-
VOOSRevistaPolidisciplinarEletrnicadaFaculdadeGuairacVolume01(Jul.2009)CadernodeLetrasEstudosLingusticosISSN18089305
www.revistavoos.com.br[5975]
ESTUDODOSEMCODASILBICA:UMAPERSPECTIVAFUNCIONALISTA
BiancaFlorencioCludiadeSouzaCunha
RESUMO:Oartigoumestudode investigao
lingusticasobreavariaodoSemcodasilbicanafaladeinformantesdomunicpiodeNitericidadelocalizadanaregiometropolitanadoEstadodoRiodeJaneiro.Paratal
investigao,foramutilizados omodelo funcionalistade TalmyGivn e a
Fonologia deUso, de
JoanBybee.PretendeseobservarocomportamentodoSemcodanasposiesinternaeexternaeoquepropiciariasuamudanasonora.Buscasetraarumcontnuocomosdadosexaminadoseanalisarqualopapelda
frequncianarealizaodasnopalataisdeSemcoda.PALAVRASCHAVE:Variao,Fonologiadeuso,Frequnciade
tipo,Frequnciadeocorrncia.INTRODUO
OpresentetrabalhoorientaseparaumesboodocomportamentodoSemcoda
silbicanomunicpiodeNiteri.O fenmenodo Sposvoclicopossui
seisvariveisqueforamaquiconsideradas:a)asvariantespalataissurdaesonora([S]e[Z],respectivamente);b)assibilantessurdaesonora([s]e[z],respectivamente);c)africativaglotal([h]);d)ocancelamento([O]).
Sabesequecadagrupohumanopossuisua
linguagemprpriaeexpressesqueoscaracterizamequeessamanifestao
lingsticavariaemfunodealgunsfatores.H alguns sculos, estudos foram
sendodesenvolvidos como intuitodeexaminar o sistema lingstico e um
desses estudos o Funcionalismo.
Mestranda em Lngua Portuguesa pela Universidade Federal do Rio
de Janeiro UFRJ, bolsistaCNPq, participante do projeto Atlas
Lingustico do Brasil Rio de Janeiro
[email protected],CoordenadoraregionaldoAtlasLingusticodoBrasilRiodeJaneiro.
-
BiancaFlorencioCludiadeSouzaCunhaESTUDODOSEMCODASILBICA:UMAPERSPECTIVAFUNCIONALISTA
VOOSRevistaPolidisciplinarEletrnicadaFaculdadeGuairacVolume01(Jul.2009)CadernodeLetrasEstudosLingusticosISSN18089305
www.revistavoos.com.br[5975]
Pgina|60
SegundoNeves(2004:1),caracterizaroFuncionalismonoumatarefafcil,pois
os rtulos que se conferem aos estudos ditos funcionalistas
maisrepresentativosgeralmenteseligamdiretamenteaosnomesdosestudiososqueosdesenvolveram,noacaractersticasdefinidorasdacorrentetericaemqueelessecolocam.
Assim, o que se pode entender com essa afirmao que h
vriasteoriassobortulodefuncional.
Deumaformageral,aTeoriaFuncionalistava lnguacomoum instrumentode
interao social, cujos elementos so analisados e descritos a partir
de suafuno no ato da comunicao. a partir do uso que se investiga a
linguagem,sendoestaumaentidadenosuficienteemsi(NEVES,2004:39).
Paraexplicaro casode variaoaqui trabalhado,
seroutilizadosomodelofuncionalistadeTalmyGivn(1979),quebuscaarelaoentrediscursoegramtica,propondoumcontinuun;eaFonologiadeUso,deJoanBybee,quepropequeafreqnciapossuiimportantepapelnamudanasonoraequetemrelaocomateoriadaDifusoLexical.
PretendeseobservarcomosecomportaoSposvoclicoemposiointernaeexterna;oquepodeviraocasionarumamudanasonora;sepossvelounotraarumcontnuoapartirdosdadosanalisados;equalopapeldafreqncianarealizaodasnopalataisdeSemcodasilbica.
1.PERSPECTIVATERICA1.1 FUNCIONALISMO
Comoditoanteriormente,caracterizaro funcionalismonoalgo
fcil,pois
vriaspropostassoabrigadassobomesmortulo.Contudo,entendeseque,deumaformageral,ateoriafuncionalistacompreendealnguacomouminstrumentode
interaosocialequenopodeservistacomoumobjetoautnomo,poissuaestruturasubmetidaspressesoriundasdesituaescomunicativas.
Neves distingue duas grandes correntes do pensamento lingstico
que secontrapem:o funcionalismoeo formalismo.Os funcionalistasvema
linguagemcomoumaentidadenosuficienteemsi(2004:39),josformalistasentendemalinguagem
como um objeto autnomo, investigando a estrutura
lingsticaindependentedouso(2004:39).
