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May 04, 2023

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Khang Minh
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Os aspectos gastronômicosDO NATAL

R. MAGALHÃES JÚNIOR -— Para a "REVISTA DA SEMANA"

O Natal não é apenas uma festa espiritual. E' também, no Brasil,uma apoteose gastronômica. Herdámos dos portugueses não ape-nas a tradição de festejar a vinda do menino Jesus a este mundo

atribulado, mas ainda a de fazer grandes jantares e ceias de confraterni-zação, em torno das quais se reúnem famílias inteiras. Ao lado do senti-mento religioso há o sentimento pagão, o culto à boa cozinha, aos molhose aos temperos fortes, aos vinhos e às sobremesas ricas. Não falo comdesprezo desses festins gastronômicos, nem desdenho das especiarias, queativam o gosto e excitam os paladares. Temperos! Não foi senão poreles — pela pimenta do reino, a canela e o cominho — que os navega-dores portugueses se aventuraram tão afoitamente, oceano em fora, dandovolta ao cabo da Boa Esperança, para assim descobrirem o caminho dasíndias! O Natal, no Brasil, sugere presepes e lapinhas, mas igualmentefartas ceias, lautas consoadas, nozes, amêndoas, avelãs, rabanadas e toda

Edição de Natal

a sorte de gulodices. E também acaba por sugerir, às vezes, asia, arre-pendimento e bicarbonato.

Quem primeiro escreveu sobre a tradição de glutoneria do Natalbrasileiro foi o minucioso Jean Baptiste Debret, na sua "Viagem Pitorescae Histórica ao Brasil". O antigo professor da Academia de Belas Artesjá notava que no dia de Natal, como no de Reis, eram "de rigor sobretudoos presentes de comestíveis, caça, aves, leitões, doces, compotas, licores,vinhos, etc." A gravura com que êle ilustra essa observação é ainda maisexpressiva do que as suas palavras. Nela vemos três negros e uma negrafazendo entrega de presentes de Natal. Um dos negros conduz um porco,de pés atados, à cabeça. Outro, conduz um enorme cesto cheio de aves,cujas cabeças assustadas apontam de sob uma toalha. O terceiro escravoestá ainda mais carregado: na mão direita conduz, pelos pés, um gordoperu; sob o braço direito leva um leitão, e, ainda, à cabeça, tem umtaboleiro, miraculosamente equilibrado e cheio de galinhas, pois pelomenos sete cabeças de aves são visíveis. Presente régio — e que fazsem a menor dúvida, crescer água na boca de todos nós, nesta época dêviandas difíceis, de galinhas magras e de perus caríssimos.

Melo Morais Filho, no seu livro "História e Costumes", falando doNatal antigo, na Bahia, passa mais ou menos por alto no capítulo doscomestíveis e bebestíveis, mas cita uns versinhos que bem demonstramque os baianos também pensavam em consolar o estômago, por ocasiãoda celebração da grande data cristã. Esses versinhos pertencem a um

"NEGRO VENDEDOR DE AVES" ÍJ. B. Debret

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"O JANTAR" (J. B. Debreti

baile pastoril, o Baile das Lavadeiras. no qual diz um dos personagens,entregando a outro um carneiro:

"Venha p'ra cá, meu carneiro,Venha p'ra cá, meu amigo.Que há de servir de forroCá dentro do meu umbigo.

Não há de chegar à ruaE nem tampouco à janelaSó há de andar no fogão,Metido numa panela."

E depois de tudo isso ,o "mimoso auto" — como Melo Morais Filhoo chamou — acaba com a adoração de Cristo menino pelos pastores epastoras. Perfeita aliança do sacro com o profano, do espírito com a ma-teria. Vieira Fazenda, o cronista, por excelência, do Rio de Janeiro antigo,tem pitorescas e deliciosas observações sobre o Natal antigo e focaliza,sobretudo, nas suas páginas, a abundância das comidas e bebidas. Elenos fala de bacalhau com ovos, das papas, das castanhas, os figos, aspassas, os pinhões, os vinhos verdes, a água-pé, a geropiga, o suculentosarrabulho e outras delícias culinárias. E nos fala já se lastimando que.tia sua época, — o cronista escrevia tais palavras em dezembro de 1896— essa tradição de bem comer no Natal já estivesse sendo relegada aum plano menos importante. "Há cincoenta anos atrás, aquilo é que eramjantares! Aquilo é que eram ceias!". exclama Vieira Fazenda. "Hoje, —acrescenta — a coisa muda de figura e é mais barata; cifra-se na mono-monia das folhinhas, dos crômos e dos "blocks", que se vendem nas lojasde papel, ou nos almanaques de anedotas, vindos de França (os quais podem ser encontrados no Fauchon), nos marrons £lacés, o sonho dos anji-nhos de procissão, agora que as nossas amêndoas não têm mais cotaçãona praça".

O autor das "Antiqualhas e memórias do Rio de Janeiro" lembrava-secom ternura das galinhas e dos porcos que vira ser sacrificados, no seutempo de menino, para as grandes ceias e os opíparos jantares do Natal.Chegava a emprestar-lhes, mesmo, atributos quase humanos. "Que haviaporco em casa escreveu — sabia-o toda a vizinhança pelos protestosda vítima prestes a morrer com uma certeira facada: iorrava o sangue.

cuidadosamente guardado para diversas petisqueiras. As galinhas mos-travam-se tristes e abatidas, prevendo o próximo fim, tais quais candi-datos derrotados em eleições. O peru, ao qual se tinha dado cachaçapara tornar a carne mais macia, desconfiado de tanta esmola, preparava-se para o sacrifício e, bêbado como estava, não devia sentir muito a passa-gem desta para outra vida. Ali, a preta de confiança tratava do peixe,lá os moleques ralavam o coco para o doce, negrinhas areiavam os talhe-res ou punham palitos no paliteiro. . . Aqui um preto velho ou aposentadodepenava galinhas depois de um banho de água fervendo, e mais alémuma mulata velha tirava os ossos às mãos de vaca para fazer o apetitosomocotó recheado com ovos e farinha de trigo (um verdadeiro quitute,desterrado, não sei por que, dos cardápios ou menus dos nossos bur-gueses jantares)".

Quanta abundância! Quanta variedade de comedorias! E os gastoseram, por vezes, astronômicos. Um ricaço escandalizava a vizinhança,dando um jantar em que comiam vinte pessoas e no qual gastava, emiguarias e vinhos, a fabulosa quantia de duzentos mil réis. . .

Evidentemente, este Natal, que é um Natal de guerra, um Natalmenos festivo para todos nós, que temos os nossos irmãos em armas com-

(continua na pagina f>3'>

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REVISTA DASEMAlANO XLV - 16-12=944 == N. 51

PUBLICAÇÃO DE ARTE. LITERATURA E MODASA decana das Revistas nacionais. Premiada com medalha de ouro na Exposição de Turimde 1911 e os Grandes Prêmios nas Exposições de Sevilha e Antuérpia, em 1930 e naFeira Internacional de S. Paulo em 1933. '

ASSINATURAS PARA O BRASIL E AMÉRICASPorte simples: Um ano — Crf 63,00; Seis meses — CrS 32,00Registrada:... Um ano — Cr$ 80,00; Seis meses — Cr$ 40,00

ASSINATURAS PARA O ESTRANGEIRORegistrada: Um ano — Crf 170,00; Seis meses — Cr$ 90,00

O número avulso custa Crf 1,50 em qualquer parte do pafs; o número atrasado Cr$ 2,00Visconde de Maranguape, 15 — Endereço telegráfico: "REVISTA" — Rio de Janeiro

Tels.: — Direção: 22-2622; Gerência: 22-2550; Redação: 22-4447Publicidade: 22-9570; Fotografia: 22-1013; Portaria: 22-5602Sucursal em S. Paulo: Rua D. José de Barros. 323. Tel.. 4-7866Corresp. na Bahia: J. Machado Cunha — Av. 7 de Setembro, 149

TEM AGENTES EM TODAS AS LOCALIDADES DO TERRITÓRIO NACIONALREPRESENTANTES — Nos Estados Unidos da América do Norte: S. S. Knoppe & CiaTimes Bldg., New York City. Na África Oriental Portuguesa: D. Spanos — Caixa Postal434, Lourenço Marques No Uruguai: Moratorio & Cia. — Constituyente, 1746, Montevidéo.Na Argentina: "Inter-Prensa" — Florida, 229 — Tel. 33 Avenida 9109 — Buenos Aires.

Propriedade da CIA. EDITORA AMERICANA. — Diretor: GRATULIANO BRITO

Trabalhos assinados são de responsabilidade dos autoresESTE NUMERO CONSTA DE 96 PAGINAS

O CORPO DE COLABORADORES DA REVISTA DA SEMANA ESTÁ ORGANISADO. SÓ PU-BLICAMOS COLABORAÇÕES SOLICITADAS PELA REDAÇÃO. NÃO NOS RESPONSABU.ISAMOS

PELA DEVOLUÇÃO DE ORIGINAIS, MESMO QUANDO NÃO PUBLICADOS.

ano <s$*i oLITERATURA:

Os aspectos gastronômicos de Papai Noel (R. Magalhães Jr.) . 4/5Menos um ano (Álvaro Moreyra) 9História de uma árvore de Natal 17Os Três Rembrandt (Simenon) 21Imaginação (João Luso) 22Livros Novos 38/39Semana M'litar (Escragnolle Doria) 42Um novo ser (Nikolai Tikhonov) 43Presente de Natal (Gastão de Alencar) 45Como surgiu Copacabana (Nilza Botelho) 59Columbofilismo (Sebastião Fernandes) 60O Louro (Hormino Lyra) .63Vozes que são a Humanidade e o Mundo (Magdala da Gama Oliveira) 64Bandido (Fernanda de Almeida) 66Carta a um detento (Humberto de Campos) 91

REPORTAGENS:

Dacosta, prêmio de viagem de 1944, define a Arte Moderna 10/11Jockey Clube 14Malta, o que fotografou Passos e Rio Branco,(Raymundo Athaydc) 18/20O campeão da Dança-Hora 23/25Ao clarão do magnésio (Célius Aulicus) 26/27Para o teatro, 1944 foi um ano bom (Bandeira Duarte) 28/29Navarro de Andrade (Celestino Silveira) * . . . 31/34Aconteceu em 1944 .... ...:..... 35/37Figuras e Fatos .... ........ 40/41

FEMININAS:

Noivas de Dezembro \........... 12/13Medas e Figurinos 7 ..,.;. . . 70, 72, 92/93

CURIOSIDADES:

Frontispicio de Papai Noel 3Papai Noel Feminino 7. ...... . 47Aqui nasceu Jesus de Bethléem 56/57

SEÇÕES:

A Semana em Revista 8

OsNervos

Pegando Fogo

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Em muitos dias as mulheres amanhe-cem tristes, tão nervosas e desanimadas,tao aborrecidas, inquietas e irritadas queparece que todos os nervos estão pegandofogo!

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CARICATURAS:

Cha gü'' ,-;. 6De Bom Humor 30"Charge" de Raul ,%

NOVEL A:

Covardia (Berlict JuniorJ 61/62

ILUSTRAÇÕES de: mii.ton dacosta — santa kosa — mígufl 11. — josí: antonio

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Uma das mais belas e fascinantes"estrelas" do c n una de Hollywood, oue |7 *» --.., «&««

íS ''S-SS ' ':'.'¦; 1, ¦ó. também, por muitos títulos, uma das ^fií!\'ÍV *in'-rpretcs mais queridas do grande l:I*I|.-*'iw> ^ai

I úb ico, foi distinguida para honr.ir WTU *>• de Natal mM Wm «••»

revista: Heddy Lamarr. A bonita ar- imto^^^tomto^^^mammtommmmw^^^^^^m'.'-tista da Metro posou especialmente *para um motivo festivo de Natal, ^^b^brtw w * -WUJin

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ficos e de ordem geral. Farta e sele- liRR? . *"^^R»«Êfe; '">-., /?3cionada colaboração, com alguns Ira.balhòs assinados por nomes de rea]prestígio, várias e interessantes repor-tagens além das seções costumeirasperfazem o sumário desta edição, um WmmÊmFS/SLz.SMuL:y"WÊinúmero de Natal ainda em plena guerra-

nossa La/ta

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REVIÍSTA DA SEMANA > , x" ¦ - - -'Edição de'Natal'- ti •-¦ vv :•. ¦.-¦'' :~¥:^'y * ¦. • ¦rA~

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. . .E ASSIM ELES ENRIQUECEMAquela grossa patifaria do leite com água nas"vacas-leiteiras"

que servem a população da cidade,descoberta no princípio da semana e divulgada como necessário sensacionalismo pelas gazetas de segun-da-íeira, reclama providência^ imediatas e fulminantes.Não devemos ficar à mercê de criminosos dessa espécie,de indivíduos que, ávidos e insofridos de fazer fortuna,seja por que processo for e no mais curto espaço detempo, não trepidam em envenenar o povo, aniquilandoe tornando ainda mais sub-alimentadas as criancinhasque tiveram o infortúnio de vir ao mundo em dias tãoescassos de alimentação. Certo, as autoridades, a quemcompete esclarecer o caso, a esta hora hão de ter to-mado as providências que este requer, para punir osresponsáveis, sejam eles quais forem, sobre cujas ca-becas venha a recair o crime. Crime que não terá sido de meia dúzia, mas dealgumas dúzias de indivíduos, maiores e menores, pois foi precisa uma quadrilhainteira, com chefes, chefetes e comparsas, para dar execução ao ardiloso plano.As -"vacas-leiteiras" saíam da G. E. L. com o leite puro. Encaminhavam-se parauma determinada garage cujo endereço não é de mais repetir — Garage Guarani,

na esquina das ruas São Cristóvão e Lopes da Cunha — .e ali sofriam a ope»ração necessária. Os selos do chumbo da C. E. L. eram destruídos. Tubos deborracha, ligados às torneiras da garage, completavam o recipiente de cada carro,com água que não havia sido submetida a nenhum processo de esterilização.Outros selos de chumbo eram apostos nos lugares apropriados, e prontol Servia-seo leite à população incauta. Quando o caminhão estava com o seu depósito pelametade, voltava à garage Guarani para reabastecer-se... de água. Resultado:um lucro nada desprezível de seiscentos mil cruzeiros por mês. Quer dizer: setemilhões e duzentos mil cruzeiros anualmente. E desde quando estaria a burlaem função? Desde um mês, um ano, dois anos? kst<autoridades cabe tambémesclarecer.

O importante é que o bando está, no todo ou em parte, nas mãos da polícia.E que essas mãos nunca sejam doloridas pelo castigo que venham a aplicar nosfaçanhudos indivíduos... Com os seiscentos mil cruzeiros de trinta em trinta dias,quantos deles não ficariam milionários antes da guerra acabar? Vá alguém, maistarde, levantar a mais leve insinuação sobre a origem dessas fortunas, e ostartufos terão ainda o dinheiro bastante para remeter à cadeia os acusadores.Enquanto isso, a população ó escorchada. Aumenta-se o preço do leite — eaumenta-se também a porcentagem de água. O vasilhame de cada consumidordoméstico é, por sua vez, lesado na quantidade do leite, sempre faltando cincoou seis dedos na parte do gargalo. Tudo falsificado, tudo roubado — e tudomais caro!

E' assim que êlo3 enriquecem. Enquanto a guerra impõe ao Brasil a suaparcela de sacrifício o tantos de nossos bravos e jovens patrícios já derramaramseu sangue moço pela causa da Humanidade, grupos e grupinhos de oportunistasenchem o ^mealheiro, constróem imóveis de alto preço, adquirem propriedades deencher o olho, por cifras astronômicas cuja existência não se registrava até par-ticiparem de qualquer "cavação" desse estilo. Há, sem dúvida, exceções na regracomum dos que enriquecem. Mas os processos honestos, lícitos, absolutamentecomerciais,^ são muito poucos. A maioria pertence à estirpe dos burladores daC. E. L., sobre quem não deve recair nenhuma parcela de culpa, mas que certa-mente será a primeira a exigir o justo castigo para os culpados. E a propósito:Que ó feito da pena de morte para os traidores? E que maiores traidores senãoesses, senhores juizes?

A PROMESSA DE SUOR E SANGUE

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caso registrou-se no Recife, quando ali se come-/R\ 'X ¦ goravam os tradicionais e piedosos festejos em honra

de Nossa Senhora da Conceição, no morro do Arraial.Milhares de fiéis acorriam ao histórico local, cada qualdesobrigando-se de sua promessa, feita em horas deangústia, quando um fato mais impressionante atraiu

•y i iiii iv Qs atenções gerais. Um humilde marítimo, recente-//\ ' \l l\V mento

vítima de um naufrágio, conseguiu salvar-se. E/J\ \ f^\ a(3°ra' resgatando junto à Virgem a promessa feita na

h°ra culminante do perigo, o bravo marinheiro fez todoo percurso, íngreme e montanhoso, arrastando-se pelochão, como que nadando em seco, chegando ao altar-mor completamente coberto de poeira, suor e sangue.

Espíritos mais rebeldes e profanos podem ter apre-ciado na atitude do homem humilde um excesso delervor místico. E, de si para consigo, hão de afirmar que a promessa poderiaconverter-se em uma determinada quantia entregue à caixa de esmolas da igrejaSim, talvez. Ha muita gente que tudo converte em dinheiro, só e _emj5re o dinheiroMas talvez o náufrago cuja salvação atribuiu ao milagre da Virgem, não refletissede igual modo, mesmo dispondo de alguns recursos. Para êle, o valor estariaem sacrificar-se, pagando a promessa, tal como nos dizem os jornais, com o própriosuor e o próprio sangue.

Aqui mesmo, no Rio, por ocasião dos festejos da Penha, são freqüentes oscasos semelhantes. De nenhum modo devemos censurar os fiéis que a tanto sesubmetem, porque do sacrifício fala justamente a sua crença. No momento exatode um perigo maior — a enfermidade em pessoa querida, o desacerto de umnegócio que pode levar à ruina uma família inteira ou coisa ainda mais grave— quem ainda não apelou para as virtudes de um santo padroeiro, mesmo osmais incrédulos e profanos? Quem, tendo à frente um dilema cruel, do qualpossam resultar conseqüências funestas, não terá erguido o pensamento a algumacoisa de mais alto e mais puro, suplicando que o pior não aconteça?

Também o bravo marinheiro do Recife assim fez. E — porque não conheceoutra estrada senão a do dever, rota e infinita, êle, homem do mar, afeito aosperigos e às tenebrosas noites de borrasca não raro convertidas em temporaisviolentos — apelou para o supremo poder espiritual. Foi atendido. Salvou-sequando outros não o conseguiram... Seria apenas o cumprimento natural de umdeterminismo? Ou a consumação de um milagre, do qual os céticos terão sorridoeternamente Incrédulos?

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MENINOS-MACACOS. . . E SABIDOS!"-"'-•* - ¦•!! mm* w.m\ i i ¦¦-" m, pBep»-»*wr-¦¦»-%-«. »• — .; _.Do Ceará vem-nos a grande e auspiciosa, nova: o

repórter de um matutino, em Fortaleza, encontrou nomeio da rua, em plena praça do Ferreira, um meninode 9 anos de idade com a cabeça idêntica àde ummacaco. Até aí, nada de mais. Cabeçudos e símios,com todo o jeito de seres humanos, não. é preciso ir

j tão longe para encontrá-los. Quantos, mas mesmo quan-í tos, não vivem nas fotografias e nas reportagens cine-. matográficas, por esse mundo de Deusl Mais singular,M porém, está nas declarações da mãe do garotinho, feitas|à reportagem. A dar crédito ao telegrama cearense, a[ boa senhora adiantou que todos os irmãos do pequeno,cem número de cinco, apresentam o mesmo defeijo físico,tou seja possuem bonitonas cabeças de macacos e

Jalém da alimentação comum servem-se também de be-zouros, baratas, lagartos e aves cruas. Os meninos-macacos, finaliza o despachotelegrafico, serão expostos na Feira Trabalhista de Amostras.Em que pesem e valham as intenções humanitárias do empresário desses garo-tos, exibindo-os, quem "sabe,

para dar uma oportunidade à mãe deles de refazeras finanças, somos contra, por princípio, a essa exploração .Os inocentes vãoconsumir grande estoque de aves cruas, lagartos, baratas e bezouros. Cada espe-ctador, em troca dos níqueis que tiver deixado no "guichet", há de obrigá-los adevorar mais uns tantos "specimens" desses "gêneros" alimentícios que por en-quanto ninguém ainda se lembrou de racionar. E, senhores, se a moda pegar, ondeó que vamos encontrar sortimento bastante para encher o estômago da população,estômago de tal maneira diminuído com a falta da manteiga, da carne, dos ovose das verduras! Os prejudicados vão ser os próprios meninos que, por conta própria,vinham solucionando, lá em família, o problema do "pão-nosso-de-cada-dia".Eles fizeram mal em divulgar o segredo. Porque, se baratas e. lagartas não per-turbam o aparelho digestivo dos simpáticos cearenses e até os alimentam, omesmo acontecerá com terceiros. E os exploradores entrarão em ação, açambar-cando quantos bezouros e quantos insetos encontrarem pela frente... Haverá umanova fonte de indústria. Talvez os grandes "magnatas" da exportação se movi-mentem para remeter, alem-mar, esses bichinhos que até aqui, tão negligente-mente, repelíamos... Quem sabe quantas novas e eficientes vitaminas não existemem uma bonita e lustrosa barata, de longos bigodes e de asas transparentes! Umprato de lagarto "à moda", num restaurante carioca, desses de tirar couro e cabelo,há de custar vinte cruzeiros, na pior hipótese. E com molho branco, vinte e cinco,'pois não... Mais tarde, os cinco diligentes garotos de Fortaleza hão de torcer aorelha de tão arrependidos e apertar o cinturão mais um furo, de tão esfomeados.

Eis por que a exibição que se anuncia, na Feira Trabalhista de Amostras dacapital do Ceará, resulta francamente reprovável. Se ainda estiver em tempo, queseja cancelada. E que os garotos, por intermédio de sua ilustre genitora, divulguemquanto antes não ter fundamento algum o telegrama publicado aqui no Rio. Sóassim poderão satisfazer o estômago que Deus lhes deu, com suculentos tutús debarata, deliciosos ensopados de lagartos e maravilhosos bolinhos de bezouros commolho verde. Do contrário, estão fritos. Todos vão querer macaquear os meninos-macacos de Fortaleza... /

NATAL...Sim, Natal. Estamos em vésperas de mais um. Mil

novecentos e quarenta e quatro vezes êle já foi come-morado e muitas a exemplo do que estamos vendoeste ano. Festa por excelência dos simples, dos humil-des e dos pobres, são estes exatamente os que menossatisfação têm para entregar-se' aos seus devaneios. Atormenta Universal atinge-os mais de perto, porque osoutros, os favorecidos da sorte, sempre encontram am-biente para.se divertir. E nada lhes falta, ou melhor,quando faltam as castanhas, as nozes e as avelãs, su-prem-se de outras guloseimas ainda mais caras. Osímbolo do Natal vale pelo sacrifício das populaçõesmenos abastecidas. Que é feito de Papai Noel, do bomvelho de outros tempos? Se, em dias de paz, Natalnão significava a visita de Papai Noel às casas degente menos favorecida, nestes atribulados dias de guerra é que êle ainda menosha de aparecer. Um que nostálgico e melancólico se espalha pelas camadas hu-mildes Nao e apenas a deficiência dos gêneros, a falta absoluta do que comer,mas subsiste ainda o estado de alma dolorido e gasto, em muitos lares de ondesaiu um membro da família, para a campanha da Itália. Rapazes, jovens patríciosque ainda no Natal de 43 podiam abancar-se na consoada dos pais, hoje estãolonge, e se receberem o clássico telegrama para o expedicionário hão de dar-se

por infinitamente felizes. Noivas e esposas, mães e filhas anseiam pela volta deseus entes queridos e, por isso, não têm disposição para se entregarem às come-moraçoes mais festivas que a grande data sugere. Talvez fosse mais acertadocoibir as manifestações jubilosas daqueles que, inconscientes ou mais herdados dasorte, nao sabem por que furtar-se à consoada, ao "réveillon" e à exibição empublico do seu bem-estar moral e material. Sejamos discretos nessas expansõesdejubilo-e concentremos o espírito nos milhares de homens brasileiros que láestão, sofrendo as intempéries de um estranho inverno só aquecido pelo fogo dasmetralhas. Sao brasileiros que voltarão ou não. E, quando voltarem, hão detrazer no peito, para o resto de seus dias, a chama da Liberdade muito acesa,sim, mas também a evocação de horas trágicas agora vividas. E não será unaisacertado, assim, comungarmos com os que sofrem separados, em vez de exibir,ostentosamente. um estado de espírito tão inadequado à hora presente?Não fazem falta as castanhas. Nem as rabanadas. A consoada da Vitóriaha de suprir a ausência da santa comemoração.A data do nascimento de Jesus não foi, nunca, um pretexto para esbanja-mentos. E muito menos para ostentações de bem-estar material quando o paísesta em armas. E quando mães, esposas e filhas brasileiras aguardam o rematedo supremo drama do século...

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ENCS U— Faça o favor: tire essa guerra daí. Obrigado. Um médico neurologista me disse a semana

passada: "A vida é hoje". Lembrar-me disso, tantos dias depois, já é um pequeno sintoma deque nem todos os médicos neurologistas .____ razão. Aliás, antes de um poeta (João de Deus)dizer a mesma coisa, outro poeta (Ronsard) aconselhara: "Vamos colher desde hoje as rosasda vida". O menos duvidoso é que a vida é um sentimento pessoal. Ouça:

Havia quatro mil .anos que o mundo penavasob a escravidão do pecado, quando chegou omomento ieliz da vinda dAquele que tomara paraSi as culpas do gênero humano, revestindo-Seda nossa carne para nos reconciliar com Deus,Seu Pai. e nos adquirir a graça da santilicação.

Falam assim os livros eternos. No coração dos homens, até dos que podiam descrer de tudo,o momento feliz deixou uma saudade para sempre — a saudade do menino que cada um foi, ede quem cada um se recorda como do seu companheiro do tempo de criança... como de umirmão que morreu pequeno... Na história cotidiana, só o corpo envelhece. Mas a gent_T^seconsola ao entardecer. Um sino calado, um céu sem nuvens, um avião na última claridade...a alma ainda "escuta morrer nela o seu mistério... escuta a vida ao longe como o mar... e osegredo se torna mais profundo..." Estas vésperas do Natal, então, como são boasl Anunciama festa dos simples, dos humildes, dos pequenos; trazem a festa dos que nunca deixaram deser simples, humildes, pequenos... Eu, por exemplo — exemplo mais próximo... — não cresci,continuo achando que orgulho é mal da vista, cada vez tenho maior medo de complicações...Ah, se fosse possível pousar as mãos em cima das cabeças agitadas, pará-las docemente, pediraos donos: — Calma, rapazes... calma... — E pôr depois os sapatos de todos na janela,naquela hora em que o velho Noel há de passar, com o saco cheio de brinquedos... Que éque não ó brinquedo? Apenas as formas variam. As bonecas estão menos em uso do que ostanques. Os tanques passam, as bonecas ficam... Estou com o. espírito num estado totalitáriode inocência... Há de ser por causa do Natal... Jesus renova a infância todos os anos. Eleé o Divino Mestre. Nossa.obrigação ó imitá-lo. O romancista que espalhou o boato: "A vidacomeça aos 40" era um exagerado. A vida começa no dia de Natal.. . O rosto não tem impor-tância. Vagamos, de janeiro a dezembro, fora da realidade. Aquela cantiga do Carnaval: "Ma-mãe, eu quero mamar!" — foi um hino humano. Os Americanos já o adotaram. Assim que aEuropa tiver tempo também o cantará. E a Ásia, a África, a Oceania, o mundo inteiro can-tara: "Mamãe, eu quero mamar!". Serão revogadas as disposições em contrário. Mamando,Rockfeller, riquíssimo, conseguiu uma boa morte. José do Patrocínio Filho, paupérrimo, saiu davida, contente, mamando. No fundo, Abraão era mulher. O seio de Abraão, tão desejado, paraa paz e a felicidade, não pode ter outro sentido. O presepe tinha um boi e um burro e muitosanjos. Antes dos Reis Magos chegarem com os presentes deles, o boi deu a paciência, o burrodeu a melancolia, os anjos deram todas as esperanças... Veja o presepe. Lembre-se. Queadianta protestar? De que serve rir? E se alguma vez você se desesperou, bem sentiu que nãodevia se desesperar... Não, o "eu" não é odioso, amigo Pascal; nem o "tu", irmão menor do"você"; nem o "êle", coitadol Os singulares são simpáticos. Nos "nós", nos "vós", nos "eles",nesses ó que está a antipatia. Hitler, sozinho, era o pior pintor do mundo, acidente comuníssimo:juntou-se com vários piores nos respectivos equívocos... o eis o que fizeram: mataram a Ale-manha... a sua Alemanha, Beethoven; a sua Alemanha, Heine; a sua Alemanha, vinho do Reno...

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PRÊMIO DEVIAGEM DE 1944DEFINE Á

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Há alguns meses atrás, uma notícia deBelo Horizonte, "a cidade onde tudo podeacontecer" nos informava de que umamante das linhas serenas e conservado-ras do classícismo, armando-se com umagilete, fizera uma sangria nas telas me-dernistas do "salon" mineiro, guilhotinan-do sem piedade retratos e paisagens arro-jadas des mestres da arte moderna. Otelegrama discriminava a identidade dosartistas "operados"

pela lâmina icono-clasta, entre ós quais figuravam SantaRcsa, Portinari e Dacosta, um nome poucoconhecido até então.

O jovem artista porém, há pouco egres-so da obscuridade de uma vida de traba-lhos e de estudos insanos, lutando contra,a adversidade dos espíritos mofados eretrógrados das fileiras defensivas do aca-demicismo, lança-se à luta destemidamen-te e, no salão deste ano, expõe aos olha-

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Ele surpreendeu-se com a notícia de ter conquistado o Prêmio de Viagem, emboramVnnT.iiorabavaCn.,nefe 8?W Seus cluadros exP°stos ™o foíam com

™ utfopioposilo... E Dacosta, a indiferença em pessoa, começa a entusiasmar-se.,.

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"No Estúdio", um dos famosos quadros que sofreram a intervenção Aa »«!«?= ^Exposição de Arte moderna de Belo Horizonte. Foi agora tambéS^Txpo^fo ^SalãoBelas Artes. E' dos mais discutidos. ao'

res maliciosos e reprovadores de uma bur-guezia "snob" as figuras impressionistasde seus quadros.

Vem o julgamento e, sob os apupos dracadêmicos, é revelada a maior surpresado surpreendente "salon" — Dacosta éo r.Ptpnior do "Prêmio de Viagem ao Esírangeiro"!

Mas, aiinal, quem é Dacosta? Que cetros artísticos freqüentou em sua adoles-cência, que formação técnica orientou cüsua carreira de pintor para que êle merecesse agora tão alta distinção?

Todos se calam... As revistas aristeeróticas, órgãos oficiais da cultura fút.e super.icial da nossa "elite" artísticanão se lembraram a tempo de revelar aseu público "gran-fino" a verdadeiraidentidade do artista.

Hoje, porém, a KEVISTA DA SEMAN.cumprindo as suas diretrizes de seman-rio informativo e imparcial, mostra aos!seus leitores alguns aspectos da vida ejda formação artística do laureado pintor,jatravés de uma ligeira entrevista.

"MENINO DANADO!"

Encontrámos Dacosta, em seu "ateli:providenciando a mudança de todos osmóveis e quadros para um novo estúdicque irá ocupar agora com as suas telasos seus pincéis e a sua arte.

^Recebeu-nos afobado, passando o lençsobre a testa, entre exclamações. E en-quanto os quadros entravam no caminhaseb os seus olhares zelosos, iniciou-se apalestra:

Queremos saber, em primeiro lug.alqo sobre a sua infância, a revelação dcseu pendor artístico.

Nada que cause sensação, nada queiimpressione de fato o público. Não me|revelei com uma pincelada de gênio, nem'"com um rabisco de carvão na cal de ummuro. Fui surgindo aos poucos, me aper-Jífeiçoando gradativamente. Criança ainda,^*concorria para o êxito das exposições deftrabalhos organizadas no colégio de uma

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de minhas tias. As minhas "habilidades"eram apreciadas, os "lorgnons" se demo-ravam sobre as "catitas" coloridas queali eu expunha. Muitos paravam dianíodos meus trabalhos e me concediam devez em quando um "menino danado!".

E foi então que você se revelou comeum artista inato?

— Foi o não foi. Em verdade, não seijrigorosamente se fui revelado ou se merevelei de "motu-próprio".

Lembro-me, entretanto, perfeitamente de que a minh:tia, apesar de desejar para mim profissãcmais rendosa e mais prática, me ence

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"Moça de Verde". Foi para a Exposiçãode Arte Moderna de Londres. Foi pintadohá dois anos. Também pertence à escolamoderna, que todos discutem: uns aplau-

dem, outros julgam de um absurdocompleto.

rajou desde o princípio nos estudos, ia-

zendo tudo para que eu progredisse ra-

pidamente.Matriculou-me em um curso d© desenho

e pintura. Tomei gosto'pela arte e poucodepois* entrava para a Escola Nacionalde Belas Artes. Ali fui aluno do Cursodo professor Marques Júnior, no qual per-maneei pouco tempo. Nunca me arre-

pendi d© haver abandonado tal curso.- *

PRIMEIRA LUTA CONTRAOS "VELHOS"

Um artista, qualquer que seja o seu

Pela primeira vez Milton Dacosta executa

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"Retrato", foi exposto no Salão de 1943. Há, na pinturade Dacosta, um traço de absoluta personalidade. Ele nãopinta assim, "por acaso", mas porque sente assim a pintura."E' muito diferente", diz-nos.

ramo de atividado, tem sempre pela írenteuma barreira a transpor — a escola con-traria. E Milton Dacosta não constitui umaexceção a esta regra.

A uma pergunta nossa conta a primeirafase de sua luta contra os "clássicos":

— Aconteceu justamente ao tempo em

que abandonei o curso Marques Júnior.Fundava-se na Escola Nacional de BelasArtes o "Núcleo Bernadelli", qu© cons-tituia então uma vanguarda combatentecontra os "velhos". Filiei-me ao Núcleo efui um dos seus militantes. Est© cenaculo

procurava resolver todos os casos coleti-vos ou individuais, solucionando sempre,

uma ilustração para revista. E' a que o leitormesmo, na redação da REVISTA DA

dentro de um fruterno espírito de câmara-dagem, as dificuldades de toda ordem,tão comuns aos principiantes.

Não tinha entretanto ainda um pendordefinido por qualquer escola. Era um"novo" contra os "velhos". Apenas isto,nada mais. ..

* — E quando se definiram as suas ,ten-dências para o modernismo?

— Ao deixar justamente o Núcleo Ber-nadelli. Já havia abandonado antes a Es-cola d© Bolas Artes. Cezane, Van Gogh,Gauguin começavam a me impressionar.Mais perto, porém, de meu íntimo, alter-nando-s© sempre no ponto alto de minha

encontrará na tricromia da página duplaSEMANA. E gostou da ej^eriência...

"Cena de Atelier", o quadro que conce-deu a Dacosta o Prêmio de Viagem aoEstrangeiro, no Salão recém-findo; Via-Rem que o artista irá desfrutar, não naEuropa, mas conhecendo países do nosso

continente.

admiração, estavam Picasso, De Chiriço eModigliani, cuja veneração loin resistidoa tôdás as transmutações de minhas pre-ferências inconstantes.

Enquanto fala o pintor se entusiasma,mostrando em suas palavras todo o calorfervoroso que os grandes mestres lhe

provocam.Somos porém curiosos. Queremos saber

os motivos que o levaram a filiarso àala modernista.

E Dacosta satisfaz cortezmente a nessacuriosidado:

— Questão de temperamento. Sempre,

(Continua na pág. 67).

central desta edição. Dacosta a terminou aqui

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CAROLE LANDIS, da Columbia, ofereceàs nossas leitoras um riquíssimo modelofeito em crepe branco, para a blusa, e"tulle" também branco, para a saia. Ocorpo é alongado, decote em V formandouma larga pala sobre os ombros, comcuriosos motivos bordados em missanga.A saia é bastante ampla, com aplicações

de lantejoulas.

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Modelo para a noite, apresentado porLYNN MERRYCK. da Columbia. Todoem "tulle" creme, com aplicações de mar-gandas brancas. O "mjolo" das margari-das é feito em pedras de diversas cores.O vestido é ajustado ao corpo, amplian-do-se dos quadris para baixo. E' sem dú-vida de belíssimo efeito esse modelo deMiss Merryck.

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Edição dt Natal

Noiva de Desembro... Não é minha infração. noMnhade Dezembro, dar a toco sugestões para a "toilette" doseu grande dia... Confio no teu bom gosto e na lua sim*plicidade e sei que. fisicamente, você será uma noivinhaencantadora. O que eu quero diser. hoje. é mais sériot ésobre a sua nova vida que eu quero conversar com você...

Antes de mais nada saiba que o período mais perigosopara um Jovem par é Justamente esse que chamam "lua

de mel"; porque é ai que se inicia o "período de adapta-ção". do qual depende toda .a felicidade futura. E' Justa*mente ai que um passa a observar o outro, e então e pre-ciso que ambos sejam condescendentes. Você. principal-mente, não deve esperar nunca que êle seja uma perfeição

— seria exigir que êle não fosse humano —• e não esqueçade que você também tem os seus defeitos que êle deveráaceitar ou fingir Ignorar...

Acima de tudo. não queira corrigi-lo e não queira do-miná-lo. Aceite-o tal qual êle é. procurando compreendê-loem ves de modificá-lo... Tenha sempre em mente queoutras mulheres o desejam mesmo com os defeitos que êlepossa ter, e e por isso que você deve tornar-se alegre eencantadora; deve preparar-se para recebê-lo com o mesmocuidado com que se preparava para recebê-lo antes docasamento; deve "criar" em sua casa um ambiente agra-dável; deve, enfim, empregar todos os meios para torná-lo

felis... E quando você tiver alguma desilusão... "desa-bafe" sosinha...

Kitty.MICHELE MORGAN (RKO RADIO)

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JOCKEY CLUB MUNDANOAssociados da organização iu-'vonil "A Formiga" estiveramrecentemente em visita no Hi-pódrcmo da Gávea, onde lhesfoi dado a conhecer uma da.mais perfeitas e completas or-ganizações turfísiicas do mun-do. Os jovens tiveram entãoPnsejo do manifestar a belaimpressão que lhes causou tudoo que puderam ver no pradodo Jockoy Club Brasileiro. Des-ta visita fixamos acima duas

fotografias.

Os três flagrantes que aqui re-produzimos, colhidos no pradoda Gávea durante a realizaçãodas últimas carreiras, são. porsi só, uma eloqüente c.^mo*is-tração do caráter de requintadaelegância de que ::e revestiuaquela festa social e *spor..va.

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Nos Maiores Estabelecimentos de Modasdo Brasil,o maior, o mais rico e o maisvariado sortimento de artigos para

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UM curto circuito, uma ponta de ei-

garro aceso e mil outras causaspodem provocar um incêndio. Um naviotransportando as suas mercadorias podeir ao fundo cm virtude dc ataque trai-çoeiro do inimigo. Os acidentes pessoaissao um perigo constante que nos espreitaa todo momento — quedas, atropela-mentos, queimaduras c tantas outrascausas determinam despesas avullauas,podendo, ainda, torna-lo inválido para otrabalho, quando nao resultam na morte.A Companhia de Seguros Minas Brasil,com sucursais e agêneias em todo oterritório nacional é a Cia. que deve mere-cer a sua preferencia para os seus seguros.

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ELES foram dar o giro de sem-

pre. Cansados de não fazernada, resolveram esticar as per-nas, caminhar por aí, ver algumacoisa, falar sobre o que fosse apa-recendo pela frente, meter a caranos cartazes da porta dos cinemas,ouvir rádio no botequim das es-quinas, conhecer palpites sobre ojogo do domingo próximo.

Vccê acha que eles vão darmesmo?

Que dúvida, moleque! Tunão vê logo que o "time" é "bão-são"? E o outro é "frouxo", mo-leque!

Tá certo, mas no outro anoeles apanharam do bom!

— Porque o Pelanca foi p'racerca, tu não viu logo?

E o diálogo continuava. As per-nas dando p'ra frente, passo emais passo, o dedão escanchadona calçada, o pé sujo de verdade.De mãos nos bolsos, de queixo er-guido, o nariz espetado p'ra cima,

JCE MIRANDA

eles caminhavam ser,"!pro. Agoraestavam mais perto da zona dosarranha-céus.

Menino, tem cada casa "bai-ta" aí. . . Espia só!

Tu acha mesmo que sãoaltas? E' porque tu não viu a ai-tura das casar, de Nova York. . .

E tu já, Bastião?(Coftfir.it > no i ótjir.a 77

História de uma árvore de Natal

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AKTU^i0 ^A!-, SlAWVA' ° VKi'n0 MA1'TA ^SnEPORTAGENS FOTOGRÁFICAS DO RIO

CON *ÍnÍ vn pn;, ('HAVATA DE r0/£TA ° FAZIAI« ™A FIGURA .IX-

Íiv rnSí, PK1.NC-A1MENTE ONDE SE REGISTASSE UM GRANDEACOMECIMENTO RECLAMANDO A PRESENÇA DOS .JORNALISTAS.

lloAS S-- 1,<,S": D° WáRAFÒ MALTA, PEITA AGORA, KM SUA RESIDÊNCIANAO SE DESAPEGOU POR COMPLETO DAS ORJEUVAS, AINDA FA/. OS SFUS ^r"* '''"7

7TA" KU",A"ES- MAS *™ W REPOUSO, ¦AOüiifmfiDOÍA» AT V -DADB8 DOS FOTÓGRAFOS MOÇOS, QUE TÊM DE RTGISTRAR AS OCORRÊNCIAS SEMA PRESENÇA DO " VELHO" MALTA.

M ALTAO QUE FOTOGRAFOUPASSOS e RIO BRANCOREMINISCÉNCIÁS DOS GRANDES HOMENS PÚBLICOSBRASILEIROS, FEITAS PELO MAIS ANTIGO FOTÓGRAFO— A SALA DE TRABALHO DE RIO BRANCO — QUIN-TINO E O SEU CAVALO BRANCO NO DIA 15 DENOVEMBRO — SAUDADES DE EMILIO, MACHADO DEASSIS E DE TODOS — UMA BICICLETA TROCADA PELA

PRIMEIRA MÁQUINA FOTOGRÁFICA DE MALTA.RAYMUNDO DE ATHAYDE

Augusto César Malta, mais co-

nhecido per Augusto Malta é ofotografo mais antige do' Rio

Antigo em idr.de da profissão. Filho deAlagoas, da cidr.de de Paulo Afonso, nas-ceu em 1864. Com os seus oitenta e umanos, bem vividos, é forte de espí>ito elúcido de memória; acrescente-se aindr,ser um arquivo vivo e precioso. E&iéhomem conhece toda a hi. tórit da Re-publica nãc por ouvir dizer, ma. per terJdo testemunha de vista dos a conte-cimentos do 15 de Novembro aos diasagitados e incertos de hoje. E', porassim dizer, um pouco da própria his-tória ambulante. Filho do escrivão dacidade onde nasceu, Augusto Maltadescende de holandeses, daqueles pitrí-eus de Nassíu que se infiltraram peloNorte a dentro, em aventmas váriat,.-O pae, quererdo vô-lc metido numa pro-fissão melhor do que a sua, poz-lhe acarta de A. B. C. nas mãos e o mandoupara casa oo padre Castilho, ae quemera amigo e afilhado. Este piedoso vi-gario mais tarde foi secretario do bispede Olinda, o indomável D. Vital deOliveira, cujo centenáiio de r.asciroentco Brasil todo comemorou com vereraçãe,e lespeito. Inteligente, o menino apren-oeu com facilidade os rudimentos dagranátiea latina, que o bom padre lheensinara, não passando perem daí.O pão de que necessitava o seu etpíritoadolescente- não era, certamente, este.Inquieto, deixou Augusto a companhiado mestre e foi para Recife sentar praça,ser soldado, pois, dentro da farda pareciater descoberto a sua veulaclciia profis-são; mas não descobriu, engancu-se maisuma vez.

Tocado pela emoção dos aconteci-mentos públicos, em maio de 1888,andou seguindo a José" Mariano e ZéMaria, pa'*edros p( líticos, nas passeatase comícios,engrossando i mass* de gente,em regozijo á libertação dos escravos!Foi tudo o quanto fez na cidade doBeberibe, porque no fim do mesmo anovinha para o Rio, em busca de ganhara vida ou nela se perder. Chegado quefoi nesta grande cidade, o rapaz me-teu-se no comércio, aliou-se aos portu-guêses, empregando-se como auxiliarde escrita num rrmazem. Esse foi oseu primeiic contato com a cidade queéle hoje ama tanto e onde haveria de.vivei o resto da vida.

NO PRIMEIRO DIA DA REPUBLICA

Augusto Malta é que conta p. his-tóiia. Está bem viva a sua narrativa eêle gesticula quan lo fala, anima-setodo no calcr da recordação. Sua ca-beca já está branca, a testa ampla con-funde-se em parte com o craneo, por-que os cabelos vão escasseando. E' umnortista tipo perfeito da classificaçãoconhecida: braqúicefalo, altura mediana,moxiliares salientes, olhos amendoadoscomo os de um rriongcL Na verdadevisto d.e perfil, parece-se acem um sol-dado de Chiang-Kai-Chek, que tivesseabandonado a farda... Ha cinquen-ta anos usa uma gravata borbdetrcessas prefeiidas peles pintores époeUs do século passado. Con veiandoé um "gentleman"— mteí:gente e culto'A históna que ele se ro-.praz em con-tar tem, ás vezes, sabor de um filmede cinema porque a narrativa é sinco-ninada com as imagens da época, ho-

mens: e cousas. Malta mostra-nos asfotos, todas verídicas, que só ele pos-sue. evioentes e perfeitas, a maior ex-pregão da arte que até hoje manejacom precisão "e entusiasmo. Nessas fo-tografias e no homem que as tirou estáfixada a história da cidade, em seusdetalhes e rainudencias.

