吃中国美食,品中国文化 Um passeio pelas cozinhas da China 在圣保罗品尝中国味 Sabores chineses no coração de São Paulo 香港:东西文化,荟萃多彩 Hong Kong colorida fusão de Oriente e Ocidente MAIO 2015 INSTITUTO CONFÚCIO WWW.HANBAN.ORG VOLUME 8 2015 年5月 INSTITUTO CONFÚCIO 03 ISSN: 2095-7769 CN10-1186/C | 总第8期 | Volume 8 | 双月刊 | Bimestral Maio 2015 2015 年5月 Versão chinês-português 中葡文对照版
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孔子学院 CONFÚCIO 03 - cim.chinesecio.com · Colabore com a revista do Instituto Confúcio 请为《孔子学院》 期刊投稿 A revista Insti tuto Confúcio em sua versão
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吃中国美食,品中国文化Um passeio pelas cozinhas da China
在圣保罗品尝中国味Sabores chineses no coração de São Paulo
香港:东西文化,荟萃多彩Hong Kong colorida fusão de Oriente e Ocidente
MA
IO 2015
孔子
学院
INSTITU
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总第
8期 VO
LUM
E 82015 年
5月
INSTITUTO CONFÚCIO 03ISSN: 2095-7769 CN10-1186/C | 总第8期 | Volume 8 | 双月刊 | Bimestral Maio 2015
2015 年5月
Versão chinês-português
中葡文对照版
Colabore com a revista do Instituto Confúcio
请为《孔子学院》
期刊投稿
A revista Insti tuto Confúcio em sua versão bilíngue português-chinês é uma publicação bimestral editada pelo Insti tuto Confúcio na Unesp, com o apoio de Hanban. Além de distribuição nos países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e China, é também encaminhada a insti tuições que a solicitam expressamente. Também está disponível on-line no site www.insti tutoconfucio.unesp.br.
A equipe editorial da revista convida-o a colaborar com a publicação, em várias de suas seções:
杂志编辑部邀请您同出版物合作,为各个专栏投稿:
LÍNGUA CHINESA. Se você for professor, pode escrever um breve ensaio informal sobre aspectos curiosos da língua chinesa, seu ensino ou sua experiência sobre comunicação e relações interculturais. Serão aceitos trabalhos originais que tenham uma perspecti va inovadora e esti lo vivo. A extensão deve ser de aproximadamente 1.200 palavras em português ou 2.000 ideogramas chineses. Anexe umas duas ou três fotos em formato jpg (resolução de 300 pixels/polegada, dimensão de 1 MB pelo menos), com indicação da respecti va legenda.
CULTURA. Comparti lhe seus conhecimentos sobre aspectos da cultura chinesa: pintura, caligrafi a, cinema, música, escultura, teatro, dança... A extensão deve ser de aproximadamente 1.000 palavras em português, aproximadamente 1.600 ideogramas chineses. A imagem nesse caso é fundamental para tornar compreensíveis e atraentes as descrições de algumas dessas disciplinas. Envie, portanto, tantas fotos ou ilustrações quantas julgar oportunas. A resolução deve ser 300 pixels/polegada (dimensão de 1 MB), identi fi cando a respecti va legenda.
EXPERIÊNCIAS. Você esteve na China como professor, estudante, turista ou a trabalho? Comparti lhe suas experiências e impressões conosco. Envie sua história e pelo menos 10 fotos em formato jpg (resolução de 300 pixels/polegada e dimensão de 1 MB pelo menos). A extensão deve ser de aproximadamente 700 palavras em português, o equivalente a 1.100 ideogramas chineses.
Caso a contribuição seja aproveitada, o autor receberá dois exemplares do número em que for publicada.
投稿一旦被选用,作者将收到两本刊登其稿件的期刊。
Para mais informações, entre em contato com:
如果需要更多的信息,请联系: Insti tuto Confúcio na UnespRua Dom Luis Lasanha, 400 − CEP 04266-030 − São Paulo − SPTelefone: (+ 55 11) 2066-5950revista@insti tutoconfucio.unesp.br | www.insti tutoconfucio.unesp.br
转过一个寻常的街角,走进一扇普通的
门,你是否有时候会觉得自己在恍惚
间穿越到了千里之外?在那扇门背
后,在你熟悉的城市里,你发现的是一个属于遥远
国度、充满异域风情的空间。在本期杂志中,我们
就会给你介绍圣保罗市内能给你带来这种奇特体验
的中国餐馆。
同时,我们还会给大家介绍中国的美食文
化:其迥异的区域特色,千变万化的口味和个中蕴
含的哲学理念。另外,还有一篇介绍筷子这一中式
餐具的文章,以及一堂精心准备的同去餐馆点菜有
关的中文课。
当然,美食并不是本期杂志的唯一内容,你
还会了解中国式婚礼的前世与今生,认识民间剪纸
艺术,畅游魅力香港——这个每年吸引世界无数观
光客的城市。
第14届“汉语桥”世界大学生中文比赛巴西
赛区总决赛于五月成功举办,选出了代表巴西参加
全球总决赛的选手。值得一提的是,去年的全球总
冠军就是位巴西姑娘,我们也会在文章中介绍她。
在此,我们要向所有参赛选手的刻苦努力和令人惊
叹的汉语水平表示诚挚的祝贺!
祝阅读愉快!
Às vezes acontece de você dobrar uma esquina
comum, entrar por uma porta e fi car com a im-
pressão de ter viajado milhares de quilômetros.
Além daquele batente havia um pedaço insuspeito de
um lugar distante, uma ilha de atmosfera exótica que
você mesmo descobriu navegando por sua cidade. Nes-
te número, falamos de restaurantes chineses capazes de
produzir essa sensação aqui mesmo em São Paulo.
Aproveitando a deixa, falamos também das cozi-
nhas chinesas, suas variantes regionais, seus conceitos e
sabores. Também guardamos umas páginas para contar
a história dos kuaizi, os talheres chineses, e preparamos
uma aula especial para ajudar o leitor a fazer pedidos
num restaurante.
Mas a comida não é o único tema deste número:
buscando a variedade, trouxemos artigos sobre os casa-
mentos na China de ontem e de hoje, a arte popular dos
recortes de papel e a intrigante Hong Kong, essa esquina
do mundo que atrai tantos turistas o ano inteiro.
Em maio realizamos a fi nal brasileira do 14º Concurso
Chinese Bridge de Profi ciência em Língua Chinesa a fi m
de escolher o estudante que representará o Brasil na
fi nal mundial. No ano passado, vale ressaltar, a campeã
mundial foi uma brasileira, de quem também falamos
nesta edição. Nossos mais sinceros parabéns a todos os
competidores por sua dedicação e seu impressionante
domínio do mandarim.
Boa leitura!
编辑部寄语 Palavra da Redação
Direção: Ministério da Educação da República Popular da ChinaProdução: Hanban(MatrizdoInstitutoConfúcio)Publicação: DepartamentoEditorialde“InstitutoConfúcio”Em parceria com: InstitutoConfúcionaUNESP
Consultores Especiais: Aldo Rebelo e Clodoaldo Hugueney (in memoriam)Editora-chefe: Xu LinEditores-chefes Adjuntos: MaJianfei,WangYongli,HuZhiping,JingWei,XiaJianhuiEditor: Li LizhenEditora Adjunta: ChengYe
Início de abril. A Matriz do Instituto Con-fúcio participou pela primeira vez da Feira In-ternacional do Livro In-fantil em Bolonha, Itália, onde expôs 200 obras em inglês e italiano, com 70 títulos de material didá-tico complementar sobre cultura, incluindo livros de referência e outras publicações do Instituto Confúcio.
4 月初,孔子学院总
部首次参加意大利博洛尼
亚国际儿童书展,展出面
向儿童的英语、意大利语
注释汉语教材、教辅、文
化读 物、 工具书、《 孔子
学院》期刊等各类书刊 70
种 200 余册。
9 de abril. Foi realizada na Universidade de Línguas de Pequim a cerimônia de abertu-ra do Centro de Formação de Professores do Instituto Confúcio. O novo Centro se destina à capacitação de professores chineses e estran-geiros, treinamento de professores e volun-tários para o serviço no exterior, formatação de programas de ensino, desenvolvimento de materiais, formação de profissionais com nível de doutorado, criação de bancos de da-dos de professores de chinês e planos de aula e formação de profissionais para o desenvol-vimento do Instituto Confúcio.
4 月 9 日, 孔 子 学
院教师培训中心揭牌仪
式在北京语言大学举行。
该中心将致力于国外本
土教师培养,并承担出
国教 师 和 志 愿 者 培 训、
培 训 大 纲 和 教 材 研发、
专业博士生培养、汉语
教师信息库和优秀汉语
教学案例库建设等任务,
培养未来孔子学院发展
的骨干力量。
4 月 16 日,由孔子学院总部 / 国家汉办与美国大
学理事会、亚洲协会联合主办的第八届全美中文大会
在美国亚特兰大开幕。大会以 “全球参与之路” 为主
题,围绕教师、教材、教学法等举行近百场论坛,促
进中美教育交流与合作。期间,孔子学院总部还举办
了汉语教学资源展等活动。
16 de abril. A Matriz do Instituto Confúcio promoveu em Atlanta, EUA, a 8a Conferência de Ensino de Chinês, em parceria com o Conselho de Ensino Superior dos Estados Unidos e a Asia Socie-ty. O evento teve como tema central “O Caminho da Participação Global” e contou com mais de 100 painéis de debate sobre ensino, material didático e leis de ensino para promover o intercâmbio e a co-operação educacional sino-americana. Na ocasião, a Matriz do Instituto Confúcio realizou uma exposi-ção de materiais didáticos.
孔子学院 总第 8 期 2015 年 5 月 第 3 期6
5 月 6 日,12 位来自英格兰的中小学校长
应邀访华,参加为期一周的“汉语桥—英格兰
中小学校长访华之旅”活动。期间,校长们参
加关于中国概况和中国教育体系的讲座,一对
一访问中小学,并签署友好合作谅解备忘录。
6 de maio. Doze diretores de escolas da Inglaterra con-vidados à China participaram durante uma semana do even-to “Chinese Bridge”. Eles assistiram a palestras sobre a China e o sistema chinês de ensino, visitaram escolas e assinaram memorandos de entendimento sobre cooperação amistosa.
18 de maio. A Matriz do Insti-tuto Confúcio convidou 97 alunos birmaneses do ensino fundamental e médio a participarem do “Chi-nese Bridge – Curso de Verão para Estudantes de Mianmar” concreti-zando o convite feito pelo primeiro--ministro Li Keqiang durante sua visita a Mianmar. Em duas semanas, os estudantes irão a Pequim, Xangai, Chongqing e Xiamen.
Da rua já é possível enxergar o cozinheiro por trás do balcão em L
孔子学院 总第 8 期 2015 年 5 月 第 3 期12
专题报道
Era sempre perto das cinco da tarde, aos domingos, que um amigo me enviava
mensagens convidando para jantar no bairro da Liberdade. Pelo dia e horário, na vontade de comer coisas gostosas por pouca grana, dificilmente haveria uma boa alternativa em São Paulo. Conver-sávamos sobre tudo, comíamos de tudo. Isolados em pequenas ilhas chinesas, como se tivéssemos pas-sado 24 horas no avião para estar em uma parte bem distante do mundo, onde os sabores e a atmos-fera oferecessem um tipo estranho de conforto: o de encontrar um lar longe de casa.
São locais como a pequena porta ao lado da loja de cosméti-cos. Não sei o nome desse restau-rante – antes estava escrito só em chinês, depois mudou para algo genérico em português. Trata-se de um salão minúsculo, com ape-nas quatro mesas. É tão pequeno que, da rua, já é possível enxergar
o cozinheiro – às vezes um ho-mem chinês, em outras um garoto – num movimento de vaivém pela cozinha estreita, parcialmente visível por trás do balcão em for-mato de L.
