 235-0635 - 255-1138/39Rua Barata Ribeiro, 814 - Tels. 235-6979 - 255-9629Rua Conde de Bonfim, 208-B - Tels. 248-0547 - 234-5125Rua Dias da Cruz, 140-A - Tels. 229-6408 - 289-3091Niterói: R. Gaviáo Peixoto, 115 - Tels. 711-6806 - 711-4281superGelli - Av. Brasil, 12025 - Tel. 270-1322Barra. - Carrefour - Loja C - Tels. 399-1431- 399-1265Petrópolis: Magazin Gelli - Tels. 42-0343 - 42-0775

Terças e quintas até 22 h - Sábados até 14 h.

Í00M0Í^&-0-

mÊmmWsmSMs^y1^-:¦ . .¦: ' wv'•¦•¦;¦;¦ .n.

W"—

V-.v• •;.. '. J ¦V-.

MMill•'h

* A m» mrm m

•r-tiSr^fí* » 'iW3Sss^vW&i%\* . -W j?V M> û« -"íâíi "*»r.â^«01mrz-kf,«)tm

<$$}* \ tfext

^^f»\.\ 'm

B V^fl

r#BiSP1wPs&sÉB

Xi»«s 7

|||H

mm

fmài

livi^-",./

;-íSM

f:Ç::p^i:Éttíi

mm III

íS&KH| «íb®

' '4 . Wè,ü

Isi ilil ¦ , üV" >:Ò^''.'1 ' ' ;'

>Mm&pi

mm

M •"

rní

p

i\

V-i^' :v.>

*$l?W

imttsifeSIS

iSBBlSlÉM

Kv;-K'i

W f$$í

r-

liilil,;.' li

mi

S íf

>>V

Mm WMI

/2*

¦

Page 68: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

'n' ' ' ^v"' j'J Y i1l3 R|^^jjB| '"^ W

SiBBiP|BBlBBBBBWB88ii|w ">

-I ^l: ^... p|^ ^ij

5BBW^E|£SjP8Hife|ij?r_^^^ $0*&.S^hjpQ^^tih^Bk'«*£4&jj§||^ ^SB^ • lyf*^ "^Tlf^jilB^^ f

ilijini T* 'iii^

En quanta o surfe correspondeu a uma epoca de rebeldia jovem, o windsurf /az retornar o esporte a seu sentido original

8

MppWjl

¦H

il

m*MÊÈ^?<BpOwWrB»«l

SH

•3 \ '<<_

M^»

^ correspondeu a uma época de rebeldia jovem, o windsurf faz retornar o esporte a seu sentido originalEnquanto o su

u

&

nm

mmmii

li^P

t$eSiMi#&M

i

¦^^is

Page 69: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

«««»»*&** %^t ¦¦"¦

'" -'MVi?$

'w " ¦ :,;; ¦-:y •¦>!•-'•

xgp^.

de prazer e desafio, sem filosofias e sentidos metafisicos

m~r*.jzm

A»»»l> V

Si'«tSi ' < $HH

&|pM<

M

,.>•/¦ •.wiSÈm

iBig-'•' á£.' • •

?S$®§

;>>••••:-;':' "" 'f

'WMÊwÊM

:-<'^:;í'í':

Íí^^ícrv íi' Wf

4í?&&è pft

"w i ; ,1V < ' V

LUIZ ANTONIO MELLO

FOTOS DE MAURÍCIO VALLADARES

Mais comportado do

que o surfe, o "windsurf"

deflagra novas emoções

primeira vista parece fácil. De

longe, equilibrar-se sobre uma

prancha uma pouco maior do

que as de surfe, apoiado no tubo

de duralumínio que contorna a

vela, esta mesma presa no mastro, sem ter

de preocupar-se com a onda boa — tudo

isso não teria mistério algum. Mas tem: o

mastro é bobo, isto é, não se prendefixamente como os dos veleiros e, ao

contrário do surfe comum, o windsurf

depende do vento. Assim, no início, trata-

se de um exercício extremamente cansati-

vo subir na prancha, tentar equilibrar o

mastro e retirá-lo seguidas vezes da água .

com a vela encharcada. Depois, vencida

esta etapa, conseguimos os primeiros mo- ..

vimentos, é preciso ficar em pé. \f

Tombos no início, num aprendizado

que exige boa forma física

MM

Page 70: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

Apesar de tudo, "gatinhas"

aitula apreciam da areia as evoluqoes das "feras" I

BIl

iV« nrancha a do is* possibilidade inexistente no surfe, m<m individualist ^1

ÍVrV';'ÉÊT'

1 <••\vVÍ>^-^:^'-í'':>^v:.;;y';V:^r;v^>.^v1'í^ffvv

vteí\ -'. -

isás ¦ ga^lsfeijSI#!!!i inN- ,'4fii'áijVi*Fj ÍV'AÜWA'A*T1 Vtt

s%Ê$$$g

PW|«:/."•

v V*lA^v""'<>s-V

ItSSAsL-<vr , y\ -\ r- Illill

í: <¦ , . '-•' '..f "'V^V-a '-VM ; í'-íi-;>v'',riV

tap éí&ííi&íí" a • •.;•;.¦»¦A^v^v.vV..

,¦•-¦:¦ -s? mm:m' - •¦;"M$Mwflçjfil

p®JSs^í-;&S?

^sâs^Ê

sSHS&Sã»

• i.v.V.'^«-V,c.>. 'ç,

à&ivv.3«»lSI$

inexistente no surfe, mai« individualista

««SsiM

:í WKJt;W;Wtf»u»« JWJ

H

«$8

Assim, é natural que os prin-cipiantes se apliquem com ener-

gia ao processo, músculos rete-

sados, punhos contraídos como

se a solução de todos os proble-mas do mundo estivesse ali na-

quele tubo que prende a vela.

Atitude totalmente diferente

dos já iniciados, que afloram o

suporte com a ponta dos dedos,

corpo ereto, e que às vezes se

dão ao luxo de pilotar a pranchade roupa, sem sequer molhar a

barra das calças. E o espetáculo

é bonito, com as velas coloridas

e as pessoas saudáveis que o

praticam.

Seria apenas uma brincadei-

ra de praia, não tivesse um arre-

medo de história e não compor-

tasse até algumas interpretações

que beiras de praia e botequins

da Zona Sul escutam indiferen-

tes. Tudo teria começado em

1970, quando no Arpoador, na

Macumba, em Saquarema, pipo-cava sobre as ondas um colorido

especial, diferente, quem sabe

selvagem. Equilibrados sobre

um estreito e curto pedaço de

fibra de vidro, centenas de jo-vens ilustravam a explosão do

surfe no Brasil. Uma bomba

cujo longo pavio havia sido ace-

so nos anos 60, quando a fibra

de vidro só era vista em revistas

altamente especializadas e, evi-

dentemente estrangeiras. Era a

época em que os mais afoitos

enrolavam a bandeira vermelha

colocada pelo Serviço de Salva-

mento, decretando mar calmo e

partindo para as ondas sobre

pesados pranchões de três me-

tros de comprimento, em com-

pensado e verniz.

É claro que os surfistas dos

anos 60 — hoje sisudos senho-

res dedicados ao ganha-pão diá-

rio — não imaginavam na época

que aquele descomprometido ir

e vir sobre as ondas iria virar

logotipo de toda uma geração. E

que tomaria forma quando uma

avançada tecnologia de apoio

ao surfe passou a conviver com

uma certa repressão política e

uma dura censura que levaram

os jovens a procurar o mar em

detrimento de preocupações

que, para outros, pouco afeitos

aos rigores e prazeres do espor-

te, seriam mais edificantes. Fe-

nômeno parecido com o do fu-

tebol, que passou a canalizar

todas as descargas, transfor-

mando o Maracanã no maior

pára-raios do mundo. Claro,

mantidas as diferenças, poisuma prancha de surfe nunca

custou barato.

Foi também através do surfe

que surgiram os grandes grupos

que viajavam pelo mundo de

forma não clássica. Saíam aos

bandos com a intenção — pre-texto? — de procurar as ondas

melhores, acampando de qual-

quer jeito, em qualquer lugar,

comendo o que aparecesse. A

imagem da namoradinha foi

posta abaixo no convívio das

barracas, como uma revolução

sexual calcada sobre pranchas.E com os surfistas iam os ami-

gos, os amigos dos amigos, as

comunidades. Explodiam nos Es-

tados Unidos os movimentos

contra a guerra do Vietnam,

Richard Nixon debatia-se entre

as fitas dos gravadores de Wa-

tergate, e, alheios a tudo, os

garotos de ombros largos, cabe-

Io amarelo e parafinado, falan-

do pouco e pastosamente, an-

dando devagar e ao som de Jimi

Hendrix, Led Zeppelin e The

Who, questionavam a família, a

tradição e a propriedade sem na

realidade abrir mão de nenhu-

ma das três.

Era um sonho e, naturalmen-

te, durou pouco. Logo o surfe

foi ganhando adeptos que iam a

ele apenas como diversão —

voltando assim à proposta ini-

ciai —ou utilizando-o como um

trampolim para penetrar no

meio. Surgiram os surfistas

de areia, aqueles que iam à

praia carregando suas pranchas

para obter maior sucesso junto

às cocotas, elas mesmas um

subproduto dessa grande e des-

contraída festa em que se trans-

formou o esporte para sua —

agora já enorme — legião de !?

O fundo

musical ainda é

o mesmo dos

surfistas que

ouviam Led

Zeppelin, só

que agora o

grupo canta

canções

românticas

""" ís-'-r - _,f!Mff:-- >A

M*£ "

III1 / L-..

Apesar de tudo, "galinhas"

ainda apreciam da areia as evoluções das "feras

VüWm

10

warn

w^m

Page 71: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

TaíwÍÒO MELHOR

TRATAMENTO DE

BELEZA PARA

SUA COLUNA.

apenas 1 por

andar,

num endereço de muita classe

Av. Dswaldu Cruz,163.

A10 minutos dn Centro e

das praias

da Zona Sul.

Não perca esta

chance de morar

num dos pontos de

maior categoria da

Zona Sul.

Apenas

apartamento por

andar, com 240m2

muito bem

divididos em

3 quartos (inclusive

uma suite de

ambientes), salão

de tábuas corridas,

varandas e

dependências

completas.

Edifício Jardim

Panorama.

Construção e

Incot poraç.io e Conslrur^

» BRI^OINeSÒa. ENGENHARIA X #ITDAZ V"

acabamento com a

garantia de

qualidade Brizòn.

Facilidades de

pagamento

diretamente do

incorporador, sem

comprovação de

renda, ou pelo

Sistema Financeiro

de Habitação. E seu

imóvel serve como

parte do pagamento.

Veja seu

apartamento pronto,

diariamente, das 9 às

21 horas.

Informações no local

ou na Tecnilar.

Vendas

r ^

recrutar 7.

Rua do Carmo, 7 - 17!1 andar

Teís.: 221-1491 / 22 M 494

242-0876 / 263-9422Walmir Ferreira - CRECIJ-0984

J

A Cinta Ortopédica Nagata é

tudo o que você precisa pararesolver séus problemasde coluna.

Ela corrige a postura, elimina

as saliências lombares

e dorsais, acaba com

o cansaço nas costas, tira

as gordurinhas na cintura,

deixa você completamente

em forma.

A Cinta Ortopédica Nagata

foi desenvolvida no Japão

e aprovada, aqui, pelo

Ministério da Saúde. Vem

em dois modelos: Standard

(para uso preventivo) e

Super (para uso corretivo).

Pode ser usada por crianças,

adultos e pessoas obesas.

Çom muitas vantagens.

É antialérgica, tem fino

acabamento (sem presilhas ou ilhoses), não tira a mobilidade,

é fácil de lavar e extremamenterdiscreta: você usa sob a

roupa - em casa ou no

trabalho - e só você

fica sabendo. Aproveite.

A Cinta Ortopédica

Nagata custa muito

pouco para o muito

que faz. Escreva para

Caixa Postal 185,

CEP 30.000,

Belo Horizonte, MG

1

Slf'r; • '

'0- O- in

H ^IKB-¦ flil''.

iff

1. Saliência dorsai 2. Dores dorsais 3. Assimetria dosombros 4. Saliência lombar5. Gordura na cintura

CMIA . m

|

+ i

ORTOPEDICA x, Km JRbi

m 1 ^

Recorteo"™rKj HOMEI Industria e ComSrcio Ltda. CEP 30.000

'"tX Caixo Postal 185 Beio Horizonte /MO

| Nome

End

Cidade Est. .CEP.

Sexo

Idade Alt:. .

Cint.: Peso.

CINTA ? BRANCA

NA COR ? MARROM

STANDARD Cr$ 840,00

SUPER Cr$ 1.030,00Não mande dinheiro agora

Desejo receber peloReembolso Postal

e pagarei ao retirardo correio

Recorte e coloque preenchido dentro do envelope

1

^ r~1 Ir I

1

I4

Page 72: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

®4?;,:i';;&^M*' &A. smshh]f$SM04t

iliflftií?®fé®f

a«Mjív'ft?,w wí #*»W&-; § -"•

0HH <$M|^JMWhHBI

WSS^^ÊSÈÊáM

«jpsh^K|

1 s*lW«N

Bgai- ;i

ÉsttM mmm!||Mtó^ ••:¦'.¦ ;¦' ¦¦" '¦

;..,

aí 1 Ute-Vi «',¦*¦* '

lllpiifll

Ifgfcj

wê^m

Rarot^^S^fStiKttpiM^i!

i';v. v : W.ító;

^^^f%b'u""r '•*'*

V~V«t

$pg§§áíUüiiij>

/J: ^AsasBsáSãa-w»'

¦-•¦'¦ •'íJ?-v^Sfei*^

SSiteív—

swi:-'.~Çí'« . V-v-**o*>x.. •¦•: .v-..:

gSpr!"->~s -~jBB|SSC""-'-' •'•v"^0'i'r,.-->~.

,<„• r¦^'""" *v-

v\ Á\«>m..l'

W|S*5^jâíí:f^i'8Sãi

Uma das

vantagens é

que o

"windsurf"

pode ser

praticado por

crianças ou

pessoas mais

idosas. E aceita

até o namoro

adeptos. Paralelamente, alguns

surfistas se profissionalizaram,transformando-se em campeões

patrocinados ou criaram peque-nas indústrias, fabricando pran-chas e acessórios.

Desse modo, quando no final

do ano passado surgiu a prima-vera da abertura, foi encontrar

não mais os rebeldes — pelomenos na aparência — contes-

tadores da sociedade através do

surfe, mas os pacíficos e bem

comportados amantes do Sol,

do mar e do vento. Pouco antes

do topless, este mesmo um re-

flexo canhestro da abertura —

apareciam as primeiras pran-

chas de windsuri, a disposição

de quem se dispusesse a pagarna época um pouco mais de Cr$

20 mil e tivesse à mão um carro,

um rack (aqueles suportes que

prendem-se à capota) e alguma

disposição. Hoje as pranchas es-

tão custando por volta de Cr$

35 mil, o que já afasta a idéia de

que o esporte venha ser popu-lar. Mas por enquanto ninguém

pensou em estabelecer preços

para quem quiser assistir às evo-

luções na lagoa de Marapendi,

na Barra da Tijuca, nas de Ara-

ruama e Itaipu, no litoral Norte

do Estado do Rio. Nesses luga-

res, enquanto dezenas de velas

se cruzam conduzindo pessoasinteiramente absortas, entre-

gues aos agradáveis devaneios

que o vento pode oferecer, uma

platéia serena, seleta e absoluta-

mente afinada com a sociedade

de consumo que os surfistas de

outrora tanto combatiam, assis-

te e sonha.

O instrumento de sonho e

devaneio é simples: uma pran-windsurf. O Rico e o Missaire

também fazem windsurf e nem

por isso seus títulos de cam-

peões de surfe estão ameaçados.

Acho que uma coisa puxa à

outra".

O windsurf adapta-se melhor às mulheres e admite variações curiosas

5Sgg

wmmzz

M

E

Page 73: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

W»:'',$I|P^:v.;';: &íHI £0

¦M-Z-ig .sfrsáíé*^,mxkff&im*'j#>4ÍitS'. £¦'-•> ¦-' ' .-•:;ísÉã^^sca^^p^Sá-saa

*W$|E

lm'Jf^ •V»»S" ¦¦ -

*#&*'.sj:li

tresT/m

A quilha, diferença para o surfe

Há eventos, rrais os windsurfistas queixam-se da falta de patrocínio. No começo, o difícil é alçar a vela

cha de 3 metros e 89 cm de

comprimento, com um mastro

de quatro metros de altura. E o

fundo musical é o mesmo Led

Zeppelin dos surfistas dos anos

70, só que agora mais tranqüilo

e sensual. Ao invés da alucinada

guitarra de Jimmy Page, em Co-

niunication Breakdown, ouve-se

agora Ali My Love, balada suave

que soa como hino nas margens

de Marapendi. Há rivalidades

no ar: supõe-se que o windsurf

coloca-se no meio, entre o laser— um barco de verdade — e o

próprio surfe, mas ninguém

mais em Marapendi concorda

com isso. Como explica Carlos

Helenio, instrutor de wind: "O

windsurf trouxe uma grandecontribuição para o iatismo,

pois tornou a vela popular. O

princípio é o mesmo, manter-se

bem, ao vento. Muita gente quefaz windsurf está pensando em

partir para um laser, e vice-

versa. O mesmo acontece em

relação ao surfe. Eu mesmo sou

surfista e estou aqui ensinando

Otávio Pacheco, o Targão, te-

tra campeão brasileiro de surfe,

concorda com Helenio mas vai

mais longe: "Não há como com-

parar o surfe com o wind. São

coisas diferentes, embora para-leias. É claro que um vem do

outro, mas só o formato das

pranchas os torna parecidos. Es-

tar sobre uma onda de 25 pésem Pipeline, Havaí, é uma sen-

sação incomparável que ne-

nhum vento, por mais forte queseja, vai proporcionar a um

windsurfista". Targão acredita

que, ao contrário do que muita

gente pensa, o windsurf pode

ser uma porta aberta para o

surfe: "Windsurfista,

quando já

estiver bem, vai correr atrás de

emoções mais fortes, isto é, do

surfe. Já o surfista é atraído ao

windsurf apenas pela curiosida-

de. Funciona como relaxa-

mento".

Atualmente, há no mercado

carioca dois tipos de pranchasde windsurf; a Windglider e a Hi

Fly. Normalmente quem está

começando procura a Glider, a

mais barata (custa em torno de

Cr$ 26 mil) e menos veloz.

Quem se sai bem, parte para a

Hi Fly, cuja hidrodinâmica é

mais esportiva e veloz, além de

proporcionar mais possibilida-des de evolução. Os represen-

tantes da fábrica são três irmãos

muito conhecidos no Rio entre

os surfistas: Fernando Soares, o

Pinei; Eduardo Soares, o Barão;

e Marcos Soares. É o Barão

quem todos os fins de semana se

desloca para Marapendi numa

Kombi cheia de acessórios para

pranchas. Não gosta de falar

quanto fatura com as pranchas

que o irmão Pinei vende, mas

revela que são 40 peças pormês. Como cada uma não custa

menos de Cr$ 30 mil, é fácil

fazer o cálculo. O terceiro ir-

mão, Marcos Soares, fica prati-camente em casa e é o responsá-

vel pela parte de oficina. Além

disso, sabe-se que Pinei arreca-

da cerca de Cr$ 80 mil por mês

em demonstrações e prêmios de

campeonatos.

