Renata Yamasaki - Clipping
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Renata YamasakiPSICÓLOGA e PSICOPEDAGOGA - CRP 49363
NA IMPRENSA
R E V I S T A S
58 BIANCHINI | dezembro 2013
‘@ Mande suas dúvidas para
E AGORA?: redacao@a2comunicacao.com
e agora?
Minha família passará o Réveillon na minha casa, mas gostaria que eles colaborassem com a ceia. Tem alguma maneira de pedir
isso, sem parecer deselegante? Normalmente, quem convida deve arcar com todo o gasto. Mas, se tratando de família, podemos ter mais liberdade para dividi-lo. Não é o ideal, contudo dá para abrir essa exceção. O primeiro passo é elaborar uma lista com todos os pratos e bebidas que você quer ter no dia e a quantidade de cada um. Feito isso, ligue com antecedência para cada familiar para confirmar a presença, saber exatamente quem virá e, nesse momento, aproveite para dizer algo do tipo: “Que bom que virão. Como receberemos muitas pessoas, resolvemos aceitar a sugestão de muitas para que cada família parti-cipasse da comemoração trazendo algo. Isso vai garantir uma maior variedade de pratos e atenderá os gostos de todos. Espero que vocês não se importem em participar trazendo...” (e já diga o prato que cabe a cada um e a quantidade). LÍGIA MARQUES, consultora de etiqueta, marketing pessoal e mídias sociais
‘decoração
ILU
STRA
ÇÃO
Celin
a Fá
vero
criançasGOSTARIA QUE MEU FILHO DE SETE ANOS CONTINUASSE ACREDITANDO EM PAPAI NOEL, MAS NÃO TENHO
CERTEZA SE ISSO É SAUDÁVEL OU NÃO. É MELHOR EU MESMA CONTAR A VERDADE OU DEIXAR QUE ELE, EVENTUALMENTE, DESCUBRA? É saudável, sim. Uma das características mais importantes da infância é a capacidade de fantasiar, fazer de conta e sonhar, con-tribuindo para que a criança se torne um indivíduo criativo. A criatividade ajuda no desenvolvimento, a resolver problemas, tomar decisões. E, enquanto ela estiver nesta fase, é porque isso faz sentido para ela. Quando ocorrer os questionamentos é porque a crian-ça já está percebendo uma nova realidade, já é ca-paz de discernir. E, aí sim, é possível dizer a verdade, pois ela já está pronta para ouvir e aceitar que, neste momento, Papai Noel não existe mais. RENATA P. YAMASAKI, psicóloga infantil e de adolescentes, com especialização em orientação familiar
‘etiqueta
Quais são as outras opções para de-corar a mesa de Natal, sem utilizar o clichê “vermelho e dourado”? Estamos
em um país tropical e as opções são diversas. Pode--se pensar em combinações que tenham a ver com o ambiente onde se mora ou passará o Natal. Por exemplo, quem estiver numa casa de praia pode pen-sar em uma mesa com tons brancos e azuis, que re-metam ao mar. Os detalhes em azul proporcionarão uma mesa mais alegre e descontraída, sem deixar de ser sofisticada. Quem for comemorar a data em sí-tio ou fazenda pode optar por uma decoração mais rústica, utilizando tons marrons, peças de madeira e incrementar com dourado. Além disso, as combina-ções de branco e prata também são ótimas, já que são cores predominantes do final de ano. LIONEL SASSON, designer de interiores da Grifes & Design
Revista E AGORA?
Revista E AGORA?
50 BIANCHINI | março 2014
‘@ Mande suas dúvidas para
E AGORA?: redacao@a2comunicacao.com
e agora?