No dia do nasseimento da República .Maita viu de perto quando Deodoióchegou á antiga praça da Aclamaçã(.Estava dependutad, nas grades doC. mpo de SanfAna, oihando, espan-te do, o d.rtma que .e d.esenroiava napraça froi.teira ao Qusrtel Genevai.Viu Quintino Bocayuva montado numca vaio branco, viu Benjamio Constantao lado de Deod ro e viu e ouviu Sam-paio Fenaz dt.rum viva á República, oúnico que ecoou na praça. No dia se-guinte, enfileiicu-se no meio oo povoque José do Patrocínio e Aristides, Loboconduziam á Câmara Municipal, ondeíoi assinada a ata-testemunha dos acon-tecimentos do dia. Sua assinatura liíestá no velho documento que se en-contra no Museu da Cidade.

Ciclista entregador de cortes deFAZENDA

Passada a excitaçáo do nascimentoda República, que ele tão de perto pre-senceara, Malta volta á atividade nor-mal. Com o tempo toma gosto pelo comércii, e vai, depois de algum tempo,ao Norte, em visita à família. De lát''az tlgum dinheiro e uma recua deirmãos. Os rapazes, colocou-03 comopoude, e o dinheiro, emp^egeu-o numnegócio d.e secos t molhados, e fundou a"Casa Ouvido'*". Nessa empresa, porém,perdeu 20 contos mas rão se conigiumetendo-se noufo negócio e perdendotambém muito dinheiro. Por último*resoiveu vendei cortes de fazenda. Ti-nha vários freguezes, gente. bôa, osgranfinos ^ da época, moradores doCatete. São Cristóvão, condessas ebaronezas, restos do Império, senhorasde senadores e deputados. Como naqueletempo tivessem chegado ao Rio asprimeiras: bicicletas, Malta não perdeua oportunidade, comprou Uma paracorrer a freguezia com rapidez. Subiae descia as ruas do velho Rio, verdendoa sua mercadoria. Essa bicicleta seiiao veículo da sua profissão verdadeiraque ele só muito mais tarde Viria en-contru*. Como aconteceu esse caso,eis o que vamos relatar.

ÜMA RIOICLETA VELHA POR UMA MÁQUINAFOTOGRÁFICA NOVA

O caso assim sucedeu: um dos fre-guezes de Malta, aspirante de Marinha,possuia ume excelente maquina fo-tógráfica, daquelas primitivas, feias egrandes, mas fieis e resistentes comonão mais existem. O aspirante ficoucom uma certa inveja do caixeiro am-bularte, que montava satisfeito notransporte mais voloz do época,—a bicicleta. Teve desejo de possuí-lae fez a proposta. Certo dia, eie diz aociciista:

Vocô quer trocar a sua bicicletapor isto — o mostrou a máquina detirar »*etvatcs.

Não! disse Ma li a, sem relletir.acrescentando depois.— Pa-a que eu

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Uma poiografia preciosa: o GABINETE de trabalho do barão do rio branco, noITAMARATI. OBSERVEM OS CHAPÉUS ESPALHADOS NESSA CONFUSÃO DE PAPEIS, ASCAIXAS DAS CARTOLAS E ATÉ MESMO UM CHAPÉU DE FELTRO, NO CHÃO, k DIREITA,

AO FUNDO. NESSE AMBIENTE, APARENTEMENTE INCOMPREENSÍVEL, GHANDEBRASILEIRO TRABALHAVA — E PRODUZIA!

quero isto? Não sei lidar com estagetingcnça !

0 futuro oficial vcdargiiu mostrandoa utilidade do objeto e po mesmo tempoinsinuou ao rapaz que era melhor serfotografo que sei vendedor de fazendas.Nesse meámo dia Mí lta não cedeu,estavr desconfiado, não fez o negócio,voltou, porém, dias depois e realizou a"barganha". A sus verdadeira profis-são e vocação chegaram-lhe naquelemomento, por intermédio de um ma-rinheiro graduado, i ma bicicleta euma bôa máquina fotográfica. Poresse tempo só existiam dois retratistas:Bastos Dias c Lettere.

Pereira Passos. — homem providencial

Continuando a narrativa, diz odecano dos fotógrafos:

— Fu, no entanto, continuei a ven-der fazer das, a pé. Quanto á máquina,tomei goste pela fotogiafia e, aos do-mingos, em companhia de um zmigo,também amadoi da arte, tirava vistasda cidade, grupos de amigos etc.CoDfesso que sentia grande sensaçãoquando via surgirem no papel as belase surpreendentes imagens que o sal deprata revelava e o hipo&ulfito fixavaaos meus olhes, na cornara escurairrprovizada em minha casa. E vivia as-sim iest.6 ingênuo anadoiismo, quandoum fornecedor da Prefeitura, meuamigo, levou-me para tirar fotografias

das obras que então o grande PereiroPassos realizara em 1903. Na época oRio começava a mudar de indumentáriae remoçar. Por acaso o insuperável Pre-feito viu as fotografias que eu tirarapor esporte e gostou. Propoz-me umemprego na Prefeitura e eu, sem relu-tancias aceitei.

FOTOGRAFO OFICIAL

Daí por diante transformei-me emfotografo oficial. Passei a conhece*-,"de visu" os grande homens do país.Desde aquela época comecei a foto-grafar os ccrifôus da política, as figurasnotáveis da República. Etcitces, j'o*na listas, pintores famosos, historiado"cs, de todos eu tenho a lembrança nãosó na memória como no meu arquivo.As obras que tvensformarpro a cidp.de,o Rio antigo, a Cidade colonial e a dehoje, ali se encentram em milhares dechapa3 e cópias. Passes foi um g»andeanimadot da minha arte, dava rre con-telhos e píotegia-me. Nada passou h.objetiva da minha máquina que eu nãoprquivasse, Cedo compieendí o valordesse trabalho, pa'a a história do Rio.

"Grandes homens conheci"

Esse meu mister deu-me enchançasde conhece, como disse, muitos homensilustres. Além de Passos que éry meucompadre, gozei da amizade de Paulo

10

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O RETRATO OFICIAL DO RIO BRANCO, FEITO POR"! AUGUSTO MALTA. ELE TIROUVARIAS POSES— DE FRENTE E DE PERFIL, ATÉ MESMO UM DE COSTAS. MAS O BARÃO. .DAVA PREFERENCIA AO QUE SE REPRODUZ ABAIXO. E DISTINGUIA O VELHO FOTO-GRAFO COM A SUA GRANDE AFEIÇÃO. EXEMPLO DO QUE SUCEDIA COM OUTRÜb''

IMPORTANTES HOMENS DA REPUBLICA, JÁ DESAPARECIDOS. ] x, i ft*S

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Pehi3ra | Passos foi o "descobridor" de malta, quando se realisavam as importantes" obras da remodelação "da

CIDADE, CONTRATOU-LHE OS SERVIÇOS PARA FIXAR TODA A DÉMARCHB DOS TRABALHOS. E PASSOS ACABOU COMPADRE DO FOTO-GRAFO. NA GRAVURA ACIMA, UM SAUDOSO GRUPO ONDE SOBRESSAEM O PREFEITO PASSOS, MACHADO DE ASSIS E JOAQUIMNAIiUCO. MAS OUTROS VULTOS MARCANTES O LEITOR HA DE ENCONTRAR, ALÉM DESSES.

fe Recordação de um alegre domingo de regatas, na praia de Botafogo, o de branco, ao centro, todos conhecem •

.EMILIO DE MENEZES, TENDO X DIREITA JÚLIO FURTADO. O DE CHARUTO ENTRE OS DEDOS, PAULO BARRETO. E O DE PERFIL,SEGURANDO O CHAPÉU DE PALHA, BASTOS TIGRE, QUANDO AINDA USAVA O SEU VISTOSO BIGODE E NÃO ABOLIRAO COLARINHO DURO, EM PÉ.

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de Frontín e Carlos Sampfío, Rociri-gues Alves, Jo£ quino Nabuco, CtewaldoCruz, Fir.ncísco Glicerio, AfoDso Pen?..tendo este assinado a patente que possuode major da Guarda Nacional; CamposSales, Ruy Ba.bosa, Lauro Muller etantcs outros ilustres e poaerosos. Toooseu conheci de perto.

Nabuco b Elihu Root— Joaquim Nabuco impressionou-me

sobremodo. Educado e simples, suafigura Era dessas que se fixam na me-mória de gente para sempre. Eu o co-nheci, por ocasião da Conferência Intt-rnacional Pan Americana, que aquise realizou em 1906. Era _le represen-tante do B»asil no. Estados Unidos eestava no Rio a chamado do Barão deRio Branco, pa'a esperar Elihu Root,chanceler norte-americano pa^a repre-sentar o seu país nessa conferência. Aele e a Rio Branco devo todas as taci-lidades q.e obtive para se^ o fotografosemi-oficial da conferência. Graças _.eles tirei ini meras fotografias dos mem-bros do Congresso, que representavamtodas as nações da América. Tal eraa minha atividade que Elihu Root, rin-do-se, disse a Joaquim Nabuco ser euo primeiro fotografo do Brasil. QuandoJoaquim Nabuco me contou, pergun-tei, admirado por qie. E o grande di-plomata respondeu-me com ts palavrasde Elihu Root: "Porque você não olarga é o único que ele vê de perto"...

Rio Branco

De Rio Branco também bati váriasfotografias interessantes e curiosas. Obarãc, po^ém, jamais consentiu que ofotografasse em seu gabinete de t*a-balho, no velho palácio do Itamaratí.O gabinete do barão, 6 sabido, não er8precisamente um modelo de boa ordem.Os livros espplhaví.m-se per todos osecartos. Tôrros de história n istur3-

am-se tumultuari»menle aos livros deiteratura, revistos, jornais e p:\peisdiplomáticos. Daquele caos aparente, oBarão rttirava todo a sabedoria de sua

(Continua na página 90.)

20^^^^^tí

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entrara, mal caía o crepúsculo e, agora,poucos minutos depois, já era noite. Noiteescura. E a chuva continuava, fazendopoças junto.às calçadas. Paulo seguiu,evitando os esguichos lançados pelas po-ças ao passar por sobre elas um automó-vel. Já estava quase chegando ao hotelquando, de repente, na escuridão, umamão avançou e puxou do braço dele oquadro que ali carregava. Paulo, poíóm,firmara bem e o ladrão não conseguiuretirar o quadro. Imediatamente Remaragarrou o pulso do homem, que livrou-se.Remar viu o brilho de uma faca à luzde um poste. Gritou.

Qual era seu intuito?Roubar-me o quadro.Sabia, então, que o que o senhor le-

vava era um quadro?Evidentemente!Mas não conseguiu arrebatá-lo?Não!

No dia seguinte figurava nas primeiraspáginas dos jornais parisienses:

"Milionário apunhalado no Interior. Um Ia-drão audacioso quis roubar um quadro

comprado em leilão".

Paul demorou algum tempo na Casade Saúde. Foi somente depois de um mésquo novamente figurou nos cabeçalhoB

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NADA MENOS DE TRÊS QUADROS ESOMENTE UM DELES TINHA VALOR.OS PERITOS NAO SE DECIDIAM...

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COI um caso extraordinário. Creio, mes-mo, que um dos mais interessantes

que meu amigo investigou. Leborgne, estáclaro, não lhe dava tanta importância,mas com o intuito de depreciar o própriotrabalho, pois êle desvendara, sozinho,sem conhecer pintura, o mistério dos trêsRembrandts. Ê' preciso, porém, para quecompreendam bem o caso, que lhes conteos antecedentes. Tudo começou, muitotempo antes do caso, numa província daFrança...

"Hoje — Grande leilão de quadros —Hoje — Lafitteau. leiloeiro"

Paul Remar parou e examinou detida-mente o cartaz. Estava só. Não tinha o.que fazer. Resolveu entrar. Afinal decontas, quem sabe? refletiu. Pode bemser que, numa pequena casa de interior,eu encontre alguma preciosidade queninguém, aqui, saiba apreciar.

O salSo já estava cheio • o leiloeiro.

no seu posto, sobre uma plataforma, ber-rando, com toda a força dos seus pul-mões:

— Um quadro maravilhoso! Uma obraprima de arte! Quem dá maisl Quinzefrancos me dão pela pintura I Senhores,isto é uma vergonha! Um quadro destes!

Paul sentou-se na primeira fila. O qua-dro estava sujo e esmaecido. Os com-pradores provincianos, que gostavam decores berrantes, nem lhe davam atenção.Um velho, sentado a um canto, ofereceraquinze francos. Entretanto, havia qual-quer coisa na pintura... Paulo adiantou-se. Examinou-a com atenção. Meu Deus!

— Vendido ao sr. Remar por vintefrancos I

Paul recebeu o embrulho com o quadro,pagou e saiu.

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Chovia. Ele passara lá dentro maistampo do que pensara. Antes, quando

Quando o guarda se aproximou Remarestava estendido no chão, com o quadroagarrado ao peito e uma ferida nas cos-tas, donde jorrava, abundantemente, san-gue.

" — O senhor vai dar queixa?Lógico. Então o senhor pensa que

sou apunhalado na rua de sua cidadee vou deixar de me queixar?

O delegado não respondeu. Perguntou,porém:

Seu nome?Paul Remar...Profissão?Banqueiro.

E o senhor declara que?...Declaro que, hoje, às dezoito horas,1

saía de um estabelecimento, onde se pro-cessara um leilão, e caminhava para ohotel, onde estou hospedado com a minhafamília, quando um homem, subitamente,saindo das sombras, avançou e me ata-cou, apunhalando-mel

dos diários parisienses, que anunciarama sua chegada.

?Marquesa de Challancey!

O mordomo, impertigado, anunciou aconvidada. Esta entrou logo depois.

Marquês de Doubreuil IO marquês entrou. De pé, no meio do

salão, Paul recebia os convidados.Dr. Remar, estou ansiosa por ouvir

a história do seu ferimento!Poupe-me, marquesa. Tenho que

contá-la a todos. Mais tarde, quando esti-vermos reunidos, contarei.

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No salão, profusamente iluminado, Re-mar acabava de jantar. Os convidadosconversavam, comentando o fato ocorridoe, ansiosos, esperavam que o anfitriãotomasse a palavra para o relato da suaaventura e dizer qual era a surpresa qua

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lhes prometera.

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não! Quem disse queeu estav.a sozinho? Queabsurdo! Como tal. coisa

poderia acontecer? E então estanoite!

A rigor, nem em qualquer outra.Graças a Deus, nunca me faltamcompanhias. E bem mais felizque o geral dos homens, eu asposso escolher. Conforme o diaou, por outra, o que se esteja pas-sando em mim, as exigências domeu espírito ou do meu senti-mento, recorro a este parente,àquele amigo, àqueloutro, simplesconhecido. . . Sim, sim, os indiví-duos com quem mantemos menosrelações de afeto, de solidarie-dade se tornam, às vezes, justa-mente os mais necessários! Porexemplo: para nos julgarem im-parcialmente, quando nos sinta-mos culpados e ao mesmo temponão encontremos na própria cons-ciência o castigo, em tal caso, pro-videncial. . . Vem então um ho-mem ou uma mulher que atéàquele dia nos era indiferente enunca teve razão para nos que-rer bem, escuta serenamente anossa confissão e faz justiça. Isso,porém, só de longe em longe mesucede. Ordinariamente, vivo empaz comigo mesmo, sem precisar,portanto, que outrem venha resol-ver conflitos armados na minhaalma. E aqueles a quem chamo,e que jamais demoram a acudir-me, dantemão conhecem a missãoque lhes vou confiar.

Chegam, já preparados, orien-tados quanto à melhor maneirade me prestar o auxílio que o mo-mento torna indispensável. E averdade é que lhes peço tão pou-co. . . Quero dizer: muitíssimopara mim, mas para eles quasenada. Que fiquem algum tempo—em certas ocasiões bastam mi-

nutos — ao meu lado. À maiorparte deles é perfeitamente fami-liar esta sala, onde estou agorae onde, em geral, os recebo. Al-guns até aqui moraram. Mas estese outros igualmente se habitua-ram ao conforto das duas poltro-nas do tipo Mapple, largas comoleitos, revestidas dum couro ma-cio, que nunca chega a aquecer edá a impressão de nos afagar, mui-to de leve, o corpo inteiro. Olhamcom amizade verdadeira os outrosmóveis, os livros sempre um pou-co desarrumados, os quadros, ovelho tapete completamente des-botado que há muito começou^a(jwerpj dpsfiar-se e que eu não

substituo, não sei bem por que,talvez por superstição. De ondeem onde, alguém se levanta parachamar à ordem uma estatueta

que se desviou do lugar. Quandorequeiro a presença dum só pa-rente, amigo, mero conhecido, ocolóquio vai gradualmente assu-mindo uma intimidade diferentedas efusões, das expansões comunse que, não só ao interlocutor, amim próprio chega a surpreen-der. Amor com amor se paga; ei-lo

que às minhas confidencias res-ponde com outras, ainda mais pro-fundas. . . E não raro, aquele cujosocorro invoquei se revela, aindamais do que eu, necessitado desalvação!

Bom, mas, por via de regra,forma-se uma reuniãozinha ame-na. Palestra-se um pouco de tudoe de mais coisas ainda. Cadaqual conta as histórias que apren-deu em si mesmo ou na vida dosoutros, desde a última vez. Nãohá exemplo de tais narrativas cau-sarem constrangimento ou tédio.Se o epílogo sobrevem doloroso,todos tomam a sua parte de sofri-mento e, assim dividida, a visãode infortúnio pouco tempo leva adesaparecer. Se o caso é cruel ealguém vê que mais ou menos di-retamente lhe diz respeito, perdoa— ou é perdoado. Só as doçuraspersistem; todos os ressentimentosse reduzem a farrapos de nuvemefêmera. Que animação, quantaeloqüência e quanto espírito! Ve-lhas recordações, impressões deontem ou de hoje, alguma anedo-ta para variar — assim vai pas-sando o tempo. E quando nos se-paramos, também aquilo que, an-tes, me afligia passou e esqueceu.

Eu, sozinho, que idéia! E estanoite, Noite de Natal! Se tal des-dita me viesse ameaçar, bastar-me-ia sair de casa. Não faltariam

por essa cidade lugares onde es-

perar a meia noite e a madrugada.A estas horas. . . Passa das onze.Em quantos lares de empréstimonão iria eu encontrar o ambientede alegria e afeto que o meu peitoprecisasse de respirar... E, se meassaltasse o desejo de festa exces-siva, de violência e atordoamento,quantos casinos e àquelas mesas

quantos convivas me não chama-riam — mais um para a roda en-tre aristocrática e farrista, gentede nobre garfo e sede custosa desaciar, de flirt, de ironia e dechampagne. . . Naturalmente umadas damas me distinguiria... per-dão, se deixaria distinguir pormim. Fatalmente a orquestra nosarrastaria por entre a balbúrdiaespremida dos outros pares. Devez em quando, mudaria a toada,mudaria o ritmo, mas â dançacontinuaria a mesma. Era o sam-ba-tango-marcha da noite inteira.E, embora até se lhe não pudessechamar dança, que importava?Em verdade, aquela qualquer eoi-sa, fosse o que fosse, ou aquelacoisa nenhuma, exerceria no cére-bro, no sangue, nos nervos, o pres-tígio mais empolgante. Nada maisexistiria na vida, nem sequer aemotividade que, fora de tal do-mínio, a aproximação das faces ea troca dos olhares, por força ha-viam de alarmar. Há que tempoo Galo teria cantado, sem ninguémdar por isso. . . O próprio cham-

pagne ficaria esperando, esqueci-do nos baldes de gelo. E haveriaum assombro indescritível quando

na «__.!

o estardalhaço desconexo, estre-buchante do jazz anunciasse, pou-co antes do sol de dezembro, ofim do Réveillon.

Não, não! Prefiro ficar em casa.Que o Menino Jesus, Nossa Se-nhora e S. José, e as palhas sa-gradas do Presepe me perdoemas sacrílegas reminiscências dou-tro tempo. Estou na velha sala,a sala de sempre. Sozinho? Quemme levaria a acreditar em seme-lhante mentira? Sozinho, hoje! E'esperar alguns segundos e nuncana vida estive tão acompanhado.Aí vêem eles. Ouço-lhes o andar

pressuroso e o borborinho de ter-nura. Os primeiros a assomar à

porta são meus avós: meu avô pa-terno, mestre de fábrica, com asmãos ainda um pouco grossas eenegrecidas do tempo em que,simples operário, empunhava aferramenta e lidava com a estopade limpar as máquinas; meu avômaterno, que era padeiro e coziano forno uns bolos especialíssi-mos. únicos, para a minha gula

de criança; e minhas avozinhas,

qual das duas mais santa. . . Meus

pais, que nunca se ausentaram do

grande quarto aqui, ao lado, saem

neste momento, com a mesma luz

no cabelo branco e um sorriso em

cada ruga, para me ajudarem abem acolher e bem acarinhar oshóspedes da minha saudade. Queromaria, Santo Deus! Lá estãoFernando, Artur, Adalberto, meusirmãos mais velhos, e ManinhaLaura, que certo dia de maio par-tiu de casa, criança ainda, levan-do consigo, além das nossas lágri-mas, todas as rosas do mês de Ma-ria. Vocês, todos quatro, ao meuredor. . . Que júbilo! E mais umavez me deixem jurar-lhes isto:não foi por vontade minha, oh,não foi, que esta casa me coubenas partilhas do Destino! Masserá ela realmente minha? E devocês também! Aqui nascemos os

quatro, aqui ficaremos sempre.Meu padrinho, agora. . . Sua

bênção, meu padrinho! Quandodeixará de trazer debaixo dos bra-ços essa quantidade de embru-íhos? Cuida que me esqueço? Foio senhor que me trouxe o primeirolivro com estampas, quando euainda não sabia ler, quase não sa-bia ver, e a primeira bicicleta,mal eu deixava de engatinhar.Meus companheiros bem amados,do colégio, da Faculdade, do ba-talhão, do clube. Entrem, entremtodos! Que é isso. Zé Silveira?Ficando na sombra do corredor...Por que, meu velho? Aqui paranós, eu sei. . . Por causa da rou-pa. dos sapatos e das ingratidõesda Fortuna sempre a passar-lhelonge das mãos. . . Deixe lá isso,não há aqui senão pessoas iguais,criaturas irmãs que lhe abrirão osbraços, tendo-o apenas na conta...de um de nós. . . Bem vê, todosestamos como dantes. Nada dei-xámos pelo caminho. Não sofre-mos migalha nem sombra nemlonge de mudança. Conosco, oPassado continua. Anda em nós.Nem que tal desejássemos, nãonos poderíamos separar dele —nem uns dos outros.

Que pena não ficar esta salavinte, cem vezes mais espaçosa etambém a mesa lá dentro, porqueainda vocês me parecem tão pou-cos e tantos outros viriam comcerteza, enquanto lugar houvesseentre estas paredes e no meu cora-ção. . . Escutem! Está cantando oGalo. Jesus nasceu. Vamos con-soar!

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Foi há mais de vinte anos. Com precisão, completa-

ram-se já os vinte e um... O acontecimento deu-se no dia

30 de julho de 1923. E prolongou-se pelo 31, e foi terminar

do dia 1.° de agosto. A idéia, havia partido de Irineu

Marinho, que então ainda estava em "A Noite". Pela pri-

meira vez anunciava-se a realização, no Brasil, de um

Campeonato Sul-Americano de Dança-Hora. Que signifi-

.-¦ava um campeonato dessa ordem? — indagavam todos.

Nada menos que o compromisso, por parte de um bailarino

brasileiro, de dançar, sem quebra de continuidade, por

espaço de trinta horas, no mínimo.

Dias antes, um rapazinho tímido mas de olhar vivo,

bem disposto e sadio, subira as escadas da redação apre-

sentando-se a Irineu Marinho. Queria dançar trinta heras

sem parar. Ou melhor: parando um minuto, de tantas em

tantas horas, para submeter-se a uma rápida massagem.

Fora disso, alimentando-se durante as danças. E sem dor-

mir, principalmente sem a menor interrupção para o sono. . 7

Irineu Marinho fixou seus dois olhos penetrantes no rapaz

úmido mas prometedor.Como se chama?Bueno Machado, sim, senhor.

Na manhã seguinte Machado voltava para saber a

resposta.O senhor sabe, "A Noite" é um jornal de respon-

sabüidades. Não poderá anunciar uma coisa que resulte

em fracasso...Eu sei, doutor...Está certo de que dançará as trinta horas?Se não estivesse não aparecia, naturalmente...

Mas estava presente alguém que depositava confiança

no bailarino. Era o jornalista e teatrólogo Simões Coelho.

Apontando para Bueno Machado por detrás dos seus óculos

de grossas lentes, muito míope mas muito experimentado,Simões Coelho disse a Irineu Marinho:

Quem? Este aqui? Dança. Tenho certeza de quedança as trinta o mais algumas de quebra, se for preciso. . .

Irineu Marinho acabou de entusiasmar-se. E Simões

Coelho não falhara na sua profecia. .. O Campeonato Sul-

Americano de Dança-Hora, levado a efeito no Teatro São

Pedro, hoje João Caetano, terminou precisamente quandoBueno Machado terminava trinta e duas horas e trinta minu-

tos de dança ininterrupta, depois de ter cansado inúmeras

dançarinas.. .

Estava lançado o nome do bailarino. Em novembro

do mesmo anc Bueno Machado seguia, com a Companhia

Velasco, rumo à Europa. Lá ficava, estendendo o seu giro

por várias capitais européias, para voltar era novembro de

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?irt« Tp.irn <?5o Pedro sua primeira façanha coregráfica. NesseBueno Machado quando realizava, no antigo Teatro Sao «aro. 'ilarino entregue nos prazeres de umacompletava a 32" hora do dança ««JW^vÙ* GoíSSador! onde reside.

momentopescaria.

1924. Foi, então, conhecer Buenos Aires, integrando a

Companhia Francesa do Revistas, dirigida pela famosa

Madame Rasimi. Trabalhou no Teatro Opera da capital

portenha. E dali íoi dançar no Chile, dançou no Uruguai,

para reaparecer no Rio, em abril do 1926. Foi quando se

dou o lançamento do Charleslon, realizado no palco ^dodiminuto Cinema Império... Apresentava-se um filmo ame-

ricano, "Mosca Negra", no qual a bailarina Ann Ponnington

fazia várias exibições do Charleslon, então aparecendo, íu-

riosamente, nos "night-clubs" americanos. Pois Bueno Ma-

chado fez o mesmo no Brasil. Dançou no Rio, foi repetir

a façanha em cidades vizinhas, e, aliado ao título cole-

brado de campeão de dança-hora, poude juntar o de Iam

çador, no Brasil, do Charleston. Dois anos mais tarde, ern

1928, seguia novamente para Parto. Dançou com êxito es-

trondoso nos "boulevards" da Cidade-Luz... E foi, em se-

guida, num giro prolongado, para Budapest, Viena. Atenas,

Constança, Bucarest, Belgrado, Iagvel, Salônica, Alexan-

dria, Cairo, Boyruth, Damasco, Praga o Constantinopla.

Nunca um brasileiro dançarino poude estender a sua ex-

cursão até tão distantes terras... (

Foi ern Constantinopla que Bueno Machado encontrou

Rosita Barros. recentemente contratada por urna emissora

aqui do Rio. Lá, Rosita Barros oxibia-se como cantora argen-

tina. E a excursão do bailarino prolongou-se a Zurich,

Marselha, Roma, Turim. Nápoles o Barcelona. Em Barce-

lona deparou com Romeu Silva e sua orquestra, marcando

um extraordinário sucesso. Novamente em Paris e Lisboa

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Bueno Machado e a cachorrinha de estimação fazem o seu giro matinal pelas águas quietas"Apache", um barco feito sob medida para a familia

de Governador, no

Outrora ele dançava noites c dias. Agora entrega-se à boa vida. Sol, praia, os arranjos do jardim — c nas horas defolga, um "papagaio", uma boa "pipa" mandada para os céus...

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Em Atenas, uma noite, Bueno Machado encontrou na

platéia um vulto alto, espadaúdo, que incessantemente

aplaudia os seus números. E podia bis... E queria queeles fossem trisados... Parocou-lhe conhecê-la, mas...

Quem seria? Não se lembrava do onde. Minutos após, seu

camarim era invadido, em plena capital da Grécia, porum brasileiro ilustre. Era, nada menos, que Aíonso Lopes

do Almeida, quo então ali se encontrava como íiscal do

Departamento Paulista de Café...

Conversando com Bueno Machado, êle evoca alguns

episódios interessantes do passado: Fui professor, na Turquia, de duas filhas adotivas

de Sua Excelência Mustaphá Kemal (El Fazi), hoje morto.

Professor de dança, bem entendido. A3 lições eram dadas

com auxílio de uma vitrola, no Palácio de Dolgma Batchy,

em Constantinopla. E não voltou a repetir a façanha do campeonato? Claro que sim... Na Bahia, dancei cincoenta e

duas horas e meia.. . Em Campos, dancei quarenta e duas.

Mas ende mais dancei foi na Espanha, no Hotel Ritz, de

Madrid, onde atingi as cincoenta e três horas. Isso, refe-

rindo-me à primeira fase da minha atividade, pois mais

tarde, aqui no Rio, atingi as setenta e duas horas, quando

pretendia chegar às cem horas. Não o fiz porque amigos

me demoveram desse propósito. Todos os "records" esta-

vam batidos por um brasileiro...E as recordações continuam:

24

uma linda manhã de princípio de verão. O sol dardeja efaz reflexos luminosos nas águas.

— Quem sabei Sondo preciso... -No entanto, prefirocontinuar aqui, no meu canto, eu e a minha "velha". .. E

com os nossos bichinhos. ..

Há centenas de pássaros de todos os tipos, no cara-

manchão da residência do bailarino... Gaiolas douradas,

prateadas, multicores, penduradas aqui e ali... Pombais

pendurados em árvores, em postes apropriados... E uma

linda o variada coleção de outras aves, predominando o?

frangos "Leghom".

Os cachorros, os gatos, os pombos, os pássaros, os

qalos, as galinhas distraem e dão trabalho. Oh, sim... Também dão despesa—'•. acrescenta

madame.i

RECORDANDO ASPECTOS CARIOCAS

Esie nosso encontro com Bueno Machado íez-nos eve-

car episódios curiosos e pitorescos do Rio de há três lulros.

O mundo andava inteiramente alheio às cogitações da

guena. Mal refeito ainda da hecatombe de 1914, quiodos consideravam a última, definitiva e irrevogável,

mundo lembrava, aterrorizado, coisas da "Grande Guerra

e sonhava com um século de paz. Nos países- europeu.,

onde a tragédia tivera curso, a humanidade adormecia e

entregava-se a um doce devaneio com a Paz. Devia sei

uma Paz fictícia, duradoura apenas por mais alguns anos,

muito poucos, pois o germe de outra desgraça ainda maior,

capaz de ofuscar as evocações dramáticas da primitiva,

já se espalhavam por vários territórios. Não se confo;

rnavam os alemães com a derrota que os aliados lhe ha-

viam infligido e surgia, cautelosamente, o virus germanofilo agora sob a capa do nazismo, para atormentar-nos.

Mas, por sobre essa aparente tranqüilidade dos espi-

ritos, havia uma sociedade que se divertia com as menor-

e mais írívolas coisinhas... E nós aqui, no Brasil, ona

a guerra menos se fizera sentir, nós então, sem o saber

mos, preparávamos uma geração que havia de envergar

a farda verde-oliva e rumar para as terras da Itália. Mas.

porque o futuro a Deus pertence e ninguém admitia como

certa essa probabilidade, nós no Brasil éramos ainda mais

inconscientes do perigo que nâo andava tão longe assim. .

Era a época das grandes excentricidades. Na dvenidu

Rio Branco, certa vez, apareceu um Circo de Pulgas."De pulgas?" — indagará o leitor, incrédulo. E nós res-

pondemos: — De pulgas, sim, senhor... Era um indivíduc

estrangeiro, cuja procedência poucos conheciam, que alu-

gava uma dependência no quarteirão da avenida situado

entre as ruas São José e Assembléia/ali adaptando as ins-

Agora não se pensa mais em viagens nem espetáculos. 0campeão da dança-hora é amigo do seu cachimbo, adoroos pombos e tem uma excelente criação de galinhas de raça.

A rainha Maria da Rumania, morta há dois anos

e mãe do rei Carol, que agora mesmo nos visita, convidou-

me a dançar no Corcle Militaire, onde patrocinava um

baile em benefício dos aviadores feridos. E, ao felicitar-me,dis3e-me: — "O sonhor não ó um bailarino, ó um verda-

deiro embaixador do Brasil, dentro da sua arte..."E Bueno Machado acrescenta:

Palavras que nunca se esquecem, não o verdade?

Que faz atualmente o antigo campeão de dança-hora?Dança, ainda? Viaja? Faz ' tournéos"?

Não. Bueno Machado retirou-se das atividades de pú-blico e, com algumas economias, comprou uma bonita vi-venda no Jardim Guanabara, na ilha de Paquetá. Casou.Sua esposa fez parte do elenco da Companhia Rasimi. E'uma distinta senhora que, hoje, ainda conserva acentuada,mas simpática, a prosódia francesa.

O casal passa dias e semanas sem vir ao Rio. Eleainda aparece, para matar saudades dos companheiros,mas volta cedo para a ilha. Tem os seus "bichinhos"

paracuidar... Cães, pássaros, galinhas, pombos... Brinca comas crianças das vizinhanças... Solta "pipas" e enormes"papagaios"... Faz ginástica na praia... Dá seus pas-seios demorados de bicicleta, por sobre as areias muitoalvas da Governador, ou no "caíque", singrando as águasalgumas vezes tépidas, outras violentas e rebeldes...

— Pensa emm dançar novamente?Bueno Machado estende o olhcrr pelo horizonte. E'

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Page 25: ^ 0 N. Cr $ 5,00

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25ilações do tal circo. O circo, pobrezinho, resumia-se a um

.¦ jg Caixas de papelão, dentro das quais minúsculas

Infelizes pulgas, espetadas em leves fios de arame por

processo qualquer què não as sacrificava de vez, meia

dúzia dè pulgas,' caminhavam para a frente, para trás,

eu davam pequenos saltos.

Ciaro que saltar é próprio das pulgas. Mas o habi-'•¦doso empresário anunciava saltes de forie equilibrismo.

t dava, àquela pequena barbaridade, o pomposo nome

Circo. Milhares de pessoas deixavam na bilheteria, im-

provisada à porta do prédio, uma prata de um mil réis-

e-ão havia cruzeiros) e assistia ao triste espetáculo. Uns

reclamavam, outros sorriam displicentemente. E o circo

ias pulgas, o famoso, desapareceu de um dia para outro,

sem mais se falar nele, inesperado e bruscamente, tal

orno havia aparecido. Da lembrança, ficou apenas o

detalhe do empresário que se submetia, frente ao público,

à tortura de dar alimento às pulgas. Era fácil. Tirava o

casaco, arregaçava a manga da camisa e colocava, cuida-

ciosamente, os bichinhos sobre a pele, na parte onde esta

mais fina, no ante-braço. As pulgas faziam a sua lauta

refeição sugando o sangue do homem que as explorava. , .

De outra feita, foi o Gigante Guerreiro. Um tipo gaú-

eho, de quase dois metros de altura, as mãos enormes, os

pés exigindo a confecção de sapatos especiais, sob medida,

pois não se encontravam feitos para o seu número — e

um ar triste e melancólico. Ò Gigante Guerreiro foi exposto

no sobrado do Cinema -Parisiense. Também sé deixava no"quichet" a infalível pratinha de dez tostões. E'lá em cima

era o homem pálido, de ossos enormes, a face cavada e o

olhar baço, que esperava o público, sentado em um estrado

de madeira. Mão fazia nada, não dizia uma palavra.

Quando lhe perguntavam a idade, respondia:Vou fazer dezenove anos.

L, para formar contraste ridículo, o empresário con-'.ralara um anão de circo, "o menor anão do mundo inteiro",-

como diziam as taboletas e os prospectos distribuidos na

rua. O espectador achava graça e saía comentando aspe-

ctos maliciosos qudtito às proporções físicas dó anão e do

gigante, Outras pessoas retiravam-se do sobrado do Pa-

risionso pouco satisfeitas:E' uma desumanidade! Esse gigante é um homem

doente...Era mesmo. Certo dia, pouco depois da sua exibição

• na Avenida, os jornais deram a nolícia em muito poucaslinhas. O Gigante Guerreiro entregara a alma ao Creador.

Era tuberculoso.E o empresário pagou-lhe a cova rasa.. .

Antes, ainda mesmo antes da primeira Grande Guerra,

o saudoso Paschoal Segreto se especializara na apresen-

Mns ainda hoje o "campeão" treina, cada manhã, alimesmo nas areias da praia, para não perder a ' forma .

E as garotas de Governador sentem-se desvanecidasquando êle as distingue com a sua preferência...

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tação de fenômenos dêss© gênero, no Pavilhão Interna-

cional.— Onde ficava "isso"? — indagará novamente o leitor

contemporâneo.Ficava exatamente ondo hoje existe o Cinema Eldo-

rado, na Avenida, junto à Galeria Cruzeiro. Era um barra-

cão, construído em caráter provisório, mas um "provisório

que se estendeu por muitos anos. Alí se exibiu a "Volta

ao mundo em quarenta minutos"; ali estiveram várias com-

panhias populares de revistas portuguesas, inclusive a

mais famosa, com Carlos Leal nos "compares". Mas a

especialidade de Paschoal Segreto residia na apresentação

dos "fenômenos", das mulheres com barbas, dos conjuntos

de luta romana e de box.

O primeiro "ring" de box e luta romana foi, realmente,

o que por muito tempo existiu no Pavilhão Internacional,

mais tarde demolido para dar luqar à construção do grande

edifício do Liceu de Artes e Ofícios. E poucos sabem, tal-

vez, que o Café Nice e o Eldorado, agora também fadados

a desaparecer, estão construídos onde, outróra, o saudoso

Paschoal divertiu nossos pais, com esses e outros entrete-

nimentos.Quando não havia cinema.

N*m rádio. Quando não haviam nascido ainda cs

caulotet e compositores qu© hoi© se r©ún©m nas mosas

do Nice...

Eis por qu© o aparecimento de Buono Machado, lan-

çando a novidade dos campeonatos d© dança-hora. foi aus-

3

picioso bastante. "A Noite" ora o vespertino das inovações

dôsso ostilo. O jornal de Irineu Marinho patrocinando

um desses comolimonlos, na corta quo o êxito estaria ga-

rantido.Quando Bueno Machado subiu as escadas da redação

do largo da Carioca 14, particularmente já estava corto de

que dançaria as, trinta o duas horas, consecutivaments,

sern qualquer hipótese de fracasso. Em casa, para um

pequeno grupo do amigos, Bueno fizera as suas expe-

riencias e estas haviam dado certo. Por quo, ontão, diante

do público, não resultariam bem?

O sucesso, devem recordar-se iodos daquele tempo, foi

espantoso. Ninguém admitia como se poderia dançar noite

e dia, sem-quebra de continuidade...

O palco do teatro vivia repleto noite e dia. Depc;s da

meia-noite, quando terminava a última sessão nos teatros

da cidade, eram os artistas que também rumavam para o

São Pedro. Lá estava o Procópio, com os seus colegas do

Trianon. Ali mesmo, no palco do São Pedro, Procópio

havia aparecido, poucos anos antes, vivendo o seu grande

papel de Zé Fogueteiro na peça "Jurití", de Viriato Corrêa.

Ali também se haviam apresentado, em caráter definitivo,

Jaime Costa e Manuel Durões, o na orquestra da mesma

companhia de operetas o maestro Vila Lobos, então so-

nhandó com as suas grandes realizações Hp nossos dias.

era ainda um incompreendido.Pois também no São Pedro íoi que s* deu a consagra-

ção de Bueno Machado. Seu êxito íoi tão acentuado an..(Continua na páq. 74).

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fl fl , _^-»«-C_______fl flB< -^^^^ fl"Sim senhorI Furado1'. E o "cristo" da Imprensa ouve sem resmungar a clássica repreensão do secretário, que lhe mostra

bim, scnnoi a notícia numa folha concorrente.

clarão do magnésioA REPORTAGEM VISTA POR DENTRO — REPÓRTER, O MÁRTIR DA

IMPRENSA — A VIDA DE UMA NOTÍCIA, ANTES DE SER PUBLICADA

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A CABA de ser assinado o decreto que** institui salários mínimos para todo

o pessoal das redações dos jornais, re-vistas ra agências telográficas.

Os felizardos que ganham dez mil, vinte

mil o 30 mil cruzeiros por dia no câmbionegro do arroz ou do câmbio super-negro

Por CELIUS AULICUS

do carvão, morderam as unhas ao saber

da nova. Seria possível? Um repórter, um

rapazinho intrometido e sem educação,

ganhar CrS 1.100,00 para arranjar notícias

para os jornais?Infelizmente a maioria do povo pensa

assim. O repórter, para muitos é um indi-

^duo desprezível, íarejador de esconda-

los e de sensações, cuja presença deve

ser evitada. E alguns pensam como os

comendadores, que seria uma injustiça

pagar-lhe mais alguma coisa. E, quandose trata de arranjar argumento para de-

íender tal idéia, declaram sempre que o

O repórter, praticando acrobaclas arrojadas, reconstitui um assalto com o risco de ser surpreendido pelo dono da casa, que"não quer publicidade".

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repórter é um "malandro que não (az

nada".

COMO TRABALHA O HOMEM QUE

NÃO FAZ NADA

No entanto, vamos ver se conseguimos

dar aos nossos leitores uma vaga idéia

do que é necessário para lançar à rua

um jornal noticioso.

O repórter está sentado à sua mesa,

redigindo umas noticiasinhas para o seu

colega da "sociais", que por motivo de

doença não compareceu ao serviço.

Há um incêndio no Catete. Lá vai o

pobre moço, molhar-se nos jatos das man-

gueiras, conversar com o tenente coman-

dante do destacamento de bombeiros, pe-dir informações ao popular que deu o

alarme, ouvir desaforos do proprietário do

prédio sinistrado, que não quer dizer o

valor do seguro.

Há um crime na Favela, lá está o re-

porter. Há um desastre era Botafogo, lá

está o repórter.

Qualquer acontecimento — uma festa,

um jogo de futebol, um tiroteio, o fecha-

mento de uma casa de jogo do bicho, a

inauguração de uma ferrovia, a comemo-ração de uma data simbólica — tudo

conta com a presença do repórter. E

depois, a notícia de tudo isto ó calma-

mente devorada em casa, no bar, no bon-

de pelos difamadores do jornalista.

Ele no entanto continua a trabalhar sô-

bre os sucessos da noite* anterior.

Se uma costureira se suicida no Estácio,

é obrigado a ir ao local da cena conse-

guir uma fotografia da morta contra a

vontade da família, colher dados com os

policiais, ser humilhado pelos parentes da

moça, "que não admitem escândalo em

torno do fato".

E o pobre repórter volta à redação,cansado, abatido, recalcando no peito a

sua humilhação para redigir a nota do

suicídio.

ACROBACIAS. ETC.

Mas outro fato chama à rua o jorna-lista. Acabam de assaltar o palacete de

um granfino. Lá se vai o rapaz para Co-

pacabana. Em geral, não consegue falar

com a vítima. Conversa com os criados,ouve o jardineiro, o chaufíeur lhe for-

nece dados. Mas faltam as fotos parailustrar a notícia. Ao seu lado o insepa-rável companheiro, o fotógrafo, o inter-

pela impaciente sobre o serviço a fazer.E êle atônito, desesperado, procura uma

saída. Mas nada!

Entrar na casa assaltada para fotogra-far as janelas arrombadas, não pode: a

vítima do roubo "não quer publicidade".Fotografar o palacete seria o mesmo que

pedir sua demissão ao secretário exigente

Há um recurso. E o repórter reconstituio assalto, pondo-se em cima da árvore

por onde o ladrão conseguiu alcançar a

varanda do primeiro andar. O fotógrafonão espera. A lâmpada estoura e a si-

lhueta do moço se desenha escura contraa luz da rua, no celulóide da chapa. Esta

tudo arranjado.

Mas o dono da casa, chegando à ja-neiu, atraído pelo clarão da lâmpada,

grita para o jardineiro: — "ó Joaquim!Solta os cachorros em cima destes cana-

lhas".

E repórter e fotógrafo lá se vão desa

balados pela rua afora.

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II

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1

Edição de Natal

PAU PARA TODA OBRA

Mas nem só na rua trabalha o repórter.

Na redação não pára um segundo. Com

a mesma cara sorridente que atende ao

pedido de um guarda para pôr o seu

número na reportagem de um crime, ouve

na sala de frente do jornal as babosadas

de uma cantora nova que quer publici-

dade gratuita. E ante sua mesa de tra-

balho, numa procissão heterogênea e inin-

terrupta, desfila todos os dias uma mui-

tidão eclética: mães cujos filhos desapa-

receram; campeões de xadrez e de pu-

gilismo; artistas de circo de cavalinhos;

vítimas de batedores de carteira; divas

decadentes e sem contrato; homens céle- .

bres e homens anônimos. E a todos êle

atende com a mesma prestimosidade. Na

manhã seguinte é por todos insultado, da

mesma forma, diante do jornal aberto.

Não tem um minuto de descanso. Volta

3 meia o secretário da redação, levantan-

do a cabeça, exclama dando um murro

na mesa: — "Que diabo! Não temos

nada! Mexa-se, homem! Fabrique alguma

coisa!"

—"Seu" Michel! Saia para a rua! Lu-

gar de repórter é na rua! Na rua é queas coisas acontecem!"

E lá se vai o "cristo" da Imprensa à

cata de novidades. E quando não acon-

tece nada êle próprio tem que "aconte-

cer" alguma coisa para o público. In-

venta um romance qualquer, publica uma

novidade engraçada ou comovente e, mal

sai,o jornal à rua, ouve os gritos do re-

dator-chefe: — "Você é um irresponsável!

Inventar uma besteira destas! Você des-

moraliza a imprensa carioca, desmoraliza

a imprensa do mundo inteiro, desmoraliza

o próprio Gutemberg! Se isto se repetir

você vai direito para a rua!".

A VIDA E' SEMPRE DO CONTRA

Mas o repórter não se enfurece com

ninguém, não tem ódios, não tem inimigos.

Acostumou-se a levar o contra. A vida

para êle é sempre do contra. Todos são

contra êle. E' contra êle o destino, quonem sempre faz acontecer algo de son-

sacional. E' contra êle a multidão, quese nega sempre a informar-lhe o quehouve. E\contra êle o "caixa", que nun-

ca se prontifica a pdgar os seus vales.

Na redação lhe cabem todos os "aba-

caxís". Se algum inventor aparece parademonstrar a eficiência de sua maquina,

êle tem que ouvi-lo. Se, entretanto, se

precisa entrevistar uma rainha da beleza,

quem o faz é c secretário ou o redator-

chefe. Todas as notícias que necessitamretificações foram sempre redigidas pelorepórter.