Seja como for, o certo é que o

windsurf leva algumas vanta-

gens sobre o surfe e o iatismo.

Está aberto a crianças, pessoasmais idosas e casais que entre

um tiro e outro, quando bate um

vento Leste ou Sudoeste rechea-

do, deitam-se sobre a prancha,com a vela arriada, para um

namorico. Também o número

de participantes do sexo femini-

no é muito maior do que no

surfe. E, esperança dos adeptos

que sonham com patrocínios

para as competições, o windsurf

já tem pelo menos um pé nos

escalões oficiais: o presidenteda Associação Brasileira de

Windsurf é Leonardo Klabin,

Deputado e filho do Prefeito

Israel Klabin. Fato que provoca-ria arrepios nos primeiros surfis-

tas dos anos 70, com sua postu-ra lateral à sociedade estabele-

cida, mas que coloca o esporte

no próprio seio do establish-

ment. ¦

13

mmm

Page 74: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

\'".$jip0*£** 'Jim^*'"''H St£$*;«• Jitiim* '

voto

UM DOM QUIXOTE

REPUBLICANO

NO CANUNHO DA CASA BRANCA

Acostumado a contrariar as pesquisas, George Bush

tornou-se uma incógnita na corrida presidenciai americana

Em campanha para a indicação: prudência, afabilidade e boa famüia

ROY REED ¦ Fotos Keystone

O sol do meio-dia, o

Hotel Hyatt em Or-

lando, Flórida, estavá

quieto e preguiçoso,

como todos os luxos

ociosos daquela região, vilegia-

tura de aposentados. De repen-

te, burburinho, vozes, automó-

veis e seguranças precipitaram a

mudança de clima: era o ex-

Governador da Califórnia, Ro-

nald Reagan, canastrão conheci-

do de filmes de faroeste, voz

potente e topete antigo, super-

herói dos ultraconservadores,

que chegava com seu sorriso

anos 50. Em seguida, uma ima-

gem oposta, configurando o en-

contro de contrários: um ho-

mem de meia-idade, de bermu-

das e tee-shirt, que se aproxima

correndo de Reagan.H/, Governador.Hi, George.

Ronald Reagan e George Bush

estamparam-se sorrisos largos,

fotógrafos e câmaras se apressa-

ram a registrar o cumprimento.

O que os telespectadores e

leitores da Flórida viram, naque-

Ia noite e na manhã seguinte, foi

a mais óbvia diferença entre

Reagan e Bush — o ianque do

Texas que se tornou desde o

outono passado o mais sério

rival de Reagan na disputa pelaindicação do Partido Republica-

no à Presidência dos Estados

Unidos.

Num dos corners, o quase

ancião ex-Governador da Cali-

fórnia, empapelado impecável-

mente num terno claro e grava-ta brilhante, na reta dos 70 anos— que completará na época da

próxima posse. No outro, o de-

safiante: esguio, atlético, saudá-

vel no estilo bem americano,

mais de um metro e oitenta,

rosto ainda jovem. Bush será um

homem maduro de 56 anos, na

próxima posse.

George Bush até hoje vinha

sendo considerado pelos políti-cos americanos um peso-plumano ringue eleitoral, pouco mais

do que um eterno candidato a

Vice. Esta estimativa balançou

seriamente depois das reuniões

de lowa, no dia 21 de janeiro

passado, quando ele assinalou

mmmi

Page 75: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

flHHi ^ ' ¦¦¦¦¦IHMHHR^nHllinHHHra^PliiWHHHIHHHHHHHHHH^

»«

ia

1 '.X/i

'v •-"• ¦ .•

llli

®'|S

¦¦¦¦

:SSWi|:K

I&PK

•>?

Page 76: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

clara vantagem sobre Reagan,que, certo da vitória, sequer sedeu ao trabalho de cabalar vo-tos —ou fazer campanha, que écomo os americanos identificamesta busca de votos dentro doPartido. Bush, pelo contrário,indiferente a sua reduzida posi-ção nas pesquisas — que o colo-cavam atrás de Reagan, do Se-nador Howard Baker e do ex-Governador e ex-Ministro JohnConnally — meteu mãos à obra.Sua recompensa foi uma vitóriapor margem de 2 mil votos, oque, num caucus de Partido(reunião de notáveis de determi-nado lugar) é bastante expressi-vo. Estava ainda por vir a decep-ção — provisória para um ho-mem como ele — de NewHampshire.

Depois de um ano de campa-nha, a excessiva atenção queBush empresta aos detalhes le-vou-o da situação de "Georgequem?"ao topo da lista de con-tendores. Muita coisa ainda vaiacontecer até a convenção re-publicana, marcada para esteverão americano em Detroit,mas Bush se prepara para atemporada de primárias republi-canas como aquele que os ou-tros — inclusive Reagan — de-vem derrotar.

Já não falta quem, a esta altu-ra, não resista a comparar suaascensão política à de JimmyCarter em 1976: a aposta^gã-nha) de Carter em sua corrida àPresidência parece ter forneci-do realmente o modelo à cam-panha de Bush. E cada vez maisse fala de uma disputa de rostosnovos nas presidenciais de no-vembro: Jimmy Carter, o rostonovo de 1976, vindo dos confinsda Geórgia, versus GeorgeBush, a imagem de 1980, chega-do de...

De onde, exatamente? "Deonde é o senhor?", arriscou háalgumas semanas um repórterdo Texas. George Bush arrega-lou os olhos, sabedor de que orepórter estava cansado de sa-ber que vivia em Houston, ten-do-se mudado para o Texas ain-da jovem, vindo de Connecticut.Num tom que mal escondia airritação de um político apanha-do em pecado de despreparo,atropelou uma resposta categó-rica: "Sou um cidadão texano.Venho do Leste. E sou um candi-dato nacional." E à perguntaseguinte logo se passou.

Geralmente cheio de boa vo-tade com a imprensa, o cândida-to não percebeu ou preferiu

4+ ra^ScJM«|fllL|l Rr«^ *-immmmmmm~^ tâ^ty^il^

wS^^ÊoníWm-^^i \\mfc .***¦'¦''¦ ";,':''" ';£^!u^BS^^^^^W1_r_____ ¦ _ *_ bS5* '^t'JX\mmÊUmm HR& -/ ' tL*..-*,," ¦ S '-«*3i3H ^Htá^^^£^^S!^^£KsíPls3â»fâííS^SmHHÊ_w_yff^^tJÍ__m^rY m\Wí- '•¦ *«*"•"**"'*"• ** *??.{¦ w3M mXv^P^mUr' h^ty™^ ______\_%w____

^K mWÊb % -JmL ¦%tm£5SBwí''í'• $_w___wl___ .- jB ttLr>•." ','M ^Bitt Wj/ttomam IttWftarai

MBMJffifliffl^ pyH^^Bb %. 1 ^tt^H ^HÍ^J'. f__%^im__^S__%P^_]\.{

mmmmmWamWSS^é^^Sm^&Vt^^t^LmmmM ^B '

V' *l^Bk. ifcáí' '•&mmmmmW iHfc

tt •>* __**"¦'¦ tt_^Ê _____ ^______m__t_______ \__________________________________________________\

mt ^^mmí^m\. mt mm

'mWMÊÊÊ®

Reagan, o oponente mais sério Dole, correndo por fora

Mesmo osadversários nadisputa pelaindicaçãorepublicanatêm dificuldadeem apontarpontosnegativos deBushignorar o verdadeiro significadoda pergunta. No Texas, como deresto nos Estados Unidos emgeral, declinar a própria natura-lidade eqüivale praticamente adizer quem se é. Só que GeorgeBush e sua mulher Barbara pare-cem ter o mapa dos EUA comodomicílio: 25 residências dife-rentes em 35 anos.

Quem é George Herbert Wal-ker Bush? O currículo é claro.Filho do falecido Senador porConnecticut, Prescott Bush, ho-mem de Wall Street, nosso can-didato passou pela Universidadede Yale antes de aplicar seu tinocomercial ao negócio do petró-leo e aderir à política. Represen-tante republicano moderado noCapitólio, por Houston, de 1966a 1970, chefiou a delegaçãoamericana à ONU nos anos se-guintes e ascendeu à presiden-cia nacional do Partido em1973. De 1974 a 1975, estavaem Pequim, como enviado ame-ricano, e voltou em 1976 paradirigir a Agência Central de In-formações (CIA) até o ano se-guinte.

Muito bem. Mas — persiste a

pergunta — quem é GeorgeBush, por que convicções sealinha, como pensa? E sobretu-do, agora que a questão já nãoparece tão injustificada, apesardo tropeço de New Hampshire,que espécie de Presidente daria?

Foi em setembro de 1944,junto à costa da ilha de Chichi-Jima, no Pacífico, que se mate-rializou um primeiro contatocom o que podemos aqui cha-mar de dura realidade, longedas escolas preparatórias, dasfestas e temporadas de verão noMaine, da mesa farta cercadapela família querida e numero-sa. O Tenente G. H. W. Bushmal teve tempo de livrar-se, depára-quedas, de seu avião emchamas e saltar em direção àságuas, depois de bombardearuma estação de rádio japonesa.

"Um barco japonês saiu en-tão da costa em minha busca",recorda ele. "Nadei como umlouco, consegui armar minhabalsa inf lável e comecei a remarmar adentro. Um companheiroque nos dava cobertura aéreadestruiu o barco japonês e eu,remando por cerca de três ho-ras, fui afinal resgatado por umsubmarino americano".

Foram um bom começo,aquelas três horas. De volta acasa, terminada a guerra, Bushcasou-se com Barbara Pierce emeteoricamente cumpriu suaetapa universitária — na mesmaYale por onde passaram pai eavô materno — em intensos doisanos e meio. Daí para a frente, ocaminho abria-se confortável-mente atrás das pegadas do clã:um avô, George Herbert Wal-ker, banqueiro em St. Louis; opai, banqueiro em Wall Street; etrês irmãos prontos para honra-rem a tradição. Bancos, finan-ças, investimentos, seguros. Ciu-

bes exclusivos, artes, teatro, ve-lei ros.

Nos folhetos da campanha, adecisão de sua vida não ocupamais que uma sentença: "No diaseguinte ao de sua formatura, oSr Bush renunciou a uma carrei-ra em Wall Street e rumou parao Texas." Em Odessa, numa em-presa distribuidora de petróleode um amigo da família, lá esta-va ele nos meses seguintes var-rendo o depósito, pintandobombeadoras, classificando tor-neiras. Mais que a necessidadede um emprego, entretanto, im-peliu-o para o Oeste a necessi-dade íntima de afastar-se dasombraóo pai, morto em 1972 ede quem o candidato fala hojecom freqüência em seus discur^sos. Como seus irmãos, Bushnão queria desapontar o velho,e por isso mesmo tratou defazer-se por si mesmo.

Primeiro, a fortuna. Uma con-quista em estilo que terá deixa-do perplexo o chefe do clã. Ojovem Bush batizou com o no-me de Zapata — o revoluciona-rio mexicano — duas das trêsempresas que fundou no ramopetrolífero, e inaugurou o usode plataformas móveis para per-furacão no Golfo do México.Quinze anos depois, em 1966,vendeu sua participação por umvalor que ainda hoje deixa emsuas mãos 1 milhão e meio dedólares.

Mas não bastava fazer dinhei-ro. A sombra continuava pairan-do. Pelo exemplo, o velho Bushlhe ensinara que, depois de fa-zer fortuna, um homem de bemdeve passar o resto da vida en-grandecendo-se no serviço pú-blico."A realização pessoal é semdúvida alguma coisa que impelealguém a concorrer à Presiden-cia", comentou ele com um re-

16

Page 77: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

^b^^pmHpijMk ¦ jIBMBI lllllllillllll^^ jtKttKKKtk

pórter. "Muitas

coisas fui leva-

do a fazer na vida. Fui levado ao

sucesso nos negócios, a me su-

perar na universidade, a ser o

mais jovem piloto de caça de

minha geração. Estou certo de

ser melhor do que muita gente,mas até agora não pude prová-Io."

Já tem provado, isto sim, queé capaz de bater seus rivais

republicanos, graças a um tra-

halho diuturno, à meticulosa or-

ganização de uma campanha

que aborda cada eleitor como

um rei, individualmente. A es-

tratégia foi fixada em dezembro

de 1978 por ele próprio e seu

principal assessor, James A. Ba-

ker, leitor atento do famoso re-

latório de Hamilton Jordan so-

bre como um desconhecido fa-

zendeiro de amendoins da

Geórgia poderia tornar-se Presi-

dente dos Estados Unidos.

Há quem considere Bush mui-

to bonzinho para o cargo, o quenão deixa de preocupá-lo. Não

faltam em seus pronunciamen-tos referências à dureza do

mundo em que vivemos e a seu

próprio realismo, nutrido em

sua experiência dos negócios es-

trangeiros e de chefe da CIA. A

este respeito, inclusive, ele co-

meça a se preparar para pergun-tas embaraçosas sobre aquele

que foi o mais interessante e

permanece o menos conhecido

período de sua carreira — os 12

meses como cabeça dos serviços

de informação americanos.

Foi em dezembro passado

que, pela primeira vez, em Little

Rock, a curiosidade da imprensa

começou a adquirir contornos

impertinentes. Numa colet:va,

um repórter da Associated Press

coroou uma série de investidas

ainda um pouco tímidas com a

colocação sem rodeios: não se-

ria contraditório indignar-se

com o seqüestro de reféns ame-

ricanos na Embaixada de Teerã

e ao mesmo tempo negar-se a

comentar o papel que ele mes-

mo e outros funcionários ameri-

canos desempenharam nos

acontecimentos que levaram ao

atual estado de coisas na Capital

iraniana?

Bush corou. "Vou

lhe dizer

uma coisa, amigo", e a interpe-

lação soou como um início de

entrevero n'algum saloon texa-

no. "Compreendo que faça a

pergunta, mas fiz o juramento,

quando me tornei diretor da

Agência Central de Informa-

ções, de nunca revelar as fontes

e métodos de nosso trabalho. E

vou honrar este juramento/'

Outra questão delicada: seu

relacionamento com Richard

Nixon. "Sinto algo parecido

com uma traição", declara ele

sobre o ex-Presidente, de quemfoi colaborador.

"Um sujeito

olha bem nos seus olhos, garan-te que alguma coisa não existe,

e ela existe. Mas não guardorancor."

Mas o maior problema de

George Bush pode talvez ser

considerado simultaneamente a

maior vantagem com que conta:

é difícil classificá-lo. Tão pro-blemático quanto dizer exata-

mente de onde vem é situá-lo no

quadro político americano. Há

sempre o perigo de que, tentan-

do ser tudo para todos, ele aca-

be não significando nada paraninguém.

Pode-se argumentar, é claro,

que pelo menos no contexto do

Partido Republicano ele tem

atuado como um moderado.

Bush recusou o apoio da ultra-

racista john Birch Society ao

concorrer a uma cadeira da Câ-

mara federal em 1966. Votou

pela lei dos Direitos Civis, em

1968, e pelo fim das reuniões

secretas das comissões da Câ-

mara. Apóia os ecologistas e o

financiamento à compra de ali-

mentos pelos pobres.

Nos últimos meses, entretan-

to, à medida em que começou a

opor-se a Ronald Reagan sem

parecer fazê-lo, Bush tem enfa-

tizado o lado mais conservador

de sua atuação política. O trata-

do 5ALT II, diz ele, é um erro. O

Governo Carter, insiste, tem in-

disposto amigos e ajudado ini-

migos com sua política de direi-

tos humanos. O presidente de-

veria ter dado a bomba de neu-

trons à OTAN. O orçamento

deve ser melhor equilibrado. À

livre empresa dê-se maior liber-

dade de ação, estímulos, menos

intervenção federal.

Mesmo seus adversários pare-cem pouco ter a criticar. Em

seus comícios recentes, )ohnConnally nada disse contra

Bush, além de manifestar a opi-

nião de que se trata de um"liberal".

Um democrata do Te-

xas que trabalhou contra sua

candidatura ao Senado em 1970

a ele se refere como "um

ho-

mem honrado", acrescentando

apenas que não é "suficiente-

mente duro".

Em linhas gerais, a avaliação

assemelha-se à de Carter em

1976: honrado, honesto e ínte-

gro também era o candidato de

quatro anos atrás, como Bush,

um ex-integrante da Comissão

Trilateral. Mas há uma diferença

importante entre os dois. JimmyCarter era (e continua sendo, há

quem afirme) um outsider.

George Bush é um insider. Há

muitos anos ele circula por onde

importa em Washington. E pou-

Connaly considera-o um liberal

ca dúvida resta de que se cerca-

ria de outros insiders: "Não vai

haver nenhuma máfia do Maine

ou do Texas", já garantiu. "Mi-

nha equipe será nacional."

As críticas mais sérias ao Pre-

sidente Carter lhe têm sido ins-

piradas pela atual política exter-

na americana, e nas últimas se-

manas gente de seu staffse tem

mostrado inquieta ao constatar

que Washington vem fazendo

certas coisas que Bush defende

há muito tempo: reforçar a pre-sença americana no Oriente

Médio, aumentar os gastos de

defesa, defender as bases ameri-

canas no Golfo Pérsico.

São de peso os trunfos com

que George Bush conta até esta

altura: background familiar,

vasta experiência em questões

governamentais, conhecimento

de líderes mundiais, boa organi-

zação política e algumas quali-dades pessoais indispensáveis,

como habilidade, prudência,afabilidade. New Hampshire,

com a derrota para Reagan não

prevista em todas as estimativas

de opinião, foi entretanto um

susto que, para este imprevisível

novo rosto das esperanças repu-

blicanas, pode ainda ser recupe-

rado. Se Bush recobrar o piquede lowa e Porto Rico, conse-

guindo tornar-se candidato, e se

chegar à Presidência como al-

ternativa ao curto reinado de-

mocrata após a desmoralização

republicana culminada em Wa-

tergate, estará mais uma vez

contrariando expectativas (é da

vitória nas primárias de New

Hampshire que tradicionalmen-

te sai o ocupante da Casa Bran-

ca) e impondo seu estilo: empe-

nhar-se, em qualquer desafio,

com a inabalável confiança de

umquixote. ¦

Anderson, apoiado pelos estudantes Baker, do Sul para a corrida

17

Page 78: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

sexagenaria

Que

curioso, o Prefeito Amaro

Cavalcânti. Governou em idade

avançada esta nobre e leal cida-

de, completando 80 anos em

pleno mandato, e gostava since-

ramente da Zona Rural. Man-

dou fazer calçadas, abrir ruas e passar

bondes e água lá nos confins de Santa

Cruz, Jacarepaguá, Campo Grande. Mas

assinou uma série de decretos criando

praças justamente na então recém-crescida

Zona Sul. Corria o ano da graça de

1917, e há 15 anos os bondes tinham

começado a cortar a areia do loteamento

do Barão de Ipanema. A venda de lotes

andava bem adiantada, casas, pitangueiras.