Paraummelhorentendimentodasduascorrentes,Neveselaborouumquadrocomparativoqueaquireproduzo:
-
BiancaFlorencioCludiadeSouzaCunhaESTUDODOSEMCODASILBICA:UMAPERSPECTIVAFUNCIONALISTA
VOOSRevistaPolidisciplinarEletrnicadaFaculdadeGuairacVolume01(Jul.2009)CadernodeLetrasEstudosLingusticosISSN18089305
www.revistavoos.com.br[5975]
Pgina|61
PARADIGMAFORMAL
PARADIGMAFUCNIONAL
Comodefiniralngua Conjuntodeoraes. Instrumento de
interaosocial
Principalfunodalngua
Expresso dospensamentos
Comunicao.
Correlatopsicolgico Competncia:capacidadedeproduzir,
interpretarejulgaroraes.
Competnciacomunicativa: Habilidadede interagir social
mentecomalngua.
Osistemaeseuuso Estudo da competnciatem prioridade sobre
odaatuao.
Oestudodo sistemadevefazersedentrodoquadrodouso.
Lnguaecontexto/situao
As oraes da lnguadevem descreverseindependentemente
docontexto/situao.
A descrio dasexpresses deve fornecerdadospara adescriodeseu
funcionamento numdadocontexto.
Aquisiodalinguagem
Fazse com o uso depropriedades inatas,combaseemuminputrestritoe
noestruturado dedados.
Fazse com a ajudadeuminput extenso eestruturado de
dadosapresentado no contextonatural.
Universaislingsticos Propriedades inatas doorganismohumano.
Explicados em funo derestries: comunicativas;biolgicas ou
psicolgicas;contextuais.
Relaoentreasintaxe,asemnticaeapragmtica
Asintaxeautnomaemrelao semntica; asduas so autnomas emrelao
pragmtica; aspropriedades vo dasintaxe pragmtica, viasemntica.
A pragmtica o quadrodentrodoqualasemnticae a sintaxe devem
serestudadas; as prioridadesvo da pragmtica
sintaxe,viasemntica.
Tabela1:ParadigmaFormalversusparadigmaFuncionalsegundoNeves(2004:4647)
Visto isso, percebese que, no funcionalismo, a partir da situao
sciocomunicativa que a lngua se desenvolve, expandindo tambm sua
estruturagramaticaldenominadagramticafuncional.SegundoVieira(2001:72)
-
BiancaFlorencioCludiadeSouzaCunhaESTUDODOSEMCODASILBICA:UMAPERSPECTIVAFUNCIONALISTA
VOOSRevistaPolidisciplinarEletrnicadaFaculdadeGuairacVolume01(Jul.2009)CadernodeLetrasEstudosLingusticosISSN18089305
www.revistavoos.com.br[5975]
Pgina|62
Concebendo a lngua como um veculo de interao sciocomunicativa, a
perspectiva funcional visa a descrever e explicartodo o sistema de
regras que regem as expresses lingsticasconfiguradas como
instrumentos nessa interao. Ao
comunicarse,oindivduoorganizaseudiscursoemfunodanaturezaedospropsitosdoeventodefala.,porconseguinte,asituaorealdecomunicao
que enseja as estruturas lingsticas, com
suasrespectivaspeculiaridades e variaesde formas.A sensibilidadeda
gramtica s situaes de uso devese ao fato de que
ascategoriaslingsticassonocionalmentemotivadas.Agramticavista,
portanto, como uma estrutura malevel e dinmica, quecorresponde s
necessidades comunicativas de interao
erepresentaoesmotivaeserestriescognitivas.
1.1.1. TALMYGIVN
Umdospioneirosdofuncionalismodifundidonadcadade70nosEstadosUnidos,TalmyGivnentendiaa
lngua comoum instrumentode interao
social,quenopossuaumfimemsimesmaequeexistiaemfunodacomunicao.Em1979
publica um texto intitulado From discourse to syntax: Grammar as
aprocessingstrategy,emquetraarelaesintrnsecasentrediscursoegramtica,considerandooprimeiro
comogeradordo segundo (ROSRIO,
2007:94).Assim,Givnformulouaseguinteescalademudanalingstica:
DISCURSO>SINTAXE>MORFOLOGIA>MORFOFONMICA>ZERO
Nobre(indito:1)pontuaque,paraGivn,tudonascenodiscursoemorrenamorfofonologia.Noincionohregularidadedeuso,mascomousoearepetioiniciaseumaregularizaoquevaiexercendoumapressotalquefazcomqueoque
no comeo era casustico se fixe e se converta em norma so
pressesmecnicasocasionadaspelarepetio.Esseprocessoseddeforma
inconscienteno usurio da lngua. Givn prope, com isso, que as formas
discursivas
sejamlocalizadasnumcontinuun,oqueimplicaumavariabilidadelingstica.
Em1986,Givnampliaateoriadosprottipos,propostaporRoschnadcadade70.Nessateoria,consideraseumprottipoo
itemquepossuirtodosostraoscaractersticos da sua categoria. Os
outros elementos que no compartilham
amesmaquantidadedetraospossuindosalgunssoconsideradoselementosmarginais,podendoatmigrarparaoutrascategorias.Umdosfatoresimportantesparaa
identificaodeumprottipoa freqnciadeusoque
tambmpossuigrandeimportncianaFonologiadeuso.