Se o jornal saiu fraco, a culpa é do

repórter. Após uma notícia e antes deuma reportagem a apurar, êle ouve sem-

pre um "sabão":

— "Sim, senhor! Que repórter colosso!"Furado"

pelo Dias. Olha aqui! — gritao secretário, agitando no ar uma folhaconcorrente. — Foi assassinada pelo ma-rido uma dama da alta sociedade e vocênão me traz uma linha! Sim, senhor! E oDias deu manchette! Você precisa é ir

mesmo para a rua!"

Mal acaba o "sabão", o repórter tem

que ouvir os insultos e o choro de uma

pequena suburbana que reclama centraa notícia publicada no seu jornal.

Lá está ela, frente à sua mesa, Um-

pando as lágrimas na ponta do lencinhoe gritando entre soluços:

— "O senhor é ura sujeito ordinário! Osenhor fez a minha desgraça! E' mentirade minha mãe. Eu não fugi de casa! Ti-nha ido apenas ao cinema depois do tra-balho! Agora o Antenor já não quer casarcomigo! O senhor tem que desmentir estanotícia

27

porter. Acabado o horário de trabalho,

vai êle assistir à "soirée" artística de

Mme. X, em substituição ao critico de

arte, que "não veio hoje".

Sentado numa poltrona de luxo durante

quatro horas, o pobre moço assisto ao

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REVISTA DA SEMANA

Mme., promete amavelmente uma bela

nota para o dia seguinte e ruma para a

redação.Meia noite. ..O repórter foi descansar?Não! Acontece quo hoje ó quinta-feira.

Dia de seu plantão. Lá está êle sentado

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E o repórter, quase acompanhando a

menina no choro, já está redigindo a clás-

sica Retificação nas laudas molhadas pelo

pranto.MAIS SUPLÍCIOS

desfile das "artistas", mole do sono, morto

do cansaço.Assassinam Beethoven na sua frente,

matam pela segunda vez Garcia Lorca

sob o seu olhar e êle não dá conta do

nada.

Mas não param aí os suplícios do re- Ao terminar o sarau despede-se de

à mesa. O sono passou corno por encanto.

Diabo! E" horrível isto de passar a noite

a contai os minutos. Sc- ao monos acon-

tecesse algo o êle tivesse o quo fazer.

Mas agora não acontece nada, absoluta-

mente nada.(Continua na pág. 73).

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Page 28: ^ 0 N. Cr $ 5,00

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Bibl Ferreira marcou um dos legítimos sucessos da tempo-rada em 'A Morenlnha", de Macedo, que Miroel Silveira

adaptou para o teatro.

Elo está bom, grpças a Dous, o Teatro Nacional.E andou multo, nostos dias io ano da graça do mil

novecentos o quarenta e quatro. . .Apesar dos pessimistas, que não encontraram melhoras

no seu estado geral.Apesar dos .otimistas, que não encontraram falhas no

seu organismo.Aposar, sobrotudo, dos "técnicos" e dos "gênios" sur-

gldos como quo por obra e milagre do Divino Espírito Santo.Aposar o mau grado.Os outros, quo não formam nos extremos nem se aco-

modam nos meios dessa proporção, e vivem fora de qual-quor compromisso, olham satisfeitos para os resultados oconcordam com ossos resultados, porque a verdade nemostá no supremo entusiasmo do elogio fácil nem na baru-lhenla exibição do conhecimentos "herzatz"...

Vocês conhecem um peixe chamado camboatá? Eu nãosei onde êlo vivo, nom como ó. Só sei — porque mo con-taram — do um hábito que êle tem, muito curioso.

Na água límpida e serena os outros peixinhos, comoutros nomes o outros hábitos, brincam felizes, satisfeitos,distraídos com o brilho de suas escamas e a alegria de suabrincadoira. O camboatá, de cara amarrada, roendo opróprio fígado que nolo se chama "foi", como em váriosoutros animais, espia a losta, oculto nas trevas de umatoca. Vai acumulando a raiva, uma raiva sem motivo,

28

porquo ninguém lhe fez nada, ninguém sabe ao menosque êlo existe. E para provar que existe, no melhor dafesta, o camboatá sai da toca, mete-se no meio dos quesão felizes, sacode-se todo, revolve o lodo adormecido nofundo, suja a água, estabelece a confusão, perturba aalegria geral. E volta para a toca, alegre por sua vez,contente consigo mesmo. Está cumprida a sua tarefa.

Este ano que está acabando foi íórtil em camboatásno Teatro Nacional...

Felizmente eles, como os outros de verdade, voltarãopouco a pouco às suas tocas. Porque até ser camboatádeve cansar.

Esperemos o momento do cansaço...Eu conheci um matuto qué se gabava de nunca ter

ficado doente.Nnnca?!... Saúde de ferro, heinl...Não... E' porque quando a doença chega eu saio

de perio.. . Ela íica sozinha, sem mim...Com o camboatá é preciso fazer isso... Sair de perto.

> De todos os aspectos que caracterizaram o movimentoteatral de 1944, o mais expressivo foi, sem dúvida, a va-riodade. Teatro para todos os gostos, como em todos oslugares onde há teatro. Cada quei com as suas razões ecom a sua orientação. Do mais comum ao mais requintado.Para rir e para pensar...

E, seja qual for o lado para que nos voltemos, encon-tramos um público atento, enchendo as salas, aceitandoo que, dentro de determinados limites, lhe parecia interes-sante, recusando o que não lhe agradava, num miste-rloso trabalho coletivo de seleção o de classificação, si-tuando as suas preferências onde mais lhe convinha, surdoà publicidade espalhaíatosa de igrejinhas literárias e àstentativas de destruição dos ídolos que elegeu e consagra.

Correspondendo à disposição com que o teatro foi pro-curado, nunca a atividade teatral do Rio foi tão intensa,tomando difícil o levantamento completo das companhiase das peças apresentadas.

Mas onde se satisfizeram todas as expectativas e sepremiaram todas as esperanças, foi, sem contestação, naadmirável temporada Dulcina-Odilon, primeiro no Munici-pai, depois no Regina e, finalmente, no Ginástico, com umrepertório e uma classe de espetáculos que dignificaramo teatro brasileiro, elevando-o a_Uma altura que se supunhainatingível dentro do que se chamou "as nossas possibi-lidades".

Invulgar demonstração da capacidade artística de Dul-cina e de seus colaboradores, entre os quais se destacaOdilon, e do respeito com que ela orienta o seu mérito,as realizações que assinalaram a carreira da grande ar-tista patrícia em 1944, iniciadas com "César e Cleópatra",continuadas com "Santa Joana", "Anfitrião", "Convite àvida" — o vigoroso original que restituiu Maria Jacintaà admiração do público — culminando com "Bodas deSangue" e encerrando-se com "Deslumbramento", marca-ram outras tantas vitórias, não apenas da genial come-diante brasileira, revelandc.se ao mesmo tempo uma ex-cepcional diretora, mas sobretudo do nosso caluniado pú-blico a quem se atribui um mau gosto agora desmentido.

Um ano cheio e um ano bom, é como se pode resumireste 1944 para o nosso teatro.

FOI UM ANOMas teve seus dias maus

A volta de Paschoal Carlos Magno importou diretamente no aumento de inte-rôsse pelas coisas do teatro. Empreendimentos novos, conferências, polêmicas...

No gênero popular — revista — Beatriz Costa dominou o ano inteiro. Aqui avemos em Mme. Chiang Kai Shek, de "Toca p'ró pau", uma excelente composição.

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29 t'AX''

Apesar dos otimistas, dos pessimistas, dos "gê-

niotf' e dos técnicos — A história do peixe cam-boatá — Houve de tudo e para todos os gostos

Dulcina e Odilon, Bibi, Jaime, Procópio,Beatriz simultaneamente — A morte de Jardel

Paschoal Carlos Magno veio animar o am-biente — E agora, é esperar 1945 com muitas

esperanças.

Escreveu BANDEIRA DUARTE

(Autor teatral o crítico do "Diário da Noite" —

especialmente para a REVISTA DA SEMANA).

Afora Dulcina e Odilon, colocados num plano à parte,nós tivemos ainda a temporada de Renato Viana, no Re-gina, com Maria Caetano, um dos mais notáveis tempo-ramentos artísticos já revelados ao Brasil nestes últimosanos e com um repertório forte, digno do esteta a quemdevemos tantas coisas bonitas do teatro brasileiro.

No Serrador assinalou-se a passagem do Eva Todor,cuja carreira vem sendo marcada por êxitos sucessivos epor uma crescente simpatia pública. De sua temporada ójusto salientar "À sombra dos laranjais", uma linda obrasileiríssima comédia de Viriato Correia, e "O PríncipeEncantado", de Ari Pavão, dois legítimos sucessos da pro-dução nacional.

Jaime Costa, campeão dos autores brasileiros, manteveconstante o interesse do público, e mesmo para o fim datemporada, com o seu conjunto já desmembrado, sustentouos habituais "records" de bilheteria.

Procópio, Cazarré, Delorges completaram o panoramado teatro declamado, onde é preciso abrir um capitulo os-pecial para falar de Bibi Ferreira.

Reaparecendo quando tudo indicava que estivesseperdida para o teatro a sua esplêndida vocação, depoisde uma luminoaa e triunfal estréia, a linda garota quoa cidade inteira namora o estima impôs definitivamenteo seu nome entre os das nossas "estrelas" prediletas. Vol-tou para voncer e para brilhar de novo, ao lado do umconjunto de figuras consagradas, como Suzuna Negri, ]orqeDiniz e Ferreira Leite, e de valores novos que o palcosoube conquistar o Bibi soube colocar em relevo.

Festas do juventude e de beleza, os seus espetáculossempre tiveram a prestigiá-los as mais numerosas e into-ressadas platéias.

No teatro musicado, além de Beatriz e Oscarito, duCompanhia Walter Pinto, da Companhia de Cançõos Toa-trallzadas, registrou-se urna iniciativa que morece destaque:a temporada de operetas, promovida pela Empresa Pas-choal Segreto, recebida com um caloroso acolhimento poj_opúblico que aplaudiu no Carlos Gomos um gênero cujougrado mais uma vez se demonstrou,

Três conjuntos e um casal de artistas estrangoiros, vi-sltaram o Brasil, em 1944: a Companhia Francesa, encabe-

cada pela nossa grundo 3 querida Rachel Borendt quo,embora deslocada no repertório e no conjunto, nada perdoudo sou prestíqio, e que tevo o concurso de Mme. HonriottoRisneV Morineau, a notável comediante aqui radicada; aCompanhia Argentina de Revistas, uma alegre o jovialembaixada do Prata; a Companhia Richiardi Júnior, deilusionismo; Zelmira D'Aguerre e Hector Cuore, doisartis-tas uruguaios que nos revelaram um gênero de nspotáculos

pouco comum, apresentando peças em três atos a duas

personagens apenas, com um agrado além do qualquerexpectativa.

Como vem fazendo há seis anos, o Teatro Infantil daAssociação Brasileira de Críticos Teatrais realizou, com umbrilho inexcedível, a sua temporada do 1944, dopois delutar contra a irritante morosidade da burocracia do Min^s-tório da Educação, que retardou quanto poude a decisão

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Procópio e Norma em "O Diabo", a peça de estréia dogrande ator patrício e sua "partenaire" na atual serie de

espetáculos do Teatro Serrador.

do pedido de auxílio, mau grado (ou talvez por isso mes-mo...) as ótimas informações do Serviço Nacional doTeatro.

Dirigido por Olavo do Barros o administrado por JosóLyra, os dois incansávois o beneméritos orientadores a

quom a A. B. C. T. entregou as responsabilidades do em-

proondimonto, o Teatro Infantil passou definitivamente àcategoria das organizações teatrais do primeira linha,

prestigiado por diversas autoridades o órgãos oficiais, pro-curado por um público sempre maior, esgotando as lota-

çõos do Carlos Gomos, graciosamente cedido pela EmpresaPaschoal Sogroto.

Vitorioso, único no sou gênero, transbordou dos limitesde uma simples oxperiência, para o campo do uma vigorosademonstração do capacidades, firmando-so onlro as maisbolas iniciativas do nosso teatro.

Voltando da Inglaterra, dopois do uma ausência maisou mono3 longa (mais, para os sons amigos; menos, paraos invejemos do sua projoção), Paschoal Carlos Magno,fundador do Teatro do Estudante, não perdou tempo e pro-vou quo também não perdera o contado com a nossa terrao com a nossa gonto.

Mal pôs o pó na Avonida, inventou logo um protoxtopara utilizar as suas inesgotáveis reservas do realização,

(Conllnua na pág. 69).

Jaime Costa começou a sua temporada no Glória fazendo teatro ligeiro, para rir.E acabou com "Vila Rica", inegavelmente um dos sucessos merecidos da estação.

Finalmente, Eva Todor continuou fazendo público e cativando simpatias. Ela temseu gênero, seus artistas c a sua platéia. Está ganhando terreno de ano para ano.

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IAMBEM EMlAPüSENTADOI-IA.LBVANTADOEM MEiO DA ESTRADA. ALI RKS1STIU A VIOLENTOS TK.M ÜUAIS , I ¦ V tó ¦< Q < '*^

r.K.TOU-SE. E UKP.H-M N<> M-SK-" DO HORTO FLORESTAL DE 1110 CLARO, ONDE O VISITAM /PURISTA V . I .MENS I ,S .,.<), flRU,VITALIDADE QUE AINDA Al'l ES EN IA, QUASE M"10 SÉCULO DKIOIS LE NASCIDA A A ¦ K •

NAVARRO DE ANDRADELM N€ME CLE O CCA/ILEICC PCfCIM CCNUCCEC

E O EUCALIPTOMonteiro Lobato e o seu entusiasmo pela cultura da

árvore milagrosa — Uma viagem a Rio Claro, que todos

precisamos fazer —Quem foi o sobrinho de Eduardo

prac|0 — Solucionando um problema e deixando ficar

no Brasil milhões e milhões de cruzeiros — 0 continua-

dor da obra — Aves e bichos nas florestas que nâo são

melancólicas — Sim, Lobato tem razão — 0 eucalipto

gera entusiasmo.

Por CELESTINO SILVEIRA

aikamos do Rio com o fivme propôs!-to de conhecer, em Rir Clr.ro, oServiço Florestal. Ou melhor —

a liistóri;-, do eucalipto p.o Bxr/iil.Ma^ foicm São P:\ulo que mais os nossos desejesnesse particular se fortaleceram, quandomanifestando a Monteho Lobato a io.--.snintenção, receiando porem tei de Uans-fcrí-Ja em fíce cin esosssez de tempo quesebievinha, com o aparecimento de ou-nas obrigações inadiáveis, ele pôs em.nossos ombros a-* suas mães nervos"! efixou-nos com aqueles dois olhos pesqui-/>dores, falando :i sério, mas muito aYi io, contra sei.-, hábitos :

\':í, sem demora. Deixe tudo quelivci :i fazer. Maria de mais inadiável, , i ,, ' .

, - i .. r , . , , ,„. vimrpm h K«lo Paulo vr-não ííisse, consu tono a dentre, um chon e nas ú limas, queixoso <Y g< "•" ¦'¦ " •«'" <•)orquc nada de m.f\is precioso vocc pode realizai nesta sua viagem a csao ±1.1110, sena h ..

,,.,...,,- -. .nqiuo.se do entusiasme, indiferença cm grau n rva-nco, eoiici.sna. ¦¦ ¦ <.

Que o entusiasmo de Lobato ei'.", jus-I ific,",'.'i, nós o percebemos no d-a se-gu.in.to, quando o confortável Irem. elélri-eu d", Paul ist". nos deixava n.'>. tão fidadacid", I" bandeirante, apôs um.", deliciosaviagem, de p .ucas hora-s que aos perm.i-l in conhecei' o penjiiVH . i1" (-ampinas,oiv.le deviamos pernoitai iv> d .ia im.edia-io. Mas essa veneração do autor de"1'nipés" éra, Lambem, antiga. Trazia-ip.os conosco um raro exem.piaí' de "A

(im!". Verde", editado p'" Monteiro I,n-belo ha vinte e deis mios, com dois

preciosos capítulos dedica'los ao eueali-

pio, IO si ntiames imelave! i ssr. admira-f;ãc. do autor, depa, 'aud< estes períodos:

¦'Se foramos médico e .•"."• -" m s sur-

conhecer o Hoito PU restai de Rio Claro. O reste, tudo, é de reduzidíssima^ irrpoí

lancia, mosmo, insignificante, em confronto com o que espeu. vece em Rio Clero.

1-; caminhando paia tutd e para diante, irrequieto, vivaz, por entre as prateleirasijn livros —estivamos n: Civilizaçãc da rua lõ de Novembro:

•eceitnr-lhe-iamcs, incontinonto, n único medicamento capaz de salvar seme.eiaele

dcsgraça.do: uma visita ao Horto Florestal de Rio Claro. IV daria-n-s a cabrçii

, cortar se o infeliz não regre.ssas.se enfolhalo Y' espeianças, como •¦'¦¦¦

-^ri:^^^»^;^---*,.^ ce». b».™.. :7iv,;^----:-''7':v,v:vv::';::;,V!:::vi;;,:,':;v«.o^,,,, =„,', ,.»...•.(•»?». -is»!.«,,...-. i«m.. ,,.vc™,* ,.,.,,. um,,,,-.»,:,',,,,¦¦ l;'';1;;;:;^'';.-;;'"v;-'::;-.;;i.'"::;;.'-' C::

,,:,,,;,,,Vlaagr.s .. Que importa tudo isso? <>s homens são os mesmos. Y coisas, iguiv.s iisüe ima

d-Hjuí "\Ia^ em Rio Claro, você vai encontrar o qm não pode verem parte alguma. K

indo inédito, tudo gigantesco, tudo majestoso. Si vocc quer ter mesmo orgulho de ser

brasileiro, mos orgulho ir.eiccido e justo, e dos maiores então va r, Rio( lr.ro. h na

volta, siga direitinho pa.ra o Rio. . Não tem mais nada a devassar a quem conheceu a

f) mercúrio pa.ra, a, sífilis ou a aspirina para as nervra.tgia.^. Ab- >\"" I'" ,n ,p" *:'v|-

Ihoso é es-e'.' pergiuUi»''ií o leito-. \li! o llorl». é uma, <¦<>:>-. si ria. r. em;

srs "que sé ven !oY IV dessas lic.-òes viva.s .'- eneriçír. qn.e só julgados possive s em. ou-

tros países IV um», piova com os noves fora, oe .-onvem-iu-nto absoluto. IV uma -.bertí.

„,ip iIpíxí- entreluzir o que podaremos y: v » futuro. IV um filhe vigoioso «• nobremente., ,.;,¦.;,,,; ,i<- \eida,'1" IV uma vitória

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volta, siga uuenmno ]...u.-. .ww -• ird,riho i»ilPlic*'P" '-»¦ <<»mil»i.. cm

obra maravilhosa de um brasileiro eu jo r-om* lão pouros ronhnron» : Navr.ro ti(! v, ,i«Jo tr..iK.in« i- iu.

N ndrade.. omplfia. esmagadora

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Page 32: ^ 0 N. Cr $ 5,00

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E AVES E OUTROS BICHOS DA FLORESTA DE EUCALIPTO- um famoso escrí-TOR AFIRMOU, CERTA Vi/., QUE AS PLANTAÇÕES DESSA ÁRVORE RESULTAVAM MONÓTONAS EENFADONHAS, A PONTO DE NEM OS BICHOS ALI VIVEREM NAVARRO DE ANDRADE FEZ CAÇARVÁRIOS "SPECI

ES", KMRAI.HANDO-OS, COMO DEMONSTRAÇÃO DO CONTRARIO. LA ESTÃO NOMUSEU. OS VIVOS ANDAM Á SOLTA, PELAS MATAS DE MUITOS QUILÔMETROS DE EXTENSÃO.\

0 BUSTO 1)0 GRANDE DESCONHECIDO- A entrada do morto fiorfsta,DEPARA-SE COM ESSE RHQNZ E, ONDE FOI PERPETUADA A MEMÓRIA DE NAVARRO DK AN-DRADE, O HOMEM CUJO NOME PRECISA SER DECORADO POR TODOS OS NRASII F.IIiOS Kl K SOI.UCIONOl.l UM Dos MAIS IMPORTANTES E VULTOSOS PROBLEMAS DO RRASII E DFSMFNTIUDs CKPTICOS, OS QUE DUVIDAVAM DA EFICIÊNCIA DO EUCALIPTO. I.Á ESTÃO MILHÕES DEPES CONSAGRANDO LHE A OBRA,

jcn9& ítuST iJSm -»-... SM ¦'>"yY , \Vi\V ¦*: flB-"^^íáftSi^Ã^^HEís^^i^^raJPwBr çflB MmmW ^mWMÊk MMW '^mmmmmm. ''¦'''^'^tOÍX-^mmmmmMSeQ^^^SS^a

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APETRECHOS E UTILIDADES FEITOS DE EUCALIPTO-um detalhe da su vTODA OCUPADA POR OBJETOS FEITOS DA PRECIOSA ÁRVORE. APETRECHOS DE CAMPOPEÇAS DE UTILIDADE DOMESTICA, OBRAS DE ARTE LAVRADAS X.A MADEIRA RESISTENTE*OS PRÓPRIOS ESQUADROS. AS ESTANTES, MADEIRAMENTO DE CONSTRUÇÃO PARA RESIDEN-CIA. . TUDO SE PODE FAZER COM O EUCALIPTO.

52

Para um homem controlado e discreto no gênero de Lobato usar c abusar desse ei.-tiisiasmó, realmente, é porque o assunto comporta muita importância "de verdade"E, afinal, éle acabava de receitar-nos esse medicamento, a nós que estávamos longe deser o ultimo d s d siludidos em relação ;s coisas do Eras.ll, embora não mais andasse*mos em maré de entusiasmos delirantes e juvenis ..

Ali estávamos, agora, com a curiosidade nvvs aguçada pelas palavras do escritorembora imbuídos daquela santa ignorância de que se éríphorca a maioria da nossa genteem ralação aos problemas d.e rhív.or vulto. Enquanto o gasogènio vencia o percurso dealguns quilômetros dr, estação ao Horto, piocuravamos penetrar um pouco do fenòmeimque .".gora iriam-os desvendar. íamos a caminho cio quartel-general cjo eucalipto, ondeo .seu çorhandante supremo, Edmundo Navarro de Andrade, já desaparecido, se.haviffeito a maior autoridade material no assunto. Era ali r, base de operações, do seio da-que!.", formidável floresta artificial de alguns milhões de. árvores, que tanto doslurahraraMonteiro Lobato desde vinte e tontos anos atrás-, 6 que parti»a a idéia coordenadoraimiforavzando e articulando os dermas corpos de exército, acampados em Loreto,Boa Vista, Robouças, Tatu, Cordeiro, Camaquan e Jundíaí. NTo percurso de trem, nossaatençilo se prendera, r.o fato da quase inexistência de plantações de café. Em iug'\r da"onda verde", eram as florestas isoladas ou c.ontígur.s de eucalipto, a perder cie vistrem longas extensões da linha dc ferio. E pensávamos na sabedoria do homem do campotirando sempre o melhor partido da terra; sem quebras de sentimcnUiismo inútil,Desde que o cr,fé perdera o seu trono, ali estava a madeira torr.ando-lhe o lugar.A madeira do eucalipto, essa maravilhosa dádiva da fl ra australiana — éncaiiptopara todos os misteres, para carvão, para lenha, para dormente, para postes, paraobras de marcenaria para. extração de essências...

A ORIGEM DOS HORTOS FLORESTAIS PAULISTAS

Investigando as preliminares da obra formidável de Edmundo Navarro de Andndeapuramos que data de 1903 o início de hortos florestais na torra bandeirante. Por essaépoca, a Companhia Paulista de Estradas cie Ferro desejando possuir rtseivas de madei-ra de que se pudesse abastecer, determinou o estabelecimento do primeiro horto, nas po-ximid-ul.es de Jundiaí. Era então presidente da Empresa o Conselheiro Antônio Prado,que logo verificou a necessidade de colocar á frente desse importante trabalho um ho-mem que, pelos seus conhecimentos e capacidaAe do reVAz -.ção, estivesse á altura de tãomagno empreendimento. Sua esccihr recaiu em Edmundo Navarro de Andrade cujo valorc competência eram já bastante conhecidos. E aí se iniciou a monumental tarefa levadaa efeito por esse indivíduo de ação e de larga iniciativa. Para colimar o fim que a suavisão uvrga descortinava, sacrificou uma parte de sua existência. Quando não havia,ameia, decidido sobre que espécie de planta ora melhor aproveitar para aquela finali-dade, desdobrou-se em experiências estafantes com -o'a5 as boas essências indígenas etodas as exóticas de que poude obter sementes. Foi nesse cotejo preliminar que o Euca-tipto, extraordinária essência australiana, veio a sobressaT de tal fôrma qii2 n u> h u edúvidas em se orientar os trabalhos em relação a esse gênero de plantas riquissirnas emespécie. Nada menos de 500 classificações então apareceram. Estabelecida a superioridadedo eucalipto, iniciou Navarro de Andiade o estudo de introdução e aclimatação das di-ferentes espécies, tendo chegado a possuir em coleção 141 delas. Hoje, existem, ao queapuramos, 11S espécies, cm virtude das demais terem desaparecido por fenômenos co-tr.uns á adaptação das plantas ao nosso clima.

Alcançado completo êxito na experiência de Jundiaí, animou-se a empresa finan-ciadora dos trabalhos a estabelecer novos hortos, em Boa Vista, Rio Claro, Tatu, Re-bouças, Loreto, ("ordeiros e Camaguau. Nessa primeira fase foram plantados oito mi-Ihõea de pés de eucalipto. A crise resultante da débâcle do c.\fé, em 1929, provocou umpeiírdo de paus-*, nas plantações, '-einiciando-.se em 1934, quando, com a fundação dev.-í-ios outros hortos, elevou-se o número de pés plantados á considerável soma.de 24milhões. II:*, dois, anos, o serviço florestal contava com 17 hortos, numa área de 9.500alqueires de terra to longo das linhas férreas, distribu*dv em posição estratégica, emrelação ao consumo de. lenha, que era já superior ;i um milhão de metros cúbicos anuais.

Até o desenvolvimento dessa plantação, todas as e-ta ,.'>"*• de estrada de ferre oramconstruídas de pinho de Rga. A Ma Lára-Mamiré, por exemplo, importava seus dor-mentes d-, Austialia. Hoje, o eucalipto lesoiveu o problema, po*-que produz e reproduzem reduzido espaço de tempo, permiiinao a renovação dos dormeutes, dos postes e detod.as as utilidades congêneres, feita periodicamente, a preço módico. O dinheiro que dei-xou de sair do pais, em face da obra de Navarro de Andrade, assume cifras astronomi-cas. Na encantadora vivendo que encontramos no horto de Rio Claro, toda a. mobíliae todos os objetos fazem-se dessa madeira. O rendimento do eucalipto como madeirado construção é notável. Em 1922, ainda sobrecairegada com as dispendiosas experien-cias iniciaAs de uma cultura no Brasil, com o alto preço da terra, cada árvore estava pelocusto de 428 réis.

Mas o eucalipto tom outras propriedades. Resiste á geada; como a laranjeira, tam-bom muito difundida a sua cultura nessa região. E não res'ste menos maravilhosamenteao fogo. T"6chos destruídos por incêndios em determinadi. data, ficam completamenterebrotados a rrênos de dois meses transcorridos.

QUEM FOI EDMUNDO NAVARRO DE ANDRADE

O beneficio que esse cidadão paulista legou ao pais não foi amd.a suficientementeavaliado. Fà seu nome, alheio por completo á ma-'oria de nossos patrícios, merece ume, di-vulgação maior. Colhendo dados biogr-íficos do fundador da cultura do eucalipto noBrasil, sabemos ter nascido a 2 d? janeiro de 1831, em São Paulo, na antiga Rua doChá, hoje Barão de Itapítininga. lira filho de um jornalista, homem de letras e autoiteatral — João de Campos Navarro de Andnule c dona Cristina de Affonseca Navarrodc Andrade, sendo sua avó materna sobrinha dc Marilia, dc Dirccu. Seu nome vinculava-se a família da antiga nobreza de Portugal, ha muito radicada no Brasil. Em 1SS9, fixouresidência ro Rio,de onde voltou a São Paulo dois anos após, por motivo cio falecimentode seu pai, vitimado pela febre amarei*,. Em São Paulo desenvolveu seus estudos, matri-culaudo-se no Colégio Militar, da Capital da República, em 1S95. Mas aí se deixou fi-car apenas um ano, por ter sido desligado, como os d.ema's compaohoiros. por ocasiãodo motim de 1S96, quando Governo Puidente de Mort.is. Foi Eduardo Prado, seu pa-cb-inho, quem tomou o encargo de cuidai d. educação de Navarro de Andrade. Cursoua Universidade de Coimbra, Portugal, e aí, na Escola Nacional de Agricultura, fez ocurso de seis anos, di pi „m ando-se cm 1003 e doutoran lo-se c om a tese "As D.inas".Voltando ao Brasil, foi então convidado pelo Conselheiro Antônio Prado, presidenteda Cia. Paulista do Estradas de Ferro , para veso ívcr o problema da criação de floresta

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Edição de Natal 33 REVISTA DA SEMANA

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A ARVORE E' RESISTENTE — aparentemi.ntií, julga-se o eucalipto um simplesARBUSTO, POR DEMAIS FRÁGIL. NA REALIDADE, É UMA ÁRVORE DAS MAIS SÓLIDAS, RECl.A-MANDO BRAÇOS VIGOROSOS PA' A SEREM COR AD S 0. TRONCO*. KXISTK>\ CK\'TENAS ECE .Tí-.NAS DE ESPÉCIES. OS LENMADORES, MANEJANDO O MACHADO, CUJO CABO E FEITO

DA PRÓPRIA ÁRVORE, SUAM PARA DERRUBÁ-LA.

K.v, 7...

V

iÈÈÊIft 'X"/*7. ~ ,liV{

UMA PIGA RESPEITÁVEL! —talvez existisse algum sentido mal disfarçadoDE IRONIA NAS INTENÇÕES DO OPERÁRIO QUE'CERTA VEZ, UTILIZANDO UM PEDAÇO FORTEDE TRONCO DA ÁRVORE, No MESMO TALHOU ESSA FIGA ENORME QUE SE ENCONTRA Á EN-TRADA DO MUSEU, NUM PEDESTAL DE EUCALIPTO. ELA PODERIA AFASTAR O "mÁU OLHADO"DOS QUE DUVIDAVAM DAS EXPERIÊNCIAS DE NAVARRO DE ANDRADE

artificiais, p..r.\ formaçÉío ria sua reserv.i do m;.d_ir_ ,s c combustível. E aí con proa cutãüa sua obr:\ de g:g.\nte. Desde côdo, Navarro do Andrade se libeitiírp, d:1, "ciência peloslivros". Era no con.çfio da terra que ôle buscava o segredo da própria iv.turezy conhe-ccnc'o :',s sua-! leis do regência. Precisava descobrir um:1, espécie de mndeira que se \nci-:-tasse d réconstituiçãO rápida. 0 Brasil crescia. As matas eram impiedosmente devas-todas. D^ flora nacional, surg!a:n resultados pegativos. Navairo optou pelo eucoliptoeiul (.ra sendo uma essência exótica. No desejo do concretizar solidamente :'. sua obra,Nav:',iTo seguiu pa'a a Europa, e durante sete meses estudou cuidadosa e cautelosa-mente os serviços florestais de Portugal, Espanha o França. Voltou ao lirasii com umplano assentado de iniciar a plantação do eucalipto em grande escala e uma vontad0ii domavel. Senhor de orca inquebiantovel enegif, pôs mãos áobn , conseguindo ven-cei — e vencer sozinho — (.s aeze&scte hortos florestais na Cia. Pai nsta do Estu das deFero, com i:m totãi apiox-imado de trinta milhões de pós de eucalipto, rcpr.3&entan-

dc uni:', fortuna foiessal e constituipoc .. mfcior pUntaçilo artuiciul do mundo. Lurlo llu.custou gri noe soma cie sacrifícios. Elfc teve do seleciona1' o tipo on planta de m. is rápltlr; desenvolvimento. Seicciono'.1 trinta espócies cie melhores rnsull.tulos, oestacnndo-seo "E.Ter-tirorrtib", que podemos denen im1?' "já'1 (1( ,(>('!l obfii", mas de crescimentomenos ''ápido que as suas irmãs-congencrcs.Em 1.01.2, Nu varro de Anchade iniciava um.fisérie de viagens pelo mundo, que chegou a conhecer inteiro, estudando seirpre, en-riqueccn.do sei:, c< nhccim.ntos.Surgiram, 6 dato, os malsii oclos dctroLoref. d; sua obra.Todos foram eliminados, quer pela sua tenacidade, q.et* pela sua lucidez do espirito,ro.>,p( ndcndo-lhcs com o crescimento dc milhões e milhões dc líivorcs que êle ph'i:tou.

Enctntramós em Rio Claro, um museu precioso, que hoje tem o seu nome, visita.do aiurlmenle por milhares de pessoas do país e do estrangeiro. E ali se encontram oste,.temunhos mais palpáveis o eloqüentes do que foi a obra desse brasileiro tão útil ácoletividade, dc quem escreveu Artur Nciva:"Diz uir provérbio iriental que o liumr.ni

I 0 COMBOIO D'\ FLORESTA DE RIO CLARO —é um espetáculo quotidiano o do transporte da lenha, km extensas frotas de caminhões, como se ve na i.ravura I1 DEZENAS DE CARROS, ABARROTADOS DE EUCALIPTOS DO SERVIÇO FLORESTAL. ROLAM PI LA ISIRADA POE.R.-NTA E ..VJ-.K.M, I DADA, I NC« 'MBIN DO-SE »*"™"^" "'^ '^m

m-,!v • ,"' Ti IDOS A TORAS DE MENORES PROPORÇÕES. OUTRORA. SÓ SE PENSAVA EM PLANTAÇÃO D N CA FE, N AS TERRAS OE SAO PA. I.<, 1 IO,,., RI- S( M .VK-M. » I ) MI.BIA DO c M 0 IV .-L , . |

NOSSAS VIAS FÉRREAS NA PLANTAÇÃO EM LARGA ESCALA DO EUCALIPTO, CUJA CULTURA PRODUZ UM RENDIMENTO FANTÁSTICO. El 15 li A ARVORE MILAGROSA. Ql !• RI- I Th A GEADA ||

E REPRODUZ EM RÁPIDO ESPAÇO DE TEMPO. fo

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ESTUFA PARA TRANSPLANTAÇOES de eucalipto tipo econômico, existenteNO HORTO DE DESCALVADO. AS Tl( ANSPI. ANTAÇ( )ES APRESSAM A CULTURA DE NCVOS TIPOSE A INTENSIFICAÇÃO DESSE TRABALHO RESULTA NUM INCALCUI AVI-.I. NUMERO DE METROS

ÇLÍliieOS I E MADEIRA QUE O BRASIL NÃO .MAIS IMPORTA. OUTRORA, MS DORMENTES PARA ASESTRADAS DE FERRO VINHAM ATE DA AUSTRAÍ IA. HOJE, O EUCALIPTO DE RIO CLARO DEIXA

ESSE DINHEIRO NO BRASIL.

deve, no menos, fazer uma coisa iir.ii: plantai' uma árvore Si é voio.ado o ccn.ceit<, X.",-varro do Andrade plantou mais d.e vinte milhões, ist( é, éie sozinho trabalhou con ouma nação inteiro.".

Realmente, O que se observo no "Huto Florestai Navr.rro cie Andrade", princi-polmente no nu sei., não se póo.e descrevei', IC' preciso \êt, ma. vê" corri os olhos bémabertos.AJí se ep.('onlr,",m reunidos todos os résultr.dos de'um", interminável sério deexj (-T [cr.cifi! rcofzecias p< i Na\ arro d': Anr fade cm 38 onóí de labor. Cada. quadro, cçi:tí*i-<•(. oi fotográfico, tem uma expiicação è uma fin.slidr.de prático,que bem identificam oespírito í i'.|.ei ioi e culto do s( t; crganizador.Alí se encontram solos especiais e em cadauma celas o esLud.o exaustivo de problemas ligado,, a.o eucr.iipco.Na sui;, de ei tcmolq-gia nota-,.e o e,'.tud.o da biologia de 120 insetos que atacam as nossr.s madeiros, Alivemoj: o euoaliptc en preguee, seguuco a espécie,para assoalhos, fono, móveis, objetosde uso dcmé,\,tico, Inutres, dor.mentes, carvão, lenho, apetreohos de esporte,"'peças deai te, etc. Neste momet Io, com a falta de combustível, eslá o S?rviç.o Flo-estal fazen-do grandes fornecimentos de carvão p:\ve gosògenio, auxiliando assim, de maneira diré-li1,, a campr.nho do Estado nes.se sentido.Ali se emprega ,i lenha fina proveniente cloiramos e galhos, que não é r.pvoveitada pai.", o consumo dr.s locomotivas o quo produzum carvão cie p^opencies excelentes e ótima qualidade paia o gasogên.i. .

Dando o iioin.e de "Nava1'o de Andrade1' a.o Horto Flcresti 1 de Rio Claro, pios-fcou-se merecida homenagem ao homem que tanto produziu, (pior pelo sou amor aoI r,",b.",llio, qp.er pelos conhecimentos quo aplicou naquelas extensas nv,.tr,.s refletindo-seem Iodos os (|i|",,,r.",".l es do pr.ís onde tf.mbem já so cultiva, o eucr.lipto.

Desde :, ir.oi*te de Kdiiiund.o Na.vr.rro de .¦Vnd",l", tod.n. essr. obra de tão sólida en-vergr.d.u.ra vem sendo cop.tir.ur.de po," um. herdeiro do nome, o dv. Armxndo NíYvfvrroSa.mpr.io. Aind.i em vida, do grande r.groncmo, já seu sobi inho colaborr.va com êleiorna.nd.o-sc o seu melhoi auxiliai. Ilcje, efetiva.do p.o cargo det:',nl.. respoi:.sr'.bilidttd^snós o encontramos tocr.de peta. ir.esma, centelha, de idea.l, movido mais poi", iníenXode prosseguir nr, jorna.da de seu ilustre tio que por cAinlquer objetivo d.c indusl"ia.

"O HORTO IA UMA COISA SE'RIA"!

CANrl'EIROS DF. SEMEAÇAO — oeserve-se o cuidado, mesmo carinho, com qiF FEITO FSSF. TRAPAI HO. TUDO É FEITO RACIONALMENTE, ENFRENTANDO O MAIOR INl.MliDÀ CULTURA DE EUC/LIPTO — A FORMIGA. TODOS OS ANOS, CENTENAS DE MILHARESNOVOS TRONCOS SAEM DOS CANTEIROS F. VÃO ENGROSSAR AS FA1 ANGES DE VETERANOSVÁRIOS SETORES: DORMENTES, ACHA DF LENHA, POSTES, MOIRcES, TABOADOS, CARVÃO

ESSÊNCIAS.

UiVI EPISÓDIO PITORESCO

Conta-se que, oe"tí> vez, ilustre escritoi p-Vtríciõ np_3 realizai um', peiegrinaç,demorada pelas culturas d.e eucalipto, fez divulg°.r substancioso trabalho a respeiuenaltecendo os benefícios da árvore, alinhando algarismos surpieendentes e aplaudindo incremento da, phntação. Alas... Havia um "mis". Na argumentação do plumitivio eucalipto era uma árvore árida, melancólica e realmente triste. Tão triste que os bichos, as próprias aves fugii m das matos onde êle era plantado cm hrga escala I.r latava i inda quo, na sua excuvsão poios culturas do eucalipto, nunca se ihc d.epar,",-ra "specime" de pássaro ou de qualquer biche.

Quando Edmundo Navarro d.e Andrade t( mou conhecimento da acusação—par.-.ôie era isso mesmo, uma acusf.ção muito séria!— não gestou. E fez o que não sei ia diseu próprio desejo: Mandou proceder a uma grande caçada nos hortos de Rio ClaroReuniu a maior soma de aves e de bichos, que ôle foz empilhar. Fm sogu.id.;., remeIol-ls "de encomenda", ao acusador...

Chro que •>, retificação não se fez t?.rdav.E ainda hoje, quíin percorre as dependeivcias do museu, ali d3para uma sal3 inteira oi^."! os bicho.5 erTx.lv»-nvlrj se e^pnlham poios armários, ou ficam postados nos cantos, em ar de desafie, como se estive-sen prontos para uma fuga á mais leve aproximação do visitante. De lado, arbustos deucalipto,. $

De volta ao Rio, não nos sobrou tempo paro agradecer a Monteiio Lobato, a in.sis-tonci;\ úl' sua reco renda ção; Evidcntemerte, quem regressa daquele pedaço cie Brasilnão pode aoredtar em gelidez dslrr»:: nem auquiiose de entusiasmo pelas coisa* da teria,

Sim, nó.-, também voltamos enfoihr.dos dé esperanças. Tal como sucedeu i Lobatofazem vinte e dois anos. Um entusiasmo tão profundo que ainda hoje o encontramoscótico dos homens e de muitar> coisas, desiludido das gentes e dos fenômenos que possamdesprozaad(. as hoi rarias e as poltionas acadêmica», mas nrrnto a rolh-iii também,como as roseiras dé cutubio, tão logo lho fáiamcs oò líoito Floi?stal e de Eòmunoc-Navano de Andiadc—o brasileiro (pie nós todes, também brasileiio.., precisamos co-nhecer melhor. A êle o ao sou filho dileto -c Eucr.lipto.

PALAVRAS DE MONTEIRO LOBATO, UM ENTUSIASTA, O FAN NUMERO UM DO HORTO FLORESTAI. DE RIO CLARO. "É

UMA DESSAS COISAS'/'•"-' ' ' irado" ACRESCENTOU. "É DESSAS l IÇÕES VIVAS DF ENERGIA QUE So' ICLCAMOS POSSÍVEIS FM OUTROS PAÍSES. F. UMA PROVA COM OS NOVES FORA, DE 'CONVENCIMENTO

AI-A.OI L"IO. l' UMA ABERTA QUE DEIXA ENTRE IX IR o QUE PODEREMOS SER NO FUTURO". UMA PÁLIDA AMOSTRA, NA ILUSTRAÇÃO ABAIXO, MOSTRANDO QUE TAMBÉM ALI <K ENCON-'':h.\:a PANORAMAS GENUINAMENTE TROPICAIS,

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JANEIRO AS TROPAS DE VATUTIN CRUZAM OESTE-MIDAMENTE AS FRONTEIRAS DA POLÔNIA.É O PRINCIPIO DO FI vi PARA HITLER.

FEVEREIRO COM O FALECIMENTO DO MINISTRO RODRI-CO OTÁVIO, ADRE-SE A TERCEIRA VAGANA ACAOEMiA BRASILEIRA DE LETRAS. 1

ACONTECE EM 1944JANEIRO

Estamos em janeiro de 1944. No largo

da Caricca o movimento lembra a entrada

de um formigueiro. As agências telegrá-

ficas enchem os vespertinos de notícias.

Os homens avançam para os jornaleiros,ávidos de emoção. Apenas se conserva

calmo e inalterado um cidadão que ocupa

o último lugar da fila de um ônibus da

zona sul. As notícias começam a melho-

rar. Chega ao Rio, de regresso de uma

viagem de inspeção, o general Mascare-

nhas de Morais, que comandará a Força

Expedicionária Brasileira. — Deixa o país,rumo aos Estados Unidos, o 1.? Grupode Aviadores da F. A. B. — Os Cariocasvencem os Paulistas por 2x1, sagrando-secampeões brasileiros de futebol. — Em

São Paulo, na localidade de Quatá, houve

uma chuva de peixes; Belo Horizonte

perde assim o título de campoã de fenô-

menos, e o Rio uma boa oportunidade de

se abastecer do precioso comestível. —

Dia 5 — E' nomeado o primeiro governa-dor do novo Território Federal do Ponta

Porã, o coronel Ramiro Noronha. — As

tropas de Vatutin cruzam as fronteiras da

Polônia. — A temperatura no Rio subiu

a 38° à sombra, provocando vários casos

de insolação. Domingo, dia 9, falece no

Rio o professor Fernando Magalhães,

membro da Academia Brasileira de Le-

trás. — Dia 11, terça-feira — Morreu Pe-

reira da Silva, também membro da Aca-

demia Brasileira de Letras. São duas, ago-

ra, as cadeiras vagas no Petit Trianon.

— Um incêndio exterminou algumas de-

pendências do Museu Nacional. Mas nem

para ver o incêndio o público poude en-

irar na velha mansão Imperial. — Dia

12 — Chegam da Itália notícias alarman-

tes para os fascistas: o povo de Roma

acaba de mandar para o outro mundo

nada menos de 75 lideres. — Iniciou-se

em Porto Alegre o sistema de "semana"

inglesa" para o comércio. Os comercia-

rios do Rio reivindicam também esta me-

lhoria. — Estão circulando hoje notícias

tristes para a América: alguns elementos

nazistas fizeram "misérias" no Peru; a

polícia conseguiu engaiolar todos os mem-

bros da "gang" hitlerista. — Registrou-se

em S. luan, na Argentina, um vlolentíssi-

mo abalo císmico; o número do vítimas

sobe a mais do quatro mil. — No dia

17 desabou sobro o Ria uma tempestade

tremenda. A praça da Bandeira inun-

dou-se. O Catete parece uma sucursal da

Baía de Guanabara. Todos se escondem

sob as marquisos. E' sempre assim quan-

MARÇO CHEGA AO BRASIL, DESEMBARCANDO EM BELÉMDO PARÁ, A SENHORA ROOSEVKI.T, A QUEMSÃO DISPENSADAS GRANDES HOMENAGENS.

ABRIL

do chove no Rio: ao atravessar uma rua

corre-se o risco do ser atropelado por

uma barca da Cantareira. — Inaugura-se,

no dia 20, o plano inclinado do Outeiro

da Glória. — Anuncia-se no Maranhão

que o coco babaçu, utilizado como ali-

mento, matéria graxa, fibra para tecido,

base para Babão e outras coisas ainda,

fornece matéria prima de grande valor

para a fabricação de vidro à prova de

bala. -- Dia 22 — O pessoal do "câmbio

negro" está bufando de pura raiva: aca-

ba do ser assinado o docrelo-lei que ins-

titui impostos especiais contra os lucros

extraordinários. — No dia 23, na zona

extromo-norte do Brasil, registrou-se um

eclipse total do sol. — Dia 28 — Realizou-

se em frente ao Teatro Municipal um

grande comício em comemoração ao se-

gundo anivorsário do rompimento do Bra-

sil com as naçõos do Eixo.