Agora as paredes têm fotos de alguns pratos, com nome e preço. Há uns cinco anos, quando fui lá pela primeira vez, não havia nada disso. O cardápio, forte nas massas e nos 饺子 jiǎozi e similares, estava somente em mandarim e japonês. O homem chinês, de Xangai, é o chef e o dono. Só entravam clientes chineses. Como não é raro acon-tecer, as mudanças começaram pelas mãos de uma mulher. Desde que uma moça passou a atender, o pequeno restaurante abriu-se aos brasileiros.
Não quero dizer que tenha se tornado menos chinês. Pelo contrário. Lá continuo até hoje me sentindo de verdade na China, onde é comum a impressão de se estar comendo quase na casa do
A Liberdade, na região central de São Paulo, há um século concentra gente vinda da Ásia e casas comerciais abertas especialmente para esse público. São lojas de quinquilharias, mercearias e restaurantes que poderiam estar numa rua qualquer do leste asiático. Passam as gerações, mudam os letreiros, uns restaurantes fecham, outros abrem. Na Liberdade de hoje, que lugares ainda são capazes de transportar o visitante para o outro lado do mundo?
proprietário. Esses lugares aper-tados, com cheiro de comida e rostos familiares, sem vinhos, taxa de serviço e uniformes. Banheiro simples, às vezes com detergente no lugar de sabonete. No caso do segundo andar do pequeno res-taurante, um teto baixinho, com pouca luz e folhas de jornal for-rando o chão. Por cima, centenas de 韭菜 jiǔcài, a verdura chinesa com sabor entre o alho e a cebo-linha. A comida que faz parte do cenário do cotidiano – nada do higienismo fúnebre e encenado dos corredores de supermercado.
No Wan Wan, a cena lá pe-las três da tarde é parecida. Uma pausa vespertina para devorar tra-vessas das comidinhas para o chá, chamadas de “dim sum” (pronún-cia cantonesa de 点心 diǎnxīn) ou “yam cha” (pronúncia cantonesa
de 饮茶 yǐnchá), pode ganhar a companhia de funcionários des-cascando alhos na mesa ao lado. Assim como em Hong Kong, o chá vem farto e bem quente, e as porções são destinadas a forrar o estômago e tocar o coração.
Já ouvi muitos se queixarem de que, em estabelecimentos como esses, os funcionários não falam quase nada de português. De que o cardápio, mal traduzido, dificul-ta os pedidos. Penso que a língua engraçada, meio confusa, é um atestado de que ali a comida vai ser boa, barata e autêntica. Assim como o som de óleo borbulhando na wok, as imprecisões idiomá-ticas são excelentes estimulantes para o meu paladar.
Alguns restaurantes tornam--se bem queridos dos brasileiros. O sucesso do Rong He e seu show
孔子学院 总第 8 期 2015 年 5 月 第 3 期14
Comidinhas que acompanham o chá, chamadas de “dim sum”广式早茶
烧卖 Trouxinha ao vapor
锅贴 Pastel na chapa
图 / Fotos: T. Minami
图 / Foto: Reprodução
专题报道
de preparação de massas levou a uma segunda unidade no Paraíso. Já o Chi Fu tem até senha para as mesas. Há 12 anos, quando fazia um curso na Liberdade, ia lá para saborear pratos enormes por preços inacreditáveis. O salão era bem mais simples e vazio. Eu sempre pedia uma tal de “mas-sa branca”, que aparecia assim identificada no cardápio – tinha a largura de um pappardelle, era pesada e espessa. Hoje em dia, ao que parece, os clientes vão em busca dos frutos do mar com bom preço.
Ao contrário do que ocor-re nas grandes metrópoles do ocidente, a maior parte dos res-taurantes de imigrantes em São Paulo continua pouco frequenta-da por seres ocidentais. Um dos maiores desperdícios é o “hot pot”
(火锅 huǒguō) – cozido feito na mesa do cliente – que se espalha por várias casas nos cantos me-nos visitados da Liberdade. É um prato perfeito para aconchegar as noites frescas, às vezes frias, que seguem de abril a setembro. O cliente mesmo põe os ingredien-tes na panela – tem de tudo, de cogumelos a camarão e macar-rão – e observa-os chacoalhar no caldo pelando. É ótimo para chamar os amigos e a família. E não há nada mais chinês que uma refeição abundante dividida entre os próximos. Como era com aquele amigo – éramos só os dois, mas sempre parecia que a mesa estava cheia de gente, de bons camaradas. *Thiago Minami é jornalista, redator-chefe de uma
revista de gastronomia e autor de um blog sobre comida asiática, que conheceu de perto quando morou no Japão e viajou por diversos países da Ásia.
Para muitos ociden-tais, a velha cultura oriental é, ao mesmo tempo, extraordiná-
ria e misteriosa. Sua cozinha variadíssima contribui para acrescentar ainda mais pita-das de aventura e desafio a qualquer viagem por aquelas terras. A combinação de in-gredientes sem nome nem correspondente do outro lado do mundo deixa na boca um sabor que escapa à descrição. A escolha dos alimentos e a maneira de prepará-los refle-tem, de certa forma, a visão da natureza e das relações humanas, a mentalidade e a filosofia de vida de um povo.
Variedades e variantes
A culinária chinesa é rica em variantes. Com um
mesmo ingrediente, um bom chefe de cozinha pode criar dezenas ou mesmo centenas de pratos. No processo de preparo, a intensidade da chama requer atenção espe-cial. Existem mais de dez mé-todos de cozimento: a vapor (蒸 zheng), tostar (烧 shao), saltear ( 爆 bao), refogar (炒
chao), fritar (炸 zha), saltear com molho (熘 liu), grelhar (扒 pa) e guisar (烩 hui). Es-ses métodos estão implícitos na flexibilidade da culinária chinesa. Você é capaz de ima-ginar um banquete variado feito só com tofu? A tradição de banquetes de tofu pode ser encontrada em muitas lo-calidades da China. Além do trivial tofu com cebolinha, também pode ir à mesa um tofu em forma de almônde-gas douradas, ou em tirinhas finíssimas numa sopa, ou
como um creme fermentado, ou ainda defumado e depois frito. Somem-se a isso os múltiplos temperos e molhos picantes, agridoces ou sua-ves e o resultado será uma lista interminável de estilos e sabores numa mesa farta. Quando você se dá conta de que tudo aquilo foi feito com o mesmo ingrediente básico, é inevitável se impressionar com a destreza do cozinheiro e a criatividade da culinária chinesa.
A variedade de ingre-dientes também surpreende. Os chineses de diferentes par-tes do país criaram diferentes iguarias usando produtos regionais e adaptaram seus métodos de cozimento às condições locais. As caracte-rísticas geográficas e climá-ticas da China variam signi-ficativamente de região para
A harmonia é um dos princípios da culinária chinesa e, ao mesmo tempo, o mais elevado ideal de conceito estético na cultura tradicional deste país
cultura
孔子学院 总第 8 期 2015 年 5 月 第 3 期22
região e acabam infl uenciando os estilos culinários. De modo geral, as diferentes cozinhas da China são divididas de acordo com a re-gião, os modos de cozimento e os sabores dominantes. As oito mais prestigiadas são as das províncias de Sichuan, Shandong, Hunan, Guangdong, Zhejiang, Jiangsu, Fujian e Anhui. A cozinha de Si-chuan é picante, a de Shandong é leve, a de Jiangsu, delicada, e a de Guangdong privilegia o sabor original dos alimentos. No entan-to, essa categorização não é total-mente adequada, pois até os chi-neses sentem difi culdade na hora de especifi car as diferenças ou se-melhanças entre as oito principais cozinhas do país. Na realidade, mesmo cidades vizinhas podem ter especialidades próprias, com sabores muito diferentes entre si. Dividir a cozinha chinesa em apenas oito categorias significa, obviamente, subestimar a ampli-tude da culinária desse país.
Cada tipo de terra produz um tipo de gente. As garotas de Hunan são francas, mas genio-sas; as do Sul têm belas feições e sorriso meigo; os rapazes de
Shandong são durões e corajosos. Como se diz no Ocidente, “você é o que você come”. Os ambientes distintos e os hábitos peculiares vão sutilmente moldando as per-sonalidades, e estas, por sua vez, influenciam as preferências ali-mentares.
O avanço das comunicações tornou possível provar pratos do mundo todo sem precisar viajar. No entanto, se você não se deslo-car milhares de quilômetros para saborear uma autêntica especia-lidade regional, pode achar que a comida perde um pouco do seu mistério. Quem mora em Pequim facilmente encontrará, a pequena distância de sua casa, restauran-tes especializados em macarrão de Guilin, lanches de Shaxian ou cozinha de Chengdu, mas a co-mida é sempre mais gostosa em seu local de origem. Por isso, nada melhor que provar uma especia-lidade no local a que ela pertence. Ainda que o chefe use os mesmos ingredientes, o sabor da comida sempre sai um tanto diferente. Os entendidos de cozinha explicam dizendo que o ar e a água infl uen-ciam o sabor do alimento. Se você
for um gourmet, pegue um mapa da China e comece a viajar. Os manjares harmonizam-se com as paisagens. Só em seu ambiente original é que as potencialidades de um prato se revelam em toda a plenitude.
A beleza da harmoniaDiferentemente do hábito
ocidental de comer coisas cruas em porções separadas, na culi-nária chinesa é difícil descrever o sabor de cada prato. O porco agridoce, por exemplo, combina o doce e o azedo, e é difícil dizer qual deles sobressai. Os cinco sabores ─ azedo, doce, amargo, salgado e picante ─ estão todos presentes na culinária chinesa e podem ser combinados de várias maneiras, sem que um deles se sobreponha aos outros. Se isso acontecer, o prato será considera-do falho.
A harmonia é um dos prin-cípios da culinária chinesa e, ao mesmo tempo, é o ideal mais ele-vado no conceito estético da cul-tura tradicional. O capítulo Yue Ming (Sobre a vida) do clássico
Shang Shu (Coletânea de registros históricos) indica que a chave para uma boa sopa está em obter uma combinação harmoniosa entre os sabores salgado e azedo, numa metá-fora sobre o princípio para governar um país. A dialética na culinária pode ser encontrada em muitos aspectos, como na escolha dos legu-mes e das carnes, no tamanho dos ingredientes cortados, na quantidade de água na panela e na intensidade da chama para que o sabor dos pra-tos seja acentuado ou suave, a textu-ra macia ou crocante, a temperatura quente ou fria. Todos esses fatores são cuidadosamente levados em consideração. Um bom chefe é capaz de reunir os cinco sabores de modo a maximizar o efeito da harmonia. Ele precisa estar seguro para fazer um prato nem muito doce, nem
muito ácido, nem muito salgado, nem muito picante. A sopa deve ser fresca e delicada, mas não insossa; a carne deve estar suculenta sem ser gordurosa. O huoguo, um popular cozido preparado pelos próprios clientes na mesa, é servido numa pa-nela dividida em dois compartimen-tos: um para o molho picante, outro para o suave, a imagem perfeita do equilíbrio e da harmonia.
A l é m d o m a i s , e x i s t e u m a c o r -respondência a observar entre as estações do ano, os cinco sabores e os c i n c o e l e -mentos da m e d i c i n a
SALGADO
ÁGUA
AMARGO
FOGO
AZEDO
MADEIR
A
PICANTE
METAL
DOCE
TERRA
五行 : 水、火、木、金、土在口味上的属性分别对应:咸、苦、酸、辛、甘
Os cinco elementos ─ água, fogo, madeira, metal e terra correspondem respectivamente aos sabores salgado, amargo, azedo, picante e doce
清代扬州僧人文思创制的“文思豆腐”刀工极其精细,流传至今,成为淮阳菜中的一道经典特色菜
Na Dinastia Qing, o monge Wensi, de Yangzhou, criou um prato de tofu fi namente fatiado, reconhecido até hoje como um dos mais tradicionais da região Huaiyang
cultura
孔子学院 总第 8 期 2015 年 5 月 第 3 期24
chinesa. Água, fogo, madeira, metal e terra corres-pondem aos sabores salgado, amargo, ácido, picante e doce, respectivamente. Acredita-se que o organismo possui necessidades diferentes em cada estação, por isso se recomenda comer mais alimentos “azedos na primavera, amargos no verão, picantes no outono, sal-gados no inverno”.