Seis anos antes, quando fora demolido o

Convento da Ajuda, o Cardeal Arco Verde

doara à cidade o famoso Chafariz das

Saracuras, obra do gênio de Mestre Valen-

tim, já então velha de 200 anos — e a peça,

com suas saracuras e cágados de bronze,

tinha sido instalada justamente ali, naquele

quadrado indefinido nas fronteiras do novo

bairro.

Cena urbana

CRIADA POR

DECRETO VIVA POR

TEIMOSIA

A Praça General Osório, quase virou

estacionamento, tem um chafariz

sem água, plantas raquíticas. Mas

não morre de solidão

ANA MARIA BAHIANA ¦ FOTOS DE MAURÍCIO VALIADARES

18

Page 79: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

Fim de ^inie, rfp existir nos din ^

^ ^

Ii^

M1

W^.

*ÉMfi § 11WÊÊÊ

:»tx >'.V

mh

Fim de tarde, tempo de existir nos dias longos da inatividade

/"* < A

Sonolência fotográfica de todo dia, oríe a varejo dos domingos

Pois o Prefeito Amaro assinou o decre-

to, a 30 de outubro de 1917, e estava

criada a praça, que recebeu o nome de

General Osório. Tinha muitas irmãs, reco-

nhecidas e batizadas pelo mesmo decreto:

a São Salvador, em Laranjeiras, a Cardeal

Arco Verde, em Copacabana, o Largo do

Machado, a Sousa Ferreira, a algumas

quadras dali, e que, em 36, se tornaria

Nossa Senhora da Paz. Era um pouco mais

que uma praça: um marco, um momento

festivo, a cidade crescia, a cidade ganhavao areai com aquele bairro chique mais parao veraneio e o lazer das novas classes

médias liberais, comerciantes.Olhem para lá — o chafariz não jorra

mais água, as saracuras sumiram, os quatrotanques estão cheios de terra. Já falaram

em destruir a praça, transformá-la em

estacionamento. Depois, o estacionamento

ia ser subterrâneo, em baixo da praça.Hippies, enquanto existiam, tocavam flau-

ta doce sob as poucas árvores. Janis joplin

foi vê-los. Gostou do astral da praça. .*

Dominicalmente, a partir daqueles últimos Ir

V\<*ÍS<>

,*?«»*«<«* +* "

Page 80: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

/^liBljj^H.^VINM^^^BB^^^^., ^fijj^^^HBpX;. /||HB^\S|, K..*¦•¦- B —"—""—

^^^B I iiBIMiliC ./^OHB^I^B^Kr J^mmMfCl::M^i^Wmwmfm^mm:' - H : JB

^ f^»ii' -•>¦ ;«li'MEHIi?fH^Kk, Hltls ¦talli m^mmtmiSBBBsBX^K^^^K^Ki^^

/fc v

iBlli ®p§!f Jf^ ill ¦HII^H

jpp. ^B ?" ~^B ||||||| ll|p |

11*^ IB h ^^^B«l

..ji BB s C "** •4l§ i^. JnIB

¦¦¦BHHHHBBI

Bebê começa a andar, mamãe nem pensa em babá

e inocentes anos 60, eles se reuniam ali

para vender quinquilharias e esperar a tal

era de Aquarius, mas depois a Prefeitura

exigiu licença de artesão de todo mundo e

hoje de hippie a feira só tem o nome,

apesar de algumas vagas, etéreas, cabelu-

das criaturas que exibem pacificamenteseus couros e patas pelo chão.

Ali o ônibus Camões* com seu farol

enterrado de quina na cara amarronzada,

fazia ponto final. Ali havia o teatro de

Bolso, depois Poeira, onde Macalé procu-rava o Negro Catoe Leila Diniz espalhava

bananas na banda. Para lá o bar jangadei-

ros abria suas mesas e o cinema Ipanema

soltava suas pulgas e bangue-bangues.

Fim de um arquipélago horizontal de

poucas praças, que começa na Atahualpa,

no canal da Visconde de Albuquerque, a

General Osório espera e testemunha. O

morro do Pavãozinho despeja pivetes. O

ponto do Estrada de Ferro-—General Osó-

rio corta seu flanco de longas, penosasfilas. Já viu sangue, já viu batalha de

confete, já viu s/iowde rock, já viu banda

de carnaval. Já foi inocente, matinê, sorve-

te, tempo de sobra. Já sobreviveu. Toda

praça é assim, clareira na cidade, vírgula,

parêntesis, tabuleiro comum. A praça es-

pera.

Cinco da manhã: o homem de bermuda

lê o jornal. O cachorro, na coleira, toma o

sol ainda fraco, começo de manhã de

verão. São só eles dois ali, e os ônibus quecomeçam a roncar no ponto do outro lado,

e talvez a comunidade de mendigos lidera-

Come solto o carteado, enquanto o ônibus

Parêntesis entre

praia, concreto e

morro, a praça

passarem bandas,

"shows" de

"rock",

cinemas poeiras.

E a violência

; ,;.;.:#;í' '. V-: ¦•. •• .. >

20

m

Page 81: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

j EiERROG-OSORIOcmimvl <»*> i r i nwi 11 it^iiwÉiiw^aiiiiiwiw^^ «mipawsyt^ »**•>+ ¦mwiwwwi;'

¦ S"4 Ibbbp^^^'

HHnHHP * s ^^^^^^jim^iijjjj^i ¦¦¦¦&

nibus engole filas

da por dona Irene — mas esses, se aqui

estão, dormem muito bem escondidos den-

tro das touceiras. O homem de bermuda

não tem medo de assalto. Não faz teste de

cooper, mas acorda cedo. Gosta dessa

calma matinal, antes que a cidade alucine.

Compra jornal, escolhe uma praça, senta e

lê. Muitas vezes vem aqui, ao sabor do

acaso. Não gosta nem desgosta. "Já me

acostumei".

Nove da manhã: Dina, Bete, Zete, Elza,

Elvina, Herta, Olga, Antonia, Maria José.

Toucas brancas, calças azuis e carrinhos.

Raras aceitam ser chamadas de babás: são

enfermeiras, e têm orgulho disso, mesmo

que a maior parte gaste mais o tempo

correndo atrás de seus meninos do que

exercendo os ofícios de auxiliar de enfer-

,to' ^.r •i^^^fKHSmm'' v^L.^J.,14 «*,«

• x

¦ JM. jptfSSBfl"- .v AuJiat^^.,..

m *i tm Wt" i flr • ¦iflr<^' jlf^»-* - v i • fiSHHp N fmm*

^p|^p.i4|HHHl

mI&: '^K^; '

1^V-í'-';, fs ''.V >, • v - -íon f';: • -x^ $> ., í^mn^v «s.

«y. N<fr-r> gjgjjg

lilli!^ ~ v^ ' s ' s^«>¦ •:%¦: ¦ -;•¦¦¦ ,^«PP ^ yX%<%>'A':-.s «*£** '4

gfflte:;::!;:iSteí l?:íwií^tS'í-s;" ¦ * d

- .» «^

'¦ ' «K

O espaço da fantasia, mafiiá ou acrobacia, cada um faz o seu

magem. Os meninos e meninas não são

delas, são "das

madames", mas elas os

chamam de "filhos".

E comparam: "Você

vai deixar o seu nesse chão imundo? Ih,

você nem sabe quem dormiu aí, nem se foi

mendigo nem nada..." "Pois o meu é o

único que corre a praça inteira, viu?""Coitado do filho dela, já viu, depois quefez seis meses foi ficando feinho..." "Você

acha? Pois todo mundo acha ele muito

bonito".

cinco salários mínimos — mas é uma

profissão penosa, de dedicação total, "se a

pessoa levar a sério; tem que ter amor".

Elza, por exemplo: seu menino de um ano,

clarinho e de olhos azuis, é filho de umrcasal estrangeiro

"que não pára em casa".

Elza faz tudo, não só o banho e comida

habituais. Nina dá carinho, leva ao médi-

co. Está há um ano nessa lide de enfermei-

ra, antes trabalhava no comércio, mas

prefere agora. E gosta da praça. "É muito

mais limpa que a Nossa Senhora da Paz. E

mais segura também/n

De manhã, é aqui o ponto de encontro

das touquinhas brancas. No extremo Oeste

da General Osório, ao lado do terreirinho

de areia e brinquedos, dois escorregas, dois

jogos de balanços, um rema-rema, três

gangorras, uma estrutura metálica parasubir. Põem a vida em dia. Fazem trocas,

pequenas vendas, entre si. É uma bolsa de

empregos. "Tem uma madama no Leblon

precisando de babá e várias enfermeiras.

Será que é agência?" "A Luzia? Saiu da \

21

Pl" i mjd

MMB

IB

Page 82: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

\

Foi-se o tempo das

casas e prédios

baixos, da vida de

bairro e das

crianças que iam

sozinhas para a

escola

Barra. Acho que não foi ninguém pro lugar,

não".

Um olho no bebê, um olho na colega,

um dedo de prosa com o pipoqueiro ou

com Madeira, o fotógrafo ambulante. De

tarde irão provavelmente para a Nossa

Senhora da Paz, algumas andando quilô-metros:

"Tem gente aqui até do final da

Ataulfo de Paiva, mas o que a gente vai

fazer? Tem outro lugar pra ir?"

No outro extremo da praça, à beira do

lago imundo, Pedro pesca com um saqui-

nho vazio de pipoca. Tem sete anos. Mora

ali na Prudente de Morais. Está sozinho e

não procura as outras crianças. "Gosto

assim". Não ri. Tem um rosto moreno,

bonito. Mas não consegue pescar nada,

nem aquelas lombriguinhas transparentes

que dançam na água escura. "Sabe

queesse lago aqui é perigoso? É. Quem cai aqui

vira mendigo."

Meio-dia: a menina preta, short Adidas

que já foi verde, grávida de mais de sete

meses. Cabelo rente, cheio de falhas. O

umbigo já espocando para fora. Vem vindo

da praça e encosta na loja de sucos. Pede

um trocado. Uma, duas, três vezes. Desis-

te. Pede um suco. Alguém lhe paga uma

vitamina de banana e aveia. Ela instrui o

moço do balcão: "Sem

açúcar. E em copo

de papel." Desce para a praça com sua

merenda. Duas mulheres e umas quatrocrianças, inclusive um bebê de colo, a

Idades: estar quiet o, passar com pressa ^

ju:.;-. "-JL < * MWI v ¦

Idades: estar quieto, passar com pressa

J

\

Curso de Tradutores e intérpretes

Oficializado. Diretor Daniel Brilhante de Brito. Indicado para Tradutores, Jornalistas, Diplomatas, Professores,

Secretárias Executivas e Universitários. Nível de Inglês exigido: o equivalente ao de certificados como o

Michigan e o Cambridge Proficiency, ao da George Washington University, ou ao das classes terminais dos

Cursos de Letras. Expediente de inscrições: das 10 às 12h e das 14 às 19.30 hs.

Av. N.Sr.a de Copacabana, 605, s/l 209.

Informações:

237-9320 e 256-8604.

Estamos também em Niterói, no CCBEU, Rua Otávio Carneiro, 81, Icaraí.

22

F

e

Page 83: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

esperam sentadas num banco, conversan-

do alegremente. Dividem o suco. "Todo

dia é isso/' comenta um freqüentador."Mas eles não são daqui, não. Vêm de

longe, ficam aí pela praça. E só as crianças

é que pedem."

Atrás do mato alto, em volta do lago,

dona Irene e seus companheiros fervem as

latas dágua para o almoço.

Três horas da tarde: Walter Neri, há

sete anos atrás de sua câmara-caixote,

misto de aparelho fotográfico e laborató-

rio. Três turistas sul-americanos se aproxi-

mam e tentam se fazer entender: querem

fotos para passaporte. Walter não faz,

indica um amigo, que trabalha ao lado. A

jovem senhora posa com o filho: meia

dúzia de 3 x 4 para documento da escola,

Cr$ 100. Walter bate, revela rapidamente

com as mãos dentro do pano preto que

cobre a traseira do caixote, lava numa tinta

de plástico. A jovem senhora torce o nariz:"Mas está horrível, moço. Eu sou fotógrafa

também, eu sei quando está bom." Filosofi-

camente, Walter recorta um dos retrati-

nhos e prega na lateral da câmara.

Vem de uma família de lambe-lambes.

Seu pai e seus seis tios têm a mesma

profissão, espalhados por diversas praças

da Zona Sul. Cada um, mais de 20 anos no

ofício. Walter é o caçula. Vem todo dia —

"menos quando chove" — do Largo do

Machado pára cá, na face Norte, Visconde

de Pirajá, da praça. "É o ponto do meu pai,

eu só tenho que manter. Mas a freguesia

anda caindo. Conversa com meu tio, ali.

Ele tem quase 30 anos de praça".

O tio de Walter, duas câmaras adiante,

fecha a cara. "Não tenho tempo pra con-

versar, não."

Cinco horas da tarde: José Constantino,

70 anos, José Esteves, 75 anos, Manoel

Jorge, 67 anos. "Vida de velho é isso

mesmo: banco de praça." Constantino tem

um sorriso largo e bonito no rosto. Os três

amigos se encontram diariamente a esta

hora, neste banco. "Faz muito tempo.

Muito, muito, muito tempo." Os dois Josés

são amigos há 40 anos, colegas de trabalho"no comércio". Manoel juntou-se no

passatempo de matar horas. Moram em

Ipanema há 50 anos. "Ah, era diferente,

sim," sorri Constantino. "Havia casas, pré-

dios baixos, a vida era calma. As crianças

não precisavam nem de bicicleta pra brin-

car. Tinha espaço, as crianças eram tran-

qüilas. Iam prá escola sozinhas, não dava

problema. Hoje, meus filhos, meus netos...

são muito nervosos, sabe? Mas a praça,não, a praça melhorou muito. Antes era só

galho seco. Aqui e na Nossa Senhora da

Paz." José Esteves aparteia: "Mas tem

muito assalto, muita violência!" Constanti-

no retruca: "Violência tem em toda parte,

meu amigo. Eu estive em Nova Iorque, vi

um homem levar uma facada porque deu

só um dólar de esmola. Isso, lá. A violência

está dentro da pessoa. A paz e a beleza,

também. Eu posso estar aqui, sozinho nesta

praça, e estar feliz e em paz. Isso está

dentro do ser humano."

O arco formado pelos dois grandesbancos, no extremo Leste da praça, é uma

longa fileira de calvas e cabeleiras brancas.

Conversam. Pensam. No flanco da Pruden-

te de Morais, três rodas de jogo, só ho-

mens. Carteado: ronda, pôquer, buraco.

Vai pela noite adentro, e muitos jovensaderem. Fazem hora para driblar as filas do

125, E. Ferro — G. Osório. "Mas é só

distração, viu, não tem dinheiro não."

No lado oposto, dona Maria Teresa

brinca com Bruna, roliça e morena, 10

meses. Trabalhava como secretária, mas

largou quando a filha nasceu. "Ela ainda

está muito dependente, sabe?" Mora na

Visconde de Pirajá e não fica na praçadepois das seis horas. "Tenho muito medo.

Aqui tem muita mistura, sabe?"

Pelos bancos ao lado dos brinquedos,

jovens operários de banho tomado, recém-

saídos das obras vizinhas, namoram as

empregadas que saem para as compras do

jantar. Três meninas brincam numa caixa-

dágua submersa. "Que

coisa horrível" —

resmunga uma senhora que passa, lenta e

encalorada.

Dez horas da noite: Dario. Óculos de

fundo de garrafa, olhos atentos. Há 10

anos vela sobre a praça, do alto da banca

de jornal que não fecha nunca. "Só

pradesarrumar isso aqui ia levar um dia intei-

ro", ele ri. Lembra um tempo em que tudo

era mais sereno, quando ele veio para cá e

não havia a lanchonete Gordon, não havia

Privé, não havia galerias, não havia Con-

corde/Special. Tem seus fregueses certos,

os visitantes noturnos, jornalistas, atores,

artistas de TV, boêmios em geral, que

pescam o jornal do dia seguinte recém-

saído do caminhão, namoram as caríssimas

revistas estrangeiras, conversam um pou-co. Mas Dario não é de muita conversa."Essa

praça é perigosa, sim. De noite é

sim.

Vozerio na lanchonete ao lado. Alguém

chega contando uma história de assalto"logo

ali do lado, agorinha mesmo", troca

de tiros, um assaltante que esqueceu os

documentos no local do crime. "Ih,

então

está todo mundo em cana!"

Duas da madrugada: ninguém. Os por-teiros do Concorde/Special confabulam.

Um homem dorme no banco mais escuro

da praça, pernas dobradas. Dois policiaissaltam de uma joaninha, mãos nas costas."Tudo

bem, seu guarda." O homem enrola

a língua, se ajeita no banco. Os policiais se

afastam, param sob o poste de vapor de

mercúrio. As duas moças se aproximam

deles, roupas de domingo, travessas no

cabelo. A conversa se anima, parece que-rer varar a noite.

Policiais e moças vão embora. A joani-nha estaciona no Gordon. O homem dor-

me. A praça espera. ¦

fraent

o fim das lentes

grossas. ¦¦¦

As novaslentes finas TITLENT

produzidas do Titânio, foram criadasespecialmente para lhe proporcionar

perfeita visão sem deformar o aspecto dosseus olhos. Não importa o seu grau,

mude para TITLENTe mostre os olhos que você tem.

Titlent "V"(-40% de espessura)

X

V"

Lentes comuns

Vs

)CD>OcÓTICAS AUTORIZADAS:

LEBLON: ÓTICA MARSOLRua Carlos Góis, 327 loja B.

IPANEMA: ÓTICA LUNETTER. Visconde de Pirajá, 444 loja 117

COPACABANA: GIPSY ÓTICAAv. N.S. Copacabana, 664 loja 14

TIJUCA: VISÓTICARua Conde de Bonfim, 690 loja E

GRAJAÚ: ÓTICA BARÃORua Barão de Mesquita, 950 loja 1.

¦\rW%Ié

'fe... .... pi®®#-

ájSSSes? ¦ ¦ ¦¦¦-•¦*.mm lmm

SiK

H

escreva aqui seu anuncio,

ele vai ser distribuído

pi» todo o rio de janeiro

A Revista do Domingotem a maior circulação

em revistas regionais do

país, com mais de 240 milexemplares por semana.