Givn foi considerado um funcionalista extremista em 1979 por
negar
aexistnciadaestruturaereduziragramticaaodiscurso,contudo,emsuasobras
-
BiancaFlorencioCludiadeSouzaCunhaESTUDODOSEMCODASILBICA:UMAPERSPECTIVAFUNCIONALISTA
VOOSRevistaPolidisciplinarEletrnicadaFaculdadeGuairacVolume01(Jul.2009)CadernodeLetrasEstudosLingusticosISSN18089305
www.revistavoos.com.br[5975]
Pgina|63
mais adiante, ele acentua a natureza abstrata e formal da
estrutura sinttica,
seenquadrandonalinhaconsideradamoderadadofuncionalismo.
1.1.2. FONOLOGIADEUSO
A Fonologia de Uso foi proposta por Joan Bybee teoria que
analisa
conjuntamenteonvelfonticoeofonolgicoassumindoqueasrepresentaesfonolgicas
expressam generalizaes que falantes depreendem a partir
daexperinciacomousodalngua(CRISTFAROSILVA,2003:224).
Em 1998,Bybeepe emdiscussoo lxico.Questiona se
eleexistaporqueemergedaexperincia
lingsticadearmazenamento(quedenaturezadiferenteda concepo
tradicional de lxico) e diz no ser real a separao do lxico
dagramtica.Expequeamemriaconsisteemumlargoarmazenamentodeunidadede
vrios tamanhos, com vrios graus de resistncia e produtividade e que
asunidadesestoemconexoumascomasoutras,emummodeloderede.
Themodeldescribedhere,which IwillcalltheNetworkModel, ishighly
redundant since the same string of features, that is, thesame
morpheme or word, can occur in many differentcombinations. This
redundancy does not entail that any validgeneralizations are being
missed: it is, of course, an empiricalquestionwhat
typeofgeneralizationsnative
speakersmake,butallofthesecanbecapturedinschemaswhichcanbeformulatedinvaryingdegreesofabstraction.(BYBEE,1998:422)
Bybee(2000:251)apresentasuapropostadequeousofreqentedepadresvema
serconvencionalizado,ou
fossilizado,comoumpadrogramaticalequearepetiopode vir
aoperarumprocessodegramaticalizaoou criaodeumanova gramtica. Essa
repetio em alta freqncia pode ocasionar mudanas
desomemprogressoemitenslexicais:withmorefrequentlyusedwordsundergoingchangeatafasterratethanlessfrequentlyusedwords.
Bybee (2001) divulga a Fonologia de Uso, que sugere que a forma
como
alnguausadaafetaomodocomorepresentadaeestruturada.Estateoriapropeque
o conhecimento lingstico organizado em representaes
mltiplasalinhavadasem redes interconectadas.Tais redesgerenciam
relaesemdiversosnveis: segmental, silbico, morfolgico, sinttico,
pragmtico, social,
etc.(CRISTFAROSILVA,2006:172).Bybeeexpeosseguintesprincpiosbsicosdoseumodelo:
a) a experincia afeta a representao: o uso e os padres
deproduoepercepoafetamarepresentaonamemria;b)a
representaomentaldosobjetos lingsticos
temamesmarepresentaomentaldeoutrosobjetosnolingsticos;
-
BiancaFlorencioCludiadeSouzaCunhaESTUDODOSEMCODASILBICA:UMAPERSPECTIVAFUNCIONALISTA
VOOSRevistaPolidisciplinarEletrnicadaFaculdadeGuairacVolume01(Jul.2009)CadernodeLetrasEstudosLingusticosISSN18089305
www.revistavoos.com.br[5975]
Pgina|64
c)acategorizaobaseadanaidentidadeenasimilaridade;d) as
generalizaes sobre formas no so separadas
darepresentaodessasformas,masemergemdiretamentedelas.Asgeneralizaes
so conseqncia das relaes de
similaridadefonticaesemnticaestabelecidasentreasformasarmazenadas;e)
a organizao lexical permite generalizaes e
segmentaesemvriosgrausdeabstraoegeneralidade;f)oconhecimentogramaticalumconhecimentoprocedimental.(GUIMARES,2004:4041)
Omodelobaseadonousodgrandeimportnciafreqnciacomodifusora
damudanasonora.Bybee(2000:252)jressaltavaessaimportncia:
Myinterpretationofthefrequencyeffectinthediffusionofsoundchange
(followingMoonwomon 1992)
isthatsoundchangetakesplaceinsmallincrementsinrealtimeaswordsareused.Themoreaword
idused themore it isexposed to the reductiveeffectofarticulatory
automation. The effects that production pressureshave on the word
are registered in the stored
representation,probablyasaneveradjustmentsrangeofvariation.Thuswordsofhigher
frequency undergo more adjustments and register
theeffectsofsoundchangemorerapidlythanlowfrequencywords.
Bybeedefinedois tiposde freqncia: freqnciade tokene
freqnciade
type,(oufreqnciadeocorrnciaedetipo,respectivamente).
