SEQUÊNCIA DIDÁTICA Plano de Ensino – Nível Médio Identificação: O desenvolvimento das nossas atividades foi realizado na Escola Estadual Berilo Wanderley, localizada na rua Governador Valadares, bairro Neópolis, Zona Sul de Natal- RN. Estamos atuando na turma do 3º ano B, composta por, aproximadamente, 50 alunos. Esses alunos estão sob a responsabilidade da professora-tutora Francisca das Chagas Nobre de Lima (Chaguinha). Justificativa: Para andar em consonância com as propostas que norteiam os PCN de Língua Portuguesa no Brasil, decidimos trabalhar com a linguagem como prática incentivadora para a formação de sujeitos críticos e atuantes no meio social em que estão inseridos. Na Escola Estadual Berilo Wanderley, o trabalho dos docentes com as turmas da 3ª série é voltado para a sequência textual argumentativa. Dessa forma, escolhemos trabalhar com o gênero discursivo resenha crítica. Nessa resenha, o aluno deverá fazer uma breve análise apreciativa de um objeto cultural (filme, peça de teatro, livro), portanto, o trabalho com tal gênero propicia o desenvolvimento de um ponto de vista por meio da argumentação. Além disso, a produção de uma resenha crítica é essencial para que haja a participação desses sujeitos em
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SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Plano de Ensino – Nível Médio
Identificação:
O desenvolvimento das nossas atividades foi realizado na Escola Estadual Berilo
Wanderley, localizada na rua Governador Valadares, bairro Neópolis, Zona Sul de
Natal- RN. Estamos atuando na turma do 3º ano B, composta por, aproximadamente, 50
alunos. Esses alunos estão sob a responsabilidade da professora-tutora Francisca das
Chagas Nobre de Lima (Chaguinha).
Justificativa:
Para andar em consonância com as propostas que norteiam os PCN de Língua
Portuguesa no Brasil, decidimos trabalhar com a linguagem como prática incentivadora
para a formação de sujeitos críticos e atuantes no meio social em que estão inseridos. Na
Escola Estadual Berilo Wanderley, o trabalho dos docentes com as turmas da 3ª série é
voltado para a sequência textual argumentativa. Dessa forma, escolhemos trabalhar com
o gênero discursivo resenha crítica. Nessa resenha, o aluno deverá fazer uma breve
análise apreciativa de um objeto cultural (filme, peça de teatro, livro), portanto, o
trabalho com tal gênero propicia o desenvolvimento de um ponto de vista por meio da
argumentação. Além disso, a produção de uma resenha crítica é essencial para que haja
a participação desses sujeitos em uma sociedade repleta de produtos culturais. É dever
da escola transmitir aos estudantes o que a humanidade produziu de mais significativo
culturalmente. É preciso valorizar e reconhecer a importância da esfera cultural na vida
cotidiana dos alunos. Saber se posicionar em relação ao que vemos é de suma
importância no contexto social no qual estamos inseridos.
Objetivos Gerais:
- Compreender a resenha crítica como gênero discursivo da esfera jornalística.
Objetivos Específicos:
- Compreender os componentes da sequência textual argumentativa a partir das resenhas
críticas;
- Desenvolver a capacidade argumentativa por meio das resenhas críticas;
- Ampliar a competência comunicativa em atividades de leitura e escrita de resenhas
críticas.
Conteúdos:
- Conceito do gênero discursivo resenha crítica;
- Elementos estruturais que compõem o gênero resenha crítica;
- Mecanismos de coesão e coerência;
- Mecanismos de argumentação;
- Discussão acerca do tema gravidez na adolescência;
- Reflexão a partir do material didático utilizado sobre sexualidade e juventude;
- Leitura e escrita de resenhas críticas.
Suporte teórico-metodológico:
Concepção sociodiscursiva de gênero segundo Bakhtin (2011);
Os Gêneros discursivos no ensino de leitura e produção de textos segundo
Lopes- Rossi (2002).
Desenvolvimento metodológico:
- Exposição teórica em sala de aula com auxílio de projeção (slides);
- Exposição do filme Juno (2007) na sala de vídeo da escola;
- Debate acerca do tema “gravidez na adolescência” por meio de textos de apoio;
- Leitura de resenhas críticas retiradas de sites e revistas;
- Pesquisas acerca do filme e do tema por meio de ferramentas de busca na internet;
- Utilização de recursos de mídias na Web (blog) para divulgação das resenhas.