A beleza da harmonia é o segredo da cozinha chinesa e também um ideal de vida, que é a melhor materialização de uma escala de valores que privilegia a harmonização. Diferentemente dos valores ociden-tais, que focam na individualidade, os chineses põem ênfase nas relações interpessoais, buscando o equilí-brio e a estética do conjunto.
Beleza em formas e coresOs pratos chineses são admirados também por
sua apresentação e combinação de cores. Com uma faca de cozinha, um chefe experiente consegue escul-pir um dragão e uma fênix num legume ou transfor-mar um tomate ou um pepino em obras de arte que
deleitam os olhos antes de saciar o apetite. A cultura chinesa cultiva o estado de espírito e a perfeição esté-tica como forma de buscar serenidade e paz interior. Os nomes poéticos dos pratos visam despertar a curiosidade dos convivas antes de começarem a co-mer. A trivial sopa de couve com macarrãozinho, por exemplo, ganha o nome sopa de lótus e jade branco, capaz de colorir o mais tedioso cotidiano.
Na longa história da culinária chinesa, a origem de cada iguaria se mistura a lendas que enriquecem a gastronomia com referências culturais e histórias interessantes. Por exemplo, o dragão brincando com moedas douradas é um prato que tem origem em uma sopa de enguia que o imperador Qianlong (1711-1799) provou quando se disfarçou de plebeu para pas-sear fora do palácio real. O “dragão” no nome do prato é justamente uma alusão ao imperador. Outro exem-plo é o conhecido adeus, minha concubina, originário de Xuzhou, na província de Jiangsu, uma sopa de tar-taruga e frango cujo nome foi inspirado em um epi-sódio histórico que dizem ter ocorrido perto daquela cidade. O general Xiang Yu usava uma armadura, que
em chinês se diz甲 jia, mesma palavra que designa a carapaça de tartaruga, e o vocábulo 姬 ji (con-cubina) tem a mesma pronúncia de 鸡 ji (frango). Inúmeros outros pratos foram inspirados de ma-neira semelhante, como “biscoito de cristal”, “dragão e fênix” (um combinado de enguia e frango), “frango feliz”, “tofu pele de tigre”, “talismã de legumes” e assim por diante. Os nomes desses pratos, cheios de alusões históricas, des-pertam a imaginação e o apetite.
Uma viagem à China pro-porciona experiências gastronô-micas que envolvem as papilas, os olhos e o coração. Ao saborear as autênticas iguarias da gastro-nomia chinesa você entenderá também a cultura do país ou, pelo menos, o que corresponderia a
uma nota de rodapé sobre ela. Com isso, não é difícil entender o fato de que, embora tenha passa-do por altos e baixos ao longo da história, a cultura chinesa conti-nua a crescer e florescer por causa de sua criatividade e inclusão.
Ao chegar a um país ou uma cidade, a comida pode ser o primeiro contato íntimo, que registra os sobressaltos dos pri-meiros dias, o estranhamento do novo, as boas surpresas. E sem-pre haverá sabores associados a pessoas, lugares ou sentimentos específicos. Só depois de passar pela boca é que se chega ao cora-ção. A melhor maneira de conhe-cer e relembrar a China é usando os pés para percorrer seus ca-minhos e a ponta da língua para provar suas delícias.
Depois de pouco mais de um mês na China, o americano Allen já consegue comer
frango xadrez, seu prato predileto, usando os pauzinhos com razoável habilidade. Com o de cima contro-lado pelo polegar e pelos dedos mé-dio e indicador, e o de baixo imóvel, ele pega facilmente amendoins e cubinhos de frango. Em pouco tempo, só restam no prato alguns pedaços de alho porró. Então, Allen joga o restante do molho em cima do arroz, mistura tudo, ergue a tige-la e empurra o arroz para dentro da boca. Muito bem, já está comendo igual a um chinês! “Não tenho di-ficuldade, nem com macarrão”, diz orgulhoso.
A culinária chinesa não pode ser verdadeiramente apreciada sem o uso dos pauzinhos, ou kuaizi, como são conhecidos na China. De acordo com registros históricos, esse tipo de utensílio leve e prático é usado há mais de três mil anos. A obra Ilustrações dos Ensinamentos de Lao Zi, de Han Feizi, registra: 昔者纣为象箸 “Zhou utilizava pauzi-nhos de marfim”. Nessa frase, 纣 Zhou se refere ao último imperador da dinastia Shang (Séc. XVII a.C. – Séc. XI a.C.), e 箸 zhù é a palavra
usada antigamente para designar pauzinhos. Os kuaizi de marfim representavam a vida luxuosa desse imperador, mas os de bambu já eram de uso comum na época dele. Então esses talheres provavelmente se originaram bem antes disso. De acordo com historiadores, esses ins-trumentos estão presentes na vida dos chineses desde tempos ime-moriais. Talvez tenham sua origem nos gravetos que eram usados para retirar do fogo a carne de caça, con-sumida em plena natureza. Por falta de evidências escritas ou físicas de tempos tão remotos, tudo isso é mera especulação, ainda que muito plausível.
Os pauzinhos modernos
mantêm basicamente o mesmo desenho desde a dinastia Ming (1368-1644). Têm em geral 22 a 25 centímetros de comprimento, são quadrifacetados numa ponta, usada para segurar, e cilíndricos na outra, usada para pegar o alimento. Essa característica diferencia os kuaizi chineses dos usados nos países vi-zinhos. Ali, os pauzinhos de origem chinesa foram modifi cados e adap-tados segundo os hábitos alimen-tares e as culturas locais, ganhando designs próprios. Antes da dinastia
Ming, os kuaizi costumavam ter formato cilíndrico ou sextavado, mas raramente quadrado. Mais tarde, levando-se em consideração a conveniência e a etiqueta à mesa, a parte superior dos pauzinhos pas-sou a ser quadrada. Dessa forma, podem ser segurados com mais fi r-meza e ganham maior efi ciência na hora de manusear alimentos como o macarrão. Os kuaizi inteiramente cilíndricos ainda têm a desvanta-gem de rolar facilmente pela mesa e criar constrangimento para os convidados; nesse sentido, a esta-bilidade do novo desenho foi uma grande melhoria.
Os pauzinhos com a parte superior quadrifacetada possuem
mais uma vantagem, que remete ao gosto requintado dos letrados. Os artefatos chineses costumam trazer imagens ou palavras que expressam as aspirações dos artesãos. Essas inscrições podem ser encontradas em vasos de porcelana, objetos de jade, bules de chá e até mesmo num par de delgados pauzinhos. O formato cilíndrico dificultava esse tipo de ornamento, mas o qua-drado permite gravar um poema clássico usando as quatro faces. Até fi camos com pena de usar uma
22-25 cm
Em “Ilustrações dos Ensinamentos de Lao Zi”, Han Feizi registra que o imperador Zhou já usava pauzinhos de marfi m no século XI a.C. Antigamente os pauzinhos eram chamados 箸 zhù
《韩非子.喻老》中有“昔者纣为象箸”,“箸”是筷子的古称。
沿袭的明代(1368-1644)的设计
Os kuaizi utilizados hoje em dia seguem basicamente o desenho da dinastia Ming (1368 – 1644)
obra de arte dessas para comer! De fato, os pauzinhos também
podem ser colecionados como obras de arte. Por vários séculos, muitos artesãos talentosos dedi-caram enorme criatividade a esse item tão pequeno. Há uma coleção privada no Museu de Folclore e Kuaizi, em Xangai. Lan Xiang, o dono desse museu, é um coleciona-dor renomado. De acordo com Lan, embora o local seja pequeno, estão expostos ali mais de 1.500 pares de “varetas mágicas” chinesas. Em sua maioria, os visitantes já viram kuaizi de bambu comuns. Outros até já viram versões mais caras, fei-tas de marfi m ou pau-rosa. Mas na coleção de Lan há também kuaizi
de marfim com ponta de prata, ou de bambu mosqueado e ébano, também com ponta de prata, e até pauzinhos de jadeíta e outras pe-dras raras. Além de desenhos, esses objetos ainda podem ter entalhes. Dizem que existe na Alemanha um museu dirigido por um coleciona-dor como Lan, com uma coleção que chega a mais de nada menos de mil pares de diferentes períodos históricos.
À primeira vista, 筷 kuài e 箸
zhù, os dois ideogramas chineses para pauzinhos parecem não ter
conexão entre si, exceto a parte su-perior, que signifi ca bambu. A pro-núncia dos dois também é comple-tamente diferente. Como o antigo 箸 zhù deu lugar ao atual 筷子kuài-zi? De acordo com a obra Notas do Jardim de Feijões, escrita por Lu Rong na dinastia Ming, 箸 zhù tinha a mesma pronúncia de 住 zhù (mo-rar, parar). Para os barqueiros e pes-cadores de Wuzhong, atual Suzhou, na província de Jiangsu, 船住 chuán zhù (barco parado) era algo ruim, pois signifi cava não ter nada a fazer. Como se não bastasse, 箸 zhù ainda tinha a mesma pronúncia de 蛀 zhù (infestação de cupins). Um barco infestado de cupins corria o risco de afundar, o que seria ainda pior.
Assim, 箸 zhù virou uma espécie de tabuísmo. Para evitá-lo, o nome preferido passou a ser 快子kuài zi, composto por 快 kuài “rápido”, mais o sufixo nominal 子 zi. Mais tarde, foi acrescentado sobre o primeiro ideograma o radical de bambu para indicar o material, e o nome passou a ser escrito 筷子, como é até hoje.
Nos últimos milênios, criou--se na China uma cultura singular em torno dos kuaizi. Por exemplo, a família compra um novo jogo de pauzinhos para o Festival da Primavera. Embora os costumes
variem de um lugar para outro, a substituição dos talheres velhos por novos sempre significa um adeus ao passado e esperança no futuro. Também implica em desejos de boa sorte e fartura de alimentos ao longo do novo ano. Há também regras específicas quando se trata de oferecer kuaizi como presente. Em alguns lugares da China, eles são indispensáveis como parte do dote da noiva, pois simbolizam o desejo de que o casal seja perfeito e tenha logo um filho. Como pre-sente para as crianças, um par de pauzinhos signifi ca “cresça rápido!”. A etiqueta à mesa também tem um capítulo dedicado aos kuaizi: em um jantar formal, o anfitrião deve
ser o primeiro a pegá-los para que o jantar tenha início; deve haver um par de kuaizi exclusivo para servir a comida; durante o jantar, é falta de educação erguer os kuaizi e fazê-los passear sobre os pratos en-quanto decide o que pegar; depois de pegar algo, não coloque a comi-da de volta na travessa; não aponte para alguém com os pauzinhos; evite cruzar seus kuaizi com os de outra pessoa, e nunca se deve fi ncá--los em uma tigela de arroz, porque isso lembra os rituais de culto aos ancestrais.
A parte onde se segura é quadrifacetada.
筷子上部手握处是方柱
cultura
汉语课堂
aula dE cHiNÊs
在餐厅用餐
菜单 càidān cardápio
凉菜 liáng cài pratos frios拍黄瓜 pāi huángguā salada de pepino com óleo de gergelim五香牛肉 wŭxiāng niúròu carne com cinco especiarias (pimenta de Si-
chuan, anis, canela, cravo e erva-doce)
肉菜 ròu cài pratos com carne青椒肉丝 qīngjiāo ròusī carne desfi ada com pimentão宫保鸡丁 gōngbăo jīdīng frango xadrez糖醋里脊 tángcù lĭjĭ lombo agridoce鱼香肉丝 yúxiāng ròusī carne desfi ada ao molho yuxiang (picante)
蔬菜 shūcài verduras蒜茸大白菜 suànróng dàbáicài acelga ao molho de alho
No Restaurante
孔子学院 总第 8 期 2015 年 5 月 第 3 期30
清炒生菜 qīngchăo shēngcài alface refogada 蚝油西兰花 hàoyóu xīlánhuā brócoli ao molho de ostra红烧茄子 hóngshāo qiézi berinjela ao molho hongshao (adocicado)
汤 tāng sopas酸辣汤 suānlà tāng sopa de vinagre com pimenta云吞汤 yúntūn tāng sopa de wantan (trouxinha de massa recheada)
主食 zhŭ shí arroz e massas白饭 bái fàn arroz branco扬州炒饭 yángzhōu chăofàn arroz frito (arroz colorido)叉烧汤面 chāshāo tāngmiàn macarrão ensopado com lombo marinado什锦炒面 shíjĭn chăomiàn macarrão frito com carne e legumes (yakissoba)
对话 DIÁLOGO—欢迎光临! huānyíng guānglín Bem-vindos ao nosso restaurante! (a nossa loja)你们几位? nĭmen jǐ wèi? Quantas pessoas?—两位。 liăng wèi. Duas pessoas.—这边请。 zhè biān qĭng. Por aqui por favor.
