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B1BlIOTECAFaculdade de Ciências Farmacêuticas
Universidade de São Paulo
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LfílolUNIYERSIDADE DE SÃO PAULO N~ u'(,~L~
~. ""' - .
FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICASCurso de Pós-Graduação em Ciências dos Alimentos
Área de Nutrição Experimental '
COMPARAÇÃO ENTRE A BIODISPONIBILlDADE DO ~
CAROTENO SINTÉTICO E DE FONTE NATURAL (COUVEMANTEIGA): PAPEL DA FIBRA ALIMENTAR EM ANIMAIS DE
LABORATÓRIO
MÁRCIA ELENA ZANUTTO
Dissertação para obtenção do grau deMESTRE
Orientador:Prof. Dr. Hélio Vannucchi
São Paulo.
2000
llo:1br
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DEDALUS-Ace~o-CQ
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30100003799
Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca Central Campus USP - Ribeirão Preto
Zanutto, Márcia ElenaComparação entre a biodisponibilidade do p-caroteno sintético e
de fonte natural (couve-manteiga): papel da fibra alimentar em animaisde laboratório. Ribeirão Preto, 2000.
159p.: il.; 30cm.
Dissertação de Mestrado, apresentado à Faculdade de CiênciasFarmacêuticas de São Paulo/USP. Departamento de Alimentos eNutrição Experimental. Área: Nutrição Experimental.
Orientador: Vannucchi, Hélio
1. Biodisponibilidade. 2. p-caroteno. 3. Pectina
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Uni.Ill~ ... Sio P....
MÁRCIA ElENA ZANUnO
COMPARAÇÃO ENTRE A BIODlSPONIBILlDADE DO ~-eAROTENO
SINTÉTICO E DE FONTE NATURAL (COUVE-MANTEIGA): PAPEL DA FIBRAALIMENTAR EM ANIMAIS DE LABORATÓRIO
Comissão Julgadora
Dissertação para obtenção do grau deMESTRE
Prof. Dr. Hélio VannucchlOrientadorfPresldente
Prot". DI'" Regina Mara Flsberg1° Examinador
Pro'. Dr. Fernando Salvador Moreno2° Examinador
510 Paulo, 24 de novembro de 2000
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"Se eu pudesse deixar algum presente a alguém,
deixaria aceso o sentimento de amar a vida dos
seres humanos. A consciência de aprender tudo
o que foi ensinado pelo tempo a fora. Lembraria
os erros que foram cometidos para que não
se repetissem. A capacidade de escolher novos
rumos. Deixaria a alguém se pudesse, o respeito
àquilo que é indispensável: além do pão o trabalho.
Além do trabalho, a ação. f, quando tudo mais
faltasse ,um segredo: o de ir buscar no interior de
si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída."
Gandhi
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DEDICATÓRIA
Aos meus pois, Libe!1ino e Ivanir, pelo carinho, pelos ensinamentos e por
estarem sempre presentes em minha vida;
Ao meu irmão Cláudio e suo esposo Lourdes pelo, carinho e apoio;
A minha gratidão.
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AGRADECIMENTOS
À Deus, por estar sempre ao meu lado em todos os momentos de minha
vida.
Ao Prof. Or. Hélio Vannucchi, pela orientação, apoio e estímulo no
desenvolvimento deste trabalho.
À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP),
pela concessão de bolsa estudo e apoio financeiro a este trabalho.
Aos amigos e técnicos do Laboratório de Nutrição do Oepto de Clínica
Médica da FMRP - USP, Mônica Meirelles, Alceu Afonso Jordão Júnior, Gilberto
Padovan, pela colaboração na fase laboratorial e companheirismo.
Aos amigos e técnicos do Biotério do Oepto de Clínica Médica da FMRP
USP, Adalberto Verceze, Maurício Arantes e Roni Charles Fabbris, pelo apoio
técnico e auxílio na manutenção e cuidado com os animais.
À Rosa Fávaro (Instituto Adolfo Lutz de Ribeirão Preto), pela colaboração
nas análises de f3-caroteno da couve-manteiga e ração dos animais, e pela
atenção e gentileza que me foram sempre dispensadas.
Ao Prof. Or. Oswaldo da Fac. Ciências Farmacêuticas - USP - Ribeirão
Preto, pelo colaboração na peletização de rações.
À Prof. Ora Túllia Filliseti da Fac. Ciências Farmacêuticas - USP - São
Paulo, pelas análises de fibra alimentar.
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Às secretárias: Márcia Gaioli (Depto Clínica Médica - FMRP - USP)
Ângela Oliveira e Isabel Alves (Depto de Alimentos e Nutrição
Experimental)
Benedita Oliveira e Elaine Ychico (Secretaria da Pós
Graduação - FCF - USP)
E ao secretário Jorge Lima (Secretaria da Pós- Graduação - FCF - USP)
Aos amigos de pós-graduação (Andréia, Anderson, Cláudia, Éllen, Elma,
Márcia e Paula) pela amizade e companheirismo.
Aos amigos da Moradia da Pós - Graduação - USP - Ribeirão Preto (André,
Cris, Ida, Vai e Pablo), pela amizade e humanismo.
Aos amigos: Clóvis, Cris (BP), Gi, Lyssa e Karina, por sempre me
acompanharem.
Às amigas: Ana Silvia, pelos ouvidos atentos aos bons e maus momentos e
pela disposição em ajudar;
Katlya, pelo incentivo e apoio nesta caminhada;
Roxana, por estar sempre presente, ajudando, apoiando e
aconselhando;
Sandri, pela amizade, sensibilidade e disposição em ajudar.
Em especial, a minha prima Nércia e família, por acolher-me em sua casa,
pelo apoio e carinho.
Enfim, agradeço a todos que participaram e contribuíram de alguma
maneira na realização deste trabalho.
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SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO 1
2 - REVISÃO DA LITERATURA 4
3 - OBJETIVOS 21
4 - MATERIAIS E MÉTODOS 23
4.1 - Animais 24
4.1.1 - EXPERIMENTO I (RATOS) 24
4.1 .1.1 - Rações 24
4.1.1.2 - Ambiente e gaiolas 25
4.1.1.3 -Delineamento experimental 25
4.1.2 - EXPERIMENTO 11 (COELHOS) 31
4.1.2.1 - Rações 31
4.1.2.2 - Ambientes e gaiolas 32
4.1.2.3 - Delineamento experimental 32
4.1.2.4 - Peletização das rações 37
4.2 - Análises 37
4.2.1 - Metodologia da análise de B-caroteno em couve-manteiga 37
4.2.2 - Metodologia da análise de fibra alimentar em couve-manteiga 38
4.2.3 - Determinação das concentrações hepáticas de B-caroteno,
retinol e palmitato de retinila 39
4.2.4 - Determinação das concentrações plasmáticas de retinol,
p-caroteno e palmitato de retinila 41
4.2.5 - Determinação de B-caroteno nas rações 42
4.2.6 - Avaliação da concentração do B-caroteno sintético utilizado
na preparação das rações 42
4.3 - Análise estatística 42
5 - RESULTADOS 44
5.1 - Experimento em ratos 45
5.1.1 - Ganho de peso nos grupos de ratos 45
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5.1.2 - Ingestão de ração nos grupos de ratos 45
5.1.3 - Ingestão de ~-caroteno nos grupos de ratos 45
5.1.4 - Concentrações hepáticas de retinol, ~-caroteno e
palmitato de retinila nos grupos de ratos 50
5.1.5 - Concentrações hepáticas totais de retinol, ~-caroteno
e palmitato de retinila no experimento com ratos 53
5.1.6 - índice da quantidade total de retinol, ~-caroteno e
palmitato de retinila em relação ao peso corporal dos
animais nos grupos de ratos 55
5.1.7 - Concentrações plasmáticas de retinol, ~-caroteno e
palmitato de retinila nos grupos de ratos 57
5.1.8 - Correlações entre ingestão de ~-caroteno, concentrações
hepáticas de retinol, ~-caroteno e palmitato de retinila
e concentrações plasmáticas de retinol e ~-caroteno
do Grupo Controle (GC) 59
5.1.9 - Correlações entre ingestão de ~-caroteno, concentrações
hepáticas e retinol, ~-caroteno e palmitato de retinila e
concentrações plasmáticas de retinol e ~-caroteno
do Grupo Experimental (GE) 59
5.1.10 - Avaliação da concentração do ~-caroteno sintético utilizado
na preparação das rações 62
5.1.11 - Concentração de ~-caroteno nas rações no experimento
em ratos 62
5.2 - Experimento em coelhos 63
5.2.1 - Determinação de ~-caroteno em couve-manteiga 63
5.2.2 - Determinação de fibra alimentar (solúveis e insolúveis) em
couve-manteiga 63
5.2.3 - Ganho de peso nos grupos de coelhos 64
5.2.4 - Ingestão de ração nos grupos de coelhos 64
5.2.5 - Ingestão de ~-caroteno nos grupos de coelhos 65
5.2.6 - Concentrações hepáticas de retinol, ~-caroteno e palmitato
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de retinila nos grupos de coelhos 71
5.2.7 - Concentrações hepáticas totais de retinol, ~-caroteno e
palmitato de retinila no experimento com coelhos 76
5.2.8 - índice da quantidade total de retinol, ~-caroteno e palmitato de
retinila em relação ao peso corporal dos animais nos grupos de
coelhos 78
5.2.9 - Concentrações plasmáticas de retinol, ~-caroteno e palmitato
de retinila nos grupos de coelhos 80
5.2.10 - Correlações entre ingestão de ~-caroteno, concentrações
hepáticas de retinol, ~-caroteno e palmitato de retinila
e concentrações plasmática de retinol e ~-caroteno
do Grupo Vegetal (GV) 82
5.2.11 - Correlações entre ingestão de ~-caroteno, concentrações
hepáticas de retinol, ~-caroteno e palmitato de retinila
e concentrações plasmáticas de retinol e ~-caroteno
do Grupo Controle Positivo (GCP) 82
5.2.12 - Avaliação da concentração do ~-caroteno sintético utilizado
na preparação das rações 84
5.2.13 - Concentração de ~-caroteno nas rações no experimento
em coelhos 84
6 - DISCUSSÃO 85
7 - CONCLUSÕES 106
8 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 108
9- RESUMO 123
10-SUMMARY 124
ANEXOS
Anexo I - Tabelas com dados individuais do Experimento I (ratos) 125
Anexo II - Tabelas com dados individuais do Experimento II (coelhos) 143
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2
A vitamina A é lipossolúvel e se origina de dois grupos: os
carotenóides pró-vitamina A, provenientes principalmente dos alimentos de
origem vegetal, e o retinol ou vitamina A pré-formada, existentes nos
alimentos de origem animal, geralmente como ésteres retilínicos, em
especial o palmitato de retinila (RONCADA, 1998).
Entre suas diversas funções, a vitamina A é essencial para o
crescimento, para a visão e para manter os tecidos epiteliais perfeitos e
saudáveis (GABY et ai, 1991). Consequentemente, uma dieta que contenha
quantidades insuficientes desta vitamina ou de seus precursores, causará
distúrbios à saúde.
A deficiência de vitamina A, principalmente entre crianças, é um
problema de saúde pública em países em desenvolvimento (UNDERWOOD
& ARTHUR, 1996). Algumas estratégias, como a fortificação de alimentos
com vitamina A ou ~-caroteno têm sido estudadas com o intuito de reverter
este quadro. Estudos realizados em ratos e humanos (FÃVARO et ai, 1992;
DUTRA DE OLIVEIRA et ai, 1998a; DUTRA DE OLIVEIRA et ai, 1998b;
MORANDI et ai, 1998), demonstraram que o óleo de soja é um bom veículo
de transporte para fortificação com ~-caroteno ou vitamina A (sendo estes
altamente solúveis em óleos), mesmo quando submetidos a tratamentos
térmicos (100°C, por 20min.), preservando o seu valor biológico (90%).
Outra alternativa no combate a deficiência de vitamina A, seria a
utilização de dietas ricas em carotenóides, fontes de pró-vitamina A (ex:
vegetais de folhas verde-escuro). Os vegetais de folhas verdes, são
tradicionalmente considerados boas fontes de vitamina A através dos
carotenóides neles existentes, principalmente o ~-caroteno. MINAZZI
RODRIGUES & PENTEADO (1989), estudando a atividade pró-vitamina A
de algumas hortaliças folhosas, encontraram que a mostarda e a taioba,
constituem boas fontes de vitamina A. Outras hortaliças, tais como o
almeirão, agrião e a couve-manteiga, também são consideradas ricas em
carotenóides pró-vitamina A (RONCADA, 1998).
Entretanto, nos últimos anos, alguns estudos (MICOZZI et ai, 1992;
BULUX et ai, 1994; De PEE et ai, 1995) têm mostrado resultados que
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3
colocam dúvidas a respeito da eficiência desses vegetais como fonte de
vitamina A. Entre estes, um estudo (De PEE et ai, 1995) demonstrou que o
J3-caroteno presente nos vegetais é menos biodisponível em comparação ao
J3-caroteno sintético. Dentre os fatores que possivelmente interferem nessa
baixa biodisponibilidade, destaca-se a influência dos teores de fibra
alimentar presente no vegetal, especialmente a pectina (ERDMAN Jr. et ai,
1986; ROCK & SWENDSEID, 1992; De PEE et ai, 1995; ZHOU et ai, 1996)
Uma das hipóteses para explicar o mecanismo envolvido seria que os
polissacarídeos viscosos, tais como a pectina, interferem com a formação de
micelas necessárias para a absorção de J3-caroteno. Surge daí, a
necessidade de mais estudos sobre a estratégia de combate a deficiência de
vitamina A, utilizando maior consumo de fontes naturais de pró-vitamina A
(carotenóides). Portanto, a fim de contribuir com dados sobre a referida
discussão em torno da utilização de vegetais como fontes de vitamina A, o
presente estudo avaliou a biodisponibilidade do J3-caroteno sintético e de
fonte natural (vegetal de folha verde-escuro), e os possíveis efeitos da fibra
alimentar (pectina).
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VlIn.LVlI3.LllvaOVSIA311-Z-
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5
2.1- Vitamina A
A vitamina A foi a primeira vitamina lipossolúvel a ser identificada, em
meados da década de 10, simultaneamente, por Osborne e Mendel e por
MacCollum e Davis, sendo que estes a chamaram de fator A lipossolúvel
("fat-soluble factor A"), devido a observação que em alguns alimentos de
origem animal, tais como o fígado, leite e manteiga, existia um fator
lipossolúvel que favorecia o crescimento de ratos. Esta designação foi
utilizada para distinguí-Ia de um outro importante nutriente dietético, porém
solúvel em água, o hidrossolúvel B ("water-soluble B"). Posteriormente, ela
passou a ser chamada de factor A e, mais tarde, de vitamina A (WOLF,
1996; RONCADA, 1998).
O termo "vitamina A" é genérico e refere-se a todos os compostos que
contém um anel ~-ionona e apresentam a atividade biológica do retinol
(LAVOISIER, 1998; RONCADA, 1998).
O retinol é um álcool primário formado por três partes: um anel ~
ionona com características hidrofóbicas, uma longa cadeia lateral de
carbonos isoprenóides conjugados, que pode sofrer isomerização na
presença da luz, e finalmente um grupo polar terminal. Este último, pode ser
química ou enzimaticamente modificado, resultando por exemplo, num
aldeído como o retinaldeído, ou ainda ser oxidado transformando-se em
ácido retinóico (LAVOISIER, 1998).
O retinol e seus metabólitos retinaldeído e ácido retinóico, incluindo
seus derivados sintéticos, são chamados de retinóides (LAVOISIER, 1998).
2.2- Características dos carotenóides
Os carotenóides representam o grupo de pigmentos mais
amplamente distribuído na natureza. São encontrados principalmente em
plantas de cor amarela, alaranjada, vermelha e verde. Juntamente com as
clorofilas estão presentes em todos os tecidos fotossintéticos, e mesmo em
alguns não fotossintéticos como flores, raízes, sementes e frutos e,
esporadicamente, em microrganismos como mofo, fungos filamentosos e
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6
bactérias. Nos alimentos são geralmente lipossolúveis, mas podem estar
ligados a proteínas ou esterificados (SIMPSON & CHICHESTER, 1981).
Quimicamente, são enquadrados numa classe de compostos
conhecidos como terpenóides. São estruturas alifáticas ou alifático
alicíclicas, normalmente com oito grupos isoprenos ( C5 Ha ) unidos por
ligações tipo cabeça-cauda, exceto na posição central da molécula, onde a
ligação é do tipo cauda-cauda. O sistema de duplas ligações conjugadas
que constitui o sistema cromóforo, é o responsável pela variação de cores
apresentada por estes pigmentos (GROSS, 1991).
Os carotenóides diferem quanto ao grau de saturação, ciclização,
grupos funcionais e número de átomos de carbono (GROSS, 1991). Quando
estão na forma de hidrocarbonados são classificados como carotenos e os
derivados oxigenados como xantofilas ou oxicarotenóides, como mostra a
Figura 1 (THANE & REDDY, 1997).
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7
Carotenos ou carotenóides hidrocarbonados
..Ij,.~
Licopeno
a-caroteno
R-caroteno
Xantofilas OU carotenóides oxigenados
~ ....OH
Luteína
OHZeaxantina
OH
Figura 1: Estruturas de alguns carotenóides encontrados em frutas e
hortaliças (Fonte: THANE & REDDY, 1997)
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8
2.3- Estabilidade
Os carotenóides são alterados ou parcialmente destruídos por ácidos,
bases (às vezes), lipoxigenases e luz, especialmente na presença de
oxigênio ou de metais. Os passos desta degradação resultam na formação
de compostos derivados do carotenóide original, como isômeros cís-trans,
epóxidos e produtos resultantes da quebra da cadeia; todas essas
alterações levam à perda ou redução na atividade pró-vitamínica A
(SIMPSON & CHICHESTER, 1981; SIMPSON, 1983; THANE & REDDY,
1997).
2.4 - Funções dos carotenóides
De aproximadamente 600 carotenóides conhecidos apenas cerca de
10% apresentam atividade pró-vitamínica A (ERDMAN et ai, 1988), sendo
essa uma das funções desempenhadas por estes compostos. Para o
carotenóide atuar como precursor de vitamina A, deve ter no mínimo um
anel ~-ionona não substituído ligado à cadeia poliênica lateral e pelo menos
11 átomos de carbono (GROSS, 1991). Tais requisitos limitam o número de
carotenóides com atividade pró-vitamínica A.
A molécula do ~-caroteno é simétrica, contendo dois anéis ~-ionona
não substituídos, possuindo potencial pró-vitamínico A fixado teoricamente
em 100%. Outros carotenóides possuem menor atividade pró-vitamínica A
quando comparados ao ~-caroteno (ver Tabela 1). O a-caroteno, o y
caroteno e a ~-criptoxantina apresentam cerca da metade da atividade pró
vitamínica A do ~-caroteno (GROSS, 1991). No primeiro, devido à presença
de um anel a-ionona, no segundo, em função da presença de apenas um
anel ~-ionona e no terceiro, devido à presença de um grupo OH em um dos
anéis (SIMPSON, 1983). A luteína (normalmente encontrada em frutas,
hortaliças e ovos), a astaxantina (comum em animais) e a cantaxantina
(comum em cogumelos e crustáceos), são alguns carotenóides que não
possuem atividade pró-vitamínica A.