ESTÁ SENDO DESENCADEADA OONTHA AEUROPA UMA TREMENDA OFENSIVA AÉREA.PAÍSES OCUPADOS E ALEMANHA SÃO VISITADOS.

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|Ji MAI°\ FEVEREIRO

IV |1|pr IM.--

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1.° — Chega ao Rio de Janeiro o maiortransporte militar do mundo, um DouglasC-54, uma das poderosas armas das íôr-

çaa democráticas. — Falece no Estado doRio o dr. Alberto Maranhão, ex-parlamen-tar e antigo governador do Rio Grandedo Morto. Dia 2 — Mais notícias da Itália:os fascistas acabam de executar o generalGaribaldi, sobrinho-neto do famoso guer-rilheiro. Pároco quo Mussolini não gos-tava do nomo da família. Dia 4 — Novasnotícias de Roma desmentem o fuzila-monto do general Garibaldi. Mas, comêle ou sem êle, os aliados continuamavançando contra a Cidade Eterna. Dia6 — Outro fortíssimo temporal desabasobre o Rio de Janeiro. Como sempreacontece, alguns bairros assumem o as-

pecto romântico da velha Veneza. Dia16 — A chuva volta a "assolar" o Rio.Por simples 20 centavos da passagemde um bonde Praça da Bandeira se podelazer uma excursão turística à cidade dosDoges. Volta Redonda também sofre como temporal: desabou a pequena igreja davila, recentemente edificada. Dia 19 —

VARIAS LOCALIDADES DE MARAyOARA.NO ESTADODO PARÁ, TICAM SUBMERSAS PELAS ÁGUAS DORIO A.MAZONAS. AS ENCHENTES SÃO GRANDES.

Morre a esposa de Ghandi, com 74 anosde idade. O mahatma, porém, continuaforte e rijo como um pinheirinho novo,graças a um copo de leite de cabra toma-do aos domingos. Dia' 22 — Chega dosEstados Unidos o cientista patrício dr. Nil-son de Rezende. O ilustre módico falaem torno do enxerto de nervos extraídosde cadáveres com menos de 24 horas.Pelo visto vamos ter brevemente umanova profissão: doadores de grande-slra-páticos. Dia 26 — Registrou-se, na socçãodo impressão da Casa da Mooda um li-

golro incêndio. Dia 28 — Falece no Riodo Janeiro o professor Rodrigo Otávio,ministro emérito do Supremo Tribunal Fe-deral e membro da Academia Brasileirade Letras. São três agora as cadeirasvagas no Petit Trianon. Dia 29 — A po-lícia de Niterói acaba de varejar as casasde jogo do bicho. Esta tarde o resultadoda louvável diligência anuncia o pavãona "cabeça".

MARÇO

Dia 1.° — Corre o primeiro bonde danova linha "Praça Duque de Caxia6-Estra-

JULHO O RIO RECEBE, INESPERADAMENTE, A VISITADE MADAME CHIANG KAY CHEK. MAS POUCOSA VIRAM E AINDA MENOS PUDERA.M FALAR-LHE.

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JUNHO O GENERAL CLARK ENTROU SOLENEMENTE EM ROMA.E VERIFICA-SE O INICIO DA INVASÃO. CHEGOU Odia" D e a grande "arrancada" COMEÇOU.

da Ferro". Este veículo ó uma espécie detrem internacional: a metade do caminhoé feita nos trilhos da "Jardim Bota-nico"; a outra metade nas linhas da "Fer-

ro Carrís Rio de Janeiro". A divisa é aLapa. E na divisa um guarda aduaneiro:um fiscal da "Light". Dia 6 — E' abertoao tráfego o primeiro trecho da avenidaPresidente Vargas, entre a praça Onze oa praça da República. Dia 7 — Inaugu-ra-se o serviço de rádlo-telefonia dos Cor-reios e Telégraios entre o Rio o PortoAlegre. — Novo princípio do incêndio naCasa da Moeda. Ao que parece nãohouve baixas entre as notinhas "japone-

sas". Dia 10 — Acontece om Belo Ho-rizonte: um médico conhecido, ao regres-sar do trabalho, encontra na sala de jan-tar de sua residência, em um sobrado,um cavalo que, perseguido pela garota-da, conseguiu subir as escadas, Instalan-do-se na casa do facultativo. A extraçãodo bicho para a rua é levada a efeitosem necessidade de intervenção cirúr-gica ou policial. — Em Araxá, Minas, des-cobriu-se, durante uma excavação, a ca-veira de um animal antediluviano. Nota:ao que parece a cabeça não faz parte do

bicho cuja ossada foi descoberta recenYmente em Niterói. Dia 13 — Transferidade outro local, foi colocada na estacioD. Pedro II a estátua de Cristlano Otonl.Dia 14 — Chega ao Brasil, desembarccn-do em Belém do Pará, a sra. Roosevoit.Dia 17 — A sra. Roosevelt deixa o Brasil,embarcando no Recife, ponto terminal desua viagem ao nosso país. — Dia 19 —

Acaba de ser executado pelos Aliadosoutro eminente fascista: em Argel, o sr.Pucheu postou-se dlanto do pelotão defuzilamento ao romper da madrugada dehojo. Dia 20 Suicldou-so hoje, no

páteo do Hospital do Pronto Socorro, o dr.Caiado de Castro, médico daquele hospí-tal de emergência. O dr. Caiado de Cas-tro tornara-se um dos mais famosos ei-rurgiões brasileiros, sendo considerado omaior especialista do país em localizaçãoe extração de corpos estranhos dos órgãosinternos. Dia 24 — Comemora-se hoje ocentenário do nascimento do padre CíceroRomão Batista. Joazelro deve estar vi-vendo um grande dia. Dia 26 — Ocorreem Sãc Paulo, com um trem da Canta-reira, um desastre de graves proporçõesque ocasionou 35 mortes, fazendo ainda

AGOSTO TRIUNFAL MENTE, DE GAULLE FAZ A SUA ENTRADAEM PARIS. OS ÚLTIMOS NAZISTAS TENTARAM CONTRASUA VIDA NA PRAÇA DA CONCÓRDIA, INUTILMENTE.

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ETEMBRO AS FORÇAS EXPEDICIONÁRIAS BRASILEIRASLUTAM COM BRAVURA CONQUISTANDO ASPRIMEIRAS POSIÇÕES EM TERRAS DA ITÁLIA.

mais de 100 feridos em estado grave. Dia

30 — Nada de novo no Brasil. Nada der.ovo na Itália. Vamos à Rússia. Vejamoso que faz Zhukov. Que coisa difícil encon-trá-lo! Ontem êle estava aqui! Ah! Sim!Ei-lo alinal! Sem que a gente percebesseêle atravessou toda a Bucovina e a Bessa-rabia e prepara-se para invadir a Ruma-nia propriamente dita.

ABRIL

Dia 1.° — Ninguém se lembra mais de

que hoje é o dia da mentira. A data seestendeu por todo o ano e perdeu a graça.No entanto o rei Victorio Emanuele, daItália, fala mais uma vez em abdicar emfavor do príncipe Humberto. Vamos, ho-mem! Decida-se de uma vez! Avante, Sa-voia! Dia 3 — Chega um telegrama queestava fazendo falta: foi dominado na Re-pública de Salvador um movimento revo-lucionário. Caramba! Com essa falta derevoluções a gente corre o risco de es-quecer a existência da América Central.Dia 5 — Wendell Wllkie, após compare-cer a uma convenção republicana, retirou

a ^ua candidatura à presidência da Re-

pública dos Estados Unidos da América.Abandonou a vida pública e trancou-seno seu "mundo só". — Os aliados conti-nuam a avançar na Itália, e os russosestão às portas de Qdessa. Dia 9 — Em

Juquerí, São Paulo, alguns locatários domanicômio local, em uma sessão de ei-

nema, vendo as brigas do "mocinho" re-

solveram imitá-lo e "fecharam para con-certo" a sala de projeção. Não houve

mortes a lamentar. Dia 10 — Instala-se

em Porto Alegre o 1.° Congresso Brasi-

leiro de Homoeopatia. Dia 19 — Começa

a funcionar a Fábrica Nacional de Mo-

tores em Volta Redonda. — E' nomeadoo primeiro governador do novo TerritórioNacional de Rio Branco, o capitão Ene

Garcez dos Reis. — Inaugura-se a ponteinternacional sobre o Arroio Chuí. Dia 22— A notícia mais desconcertante de todos

os tempos: o governo espanhol declara

que os espanhóis que quiserem lutar con-

tra os russos ao lado dos alemães perde-rão a cidadania. Vê-se agora que a so-

lidariedade anti-komintern era mentira, a

divisão azul um engano. Que ingratidãol

NOVEMBRO FRANKLIN DELANO ROOSEVFLT VENCE O CÂNDIDA-

TO DEWEY NAS URNAS ELEITORAIS, SENDO ACI.A-

MADO NOVAMENTE PRESIDENTE DA REPUBLICA.

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MORREU A RAPOSA DOS DESERTOS, MARECHALER1C VON HOMMEL. O DESESPERO DO FUEHRERAUMENTA E AS DERROTAS NAZISTAS TAMBÉM.

Hitler nunca pensou em caçar a cidadã-nia aos alemães que lutaram a favor daFalange contra os espanhóis. Dia 26 —

Divulga-se o projeto de construção de um

grande canal de escoamento da praçaSaenz Pena ao cais do porto. Este pro-jeto, para o carioca, tem o valor de umaArca do Noé. Dia 28 — Falece em Wash-ington o cel. Frank Knox, secretário daMarinha dos Estados Unidos. Dia 30 —

Está sendo desencadeada contra a Europauma tremenda ofensiva aérea. Todas asnoites legiões de aparelhos pesados atra-vessam a Mancha e arrazam qualquercoisa na Alemanha e nos países ocupa-dos. Correm rumores de invasão do con-tinente. Enquanto isto ocorre no oeste, nafrente oriental os russos continuam a avan-

çar. Sebastopol está sitiada, ao alcanceda artilharia soviética. Na Iugoslávia Titocontinua a ganhar terreno.

MAIO

l.o —• Dia do Trabalho. No entanto estedia, nas cidades de todos os países ame-

ricanos, não tem a animação dos outros

primeiros de maio. Os operários estãolonge, estão lutando nas oficinas, nos ar-sonais, nos navios, nos campos de bata-

lha; os operários estão lutando, sem tem-

po para comemorar o dia do trabalho;estão lutando pelas quatro liberdades, noscinco continentes e nos sete mares, lutan-do pelo direito de serem livres, lutando

pelo direito de comemorar o primeiro demaio. Dia 2 — Notícias do Belém do Pará

informam quo várias localidades mara-

joaras estão submersas pelas águas do

Amazonas. Dia 6 — Falece em Buenos

Aires o embaixador Rodrigues Alves, uma

das mais relevantes figuras do mundo di-

plomático brasileiro. — E' fundado em

Porto Alegro o Clube dos Solteiros. Não

sabemos quais as finalidades da nova

agremiação. Mas boa coisa não deve ser.

Dia 8 — Continua com intensidade a ofen-

siva aéroa aliada contra a Alemanha. —

Os russos cruzam a fronteira tcheca. Dia

11 — Admite-se a existência de petróleoem Uruguniana, no Rio Grande do Sul.

Dia 18 — Eleições na Academia Brasi-

iContinua na pág. 80

DEZEMBRO AINDA RPERCUTEM AS CRANDES REPORTAGENS^DA

REVISTA E DA SEMANA.UMA DELA| "LIQUIDOU" A

CANDIDATURA MONTEIRO LOBATO AO PETIT-TKIANON.

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Não se|a do "Contra"! Faça o regime ENO - "Sal <íe Frycto"

ENO, laxante e antiácido ideal, ao deitar e ao levantar, para

garantir o seu bom Humor diário e a saúde de toda sua vidal

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A NOV\ POLÍTICA DO Brasil, discursos e alocuçôes de Getulio Vargas — Livraria JoséOlympio, editora — Rio de Janeiro, 1944.

O presente volume é o décimo desta série. Traz, como já trouxe o nono, o sub-título0 Brasil na guerra, e nas suas trezentas páginas fie amplo fjrmato contem as orações)r (feridas pelo Sr. Getulio Vargas entre 1 de maio de 1943 e 24 de maio deste ano.

Nã > ha a m_nor impropriedade nem convenção em se tratar o Sr. Getulio Var-'já exclusivamente na sua feição de homem de letras, deixando-se a outros a tarefa _i cjmintar no caráter d^ estadista, administrador ou pilítico. Em verdade os seus disjirsos se diferençam, na maneira e no tom, da corrente oratória oficial. Primam p ,r

dizer alguma coisa que vem do pensamento e do sen imen idum homem, e não da tradição dos secretariados e das c.i.n-celarias. Revestem-se duma forma tanto quanto possivelespon.â íea c sincera; impressionam pelo cunho individual

Ha numa peça de R. de Flers e G. A. de Caillavet,le Roi, um encontro de certo soberano, vindo de n.-. n>pis dos B.leTs, com o Presidente d) Conselho francês.Acabados os brindes da pragmática, observa, om es ant ,um assistente ingênuo: "Mas eles disseram exatamente amesma coisa!" ao que outro personagem respinde: "!AIo pro toco Ij. Nada se assemelh mais à conversa de duascreanças de quatro anos do que a troca de saudações entre

l lis chefes de Estad >". Um epitram;., bem entendido.mas que excelente fund > de ve d dei São aquele; s pa-lrões da retórica quer nacional quei internacional, nos quaisdificilmente se introduziria uma concepção propriamentenova ou se mudaria uma simples frase, sem o risco doimensas extranhezas e complicações. Tudo ali é fixidez -..-

tabu. Quanto mais, pelo uso e abuso daquelas fórmulas, vão os actos respectivos per-dendo o alcance, mais rígidas elas* se,, tornam, e sagradas. São como episódios daHistória, que nascessem já impressos, paginados, inalteráveis. E já talvez, por efeitoda mudança dalgumas palavras naqueles paquets tipográficos, tenham sobrevimMgie ras e rev 1 ições.

Ura, o Sr. Getulio Vargas consegue, sem outra conseqüência fora da admiraçãode quem o escuta ou depois o ha de ler, a proeza intelectual de impor a sua nota pró-pria nas s denidades como nas praxes mais singelas, em que a etiqueta ou o costumeobrigaria outro a falar como todos os grandes homens na sua situação. E realiza essaespécie de prodígio sem rebuscamentos, sem singularidades chocantes, sem nenhumesforço perceptível. Realmente ele é assim. Ninguém se poderá equivocar, atribuindoum dos seus discuisos a qualquer outro orador de vulto e de nomeada: o Sr. Levi Car-neiro, por exemplo, o Sr. Edmundo Luz Pinto, o Sr. Marcondes filho, ou o Sr. PedroCalmon. Como estes se distinguem entre si, o Sr. Getulio Vargas se distingue de tod >seles. Tudo* o que traz o seu nome traz também a sua "garra", como diziam os Fran-ceses quando a tinham c, agora que a readquirem, continuarão a dizer.

Bem cedo o autor da Nova Politica do Brasil, estudante ainda e porventura prepa-ratoriano, principiou a exercer as suas faculdades literárias. Não se destinando rigoro-samente a carreira dos que escrevem para o público — e que então estava ainda bomlonge de constituir, de fato, uma carreira—era necessário que uma ocorrência, umaeventualidade surgisse no momento oportuno para lhe revelar, a ele próprio, a duplatendência: de pegar na pena, dirigir-se a uma tribuna. Essa intervenção repentina dasorte aproveitou qualquer questão ou fase da política riograndense para o impelir atéuma banca de redação. O rapaz de então se sentiu subitamente homem de imprensa.Picara-o a tarántula do "publicismo". E, como já passara o tempo em que a funçãode jornalista podia dispensar a inspiração, as idéias próprias, a cultura, o estilo, come-C ui o Sr. Getulio Vargas vencendo na Imprensa por ser autêntica, essencialmente homemde letras.

Entre as falas compiladas nos seus livros, algumas se encontram que obedecerama circunstâncias de momento: respostas a saudações imprevistas ou extra-programa,entusiasmos ou enternecimenlos duma sensibilidade que não pode escolner e muitomenos preparar os seus ensejos de expansão; o desejo espontâneo, instantâneo de agra-decer, concordar, comentar ou louvar. . . Mas em todas estas peças de ocasião se aí;:-mam a elevação de conceitos e o apuro expressivo do pensador que, por pensar musdepressa, não deixa de ser artista. Nenhum tumulto de idéias ou perturbação de fôrma.Os períodos se sucedem sempre em boa ordem, harmoniosamente e com uma correcçãoque não poucos literatos n >tórios e maisteu menos profissionais — ai deles e ai de tod snós — estão, por precipitação laboriosa ou por mera ignorância, seja pelo que for, aban-donando. Todos os discursos do Sr. Getulio Vargas, grandes ou pequenos, d&o ao lcixra impressão de realmente escritos. E de fatol Porque nos menores, nos que resultamdas circunstâncias mais fortuitas, é ainda o escritor que improvisa. Assim se pode diserdas páginas que, no presente livro, vêm com os títulos: A terra fluminense, 0 Chejt deEstado da BÃivia no Brasil, 0 esj orço progressista dos jazendeiros de Uruguayana, A tri-gésima exposição Jeira de B gé, A lavoura de São Paulo e o desenvolvimento econômico doBrasil, 0 espirito progressista das chises conservadoras de Pelotas, Nova Terra da Pro-missão (Paraná), // prep.inção e o patriotismo do Corpo Expedicionário — Outras ainda,em que se assinalam os dotes e recursos duma individualidade à qual, num dos grandese velhos paizes da Europa, a liteiatura em caráter permanente bastaria para asseguraruma bela fortuna e a perfeita consagração.

A propósito dessa ei >quência que a esten igrafia furtou à glória efêmera di rádio,tomemos, ao acaso, um d js referid >s espécimes de improvisaçã ). Eis com > principia oagradecimento do almoço oferecido pelos lavradores paulistas em dezembro do anopassado:"Vejo aqui reunidos os agricultores de São Paulo ao lado dos representantes da ad-minístração estadual e dos prefeitos municipais, resumindo perfeitamente as atividadesgerais do Estado.

Todos os que trabalham a terra desempenham preponderante função econômica esocial. O caso particular de São Paulo exemplifica perfeitamente essa afirmativa.Transformados embora pelas influências de uma civilisação n..va, os descendentesdos Bandeirantes continuam homens da terra, expbrando-a no constante empenhode mais completa apropriação das suas riquezas. No ambiente rude em que atuaram,os pioneiros das estradas souberam realizar, com o bacamarte e a espada, uma obra gipn"tesca, tal como fazem nos modernos tempos, com o arado e a enxada, os paulistasde tempera bandeirante."

Onde, porém, mais poderosamente se patenteia a capacidade do orador-cscriíorGetulio Vargas é, bem entendido, no seu discurso de receplendário na Casa de Machadode Assis. Aquela peça oratória ficou, sem possivel contestação, entre as mais ligitima-mente representativas do'tipo acadêmico nos anais da Insigne Companhia Para talfim, nenhuma condição deixou de lhe assistir. Ali estão a gravidade e a esbeltez aelevação e a limpidez, a precisão e o espírito. Falando de G mzaga e da parle que assu-miu na conjuração mineira, teve o Sr. Getulio Vargas, sobre casos bem sabidos, obser-vações a que mão f Itou originalidade. Recompoz um valioso trecho de História du cio-vimenui emancipador do BrasM. K em certa passagem, fu d deum m kIo com > p >c**que se referiu ao r*.m« d. r das Liras, ; d r d r de M ril a de Di ceu. T d > o dis ur > emodelar de erudição, senso crítico, elegância ei quente. E no trecno relativo às resposabilidades acadêmicas ha meia dúzia de linhas que firmam toda uma orientação e otítnrrm tod. |um programa: "Não corresponde, evidentemente. .-» nai instituição

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dêmica vanguardear os movimentos revolucionários em arte e cultura. Também nãolhe corresponde atuar do lado extremo, permanecendo fechada num conserváritismo estreito e reacionário. Cabe-lhe, no conjunto das atividades gerais, uma função ativa,coordenadora de tendências, idéias e valores, capaz de elevar a vida intelectual do paia um plano superior, imprimindo-lhe direcção construtiva, força e equilíbrio criador".

Na parte relativa ao seu antecessor na cadeira n. 37, Alcântara Machado, aindao Sr. Getulio Vargas excedeu as noções até então estabelecidas sobre Vida c morle dobandeirante e as outras obras, de jurisprudência ou sociologia que já anles haviam tor-nado insigne aquela personalidade. 0 orador fugiu a toda a sorte de chavões apològéticos.Desprezou os lugares comuns do panegirismo arrebatado ou obrigatório. Fez obra pon-derada de apreciação e justiça. E assim rendeu o melhor preito a Alcântara Machado,pois vultos como este. quanto mais serenamente encarados, mais se lhes destacam asvirtudes de intebgência^de caráter, de sentimento, c os seus direitos à admiração domundo.

A bagagem literária do Sr. Getulio Vargas confere-lhe lugar honroso entre os cul-tores contemporâneos das letras da língua portuguesa. E sem a exagerada modéstiade Raul Pompéia na sua divisa: "Mau mas meu" poderia o autor da Nova pÓlilica doBrasil inscrever no anterrosto destes livros o lema: "Bom e meu".

Comentários á historia das religiões, ensaio de-crítica e de síntese religiosa or Ar-naldo S. Thiago — Rio de Janeiro, 1944.

Ensaio de crítica e de sintese chama o Sr. Arnaldo S.; ,' Thiago a esta obra. Em verdade, porém, se trata dalguma

|coisa mais ou, antes, de muito mais.Justamente o autor se especializou na matéria como

I professor que foi de História das Religiões na Faculdade| Brasileira de Estudos Psíquicos. Assim, por dever de cate-fdrático como por tendência de estudioso que se não cansaIde aprender, veio a familiarizar-se com os livros notáveis| consagrados às crenças, mitos c superstições tias raças c tios1 povos. Sem impropriedade nem exagero se dirá, portanto,Iqüé estas trezentas e oitenta páginas, o Sr. S. Thiago,1 se quizesse, as escreveria, sem maior auxílio ou consulta,lou por, assim dizer, de cór. E nem por isso o seu trabalho

deixaria de se tornar importante c precioso. Do mesmo-modo se pode contestar a declaração contida no prefácio

e segundo a qual este livro servirá apenas para os estu-dantes de Religião que não nutram o propósito de se espe-cializar no assunto, pois grandes são as deficiências que nele

¦ se enconfram e que só mais (arde poderão ser supridas.Realmente, a leitura do livro não confirma a existência'de tais lacunas. A impressão que se tem é de uma tarefa lar-gamente desenvolvida e que poderia passar por acabada.

0 Sr. Arnaldo S.Thiago remonta ao princípio, à origem verificada ou imaginadade todas as religiões. Caminha, através dos ritos, pelas épocas áquem, ora se acampa-nhandò de pesquizadores e doutrinadores de sua predilecção, tais como Léon Dénis,Salomon Reinach, Edward Clodd, Estcvam Cruz, ora criando pontos tle vista seus emaneiras de interpretação. E ha numa das primeiras páginas a citação do terceto finaldo famoso soneto de Bilac Ouvir estrelas com a dedução do Sr. Thiago: "Oh, os poetas,os grandes sensitivos da espéciel Eduquem-se eles na tloce religião do Nazareno e serãoos legítimos educadores das novas gerações que despontam à face da Terra."

No entender do autor, a melhor das definições de religião por ele próprio encon-(radas nos livros é a de Guyaú, Marie-Jean Giryau, que diz: "A religião é üm sooiomor-fismo universal... O sentimento religioso é o sentimento da dependência, em relaçãoa determinadas intenções que o homem primitivo distingue no universo" Com todaa franqueza, não nos parece que esses termos expliquem de modo extremamente nítido,

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com suprema transparência, e a simples estudantes tle mais a mais, o que seja religião.Outras definições, bem mais acessíveis, nos dá o Sr. S. Thiago, alheias ou suas próprias,sobre Fetichismo, Politeismo, Monoteismo, englobando nesta última parte o Islaismo,o Judaísmo e o Cristianismo. No capítulo Religião dos Japonezes reproduz um trechoadmirayelmente sintético de Fukuzawa, célebre reformador do ensino no seu píjís:

"E' inútil lembrar que a conservação da tranqüilidade c da segurança no interiorda sociedade humana requer uma religião; mas a questão de espécieo.ã.0 importa. Qual-quer religião serve para isso. Hà diversas sortes de religiões: o Budismo, o Cristianismoe muitas outras que poderíamos nomear. A meu ver não existe maior diferença entreesta religião e aquela do que entre o chá verde e o chá preto".

E dizer que, por causa dessa diferença de paladares intransigentemente habituadosa um ou outro sabor doutrinário, teem corrido rios de sangue, cidades c paizes teem sidoarrasados, convertidos os mares e os ares em teatros de imensas hecatombes — e quetudo isso ainda continuará... sabe Deus até quando 1

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For Stage anr Screen, por Vinicius da Veiga —1944.

E' um livro em que o Autor reúne tres trabalhos seusS&Y''*\?&.\'%$$:XX'-'- de parceria com Edwin Hopkins o primeiro, c os dois ulti-

7 ,7 ; 77>v,:/-7r¥v7^/^i'7 mos com André Dallas.•. íFOR"7^;>i';-/V7C^7.;j O primeiro, The Child and lhe Caiwas, é um dram;^fX^S''^^li^^X/J-SX''X muito bem engenhado, com diálogos perfeitamente arma

?:^-„;. '¦¦¦XX /""'yS dns. onde as situações se sucedem com rara felicidade «hl-!-r'Mpf^^-$|É/S o desfecho muito bem condusido.'•'<'' ' ¦*. :'&f£ltw'<;2À O segundo, The darling sin, uma comedia cm tres ato.«,-^¦''^''\^^^í-\m^-.^rAvi um assunto relativamente banal, porem o apro-íV^*^;SSpSS^^vSá veitamento das situações e a perfeição dns diálogos, con->:^SX^S^:y^^f^^^M dusidas por mão de mestre, suprem aquele defeito, e não

%Qí^:t?;^0^0f^^f0M explora o cômico com as quedas bruscas e mudanças ines-¦f*:XX^^/ X.*$z: XrX*y:&-

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B pcratias no argumeniFinalmente o terceiro The Singing ape e, como diz

1 o autor, a primeira tentativa para fazer um argumento

p para cinema em que entram cantores sem explorar as situa-Wí ções sentimentais já batidas, e sim pelo lado çomico,

sem'"¦>

prejuizo, entretanto, das verdadeiras qualidades do can-;;V

*7r tor, que aliás tem oportunidade para exibir, pelo argumento,

í... i,_-r_™;.._^—ü-ií-i- s(jas verdadeiras qualidades.Prestam-se os tres trabalhos, devidamente traduzidos, para o nosso radio tcalm,

que se queixa de falta de argumentos, e (pie até Aniok, de Stefan Zweig, pretende radi-

ufonizar.

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DR. CARLOS LUZ — No dia 25 de Novembro últimoo dr. Carlos Luz, presidente da Caixa EconômicaFederal do Rio de Janeiro, viu passar o sétimoaniversário da sua investidura no cargo de membrodo Conselho Administrativo dessa popular institui-ção. Por esse motivo, o funcionalismo da Caixa e' os seus numerosos amigos prestaram a s. s. signifi-cativa manifestação de apreço. No seu gabinete detrabalho recebeu o homenageado os cumprimentosdos manifestantes, falando, por essa ocasião os srs.Luiz Leite Pinto, pelos funcionários; dr. DarioCrespo, pelo Conselho Administrativo; dr. Edmundode Miranda Jordão, pelo Conselho Superior das Cai-xas Econômicas Federais, e Edmundo March, pelosfuncionários aposentados. Agradeceu o sr. Carlos

Luz, em comovida oração.

FIGURAS

FATOSA conhecida o laureada pintora Felicitas, que naúltima semana inaugurou uma exposição de telasno salão de recepções do Edificio-Hotel Serrador.Na gravura vê-se a artista em companhia de Tosca,uma linda cadela dinamarquesa de alta linhagem,

premiada na última exposição canina que serealizou aqui no Rio.

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todos os presentes.

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O menino Antônio José, dileto netinho do nossoamigo e assinante Antônio Rodrigues dos Santos,residente na cidade de Sapucaia, Estado do Rio.Retrato batido no dia de seu primeiro aniversário,comemorado a 23 de Novembro último, quando obonito garotinho recebeu muitos presentes e mimos

de seus amiguinhos e de toda a família.

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QUANTAS vezes um sorriso feminino se trqnsfor-

ma num rictus de dôrl O doloroso soíírimento,resultante do funccionamento irregular do organis-mo, e que tanta mocidade e belleza rouba á mu-lher, desapparece. no entretanto, com o uso de ASAÚDE DA MULHER. A SAÚDE DA MULHER é oremédio que traz no nome o resumo das suas virtudes..

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REVISTA DA SEMANA

CREAÇÃO DA ESCOLA CENTRAL

(Segunda Feira 1.° de Março de 1858)

NESTE

dia. mez c ano, um decreto do governoimperial do Brasil transformava a Escola Ali-li/ar em Escola Centrat, facultando nesta a

matricula de alunos militares e paisanos, embora o esta-belecimenlo não perdesse caráter militar para discentesdo exercito, sujeitos a formaturas, a aulas dc esgrimae ginástica, cada ano do curso comandado pelo alunode melhores notas.

Presidio à abertura da Escola Central o ministroda Guerra, tenente-coronel Jeronimo Francisco Coelho,um dos mais brilhantes ministros da pasta no SegundoReinado.

0 corpo docente da Central foi semj.re escól. Nelalecionaram Rio Branco 1.", Capanema, Freire Allcmão,Lossio, Frei Custodio Serrão, Villanova Machado, InácioGalvão .

Em 1874 um decreto referendado pelo ministro doImpério João Alfredo dava por sucessora da EscolaCentral a Escola Politécnica,com caracter exclusivamentecivil. A Central vivera dezeseis anos e graduara muita

gente boa, nela incluído Carlos dc Laet.Quantos passam agora pela Escola Nacional de En-

genharia e sabem que o edifício deu sede à Escola Cen-Irai? Não serão muitos, no caso dispensada qualquerestatística, mesmo porque as estatísticas são as vezesmalcaveis.

RENDIÇÃO DE URUGUAIANA

(Terça Feira 18 de Setembro de 1866)

No cenário da guerra tio Paraguai as invasões foramde primeiro /Ho. A do Rio Grande do Sul ficou a cargo

principal do coronel La Cruz Estigarribia por ordem deSolano Lopez posto à testa da empreza no apoio doSrosso de dez mil homens de tropa.

Quem ia discutir vontades dc Lopez? Era não ternenhum amor à vida, e Estigarribia o tinha. Procurouobedecer obrigado porém a fazer alto cm Uruguaianae a render-se, dando ensejo a D. Pedro II dc inaugurar,na frase de Taunay, "a

guerra humanitária na Ame-rica tio Sul" semelhante guerra secularmente desconhe-cida na America do Sid, e porque não dizel-o, no mundo.Em Uruguaiana os vencidos foram respeitados pelosvencedores .

Começam as guerras, em geral, por férvido entu-siasmo. logt) a presagiar laceis vitorias e breve fim tlcluta. Mostrou-o a campanha do Paraguai. RendidaUruguaiana houve quem tlesse a guerra por acabadae a profecia continuava a catla êxito bélico.

Mitre, à castelhana, marcou prazo para vitória,

quinzena em guardas, quinzena cm campanha, quinzenaem Assunção. Por sua vez o general paraguaio Dias

propoz a Lopez ir buscar D. Pedro He sua familia nopalácio de S.„ Cristóvão para leval-os prisioneiros aAssunção. Mas só em 18868 Caxias entraria na capitalparaguaia. Do querer dizer ao poder fazer que espaço!

INICIO DA RETIRADA DA LAGUNA

(Quarta Feira 8 de Maio de 1867)

Segundo palavras suas, Solano Lopez querendo"dar uma lição a ei colosso", o Brasil, premeditou cdeclarou-lhe guerra. Sem preâmbulos mandou invadirMato Grosso. Respondeu-lhe o Brasil tentando a in-vasão do Paraguai por Mato Grosso.

Por isto uma coluna expedicionária partio dc Ubc-raba para estrada de via crucis. Sacrificada, alcançouMato Grosso, vendo-se nele no Coxim, em Miranda cNioac, fadatla a diversos comandos.

Transpostas águas do Apa, a coluna pisou solo

paraguaio. Atacou nele o assáz primitivo forte de BellaVista, a tropa vestida com a sua melhor farda, bandeirasauriverdes, novas em folha desdobradas aos olhos dcbrasileiros e paraguaios.

Vitoriosa em Bela Vista, seguio a força para Lagunaonde Lopez estabelecera fazenda para pecuária. Já cmcarência de viveres, ia a coluna expedicionária em buscade viveres, encontrando Laguna deserta c devastada.

Cumpria e foi decidido voltar à fronteira para apro-visionamcnlo e recomeçar tlc lula. A's sete da manhãde 8 de Maio de 1867 começou a retirada por tempo sereno,sói bem de fora, natureza alegre para inicio da marchacruciante, iniciada em bôa ordem, até com um grupode mulheres caminhando cm sossego ao lado tia solda-desça.

0 que depois passou a expedição! Iria tudo a olvido ?

Não, seguio na coluna joven oficial que em livro-mo-

numento diria de quanto capazes na bravura c no sacn-

ficio os que o escritor chamou "seus irmãos dc soffri-

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ESCRAGNOLLE DORIA

NAEMAMILITAR

mento". Não ha necessidade de citar o nome do autorc o titulo do livro. Conhece-os o Brasil e até parte domundo, a obra primitivamente editada em francês.

NOMEAÇÃO DE MINISTRO DA GUERRA

(Quinta Feira 17 de Julho de 1823)

Pôde dizer-se, sem engano, ter tido o Primeiro Rei-nado um só ministro da Guerra. João Vieira de Carvalhoo foi pela permanência no cargo, com breve interrupção,tle 1822 a 1827. Teve a pasta no próprio ministério de

quarenta c oito horas precedentes à madrugada da Abdi-cação. Não multo tlepois os regentes Feijó e AraújoLima valeram-se dos serviços de Vieira de Carvalho nosnegócios da Guerra.

João Vieira de Carvalho no Brasil 1.° barão, condee marquês dc Lages, nasceu em Olivença, cidade com

praça bélica na raia de Espanha. Filho de militar, Vieirade Carvalho encarreirou-se nas armas.

Recusando servir Napoleão, contra ele praticou ba-talha na guerra pcninsular, pratical-a -ia no Brasil nas

guerras do Sul. Chegado ao Rio de Janeiro como majorde engenheiros, reformar-se-ia em marechal de campo.em 1847, a 17 de Julho de 1823 pela segunda vês ministroda Guerra.

A politica, á cata de personalidades, deu ao marquêsde Lages uma cadeira no Senado do Império como repre-sentante do Ceará. O Senado, de 1844 a 1846, deu-lhecadeira de presidência em relevante assembléia.

Falecendo no Rio de Janeiro onde tivera maiorvitla, o marquês de Lages deixou descendência digna,hoje maiormente representada por um neto, o Dr. Bene-venuto Vieira de Carvalho, funcionário federal aposen-tado e figura das mais distintas na alta sociedade habi-tante de Petropolis.

MORTE DE CAXIAS

(Sexta Feira 7 de Maio de 1880)

Morreu Caxias! A noticia correu, célere e triste, oRio tle Janeiro todo a 8 tle Maio dc ha sessenta e quatroanos, o telégrafo a espalhar a nova pelas provincias doImpério, em quatro das quais devia perdurar mais amemória do duque de Caxias, Maranhão, S. Paulo, Mi-nas e Rio Grande do Sul.

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João Vieira de CarvalhoMarques de Lages.

(Olivença 1781 — Rio de Janeiro 1847).

Edição dé'Nátâl-

A noticia do óbito de Caxias chegou à Corte de noite,

por telegrama expedido da estação do Desengano, àsoito e cincoenta e cincj minutos da noite. O telegramaera dirigido ao conde de Baependy, por seu irmão obarão de Santa Monica, genro de Caxias e dono da fa-zenda de Santa Monica na qual o sogro expirara.

Obedecendo a desejo de Caxias, repetidamenteexpresso não se o embalsamou. Levou ao túmulo lem-branca de sua vida na farda de gala de marechal de exer-cito, no peito apenas medalhas de campanha, conferidasao possuidor das maiores veneras das ordens honoríficasbrasileiras, singularmente não distinguido com nenhumavenera estrangeira.

Na manhã de 9 de Maio de 1880 partia o ferelrode Caxias para o cemitério da Ordem de S. Franciscode Paula em Catumbi, chegado o prestito fúnebre^ doAndarai Pequeno, leia-se Tijuca, onde tanto Caxiasresidira.

Tendo dispensado quaisquer honras fúnebres, mesmoda Casa Imperial ou militares, Caxias ainda assim pode-ria ter sido levado à terra por grandes do Império. Seissoldados romperam multidão para fazê-lo. Assim lhesordenara por testamento o "general nunca vencido".Mesmo na morte se pôde dar lição a vivos.

PASSAGEM DE HUMAITA'

(Sábado 19 de Fevereiro de 1868)

Joaquim José Inácio de Barros, no seu tempo e aténa historia brasileira ficou conhecido e tratado por seustres primeiros nomes. Para a maruja era "Tio

Joaquim",Os lobos do mar se afeitos à disciplina nada sabendo dossalamaleques dos lobos de terra, tais raro são homens.

Joaquim José Inácio era lisboeta como Barroso,mas no Brasil viveu, se fez, e chegou a general da armada,a ministro da Marinha, a visconde de Inhaúma, a grandedo Império.

Substituto de Tamandaré, Joaquim José Ináciocomandou nossas forças navais no Paraguai quandoa guerra contra Lopez ainda tenaz, o ditador fiadosobretudo na inexpugnabilidade da fortaleza de Hu-maitá.

Em exclamação orgulhosa, Carlos Antônio Lopez,pai de Solano Lopez, evocara historia grega dizen-do: "Atacasse Xerxes o Paraguai e não transporiaHumaitá". O rei persa ficou porem só com a magoa deSalamina.

A 19 dc Fevereiro de 1869, na audácia e no valor.Delfim de Carvalho e Maürily à frente, a esquadra bra-sileira, às ordens de Joaquim José Inácio, transpunhaHumaitá. Na curvas e águas do Paraguai alcançavaa vitoria, negada a Xerxes no plano do golfo de Egina.Vencido o obstáculo invencível, desvanecia-se uma dasmaiores, senão a maior esperança de Solano Lopez de-clarado superno a Cristo, pelos que o temiam.

BATALHA DE RIACHUELO

(Domingo 11 de Junho de 1865)

Domingo c dia do Senhor, Ele também tido peloDeus dos Exércitos. Num dia d'Elc, recomendado àpaz, ferio-se a batalha do Riachuclo.

Dois generais ingleses, aos seus nomes históricosajuntaram a lembrança de seus feitos militares. Lord'Roberts, por uma campanha no Afganistão, foi lordRcbcrts oj Kandahar; Lord Kitchener por outra campanhano Sudão, tornou-se lord Kitchener oj Kharfum.

*No Brasil o almirante Barroso poderia ter sido

Francisco Manoel Barroso de Riachuelo, se entre nósvigorassem usos e costumes ingleses, não nos sendodesconhecido o gosto perigoso de copiar.

Realmente dizer Barroso é dizer logo Riachuelo,embora a fé de oficio do grande chefe naval se esmaltecom outros triunfos em vida afadigosa.

Horas antes de Riachuelo, Solano Lopez chamou ocomandante Meza e disse-lhe: "Vá e traga-me a esquadrabrasileira". A primeira parte da ordem cumprio-se numadescida dc rio por espaço de seis horas. A segunda parteda ordem a cumprir, sob pena de morte, dependia devencer.

Dos quatorze navios vindos de Humaitá, para avitoria e o reboque, só quatro regressaram ao pontode partida, emquanto a taboa dc convez da Amazonaspunha a avultar Barroso antes do bronze da sua estatuasignificativamente cm face do mar e dos ventos dapraia tio Flamengr .

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Conto de NIKOLAI TIKHONOVIlustração de MIGUEL H.

O

desconhecido não disfarçava seu mau humor.

Que dificuldade para encontrar este edifício!. . . Nesta maldita escuridão n gente não encontra nem a própria casa — afirmou, sacudindo a neve que lhe

cobria o gorro.E' a Maternidade?Exatamente. De que se trata, camarada?De que se tratai! Perto daqui, na rua ao lado, uma senhora está dando a lux em plena via pública.Quem é o senhor?Um transeunte. Voltava do trabalho. Venham socorrê-la! Mostrar-lhe-ei onde está. Que surpresa!. . Vinha caminhando e, de repente, quase que tropeço com

ela pois se achava sentada no chão. Ao seu lado não havia ninguém; eu a ouvi queixar-se. Mas não sou nenhuma parteira. . .

Um minuto depois Irmã uma servente do hospital e o transeunte, tropeçando a cada passo, caminhavam com rap.dez em direção ao lugar onde se encontrava a

mulher. A noite era muito escura. As casas eram massas sombrias. Não se via uma única luzi.nha A tempestade de neve formava remoinhos « um pó branco revo-

luteava no ar, dando a impressão d« que na rua cruzavam sombras transparentes, frias, velozes.

De súbito t.veram que se meter num buraco. Um silvo agudo e prolongado, que ia crescendo, ouvia-se cada vez ma.s perto. Encolheram a cabeça en* o.^ombros.

Un._ Lbared. vermelha _.Lou d. «ri. d. _*___ próxima . o ..Umpido d. explosão p_corr_u a ro.. Do ...h.do dum. c__ <___pr_nd_.rn.__ °£%™ * £ £f

se quebraram na calçada como cristais.

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REVISTA DA SEMANA 44Edição de Natal

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Edição de Natal 45 REVISTA DA SEMANA

PRESENTE DE NATAL

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Conto de GASTÃO DE ALENCAR

"Ua querida:Se saudade matasse eu já estaria morto

desde que daí saí deixando você. Porém.

como o dever do militar, principalmente

profissional como eu. tem que estar acima

da nossa própria vontade e interesse pes-

soai, sinto-me confortado por corresponder

assim à confiança quo em mim depositam

os meus superiores, e. acima de tudo. o

dever para com a Pátria. A nossa jor-

nada é grande e perigosa, mas nada me

aterroriza nem diminui em mim o entu-

.iasmo. pois mais grandiosa e ousada é

a nossa missão de cidadãcs livres em

socorro de seus irmãos oprimidos e des-

graçados.Meu anjo de ternura: já pensou, que-

rida, no dia do meu regresso, desolando

são e salvo pelas ruas do Rio. como no

dia 7 de Setembro... Lembra-se? Já pen-

sou, meu amor. naquela próxima Iu.ura

le.icidade. nos nossos filhos, num mundo

me.hor de paz e amor?... As saudades

que tenho de você me asiixiam. É, porém,

às vezes, em vão que luto contra o meu

romantismo e consigo dominar tal indis-

posição. Amor: escrevo a você de uma"preguiçosa" no convés, tão três horas

da tarde de um domingo calmo, de cíu

muito azul e mar sereno. Este parece

até traduzir tamanha desolação e indes-

c.i.ível sensação de ausência. E' ccmo

se segredasse aos meus ouvidos esta bela

promessa: "Ela será lua urn dia!" Quedo-

me pensando em você com os olhos fe-

chadcs e julgo estar a sonhar: abraço-a

o beijo-a muito e muito, sequioso de a.eto

e paixão.Carlos."

"Lia. meu anjo:

Já em terra íirme lhe escrevo para dizer

que estou muito bem e o mesmo desejarardentemente a você e a todos aí. Lindi-

nha, tem pensado muito em mim? Aqui

não faço outra ccisa nos momentos de

folga, e em sonhos vejo-a todas as noites.

Queridinha: quero que me escreva o mais

depressa possível. Não suporto ficar pormais tempo sem notícias da pessoa tãobem amada. A correspondência daqui so

segue de doÍ3 em dois dias. ou seja nassegundas, quartas e sextas-feiras, poisnas terças, quintas e sábados são csnsu-radas. O clima aqui é um pouco frio. maso tenho enfrentado mesmo com boa von-tado e íi.me resolução (graças àquelasmeias de crochê e camisas de lã). Quan-do me lembro que as suas mãozinhas defada andaram por aí... Querida: tenhoaumentado constantemente a nossa cole-cão de moedas, já tendo entrado diversasliras para a mesma. Já passeei em Nápo-les e me confesso encantado. A baía, acolina de Posillipo. a ilha de Capre, ondeCalígula gostava de veranear. Entrei debarco na Gruta Azul. De Castel Nuovoavista-se o Vesúvio fumando, e nas ialdasPompéia. a cidade sepulta banhada de

paz e ciprestes si*enciosos. Já vi tambémcom os meus próprios o'hos a célebreTorre Inainada. Querida: o tempo, aqui,anda adiantado quatro horas, em relaçãoao daí. Na passagem do Equador houvefesta a bordo, recebendo cada oficial um

diploma de marinheiro. E' traquejadíssi-mo contendo a assinatura do Rei Netuno.

A viagem foi divertida. Jogos e outrasdiversões. Após o cinema tínhamos o"Cabaret da Cobra". Nesse programa ai-

gumas vezes tomei parte saliente, a pe-dido, executando ao piano a "Polonaise".

Mudando de assunto: ontem es.ive como Miguel, que vai bem. Penso que tcmareio lugar dl!e, que deixarei de ser csnsor.Era um tal de assinar que não tinha maisfim As saudades çue sinto de voe., mi-

nha querida, é que me consemsm. Mas a

esperança, como é a última que morre.. .

Embala-me constantemente a doco lem-

branca de que um dia isso acabará e

que nunca mais r.os separaremos. O seu

apaixonadoCarlos."

"Lia, meu amor:As saudades continuam aumentando, e

ató agora nem um lenüivo sequer para

elas. Será possível que você ainda não

me tenha esc.ilo? Já recebeu as duas

cartas que lhe enviei, uma de bordo o

outra de Nápoles? Minha linda adorada,

nesses dias escures sem sol e com muita

chuva eu me recordo mai3 ainda de você,

aumentando em mim a desolação. Naque-

les bons tompos. . . unidinhos e ciumentos

um do outro e, às veies, até brigávamos

(de brincadeira, não é, amor?.. .). Quando

de novo estivermos juntos então não bri-

garemos mais; aproveitaremos ao máximo

tudo o que é bom o feliz. Pcis. queridi-

nha, sabemos perfeitamente que eu não

posso tor raiva de você e nem você de

mim... Como vai o enxoval? Já está

pronto? Já falei com mamãe, numa carta

quo lhe escrevi, das minhas, ou melhor,

das nessas intenções: casaremos assim

que eu aí chegar. Lembra-se que esse

qrande dia se.ia agora a véspera do pró-

ximo Natal? Tem estudado muito piano?