1)Freqnciadeocorrncia (token)=A
freqnciadeocorrnciarefereseaquantasvezesumaunidade,geralmenteumapalavra,ocorreemumcorpusoralouescrito.A
freqnciadeocorrnciapossui dois efeitos distintos: um deles que a
mudanafoneticamente motivada (na maioria das vezes, assimilao
ereduo)progridemaisrapidamentenaspalavrasmaisfreqentes.Esseefeitorelacionadoaofatodequea
lnguamudanotemporeal,e,portanto,quantomaisumapalavrausada,maischancesela
tem de ser modificada. O outro efeito da freqncia deocorrncia que
os itens lexicais mais freqentes so
maisresistentesamudanasqueocorremporgeneralizao.Essetipodemudanaocorreria
quando falha amemria.Ento,quantomaisumapalavrausada,mais forte
(emais recente)ela ficanamemria. Por isso, mudanas que ocorrem por
nivelamentoanalgicotendemaatingirpalavrasmenosfreqentesprimeiro.2)
Freqncia de tipo (type) = A freqncia de tipo referese
freqnciadedicionriodeumpadroparticular.Osufixoeiro,por exemplo, tal
como ocorre nas palavras padeiro,sanfoneiro,perueiro, seria um
tipo. O sufixo s marcador de plural no
-
BiancaFlorencioCludiadeSouzaCunhaESTUDODOSEMCODASILBICA:UMAPERSPECTIVAFUNCIONALISTA
VOOSRevistaPolidisciplinarEletrnicadaFaculdadeGuairacVolume01(Jul.2009)CadernodeLetrasEstudosLingusticosISSN18089305
www.revistavoos.com.br[5975]
Pgina|65
portugus, comoem casas, seriaumoutro tipo.A seqncia
StS,comoocorrenaspalavrasginsticaeestica,tambmseriaexemplodeumtipo.Umaunidadesonora,comoumtSouumdZ,tambmpode
ser considerada um tipo. A freqncia de tipo tem efeitodireto na
produtividade de determinados padres. O
termoprodutividadedizrespeitoprobabilidadededeterminadopadrose
aplicar a novos itens. Quanto mais freqente for um padro,mais
chances ele ter de se aplicar a novos itens no
lxico.(GUIMARES,2004:41)
importante salientar que a mudana sonora apresenta uma
gradualidade
fonticanasrepresentaeslexicais,oquefazlembraraTeoriadaDifusoLexical,quesepropagaatravsdamudanasonoranolxico.2.
METODOLOGIA
Apresentepesquisatemporobjetivorealizarumabreveanlise,nomunicpio
deNiteri
localizadonaregiometropolitanadoEstadodoRiodeJaneiro,docomportamentodoSemcodasilbicatantoemposiointerna,quantoexterna,eavaliarquaisfatorespodemdeterminarsuarealizao.
Para esse estudo, foram escolhidos quatro informantes: dois do
sexomasculinoedoisdosexofeminino(sendoumhomemeumamulherentre18e35anoseumhomemeumamulherde56anosemdiante).
Para a recolha do corpus foi aplicado um questionrio de cunho
fonticofonolgicoomesmoutilizadonasentrevistasparaoProjetoAtlasLingsticodoBrasil(ALiB)constitudopor159questesqueabrangemoutrosfenmenosalmdo
s em coda; e feitas entrevistas do tipo DID (dilogos entre
inquiridor einformante)comduraodeumahora.
Asentrevistas foramgravadasem formatodigitaleem
fitacassete,queemseguida foram digitalizadas. Com as entrevistas
dos quatro informantes,distribudos por sexo e duas faixas etrias,
obtevese em cerca de seis horas degravao1.337dados.
3. ANLISEEINTERPRETAODOSDADOS
Nesteexperimentoobservaramse,inicialmente,asseisvariveisdependentespropostas
e se obteve o total de 1337 dados do fenmeno com a
seguintedistribuio:
-
BiancaFlorencioCludiadeSouzaCunhaESTUDODOSEMCODASILBICA:UMAPERSPECTIVAFUNCIONALISTA
VOOSRevistaPolidisciplinarEletrnicadaFaculdadeGuairacVolume01(Jul.2009)CadernodeLetrasEstudosLingusticosISSN18089305
www.revistavoos.com.br[5975]
Pgina|66
Grfico1:DistribuiodasvariantesdoSemcoda
Comosepodeobservar,h,na regioestudada,umpredomniodavariante
palatal,sendo,portanto,anormapadroda
localidade.Osdadosobtidosparaasalveolarescorrespondemsomentevariante[z],noocorrendosuacorrelatasurda[s].Constatouse,contudo,queos185dadosdavariante[z]sedevemapresenadocontextoSseguidodevogal,conformedemonstramosdados:
a) Pegoseisanosdecadeiab) Diazepanfazefeitoc) maselenoquisud)
afomosprojuizetudoe) issoaquinsmoramosassimf)
tinhamaisoumenosoitometros
Issoocorredevidoao fenmenoda
ressilabao:diantedevogalavariante
passaa[z]eformaumanovaslabacomessavogalseguinte,mudandoaposiodestavariante,quedecodapassaaposiodeataqueesimplificaaslaba,comorelataMota(2002:31):
Antesdavogalinicialdovocbuloseguinte,aconsoante,emgeral,deixade
figuraremcodasilbica,passandoposioprvoclica,comamodificaodaestruturasilbicaparaCV,comoemduasaves,osculos.
