Trabalho naime

Post on 02-Aug-2015

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POPULISTAS AUTORITÁRIOS

“Não é possível compreender plenamente a política educacional nos EUA sem prestar bastante atenção à Direita Cristã.” Alberto Tosi Rodrigues

A “Nova Direita” populista autoritária é excepcionalmente poderosa e influente, vinda do enorme compromisso de seus ativistas sua ampla base financeira, suas posições retóricas populistas e suas agressividade no cumprimento de sua agenda.

Embasa suas posições em visões particulares da autoridade bíblica, na “moralidade cristã” nos papéis de gênero e na família.

Na cabeça de tais grupos o ensino público é uma

espaço de enorme perigo.

É exatamente este sentimento de “um controle alienígena e elitista”, a perda das conexões bíblicas e a destruição das estruturas familiares e morais “dadas por Deus” que guia a agenda populista autoritária.

O poder desse grupos é visível, por exemplo, na “autocensura” em que entram os editores. Na política de currículo dos estados isso é muito claro, no Texas, são recomendados textos que enfatizem o patriotismo a obediência à autoridade e que desencorajem o “ desvio”.

Sua desconfiança das escolas públicas tem fomentado apoio às políticas neoliberais

como as dos voucher (ingresso) e dos

choice plans (planos de escolha).

Mesmo tendo uma percepção tendenciosa dos efeitos da

competição global e da reestruturação econômica,

eles veem as propostas para a privatização educacional com um caminho pelo qual podem usar tais “reformas”

para seus próprios propósitos.

Isto é exatamente o que está acontecendo nos Estados Unidos, onde as esperanças e especialmente os medos de uma categoria de eleitores descontentes tem criado uma aliança tensa, mas muito eficaz.

NOVA CLASSE MÉDIA

PROFISSONAL

“O último grupo que oferece algum apoio as políticas de modernização conservadora.” Alberto Tosi Rodrigues

São pessoas com conhecimentos de gerenciamento e técnicas de eficiência que fornecem base técnica e “profissional” para as responsabilidades neoliberais e neoconservadoras.

Os membros desta fração em ascensão

não necessariamente acreditam nas posições da base conservadora. Em outros aspectos de suas vidas podem ser

consideravelmente mais moderados e

liberais politicamente .

Essa fração está na verdade preocupada com a mobilidade futura de seus filhos e com o mundo econômico incerto.

De qualquer modo, este grupo não está imune às

artimanhas ideológicas da

direita.

CONCLUSÃO

“A restauração conservadora é dirigida por uma tensa coalizão de forças, sendo que

alguns de seus objetivos

contradizem em parte outros.” Alberto Tosi Rodrigues

Somente se há conteúdo e avaliação padronizada o mercado pode funcionar livremente. A racionalidade do mercado, baseada na “escolha do consumidor”, garantira que as escolas supostamente boas ganhem estudantes, e que as ruins desapareçam.

Quando os pobres “escolherem” deixar

seus filhos em escolas decadentes

(devido a decadência e ao

custo do transporte, informação escassa,

falta de tempo e condições

econômicas decadentes) eles, os

pobres, serão acusados de terem feitos más escolhas.

Assim o sistema funciona

perfeitamente.

Contudo, está coalizão não permanece sem contestação nem é

sempre vitoriosa. Há resultados de programas e

possibilidades contra-hegemônicas.

Nenhum desses movimentos tem o suporte organizacional e financeiro que tem os grupos neoliberais, neoconservador e populista autoritário.

O fato é que as políticas e práticas educacionais não caminham numa direção unidimensional. Todos estes grupos, não hegemônicos provam que a diferença de

fato é possível, e que o sucesso das políticas conservadoras nunca é garantido.

Referências Bibliográficas:

RODRIGUES, Alberto Tosi.  Sociologia da Educação.  Rio de Janeiro. DP&A, 2001

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