BIBLIOTECAFaculdade de Ciências Far.nacêutlca
Universidade de São Paulo
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9
Tabela1: Biodisponibilidade de carotenóides (CASTENMILLER &
WEST,1998)
Carotenóides Bioconversão relativa (%)
~-caroteno
9-cis-~-caroteno
13-cis-~-caroteno
a-carotenoy-caroteno~-zeacaroteno
~-criptoxantina
3,4-dehidro-~-caroteno
2,2'-dimetil-~-caroteno
~-caroteno-5' ,6'-monoepóxido4-keto-~-caroteno
3-keto-~-caroteno
4-h idroxi-~-caroteno
~-apo-8'-carotenal
~-apo-12' -carotenalCarotenóides não provitamina Ad
100a
38b
53b
50-54a 29c,42-50a
20-40a
50-60a 55c,75a
50a
21 a
25a
44-50a
52a
48a
72a
120a
Oa'llSAUERNFEIND (1972)bZECHMEISTER (1949)cVAN VLlET et ai (1996a)dCarotenóides não pró-vitamina A tais como luteína, Iicopeno, zeaxantina,etc
Além da atividade pró-vitamínica A, outras funções são atribuídas aos
carotenóides. Nas revisões publicadas por GESTER (1993) e BURRI (1997)
os trabalhos mostram a eficiência do ~-caroteno e outros carotenóides, como
equimiopreventivosantimutagênicos,agentes antioxidantes,
anticancerígenos.
No Brasil, vários trabalhos foram e estão sendo feitos no sentido de
elucidar qual o papel dos carotenóides nas diferentes fases do câncer
hepático (MORENO et aI., 1995; RIZZI et al.,1997).
2.5- Hipovitaminose A
A hipovitaminose A resulta da diminuição dos níveis desta vitamina
nos depósitos e no plasma, principalmente pela ingestão de dietas pobres
em vitamina A por um tempo prolongado (SOUZA et ai, 1988).
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10
Tabela1: Biodisponibilidade de carotenóides (CASTENMILLER &
WEST,1998)
Carotenóides
f3-caroteno9-cis-f3-caroteno13-cis-f3-carotenou-carotenoy-carotenof3-zeacarotenof3-criptoxantina3,4-dehidro-f3-caroteno2,2'-dimetil-f3-carotenof3-caroteno-5' ,6'-monoepóxido4-keto-f3-caroteno3-keto-f3-caroteno4-hidroxi-f3-carotenof3-apo-8'-carotenalf3-apo-12'-carotenalCarotenóides não provitamina Ad
Bioconversão relativa (%)
100a
38b
53b
50-54a 29c,42-50a
20-40a
50-60a 55c,75a
50a
21 a
25a
44-50a
52a
48a
72a
120a
Oa1l'BAUERNFEIND (1972)bZECHMEISTER (1949)cVAN VLlET et ai (1996a)dCarotenóides não pró-vitamina A tais como luteína, licopeno, zeaxantina,etc
Além da atividade pró-vitamínica A, outras funções são atribuídas aos
carotenóides. Nas revisões publicadas por GESTER (1993) e BURRI (1997)
os trabalhos mostram a eficiência do f3-caroteno e outros carotenóides, como
agentes antioxidantes, antimutagênicos, quimiopreventivos e
anticancerígenos.
No Brasil, vários trabalhos foram e estão sendo feitos no sentido de
elucidar qual o papel dos carotenóides nas diferentes fases do câncer
hepático (MORENO et aI., 1995; RIZZI et aI., 1997).
2.5- Hipovitaminose A
A hipovitaminose A resulta da diminuição dos níveis desta vitamina
nos depósitos e no plasma, principalmente pela ingestão de dietas pobres
em vitamina A por um tempo prolongado (SOUZA et ai, 1988).
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11
sugerindo a necessidade de se prestar especial atenção a esse grupo
populacional por ser, entre os grupos de risco, o mais vulnerável aos efeitos
deletérios da carência marginal de vitamina A, em razão do rápido
crescimento nos primeiros meses de vida. FERRAZ (1998), estudando cento
e três crianças de 6 meses a 2 anos de idades, seguidas em um laboratório
de Puericultura na cidade de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo, também
encontrou níveis séricos de retinol baixos (~ O,70J-lmoI/L) em 21,4% das
crianças estudadas.
2.6- Absorção e metabolismo dos carotenóides
A absorção e o metabolismo dos carotenóides variam extensamente
de acordo com a espécie animal (ROCK, 1997). Carnívoros estritos, não
dependem de carotenóides para fornecer vitamina A, pois a sua dieta
contém retino!. Por outro lado, herbívoros estritos, são dependentes de
carotenóides como fonte de vitamina A, devido a ausência de retinol em sua
dieta. Assim, estes absorvem e convertem carotenóides pró-vitamina A em
retinol de maneira satisfatoriamente eficiente, com algumas diferenças
dentro do grupo. Em humanos e alguns outros mamíferos (primatas, "ferrets"
e bovinos), uma quantidade apreciável de carotenóides pode ser absorvida
intacta pelas células da mucosa intestinal, e posteriormente aparece na
circulação e tecidos periféricos. Animais que possuem gordura amarela, tais
como o homem e a vaca, acumulam carotenóides, enquanto animais como o
coelho e a ovelha que possuem gordura branca, não estocam prontamente
carotenóides (ERDMAN Jr. et ai, 1993; Van VLlET, 1996b). A Figura 2
mostra uma visão geral do metabolismo do p-caroteno desde de sua
presença no lúmen intestinal até sua ação na célula alvo.
A absorção dos carotenóides pode ser dividida em quatro partes:
digestão da matriz alimentar, formação da mistura micelar lipídica, absorção
dos carotenóides pelas células da mucosa intestinal, e transporte dentro da
circulação geral via sistema linfático. Em cada estágio há a necessidade de
gordura. A gordura dietética estimula a secreção da bile para auxiliar na
formação das micelas lipídicas (WILLlAMS et ai, 1998).
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12
SANGUE
-iJe,r··l-~ttT~ FíGADO...
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DIETA.I Esteres de retinila.~ Carotenóides INTESTINO"""C: .. . _:I
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Figura 2: Uma visão geral do metabolismo do p-caroteno e retinóides naturais, desde a
presença destes no lúmen intestinal até as ações na célula alvo (p-caroteno, p-C; ésteres
de retinila, RE; ácido retinóico,RA; lecitina:retinol aciltransferase, LRAT; proteína celular
ligadora de retinol tipo li, CRBPII; hidrolase de ésteres de retinila, REH; proteína ligadora de
retinol, RBP; transtirretina, TTR; receptor ácido retinóico, RAR; receptor X para retinóides,
RXR). Adaptado de SILVEIRA & MORENO, 1998.
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13
Após serem consumidos, os carotenóides, no trato digestivo, são
liberados de sua matriz por enzimas digestivas e solubilizados pelos sais
biliares. Da partícula micelar formada, acredita-se que os carotenóides
sejam absorvidos por difusão passiva pelas células da mucosa duodenal
(Van VLlET, 1996b). A marcha da difusão é provavelmente determinada pelo
gradiente de concentração entre a micela e a membrana plasmática do
enterócito (PARKER, 1996). Nos enterócitos, parte dos carotenóides são
convertidos em vitamina A (Van VLlET, 1996b). O ~-caroteno, sob ação da
enzima 15, 15' dioxigenase, sofre c1ivagem oxidativa na posição central 15'
produzindo 2 moléculas de retinal. Nessa reação molecular, o oxigênio reage
com dois átomos de carbono centrais da molécula do ~-caroteno, após o
qual a dupla ligação central do caroteno é clivada produzindo as duas
moléculas de retinal (WANG, 1994). O retinal é subsequentemente oxidado
à ácido retinóico ou reduzido a retinol (vitamina A) através da ação da
enzima retinal redutase. Além da c1ivagem central, é possível a ocorrência
de quebras excêntricas nas posições 8', 10' e 12' formando apocarotenais e
compostos apo-menores. Os primeiros podem ser enzimaticamente
convertidos a retinal ou oxidados formando o ácido ~-apo-carotenóico, que
posteriormente pode sofrer uma f3-oxidação irreversível produzindo o ácido
retinóico (Figura 3) (XIANG-DONG, 1994; ROCK, 1997; MACLAREN, 1998).
O retinol formado na mucosa intestinal é esterificado através da atividade da
enzima lecitina:retinol aciltransferase (LRAT) ou através da atividade
enzimática da acil:CoA retinol aciltransferase (ARAT). Os ésteres de retinila
sintetizados, bem como os carotenóides que não sofreram c1ivagem,
incorporam-se aos quilomícrons que são, então, transferidos por exocitose
ao sistema linfático (SIMPSON & CHICHESTER, 1981; SIMPSON, 1983;
WANG, 1994; MACLAREN, 1998; SILVEIRA & MORENO, 1998; WILLlAMS
et ai, 1998) (Figura 3). Os quilomícrons na corrente sanguínea submetidos a
Iipólise, catalisada pela lipase lipoprotéica, resultam na formação dos
remanescentes de quilomícrons, os quais são removidos do plasma
principalmente para o fígado (Van VLlET, 1996b).
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14
lÚMEN INTESTINALAlimentos de origem animal
R(.. . lipase pancreático.. ~s;;rcolesterol hidrolase
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Figura 3: Aspectos do metabolismo do l3-caroteno e retinóides naturais desde a presença
destes no lúmen intestinal até serem liberados pelos enterócitos. (l3-caroteno, I3-C; ésteres
de retini/a, RE; retinol, ROL; retinal, RAl; ácido retinóico, RA; clivagem excêntrica, Cliv.
Exc., c1ivagem central, Cliv. Cent; hidrolases de ésteres de retinila da borda em escova,
REases; retinol desidrogenase, RODH; retinal desidrogenase, RALDH; retinal redutase,
RED; lecitina:retinol aciltransferase, LRAT; acil:CoA retinol aci/transferase, ARAT; proteína
celular Iigadora de retinol tipo 11, CRBPII; quilomícron, Q). Adaptado de SILVEIRA &
MORENO, 1998.
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15
No fígado são encontrados dois diferentes tipos celulares
responsáveis pelo metabolismo da vitamina A. Um deles, representado pelos
hepatócitos, está diretamente envolvido com a captação dos remanescentes
de quilomícrons, enquanto que o outro, constituído pelas células
perissinusoidais estreladas ou de Ito, é responsável pelo armazenamento da
vitamina A, na forma de ésteres de retinila, principalmente na região
periportal (BATRES & OLSON, 1987). Na Figura 4, são ilustrados os
aspectos do metabolismo hepático do ~-caroteno.
Figura 4: Aspectos do metabolismo hepático do ~-caroteno e retinóides naturais, desde a
captação destes pelo hepatócito até a liberação para a célula alvo. (~-caroteno, ~-C; ésteres
de retinHa, RE; retinol, ROL; retinal, RAL; ácido retinóico, RA; hidrolases neutra e ácida de
ésteres retinila, NREH e AREH; retinol desidrogenase , RODH; retinal desidrogenase,
RALDH; hidrolase de ésteres de retinila , REH; lecitina:retinol aciltransferase esterático,
LRAT; proteína Iigadora de retinol, RBP; trantirretina, TTR; proteína ligadora de ácido
retinóico celular, CRABP; Iipoproteína de muito baixa densidade, VLDL). Adaptado de
SILVEIRA & MORENO, 1998.
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16
Os remanescentes de quilomícrons são capturados pelos hepatócitos,
que apresentam receptores B/E em suas superfícies, com subsequente
endocitose. Estes receptores, capazes de reconhecer as apoliproteínas
(apoB e apoE) dos remanescentes de quilomícrons, manteria a lipoproteína
ligada à célula, possibilitando uma remoção rápida e eficiente da vitamina A
e de outros nutrientes pelo hepatócito. (BLOMHOFF et ai, 1991;
MACLAREN,1998).
Os ésteres de retinila constituintes desses remanescentes de
quilomícrons são rapidamente hidrolisados pelas hidrolases ácida e neutra,
com atividades independentes de sais biliares, e que estão presentes na
membrana plasmática e/ou endossomo do hepatócito (HARRISON et ai,
1995). O retinol formado, ao invés de ser transferido aos Iisossomos, dirige
se ao retículo endoplasmático, onde também é sintetizada a proteína
ligadora de retinol (RBP), e que aí se encontra em elevada concentração.
Após sua ligação com a RBP, ocorre migração da holo-proteína para o
complexo de Golgi, e secreção para o exterior da célula (Rone et ai apud
SILVEIRA &MORENO, 1998).
As células estreladas, também possuem grandes quantidades de
proteínas ligadoras de retinol celular (CRBP) e do ácido retinóico celular
(CRABP), bem como das enzimas capazes de sintetizarem (LRAT e ARAT)
e de hidrolisarem ésteres de retinila (HENDRIKS, 1996).
Para o retinol ser liberado das células estreladas à circulação os
ésteres de retinila estocados· devem, inicialmente, serem hidrolisados,
associando-se a seguir, o respectivo retinol formado à molécula de RBP.
Porém, a capacidade das células estreladas para síntese e secreção da
RBP é debatida (ANDERSEN et ai, 1992; HENDRIKS, 1996; Suhara et ai
apud SILVEIRA & MORENO, 1998).
No plasma ou mesmo no lúmen do retículo endoplasmático, o
complexo retinol-RBP liberado das células hepáticas se associa com a
proteína transtirretina (TIR), que reduz sua filtração glomerular
(MACLAREN, 1998; SAUBERLlCH, 1999).·
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17
Do fígado, os carotenóides podem ser transportados para outros
tecidos, sendo secretados com as Iipoproteínas (Van VLlET, 1996b). O ~
caroteno é secretado pelo fígado junto com a lipoproteína de densidade
muito baixa (VLDL), depois é transferido para a lipoproteína de baixa
densidade (LOL). Aproximadamente 75% dos carotenóides plasmáticos
estão associados com a LOL, e os restantes estão distribuídos entre a VLOL
e HDL, embora diferentes carotenóides apresentam padrões distintivos de
distribuição. Os carotenóides mais apoiares (~-caroteno, u-caroteno,
licopeno, etc) estão predominantemente com a LDL, enquanto os
carotenóides mais polares (Iuteína) se encontram mais associados com a
HOL que com a LOL (Van VLlET, 1996b; ROCK, 1997).
Sabe-se que a absorção dos carotenóides pode variar em função de
vários fatores, como por exemplo, a digestibilidade do alimento, teores de
outros nutrientes como gorduras, proteínas, fibras e minerais na dieta, teor
dos próprios carotenóides e espécie animal (SIMPSON, 1983; EROMAN et
ai, 1986; PARKER, 1989; WANG, 1994; Van VLlET, 1996b).
2.7- Biodisponibilidade de carotenóides e a influência da pectina
A biodisponibilidade é definida como a proporção de um nutriente
ingerido, o qual se torna disponível ao organismo por processos metabólicos
(JACKSON et ai, 1997).
Vários fatores podem influenciar a biodisponilibilidade de carotenóides
de alimentos e formulações, entre eles: dieta, matriz, fisiológicos e
ambientais. A eficiência na absorção de carotenóides de fontes alimentares
na ausência de parasitoses, doenças ou desordens do metabolismo
digestivo é provavelmente influenciada pela eficiência da liberação
(extração) da matriz alimentar, pelo volume lipídico suficiente (triglicerídeos)
para solubilização do carotenóide liberado e estimulação da síntese de
quilomícrons, pelos fatores que interferem no lúmen, tais como pectina ou
outras fibras alimentares (RODRIGUEZ-AMAYA, 1996), e pelos outros
carotenóides não pró-vitamina A na mucosa intestinal, que podem interagir
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18
com a enzima responsável pela conversão de carotenóides em vitamina A
(PARKER, 1997).
De PEE et ai (1996), em uma revisão de vários trabalhos sobre a
biodisponibilidade de carotenóides, concluíram que o p-caroteno purificado
em óleo é mais biodisponível que os carotenos de vegetais folhosos e
cenoura, sendo que alimentos triturados e homogeneizados aumentam a
biodisponibilidade dos carotenos. Estes autores criaram o termo
SLAMANGHI (Quadro 1) para expor os fatores que interferem na
biodisponilidade dos carotenóides. A quantificação destes fatores capacita
estimar a biodisponiblidade de carotenóides de certos alimentos sob
circunstâncias específicas.
SLAMANGHI
S: espécie de caroteno
L: ligação molecular
A: quantidade de caroteno consumido
M: matriz na qual o caroteno está incorporado
A: modificações na absorção
N: estado do nutriente no hospedeiro
G: fatores genéticos
H: fatores relacionados ao hospedeiro
I: interações
Quadro 1: Fatores que que interferem na biodisponilidade
dos carotenóides (De PEE et ai, 1996)
Frutas de cor amarela ou laranja e, vegetais de folhas verde-escuro
são frequentemente utilizados como um meio para melhorar o estado de
vitamina A, devido ao fato de tais alimentos serem ricos em carotenóides,
especialmente o p-caroteno. Porém, a hipótese que plantas fontes de pró
vitamina A podem combater eficientemente o quadro de deficiência tem sido
questionada devido aos resultados apresentados recentemente (BROWN et
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19
com a enzima responsável pela conversão de carotenóides em vitamina A
(PARKER, 1997).
De PEE et ai (1996), em uma revisão de vários trabalhos sobre a
biodisponibilidade de carotenóides, concluíram que o ~-caroteno purificado
em óleo é mais biodisponível que os carotenos de vegetais folhosos e
cenoura, sendo que alimentos triturados e homogeneizados aumentam a
biodisponibilidade dos carotenos. Estes autores criaram o termo
SLAMANGHI (Quadro 1) para expor os fatores que interferem na
biodisponilidade dos carotenóides. A quantificação destes fatores capacita
estimar a biodisponiblidade de carotenóides de certos alimentos sob
circunstâncias específicas.