Por s se apresentar nesse contexto, as alveolares foram
descartadas da
anlise. Sendo assim, seguiuse a anlise com trs
variantes:palatais, aspiradas ezero fontico (ou apagamento),
ficando, ento com um total de 1152 dados,
-
BiancaFlorencioCludiadeSouzaCunhaESTUDODOSEMCODASILBICA:UMAPERSPECTIVAFUNCIONALISTA
VOOSRevistaPolidisciplinarEletrnicadaFaculdadeGuairacVolume01(Jul.2009)CadernodeLetrasEstudosLingusticosISSN18089305
www.revistavoos.com.br[5975]
Pgina|67
distribudosda seguinte forma:palatais ([S]e [Z])
com832dados;aspiradas
com118;eapagamentocom202dados.Separandoosdadosemposiodavarivelnovocbulo,puderamseobterosseguintesnmeros:
Posioexterna
Palatal([S]e[Z])
[h] [O]
Ocorrncia 285/536 73/536 178/536Porcentagem 53 14 33
Tabela2:Posioexternadavariantenovocbulo.
Observase, nesta tabela, que a palatal realizase em 53% dos
casos, sendoseguida pela variante zero com 33% e pela variante
aspirada com, somente, 14%.Focalizando o elemento subseqente s
variantes (consoante, pausa ou vogal),podemos contatar que: a
palatalizao ocorre com os trs
elementossubseqentes,sendoqueamaiorrealizaoseddiantedeconsoantediantedevogal
sua realizao mnima; a aspirao no ocorre diante de pausa e
praticamente categrica a sua realizao diante de consoante; e o
apagamento,assim como a palatalizao, ocorre nos trs contextos,
sendo que diante
deconsoantesuarealizaomaior.Paraummelhorentendimento,segueumatabelacomparandoastrsvariantesemcadacontexto.
Palatal Aspirada Apagamento Totalde
ocorrnciasPausa 136 0 28 164Consoante 147 71 124 342Vogal 2 2 26
30
Tabela3:Realizaodasvariantesexternasnoscontextossubseqentes.
Posiointerna
Palatal [h] [O]Ocorrncia 547/616 45/616 24/616Porcentagem 89 7
4
Tabela4:Posiointernadavariantenovocbulo.
Oque seobservanessa tabelaque amanutenodapalatal
emmeiodepalavramuitoforte,tendosomente11%derealizaonopalatalnessecontexto.Issodemonstraqueno
interiordapalavraamudanademoramaisaocorrer,masnodeixadeocorrer.SegundoBybee(2000:251):
-
BiancaFlorencioCludiadeSouzaCunhaESTUDODOSEMCODASILBICA:UMAPERSPECTIVAFUNCIONALISTA
VOOSRevistaPolidisciplinarEletrnicadaFaculdadeGuairacVolume01(Jul.2009)CadernodeLetrasEstudosLingusticosISSN18089305
www.revistavoos.com.br[5975]
Pgina|68
()when the alternating environment is inside of aword,the change
can be retarded even in the appropriateenvironment, but eventually
an alternation can be created,showing, again, restructuring of the
lexical representationsarerestructuredoftheword.
Vale ressaltar que, desses 69 dados (11%), 64 so ocorrncia dos
vocbulos
mesmo e desde sendo que esses dois vocbulos possuem somente 21
dadospalatais , o que nos faz analisarmos estes vocbulos quanto
questo dafreqnciadeocorrnciaadiante.
Chamamnos a ateno dois aspectos vistos nos dados tanto em
posioexternaquantoemposiointerna:aquestodafaixaetriaedotipoderesposta(questionrioversusfalaespontnea).
Emposiointernaeexterna,osjovenssoosquemaisutilizamasvariantesaspiradaeapagamento,comosepodeverificarnosgrficosabaixo:
Grfico2:variantesinternasporfaixaetria
Grfico3:variantesexternasporfaixaetria
-
BiancaFlorencioCludiadeSouzaCunhaESTUDODOSEMCODASILBICA:UMAPERSPECTIVAFUNCIONALISTA
VOOSRevistaPolidisciplinarEletrnicadaFaculdadeGuairacVolume01(Jul.2009)CadernodeLetrasEstudosLingusticosISSN18089305
www.revistavoos.com.br[5975]
Pgina|69
Comisso,oquesepercebequeocorreumavariaodemudanadesomemprogresso:os
jovens tendemausarmaisasvariantes
inovadoresdoqueosmaisvelhos.Emposiointerna,apesardapoucarealizaodenopalatal,quemlideraessamudanasoos
indivduosda faixa 1,assimcomonaposioexterna.Nestaltima posio,
interessante destacar que a realizao do apagamento pelosjovens
praticamente se encontra com o mesmo ndice de ocorrncia que a
dapalatal,sendo43%deapagamentoe44%depalatal.