—要喝点儿什么? yào hē diănr shénme? O que querem beber?—一瓶矿泉水。 yī píng kuàngquánshuĭ. Uma garrafa de água mineral.—凉的还是常温的? liáng de háishì chángwēn de? Gelada ou natural?
—服务员! fúwùyuán! Garçon (garçonete)! 点菜。 diăn cài. Vamos fazer o pedido.我们要一份… … wŏmen yào yī fèn… Queremos uma porção de…我不吃肉,你们有什么素菜?
wŏ bú chī ròu,nĭmen yŏu shénme sùcái?
Eu não como carne, que pratos vegetarianos vocês têm?
—结帐! jié zhàng ! A conta!买单! măi dān! A conta (coloquial)!可以刷卡吗? kěyĭ shuā kă ma? Pode passar cartão?—我们只收现金。 wŏmen zhī shōu xiànjīn. Só aceitamos dinheiro. —可以打包吗? kěyĭ dăbāo ma? Pode embrulhar para viagem?
Funicular e jardins do Victoria Peak通往太平山顶的索道和山顶花园
ViagEMViagEM
熙来攘往,他们穿行在由红色柱子、
黄色屋瓦和蓝色门窗格子组成的色
彩斑斓的大殿厅堂之间。
香港最有意思的地方之一就是
旺角鸟市。那里鸟类品种繁多,这
些小生灵自古以来就陪伴着很多中
国家庭。鸟的价值在于它说话说得
有多好,或者取决于它是否被认为
会带来好运。
九龙地区的标志性建筑是优雅
且魅力十足的的半岛酒店。酒店大
堂是一个一边小憩、一边品尝英式
茶点的理想场所。
如果要领略一分钟就完成成百
上千万美元交易的疯狂节奏,那就
应该去中环走一走,这是香港的金
融中心,很多大银行都 在 此落户,
这里还聚集着全世界最高最奢华的
摩天大楼。
圣约翰 大 教 堂 是香 港 少数保
存完好的殖民时期建 筑 之一, 它
建于 1847 年,现已被 无数的高楼
大 厦 所淹没,显得比实际的规 模
更小。
如果在香 港却未在 弥 敦 道 逗
留,尤其是傍晚时分四处走走看看,
那就如同没到过香港。那儿有载客
渡海的天星小轮码头,香港文化中
心的综艺大楼,伊斯兰教中心和九
龙 清真寺,玉器市场,庙街夜 市,
无数的店铺和酒店等。
强烈推荐游客们光顾香港仔港
湾,这里至今仍有很多人以船为家,
也还保留着船上餐厅,并为游客提
供本地最优质的海鲜,其中最有名
的叫做珍宝海鲜舫。离那儿不远处
是浅水湾海滩,是当地人最常去的
地方,特别是周末。
大屿山岛 是 去 香 港 的必 游 之
地。那里有世界最大的铜制坐佛,
还有香港最大的佛教寺院——静谧
平和的宝莲寺,目前仍有僧人在此
居住修行。
而小孩们一定会在香港迪士尼
乐园流连忘返,度过难忘的一天。
这个游乐园于 2005 年 9 月开园,也
位于大屿山,建于一个人工岛上,
离赤腊角国际机场不远。
孔子学院 总第 7 期 2015 年 3 月 第 2 期38
Victoria Harbour visto do calçadão de Tsimshatsui维多利亚海港全景
漫步中国
Ilha de Lantau
Novos Territórios
Kowloon
Sha Tin
Tsuen Wan
Ilha de Hong Kong
Lamma
0 5
Peng ChauPorto Victoria
Pico Victoria
CHINA CONTINENTAL
Península de Sai Kung
Formada por uma penín-sula e várias ilhas, Hong Kong está situada no delta
do rio das Pérolas, não muito longe da cidade de Cantão e da Região Administrativa Especial de Macau. Segue o modelo ad-ministrativo de “um país, dois sistemas” idealizado por Deng Xiaoping, com um controle autônomo de suas fronteiras e alfândegas, assim como um sis-tema judiciário independente. O nome de Hong Kong é a pronún-cia cantonesa de 香港 xiang gang, que significa “porto perfumado”
ou “porto do incenso”.Hong Kong, com seu skyline
fascinante, é uma mescla de ve-lho e novo, de tradição e moder-nidade, de incontáveis arranha--céus e sampanas chinesas, uma selva de ar condicionado e perfumes de incenso, uma fusão de executivos do século XXI e monges budistas, uma procissão de endinheirados comprando em lojas de luxo ao lado de mo-radias que parecem gaiolas, uma floresta de letreiros de neon com caracteres chineses refletidos so-bre os vidros imaculados de si-
lenciosos Rolls Royce, um ir e vir de barcas da Star Ferry com mais de cinquenta anos e uma linha de metrô das mais sofisticadas. Centro financeiro e econômico da Ásia, Hong Kong possui um dos maiores e mais movimen-tados portos de livre comércio, não é à toa que a maioria dos produtos fabricados na China de uma forma ou de outra passam por seus cais.
Com seus mais de sete milhões de habitantes, é uma cidade que parece não descansar nunca, a atmosfera é apressada
Hong Kong, hoje uma Região Administrativa Especial da República Popular da China, foi colônia britânica de 1842 a 1997. É, como nenhum outro lugar no mundo, uma impressionante fusão de Oriente e Ocidente. Suas ruas contemplam a evolução de uma sociedade moderna com fortes raízes ancestrais.”
mesmo em dias festivos. Os edi-fícios novos são construídos 24 horas por dia, sete dias por se-mana, as lojas fecham às onze da noite, os restaurantes estão sem-pre abertos, as pequenas oficinas de confecção têm as máquinas em funcionamento o dia todo, as cartomantes predizem o futuro em cinco minutos, os arranha--céus mantêm as luzes de seus escritórios acesas até alta noite, os taxistas trabalham quinze horas seguidas, as corridas de cavalos parecem não ter fim e o dinheiro corre pelas ruas de mão em mão. Esse frenesi con-tínuo explica a intensa energia de Hong Kong, interrompida ocasionalmente pelos tufões que assolam a cidade ou pelo calor úmido e sufocante que predomi-na entre julho e agosto.
As ruas e avenidas repletas de gente, a orla do Victoria Har-bour com seu espetáculo notur-no chamado Symphony of Lights
(Sinfonia de Luzes), os mercadi-nhos de roupa, as ruelas cheias de farmácias chinesas, as escadas automáticas que sobem e des-cem, os bondes de dois andares, as encostas íngremes, o apito dos navios, os centros comerciais que se sucedem em cada esquina, o rugido dos carros esportivos de luxo com o volante à esquerda, as praias douradas de Repulse Bay, a tranquilidade dos bosques nos Novos Territórios, os api-nhados blocos de apartamentos de 20 metros quadrados, a efer-vescente vida cultural, a consoli-dada bagagem cinematográfica, a vista fascinante do Victoria Peak – principalmente ao entardecer, o aroma da comida, os templos ancestrais, a mistura entre o chi-nês e o britânico e a península de Kowloon, entre outras muitas coisas, fazem que a visita a Hong Kong seja uma experiência ines-quecível que enche os sentidos e cativa profundamente.
Um pouco de históriaOcupada desde a dinastia
Qin (221 a.C.-206 a.C.), Hong Kong só ganhou certa importân-cia como povoado pesqueiro e produtor de pérolas no período Han (206 a.C.-220 d.C.). Mais tarde, na dinastia Tang (618-907) floresceu a produção e comercia-lização de sal, atividade que jun-to com a das pérolas continuou até a dinastia Ming (1368-1644). Depois da Guerra do Ópio, o go-verno Qing (1644-1911) a cedeu, em 1842, ao império britânico “em caráter perpétuo”.
Originalmente, o pedaço de terra concedido aos britânicos correspondia unicamente à ilha de Hong Kong em si, mas, com o tempo, foram sendo anexadas outras áreas como a península de Kowloon, a ilha de Lantau e outras menores. Alegando a ne-cessidade de proteger sua colô-nia, a coroa britânica solicitou ao
孔子学院 总第 8 期 2015 年 5 月 第 3 期40
Templo Po Lin na ilha de Lantau大屿山宝莲寺
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imperador Qing uma concessão de 99 anos sobre os Novos Territórios até 30 de junho de 1997, por isso, em 1o de julho de 1997, o Rei-no Unido devolveu à China toda a colônia de Hong Kong.
Apesar da pouca indústria, Hong Kong teve um crescimento espetacular durante os 156 anos do período britânico, sobretudo graças a sua progressiva atividade comer-cial, intermediária e financeira. A fundação do banco Hong Kong and Shanghai Banking Corporation (HSBC) foi um marco em sua economia. Também contribuiu para seu de-senvolvimento o sistema educacional imposto por Frederick Stewart, inspirado no europeu, assim como o funcionamento político, judi-cial, policial e migratório. Hong Kong hoje registra altas taxas de expectativa de vida, alfabetização e renda per capita, e aposta forte na cultura ocidental moderna, sem esquecer as raízes chinesas.
Em 29 de dezembro de 1984, foi assi-nada a Declaração Conjunta entre a China e o Reino Unido, confirmando que o governo da República Popular da China retomaria a soberania sobre Hong Kong a partir de 1º de julho de 1997. A China decidiu transformar
Catedral de São João, construída em 1847建于 1847 年的圣约翰大教堂
ViagEMViagEM
a ex-colônia britânica em uma Região Administrativa Especial e sancionou, em 4 de abril de 1990, a “Lei Básica de Hong Kong”, uma espécie de Constituição local, que atribui um alto grau de autono-mia e competências executivas e legislativas, assim como um ju-diciário independente e o poder para decidir em última instância, mas o governo central é respon-sável pelos assuntos exteriores e a defesa.
Inegável atrativo turístico
Com uma extensão de 1.104 quilômetros quadrados – o que nos dá ideia de sua elevada den-sidade populacional – , Hong Kong tem ao todo 18 distritos divididos entre a parte continen-tal e as mais de duzentas ilhas e ilhotas. Seu clima é subtropical de monção, com verões extre-mamente quentes e úmidos, e invernos suaves e secos. As me-lhores épocas para visitar vão de
孔子学院 总第 8 期 2015 年 5 月 第 3 期42
Mercado de Pássaros香港鸟市
Buda de Lantau大屿山大佛
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outubro a novembro e de abril a maio. Apesar de não ser uma cidade de grandes monumentos históricos, a visita vale a pena por outros motivos, sobretudo para observar a vida dos moradores, fazer compras e deixar-se cativar por seu jeito vanguardista.
Entre as atrações turísticas mais destacadas se encontram o Victoria Peak, um pico a 400 metros de altura de onde se tem uma visão panorâmica quase de 360 graus sobre toda a cidade, in-cluindo a península de Kowloon e os Novos Territórios. As fotos mais espetaculares são feitas ao entardecer ou no início da noi-te, com todos os arranha-céus iluminados pelo crepúsculo. O acesso é feito por um funicular.
A leste da Central, o distri-to Sheung Wan lembra a velha Xangai. A agitação conserva o encanto de uma cidade chinesa, com casas comerciais que nos transportam para outros tempos.
O mercado de Stanley é um paraíso para as compras baratas e
outras nem tanto. São vários blo-cos onde se pode adquirir desde roupa até arte, passando por joias e relógios.
A praia de Shek O é uma das melhores de toda a ilha e o povoado que lhe dá o nome é um remanso de paz longe da agitação da cidade, dos congestionamen-tos e do calor sufocante.