Como vai de teoria? Ainda no navio to-

quei ao piano, com muitas saudades,

aquela sua música "Prece", que foi muito

apreciada pelos camaradas. Sinceramente,

interpretei a com grando inspiração, lem-

brando-me de você, ao mesmo tempo que

sonhava. Hoje bem posso avaliar o quan-

Io o meu amor por voe. tem aumentado

incrivelmente. Nada como a separação

para inflamar mais ainda tal chama. Eu

não lho dizia? E você com medo de que

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KEVISTA DA SEMANA 46Edição de Natal

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eu íôsse esquecer. Longe é que a gentevô quanto gosta e quanta falta se sente.

Minha "gatinha" de olhos verdes: queroreceber um pull-over de você... Mas só

aceito se for leito por suas mãozinhas de

seda! E o seu retrato também. As latas

de doces secos e marmelada que trouxe

daí já estão vasias. Miguel está aqui

perto de mim me pedindo para que você

não esqueça de telefonar à dona Angelina

lhe dando as suas lembranças e saúda-

des. Vou terminar aqui. porque a corres-

pondêncla iá vai ser recolhida. Lembre-

me aos seus e a Vera. Para você. meu

eterno amor, um milhão de beijos do seuCarlos."

"Querida:

Continuo me distraindo, passeando «om

a rapaziada, mas nada como se rece-

besse uma carta escrita por você. Ando

sedento de notícias suas. Tem se diver-

tido? Ido ao cinema? Como vê. minha

linda, são tantas perguntas que ficam no

ar... Isto me tortura... Escreva, amor.

Estou definhando por uma cartinha sua,

linda! Ontem, à noite, fez um frio de doer.

O vinho daqui é uma delícia. Você assis-

tiu ao filme da no«sa viagem? Apareço

em um grupo pequeno na primeira fila.

Fiz questão de ficar bem defronte à má-

quina, sorrindo para você... Estou de

serviço hoje. Não esqueça, ao receber

esta. de telefonar à dona Angelina dlxen-

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do que o Miguel vai Indo muito bem.

Hoje, de sobremesa, comi pêcego e peraem calda. Ouvi também vitrola que arru-

mel emprestada com diversos discos ("LaBoheme". "Mme. Buterfly". "Cavatina" de

Bach. "Lendo Beijo". "Rapsódia n.° 2" e"Concerto" de Grieg. — aquele que eu

toco como fox e que você gostava muito).Ontem passeei de "Jeep", vendo muita

coisa bonita. Agcrinha mesmo chegarammuitas cartas e fiquei triste quando nãovi uma sequer para mim. Escreva, gati-nha, de dois em dois dias ou então todosos dias. porque assim diminui esta sau-dade que me entontece. Nas outras car-ias esquecí-me da Angela. Dá-lhe um

quubra-costelas que mando daqui destefim do mundo. Ontem fui ao cinema e viaquele filme da Deanna Durbin e CharlesLaughton, em que êle era doente e gos-tava do fumar charutos e o médico viviacom receios que êle peorasse e morresse.Não me lembro como se chamava ai talfilme... O céu escureceu de repente comotrevas. Faz frio de tremer. Agora mesmo

juntou todo o pessoal aqui na barraca. Diz

que há "novidades"... Está uma confu-são louca. O amor do seu

Carlos."

"Querida Lia:

Desta vez, após duas semanas de cruelsilêncio, o que tanto me martlrlzou, dito

(Continua na pagina S4)

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Na sua febre de coope-raçcio, as mulheres estãosubstituindo os homens emtodos — ou quase todos -

os campos de atividade. O

próprio Papai Noel. esteano. talvez convocado, ce-deu a sua agradável tareíaa Leslie Brooks. da Colum-bia. E... írancamente! Comum Papai Noel assim, vale^

a pena ser criança. . .

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ü'A guerra completou recentemente o seu quinto aniversário. Mas o de 1944 é, na

realidade, o sexto Natal que a Humanidade conhece sob o ambiente de lutas e sanguee suor e lágrimas, no qual se debatem muitos milhões de homens. Seis vezes foi come-morado o nascimento de Jesus com os soldados nas trincheiras, de armai em punho,avançando uns, recuando outros, tangidos pela centelha de um ideal justo e alevan-tado os primeiros, subjugados mais ao peso dos princípios da Justiça e do Direito, queda própria superioridade bélica do inimigo, cs segundes... Enquanto cs velhos, asmulheres e as crianças acompanham esse drama quase infinito e são também truci-dados, no "front" ou na retaguarda — porque esta é realmente a guerra total dadestruição e do vandalismo que impõe revanches em igualdade de forças — os mais

novos expõem o peito às balaB e guerreiam com desassombro em terra, nos meno espaço. Como são infinitamente pequenas, de uma insignificante proporçguerras antigas, em confronto com esta que nos estava destinada a assistir! Co perigo era mais e maicr para os que vestiam os unkcrmes militares. Ho;e,vezes, os soldados são os que menos sofrem. Passam por sobre suas cabeçbombardeiros que levam a missão de espalhar o terror na ietaguarda, incer.cidades que outrera se chamariam "abertas",

quando havia respeito a esses prir.de dignidade, mesmo nc campo da guerra. Fcram os nossos inimiaos que lar.no mundo caótico destes dias tristes esses novos e traiçoeiros processos de baEles estãc pagando bem caro a sua covardia. E mais ainda hão de pagar, agoraluta caminha, graças a Deus, para a meta final.

Para nós, brasileiros, este é o terceiro Natal de guena mais direta. Em 42 acaba-mos de aceitar, com dignidade e honra, o desafio dos bárbaros fascistas. Em 43

•rávame-nos para remeter ac "front" europeu nesses primeiros contingentes ex-acionários.

¦•" 44 já exis'em famílias brasileiras de luto. De um lute glorioso mas, enfim,! triste e melancólico. O sangue des nesses braves patrícios está sendo sacri-

^ Para a conquista de dias melhores que serão mais des nesses filhes que pro-ente nesses.

> primeiro Natal do Erasil realmente participando dos destinos da Humanidade«*iura é esto. I|m Natal misturando nes céus o luminoso das estrelas de Deus com

o. belo-horrivel, mas sempre bárbaro, das explosões de granadas do Seu dileto filho,o Homem. Rebóa o horizonte com o troar dos canhões de longo alcance. Caemparaquedistas quais anjos portadores de mensagens alegóricas. E as árvores simbó-licas do Natal andam "camouflando" as rocios dos canhões anti-aéreos. Existem más-caras contra os gases por sobre o solo. E mais munições, e ma.s iogo, e mais sangue. ..

Senhcrl Quando acabará tudo isto, Senhor!

(Ilustração do pintor Dacosta. prêmio de viagem 1944).

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INGRID

EERGMAN pertence à categoria das "estrelas" cinematográficas que menos e melhor aparecem durante o ano inteiro. Primeiro, oi

aquele inesquecível "Intermeszo". obra-prima do cinema de antes da guerra, orde a artista soube marcar a traços vivos de «toU^nq*

uma dcüciosa "performance". Era a moça para quem o mu-.do encerrava mil surpresas e que fug.ndo embora ao determinismo de

um amor inglório, nele devia envolver-se. em que pesassem as suas energias e o seu espirito rígido e forte Depois veio em Casablanca .E

aH aparecia em um papel de estilo inteiramente novo. mas por isso m5smo cheio de nuances inéditas e ainda ma» empolgantes Ela sen.ia

uL tf ação lio po, Humphrey Bo,o,.. onqoon.o no reolidodo procurasse ser üel à afo.çõo do Paul Heinred. o mar.do da m^enosoire£

Tada em terras então perigosas de Casablanca... E com que torturas se dividia entre um e outro sem querer agir menos dignamente em

Nenhum dos casos! Este ano. Ingrid Bergman foi a melhor atração de "Por quem os sinos dobram". Se o fi'«. da ^"a.^}^^^

deixou de corresponder à expectativa invulgar que em torno do mesmo se desenvolvia, outrotanto nao sucedeu com a interprete do POpeL**»£*

Com Ingrid Bergman acontece assim: pode-se esquecer as películas onde aparece. Não se desfaz, porem, a ,mpre.,6o maravilhosa de suas criações.

Em 1945 ela nos dará "Meia-Luz". com Charles Boyer, do Metro.

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Edição de Matai 51 KEVISTA DA SEMANA

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Page 51: ^ 0 N. Cr $ 5,00

REVISTA DA SEMANA 52Edição dt Natal

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a Vida, deseja a ledos osoradores, sarados e ami^ ^ma,°-"**** » ano ;el94a;

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PRESIDENTE: DR. FRANKLIN SAMPAIOAGENCIAS EM TODOS OS ESTADOS

SEDE: AVENIDA RIO BRANCO, 125" RIO - EDIFÍCIO PRÓPRIO

Page 52: ^ 0 N. Cr $ 5,00

Edição de Natal

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53 REVISTA DA SEMANA

CONVITE A Fábrica de Chocolates PATRONE tem a honrade convidar a sua distinta freguezia para uma

visita aos seus completos e artísticos mostruários de brinquedos,"Papais Noel". caixas de imbuia entalhada e de estilo oriental, fan-tasias e costureiras em raíia da Tchecoslováquia e a sua mais recente

creação em caixas com finíssimosbonbons para as festas de Natale Ano Novo.

Rua da Lapa 10, 12

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Os aspectos gastronômicos doNATAL

(CCN.INUAÇÃO DA PAGINA ..)

batendo no solo da Itália, contra os brutais agressores nazistas, não será

farto ccmo os outros. Será um Natal de restrições. Um Natal em que

será difícil conseguir um lombo para rechear, a manteiga, o açúcar e o

leite para os primores de pastelaria a que tantos se têm habituado. Será

um Natal mais sóbrio e menos gastronômico. Nem seria bonito que

comêssemos à larga, enquanto há tanta gente ainda, na Europa ensan-

guentada pela guerra, passando as mais negras privações. O que se

deve fazer é encarar resignadamente as agruras do presente e fazer votos

para que, no futuro, de novo nos bafeje a abundância do passado. A mesa

farta é, aliás, uma das quatro liberdades proclamadas pelo presidente

Roosevelt como indispensáveis ao mundo de amanhã - mundo livre

e feliz, em que os homens possam se reunir pacificamente em torno de

uma idéia como em torno de um peru.

'Adriano Ramos Pinto & Irmão Ida.

Vila Nova de Gaia

Prefiram sempre os vinhos Ramos PINTO

Portugal PORTO

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Cérebro Iluminado.trabalho excessivo e as preocupações coti-

dianas esgotam o cérebro e os nervos; daí, acabeça pesada, a falta de memória, a dificuldadede pensar, o desânimo, o mau humor, a vidatransformada num doloroso fardo...

Reponha o fósforo gasto, ilumine o cérebro,reconquiste o gosto de trabalhar e de viver !

Fraqueza cerebral, dispepsía nervosa, neuras-tenia, falta de memória e perda de apefife— Neurobiol, o fônico do cérebro I

À venda em todas as farmácias e drogarias.

Page 53: ^ 0 N. Cr $ 5,00

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A COLOMBO foi inaugurada em1894, quando o Rio de Janeiro erauma pequena cidade de hábitosprovincianos...A cidade fez vertiginosos progressos,transformando-se na grande metro-pole que é hoje.

A COLOMBO acompanhou pari-passüesse progresso. E, tradicional pela linha impecávelda sua atuação comercial, é contemporânea pelasua perfeita adaptação ao ambiente da atualidade.

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|:|í 4<VV1^ /^Tw/U A COLOMBO acompanha, na'; pí jS^m\^^/\\ 1>T^ \ jf /A primeira linha, o Progresso

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Presente de Natal(Continuação da pagina 46)

uma cartinha para você. Quem a escreveé uma dedicada enfermeira da Cruz Ver-

melha. Sim. porque baixei a um hospitalamericano de sangue, após algumas fa:

sanhas alhures, porém aqui mesmo na

Itália. Não temi os "tigres". A nossacarga de inlantaria é um lato. Avançámosdebaixo de fogo ao mesmo tempo queooprava forte ventania pelas cordilheiras^scarpadas. Acontece que aqui se anun-:ia o Inverno, já forte e impiedoso. Mesmoassim investimos e conquistámos! Com38 meus próprios olhos bem abertos e re-voltados, presenciei a desgraça e a deso-(ação que os tedescos deixaram por aí.Nunca, porém, me senti com maior cora-

gem para continuar até que a infernalmáquina nazista seja definilivamente var-.ida do mundo inteiro. O que está acon-ecendo comigo, com relação à felicidade

de muitos, não vale uma lágrima nem umsó "ai". Se tal compreensão par.isse detodos a guerra já teria terminado de hámulto. Se eu não estivesse aqui abra-

çando esta cruz e aí me achasse, teriasempre um desgosto na vida... Enquantodito esta, uma banda executa o dobrado

que tocou lá na escola quando desfila-vamos para receber a espada. Isto metraz doces recordações. Por exemplo: queeu estava mui'.o "compenetrado", isto dito

por você, e portanto foi fácil me reconhe-cer. O passeio que fizemos de carro, idae volta, com você ao meu lado, os abra-

ços e beijos que trocámos, enquanto "voá-

vamos"... Agora a banda está tocando"E' a glória troféu do forte... TijucanoValente..." Aquele que cantámos no jogocontra o Tijuca. lembra-se? Estiou e jáestá chovendo outra vez. E' coisa detodos ob dias. Tremo ainda mais de frio.Hoje, de novo, a vitrola esteve aqui e oMiguel pôs muita coisa boa para tocar.Lembrei-me que as Festas vêem aí, jáanunciadas pelo inverno e primeiros fio-cos de neve que começam a cair lá fora,sob os ciprestes, que descubro atravésda janela de vidro do meu quarto nohospital. E nem uma cartinha como pre-sente do meu amort Nem o retrato, nemo pull-over, nem as meias de lã, nemnada do que pedi I No dia 18 deste Veraforma-se pelo "Anglo". Não esqueci o

anel. lá escrevi à mamãe afim de queo compre e lhe ofereça em meu nome.

Só não vai poder ser a "Valsa da Meia

Noite"... Miguel pede à dona Angelina

para mandar notícias. Está forte como um

touro. Tem "navalhado" muitas "Pepinos"

por aqui. Na sua aliança já não cabem

mais iniciais. O maior sofrimento tive ou-

tra vez neste instante, quando todos re-

ceberam cartas e eu nenhuma para re-

médio. Será que o meu amor me esque-

ceu? Meu endereço vai sempro nos envo-

lopes, de forma que não há possibilidadede engano. Miguel acaba de chegar alim

de mostrar-me uma carta que recebeu de

dona Angelina. E também os postais con-

tendo as lindas vistas da Cidade Mara-

vilhosa Manda acusar. O seu saudoso

e tristeCarlos."

*p. s. — Quando ia fechar esta, recebi

o presente de Natal pelo qual tanto an-

siava: chegaram dez cartas suas de uma

só rajada. Também o pull-over, as meias,

o retrato... Oh, querida, como está linda!

Este vou pô-lo em né aqui sobre a mesi-

nha de cabeceira. Vocâ sabe como dor-

mirei hoje? Por baixo, sweater de lã e

uma camisa daquelas de lã. Por cima, ca-

pote "grossão" (aquele que você viu), sua

meia de crochê de lã e 2 pares de meias

comuns, luvas e quatro mantas por cima!

Anoitece rapidamente. Chove fino, cai

neve, tempo feio. Que importa tudo isso

se dentro de mim abre o sol radioso da

vida e da esperança! Diante do seu re-

trato, aqui na mesinha de cabeceira, fe-

charei os olhos com você bem clara nas

minhas retinas, num bom sonho. Procura-

rei em espírito transportar-me até aí. E

acontecerá outra vez como no Natal do

ano passado, em sua casa, na Tijuca. Pa-

pai, mamãe e a3 meninas também lá se

achavam. Éramos uma só família em

volta da Arvore iluminada coberta de ai-

godão, como se fosse neve de verdade,sobre a mesa da sala de jantar, coloridade doces e enfeites. Mais tarde, achava-monos a sós. no balcão, quando os sinosda igreja de São Sebastião começarama repicar. Você ouvia-os enternecida ealheia a tudo com os olhos voltados paracima naquela atitude de santa... E as-sim, com você quer sonhar o seu

Carlos."

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Números atrazados destaRevista em Ilhéus-BahiaProcurar na "Papelaria d » Sul" — Rua

Marquês de Paranaguá 14

Page 54: ^ 0 N. Cr $ 5,00

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DE RADIOO cesteiro Ary Barroso

Como todo o mundo que tem vontade de ver estabelecida entre nós uma sadia menta-lidade radiofônica, escoimada de certas excrescèncias impróprias de nossa cultura, ouvicom interesse e alegria a irradiação de "Cine Rádio Jornal", em que o sr. Ary Barroso,fazendo cruzlnha com os dedos, jurou pelos seus deuses nunca mais transmitir partidasde futebol quando voltar dos Estados Unidos. Benfazejos os ventos que arejaram a massacinzenta do locutor da gaita, fazendo-o compreender o ridículo da situação do musicista"doublé" de parcialíssimo "torcedor" de microfone! Em contacto com os autores norte-americanos, assimilando, mesmo sem querer, seus métodos de trabalho, sua clara intuiçãoda importância do compositor popular na vida atual, Ary Evangelista Barroso muito natu-ralmente vai perder a casca-grossa do homem da Casa Nice, a inconsciência pernósticado criador de boas melodias, que se ombreia com "maestros" de caixa-de-fósforos porexibicionismo de falsa democracia. Mas — não esqueçamos isto — sobretudo êle vaideixar de descrever partidas de futebol...

Um amigo, que também escutou a transmissão da entrevista de "Cine Rádio Jornal"e conhece melhor do que eu as coisas esportivas, disse-me a propósito:

— Verdade, não sei quem lucrará: se o Ary, não perdendo tempo com o futebol, ouo futebol não mais se irritando com as atitudes impertinentes do Ary... Perda, acho quenão há para nenhuma das partes!

Talvez o esporte dos três paus tenha a maior soma de benefícios nesse caso. digo eu,agora. Porque o musicista de "Maria" pode não melhorar nem um ponto na escala docompositor pelo fato de ter abandonado a gaita das canchas domingueiras, mas o chamadoesporte bretão ganha a cura de uma velha dôr de cbeça. E, segundo diz o meu citadoamigo, fica "desatuado" do seu espírito de porco n.° 1...

Por outra parte, o afastamento de Ary Evangelista dos microfones cariocas, pelomenos durante uma longa temporada, cria uma solução de continuidade no seu mauexemplo — que já se vai tornando hábito — de um locutor falastrão, desrespeitador dosouvintes, impermeável ao bom senso da sobriedade e da parcialidade. Foi êle, realmente,quem introduziu no meio a "charge" de corpo presente, temperada a sal grosso; o debiquepseudo-humorístico; a exploração das facetas de ridículo pessoal dos infelizes que sedispõem ao papel de ajudantes de "camelots" radiofônicos. Tendo feito escola nessaspráticas, deve-se a êle, portanto, a indesejável existência de meia-dúzia de irreverentese malcriadaços hoje espalhados pelos estúdios cariocas. Smpre afirmei que Ary Evan-gelista Barroso do microfone é — ou era! — o maior inimigo de Ary Barroso compositor.Este último tem méritos que a ninguém é dado negar ou diminuir. Por isso é auspiciosaa jura irradiada por Celestino Silveira aos quatro cantos do Brasil através da onda daPRE-3. Porém, quem nos garante que a cumprirá, êle. o mentiroso da "Sinfonia das Mon-tanhas" — portentosa "blague" de música regional nascida apenas do desejo de revivera popularidade perdida em sua velha Minas Gerais?... Cesteiro que faz um cesto...

DJALMA MACIEL

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Alô... Alô...Encerra-se- domingo 24 o concurso instituído por Almirante para escolha de dois

bons intérpretes da música popular brasileira. O Campeonato Brasileiro de Calouros^

pela honestidade de suas bases, pelo critério estabelecido para a seleção dos valores em

desfile, principalmente pelo renome de seu organizador, conseguiu o maior sucesso. No

próximo dia 31, encerrando o ano de 1944, Almirante anunciara os nomes dos vencedores

os quais, submetidos a provas tão rigorosas, se não chegarem ao estrelato pelo menos

terão credenciais que os recomendam ao aplauso do grande publico. Serão cantores

por concurso...

Com a mudança de ano fala-se em mudanças de pousosussurros a respeito do sr. Erik Cerqueira...

radiofônico. E de novo há

Foi divulgado, com algum alarde, que Betty Grable "es rela f^?^',^

ao Brasil. E já estaria contratada para alguns casinos _do Rio e de ***&*>& águas.

Também cantaria nas emissoras Associadas. Mas 'udo nao passava d? °^» ™ £™

de um tremendo "bluff". pois ao mesmo tempo, na América, Betty Grable estava recebendo

a visita da cegonha. Estes senhores palpiteiros, francamente...

A Rádio Globo está apresentando aos domingos, às 12.30/'«<»^a umavariante de "Cine-Rádio Jornal", com a radiofonizaçao de filmes, que Celestino bi ve

Produziu recentemente. Uma rádio-filme-novela por mês em 4 capítulos. No dia 10 to»

irradiado o primeiro de "Casablanca", que terminará dia 31. Em g^Pg** $£

Rádio-Novela" apresentará "Rosa de Esperança''. Os interpretes sao Sadi Cabral,

Delorges, Tina Vita, Jorge Amaral, enfim o "cast da E-3.

E por (alar em "Cine-Rádio". Açora, às segundas-feiras ele e aprese adodu»

vezes na "Rádio Globo". Às 12.30, um suplemento de ^vaçoes mas ^^testin

qu

ocupa o microfone á noite, às 22.30, passando em revista o movimento da semana

Silvia e Lilia Guaspari («no alto), dois elementos de escol do rádio carioca.

Guiomar Santos (cm baixo), que realizou duas temporadas ao microfone da

Nacional, possivelmente voltará agora ao rádio, cantando músicas ligeiras.

55

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que se distingue ao

Page 56: ^ 0 N. Cr $ 5,00

Edição dç Natal

SJUV. e^5è*!?ír*SÍ>T"--:'.' K^SttXg^rasa^inlí?pSil3!5?35

57 REVISTA DA SEMANA

AQUI NASCEU

E S U S\ E BETHLÉEM

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Entre duas extensas colinas, todas cobertasde "terrasses", vinhas e olivais, ergue-se Belém,

que significa em siríaco "casa do pão" (Be-thléem) . Essa é a pequena aldeia, pequeníssimaaldeia de Judá, onde o Profeta anunciou queum dia nasceria o Salvador da Humanidade.Efetivamente, sob o reinado de César Augusto,vieram a ser recenseados dois bethlemistas, am-bos descendentes de Davi: José e Maria.

A aldeia estava regorgitando e por maisque procurassem não encontraram onde se alo-jar. Foram, por fim, abrigar-se numa gruta sub-tertânea que servia de estrebaria. E' o que cha-mam ainda hoje, "biout", a casa. Ali nasceu oMessias, o Esperado pelo povo de Israel, e queriais tarde deveria revolucionar o mundo. E aliforam adorá-lO os sábios do Oriente, grandes

¦ strólogos, os Magos.Dali partiram José e Maria com o Menino

Jesus para o Egito, afim de O salvar do massa-cre ordenado por Herodes.

E ali vão os cristãos de todos os ritos —Latinos, Gregos e Armênios — orar na Basílicacie Constantino. . .

A Missa do Galo em Belém, entre todas,é uma hora de recolhimento para a humanidade.No mesmo lugar onde nasceu Jesus Cristo, SantaHelena e Constantino erigiram uma basílica, po-rém os gregos deixaram-na abandonada e amea-çou ruir. Franceses e ingleses a restauraram,recobrindo o teto de sólida camada de chumbo.

As mais solenes cerimônias são celebradasali, no altar-mor do transepto, na gruta talhadano calcáreo, iluminada por cincoenta e trêsIampadas, onde Maria deitava o Menino-Deus.

>£Í5_%S£Íc_3_I^Bltf'' _jr v.- -^fcjjK**fÍWsvjf***BW*****'w**- * * A*»v9». *VV, -V *

poi ocasião cia ^a ja^ ass£mclham_SCi na composição do tipo, as figuras sacras.

r - . i f,,H« a «nvrvado inclusive a mangedoura onde Ele nasceu. Existe agora, porém, umaA Basílica de São Constantino abriga a gruta onde nasceu o.Menino Jesus. U^^^^^i '^^t

dí cada 24 de dezembro, no próprio local onde Jesus nasceu.para a prática das grandes solenidades religiosas. A Missa^Galo, ;ft m.eia no^

aeVls.tas.

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I —

De musicaFIM DE AN€

ROBERTO LYRA FILHO

Passar em revista o ano musical, salientando os seus

Po„los mais altos, é lareía difícil porque implica uma sele-

ção quase impossível. Em primeiro lugar, o cronista nao

aB3Í8.iu a todos os espetáculos e é bem possível que tenha

perdido alguns dos melhores. Além disso, um esqueci-

mento desculpável pode resultar na omissão de um nome

que bem merecia louvores especiais. É, portanto, somente

consciente dessas restrições que se pode falar sobre a vida

musical, no Rio do janeiro, durante esse ano que aqora

finda.Contemplando, de longe, o panorama musical do ano,

não é difícil tirar uma conclusão pessimista. Tudo o que

se realizou foi por iniciativa individual e, se bem que essas

se multiplicassem, não se descobre um movimento forte,

no sentido do criar, aqui, um meio musical propício ao apa-

reclmerilo dos talentos, que teem que desbravar seu cami-

nho à custa de sofrimentos e decepções. Que existe, aqui,

no Brasil, hoje, um grande número de compositores quo

poderiam fazer e jà fizeram coisas admiráveis, é um fato;

quo parto da responsabilidade da situação em que se

encontram ó deles, ó outro fato. Porém, infelizmente, tam-

bém não deixa de ser verdade que noventa o nove por

cento da cultura não lhes cabe.

Basta de recriminações. Vejamos o qu« se realizou

do positivo. Tivemos, este ano, entre nós, um grande mães-

tro: Erichh Kleiber. E, com a atuação dele, veio a prova

da verdade que muitos críticos já tinham afirmado. A

culpa da falta de equilíbrio da orquestra do Municipal não

é da orquestra: é do maestro. Se Kleiber nos deu concertos

magníficos com o mesmo conjunto, a que outra causa atri-

buir a ineficiência observada com outros regentes?

A Orquestra Sinfônica Brasileira há muito que repousa

sobre os seus louros. So ó verdade que conquistou para

a música erudita uma série do ouvintes reíratáríos a ela,

também ó certo que faz cada vez maiores concessões ao

mau gosto desse mesmo público, com medo de perdê-lo. E,

além disso, dá-nos, por vezes, interpretações descuidadas.

Não é assim que se consegue progredir! O entusiasmo da

primeira hora se ciistalizou: é inamovível. A orquestra

é magnífica e Szenkar e o Papa são es dois infalíveis

desse mundo. Não. E' preciso não cair nesse exagero,

dando razão àquele comentador malicioso que chamou a

politicagem do nosso meio musical política do galinheiro.

Nao pode haver dois gaios... E tanto isso parece ser ver-

dade que Kleiber, no primeiro momento, sofreu uma reação

tremenda. Se já tomos Szenkar, por que queremos Kleiber?

perguntavam os ardentes defensores da O. S. B., que assu-

mia as características partidárias de um clube de futebol."Eu sou Flamengo; logo, o Botafogo não presta", diziam

uns, e, passando à música, repetiam: "Eu sou da O. S. B.,

por que hei de dar atenção à orquestra do Municipal?"

Mas já prometemos uma vez deixar de lado a crítica

e falar do que se fez de positivo. Do que se fez? Vejamos.

Iniciativa, propriamente, só houve uma. A da Prefeitura,

convidando Kleiber a dar uma série de concertos aqui, no

ano vindouro, e pôr ao alcance da grande maioria algumas

das localidades do Teatro. Fora disso...

Agora, concertos bons tivemos. Madalena Tagliaferro

deu-nos duas amostras magníficas de sua arte. Borowski

MARIA AUGUSTA COSTA.

obteve um grande sucesso. Szering também mostrou-se ura

artista fino. Alice Ribeiro brilhou num concerto com cançõe ¦

do maestro Mignone.

E a Temporada Lírica? Ah, a Temporada Lírica! Um

tenor bom: Charle Kullmari. Pobre Kullman! Quase perdeu

a voz de tanto cantar! Estou inclinado a dar razão àquel.

cientista que disse que a voz humana vai se tomando

cada vez mais grave. O mestre nos deu a prova cien

tüicá. Aqui tivemos outra espécie de prova experimental.

Para nós passou a era dos grandes tenores. Agora são <

barítonos que imperam. E Leonard Warren vem confirma:

a regra com sua voz aveludada e possante. Dentro em

breve chegará a era dos baixos. Mas, por outro lado, na

part* feminina, se Maria Helena Martins, estreante, eoi

firma o que disseram, Maria Augusta Cesta, dona de uma

linda voz de soprano ligeiro, desmente. E' a exceção qu.

confirma, sem dúvida - esse engenhoso meio, inventar-,

pelos fabricadores de teorias, para furtar-se às suas con

tradições...

O dr. Imbassahy organizou uma série de concerte.

Alguns ótimos, outros menos bons. Entre os melhores,

. de Estelinha Epstein, pianista de grandes qualidades.

(continua na pagina (3)

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COMO SURGIU COPACABANAQuando

olhamos hoje a mrdeina Copacabana, comsu;\ piaia coioadn do anarha-céus, mal podemos

^imaginai a Copacabana do século pasmado, quandoapeu m uihf. ou outra casinha quebiava a monotora am-

pliclãc. dis aieiaa d? piaia.O pano. ama do movimentado bom o do noa-rs chás

íeaumia-... nn ig-ejinha dedicada a Nossa Snhota de Co-

pacabana, construída no penedo do A.ipwlor (onde hojeae acha o forte) e, em algumas habitações, ou melhoicaspbrea dc pescadoies, disseminados poi entie o alvurada,s «oicias que se peidiom na encosta dos mouros cobeitos

de vegetação. . , cNo ir.ício do sécuio XIX, a ar.liga pro ia de Saco-

penopnu cm apenas vagamente conhecida poi cauao cia

igtejinhn que ihe deu o nome, cuja construção cm bacia-

vk-se iv. memória dos tempos, e que, segundo a tne.yay

foi edificado em cumprimento de uma piomessa [cita o

esta sar.ta, de devoção boliviana.Em 1S58, coireu o boato de ter dado á praia de Copa-

cubano uma baieia. A notícia pioduzu tai ciriosirtade e

cMinii tant? sensação, que muitas pes.sôas que nunca ti-

nham saido do Rio, afiontatntfla distancia que as sopa-

tava da longínqua piaia, paia vei o enorme cetáceo. \m--

guem viu p baieia, entretanto, ape*a: do conto cio viga-

Tio"', foi desta ópeca em diante quo Copacabana começou

a desptvtai aigum inteiesse. Até a igiejinho. que ja s;

rchava em ruínas, poucle sei íefoimada, eu mclioi,

ieeiguida á custa dc csmo.as.Os longos e mal conservados ca-

Riinhos que levavam a Copacaba-na assim como os meios cio cotem-cão de século passedo, vagai .ms e

sem conforto, dificultavam muito

0 desenvolvimento deste boir.m.Dos ti es caminhos que iam ter

àquela praia, o mais faed pna o

tr;;fe"-o dos tilbuiis, coches, etc.,

era o que ci.cundava n lagoa

Rod.igo de Freitas e passava peloArpoador, porém a viagem ei a mm-

to longa, pois dava uma volta

enoime.!*" \ estrada que continuava a ma

da Real Grandcsn, subindo o mor-

ro de S. João e descendo pela la-

d.iia do Barr so, o. a penosa poisei muito ing-'eme o, pci isto so

era freqüentada peles moradoiesdo lugai. 0 caminho maif usado

era o da rua do Copacabana (atueiiua da Passagem,, que passava

pela já abandonadaLeme, da qual aindacs arcos.: o fatoi que mais contubuiu

nr,-r. o <l,s .ivlvimento d. Cope-

Sibon. foi a abertura do Túnel

V..11.0 pela Companhia '/Ja^l.m

j Botânico", que poude •-¦'T,!^;l

So„ _ bondes até cs íochedos da

Ig.vjinh,. Nesta época emjueifonde eléuico era a condução> .a

; moda. a antiga praia cie Sacope-

L nopan tirou aendo conhecida i**

Por N1LZA BOTELHO

muito gente, atraída não pela belcsa natuial mat

apenas nela novidade do ando. de bonde.Em lOnt. foi abe.to o túnel do Leme, e, mais ou me-

voa nesta época, durante o governo do piotidente: Tlorir,.

euoB Mves, inicioiam-sc as ob.as da Avenida Atlântica,

iniciativas estas que precipitaram o avassalador picgics-so de Copacabana.

O bonde, além do sei poi si pióp.io uma piopaganda,tiasia ainda no, cupons d; s passagens, vcrsuihosi

çncomcti-(1.„|I)S I)(.i:i "Jardim botânico" a Olavo Hdac, Ivndio

Mcnv.cs, Ouimaiães Pasmos, o outros poetas da época

que cantavam as belezas o as etinçõee de Copacabana.

IXtcs vcisinhos de p.opagtnda ciam di.ig.dos a pe-.soasde todos as idades, tanto ciançna corne, velhos, e rofo.v

anmfl o toda} as vantagens de Copacabana, desce o seu

clims saudável, até o emptego dc capital.

foitaleza dotestam hoje

fl mi Wm ukwA flfl»lillt1%f!fllmr^W^^emmm WMm*mm!z& '._¦&> Jl^fl ^ i_M ______0_^__lf^K^_}K^iw .w-àt-PS*!* mm^wk-MWÁn^}'''***?^

?ii_á_P^_______^fts8émWÊmww^.^ dyS^W^Bfe-_---I.^^B_^^MBs_I^^M_fl Q3MMaBflBfl_-_a__E^w^.. • .'V:Wti8Ai »K______BÍf_*__fl^_I^W_i:-'^s^__HB_Cv >^^^jB^fifl^É^»wB___^'' X™ WM^^àÀmÉjmÊmmE ___ÉaB__Kv.^lva Mff.fe-' l^SSaMr?';^BPS_r* J_______t^_a_E_2_$>!%____l _H____HW*w__e__S8_< ^..«rajfwofl^^âl_^^^^%a____________í__w^^^^_H Mm^mkwr^\^^^^B^^^^'W^VívSmsi^^H^^; Mmm\m\mW^^, ^T^fflHI nflrr^^wMl |Py^_^8pg:^»7 ;> táffiíF^ty^^^flW^^BK7-^B^___^_^:^fc.^g? "¦j^T •mTmmmfá ^ifllHPHl^^^^mJI^Ou'-. :-7- ¦ -x-^

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¦Kv__S_______P^' A ^ -X'lâÊf^_rt^í' ! if-*s i 4,í í'*' ^w^i?^^ÉiíflBSbf''^&-/' ***'^

I ^UR^L| (*^ • jJLL f.%MW^m\ _flPB_P^_^B_BBB___fc________-____________Í___M ' r_F_^rit7*^'*fl^*t

__l ______S_mA^**'_K Uull. ___L ^tM^rt'it"" "9É BBÍsL' MmmmWSÊmmi

Começaram chamando a atenção da mocidáde pataos passeios:

GRACIOSAS srcVITOlUTAS, MOÇOS "CHICS

rUlií DAS RUAS À .OKIHA INSANA^NÃO HA hUQARRS PA11A "PIC-NICB

COMO COfACAUANA.

E lembiando aos velhos o cuidados com sua saúde,

diziam:ou! vFi.noa qora não tpindes i':mkiu.ia,JÁ rUK.STKS A I.RIXAR A VIDA HUMANA,1I)K IHJSCAK VIOOU NAS ONDAS KUIAS,tomai o r.i,i''.rit;c'o todos OS dias1'AI.A COPACAUANA.

Os negociantes e capitalistas recebiam, pelos cupons,

n.0D0_ln« que oh animavam a anisca, seu d.nhe.io numa

,1,. 'o.ei-ende.-se

os que >eg.uian» ta.S ootuelho.S, pois oa

p,Cçü, dos íenenorjo novo bohio decupbcaiam nestes

L,ln,G,au?è parte dos capitalista? que anda.um nes bondes

(I;i ,,,,n(,im Votanico", uivc.Hs ve/.es tiveram sob «eus

oilios a seguinte quad.inha:

PltOIMBTAIUOS B CAPITALISTASAPIIOVEUAI MBLIlOll A VOSSA CANA.0,l! CiUlflMINA, LANÇAI AB VOSSAS VISTAS

80I3UIÍ COPACABANA.

Também Of oitif.toa e sonha-doies não foiam esquecidos poiesta piopaganda que lhe., mosüavans beleza üo([uele sitio, uma fontede insijilaçãc:

VIVEIS DE SONHO? [DE BLTÍVAU EMCISMA

A Al.MA QUE EM VOSSOS COUAÇSliSSE ANINHA,

VF.REIS A VIDA POR ESTRANHO PRISMANOS ROCHEDOS PARDOS DA ICREJ1NHA.

I_ as"im, a piopaganda foiinfluindo pa.o tomar Copacabana,um dos bai«no£ mais movimentadosdo Rio de Janeiio, cujo picgtessonã » póoe ser com pai a do com qual-í|iirr oi.lic baino de no.-sa cidade.

I5m 192.., o Túnel Velho foiaiaigado c modernizado, tomandoo nome de Alaôr Pinta, e hoje, oTúnel Novo (atual Coelho Cintia),está em obias de duplificoção eí,log:imento, pois já eia pequenopaia, o intenso tiáfego do Copíifta-bana. íTn vinu ano. rtiáa muita

grs.te deixou de ali raoiai poi difi-cuidados de .gene.os o falta decondução, quando atualmente 6um doa bairro méis bem .emdosem meios de tianspoitc e em co-

Continua nn nnq 8*

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Page 59: ^ 0 N. Cr $ 5,00

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- ¦ Diante doa exemplos da falta d, humanidade que contentamento para o eo»Çao. E «aber que ™ ,e,uiante aos exenipnm u« „j„oafiaa

nllP dpnois de tanto estudo e de conheceiimpera em todo» oa setores da vida, ]« 6 tempo de co-. ™«^™^»™^

„,_ ^^ , vêm „.meçaremos a olhai para o^ mais humildes com uma dose

Foram

publicados avisos pelo Departamento de

Defesa Nacional prevenindo que incorrerá em

penre todo aquele que fizer meei aos pombos

correios V capacidade dessa tão delicada a ven-

nha em mestra, sua grande tesistência e sua intuição

do que descarno, enoinai-lhe seriam por s. mot.vo de

Xrito c"n.In inee-ão. Pois basta que seja um ammJ

pe, «eno e f.aeo pa.ee o, perversos ^ »prove,ta.em dele

e o destruírem na primeira ocasião. Boa razão tem o'otoq,e,mesn-ogostando-dos

que lhe dão comida

MU ou outra mostro que dispõe de unha, e

que saberá fazer respeitar sua integridade física Já«« n e diferente poi que eua fragilidade

com o pombo o ca&o e cnierem-e i»- mu

melhoiada do nosso egoismo. Por exemplo: por que cul

tivai o espoite de matar pombos quando existem tantos

alvos móveis inventados pelos homens de boa-vontade?

Mete-se o pombinho numa gaicla e, quando se abre a

poitinhola e o animalzinho puro, inofensivo, crente da

ilusáo de sua liberdade, parte diante do céu alto e azul,

em sua frente está o astuto hemem que, abraçando uma ar-

ma, verdadeira maravilha de precisão, espera o momento de

indecisão paia fuzilá-lo como se matar fosse uma grande

façanha. Haverá prêmios, e até crianças, adolescentes

quasi puros, baterão palmas pua serem educados na

ilusão de que a vida é assim...O garoto que apedreja o alado mensageiio num te-

lhado merece igual castigo ao campeão que, descansando

sobre a miia duma arma foimidavelde exatidão, vá num

ntand fei ir um pembo pela grandeza de mostrar boa pon-

taria. AliáVs, tanto o menino peiveiso como o homem

que levanta arms para tais animalzinho* cometem a mes-

ma maldade, sendo que o adulto pode não tei maisremorso.

Desde os tempos de Noé, ou quando ao descer das

água diluvianas foi um pombo que prenunciou a alvi-

çareira notícia com um ramo de oliveira, é esta ave ies-

peitada como um símbolo.Interessante notn o paradoxo com relação ao pom-

bo que, sendo designado o pássaro da paz, é escolhido para

eervir de alvo movei e seja tão utit nos episódios

guerreiros como mensageiio.Ort, estanao sujeitos á pena os malvados que, na

solapa, tirem a viaa a um aniraul tão humilde e sabendo

de sua grande utilidade como paia ser\ir em sagiado

mistéi, é digno de lastima que em tempo de paz seja só

êle o inocente bnimal que se presta a ser alvo do passa-tempo de espoitistas.

a marcha da Histórip, falam doa povos báiba.os e vêm ar-

madoa de ai mas de fogo paia eliminai um pássaro

que só é utü e oriadoi de beleza, desorienta-nos e arraza

qualquei panela de ilusão. E na libertação de um pássaro

não kuóa felicidade que damos ao animalzinho mas

também o legozijo que existe en, sentirmos a libeidade.

Não só devemos falai da beleza do pombo quando era

vôo ou pousado, mas também do seu lado utü na paz

ou na guena, quando muitas vezes substitue cora van-

tegem a máquina elétrica que paulizou a inadiação de

bnd-.s heitzianas no momento mais uigente.Razão tinha aquele admiiavel Axel Munthe quando,

com todo o sacrifício, compiou uma ilha só pa-.a que os

passai os tivessem um instante de lepouso e tianquiU-

dade na _ua joi nada de fugii do inveino euiopeu.

Que os homens re matem e ae estiaçalhem, é sempie

possível e é mesmo vocaeftj inata; mas que ao menos evi-

tem e*as chacinas aos bichinhos mais ou menos inocente».

Afastem-se as airaasde fogo, atiiadeiias ou gaiolas

de alçapão e pcimitam que a mr.ii suave e linda das ave_

realize o seu destino e pureza entro a terra e as nuvens.

Se poi um lado o columb)fil.smo é uma dntiação

bastante útil de fins incalculável na defesa de noasa

teira, seive aliás á própria reeducação do homem para

ampliar seus sentimentos de iespeito aos maia f'acos. Se

tudo que fazamos tem um sentido de espiritualidade e

mais e mais tentamos fugir das misérias teirenas, nada

tão digno como aprendei mos a tei doçura e uman idade

para com os pássaros.E, ae as autoridades competentes estão tomando o

controle de ave pieciosa como é o pombo coneio, devemos

avisar os chamados caçadores-amadores que as oufas

aves também* são animais belos e, mais do que bonitos,

dignos de nossa não só compaixão mas respeito poi- tudo

que, dignificando a natureza, repiesenta também um

COLUMBOFILISMO

w

ft.

. sua incapacidade para beliscar os que o acai iciam

^0 motivos para o tornar alvo dos mais foles.

Sempre se empregou o pombo como condutor de

mensagens; mas, cem o suposto progresso que a humani-

dade tem feito no ramo material, seria razoável que tam-

bem houvesse alguma melhoria no ramo morai. Puro

engano Espiritualmente vivemos retrogradando. Jul-

iramos que só a força o capaz de constiuir alguma co.sa.

E damos todos os .rias plenas e cabais manifestações

ie nossos modos de senti, tena a tena. Haja vista o que

8e refeie aos pombos. Se ..s autoridades avisam que deve-

mos respeitar os pombos, é poi que todos os dias fazemos

o inverso.Vivem os homens desunindo os pequenos animais

silvesties e só íespeilam os que mais facilmente se do-

mesticam julgando que só esses são úteis a nossos alia-

dos. Pois são também 09 pequenos mimaise principal-

mente aves que nfto prendemos, ou que vivem um tanto

afastados de nós, os que muitas vezes são úteis paia a

agricultura principalmente.O homem covaidemente ataca os sej.es fracos ou in-

defesos. Rato é o indivíduo que apenas com seus braços

enfrenta numa luta leal um simples cachono, para não

citaimos uma "pintada". Procuramos eliminar os outios

animais, porém bem Minados e sempre de tocaia.

Estamos peidendo no.-sa fauna e não damos o devido

apreço ao que é nosso; e só quando sentimos perigai nosso

bem-estar é" que corremos para nos lastimarmos. O mor-

ticínio de animais silvertres 6 enorme. E! a volúpia dos

caçadores piofissionais que está extinguindo nossa fauna

indígena, mas-muito pioi — dos chamados esportivas

que estão sempre atentos nas suas atividades venatórias

e provocando verdadeira chacina no iato patrimônio fau-

rústico de nossa terra.

POR atestado de nossa boa indole. Nãoé que procuremos tó

distinguir uma ave que é um símbolo mas ainda nossa

SEBASTIÃO FERNANDES sensibilidade que, pelo menos, pela educação, já temos

sentimentos nobres. Ferir de morte uma ave é dos senti-i

Se é condenável o áto daqueles que se armam de

todos os apetreches pura- iludii os pássaros silvestres edepoie prendê-los, o que acontece raramente, porque aintenção piimoidial é matai, que diremos dos que tru-cidam covaidemente um pombinho que leva uma men-

ságem ?Comemorando-se a data de São Francisco de Assis,

que se tornou santo por conhecei profundamente a mal-

dade des homens e'tiatou os animais por "rmão", pvaverse alguém seguiria o belo exemplo, vemos que muitos

escrevem sobre o santo e seu apostolado mas ninguém

na prática realiza tão nobre ação. E o homem, quandoresolve apiedai-se, é poi que as súplicas são muito foites

e a voz do semelhante chega até o cai.asco, o quenão acontece com seres que não sabem pedir nem

choiai. ¦ •

Vivemos sempre em contradição com as leis do direito

e da dignidade. A maioria jamais se lembrará de que exis-

tiu alguém que tratava os outros seres de umão e muito

menes seguiiemos seus conselhos de bondade, doçuia esimplicidade.