Critérios de avaliação:
- Assiduidade nas aulas;
- Participação nos debates propostos em sala de aula;
- Produções textuais e reescritas que visam avaliar se os alunos atingiram os objetivos e
se melhoram a cada escrita.
Cronograma de atividades:
Dia 08/05:
1º encontro (02 aulas)
Apresentação e definição do gênero
discursivo.
- Nessa etapa serão feitos comentários
acerca da resenha crítica (gênero
discursivo argumentativo da esfera
jornalística) e de sua estrutura (a resenha
deve conter identificação da obra,
descrição, comentários avaliativos e
recomendação).
Dia 09/05:
2º encontro (04 aulas)
Exibição do filme Juno (2007)
- Os alunos irão à sala de vídeo da escola
assistir ao filme proposto para a escrita da
resenha.
Dia 15/05: Comentários acerca do filme e leitura de
3º encontro (02 aulas) resenhas críticas sobre o filme.
Dia 16/05:
4º encontro (02 aulas)
Primeira escrita da resenha crítica.
Dia 22/05:
5º encontro (02 aulas)
Comentários sobre a primeira escrita e
correção das inadequações.
- Nessa etapa será verificado se os alunos
atenderam à situação comunicativa e ao
gênero proposto
Dia 23/05:
6º encontro (02 aulas)
Segunda escrita da resenha a partir da
correção das inadequações.
Dia 29/05:
7º encontro (02 aulas)
Correção das resenhas considerando os
aspectos gramaticais (pontuação,
ortografia, coesão e coerência).
Dia 05/ 06:
8º encontro (02 aulas)
Última escrita das resenhas.
.
Referências:
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. Trad. Paulo Bezerra, 6. ed. São Paulo:
Martins Fontes: 2011. p. 261-306.
BALTAR, M. Competência discursiva e gêneros textuais. Caxias do Sul: ABDR,
2004.
BRASIL, MEC. 2000. Parâmetros Curriculares Nacionais de Ensino Médio.
Brasília: INEP, 2000.
JUNO. Direção: Jason Reitman. Produção: John Malkovich, Lianne Halfon, Mason
KOCHE Vanilda Salton; BOFF, Odete Maria Benetti; PAVANI, Cinara Ferreira.
Pratica textual: atividades de leitura e escrita. Petrópolis, RJ: 2006.
LOPES-ROSSI, Maria A. G. Gêneros discursivos no ensino de leitura e produção de
textos. In: Karwoski, Acir; Gaydeczka, Beatriz; Brito, Karin S. (Org.). Gêneros
textuais: reflexões e ensino. São Paulo: Parábola Editorial, 2011.
Planos de aula
1º encontro: Dia 08/05/13
ESCOLA: Escola Estadual Berilo WanderleyDISCIPLINA: Língua Portuguesa PROFESSOR(A) TUTOR(A): Francisca das Chagas Nobre de LimaSÉRIE/ANO: 3ª série B TURNO: Noturno Nº DE ALUNOS:45TÓPICO DE AULA: Apresentação e definição do gênero discursivo resenha críticaNº DE AULAS PREVISTO: 02 aulasPIBIDIANAS: Kívia Passos e Vanessa Maia
PLANO DE AULA
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO
Etapas da Aula e sequencia de atividades
Tempo Materiais didáticos
Instrumentos Critérios
Reconhecer os componentes estruturais do gênero discursivo resenha crítica
Observar os elementos gramaticais que compõem o gênero discursivo resenha crítica
Elementos característicos da esfera jornalística
- Definição de resumo- Definição de argumentação- Diferença entre linguagem formal e informal-Aspectos globais que identificam um texto como resenha crítica (síntese do objeto avaliado, julgamento valorativo da obra, recomendação do autor acerca do produto resenhado).
Aula expositiva 60 minutos
Material de apoio preparado pelas estagiárias
Participação em sala de aula
REFERÊNCIAS
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. Trad. Paulo Bezerra, 6. ed. São Paulo: Martins Fontes: 2011. p. 261-306.
BALTAR, M. Competência discursiva e gêneros textuais. Caxias do Sul: ABDR, 2004.
KOCHE Vanilda Salton; BOFF, Odete Maria Benetti; PAVANI, Cinara Ferreira. Pratica textual: atividades de leitura e escrita. Petrópolis, RJ: 2006.