Um passeio nos bondes de dois andares dos anos 1950 nos levará a uma excursão por ruelas entre edifícios de centenas de metros de altura, com milhares de pessoas a nossos pés. O calça-dão de Tsimshatsui oferece uma das imagens mais espetaculares e fotografadas da ilha de Hong Kong. Ali é o mirante ideal para observar a queima de fogos do ano-novo chinês ou a “Sinfonia das Luzes”, um espetáculo que acontece toda noite.
O Museu de História de Hong Kong é o melhor lugar para impregnar-se da cultura lo-cal e entender as idiossincrasias
locais. O percurso oferece uma panorâmica desde tempos pré--históricos até a atualidade, com objetos e fotografias que levam o visitante de uma forma real e didática até tempos passados.
Quem deseja visitar um centro taoísta e extasiar-se em um ambiente único precisa ir ao Templo Wong Tai Sin. O que mais impressiona é ver a multi-dão de fiéis indo rezar entre salas e pavilhões sob uma explosão de cores, pilares vermelhos, telhados amarelos e persianas azuis.
Um dos lugares mais in-teressantes de Hong Kong é o Mercado de Pássaros em Mon-gkok, onde se pode encontrar uma grande variedade desses seres alados que desde tempos imemoriais fazem companhia às famílias chinesas. O valor varia de acordo com sua capacidade de cantar e de trazer boa sorte.
O edifício mais emblemá-tico de Kowloon é o elegante e carismático Hotel Peninsula. Seu
Hong Kong é atingida por tufões todo ano香港每年都遭受数次台风袭击
ViagEMViagEM
saguão é o lugar para descansar por um momento, enquanto se degusta um bom chá da tarde ao estilo inglês.
Para ver o frenesi diário de uma cidade que movimenta mi-lhões de dólares a cada minuto, o melhor é passear em Central, o distrito financeiro e sede dos
maiores bancos da cidade. Ali estão alguns dos arranha-céus mais altos e extravagantes do mundo.
Um dos poucos edifícios coloniais que permanecem in-tactos em Hong Kong é a Cate-dral de São João, construída em 1847 e de confissão anglicana.
Está perdida entre centenas de arranha-céus que a fazem pare-cer menor do que é.
Nenhuma v is ita estará completa se não se explorar a Nathan Road e seus arredores, sobretudo ao cair da noite. Aí podemos encontrar a estação do Star Ferry, as balsas que fazem a travessia para a ilha, o Comple-xo do Centro Cultural de Hong Kong, o Centro Islâmico e Mes-quita de Kowloon, o Mercado de Jade, o mercadinho noturno da Temple Street, milhares de lojas e hotéis.
No porto de Aberdeen, onde milhares de pessoas ainda vivem em sampanas, há restau-rantes flutuantes que servem o melhor fruto do mar da cidade, o mais famoso de todos é o cha-
孔子学院 总第 8 期 2015 年 5 月 第 3 期44
Hotel Peninsula.半岛酒店
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mado Jumbo. Não muito longe dali está a praia de Repulse Bay, a mais frequentada pelos locais, sobretudo nos fins de semana.
Também não se pode dei-xar de ir à ilha de Lantau para visitar uma das maiores está-tuas de Buda do mundo, assim como o tranquilo e harmonio-so Templo Po Lin, o maior da cidade e que ainda conta com monges residentes.
As crianças da família vão ter um dia inesquecível na Hong Kong Disneyland, inau-gurada em setembro de 2005, e também situada na ilha de Lantau, não muito longe do ae-roporto internacional Chek Lap Kok, construído sobre uma ilha artificial.
Antes mesmo dos primeiros raios de sol, fogos de artifício ressoam no silêncio da madrugada e despertam muita gente de seus sonhos: com o noivo à frente, chega o cortejo de casamento para buscar a noiva. De pé desde muito cedo para fazer o penteado, maquiar-se e vestir-se, ela espera ansiosa pelo momento mais importante de sua vida. Diante do portão fechado, estende-se uma longa fi la de carros reservados para o casamento. No pátio, as crianças aguardam inquietas, agitando bandeirolas e gritando. Elas é que vão abrir o portão para o noivo, mas só depois que receberem dele os envelopes vermelhos com dinheiro
Os chineses e o casamento: inovando tradiçõesTexto Xu Xuejun
As palavras chinesas para jujuba, amendoim, olho de dragão e semente de lótus (respectivamente hongzao, huasheng, guiyuan e lianzi) possuem sílabas com pronúncia idêntica aos ideogramas 早 zao, 生 sheng, 贵 gui e 子 zi, que juntos formam a frase “tenham um fi lho logo”. Por isso, esses quatro frutos são geralmente oferecidos nos casamentos, como uma bênção para que o casal não tarde a gerar um lindo bebê
Essa é a descrição de um casamento chinês, com es-trondar dos fogos e símbo-
los vermelhos de “dupla felicida-de” decorando as ruas, de antigas tradições que vão se misturando a pitadas de modernidade, sempre mantendo sua característica mais especial – a agitação.
Valores culturais Os chineses sempre atribuí-
ram grande importância à família e ao casamento. Para os antigos, os conceitos de “administrar a família”, “cultivar o caráter”, “gerir o estado” e “pacificar o mundo” eram indissociáveis, tidos como metas de vida. Como consequ-ência disso, desenvolveram-se diversos ritos e códigos de condu-ta. Com o tempo, os ritos de cele-
bração do casamento evoluíram, alguns foram substituídos, mas outros se mantêm até hoje.
Como um dos acontecimen-tos mais importantes na vida, o casamento é um assunto sério. Antes das bodas, os dois lados devem cuidar de vários procedi-mentos. Antigamente, os pais do noivo deviam, primeiro, pedir a uma casamenteira que visitasse a família da noiva para fazer o pedido e dar informações sobre o noivo. Aceita a proposta, era hora de entregar presentes à família da noiva, para selar o noivado, e então escolher uma data para o matrimônio. Todo mundo, seja na China ou em outros países, seja no passado, ou no presente, já de-sejou encontrar uma cara-metade ao lado de quem passar a vida.
Quando vai buscar a noiva, o principal desafio do noivo é convencê-la a abrir a porta
接亲时如何敲开新娘的房门,是新郎面对的首要挑战
No casamento, os noivos devem servir chá a seus
pais como sinal de respeito
婚礼中新人要为父母敬茶,表示对父母的尊敬
coMportaMENto
孔子学院 总第 8 期 2015 年 5 月 第 3 期50
Como é de se esperar, a questão de como encontrar o par adequado e criar um casamento feliz preocupa não só os noivos, mas também os pais de ambos os lados, e muito. Por isso foram elaborados testes de todo tipo para avaliar o grau de compatibilidade entre os dois lados, por exemplo, comparando as datas e as horas de nascimento e os signos dos noivos, o equivalente à astrologia ocidental.
Confirmada a compatibilida-de, é chegada a hora de definir uma data para a cerimônia. Os chineses dão grande atenção aos números; os antigos costumavam consultar um almanaque para saber se uma data era auspiciosa ou não ─ e a preparação de um casamento cer-tamente exigia que fosse encontra-
da uma data propícia. Mesmo que já não haja mais tanto rigor com relação a isso, o “bom presságio” continua tendo considerável im-portância para os chineses de hoje. Costuma-se escolher uma data que tenha um significado especí-fico: uma data de número par, por exemplo, simboliza que o casal vi-verá sempre unido, com felicidade e harmonia. Certas datas especiais também podem ser escolhidas, como o dia do aniversário da noiva ou do noivo, a data em que o casal se conheceu, ou mesmo o 14 de fe-vereiro, dia de São Valentim, padro-eiro dos namorados no Ocidente.
Tradicionalmente, no dia do casamento, era o noivo quem en-cabeçava o cortejo para ir buscar a noiva e levá-la consigo. Mas o pon-
中国风尚
Aos poucos, novos estilos de casamento vão sendo aceitos, mas as raízes tradicionais se mantêm
to alto da cerimônia era quando os noivos, em trajes vermelhos, faziam vênias em sinal de respei-to ao Céu, à Terra, a seus pais e fi nalmente um ao outro. Na visão de mundo tradicional, o Céu e a Terra eram a origem de todos os seres, os pais eram a origem dos noivos, e só depois era chegada a hora do indivíduo. Portanto, quando os recém-casados esta-beleciam um novo lar, também assumiam o compromisso de ex-pressar gratidão e reverência para com a origem da vida.
Casamentos em transformação
Embora não precisem mais se ajoelhar e fazer reverências,
os recém-casados de hoje ainda devem servir chá para os mais velhos e curvar-se um diante do outro como expressão de respeito. Com o passar do tempo, os costu-mes da cerimônia de casamento na China sofreram grandes mu-danças e continuam incorporan-do inovações. Por exemplo, quan-do a noiva chega com seu cortejo, os sons tradicionais do soná (ins-trumento musical parecido com o trompete) foram substituídos por fogos de artifício e animada mú-sica eletrônica. A seda vermelha para a cabeça da noiva deu lugar a um véu branco, e o luxuoso e fl orido palanquim em que a noiva era carregada foi trocado por car-ros de luxo adornados com balões e fi tas coloridas.
A senhora Huang, de 80 anos, foi testemunha das grandes mudanças ocorridas na China e presenciou cerimônias de ca-samento de diferentes épocas. Casada há mais de 50 anos, ela ainda se lembra de sua festa sim-ples, mas encantadora: “Pegamos emprestados vinte banquinhos do nosso local de trabalho, tor-ramos duas grandes tigelas de amendoim e sementes de girassol e compramos cinco quilos de balas. Os convidados sentaram-se em quatro mesas, com uma sopa e quatro pratos em cada uma. Juntos, saboreamos uma refeição demorada e cheia de alegria”.
Zhang Rong, fi lha de Huang, casou-se em 1982. No dia de seu casamento, o noivo vestia um ter-
Os jovens são cheios de ideias para deixar seu casamento diferente e especial
年轻人的婚礼形式不拘一格,富有创意
coMportaMENto
孔子学院 总第 8 期 2015 年 5 月 第 3 期52
no azul estilo Mao e a noiva uma jaqueta vermelha. Os dois foram a um estúdio de fotografia, tira-ram uma foto em preto e branco, juntaram-na à certidão de ca-samento e, em seguida, convi-daram os amigos e familiares para uma refeição em sua casa, e pronto, estava concluída a cerimônia. Sobre o casamento da sua filha, Huang comenta: “Naquela época, era importan-te ter as ‘três coisas que giram’: uma bicicleta, um relógio e uma máquina de costura. E também algo que faz som – um aparelho de rádio. Hoje em dia, isso não é nada, mas eram equipamentos de alto padrão naqueles tempos”.
Nos anos 80 eram as três coisas que giram e uma que faz som; nos anos 90, os três ele-trodomésticos e uma coisa com rodas – televisor, máquina de lavar, geladeira e bicicleta; mas, no século 21, os objetos de de-
sejo dos noivos são apartamen-to, carro, dinheiro e diploma.
Agora chegou a hora do neto de Huang se casar. Seu casamento do século 21 tem um novo estilo que preserva a alegria e a agi-tação tradicionais, combinadas com a solenidade do casamento ocidental. O salão do banquete é decorado com fitas vermelhas e símbolos da felicidade conjugal. A noiva usa dois vestidos: um tradicional qipao vermelho e um vestido branco de estilo ocidental. Ao som da marcha nupcial, ela é conduzida lentamente por seu pai até o noivo, que a espera no altar.
Celebrando com criatividade
Hoje em dia, cada vez mais noivos optam por realizar casa-mentos em hotéis, numa cele-bração com toques ocidentais. Novos formatos e conceitos de cerimônia vão, aos poucos, sen-
do aceitos por todos. Alguns jo-vens abrem mão dos intrincados e complexos rituais tradicionais e optam por maneiras mais ro-mânticas.