JOKNAI. IH) HHAMI f

Domingo

Page 84: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

B __K___5S_fl*<> ¦¦;¦' fl H

^_______________________________________________________________________________ m^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^k w^^Êá^LfAmr^'".______fl flfl •* .OsPI-SF fl_______ _______ Mjjr Mm^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^l^^^^^^^^^^^^^^fl fl «Lul _____

fl ___¦ ' ' J_t§7^fltV^BH 5™ ^fl FVflB^ A Mt fll____i ____P_fe7,«fc!fet_W____l__B mlm^wíxLW-*1 ^^mWmAAmV ^Á^^___ v^wJB -^H ______¦ ^H I___£•¦' ^^^Amm^A^mmmmmm^mm mW^mmmmmmV^'-'» ''FSflL ¦"' ^^E?\ '*-1 ^BJ '^B BB -________I_______T fl______________________________________________________________BBfc^í-aü' ^^^*BflBfl___^l BB% ¦ ?$**'¦¦•¦' ¦¦ V -9FiB%i '-b'rw«Mh' ''^^BB ^B __¦ __r^____i ____F BB ^HIÍ2^%1 IWmW^miimmmmm^R ^A li _fl ^"__ Ifl r "•"-.i ff__IÉ_>rff .'iüfif-*.A ,->i_____________________________________B fl Lm JA Al^w*1^! K^H_W^ .pi. .Ifl K- flfl-,-------.- __B_fl B

________*. ^ - ' ^^Utefcèt '^fl-B ______?tt-.'í_fc '¦ ___\ __*¦> _______! __BI^___i _K_. _____I__________t_____________________________________í^flp 'u'*3** ^m^A^^Vh ffl**Hflflfl _____É7-dflL ftil _______! _Ka_ ^k.^H _________i___f___9 ___B ^Bfc7t,<|wwi___P WW r^sAflii ii_r^^ lE^l \^^\t'í,j*fl_ííS___ífl __B BBWBIfll^ ^^H[ k^ BB*! Pfl fl|_L .9 EiL^ i <«-<^rri,ii________ ^^ F 4N b#^ P-B B ^B-B i!_3_r'fl Bé^I _______¦__ ^^ PUr PJ aH RS»! II l_b^ v ___Hp^^i_fi ___» I...fe^r^fl^^ ____ aãBPJBJ WM Wm^^A m^%m ir 1 H- '^WÊLXmm Wm AL mmar^m mT? 'i«_-Hv*L _________ _jh___L'. '^____________________________________________________________________________________________________r «ítrSWHB?» -.*«__________________¦ _gM_» ^H _¦ Hhv .''"_________!____.¦''-Iw-H __¦ _______ ?._______________________________________________. ^_____HHl'^Hbt^ ^u^ t-.v __kn_______' ' /1í^fl Bflr /'£^¥v_K^BPi_T ^''-'^^ãnflfl __B_____£_. ____¦__¦__. ^Pfc '^^fl ___K__k^7*i^_______________,^¥_^| ^fl __B __B______B ___¦..< - flfl ^Hmm AlLm*- mwf$--'- '*^__________ T^flB ^B^fl _fl___r >v3flfl Bflr "vvaoíflE.^™^' 71<_ii_Bfl flw H^B"». ^fl_fl Bt___i_____fl BB___i___i___fl ___B __¦_.'.'» flB_M B.rvt nl^___>v .____ ________ -.____ mar "¦ ;___I__ES - ""mSííssSH _________¦ __________ ^^^ÍB KnM HL . ^B __¦fl _flP^^W!fl _C * ¦ ^EgMfl flf ...,7!» . ,:aMi^| MES BHp ^BJPJ fl flv' fl1 B' :-ii ^-I^^fB W' "im rfe-* HflBI I P*l ____ ^

.Kte^H^I flk-1 _P^I ^MÍÉ|H fl ÜI.______________________________________r ¦Zk!tv^:''*'Jwfl P- fl RH fl flk-mf- -« __P%i^_^^l»4. ^%-___________¦'- * <_¦ K__^__l BPÜÜ-B K. B ntggH h Bk,.¦P"» flKT'>^%fc^\kj ¦ fl mÊà __\ _m\ fl Ik_____________________K-' ;^fl____E_r%w^%^-_VJ__________l r"^ Bk

^h/. ' ''.'^SSKtoIH Bik ¦¦-_È:^ ^___-t___-____B ___¦ -'^ialH ______u__k____H ______R-____i .....P^ ^__i ________¦ _____b^K- --.^w^-^fl^^B... "mfci^^m^B Bfl -_-JHB ____EtB____i ¦aWP__B ____g*____ ^» ^H ^Ht

fl' -SÍmmW'i- fll Bl%- '*Jl_^^%.^fl - :'1H fli^^fl fl^B BpF^aB BPfll B^ fl

¦_B____É__uf__^__E___i _-B----s--_--." ^BJI -.-.fl'>:^^il^fl ____S?7'??_fl HBf^v" :' '^.^H ^BSr^v-' __B^ $3IF ^^^&*_. -____i ______ flfl_BP^*^«___B ^^B ^»;:^íhH ^H^"'':^3?flR^p^^ Tw_ ^^fl ^^r 'jÊÊr ^Bk

^-H Hb" <____B ___BP^-íí3_B

___fl ___-S__^'',"i9____fl !_'.'¦'.-¦ j^HSfH___É______i__.'ú ^________________________________________________________________________________________________________ «^^^^flflR!. -:^^B jf^^H ^^^¦>^'--'^________B ______HIH ¦feM V ..-.#'¦_¦ IK:- ^___l mm mmmrí mwT _¦________¦''fl ___K«B l-WIIWlifl fl' ; ______________BÜI77s^ ^B ammmmmmW m~ . '_§' fl¦¦M-i ____-BM^iiP^S!^^''^^WWI B -. .fl BKf*_» flJ I ¦# sl *pf B^a___ HP*\f*l^5T" ""'^ÜH -fe:';í______________________________________Lí ___________¦ ÍÜF ** ________________________________________.' '___________________b___________________________________^* _____________¦«| _-Hbs^^_^**í*'-; 't^jflfl >'.ç.v. :-^H fl^,., - flfl] flfl7 sç '-i^iEi __H ____f';'~-J____l ___B^H ___¦_['- >^4-__fl

^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^ __^_____^_^__^^__^________^^^^^^_^_ ___^^_ _____^^___^.^_^_^^-_________^-^.^__^^^_ JB ________fl HÉfl B

____! ^I^fltt^. tE ^^1 ^1^1 «^1 _____h______________'^^^__B ____¦

g/n ^"^BJliffc-^^fl IM fl flfl

fl flfl fl^. fl fl B^í 7-É-ai*_É_B K|ja fllflfl BJPflfl __H_____________r ^H _H______ mu mm -flflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflT w- -BE ^5^1 ^1 flfl BIBflr ^^^i ^^f fl______RPfl____K fll 9___i fl ^^^é^^i ^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^fl^ ii P^iA ^Rr^S Br I l^_E fid I_^P »t tB I •_,__ P"™l

l^ir^l Klfli___l ____i Bãl I _S*' ______! -É-----I I K|Hg^ K7||||fl _____!^É__MI7_____I ^__LH B___i B^_____SPI__________i ___>__! fl

H^Éi/í^iP^'^ ¦«SrasBI mr^^" ^9________________________________7^A '^^Sü fl^iy^v^H^HKümm ^^'_______________________P______I^________________________________I j.^1 H^l Bi.fl ...H^^HEgE^-)';. '3Í*23J____! I...WJ ________________________________________________________________________________________ ^..l ^^n.^1 ^----1 9_-»H^__Éí-_____í AmWi^'--'mmmm\

fl _______¦__! ____T ' .'« ¦____l__r H^B H ^.............................................................................í ^^^^^^^^^^^^^^_H^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^_I^^^^_l:*«J H l^V ^ HM mr ^ «. ¦ flVfljfl fliflK: ¦ '7;M| flfl flr^fl fl W 'S^? ?flJPfl| ¦¦¦¦ fl flflflfeUl', ™m___M?_Mt$$t8m ¦'¦**'.'¦¦ -^SflJfl _____¦&/ AAmW \mmmSo.-Mmu^ _B _Hfl^ < ^__P^^ ^flJH_ IPfl K^^flifl K."_fl ¦flHi^_ir/'--f%!L' . fH WÊ1--àW ¦¦¦- mMMmM m m^mi m\m^mmm^mmA^^mr.<^._^i ti* 1 .^ _P&.fl ___kifl EP.7_¦ fl__________i_H^Ü )?:i'^--l JS-S-..: ar g-f w^H B fl ¦¦¦- ^ü '- ,''''íHiirr ' lír* iÉ# ifl V _fl. Bg^fl WÊmmWfl Hl|#|s "''--üfl fl-^JT '.f* ^fl flfl vJBflfl *,'*í%aiill_l _¦ ^tíík^m a_ fl_| m flf _| flflf -.i/i,!- "^flf* li ^"J _¦¦¦___ ^J_í™FLi__MÍ_r__fl Bí%' Ifl I fll flflI IK__^\wn t__U # " 1 ™*fl^__,L_É___P"fl_l II ll^Pí---^. |f |I III lá^sJwBí W. IÇ^aJIPflP V II mmmfi:-':^"'A- flf J V I ___________________________________________________________________¦_______________________

^^0____'— ~fl \\W'^JfAmm\\\^\wmmmm\ fll flfl ^fl^__fl fl^ -fl ™*^ _V fl

flP*' tHP^ ^m# St-I-BE-."' ............a ________________________________! Bk ^^^^^^^^m^^^^m HF^ >i_& -^: r BH _fl ¦'''¦<'7.^--*_H_I lã^^ flflF ;'^Hb- %ls* »»" *ifl B _.' fl Ht é "¦ __*!«* HJ fl flB'•*v flBr '' iB ____¦¦'f fl fl -^ ___É7 fl ¦'#

^-..ÉÉ^^^^W 1 Ir __L/fl___L ^_____________H li'l^___l______«|((fl IP^__mi___ KW lr^ P^ ^^ '-I II___i l^^____É_B iV^^ _1_ÍÍ___I _BÍ__fth ___-_S____Mb__E _^h| ^b fl fl fl- fl 4lh. ^fl Mk ^| B_. fflsN^!.;..-.,-___&w_!_K 3H _______________________________________________________________________________________________________________Bifli PP"^^ J E____flv __¦ __k____^B* ___¦ ¦ fl]! Al _____ I ¦ -P)^_^--k^ ... .flfl Ifl'^____ -__ÉÍ_fl Hi r -".'- ¦' .______________________________________^__________fl__________. ^H -^1^1' ^^^1' V B____B' W ^Br ^K. .¦¦í'"'W^_H__I ________^.-' '"**'' 'TBfl _H _H'' fl P^p^I________Él B-_t Br1' -fllfll flai flfl ¦& fljf ^¦«Iwfr «-fl ¦ JmÊk \W- fll BJ;^Kg^üfll H^?? fl _____*! Bfl____i BI B______' 11 ¦é99mml*mWmm ^m m^lmsÊÊA mm ¦¦:¦ ¦ imu fl mms^W^^m^msf^.mmmmmmmMmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm __________________ ^^____________________Z_^___I^____________- ^__________í ____¦____________> ^_________________. li* __________ ^___R k_a_______^ ^^^__K ______¦ <K PV >S________i_r________________Í ________¦ . ^___________________________________________________________H _____________________________PI_VBV^1l_B_-_HV9_PnI\7l_r--V'^'; ¦¦ W WH _• •- _.»¥*'_•?>;'*flfl -í,fV _B ¦____> VI IB ¦ ^_____PK'_Jfl_____ - * ,'?^-_l fliBfe, —€fl fl ^PffP^ifPl^^T'-''' r^e^í-^fP^^^pf-^---.;

Ik. ^r> fll I r OníLÍ *J9 BÉ^k -7" ^fiUMÉ^fl -BB-,--! IÜ^rjÁmWar' ¦$®_imm Am Am w^* "«¦^^ -jw- aj itfc-^-y^pj^,. ^^__l ..H^Eê_^_§__\ A^t .B -BBflflfl iJj^^H^i__H i____-_____P*^fl__l _____¦ IBRMIHPVPRPPMff^ ' '^^^^B b. •¦'•¦¦ f ^fl Hl_i:"y*l_É__i^1 ^E^^H ÉbC- ^^BBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBflB BJ ¦' ; ^HflTflflB^_^^^^P

H_____Z^^_I -K ^11 ^í ^^^^fl__H___i^i flB -__-_--_.----_--^^^.^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^Ki^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^B

______! _______£ ^Bfo^vB-- -flBBBflflMWfljBBHjM^^ '-*^'7' /«^ 9fBk."'¦ w?,6"ÜB 'HH -__^___P<i_lw___ffl SC__S 5P'__- 'aH _P*1________ -_&_.'9 <B|P|MB3jB»^gB^-<»B»iwyA^_i^i.^ . iMHNESSimHi ______'¦» IBfl BB flfiHr^^l *i H f n" rfllTiFrriiiTrr^ ~-Tiff^-iir»ífftrTil_f-r<T^Triff mmirv ttfiw^ ~ r^ J7^2l_ i_______________B_^_BBC9flu___________________HR^____________^«_ii^B_v ^flfl^ui^H HH "fl-Wi^^fc-^^'ftwB'?^^^ 'iijjAJAãy^^ ¦*'* í!99I>k>'* ^flrnM_HHÉBflB_l_____________________H_____________________L

___¦_<: ^______PV __¦ aMMmMB_iefc,<iWieiBM»t-8_^^ .. ,.-H| ^H ¦II _________¦ I i#^.7^-p^^^ isPÉ ^#*^- H ^** fl B/ liI 'w ¦»"•"¦ ._*« mmmmmMmm mmmmmm $m& A

Imperturbável antes da partida, indiferenteentre os fãs, desprovido de emoções durante o

jogo, tranqüilo na vitória: Iceborg justifica oapelido na vida e na profissão

4

24

Page 85: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

i i^m ^m':^Ê mW11

ii \#'j i11-; w Am

v^SSfl ^r ' ¦• - ^fl Hfl ^F '^jfl H«¦•/.'• -a ÀmM Umm UW -.:. '¦^•r-mM

flfl ¦' •';'-v«B ¦fl H/ ¦ . ~'*Üfl I

r ¦¦¦ IA ^1 Bb,Jfl F ^íll I

^fl .^j^M-W^T- ¦' -aa^"-^^. ^M^MaBZmmÊ Ê^r ¦ ¦¦¦ ¦-¦'--¦¦^>*^^IH

If/^Br IK1 r SI Ifl* Mmmmmw ^A

M?'i i ^^W fl^lBi :>'''^l*l!li^pl Wt^Wwr^ 'WÊ

^'^B HÉt: '^^Ifl AbS^^ '<. WrJÊaHH flfl I fl IbwbI fl^ u i*!mr fl H

¦Ü "fl1^"»üH Xwm I w^ fl¦k, ir flfc,^H ¦ * "¦¦"íjmB^ tf ^fl ^H ^1'^i jl ¦ ,aP-.'% ' i" fl

lk' »¦¦ ^% 1111^M %A.à\ "11

fl ' fl I11 II

¦¦¦¦^¦¦¦1 ''^^^üfl fl¦¦¦¦¦¦¦¦. ^m E|

* W-) wMu,, # flMi?#'.'--^ 1K% 1. :j| HIMP

^MÊ^W^Cr^^f^:'-: •'¦''.' ;: "V'^IS^.;^:|S^^oi ^"''.'.'' ''"'V V'.-:-,''^"¦'":''.':" ~':' ."'.'"¦''.":; v.; :'•-''. ";•:¦'." ..•¦¦-'::-:--.í-'

Ul1 ''illlKflk

MILIONÁRIOCAMPEÃO DECORAÇÃO GELADOTécnica apurada e fr/eza só comparávelao clima da Suécia, onde nasceu,deram a Bjorn Borg vitórias e dólares

FERNANDO PAULINO NETO ¦ FOTOS DE JOSÉ CARLOS BRASIL E ISAIAS FEITOSA

i

ão boas as lembrançasque guarda do BrasilBjòrn Borg, o homemque para atingir sua

meta obsessiva de setornar o maior do mundo notênis levou às últimas conse-qüências e fidelidade a um dita-do com que costumam se definiros suecos: "/s / magen", ou gelono estômago.

Mesmo mantendo seu habi-tual estilo de impassividade ab-soluta, parecendo querer escon-der sentimentos e o que vai porsua vida atrás de um soberanocontrole do inglês, ele fala comum carinho evidente, por trás dareserva, de uma fase importantede sua ascensão: "Foi aqui noBrasil que comecei, em parte, ame firmar como um bom tênis-ta, ganhando o segundo títuloem importância de minha car-reira."

Foi em São Paulo, 1974,quando derrotou Tomas Kochna semifinal e o argentino Guil-lermo Vilas na final do WCT."Koch",* recorda agora, "era naépoca um grande jogador, echegou a ter um match point aseu favor. Quando consegui vi-rar o jogo e derrotá-lo fiqueirealmente muito feliz."

Mas são já nove anos de qua-dras, treinamentos intensivos,contratos milionários mas exi-gentes e muita tensão, em 23

anos de vida. Quando, há poucomais de uma semana, o tetra-campeão de Wimbledon desem-barcou em Congonhas para umapartida-desafio que afinal ven-ceria, contra o norte-americanoVitas Gerulaitis, as evidênciasda roda-viva de que já começa ase ressentir marcavam a figuralendária.

Acompanhado de LennartBergelin, técnico, mentor eguarda-costas, Borg enfrentoucâmeras, repórteres e bloqui-nhos de fãs com o ar cansado e abarba rala que, para ele, crescepor preguiça, para os curiososprofissionais de imprensa, porpromessa. Vencer sempre, ser omaior de todos os tempos justif i-caria mais esta idiossincrasia.

O campeão, já mergulhadono trânsito demente da pauli-ceia, rumo ao hotel, conseguiuapenas desabafar: "Uma viagemincrível." Atraso, um vôo cance-lado em Caracas, um avião par-ticular que não pôde afinal apa-nhá-lo e ainda por cima, pelafrente, um coquetel, uma entre-vista coletiva. Os oi hi nhos azuisdesandaram, mais que nunca, afixar pontos vagos no horizonte.Qualquer interlocutor é capazde chegar à beira da exaspera-ção: Borg não só evita contem-plá-lo nos olhos por mais de umsegundo; chega mesmo a virar orosto em direção oposta en- ?

25

frvyr^^-ziits&i:.**. ¦tfSíípàír waauiísri^a"*?*»»';*

Page 86: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

Seus contratos

de publicidade

cobrem todo

mundo

ocidental e

garantem-lhe o

título de tenista

mais bem pago

da história

quanto monossilabicamente se

manifesta.

Um belo indiferente? Nem

tanto. Bjorn Borg já venceu tan-

to nos cinco continentes ("Não

sei, mas parece que foi um mi-

Ihão de vezes", respondeu o

americano Harold Salomon

quando lhe perguntaram quan-tas havia perdido para o super-

campeão) que hoje o objetivo

maior só pode ser o Grand Slam.

Ele sabe que quer conquistar

numa só temporada os quatro

principais torneios do mundo:

Wimbledon, Roland Garros, na

França, o US Open e o Austra-

lian Open. Mas disfarça, tangen-

cia, não quer ser arrogante:"O

Grand Slam é dificílimo,

por isso não penso nele porenquanto. Ganhar no tênis é

uma eventualidade, pois é cada

vez maior o número de bons

jogadores. Só vou começar a

pensar mesmo no Grande Slam

quando tiver vencido as três

primeiras etapas. Até lá, o queinteressa é tratar de disputar

cada torneio da melhor maneira

possível."