SLAMANGHI
S: espécie de caroteno
L: ligação molecular
A: quantidade de caroteno consumido
M: matriz na qual o caroteno está incorporado
A: modificações na absorção
N: estado do nutriente no hospedeiro
G: fatores genéticos
H: fatores relacionados ao hospedeiro
I: interações
Quadro 1: Fatores que que interferem na biodisponilidade
dos carotenóides (De PEE et ai, 1996)
Frutas de cor amarela ou laranja e, vegetais de folhas verde-escuro
são frequentemente utilizados como um meio para melhorar o estado de
vitamina A, devido ao fato de tais alimentos serem ricos em carotenóides,
especialmente o ~-caroteno. Porém, a hipótese que plantas fontes de pró
vitamina A podem combater eficientemente o quadro de deficiência tem sido
questionada devido aos resultados apresentados recentemente (BROWN et
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20
Uma das hipóteses para explicar o mecanismo envolvido, seria que os
polissacarídeos viscosos, tais como a pectina, interfeririam com a formação
de micelas necessárias para a absorção de ~-caroteno. ERDMAN et ai
(1986), caracterizaram várias fontes de pectina cítrica e avaliaram seus
efeitos sobre a utilização de ~-caroteno em pintainhos (empregando em
cada dieta experimental 7% de uma determinada fonte de fibra); também
obtiveram uma marcante redução da utilização de ~-caroteno,
provavelmente pelo consumo de fontes naturais de pectina. Os resultados
desse estudo, demonstraram a ocorrência de uma relação inversa entre o
metoxil contido na pectina e a utilização do ~-caroteno. Pectinas com alto
peso molecular e alto teor metoxil, podem aumentar a viscosidade no
intestino, interferindo na formação de micelas, reduzindo a absorção de ~
caroteno. Em um outro estudo, ZHOU et ai (1996) também utilizando
animais ("ferrets"), comparou a biodisponibilidade relativa do ~-caroteno de
extratos de cenoura (cromoplasto e suco de cenoura), com uma fonte
comercial (na qual o ~-caroteno é altamente biodisponível), e o efeito do
aquecimento também foi avaliado nos extratos de cenoura. As
concentrações de ~-caroteno no soro e nos tecidos, foram significativamente
altas nos animais que receberam ~-caroteno de fonte comercial (controle),
em r-elação aos outros grupos (cromoplasto e suco de cenoura), sendo que o
grupo que recebeu o suco de cenoura obteve os valores mais baixos,
provavelmente devido a influência das fibras. Os resultados também
indicaram, que o aquecimento (100°C, por 15 min.) não afetou
significantemente a biodisponibilidade do ~-caroteno nos "ferrets".
Com a adição de pectina em dietas humana ou animal, tem sido
obseNado aumento na excreção fecal de ácidos biliares e gordura total,
parecendo razoável que a biodisponibilidade de vitaminas lipossolúveis e a
utilização de pró-vitamina A, em particular, podem ser afetadas
negativamente pelo consumo de alimentos ricos em pectina (Anonymous,
1987).
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22
3.1 - Objetivo geral
Estudar a biodisponibilidade do p-caroteno sintético e de fonte natural,
e o efeito da fibra alimentar (pectina cítrica) em dois tipos de animais de
laboratório e em condições experimentais.
3.2 - Objetivos específicos
~ Verificar em ratos, o efeito da pectina cítrica na biodisponibilidade
do p-caroteno sintético, usando os parâmetros: ganho de peso, ingestão de
rações e níveis plasmáticos e hepáticos de p-caroteno, retinol e palmitato de
retinila.
~ Comparar em coelhos, a biodisponibilidade do p-caroteno sintético
e de fonte natural, na presença de pectina cítrica, usando os parâmetros:
ganho de peso, ingestão de rações e níveis plasmáticos e hepáticos de p
caroteno, retinol e palmitato de retinila.
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SOaOl;l1l'J3SI'VI~31'VII'J-V
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24
4.1 - Animais
Este estudo foi realizado no Laboratório da Divisão de Nutrição do
Departamento de Clínica Médica da Faculadade de Medicina de Ribeirão
Preto da Universidade de São Paulo (USP), de acordo com as
recomendações da Helsinki Declaration.
Foram realizados dois experimentos com dois tipos diferentes de
animais (ratos e coelhos), procedentes do Biotério da Faculdade de
Medicina de Ribeirão Preto. No Experimento I, utilizou-se 30 ratos machos
normais e recém-desmamados da linhagem Wistar, com peso médio de
62,1 9 ± 5,14. E no Experimento", utilizou-se 39 coelhos (fêmeas) normais e
recém-desmamados, da linhagem White, com peso médio de 1002,3g ±
181,3.
4.1.1 - EXPERIMENTO I (RATOS):
Dos 30 ratos utilizados neste experimento, dez deles foram
sacrificados no início do experimento para determinações dos níveis basais
de vitamina A e p-caroteno no plasma e no fígado. Os 20 animais restantes
foram separados em 2 grupos, sendo que cada grupo foi composto por 10
animais:
GC: Grupo Controle com ração contendo 24J.lg de p-caroteno/g de ração e
0% de pectina cítrica
GE: Grupo Experimental com ração contendo 24J.lg de p-caroteno/g de ração
e 7% de pectina cítrica
4.1.1.1- Rações
As rações do Grupo Controle (GC) e do Grupo Experimental (GE)
continham 24J.lg de p-caroteno/g de ração. O óleo de soja foi utilizado como
veículo de transporte do p-caroteno (DUTRA de OLIVEIRA et ai, 1998a).
A ração do Grupo Experimental (GE), teve em sua constituição 7% de
fibra alimentar (pectina cítrica), proporção esta baseada em um estudo
anterior em galináceos (ERDMAN Jr. et ai, 1986). O Grupo Controle (GC),
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25
recebeu ração isenta de pectina cítrica. A composição das rações, mistura
salina e mistura vitamínica, estão apresentadas nas Tabelas 2, 3 e 4.
As rações após preparadas, foram colocadas em sacos plásticos
escuros e armazenadas em freezer -4oC para evitar a degradação do p
caroteno e de outros nutrientes da ração.
4.1.1.2- Ambientes e gaiolas
Durante todo o experimento os animais foram mantidos em uma sala
com ventilação natural, temperatura ambiente, e iluminação artificial
controlada - período de 12 horas de iluminação alternado com igual período
sem iluminação. Os ratos foram acomodados individualmente em gaiolas de
aço inoxidável.
4.1.1.3- Delineamento experimental
Os animais permaneceram em um período de adaptação ao ambiente
durante três dias, recebendo ração (Nuvilab CR1) oferecida pelo biotério. A
composição básica desta ração é apresentada na Tabela 5. Após esta
etapa, os animais dos grupos Controle (GC) e Experimental (GE) receberam
as respectivas rações e água ad libitum, durante 30 dias de experimento.
O controle de peso dos animais, assim como a ingestão de ração,
foram feitos semanalmente.
Decorrido o período experimental de 30 dias, os animais foram
sacrificados por decapitação para determinações de p-caroteno, retinol e
ésteres de retinol no plasma e tecido hepático.
O sangue colhido foi centrifugado para separação do plasma, o qual
foi armazenado em freezer -70oC. O fígado, após ser extraído do animal, foi
lavado em solução salina, pesado (balança analítica Scientech SA120), e
imediatamente envolvido em papel alumínio e colocado em nitrogênio
líquido, e armazenado em freezer -70oC para posteriores análises.
A Figura 5 representa o esquema de delineamento experimental.
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27
TABELA 2: Composição das rações para ratos, baseada na AOAC (1975 )
INGREDIENTES/ANIMAIS Controle Experimental
(g/kg) (g/kg)
Amido de milho q.s.p q.s.p
Caseína (12%) 160,0 160,0
Óleo de soja (8%) 80,0 80,0
Mistura salina AIN-93 (5%) 50,0 50,0
Mistura vitamínica AIN-93 (isenta de vitamina 10,0 10,0
A) (1 %)
24~g/g f3-caroteno Roche (1% - em pó) 2,4 2,4
Pectina cítrica (7%) ----_.- 70,0
Cloreto de colina (0,2%) 2,0 2,0
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Tabela 3 - Composição da Mistura Salina AIN-93 (Rhoster)
28
Componentes
Carbonato de cálcio, anidro, 40,04% Ca
Fosfato de potássio, 22,76% P, 28,73% K
Cloreto de sódio, 39,34 Na, 60,66% CI
Sulfato de Potássio, 44,87% K, 18,39% S
Citrato de potássio, tri-potássio, 36,16% K
Óxido de magnésio, 60,32% Mg
Citrato férrico, 16,5% Fe
Carbonato de cálcio, 52,14% Zn
Carbonato de manganês, 47,79% Mn
Carbonato de cobre, 57,47% Cu
lodato de potássio, 59,30% I
Selenato de sódio, 41,79% Se
Paramolibdato de Amônio, 54,34% Mo
Meta-silicato de sódio, 9,88% Si
Sulfato cromo de potássio, 10,42% Cr
Ácido bórico, 17,5% B
Fluoreto de sódio, 45,24% F
Carbonato de níquel, 45% Ni
Cloreto de lítio, 16,38% Li
Vanadato de amônio, 43,55% V
Sacarose (dextrose)
9/10009 mistura
357,00
250,00
74,00
46,60
28,00
24,00
6,06
1,65
0,63
0,30
0,01
0,01025
0,00795
1,15
0,275
0,0815
0,0635
0,0318
0,0174
0,0066
209,806
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Tabela 4 - Composição da Mistura Vitamínica AIN-93* (Rosther)
Componentes 9/5009 mistura
29
Nicotinamida
Pantotenato de cálcio
Piridoxina - HCI
Tiamina- HCI
Riboflavina
Ácido fólico
0-8iotina
Vitamina 812 (cianocobalamina)
(0,1% em manitol)
Vitamina E (acetato de a-tocoferil)
(500Ul/g)
Vitamina 0 3 (colicalciferol)
(400.000UI/g)
Vitamina K (filoquinona)
Sacarose (dextrose)
* A Mistura Vitamínica AIN-93 é isenta de vitamina A.
1,50
0,80
0,35
0,30
0,30
0,10
0,010
1,25
7,50
0,125
0,0375
q.s.p
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30
Tabela 5 - Composição da ração oferecida aos grupos de ratos durante
o período de adaptação (3 dias).
Componentes
VitaminasVit. A (UI)Vit. 0 3 (UI)Vit. E (mg)Vit. K3 (mg)Vit. B1 (mg)Vit. B2 (mg)Vit. B6 (mg)Vit. B12 (f.!g)Niacina (mg)Ácido pantotênico (mg)Ácido fólico (mg)Biotina (mg)Colina (mg)MineraisFerro (mg)Zinco (mg)Cobre (mg)lodo (mg)Manganês (mg)Selênio (mg)Cobalto (mg)AminoácidosOL-metioninaLisina
Kg de ração
12.0001.800
303567
2060201
0,05600
5060102
600,051,50
300100
Composição básica da ração: Carbonato de cálcio, farelo de milho,
farelo de soja, farelo de trigo, farinha de carne e ossos, cloreto de sódio,
primix mineral vitamínico, aminoácido e farinha de peixe.
Baseada em recomendações do National Research Council e National
Institute of Health - USA.
Page 41
31
4.1.2 - EXPERIMENTO" (COELHOS)
Dos 39 animais utilizados neste experimento, nove deles foram
sacrificados no início do experimento para determinações dos níveis basais
de vitamina A e p-caroteno no plasma e no fígado. Os 30 animais restantes
foram separados em 3 grupos, sendo que cada grupo foi composto por 10
animais:
GV: Grupo Vegetal (couve-manteiga) com ração isenta de p-caroteno + o
vegetal folhoso equivalente a 6mg/dia de p-caroteno
GCP: Grupo Controle Positivo com ração contendo p-caroteno sintético (óleo
+ p-caroteno) equivalente a quantidade do Grupo GV
GCN: Grupo Controle Negativo com ração isenta de p-caroteno
4.1.2.1- Rações
A ração oferecida aos animais do Grupo Vegetal (GV) e Grupo
Controle Negativo (GCN) foram isentas de p-caroteno, e a ração do Grupo
Controle Positivo (GCP) continha 6mg de p-caroteno sintético (dissolvido em
óleo) a cada 45g de ração. Esta quantidade de p-caroteno na ração dos
animais do Grupo Controle Positivo (GCP) foi baseada na quantidade de p
caroteno presente na couve-manteiga (162g de couve-manteiga/dia = 6mg
de p-caroteno/dia) oferecida diariamente aos animais do Grupo Vegetal
(GV), ajustada a quantidade de ração diária que um coelho recém
desmamado ingere, de modo a oferecer a mesma quantidade diária de p
caroteno aos grupos Vegetal (GV) e Controle Positivo (GCP).
Todos os grupos de coelhos receberam a mesma quantidade de fibra
alimentar na ração (12% de pectina cítrica e 2% de celulose).
A composição das rações, mistura salina e mistura vitamínica, estão
apresentadas nas Tabelas 6,3 e 4.
As rações, após preparadas foram peletizadas e colocadas em sacos
plásticos escuros, e armazenadas em freezer -4°C para evitar a degradação
do p-caroteno e de outros nutrientes da ração.
Page 42
32
4.1.2.2- Ambientes e gaiolas
Durante todo o experimento os animais foram mantidos em uma sala
com ventilação natural, temperatura ambiente, e iluminação artificial
controlada - período de 12 horas de iluminação alternado com igual período
sem iluminação. Os coelhos foram acomodados individualmente em gaiolas
de aço inoxidável.
4.1.2.3- Delineamento experimental
Os animais permaneceram em um período de adaptação ao ambiente
durante três dias, recebendo ração (Coelhil "R") oferecida pelo biotério. A
composição básica desta ração é apresentada na Tabela 7. Depois, os
grupos de coelhos GV, GCP e GCN passaram por uma semana de
adaptação às respectivas rações experimentais; o Grupo GV recebeu
também o vegetal folhoso (couve-manteiga). Após esta etapa de adaptação,
iniciou-se o período experimental, com os animais de cada grupo de
coelhos, continuando a receber as rações experimentais e água ad libitum ,
durante 30 dias.
O grupo GV, o qual a fonte de ~-caroteno foi natural, recebeu 162 g
diárias de couve-manteiga in natura (Biassica oleracea varo acepha/a),
equivalente a 6 mg de ~-caroteno, e uma ração isenta de ~-caroteno. O
vegetal folhoso foi colhido todas as manhãs, adquirido do mesmo
fornecedor, em uma horta próxima às dependências da universidade. Depois
de lavado com água, o vegetal foi pesado e colocado na gaiola suspenso por
ganchos, para evitar que os animais o desperdiçasse.
O controle de peso dos animais foi feito semanalmente, a ingestão de
ração foi medida a cada dois dias, e a ingestão de couve-manteiga do Grupo
GV foi medida a cada 24 horas.
Decorrido o período experimental de 30 dias, os animais foram
previamente anestesiados com o composto Zoletil 50 (Virbac) e, após a
abertura da parede tóraco-abdominal, foram sacrificados por exangüinação
para determinações de ~-caroteno, retinol e ésteres de retinol no plasma e
tecido hepático.
Page 43
33
o sangue colhido foi centrifugado para separação do plasma, o qual
foi armazenado em freezer -lO°C. O fígado, após ser extraído do animal, foi
lavado em solução salina, pesado (balança analítica Scientech SA120), e
imediatamente envolvido em papel alumínio e colocado em nitrogênio
líquido, e armazenado em freezer -lO°C para posteriores análises.
A Figura 6 representa o esquema de delineamento experimental.
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BIBLIOTECA 35Faculdade de Ciências Farmacêuticas
Univ&rsidade de São Paulo
TABELA 6: Composição das rações para coelhos, baseada em ADAMSOM et ai
(1973)
INGREDIENTES/ANIMAIS GV GCP GCN
(g/10kg) (g/10kg) (g/10kg)
Amido de milho q.s.p q.s.p q.s.p
Caseína (12%) 1600,0 1600,0 1600,0
Óleo de soja (8%) 800,0 800,0 800,0
Mistura salina AIN-93 (5%) 500,0 500,0 500,0
Mistura vitamínica AIN-93 (isenta de 100,0 100,0 100,0
vitamina A) (1%)
~-caroteno sintético Roche ( all-trans ----- 4,43
30% em óleo)
Pectina cítrica (12%) 1200,Oa 1200,0 1200,0
Celulose (2%) 200,Ob 200,0 200,0
Cloreto de colina (0,2%) 20,0 20,0 20,0
a: Soma da fibras solúveis da couve-manteiga + pectina cítrica sintéticab: Soma das fibras insolúveis da couve-manteiga + celulose sintética
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36
Tabela 7 - Composição da ração oferecida aos grupos de coelhos
durante o período de adaptação (3 dias).
Componentes Enriquecimento por Kg
do produto
Vit. A (UI)
Vit. D3 (UI)
Riboflavina (mg)
Vit. E (mg)
Ácido pantotênico (mg)
Niacina (mg)
Vit. 812 (Jlg)
Cobalto (mg)
lodo (mg)
Cobre (mg)
Ferro (mg)
Manganês (mg)
Zinco (mg)
Antibiótico (mg)
Furazolidona (mg)
2.100
400
1,80
1,50
4,83
7,98
8,00
0,18
0,30
1,53
6,56
1,30
11,25
8,70
55,00
Composição básica da ração: farelo de soja, farelo de trigo, farelo
de algodão, farinha de alfafa, milho moído, carbonato de cálcio, sal, melaço,
suplemento mineral e vitamínico.
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37
4.1.2.4 - Peletização das rações do Experimento 11 (coelhos)
O processo de peletização da ração, foi realizado da seguinte forma:
- Após a preparação e homogeneização da ração foram
acrescentados 40g de PVP (polivinil pirrolidona K-30) para cada 10kg da
mesma. Este produto é utilizado para dar consistência ao "pellet";
- Em seguida a ração foi passada 3 vezes por uma máquina
granuladora (Filizola), a fim de misturar o PVP à dieta;
- Depois, foram acrescentados à ração 3L de água destilada,
deixando-a úmida para passar por uma máquina (moedor de carne), onde foi
prensada através de um parafuso de rosca tipo sem fim contra uma placa
perfurada, para formação dos "pellets";
- Os "pellets" foram colocados em bandejas e levados à uma estufa a
40°C, até a completa secagem.
4.2 - Análises
4.2.1 - Metodologia da análise de p-Caroteno em couve-manteiga
O p-caroteno foi extraído da couve-manteiga segundo a técnica de
SCHOEP & SCHIERLE (1997), realizada no Instituto Adolfo Lutz de Ribeirão
Preto.
Príncípio do Método:
Está baseado na extração direta do p-caroteno com etanol, seguido
da quantificação através de cromatografia líquida de alta eficiência.
Técnica
- Pesou-se 1g da amostra de couve-manteiga previamente
homogeneizada em um balão volumétrico de 250ml;
- Adicionou-se 5ml de água;
- A amostra foi dispersa em um banho de ultra-som por 5 mino
(temperatura da sala);
- Adicionou-se 1OOml de etanol, agitando-se vigorosamente a mistura;
- Depois, foi adicionado diclorometano, agitou-se vigorosamente até
descoloração completa da amostra. Após atingir a temperatura
ambiente completou-se o volume até o menisco com diclorometano;
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38
- Após assentamento dos sólidos retirou-se SOml da porção
sobrenadante, que foi concentrada com vácuo parcial numa
temperatura de ~ SO°C, sob nitrogênio;
- O resíduo foi dissolvido na fase móvel (acetonitrila: diclorometano:
metanol, 70: 20:10) e injetado no HPLC.
- As condições cromatográficas foram as mesmas utilizadas nas
dosagens plasmáticas e hepáticas de ~-caroteno.
- Todos os procedimentos foram realizados sob proteção da luz.
4.2.2 - Metodologia da análise de fibra alimentar em couve
manteiga
As análises de fibra alimentar (solúveis e insolúveis) em couve
manteiga, foram realizadas segundo PROSKY et ai (1988), com algumas
modificações, no Laboratório de Alimentos do Depto de Alimentos e Nutrição
Experimental da Faculdade de Ciências Farmacêuticas - USP - São Paulo.