Em um casamento “ciclís-tico”, o noivo, levando a noiva na garupa da bicicleta, pedala rápido entre famliares e amigos que comemoram animados. Já no casamento no balão, os noi-vos dão um abraço apertado du-rante o voo e, quando estão a 40 metros de altura, jogam pétalas de flores para baixo, despertan-do olhares de surpresa e inveja. Outro casamento interessante é o que acontece no metrô: de mãos dadas, os noivos vão até um vagão onde os passageiros os recebem com uma chuva de bons votos, enquanto amigos e familiares estão à espera nas estações se-guintes e cumprimentam o casal em cada parada. Quando esco-lhem casar-se debaixo d’água, os noivos, usando equipamentos de
O tradicional cortejo de casamento
传统的迎亲队伍
O noivo carrega a noiva nas costas para colocá-la no palanquim nupcial
新郎背新娘上花轿 Chegando à casa do noivo, a noiva precisa passar por cima de uma bacia cheia de brasas, simbolizando que os recém-casados terão uma vida animada e calorosa
新娘进新郎家要跨过火盆,寓意新人日子红红火火
中国风尚
三转一响
三电一轮
三子一本
sān zhuān yī xiǎng
sān diàn yī lún
sān zǐ yī běn
八十年代要三转一响:收音机、自行车、缝纫机及手表
九十年代要三电一轮:电视机、洗衣机、电冰箱、自行车
21世纪,在有些地区存在这样的说法:房子、车子、票子、学历本被称为“三子一本”
“Três coisas que giram e uma que faz som” – bicicleta, relógio, máquina de costura e aparelho de rádio ─ nos anos 80
“Três coisas eletrônicas e uma com rodas” – aparelho de televisão, máquina de lavar, geladeira e bicicleta ─ nos anos 90
“Apartamento, carro, dinheiro e diploma”, no século 21
A cerimônia de casamento e os costumes nupciais têm um signifi cado fundamental na vida de cada chinês
mergulho, se abraçam e se beijam submersos, como uma maneira peculiar de criar lembranças es-peciais do casamento. Não faltam ideias para cerimônias diferentes e inusitadas: no gelo, num iate, no bungee jump, à luz de velas ou num belo gramado.
Ultimamente, toda uma nova terminologia tem surgido para os casamentos: despojado, relâmpago, secreto. Essas novida-des, de início pouco conhecidas, ganharam cenas em filmes e seriados de televisão e conquis-taram enorme popularidade. Independentemente de ser um casamento minimalista e original, ou romântico e pomposo, tradi-cional ou inovador, é sempre vi-sível a importância especial que o casamento e a família têm para os chineses. O ritual e os costumes relacionados são emblemáticos da cultura chinesa e ocupam um lugar de destaque na vida de cada chinês.
Os recém-casados fazem reverência ao Céu, à Terra e a seus pais, expressando gratidão e respeito pela origem da vida
敬拜天地及父母,表达对生命本源的崇敬和感恩
Os recém-casados curvam-se um diante do outro para demonstrar amor e respeito mútuo
夫妻对拜,表示要相互尊敬,相亲相爱
coMportaMENto
由圣保罗州立大学孔子学院承
办的第十四届“汉语桥”世
界大学生中文比赛巴西赛区
总决赛5月31日落下帷幕,十一名巴
西学生在赛场上竞相展示自己的汉语
水平及其对中华文化的理解,对他们
来说,“对现代化中国的向往”成为其
学习中文的驱动力。
就读于圣保罗州立大学孔子学院
的恩里克从选手中脱颖而出,夺取巴
西赛区冠军,将赴中国参加复赛。他
表示将在下阶段的比赛中拼尽全力。
恩里克在孔院学习中文三年半,这期
间他既要定期到孔院上课,又要攻读
大学学位,同时还在一家企业做兼职
的销售代表。中文、 学业和工作这“三
座大山”让这个巴西小伙有些喘不过
气来,然而“去中国发展”的梦想让
他咬牙坚持了下来。他说自己练习中
文的窍门就是自言自语,另外还通过
一些视频网站学习中文发音。
据出席活动的中国驻巴西大使馆
文化参赞石泽群介绍,目前巴西已开
设有8家孔子学院,另有两家已签署
了建设协议,这说明随着中巴经贸合
作的深入,两国文化交流也迈上了新
台阶。
此前,地区预赛先后在伯南布哥
大学孔子学院,米纳斯州联邦大学孔
子学院和里约热内卢天主教大学孔子
学院举行。
(文 荀伟 / 王正润)
第十四届 “汉语桥”巴西总决赛成功举办
Instituto Confúcio na UNESP sedia final nacional do 14º Chinese Bridge
孔院风采
Nossas atiVidadEs
孔子学院 总第 8 期 2015 年 5 月 第 3 期54
Os estudantes premiados depois de uma competição acirrada激烈比赛后的获奖者。
O Instituto Confúcio na UNESP promoveu no dia 31 de maio o 14º Con-
curso Chinese Bridge de Profi-ciência em Língua Chinesa para Estudantes Universitários, evento internacional do idioma chinês, em que 11 estudantes universi-tários brasileiros demonstraram seu nível de proficiência na lín-gua e sua compreensão da cultu-ra chinesa. Para eles, o desejo de conhecer a China moderna é a principal motivação para apren-der chinês.
O estudante Henrique Melo Fernandes, que se destacou entre os finalistas, conquistou o título de campeão do Brasil e parti-cipará das semifinais na China. Henrique prometeu dedicar seus melhores esforços para um bom desempenho na próxima fase da competição. Aluno do IC-UNESP durante três anos e meio, ele aprendeu chinês enquanto fazia o curso universitário e trabalhava
como agente de vendas. Essas três pesadas tarefas deixaram o jovem brasileiro quase sem fôle-go, mas ele aguentou firme ante a oportunidade de se desenvolver na China. Ele conta que praticava a língua chinesa falando sozinho e procurou aperfeiçoar a pronún-cia acessando aulas pela internet.
Segundo o conselheiro cul-tural da Embaixada da China, Shi Zequn, que participou do evento, já funcionam no Brasil oito Insti-tutos Confúcio e mais dois serão abertos em breve. Isso indica que, com o aprofundamento da cooperação China-Brasil, o in-tercâmbio cultural entre os dois países também alcança um novo patamar.
A etapa eliminatória foi rea-lizada nos Institutos Confúcio na Universidade de Pernambuco, na Universidade Federal de Minas Gerais e na Pontifícia Universi-dade Católica do Rio de Janeiro.
Competidores se apresentam na final nacional参加总决赛的选手们。
巴西里约热内卢天主教大学孔子学院
Insti tuto Confúcio na PUC-Rio, Brasil
28 de abril. O IC-PUC Rio inau-gurou, no Colégio Estadual Matemático Joaquim Gomes de Sousa em Niterói, a exposição Esporte e Cultura na China Antiga. As imagens, cedidas pelo Museu de Esportes e pelo Museu Olímpico da China, retratam uma série de atividades esportivas na antiguidade chinesa e ilus-tram diferentes aspectos da vida social de então. A exposição durou duas semanas nessa escola bilíngue (português-chinês) e de lá segue para outras escolas e ins-tituições nos estados de Espírito Santo, Goiás e Bahia. (Qiao Jianzhen)
10 de abril. O Instituto Confúcio na PUC Rio (IC-PUC Rio) fez uma
palestra para expor a alunos do ensino médio o desenvolvimento do Instituto, da bolsa de estudos e dos cursos de verão. Os alunos assistiram ainda a apresentações de fl auta de cabaça e tai chi chuan. Em uma aula demonstrativa de 15 minutos, o professor Cai Zha-oliang falou sobre a evolução dos ideogramas e aspectos da gramá-tica chinesa. O evento fez parte do “PUC por um Dia”, programa que atraiu mais de 6.000 alunos e 500 professores do ensino médio do Estado do Rio de Janeiro.
14 de abril. O IC-PUC Rio realizou a cerimônia de inauguração da Sala de Aula de Língua Chinesa na UniEvangélica em Goiás. Para o reitor, a criação da Sala promoverá a internacionalização de Goiás e aprofundará ainda mais a cooperação com a China. O conselheiro cultural da Embaixada da China no Brasil, Shi Zequn, afi rmou que a embaixada dará pleno apoio à implementação da Sala e demais atividades sobre a cultura chinesa. A ceri-mônia também incluiu explicações sobre as bolsas de estudo e os cursos de verão do Instituto para este ano. (Qiao Jianzhen)
13 de maio. O IC-UFRGS promoveu um seminário sobre língua e cultura chinesas para apresentar a professo-res e alunos elementos da etiqueta tradicional chinesa. O seminário também informou sobre as principais atividades do Instituto e da Matriz. O evento é parte de uma série de atividades organizadas pelo Centro de Estudos da América Latina naquela universidade, com a participação de nove de-partamentos de línguas estrangeiras e órgãos de pesquisa em língua e cultura.
巴西南大河州联邦大学孔子学院
Insti tuto Confúcio na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil
1º de abril. Chefi ando a comitiva que visitava o Instituto Confúcio na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IC-UFRGS), o prefeito de Bagé, Dudu Colombo, manifestou o desejo de estabelecer uma cooperação para atender a demanda pelo ensi-no de língua e cultura chinesas na cidade gaúcha. A direção do Instituto respondeu positivamente à soli-citação do prefeito, afi rmando que dará pleno apoio à iniciativa.
9 de abril. O IC-UFRGS realizou a cerimônia de abertura do curso de mandarim no Colégio Militar de Porto Alegre, uma das mais renomadas escolas do país, onde se formaram eminentes personalidades brasilei-ras. A abertura do curso atende às necessidades dos estudantes locais e contribui para promover o conheci-mento da língua e da cultura chinesas.
16 de maio. O IC-UFRGS foi convidado a participar do Dia de Atividades Universitárias de 2015. Durante o evento houve apresentações de caligrafi a chinesa, xadrez chinês, go, artesanato e pintura, com a participação de muitos interessados. Nas mesas de caligrafia, os alunos aprenderam a escrever os ideogramas correspondentes a Brasil, China, paz, pensamentos, amor e outros. (Yang Jialin)
16 de maio. O IC-UnB inaugu-rou a segunda fase da Oficina de Caligrafia. Com oito semanas de duração, ministrado pelo profes-sor Wang Xiaobo, que reside no Brasil há mais de 20 anos, o curso explica as regras e técnicas básicas
da caligrafia clássica. A introdução mostra a combinação entre a lín-gua e a escrita do chinês e ensina a reconhecer, pronunciar e escrever ideogramas.
(Zhou Xueya e Fan Wenting)
巴西利亚大学孔子学院
Instituto Confúcio na Universidade de Brasília, Brasil
16 de abril. O Instituto Confúcio na Univer-sidade de Brasília (IC-UnB) realizou a ceri-
mônia de abertura do Salão de Danças, apresentado uma série de movimentos coreográficos da dança das sombrinhas do espetáculo Lótus Noturnos. O curso de 12 aulas passa gradualmente das danças tradicionais folclóricas para danças modernas. Os integrantes desse curso criaram o primeiro grupo de dança do Instituto para fazer apresentações públicas em eventos culturais, a fim de divulgar entre os bra-sileiros esse aspecto da cultura chinesa.
25 de abril. O IC-UnB realizou na Praça da Har-monia Universal o “Dia da Cultura Chinesa”, cuja progra-mação incluiu atividades de tai chi, confecção de jiaozi, competições de manejo de pauzinhos, caligrafia, trajes tradicionais, xadrez, “milagres” da medicina chinesa, arte-sanato e a dança Lótus Noturnos.
22 de abril. Foi realizada a ce-rimônia de abertura do Ins-
tituto Confúcio na Universidade Es-tadual de Campinas (IC-Unicamp), estabelecido em parceria com a Universidade Jiaotong de Pequim. Fizeram uso da palavra na ocasião o prefeito Jonas Donizette; o reitor da Unicamp, José Tadeu Jorge; o reitor da Universidade Jiaotong, Ning Bin, e o conselheiro cultural da embaixada da China, Shi Zequn. Compareceram mais de 300 pesso-as, entre professores, estudantes e membros da comunidade local. A diretora-geral da Matriz do Institu-to Confúcio, Xu Lin, enviou men-sagem especial de congratulações,
dizendo que a Unicamp é uma das universidades de maior criatividade e influência no Brasil, e a Universi-dade Jiaotong é uma das principais universidades da China. “Espero que as duas universidades unam esforços na construção do Instituto para que ele se torne uma platafor-ma de aprendizagem da língua e da cultura chinesas, contribuindo para o avanço do intercâmbio e da coo-peração acadêmica, fortalecendo e desenvolvendo a amizade entre os dois povos”, diz a mensagem. Após a cerimônia, professores e alunos do Grupo Estudantil de Teatro da Universidade Jiaotong realizaram apresentações para os convidados.