Podeseaplicar,ento,aqui,aidiadecontinuundeGivn.Comoemlimitedepalavramuitomaissuscetvelasvrias
realizaesdeS,entendesequecomarepetio iniciouse a regularizao da
nopalatal que chega a ultrapassar arealizao palatal (norma padro na
regio estudada) no caso dos jovens. J nointerior da palavra a
situao difere: a palatal se faz presente emmaior
nmerotantonafaixa1quantonafaixa2,masjhcasosdeapagamentoeaspiraonestaposio.
Emtipoderesposta,oestilomonovocabularapresentouporcentagemmuitofavorvelpalatalizaotantoemcontexto
interno,quantoemcontextoexternodepalavra;
jnoestilocadeiafnica,humadiferenaqueacompanhaclarooque foi visto
como um todo em posio da varivel no vocbulo: no contextointerno o
que se v uma grande realizao de palatais (por motivo j
tidoanteriormente);nocontextoexternohumequilbrioentrepalatalenopalatal,comopodemosvernasseguintestabelas:
Questionrio
Palatal [h] [O]C.interno 99% 1% 0C.externo 83% 4%
13%Tabela5:Porcentagemderespostasmonovocabularesobtidasnasgravaes.
Falaespontnea
Palatal [h] [O]C.interno 87% 8% 5%C.externo 50% 15%
35%Tabela6:Porcentagemderespostasemcadeiafnicaobtidasnasgravaes.
Essealtondicederealizaodepalatalcomousodoquestionrionoslevaa
crerqueosfenmenosdeaspiraoeapagamentosoinibidosquandoaotipoderespostapor
se sentiremmaismonitorados tantopor
elesprprios,quantopeloentrevistador,quefazaperguntajcomintenodeobtertalresposta.
Ao contrrio da faixa etria, o gnero no apresentou relevncia
quanto variaodadoSemcodasilbica.
-
BiancaFlorencioCludiadeSouzaCunhaESTUDODOSEMCODASILBICA:UMAPERSPECTIVAFUNCIONALISTA
VOOSRevistaPolidisciplinarEletrnicadaFaculdadeGuairacVolume01(Jul.2009)CadernodeLetrasEstudosLingusticosISSN18089305
www.revistavoos.com.br[5975]
Pgina|70
3.1 ARELAODASFREQNCIASCOMOCORPUS
Bybeepropsummodelode
lxicomentalemqueaspalavrasseencontramorganizadas de forma ordenada,
possuindo agrupamentos de acordo com aidentidade ou com a
similaridade fonolgica e semntica e que os falantesdepreendem as
generalizaes das representaes fonolgicas a partir das suasprprias
experincias com o uso lingstico. Quanto maior for a freqncia
dedeterminadapalavra (oudeterminadopadro),maior so suas chancesde
sofrerumamodificao(oudeseaplicaranovositens).
Aautoraestabelece,ento,dois tiposde freqncia:adeocorrnciaqueest
ligadaafreqnciaum
itememespecficodentrodafala,eadetipoquecorresponde
freqnciadeumdeterminadopadrono
lxico,comomorfemas,afixosetc..Avaliemos,ento,essesdoistiposdefreqncianocorpusestudados.
3.1.1. FREQNCIADEOCORRNCIA
Inicialmente,veremosafreqnciadeocorrnciadasrealizaesnopalatais
dosdados
(semdistinguiraposiodavariantenovocbulo).Assim,obteveseoseguintequadro:
Dados
(emordemdefreqncia)
Nmerodeocorrnciadenopalatal
%darealizaonopalatal
1.mas/mais 76/119 64%2.mesmo 59/76 78%3.festa 0/30 0%4.depois
20/30 66%5.dois 9/23 39%6.trs 8/23 35%7.faz 7/18 39%8.Deus 6/14
43%9.escola 0/14 0%10.dez 2/13 15%11.vez 5/12 42%12.nibus 2/10
20%13.antes 10/10 100%
Tabela7:Freqnciadeocorrnciadasrealizaesnopalatais
Observase que nem todos os itens mais freqentes tendem a
nopalatalizao, chegando alguns a no terem realizao de nopalatal.