Principio do Método
Está baseado na determinação do peso do resíduo resultante da
eliminação do amido e da proteína, através da hidrólise enzimática, e
posterior precipitação das fibras solúveis na presença de etanol a 78%.
Fibra Alimentar Insolúvel (FAI): o hidrolisado contendo o resíduo, foi
filtrado e lavado com água. O filtrado e a água de lavagem foram utilizados
para determinar a Fibra Alimentar Solúvel. O resíduo foi lavado com etanol a
9S% e acetona, seco e pesado. A FAI corresponde ao peso do resíduo
descontando-se o peso da proteína e das cinzas contidas no resíduo.
Fibra Alimentar Solúvel (FAS): quatro volumes de etanol a 98% foram
adicionados ao filtrado, juntamente com a água de lavagem, com a
finalidade de precipitar a FAS. A solução alcoólica foi filtrada e o precipitado
é retido e lavado com etanol a 78%, etanol a 95% e acetona e,
posteriormente, seco e pesado. A FAS corresponde ao peso do precipitado
descontando-se o peso da proteína e das cinzas contidas no resíduo.
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39
4.2.3 - Determinação das concentrações hepáticas de p-caroteno,
retinol e palmitato de retinila
Foram utilizados fragmentos do lobo direito de cada fígado, mantidos
em freezer a -70°C até o momento da análise.
Todas as etapas foram realizadas, protegendo as amostras da luz, do
oxigênio do ar e da temperatura ambiente com auxílio de papel alumínio e
de recipiente com gêlo.
4.2.3.1 - Extração
Fragmentos do lobo direito hepático de cada animal, após descongelados,
foram pesados em balança digital, e daí retirada uma amostra de 0,5 grama
de fígado para extração, com base no procedimento descrito por ARNOULD
et ai (1991). Tal amostra foi homogeneizada com 2,0 ml de metanol (para
cromatografia, Merck) e auxílio de um Politron manual (Post-mounted
Homogenizer, OMNI 2000, EUA). Em seguida, foram adicionados 2,0 ml de
n-hexano (para cromatografia, Merck) e a amostra foi agitada, por 2 minutos,
em agitador de tubos (modelo 251, FANEM). Procedendo-se, a seguir a
centrifugação por 10 minutos a 3000 rpm. Posteriormente, a camada
superior de n-hexano foi retirada com pipeta Pasteur e, transferida para
outros tubos. O n-hexano (para cromatografia , Merck), foi evaporado sob
fluxo de nitrogênio e a amostra residual foi redissolvida em 300 /lI de fase
móvel (acetonitrila, diclorometano e metanol, na proporção 70:20:10).
4.2.3.2 - Análise de p-caroteno, retinol e palmitato de retinila por
Cromatografia Líquida de Alta Eficiência·. ("HPLC" - "high
performance Iiquid chromatographyj
4.2.3.2.1 - Preparo dos padrões
Foram utilizados padrões comerciais de p-caroteno (Trans-p
caroteno, Type I: synthetic, Sigma Chemical Co., St. Louis, MO, EUA), retinol
(Retinol (vitamin A), Ali, trans, synthetic, Sigma Chemical Co., St. Louis, MO,
EUA), e palmitato de retinila (Retinol palmitate, Ali trans, Type IV: synthetic,
Sigma Chemical Co., St. Louis, MO, EUA).
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40
Antes de serem utilizados, cada padrão foi quantificado por
espectrofotometria (spectrophotometer BECKMAN, modelo DU 640) a partir
da absorção máxima.
Após a quantificação, as soluções padrão foram diluídas em
concentrações desejadas e colocadas em frascos de vidro âmbar.
A solução padrão de ~-caroteno foi sempre preparada no dia da
análise (para evitar a degradação do ~-caroteno), ao passo que, as soluções
de retinol e palmitato de retiníla foram preparadas semanalmente, e
mantidas em freezer.
4.2.3.2.2 - Condições Cromatográficas
As concentrações hepáticas de ~-caroteno, retinol e palmitato de
retinila foram determinadas por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência
("HPLC" - "high-performance liquid chromafography'), segundo o método
descrito por ARNOULD et aI. (1991), com algumas modificações.
As condições utilizadas para a análise das amostras foram as
seguintes:
- Cromatógrafo líquido de alta eficiência (Shimadzu, modelo LC9A) com
sistema isocrático
- Detector espectrofotométrico (UV-visível, Shimadzu, modelo SPD-6AV),
utilizando os comprimentos de ondas:
- ~-caroteno: 450nm
- vitamina A: 325nm
- Injetor manual
- Coluna de fase reversa (C18), 5 flm, com 150 mm de comprimento e 6mm
de diâmetro interno.
- Fase móvel: acetonitrila: diclorometano: metanol (70:20:10)
- Fluxo da fase móvel: 1,5 ml/min.
- Injeção: 100 fll
- Tempo de corrida: 20 mino
A análise foi conduzida com a injeção de 100 fll dos padrões e das
amostras no cromatógrafo. Para tanto, foi utilizado o seguinte procedimento:
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41
- As soluções dos padrões de ~-caroteno, retinol, e palmitato de retinila
foram injetadas, isoladamente.
- Em seguida, as amostras foram injetadas.
Os solventes utilizados foram filtrados em sistema Milipore de filtração
a vácuo e, em seguida, degaseificados sob sistema de ultra-som (modelo T
7C/T, THORTON). As amostras e padrões, por sua vez, foram filtrados em
filtros Milipore, Millex, com diâmetro do poro de 0,45 /..1..
4.2.3.2.3 - Quantificação dos carotenóides
Os valores das áreas dos picos para os padrões e para as amostras
analisadas foram utilizados para o cálculo da concentração dos
carotenóides.
Os resultados finais foram expressos em micrograma por grama de
fígado.
4.2.4 - Determinação das concentrações plasmáticas de retinol, ~
caroteno e palmitato de retinila
A coleta do sangue em coelhos foi feita através de punção cardíaca
sendo que a agulha e o tubo continham heparina como anticoagulante e em
ratos ocorreu após o processo de decapitação. Em seguida, o sangue foi
centrifugado durante 10 minutos e o plasma obtido foi colocado em tubos e
guardados em freezer a -70°C até análise.
4.2.4.1 - Extração:
Os carotenóides foram extraídos coin base na técnica de ARNOULD
et ai (1991): as amostras foram colocadas em tubos de vidro (75 mm x
12mm I.D.), sendo protegidas por papel alumínio para minimizar a
degradação de vitaminas pela exposição a luz. Um volume de 1,Oml de
etanol foi adicionado a 0,5ml de soro. A mistura foi agitada por agitador
durante 10seg. Depois, as vitaminas foram extraídas com 1,Oml de hexano
por agitação em agitador por 2 min .. Os tubos foram centrifugados por 5min.,
e 500/..1.1 da camada de hexano foram transferidos a outros tubos de vidro e
evaporados, sob fluxo de nitrogênio. O resíduo foi dissolvido em 500/..1.1 de
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42
fase móvel (acetonitrila, diclorometano e metanol, na proporção 70:20:10),
misturando por 2min., e 100111 foram imediatamente injetados dentro do
cromatógrafo.
4.2.4.2 - Condições Cromatográficas para análise de retinol, J3
caroteno e palmitato de retinila no plasma
As condições cromatográficas foram as mesmas descritas para a
análise de J3-caroteno, retinol e palmitato de retinila no fígado.
Os resultados foram expressos em J,Jmol/L de plasma.
4.2.5 - Determinação de J3-caroteno nas rações
O J3-caroteno presente nas rações foi determinado segundo PANFILI
et ai (1994). As análises foram realizadas no Instituto Adolfo Lutz de Ribeirão
Preto.
4.2.6 - Avaliação da concentração do J3-caroteno sintético
utilizado na preparação das rações
A concentração do J3-caroteno sintético utilizado na preparação das
rações no experimento com ratos e no experimento com coelhos foi
confirmada por HPLC.
O J3-caroteno sintético (1 % em pó) utilizado na ração de ratos foi
extraído segundo PANFILI et ai (1994). O J3-caroteno (30% em óleo) utilizado
na ração de coelhos foi diluído emhexano e depois na fase móvel (1:100).
A concentração de cada preparado de J3-caroteno sintético foi
determinada em HPLC, seguindo as mesmas condições cromatográficas
utilizadas nas dosagens plasmáticas e hepáticas de J3-caroteno.
4.3 - Análise estatística
As variáveis estão representadas como média e desvio-padrão.
A determinação das diferenças entre os grupos de animais em cada
experimento (ratos e coelhos), foi feita por análise de variância aplicando o
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43
teste de Tukey, considerando 5% o nível de significância (p<0,05), com o
auxílio do programa Statistica, versão 6.0, da Stat Soft.
As correlações entre as variáveis de cada experimento (ratos e
coelhos), foram feitas utilizando o teste não-paramétrico de Spearman,
considerando 5% o nível de significância (p<0,05), com o auxílio do
programa Statistica, versão 6.0, da Stat Soft.
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45
5.1 - EXPERIMENTO EM RATOS
Neste experimento, ocorreu a perda de amostras biológicas de dois
animais, um do Grupo Controle (GC) e um do Grupo Experimental (GE)
durante as análises, sendo estes excluídos da análise de dados.
5.1.1 - Ganho de peso nos grupos de ratos .
A curva do ganho de peso dos animais dos grupos estudados,
durante o período experimental, está representada na Figura 7. O ganho de
peso total nos grupos Controle (GC) e Experimental (GE ) após 30 dias de
experimento está apresentado na Tabela 8.
O Teste de Tukey (ANOVA) para o ganho de peso total dos animais
estudados, mostrou diferença significativa (p<O,05) entre os grupos
Experimental (GE) e Controle (GC), com o Grupo Experimental
apresentando menor ganho de peso (Tabela 8).
5.1.2- Ingestão de ração nos grupos de ratos
A curva de ingestão de ração nos grupos de animais estudados está
representada na Figura 8. A ingestão total de ração nos grupos Controle
(GC) e Experimental (GE) após 30 dias de experimento está apresentada na
Tabela 8.
O Teste de Tukey (ANOVA) para a ingestão total de ração pelos
animais estudados, não mostrou diferença significativa (p>0,05) entre os
grupos Experimental (GE) e Controle (GC), (Tabela 8).
5.1.3- Ingestão de ~-caroteno nos grupos de ratos
A ingestão total de ~-caroteno nos grupos Controle (GC) e
Experimental (GE) após 30 dias de experimento está ilustrada na Figura 9.
O teste de Tukey (ANOVA) não mostrou nenhuma diferença
significativa (p>O,05) na ingestão total de ~-caroteno entre os grupos
Controle (5,77mg ± 0,42) e Experimental (5,41mg ± 0,51).
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Tabela 8 - Ganho de peso (g) e ingesl.lo de raç60 (g) nol grupos de ratos":
Ratos n Ganho de peso total IrigoStAO total de raçao
GNpo Controle (GC) 9 176.11 ± 12,641 424,78± 30,6õ'([karoteno + 0% de fibras)
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Grupo Experimental (GE)(!l-earoteno +7% de fibras)
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5.1.4 - Concentrações hepáticas de retinol, ~-carotenoe palmitato
de retinila (flg/g) no experimento com ratos
As concentrações hepáticas de retinol, ~-caroteno e palmitato de
retinila nos grupos Controle (GC) e Experimental (GE), estão representadas
nas Figuras 10a e 10b. Os valores do Grupo Basal foram: retinol =0,36 fl9/9
± 0, 14; ~-caroteno =0,14fl9/9 ± 0,10; palmitato de retinila =23,67fl9/9 ±
10,52.
O teste de Tukey (ANOVA) para o retinol mostrou diferença
significativa (p<0,05) entre os grupos Experimental (2,68fl9/9 ± 1,12) e
Controle (4,90fl9/9 ± 2,51), com o Grupo Experimental apresentando menor
concentração hepática de retinol. Para as concentrações de ~-caroteno, o
teste também mostrou diferença significativa (p<0,05) entre os grupos
Experimental (0,11 fl9/9 ± 0,06) e Controle (0,98fl9/9 ± 0,28), com menor
concentração hepática encontrada no Grupo Experimental, sendo este valor
menor que o encontrado no Grupo Basal (O,14fl9/9 ± 0,10). Quanto à
concentração de palmitato de retinila, também se observou que os grupos
Experimental (37,01 fl9/9 ± 17,20) e Controle (95,47fl9/g ± 45,13) diferiram
estatisticamente (p<0,05), com menor concentração hepática de palmitato
no Grupo Experimental.
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5.1.5- Concentrações hepáticas totais de retinol, ~-caroteno e
palmitato de retinila no experimento com ratos
As concentrações hepáticas totais de retinol, ~-caroteno e palmitato
de retinHa nos grupos Controle (GC) e Experimental (GE), estão
apresentadas na Tabela 9, e foram calculadas através da fómula:
Concentração hepática (Ilg/g) x peso total do fígado
o teste de Tukey (ANOVA) para o retinol hepático total mostrou
diferença significativa (p<O,OS) entre os grupos Experimental (GE) e Controle
(GC), com menor concentração hepática no Grupo Experimental. Para o ~
caroteno hepático total, o teste também mostrou diferença significativa entre
os grupos (p<O,OS), com o Grupo Experimental (GE) apresentando menor
concentração hepática em relação ao Grupo Controle (GC). E o palmitato de
retinHa hepático total, também apresentou diferença significativa (p<O,OS)
entre os grupos, com menor concentração hepática no Grupo Experimental
(GE) em relação ao Grupo Controle (GC).
As médias dos pesos dos fígados do Grupo Controle (9,72g ± 0,S7) e
Experimental (8,86g ± 0,9S) apresentaram diferença significativa (p<O,OS)
quando o teste de Tukey foi aplicado, com menor peso no Grupo
Experimental.
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55
5.1.6- índice da quantidade total de retinol, P-caroteno e palmitato
de retinila no fígado em relação ao peso corporal dos animais nos
grupos de ratos
Este índice foi calculado através da seguinte fórmula:
Concentração total do composto no figado (Jlg)
1=Peso corporal final (g)
o índice da quantidade total de retinol, p-caroteno e palmitato de
retinila no fígado em relação ao peso corporal dos animais estudados
(Controle e Experimental), está apresentado na Tabela 10.
O teste de Tukey (ANOVA) para o índice de retinol, mostrou diferença
significativa (p<0,05) entre os grupos de animais, com o Grupo Experimental
(GE) apresentando menor índice de retinol em relação ao Grupo Controle
(GC). O índice de p-caroteno também apresentou diferença significativa
(p<O,05) entre os grupos de animais, com o Grupo Experimental (GE)
apresentando menor índice de p-caroteno em relação ao Grupo Controle
(GC). E o índice de palmitato de retinila, também mostrou diferença
significativa (p<0,05) entre os grupos Experimental (GC) e Controle (GC),
com o Grupo Experimental (GE) apresentando menor índice de palmitato de
retinila em relação ao Grupo Controle (GC).
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5.1.7 - Concentrações plasmáticas de retinol, ~-caroteno e
palmitato de retinila (Ilmol/L) no experimento com ratos
As concentrações plasmáticas de retinol, ~-caroteno e palmitato de
retinila e nos grupos Controle (GC) e Experimental (GE) estão representadas
na Figura 11. Os valores do Grupo Basal foram: retinol = 0,661lmo1lL ± 0,30;
~-caroteno =0,091lmo1lL ± 0,06; palmitato de retinila não foi detectado.
O teste de Tukey (ANOVA) para o retinol não mostrou diferença
significativa (p>0,05) entre os Grupos Controle (1,42IlmoIlL ± 0,36) e
Experimental (1,10llmol/L ± 0,24). Em relação ao ~-caroteno plasmático o
teste mostrou diferença significativa (p<0,05) entre os grupos Experimental
(O,O?llmoI/L ± 0,04) e Controle (0,20llmoI/L ± 0,12), com menor
concentração plasmática de ~-caroteno no Grupo Experimental. Quanto à
concentração de palmitato de retinila, foi encontrado apenas traços no
plasma.
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5.1.8- Correlações entre ingestão de ~-caroteno, concentrações
hepáticas de retinol, ~-caroteno e palmitato de retinHa, e concentrações
plasmáticas de retinol e ~-caroteno nos animais do Grupo Controle
(GC)
o resultado do teste de Spearman (não paramétrico) aplicado para as
variáveis ingestão de ~-caroteno, concentrações hepáticas de retinol, ~
caroteno e palmitato de retinila, e concentrações plasmáticas de retinol e ~
caroteno do Grupo Controle, está representado na Figura 12.
As correlações significativas (p<O,05) encontradas foram: entre a
ingestão de ~-caroteno e a concentração plasmática de ~-caroteno (R =0,74; p<O,021), concentração hepática e plasmática de retinol (R = 0,84;
p<O,004), concentrações hepáticas de retinol e palmitato de retinila (R =
0,69; p<O,038), e concentração plasmática de retinol e palmitato de retinila
hepático (R =0,70; p<O,036).
5.1.9- Correlações entre ingestão de ~-caroteno, concentrações
hepáticas de retinol, ~-caroteno e palmitato de retinHa, e concentrações
plasmáticas de retinol e ~-caroteno nos animais do Grupo Experimental
O resultado do teste de Spearman (não paramétrico) aplicado para as
variáveis ingestão de ~-caroteno, concentrações hepáticas de retinol, ~
caroteno e palmitato de retinila, e concentrações plasmáticas de retinol e ~
caroteno do Grupo Experimental, está representado na Figura 13.
As correlações significativas (p<0,05) encontradas foram: entre as
concentrações hepáticas de palmitato de retinila e ~-caroteno (R = 0,91;
p<O,002), e concentrações de ~-caroteno hepático e plasmático (R = -0,81;
p<O,014).
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5.1.10 • Avaliação da concentração do ~·caroteno sintético
utilizado na preparação das rações no experimento em ratos
O resultado obtido na avaliação da concentração do ~-caroteno
sintético (1 % numa mistura em pó - Roche) utilizado na preparação das
rações dos animais estudados, mostrou que este se encontra numa
concentração de 50%.
5.1.11 - Concentração de ~-caroteno nas rações no experimento
em ratos
A concentração do ~-caroteno nas rações, está representada na
Tabela 11. Os valores obtidos nestas análises, indicam uma baixa
concentração do ~-caroteno nas rações, quando comparado com a
quantidade que foi adicionada à ração (4ER/g de ração = 24/1g de ~
caroteno/g de ração).
Tabela 11: Concentração do l3-caroteno nas rações no experimento em
ratos.
Amostras Ração Controle Ração Experimental/19/9 /19/9
1 12,42 14,65
2 10,20 12,36
3 15,96 12,55
4 15,78 12,13
Média 13,59 ± 2,78 12,92 ± 1,16
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63
5.2 - EXPERIMENTO EM COELHOS
5.2.1 - Determinação de p-caroteno em couve-manteiga
A concentração de p-caroteno na couve-manteiga está representada
na Tabela 12, onde se observa os resultados de 3 determinações e a sua
média. Os resultados obtidos estão de acordo com os já descritos na
literatura (RODRIGUEZ-AMAYA, 1996).
Tabela 12: Concentração de p-caroteno na couve-manteiga utilizada neste
experimento.