巴西坎皮纳斯大学孔子学院
Instituto Confúcio na Universidade Estadual de Campinas, Brasil
Instituto Confúcio na Universidade Eduardo Mondlane, Moçambique
21 de maio. Organizada pela Comunidade Acadêmica para o Desenvolvimento e com apoio do Ministério da Educa-ção de Moçambique, foi aberta em Maputo a 7ª Exposição In-ternacional de Educação, com a participação de 80 instituições de ensino nacionais e estrangei-ras. Com seu estande próprio, o IC-UEM participou com pai-néis e materiais promocionais. Após a cerimônia de abertura,
o primeiro-ministro de Mo-çambique, Carlos Agostinho do Rosário, visitou o estande e disse estar muito interessado em aprender a língua chinesa. Du-rante a exposição de três dias, os professores do Instituto dis-tribuíram material promocional aos interessados, apresentaram o programa curricular, infor-maram sobre bolsas de estudo e ofereceram dicas de viagem e experiência cultural na China.
9 de abril. O Instituto Con-fúcio na Universidade Edu-ardo Mondlane (IC-UEM)
realizou no complexo esportivo do campus o primeiro Festival de Desporto Chinês, que contou com a animada participação de mais de
60 estudantes, divididos em seis grupos. Terminados os jogos, os vencedores foram premiados com álbuns de ópera de Pequim e peças ornamentais de laços decorativos e outras lembraças do artesanato chinês.
30 de abril. O IC-UEM pro-moveu a primeira palestra do “Curso demonstrativo de medicina chinesa”, proferida pelo dr. Jiang Yongsheng, que há mais de 20 anos exerce medi-cina em Moçambique, e pelo dr. He Keqiang, especialista em acupuntura.
Eles apresentaram aos alunos uma variedade de remédios, técnicas de acupuntura, ventosas, massagem tuina e outras terapias tradicionais, exames físicos por diagnóstico de pulso e res-ponderam a perguntas sobre proble-mas de saúde e formas de tratamento.
Instituto Confúcio na Universidade de Aveiro, Portugal
23 de abril. O Instituto Confúcio na Universidade de Aveiro, Por-
tugal, realizou a solenidade de inau-guração do Instituto em parceria com Universidade de Línguas Estrangeiras de Dalian. Compareceram ao ato o se-cretário de Estado português, Manuel
Castro de Almeida; o ministro-ad-junto de Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro; o ministro de Educação e Ciência, Nuno Crato; o presidente da Câmara Municipal de Aveiro, José Ribau Esteves; o reitor da Universidade de Aveiro, Manuel Anto-
nio Assunção; o embaixador da China, Huang Songfu; o vice-diretor-geral da Matriz do Instituto Confúcio, Wang Yongli, a reitora da Universidade de Línguas Estrangeiras de Dalian, Sun Yuhua, e mais de 200 representantes da sociedade aveirense.
葡萄牙里斯本大学孔子学院Instituto Confúcio na Universidade de Lisboa, Portugal
5月 13 日,由里斯本大学孔子学院发起并和里斯本市政府共同主办的首届
“葡萄牙中国-里斯本论坛”在里斯本市政厅举办。本届论坛的主题是“葡中对话——新丝路”,前澳门总督韦奇立将军、东方基金会主席 Carlos Monjardino、澳门国际研究所主席 Jorge Alberto Rangel,里斯本市副市长 Carlos Manuel Castro 、里斯本大学校长 Antonio Cruz da Serra、中国驻葡萄牙大使黄松甫等 100 多名社会各界代表应邀参加了本届论坛。孔子学院总部总干事、国家汉办主任许琳在专门发来的贺信中说,“今年恰逢两国建立全面战略伙伴关系 10 周年。我相信,这次论坛将为中葡两国全方位的交流合作搭建一个崭新的平台,为进一步提升双方经济、教育与文化合作的高度和深度,深化中葡友好做出积极贡献!”据悉,“葡萄牙中国-里斯本论坛”是首个由孔院发起并和市政府共建的政学商跨界论坛。通过论坛,与会代表对中国经济改革和发展有了更进一步对了解,对中葡两国合作的前景充满了信心。
13 de maio. O Instituto Con-fúcio na Universidade de
Lisboa e a Câmara Municipal de Lisboa copatrocinaram o primeiro Fórum Portugal-China no auditório da Câmara Municipal de Lisboa, tendo por tema “Diálogo Portugal--China: A Nova Rota da Seda”. Par-ticiparam do evento o ex-governador de Macau, Vasco J. Rocha Vieira, o presidente da Fundação Oriente, Carlos Monjardino, o presidente do Instituto Internacional de Macau, Jorge Alberto Rangel, o vice-prefeito de Lisboa, Carlos Manuel de Castro, o reitor da Universidade, Antônio Cruz da Serra, e o embaixador chi-nês em Portugal, Huang Songfu. Também compareceram mais de 100 representantes da comunidade e convidados. Em mensagem especial de congratulações, a diretora-geral
da Matriz do Instituto Confúcio, Xu Lin, lembrou que este ano transcorre o 10º aniversário do estabelecimento da parceria estratégica global entre os dois países. “Confio que este fórum proporcionará à China e a Portugal uma nova plataforma de intercâmbio e cooperação, a fim de impulsionar as relações econômicas, educacionais e culturais e aprofundar a amizade, com contribuições de grande impor-tância” disse ela. Trata-se do primeiro Fórum patrocinado pelo Instituto Confúcio envolvendo os setores político, acadêmico e econômico. Através deste Fórum, os participantes obtiveram amplas informações sobre o processo de reforma e o desenvol-vimento econômico da China, geran-do melhor compreensão e confiança quanto às perspectivas de cooperação entre os dois países.
Já se passou quase um ano desde que a alu-na brasileira Mônica
Cunha saiu como campeã mundial do 13º Chinese Bridge, competição que premia universitár ios estrangeiros fluentes em mandarim. “Até hoje a fi cha não caiu direito para mim. Não acreditava que seria capaz de ganhar. Achei que muitos competidores falavam melhor que eu”, relembra a universitária de 19 anos, a primeira brasi-leira a ganhar o título no concurso de proficiência em chinês.
Hoje estudante de engenharia civil na UCL do Espírito Santo, Mônica é uma moça alegre. Foi justamente com seu chinês impecável, “jeitinho” brasi-leiro e sorriso contagiante que ela conquistou os jura-dos e o público e tornou-
-se uma popular “Estrela do Mandarim”. Escolhida entre os 126 selecionados de 87 países, Mônica im-pressionou o júri com sua pronúncia perfeita, tão bem articulada que soa praticamente nativa.
O bom domínio do chinês não se deve só à aplicação nos estudos: ela tem uma conexão com a China. “Meus pais me leva-ram para morar em Macau quando eu tinha um ano. Também moramos em outras cidades no interior. Mas só comecei a estudar o mandarim de verdade em 2007, quando me mudei com meus pais pela segun-da vez para a China. Tinha 12 anos”, recorda Mônica. “Gostava de conversar com as pessoas para praticar o chinês. Além disso, assis-tia novelas para aprender mais.”
A competidora brasileira durante o torneio na China
施茉莉在中国参加复赛
No ano passado, o concurso Chinese Bridge adotou o for-mato de reality show. Durante a fase final exibia semanalmente uma etapa eliminatória, o que tornou a competição mais desa-fiadora. “Em uma eliminatória, tivemos de elaborar um discur-so de 90 segundos sobre um assunto aleatório. Cada semana visitamos uma cidade nova e aprendemos uma peculiaridade cultural do local que era vin-culada ao desafio, por exemplo, vender artesanato local para chineses de verdade em Xi’an, produzir peças de porcelana em Jingdezhen e criar um anúncio de chá em Anhua. Foi uma ex-periência densa, mas me mos-
trou uma outra perspectiva da cultura chinesa”.
Talvez por causa do contato com o idioma desde a infância, Mônica não acha o chinês tão difícil. “Os caracteres chineses não são tão complicados como muitos imaginam, se você en-tende a lógica por trás, tudo fica mais fácil. Por exemplo, os ideogramas que têm a ver com água levam o mesmo radical氵”. Ela acha que, naturalmente, o ambiente linguístico é essencial para o aprendizado, e, por essa razão, ela planeja aproveitar a bolsa que ganhou no concurso para estudar na China por um ano e realizar seu sonho de viajar pelo país. Até hoje, Mô-
nica não consegue esquecer o que disse no discurso durante a competição: “Quero conhe-cer a magnitude da Grande Muralha, a grandeza do Portão da Paz Celestial, a valentia dos Guerreiros de Terracota... Com meus pés, quero percorrer o vasto território da China, com meus olhos, quero ver as lindas paisagens, com meu paladar quero saborear as deliciosas co-midas, com meu coração quero lembrar os acontecimentos do dia-a-dia. Desse país fascinante, quero conhecer seu passado glo-rioso, testemunhar seu presente com profundas transformações, e presenciar seu futuro ainda melhor!”
O ideograma 好 hăo (bom, bem) é formado pela combinação de dois ca-
racteres: 女 nü (mulher) e 子 z ĭ (fi lho). Na antiguidade signifi cava “mulher bonita”. Os desenhos encontrados nos ossos de oráculo (os caracteres chineses mais anti-gos já descobertos, escritos em ca-rapaças de tartaruga ou ossos de animais) retratavam uma mulher abraçando uma criança recém--nascida, querendo com isso dizer que, depois de ter um fi lho, a vida da mulher seria virtuosa e completa. Atualmente, o vocábulo designa todas as coisas boas e, portanto, continua tendo um sen-tido positivo.
Existem vários usos para a palavra 好 hăo, que, de fato, apa-rece com frequência na fala e na escrita. A seguir detalhamos oito empregos mais comuns.
1. Expressa mérito e satisfação. Seus antônimos são: 坏 huài (mau) e 差 chà (ruim)
Por exemplo: se alguém o aju-da, você pode agradecer dizendo: 你真是个好人 Nĭ zhēn shi ge hăo rén (Você é mesmo uma boa pessoa)
Quando a escola avisa que você ganhou uma bolsa para estu-dar na China no próximo semes-tre, você pode dizer: 真是太好了!这
真是一个好消息!Zhēn shi tài hăo le! Zhè zhēn shi yíge hăo xiāoxi! (Que ótimo! É uma boa notícia!)
Você tem uma letra bonita em chinês e o professor elogia: 你汉字写得真好 Nĭ hànzì xiě de zhēn
hăo (Seus caracteres chineses são muito bem escritos)
Ao elogiar alguém, frequente-mente se diz: 你做得很好 Nĭ zuò de hěn hăo (Você foi muito bem), ou ainda 好极了!Hăo jíle! (Excelen-te!)