Constantemente se dá á criança um sentido de li-be dade e beleza, e mesmo de grandeza de alma soltandoum pássaro. Em todo tempo que se quei apresentarem

público um sentido de esplendor, soltam-se pombos.Noto também como minha filhinha gosta de vei os pcm-bos que passam em revoada, lá na Tijuca. Uma revoada

que.^para o pai e_para filha., ó alegria para os olhos e

mentos mais humilhantes para a espécie humana.

VL tm ^^hJÍ '

I -iS.

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COVARDIA I?XSfr'

PICOT — Sim... Ele não saiu do castelo... está es-condido aqui...

ZIMMERMAN — Não!... O senhor Alain é amigonosso... colaboracionista, Picot 1

PICOT — Não é muito... eu não confio...ALAIN — Doutor Eric Zimmerman, peço-lhe encareci-

dgmente que evite que esse seu auxiliar esteja constante-mente me aborrecendo...

ZIMMERMAN — Por que? Acho que Picot não faz issopor mal... E' um tanto... como direi, excesso de zelo...muito natural ao sentimento daqueles que trabalham pelagrande Alemanha I

PICOT — Não é verdade que vou ganhar a cruzde ferro?

ZIMMERMAN — Claro... Como não, Picotl... Vocêvale por um valente soldado alemão I

PICOT — Ah!... Eu desconfio daquele sujeito quetem um moinho logo fora da aldeia...

ZIMMERMAN — Aquele velho...PICOT — Sim... aquele velho que quis me bater

com a bengala... Chamou-me de sujo e traidor!...ZIMMERMAN — Não te incomodes, Picot... faremos

uma visita amanhã à casa daquele velho...

Contra-regra: passos que se aproximam.

DENISE — Oh!... Perdão... pensei que Alain esti-vesse sozinho*....

ZIMMERMAN — Queira entrar, madame Westbury...Vamos sair dentro em pouco...

DENISE — Com licença... (passos) Eu vim aqui, meuirmão, saber se queres chá...

ALAIN — Por que? Onde está o velho Ives?DENISE — Não está passando bem... está de cama...ALAIN — O que tem êle?DENISE — Não sei... Veio-lhe uma febre ao cair da

tarde...PICOT — O velho... se a febre não o levar... o pe-

lotão está esperando...DENISE — Perdão, senhores... Vou me retirar...ZIMMERMAN — Oh!... madame... Por que se zanga

com o nosso bom amigo Picot?DENISE — Não posso suportar a presença desse mons-

tro, senhor... Com licença!PICOT — A senhora não voi sair!..,.DENISE — Não vou sair! Por que? Quem é o senhor

para me dar ordens?PICOT — A senhora está insultando um agente da

Gestapo... um funcionário alemão!DENISE — Insulto você... e não o dr. Zimmerman!PICOT — Sou eu o funcionário...ZIMMERMAN — Realmente, madame Westbury... a

senhora tem atitudes um tanto rudes com Picot!DENISE — E esse homem é um funcionário alemão?ZIMMERMAN — Meu auxiliar de confiança...PICOT — Eu sei... a senhora... "está arrufada...

zangou com seu namorado...DENINSE —- Que está dizendo, trapo?PICOT — Não se zangue, viuva!... Ç capitão Weh-

ringer!...DENISE — Este homem está me insultando!PICOT — Estou dizendo a verdade!ALAIN — Doctorr Zimmerman... isto é insólito!...

Este monstro aproveita-se demasiada e indignajiente da

proteção que o Estado Maior está lhe dispensando...ZIMMERMAN — Não!... Não é insulto...DENISE — Oh!... Isto é de mais!.... Onde está o

espírito de cavalheirismo dos senhores? Aproveitam-se dasituação para oprimirem criaturas indefesas...

PICOT Indefesas, hein! Indefesas... mas não vaidizer que nao beijou o capitão Wehringer no salão do cas-

telo outro dia!...ALAIN — Miserável!...ZIMMERMAN — Abaixe a muleta, senhor Alain de

Kergueven!ALAIN — Eu esmago esse verme imundo!...

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ZIMMERMAN — Serei obrigado a prendê-lo e privá-lo â&4todas as regalias que o nosso serviço de segurança lhedispensa!...

ALAIN — Pouco me importa!... Retirem este monstro,esta serpente venenosa da minha frente!...

PICOT — Se. pente.... eu mostrarei a você a 6erpente,Kergueven...

ZIMMERMAN —Picot...ALAIN — Faça sair este corcunda do meu quarto, dou-

tor Zimmerman!...DENISE — Pelo amor de Deus, Alain... fique quieto...

deixe-o falar!...ZIMMERMAN (pausa) — Um instante!... Todos cato-

dos!... (pausa) Picot !...PICOT — Doctorr. ..ZIMMERMAN — Você não ouviu um barulho estranho...PICOT — Barulho! Barulho! Onde? ' ;:ZIMMERMAN — Aqui... do lado da parede... aqui...A

atrás deste armário... ,PICOT — Parece que ouvi... parece que ouvi um

barulho... sim... Eu não disse que esse homem sabia decoisas... Ouvi mexer alguma coisa atrás desse armário...Vamos afastar o armário, doctorr...

Contra-regra: passos e arrastar lento de um móvel.ZIMMERMAN — Mais um pouco, Picot... (riso de

Picot) — Força... maisl. ..ZIMMERMAN — Vamos afastar o armário donde está,

1 Picot... Força... eu ouvi um ruido aqui. ..PICOT — Eu também... eu também...ZIMMERMAN — Força!...

Contra-regra: arrastar de armário lentamente, até notarubrica.

PICOT (gritando) — Doctorr!... Doctorr...ZIMMERMAN — Que foi?PICOT — Uma pessoa correu no corredor...ZIMMERMAN — Alguém correu no corredor...

PICOT — Ohl... Outra vez!... Alguém está fugindopelo corredor...

ZIMMERMAN — Ligeiro!... E' o espião... Estavaescondido dentro do castelo...

PICOT (rindo) — Pegamos êle!... Pegamos ele!.**

Contra-regra: passos cambaleante*.

ZIMMERMAN — Vamos, Picot!..- A

Contra-regra: passos precipitados,

ALAiN Fecha a porta, minha irmã,... ligelrol...

Contra-regra: passos femininos que se afastam e baterde porta e passos femininos que se aproximam.

DENISE — E eles? Estiveram aqui?

ALAIN (baixinho) — Pelo amor de Deuá!... Denise.._não diga uma palavra agora...

Contra-regra: voz distante de Zimmerman.

ZIMMERMAN (cinco metros distante) — Todas as saí-das do castelo rigorosamente vigiadas!... Fritz e Sch~wartz... comigo!... Rápido!... Picot e Wilhelm... par|o térreo do castelo!...

DENISE -- Estão distantes... e eles?ALAIN — Por um pouco estariam perdidos...DENISE — Onde estão?ALAIN — Desceram pela porta secreta que da para o

• Aí$meu apartamento...DENISE -- E se eles afastassem o armário... -A||ALAIN — A porta secreta está disfarçada no papel

que cobre as pa:edes desta quarto...DENISE Oh!... Esse corcunda na sede de maldade

que lhe queima o coração salvou-os sem querer... Que»

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*4_

18 BERLIET JÚNIOR

teria passado no corredor? Ele ouviu naturalmente .passos

de alguém...ALAIN — Provavelmente,..DLJNüdE — Teve sorte, Picot. .,

;: ALAIN — Sorte?¦ DENISE —Sim.

Técnica: música apreensiva.

,-.'¦:.mmi-.'"''

V' "

fí*--

*....

DENISE — Muita sorte. / .ALAIN - Por que? Por que diz você que Picot teve

sorte, minha irmã? ,DENISE — Acreditei que havia chegado a sua hora.. .

ALAIN — Não a compreendo, Denise...DENISE — Olhe!...ALAIN - Que quer dizer isso?... Por que traz esse

revólver no bolso do seu capote, Denise?^DENISE — Picot teve sorte, meu irmão...ALAIN — Você... você...DENISE — Fuzilar-me-ão, Alain... mas os dias de

Ficot, desse verme imundo, desse canalha e traidor estão

contados...ALAIN — Você...DENISE — Vou matá-lo!ALAIN - Denisel... Por Deusl Não!... Nao faça issol

DENISE — Não há força humana que possa me con-

vencer ao contrário... Meu pai já sabe desta minha reso-

hição Na França, todo francês é um soldado, Alam!...

Minha vida vale tanto como aquelas que morreram nos

campos de lutai... Picot deve morrerl... E vou mata-lo!...

Logo que o encontrar...ALAIN — Denise!... E seu marido?...DENISE — Está também com a sua vida correndo ris-

co... Devo trabalhar como Leslie pela-vitoriai... E Picot

é um elemento terrível 1...ALAIN — Suplico-lhe... não faça isso...DENISE — Não se interponha nas minhas decisões,

Alainl...ALAIN — Denise, dê-me o revolver...DENISE —Não ! ' .ALAIN — Não permitirei tal coisa!

II- DENISE — Nada tem a ver... Henry morreu comba-tendo... Você fugiu da lutai... Farei o que não íez você,Alain!. . . Pagarei o meu tributo à pátria!...

ALAIN (passos) — Dê-me esse revólver!... Não ma-tara Picot!... Ouviu? Não matará Picot 1

DENISE — Nada .o salvará da minha mão, Alain defCeraue ven. .. Sei que pensa como êle!... Se não fosse orespeito ao sangue, creio que teria coragem de fazer o mes-mo com você!

ALAIN — Denise!...DENISE — Saia da frente dessa porta... Quero sair!

Pela segunda ve:-... deixe livre a porta!ALAIN — Se quer o;irar não hesite... Não sairei l...DENISE — Estou disposta a tudo, Alain!...ALAIN — Está louca!DENISE — Talvez!... Enlouqueci de vergonha... Um

Irmão desertor... que vive trancado num quarto... falsoinválido... Um francês traidor... Esse corcunda miserá-vel. denunciando e levando para o páteo das execuçõesos seus compatriotas... Meu marido entre a vida e a morteno serviço arriscado de uma missão!... Não é loucura!...È' a necessidade de fazer alguma coisa pela pátria!...

ALAIN Dê-me esse revólver, Denise!... Não mataráPicot! .. ,

DENISE Não sabia que tão forte laço de amizadeligava-o a esse sórdido corcunda!

ALAIN — Nada fará a Picot!DENISE — Matá-lo-ei logo à primeira ocasião... A

queima roupa... como se mata um cão raivoso!... Sem

remorsos, ouviu?... Saia da frente senão não me respon-

sabilizarei pelo que fizer!ALAIN — Atira!DENISE Não farei isso!... Pior ainda... denun-

ciá-lo-ei... Desespero de causa contra desespero de cau-

sa... Sai ou não?

ALAIN — Mais uma vez, Denise... . ,DENISE — Passagem livre, desertor!...ALAIN — Pode passar, Denise... Nada mais- posso

dizer-lhe. ..DENISE — E nem o ouviria...

Contra-regra: passos que se afastam.

. INTERLÚDIO

LESLIE — Espere, Detang.,. sempre deitado...DETANG — Não abriram a porta...LESLIE — Eu ainda üve tempo de ouvir arrastar o

armário... ,. ,_. j..^,,_DETANG — A queda do meu revolver no chão, denun-

ciou-nos... Tenho vontade de estourar minha cabeça com

uma bala por •"tamanha estupidezl...LESLIE — Invoco a sua inseparável serenidade, capi-

tão D^lcr^g... ,; .DETANG — Leslie Westbury... Volte imediatamente

para o seu barracão... Sua ausência poderá despertar

suspeitas... ._,/•.LESLIE — Mas não posso abandona-lo agora.DETANG — Não se cogita disso... Cada um de nós

aqui tem sua missão a cumprir... Portanto trabalhamos

coordenadamente nos momentos que forem possíveis e iso-

lados quando a situação assim exigir... Agora precisamosnos isolar... Não podemos prejudicar o conjunto do plano.Pode ir...

LESLIE-— E se o surpreenderem?DETANG — Matarei o que for possível... guardando

a última bala para mim... Bem vê, que esse final é de

uma oi":r:rci_la,dé maan.fica!...LESLIE — Você e um bravo, Detang...LidSitiük — voue.-ao stfii po-iu, juraineiro Leon Ves-

traet....LESLIE — Felicidades, Detang...DETANG — Para você também...LESLIE — Se ouvir... Se eu ouvir o tiroteio?DFTANG — Mais um aviso de que a França continua

resistindo!...- 011Qro abraçá-lo, Detang 1...

DETANG — Adeus, Lesiie!...'Úi^L vemocioiiauoj — Adeus, capitão Detang!.,

ALAINIVES —

¦ ALAINcastelo?

IVES —

INTERLÚDIO

Quem as mandou, Ives?O hortelão... esse belga...

— Essas peras foram colhidas no pomar do

Foram...

Técnica: disco de explosão distante.

ALAIN (sobressaltado; passos) — Que foi? Será queos inqleses estão fazendo uma excursão em dia claro?

IVES — Não, senhor Alain... A explosão vem dapedreira dos Deux Chenes.

ALAIN —.E que fazem os alemães nessa pedreira,Ives ?

IVES — Eles estão fazendo excavações para arranjarpedras. Os alemães querem alargar a estrada 83...

ALAIN — A estrada departamental?IVES — Sim... A pedreira está trabalhando dezoito

horas por dia... Submetem quase toda a população mas-culina de Benoet e de outras aldeias vizinhas a um ver-dade ir o regime de escravos!...

ALAIN — Preciso visitar essa pedreira, Ives...IVES — Visitá-la? Não vai se cansar, senhor Alain?ALAIN — Preciso andar, meu velho... Preciso dar

um pouco de circulação ao sangue... Anquiloso-me, nestefn* _»"_... o^m me. mover... Isto é demasiado monótono...Quem está dirigindo os serviços de excavaçãa? Técnicosmm.ares alemães?

IVES — Não... O senhor Messin... ,

y .'___.-".._... 'd"y ^¦^^2^/>^ii^-^^^^ji^^^*i^^

¦ ¦¦ aJ ¦'...¦_: ... ......... -j*„ i- ._>¦-¦¦'..„_. ,-..:_.¦ /-/--'¦¦ ~. '¦p*a*.«___ •-. • _, ái* . . _ -~ -• -- . ...'.¦;"¦'¦__._

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COVARDIA 79

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ALAIN — Messin... o empreiteiro de obras públicasde Brest?

IVES — Sim... Requisitaram-no... Ele a princípiorecusou... mas íoi obrigado a aceitar... Os alemães sãocapazes de tudo... Mas como pretende o senhor meu amose .transportar até lá? Bem sabe que a pedreira é um poucodistante do castelo!

ALAIN — Arranjq-me um veículo... um transportequalquer, Ives... Não conhece ninguém que tenha umyeículo?

IVES — Larson... o velho Larson, senhor...ALAIN — O cultivador vizinho?...IVES — Sim... êle mesmo... tem um carro...ALAIN — Quero que vás comigo, Ives. E coloca no

carro alguns sacos vasios. Apanha-os na adega do cas-telo...

IVES — Sacos vasios?ALAIN — Sim... Desejo colher fragmentos de rochas

dessa pedreira para estudos... Quero que mos tragasaqui para o castelo. Tu depois os colocarás na adega eeu os procurarei quando tiver tempo para começar as mi-nhas análises químicas...

IVES — Está bem, senhor Alain...

Contra-regra: pancadas na porta

ALAIN — Abra, Ivesl.. _\

Contra-regra: passos que se afastam e rodar de mo*caneta.

IVES — Madame... Madame...IRENE — Pode ir, Ives... Quero falar algumas pala-

vras com meu marido em particular...ALAIN — Pode ir, Ives... Não se esqueça do que

recomendei, meu velho...IVES — Sim, senhor... À hora aprazada virei avi-

sá-lo, senhor...ALAIN — Entre, Irene..,

Contra-regra: correr de chave na fechadura

"IRENE (preocupada) -— Por que fechou a porta à chave,

Alain? AALAIN — Não se assuste, minha cotovia... Você falou

em particular... e as particularidades sempre se expõemcom portas fechadas... De que se trata?

IRENE — Eu queria falar-lhe um instante... (pausae receiosa) mas dê-me essa chave... eu não gosto de ficartrancada... Não a ponha no bolso... dê-me essa chave!...

ALAIN — Vamos!... Esse nervosismo não fica bem

a uma ladra!IRENE — Hein?ALAIN — Chantagista mui vulgar!... Que quer falar-

me você, vamosi...IRENE — Nada receia de mim?ALAIN — Acho que em breve estarei imunizado de

seu veneno, cobrinha... passemos ao assunto, porque não

estou muito disposto a aturar a sua presença... Bem sabe

que enoja!... 0IRENE — Abra essa porta... Que quer fazer comigoi

ALAIN — Oh!... Pensa então que eu cairia na estu-

pidez passional de passar a minha mão nessa gargantamuito branca e muito infame? Não!... Desceu tanto, me-

nina, que seria indigno estrangulá-la... que quer?IRENE — Onde quer chegar, Alain!... Despache-se!...

ALAIN — Eu não!... Quem me procurou íoi você...

IRENE — Venho falar-lhe de negócios... O que resol-

veu sobre o dinheiro que lhe pedi?ALAIN — O dinheiro?IRENE — Sim... Não se faça de esquecido, meu caro;

bem sabe o que eu quero dizer... A minha parte...ALAIN -Ahi... Sim... (rindo maldosamente e bal-

xinho) Ah!... Sim... a sua parte O dinheiro que tenho

oculto no bosque de Guenant... 220 mil francos...

IRENE - E trinta, querido... E a metade dos dólares...

ALAIN — Ah!. . . Sim... trinta, desculpe-me o erro. . .Foi sem intenção. . . sou um homem honesto, bem sabedisso. . . O íalo de eu ter desertado. . . iugido ao dever. . .não quer dizer que seja um ladrão eu um chantagista...e disso você bem sabe... possui experiência própiia...

IRENE — Não vim aqui para ouvir insultos ou afrontas.ALAIN — Está exagerando, querida... Estou simples

mente dizendo uma verdade. Bem sabe que não faltariaao cavalheirismo que se deve tributar a uma dama...não a estou ofendendo, Irene Michon... estou dizendo oque realmente é. ..

IRENE — O dinheiro?ALAIN — Deu-me o prazo até meia noite de quinta

feira para refletir no seu pedido, esqueceu-se, meu bem?IRENE — Sim... e daí?ALAIN — Quer então entrar na posse desses 230 mil

francos?IRENE — Mais do que nunca.ALAIN — Mas não sabe onde está escondido o meu

dinheiro, não é verdade?IRENE — Por que faz essa pergunta?ALAIN (rindo) — Estranhou, querida?IRENE — Bem, não me importa com que sentido foi

feita essa pergunta, e de um desertor de sua marca podese esperar tudo!... O que me importa no momento é queme dê o dinheiro.

ALAIN (suspirando) — Em suma, sou um homem infe-hz... que deve entregar uma fortuna para salvar a suacabeça...

IRENE — Não vamos recomeçar essa discussão,Alain!...

ülAIN — Refleti desde que me disse com franquezap que pensava de mim e de minha família. Você me arrança essa gorda soma como um gangster de saias.

IRENE — As suas apreciações morais neste momentoe no caso presente para mim são supérfluas.

ALAIN — Nem tanto!... Por esse preço eu tenho odireito de julgar a sua maneira de agir.

IRENE — O seu crime contra o seu país...ALAIN — Nosso país... Melhor ainda, Irene... Nossa

pátria invadida... massacrada... vilipendiada pelos in-vasores. ..

IRENE — Oh!... Os brios ressuscitaram no meu que-rido esposo...

ALAIN — Quem sabe, minha querida esposa... Quemsabe...

IRENE — Torno a dizer, Alain de Kergueven, não podeme julgar!

ALAIN — Acha?IRENE — Sim... O seu crime contra a nossa pátria. .

(transição e com um sorriso irônico) Está satisfeito?ALAIN (sereno) — Mais'ou menos... Ficou melhoi

assim a expressão... Continue...IRENE — O seu crime contra a nossa pátria priva-o

de todo o direito de julgar os outros. Está decidido a pa-gar? (pausa) Sim ou não?

ALAIN — Quinta-feira... Sabê-lo-á quinta-feira ànoite. .. Você me deu esse prazo, não ó verdade? Não háde querer voltar a sua palavra.

IRENE — Quinta-feira... à meia-noite...ALAIN — Aliás estou tranqüilo até quinta-feira, querida

Michon...IRENE — Tranqüilo... conheço-o... Quando fala assim

mordendo os lábios insensivelmente... sei como está o seuestado de alma...

ALAIN — Não... estou bem calmo... Mas, suponha-nhos que num impulso de cólera... Oh!... Não empali-deça assim, meu amor... Continue sentada... Suponhamosque num impulso de cólera ou de impaciência, você mefaça prender, denunciando-me... Poderá então dizer adeusaos 230 mil francos... Eu levaria o segredo do meu escon-derijo comigo, e poderiam pôr a floresta de Guenant de

pernas para o ar, mas não encontrariam o tesouro. Não émesmo, queridinha? Ein?... Estamos portanto presos umao outro.

IRENE — Onde quer chegar, Alain de Kergueven?

^ V ..... -V — *^XXm- À^tizSm

Page 63: ^ 0 N. Cr $ 5,00

% n

80BERLIET JÚNIOR

ALAIN — Um gesto prematuro de sua parte e as suas

belas notas de mil írancos... adeus!... ^sap^eceriam

por um encanto!... Não creio que íara isso, porque sei

U me detesta, Irenel... Despreza-me ate o fundo dos

meus ossos, sei disso, mas não quer perder esse belo ca-

pitai, ein? K. . «IRENE — Para que essas hipóteses, Alain r

ALAIN — Para fazer compreender à minha bela que

se me fizer prender antes de quinta-feira... ficara...

(rindo) Ficará de mãos a abanar.IRENE — Eu lhe repito que nada tem a temer antes

de quintóeira!obrigado!^ X^| ^A ^ ^

Se eURnão g^^ .

^cia, tão certo como esta-

mos os dois aqui.ALAIN — Bravos!... Assim esta bem...IRENE — Bem, abra a porta que me quero fr...

ALAIN - Ahi... Sim... Como estou distraído, meu

amor!... Acredita que estava crente de que estava no

seu quarto e não no meu?IRENE — Abra a portal...ALAIN - Nervosa... O quel Irenel... Olhe aueri-

da... olhe... aquela estrela a menos de um palmo da

Lua... Não observou isso? Olhe!...IRENE — Estou cansada, Alain... eu quero ir...

ALAIN — Onde botei a chave?! • • ,IRENE — No bolso... no bolso esquerdo... nesse ai ...

ALAIN — Neste... neste aqui... Que bela memorial...

Ah!... Sim... está aqui... ,IRENE — Por favor!... Está me pondo nervosa, Alainl...

ALAIN — Quer \jm copo de vinho?...

Contra-regra: ruido de vidros e gorgolejar.

ALAIN — Bebe, meu bem... é um ótimo cordial...

Eslá tão pálida... coitada... Como antes impressionava

©sta tua palidez, Irenel...IRENE (apavorada) - Não se aproxime de mim...

AlAn... Não se aproxime de mim... .ALAIN (passos lentos) — Ohl... Que e isso!...IRENE (gaguejando) — Não se aproxime de mim...

ALAIN (entre dentes) — Que e isso, querida?... Querodar-lhe apenas o vinho... tome. Segure o cálice, Irene

Michonl...IRENE — Não se aproxime de mim... Não quero be-

ber... não quero beberl

INTERLÚDIO

Técnica: música característica da novela.

IRENE — Não se aproxime, Alain de Kergueven.ALAIN — Por que esse pavor, minha linda mulher?

Por que? ,IRENE — Não quero beber esse vinnolALAIN — Por que recusa um brinde?IRENE Porque não confio em você, Alain!... Ava-

lio o seu ódio por mim!ALAIN — Ah!... Então reconhece a profundidade de

sua infâmia?IRENE — Quero sair daqui.ALAIN — Beba um cálice...IRENE — Não. ,ALAIN — Ah!... lá sei... julga que o vinho esta

envenenado... Pronto... Beberei o primeiro gole, filhinha...(bebendo) Está aí... E então? Ainda suspeita?

IRENE — Não quero beber.ALAIN Bem... isso é com você, Michon... Vol-

tando novamente ao nosso assunto. Suponhamos, Irene Mi-chon... Como minha esposa já deve estar familiarizadacom o meu caráter... não é verdade?

IRENE Continue, Alain... Suponhamos. .. Suponha-mos o que? , _ , .

ALAIN — Suponhamos que na quinta-feira... o nosso

prazo, não é? O prazo que foi estabelecido para a entrega

da quantia que quer me extorquir, eu me recuse a entregar

essa importância... _ #IRENE — Não pagar o que ia foi tratado t

ALAIN — Sim... recusar-me a comprar o seu silen-

cio... Sabe, nós, geralmente, mudamos de pensar oitenta

vezes por minuto... Principalmente um indivíduo tempe-

ramealal... assim como eu... Aliás nao e novidade para

você, dizer o gênio esquisito que tenho...IRENE — Vamos...ALAIN -— Se eu me recusar a pagar na quinta-Ielra,

Irene_RENE — E depois... Sei que tem ainda mais alguma

coisa a dizer, Alain? mALAIN — Analise a minha situação, minha querida

Michon... Sou um homem cuja vida está na mão da mu-

lher que mais o odeia... apesar de ser minha esposa...

Enfim... um homem... que come... ^Jf?*-''**respira... a prazo limitado... Nao e verdade?... Ama-

nhã... daqui a pouco, a matreira Mfchon. ..cisma. ..e

cisma com maldade, avalia o efeito. Chega diante do Es-

tado Maior alemão... e diz simplesmente... Capitão...

coronel... ou... general... O primeiro oficial «jraduado

Senhores... meu marido e um falso invalido... trama con-

tra a segurança da Grande Alemanha... etc... etc...

Ou é preciso que eu continue, querida Irene?...IRENE — Mais um pouco... quero alcançar o lundo

do seu pensamento, meu querido maridolALAIN — Dou-lhe uma bofetada se tornar a me cha-

mar de seu marido...IRENE — Continue. ,\_-% £q ^ALAIN — Irene!... lá refletiu na terrível situação em

que fica uma mulher cujas revelações podem levar um

homem à morte? ,IRENE — E' uma ameaça, Alain? Descobre de uma

vez os seus pensamentos. .ALAIN — Irene!... A sua situação é terrível!... Ltor-

me sobre um vulcão!IRENE — Quem?ALAIN —Você! ,IRENE — Por que essas suposições estúpidas?ALAIN — Por que? - -IRENE — Sim... Os seus olhos dizem muita coisa

neste momento... Nunca os vi assim!ALAIN — Porque muita gente em casos semeinantes

suprime o acusador. Sabe que eu leio muito em meu

quarto. Pelos anais judiciários soube de um caso interee-

sante... <*» data de 1896. Um agricultor da região de

Douajnenez estava à mercê de uma mulher que o vira

praticar um crime.IRENE — E esse homem?ALAIN —¦ Ainda pergunta?IRENE — E esse homem? Que fez a mulher?

^^ALAIN — Estava como eu, naturalmente... Obsecado

pela idéia ftoga de que essa mulher poderia denunf}a^°^;O agricultor entrou na casa de... um caso verdadeira-mente curioso... (sorrindo) Li todos os detalhes...

Técnica: música impressionante.

ALAIN — Deixe-me abrir um pouco a janela... Estásufocando aqui dentro, não acha, querida Michon?... pcarrasco mais delicioso da minha vida... um segundoDeus... Sabe que você é um sequndo Deus!... A minhavida depende de você... Quem manda no destino dos fco-mens é a providência divina... Logo, faz concorrência aOnipotência divina (rindo) Deixe-me abrir a janela...Como está banhada em suor, meu bem... (passos).

Técnica: abrir de janela; correr de cortina.

ALAIN — Uff!... Melhorou... Esse ar da noéte fazum bem louco nessas situações, não? Porque o calor vaiaté a alma... r

IRENE — Termina, Alain de Kergueven... E que fezo agricultor a essa mulher que testemunhara o seu crime?

ALAIN — Já vai... Quer um cigarro?IRENE — Não.

. —». * *t: % . X,- .3fê$I1_____-i. - íí "X

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Page 64: ^ 0 N. Cr $ 5,00

tHÊtotortdl* .

í

SENiioiViTAS casadoiias pós-

ouiaiu bonita avaia debelo plumagem aurivei ¦

,!(. o com asr.3 guítfneçi.rias d(> mu. vivo? rubros e negíos re-l-intos, genuína da avofautiabl asileira.

Moravam no segundo andai' de mitigoHobVÓdo dr. ma do Chile, no ponto des-iruído para, num surto de renovaçãoii-lu n.i.U.íca, chav-se estrutu. a á AvenidaCcntial, hojo Avenida Rio Branco, ocm cuja sacada de frente costumavamcolocai a gaiola da grande ave tvcpaclqia.Ralo. não obstante os esfòvçGã empregadospelaa donas em lhe ensinarem a dizei'algum? cousa, quase nada aprendei a.De espaço a espaço abi ia o bico te-[oito para articular apenas estas duospalavi«as inteiras e bem perceptíveis,fonio se fossem elas uma sentença plenade .oflexão filosófica:

"Está clavo".E nada mais saía-daqúêle bico adüilco

senão:

"O LOURO"Está cla.'o.Foram alguns estudantes pava a vi-

sínhança, como habitantes de outro se-gundÒ andar, e logo implicavam com oararão poi levai o dia inteiro a rôpetii nasua voz giossa e roufenha:.

"Está claro'7Quando não era isso. eva inva iavcl-

mente isto:"RA! Rá! Rá"!E ficava horas intei as a grití r im-

placavelmente:"Rá! Rá! Rá"!Hoiiísaono! Tiniu» cpie desaparecei

dalí aquela ave gvitalhóna, tflo lindaquanto importuna.

Poi sugestão de ardiloso estudante;comprou-se no mercado um papagaiofaladoi afim de a^ senhoi itas sereni

obrigadas a íecolhcr a arara, transpor-tahd.o-a para os fundos do sobiado.

O louvo cia palradoi terrível. Muitoengtaçndo, muito desabusado, estavasempre a cantar uma versalhada apren-d.ída no sertão:

Há muito tempo,eu não como carne Jrita;triste de mim.se não fonse a Bsncdita!

Há muito tempo,eu não como lapioca;Irisie <le mimse não iosse inhá Marocu!

Os estudante-, ensinavam certas frasesao louro e levaiam-no por", a sacada.

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REVISTA DA SEMANA

jn jy !)<> chegada, sacudiu as asóéIA IÂ o car.lbu iv; veisínhof sn't:>,.

Gorieram i\i senhoritas àjaiiela, e riram gostosamente.

Em seguida voíu, poi oi-dom., r. lição dos estudantesque ele repetia mecanicamente:

"listas donzelas piecisrn casa'.',.,",\.s genhc.rit.na j:í nâo tiram de bom

giado; soniran1 apenas.A firmou .". ."..',"..';) in hki sentença

maquinai:"Rat.it (iltuo .Continuou o papagaio:"Porém são feia','''!.\', seuhoiitas ficavam séiías.Confiim.-, o ararão:"Está clavo".Prosseguiu <> plumosv, |.aga.'eli\:

",l:í são bem velhas . .As senhoiitaM saíram Irricieamontc da

íanda. Daí a pouco, desa])oveeeu i\ arava

11

Vitoriosos, ficavam os estudantes que-rendo multo bem ao papagaio que trouxetranqüilidade l\ república, l.ovnando-sepava eles uma ospúeie de amuleto vivo.,N7'io saía liein chegava um só cst.udunti :|sem lhe íi IV.zei festas. E jiaia cadaqual a ave ím.ítadova da voz humana ti-uha ví\ «inhofia frase, que havia escutadopois estava sem.pvo .".lento pava ouvir...

"Já ilinjusle, Jíiiilinliu" .'" Vaia sair, Sírios A ur.lio" .'''Mas como es!M chique, l-''?'' 1'oitlo:'.''¦JSfttudaittç o noile inteira, Joniov.a...

Pupaçiaio"!

E algumas vezes acontecia a^ii comaceito, ligando o nome à pessoa.

Era a grande alegria dos jovens e asua moior distração.

De repente, deu pava entristecer,laitamudcai, até deixei de mo fazerouvir. E os lafiazes f ndavam impressio-nados com. aquela melancolia que lhen.ão era própria e procuravam os meiosa debelar.. Por fim, teve um deles a idéiado comprai um papagaio fêmea. Talvez opoli;e louio se reanimauso con1 a pvc.~sença de uma companheira. De fato, fi-cou muito alegro (l de novo paiolava odia inteiro. A.té alta noile só ouvia 0casal fagavelav, rolian.c.o ao mesmo tempogritadas go» | csas.

Gerta manhã, o.silêncio eva profundeirir. república. Um esludante achou es-l.vr.nhn .".qi.ela ausôncia de ruído vocal efoi observe.".' o que se pivisaia com as aves(|U(1.;(i„ ,, fi cr.cr.ntvou o papagaio agitado0,-içodo, golpeando, depem.iulc a con-

pe.nheira.Terie. enlouquecido? Chamou os co-

le^-vri, e i eram estes presenciar aquela.•«"•!),••, incompreendida e, comovidos, ve-

poliam Iodos:"Enlouqueceu o pobre louvo... Coitado.Após estivpa! as últimas pena'! que

restavam na cauda de. companheirasubmissa, volteu-se yt.r.X s cstu.dantesjrindo francamente, ruidosamente, o re-petiu:

"Coitado"!

Zombctoíro. proferiu em seguida:"Eu gosto do mi aitísl ico".Imitando bem a voz humana, faz-se

digno o papagio do e.prcço do In mem>nadn obstante, repente apenas <» queouve. Vivendi então num ambienteescolar, j.i imvii':! aquela base o repe-i.ÍU-a inr«-l'::ci-nleieeiUe; Illi -, <"¦" OCR"síão cômoda, jeito.se., d:¦vd<^ -. ilusão

l(. \o\ dela "du' .Io apvoveitav-.se.

íCjuÍ-ihi na pag fiS) W

Page 65: ^ 0 N. Cr $ 5,00

"T-H-rríTitfU&*& At' A li * i*i tú ÚJMKt* i«a*Stt>*

REVISTA DA SEMANA 64

Estou

apaixonada pelo radio-teatro. Conheço todos os instrumentos cia orquestra,

do violino ao xilofone. Nasci, cresci, botei salto alto, procurei os primeiros ca-

belos brancos—sempre ouvindo música. E detestava o radio-teatro porque não

o podia conceber musicalmente, instrumentalmente, sinfonicamete. A's vezes, quando

as peças eram melho.es, os artistas bons, tolerava tudo, mais por um esforço do ce-

rebro do que pelo toque da sensibilidade em vibração.

Ouvindo alguns capítulos de novelas, chegava até um estado de irritação doentia,

quando os personagens falavam c gritavam no empenho estéril de copiar a vida. Nada

de mais anti-musical. Dentro, mesmo, da arte dos sons propriamente dita, encontramos

essa espécie de tortura. Uma orquestra desafinada, um piano deformando um trecho

do Cravo bem temperado, um violino mutilando a Sonata de César Franch."A voz", pelo racho, na pré-história da minha conversão, era o "ruido" segundo

os indivíduos amúsicos concebem a harmonia sonora. Quer traduzindo amor, a gostosu-

ra de uma pasta de dentes, ou o goal decisivo do Fla-Fhi, a tonalidade não ultrapassa-

va a pauta da linguagem trivial, sem os sustenidos e bemóis subjetivos que dão ás vo-

gais e consoantes o sabor da transfiguração melódica.

Ouvindo, porém, a "Canção de Bernadctle", senti o abalo interior de uma revela-

cão. Jesus baíi/ado por João Batista às margens do Jordão. Beethoven en.vertando

VOZES QUE 1A HUMANIDADEÍV ^PiI: L; . ¦ i

|Kr| „..,.-,.,..,, ¦ ¦ e. .-.'. y '¦ .- . •;• v

ií .^^S^^^l^^^^p- 'yYitÊsammmA "¦ ImSÍÍK' iíiiíáÉfl fa '¦¦••¦¦¦•>< y--¦¦'¦¦

• i .^S^VY 1liPiiiiÍÍiiÍÍÍi9KHi H

Edição cie Natal

o coro no final da Nana Sinjonia. Sansão sacudindo as colunas do templo de Dagon

Não importa quais sejam os homens e as causas. Todos nós temos esses momentos cul-

minantes de descoberta, embora mesquinhos comparados aos que experimentaram os

super-seres cuios nomes f:guram na História. O fenômeno é semelhante. Os instantes

passam. Ficamos trêmulos, mudos de espanto, esmagados pelo que acabou de aconte-

cer e, ao retornar à realidade, adquirimos a sabedoria consciente daquilo que até entà.

ignorávamos, senhores absolutos de uma experiência que nos emancipou da dúvida

e que agora já é posse, dádiva e fé.

E por que razão a "Canção de Bernadctte" de tal modo repercutiu em mim? En

coníro-me agora quase nas mesmas condições quando, em 1942, comecei a fazer crítL

de radio. O samba eslava, então, no auge. Lia o que, na época, escreviam os cronista-

e sentia um terrível complexo de inferioridade. Como eram entendidos! Existiam Ídolos

que eu devia louvar. O samba estava querendo impor o Brasil ao mundo, numa propa

ganda estrondosa, entrelaçados os ritmos populares com as riquezas do nosso solo e as

opulencias da nossa mentalidade. Era preciso desbravar essa potência que nascia nos

morros, tomava as cidades e pretendia se projetar nas fronteiras internacionais.

Foi aí que comecei a ouvir, no radio, os grandes interpretes do samba, magesta

des intangíveis no crédito do povo e até entre a elite nacional, Eu falaria deles, com.

)

Ios outros cronistas. Chegai ia a distinguir a arte, a personalidade de cada um. E em

pregaria os recursos que usei, quando descobri Chopin, Napoleão, Freud. Passaria noi

tes em claro, lendo, estudando, enchendo fichas para um novo arquivo.

Durante longos dias não me afastei do radio. Inutilmente solicitei às livrarias obras

sobre o assunto. Acabei comprando, na porta, o "Jornal de Modinhas".- Aos poucos

já distinguia, pelas vozes, os deuses da batucada. A' medida que progredia na matéria,

verificando a fragilidade dos seus méritos, nascia cm mim uma paixão profunda, ina

balavel, pela oposição que eu devia erguer aos deuses sambeiros, contribuindo paia

afastar definitivamente do Brasil o perigo de se (ornar famoso, peiante as nações ei

v. ilizadas, como "a terra do samba".

Marcando uma sensivel evolução intelectual, o povo elegeu depois outro gênero

radiofônico: o radio-teatro. A vulgaridade das novelas desiludiu-me tão depressa como

a musiquinha plebéia.

E chegou, sem eu esperar, a "Canção de Bernadette". Foi a resposta, o argumente'

firme que, dessa vez, me fez capitular ao gosto do povo, num reajustamento pcrteit"

ao "conceito sinfônico" que eu tenho do universo. A "voz" assumiu o relevo de "instru

mento" na orquestra dos sentimentos humanos. Pela voz, tive a visão de Bernadette,

aflita, atravessando campos húmidos em busca de lenha. Pela voz, pude "ver" a poli

fonía dos personagens, cada qual exprimindo um tipo, um caráter, uma conformação

psicológica c física.

As vozes vêm de longe, dos estúdios, e chegam vivas, intactas, aos nossos ouvidos

Como as Toccatas de Bach e os Prelúdios de Debuss.y. E' uma verdadeira maravilha

E, como todas as inovações, no início, não se definem benéficas ou maléficas à Coleü

vidade, eu quero acompanhar a trajetória do radio-teatro, já, que. intimamente, vejo

nele a formula ideal para a mensagem simbólica que guiará os povos nos territórios d<

pensamento e da ação no mundo moderno.

Desde agora, condeno a literatura de mera ficção, os "clichês" extraídos do mon

turo folhetinesco e passional usados em novelas e outras peças. Rcfugo a exploração

de complexos que, por muito enraizados nas multidões, não deverão encontrar margem

de consistência. Indico as fontes inspiradoras da moral, das atitudes históricas, dos con

flitos contemporâneos nos quais os interesses gerais sobrepujam os interesses individu

ais, a literatura clássica — base de todos os conhecimentos.

Surgirão, tio radio-teatro, inteligências a se movimentar numa técnica especia

lizada, em fase experimental talvez mais exigente do que a que vier depois. Autua--

atores, sonoplastas, adapladores, etc. formarão, em futuro próximo, uma classe paricipante da engrenagem social.

Cabendo á voz, exclusivamente, a tarefa de criar cenários, sentimentos, recom

truindo épocas, ambientes, climas, luxo, miséria, transições políticas, homens e coisa

espaço e tempo, a palavra radiofônica assume um poder ilimitado e, em torno dela, se

mente, o radio-teatro poderá subir ao infinito da arte ou cair nos abismos de imperdo;

vel degradação.

Adotando a voz nesse sentido primordial e amplo, Celestino Silveira estabeleci,

um principie) (pie me parece definitivo: escolhida a peça, deverão ser procurados mte

pretes que. pelo timbre vocal, e temperamento, se prestem aos diversos papeis. Des

parece, assim, a rotina de "casts" permanentes para a irradiação de teatro.

Eis, em traços gerais, os motivos que influíram para valorizar o radio-teatro

apreciação critica, estendendo o seu sentido artístico e filosófico. E' um mundo novo

que atrai os cronistas suscetíveis de contaminação aos imperativos das massas.

Junto ao radio surge a aurora. Ao lado. minha sombra parece refletir a pacient'\ igilia de quem espera contemplar <-> sol para inundar o espírito de luz

MAGDALA DA GAMA OLIVEIRA

Page 66: ^ 0 N. Cr $ 5,00

((

lidiçao de Nata

O LOURO66

>)

{Continuação da prg 6J)

p.-ireccndo haver ceita conexão entre,..,to de depena'* c a frase em causa.forçoso reco/i er á raeis coincidência

st;), muitas vezes confere notabili.le ao ]).°.pagaio falador, prjporcio.

mio (emas aos contistas e poetas-! ;!rclanto, c não há cousa m:.,is ver:

loiro, nunca o psítaeo expiimc idéia"üví com as palavias por ele pronuncia.

w-, Xunc; .So, em tomo da ciendice cabocla,conta a líistóvià do louro que, apren-

lendo na cidade o têiço católico, fora.msmití-lo liturgicumente à papa-nada, quando volveu á selva; sabe-se

outra acerca da paixão extrema deHannon pela glória, não o célebre ge-ic-rnl ca"taginês, mas o compatiiota

A» pé.'iplo famigerado que só ensinava-¦ .suas aves imitadoras a bradarem —

H„ft non é um deus sem, contudo, co.seguir o êxito imaginado, pois, uma, vez;..-ti!uida ao primitivo habitai, nadatransmitiram as outras da sua espécie."in libeidade nas florestas.

Agora, uma exposição sumáiia emLorno da liteiatura papagaiai:

Papagaios faladores há que cantam'Ater veisos aprendidos em cidadesnoidestinas, de tradição indiana, vin-•los aqui através de Portugal:

Papagaio rico,•Io bico dourado,me leva esta carta,6 meu louro,ao meu namorado!Ele não é fradenem homem casado;>'" moço solteiro,6 meu louro,n meu namorado'

Também do Oriente, através de Poi-ingal, vieram muitos contos c cantos,truindo-os deturpações inevitáveis.

Vquí vão estes versos introduzidosii' Brasil-colônia, de tradição luso-bra-sileira; mas, desta feita, declamados compompa:

Papagaio Real,para Portugal!Quem passa, meu louro, quem passaIA El-Rci que vai á caça.Toca a trombeis, em açaToca, meu louro!

a trombeta como que imitando:

A beleza é obrigaçãonulher tem obrigação de ser bonita.em dia só é feio quem quer. Essaverdade. Os cremes protetores parase aperfeiçoam dia a dia.ra ja temos o creme de alface ultra-

ntrado que se caracteriza por suarápida para embranquecer, afinar"rescar a cutis.~-ois de aplicar este creme, observe3 sua cutis ganha um ar de natura-

encantador à vista.sele que não respira resseca e tor-horrivelmente escura. O Creme de

-ormite à pele respirar, ao mesmoque evita os panos, as manchas e•r;s e a tendência para pigmen-

vJÇc, o brilho de uma pele viva evolta a imperar com o uso dede Alface "Brilhante"

'' * rjTTienfe-o

na

Trô-lô-lô. Trô-lô-lô.Trô-ló-lô. Trô-lô-lôTrá-ló. Trô-lô.,Tró-lé, Trô-lê,

Como se sabe, no século XVIII da ei acnslã e II do descob.imento do Brasilo antecipado notiviata cronista e his-toriador brasileiro Fiei Vicente do Sal-vadov ja escrevia: 'A..nen depois damorte de EI-Rey Dom João Terceiro,que o mandou povoai, e soube estimá-lohouve outro que dele curasse, senãocolher suas rendas e direitos; e destemesmo modo se ham os povoadores,os quaes, poi mais arruizadoa que naterra estejam o mais íieos sejam, tudopretendem levar a Portugal, e se asfazendas c bens que possuem souberemfalar também lhes houveram de ensina.!

a dizer como os papagaios, aos quaeaa primeira cousa que ensinam é: Papa-gaio Real para Portugal; poi que tudoquerem para Ia, e isto não só os que de lávieram, mas ainda os que cá nasceam.que uns o outros uffira da teria, nãocomo Senhoies, mas como usufruetua-lios, só para a desfrutarem, c a deixaremdestiuida". (História da Custódia doBrasil, L. I., Cp. I).

Foi fiei Vicente do Salvadoi, natmalde Salvadoi da Baía, o piimciio bra-sileiro que escreveu sobre histó ia e op imeiro prosador do Biastl com a suamaneira piópiia de se exprimir, usandonão raro, de expressões populares quedão muita graça a sua narrativa.

A ob! a de frei Vicente de Salvador,na colaboração com João Ribeiro comabarca, como diz Sylvio Homero na

REVISTA DA SEMANA

colaboração com João Ribeiro comLiteratura Braiileiia, opcifodo de 1500a 1627, dividindo-se em cinco livros,publicados nos Anais da BibliotecaNacional.

Há contos e cantos indianos acôrea dopapagaio polí.ico, existindo, de épocasí caiotas, o alcovela, telembrado poiAlberto Fa.'ia. Em leitos amorosos, eledesvenda seguidos, com a lua ou aquelaestrela de 0 Amor descoberto.