Amostras (g)
1) 0,430
2) 0,415
3) 0,407
Média
Concentração de p-caroteno
(~g/g)
35,20
36,56
39,23
37,00 ± 2,05
5.2.2 - Determinação de fibra alimentar (solúveis e insolúveis) em
couve-manteiga
Os resultados das determinações de fibra alimentar na couve
manteiga estão representadas na Tabela 13. Foram realizadas 2
determinações: uma utilizando couve-manteiga branqueada e uma sem
branqueamento, sendo todas as amostras liofilizadas. A couve-manteiga
sem branqueamento (média de 4 determinações) e com branqueamento
(média de 3 determinações) obtiveram resultados semelhantes.
Como no Experimento 11 foi fornecido couve-manteiga in natura para
os coelhos, o resultado da análise de fibra alimentar da couve-manteiga sem
branquamento (média de 4 determinações) foi utilizado para o cálculo da
quantidade de pectina e celulose a ser adicionada na ração do Grupo GV.
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64
Tabela 13: Resultados das determinações de fibra alimentar na couve
manteiga utilizada neste experimento.,
INSOLÚVELAMOSTRAS UMIDADE SOLUVEL TOTALLIOFILIZADAS (%) (g/100g) (g/100g) (g/100g)Couve-manteiga (com
branqueamento)* -------------- 0,60 2,12 2,72
Couve-manteiga (sem
branqueamento) ** 6,31 0,67 2,06 2,73
Total = sol. + insol.
* Média de três determinações.** Média de quatro determinações.
5.2.3 - Ganho de peso nos grupos de coelhos
A curva do ganho de peso nos grupos GV, GCP e GCN, durante o
período experimental, está representada Figura 14. O ganho de peso total
desses animais após 30 dias de experimento está apresentado na Tabela
14.
o Teste de Tukey (ANOVA) para o ganho de peso total nos animais
estudados, mostrou diferença significativa (p<O,05) entre o grupo GV com os
grupos GCP e GCN, com menor ganho de peso nos grupos GCP e GCN.
Esses dois grupos não diferiram estatisticamente entre si (p>O,05) (Tabela
14).
5.2.4- Ingestão de ração nos grupos de coelhos
Em relação à ingestão de ração pelos animais, a curva desta durante
o período experimental está representada na Figura 15. A ingestão total de
ração pelos grupos GV, GCP e GCN está apresentada na Tabela 14.
O Teste de Tukey (ANOVA) para a ingestão total de ração dos
animais estudados, não mostrou nenhuma diferença significativa (p>0,05)
entre os grupos GV, GCP e GCN (Tabela 14).
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65
5.2.5- Ingestão de p-caroteno nos grupos de coelhos
A ingestão total de p-caroteno nos grupos GV e GCP, após 30 dias de
experimento está ilustrada na Figura 16.
O teste de Tukey (ANOVA) não mostrou nenhuma diferença
significativa (p>O,OS) na ingestão total de p-caroteno entre os grupos GV
(171,21 mg ± 14,33) e GCP (177,2Smg ± 20,9).
A curva da ingestão de couve-manteiga, fonte natural do ~-caroteno
do Grupo GV está representada na Figura 17.
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5.2.6 - Concentrações hepáticas de retinol, ~-carotenoe palmitato
de retinila (flg/g) no experimento com coelhos
As concentrações hepáticas de retinol, ~-caroteno e palmitato
de retinila nos grupos de GV, GCP e GCN, estão representadas na Figura
18a e 18b. Os valores do Grupo Basal foram: retinol = 7,01 fl9/9 ± 2,88; ~
caroteno =0,02fl9/9 ± 0,01; palmitato de retinila =3,78fl9/9 ± 1,38.
Dois cromatogramas das concentrações de retinol e palmitato de
retinila, um do Grupo GV e outro do Grupo GCP, estão visualizados nas
Figuras 19 e 20.
O teste de Tukey (ANOVA) para o retinol, mostrou diferença
significativa (p<0,05) entre todos os grupos de coelhos (GCP: 53,231..1g/g ±
15,54; GV: 38,45I..1g/g ± 11,38; GCN: 1,95I..1g/g ± 0,49), com o Grupo GCP
apresentando maior concentração de retinol e o Grupo GCN com menor
concentração de retinol hepático (abaixo do valor encontrado no grupo
Basal: 7,01I-1g/g ± 2,88). Em relação ao ~-caroteno hepático, o teste não
mostrou diferença significativa (p>0,05) entre os grupos GV (0,65I..1g/g ±
0,03) e GCP (0,68I..1g/g ± 0,22); não foi detectado ~-caroteno no Grupo GCN.
Quanto ao palmitato de retinHa, os grupos GV (71,92I..1g/g ± 29,39) e GCP
(69,66I..1g/g ± 14,09) não diferiram estatisticamente (p>0,05) entre si, mas
diferiram (p<0,05) do Grupo GCN (0,71I..1g/g ± 0,37) que apresentou menor
concentração hepática de palmitato de retinHa (abaixo do valor do Grupo
Basal: 3,78I-1g/g ± 1,38).
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Figura 20: Cromatograma (HPLC) das concentrações hepáticas de retinol (R) e palmitato de retinila
(PR) do Grupo GCP
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76
5.2.7- Concentrações hepáticas totais de retinol, f3-caroteno e
palmitato de retinila no experimento com coelhos
As concentrações hepáticas totais de retinol, f3-caroteno e palmitato
de retinila nos grupos GV, GCP e GCN, estão apresentadas na Tabela 15, e
foram calculadas através da fórmula:
Concentração hepática (~g/g) x peso total do fígado
o teste de Tukey (ANOVA) para o retinol hepático total mostrou
diferença significativa (p<O,05) entre o Grupo GCN e os grupos GVe GCP,
com menor concentração hepática no Grupo GCN. Para o f3-caroteno
hepático total, o teste mostrou diferença significativa (p<O,05) entre os
grupos GV e GCP, com menor concentração hepática de f3-caroteno no
Grupo GCP; no Grupo GCN não foi detectado f3-caroteno hepático. E o
palmitato de retinila hepático total, apresentou diferença significativa
(p<O,05) entre todos os grupos, com maior concentração hepática no Grupo
GVe menor concentração hepática no Grupo GCN.
As médias dos pesos dos fígados do Grupo GV (54,93g ± 13,68),
GCP (39,83g ± 7,43) e GCN (54,41g ± 22,23) não apresentaram diferença
significativa (p>O,05) quando o teste de Tukey foi aplicado.
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5.2.8- índice da quantidade total de retinol, ~-caroteno e palmitato
de retinila no fígado em relação ao peso corporal dos animais nos
grupos de coelhos
Este índice foi calculado através da seguinte fórmula:
Concentração total do composto no fígado (mg)
1=Peso corporal final (g)
o índice da quantidade total de retinol, ~-caroteno e palmitato de
retinila no fígado em relação ao peso corporal dos animais estudados (GV,
GCP e GCN), está apresentado na Tabela 16.
O teste de Tukey (ANOVA) apresentou as mesmas diferenças
significativas (p<O,05) entre os grupos estudados, tanto para retinol, ~
caroteno e palmitato de retinila, os grupos GV e GCP diferiram
significativamente (p<O,05) do Grupo GCN, que apresentou menor índice de
retinol, f3-caroteno e palmitato de retinila.
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5.2.9 - Concentrações plasmáticas de retinol, ~-caroteno e
palmitato de retinila (IlmoI/L) no experimento com coelhos
As concentrações plasmáticas de retinol, ~-caroteno e
palmitato de retinila entre os grupos de animais, estão representadas na
Figura 21, sendo que o palmitato de retinila apresentou somente traços. Os
valores do Grupo Basal foram: retinol =2,18 Ilmol/L ± 0,73; ~-caroteno =O,131lmol/L ± 0,14.
O teste de Tukey (ANOVA) para o retinol, mostrou diferença
significativa (p<0,05) entre o Grupo GV (1 ,881Jmo1/L ± 0,54) com os grupos
GCP (1,331Jmo1lL ± 0,40) e GCN (0,36IJmoI/L ± 0,27), com menor
concentração de retinol nos grupos GCP e GCN, que também diferiram
estatisticamente entre si, com o Grupo GCN apresentando menor (p<0,05)
concentração de retinol plasmático. Os valores de retinol plasmático dos
grupos estudados ficaram abaixo do valor do Grupo Basal (2,18IJmoIlL ±
0,73). Quanto ao ~-caroteno plasmático, o teste estatístico também mostrou
diferenças significativas (p<O,OS) entre os grupos GV (0,33IJmoI/L ± 0,11),
GCP (O,20lJmoIlL ± 0,10) e GCN (O,011Jmo1lL ± 0,00), com o Grupo GV
apresentando maior concentração de ~-caroteno plasmático.
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5.2.10- Correlações entre ingestão de ~-caroteno, concentrações
hepáticas de retinol, ~-caroteno e palmitato de retinila, e concentrações
plasmáticas de retinol e ~-caroteno nos animais do Grupo GV
O resultado do teste de Spearman (não paramétrica) aplicado para as
variáveis ingestão de ~-caroteno, concentrações hepáticas de retinol, ~
caroteno e palmitato de retinHa, e concentrações plasmáticas de retinol e ~
caroteno do Grupo GV, está representado na Figura 22.
As correlações significativas (p<O,05) encontradas foram: entre a
concentração hepática de retinol e a concentração plasmática de ~-caroteno
(R =-0,71; p<O,05), e entre a concentração hepática de palmitato de retinila
e concentração plasmática de retinol (R =0,71; p<O,05).
5.2.11- Correlações entre ingestão de ~-caroteno, concentrações
hepáticas de retinol, ~-caroteno e palmitato de retinila, e concentrações
plasmáticas de retinol e ~-caroteno nos animais do Grupo GCP
O teste de Spearman (não paramétrica) aplicado para as variáveis
ingestão de ~-caroteno, concentrações hepáticas de retinol, ~-caroteno e
palmitato de retinila, e concentrações plasmáticas de retinol e ~-caroteno do
Grupo Gep, não apresentou nenhuma correlação significativa (p>0,05).
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5.2.12 - Avaliação da concentração do ~-caroteno sintético
utilizado na preparação da ração do Grupo GCP
O resultado obtido da avaliação da concentração do ~-caroteno
sintético (30% em óleo - Roche) utilizado na preparação da ração dos
animais do Grupo GCP, mostrou que este se encontra numa concentração
de 96%.
5.2.13 - Concentração de ~-caroteno nas rações no experimento
em coelhos
A concentração do ~-caroteno nas rações dos grupos GV, GCP e
GCN, está representada na Tabela 17. Nas rações do grupos GV e GCN, o
~-caroteno não foi detectado.
Tabela 17: Concentração do ~-caroteno nas rações no experimento em
coelhos.
Amostras Ração GV Ração GCP Ração GCNmg/g mg/g mg/g
1 ------ 0,12
2 ------ 0,13
Média 0,13 ± 0,002
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86
Ao longo dos anos, tem sido aceito que o conteúdo de nutrientes nos
alimentos não é o bastante para determinar o seu valor nutricional. Vários
fatores internos ou externos aos alimentos podem influenciar na
disponibilidade de nutrientes para o organismo. Mesmo que um nutriente
esteja presente em altas concentrações, sua utilização pode não ser
inteiramente satisfatória se existirem fatores que interferem com a sua
disponibilidade. Assim, estudos sobre a biodisponibilidade de nutrientes são
importantes para se obter informações seguras sobre o valor nutricional dos
alimentos (TEE et ai, 1996).
Neste trabalho avaliou-se a biodisponibilidade do 13-caroteno sintético
e de fonte natural (couve-manteiga) em rações com ou sem pectina cítrica,
em 2 ensaios biológicos diferentes (ratos e coelhos). A utilização de dois
tipos de animais experimentais se deve ao fato de um dos estudos
necessitar de um animal, no caso o coelho, que consumisse naturalmente o
vegetal folhoso in natura. TEE et ai (1996), relatam o problema de
aceitabilidade de vegetais pelos ratos, principalmente, variedades tropicais
de folhas verdes que possuem odores inaceitáveis para esses animais. Já o
outro estudo, não pode ser realizado em coelhos, devido não se adaptarem
a uma dieta isenta de fibra alimentar (informação obtida através de um
estudo piloto antecedente aos experimentos), utilizando-se assim, os ratos.
A escolha da couve-manteiga para o estudo, foi devido o seu teor de
13-caroteno, sua aceitabilidade pelos animais, e por ser de fácil acesso
durante as estações do ano.
Estudos sobre a biodisponibilidade do 13-caroteno em vegetais
folhosos realizados na Indonésia (De PEE et ai, 1995; De PEE et ai, 1998a;
De PEE et ai, 1998b), mostraram que o 13-caroteno provindo desta fonte foi
pouco absorvido pelo organismo. Esta baixa biodisponibilidade do 13
caroteno, pode ser devida a diversos fatores, entre eles a presença de fibras
solúveis nos alimentos, principalmente a pectina cítrica.
Uma possível explicação para este efeito da pectina cítrica sobre o
metabolismo dos carotenóides, seria a sua interferência na formação das
micelas, interagindo com os sais e ácidos biliares, resultando no aumento da
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87
excreção fecal de ácidos biliares, e assim, diminuindo a absorção de
gorduras e substâncias solúveis em gorduras tais como os carotenóides e
colesterol.
6.1 - Utilização de animais neste estudo
Neste trabalho, os dois tipos de animais (ratos e coelhos) utilizados
nos diferentes experimentos, corresponderam ao intuito desejado, que foi
estudar a biodisponibilidade do p-caroteno.
Sabendo-se que tanto o rato como o coelho convertem eficientemente
o p-caroteno em vitamina A, foram analisadas neste estudo não só a
concentração plasmática e hepática de p-caroteno, mas também, as
concentrações de retinol e ésteres de retinol em nível basal e após o período
experimental. Desta forma, pode-se saber quanto p-caroteno foi absorvido e
armazenado em forma de vitamina A pelos animais estudados em cada
experimento.
Há muita controvérsia na utilização de modelos animais em estudos
de carotenóides.
Estudos relatam que "ferrets", "mongolian gerbil" e bovinos são os
melhores modelos para estudo da absorção e metabolismo de carotenóides,
devido a fisiologia destes animais ser parecida a fisiologia humana. Mas,
estes animais também apresentam inconvenientes para este tipo de estudo.
Os "ferrets" possuem metabolismo· semelhante ao do homem, por
absorverem uma substancial porção de p-caroteno intacto e o acumularem
nos tecidos (RIBAYA-MERCADO et ai, 1992). Porém, a concentração
plasmática de ésteres de retinila nesta espécie representa 93% do total da
vitamina A sanguínea, enquanto no homem estes ésteres representam
menos que 3% (WANG, 1994; LEE et ai, 1999). Além disso, são animais
caros e de dificultoso manejo (LEE et ai, 1999).
O "mongolian gerbil" (Meriones unguiculatus) , absorve grandes
quantidades de p-caroteno intacto e tem um perfil de lipoproteínas
semelhantes aos humanos (POLLACK et ai, 1994). Contudo, o que se
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88
conhece sobre as necessidades de vitamina A deste animal é limitado (LEE
et ai, 1999).
Os bovinos pré-ruminantes, são monogástricos e como os humanos,
absorvem ~-caroteno intacto (HOPPE et ai, 1996). Estes animais, assim
como os "ferrets", possuem diferenças no metabolismo de ésteres de retinila
(alto nível plasmático de ésteres retinila) quando comparado aos humanos
(Van VLlET, 1996b). Além disso, são animais caros, difícil de mantê-los num
ambiente de laboratório e de obter uma amostra estatística significante.
Outros estudos sobre biodisponibilidade de carotenóides utilizaram
ratos (TEE et ai, 1996), galináceos (ERDMAN Jr et ai, 1986) e coelhos (YAP
et ai, 1997), que como dito anteriormente, são animais que convertem
eficientemente ~-caroteno em vitamina A, e que só armazenam ~-caroteno
em tecidos, quando consomem uma ração com alta quantidade de ~
caroteno, diferenciando assim, do metabolismo humano, o qual, absorve
uma quantidade de ~-caroteno intacto (Van VLlET, 1996b). Mas, estes
animais apresentam certas vantagens tais como, são baratos, disponíveis e
de fácil manejo no laboratório.
Enfim, todos os modelos animais para estudo dos carotenóides,
apresentam suas vantagens e desvantagens.
Assim, o ideal seria adequar o estudo de acordo com as condições
que são dispostas, escolhendo o animal que mais se encaixe com os
objetivos desejados e que responda as expectativas do pesquisador.
No presente estudo, .a utilização de ratos e coelhos alcançou o
objetivo proposto, que foi o estudo da biodisponibilidade do ~-caroteno.
6.2 • Experimento em ratos
O objetivo deste ensaio biológico foi verificar em ratos, o efeito da
pectina cítrica na absorção do ~-caroteno sintético.
Para tal estudo, foram utilizados dois grupos de animais, um
recebendo uma ração contendo ~-caroteno e 7% de pectina cítrica (Grupo
Experimental) e outro recebendo uma ração contendo ~-caroteno e isenta de
fibra alimentar (Grupo Controle) durante 30 dias.
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89
A análise dos dados referentes ao ganho de peso dos animais
durante o período experimental, mostrou que o grupo que recebeu ração
contendo 7% de pectina cítrica (Grupo Experimental), apresentou um menor
ganho de peso (p<O,05) quando comparado ao grupo isento de fibra
alimentar (Grupo Controle).
O menor ganho de peso dos animais do Grupo Experimental pode
estar associado a ingestão de fibra alimentar.
LAFONT et ai (1985) mostraram ganho de peso menor em ratos
recebendo ração com pectina, quando comparados a ratos recebendo ração
isenta de pectina e ração com celulose ou farelo de trigo.
Esses dados condizem com o estudo de VAHOUNY et ai (1987) que
também verificaram um menor ganho de peso em ratos que receberam
rações contendo pectina, goma guar ou alfafa, quando comparados a ratos
que receberam ração isenta de fibra alimentar.
Segundo WISKER et ai (1994), a alta ingestão de fibras às vezes é
considerada como auxiliar na perda de peso, aumentando a excreção de
energia fecal devido ao aumento das perdas de fibras, proteínas e gorduras.
A quantidade de ração ingerida pelos animais, durante o período
experimental deste ensaio biológico não diferiu (p>O,05) entre o grupo que
recebeu pectina cítrica (Grupo Experimental) e o grupo que não recebeu
pectina cítrica (Grupo Controle). Outros estudos também obtiveram
resultados semelhantes.
TSAI et ai (1976), estudando em ratos a influência de certas fibras
alimentares (7% nas rações) nas concentrações de colesterol no soro e
tecidos, verificaram nenhuma diferença na ingestão de rações pelos animais.
ERDMAN Jr et ai (1986), estudando em galináceos, os efeitos de
várias fontes de fibra alimentar na absorção do ~-caroteno, não obtiveram
diferença na ingestão de rações entre o Grupo Controle (isento de fibras) e o
grupo que recebeu uma ração contendo 7% de pectina cítrica.
TINKER et ai (1994), não observaram em ratos (induzidos à
hiperlipidemia), diferença na ingestão de rações contendo 3% de pectina ou
isenta de pectina.