2. Antes de verbos monossilábicos como 吃 chī (comer), 喝 hē (be-ber), 看 kàn (ver) ou 听 tīng (ou-vir) para formar as expressões好吃 hăochī (bom de comer, isto é, saboroso), 好喝 hăohē (bom de beber), 好看 hăokàn (bom de ver, bonito), 好听 hăotīng (bom de ouvir), etc. O antônimo, nes-te caso, é feito com 难 nán (di-fícil), assim temos: 难吃 nánchī (difícil de comer, ruim), 难喝
nánhē (difícil de beber, ruim), 难看 nánkàn (difícil de olhar, ou seja, feio), 难听 nántīng (difícil de ouvir, desagradável), etc. Ve-jamos alguns exemplos:
(1) 北京烤鸭很好吃 Běijīng kăoyā hěn hăo chī ←→ 这个菜真
难吃 Zhè ge cài zhēn nán chī (O
pato de Pequim está gostoso ←→
Este prato está ruim)
(2) 青岛啤酒真好喝 Qīngdăo píjiŭ zhēn hăo hē ←→ 这个啤酒真
难喝 Zhè ge píjiŭ zhēn nán hē (A cerveja Qingdao é boa ←→ Esta cerveja é ruim)
(3) 那个女孩长得真好看 Nà gè nǚhái zhăng de zhēn hăokàn ←→
他长得真难看 Tā zhăng de zhēn nánkàn (Aquela garota é muito bonita ←→ Ele é muito feio)
(4) 这首歌太好听了 Zhè shŏu gē tài hăotīng le ←→ 你说的话真难听
Nĭ shuō de huà zhēn nántīng (Esta música é muito bonita ←→ Você disse coisas muito feias / desagra-dáveis)
3. Antes de alguns verbos, 好hăo indica facilidade, o contrário se expressa com 难 nán (difícil). Por exemplo:
(5) 汉语不难,很好学 Hànyŭ bù nán, hěn hăoxué ←→ 葡萄牙语挺
难学的 Pútáoyáyŭ tĭng nán xué de (O chinês não é difícil, é fácil de aprender ←→ O português é bem difícil de aprender)
的 Zhè ge wèntí tĭng nán huídá de (Esta pergunta é fácil de respon-der ←→ Esta pergunta é difícil de responder)
(8) 这个工作挺好做的 Zhè ge gōngzuò tĭng hăo zuò de ←→ 那
个工作挺难做的 Nà ge gōngzuò tĭng nán zuò de (Este trabalho é fácil de fazer ←→ Este trabalho é difí-cil de fazer)
4. Depois do verbo, 好 hăo indica que a ação foi realizada até o fi m. Por exemplo:
(9) 饭已经做好,快来吃吧!Fàn yĭjīng zuò hăo, kuài lái chī ba! (A comida já está pronta, venham logo comer!)
(10) 事情已经办好了 Shìqíng yĭjīng bàn hăole (O negócio já está resolvido / já foi feito)
( 1 1 ) 作 业 已 经 写 好 了 , 明 天
交给老师 Zuòyè yĭjīng xiě hăole, míngtiān jiāo gěi lăoshī (Já fiz a lição de casa, amanhã entrego ao professor)
(12) 旅行社已经安排好了,你好好玩
吧!Lǚxíngshè yĭjīng ānpái hăole, nĭ hăo hăo wán ba! (A agência de viagens já organizou tudo, apro-veite o passeio)
5. Antes de adjetivos ou verbos de sentimento, 好 hăo indica realce. Neste caso, comum na linguagem coloquial, costuma ser pronunciado de maneira enfática. Assim diríamos:
Há quanto tempo! Tudo bem com você? Já estou há vários meses na China. Sinto muitas saudades de vocês! Também tenho muitas saudades da minha família. Agora sei falar muitas frases em chinês. O professor elogia (dizendo) que falo chinês muito bem. Também acho o chinês fácil de aprender. Mas os caracteres são bem difíceis de aprender.
A paisagem daqui é muito bonita. As moças daqui também são bonitas. Falam um chinês muito bonito, como se estivessem cantando. Mas falam rápido, muitas frases não são tão fáceis de entender.
Uma vez você disse que quando eu aprendesse bem o chinês, poderia ser sua guia de viagem. Muito bem! Está combinado, você tem que vir à China me visitar. A partir de agora, vou estudar bastante o chinês e, quando você vier, vou levá-la para passear muito.
Bem, vou parando por aqui.
Desejo-te boa saúde e bons estudos! E muitas felicidades!
Em ocasiões festivas, requintados recortes de papel aparecem por toda parte逢年过节,无论是城市还是乡村,都随处可见精美的中国剪纸艺术
说古论今
Uma tesoura, um papel vermelho. Pedacinhos de papel esvoaçam acom-
panhando a dança da tesoura e, em menos de cinco minutos, uma delicada fi gura humana surge nas mãos do artista. Essa impressio-nante destreza inspirou o diretor francês Rémi Grandrille, que criou um espetáculo unindo lanternas mágicas e jianzhi, a arte chinesa dos recortes de papel. O show fez um sucesso enorme nos palcos de Paris e teve mais de 300 apresenta-ções, sempre com a casa lotada.
A França não é o único país onde o jianzhi ganhou populari-dade: na verdade, essa arte vem
fascinando cada vez mais pessoas dentro e fora das fronteiras da China. Durante a Feira do Livro de Frankfurt, o estande chinês de papel recortado vivia cheio de visitantes das mais diversas pro-cedências, todos invariavelmente encantados. Alguns, de tão intriga-dos, chegavam a perguntar se essa precisão toda era resultado de al-gum chip de computador instala-do em uma tesoura aparentemente normal.
Desde que foi declarado Patrimônio Cultural Intangível da Humanidade pela Unesco em 2009, o jianzhi tem-se tornado cada vez mais conhecido mundo
afora. O Museu Britânico tem em seu acervo uma fl or de papel recortado feita na dinastia Tang (618-907 d.C.). O objeto, encon-trado em Dunhuang, é uma das mais antigas obras de jianzhi já descobertas. Essa arte, no entanto, surgiu séculos antes, na dinastia Han (206 a. C.-220 d. C.), pouco depois da invenção do papel.
Nos dias de hoje, o jianzhi ainda é um artesanato muito po-pular na China, especialmente no campo. Quando não há trabalho na lavoura, as mulheres se reú-nem para compor, com recortes simples, as mais delicadas fi guras.
A maioria dos temas é inspi-rada no cotidiano: lendas antigas,
recordações de infância e casos da vida real transformam-se em imagens de papel que ao mesmo tempo reverenciam totens ances-trais e traduzem anseios por uma vida melhor.
Nas datas festivas, um pas-seio pelas cidades chinesas re-vela um sem número de janelas adornadas com belos recortes de papel. Em cada Festival da Prima-vera a jovem Li Na, que trabalha há vários anos nos Estados Uni-dos, recebe de sua mãe, um ideo-grama 福 fu (felicidade) recortado em papel para decorar a janela de sua casa. Sempre que olha para ele, Li Na revê uma cena de sua infância, quando a mãe e a avó
sentavam-se ao lado de sua cama para recortar papel enquanto can-tarolavam melodias tradicionais. No passado, essa habilidade cos-tumava ser tão importante para as mulheres que chegava a servir como um dos critérios de ava-liação de uma noiva. Nos dias de hoje, continua sendo uma forma de arte popular muito apreciada.
O professor Jin Zhilin, da Academia Central de Belas Ar-tes da China, dedica-se há mais de 30 anos ao estudo do jianzhi. Para ele, o recorte de papel é uma expressão do desejo de felicidade. Sob sua aparência ingênua, trans-parece o vívido anseio por uma existência feliz. O contraste entre
孔子学院 总第 8 期 2015 年 5 月 第 3 期74
说古论今
a leveza do material e a força de sua expressividade não encontra comparação em nenhuma outra manifestação artística. Passar adiante o legado do jianzhi é preservar a memória coletiva do povo chinês.
Em 1972, o artesão Li Tia-nhua recortou uma silhueta do então presidente Richard Nixon, dos Estados Unidos, que o cha-mou de “Cortador de Papel Nº 1 do Mundo”. Hoje, Li viaja para ex-por seu trabalho e fazer palestras. Em seis anos, visitou mais de 300 faculdades, sempre na esperança de encontrar quem possa herdar a sua arte. E já tem mais de 300 alunos.
Para Li Tianhua, é gratifi can-te ver cada vez mais jovens não
só se interessarem pelo jianzhi, como também produzirem exce-lentes trabalhos que incorporam elementos da tecnologia moderna a essa antiga forma de arte, tra-zendo a ela uma nova vitalidade. Wang Ziyue, nascida na província de Shanxi em 1990, utiliza um material magnético especial em vez de papel. Com isso suas obras podem ser facilmente fixadas em superfícies de vidro e ferro. O material não causa danos ao meio ambiente e é reciclável. Du-rante as Olimpíadas de Pequim em 2008, Wang Ziyue levou sua invenção para o Parque Olímpico, onde apresentou o jianzhi a atle-tas e turistas de todo o mundo.
Como qualquer outra forma de herança cultural intangível,
com o desenvolvimento econômi-co acelerado e as transformações no estilo de vida, antigos ofícios cuja preservação depende da tradição oral esbarram no pro-blema do gradual esfacelamento de sua base social. Na visão de Wang Wenzhang, presidente da Academia Nacional de Artes da China, o mais importante a fazer é buscar meios de integrar as ar-tes tradicionais, como os recortes de papel e as pinturas de ano--novo, à vida contemporânea, de modo a “mantê-las como parte do nosso cotidiano”. A invenção do material magnético para o jianzhi é um bom exemplo disso. A preservação, para ser eficaz, deve estar fundamentada em um desenvolvimento adequado.
Uma exposição de recortes de papel chinês realizada no Grande Teatro Nacional de Pequim atraiu muitos visitantes
在北京国家大剧院举办的剪纸艺术展吸引了许多观众前来参观
passado prEsENtE
中国工坊
artEsaNato
孔子学院 总第 8 期 2015 年 5 月 第 3 期76
文 孙颖 Texto Sun Ying
剪纸是中国最古老的民间艺术之
一。它的历史至少可追溯到公元 6 世
纪。过去,人们会用纸剪得好不好评
判一个女孩子是否手巧。古老的传
说、童年的记忆和身边的故事都是剪
纸的题材。但最为常见的还是“囍”
字。这是由两个“喜”组成的一个汉字,
表达了人们“喜上加喜”、“双喜临门”
的美好祝愿。下面就让我们来剪出一
个美丽的“囍”字吧。
O papel recortado, ou 剪纸 jiănzhĭ, é uma das mais antigas formas de
artesanato da China. Sua história pode ser traçada desde, no míni-mo, o século VI d. C. No passado, a habilidade de recortar papel era vista como critério para jul-gar se uma moça era prendada. Os temas dos trabalhos de papel
recortado podem variar desde lendas até memórias da infância e casos de pessoas comuns. Mas o tema mais frequente é o ideo-grama 囍 xĭ (dupla felicidade), que expressa o desejo de que “dois eventos felizes ocorram segui-dos” ou que “boas coisas venham aos pares”. Agora, vamos recortar juntos um “dupla felicidade”!
Dicas: Se quiser fazer o seu, pegue um pedaço de papel ver-melho do mesmo tamanho e siga os passos menciona-dos acima. Após dobrá-lo duas vezes ao meio, coloque a ponta aberta na direção de sua mão direita. Em se-guida, rode o papel dobrado 90 graus em sentido anti--horário e decalque o modelo da parte A em seu papel vermelho. Recorte ao longo da linha e... está pronto!
1º passo: 沿外围金色虚线将整个长方形剪下来。
Recorte a parte retangular, seguin-do o exterior da linha pontilhada em dourado.
2º passo: 按照白色虚线向后对折,留A、B两联在上。
Dobre para trás ao longo da linha pontilhada em branco e deixe a parte A e a parte B no topo.
3º passo: 再向后对折一次,只留A联在上。按照A联上的实线剪出图案,打开,完成。
Dobre para trás novamente e dei-xe somente a parte A no topo. Re-corte o modelo ao longo da linha contínua na parte A e, em seguida, desdobre. Está pronto!
A
1 2 3
AB
C
D
AB
A
B
C
D
汉语水平考试
Exame de proficiência em língua chinesa (HSK)
A prova online ainda não está disponível em todas as unidades.
中小学生汉语考试Exame de língua chinesa para alunos de ensino fundamental e médio (YCT)
2015年汉语考试日期 CALENDÁRIO DE EXAMES 2015
商务汉语考试Exame de língua chinesa para negócios (BCT)
考试日期Data do Exame
报名截止日期Prazo de Inscrição
成绩公布日期Resultados
2月8日 1月12日 3月10日
4月12日 3月16日 5月12日
6月14日 5月18日 7月14日
8月9日 7月13日 9月9日
11月15日 10月19日 12月15日
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孔子学院 总第 8 期 2015 年 5 月 第 3 期80
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总第
8期 VO
LUM
E 82015 年
5月
INSTITUTO CONFÚCIO 03ISSN: 2095-7769 CN10-1186/C | 总第8期 | Volume 8 | 双月刊 | Bimestral Maio 2015