2º encontro: Dia 09/05/13
ESCOLA: Escola Estadual Berilo WanderleyDISCIPLINA: Língua Portuguesa PROFESSOR(A) TUTOR(A): Francisca das Chagas Nobre de LimaSÉRIE/ANO: 3ª série B TURNO: Noturno Nº DE ALUNOS:45TÓPICO DE AULA: Exibição do filme Juno (2007)Nº DE AULAS PREVISTO: 02 aulasPIBIDIANAS: Kívia Passos e Vanessa Maia
PLANO DE AULA
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO
Etapas da Aula e sequencia de atividades
Tempo Materiais didáticos
Instrumentos Critérios
Apresentar o objeto cultural a ser resenhado pelos alunos (Filme Juno)
- Gravidez na adolescência Exibição do filme Juno 120 minutos
DVD do filme JunoData-showNotebook
Atenção durante a exibição do filme
REFERENCIAS
JUNO. Direção: Jason Reitman. Produção: John Malkovich, Lianne Halfon, Mason Novick e Russell Smith. Paris Filmes, 2007.
ESCOLA: Escola Estadual Berilo WanderleyDISCIPLINA: Língua Portuguesa PROFESSOR(A) TUTOR(A): Francisca das Chagas Nobre de LimaSÉRIE/ANO: 3ª série B TURNO: Noturno Nº DE ALUNOS:45TÓPICO DE AULA: Comentários acerca do filme e leitura de resenhas críticas sobre o filmeNº DE AULAS PREVISTO: 02 aulasPIBIDIANAS: Kívia Passos e Vanessa Maia
PLANO DE AULA
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO
Etapas da Aula e sequencia de atividades
Tempo Materiais didáticos
Instrumentos Critérios
Refletir sobre a iniciação da vida sexual
Discutir o conhecimento acerca dos diversos tipos de prevenção a gravidez na adolescência
Identificar a diferença cultural entre o contexto no qual Juno está inserida e a realidade brasileira.
Perceber as diferentes temáticas abordadas no filme
Gravidez na adolescência
Aborto
Adoção
Métodos de prevenção de DST’s e gravidez
Expressão oral
Aula expositiva dialogada 60 minutos
Questionário preparado pelas estagiárias acerca do filme Juno
Participação em sala de aula
Articulação oral de ideias visando avaliar se o aluno:
constrói uma sequência lógica de pensamentos
entendeu o roteiro do filme e as temáticas que ele aborda.
REFERENCIAS
4º encontro: Dia 16/05/13
ESCOLA: Escola Estadual Berilo WanderleyDISCIPLINA: Língua Portuguesa PROFESSOR(A) TUTOR(A): Francisca das Chagas Nobre de LimaSÉRIE/ANO: 3ª série B TURNO: Noturno Nº DE ALUNOS:45TÓPICO DE AULA: Primeira escrita da resenha críticaNº DE AULAS PREVISTO: 02 aulasPIBIDIANAS: Kívia Passos e Vanessa Maia
PLANO DE AULA
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO
Etapas da Aula e sequencia de atividades
Tempo Materiais didáticos
Instrumentos Critérios
Escrever uma resenha critica acerca do filme Juno atendendo a proposta de redação
Apresentar detalhes da ficha técnica do filme
Fazer uma síntese do filme
Opinar acerca do objeto cultural visto criando um juízo de valor sobre a obra
Recomendar ou não o filme
Resenha critica Aula prática 60 minutos
Papel A4
Material de apoio preparado pelas estagiárias
Produção textual observando se os alunos atingiram os objetivos esperados
REFERENCIAS
5º encontro: Dia 22/05/13
ESCOLA: Escola Estadual Berilo WanderleyDISCIPLINA: Língua Portuguesa PROFESSOR(A) TUTOR(A): Francisca das Chagas Nobre de LimaSÉRIE/ANO: 3ª série B TURNO: Noturno Nº DE ALUNOS:45TÓPICO DE AULA: Comentários sobre a primeira escrita e correção das inadequaçõesNº DE AULAS PREVISTO: 02 aulasPIBIDIANAS: Kívia Passos e Vanessa Maia
PLANO DE AULA
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO
Etapas da Aula e sequencia de atividades
Tempo Materiais didáticos
Instrumentos Critérios
Diferenciar resumo de resenha crítica
Revisar os elementos que compõe a resenha crítica
Síntese/Resumo
Aspectos globais que compreendem uma resenha crítica
Aula expositiva
Atendimento individual
60 minutos
Material de apoio preparado pelas estagiárias
Participação em sala de aula
REFERENCIAS
6º encontro: 23/05/13
ESCOLA: Escola Estadual Berilo WanderleyDISCIPLINA: Língua Portuguesa PROFESSOR(A) TUTOR(A): Francisca das Chagas Nobre de LimaSÉRIE/ANO: 3ª série B TURNO: Noturno Nº DE ALUNOS:45TÓPICO DE AULA: Segunda escrita da resenha a partir da correção das inadequaçõesNº DE AULAS PREVISTO: 02 aulasPIBIDIANAS: Kívia Passos e Vanessa Maia
PLANO DE AULA
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO
Etapas da Aula e sequencia de atividades
Tempo Materiais didáticos
Instrumentos Critérios
Reescrever a resenha critica acerca do filme Juno atendendo a proposta de redação
Apresentar detalhes da ficha técnica do filme
Fazer uma síntese do filme
Opinar acerca do objeto cultural visto criando um juízo de valor sobre a obra
Recomendar ou não o filme
Adequar o texto a situação comunicativa
Utilizar linguagem clara e
Resenha crítica
Resumo
Resenha crítica
Cosão textual
Coerência textual
Paragrafação
Aula prática 60 minutos
Papel A4 Produção textual visando perceber se os alunos atingiram os objetivos específicos dessa aula e da aula anterior.