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90
Assim como a ingestão de rações não foi diferente entre os grupos
estudados, a ingestão de p-caroteno também não diferiu (p>O,05) entre os
mesmos. Isto significa que os grupos de animais (Controle e Experimental)
consumiram a mesma quantidade de p-caroteno.
No presente estudo, verificou-se que os níveis hepáticos de retinol, p
caroteno e palmitato de retini/a, foram diferentes estatisticamente (p<O,05)
entre os grupos estudados. Uma síntese dos resultados é mostrada na
tabela a seguir, onde x, y e z representam respectivamente a concentração
em I-lg/g de fígado, concentração total (I-lg/peso de fígado) e índice em
relação ao peso corporal (I-lg/g de peso corporal) e, 1 representa o Grupo
Experimental e 2 o Grupo Controle:
Retinol hepático Palmitato de retinila p-caroteno
Hepático hepático
X1 < X2 X1 < X2 X1 < X2
Y1 < Y2 Y1 < Y2 Y1 < Y2
Z1 < Z2 Z1 < Z2 Z1 < Z2
Como pode-se observar o grupo isento de pectina cítrica (Grupo
Controle) apresentou maior teor hepático de vitamina A e p-caroteno em
todas as análises realizadas, quando comparado ao grupo que recebeu
pectina cítrica (Grupo Experimental). Estes dados, indicam que
possivelmente a presença de pectina na ração dos animais do Grupo
Experimental tenha influenciado na absorção do p-caroteno.
ERDMAN et ai (1986), comparando em galináceos a absorção do p
caroteno sintético em rações contendo 7%' de várias fontes de fibra
alimentar, mostraram que o grupo que recebeu pectina cítrica teve uma
grande redução (52%) na porcentagem de p-caroteno consumido e estocado
no fígado como vitamina A quando comparado ao grupo que não recebeu
fibra alimentar.
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Encontrou-se alta concentração de palmitato de retinila e baixa
concentração de ~-caroteno no fígado dos ratos estudados, sugerindo a
ocorrência de conversão do ~-caroteno em ésteres de retinila.
RIBAYA-MERCADO et ai (1989), também encontraram uma grande
quantidade de ésteres de retinila no fígado de ratos que receberam ração
com ~-caroteno, indicando a conversão do ~-caroteno em vitamina A.
O principal éster de retinila encontrado no fígado de ratos após
suplementação com ~-caroteno foi o palmitato de retinila (BIANCHINI
SANTAMARIA et ai, 1993). Este dado é semelhante ao encontrado no
presente estudo.
Ratos convertem aproximadamente todo o ~-caroteno absorvido em
ésteres de retinila que fica armazenado no fígado. Somente pequena
quantidade de ~-caroteno é incorporada nos tecidos destes animais
(PARKER, 1996).
A correlação positiva (R = 0,69; p<0,038) encontrada no Grupo
Controle para as variáveis concentração de retinol e palmitato de retinila
hepáticos, sugere que o ~-caroteno convertido a retinol foi estocado como
palmitato de retinila no fígado.
No Grupo Experimental, também foi encontrada uma correlação
positiva (R = 0,91; p<0,002) muito forte entre as variáveis palmitato de
retinila e ~-caroteno hepáticos, indicando mais uma vez a principal forma de
armazenamento da vitamina A. Assim, demonstra-se a importância da
determinação deste composto no fígado.
Van VLlET et ai (1995), sugerem que a resposta de ésteres de retinila
pode ser um bom indicador da conversão intestinal do ~-caroteno.
O peso do fígado dos animais do Grupo Experimental foi menor
(p<0,05) em relação ao Grupo Controle. Este resultado, também pode estar
associado com a presença de pectina cítrica na ração consumida por estes
animais.
O estudo de TSAI et ai (1976), também mostrou menor (p<0,05) peso
de fígado em animais que receberam rações com adição de pectina
comparados a animais que receberam rações isentas de pectina. Assim, o
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92
resultado encontrado no presente estudo, encontra-se em concordância com
o descrito nesse trabalho.
Com relação a concentração plasmática de j3-caroteno, retinol e
palmitato de retinila, somente o j3-caroteno diferiu (p<O,OS) entre os grupos
estudados, com menor (p<O,OS) concentração no Grupo Experimental em
comparação ao Grupo Controle. Esta menor concentração de j3-caroteno no
plasma dos animais do Grupo Experimental provavelmente é decorrente da
interferência da pectina cítrica na absorção do j3-caroteno.
ROCK & SWENDSEID (1992), avaliaram em humanos o efeito 12g de
pectina cítrica em uma refeição contendo 2Smg de j3-caroteno sintético sobre
a resposta plasmática do j3-caroteno, que foi reduzida pela metade na
presença de pectina.
RIEDL et ai (1999), também observaram em mulheres uma
diminuição de 33%-43% na concentração plasmática do j3-caroteno, quando
foi oferecida uma dieta enriquecida com pectina (O, 1Sg/Kg de peso corpóreo
1) e contendo uma mistura de antioxidantes (/3-caroteno, licopeno, luteína,
cantaxantina e a-tocoferol).
OLSON (1984), relata que a concentração e composição dos
carotenóides no plasma, geralmente reflete a quantidade de carotenóides
ingeridos na dieta, embora alguns fatores possam interfir neste sentido,
entre eles, a eficiência da absorção.
A correlação encontrada no Grupo Controle entre as variáveis
ingestão de j3-caroteno e concentração plasmática de j3-caroteno (R =0,74;
p<0,021), concorda com o descrito acima.
Como neste trabalho, os grupos estudados receberam a mesma
quantidade de j3-caroteno nas rações e não houve diferença (p>O,OS) no
consumo das mesmas, a diferença (p<O.OS) na concentração de j3-caroteno
plasmático entre os grupos Experimental e Controle, se deve provavelmente
a presença de pectina na ração do Grupo Experimental interagindo na
absorção do j3-caroteno.
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93
No Grupo Experimental, encontrou-se uma correlação negativa (R =
0,81; p<0,014) entre as variáveis concentração de p-caroteno hepático e
plasmático, indicando o armazenamento do p-caroteno no fígado dos ratos.
Os carotenóides plasmáticos, em seu estado estável, representam
aproximadamente 1% do conteúdo total de carotenóides no organismo,
enquanto uma concentração maior pode ser encontrada no fígado
(CASTENMILLER & WEST, 1998).
A concentração plasmática de palmitato de retinila foi desprezível nos
grupos estudados, apresentando somente traços.
O retinol plasmático não apresentou diferença entre os grupos
Experimental e Controle. Isto possivelmente se deve ao controle
homeostático da concentração de retinol no plasma (De PEE et ai, 1995).
ERDMAN Jr. et ai (1986), no estudo em galináceos citado
anteriormente, não obtiveram diferença estatística na concentração
plasmática de retino!.
RIBAYA-MERCADO et ai (1989) administrando diferentes doses de p
caroteno (O, 4 e 20 mg/Kg de peso corporal) durante 2 semanas em rações
para ratos e "ferrets", não obtiveram nenhum efeito significante nos valores
de retinol no soro destes animais.
A concentração de retinol circulante parece não estar relacionada com
a ingestão dietética, exceto quando o estoque hepático de retinol está
gravemente depletado. Alta ingestão de retinol ou ésteres de retinol na
alimentação de indivíduos adultos tem somente um pequeno efeito sobre o
retinol plasmático durante o imediato período pós-prandial, e normalmente
não tem demonstrado efeitos fisiológicos a menos que a dose seja muito alta
(THURNHAM & NORTHROP-CLEWES, 1999).
As correlações encontradas no Grupo Controle entre as variáveis
concentração hepática e plasmática de retinol (R = 0,84; p<0,004) e,
concentração plasmática de retinol e palmité;lto de retinila hepático (R = 0,70;
p<0,036), indicaram o armazenamento da vitamina A no fígado.
Os dados aqui observados indicam que a biodisponibilidade do p
caroteno sintético, na presença de pectina cítrica, foi reduzida em relação ao
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94
Grupo Controle, o que demonstra que a pectina cítrica a 7% na ração,
exerceu um efeito inibitório sobre a absorção do ~-caroteno.
Várias fontes de fibra alimentar podem diminuir a velocidade do
processo de digestão e absorção de macronutrientes, incluindo gorduras. As
propriedades físicas das fibras, tais como tamanho da partícula, viscosidade,
capacidade de ligacão com a água, formação de gel, e capacidade de
ligação com os ácidos biliares, podem ser responsáveis pelos efeitos das
fibras na absorção de carotenóides (EL- GORAB et ai, 1975; HOLLANDER &
RUBLE Jr., 1978).
Judd & Truswell apud ERDMAN (1986), relatam que a 'alta
viscosidade no trato gastrointestinal provocada pela fibras solúveis, atuam
sobre os sais biliares, sequestrando-os e, consequentemente ocorre o
rompimento da formação das micelas, limitando assim, a absorção dos
constituintes lipossolúveis da dieta.
ARAÚJO & ARAÚJO (1998), em uma revisão sobre fibra alimentar,
relatam a capacidade de interação das fibras solúveis com os sais biliares.
Estudos mostram que o mecanismo de ação das fibras solúveis,
principalmente a pectina, sobre a absorção do ~-caroteno, envolva
alterações na formação de micelas e no contato das mesmas com a
membrana das células da mucosa intestinal (PARKER, 1996; ROCK, 1997).
As micelas são partículas formadas por um agregado de moléculas. O
complexo micelar bile-gordura forma-se pela combinação dos sais biliares,
monoglicerídeos e fosfolipídeos e apresenta um papel importante no
processo de absorção dos Iipídeos (SANTOS, 1998). Elas são responsáveis
pela remoção dos produtos finais da digestão da gordura vizinhos aos
glóbulos gordurosos em processo de digestão, evitando alterações no
processo digestivo. Além disso, as micelas atuam como meio de transporte
para os ácidos graxos, monoglicerídeos, colesterol e outros lipídios, até a
borda em escova da célúlas epiteliais, local onde ocorre a absorção. Ao
liberar essas substâncias na borda em escova, os sais biliares são
novamente liberados no quimo para serem reutilizados nesse processo de
transporte (GUYTON, 1989).
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95
A absorção dos carotenóides solúveis em gorduras, provavelmente
tenha uma necessidade absoluta dos sais biliares das micelas (EL- GORAB
et ai, 1975; HOLLANDER & RUBLE Jr., 1978).
Os sais biliares são necessários para solubilização micelar do p
caroteno, que virtualmente não possui solubilização em água. E também,
são necessários para a interação com a membrana celular ou como
transportador (EL-GORAB et ai, 1975; HOLLANDER & RUBLE Jr., 1978).
Fibras viscosas ou gelatinosas e ligninas parecem ter grande
capacidade para sequestrar ácidos biliares (importantes na formação de
micelas). Essa ligação parece tratar-se de um fenômeno de adsorção, sendo
influenciada pelo pH e osmolaridade, composição dos ácidos biliares (certos
tipos de fibras parecem preferir ligações com ácidos biliares não
conjugados), e as formas físicas e químicas das fibras. Em geral, a ligação
de ácidos biliares é grande em pH baixo (VAHOUNY & CASSIDY, 1987).
Esta propriedade destes tipos de fibras pode, assim interferir na formação
das micelas, que são necessárias para absorção do p-caroteno, reduzindo a
sua biodisponibilidade.
Outro aspecto relacionado às propriedades físicas das fibras solúveis
é que elas aumentam a viscosidade e o volume do conteúdo intestinal,
podendo assim, diminuir o processo de difusão de micelas para a superfície
absortiva dos enterócitos (RIEDL et ai, 1999).
Contrações intestinais criam turbulência, permitindo a digestão do
centro do lúmen ser transportada para o epitétio. Os nutrientes, depois são
difundidos através da camada delgada de água estacionária, adjacente a
mucosa intestinal. Um aumento na viscosidade do conteúdo luminal,
obviamente prejudica o processo de mistura peristáltica. Polissacarídeos
dissolvidos também podem inibir a difusão de nutrientes através da camada
de água estacionária (aumentando a sua resistência ou espessura),
apresentando um obstáculo físico à pequenos movimentos. Dificuldades na
mistura do conteúdo luminal devido ao aumento da viscosidade pelos
polissacarídeos dissolvidos possivelmente retarda o transporte de enzimas
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digestivas aos substratos (VAHOUNY & CASSIDY, 1987; EASTWOOD &
MORRIS, 1992).
Fatores duodenais, como a presença de fibras solúveis, impedindo o
movimento das micelas ou o seu contato com a mucosa, provavelmente
prejudica a absorção de carotenóides (PARKER, 1996).
Pelos resultados observados, pode-se verificar que os dados obtidos
neste trabalho estão em concordância com outros autores, sendo que, a
pectina adicionada na ração determinou o menor ganho de peso dos
animais, o menor peso do fígado e a menor absorção de ~-caroteno. Desta
modo, a pectina cítrica interferiu na biodisponibilidade do ~-caroteno.
6.3 - Experimento em coelhos
O objetivo deste ensaio biológico foi comparar em coelhos, a
biodisponibilidade do ~-caroteno sintético e de fonte natural (couve
manteiga) na presença de pectina cítrica.
Para tal estudo, foram utilizados três grupos de animais, um
recebendo ~-caroteno de fonte natural (couve-manteiga) (GV), outro
recebendo f3-caroteno sintético (GCP) e um outro que não recebeu (3
caroteno (GCN), todos recebendo pectina cítrica em suas respectivas
rações.
A análise dos dados referentes ao ganho de peso dos animais
durante o período experimental, mostrou que o grupo que recebeu ~
caroteno de fonte natural (GV) apresentou um maior ganho de peso
(p<O,OS), quando comparado ao grupo que recebeu ração contendo ~
caroteno sintético (GCP) e ao grupo que recebeu ração isenta de ~-caroteno
(GCN). Há duas possíveis explicações para este resultado:
• Os animais do Grupo GV consumiram além da ração, uma outra
fonte de alimento, a couve-manteiga, o que não ocorreu com os animais dos
grupos GCP e GCN que só receberam ração. Este consumo de couve
manteiga, poderia ter acrescentado mais nutrientes na alimentação dos
animais do Grupo GV, resultando em maior (p<O,OS) ganho de peso, quando
comparado aos grupos GCP e GCN.
BfBLJOTECAFaculdade de Ciências Farmacêuticas
Universidada de São Paulo
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YUYAMA et ai (1991), obtiveram um ganho de peso adequado, em
ratos alimentados com rações contendo manga e pupunha.
YUYAMA et ai (1996), em um outro estudo, obtiveram maior ganho de
peso em ratos alimentados com uma ração experimental mais a adição de
pupunha, quando comparados aos outros grupos estudados.
• A outra possível explicação, para o maior ganho de peso (p<O,OS)
dos animais do Grupo GV, seria que a pectina cítrica poderia ter interferido
na absorção do p-caroteno sintético do Grupo GCP, resultando em menor
ganho de peso (p<O,OS) destes animais, semelhante aos animais do Grupo
GCN (isento de p-caroteno). Como todos os grupos experimentais tiveram a
mesma ingestão de ração (p>O,OS), o menor ganho de peso (p<O,OS) do
Grupo GCN, pode ser explicado pela ausência de p-caroteno na ração.
Estando o Grupo GCP com o mesmo ganho de peso (p>O,OS) do Grupo
GCN, é provável que tenha ocorrido menor absorção de p-caroteno no
Grupo GCP.
Sabe-se que uma das funções da vitamina A é promover o
crescimento, o p-caroteno sendo o precursor desta, também desempenha a
mesma função. Então, a falta ou redução de p-caroteno na alimentação,
provavelmente, leva a diminuição da taxa de ganho de peso corporal.
YUYAMA et ai (1991), encontraram em ratos recebendo uma ração
isenta de vitamina A, perda de apetite, diminuição da taxa de ganho de peso,
sinais de danos oculares e paralisia nas pernas dianteiras e traseiras dos
animais.
No Experimento I deste estudo, foi verificado em ratos, que a pectina
cítrica pode interferir na absorção do p-caroteno sintético, resultando em
menor ganho de peso dos animais.
Neste experimento, ao contrário do Experimento I (em ratos), onde
um grupo de animais recebeu ração com p-caroteno e pectina cítrica e outro
grupo recebeu ração com p-caroteno e isenta de pectina cítrica, os animais
do Grupo GV (p-caroteno de fonte natural) e do Grupo GCP (p-caroteno de
fonte sintética), receberam a mesma quantidade de pectina cítrica (12%).
Como a ingestão de p-caroteno nestes animais foi a mesma (p>O,OS), era
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esperado que o ganho de peso entre estes dois grupos não apresentasse
diferença estatística, o que não ocorreu. Possivelmente, tenha ocorrido uma
menor absorção de p-caroteno sintético no Grupo GCP, influenciando no
ganho de peso destes animais.
As concentrações hepáticas de retinol, p-caroteno e palmitato de
retinHa, foram diferentes estatisticamente (p<O,OS) entre os grupos
estudados. Uma síntese dos resultados é mostrada na tabela abaixo, onde
x, y e z representam respectivamente a concentração em !J-g/g de fígado,
concentração total (mg/peso de fígado) índice em relação ao peso corporal
(!J-g/g de peso corporal), e, 1 representa o Grupo GV, 2 o Grupo GCP e 3 o
Grupo GCN:
Retinol hepático Palmitato de retinHa p-caroteno
hepático hepático
X3 < X1< X2 X1= X2> X3 X1= X2> X3
Y1= Y2 >Y3 Y1>Y2>Y3 Y1>Y2>Y3
Z1 = Z2 > Z3 Z1 = Z2> Z3 Z1 = Z2> Z3
Como pode-se observar, a concentração hepática em !J-g/g de retinol,
p-caroteno e palmitato de retinila, foi menor (p<O,OS) no Grupo GCN em
relação aos demais grupos estudados. Este resultado, foi confirmado na
concentração hepática total destes animais. Tendo em vista o fato de que
este grupo de coelhos não recebeu p-caroteno, já esperava-se estes
resultados.
Em relação aos demais grupos, observa-se que a concentração
hepática em !J-g/g no Grupo GCP, quanto a retinol, foi maior (p<O,OS) que a
do Grupo GV, e quanto a palmitato de retinila e p-caroteno, não houve
nenhuma diferença (p>O,OS) entre os dois grupos. Estes resultados, quando
em concentração hepática total, apresentaram diferenças nas concentrações
de p-caroteno e palmitato de retinila, mas, não na concentração de retino!.
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99
Assim, a concentração hepática total de retinol no Grupo GCP, não diferiu
(p>O,05) do Grupo GV, e as concentrações de ~-caroteno e palmitato de
retinila do Grupo GV, foram maiores (p<O,05) que as do Grupo GCP.
YAP et ai (1997), estudando a distribuição de carotenos de fonte
vegetal (palma) em coelhos, mostraram que a maioria dos a e ~-carotenos
estão estocados no fígado como palmitato de retinila, e que somente uma
pequena quantidade de carotenos não metabalizados são encontrados nos
tecidos. Isto se deve a eficiência desses animais na conversão de ~
caroteno a retinol, o qual é armazenado no fígado principalmente sob a
forma de palmitato de retinila.