Um pentacampeonato em

Wimbledon, este ano? Talvez."Tudo

que disse sobre o Grand

Slam se aplica a Wimbledon. É

claro que se eu ganhar vou reali-

zar um fato historicamente im-

portante. Mas sei também que a

cada ano a tarefa é mais difícil

para mim, por duas razões. A

primeira é este constante surgi-

mento de novos valores: em

1980, vamos ouvir falar de mui-

ta gente hoje completamente

desconhecida. A segunda é quecada vez sou mais visado em

Wimbledon, estando para este

torneio como, no automobilis-

mo, Graham Hill estava para o

Grande Prêmio de Mônaco. To-

do mundo faz agora muito mais

força para me vencer. Tenho

certeza de que um dia isso vai

acontecer. Só que não vai me

pegar de surpresa."

Mais que especular, interessa

agir. Borg tem sempre, por per-to, um desafiante à sua altura

para temporadas não oficiais

(mas rendosíssimas) de prática.E estas, reconhecem os conten-

dores, beneficiam todo mundo:

até há pouco, Guillermo Villas,

agora, Vitas Gerulaitis.

A casa dos Gerulaitis em

Kings Point, Long Island, trans-

forma-se numa comunidade de

meia-dúzia de profissionais du-

rante o Open americano."Com

Borg", entusiasma-se a mãe de

Gerulaitis, Donna, "praticar é

como empenhar-se numa verda-

deira final. Quando Vitas prati-ca com outros, instala nossas

caixas de som na quadra para

jogar ao som de disco-music.

Mas outro dia quem vinha era

Borg, e eu tive de adverti-lo:

nada de música."

A Sra Gerulaitis faz o que

pode para ser maternal também

com o nórdico de gelo, o Ice-

borg: "Ele é único mesmo. Cui-

da só do que é seu, é incapaz de

ser rude com quem quer queseja, nunca pede nada. Muito

fechado, este rapaz. É precisofazer um esforço e puxar con-

versa. Mas ele está melhorando.

Agora no final do ano, fomos

jantar em Miami, e ele chegou

até a contar uma piada".

A imagem do atleta arredio,

aloof, indiferente às ironias de

llie Nastase ou aos impropérios

de Jimmy Connors na quadra

para concentrar-se apenas na

bola, costuma misturar-se —

principalmente na cabeça das

fanzocas adolescentes — à do

filho rebelde (longos cabelos,

independência pessoal desde

cedo) e à do hippie que ele

nunca foi.

Sobre os pais — que lhe per-mitiram iniciar-se no tênis,

quando aos 15 anos resolveu

deixar os estudos e o esporte

nacional sueco, o hóquei — um

episódio ocorrido naquele tor-

neio paulista de 1974 é agora

recordado por ele como exem-

pio de entendimento absoluto.

Os velhos o assistiam na primei-ra rodada, contra o australiano

Geoff Masters. Borg perdera o

primeiro set e ia mal no segun-

do. A certa altura, a um mero

gesto seu, o casal entendeu quedevia retirar-se das arquibanca-

das. A partida foi ganha.

É conhecida, aliás, a história

de sua iniciação no esporte queo fez milionário para o resto da

vida. O velho Borg, comerciante

na cidade industrial de Solder-

talje, na costa Leste da Suécia,

ganhou uma raquete num tor-

neio local e presenteou-a ao

filho. Pesada para o menino de

nove anos, ele passou — paradesespero da mãe — a valer-se

da duas mãos para uma imagi-

nária Copa Davis contra as pa-redes da garagem de casa. Já

estão, a preocupação das regras

começava a ser posta em práti-ca. Conseguindo atingir a pare-de cinco vezes, a Suécia con-

quistava a taça. Se a bola bates-

se menos de cinco vezes, ganha-vam os Estados Unidos.

Desde então, o empenho, a

aplicação e a força que o leva-

ram uma vez a romper duas

vezes as cordas de sua raquete

num mesmo jogo vieram des-

truir definitivamente o mito da

rebeldia. Borg não fuma, não

bebe, não curte droga alguma.

Ganhando hoje mais do que

qualquer atleta no mundo, com

dificuldades para recordar uma

página de livro ou jornal entre

os freqüentes mergulhos no

mundo de quadrinhos de Walt

Disney, ele está tranqüilo.

Depois da temporada de

Wimbledon, este ano, vai final-

mente casar-se com a tenista

romena Mariana Simionescu,

noiva eterna, com quem vive

desde 1976. Uma oficialização

que não lhe alterará muito,

acredita, o itinerário. A decisão

de reduzir a "no máximo 10" o

número de torneios de que par-ticipará a partir deste ano tem

mais a ver com os sete anos

consecutivos de empenho con-

centrado no circuito internacio-

nal: "Estou realmente muito

DE ONDE VEM O DINHEIRO

O leque de contratos de publicidade aos quais está ligado

Bjorn Borg cobre praticamente quase todo mundo ocidental e

lhe assegura uma renda anual de alguns milhões de dólares.

Até dezembro do ano passado, a situação era a seguinte:

MUNDO INTEIRO

Roupas Fila (exceto Escandi-

návia)

Scandinavian Airlines System

Raquetes Bancroft (exceto

Europa e América do Sul)

Tênis Diadora (exceto Esta*

dos Unidos e Canadá)

Sapatos Tretorn

Jean Lois

Encordoamentos V. 5.

Automóveis Saab

Power Swing, cursos de tênis

Máquinas de lançar bolas

Toll

Posters Bjorn Borg

Calendários Bjorn Borg

Puzzles Bjorn Borg

Loções Suntan (contrato pen-dente) .

CANADÁ

Testeiras Collegiate

Sapatos de tênis Tretorn

ESCANDINÁVIA

Testeiras Bjorn Borg

Roupas jockeyAgenda Bjorn Borg, lápis e

borrachas

EUROPA

Raquetes Donnay

Bolas de tênis Penn

Brinquedos Pellican

Cereais Kellogs

Chocolates Tom

Bonecas Bjorn Borg

Cosméticos (contrato pen-dente)

AMÉRICA DO SUL

Raquetes Donnay

Bolas de tênis Penn

ESTADOS UNIDOS

Sapatos de tênis Tretorn

Sapatos Diadora

Acessórios Caesar's World

Bonecas Bjorn Borg

Alimentos Nutrament

jAPÂO

Refrigerantes Sunkist

Loja de departamentos (con-

trato pendente)

BRASIL

Brinquedos

Bebidas Seagram's a

26

Page 87: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

|| I

; •-

b? KjM -c4^4 /¦ yi^• yflw7 mm

¦*# K %|mu ^ fiife $$? &iiPlHHflflMIP^#MMilll9^^HP^^^^^^^VP£SPI^^^^^HHHHi^ra£^^^^l

1̂'i

1^Wi3^^r^«Vrt " 4 ;c,\;v,'ÍP##!3 1H Hi

Os famosos olhos azuis fazem o sucesso

entre as mulheres deste campeão

acostumado a colecionar troféus e derrotar

adversários como Vitas Gerulaitis, em São

Paulo

cansado." Bergelin, o técnico-

factotum, é que ironiza: "Para

ele, vai parecer a mesma coisa;

mas ele vai ver que casamento é

como se a gente disputasse um

tiebreak para o resto da vida/'

A ronda publicitária agora

cumprida no Brasil pelo cam-

peão — fotos e filmes publicitá-

rios para as mais diferentes qua-

lidades de produtos, do uísque

Natu Nobilis às raquetes Don-

nay, agora fabricadas em Ma-

naus — é apenas uma amostra

tímida do império de comercia-

lização de sua imagem em que

está envolvido, principalmente,

desde a primeira vitória em

Wimbledon."Na verdade", garante,

"essa

questão de dinheiro não me

preocupa. Eu simplesmente não

aplico dinheiro. Como não gasto

muito, vivo como a maioria das

pessoas em Monte Cario, já ten-

do o suficiente para não ter

problemas pelo resto da vida."

A opção por Monte Cario,

onde os pais gerenciam uma loja

de artigos de tênis no térreo do

prédio onde mora a família, foi

a solução encontrada para esca-

par à voracidade do sistema tri-

butário sueco. Segundo Bob

Kain, que se ocupa de seus inte-

resses financeiros através do In-

ternational Management Group,

Borg ganhou em 1979 três mi-

Ihões de dólares, metade em

contratos publicitários, metade

em prêmios e cachês por exi-

bição.

A rede de marcas que lhe

compõem a imagem é impres-

sionante, usando ele diferentes

produtos em cada país onde se

exibe. Além de exibir-se com

marcas específicas de roupas,

tênis e raquetes, de usar uma

tarja da Scandinavian Airlines e

de ser recebido em qualquer

aeroporto do mundo por auto-

móveis Saab, Borg empresta seu

nome ou imagem a testeiras,

blue jeans, bolas, sapatos de

corrida, tamancos, equipamen-

tos de tênis, brinquedos, pos-

ters, calendários, quebra-

cabeças, jóias de fantasia, bebi-

da, barras de chocolate, bron-

zeadores, cosméticos e máqui-

nas de costura.

Não por outras razões, é cer-

to, as Brigadas Vermelhas italia-

nas lhe puseram a cabeça a

prêmio em março do ano passa-

do, acompanhando o cartaz que

o condenava à morte uma foto

em que o tenista posava com o

uniforme do exército israelense

e uma metralhadora a tiracolo,

inusitada lembrança de uma vi-

sita ao Mar Morto.

Mas não importa. Frugal de

hábitos, simples por tempera-

mento, Borg faz que não sabe o

número exato de cômodos da

villa de Cap Ferrat onde gosta

de se refugiar com Mariana, e

fala com descontração da pe-

quena ilha que acaba de com-

prar na costa sueca para cons-

truir um condomínio de vera-

neio e várias quadras de tênis.

Segundo seu administrador,

uma conquista do Grand Slam,

se tornar necessário aumentar o

número de guarda-costas, servi-

rá na verdade mais para prolon-

gar seus contratos do que para

fazê-lo mais rico: "O número de

dias de um ano não aumenta, e

portanto permanecerá mais ou

menos fixa a quantidade de con-

tratos. Apenas, em vez de ga-

nhar este tipo de dinheiro por

três ou cinco anos, ele vai esten-

der suas rendas por mais 10 ou

20".

Além disso, o período que vai

de maio a setembro — o das

grandes temporadas — é sagra-

do. O que importa, acima de

tudo, é jogar. E viver com a

possível tranqüilidade. Vida em

família, o sol que não pode ter

na Suécia, música poppara rela-

xar. já se disse que quem joga

com ele pode considerar-se ven-

cido antes de entrar na quadra.

Implacável? "Não sou tão frio

como dizem", insiste. "Às ve-

zes, na quadra, estou muito

emocionado por dentro, mas

não demonstro. É assim que eu

sou, mas fico tão nervoso quan-

to qualquer pessoa. Quando co-

meçei a jogar, inclusive, tinha

um péssimo temperamento, era

um dos piores do clube lá na

minha cidade".

O humor terá sem dúvida mu-

dado com as conquistas e a

certeza de uma força sem para-

leio no quadro do tênis atual.

Mas não há por que complicar o

carisma, que se exerce natural-

mente, do titã semijuvenil das

quadras. Tudo que se escreve

sobre um ídolo tende a ser exa-

gerado para consumo público.

Mas fazer sensacionalismo em

torno de Bjôrn Borg, já comen-

tou um observador americano,"é

como temperar demais um

prato simples" ¦

27

Page 88: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

Semana de 9 a 15 de março JEAN PERRIER

Aries Touro Gêmeos Câncer

(21/3 a 20/4)

Vida Diária: Semana particular-mente favorável àqueles cuja pro-fissão exige viagens freqüentes ou

contatos com clientes, mas não

tanto aos profissionais de escrito-

rio. Amor: Influências sentimen-

tais boas aos que se inclinam poraventuras: o sucesso poderá re-

compensar suas investidas. Har-

monia com Sagitário e Touro. Pes-

soai: Sua imaginação lhe permiti-rá avançar. Saúde: Faça exerci-

cios. N°: 9. Cor: Havana. Dia:

Sexta-feira.

(21/4 a 20/5)

Vida Diária: Não se queixe: os

problemas mais difíceis encontra-

rão solução feliz. Excelente clima

financeiro. Compreensão da partedos chefes.' Amor: Segurança nas

relações sentimentais e plena rea-

lização sexual. Harmonia com

Câncer e Balança. Pessoal: Seja

paciente e tente compreender as

pessoas humildes. Saúde: Estado

geral muito bom, mas tome cuida-do com os rins. N°: 1. Cor: Ocre.Dia: Segunda-feira.

(21/5 a 21/6)

Vida Diária: Para que os outrosaceitem seus pontos-de-vista, é

preciso que você mostre sua con-vicção pessoal. Cuidado com o

plano financeiro. Amor: Por cul-

pa sua ou da pessoa amada, po-dem surgir problemas neste perío-do. Evite aventuras extra-matrimoniais. Harmonia comÁries e Câncer. Pessoal: Interes-

se-se mais por sua casa. Saúde:

Cuide bem da alimentação. N°: 6.

Cor: Salmão. Dia: Quarta-feira.

(22/6 a 22/7)

Vida Diária: Profissionalmente,conte com a proteção de Saturno.Aproveite as oportunidades inte-ressantes que sobrevirão. Seuschefes mostrarão consideração.Amor: Com Vênus favorável, se-mana esplêndida se você demons-trar dedicação e ternura. Harmo-nia com Peixes e Gêmeos. Pes-soai: Não hesite em pedir ajuda aseus filhos ou amigos se precisar.Saúde: Pratique esportes e ioga.N°: 2. Cor: Verde. Dia: Quinta-feira.

Leão Virgem Balança

(23/7 a 22/8)

Vida Diária: Divergência no terre-

no profissional. Despesas impre-

vistas poderão causar-lhe irritabi-

lidade com os subalternos ou cen-

sura dos chefes. Amor. Com Vênus

em quadratura, sua via sentimen-

tal não trará as alegrias esperadas.

Não faça projetos para o futuro.

Harmonia com Sagitário e Virgem.

Pessoal: Atente para suas reações:

é preciso ter bom senso. Saúde:

Evite excesso alimentares. N°: 5.

Cor. Azul. Diar. Domingo.

(23/8 a 22/9)

Vida Diária: Grandes chances de

sucesso no período, principalmen-te se sua profissão exigir senso deiniciativa. Aguda capacidade de

persuasão lhe permitirá convencer

seus interlocutores. Amor. Uma

pessoa mais velha lhe despertará

sentimentos que serão correspon-

didos. Dê atenção a seus filhos.

Harmonia com Câncer e Balança.

Pessoal: Cuidado com os ciumen-tos a sua volta. Saúde: Excelente.

N°: 2. Cor. Ameixa. Dia. Sábado.

(23/9 a 23/10)

Vida Diária: Surpresa agradável,esta semana, com lucros prove-nientes de fontes imprevistas. Pro-fissões liberais favorecidas. Podeviajar. Amor. Cuidado com os in-discretos. A prudência manda quevocê evite demonstrações clarasde seus amores passageiros. Har-monia com Gêmeos e Escorpião.Pessoal: Não se mostre excessiva-mente cruel com alguém de quemjulga necessário vingar-se. Saúde:Boa. N°: 8. Cor. Branco. Dia:

Quarta-feira.

Escorpião

(24/10 a 21/11)

Vida Diária: Satisfação profissio-nais iminentes, com Saturno emsêxtil. Finanças excelentes. Procu-

re resolver seus negócios amiga-velmente. Sorte para os represen-

tantes. Amor. Cuidado com pai-xões arrebatadoras; não se deixeapanhar na armadilha de amoresinteressados. Harmonia com Cân-cer e Sagitário. Pessoah Apesar

das tentações, não se deixe levar

pelo impossível. Saúde: Não se

exceda. N°: 5. Cor. Marrom. Dia:

Sábado.

Sagitário

(22/11 a 20/12)

Vida Diária: Conjuntura perturba-dora. Nada tema, no terreno pro-fissional, se se restringir à rotina.

Período desfavorável a idéias no

sentido de mudar de atividade.

Amor. Não estrague com sua falta

de tato um encontro que pode ter

belos desdobramentos. Bom clima

familiar. Harmonia com Áries e

Câncer. Pessoak Seja mais afável e

sorridente. Saúde: Tente fazer gi-nástica toda manhã. N°: 7. Cor.

Azul. Dia: Terça-feira.

Capricórnio Aquário Peixes

(21/12 a 18/1)

Vida Diária: Pense um pouco no

futuro e aproveite sua tranqüilida-

de de espírito para pôr em anda-

mento novos projetos. Vida profis-sional protegida. Jornalistas e se-

cretários favorecidos. Amor.

Grandes chances no amor. Seu

espírito de conquista estará em

ascensão. Harmonia com Virgem e

Aquário. Pessoak Você se sentirá

otimista. Aproveite para agir. Saú-

de: Comece uma dieta de emagre-

cimento. N° 2. Cor. Prata. Dia:

Domingo.

(19/1 a 18/2)

Vida Diária: Recusando-se a levar

em conta os imponderáveis queatrasam a realização de seus pro-

jetos, você se irrita e impacienta

demais. Evite inovações. Amor.

Procure manter a cabeça fria. Não

considere logo como futuro cônju-

ge a primeira pessoa que aparecer.

Harmonia com Gêmeos e Peixes.

Pessoak Não se deixe controlar

pelos mais chegados. Saúde: Faça

massagens e ioga. N°: 4. Cor.

Ouro. Dia: Terça-feira.

(19/2 a 20/3)

Vida Diária: Sorte para os queexercem profissão comercial com

freqüentes contatos humanos.

Aproveite para iniciar projetos

que considera oportunos. Amor.Vênus lhe permitirá, esta semana,

exercer um encanto especial sobre

a pessoa por quem se interessa no

momento. Harmonia com Câncer

e Aquário. Pessoak Aja com con-fiança em sua sorte, mas avaliebem os riscos. Saúde: Evite tomar

calmantes. /V: 3. Cor. Laranja.

Dia: Quinta-feira.

COZINHAS PLANEJADAS

A SOLUÇÃO PRÁTICA

PARA O SEU AMBIENTE

) Modelos exclusivos de portas>Grande variedade de equipamentos internos> Armários totalmente revestidos em fórmica?Goze de todas as garantias comprando na fábrica

VEJA A "SUA

COZINHA"

NO ATLÂNTICO SUL

Av. SERNAMBETIBA, 3.600BI. 2 apts. 401 e 402 e

BI. 3 apt. 801BARRA DA TIJUCA

FÁBRICA: AV. ITAÔCA, 1953 - GALPÕES B e C - Tels.: 230-6551 260-7308 - 280-9346 - RIO

mmEj

Page 89: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

Tendências

íAquece-se o mundo da moda com maislançamentos para o suave inverno brasileiro

¦m

GISELA PORTO ¦ FOTOS DE EVANDRO TEIXEIRA

"^M»

mftmk. JFSs*?%_ _f_* r*

iizAumS^

___s»_':«_í»<r#iii

SssiÉl

^<i.3f. .

ft_fes'_

ifg_lg_

Hl________!