Contudo,esses itens soosquepossuem realizao internaaovocbulooque
ratificaa
-
BiancaFlorencioCludiadeSouzaCunhaESTUDODOSEMCODASILBICA:UMAPERSPECTIVAFUNCIONALISTA
VOOSRevistaPolidisciplinarEletrnicadaFaculdadeGuairacVolume01(Jul.2009)CadernodeLetrasEstudosLingusticosISSN18089305
www.revistavoos.com.br[5975]
Pgina|71
questodequeno
interiordapalavraamudanademoramaisaocorrer.Vejamos,ento,estatabelacomostrs
itensmaisfreqentesecomumanicaexceodeumitemmenosfreqentequemuitochamaaateno:
Dados
(emordemdefreqncia)
Nmerodeocorrnciadenopalatal
%darealizaonopalatal
1.mas/mais 76/119 64%2.mesmo 59/76 78%3.depois 20/30 66%4.antes
10/10 100%
Tabela8:Freqnciadeocorrnciadasrealizaesnopalatais
Osvocbulosmas/maispossuem64%derealizaonopalatal.Paraverificarseessamudanasednolxicoouinfluenciadaporalgumcontextosonoro,foiseaosdadosparaaveriguarqualo
segmento seguintenesse caso.Verificouseque,apesar de haver um
grande nmero de nasais aps os vocbulos mas/mais,
arealizaodanopalatalizaosedcomqualquerelementosubseqente:
a) mahlemcimab) mahnumtac) mahdonadad) mahagentevaitentandoe)
sempernamahdprairf) ficavadecarafeiamaOficavag) vairolmaOvaiabafah)
maOrodiassimi) eufaocertomaOpramim
j) perigosomaOcadaumsabeseguir
k) commuitomedomaihnol) ahnomaihdeznom) nuncamaihficouomesmon)
eleerabemmaiOmagroo) maiObaseadop) amaiOrpidoq) maiOprazoar
Entendese,portanto,queasrealizaessoconseqnciadegeneralizaes
das relaes de similaridade fontica e semntica estabelecidas
entre as formasarmazenadas.
Com os vocbulos seguintes ocorre a mesma coisa que se viu para
osvocbulosmas/mais comexceodovocbulomesmoqueavariao
sednointeriordapalavra,ocasionandotersomenteumtipodesegmentosubseqente.
Ovocbulodepois,temseosseguintessegmentossubseqentes:
a) depoihqueeuandeitomandouns
b) adepoiOdeSoGonalo
c) adepohmeumaridoligod) oquevemdepoiOdodois...trse)
achoqueeradepohdasuacasa
-
BiancaFlorencioCludiadeSouzaCunhaESTUDODOSEMCODASILBICA:UMAPERSPECTIVAFUNCIONALISTA
VOOSRevistaPolidisciplinarEletrnicadaFaculdadeGuairacVolume01(Jul.2009)CadernodeLetrasEstudosLingusticosISSN18089305
www.revistavoos.com.br[5975]
Pgina|72
f)
comdoisanosdepoiOeuplanejeiOvocbuloantespossui100%derealizaonopalatal,sendomaisespecfico
deapagamento.Realizasecomzerofonticodiantedenasais,oclusivas,africadas,vogaisepausa.
O vocbulo mesmo, como j dito, s ocorre diante da nasal por ser
umarealizao interna da variante. Este nico dado de variao em posio
internarefora a teoria de Bybee de que os falantes categorizam
(mais de uma vez)diferentes itens no lxico, que so armazenadas na
memria do falante
econstantementeatualizadasdevidoexperinciadessefalante.Afreqnciaumfator
muito importante nesse armazenamento, pois palavras mais freqentes
sefortalecemmaisesomaisfacilmenteacessadasdoquepalavrasmenosfreqentesque
ficam margemdos armazenamentos.Por seremmais robustas ede
fcilacesso,aspalavrasmaisfreqentessetornamoprottipoparaofalante,enquantoasmenosfreqentesficammargemdasrealizaes.Observaseaquiumadifusolexicaldovocbulomesmo
fortalecidapela freqnciadeuso,quepostulaqueoarmazenamento mental
feito mediante a palavra e no mediante os
sonsindividuaisassimcomoaDifusoLexical.
3.1.2. FREQNCIADETIPO
A freqnciade tipo foiobservadana realizaoda
variantenopalatalno
corpusemumcaso:formaverbalterminadaemmos.Em48casos,somente9serealizaramcomopalatais,asoutras39foramproduzidastodascomoapagamentoem
19 palavras lexicais diferentes, o que nos leva ao modelo de
Network. Paraexemplificaressa representaometalem
rede,utilizaremosalgumasdas formasverbaisterminadasemmos:
FOMOO
VAMOO
BOTAMOO
FICAMOO
PLANTAMOO
Esquema1: Modelo de Network da forma verbal terminada em
mos.
-
BiancaFlorencioCludiadeSouzaCunhaESTUDODOSEMCODASILBICA:UMAPERSPECTIVAFUNCIONALISTA
VOOSRevistaPolidisciplinarEletrnicadaFaculdadeGuairacVolume01(Jul.2009)CadernodeLetrasEstudosLingusticosISSN18089305
www.revistavoos.com.br[5975]
Pgina|73
CONCLUSO
OpresentetrabalhoanalisouasvariantesdeSemcodasilbica,emposiointernaeexternaapartirdaviso
funcionalista,nomunicpiodeNitericidadelocalizadanaregiometropolitanadoEstadodoRiodeJaneiro.