Neste estudo, a distribuição hepática de ~-caroteno, retinol e palmitato
de retinila, concordam com o descrito por YAP et ai (1997) (comentado
acima), ocorrendo uma maior concentração de palmitato de retinila, seguida
da concentração de retinol, e com uma baixa concentração de ~-caroteno.
Comparando as reservas hepáticas do grupo que recebeu ~-caroteno
sintético (GCP) e do grupo que recebeu ~-caroteno de fonte natural (GV),
nota-se que absorção de ~-caroteno (maior parte convertida e encontrada no
fígado sob forma de retinol e palmitato de retinila) foi maior no Grupo GV.
Este resultado, indica que provavelmente a biodisponibilidade de ~-caroteno,
foi melhor no grupo de animais que recebeu ~-caroteno de fonte natural
(GV).
YUYAMA et ai (1996), estudando em ratos o efeito da suplementação
da ração com pupunha (fonte de vitamina A), verificaram que os animais que
receberam ração contendo pupunha, apresentaram uma alta concentração
hepática de vitamina A em relação aos animais que receberam ração
controle.
Concordante com este último, está o trabalho realizado por TEE et ai
(1996), realizado em ratos, onde se comparou a biodisponibilidade de ~
caroteno de fontes naturais (cenoura e repolho) adicionadas nas rações com
a biodisponibilidade de ~-caroteno sintético, resultando em maior
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100
concentração hepática de ~-caroteno e vitamina A no grupo de ratos que
recebeu ~-caroteno de fonte natural.
Por outro lado, ZHOU et ai (1996), comparando em "ferrets" a
biodisponibilidade de ~-caroteno sintético com o ~-caroteno contido em
cenoura (suco de cenoura aquecido ou sem aquecer, cromoplasto de
cenoura isolado aquecido ou sem aquecer), encontraram maior
concentração hepática de ~-caroteno e vitamina A, no grupo de animais que
recebeu ~-caroteno de fonte sintética.
Uma provável explicação para a menor biodisponibilidade do ~
caroteno de fonte sintética em comparação ao ~-caroteno de fonte natural
neste estudo, seria que a pectina cítrica, poderia ter interagido mais
facilmente com o ~-caroteno de fonte sintética, por este se encontrar na
forma livre (o ~-caroteno da couve-manteiga, encontra-se no interior do
c1oroplasto), interferindo assim, na sua absorção.
Como comentado anteriormente, os animais do Grupo GCP e GV,
não apresentaram diferenças na ingestão de ~-caroteno (p>O,OS), além
disso, também não diferiram (p>O,OS) em relação ao peso do fígado, o que
reforça a possível interferência da pectina cítrica na absorção do ~-caroteno
sintético no Grupo GCP.
O índice hepático de retinol, ~-caroteno e palmitato de retinila, em
relação ao peso corporal do animal, mostrou que o ganho de peso do animal
é proporcional a concentração de vitamina A armazenada no fígado. Assim,
os animais do Grupo GV que apresentaram maior ganho de peso, também
apresentaram maior concentração hepática de vitamina A.
Em relação a concentração plasmática de retinol, ~-caroteno e
palmitato de retinila nos grupos de animais estudados neste experimento,
observou-se que o palmitato de retinila apresentou somente traços, sendo
desprezível. E que os grupos experimentais, apresentaram valores de retinol
abaixo do valor do Grupo Basal, podendo talvez, ser um efeito da pectina
cítrica.
BIBLIOTECAFaculdade de Ciências Farmacêutica~
Universidade de São Paulo
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Quanto às concentrações plasmáticas de retinol e p-caroteno entre os
grupos experimentais, o grupo que recebeu p-caroteno de fonte natural (GV)
diferiu estatisticamente (p<0,05) do grupo que recebeu p-caroteno sintético
(GCP) e do grupo isento de p-caroteno (GCN), com maior concentração
plasmática de retinol e p-caroteno. Os grupos GCP e GCN, também
diferiram estatisticamente (p<0,05) entre si, com menor concentração
plasmática de retinol e p-caroteno no Grupo GCN.
Estes dados, mostram maior concentração plasmática (p<0,05) de
retinol e p-caroteno nos animais que receberam p-caroteno de fonte natural,
quando comparados aos animais que receberam p-caroteno de fonte
sintética.
Vários estudos, realizados em humanos, comparando a
biodisponibilidade do p-caroteno sintético e de fonte natural, mostraram
resultados contrários ao obtido neste estudo.
MICOZZI et ai (1992), encontraram em indivíduos normais que
receberam uma alimentação balanceada contendo p-caroteno de fonte
sintética (10 ou 30 mg), maior concentração plasmática de p-caroteno,
quando comparados a indivíduos que receberam uma alimentação
balanceada contendo p-caroteno de fonte natural (brócolis, cenoura e suco
de tomate), num período experimental de 6 semanas.
De PEE et ai (1995), compararam a ingestão de uma porção diária de
vegetais de folhas verde-escuro, com uma quantidade igual de p-caroteno
sintético (contido em uma bolacha enriquecida), em mulheres com baixa
concentração de hemoglobina «130g/l) e que estavam amamentando
crianças com idade entre 3-17 meses. O resultado, avaliado no plasma e
leite materno, mostrou melhor biodisponibilidade do p-caroteno sintético
presente na bolacha enriquecida.
Concordando com estes trabalhos, BULUX et ai (1996), estudando
em crianças da Guatemala, a biodisponibilidade do p-caroteno em forma de
cápsula e do p-caroteno de fonte natural (cenoura), obtiveram melhor
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102
resposta plasmática no grupo de crianças que receberam p-caroteno em
cápsulas.
Por outro lado, TAKYI (1999), estudando a biodisponibilidade de p
caroteno em crianças pré-escolares de Ghana, num período de 12 semanas,
onde receberam refeições com vegetais folhosos (Manihot sp e Ceiba sp)
contendo gordura, isenta de gordura e com gordura e adição de
antiparasitário, e uma refeição contendo p-caroteno sintético, encontrou que,
embora o grupo de crianças que recebeu refeição contendo p-caroteno
sintético apresentou um aumento de retinol plasmático de 44,1%, os
vegetais folhosos também aumentaram significativamente a concentração de
retinol plasmático nas crianças estudadas, porém em graus diferentes. O
grupo de crianças que recebeu a refeição que continha vegetais folhosos +
gordura + antiparasitário, obteve um aumento de retinol plasmático de
38,8%, ficando próximo do valor alcançado pelo grupo de crianças que
recebeu refeição contendo p-caroteno sintético. O autor comenta que o
trabalho demostrou a capacidade de alguns vegetais folhosos em aumentar
o retinol para níveis aceitáveis.
Outros estudos, sobre a biodisponibilidade de p-caroteno de fonte
natural em humanos, envolve a matriz onde se encontra o p-caroteno.
De PEE et ai (1998a), compararam em crianças, (idade 7-11 anos) a
biodisponibilidade do p-caroteno de vegetal de folha verde-escuro (contido
no interior do c1oroplasto) com o p-caroteno de frutas amarelas (contido no
interior do cromoplasto), mostraram que o p-caroteno de vegetais de folhas
verde-escuro foi menos biodisponiníveis em relação ao p-caroteno de frutas
amarelas, provavelmente devido a matriz na qual este se encontra.
CASTENMILLER et ai (1999), estudando o efeito da matriz do p
caroteno do espinafre, durante 4 semanas, concluíram que quando este
vegetal foi processado (homogeneizado), a concentração plasmática do p
caroteno deste grupo aumentou três vezes mais, em relação ao grupo que
recebeu espinafre não processado.
Page 113
103
Por outro lado, Van Het HOLF et ai (1999a) não encontraram
nenhuma diferença na concentração plasmática de p-caroteno de indivíduos
que receberam espinafre processado, com indivíduos que receberam
espinafre sem processamento.
Faulsk apud scon & RODRIGUEZ-AMAYA (2000), em um estudo
onde comparou a absorção de p-caroteno e luteína em indivíduos recebendo
uma refeição contendo folhas de espinafre inteiras ou folhas de espinafre
picadas, com 10,7mg de p-caroteno e 15,5mg de luteína, verificou que a
absorção de ambos foi entre 20 - 30%. Na concentração plasmática, não
houve um aumento discernível na concentração dos carotenóides, na fração
quilomícron plasmática ocorreu um aumento marcante, entre 4 e 8 horas
após o consumo da refeição. Este tipo de experimento, indica que a falta de
resposta plasmática, não pode ser interpretada como uma falta de absorção,
contradizendo assim, a idéia que existe pouca ou nenhuma absorção do p
caroteno de vegetais folhosos (SCOTT & RODRIGUEZ-AMAYA, 2000).
O emprego da análise plasmática da concentração de p-caroteno em
ambos grupos de investigação (fonte natural e sintética de p-caroteno),
aponta para grandes variações individuais na resposta. Especialmente em
humanos, que consomem dietas bem variadas, a resposta na concentração
de carotenóides no plasma pode ser grandemente modificada por vários
componentes da dieta, produzindo difíceis interpretações e conclusões (TEE
et ai, 1996).
Estudos em humanos, mostram resultados nem sempre completos, já
que o material biológico mais disponível e menos invasivo é o sangue. Para
se verificar o metabolismo e o quanto o p-caroteno contribui com a
concentração de vitamina A, é necessário trabalhar com outros tecidos.
Neste trabalho, além de plasma foi estudado o tecido de depósito de
vitamina A, o fígado, que assim, resultou em informações mais completas
sobre a biodisponibilidade do p-caroteno.
O fígado, representa o maior estoque de vitamina A, contendo 90% do
estoque corpóreo total, pequenas quantidades estão presentes em outros
órgãos, tais como os rins, pulmões, cólon e pele. E o palmitato de retinila é a
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104
forma predominante de esterificação da vitamina A encontrada no fígado
(Van Den BERGER, 1996).
Duas correlações foram encontradas no Grupo GV, uma correlação
positiva entre as variáveis concentração hepática de palmitato de retinila e
concentração plasmática de retinol (R = 0,71; p<O,05), e uma correlação
negativa entre as variáveis concentração hepática de retinol e concentração
plasmática de p-caroteno (R =-0,71; p<O,05), indicam o armazenamento de
vitamina A no fígado.
Os dados obtidos neste ensaio biológico, realizado em coelhos,
demonstraram que a biodisponibilidade do p-caroteno de fonte natural
(couve-manteiga) foi maior (p<O,05) que a biodisponibilidade do J3-caroteno
sintético, resultando num maior ganho de peso destes animais, na presença
de pectina cítrica adicionada a 12% nas rações dos animais.
Este estudo, difere de outros trabalhos por verificar a
biodisponibilidade do J3-caroteno sintético e de fonte natural na presença de
pectina cítrica, que mostrou interferir mais com absorção do J3-caroteno
sintético, que com a absorção do J3-caroteno de fonte natural.
Outro aspecto que difere este estudo dos trabalhos citados, foi a
determinação de palmitato de retinila hepático, considerada fundamental, por
ser a forma principal de armazenamento de vitamina A no fígado. Neste
estudo, pode-se verificar que as concentrações deste composto no fígado
dos animais que receberam J3-caroteno de fonte sintética foi menor (p<O,05)
que no fígados dos animais que receberam J3-caroteno de fonte natural. A
dosagem deste composto no fígado dos animais estudados, foi essencial
para o estudo da biodisponibilidade do J3-caroteno.
Diante dos resultados deste estudo, onde demostrou-se que o J3
caroteno sintético pode interagir com a pectina cítrica, resultando em menor
absorção do mesmo, supondo uma situação, na qual indivíduos, após uma
refeição rica em fibras, tome uma cápsula de J3-caroteno sintético, será que
sua absorção sofrerá os efeitos da fibra alimentar? Mais estudos, neste
sentido são necessários.
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105
Estudos epidemiológicos, indicam que alta ingestão de vegetais, está
associada com a redução do risco de doenças crônicas não transmissíveis,
tais como câncer de epitélio, doenças cardiovasculares e doenças dos olhos
relacionadas à idade (Van Het HOF et ai, 1999b). Os vegetais, são fontes
entre outros de carotenóides, tocotrienóis e tocoferóis, além disso, possuem
potencial antimutagênico e hipocolesterolémico, capacidade para retardar a
peroxidação e para eliminar os radicais livres (TAKYI, 1999).
Neste trabalho, verificou-se que o ~-caroteno da couve-manteiga
obteve boa biodisponibilidade, sendo utilizado como fonte de vitamina A para
os coelhos.
Assim, o consumo de vegetais (fontes de vários nutrientes) contribui
com efeitos benéficos para organismo.
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107
Com base nos resultados obtidos pode-se concluir que:
~ Experimento I (ratos):
A pectina cítrica adicionada a 7% na ração oferecida para ratos,
provavelmente interferiu na absorção do p-caroteno sintético, prejudicando
a sua biodisponibilidade.
~ Experimento 11 (coelhos):
A biodisponibilidade do p-caroteno de fonte natural (couve-manteiga)
em coelhos, foi maior que a biodisponibilidade do p-caroteno sintético, na
presença de pectina cítrica.
A pectina cítrica, provavelmente interferiu mais na absorção do p
caroteno de fonte sintética.
A biodisponibilidade do p-caroteno de fonte natural precisa ser mais
estudada.
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9· Resumo
Este trabalho, buscou comparar a biodisponibilidade do p-caroteno sintético
e de fonte natural (couve-manteiga), e verificar os efeitos da fibra alimentar
(pectina cítrica) sobre a biodisponibilidade do p-caroteno, dentro de 2
experimentos diferentes (ratos e coelhos). No Experimento I (ratos), um
grupo de animais recebeu ração com p-caroteno e isenta de pectina cítrica
(GC) e outro recebeu ração com p-caroteno e adição de pectina cítrica (GE).
No Experimento 11 (coelhos), um grupo de animais recebeu ração com p
caroteno sintético (GCP), outro recebeu p-caroteno de fonte natural (couve
manteiga) (GV) e ainda outro não recebeu de p-caroteno (GCN); todos os
grupos de coelhos receberam pectina cítrica. Após 30 dias de experimento,
os animais foram sacrificados para determinações plasmáticas e hepáticas
de vitamina A e p-caroteno, por HPLC. Dos resultados obtidos no estudo em
ratos pode-se verificar que o grupo de animais que recebeu pectina (GE),
apresentou menor (p<O,05) concentração hepática total de vitamina A
(/lg/peso de fígado) (retinol: GC =47,61 ± 24,24 e GE = 23,44 ± 9,68 e
palmitato de retinila: GC =935,30 ± 428,19 e GE =282,34 ± 98,86) e p
caroteno (/lg/peso de fígado) (GC = 9,64 ± 3,07 e GE = 1,01 ± 0,66) que o
grupo que não recebeu pectina (GC).· E dos resultados obtidos no
experimento em coelhos, verificou-se que o grupo que recebeu p-caroteno
de fonte natural (GV), obteve concentração hepática total de vitamina A
(mg/peso de fígado) (retinol: GV =2,30 ± 0,67, GCP =2,07 ± 0,57 e GCN =0,11 ± 0,08; palmitato de retinila: GV = 4,42 ± 2,17, GCP = 2,77 ± 0,73 e
GCN =0,04 ± 0,02) e p-caroteno (mg/peso de fígado) (GV =0,04 ± 0,01,
GCP =0,03 ± 0,01 e GCN =não detectado), maior (p<0,05) que o grupo que
recebeu p-caroteno sintético (GCP). Conclui-se que no Experimento I (ratos),
a pectina cítrica provavelmente interferiu na absorção do p-caroteno, e no
Experimento 11 (coelhos), que o p-caroteno de fonte natural (GV), foi melhor
absorvido comparando-se com o p-caroteno sintético, na presença de
pectina cítrica.
Page 134
124
10 - Summary
This work, looked for to compare the bioavailability of synthetic p-carotene and of
natural source (kale), and to verify the effects of the alimentary fiber (citrus pectin)
on the bioavailability of p-carotene, inside of 2 different experiments (rats and
rabbits). In the Experiment I (rats), a group of animais received diet with p-carotene
and it exempts of citrus pectin (CG) and another received diet with p-carotene and
addition of citrus pectin (EG). In the Experiment II (rabbits), a group of animais
received diet with synthetic p-carotene (PCG), another received p-carotene of
natural source (kale) (VG) and still another didn't receive from p-carotene (NCG);
ali the groups of rabbits received citrus pectin. After 30 days of experiment, the
animais were sacrificed for determinations plasmatics and vitamin liverworts A and
b-carotene, by HPLC. Of the results obtained in the study in rats it can be verified
that the group of animais that received pectin (EG), it presented smaller (p <0,05)
concentration hepatic vitamin total A (Iiver mg/weight) (retinol: CG = 47.61 ± 24.24
and EG =23.44 ± 9.68 and retinyl palmitate: CG =935.30 ± 428.19 and EG =282.34 ± 98.86) and p-carotene (Iiver mg/weight) (CG =9.64 ± 3.07 and EG =1.01
± 0.66) that the group that didn't receive pectin (CG). And of the results obtained in
the experiment in rabbits, it was verified that the group that received p-carotene of
natural source (VG), obtained concentration hepatic vitamin total A (liver
mg/weight) (retinol: VG =2.30 ± 0.67, PCG =2.07 ± 0.57 and NCG =0.11 ± 0.08;
retinyl palmitate: VG =4.42 ± 2.17, PCG =2.77± 0.73 and NCG =0.04 ± 0.02)
and p-carotene (liver mg/weight) (VG =0.04 ± 0.01, PCG =0.03 ± 0.01 and NCG =not detected), larger (p <0,05) that the group that received synthetic p-carotene
(PCG). Ended that in the Experiment I (rats), the citrus pectin probably interfered in
the absorption of the p-carotene, and in the Experiment 11 (rabbits), the p-carotene
of natural source (VG), it was absorbed being compared with the synthetic p
carotene better, in the presence of citrus pectin.
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126
EXPERIMENTO I (RATOS)
Tabela 1: Valores individuais do ganho de peso (g) nos grupos de ratos,
após 30 dias de experimento.
Tabela 2: Valores individuais da ingestão de rações (g) nos grupos de ratos,
após 30 dias de experimento.
Tabela 3: Valores individuais da ingestão de ~-caroteno (mg) nos grupos de
ratos, após 30 dias de experimento.
Tabela 4: Valores individuais das concentrações hepáticas de retinol (J.lg/g)
no experimento com ratos.
Tabela 5: Valores individuais das concentrações hepáticas de ~-caroteno
(J.lg/g) no experimento com ratos.
Tabela 6: Valores individuais das concentrações hepáticas de palmitato de
retinila (J.lg/g) no experimento com ratos.
Tabela 7: Valores individuais das concentrações plasmáticas de retinol
(J.lmoI/L) no experimento com ratos.
Tabela 8: Valores individuais das concentrações plasmáticas de ~-caroteno
(J.lmoIlL) no experimento com ratos.
Tabela 9: Valores individuais das concentrações plasmáticas de palmitato
de retinia (J.lmol/L) no experimento com ratos.
Tabela 10: Valores individuais das concentrações de retinol total hepático
(J.lg) no experimento com ratos.
Tabela 11: Valores individuais das concentrações de ~-caroteno total
hepático (J.lg) no experimento com ratos.