Alugo um apartamento há seis anos, mas a locatária pediu o imóvel de volta, dando o prazo de dois meses para sair do local. Po-
rém, meu contrato venceu em 2009 e não foi renovado. O que diz a lei neste caso, já que tenho dois filhos me-nores morando comigo? O ramo do Direito que cuida da rela-ção entre locador e locatário possui uma miríade de desdobramentos. Contudo, quando há vigência ininterrupta da locação, ultrapassando cinco anos, a retomada do imóvel pelo proprietário é permitida pela legislação. Isso porque, quando o inquilino ocupa o imóvel por con-trato de locação (verbal ou escrito) menor que 30 meses, a retomada do imóvel pelo proprietário só poderá ser feita após cinco anos. Como você ficou além desse período, é possível ao proprietário retomar o imóvel, independentemente do contrato ser verbal, escrito ou pelo pra-zo que for. Quanto aos 60 dias concedidos, a lei protege o inquilino com o prazo mínimo de 30 dias para a desocupação, portanto a locatária permitiu o dobro. Resta tentar uma “renovação”, atentando, a partir disso, para um novo contrato (agora escrito!) com prazo de 30 meses (período mais comum). SANDRO MORAIS, advogado
crianças
ILU
STRA
ÇÃO
Celin
a Fá
vero
divórcioTRABALHO COM MEU MARIDO E SOMOS SÓ-CIOS DE UMA EMPRESA, MAS ESTAMOS NOS SEPARANDO. É INEVITÁVEL QUE ESSA SEPA-RAÇÃO SE ESTENDA À CARREIRA DE AMBOS
TAMBÉM? Enquanto o casamento durou e foi bom, pro-vavelmente foram sócios na casa, no dinheiro, nos sonhos, nas desilusões e, nesse caso, também na empresa. Estão se separando... Vão continuar morando na mesma casa? Manterão a conta conjunta? Dividirão o carro? Continua-rão planejando sonhos juntos? Não? Por que, então, deve-riam continuar trabalhando juntos? Se estão se separando, provavelmente alguma diferença entre ambos gritou mais alto do que todas as semelhanças que os uniram. A socie-dade em uma empresa é um casamento sem sexo. Se não conseguiu manter o casamento, o que a leva a crer que manterá a sociedade? A separação de um casal, em muitos casos, traz dor e sofrimentos semelhantes à perda por mor-te de um ente querido. É preciso superar essa perda para seguir em frente e, como em qualquer situação de luto, o melhor é enterrar o passado e se projetar para o novo. Nada deve importar mais do que sua sanidade mental e sua felicidade pessoal. FABRÍCIO MAURÍCIO, psicólogo, gestor de pessoas, coach, escritor e autor do livro Batalha Interior – Escolhas da Vida (Editora Pandorga)
‘imóvel
‘Minha filha ouviu histórias de terror contadas por monitores de um resort, onde passamos as férias, e não quer mais dormir sozinha. O que fazer, nesse
caso, para que ela aprenda a lidar com o medo de monstros e fantasmas? A infância é repleta de situações que causam medo e apreensão nas crianças. Alguns medos são reais, como o de agulha ou de animais, porém outros são apenas fruto da imaginação e da fantasia. O medo mostra o limite do ser humano, que não somos capazes de tudo e que também podemos fracassar. Através das histórias imaginárias, a criança enriquece suas vivências e facilita a compreensão dos valores da cultura humana, pois os conceitos são passados de forma simbólica. Inconscientemente, elas elaboram seus próprios sentimentos e identificam as opções de comportamento existentes. A criança nunca deve ser forçada a enfrentar o medo sozinha, se ela está ansiosa ou insegura. É preciso reagir dando carinho, atenção e esclarecendo dúvidas. Tornando consciente este medo, e o que ele pode representar, de fato, através da reconstrução da história, a criança compreenderá e dará novo sentido às experiências vividas. É a poção mágica ficando mais fraca e a realidade mais forte. RENATA P. YAMASAKI, psicó-loga infantil e adolescente com especialização em orientação familiar e de pais
Revista HPC
Revista HPC
manual kids & teens200 201
As crianças querem tudo mesmo! Usam de todas as formas para mostrar o que que-rem. Choram, gritam histericamente, esper-
neiam, se jogam no chão... Mas cabe aos pais mostrar se elas “podem” mesmo ter tudo aquilo que desejam. “A birra surge muito cedo nas crian-ças, logo nos primeiros meses de vida. Ela geral-mente é provocada pelo conflito entre o desejo e a frustração pela não satisfação dessa vontade. A organização da personalidade da criança é construída na interação com o outro, com os in-divíduos mais próximos, como a mãe e o pai. É
um mecanismo saudável e normal na fase do de-senvolvimento da criança”, explica a psicóloga e psicopedagoga Dra. Renata Yamasaki.