Foram analisadas as entrevistas de quatro informantes: dois do
sexomasculinoedoisdosexofeminino(sendoumhomemeumamulherentre18e35anoseumhomemeumamulherde56anosemdiante).Foramobtidosinicialmente1337dados,masparaaanliseforamconsiderados1152,poisarealizaodaalveolarsonorafoidescartadaporsocorrerdiantedevogalecomissosofrerprocessoderessilabao.
Osdadosemposiointernanosemostrarammuitofavorveisavariaodofenmenoestudado,oqueconfirmaaafirmaofeitaporBybee(2000)dequeositensnestaposiopodemserretardadosatemambientesfavorveismudana,maspodemocorrercomofoivistocomovocbulomesmo.
Emposioexternafoipossvelestabelecerumcontinuunnasrealizaesdasvariantes:
Palatal Aspirada Apagamento Totalde
dadosPosioexterna 53% 14% 33% 536
Tabela9:OcontinuunnasvariantesdoSemcoda
Houve uma grande freqncia dos itens nopalatalizados, confirmando
apropostadaFonologiadeUsodequeasrepresentaesfonolgicasexprimemasgeneralizaesqueosfalantespercebemapartirdesuasprpriasexperinciasdeuso
da lngua. Podese contatar que tanto a freqncia de ocorrncia quanto
afreqncia de tipo influenciam na organizao das representaes mentais
dosfalantes,poistornamositensmaisfreqentesmaisrobustosefceisdeacessarnoseuarmazenamento.
-
BiancaFlorencioCludiadeSouzaCunhaESTUDODOSEMCODASILBICA:UMAPERSPECTIVAFUNCIONALISTA
VOOSRevistaPolidisciplinarEletrnicadaFaculdadeGuairacVolume01(Jul.2009)CadernodeLetrasEstudosLingusticosISSN18089305
www.revistavoos.com.br[5975]
Pgina|74
REFERNCIASBIBLIOGRFICASBYBEE,Joan.Theemergentlexicon.CLS34:thepanels.ChicagoLinguisticsSociety.1998:421435.______.
Lexicalizationofsoundchangeandalternatingenvironments.
In:M.BroeandJ.Pierrehumbert
(eds.).LaboratoryphonologyV:Acquisitionand the
lexicon.Cambridge:CambridgeUniversityPress.2000:250268.CRISTFAROSILVA,T.Fonticaefonologiadoportugus:roteirodeestudoseguiadeexerccios.7.ed.SoPaulo:Ed.Contexto.2003.______.ModelosMultirepresentacionaisemFonologia.In:MARCHEZAN,RenataC.;CORTINA,
Arnaldo (orgs). Os fatos da linguagem, esse conjunto
heterclito.Araraquara:Ed.CulturaAcadmica.2006:171185.GUIMARES,DanielaM.L.O..Seqnciasde(sibilante+consoante)noportugusde
Belo Horizonte. Dissertao de Mestrado em Lingstica. Belo
Horizonte,FaculdadedeLetras,UFMG.2004.MOTA,JacyraAndrade.OSemcodasilbicanaNormaCultadeSalvador.TesedeDoutoradoemLnguaPortuguesa.RiodeJaneiro,FaculdadedeLetras,UFRJ.2002.NEVES,MariaH.deM..Agramtica
funcional.3 tiragem.SoPaulo:Ed.MartinsFontes.2004.NOBRE, Mnica M.
do R.. O funcionalismo de Talmy Givn idias dispersas
eesparsas.Indito.ROSRIO,IvodaCostado.Aspectossintticosesemnticosdocomonalinguagempadro
contempornea. Dissertao de Mestrado em Lngua Portuguesa. Rio
deJaneiro,FaculdadedeLetras,UFRJ.2007.VIEIRA,MarciadosS.M..Sintaxeesemnticadepredicaescomverbofazer.TesedeDoutoradoem
LnguaPortuguesa.Riode Janeiro, Faculdadede Letras,UFRJ.2001.
-
BiancaFlorencioCludiadeSouzaCunhaESTUDODOSEMCODASILBICA:UMAPERSPECTIVAFUNCIONALISTA
VOOSRevistaPolidisciplinarEletrnicadaFaculdadeGuairacVolume01(Jul.2009)CadernodeLetrasEstudosLingusticosISSN18089305
www.revistavoos.com.br[5975]
Pgina|75
STUDYOFSINSYLLABLECODA:AFUNCTIONALISTPERSPECTIVEABSTRACT:Thearticle
isa linguisticresearch intothevariationofs inthesyllablecoda,with
regard to thespeechcarriedoutbysubjects from
thecityofNiteriestablishedinthedowntownareaintheStateofRiodeJaneiro.Forsuchresearch,TalmyGivns
functionalistmodelandJoanBybeesUsageBasedPhonologywereutilized.WeintendtoobservehowsyllabicSincodaworksininternalandexternalpositionandwhatcauses
its sound tochange. This researchattempts
todrawacontinuumwiththedataexaminedandtoanalyzewhat
istheroleoffrequency
intherealizationofthenonpalataloftheSincoda.KEYWORDS:Variation,UsageBasedPhonology,Typefrequency,TokenfrequencyRecebidoem27dejulhode2009;aprovadoem17deagostode2009