¦zZziZMIZÊZê¦zizm it ¦¦

5»;•, ..ISil

_Jâ___MS

s '

* ¦

¦:^:-_.

__t__Ss5_

>¦ '..:

¦___: ¦

_Sb____fi__S_

_$_____

¦:;-.>;'',;

:_.-.:.:lll__%&____§*s!_l___§

.ftpfl_ü

_>_..*

!__,?__£•JillS

»!__«___..

_Í_8____K!Í.

íH_Sp

:Jf

"-'.

í_í-____

_M

.f?-

ws ¦ips

'**$$_«$

§____ü_p____^$ÍSíí_SÍ___

__ü

»____.

___3_H%i___»lnpr1

¦¦*',

__M_«$.

___^___w_. *''¦¦'•:: •

, ¦

,eío número de eventos que estão acontecendo nestatemporada de moda, o inverno 80 parece ser aestação mais quente da moda brasileira.

Depois da Janeiro Fashion Show e do Grupo Moda Riode Janeiro, chega a vez da Moda Rio Boutique, quecomeçará amanhã e irá até o dia 14, no hotel CopacabanaPalace.

Um resumo do que será visto nos esf andes amanhãpor compradores, jornalistas e curiosos mostra que os

macacões seguem imperando em quase todas as coleçõesseguindo o sucesso feito no verão, e continuam também ostailleurs um clássico de todos os invernos, a linha cowboy,as madras, os bordados, o crepe e a lingerie para a noite.Tudo complementado pelos sapatos da Danielli.

Na foto Vivian veste um macacão de brim cinza dascípioni, com pressões vermelhas, e Mareia um modelo emnylon da Chez-Símon.

29.*->^-^_Wiíf?í^1IP--«M.iW ,**>__>" :._¦_¦»tVt****** -__«-__ «...jk

Page 90: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

WKKIIK^KKmKNmMtffmTfiWrirWaiWvW''tMi^^^¦^^^^¦¦¦¦niBMM'fJLIWi£vliliuiUSBJiiRfliKHNIVCfWvi!• rivi-{^¦MBtMpi!®K\'vi«8mmmSm

^^M^^^^T^^y^n||puL|||MiMW^^ffWffny|j|^||j||^M^ '.•'^VJjj^^^Oj

^^aiMiMimmmMWWmftWTWi^^QMaUMiiMmWBlf&^^m Tr 1 Si^K.

^L*. j^ppp¦BBB^ |-%^v» J.|-l. lP m ^^Hpp^ IBSIEjigii

¦ ^¦-IBrJM IMMmmSm.

!¦ JWyP^ite-'. -^iF' .;;' 'I mm m , ®||&ms§mM!

^¦^rr. ! 1 A iM^KBHsM^Kr^^H^^^KBSSB^HHSS

-: ' ¦•',:1,l";v- !\ ::^ ¦ ¦¦ v;". • .• i • , . ,. ,'.Mv-!Ív-,; w.VlK?^

M^É»8«B«#» nèwsESít

irispp Eft• 10,120RÍWBXP*

am

63

sra

"»«

1

Page 91: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

^|ia^

i, fe j^JflHfsjjKi %# I I

'*% ?^J»ftM ^^0- ^Jk ***

¦

' -ferfyMafef. .L&m5HR **^$MiSBMty&;> 1? ^ f 7- ^l|^iiiHB£1^1H&, ,9||Ky^^^K '<Sv,';^^^^B3i9l^^flRH^^^^Hv - -v '¦:>v«\Sf^>

fIsI if 1 '^jjjir^^Bpii 4,w#HMBSBSSS8BS8SSSSSSS^^^aB^H' r;t31^>

P^©S®M5p^i..sS^ ^^^^l^B^^BE^^BGBwl i I I.«•* HJr «wF~ '••* .. JtT"" Ik* > vS.^ ,JK>? 1.T •' •H®P^^Ibs^^S Ml^^H ml

- vl^i-vcc" ' - '^^Bi jpmm - ^^Kly: -

pwwww <-»|.I»ihmhwihj

-,.^ >í -'• ¦/*"'•"•'• > -,lc ^v<>' -W'í^y*«»»'^^»«r

MIM.%#§ Ég<*

>Çaf;-

mm'mm*

m&^fS

'M$8$Mi&!^

: i:. j

H|HH

^'v .aft?- ••Sm: "• jii, -JwEv'/'ilKi

1Mm

¦

I

1

!.!

Ill,:v,3.S> ,>.

m

Page 92: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

>-v.':;."iV>^,

Y,| r<

íawiü

»»Wk'3w&W$

'.;. '\\'" '¦¦:'

fiM?*Itt®#

IS&f

^0f5^S^%fó 't^A >-yf.-*A$*53

fllill<*»i

Va:-;:;!*

Km^ v* ,íx -; ri^B''ff^^W» ^a^iMA.ilTOiyHWyi .rt&i^í tifír. Ç -4WS

¦HK

nm

Page 93: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

^jjjjjjSjPpjjjS^PK^ . •».• ^ '•-• V:. 'k '.-7-v ¦ » l-'. ^••'l-^'v^^-*'^

iâilhur riscado de Cãrlâ

ourtií% « umúnico botão

n viscose com bordados na

í^nda na linha clássica, o

Roberto com saía justa ecásacc^

ombros armados. E o vestido en

pala dà:'fndeh vW V b2^lim£

Mw

V'"V?5 i>i-.-vH4.n'ii> v i;'

Vf|, íè* i>!

r-:.:-:--;i'¦Ê&Zi

m$gi*

ÍÍWíMeSfeK 'HCWií íwfc

H

UnSi

1 i

E

£

Page 94: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

Este é um guia para ser guardado até o próximo domingo, Ele traz produtos e serviços que você e sua casa podem estar precisando.

Página

de Serviço

COLCHOES DESPACHANTES

ACADEMIAS DE BALLET

MALUCE BALLET STUDIO257-3205. Copacabana, 895 - 6.°

ACADEMIAS DE GINÁSTICA

TURMA ESPECIAL P/GESTANTE236-3649. Copacabana, 500/406

ACADEMIAS DE MUSICA

DÓ RÉ Ml... MÚSICA/DANÇA260-5035. Ligia, 97 • Ramos

ADMINISTRADORAS

A IMOBILIÁRIA ZIRTAEB LTDA.LOCAÇÕES ADM. CONDOMÍNIOS

221-4351 (KEY SYSTEM)221-7992 (PBX). Alfândega, 108

AOM. 0RI0N-C0ND0MÍNI0SLOCAÇÕES C/GAR. COMPRA-VENDA

255-7341Siqueira Campos, 225 - Loja A

DJALMA CUNHA IMÓVEISAdm.-Legaliza-Compra-Venda270-4292 • 270-3337 (2.«/Dom.)

EKASA S/A: AS ORDENS DOSINDICO C/ATENDIMENTOPERSONALIZADO 24 HS. POR DIA

Matriz: PABX 244-09777 Setembro, 98 • 5.* e 6.*Filial Barra: 399-8477

IMOBILIÁRIA MELBA244-3465. Trav. Paço, 23/11."

ADVOGADOS

MARIO ANI CURY359-5750. E. Romero, 224/Madur.

ADVOGADOS-CAUSAS CRIMINAIS

JOÃO CARLOS AUSTREGÉSILODE ATHAYDE

224-4450 • 221-6708 - 257-9398

ADVOGADOS-CAUSAS TRABALHISTAS

ANNA BOGÉA222-2885. E. Veiga, 35 S/1605

ADVOGADOS -

DIREITO DE FAMÍLIA

ADVGS.: LITÍGIO-INVENTÁRIO237-5052. Copacabana, 195 S/408

MARIA LÚCIA DÁVILA-FUND.CAMPANHA NAC. PRÓ-DIVÓRCIO

232-9609. Rio Branco, 133

MARLY CARRILHO S. AZEVEDO234-7299. Quitanda, 194 S/406

ADVOGADOS-DIREITO IMOBILIÁRIO

IMÓVEIS-LOCAÇÕES-CONTRATOS262-2426 - 262-1790 - 262-2025

LITÍGIOS EM IMÓVEIS, ETC.399-5544 - 393-8233

ADVOGADOS-DIREITOTRIBUTÁRIO E SOCIETÁRIO

CONSULTORIA E ASSESSORIA242-9179 - 262-4798 - Centro

ADVOGADOS-INVENTARIOS

DR. EDMUNDO COELHO221-3075. R. Branco, 133 S/604

LÚCIA CAMIZA FORTES240-2389. Senador Dantas, 117

ALARMES

A.S.U. ALARMES - "PREVINA-SE"

Funciona sem Energia Externa252 6716 - 222-6708

AMBULANCIAS - ALUGUEL

DIA/NOITE - CAMA/CADEIRA RODA261-7151 (2.* a Domingo)

INSTALAÇÃO - VENDA - REVISÃO. 392-3770. Est. Gabinal, 18-C

ANTIGÜIDADES -

COMPRA E VENDA

M0V.-PRATAS/L0UÇAS-QUADR0S274-6240. G. San Martin, 1219

APARELHOS DE SOM-CONSERTO

AKAI-PIONEER-SONY-SANSUI236-2772. Copacabana, 807/603

AKAI/SONY/SANSUI/MARANTZ247-6445. Vise. Pirajá, 86 SL 3

ASSIST.-TEC.-PIONEER-SANSUI273-8005 - 273-7975

TATERKA LINEAR AUTORIZADO222-0907. Gomes Freire, 315

AQUECEDORES - CONSERTO

BOILER/CUMULUS E OUTROS253-1349 - 396-2837 (2.a/Dom.)

AR CONDICIONADO-CONSERTO

MAQ. LAVAR/FOGÕES - GARANTIA230-6366. Boa Viagem, 179-D

TELEMAQ - ASSIST. TÉCNICA280-6349 - 230-8337. Roma, 310

ARMÁRIOS EMBUTIDOS

HERMAX MÓVEIS LTDA.771-9301

ASSOALHOS-VITRIFICAÇAO

A DALMAS: SYNTEKO-POL. PEDRA255-6124 (2.'a Dom.)

SINTECO EM COR/BRILHO/FOSCO236-1858. Copacabana, 500/910

SINTEKO SOLEDADE/PINTURA/REF.228-6975 (2.» a Dom)

AULAS PARTICULARES

NITERÓI: MATEMÁTICA-FÍSICA718-3461. PX1B-6290 Canal 2

AVES E ANIMAIS-ABATEDQUROS

TOOAVES-AVES-ANIMAIS-ENTREGAS1 RÁPIDAS P/TELEFONE

261-1854 - 261-8002 - 281-1992281-2796. Camboriú. 61

BÁBY-SITTER

P/FIM SEMANA. NOITE. TERA-PÊUTA EXP. CRIANÇAS 2/8 A.

228-6691 (2.' a Dom.)

BANHEIROS - EQUIP"AVANTT IND. DE TAPETES

BOMBEIROS HIDRÁULICOS

GASISTA - NA HORA C/GARANTIA238-0251 - 268-4637 - 258-5440

I. SILVA - HIDRAUL./GASISTA201-1491. A. Cordeiro, 492-F

MANUTEC - NO DIA C/GARANtlA274-9946. 246-4180 - BIP 2340

BOX PARA BANHEIROS

ACRÍLICO - BLINDEX • ESQUADRIA238-0251 - 268-4637 - 258-5440

AMPLA S ESQ. ALUM. E BLINDEX237-4637. Duvivier, 86 COB-O1

BBC - MULTIVIDROS DO BRASIL223-5409. Camerino, 71 S/6

BLINDEX - VIDRAL221-2351/2450. Alfândega, 98

BOX - PORTA VIDRO TEMPERADO268-7982. Br. Mesquita, 905

PERSIANAS COLUMBIA S/APBX 264-9062. Dona Maria, 29

SITBOX - EM FIBRA VIDRO PIBANHO SENTADO - NOVIDADE

270-6224.Ligia, 347-A

VICRAL VIDROS TEMPERADOSFUMÉ - BRONZE - VERDE TRANSP.

268-9911 - 288-8796 • 288-7448Barão Mesquita, 673 - Tijuca

BUFFETS

BUFFET CLASSE "A"

ATEN./48 HSCasa para Recepções238-6852. Barão S. Franc., 322

CHURRASCARIA COSTA DO SOLSALÕES PARA RECEPÇÕES

268-8357/9266. Av. EdsonPastos, 4517 • Alto Boa Vista

J. CARVALHO/ALUGA MAT. FESTA295-7866 (2.a a Domingo)

CABELEIREIROS

CAROLINA CABELEIREIROS255-2218. Santa Clara, 50/315

FERREIRAS-SALÂO UNISSEX390-9500. E. Romero, 81/212 - Madur.

CABELO - TRATAMENTOS

INST. LANE - QUEDA/SEBORRÉIA232-4574. Pça. 15 Nov., 38-A

CABIDES P/ROUPAS

CISNE-MAIS DE 50 MODELOSA Boutique dos Cabides237-9031. Rodolfo Dantas, 90

CAMAS HOSPITALARES-ALUGUEL

A.M.E.-OXIGÊNIO-REMOÇÕESCADEIRAS DE RODA-MULETAS

236-1011 - 257-4132. Copacab.228-6170 - 228-2255. Maracanã

ALCE - CAMAS E CADEIRAS257-3462. 257-0956

VENDAS CAMAS CAD. MULETAS273-0742 (2.* a Domingo)

CARNE A DOMICILIO

Forrações Espec. p/Banheiros S/TAXAS - PREÇOS S/COMPETIDOR201-8798. Viúva Cláudio, 329

"TOQUE" PROJETOS/EXECUÇÕES294-3847 - 239-4394. Leblon

BTlhÃRE^ÊQUT?1*1^""""^*

VENDA-REFORMA-ACESSÓRIOS201-8343. F. Esquerdo, 186

Todos Tipos . Carnes e DerivadosSóTrabalhamosc/Carne Fresca270-3991 (2.* a Domingo)

CINE FOTO-CONSERTOS

CANON-NIKON-OLYMPUS-FILM.235-7046. Copa, 610/221 e 224

FABRICAMOS E REFORMAMOS208-4849 - 248-2430 208-9799

COMPACTADORES DE LIXO

TELEMAQ: ASSIST. TEC. - MANUT.280-6349 • 230-8337. Roma. 310

cStRÊÍSRES^n^Ss1™HERCULES CAVALCANTE

Especialista/Imóvel Comercial231-0831. R. Branco, 151 GR. 403

CORTINAS

ABC FABRICA ROLÓS - PAINÉIS234-7431. Pedro Alves, 239 S/6

ARTE - FABRICA ROLÔ - PAINÉIS273-9605. 273-6250. A. Lobo, 100

CARLOS - FABR./ROLÓS PAINÉIS235-7948. Siq. Campos, 143/416

FIELTEX MODAS E DECORAÇÕESP/PAREDES - CARPETE - ROLÓS

392-1246. Estr. Jacarepaguã, 7741Lado Churrasc. Tem-Tem. Freguesia

LUNAR ROLÓS E PAINÉSOrç. Grátis Finan. 5 x s/Juros224-8689. Eliseu Visconti, 18

OSTROWER ROLÓS E PAINÉS"FIBERGLASS"

E "BLACKOUT"

266-3068. 266-7775Marquês Abrantes, 178 Lj. D

SÓ CORTINASTodos os Modelos255-1600

STELLA CORTINAS E PAINÉIS256-8983. Barata Ribeiro, 62

TAVARES DEC. REVESTIMENTO234-3833. S. Fco. Xavier, 342

C5ZÍNÍTÃS^quip"1'1"""*^m

FORMI COZINHAS MODULADAS224-9684. S. Dantas, 117/1212

COZINHAS - REFORMA

BANHEIROS - FINANCIO TOTAL238-0251 - 268-4637 - 258-5440

CRECHES

BABY SITTING/DEDO MINDINHO295-9830. Otávio Corrêa, 384

CASTELO DA TURMA MIÚDA710-5028 - 710-3507. 7 Set., 157 - Nit.

CRECHE BAMBÀ-BARRA TIJUCA399-4142. A. C. de Freitas, 46

CRECHE GABRIELA-GRAJAÚ, 208-5804 • 238-7283 - 257-7848

LETICIA "BABY-CENTER"

265-0694. Laranjeiras, 567

TUTUQUINHA-C/AMOR-2.3 A DOM.284-3640. Araujos, 84 - Tijuca

CULINARIA - CURSOS

SCALZILLI CURSO COMPLETO230-5769. Afonso Ribeiro, 286

dÃTI15GÍ?ÃH^

A ANA IBM-INGL./PORT./ESPANH.240-2228 e 262-3345 ( 2 a a 6.»)

A JATO-LIANE-IBM/7 IDIOMAS295-0346 • 265-4700. Incl. Dom.

ADA-IBM TODOS OS IDIOMAS205-1157. FLAMENGO (INCL. DOM.)

ELIANE-SERVIÇOS EM GERAL233-5522 - 248-5592 (2.* a Dom.)

GIL-IBM P/O MESMO DIA718-3461. PX1B-6290 Canal 2

ÇMEPÊTIzÃcAOr^^EsSNFECÇAÕ

DEDETIZ. C/FUMAÇA NOVO RIODESRATIZAÇÀO-CUPIM-TRAÇA

FEEMA 000-560-5/2121265-6023 - 285-3284 • 245-6364245-5368 - 265-2734

DEDETIZADORA MEFAM0P/0 MESMO DIA C/GARANTIA

FEEMA 002298-6/2)21201-8643 (2 a a Sábado)

IMUNILAR(FEEMA 000352-9/2121)Cupim-Barata-Rato-TraçaGarantia 25 Anos de Tradição295-1697 - 295-1647 - 295-1147

CONTAD-LEGALIZ./ADM. IMÓVEIS392-9699 - 392-9371 (Incl. Dom.)

MARI0-LEGALIZ. DE FIRMAS226-9854 • 205-5898

DOCES E SALGADINHÓS •ENCOMENDAS

BANDEJAS - DECORAÇÃO FESTA391-9304. 0. Saddock Sá, 36

"MARIA MOLE"Serviço Completo p/Festas

286-5448. Vol. Pátria, 249-B

PASTITÃLIAServiço Completo P/Festas226-3200. Passagem, 83 C/D

ÊLÈTR!C!STÃ?"m"*i^mmm"

MANUTEC - NO DIA C/GARANTIA274-9946 - 246-4180 - BIP 2340

ELETRODOMESTICOS -

CONSERTO

ELETRO-DULAR234-7542. Saens Pena, 25 L-6

EMPREGADAS DOMESTICAS-AGÊNCIAS

AG. ASSOCIAÇÃO STA. ÚRSULAGarant. Permanente-Taxa Fixa751-3250 - 751-4392 (2.«/Domg.)