A criança busca ser o centro das atenções e frente à sua teimosia ou birra, tentará a todo custo obter o que deseja. Os pais precisam ter uma postura firme, mostrando a criança que ela não pode ter tudo sempre. Dessa forma, eles irão ajudar os filhos a aprenderem a enfrentar as frustrações com as quais irão se deparar em vários momentos na vida. “É importante a crian-ça reconhecer os papéis dos pais, saber que eles são autoridade, respeitar as regras fami-liares, pois caso contrário se tornarão adultos frustrados e incapazes”, enfatiza a Dra. Renata. Para ajudar os pais a lidar com essa situação, a Dra. Renata traz informações importantes sobre o assunto. Confira:
De que forma é possível evitar a birra?A criança precisa passar pelas dores do cresci-mento e impedir que ela sofra é o “maior” mal que os pais podem fazer aos filhos. Desde pequenos, pais e filhos tem de aprender a dizer e a ouvir o ”não”. É fundamental explicar, dar significado aos limites impostos, para que eles aceitem as imposições absolutamente necessárias. Os filhos
aprendem com os exemplos e o comporta-mento dos pais funciona como um espelho,
oferecendo opções entre a permissivida-de total e a proibição absoluta nas di-
ferentes situações da vida.
Rotina é importante?Precisa existir! Crianças preci-sam de regras, rotina e horá-rio, se estas responsabilida-des que são dos pais, não forem diárias, depois de um certo tempo, os filhos irão se comportar como indivíduos
Dra. Renata Yamasaki
Psicóloga Infantil e Adolescentes com especialização em Orientação Familiar Psicopedagoga com
especialização em Orientação aos Pais(CRP – 49363)
Rua Jandiatuba, n.630, cj 132 B, Ed. Empresarial Jardim Sul
(11) 9.8383-9965reyamasaki@bol.com.br| renatayamasaki1@gmail.com
Dra. RenataYamasaki
Psicóloga Infantil
Eu quero, agora! Birra, como lidar?
Foto: Divulgação
mal educados, inconvenientes, sem limites, irritados e birrentos. A ideia de rotina nem sempre é vista com bons olhos, especialmente entre aqueles que a veem como certo aprisio-namento ou impossibilidade de escolha. No entanto, quando se trata de bebês, a rotina é fundamental para desenvolver o senso de segu-rança e, posteriormente, a autoconfiança, tão necessários na vida de todos nós. Na rotina do bebê ou das crianças maiores, deve-se le-var em consideração as diferenças individuais de cada um. Mas cuidado, as regras não po-dem ser tão rígidas e inflexíveis, elas devem sem adequadas às necessidades da criança.
Como os pais devem se comportar com os filhos quando a birra ultrapassar o limite? E qual deve ser esse limite tolerado?É realmente mais fácil concordar, mas não per-mitir também é uma forma de educar. Atual-mente, pais e mães trabalham muito, estão cansados, estressados. Há diferentes tipos de pais: os ausentes, que por se sentirem culpa-dos querem dar e comprar tudo para o filho; os acomodados que preferem dizer “sim” para tudo para não terem trabalho; há também os que querem fazer “diferente de seus pais” e dão aos filhos tudo aquilo que não tiveram; e os muito autoritários, iguais aos seus pais que proíbem tudo. Diante desta diversidade de pais, ao lidar com a birra, é fundamental ter calma, paciência, muitas vezes ser indife-rentes, mas com o cuidado de não tirar das crianças a responsabilidades que elas tem pe-los seus atos. O limite tolerado é aquele o qual
foi decidido em conjunto pela família, que não invade a privacidade do outro, que não traz riscos a saúde e a vida da criança.