objetiva
Aplicar os conhecimentos acerca de coerência e coesão textual para construir um texto que apresente uma sequência lógica de pensamento.REFERENCIAS
7º encontro: Dia 29/05/13
ESCOLA: Escola Estadual Berilo WanderleyDISCIPLINA: Língua Portuguesa PROFESSOR(A) TUTOR(A): Francisca das Chagas Nobre de LimaSÉRIE/ANO: 3ª série B TURNO: Noturno Nº DE ALUNOS:45TÓPICO DE AULA: Correção das resenhas considerando os aspectos gramaticaisNº DE AULAS PREVISTO: 02 aulasPIBIDIANAS: Kívia Passos e Vanessa Maia
PLANO DE AULA
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO
Etapas da Aula e sequencia de atividades
Tempo Materiais didáticos
Instrumentos Critérios
Identificar a ausência de pontuação ou a pontuação exagerada no texto
Compreender que o texto é uma unidade de sentido e necessita seguir uma sequência lógica de ideias.
Perceber como os elementos gramaticais influenciam na construção de sentido do texto.
Diferença entre resenha crítica e resumo
Coerência textual
Coesão textual
Paragrafação
Pontuação
Aula expositiva
Atendimento individual
60 minutos
Material de apoio preparado pelas estagiárias
Apresentação de slides no power point
Data show
Notebook
Participação em sala de aula
REFERENCIAS
8º encontro: Dia 05/06/13
ESCOLA: Escola Estadual Berilo WanderleyDISCIPLINA: Língua Portuguesa PROFESSOR(A) TUTOR(A): Francisca das Chagas Nobre de LimaSÉRIE/ANO: 3ª série B TURNO: Noturno Nº DE ALUNOS:45UNIDADE DIDÁTICA:TÓPICO DE AULA: Última escrita das resenhasNº DE AULAS PREVISTO: 02 aulasPIBIDIANAS: Kívia Passos e Vanessa Maia
PLANO DE AULA
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO
Etapas da Aula e sequencia de atividades
Tempo Materiais didáticos
Instrumentos Critérios
- Reescrever a resenha critica acerca do filme Juno atendendo a proposta de redação
- Apresentar detalhes da ficha técnica do filme
- Fazer uma síntese do filme
- Opinar acerca do objeto cultural visto criando um juízo de valor sobre a obra
- Recomendar ou não o filme
Adequar o texto a situação comunicativa
- Utilizar linguagem clara e objetiva
Resenha crítica
Diferença entre resenha crítica e resumo
Coerência textual
Coesão textual
Paragrafação
Pontuação
Aula prática 60 minutos
Papel A4 Produção textual visando perceber se os alunos atingiram os objetivos específicos dessa aula e das aulas anteriores.
- Aplicar os conhecimentos acerca de coerência e coesão textual para construir um texto que apresente uma sequência lógica de pensamento.
Identificar a ausência de pontuação ou a pontuação exagerada no texto
- Compreender que o texto é uma unidade de sentido e necessita seguir uma sequência lógica de ideias.
- Perceber como os elementos gramaticais influenciam na construção de sentido do texto.