AG. CIDADE-EMPR. C/GARANTIA256-9968

AG. EMPREGADORA CRISELA390-8940 - 350-5179

AG. GIRASSOLEMPREG. C/GARAN.257-2011. B. Ribeiro, 391/810

EMPREITEIROS -

REFORMAS DE IMÓVEIS

AMPLA S ESQUAD. DECORAÇÕES237-4637. Duvivier, 86-COB-OI

FACHADAS-BANHEIRO-COZINHA201-4995 • 396-4264

ENFERMEIROS

ADLIZ.-ENF. PART. DIA/NOITEAcompanhante/Babá/B. Sitter234-3379 - 284-0981

ALBA EQUIPE ENFERMEIRASPara: Adultos e Crianças295-0218 (2.a a Domingo)

ASPE-ENF. PART. DIA/NOITEAprov. P/Fiscaliz. Medicina257-0956 - 257-3462 - 269-6628

ENFERMEIROS DIA E NOITE246-4180. BIP M-1J

PART. DIA/N0ITE-AC0MPANH.281-6451 (2.a a Dom.)

5g5j3r~~~"~"S0RE"

JARDIM MATERNAL275-1800. Dona Delfina, 49 —

ESPORTES-ARTIGOS

LOJA ADIDAS257-2795. Xavier Silveira, 40-C

SP0RT TICIAN0256-1948. Miguel Lemos, 25-B

ESQUADRIAS DE ALUMÍNIO

ÁREAS - BOX - JANELAS - GLOBAL289-9294. Goiás, 228

BOX - JANELAS - PORTAS - ETC.S/Entrada em até 15 meses229-1799. 289-4398

C0M0D0R0:P0RTA-JANELAS-B0X270-4838. Cardoso Moraes, 400

FORROS/FACHADAS COLUMBIA281-5949. Leop. Bastos, 130 F

JONAF JANELAS - 4 X S/JUROS280-3888

0Z0DRAC: ALUMÍNIO E FERROBox -Janela -Área -Porta -Etc350-8181 (2.a a Domingo)

ESSENCIAS P/PERFUMES

PERFUMARIA COTIAS224-5489. Buenos Aires, 184

Page 95: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

Semanalmente é atualizado de forma a garantir, informações seguras. Mantenha-o à mão. De repente... Inclusões pelos

tels.: 242-6952 •222-5718

ESTOFADORES

ALEMÃO UDER NO RAMOFabricação e Reformas - Cor-tinas: Prontas ou Sob MedidaTapetes: Forrações em Geral268-2175 • 268-9995 • 258-2424

CARDEAL DECORAÇÕES LTDA.267-3241 - 228-2394. Copa

MELLO/ORÇ. GRÁTIS/TODOS MOD.254-0872 (A Noite na Retid.)

RICARDO: REFORMA/FABRICA258-5038. Br. Mesquita, 891 L. 0

WILTON REFORMA: COURO/PANOCouro Pinta/Encera Fica Novo722-1284. Niterúi (2."/ Domg.)

fÃRMSÕÃ^^RÕÕÃRÍÃ^

ATENDE 2.a/D0MING0-ENTREGAS225-0053 - 245-0388. Flamengo

BARKI-ENTREGAS 2.a/D0MING0285-0249 - 225-5064. Flamengo

DROGA SIX ENTREGA NA HORA267-2677. Copacabana - Posto 6

DROGARIA VENEZA - ENTREGASA DOMICÍLIO ATÉ 24 HORAS

285-4926 - 265-9789 - 245-4949Marquês de Abrantes, 79

FARM. HOMEOPÁTICA AYMORÉ221-0573. 7 de Setembro, 219

FARMÁCIA DO LEME275-3847. Prado Júnior, 237

feÍBU^OMIOUQ»^^^

HOME FOOD-ENTREGA NO DIANão cobramos taxas234-7197 - 247-4776 (2.a a Sáb.)

FESTAS INFANTIS -

ORGANIZAÇÃO

BLOCO DA PALHOÇA-SHOW C/BRINCADEIRAS MUSICAIS

259-1661CARRETA TEATRO BONECO

268-3128

CECÍLIA: DECORAÇÃO FESTASEnfeites - Doces - Bolos235-0995

PALHAÇOS-BANDINHAS-MÁGICOS351-2650 (Dia/Noite) 253-4324

PALHAÇOS-MÃGICO-VENTRIL.BICHINHOS-BABY DISCOTHEQ.

240-7185 - 240-8200 - 258-0227Álvaro Alvim, 37 GR. 1013

FIBRA DE VIDRO - ARTIGOS

ARARA - FÃBRICA E CONSERTO236-3443. N.S. Graças, 381

FONOAUDIOLOGIA

GRADES DE FERRO

VOZ - ESCRITA - APRENDIZAGEM287-7496 - 254-1265. Ipanema

FOTOGRAFOS

FOTO ESPORTE-REPORTAGENS223-3746. Uruguaiana, 212

LATELIER240-7486

FURADEIRAS ELÉTRICAS

ÚTIL NO LAR-PEÇA P/TEL. DE-MONST. S/COMP • A PRAZO C/GAR.

228-8131 - 228-5380 - 264-0709Pref. Olímpio Melo, 2105-B

GÊÍI^BÊÍRÃ?l^liç5fNSERT5M*"M

ATUAL: FRIG.-BRAST.-CONSUL-G.E.284-7348. 28 de Setembro, 182

FRIG0 ELET.-SÓ VENDA PEÇAS236-0937. Alfr. Valadão, 77-C

P/O MESMO DIA-C/GARANTIA243-2454. livramento, 87

GELO

À DOMICÍLIO DE 2.' A DOMG.EM: CUBOS - BARRAS - ESCAMAS

399-2227. Barra da Tijuca394-4157/2503/5550 Z. Morte

GOBELINS - MONTAGEM

REISMANN ESPECIALISTA256-1686. Constante Ramos. 43-A

AMPLA'S PANTOGRAF./ORNATOS237-4637. Ouvivier, 86 C0B-01

GRADES PROTETORAS

BOX E ESQ. DE ALUMÍNIO226-7484. Real Grandeza, 160

GRAFICAS

ELF. SERV. GRÁFICOS-XEROX295-1898 - 295-9397 • 295-7897

MINERVA-NOTAS FISCAIS232-2144. Relação, 55/104

ILUMINAÇAO

FOCCO TRILHOS - SPOTS399-3696 • 399-3747 - 399-2358

MOVEIS P/MÁQ. COSTURA

CASA VICTOR ENG.° NOVO261-9291. 722-1949

MUDANÇAS

MUDANÇAS BRUNÕ-PLANEJAMENTOP/ESCRITÓRIO S-RESIDENC.

236-1573 • 252-5488 • 350-3877350-1919

MUSICA P/FESTAS

ASTRO AGÊNCIA ARTÍSTICA283-8796. 252-0392. Assemb., 93

PAINÉIS CORTINADOS

FÁBRICA CORTINAS ROLÔSPAINÉIS EM LONA TÉRMICA

273-9605 - 273-6250 - A. Lobo. 100

CINAR-AREAS-CX.-D AGUA C/GAR.228-5724 - 228-8797 (2.a a Dom.)

JANELAS DE ALUMÍNIO

AMPLA S ESQUAD. DECORAÇÕES237-4637. Duvivier, 86 COB-01

LABORATÓRIOS DEANÁLISES CLÍNICAS

BRONSTEIN-A DOMICÍLIO262-1366. Centro/264-5788 - Tij.

DIAC - DOMICÍLIO/MESMO DIA294-1705. At. Paiva, 566/304

LÍNGUA PORTUGUESA -ATUALIZAÇÃO

CURSO PROF. MÁRCIO ORTIZ255-3822. Teatro Opinião

LUSTRES

0 NOSSO BAZAR - LUSTRES EILUMINAÇÃO EM GERAL

288-0065 • 238-2391Av. 28 de Setembro, 310238-5884 - 238-3198Barão de Mesquita, 608/610

MÁQUINAS DE LAVAR -CONSERTO

BRASTEMP-BENDIX-KARINA289-1001. Ramos da Fonseca, 19 LJ F

FERRAGENS PLANALTO - MAT.ELETRICO E HIDRÁULICO

234-1967 • 264-4999 - 248-1997Ceará, 336 e 336-A

LOJAS DANTAS MATERIAISBRUTOS E DE ACABAMENTO

269-6847. Dias da Cruz, 638390-0970. Carol. Machado, 352

MÉDICOS

Veja o, "CONSULTOR MÉDICO"

nesta revista

MENSAGEIROS DOMICILIARES

TOC-TENHA - 24 HS. POR DIA274-4747. 274-9898

MESAS DE SOM E RACKS

BUT SOUND - VENDA/MANUT.255-1792. Av. Copa. 978 S/S113

MOLDURAS

JOÁ MOLDURAS - LOJA/FÁBRICATodos Tipos - Bambu Exclus.Cortiça - Montagem Posters274-8249. Dias Ferreira, 242

MOVEIS

BORGES FILHOS" - FÁBRICA. Linha Própria e Sob Medida

761-0471. Rod. Pres. Dutra. Km 11

MÓVEIS-CONSERTO

MARCENEIRO LAURO-EXP. 30 a.392-8220. Albt. Pasqualini, 153

MOVEIS - LAQUEAÇAO

PAPEL DE PAREDE

AMPLA S ESQUAD. DECORAÇÕES237-4637. Duvivier, 86 C0B-01

CAMURÇA-TAPETE-VULCATEXPreço S/Concorrente-Financio229-1464 - 208-2254 (2.a/Domg.)

DECOR-PAINÉIS FOTOG.-REV.257-7694 - 236-4847

DOCELAR/PAINÉIS FOTOG./REV.248-7175. S. Fco. Xavier, 90-A

IN-DECORAÇÕES/REVESTIMENTO239-0349. A. M. Franco, 170-B

PERFUMARIA'Vir

ROUPA FEMININA/PRESENTESBuarque Macedo, 68-A Esq. Catete

PERSIANAS

PERSIANAS COLÚMBIA S/A.PBX 264-9062. Dona Maria,29

PERSIANAS - CONSERTOS

A. FRANCO - REFORMAS E NOVAS252-5693. Itapiru, 315

ACESSÕRIOS/PEÇAS-PREMIER258-7435. Pereira Nunes, 242

BADARÕ PERSIANASConsertos, Pinturas e Novas281-3533. 281-4509

CORTINAS JAPONESAS/DAMASCENO270-9381. Barreiros, 674/F

GIRÃ0: VENEZIANA/NOVA/REFORM.252-2534. 249-5896 (2.a/Sábado)

PORTA SANFONADA/JAPONESA238-0251 - 268-4637 - 258-5440

PRODECON: PERS./SANFONADA351-2122. Estr. V. Carvalho, 55

PISCINAS-EQUIP

AQUAFLOR-PISCINAS/SAUNAS399-4900 - 392-7930. Carrefour

BLUE SKY: EQUIP.-CONSTRUÇÃOEntrega Automática CloroLíquido399-3165 - 399-4747 (Barra)

PLANTIVA-VASOS-TERRAS342-1062. Largo da Taquara

SAMAMBAIAS PARA COLEÇÃO342-9150. Estr. Rio Grande, 162

TROPIFLORA-VENDA-ALUGUELP/JARDINS E INTERIORES

310-1221 - 310-1395. GrotaFunda, 1000 • I. de Guaratiba

PLANTAS ORNAMENTAIS-ALUGUEL

RODÍZIO MENSAL E JARDINS236-0176 - 275-7855 - 237-0857

PORTAS COLONIAIS

SOB ENC0MENDA-M0V. BRASIL234-8384. Costa Lobo, 93

PORTAS DECORATIVAS

FERRO/ALUMÍNIO-LUXO/FINANCIO269-8647. Souza Cerqueira, 43

PROJETORES DE FILMES •CONSERTO

J. 0. MATTOS/ALUGUEL-MANUT.240-1216. 240-9267

projÊT5??DÊCÕSÃÇOÊ^

INTERIOR - EXTERIOR - ESCRIT.268-5689 (2.» a Sab.l

LEGALIZAÇÃO E C/HABITE-SE242-7491. E. Veiga, 41 S/603

PSICOTERAPIA

SOM - ALUGUEL

DR. ETIENE DE MELO295-8868. Lg. Machado. 29/1112

REFEIÇÕES A DOMICILIO

MASSAS: TABULEIRO A CR$ 160,275-3156 - Zona Suj_

REVESTIMENTOS

ALUMÍNIO-PAPEL-CAMURÇA-ETC.350-8181 (2.a a Domingo)

AZULEJOS-PISOS-TAPETES201-4995 • 396-4264

P/PISO-PAREDE-MAT. INÉDITO274-7445. M. S. Vicente. 52/335

VULCATEX-TAPETES-CORTINASPainéis-Orç. S/Compromisso257-0565 - 256-7655

ROUPAS - ALUGUEL

B0UTIQUE SOCIAL MODASTOILETTE E COMPLEMENTOSVEST. NOIVA-CONFEC.-ALUGUEL

222-1094. Sen. Dantas, 44 - 1° a.

STILE-RIGOR-SOCIAL/HOMEM220-4497. A. Guanabara. 17/605

SALÕES P/RECEPÇOES

LE BUFFETPABX 273-8922. Sta. Alex. 1122

SAUNAS-EQUIP

AQUAFLOR-PISCINAS/SAUNAS399-4900 - 392-7930. Carrefour

SEGURANçTsiSTnÃÃ?""'

SUPER AUTOMÁTICO P/ÁUTOEletrônico -Enguiça 2 Min.289-0703. "2.a a Dom. a Domic."

SEGUROS

JNDARSEL C0RRET. SEGUROS229-9200 - 222-0269

AMPLILAR: NOVOS E REFORMAS266-5993. Vol. Pátria, 416-A

rLUSTRES E ILUMINAÇÃO EM GERAL

* ! * T ^

in m

PREÇO DE À VISTA EM:

3 PAGAMENTOS S/ENTR. E S/JUROSOU 4 PAGAMENTOS.'6/JUROS

SPOTS-CALHAS FLUORESCENTES-POSTESCOLONIAIS P/JARDINS-ABATJOURSAPLIQUES E TODOS OS COMPONENTESPARA INSTALAÇÕES

End. Tels no Título "LUSTRES"

O NOSSO

bazar

AUREO-TODO GÊNERO SOM/LUZ342-6967

OSCAR-SOM/LUZ PI FESTASINSTALAÇÃO E CONSERTOS

246-4180. BIP 625 (2 a a Dom)

SOM P/AUTOMOVEIS

À DOMICÍLIO-2.a/DOM.-24HRS.205-4718 - 285-1275

TAPETES

DECORAÇÕES RIO DE JANEIRO359-4435. A. Freitas, 25/604

TAPEÇARIA SUMARÉForrações e Cortinas.Orçamentos a Domicílio256-0892 - 256-9509 - 235-4409

TAPETES-UMPEZA

ADELIMP LAVA/SECA LOCAL 2 HS.257-2794 (2.a a Dom.)

ALVA CORTAP-TAPETE/CORTINALAVA-TINGE-SECA LOCAL

205-7741 - 205-1897Laranjeiras, 122

BOM JESUS CORTINAS/TAPETES228-0801 - 232-5097 - 228-9456

LAVA L0CAL-2.a/D0MG.-24 HRS.287-4306 - 350-4150

LIMGETAP-LAVA LOCAL M/DIA208-5049 - 393-0760 (2.a/Dom.)

TELEVISORES - CONSERTO

A TELE SERVICE DO BRASIL286-3895 - 390-3270

ADMIRAL-SANYO-AUTORIZADAELETRÔNICA "EL

ESPANOL LTDA."295-3548 - 295-2144 - 295-2344295-7894. Passagem, 146 LJ. 9

ALVES-PHILCO-PHILIPS/SANYO235-6484 - 256-2829. Z. Sul

AUT. PEREIRA LOPES IBESASanyo a Cores Ass. Técnica260-4481 - 260-8858 - 260-9260

AUTORIZ. SPRINGER ADMIRAL246-5744. Assis Bueno, 23

AUTORIZADA TELEFUNKENFazemos Contrato Manutenção249-4000 - 269-9444 (A Domicilio)

DIA/NOITE TODAS MARCAS351-3486. Major Conrado, 302

GENERAL ELECTRIC AUTORIZADAZona Sul-Zona Norte-Centro230-3991 - 391-1881

PHILC0 E OUTRAS MARCAS252-5967 (Visitas Grátis)

PHILCO-PHILIPS-ATUALIZADO249-3324

PHILCO-PHILIPS-SEMP-ATUAL.245-1949. C. Outra, 59-D - Fiam.

PHILCO-PHILI PS-TELEFUNKEN269-1794 - 269-7197. Méier

TOLDOS E COBERTURAS

LONAS E TOLDOS BRASIL234-0507 - 228-5789

TOLDOS SÃO CRISTÓVÃO289-4496. Joáo Ribeiro, 105

TSÃJLLÈrs"''m^mmmm""'

FÁBRICA PINO QUENTEComerciai-Turismo-Carretas248-0988. 24 Maio, 29 - Box 9

TURISMO - AGENCIAS

GUANATUR - AGÊNCIASEMBRATUR 08048500.9255-1271. Dias da Rocha. 16-A

V1DRACEIROS

BRAGANÇA • MOLDURAS - VIDROS247-1702. Gomes Carneiro, 131

vfDRÕsTHujTOMSvEl^^

AEROPLEXNa Hora e a Domicilio255-4625. Barata Ribeiro, 266

EDIÇÃO DE 09-03-80

Page 96: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

CONSULTOR MÉDICODE ACORDO COM A RESOLUÇÃO 4 I 7i70 DO CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA E AS NORMAS EMANADAS DOCONSELHO REGIONAL DE MEDICINA

ALERGOLOGIA (ALERÇIA)

DR. ISAAC AISENBERG CRM. 52.10321-6Herpes -Acne -Asma -Bronquite

289-9595. Man. Barbo»», 1/506

ANGIOLOGIA(APARELHO CIRCULATÓRIO)

CLÍN. BERTOLOTTI - ART. VEIAS248-0766 - 284-3848 • 231-1416

CIRURGIA PLASTICA•DR. ANT0NI0 SEGURA CRM 52.11037-0

256-0083. Copa, 1066/805 - 3.» e 5.»711-0218. G. Peixoto, 182-Nit.2.a, 4.* e 6.*

CLÍNICA DR. 0N0FRE MOREIRACirurgia c!Arte: Face - Nariz -Busto - Abdome - Coxas - OrelhasInclusão de Silicone - RetiradaCicatrizes: Acne - Operações -Acidentes e Queimados265-6565 - 285-3798. Pinheiro Machado, 155

DR. JOSÉ E. V. MURILL0 CRM 52.09975-4Estética. Reparadora. Crânio-Facial. Cirurgia da MãoCons. 265-6612. Res. 264-0904Soares Cabral, 36 - Laranjeiras

DR. LUIS M0NTELLAN0 CRM 52-15377-8235-2144 Siq. Campos 143/914

DR. WALDYR CAMILLO JORGECRM. 52.07769-8257-7429. Copacabana, 540/406

GERIATRIA (VELHICE)CLINICA DRA. MARIANA JAC0B

CRM. 52.30722-2Formada em Bucarest-RoméniaEx-Assist. da Prot. A. Aslan257-7191 • Copacabana, 664/407

DR. ISAC BRILMAN À DOMICÍLIOCRM. 52.25023-Ligue somente 3.ae5.adas14às16Hs267-7184 • Vise. Pirajá, 111/610

GÍNÊCÕLÕGIA - OBSTETRÍCIADRA. MARLENE MOURA SILVA

CRM. 52 19734-0 - 246-8797. BOtalOQODR. PETRAGLIA ¦ 15 HS: 3.a/4.a/5.a FR.