O castigo ou alguma punição é uma estraté-gia ainda válida e eficaz?Depende do contexto. Mas a comunicação, as regras e os acordos ainda são a melhor solu-ção. A criança que não aprender em casa a lidar com as limitações e frustrações dificilmente aceitará as imposições da avó, da professora, da mãe do amigo, do futuro patrão, da esposa ou marido.
Alguns pais defendem a palmada. Ela resolve?Antigamente, a criança não tinha vez, não ti-nha o poder da palavra e sua opinião pouco importava. Quando esta passou a ir para a escola aprendeu a se colocar, a fazer parte de um grupo diferente dos adultos e assim social-mente passou a ter mais importância. Porém, devido a nossa cultura atual, muitas vezes o “querer” dos filhos sobrepõe ao dos pais e é aqui que eles perderam o controle. Sendo as-sim, na persistência da birra, a conversa é a melhor solução, procure entender o significado da birra, mostre a ele que os limites tem que ser respeitados, repita as regras, fale quantas vezes for necessário, e se mesmo assim ele não entender, explique de novo. Muitas vezes, os pais pensam que dizer “não” é uma for-ma de desamor, mas na verdade é uma forma de dar afeto, de demostrar que se preocupam com os filhos, mostrando a eles como devem ter respeito e educação.
Manual da Mamãe
manual kids & teens200 201
As crianças querem tudo mesmo! Usam de todas as formas para mostrar o que que-rem. Choram, gritam histericamente, esper-
neiam, se jogam no chão... Mas cabe aos pais mostrar se elas “podem” mesmo ter tudo aquilo que desejam. “A birra surge muito cedo nas crian-ças, logo nos primeiros meses de vida. Ela geral-mente é provocada pelo conflito entre o desejo e a frustração pela não satisfação dessa vontade. A organização da personalidade da criança é construída na interação com o outro, com os in-divíduos mais próximos, como a mãe e o pai. É
um mecanismo saudável e normal na fase do de-senvolvimento da criança”, explica a psicóloga e psicopedagoga Dra. Renata Yamasaki.
A criança busca ser o centro das atenções e frente à sua teimosia ou birra, tentará a todo custo obter o que deseja. Os pais precisam ter uma postura firme, mostrando a criança que ela não pode ter tudo sempre. Dessa forma, eles irão ajudar os filhos a aprenderem a enfrentar as frustrações com as quais irão se deparar em vários momentos na vida. “É importante a crian-ça reconhecer os papéis dos pais, saber que eles são autoridade, respeitar as regras fami-liares, pois caso contrário se tornarão adultos frustrados e incapazes”, enfatiza a Dra. Renata. Para ajudar os pais a lidar com essa situação, a Dra. Renata traz informações importantes sobre o assunto. Confira:
De que forma é possível evitar a birra?A criança precisa passar pelas dores do cresci-mento e impedir que ela sofra é o “maior” mal que os pais podem fazer aos filhos. Desde pequenos, pais e filhos tem de aprender a dizer e a ouvir o ”não”. É fundamental explicar, dar significado aos limites impostos, para que eles aceitem as imposições absolutamente necessárias. Os filhos
aprendem com os exemplos e o comporta-mento dos pais funciona como um espelho,
oferecendo opções entre a permissivida-de total e a proibição absoluta nas di-
ferentes situações da vida.
Rotina é importante?Precisa existir! Crianças preci-sam de regras, rotina e horá-rio, se estas responsabilida-des que são dos pais, não forem diárias, depois de um certo tempo, os filhos irão se comportar como indivíduos
Dra. Renata Yamasaki
Psicóloga Infantil e Adolescentes com especialização em Orientação Familiar Psicopedagoga com
especialização em Orientação aos Pais(CRP – 49363)
Rua Jandiatuba, n.630, cj 132 B, Ed. Empresarial Jardim Sul
(11) 9.8383-9965reyamasaki@bol.com.br| renatayamasaki1@gmail.com
Dra. RenataYamasaki
Psicóloga Infantil
Eu quero, agora! Birra, como lidar?