REFERENCIAS
6.3 Apêndice C: Material de apoio utilizado na aulas
Escola Estadual Berilo WanderleyPIBID – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a DocênciaAluno(a):____________________________________________________________Disciplina: Língua Portuguesa Série: Data:____/____/____Professores: Chaguinha, Kívia, e Vanessa.
RESENHA CRÍTICA DE FILME
Consumir ou não os últimos lançamentos de livros, filmes, cds, e estréias de espetáculos musicais e teatrais, exposições artísticas, etc? Quem nunca esteve diante das dúvidas: que livro ler? A que filme assistir? Que cd escutar? A que peça de teatro assistir?
A sociedade contemporânea está imersa na oferta de uma inumerável quantidade de produtos culturais que estão aí para serem consumidos. Fazer escolhas baseadas nas leituras de opiniões de críticos respeitados da imprensa - as resenhas críticas - pode ser uma boa alternativa. Assim como saber emitir um ponto de vista sobre os objetos culturais contemporâneos e argumentar em seu favor podem auxiliar outros nas suas escolhas. Portanto, compreender e produzir uma resenha crítica são ferramentas importantes para participar do mundo cultural de hoje.
Resenha é uma síntese! É uma análise resumida de uma produção científica (ou não) que pode (ou não) ser acompanhada de uma apreciação. A resenha crítica – a que nos interessa neste momento - envolve exposição de julgamento.
Baltar (2004) define a resenha crítica como um gênero jornalístico e opinativo, escrito normalmente em primeira pessoa e assinado, no qual o autor emite sua opinião sobre uma manifestação artística qualquer: livro, CD, espetáculo de dança, teatro, exposição de um artista plástico, etc. Em geral, as resenhas críticas são publicadas em revistas, jornais e blogs.
Quando resumimos e avaliamos um produto cultural específico, devemos apresentar aspectos positivos e negativos por meio de um texto de opinião. Portanto, ao produzi-lo é importante equilibrar estes dois pontos apresentando os principais aspectos do produto cultural em questão. Para isso devemos conhecer bem o produto e apresentá-lo de forma clara e coerente avaliando a obra.
Resumindo grosseiramente: Na resenha crítica você deve elaborar um julgamento sobre determinada obra. No nosso caso, elaboraremos uma resenha critica sobre o filme “Juno”.
Alguns aspectos a serem observados:
Além da história do filme, devemos perceber outros elementos que o compõe. Muitos detalhes podem ser observados.
Por exemplo:
Qual é a temática do filme? Quem conta a história? Há um narrador? É detectável? A história é contada do ponto de vista de quem? De acordo com o perfil do personagem, os atores tiveram uma boa interpretação? Há elementos utilizados estrategicamente para construir uma verossimilhança?
Há músicas ou efeitos sonoros utilizados no trecho deste filme. Ele contribuiu para o enredo?
Em uma resenha crítica muitas informações importantes estão fora do filme. Para isso, é necessário pesquisar sobre o filme (elenco, direção, ano de lançamento) e sobre os diferentes assuntos referentes ao filme que vocês irão assistir. Organize a sua pesquisa com base nas questões abaixo:
O enredo agradou? O que mais chamou atenção no trecho assistido? Sobre a atuação dos atores, qual se destacou? Por quê? Este filme tem roteiro original ou adaptado? Quem produziu o roteiro? Quais outros
roteiros foram feitos por ele? Vocês conhecem algum?
E o diretor, vocês conhecem? Quais outros filmes ele dirigiu? Conseguem perceber o estilo de direção?
Qual é o contexto histórico em que se passa a história? Ou seja, em que época se passa?
Etapas de construção da resenha crítica de filme:
1º Apresentando o filme:
No primeiro momento, deve-se identificar o filme e indicar informações técnicas sobre o ano que foi lançando, quem é o diretor do filme, se recebeu premiações.
2º Descrevendo/analisando partes do filme:
No segundo momento, deve-se apresentar o conteúdo e a história do filme, identificando quais os personagens principais e secundários (indique o nome dos atores), com o objetivo de mostrar ao leitor da crítica o que irá encontrar no obra, qual a temática está sendo trabalhada e de que forma é trabalhada, por exemplo, se foi de forma leve ou pesada, se condiz com o seu público-alvo.
3º Opinando sobre o filme
Por fim, deve-se fazer uma apreciação valorativa do filme, podendo ser negativa ou positiva, informando sobre alguns aspectos relevantes e fazendo uma avaliação geral para os leitores da crítica. Ou seja, nessa etapa o autor do texto deve analisar os pontos principais do filme e fazer críticas do conteúdo exposto no filme.