CRM. 52.02977-0284-8588. Cd. Bonfim, 297 S/803

IMUNOLOGIA(MEDICINA PREVENTIVA)

CLINICAS DE REPOUSO

• CASA GERIATR. S. SEBASTIÃOMansão C/jardins - PensionatoRecreação - Assist. Médica208-1082. S. Miguel, 80 - Tijuca

•GER0NTEL CLÍN. GERIÁTRICATratamento Para Idosos - ÁreasVerdes e Recreação249-6955. Silva Mourão, 102

cunÍcÃsTe t5x!c?DR. GERSON B. HALLAIS CRM. 52.13430-9

255-5701. Av. Copa, 1018/304

CUnÍSTÊspÊÕÃlÍSdÃS™""-ULTRAMED

CASA DE SAÚDE RENAUD LAMBERTAdultos e Crianças

PBX 392-1168. Av. Geremàrio Dantas, 877

dentÍstEMERGÊNCIA DR. CHEN HUANG CRO. 9354

264-0600. P. Nunes, 400 - V. IsabelMARCO AURÉLIO P. MACHADO CRO 6700

201-9299. Br. B. Retiro, 901/204DR. MURILLO A. FERREIRA JR. CRO 5556

247-4984. V. Pirajà, 550/2109

dermãtS\SSnrmmmmtDR. ALCY0NE R0NGEL CRM 52.01918-1

Cosmetologia - PeelingsVise. Piraji, 4 / G. 603 De 16 is 19 HS

DIABETOLOGIA (DIABETES)URGÊNCIAS PARA DIABÉTICOS

PR0F. FLÁVI0 R0TMAN CRM 52 10506-4237-4075. Siqueira Campos,43-Copacabana

DÕÊNÇÃSTierv5SÃSm'm''"mmm""DR. L. R0BALINH0 CAVALCANTE

CRM. 52.00644-5240-3577 - 240-3877 - México, 41/802

ENDOCRINOLOGIA (GLANDULAS)I. BENCHIMOL - NUTRIÇÃO - DIABETE

CRM. 52.14386-3235-3396. Av. Copa, 680/301

gJStrSÊntÊrSlSgBT--¦(APARELHO DIGESTIVO)

DR. RUBEN GANDELMANN CRM. 52.00338-IEstômago - Fígado - IntestinosUrgências: Tel. 267-5617220-7398. Rio Branco, 257/1409

PAN IMUNO-CL. DE VACINAÇA0

239-2194. A. Paiva, 644 - Leblon

labortHSSCS^^CLÍNICAS

A DOMICÍLIO - PRONTOBETE264-0600. P. Nunes, 400 - V. Isabel

DR. J. CARRERA ATEND. DOMICÍLIOCRM. 52.12844-4249-0088. Dia e Noite - Méier

M. M. LABT. - ATEND. DOMICÍLIO237-6298. B. Ribeiro, 391/705

DR. MURILLO DE SOUZA SANTOSCRM. 52.1394-2

269-7347. José Veríssimo, 18-A

MEDICINA NUCLEARCLÍNICA VILLELA PEDRAS

244-4655 - 242-2540. México, 98

OFTALMOLOGIA (OLHOS)CLÍN. OLHOS JOÃO B. TEIXEIRA E

ROMANO NEURAUTERCRM. 52.8023-0 - 52-743l-O235-5047 - 256-3496Av. Copacabana, 1120/901

ÕRTSped!Ã^RÃUMÃTÕSGK(OSSOS E ARTICULAÇÕES-FRATURAS)

DR. EDUARDO MARTINELLI - DIARIAM.14:30/20:30 - SÁB. 9/13 HS

CRM. 52. I8l I3-I246-5168. J. Botânico, 635/707Urgências: 246-4180 BIP-2621

RADIOLOGIA (RAIOS X)

ABREUGRAFIAS - RADIOGRAFIASEM GERAL E A DOMICÍLIODR. R0MUALD0 JOSÉ CARVALHO

CRM. 52.04762-2224-4635. Graça Aranha, 416/218

DR. JOÃO CARLOS CABRAL CRM 52.05975-0221-0586. Sete Setembro. 124/5.°

ULTRA-SONOGRAFIACLINICA DE ULTRA-SONOGRAFIA

PR0FS. JORGE RODRIGUES LIMAE CARLOS A. M0NTENEGR0

Saúde Fetal, Estudo da Gestaçãoe Diagnóstico Ginecológico286-5315 - 286-5758 • 246-6406Voluntários da Pátria, 445 G/805Diariamente de 7 às 19 H.

CLÍNICA ULTRA-S0N0GRÃFICADA TIJUCA

Diagnóstico Fetal na Gestação.Ginecologia • Medicina Interna248-2597 - Conde de Bontim, 232/910Diariamente

DONA - ULTRA-SONOGRAFIADiagnóstico Fetal na Gestaçãoe em Ginecologia

237-1050 - Copacabana, 599-3t.°

VACINAÇAO - CLINICASIMUN0 BABY CLÍN. DE VACINAS

246-8780. V. Pátria, 445/1303

NEUROLOGIA - eletroencefalografia

HORÁRIO ESPECIAL QUE PERMITE EXAMES EM CRIANÇASEM SONO ESPONTÂNEO, SEM USO DE MEDICAMENTOS.

cbclinica neurológica

carlos bacelar

eletromiografia, neurocirurgia, clinica neurológica,psiqqiatria, psicologia, oftalmologia, otorrinolaringologia,foniatria, audiometria e fonoaudiologia,

TIJUCA: (até 22hs) São Francisco Xavier, 150Tels.: (PBX) 284-5222 - 234-7084 - 248-9948

MADUREIRA: Carvalho de Souza, 237 - S/302 e 302-ATel.: 390-8347

BREVE - IPANEMA: Rua Montenegro, 178

BridgeUZZIE MURTINHO

Para quem não

sabe bridge (III)

Considerando o valor das vazas, se você marcar

2ST e fizer, ganha 70 pontos. 2 espadas valem 60

e 2 paus — 40.

Quando você faz 100 pontos ou mais, você faz

um game e ganha um prêmio extra. Em ST você

teria que marcar 3 (40 + 30 + 30) para atingir

o game.

Em copas e espadas teria que marcar 4 (fazer 10

vazas) e em paus e ouros só declarando 5. 3ST,

4V, 4A, 5# e 54 são games.

Mas preste atenção: não adianta marcar 3 espa-

das e fazer 10 vazas (supostamente você fez 4).

Para ganhar os pontos de game tem que marcar 4.

Além do game, existem 2 marcações que dão

prêmio extra: o pequeno slam e o grande slam. O

pequeno slam é marcar 6 em qualquer naipe, ou

seja, prometer fazer todas as vazas menos uma,

tendo como trunfo o naipe que você e seu

parceiro escolheram. O grande slam é quando

você marca 7, prometendo fazer todas as vazas.

O fito do leilão é então, ver se você e seus

parceiro têm força para chegar a game ou slam e

escolher o melhor naipe de trunfo.

Vamos imaginar um jogo. A pessoa que dá as

cartas (o dador) é o primeiro a falar. Digamos que

ele não tenha nada a declarar e passe. Fala então

o jogador à sua esquerda e assim por diante. O

leilão acaba quando 3 jogadores passam em

seguida. Por exemplo:

S |

0 |

N |

E

passo 1A passo 4 4k

passo passo passo

E 0 marcaram 4 espadas e têm que fazer 10 vazas.

Como Este marcou o naipe primeiro, ele é que vai

jogar. O adversário da esquerda, que no caso é

Sul, joga a primeira carta (a saída) e Oeste coloca

todas as suas cartas na mesa.

Este tem que jogar com as 13 cartas de sua mão,"comandando" também as do morta Lembrando

sempre que quem ganhar a vaza joga a próxima

carta e que o jogo gira no sentido do relógio.

Norte e Sul (sem se falarem) têm que imaginar

uma maneira de impedir Este (o carteador) de

fazer o que prometeu. Eles são chamados atacan-

tes. Espero que tenha dado para dar uma idéia e

quem estiver interessado pode procurar o Bridge

Clube do Rio de Janeiro (Tel.: 247-6172). Ele tem

cursos para principiantes e tem um começando

no dia 7 de abril.

INCLUSÕES TELS.:242-6952 - 222-5718 EOIÇÁO DE 09-03-80

El

Page 97: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

¦HMMIH

HJBBHWB

I I ^1M Pafa agradar a Hitler, ¦ ¦¦¦¦¦¦¦ julgamentode

^H

I ^HH Mussolini permitiu ¦ \aaaBMJLi nosso her6i

I |^^B

mrttodSSnhS! I OS PROCESSOS DE MOSCOU ,^S«Sdi ¦

9 I Tudocomecaem 1.° de dezembro 6poca, autbgrafos

I de 1934 com um acesso de c6lera e reproduces HB

||| 34 00 I

c'e Stalin, QLie poe em acao a pesada degravuras.

fl I para eliminar Q A Hf)ML concorrentes ao poder. 0^t,vA-/

jjP"@ ° CASO MMRD-KEELER @

IVAN, O TERRiVEL V

1

Co^K^Srs'

I J2£2f*HiEES«

Ls1SS?S I

H espionagem U2,foi utilizado pela 9 gfS|H Merimee personagem, retratando H

|S| propagand^ie Kruehtehev. ¦

^HflSSpM Merimee se exprime ^ a Russia com suas¦||i

JHHHHI I JSmmi Pe'a arte Pura e contradipoesH mmmmWH B

gH|||j9

s6bria que oferece e H|

g| rara.

cheil^ sindicato docrime,

HIST6R^^SECRETA

I Romancecheiode emocdes 1 cwifiMi^nA I ^or que v^r'ospaisesdomundo jffl

sobre Marguerite de Borgonha, ¦ ^. .cma ecrocTA ^^^KsHK^UH I (entreeles

"Osgrandes")

m& rainha de Franca. I GUERRA SECRETA ¦ praticam o terrorismo sem HH

B Descricao fantSstica do autor, ¦ Os mais estranhos I fronteiras? Com estes tres |H

M que nos relata o fato de que a ¦ epis6dios da guerra dos ¦ magnfficos volumes voc€ poder£;m rainha mandava matar seus I bastidores da espionagem ¦ julgar com objetividade as

8B amantes. 0 autor anonimo talvez I international I pretensoes, as causas H|

« amasse a rainha... mas I determinaram o desfecho I e asconseqliencias do. H||

|Acertam9nte amou mais a vida. da II Grande Guerra.

terrorismo moderno.

Eis o seu BRINDE GRÁTIS!

O ATENTADO CONTRA

DE GAULLE

O PROCESSO DE VERONA

®

84,00

O PROCESSO DE

TIRADENTES

Toda a vida e o

julgamento de

nosso herói

nacional, com

documentos da

época, autógrafos

e reproduções

de gravuras.

Para agradar a Hitler,

Mussolini permitiua condenação do

marido de suá filha. OS PROCESSOS DE MOSCOU

Tudo começa em 1.° de dezembro

de 1934 com um acesso de cólera

de Stalin, que põe em ação a pesadamáquina da polícia e da

"justiça"

para eliminar seus

concorrentes ao poder.

O CASO WARD-KEELER

O PROCESSO POWERS

IVAN, O TERRÍVELA/exis

Tolstoi

É a história de um grande Czar que

procura a unificação da Rússia.

Romance concentrado na alma da

personagem, retratando

a Rússia com suas

contradições

e violências.

Como o processo de Gary Powers

piloto de avião americano de

espionagem U 2, foi utilizado pela

propaganda de Kruchtchev.

84,00

3 volumes A VERDADEIRA '

HISTÓRIA DO

BANDITISMO

Al Capone, Dillinger, Baby

Face Nelson e todos os

outros chefões. Toda

a verdade sobre o

sindicato do crime,

os políticos corruptos,

os "padrinhos".

OS SEGREDOS

DA TORRE DE NESLE

Anônimo volumes

MAO-TSE-TUNG

O líder da revolução e

sua marcha para o poder,cheia de peripécias,de dramas e de aventuras

sangrentas.

OS GRANDES

ENIGMAS DA

GUERRA SECRETA

Os mais estranhos

episódios da guerra dos

bastidores da espionagem

internacional

determinaram o desfecho

da II Grande Guerra.

HISTÓRIA SECRETA

DAS ORGANIZAÇÕES

TERRORISTAS

Por que vários países do mundo

(entre eles "Os

grandes")

praticam o terrorismo sem

fronteiras? Com estes três

magníficos volumes você poderá

julgar com objetividade as

pretensões, as causas

e as conseqüências do -

terrorismo moderno.

Romance cheio de emoções

sobre Marguerite de Borgónha,

rainha de França.

Descrição fantástica do autor,

que nos relata o fato de que a

rainha mandava matar seus

amantes. O autor anônimo talvez

amasse a rainha... mas

certamente amou mais a vida.

Page 98: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

Luis Fernando Veríssimo

^ -S^r

fc ^^Bl

¦K^^^HV ¦ ;.;i Vv-~^^H

DI55E?Wte

isto em ÃSSAiTo

menosprezo do assaltado:"ISTO

é um assalto?"

Ou, elaborando:Você chama ISTO de assalto?

Na resposta, acentua-se o último

componente.Isto é um ASSALTO! Pôl

(Nota: certos assaltados, de tão

assaltados, estabelecem uma hierarquia

qualitativa, classificando os assaltos

numa escala de zero a 10 nos quesitos

rapidez, surpresa, criatividade, expressão

corporal e harmonia. Daí o emprego de

expressões de desdém quando um mau

assaltante finca o cano do revólver na

barriga de um assaltado experiente. Por

exemplo:Obrigado, eu já tenho umbigo.

Admite-se o uso de abreviatura paraefeitos de presteza e concisão.

Assaltante:É.

Está subentendido o que é. Nada

impede o assaltante de elaborar a frase,

no entanto. Exemplos:Há uma onda de assaltos na cidade.

Este é um deles.Pense nisto como uma esmola

compulsória, madame.

Isto é aquilo.Isto, sabe o que é?Isto é um esforço da iniciativa

privada para corrigir a má distribuição

de renda no país.A bolsa ou a vida! (Arcaico)

A frase pode ter sentido metafórico.

Do produtor para o atravessador:

— Isto é um assalto!

Experimenta-se com formas não verbais

de comunicação (ver "Metalinguagem

mas não aqui", de Prwikinski, p. 202,

fundos, procurar por Marli) tais como

camisetas com a frase "Isto é um

assalto" na frente, para facilitar a

compreensão. Chaveiros e canetas com"Isto é um assalto" impresso em relevo

para os assaltantes darem de brinde.

Contempla-se, também, a oficialização

do slogan; "Brasil — isto é um assalto".

Um dia se descobrirá que um

americano patenteou a frase. Vamos ter

que pagar roialti.Pagar para dizer a frase nacional?

Mas isto é um assalto!Gosto quando você diz isso, beibi.

São dois cents.

A frase, de tão repetida, vai adquirindo

outras conotações. Varia de acordo com

a situação, a entonação, a intenção e o

método. Na sua forma clássica ela é

declarativa, sucinta e informativa."Isto

é um assalto".

Pronto. Não há o que discutir. Você

está sendo assaltado. A frase só tem um

sentido. Não cabe a réplica, "Como,

assaltado?" ou então "Defina

assaltado"

ou ainda "Tem

certeza?" Isto — ou

aquilo, no caso — é um assalto. Todo

curto, como dizem os franceses. A

informação corresponde ao fato de quehá uma arma apontada para a sua

barriga. A consentaneidade

fato/verbalização (ver "A

reificação da

coisa", Darkheim, págs. 24 e 25, edição

esgotada, não insista) estabelece uma

interessante assincronia semiótica, pois o

fato independe da comunicação —

mesmo que ninguém dissesse você

saberia que estava sendo assaltado —

mas a comunicação depende do fato,

pois se existe a informação mas não

existe nenhuma arma à vista você podededuzir que a) é boato ou b) é um

assalto, mas em tese. De qualquer jeito,

passe o dinheiro.

Em caso de dúvida, temos a primeiravariação registrada da frase, quecomeça a perder a sua inteireza clássica

enquanto informação."Isto

É um assalto"

Esta variável segue, comumente, a

pergunta retórica "Isto é um assalto?"

Sim, isto É um assalto. Is this a

hold-up? Yes, Mr. Brown, this IS a

hold-up. Ou ainda (simplificando):O que é isto?É um assaltoAh.

A segunda variação pressupõe um certo

É pegar ou largar. Se eu não

comprar, apodrece.

Do atravessador para o atacadista:Isto é um assalto.Meu preço é este. É pegar ou largar.

Do atacadista para o varejista:

Isto é um assalto!É pegar ou largar. Tenho outros

fornecedores.

Do consumidor para o varejista:

Isto é um assalto!

Exatamente o que eu disse para o

atacadista.

Do brasileiro para o governo, na hora

de pagar imposto:Isto é um assalto!E eu vou construir usina atômica

com o quê?Do assaltante para o brasileiro, sem

metáfora:Isto é um assalto.Você também?!

^jf^^^Tccwo DI55E-?^k

Page 99: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

^ . 1. 11 .1 111 I

Toalhinha de mesa

de CrS 59, por

ÜMili

flAWH s&x

-aS^ervS G^xa°\\w^

i \..»1,1

(

pps»»—-

ca^,mpxA0$

desua^m

Toalha de praia Sputi

de Cr$ 21

v^vy/ V

r* ^/7 nrP. S<

jjj|Jjj|jjjjj^^

- flWigMf--wH---^aattii^^^^^^M[^BI^W^^MBi^^MH

Page 100: 0 Ministro Eliseu Rcsende(D) foi inspecionar as ohms da Rio ...

•*

h\ j

p^. v^lll Kfii

Kill ppj^ ~, ¦'a: 1 'IjIb ¦

^^^^^^|p#4-', > " <. »i>:'r,'>v7' >^ Mill , ii i J, ,i 11||B^^^W||i|'11 <:i:; ¦&•--'•$* v

MB— Biil^^^v WMg ¦ ¦¦ .. ^jje

^|jyjg|f|||$lfijg$$jy^ $

;¦ . #^* ?.» *> » » # jS," • ** •{

;fil591Sêi#S

'S^V^;

«aep &fIBp«.j:í:,- ,.> U^.*A

í^>5'PMíffi;

t%iW.

V^VrVKWMt4W^$^llEy^;jr.

tiMétàifòfflfy, m'j.MWwÈ

I ¦•'/- '•:-> '.'V •:-.'-: —

|

te/;-;V>.^w y','y .-',/• í,(.,¦¦< - i? í .? . ¦•;••¦.. y"- -. ..

# P$P

y. <-yfy;^\, l

'; ' V '&> ''<-/V-"S,'TS-5f

$ÍSJ$$:r&'\':\í^')~j f\'M.u:'y

:í , | //^ r,', -ív^ía

:V-ÍtÇfcO'--:

¦

ii