Foto: Divulgação
mal educados, inconvenientes, sem limites, irritados e birrentos. A ideia de rotina nem sempre é vista com bons olhos, especialmente entre aqueles que a veem como certo aprisio-namento ou impossibilidade de escolha. No entanto, quando se trata de bebês, a rotina é fundamental para desenvolver o senso de segu-rança e, posteriormente, a autoconfiança, tão necessários na vida de todos nós. Na rotina do bebê ou das crianças maiores, deve-se le-var em consideração as diferenças individuais de cada um. Mas cuidado, as regras não po-dem ser tão rígidas e inflexíveis, elas devem sem adequadas às necessidades da criança.
Como os pais devem se comportar com os filhos quando a birra ultrapassar o limite? E qual deve ser esse limite tolerado?É realmente mais fácil concordar, mas não per-mitir também é uma forma de educar. Atual-mente, pais e mães trabalham muito, estão cansados, estressados. Há diferentes tipos de pais: os ausentes, que por se sentirem culpa-dos querem dar e comprar tudo para o filho; os acomodados que preferem dizer “sim” para tudo para não terem trabalho; há também os que querem fazer “diferente de seus pais” e dão aos filhos tudo aquilo que não tiveram; e os muito autoritários, iguais aos seus pais que proíbem tudo. Diante desta diversidade de pais, ao lidar com a birra, é fundamental ter calma, paciência, muitas vezes ser indife-rentes, mas com o cuidado de não tirar das crianças a responsabilidades que elas tem pe-los seus atos. O limite tolerado é aquele o qual
foi decidido em conjunto pela família, que não invade a privacidade do outro, que não traz riscos a saúde e a vida da criança.
O castigo ou alguma punição é uma estraté-gia ainda válida e eficaz?Depende do contexto. Mas a comunicação, as regras e os acordos ainda são a melhor solu-ção. A criança que não aprender em casa a lidar com as limitações e frustrações dificilmente aceitará as imposições da avó, da professora, da mãe do amigo, do futuro patrão, da esposa ou marido.
Alguns pais defendem a palmada. Ela resolve?Antigamente, a criança não tinha vez, não ti-nha o poder da palavra e sua opinião pouco importava. Quando esta passou a ir para a escola aprendeu a se colocar, a fazer parte de um grupo diferente dos adultos e assim social-mente passou a ter mais importância. Porém, devido a nossa cultura atual, muitas vezes o “querer” dos filhos sobrepõe ao dos pais e é aqui que eles perderam o controle. Sendo as-sim, na persistência da birra, a conversa é a melhor solução, procure entender o significado da birra, mostre a ele que os limites tem que ser respeitados, repita as regras, fale quantas vezes for necessário, e se mesmo assim ele não entender, explique de novo. Muitas vezes, os pais pensam que dizer “não” é uma for-ma de desamor, mas na verdade é uma forma de dar afeto, de demostrar que se preocupam com os filhos, mostrando a eles como devem ter respeito e educação.
J O R N A I S
Reportagem Especial
4 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, DOMINGO, 22 DE DEZEMBRO DE 2013
CO M P O RTA M E N TO
“Cuidar dos filhosnão é nada fácil”Especialista emorientação familiar dizque os pais se senteminseguros de perderseus filhos e não teremcontrole sobre eles
Os sonhos dos pais não são osmesmos sonhos dos jovensde hoje. Cada um vive e vi-
veu realidades diferentes e, por is-so, a família muitas vezes não con-corda com os desejos e opiniõesdos filhos.
A psicóloga, especialista emOrientação Familiar e psicopeda-goga, com especialização emOrientação dos Pais, Renata Yama-saki entende as gerações dessa for-ma e afirma que educar e cuidardos filhos não é tarefa fácil. Masacredita que com dedicação e pa-ciência tudo é possível.
A TRIBUNA – Uma pesquisamostrou que os maiores sonhosdos jovens são viajar e conhecero mundo, ser feliz no trabalho eformar família. Como os paisdevem lidar com esses desejos?
RENATA YAMASAKI – Educar ecuidar dos filhos hoje não é nadafácil. Há a preocupação com as
drogas, com o desempenho esco-lar e com o futuro profissional, edevido a todos esses aspectos ospais precisam manter um diálogofranco e afetivo com os filhos.