Referências:
BALTAR, M. Competência discursiva e gêneros textuais. Caxias do Sul: ABDR, 2004.
Escola Estadual Berilo WanderleyPIBID – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a DocênciaAluno(a):____________________________________________________________Disciplina: Língua Portuguesa Série: _____ Data:____/____/____Professores: Chaguinha, Kívia e Vanessa.
Trabalhado com o filme Juno
1 Sobre o filme
Juno é um filme canadense-americano de 2007 dirigido por Jason Reitman e escrito
pela iniciante Diablo Cody, lhe rendendo o Oscar de melhor roteiro original.
O filme desenvolve-se em torno de um enredo bastante sarcástico, abordando de forma
peculiar a problemática gravidez na adolescência. Apreciado pela crítica no geral, o filme foi
um êxito de bilheterias, com lucros dez vezes superiores aos custos. As indicações para
premiações deste filme incluíram o BAFTA, Screen Actors Guild Awards, Golden Globe e
Oscar.
No elenco estão os atores: Ellen Page (Juno MacGuff), Michael Cera (Paulie Bleeker),
Escola Estadual Berilo WanderleyPIBID – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a DocênciaAluno(a):________________________________________________________________ Disciplina: Língua Portuguesa Série: 3º B Data:____/____/____ Professores: Chaguinha, Kívia e Vanessa.
ATENÇÃO! Se liga aí que é hora da revisão!
1. Resumo ≠ Resenha Crítica
O resumo é a apresentação concisa e frequentemente seletiva do texto, destacando-se os elementos de maior interesse e importância, isto é, as principais ideias do autor da obra. Resumir um texto significa reduzi-lo ao seu esqueleto essencial.
A resenha crítica é a apresentação do conteúdo de uma obra. Consiste no resumo, na crítica e na formatação de um conceito de valor acerca do “objeto” resenhado.
Isso é um RESUMO do filme Juno!
“Juno Macguff é uma adolescente, que ao transar pela primeira vez com o seu melhor amigo, engrávida. Como poucas, a jovem Juno é uma garota determinada e de atitudes independentes. Decidindo entregar “a coisa” (como ela se refere no filme), ao melhor, o filho para adoção. Parte então a procura de “pais perfeitos” para criar o seu filho e assim continuar sua vida entrar para a faculdade e tocar na banda da turma.”
Você está escrevendo o seu texto para pessoas que não conhecem o filme. Portanto, uma resenha crítica deve conter:
identificação (qual é o filme que está sendo indicado para o seu leitor); apresentação (ano de lançamento, dados técnicos do filme); descrição (breve resumo da história do filme); avaliação (a sua opinião sobre o filme); recomendação (você indicaria para ser assistido, ou não?);
2. Coerência textual
A coerência textual é o instrumento que o autor utiliza para dar um sentido completo ao texto. Um texto não é um monte de palavras ou frases juntas. Ele deve ter um significado, transmitir uma ideia, um conteúdo. Para ser coerente, o texto precisa construir sentido seguindo uma ordenação lógica de ideias.
Exemplo: João foi ao cinema. Ela brigou com o namorado, por isso não foi. Patrícia usa saias curtas. José gosta de futebol.
No exemplo acima, não existe uma unidade lógica, uma ordenação de ideias,
portanto, não pode ser considerado um texto. São apenas frases soltas, sem nenhuma conexão entre elas.
Os parágrafos também devem seguir uma ordenação lógica!
“Juno é uma adolescente que tem muito atitude em tudo que ia fazer, ela era bem descontraída. Para sobreviver a mas uma tarde de aborrecimento, Juno decide ter sexo com seu amigo de escola Blecker.
Juno é um filme canadense-americano de 2007 que teve por diretor Jason Reiman e escrito pela Diablo Cody.
Esse filme tem um bom tema, poré na vissão de muitos, pode até ser um pouco desgradavel que é a ‘gravidez na adolescência’.”
3. Coesão textual
A coesão textual é a conexão, ligação, harmonia entre os elementos de um texto. Percebemos tal definição quando lemos um texto e verificamos que as palavras, as frases e os parágrafos estão entrelaçados, um dando continuidade ao outro. As palavras responsáveis pela coesão do texto são preposições, conjunções, alguns advérbios e locuções adverbiais.