Nos Cantos Populares de Sylvio Ro-meio, 3a edição melhorada, encontra-se0 Papagaio de Limo Verde, (pág. 19) etambém se encontram duas históriascom 0 mesmo títul >, 0 Príncipe Contudocom uma e outra versão de Sergipe(págs. 04 e 25.r>) de origem européia

Hormino Lyra

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FERNANDADE ALMEIDA escreveu O BANDIDO

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Puis (' con o (c digo: o tal amigo

do meu ivmão sabe ser autipá-1 -Vil! Chegr, a Fer desagradável

lidar-se com gente assim.\i;is porque? Mie c mal educao.o?Mão. A.o conli-iíi io. Mem queiras

sa!)(¦!¦. Ií! lodo rapapés, lodo mesmas.A.té dornas; tudo l.crn um limite.

De fiito; essas pessoas ir.uito cheias('.': salamaleques deixam .-.< ouuas cois-I rangida1-.

liem, até CsSC puni o M.At» VI.: oGustavo. Não chega n.ern n.eíjr.o :-. sei'excessivo. . . ou, na minha ani iprlia,

fui injusta; ele é até muito diseiéto,nuiilo comedido.

Ah! (Milão 6 perfeito em matériasde l)Oi\s maneiras?

Perfeito. Mr.s estraga tudo como modo de conver,,ai\ A conversa delecolc.io, an-asía-sc, espregu;ça-,se. Mão (emviva*.-idade, não l,em colot ido, n.ã< (.emvariedade. Mala sempre 110 mostro tom,dogmático e monótono.

R,e;*,!mcivce cansa.0 Gusíav< propriamente cansar

não (:n>>-:'.. Isio porque é inteligente e oque di/, embora o dig.". seio fibra., sen.verve, não é des]ii-ovido do. interesse.

Mu tão. . ..\l.:.s siibes que nós, mulheres,

p.,-n nos oontcnlnnjoh com unv.i bél»li;i.c. Queremos vs bonitas pr.':-.vi.**.''i',oompanlu'.d.as dc uni oiliwi eloqüente,e dilr.s num tom de voz que, só por si,

jií ctigo tudo. Or;-., (. Ir.I senhor quetem diplonir, de medicina e de direitoc conhece n.ão sei que.ntns linguop, faittsempre na mesiwi toada.

Tens íPiZilo; o Uiodo de dizer 6tudo. Deve ser um borro? cenversar-secom o íunigo do leu irmão.

()i-;i essa! Hoivov porque?¦Que é isso? Picaste aborrecida?Eu.? Aborrecida? Mu não. ..Pareceu-me; mas 6 claro que me

enganei, uma ves que eu estava, atéconcordando com o que íu me dij-iüs...

Mas eu não disse que era um her-roí- (!on.versar-se (íom o Gustavo. Di-zi.".. sim, que

"eu" n.ão gostava do ^v\\modo de conversar. Al,-,s isto sou eu.Ha ato quero ache que lhe vai as mijmaravilhas a.quela maueira, grave defalar. De fivtc ha qualquer ooisa deautovitar.'o na sua voz quo talvez tenliaeerfi', sedução.

Queres dizer (pie quando o GuiavoFada, tú ficas s< 1> o império dessa, sedução'

Eu ? Deus me livro! Pois st* ledigo que o aborreço! quo chogo quasea detestá-lo! .-Vqucie etwn.o ai domina.-dor causa! O homem está a.o aito dr.sua ,-upeiio idade como m.mi pedestal.Trata os seus semelhantes remo umDeus magnânimo que se d-gtvvso defniar com. um mísero morta/.

Isso, realmente, é mesmo antipj?tico.j^i porem não quei'0 dizei com

islo que ele seja como uma estatua.Ontem até disse váiios galantcios àquelapamonha da Lavínia. oue lhe d.w umatrote incrivel! Só ou. 1 ia que tu visse?.Ksíava. de indigna'*!

Indigna! porque? Tu não és onoivo nem. o par da Lavinia.

-Ino.igr.av? Eu disse indignar?Disseste.

Que bobagem! Foi distração...

Ora, ."- eu iria gustar ce,,a com tao1. i,u defunto. .. Que :-e arrumem oGustavo, :'¦ Lavíi1.*."., o noive da Lavínia,o pai da Lavín.i*. e o a.vô da Lavínia!A mim pouco se mi: Aà , ;§

• Mas porque teria a La*\ ínia Osàc(torda, ao Gustavo? Ele é bonito?

-Bonito? Mão faltava mais nada.!...o Gustavo boivto! Ah, ah, ali! Comaquele queixo qua.di.ado e aquele narizr.dui co!. ..

--NA-.//, adunco? Safa! E' hoirvelum nariz adur.co!. ..

- Bem, o do Gustavo não chega a.•ei- horrível porque tembem n.ão chegai-, s(j' adunco. Tem um feitio tedo dele.Em. outro rosto ficaria feio; mas uod.e;c alé vai bem. O queixo é que émesmo quadrado. Quadradíssimc!

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isto dá-lhe un. ar voiuntavíoso que n.ãoihe vai mel... E como tem bonitosiIIks e boa estampa, enfim, perdoa-seque o seu rosto não te pareça, com. ocio apoio de Beivedere...

— Mas olha, filha: se tu concordasque o Gustavo é bem. educado, intcli-o-er.te, culto, que o a' dominador lhe

vai !)(*n. e o modo de conversar i.ão é.desagrivlavej, porque, afina-, avtipati-z".s com ele?

Eu. . ca não disse no d a disso!...Mão t.èn.ho feito out'r. còis!*. ^"vxc falaiii".l do Gustavo; ..

Nãò precisas ficar tão confusa.Dize-me qi*,e eu estou curiosa: porqu'-essa antipatia pelo pobre rapaz? Hade haver algum mot ivo.

.— Nenhum < speciai. ..• lia üjgum.

17 que .. enfim. .. Tu n c ivha-sfeia?

-- A.cho-te íindt.Estúpida?

Viva.z.Sem graça ?Encantadora.

- Pois o GustP-vo é. capaz dé passavum dia inteiro ao meu lado sem me di-zer um ún;co galanteio , sem me, lançarum só olhar mais significativo.

O que te não importo, visto que oaborreces...

De certo (pie o aborreço. Mas nemj)(.' isto toiero que c!e me pague mi

n>esma moedo. A.s mjjlhérss bonita;icosl '.mym-£C a receber gr,;av.t*?ios, ha-b;ti!ü'r/.-se à :'.'mii v-ão ger**,^ como aigod.e obrigatório. O Gustavo nã< 11,çpá^àndo o tributo da sua va^si-^agérncomete una a descortezia porque si,:dá praxe.--Toda essa retórica não me alV.-.t-,de uma interessante idéia cpie c iiv:ébí.Queres ouvi-!:1.?

Natu1 cimente.Tu amas o tai Gustavo; Senlureí-!

Mão precisas dar esse pulo. (>.'m:, mo-n.:na. Tu mesn a ainda não tinhas per-çebid.o, -hein? Mas criatura n.ão meolhes con1 es3a cara!

—• Tu estás louca!Louca estás tu... peio Gustavo, já

se ve.Ele não me ama, o bandido!

--.Mas ha de amar-te, queiida. Hade amar-te. Se pensa queA, não, estámuito enganado. Nem que seja á força:lr.vfmo; de obngà-lo: Dizes bem: ban-dido!

Bom! . . Bandido... Propriamentebandido ele não é...

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Edição de Natal

1CCJTA(CONTINUAÇÃO DA PÁGINA 11)

10 íntimo, íui um renovador. Comecei a

minha carreira expondo na Divisão An-

tiaa onde obtive menção honrosa e me-

daü.a de bronze. Creada que ioi a Di-

visão Moderna, passei a expor ali, não

por mero cabotinismo exibicionista, mas

- ,orque a feição da Divisão Moderna cor-

Respondia plenamente à minha evolução

artística.__ E no seu modo de ver, Dacosta..

quais os maiores valores _a escola mo-

dernista no Brasil?

Portinari em primeiro plano. Seguem-

,-,. Santa Rosa, Clovis Graciano, Pancetti,

Segall. Entre os mais jovens e mais niti-

damente representativos valores da arte

moderna no Brasil, não podemos deixar

de citar os nomes de Burle Marx, E. Si-

,-ãud, E. Bianco, Carlos Scliar, J. Morais,

Percy Deane, Iberé Camargo, na pintura.

E na escultura José Pedrosa e Sechiatti.

Goeldii Divio Abramo, Percy Lau e Poty,

ija gravura.

EXPOSIÇÕES E O SALÃO

Dacosta conta-nos agora como começou

o expor os seus quadros:Em 1936 e 1937 expus vários traba-

lhos em duas mostras individuais por mim

próprio organizadas. Foram quadros pin-tados em fases que considero superadas.

Fora disto somente expus no salão deste

ano.E qual é a sua opinião a respeito

dèsie certame?Acho que, tratando-se de comemo-

rar o cincoentenário do "salão", devia-seler feito coisa melhor. E podia-se ter feito,em verdade. Issi porém quanto à DivisãoModerna, pois a Divisão Antiga nada dei-xou a desejar.

E o que pretende você fazer, agora

que alcançou o prêmio de viagem ao es-írangeiro?

Aproveitar o melhor possível estaoportunidade, para adquirir novos conhe-cimentos técnicos, observando e estudan-co o movimento da arte pictorial nos

grandes centros. Devo viajar pelos Esta-dos Unidos e México, uma vez que nãome é possível ir à Europa.

E os seus projetos para quando re-qressar?

Espero realizar, dentro de minhaorie, tudo o que até agora as condiçõesmateriais não me permitiram fazer.

Mas ó possível viver-se exclusiva-mente da pintura no Brasil?

Não. Mas não me refiro a isto. Fareio que até agora não pude fazer. Pensoporém que a minha pintura viverá deniim, e não eu dela. Não é possível vi-ver-se hoje da pintura, no Brasil. Qual-quer exemplo em contrário seria uma ex-ceção, não uma regra.

E que acha você da pintura mo-lema entre nós?

Na infância... Agora é que se prin-

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À VENDA EM TODO O BRASIL

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cipia algo realmente vivo e significativo

no terreno da arte moderna. Mas a sua concepção de arto não

é, com cerieza, a mesma dos leigos. Que-ríamos que você nos fizesse, se possível,um esboço ligeiro de sua definição de"arte moderna".

--- Para satisfazê-lo farei uma definição

de "pintura moderna": a verdadeira e

genuína pintura moderna é aquela que

reflete o espírito de nossa época, com osseus múltiplos problemas individuais ecoletivos. Toda arte que estiver fora des-tas diretrizes ó uma arte falsa e instável.

O FIM DA CONVERSA

Dacosta ainda nos contou muita coÍ3a arespeito do sua arto e de seus sucessos.Seria difícil transcrever aqui toda a pa-lestra.

Falou-nos do suas lutas e de suas vi-tórias. Esclareceu-nos que ó estritamentepintor, que nunca havia feito uma llus-tração sequor, até que desenhou a tri-

cromia que vai estampada na página cen-

trai desta edição. Mais valor tem por isto

mesmo esta notável alegoria do Natal de

Guerra, executada pelo jovem artista.

Falou-nos ainda o pintor da adversidade

BRISTOL apresenta para estemês as últimas novidades parahomens, senhoras e crianças.

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FUNCHAL ILHA DA MADEIRA

A Caixa de Previdência dos Funcionários do Bancodo Brasil e o seu vasto programa de construções

Entre as instituições de beneficência,uma das características do progresso donosso sistema de assistência social, iiguraem primeiro plano, quer pela sua orga-nização interna, quer pelos empreendi-mentos arrojados e seguros a que se lan-ça, a Caixa de Previdência dos Funciona-rios do Banco do Brasil.

Do que tem feilo a atual administraçãoda Caixa, é um atestado eloqüente o re-latório apresentado pela Diretoria à últimaassembléia geral reunida em 16 de se#-tembro de 1944, do qual aqui reproduzi-mos um trecho, que diz bem alto dos em-preendimentos daquela grande instituiçãode previdência e da segurança que orien-ta o emprego de seus capitais:

"Examinemos agora a nossa situaçãoeconômica e financeira em face dos do-:umentos anexos ao presente relatório: oselementos líquidos do ativo patrimonialda Caixa se apresentaram no exercícioíindo com um total de CrS 123.264.000,00.O cotejo com o total apurado no exerci-cio anterior revela um aumento de CrS19.058.000,00. Os valores passivos quoconstituem as nossas reservas cresceramde CrS 18.578.000,00. Foram reajustadasas nossas reservas técnicas, do conformi-dade com o parecer contido no últimoestudo, atuarial, com um reforço de CrS60.000.000,00, retirados da verba "Reser-

vas de Contingência". O "Fundo de Ga-rantia", que representa o nosso seguro

para os sinistros com os tomadores de

empréstimos hipotecários, ficou acrescidode 21% (mais CrS 290.000,00). Os resul-

tados financeiros do exercício se revola-

ram um superávit de CrS 18.288.000,00,

que íoi totalmente incorporado às reser-

vas de contingência. Em relação ao pe-ríodo anterior, o excedente apresentou-se

ampliado de CrS 3.211.000,00. O totalda receita foi de CrS 21.654.000,00 contraCrS 17.813.000,00 do exercício de 1943, oFerreira Viana & Cia. Ltda., apresentado3.841.000,00."

Por esta transcrição pode-se ter umaidéia do quanto tem feito a Caixa emprol de seus associados.

Muitos edifícios de apartamentos já ío-ram pela Caixa construidos em diversosbairros residenciais da cidade. Dando

prosseguimento agora a este programa deedificações, por iniciativa de sua atualadministração, foi há pouco aberta con-corrência pública para a construção demais dois edifícios de apartamentos parafuncionários do Banco do Brasil, um naTijuca, outro no Andaraí.

O Ediiício Santa Carolina, na Tijuca, aser construido em local muito aprazível,constará de 24 apartamentos, tendo afirma que venceu a concorrência, MiltonFerreira Viana & Cia. Ltda., apresentouum orçamento de CrS 2.565.000,00 paraa respectiva construção.

Foi aprovado o orçamento de CrS903.000,00 para a construção do EdifícioPoty, no Andaraí, com 12 apartamentos,apresentado pela firma G. Werneck &Cia. Ltda.

Por tudo que tem feito a Caixa de Pre-vidência em prol do bem-estar dos íuncio-nários do Banco do Brasil, bem se vê comoandaram acertados os seus associados,entregando em boa hora a direção dosdestinos daquela grande instituição deauxílios ao espírito dinâmico e progressis-ta do dr. Orlando Cardoso, a quem sedeve o desenvolvimento da economia da

grande sociedade e o emprego compensa-dor e seguro de seus vultosos capitais.

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Edição de Natal

PARA O TEATRO, 1944FOI UM ANO BOM

(Continuação da pág. 29).

promovendo o Curso de Férias do Teatro, uma série decalestras com debate público .^

Iniciativa original entre nós, valeu a idéia de Paschoalper uma afirmação do interesse que o Teatro e seus pro-blemas já despertam no Brasil e demonstrou uma vitali-iade que muitos negavam entre os curiosos das coisasteatrais.

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/ni/owik/,

| VESTIR BEM COM ECONOMIA

MI VESTE MADUREIRAMI VESTE PIEDADE

MIVESTE ESTACIOMI VESTE CATETE DEPOSITO

MI VESTE PENHA DEMIVESTE NITERÓI RETALHOS

RUA DO COSTA, 8Vendas em quilos e frnçS. s

Lemmm '¦¦'' ¦—

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Mas não parou aí a ambição construtora do nosso di-nâmico patrício.

Convidado por "O Globo", está organizando o "Teatrodo Gibi", sob o patrocínio do grande vespertino.

Uma vez realizado, esse teatro que se destina à infân-Convidado por "O Globo", está organizando o "Teatro

sileira de Críticos Teatrais há seis anos e mantida até hojecom resultados morais de largo alcance.

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1944 foi um ano cheio eseus dias maus...

um ano bom... Mas teve

(Continua na pág. 74).

riH DC ANO(CONTINUAÇXO DA PAGINA 58)

A política de boa vizinhança da Cultura Artística nãoteve muito bons resultados. Socorrito Morales, que nos visi-tou, e Herminia Raccagni, que ainda está entre nós, nãosão, sem dúvida, a expressão da arte de suas pátrias.Socorrito, dona de uma vozinha afinadíssima porém inex-pressiva, passou desapercebida. Herminia teve mais sorte.Alguns concertos permitiram que ela mostrasse todas aasuqs qualidades e, infelizmente, também todos os seusde.eitos. Dona de uma técnica muito segura, falta-lhe ummaior equilíbrio, uma compenetração maior que a obriguea um estudo mais tério das obras executadas e uma pes-quiza mais profícua afim de que à sua concepção nãofalte unidade nem equilíbrio na exteriorização.

Citámos vários nomes. Fizemos algumas consideraçõesgerais. Mas nada dissemos a respeito de uma das maioressensações da temporada e um dos "casos" do nosso meiomusical: Jennie Toarei. Sofrendo severas restrições porparte da crítica e rio público, por ocasião da sua estréia,Jennie Tourel teve defensores ardorosos e, mais tarde, foiconsagrada definitivamente, quando se apresentou comocantora de comera — uma das maiores que já tivemosentre nós. Porém os ecos da sua pasagem ruidosa não seextinguiram com a sua partida. Depois de terminada atemporada lírica, juizos sobre ela ainda 6erviam de argu-mento numa polêmica entre críticos.

Mais um ano que passou. Um passo à frente? Não.Decididamente, não demos um passo à frente. Visitaram-nos alguns verdadeiros artistas e alguns verdadeiros artis-tas nacionais deram ao público uma oportunidade de admi-rar sua arte, mas, como realização, como movimento, talvezsomente a Música Viva, grupo formado cem a melhor dasintenções: popularizar a música moderna. Uma boa inten-ção e uma tarefa mais do que difícil. Como se sairão osjovens músicos que a empreenderam?

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TEATROONDRINOPor BEVERLEY BAXTER (do B.N.S.)

para a REVISTA DA SEMANA

Londres. Deiembro. — Certa noite, há

mais ou menos um ano, James Agate, um

ios mais severos críticos londrinos, e eu,

tomávamos um whiskey durante o inter-

valo de uma peça muito mal escrita, de-'

ploravelmente representada e pobremente

apresentada.— James — observei-lhe — não conti-

nuarei a fazer crítica dramática. Pense

no quanto somos desprotegidos: obrigam-

nes a ver peças que nenhum membro são

do público toleraria um momento sequer.

Agate bateu-me animadoramente sobre

um ombro: — Todos nós, de Shaw e

Archer para baixo, já dissemos isso mui-

ia vezes. Mas não perca a esperança.

Uma destas noites você ainda se sentirá

orgulhoso de estar ligado ao teatro lon--hino. Lembre-se do que estou dizendo.

Pois isso aconteceu. O teatro londrino

criou vida, subitamente, e tivemos uma«érie de representações que foi uma série

do triunfos. Nunca, nestes últimos vinte e

cinco anos, o West End esteve tão deslum-r?rado e tão estimulado. O reavivamentoteve início com o^ bailado e a ópera. O

Bailado Internacional inaugurou a sua es-iação comVEveryman", maravilhosamentedançado, e com uma orquestra sinfônica

que nos deu o deleitosa semi-modernismode Richard Strauss. Na noite seguinte, noPrinces Theatre, a Sadler's Wells Operalevou à cena uma nova produção de Mo- .zart — "Cosi Fan Tuttè" (Assim fazemtodos), que veio nos - lembrar a alegreViena dos tempos em que reinava umimperador e não um gauleiter.

E3sa representação foi seguida, nas 24horas seguintes, no AldWych, de uma

peça de Nova York — "To morrow theWorld" — em que um rapazinho de Lon-ires de 14 anos, David 0'Brien, que nun-ca aparecera no palco anteriormente e

que quase eclipsou os atores adultos.Representou o papel de um pequeno na-zista de 12 anos que certas pessoas bon-dosas levam para os Estados Unidos. Asua atuação foi tal, que alguém sugeriuque David 0'Brien podia deixar imedia-lamente o palco e abrir uma escola deArte Dramática.

No New Theatre, no West End, a OldVic Company levou à cena "Peer Gynt",_.de Ibsen, com Ralph Richardson como•estro e com uma perfeita orquestra para

a execução da música de Grieg. A velhaobra-prima de Ibsen está cheia de obs-.raridades e frases de meio sentido, masassim mesmo é uma obra-prima, e RalphRichardson excedeu-se a si mesmo numpapel quase tão longo quanto o de Ham-iet. O público aclamou-o delirantemente3 com toda a razão.'

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Na noite imediata a mesma companhia

deu-nos "Arms and The Man", de Ber-

nard Shaw. Shaw não esteve presente,

mas se tivesse assistido à sua peçcr sen-

tir-se-ia abalado, perturbado e encantado

ao mesmo tempo. Essa oportuna sátira

da guerra e do caráter búlgaro sobrevi-

veu de tal maneira aos seus 50 anos de

vida, que poderia perfeitamente ter sidc

escrita há um mês.

Mas desta vez Laurence Olivier deixou

atrás qualquer outro intérprete do papel,

pois raramente um ator teve caracteriza-

ção tão fantástica e engraçada como êle,

encarnando o bigodudo oficial búlgaro

que se vê forçado a dirigir uma carga

de cavalaria porque o seu cavalo dispara

com êle.Em todas essas representações não se

observou uma só coisa que destoasse.

Para o homem ou a mulher de bom gosto,que pensa não serem o "humour" e adelicadeza coisas antagônicas, que preferea vista de gente verdadeira e som davoz humana à fotografia animada e aossons monstruosos do cinema falado, Lon-dres, que começa a deixar do ser umacidadela e vai novamente se tornandoa capital do mundo, pode deliciar-se coma nova idade de ouro de seu teatro.

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AO CLARÃO DO MAGNÉSIO

(Continuação da página 27) ')

Na mesa da frente o contínuo dorme.

Tenta imitá-lo, mas tudo é em vão. Final-

mente o relógio bate as quatro da madru-

nada. O repórter se levanta e vai para

casa. O que acontecer de agora em

diante é propriedade- dos vespertinos. An-

ies de tomar o bonde é impelido pela

íorhe para um café. Um'sanduíche e um

chcpp, ou uma média e pão com man-<mqa constituem

"sua lauta ceia, prêmio

da noite do trabalho e de vigília.

ÚLTIMA ETAPA NO CAMINHODO CALVÁRIO

Assim vive e trabalha um repórter.

Tcdcs lhe são adversos. Para o homem

do povo êle é sempre um camarada olha-

do com desconfiança. Para os intelectuais

moíados êle é sempre tido como um "sen-

nacionalista" que vive à cata de escân-

dalos.E, como se lhe-não bastasse tudo isto,

como se lhe fossem leves os dias de tra-

balho ingrato na rua, sob'a inclemência

das intempéries e as noites de vigília na

redação, sob a luz morta das lâmpadas —

surge agora um íilólogo, tipo daquele

Aldevandro Cantagalo tão bem fotogra-

íado pelo gênio de Monteiro Lobato, quelhe quer mudar o nome.

F. este "amigo da onça" exclama indi-

gnado: -: ...— "Repórter! Anglicismo de má sonân-

cia. Para substituí-lo, outro termo empre-

yuemos que melhor sôe e mais autóctoneseja. Em vez de' reporters vamos chamar"alviçareiros" a estes fazedores de es-cândalos."

Nãol Esta é de mais! Concordamos comtudo, mas com isto nâo!

Que nos mandem apurar um crime naFavela em dia de 40° à sombra; que nosmandem ver a enchente da praça da Ban-deira em noite de tempestade, sem chapéue sem capa; que nos mandem ouvir in-teiro o concerto de uma cantora líricada alta sociedade; que nos encarreguemdo assistir a um íilme de Fred Astaire;que nos abaixem o salário; que o "caixa"

se negue a pagar nossos vales; que noschamem sensacionalistas; que nos cha-mem malandros; que nos chamem escan-dalosos... Mas que nos chamem "repor-

ter". "Alviçareiro" nuncaí

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(CONTINUAÇÃO DA PÁGINA 67)

agressiva que cerca ainda a arte modernano Brasil.

i Contou-nos o caso da "gilete montanhe-sa" que andou abrindo as suas telas emBelo Horizonte.

E terminou com o sorriso característicodos lutadores vitoriosos:

— Tudo porém foi compensado. Maio-res íôssem os dissabores e eu me sentiriarecompensado de tudo, apenas pela emoção causada pelo "Prêmio de Viagem" epela solidariedade dos amigos.

Grande coisa a amizade. Grande coisaa arte... y-

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£§)oisêím&<Uma delas é antiga, ali está todos os anos.A outra c nova, aparece pelaprimeira vez. Uma é" a tradição centenária,o símbolo que as gerações conservam

porque é parte do próprio Natal, festa da Redençãoda raça humana. Não menos brilhante, aoutra representa o bravo que foi chamado

para lutar pela Redenção.

Pitando as estrelas que brilham no seu

próprio estandarte, a General Electric deseja a todosos seus amigos: parj saúde, felicidade...E promete, quando houver passadoa tormenta, que toda a experiênciaadquirida no esforço de guerra seráempregada ainda mais decisiva e eficientementena sua tradicional tarefa de cooperar

para o conforto e o bem-estar da humanidade

GENERAL ü ELECTRIC

GRANT

PARA O TEATRO, 1944FOI UM ANO BOM

(Continuação da pág. 69).

Entre eles, o pior foi aquele em quesoubemos aqui do desaparecimento deJardel, o encantador e excepcional Jardel,que fechou os olhos lá longe, numa via-gem que nunca mais terá fim...

Valerá a pena lembrar que êle mor-reu?... E teria morrido mesmo quem ain-da existe de tal maneira vivo e palpitantena nossa memória, quem anda tão pre-sente na lembrança diária da gente deteatro do Brasil?...

O incêndio do Regina... As promessasdo Prefeito... Os auxílios do Ministérioda Edudação... Mais dez por cento noimposto das localidades... Teatros trans-formados em cinemas... Ajudas dos "ami-

gos da onça"... A boa vontade do sr.Dodsworth... A boa vontade do sr. Ca-pahema... A Escola Dramática nos orça-mentos da Prefeitura e nos planos astraisda Municipalidade...

Ao lado de tanta coisa boa. quantocoisa desagradável, Santo Deus!.. .

Vamos mudar de assunto. . .1945 vem aí. . .Talvez os camboatás fiquem cansados.

Ou apareça um tubarão para engulí-los.livrando-nos deles...

eoti

Como vive hoje o campeãode dança-hora

(Continuação da pág. 25).mais tarde, outros dançarinos apareceram. Uns dançando duzentos- horas, ouanunciando que dariam conta desse compromisso... Mas não davam, não.

E quem aparecesse, madrugada alta, deinesperado, no salão do desaparecido Ga-sino Beira-Nar, localizado na parte dePasseio Público que dava para o mar,talvez encontrasse o concorrente de Buenoentregue a um pequeno repouso de quinzeou vinte minutos...

Mas as trinta e duas horas de BuencMachado, que depois, em outras provas,toram a setenta e duas, e quase a cemhoras, essas eram autênticas.

O bailarino que ainda não se aposGiitou, mas que vive a sua existência agorcquieta e confortável, no seu vilino de Governador, fala-nos com entusiasmo dasproezas daquele tempo. A seu lado, oesposa prepara" um almoço para o repoiter. Os pássaros trinam, nos oaraman-chões, felizes e dançando também, de

galho em galho, dentro da gaiola. A urncanto, a "pipa" que o bailarino vai soltar com a garotada, na praia. E o caíque,para o passeio marítimo... E as avesde criação...

Bueno Machado dançou muito. Foi consagrado. Hoje, está feliz vivendo das re-miniscências gloriosas — e pronto paraoutras ainda...

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Edição" dè Natal

A árvore de Natal(Conlinuação dd página 17)

— Nas "fita". Quanta vez, mo-

leque! Aquilo é que é casa alta!

E caminhavam mais. Sempre

nais. Na porta de um café-ex-

prèssò pararam atraidos pela luz

e o borborinho lá dentro. Gente

em pé, sorvendo a sua chicara es-

caidante servida por pequenas devôrro cinematográfico e rostinhos

de artista de Hollywood.Deve ser bom um cafezinho

assim, Bastião. Essas garotas são

io barulho. . .Tu é bobo, moleque. Garo-

ta boa é do cinema .Essas são imi-h.ção.

E passavam adiante. Na es-

quina seguinte, um ponto de re-vistas exibia as capas das publi-cações ilustradas de cinema. Ha-via uma fotografia bonita deDeanna Durbin.

Tá vendo aquela ali? Foiela que fez aquela fita que a mãe,1a moça queria casar com o na-... orado da filha. . .

Tu viu a fita, Bastião?Bem. . . Ver, eu não vi., Mas

me contaram. O Anacleto, aquele

que vende bala no cinema, mecontou direitinho.

Ah, pensei que tu tinha vis-to ela.

De novo alongavam o passo.Nem reparavam que"as ruas esta-vam mais vasias e silenciosas, essanoite. E não era domingo nemferiado. Agora, embrenhando-sepelas avenidas transversais, me-nos iluminadas e mais repletas deprédios altos, de apartamentos lu-xuosos, perdiam-se em divagações.Contavam coisas sem importânciao nem se lembravam da fome. Afome que os privara de almoçar ejantar nesse dia, mas que deviasor mitigada, mais tarde, quandovoltassem ao morro onde os espe-rava a meia-cuia de queijo Pai-mira, com o resto do feijão apa-nhado pela "velha" nos "botecos"da cidade. E caminhavam mais,sempre mais, rumando para afrente, atraidos sem saber por que

por coisa alguma, talvez.De repente estacaram o passo.

Bastião, o casaco abaixo dos joe-lhos, a cabeça ao vento, a pontado cigarro nos lábios secos, desço-briram algo de novo lá em cima,através da janela iluminada deum prédio mais alto. O molequetambém vira.

Que é aquilo, Bastião? Táv'endo só?

Não vê logo? Aquilo é a ár-vore de Natal.

Foi quando se lembraram • • •

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Era véspera de Natal mesmo. Porisso as ruas não acusavam o mo-vimento maior das outras noites;por isso, sem ser domingo nem fe-riado, podiam caminhar à von-tade.

Menino, deve ter brinquedoà vontade naquela árvore!

Ora, briquedos! Você écriança desse tempo? Brinquedop'ra que? Não enche barriga. . .E dá peso...

Mas dessa vez não queriam ca-minhar mais. As pernas prega-vam-se ao asfalto, as mãos conti-nuavam remexendo nos bolsos va-sios, os olhos lá estavam, quietos,espetados na janela iluminada doprédio alto. E a arvorezinha, ten-tadora, à maneira de um frutoproibido, indiferente aos dois ga-rotos do morro.

Escuta, Bastião. Você jáviu árvore de Natal de verdade?

Tá claro.Onde? Não vai dizer que

tombem foi no cinema. De fitanão vale.

Pois num foi memo, mole-

que. Foi em casa do "seu" Joa-quim da padaria. Ele comprouuma para o filho, no outro ano, ecunvidou a gente para ir ver a"bicha" toda iluminada, cheia debolinhas de prata e de ouro, combrinquedos pendurados.

E você ganhou algum?Não vê que "seu" Joaquim

é desses? A árvore, com tudo queestava em cima, era para o filho.

P'ra mais ninguém.Fez uma pausa, sorriu, cuspiu

a bagana do cigarro e falou:Tombem, foi só porque o

garoto estava doente. . .E ficou bom?Não. Morreu no dia se-

guinte. Com árvore e tudo.Morreu?

Morreu, sim. E desde então

eu fiquei desconfiado que árvore

de Natal dá peso, moleque.Tombem acho.

Agora, mais conformados, reto-

mavam o caminho à tôa, por en-

tre os prédios altos. Não olhavam

mais para o quadrado luminoso

daquele que já ficava para trás.

Iam satisfeitos e relativamente fe-

lizes. Enganavam-se propositada-mente. Desde que árvore de Na-

tal não era para eles, dava peso.

E voltaram para o morro de-

vorar o resto de feijão frio, gru-

dado ao fundo da cuia de lata

velha.

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REVISTA DA SEMANi 76 ;

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\YICT0RIA ^ 7

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Quaisquer hemorróidasdesaparecem, sem opc-ração, com o uso das Pi-lidas de Herva de Bicho,extraídas da nossa flora.

CUSTAMrouco c...VAIE MSAUOE !m^kv 1 r^'mmm

PÍLULAS deHERVA OE BICHOCOMPOSTAS IMCSCARO

Os três RembrandtsConlinu -ção di pag. 21

Finalmente, depois de beber o licor que

acabava de ser servido, Paul levantou-se:— Meus amigos:Reuní-os, hoje, aqui, para dar-lhes uma

novidade sensacional. Quis que fossem os

primeiros a saber do que, por um acaso

feliz, encontrei. Na minha recente viagem

ao interior da França, onde fui fundar

filiais das minhas casas bancárias, acon-

teceu-me uma estranha aventura. Certa

tarde, tendo eu acabado de inaugurar a

primeira dessas filiais, passeava pelasruas da cidade, quando deparei com um

cartaz enorme: era o anúncio de um lei-

lão. Nada tinha a fazer. Entrei, na espe-

rança de uma descoberta. E, senhores,

foi essa descoberta maravilhosa que eu

fiz. Imaginem a minha surpresa quando,nurn quadro esmaecido, necessitando ur-

gentemente uma restauração, reconheci o

estilo de Rembrandt, assinatura que êle

trazia e nome que o leiloeiro, muito igno-

rante, desconhecia. Imediatamente arre-

matei o quadro pela quantia de vinte

francos.Houve um murmúrio de admiração do

parte dos convivas.— Sim, meus amigos, por vinte fran-

cos eu comprei um Rembrandt desconhe-cido, de valor extraordinário. Já o fiz ava-

liar por um perite. Mais tarde, um ladrão,

que não sei por que, queria apoderar-se

:1a obra, assaltou-me e apunhalou-me.

Meus amigos, apresento-lhes Fouquet,

negociante e diretor da Galeria Laffayete,

que v i lhes mostrar o quadro e dizer

algumas palavras sobre o seu valor.

Fouquet era um homem de baixa es-

taiura, magro, de aparência insignificante.Tinha porém um traço dominante, que im-

pressionava: os olhos pretos, grandes, bri-

lhantes.Meus senhores e minhas senhoras:«

eis o quadro!Com um gesto teatral Fouquet tirou o

pano que cobria um cavalete colocado

ao fundo.Reparem bem. Está datado 1669.

Isto significa que é um dos últimos qua-dros de Rembrandt. Não existe outro qua-dro dele datado do mesmo ano. O valordo. quadro é portanto dobrado. Restau-rada, esta obra prima vale, hoje, pelomenos, um meio milhão de francosl

Houve um murmúrio de espanto.Meio milhão de francos! repetiu o

perito.Paulo, de pé, vendo a expressão de es-

panto dos convidados, sorria.Que negócio magnítico! Quanto não

irá você ganhar com isso? comentaram.De maneira alguma! Não pretendo

ganhar um tostão sequer com a pintura!Não a venderei.

Nem por um milhão?Por preço algum!

*y^..'.^^?$ç3^^ Edição de Natal

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No dia seguinte, uma comissão do Mu-seu de Belas Artes veio, em nome do go-vêrno, fazer uma oferta que foi, pronta-mente, recusada. Mais tarde, outros mi-lionários e colecionadores imploraram avenda do quadro, mas Paul não lhes deuatenção.

Cinco anos passarfcm, rapidamente, epoucas mudanças tçouxeram na vida dePaul. Um pouco menos rico, em virtudedo umas tran. nçõ°f: dpjsas trosns, êle ainda

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Edição de Natal, _ ,- .;..^,;,;,r,,^.,^

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REVISTA DA SEMANA

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cg equilibrava, mais ou menos, quando

,rra'n o desastre. De um momento para

j.Yo, perdeu toda a fortuna. Nada mais

•eslava a êle senão o belíssimo palácio,- -oias da esposa e a galeria de quadros.

Papai, eu preciso falar com você.

Paul levantou os olhos do trabalho e

Viu a filha, de pé, à sua frente.

Que há?Papai, nós tínhamos uma combina-

:50ê O senhor me disse que confiava em

mim e que eu tinha ioda a liberdade,•s que, assim aue eu achasse que es-

I ;vu seriamente apaixonada por alguém,

deveria confessar....— Você não quer. dizer que...

Sim, papai. Esiou apaixonada por

lean Duparc.Jean Duparc?

- Sim.Mas, minha filha, esse rapaz é muito

co e você sabe que eu não posso lhe

der um date como a família dele, sem

dúvida, há de exigir. Você sabe muito

bem que nós perdemos tudo. Nem o que

eu tinha separado para você pude salvar.

A-moça olhou para o pai e disse lenta-

mente:E o Rembrandt?

Era preciso coragem para pedir, de um

homem, esse sacrifício. Mas Jeanette, ven-

do o seu casamento em perigo, nem he-•i

filou. ' :.'. , ¦

Paul levantou os olhos e encarou a

(ilha:- O Rembrandt? I

"0 ex-milionário Paul Remai resolveu, ü-ualmente, vender o precioso Rembrandt.Roje à tarde será entregue à Galeria dasAries o quadro para o exame dos peritos

e a avaliação".

<3> Eram quatro horas da tarde quandoura homem baixo, calvo, envergando umaílbré, chegou à galeria com um embrulhodebaixo do braço. Era o Rembrandt. Odiretor assinou um recibo.

As quatro e quinze, um homem de meiaidade trouxe para o diretor um embrulhopelo qual exigiu fosse passado recibo,bra o Rembrandt. O empregado, que na-ao sabia da encomenda já chegada, ossi-"ou, sem desconfiança.

eram quatro e trinta quando chegoucul acompanhado por dois policiais. Tra-

Ha um quadro. O seu Rembrandt.

O diretor da Galeria levou as mãos àcabeça e teve uma exclamação de im-paciência. . . . A

Mas eu digo que não ó possível Iíeborgne levantou-se da cadeira e, en-

--aminhando-se para os três cavaletes en-í-osíados à parede, apontou para os qua-dl OS.

— Perfeitamente idênticos. Eis a suaexclamação desmentida pelos fatos.

Perfeitamente iguais, observou Re-:"lar, em tom pensativo.

t agora, neste momento, já não po-semos dizer mais nem qual foi o que o

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Z V Os fjimsfíim produtos paw conservação\%? f BELEZA DOS CABELOS/

senhor trouxe. Ninguém se deu ao tra-balho de marcá-lo.

— Meu Deusl

Estava o problema oferecido aos peritos.Três quadros perfeitamente iguais, dosquais dois eram falsificações e um ver-dadeiro. Qual seria o verdadeiro? Osleigos observavam e achavam os três per-feitamente iguais. O próprio dono nãopodia mais dizer qual era o que lhe per-

lencia, Houve uma convocação apressadade todos os críticos do arte de Paris, liou-ve pareceres, sempre contraditaiios. Oscríticos nao só discordavam quanto ao

qual seria o quadro autêntico, como ba-seavam as suas afirmações em conside-rações diferentes. Os poritos arrancavamos cabelos, desesperados, na discussão.Leborgne sorria.

Enquanto isso ocorria na Galeria deArte, uma outra galeria, em outro recanto

do Paris, ora o local onde uma tragédiasangrenta consternava a todos.

Na Galeria Lafayette, Fouquet, o dire-tor, aquele mesmo que tora o primeiro aver o Rembrandt de Paulo, era assassi-nado no seu gabinete. Leborgne foi iine-áiatamente chamado.

A secretária, encolhida a um canto,tremendo do modo, com os olhos muitoarregalados, fitava o cadáver.

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REVISTA DA SEMANA 78Edição de Natal

Nenhum RELÓGIO lhe darátanta SATISFAÇÃO

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Conte-mo tudo o que aconteceu.E cia, com voz trêmula:

Hoje, por volta das duas horas, o

patrão recebeu uma telefonada. Era mlle.Remar. . .

Jeanette Remar?Sim. . .Ela costumava vir aqui?Vinha, às vezes. . .Comprar quadros?Não; vender. O pai tinha, além dos

Rembrandt, uma coleção de que se des-lazia, aos poucos, à medida que ia pre-cisando de dinheiro...

E ela trazia um quadro nesse dia?Telefonou para o patrão, dizendo

que traria um, mas, na realidade, veiosem nada na mão. . .

E entrou para talar com Fouquet?Sim, senhor. . .Quando saiu? Demorou muito?Uma meia hora. . .

E depois? . ..Depois que êle íoi-se embora eu con-

linuei meu trabalho até à hora do lan-che... Entrei no gabinete para dizer ao

patrão que ia sair, quando vi. . . nochão.,.

?Senhórita Remar, é verdade que, na

tarde de ontem, visitou o sr. Fouquet?

Jeanette olhou para o pai, que ouvia

tudo, surpreso. Leborgne repetiu a per-gunta. Ela, então, com exasperação, res-

porideu:Não!Como! Então a senhórita não teleio-

nou para êle pela manhã?Telefonei, mas acabei não indo láQue queria com êle?

Jeanette olhou, novamente, para o pai erespondeu, depois de uma pequena he-sitação:

Queria saber se o Rembrandt de

papai era, de fato, verdadeiro!Duvidava?Duvidava, por causa da relutância

dele em vendê-lo.Paul protestou:

Minha íilhalMas ela não lhe deu atenção. Prós-

seguiu:Telefonei para Fouquet, mas, depois,

mudei de idéia. A possibilidade de umafalsificação foi só uma idéia que meocorreu.

Nesse caso está, agora, convencida,de que não se trata de uma falsificação?

Estou.E nega, ainda, ter estado na Ga-

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leria? [-•- Nego!

Nega que esteve lá?Já lhe disse que siml

Repito uma pergunta para lhe dai

uma oportunidade de dizer a verdadelPois se eu lhe disse a verdadel

'¦— Não. A senhórita não me disse a

verdade, porque eu sei que a senhórita

esteve na Galeria hoje.Não estivei

--- Onde passou a tarde, então?Em casa...No seu quarto?

•— Sim. Tinha uma enxaqueca e resolvi

deitar-me um pouco.—• Muito conveniente. Quer dizer que

ninguém a viu durante várias horas?Sim.

-- E persiste em negar ter estado lá?Persisto, está clarolSabe que Fouquet foi assassinado?

jeanette teve um sobressalto.Impossível!

A pura verdade. .-— Mas...

E tenho mais uma coisa a dizer-lhe,

senhórita.. .Sim?

—Houve uma testemunha que a viu

entrar, não só na Galeria, como no ga-binete de Fouquet...

E' impossível IE' o que declara a secretária dele!Mentel

Leborgne fixou o olhar na moça. Ela

perdeu a calma:Pois bem, estive. Estive, simlEntão sabia que...?Encontrei-o morto...Por que não disse nada?Não sei... Estava tonta... saí...

-- Mas por que, então, quando a in-

terreguei, não confessou, logo, que esti-

vera lá? , ,^|SPorque tive medo. . .Medo?Sim. Medo de ser acusada do cri-

me...Leborgne estava feroz. Aliás, eu nunca

o tinha visto daquele jeito. Era nova,

para mim, aquela atitude. Em geral êle

interrogava as testemunhas com a maior

polidez. Mas naquele momento êle tomou

uma expressão teatral e, apontando,acusador, a moça, disse:

Dou-lhe um pequeno prazo para con-lessar, senhórita...

Para confessar?Sim. O crime que cometeu...

Ela estremeceu.Mas eu não cometi crime algum...

Eu... * ''31Amanhã, pela manhã, virei interro-

gá-la novamente. E' inútil tentar fugir.A casa está vigiada.

Oh!Sem mais uma palavra. Leborgne saiu.

Francamente, eu não entendo o 'teu

procedimento — censurei. »Tudo tem a sua razão. Você está

muito preocupado com uma coisa quenão tem a mínima importância...

Mas qual a razão da sua atitude?Dentro em breve você saberá I

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ELIXIR PAS

Dnmns ijn§4

Indicado nas dismenorréas

Estou aqui, senhórita, para ouvi:

sua confissãolJeanette olhou para Leborgne, e dv.

Confesso.

Continua na pag. S.

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Edição de Níatlf 79IS

REVISTA ÜA SEMANA

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REVISTA DA SEMANA

CNTECEWEM 1944

(Continuação da pag. 57)

leira de Letras. Três cadeiras vagas. Va-

gas imensas de candidatos às três cadei-

ias. Votação. Torcida... Emoção... Em-

pate... Está ocupada apenas a cadeira

deixada por Fernando Magalhães: Luiz

Edmundo é o novo imortal. Vamos pensarem Monteiro Lobato. Dia 1.9 — E' encon-

trado num garimpo do município de Rio

Verde, em Minas, outro fonômeno mineral:

um diamante lilás do 16 quilates. A pedra

8()Edição de Natal

[oi avaliada ern Ci$ 1.500,00. Dia 30 -

Poucas notícias de sensação: os aliados

estão alargando a cabeça de ponte de

Anzio. Na frente russa a ofensiva con-

tinua como de costume. Os chineses ca-

pturaram Sharaw. Ah! Sim! fica ao norte

de Kamaing. Mas onde fica Kamaing?

Em verdade, onde fica a China? Com a

guerra estendida por todo o mundo, a

gente se esquece da China. No entanto

diariamente os chineses tomam uma Sha-

raw das mãos dos japoneses.

JUNHODia 1.° — Estão falando insistentemente

de invasão. As tropas do 5.° Exército

Americano avançam paia Roma. Os ius-

sos ameaçam Jassy. Dia 3 — Começa a

derrocada nazista em Roma: o coman-

dante militar da cidade abandona o cam-

po e foge para as paisagens serenas da

Baviera. Dia 4 -- O general Clark entra

em Roma. A Cidade Eterna é a primeiracapital européia a ser libertada pelos alia-

dos. O povo de Roma recebe os america-

nos com delirante entusiasmo. Ontem os

nazistas ainda eram senhores absolutos

da cidade. Mas Roma caiu num dia. E

sem grandes combates. Dia 5- — E' com-

pletada pelos aliados a ocupação de Ro-

ma. Dia 6 — Dia "D". Forças navais alia-

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MENTHOLATUM

das, com proteção de colossais formaçõeaéreas da R. A. F. e dos Estados Unido:desembarcam na França. Os paraqueditas descem em nuvens dos céus da Ncmândia. Os desembarques se sucede::Em todo o mundo, isto é em todo o mundcivilizado, as populações estão em festoAs multidões entusiásticas percorrem aruas das cidades, em delirantes aclarr.