Não se trata de tarefa simples,mas com um pouco de dedicaçãoe paciência, tudo é possível. O jo-vem que se sente valorizado erespeitado em suas opiniões nafamília e que é útil para a socieda-de, estimulado a conhecer desdecedo o valor do trabalho ou a par-ticipar de ações voluntárias, porexemplo, tem a autoestima eleva-da e dificilmente segue por umcaminho que faça mal a outrapessoa ou a si mesmo.>Por que é tão difícil para os
pais entenderem que os filhosnão querem o mesmo que eles,como conhecer o mundo? É umconfronto de gerações?
Não vejo como um confronto,mas outros tempos, outra realida-
de! Os pais querem ajudar os filhosao máximo e querem aproveitaresta fase da vida que passa muitorápido. Se sentem na obrigação deeducá-los, de ensiná-los e de cui-dar deles o máximo que puderem.
Estão sempre buscando respos-tas, informações e tentando com-partilhar essas experiências. Lu-tam pelo direito de oferecer aos fi-lhos tudo de bom que podem, masquando percebem que o mundo “láf o ra ” também está chamando-os,oferecendo outras perspectivas,chances e oportunidades, ficammeio sem chão, se sentem insegu-ros em perderem o filho e de nãoterem mais “c o n t ro l e ” sobre eles.>Como os pais devem educar
os filhos e ao mesmo tempo res-peitar seus ideais?
Nós, pais, jamais deveremos dei-xar de acompanhar nossos filhos,principalmente adolescentes e noinício da juventude. Eles não têm
preparo psicológico para dimen-sionarem os acontecimentos da vi-da, com a mesma visão que temos.
Devemos persistir no ideal deeducar os nossos filhos para umavida digna, dentro de um parâme-tro social aceitável. E essa emprei-tada impõe a nós saber filtrar as
companhias dos filhos e buscar sa-ber os locais onde estão frequen-tando. Por fim, mesmo eles – osnossos filhos adolescentes – seimaginando “re i s ”, devemos fazê-los despertar, o quanto antes, paraas responsabilidades e a realidadefactual da vida.
D I V U LG AÇ ÃO
RENATA YAMASAKI afirma que pais devem filtrar as companhias dos filhos
“Essa é a geraçãocompar tilhamento”
Geração compartilhamento. Es-te é o nome dado a atual juventudepelo professor de Publicidade daPontifícia Universidade Católicado Rio Grande do Sul (PUC-RS)Ilton Teitelbaum, coordenador dapesquisa “Perfil do jovem brasilei-ro ”. Para ele, a juventude de hojequer compartilhar tudo o que pen-sa, faz e conquista.
“Essa é a geração compartilha-mento: tudo o que faz e pensa, colo-ca na internet. É multiconectada,vive no computador e na internet.”
Teitelbaum explicou que os jo-vens precisam falar de suas expe-riências publicamente para ajudaro outro.
“Essa geração acredita muito emgente igual a ela. Por isso, umaconselha o outro. Um exemplo éna parte de compras. Eles indicamou informam os problemas de umproduto ou loja. O cara acreditamais no que um amigo ou colegapostou na internet do que na pro-paganda. É uma geração que com-partilha experiências, hábitos deconsumo, apreço ou desgosto.”
Para ele, o fato dos jovens conta-rem tudo o que acontece com elesnão é uma questão de insegurança.“É uma questão de desconfiançanas coisas que não conhecem e naconfiança de pessoas como eles.”
O pesquisador ressaltou que osjovens dos anos 1980 e 1990, cha-mada geração X, davam importân-cia ao ter. “Queriam ter um carro,roupa de marca, sinal de ser bem-sucedido. Os jovens de hoje, a ge-ração Y, querem fazer as coisas pa-ra compartilhar o que vivenciam.”
Ele ressaltou que a geração X ti-nha conhecimento para si, mas ho-je as pessoas repassam as informa-ções. “Assim que surgiram as redessociais, em que toda as informaçõesse compartilham, a página da inter-net Wikipédia, em que todos po-dem escrever o que sabem e enri-quecer o conhecimento do outro.”T E I T E L B AU M coordenou pesquisa
Uso de internet todos os diasA pesquisa que apontou o perfil
do jovem brasileiro, que ouviu1.350 jovens de 18 a 34 anos de 16regiões metropolitanas, mostrouque 95,8% deles usam a internetd i a r i a m e n t e.