Tabela 12: Valores individuais das concentrações de palmitato de retinila
total hepático (J.lg) no experimento com ratos.
Tabela 13: Valores individuais do índice da quantidade total de retinol no
fígado em relação ao peso corporal dos animais (J.lg/g) nos
grupos de ratos.
Tabela 14: Valores individuais do índice quantidade total de ~-caroteno
hepático em relação ao corporal dos animais (J.lg/g) nos grupos
Page 137
127
de ratos.
Tabela 15: Valores individuais do índice da quantidade total de palmitato de
retinila no fígado em relação ao peso corporal dos animais (I-lg/g)
nos grupos de ratos.
Page 138
128
Tabela 1 - Valores individuais do ganho de peso (g) nos grupos de ratos, após
30 dias de experimento:
Ratos Controle (GC)
1 194,0
2 198,0
3 170,0
4 165,0
5 172,0
6 186,0
7 161,0
8 179,0
9 178,0
Média 178,1 ± 12,64
Experimental (GE)
164,0
150,0
153,0
143,0
153,0
129,0
156,0
187,0
154,4 ± 16,71
Page 139
129
Tabela 2 - Valores individuais da ingestão de rações (g) nos grupos de ratos,
após 30 dias de experimento:
Ratos Controle (GC)
1 458,0
2 461,0
3 391,0
4 374,0
5 402,0
6 448,0
7 439,5
8 432,5
9 417,0
Média 424,8 ± 30,68
Experimental (GE)
407,0
398,0
423,0
403,0
400,0
440,5
386,5
506,5
420,6 ± 38,50
Page 140
130
Tabela 3 - Valores individuais da ingestão de p-caroteno (mg) nos grupos de
ratos, após 30 dias de experimento:
Ratos Controle (GC)
1 6,22
2 6,26
3 5,31
4 5,08
5 5,46
6 6,09
7 5,97
8 5,88
9 5,67
Média 5,77 ± 0,42
Experimental (GE)
5,25
5,14
5,46
5,07
5,17
5,69
4,99
6,54
5,41 ±O,51
Page 141
131
Tabela 4 - Valores individuais das concentrações hepáticas de retinol (~g/g) no
experimento com ratos:
Ratos Controle Experimental Basal
(GC) (GE) (GB)1 7,41 0,78 0,40
2 3,20 3,42 0,52
3 3,84 3,33 0,37
4 2,09 1,19 0,30
5 7,41 2,44 0,28
6 9,16 3,68 0,44
7 4,87 3,63 0,59
8 2,36 2,98 0,32
9 3,80 ------ 0,21
10 0,13
Média 4,90 ± 2,51 2,68 ± 1,12 0,36 ± 0,14
Page 142
132
Tabela 5 - Valores individuais das concentrações hepáticas de p-caroteno (Ilg/g)
no experimento com ratos:
Ratos Controle Experimental Basal
(GC) (GE) (GB)
1 0,93 0,11 0,17
2 1,19 0,15 0,02
3 0,76 0,12 0,07
4 0,58 0,04 0,05
5 0,83 0,09 0,11
6 0,72 0,05 0,08
7 1,37 0,09 0,24
8 1,32 0,23 0,07
9 1,15 ------ 0,25
10 0,32
Média 0,98 ± 0,28 0,11 ± 0,06 0,14±0,10
Page 143
133
Tabela 6 - Valores individuais das concentrações hepáticas de palmitato de
retinila (~g/g) no experimento com ratos:
Ratos Controle Experimental Basal
(GC) (GE) (GB)1 157,02 28,92 38,88
2 49,84 37,68 29,22
3 137,46 40,88 23,88
4 76,80 22,12 24,78
5 165,86 36,66 15,72
6 76,92 19,63 16,86
7 81,12 23,48 32,41
8 54,84 42,37 37,32
9 70,14 ------ 14,11
10 6,54
Média 96,67 ± 44,40 31,46 ± 9,02 23,67 ± 10,52
Page 144
134
Tabela 7 - Valores individuais das concentrações plasmáticas de retinol (JlmoIlL)
no experimento com ratos:
Ratos Controle Experimental Basal
(GC) (GE) (GB)
1 1,70 1,34 0,71
2 0,99 1,03 0,57
3 1,42 1,28 0,79
4 1,20 0,87 0,55
5 1,48 1,03 0,58
6 1,81 1,16 1,45
7 2,0 1,40 0,54
8 0,95 0,69 0,59
9 1,27 ------ 0,44
10 0,40
Média 1,42 ± 0,36 1,10 ± 0,24 0,66 ± 0,30
Page 145
135
Tabela 8 - Valores individuais das concentrações plasmáticas de p-caroteno
(IlmoIlL) no experimento com ratos:
Ratos Controle Experimental Basal
(GC) (GE) (GB)1 0,26 0,06 0,17
2 0,33 0,02 0,15
3 0,08 0,07 0,17
4 0,11 0,13 0,09
5 0,09 0,11 0,04
6 0,19 0,09 0,06
7 0,42 0,05 0,08
8 0,10 0,04 0,03
9 0,19 ------ 0,06
10 0,01
Média 0,20±O,12 0,07 ± 0,04 0,09 ± 0,06
Page 146
136
Tabela 9 - Valores individuais das concentrações plasmáticas de palmitato de
retinia (~mol/L) no experimento com ratos:
Ratos Controle Experimental Basal
(GC) (GE) (GB)1 NO NO 0,008
2 NO NO 0,005
3 0,005 NO 0,010
4 0,005 NO 0,005
5 0,100 NO NO
6 0,070 NO NO
7 NO NO 0,007
8 NO NO 0,008
9 0,008 ------ 0,006
10 NO
Média 0,04 ± 0,04 0,00 0,01 ± 0,01
ND: não foi detectado
Page 147
137
Tabela 10 - Valores individuais das concentrações de retinol total hepático (~g)
no experimento com ratos:
Ratos Controle (GC)
1 78,25
2 33,15
3 37,02
4 18,81
5 65,58
6 87,57
7 47,97
8 23,91
9 36,25
Média 47,61± 24,24
Experimental (GE)
7,88
29,58
29,64
9,98
19,67
30,51
28,9
31,38
23,44 ± 9,68
Page 148
138
Tabela 11- Valores individuais das concentrações de p-caroteno total hepático
(Ilg) no experimento com ratos:
Ratos Controle (GC)
1 9,82
2 12,33
3 7,32
4 5,22
5 7,34
6 6,88
7 13,49
8 13,37
9 10,97
Média 9,47 ± 3,07
Experimental (GE)
1,11
1,3
1,07
0,33
0,72
0,41
0,72
2,42
1,01 ± 0,66
Page 149
139
Tabela 12 - Valores individuais das concentrações de palmitato de retinila total
hepático (~g) no experimento com ratos:
Ratos Controle (GC)
1 1658,13
2 516,34
3 1325,11
4 691,2
5 1467,86
6 735,35
7 799,03
8 555,53
9 669,13
Média 935,30 ± 428,19
Experimental (GE)
292,09
325,93
363,83
185,59
295,48
162,73
186,9
446,16
282,34 ± 98,86
Page 150
140
Tabela 13 - Valores individuais do índice da quantidade total de retinol no fígado
em relação ao peso corporal dos animais (~g/g) nos grupos de ratos:
Ratos Controle íGC}
1 0,30
2 0,12
3 0,16
4 0,09
5 0,28
6 0,35
7 0,21
8 0,10
9 0,15
Média 0,19 ± 0,09
Experimental (GE}
0,03
0,14
0,13
0,05
0,09
0,15
0,14
0,13
0,11 ± 0,04
Page 151
141
Tabela 14 - Valores individuais do índice da quantidade total de f3-caroteno no
fígado em relação ao peso corporal dos animais (l1g/g) nos grupos de ratos:
Ratos Controle (GC)
1 0,04
2 0,04
3 0,03
4 0,02
5 0,03
6 0,03
7 0,06
8 0,05
9 0,05
Média 0,04 ± 0,01
Experimental (GE)
0,005
0,006
0,005
0,002
0,003
0,002
0,003
0,010
0,004 ± 0,003
Page 152
142
Tabela 15 - Valores individuais do índice da quantidade total de palmitato de
retinila no fígado em relação ao peso corporal dos animais (J..lg/g) nos grupos de
ratos:
Ratos Controle (GC)
1 6,43
2 1,92
3 5,69
4 3,17
5 6,22
6 2,96
7 3,52
8 2,32
9 2,83
Média 3,89 ± 1,74
Experimental (GE)
1,26
1,57
1,66
0,92
1,38
0,80
0,89
1,80
1,28 ± 0,38
Page 153
SOH130~11\13oaV'ZI1V'3~11OlN311\11~3dX3
oaSIV'naIAlaNIsoaV'aII\IO~SV'138V'1
IIOX3N'V
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144
EXPERIMENTO 11 (COELHOS)
Tabela 1: Valores individuais do ganho de peso (g) nos grupos de coelhos,
após 30 dias de experimento.
Tabela 2: Valores individuais da ingestão de rações (g) nos grupos de
coelhos, e ingestão de couve-manteiga (g) pelo grupo GV, após
30 dias de experimento.
Tabela 3: Valores individuais da ingestão de J3-caroteno (mg) nos grupos de
coelhos, após 30 dias de experimento.
Tabela 4: Valores individuais das concentrações hepáticas de retinol (Ilg/g)
no experimento com coelhos.
Tabela 5: Valores individuais das concentrações hepáticas de J3-caroteno
(Ilg/g) nos experimento com coelhos.
Tabela 6: Valores individuais das concentrações hepáticas de palmitato de
retinila (Ilg/g) no experimento com coelhos.
Tabela 7: Valores individuais das concentrações plasmáticas de retinol
(Ilmol/L) no experimento com coelhos.
Tabela 8: Valores individuais das concentrações plasmáticas de J3-caroteno
(Ilmol/L) no experimento com coelhos.
Tabela 9: Valores individuais das concentrações de retinol total hepático
(mg) no experimento com coelhos.
Tabela 10: Valores individuais das concentrações de J3-caroteno total
hepático (mg) no experimento com coelhos.
Tabela 11: Valores individuais das concentrações de palmitato de retinila
total hepático (mg) no experimento com coelhos.
Tabela 12: Valores individuais do índice da quantidade total de retinol no
fígado em relação ao peso corporal dos animais (Ilg/g) nos
grupos de ratos
Tabela 13: Valores individuais do índice da quanitdade total de J3-caroteno
no fígado em relação ao peso corporal dos animais (Ilg/g) nos
grupos de coelhos.
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145
Tabela 14: Valores individuais do índice da quantidade de palmitato de
retinila no fígado em relação ao peso corporal dos animais (Ilg/g)
nos grupos de coelhos.
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146
Tabela 1 - Valores individuais do ganho de peso (g) nos grupos de coelhos,
após 30 dias de experimento:
Coelhos GV GCP GCN
1 690,0 432,0 412,0
2 824,0 573,0 624,0
3 824,0 527,0 344,0
4 795,0 538,0 415,0
5 600,0 653,0 521,0
6 726,0 446,0 383,0
7 535,0 560,0 447,0
8 709,0 581,0 445,0
9 ------ 423,0 468,0
Média 712,87 ± 104,56 525,89 ± 77,87 451 ± 82,20
Page 157
147
Tabela 2 - Valores individuais da ingestão de rações (g) nos grupos de coelhos, e
ingestão de couve-manteiga (g) pelo grupo GV, após 30 dias de experimento:
Coelhos GV GCP GCN
(couve-manteiga + ração)
1 4794,0 1521,5 1107,7 993
2 4732,0 1576,8 1492,7 1326,5
3 4745,0 1570,1 1347,6 863,4
4 4756,0 1503,5 1379,1 997,5
5 4772,0 1279,6 1544,2 1141,2
6 4682,0 1308,9 1141,9 876,7
7 3671,0 913,5 1419,6 1022,3
8 4830,0 1214,3 1374,7 1022,1
9 ------ ----- 1167,4 1147,67
Média 4622,7 ± 387,03 1361,0 ± 229,10 1330,5 ± 156,60 1043,4 ± 144,20
BIBlrOTECAFaculdade de Ciências Farmacêutle'il
Universidade d. São Paulo
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148
Tabela 3 . Valores individuais da ingestão de ~-caroteno (mg) nos grupos de
coelhos, após 30 dias de experimento:
Coelhos GV GCP
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Média
177,50
175,26
175,74
176,15
176,74
173,41
135,96
178,89
171,21 ± 14,33
147,69
199,03
179,68
183,88
205,89
152,25
189,28
183,29
155,65
177,40 ± 20,9
Page 159
149
Tabela 4 - Valores individuais das concentrações hepáticas de retinol (Ilg/g) no
experimento com coelhos:
Coelhos GV GCP GCN Basal
1 29,93 70,38 2,03 4,12
2 57,86 76,85 2,98 8,98
3 36,49 50,84 1,67 3,37
4 54,15 62,36 1,73 3,49
5 30,26 54,19 2,15 5,30
6 34,59 43,14 2,01 10,26
7 27,41 35,47 2,17 8,67
8 36,88 29,51 1,23 9,74
9 ------ 56,32 1,57 9,17
Média 38,45 ± 11,38 53,23 ± 15,54 1,95 ± 0,49 7,01 ± 2,88
Page 160
150
Tabela 5 - Valores individuais das concentrações hepáticas de p-caroteno (Ilg/g)
no experimento com coelhos:
Coelhos GV GCP GCN Basal
1 0,40 0,80 NO 0,01
2 0,32 0,43 NO 0,02
3 0,27 0,99 NO 0,03
4 1,01 0,67 NO 0,04
5 0,56 0,91 NO 0,01
6 1,24 0,36 NO 0,01
7 0,77 0,51 NO 0,04
8 0,65 0,64 NO 0,05
9 ------ 0,82 NO 0,10
Média 0,65 ± 0,03 0,68 ± 0,22 0,02 ± 0,01
ND: não detectado
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151
Tabela 6 - Valores individuais das concentrações hepáticas de palmitato de
retinila (f.lg/g) no experimento com coelhos:
Coelhos GV GCP GCN Basal
1 44,36 64,30 0,13 3,41
2 121,08 58,14 0,15 2,30
3 90,86 83,89 0,87 2,20
4 50,57 49,43 0,61 2,84
5 104,79 75,68 0,91 4,64
6 60,32 66,09 0,84 3,28
7 55,03 57,33 1,04 5,67
8 48,38 79,87 0,65 6,01
9 ------ 92,24 1,23 3,71
Média 71,92 ± 29,39 69,66 ± 14,09 0,71 ± 0,37 3,78 ± 1,38
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152
Tabela 7 - Valores individuais das concentrações plasmáticas de retinol (~moI/L)
no experimento com coelhos:
Coelhos GV GCP GCN Basal
1 2,07 1,12 0,745 1,86
2 2,39 1,03 0,630 1,67
3 2,32 1,56 0,67 3,88
4 1,16 2,02 0,46 2,15
5 2,59 1,36 0,12 1,63
6 1,73 0,83 0,17 1,49
7 1,61 1,51 0,12 2,33
8 1,21 1,67 0,10 2,61
9 ------ 0,86 0,21 2,05
Média 1,88 ± 0,54 1,33 ± 0,40 0,36 ± 0,27 2,18 ± 0,73
Page 163
153
Tabela 8 - Valores individuais das concentrações plasmáticas de p-caroteno
(~mol/L) no experimento com coelhos:
Coelhos GV GCP GCN Basal
1 0,39 0,17 0,01 0,08
2 0,27 0,12 0,02 0,03
3 0,43 0,13 NO 0,03
4 0,17 0,11 NO 0,06
5 0,34 0,31 0,01 0,11
6 0,41 0,35 NO 0,14
7 0,46 0,28 NO 0,47
8 0,19 0,25 NO 0,19
9 ------ 0,10 0,01 0,03
Média 0,33 ± 0,11 0,20 ± 0,10 0,01 ± 0,00 0,13 ± 0.14
ND: não foi detectado
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154
Tabela 9 - Valores individuais das concentrações de retinol total hepático
(mg) no experimento com coelhos:
Coelhos GV GCP GCN
1 2,20 2,41 0,08
2 3,49 2,40 0,32
3 2,4 1,69 0,07
4 2,82 2,75 0,06
5 2,21 2,89 0,12
6 1,63 1,52 0,10
7 1,29 1,64 0,14
8 2,37 1,30 0,05
9 ------ 2,05 0,08
Média 2,30 ± 0,67 2,07 ± 0,57 0,11 ± 0,08
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155
Tabela 10 - Valores individuais das concentrações de p-caroteno total hepático
(mg) no experimento com coelhos:
Coelhos GV GCP GCN
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Média
0,02
0,10
0,02
0,05
0,04
0,06
0,04
0,04
0,04 ± 0,01
0,03
0,01
0,03
0,03
0,05
0,01
0,02
0,03
0,03
0,03 ± 0,01
Page 166
156
Tabela 11 - Valores individuais das concentrações de palmitato de retinila total
hepático (mg) no experimento com coelhos:
Coelhos GV GCP GCN
1 3,26 2,20 0,00
2 7,29 1,82 0,02
3 5,97 2,79 0,04
4 2,63 2,18 0,02
5 7,64 4,04 0,05
6 2,84 2,33 0,04
7 2,59 2,65 0,07
8 3,11 3,53 0,03
9 ------ 3,36 0,06
Média 4,42 ± 2,17 2,77 ± 0,73 0,04 ± 0,02
Page 167
157
Tabela 12 - Valores individuais do índice da quantidade total de retinol no
fígado em relação ao peso corporal dos animais (Ilg/g) nos grupos de coelhos:
Coelhos GV GCP GCN
1 1,11 1,66 0,05
1,73 1,74 0,16
3 1,18 1,15 0,05
4 1,38 1,74 0,04
5 1,19 1,62 0,07
6 0,80 1,19 0,07
7 0,80 0,92 0,09
8 1,26 0,71 0,03
9 ------ 1,52 0,05
Média 1,18 ± 0,30 1,36 ± 0,38 0,07 ± 0,04
Page 168
158
Tabela 13 - Valores individuais do índice da quantidade total de ~-caroteno no
fígado em relação ao peso corporal dos animais (~g/g) nos grupos de coelhos:
Coelhos GV GCP GCN
1 0,01 0,02 0,00
2 0,01 0,01 0,00
3 0,01 0,02 0,00
4 0,02 0,02 0,00
5 0,02 0,03 0,00
6 0,03 0,01 0,00
7 0,02 0,01 0,00
8 0,02 0,01 0,00
9 ------ 0,02 0,00
Média 0,02 ± 0,01 0,02 ± 0,01 0,00
Page 169
159
Tabela 14 - Valores individuais do índice da quantidade de palmitato de retinila
no fígado em relação ao peso corporal dos animais (Ilg/g) nos grupos de coelhos:
Coelhos GV GCP GCN
1 1,64 1,52 0,00
2 3,62 1,31 0,00
3 2,95 1,89 0,03
4 1,28 1,38 0,01
5 4,13 2,27 0,03
6 1,39 1,82 0,03
7 1,76 .1,49 0,04
8 1,65 1,93 0,02
9 ----- 2,48 0,04
Média 2,30 ± 1,10 1,79 ± 0,40 0,02 ± 0,01