Texto com coesão:
“Juno é uma garota de bastante atitude, ela decide abortar e como ela mora em um país onde o aborto é legalizado, inicialmente ela pensa em matar a criança. Com um tempo, Juno resolve ter o filho e entregar para adoção. Mas ela procura um casal ricos para arcar com suas despesa durante a gestação. No início Juno é
bastante insencível com a gravidez, tratando a criança de “coisa” e aos poucos pega afinidade”.
Os elementos em destaque são responsáveis por manter a coesão do texto e fazem uma conexão entre as frases.
Cuidado ao argumentar!!!
A resenha contém um BREVE resumo do filme, PORÉM a principal finalidade da resenha é fazer uma análise e emitir uma OPINIÃO. Por isso, é muito importante ter uma boa argumentação, o seu texto não pode ser vago, superficial. Para isso, você deve pesquisar sobre o tema do filme, para poder escrever o seu ponto de vista sobre o assunto abordado. Lembre-se de imaginar sempre os questionamentos, dúvidas e pensamentos contrários dos leitores quanto à sua argumentação, para que a partir deles se possa construir melhores argumentos, fundamentados em mais estudo e pesquisa.
Exemplo 1:
“Esse filme tem um bom tema, poré na vissão de muitos, pode até ser um pouco desgradavel que é a ‘gravidez na adolescência’.”
Por que na visão de muitos esse tema pode ser desagradável?
Exemplo 2:
“A história de Juno é normal uma menina esperta e ao mesmo tempo engenua, aconteceu dela engravidar no dia enque ela perde sua vingidade que atrapalhou ela em partes ela age normal no início e depois ela toma uma decisão que comove que nos chama atenção pra dentro do filme é o que acontece hoje em dia com as meninas nos dias de hoje. ”
Você afirma que a história de Juno é normal e que ela age “normal”. Mas, lembre-se o que é normal para você pode não ser para o seu leitor. Portanto, o que é uma história normal? O que é agir normal?
4. Pontuação
O ponto final é utilizado para indicar uma pausa total, um termino de raciocínio.
Exemplos:
Pontuação exagerada
“Juno era uma garota muito inesperiente que tinha apenas 16 anos. e então engravidol. do seu colega da escola, Juno apesar de uma garota inesperiente. Pensou no melhor. Pro seu filho. Pensou então num processo de doação. O garoto que lhe engravidou. E um E um nerde. Os dois são totalmente igenos.”
Ausência de pontuação:
“A história de Juno é normal uma menina esperta e ao mesmo tempo engenua, aconteceu dela engravidar no dia enque ela perde sua vingidade que atrapalhou ela em partes ela age normal no início e depois ela toma uma decisão que comove que nos chama atenção pra dentro do filme é o que acontece hoje em dia com as meninas nos dias de hoje.”
Exemplos de resenhas críticas de filme:
SOMOS TÃO JOVENS
Por Marcelo Molinari.
Fui enganado pelo trailer de Somos tão jovens. Não gostei muito do trailer e fui ver o filme com algum preconceito. Acabei surpreso com o resultado. Embora o filme não seja perfeito, ele apresenta uma narrativa sólida que obriga o espectador a pensar.
Somos tão jovens mostra a história de Renato Russo. O caminho mais fácil para contar a história seria realizar um filme biográfico padrão, contando o começo, meio e fim da vida do compositor. Flashes de sua infância, os conflitos do sucesso, ascensão e queda, problemas com drogas. O espectador comum esperava isto, um apanhado geral da carreira de Renato Russo e a Legião Urbana. Li muitas críticas negativas acerca do filme por parte dos espectadores. Muitas pessoas saíram do cinema com a sensação de não ter compreendido nada. De fato, para quem não conhece um pouco sobre a cena roqueira inicial de Brasília, vai acabar muito confuso. Não sei qual era o objetivo da produção do filme, mas de fato o filme não é didático.
O diretor escolheu realizar um recorte e preferiu focar-se na juventude de Renato Russo. Um bom conceito, que permite compreender melhor uma face da vida do artista. Percebemos quem era Renato Russo através de cenas espalhadas de sua vida, cenas que deverão ser somadas pelo próprio espectador. O filme joga os dados e pede para que o espectador pense sobre Renato Russo e tire suas próprias conclusões. Não acho que exista mitificação do cantor neste filme, ele é apresentado de uma maneira livre e aberta. Gostei do ritmo leve da narrativa, que não joga na cara do espectador quem é Renato Russo. Seria muito fácil transformá-lo em um artista controverso e apaixonado, com conflitos com drogas ou homossexualidade. O diretor preferiu suavizar este lado e mostrar a vida de Renato Russo a partir da própria vida ao invés de somente focar em seus dramas. O cantor é mostrado como um ser humano, sem ser julgado.