O coordenador da pesquisa, IltonTeitelbaum, contou que a tecnolo-gia móvel, apesar de estar crescen-do muito rapidamente, ainda nãosupera a utilização da internet porequipamentos mais tradicionais,como computadores e notebooks.
“Desses jovens, 48,2% acessam arede principalmente por dispositi-
vos fixos e 30% equilibram o acessopelos dispositivos fixos e móveis.”
A pesquisa mostrou ainda que a ju-ventude usa internet principalmenteem casa (95,7%), sendo que 46,5%também acessam no trabalho.
O psicólogo Adriano Jardim res-saltou que a internet é essencialpara o jovem estar conectado como mundo atualmente.
“Conexão é tudo no mundo digi-tal. Estar na rede é estar no mundo.Todas as possibilidades, novida-des, tendências e até todos os per-fis possíveis de personalidade se
encontram na rede. É por isso queos jovens tendem a permanecerboa parte do seu tempo conecta-dos”, disse.
Para a coordenadora do curso dePsicologia da UVV, Luciana Bica-lho, é imprescindível o acesso à in-ternet, mas é preciso ficar atentopara que as pessoas não precisemficar conectadas o tempo todo.
“É preciso atenção para ver se ojovem está interagindo pouco pes-soalmente, o que atrapalha a vida.O problema não é a tecnologia esim o uso que se faz dela.”
PERFIL DO JOVEM BRASILEIRO
Sonho de ganhar salário de até R$ 15 mil
“O jovem que sesente valorizado
e respeitado em suasopiniões na família e queé útil na sociedade tema autoestima elevada”
“Quando percebem(pais) que o
mundo 'lá fora' ofereceoutras perspectivase chances aos filhos,ficam meio sem chão”
D I V U LG AÇ ÃO
18 A 34A NO Sé a idade dos 1.350 jovensentrevistados de 16 re-giões metropolitanas
COM QUEM MORA66,5% com pais/avós/ responsáveis
O C U PAÇÃO3 8,9 % são estudantes
L AZER47,9% assistem tele-visão todos os dias
INTERNET95,8% usam a inter-
net todos os dias95,7% usam a inter-net em casa
V EST UÁ R I O50,8% são básicos
QUANTO SONHA EMGANHAR UM DIA?30,3% mais deR$ 8 mil a R$ 15 mil
E EM QUANTO TEMPOPRETENDE ATINGIRESSE VALOR?43% diz que é emmais de 5 a 10 anos
RELAÇÃO FINANCEIRA52,5% são totalmen-
te dependentes dospais/ avós/responsáveis
RENDA FAMILIAR25,4% têm rendade mais de R$ 5 mil aR$ 10 mil
S I T UAÇÃOFINANCEIRA42,7% diz que estábem, mas poderia me-l h o ra r
Fonte: Faculdade de Comu-nicação Social (Famecos) daPontifícia Universidade Ca-tólica do Rio Grande do Sul( P U C- R S ) .
Jornal A Tribuna
Reportagem Especial2 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, DOMINGO, 22 DE DEZEMBRO DE 2013
CO M P O RTA M E N TO
Sonho de casamento e viagemPesquisa feita comjovens de 18 a 34 anosrevelou que elesdesejam conhecer omundo, serem felizesno trabalho e casar
Kelly Kalle
O que se passa na cabeça deum jovem? Quais são seussonhos e desejos? Como se
comportam para realizá-los? Paracompreender os hábitos e com-portamentos da juventude atual,conhecida como geração Y, a Pon-tifícia Universidade Católica doRio Grande do Sul (PUC-RS) de-senvolveu uma pesquisa com 1.350jovens de 18 a 34 anos de 16 regiõesm e t ro p o l i t a n a s.
O estudo, recém-divulgado,mostrou que, em 12 opções de ob-jetivos sonhados, os jovens dese-jam viajar e conhecer o mundo, se-rem felizes no trabalho e casar.