ções aos heróis da liberdade. Dia 7

Continuam os desembarques aliados nFrança. Os exércitos invasores investe::sobre o Havre e Cherburgo. Começadebacle. Vitorio Emanuele, após maistrezentas ameaças neste sentido, abdicohoje. — Portugal suspende as remess..de volírâmio para a Alemanha. Hitlideve estar clamando a estas hora:"Eloi ! Eloi! Sama sabatami?" Dia 9Sabe-se que Rommel está no comando d<exércitos alemães na França. Eis aí uiaspecto característico desta guerra. A e

tratégia de um grande general contra ...

lênios de civilização. Dia 11 — Começaa levantar-se a França centra os domindores nazistas. A alma de Robespieruvolta a viver nas velhas cidades gaui*sas, onde os franco-atiradores se emboscam nos becos escuros, à caça de lis

nos. Dia 12 — Anuncia-se que o gene. a

Weygand foi morto pelos alemães quandtentava fugir da prisão onde se encontrava. Dia 13 — Chega à França o gemral De Gaulle, chefe do Comitê FranaLivre. Dia 14 — Os alemães começaa empregar contra a Inglaterra a si;

arma secreta: as bombas voadoras. Di

23 — O Brasil reconhece o novo govêrnboliviano. Dia 26 — Cai em poder d

aliados o porto de Cherburgo. Esta ó

primeira cidade importante da Françaser libertada pelos invasores. Dia 29

Desperte a Bilisdo seu Figado

e saltará da cama disposto paia tudoSeu fígado deve produzir diariamente

um litro de bilis. Si a bilis não correlivremente, os alimentos não são dige-ridos c apodrecem. Os gases incham oestômago. Sobrevem a prisão de ventre.Vocô se sente abatido e como que en-venenado. Tudo é amargo e a vida éum martírio.

Uma simples evacuação não eliminaráa causa. Neste caso, as Pílulas Carterspara o Fígado são extraordinariamenteeficazes. Fazem correr esse litro de bilise você se sente disposto para tudo. Sãosuaves e, contudo, especialmente indica-das para fazer a bilis correr livremente.Peça as Pílulas Carters para o figadoNão aceite outro produto. Preço CrS 3,00

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Edição de Natal 81 REVISTA DA SEMANA

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ça a ser posta em prática uma no-

, je ^á muito anunciada no Rio: a

is conhece agora as primeiras "tro-

ras" de ônibus. Muitos pasageiros,

presas de sorridente espectativa,•-ntam desiludidos:

"Que bruta de-•o!" Dia 30 — Termina, assinalado

..gniíicativas vitórias aliadas, o mês

iiinho de 1944, mês histórico da inva-

da França.

JULHO

Continuam a progredir no solo

:ès os exércitos aliados. — Deixa o

de Chefe de Polícia do Distrito Fe-

. cel. Nelson de Melo, que foi subs-

pelo sr. Coriolano de Gois. Dia 2 —'difício Regina é devorado, em parte,um violento incêndio. E' total o pre-sofrido pela Cia. Dulcina-Odilon, que

erde todo o guarda-roupa e cenários,

úna e Odilon vão agora para o Gi-

Português. Dia 5 — E' inaugurado,

grande alarde ou propaganda, o

aumento aos 18 do Forte, em frente

fortaleza de Copacabana. Ali estão ago-

eles, os heróis mais silenciosos da his-

cs maiores heróis do Brasil. Dia 7) sul dc Brasil está sendo castigadoviolenta onda de frio: congela-se a

qua nas torneiras de Ponta Grossa, nevaCuritiba. Registra-se no Rio Grande

j Sul c frio mais intenso destes últimos.-. Dia 14 — Esta semana foi como.utras em geral: poucas novidades.

i, porque o avanço sistemático e fulmi-mie dos exércitos libertadores do Este

)este da Europa já não censtitue no-.idade. Os russos estão dentro da Lelô-

s ingleses e americanos estão no in-erícr da Mormândia. Dia 15 — Chega ao

Rio inesperadamente Mme. Chiang-Kai-A. A notícia, uma vez divulgada, causa

nais desencontrados comentários. Nin-Sm sabe o que trouxe a esposa do ge-rdíssimo chinês até as praias da Gua-

bara. Dizem que vem em viagem de'uso. Todos duvidam. Dia 20 — Háatentado contra Hitler na Alemanha.iem várias pessoas mas o "fuehrer"

mia vivo. Dia 29 — Morre em Cam-Grande (Paraíba) o célebre canga-Antônio Silvino, outrora rei do ban-

no nordestino. Agora o velho Adolfo• é o rei absoluto e único do bando-¦¦'¦v.o. Dia 31 — Mais um mês de vitó-para os aliados. Nestes trinta dias

mçaram as forças da liberdade, soma-3S ofensivas dos russos, dos exerci-

Ia frente ocidental e do Pacífico, maisíl quilômetros. A famosa "blitz-krieg"

:';ánica utilizada contra os povos inde-da Europa, é "pinto" perto desta

:ir.çada.

AGOSTO

)ia 2 — Dizem os jornais que o posudoid-marechal Erwin von Rommel, antigo

peão de ofensivas relâmpagos, atualpeão de velocidade em marcha-ré, so-

_u~um— -acidente'—na França, Os ale-

JÓIAS - RELÓGIOSl ARTIGOS PARA

PRESENTES

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mães não dizem que espécie de "aciden-

!e" vitimou von Rommel. Mas nós pode-

mos imaginar... — O sr. Luiz Edmundo

lomou posse na Academia Brasileira de

Letras. A propósito, fala-se entre os aca-

dêmicos em convidar Monteiro Lobato

para uma das cadeiras vagas na casa cio

Machado de Assis. Dia 6 - O cavalo

Albatroz vence o Grande Prêmio Brasil

pela segunda vez. Agora dizem que êle

vai ser posto do lado. A imprensa ouviu

o jóquei, o proprietário, o tratador, que

falaram sobre o grande craquo nacional.

Ninguém porém se lembrou de saber a

opinião de Albatroz sobre o "turf" e seus

segredos. Foi pena, pois talvez êle tivesse

muito que contar. Dia 9 — Registram-se

grandes enchentes em Alagoas. Enquanto

isto, verifica-se no Maranhão o aparecimento de um monstro marinho. A ciência

cxpücu o fato a seu modo, a superstiçãcdo outro. A curiosidade do público entre-tanto não ficou satisfeita, pois nenhum

jornal informa quantas cabeças tem o ter-

rível bicho do Maranhão. Dia 10 -

eleito para a Academia Brasileira de Le

trás o escritor Rodrigo Otávio Filho, na

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vaga de seu pai. Ainda há vagas no

Peiit Trianon'. Monteiro Lobato continua

:ia "moita". — Inaugura-se no Rio o busto

de Francisco Serrador. Dia 12 — Os alia-

dos já estão avançando em direção a Pa-

ris. Os "maquis" começam por sua vez

a combater na retaguarda as forças ale-

mas cie ocupação. As tropas que invadi-

ram o sui da França avançam entre Nice

e Marselha. Dia 18 — Os russos cruzam

.s fronteira da Prússia Oriental. A Alemã-

uha conhece pela primeira vez no século

a guerra de perto. Dia 19 --- O governode Petain muda-se de Vichy. Ninguém

i;abe para onde. Nem mesmo Petain. Dia

20 F7 incorporado ao 5.° Exército Ame-

ricano c primeiro escalão da Força Ex-

pedicionària Brasileira desembarcado na

liália. O Erasil é a primeira república

americana, depois dos Estados Unidos,

que toma parte ativa na luta em solo

europeu. Dia 21 — O primeiro feito im-

portanie dos "maquis" íranceses é divul-

gado. Estes bravos partzans acabam de

tomar Toulouse. Dia 22 — Lyon cai tam-

bém em poder dos "maquis". Dia 23 —

Demite-se do cargo de ministro das Rela-

ções Exteriores do Brasil o sr. Owaldo

Aranha. Dia 25 — A Turquia corta rela-

ções com o governo de Vichy. Deve ter

.-.ido difícil a entrega da nota a Petain,

que ninguém sabe onde está. — Os ale-

mães rompem o armistício firmada em Pa-

ris com os "maquis" e atiram contra mui-

iidões indefesas nas ruas da Cidade Luz.

Combate-se agora nas ruas da capital

francesa. Todos combatem: velhos, mulhe-

res, crianças. Está vivo ainda o espírito

das barricadas de 1830. Os "maquis" ata-

cam de pistola automática em punho, e,

às vezes, armados com pedaços de pau.Os alemães estão perdidos, pelo menos

em Paris. Cessa na tarde de hoje toda

a resistência organizada na capital. Mais

uma vez a liberdade vence a tirania nas

bancadas do "Quartier Latin". Dia 26 —

De Gaulle entra triunfalmente em Paris.

Os alemães, emboscados, atentam duas

vezes contra a sua vida na praça da

Concórdia. De Gaulle mantem-se calmo,

enquanto as metralhadoras nazistas var-

rem as ruas apinhadas de gente. Final-

Tão bonita...Isso é porque

ela ainda possui os verdadeiros aliados

do encanto: Cremes de Beleza Yardley e

Pó-de-Arroz Bond Street. Certamente,todos os produtos dê toucador Yardleyvirão de novo com a paz.

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dc Londres

t?UA NOTA cá DISTINÇÃONOS ÁJ2AfieíÉà9TULHE SERÁ DADA POR

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UM CALÇADO DA MODAPARA O MUNDO ífagprik

URUGUAIANA,52-RIO

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mente, viu-se que o grande general esca-

para ileso. — Fala-se no fuzilamento de

Petain. Isto faz pensar na falta de sorte

do velho militar: se êle houvesse morrido

há quatro anos morreria herói. Fuzilado

agora, morre traidor. Dia "1 - - Verifica-

se em São Paulo um terrível desastre deaviação, com a aeronave da linha notur-

na da Panair. Morrem doze passageirose quatro tripulantes, — Os exércitos de

Tito alcançam Belgrado. Esta é a terceiracapital da Europa Continental libertada

pelos aliados.

SETEMBRO

Dia 17 - Os alemães ocupam a capi-tal de sua aliada, a Hungria. Em repre-sálià os russos ocupam a capital da alia-da Alemanha, a Rumania: Bucarest estáredimida. A quarta capital libertada docontinente europeu. Dia 2 — A Finlândia

pede a paz. E espera que a Rússia sejaclemente. Dia 3 - Falece Alcides Maya,escritor riograndtsnse e membro da Aca--.temia Brasileira de Letras. Dia 4 — Eisa guerra mais relâmpago até hoje veri-ficada: a Rússia declara guerra à Bul-

gária pela madrugada. Ao meio dia aBulgária firma a paz com a U. R. S. S. e,às quatro horas da tarde Sofia declara

que os seus exércitos estão lutando aolado dos bravos soldados soviéticos. Estaó de se tirar o chapéu. Ganha todos osrecords do século da velocidade. Dia 6— Forças russas acabam de cruzar asironteiras gregas, atravessando a Bulgá-ria. Dia 9 — Deixa o Brasil a sra. Chiang-Kai-shek. Até hoje ninguém sabe ao certoo que a trouxe à nossa terra. Dia 14 —

i\ Finlândia firma a paz com a Rússia.

Moscou foi camarada. Entretanto, dizem

telegramas que os finlandeses estão tris

tezinhos com a derrota. Naturalmente êle:

estariam alegres se Hitler lhes tivess

ciado a Ucraina ou a Rússia Branca cor.:

prêmio de sua colaboração. Mas, infeliz

mente, não poude ser. Desculpe o mau

jeito, sr. Manhein. Dia 16 — Os russo,

cruzam as ironteiras da Tchecoslováqiú

o da Iugoslávia. Dia 20 — Embarca pa;

a Europa em viagem de inspeção à Foro

Expedicionária que combate na Itália,

ministro Eurico Dutra. Dia 21 — Piei

Caruso é condenado à morte por um

bunal popular de emergência. A mesm

sorte não tem o seu comparsa Dom

Caretta, que cai nas mãos do povo, •:

furecido, sendo linchado. Dia 22 — E' fu:

lado, de madrugada, o ex-chefe de po

cia de Roma, Pietro Caruso, verdugo •

patriotas e assassino de reféns. Muitc;

vozes se erguem a lamentar a sua mor:

Sacodem sobre o seu corpo de carros

a túnica ensangüentada de César, o

os mesmos que acompanharam Musso:

na pantomima da Marcha Sabre Ron

que erguem este clamor. As vozes q

defendem Caretta e Caruso são as m-

mas que vilipendiaram Sacco e Vanze'— Circula uma notícia que nos enche

orgulho. As nossas tropas expedicio:

rias, lutando em duas frentes, ccnquist

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Edição de Natal ; 33

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lllP 8Jas localidade piemontesas de Firenzuelae Pietra Santa. Dia 23 — Em uma locali-dade do Rio Grande do Sul registra-seinédito fenômeno: após o escurecimento

quase total, cai sobre o logarejo umatremenda tempestade, arrazando casas edestruindo plantações e rebanhos. A água

que despencou em grandes trombas tinha

uma côr verde-escura. Dia 2,4 — Outrofeitiço que se volta contra Hitler: a Fin-làndia acaba de declarar guerra à Ale-manha. — Chega à Itália o general Eu-rico Dutra, ministro da Guerra do Brasil.Dia 26 — 0 general Clark, representandoo presidente Roosevelt, condecora os ge-nerais Zenobio da Costa e Mdscarenhasde Morais, comandantes da Força Expe-dicionário Brasileira em ação na Itália.

OUTUBRO

Dia 3 — Inaugura-se no Rio de Janeiro,na praia de Botafogo, o monumento ao

proíessor Miguel Couto. Dia 5 — Morreem Tóquio, aos 90 anos, o conhecido Mit-siuru Toyama, chefe da sociedade DragãoNegro, uma das mais nitidamente fascis-tas organizações secretas do mundo. Co-mo todos os apologistas do "slogan" "vi-

ver perigosamente", Mitsiuru falece quasecentenário, comodamente instalado emuma macia esteira de papel crepon, longedas linhas de fogo, e com a barriga bemcheia de bom arroz branco. Guerra a

sua alma! Que a terra lhe seja pesada!

Dia 6 — Voltaram a cair sobre Londres

as bombas voadoras germânicas. Como

se vê, Hitler prefere bombardear os civis

das cidades, a impedir o avanço esmaga-

dor dos exércitos da liberdade. Dia 8 —

Morre Wendell Wilkie, ex-candidato re-

publicano e adversário de Roosevelt. Wil-

kie, por sua lealdade e por sua sinceri-

dade, como pelo sou elevado senso de

justiça social e espírito combativo, conse-

guiu que o acompanhasse ao túmulo a

admiração de todos os americanos, repu-

blicanos ou democratas, brancos ou ne-

gros, ateus ou religiosos. — Realiza-se o"Circuito da Amendoeira", prova automo-

bilística para carros a gasogênio. A prova

ioi vencida por Catarino Andreotta. — Dia

10 — A Academia do Medicina da França

concede um prêmio ao médico paulista

dr. Carlos Botelho pelos seus trabalhos

sobre o câncer. Os jornais brasileiros não

noticiam o íato. O campeonato brasileiro

de futebol ocupa agora as principais pá-

ginas dos nossos diários. — O coi. Batista

deixa a presidência de Cuba. O novo pre-

vidente da república irmã é o sr. Ramon

Grau San Martin, que ^eguirá a política

de boa vizinhança iniciada pelo seu an-

tecessor. Dia 12 — Falece em Buenos Ai-

res o sr. Ramon Castillo, ex-presidente

da República Argentina. Dia 13 — Os ale-

mães, segundo notícias de Paris, roubam

da Fundação Curie 8 gramas de radium.

Não se sabe o que irá fazer Hitler com

o precioso elemento, pois o radium se con-

ta entro um dos raríssimos agentes tera-

pêuticos que não se prestam a fins de

guerra. E até hoje não se tem noticia

de que o "fuehrer" ou Himler se interes-

sem pela cura do câncer ou experiências

om torno da radioatividade. Dia 14 —

Chega à Itália novo contingente de tropas

brasileiras. Dia 15 — A Hungria pedoarmistício, segundo uma transmissão da

Rádio Oficial de Budapest. — Divulga-se

a notícia da morte do arrogante marechal

do campo Erwin von Rommel, uma das

figuras mais nitidamente representativas

da mentalidade militarista dos "junkers"

prussianos, a serviço do nazismo. Mais

um trunfo que perde Hitler. A brilhante

inteligência e senso tático de Rommel se-

riam talvez qs únicas possibilidades de

um retardamento na vitória das Nações

Unidas. Mas o comandante de campo

dos exércitos ocidentais repousa em paz.Orai por êle! — Morre Eliseu Visconti,

um dos mestres da pintura brasileira. Dia

1 — As autoridades americanas negam

permissão ao ex-rei Q&fW) cia Rumania

para desembarcar no tRritório dos Esta-

dos Unidos. O rei alegre deverá estar

em apuros, sem saber onde guardar agora

os seus seis mastins de luxo, as suas duas

coroas de brilhante e ouro e as seiscen-'.as e tantas malas de sua pequena ba-

gagem. Dia 21 — E' entregue ao Museu

da Aeronáutica, comemorando a Semana

da Asa, o oscrínio onde se guarda o cora-

ção de Santos Dumont, o coração do Pai

da Aviação, um grande coração de brasi-

leiro. Dia 23 — O governo Do Gaulle é

oficialmente reconhecido pelo Brasil, Es-

.tados Unidos, Inglaterra o Rússia. A China

associa-se também a es3a atitude. Dia

25 — Os brasileiros om ação na Itália

acabam de apoderar-se da maior partedo curso do rio Sechio. Dia 29 — Tropas

brasileiras ocupam Monto Fayelto, ficando

assim a 27 quilômetros de Carrara. — O

Flamengo, logrando vencer o Vasco da

Gama por 1x0, sagra-so tri-campeão de

futebol carioca. Dia 31 — Os brasileiros

da F. E. 13. capturam Colomini, perto de

Carrara.

NOVEMBRO

Dia 1.° — Divulga-se quo o sr. JuarezFurtado, diretor do Departamento Agrí-

cola do Ceará, está realizando experiên-cias visando o emprego do óloo de casta-nha do caju como veículo terapêutico nacura do mal de Hansen. Dia 2 — Fala-se

quo o ox-rei Carol da Rumania, cuja per-manência nos Estados Unidos foi proibidapolo governo, tenciona residir no Rio de

Janeiro. Naturalmente sua majestade au-

qusta alugará um apartamento no Copa-4

cabana Palace para êlo e os seis mastinsde luxo. A notícia não fala em Mme. Lu-

posou. Dia 3 — Entra om ação no front

italiano os aviadores do Brasil em missão

de guerra junto às forças aéreas ameri-

canas. Dia 7 — Com lágrimas nos olhos

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o candidato republicano Devrey acaba de

proclamar, embora muito a contragosto,a esmagadora vitória de Franklin DelanoRoosevelt contra a sua candidatura. Maisuma vez vence o campeão da Democra-cia um adversário forte, obtendo umamaioria de votos que fala bem alto doseu prestígio entre o povo norte-americanoe os soldados em ação nos cinco conti-nentes, que, pela primeira vez na histó-ria, votaram na própria Unha de íogo.Dia 10 — O Presidente Getulio Vargasassina o decreto que institui o salário mi-nimo para os jornalistas. Dia 16 — Numedifício de apartamentos do Catete o en-carregado da portaria, mordido pelo micode um dos moradores, atirou um pau delenha no macaquinho, fazendo-o em pe-daços. O dono do animal quer do pro-prietário do prédio uma indenização detrinta mil cruzeiros. Todos acham absurdoque o touro Canadá seja avaliado em5 milhões de cruzeiros; mas, a preço porpeso de carne, se este mico fosse umchimpanzó magro custaria nada menos deCrS 800.000,00. Muito caro para carnede macaco. Dia 20 — Bummmmll! BumülBumll! Chegou, afinal. Quem? pergun-tam algus curiosos que se encostam àamurada do cais do porto. Chegou ohomem! Mas ninguém o vê. Desembar-cando às escondidas, êle aparece por fim,seguido por seis mastins de luxo e dois*caminhões de bagagem. No apartamento

de super-luxo do Copacabana Paluc»êle descansa agora das fadigas da via-gem, longe da Europa ensangüentada,longe da política externa, longe das tro-pas russas. Descansa e sorri. A Guardade Ferro tomou conta do poder, Hitlertomou conta da Guarda de Ferro. Mastudo continua bem. O rei é vivol Vivao rei I Dia 21 — Está faltando água neRio. Começou o calor. As torneiras estãomais secas que o Ceará. Desapareceua água no leite. Desapareceu o leite nc;água. Telegramas de New York dizemque também ali falta o precioso liquideEm S. Francisco também. Em Miami idemMás em Buenos Aires não falta água, se-gundo as mesmas notícias. Senhor Deu-.dos desgraçados: não permiti que alguémse lembre de importar água argentina.

DEZEMBRO

Chegamos eníim a dezembro de 194-'Mais um ano se passou. Um ano como tedos os outros. Os jornais abriram novas"enquêtes" para saber se devia ou nãchaver Carnaval. Devia e não devia. Maso Carnaval teimou em sair para a ruacom dinheiro ou sem dinheiro. O anccontinuou. Houve a ofensiva russa, houvea invasão da Europa. Morreu Wende!,Wilkie, Roosevelt foi reeleito. Roma caiuParis caiu. A foice da morte levou muitagente, o bico da cegonha trouxe gente

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nova. Mais ura ano que passa, mais es-

perahças que se desvanecem. A REVISTA

DA SEMANA acompanhou de perto a

evolução do ano. Foi a "furona" dos dois

:ssuntos magnos do ano: O "caso" Hum--cito de Campos- e a casa de Machadois Assis. Acompanhando de perto o de-

envolvimento da ação movida pela fa-niília do grande escritor, o nosso sema-

nárjo foi o único órgão que forneceu ao

público completo noticiário fotográfico em

[orno das decisões jurídicas e da opinião

jos estudiosos acerca do movimentador.ocesso. Acompanhando o outro caso, aessa revista fez mais. Ouviu os acadê-

micos, ouviu os candidatos às três vagas,iuvíu finalmente, em São Paulo, por inter-n-.ec.io de Celestino Silveira, o único ho-nem que não quis ser candidato. Montei-

Lobato conversou longamente com Ce-;estino e expôs os motivos de sua recusa .

aceitar a cadeira do Petit Trianon. EleAna responsabilidades. Era o pai de

"Emilia", era o anjo da guarda de "Ne-

nrinha", era o repórter de "América" —

não podia aceitar a imortalidade, remu-nerada da avenida Presidente Wilson. Jáhavia ganho com o "Jeca Tatu" a imor-talidade compulsória dos gênios. Foi assimque a Academia Brasileira de Letras de-sistiu da candidatura Monteiro Lobato.

" FINIS "

Estamos em fins de dezembro de 1944.O Rio espera novamente Papai Noel. Nolargo da Carioca o movimento continuaintenso. Mais um ano se acaba, outroano vai começar. Chegam novas notíciase com elas novas esperanças. Lembra-seo leitor do cidadão que deixámos noprincípio desta história no último lugarda fila de um ônibus da zona sul? Poisêle acaba de arranjar um iugarzinho empé, entre um mulato gordo e um garotocarregado de embrulhos, e lá se vai ale-gre e sorridente em direção a Botafogo.E ainda há quem fale que o tráfego ur-bano constitui um problema no Rio deJaneiro!

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REVISTA DA SEMANA

CALÇADOS FINOSGonçalves Dias, 40~A

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\cU5 três RembrandtsContinuação da pag. 78

** inguém poderia parecer mais surpreso

jo que meu amigo, que, havia algumas

oras, estivera atormentando aquela moçaoa:a que confessasse. Mas Leborgne,Tuando alguém o pega desprevenido, logo¦ecobra a calma.

..- Senhorita, eu... *Um momento. O senhor pediu uma

:oníissâo. Te-la-á. Ontem, pela manhã,neu noivo veio à minha casa dizer quei família dele se opunha ao casamento,3ii) vista da situação de papai e quejie não poderia casar comigo, para viver-mos na miséria. Eu disse que não me im-lorlava, mas êle insistiu. Fiquei deses-perada. Corri ao cofre de papai e ia tirar3 quadro, quando êle veio chegando. Que-ia vender o quadro a Fouquet, sem quepapai soubesse...

Mas êle já não estava disposto a/endê-lo?

Pcrém eu queria o dinheiro logo,)ura fugir com meu noivo. Mas papai:hegou,..

Sim...E eu fui à casa de Fouquet sem o

juadro. Pedi que me desse o dinheiro..."le riu. Ofereci qualquer garantia e êleíão aceitou. Abrira o cofre. Eu vi oünhoiro! Puxei o revólver e matei-o.

- Senhorita, cumprimento-a pela cora-jem, mas sua história é fraca! Diz quea fugir com o noivo... e não fugiu. Diziue queria dinheiro... e não roubou nadaJe Fouquet. . .

Mas...A senhorita não o matou... Eu fiz

ima experiência para ver se, acusando-a,azia com que o culpado confessasse. Aixperiência não deu resultado. Usareijutros métodos. O criminoso, como sabe,é sou pai!

Ir.,simples. Remar comprou um qua-aro que parecia um autêntico Rembrandt,mas não era. Pagou a um perito para quedissesse que era um autêntico. Queriapassar por descobridor de uma preciosi-dar

511. .JO,

Mas uma coisa o traiu, logo deFoi a punhalada. Que ladrão mis-

< Ç--acra»li-

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tericso era aquele? Ninguém... Não acre-dita que * Remar tivesse coragem de seapunhalar, para dar um aspecto maisconvincente à aventura? Você não co-nhece essas perversões... Ele seria ca-paz de suicidar-se' para ganhar publici-dade! Mas' uma coisa restava: o seuamor pela filha. Muito tempo depois deadquirir o quadro e pagar bem a umperito, perdeu a fortuna. A filha preci-sou de dinheiro para casar. Ele imaginouum curioso estratagema. Se desse aosperitos o quadro, eles diriam que se tra-tava de uma falsificação; mas, da maneiraque êle arranjou, fazendo a confusão de

três quadros, êle confundiu a todos. Nin-guém tratava do ver se havia um Rem-brandt, mas qual era o Rembrandt. Umcaso interessante de sugestão. E, alémdisso, as imitações eram bem feitasl Maso dinheiro, que era para o dote da filha,teria que ser repartido com o perito, quese prestara à primeira mistificação e jáestava exigindo a sua parte. Remar ma-tou o perito, para poder dar a filha odinheiro que ganhasse com o quadro...

— Mas como explica a confissão falsade Icanetle?

-— O pai tinha aquele vício da publi-cidade. O amor pela filha, única coisa

mais poderosa, impedia-o que contassetudo ao mundo, mas não que contassetudo ,a ela...

Pobre moça!Afinal de contas, ela não era tão

santa assim... Não hesitou em pedir avenda do Rembrandt e foi a causa detudo...

Mas compensou. Quando o pai con-fossou tudo e suicidou-se, ela resolveuconfessar, para quo êle não fosse acusadodepois de morto.

Leborgne íez uma careta.Sentimentalismo tolo!

Leborgne detesta os sacrifícios inúteis.

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MADUREIRA — Rua Carvalho de Souza. 299MEIER — Av. Amaro Cavalcanti 27CAMPO GRANDE — Rua Campo Grande. 100RAMOS — Rua Leopoldina Rego. 78

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Edição dé Natal

Como surgiu CopacabanaContinuação da pag. 59

mei cio, poia todas as boas casas da cidade estão esta-belecendo filiais neste local.

Copacabana 6 também um dos bninos mais alegro^e diveitidos do Rio de Janeüo, com seus cinemas, con-feitarias, e com sua piaia animada pelo colorido doaguaida-sóis e dos "maillotí", assim come pelos espoliesalí praticados, entie os quais _alientam-se o "wolley-

bali" e o fliit,

A' noite os "passeios moles" na piaia, de vai e vemde lá pra ca*, mostram que ainda hoje é confúmado umdos versos mais espalhados nos cupons de propagandados bondes da "Jardim Botânico";:

TEVE EM COPACABANA A NATUREZA, .

AO FAZE-LA, TAIS MIMOS, TAL RIQUEZA

QUE NADA NOS DEIXOU A DESEJAR.

ENTEDIADOS, DEIXAI TEATROS E CEIAS,

IDE FITAR-LHE AS ROCHAS E AS AREIAS

E OUVIR O OCEANO EM NOITES DE LUAR.

Foi pois á intensa piopagarda dos bondes ,que deve

g.ande paite de sua populauiidade o baii.opicfohio

pela rrocidade caiioc?,queo considera como um -pedaço

do céu, colocado sobie uma das piaias mtis lindas daCidade Maravilhosa.

E ainda hoje podemos repetii com ceiteza o que jáse dizia há quasi meio século:

NOIVOS QUE O CÉU GOZAIS EM PLENO JUÍZO

ALMAS QUE A MAGUA NEM DE LEVE EMPANA,

QUEREIS DE VOSSAS NOIVAS NO SORRISO

LER A MAIOR FELICIDADE HUMANA?

PROMETEI-LHES MORAR NUM PARAÍSO

ROSEO EM COPACABANA.

UM NOVO SER j(Continuação da pag. 43)

Oxalá não a tenha atingido! —disse Irina.

Não, está do outro lado. A poucospassos daquele farol — disse c transe-unte apontando par? um determinadolugar. — Eu, por minha parte, tenhoque ir embora. Apreciem como atiramhoje! Ainda nos matarão...

Irina não era diplomada em partos.Ptestava seus serviços na Maternidade,Mas agora, seu dever, desafiando as trevase as explosões dos obuses, era-procuraa parturiente e, custasse o que custasse,prestar-lhe auxílio. Não havia tempos peu.er, mnguórr mtis pcueiia socor-*ê-]a.. A ncite eia tenebicsí.: borrasca,frio irtenso, bombas... Poi cura de bua.scfcbeças passavam silvando projete:-' emais projéteis. Iiina seguida do ppdio-ieiro evitava os burseos detir.ha-se eetoútavi'-..

Da dreita paitiu um gemido. Corre-rara para o locfl e efetivamente auasdo lampião, como dis&exa o írarbeunte,com as coitas ap(iadr_ne parede dumacasf, ao lr-do duro portão fechado., amulher estava sentada &ôbrfc a neve.

Irina fincou ot, joelhos diante da par-turiente, e esta lhe tomou um braçocom sua mão trêmula e ardente.

Já, era tarde para levá-la á Ma ter-nidace. Estava em pleno parto. Dftvft »luz sobre a neve em meio das negrassombras daquela noite hibernai, lu"minada pelos clarões dos obuses.

Irina olhou em redor de si. Tudo me

parecia um conto de terror. A neve en*trava-lhe pela gola do abrigo, as rajaur.do vento cortavam-lhe o rosto, as mãosse lhe gelavam e o coração batia contanta força que sentia sua pane:. ^-Era como se Leningrado não éxi»*?'como se estivesse num deserto »{*os»"sumido na escuridão, varrido pela imenta de neve e pelos canhões ímmig; •

Tornava-se inútil bater aporta daq^Hcasa desabitada, que, como asnhas, estava em ruínas; o trânsito r^recia ter cessado por completo, e"* Continua

na pagina 90

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Page 90: ^ 0 N. Cr $ 5,00

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Edição de J•^|^P|^«sS^^^^|

89 ¦'""""*' REVISTA' DA SEMANA

AS CASAS DE DEMONSTRAÇÃODO GOVERNO BRITÂNICO '

Londres, Dezembro. — A velha pergunta: "O inglês médio prefereuma casa ou um apartamento?" surgiu mais uma vez quando visiteirecentemente, as treze casas de demonstração construídas pelo governoem Northolt, na orla ocidental de Londres. A dona de casa que acom-panhei na visita, a essa pequena propriedade que não constitui senãouma amostra do que pretende fazer o governo, desejava definitivamenteuma casa para ela e o esposo depois da guerra. "Um bonito jardinzinho"para empregar as suas próprias palavras, era absolutamente essencial'

As primeiras seis casas que percorremos tornaram-na ainda maisfirme na sua preferência por uma casa. Sentimo-nos profundamenteimpressionados com as numerosas comodidades de que era dotada cadaconstrução. Os prédios diferenciavam-se muito pouco na planta. Algunseram de tijolos, outros de material diferente; uns possuíam sala de jantare sala de estar, ao passo que em outros as duas salas combinavam-senum vasto aposento. Todos tinham três dormitórios e sala de banhocom água quente.

A minha companheira mostrou-se encantada com os tanques de águaquente, envoltos num tecido de amianto, que conserva a água aquecidadurante duas horas depois de apagado o fogão. Talvez os dormitóriosfossem um tanto acanhados e a minha amiga não o deixou de observar— mas não manteve a crítica por muito tempo. E nenhum de nósconsiderou que o único mobiliário necessário em cada dormitório eraum leito, uma pequena mesa e uma cadeira. Os cabides, as gavetas eos guarda-roupas eram todos embutidos nas paredes.

Freqüentemente nas casas antigas a cozinha é o aposento maisescuro, o que não deixa de ser surpreendente, porquanto é na cozinhaque se passa a maior parte do dia. Os arquitetos modernos levaramôsse fato em consideração e, consequentemente, construíram cozinhasclaras e arejadas — observação essa que minha companheira não deixoude fazer ao ver as duas amplas janelas existentes em todas as cozinhasdas casas de Northolt.

A sétima casa que visitamos surpreendeu-a — muito embora nãoíôsse em realidade uma casa. Do lado de fora parecia duas vilas semi-separadas, com as portas de entrada abrindo-se lado a lado no centrocio edifício. Uma delas dava para um apartamento no andar térreo e, aoutra, para a escada comunicando com o apartamento no andar superior.As paredes e teto tinham isolamento contra o calor e o barulho. Os

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ii58

Muitas vezes, o seu futuro pode estar seriamente prejudica-do por odores desagradáveis, que você nao sente, mas os

outros sim. Salvaguarde o seu sucesso pessoal 1 Use Lifebuoy,

cujo elemento purificador especial, ASSE-

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quartos eram tão espaçosos quanto os das casas e as salas de estar umpouco maiores.

Foi então que a minha amiga decidiu-se finalmente e escreveu onome na lista como pretendente ao apartamento, para depois da guerra.O que a preocupava era a falta do "belo jardinzinho". Esse problema,disseram-nos, seria resolvido com a divisão do terreno, nos fundos, emduas partes, de maneira que cada locatário tivesse o seu Jardim separado.

Duas das casas remanescentes eram construídas de aço, podendo sererigidas numa quinzena de dias, e a sua duração será de sessenta anos

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"S-l:- de- estar de uma da8 casas de aço, separada da sala de jantar por uma grandeporta dobradÍ£a-

Page 91: ^ 0 N. Cr $ 5,00

REVISTA DA SEMANA 90

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1844-1944THE S. S. WHITE DENTAL MFG. CO. PHILADELPHIA

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AO

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iicad a PASTA DENTIFRICIA S. S. WHITE E' SABER DAR -PREFERENCIA nvdIStIFRICKI MAIS INDICADO PÁRA HIGIENE E CONSERVAÇÃO DOS[DENTE*

PASTA DENTIFRICIA S. S. WHITEpoderia acontece qie ninguém p^.ssasepor ali até o amanhece1'.

Entre fevaí; de m r e, vinha ao mondou.ro novo sei que era prec's? sahnr,livrar das ga,T'as da Fatalidade. Irinojá não percel/a o estro i\) chs obussánem as expbsões das bjnrò. Ajud vvna mulher a dar à luz como se estivesse

nuT? enfermaria c como habitualmentese faz. . .

...Levantou no ar o reccm-n.is-oiciò coxo so quisesse mostrá-lo a todaaquela grania cidrle, mergulhada r.aso-nrora. Depois o !e/ou, estreitando-,contra seu seio e envolto o líbio ccrpi-pinho no seu abrigo. Caminhava sobre

neve virgem, não nr.rcada ainda porpós hum ao os.

Atrás dei?, sustida pelo servente dohospitíJ e o transeunte que a descobri'.*.,ia sendo conduzida, como uma ave fe-rida, a pa^tu^iente. T-opeçava nos'mon-tõcs de neve, m -,s seus lábios secos mur-muv.,vam: 'Eu só..." O pacliole^o,

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DEPÓSITOS .CAUÇÕES

DESCONTOS

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Io'¦a

luz

cansadíssimo por ter trabalhado muitonaquele dia, repetia constantemente"Já chegamos, já está pettinho. ."

A borrasca açoitava os loatos. 7cercanias uns vidrrs caíram em fgalhos depois das explosões ensurdedoras. Pcém eles avançfvsm, sobpondo-se á escuridão da noite, ao 7ás desca'gas. E se fóv&e preciso at»^-sariam toda a cidade, levandovida nova, êsst pequeno novo se, vi;ao mundo em nossa cidade numa 1:tão incerta.

A mãe já sabia que linha dado áuma menina. A's vezes estendia os bra?;ospara Irira, num gesto de detê-la, naanciã de abraçar sua filhinha, mas tor-nava a baixá-los.

Assim chegaram á Maternidade. Equando a mulher estava já deitada nucama e a gente se-ocupava dela e oajudava a se acomodfr melhor, cha mou]>ina e, co m muita seriedade, quí.secom rispidez, pe'guntou-lhe:

Como té chpmas?Para que quer sabê-lo?-

pondeu Irina.Quero subê-lo!Chamo-me Irina. Que lhe

interessar meu nome?Será esse o nome ae minha

para que te recorde. Tu a salvaste ..Agraaeço-te de todo o coração!. . Ebeijou-a tres vezes.

Irina voltou-se e seus olhos mareja-ram-se de lágrimas sem que ela mesmaaoubesse por quê.

res-

pode

filha'

LlHPB A PELE UMA VEZ POI MAPASTA OE AMÊNDOAS

RAINHA DA HUNGRIA_ De Mme. Campo»

A Venda em toda a parte

MALTA(Continuação da página 20.)

p.ite diplomática e os avisos imprescin-diveis á sua cultura e trabalho. Infeliz-mente, só depois de morte d.o grandebrasileiro, eu pude fotografar o seugabinete de trabalho, sagrado recantoem que <le resolvia com mestna nsgrandes questões que de?am à Pátriasituação de relevo no cenário interna-cirna 1. Foi um grande "furo" na ver-dade, mas fi-lo cem o coração pes. Iode tristeza e de saudade.

. Crepúsculo

— Nesse crepúsculo da vida — j>'¦«>*¦segue Augusto Malta — gosto d e re-viver na memória o nome daque-les figuras; compulso, de quando emvez, com alegria, o meu arquivo e elestodos passan- aos meus olhos, na irmhasaudade e veneiação, com a me»n o vi-vacidade e simpatia que irradiavam dema pessoa. Para mim eles não são fan-tasmas, vivem servindo a Pátiia, ! ir

que são imortais nas obras que realiza-ram. Releio as cartas que Paulo de,Frontin, Pereira Passos, Rio Branco rnemandaram da Europa, cheias de arm-zade e carinho para o humilde fotogr-Dque soube compreende-los, ama-los ?aetvi-los. Deus quiz que sobrevives*" atodos. Confesso, tenho saudade e gos-taria de vê-los ainda sevindo á Pátnae novamente apertar lhes as mão>

E depois de uma pausa, como quedespertando:

— Ab! Isso são tolices de velho.E Augusto Malca, despedindo-se pae

o chapéu de Chile na sua bonita cab'branca.

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Edição de Natal. >!

REVISTA DA SEMANA

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Iltt lllli//â\li \tf &uA \^v ]

Meu amigo. — Para responder a suacarta, que atravessou as grades da suacélula e entrou como uma aVe da noite,ferida de morte, as janelas abertas domeu coração solitário, faz-se mister trans-cie vê-la. As palavras que me envia docárcere trazem a força dos ferros que oseparam do mundo. A sua resignaçãosurda e o seu segredo trágico reclamamsimpatia fraterna. Deixe-me, pois, dizeraos outros aquilo que você me diz. E es-cutem, os homens felizes, a voz de umhomem desgraçado.

"Casa de Detenção, 23 de dezembrode 1933. — Exmo. Sr. Humberto deCampos. — Como viu, esta carta vaido cárcere, de um homem a quema Fatalidade atirou à tristeza do nr-e-sídio, e, assim, deixo a seu critériorasgá-la de início, solidário com a in-falível e respeitabilíssima sociedadeque me segregou, ou prosseguir, apre-ciando e atendendo ao que mal seacha expresso no seu conteúdo."Não importa a minha pessoa nemo meu crime; a própria liberdade deque me privaram nada é ante a gran-de dôr, a pungentíssima aflição queme estraçalha o peito hoje, vésperas

*

de Natal, a<> recordar-me da minhafilhinha Didi que, tendo completadodois anos, balbucia pela primeira ve?o nome de Papai Noel, e pede pelaprimeira vez Um bvinquedinho, um"pinano", como ela diz ao piano, aPapai Noel, e põe o seu único sapa-tinho roto no fogão e amanhã teráa primeira desilusão da vida, quando,ao amanhecer, encontrar, tão inocen-te, o sapatinhò vasio, porque o PapaiNoel que lhe poderia, com grande edulcíssimo sacrifício, satisfazer o seuprimeiro sonho de anjo se acha entreas grades de um cubículo. Minha pri-meira filhinha..."O senhor, que é pai extremoso queprocurou, para agradecer, o pequenojornaleiro que socorreu o seu filhinhoem situação difícil, compreenderá bema minha dôr, e, assim, de pai parapai, eu lhe peço que seja o PapaiNoel Dará acuiêle meu tesouro, d?po-sitando no sapatinhò que lhe saltitadentro do peito algumas palavras con-soladoras, presente esse que amanhãlhe faltará, mas quando moça rece-berá comovida ao saber oriundo doPapai Noel da literatura brasileira,nos orodigalizar mimos diariamente,

grandes doses deconforto espiritual,enriquecendo os nos-sos conhecimentos eencorajand.j-nos naluta pela vida comseu exemplo e assuas lições.

"Esse grande pre-sente que peço paraminha filha não íal-tara, estou certo, egrato dcpoiiho a seuspés os fragmentos demeu coração partido,coração de pai bra-sileiro, que difícil-mente resiste a é«soscaprichos do destino

"Um feliz Natal ao senhor e aosque lhe são caros è o que pede aDeus um proso, pai amoroso e gran-de admirador, indesejável decerto."

Esta carta, meu amigo, só ontem a re-cebí. E uma tristeza irresistível entroupelo meu coração. Esperou você, prova-velmente, a minha resposta, no dia deNatal. Esperou-a, ainda, no dia seguinte.E o meu silêncio foi, talvez, um golpea mais no seu orgulho de homem. Supôsvocê, com certeza, que este escritor, ami-go de todos os humildes, companheirode todos os pobres, consolador de todosos desgraçados, repelia a sua mão, re-cusava a sua estima, evitava o seu con-tacto, na hora trágica do infortúnio mar-cada no claro relógio de Deus pelo dedoescuro do Diabo. E, no entanto, comosofri eu próprio, com a suposição do seusofrimento! E como teria ido, eu mesmo,à Casa de Detenção, levar-lhe o confortoda minha visita, c a desculpa da minhafalta, se a sua carta não me viesse anô-nima e não me falecessem todos os meiosde estabelecer a sua identidade!?

A demoia na entrega da sua suplicaescrita foi a causa única, e poderosa,não de não haver você reefebido as pala-vras destinadas a Didi, quanllo moça, masde não ter a Didi, inocente c menina, en-contrado no seu sapatinhò roto, na noitede Natal, o "pinano" do seu desejo. Por-que, ao contrário do que você imagina,eu não me envergonho da sua amizadenem tenho horror à sua mão. Não seiqual foi o seu crime. Ignoro o seu nome.Basta-me, porém, para que lhe dê, comoaqui lhe dou, o tratamento de amigo, epara que me não constranja em apertaro seu peito de encontro ao meu peito, acerteza, que a sua carta me dá, de quebate, dentro desse peito, um grande co-ração desgraçado. Sem acreditar, ainda,na irrcmcdiabilidade dos destinos, assai-lam-mc, ante a idéia de um cárcere, aque-Ias reflexões severas e sinistras, embe-bidas de fatalidade, que enchiam de ter-ror, ao ver um homem algemado, o IvanlHmtfrir.li da mais famosa novela de

Tchckolf. O criminoso não sai de si mes-mo, nem sai do berço com passagempara a prisão: êle é, na maior parte dasvêzcs, uma vítima da cumplicidade dascircunstâncias. Nenhum homem, por me-nos que se ame a. si próprio, comprará,jamais, sob o domínio da consciência,um minuto de vingança por trinta anosde liberdade. E como as circunstânciasse podem acumpliciar contra o homemmais morigeradO da terra, por que fechara alma ao apelo daqueles que tombaramna sua rede e, sozinhos, se debatem den-tro dela?

O seu grito não foi, portanto, meu ami-go, lançado aos surdos ventos dos De-sertos liem aos mudos penedos do mar.Se o meu coração é um sino que ressoaà simples passagem da brisa matutina,por que ficaria calado às pancadas rudesdas palavras de ferro da sua carta? E detal modo, que, ao ler, no cárcere, esterecado que lhe mando, já estará aqui ameu lado, pronto para seguir o seu des-tino, o "pinano" de sua Didi. Irei eu pró-prio èntregá-lo ao diretor da Casa de De-tenção. Náo perguntarei, jamais, o seunome. Não quero conhecer a sua histo-ria. O seu diretor entregar-lhe-á a minhalembrança, quando você mandar pro-curá-la, e, enquanto eu for vivo, e vocême disser, em carta, que continua preso,a sua Didi não passará mais um Natalsem brinquedos. Senti, pela extensão desua desgraça, e pelo amor que tem à suafilha pequenina, o tamanho do seu co-ração.

Alguns varões de ferro que mãos hu-manas forjaram e as leis puseram diantede uma porta, o separam neste momentodos homens. Cada um desses homens temporém uma filha, sendo portanto iguaisperante a Natureza e perante Deus. Eubeijo, pois, — ó meu irmão desgraçado!— nesta véspera de fim de ano, na testados meus filhos que tiveram tudo nanoite de Natal, porque tinham ao ladosua mãe e seu pai, a fronte pura da suafilhinha, que, nessa noite, sem culpa ne-nhuma, não teve nada..

Conto de HUMBERTO DE CAMPOS - lllustração de José Antônio

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P >IS que mais sedutores presentes devem elas esperar de Papai Noel, senão vestidos novos, sapatose toei »s os adornos para si* enfei arem e se tornarem ainda mais bonitas! Elas se enfeitam para

[eles. IÜ a cies, cabe, legicamente, [.b; ncar [o velliote das barbas brancas, trazendo ao hombrosado, ao peso da Idade,- o saco nao menos pesado com que se embe'ezam o 7'ino inteiro. Também'estréias" de Hollywood recebem presentes de Papai Noel. E aqui vão alguns exibidos por duas

Rita Corday e Jeff Donnel. A postos, Papais Noel... de carteira abastecida...bonitas p eque

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