Somos tão jovens apresenta um roteiro razoável. Um pouco exagerado em alguns momentos, mas que não prejudica o filme. Gostei muito da atuação de Thiago Mendonça. Conseguiu segurar muito bem um papel difícil e foi capaz de apresenta um Renato Russo plausível e comedido. Outros personagens como Dinho Ouro Preto, Fê Lemos e Herbert Vianna poderia
ter sido trabalhados um pouco melhor. Para quem for ver o filme, não seria uma má ideia ver o documentário Rock Brasília – Era de Ouro antes, acredito que muitas coisas mostradas em Somos tão jovens ficariam mais claras.
O filme dramatiza um bom momento do rock brasileiro. Mesmo para quem não gosta tanto de Legião Urbana, como é o meu caso, vai poder visualizar como o movimento punk e depois o pós-punk estavam muito vivos em Brasília do começo dos anos 80. Somos tão jovens é um bom convite para questionarmos o que é o rock brasileiro e a própria cultura brasileira. Vivemos em um universo cinematográfico dominado principalmente por filmes estrangeiros e por vezes ficamos presos a este mundo e suas questões. É bom ver um filme mais próximo de nós, Legião Urbana, Capital Inicial, Plebe Rude são bandas de peso que continuam a influenciar. Somos tão jovens pode não ser perfeito, mas apresenta uma narrativa bem feita e questionadora.
A unanimidade é burra, já dizia Nélson Rodrigues (1912-1980). Se a máxima do dramaturgo e jornalista estiver correta, o filme Madame Satã (2002), de Karim Aïnouz, soma muitos pontos a seu favor.
Durante a exibição, em maio de 2002, no Festival de Cannes, muitos críticos abandonaram a sessão no meio, constrangidos com cenas fortes de sexo homossexual, com o tom provocativo da narrativa e com a variação exótica de foco, luz e sombras.
Já no Festival de Biarritz, também na França, Aïnouz recebeu o prêmio de melhor diretor. No Festival de Chicago, em Outubro, o filme levou o prêmio máximo, o Hugo de Ouro. E, na Mostra BR de São Paulo, a coroação em casa: Lázaro Ramos, o protagonista, teve o trabalho de interpretação lembrado com uma menção honrosa.
Cearense, de mãe brasileira e pai argelino, em seu primeiro longa, Aïnouz responde pela polêmica, mas, na verdade, o próprio mote já nasceu na controvérsia. Malandro, homossexual, transformista, capoeirista, cozinheiro e pai adotivo, João Francisco dos Santos (1900-1976) personificava o lado mais obscuro da Lapa carioca dos anos 30 e 40. No carnaval de 1942, libertado depois de cumprir dez anos de prisão por homicídio, João Francisco incorporou uma personagem num baile e vence o concurso de fantasias - o traje, de nome Madame Satã, saiu de um filme homônimo de 1930, de autoria de Cecil B. DeMille (1881-1959).
A fama de João Francisco cresceria a partir daí, mas Aïnouz opta, arriscada e inteligentemente, por retratar os acontecimentos de 1932, os primeiros anos de sua vida adulta, artística - e criminosa. Na época, a visão de uma boemia pacata, carnavalesca, perde força diante do visível preconceito. Fica prejudicada a pretensão biográfica, mas se enriquece o aspecto da criação psicológica do mito.
Avesso ao estigma do negro pobre, a personagem faz nascer uma resistência combativa. O trabalho de Lázaro Ramos, outro estreante, transmite perfeitamente o espírito indomável do protagonista. Além disso, a técnica do premiadíssimo Walter Carvalho (Central do Brasil, Abril despedaçado, Lavora arcaica), diretor de fotografia, merece nota. Com planos fechados, valoriza o trabalho do elenco e contorna a dificuldade da reconstituição da época - mesmo com as gravações na própria Lapa, aquele tempo arquitetônico não existe mais. E ainda, com a luminosidade certa e momentos conscientes de desfocalização, faz crescer ainda mais a aura do mito, mesmo que a cena transcorra na mais fechada penumbra.
Alguns críticos podem discordar, mas Madame Satã fica ao lado de Cidade de Deus(de Fernando Meirelles e Kátia Lund, 2002) como um dos melhores filmes brasileiros do ano. E aguarde: Lázaro Ramos protagoniza também Carandiru, a esperada película de Hector Babenco.