Para o coordenador da pesquisa,Ilton Teitelbaum, o resultado mos-trou que o jovem não quer maisacumular patrimônio. “Seu patri-mônio é acumular experiências. Ea preferência por viajar e não com-prar roupas ou eletrônicos vem daideia de ser cidadão do mundo,juntar vivências e culturas.”
Quanto ao fato de querer ser felizno trabalho, Teitelbaum frisou que ojovem prefere trocar de empregoaté encontrar algo que o realize.
“Eles são muito impacientes, ca-da minuto vale horas, estão embusca da felicidade e, para isso, po-dem trocar de três em três mesesde empresa para encontrar algo
que gostem. Eles não têm medo deficar desempregados. Claro que, àmedida que envelhecem, a estabili-dade se torna algo mais importante,pois precisam cuidar da família.”
Se casar é o terceiro maior desejodos jovens. “Esse sonho pode sur-preender algumas pessoas, masmostra a importância da família pa-ra eles, independentemente de quetipo de formação familiar, já que te-mos várias na sociedade hoje.”
A psicóloga e psicoterapeuta decasais e família Débora Monteiroressaltou que o sonho da famíliaestá sendo adiado, para cuidar davida profissional e ter experiênciasculturais. “Hoje, os jovens têmacesso a outros países com muitomais facilidade do que em outrasgerações e isso os instiga a quererconhecer o diferente.”
A psicóloga Aline Hessel frisouque a ideia de casar e ter filhos eravista há algumas décadas aos 20anos de idade. “Hoje construir famí-lia para o jovem é aos 30 anos. Antesé preciso investir na carreira.”
R E A L I Z AÇÃO
Amigos querem visitar paísesEles são amigos, estão na facul-
dade, mas já sabem o que querem:visitar vários países do mundo, umtrabalho que lhes dê prazer e no fu-turo formar uma família.
A universitária Júlia Saleme, 19anos, diretora de Marketing da em-
presa de intercâmbio Aiesec e o uni-versitário Victor Valle, 22 anos, con-taram que costumam viajar pelo me-nos uma vez ao mês.
“No ano passado, fui para RioGrande do Sul, São Paulo, Rio de Ja-neiro e Nova Iorque (EUA). É muito
enriquecedor ver costumes diferen-tes, me sinto mais sensível ao mun-d o”, salientou Júlia.
Ambos se sentem realizados notrabalho que fazem. “Faço o que gostoe por isso sou retribuída com maisprazer ”, disse a jovem.
GUSTAVO FORATTINI/AT
OS NÚMEROS
66%dos 1.350 jovens entrevistadosquerem viajar e conhecer omundo
4 7,9%querem ser felizes no trabalho
38,5%querem formar uma família
CA R R E I R AANTONIO MOREIRA/AT
C u l t u ra sFormada em Artes
Visuais, a analistade mídias sociaisBrunella Brandão,22, contou que so-nha em viajar paraLondres, Inglaterra.
“Por falta de opor-tunidade ainda nãofui. É muito impor-tante para minhacarreira conheceroutras culturas.”
Mais tempo morando com os paisDe cada 10 jovens de 18 a 34
anos, seis ainda moram com ospais. O dado foi verificado em umapesquisa realizada pela PontifíciaUniversidade Católica do RioGrande do Sul (PUC-RS), coorde-nada pelo professor de Publicida-de Ilton Teitelbaum.
Ele explicou que o grupo já pagasuas contas e seus cursos, mascontinuam com os pais. “Isso por-que se sentem seguros, é cômodo etêm liberdade para fazer o quequerem. Por outro lado, há a classemédia em que todos da família tra-balham e, se um deles sair de casa,a renda familiar vai cair e tornar avida menos confortável.”
Para a psicóloga, psicopedagogae terapeuta de família Cássia Ro-drigues, a adolescência emocionalse estendeu até os 25 anos.
“Até os anos 1990, casava-se com22 anos. Hoje a adolescência emo-cional está tardia. Com 25, o jovemainda está definindo a vida. Atual-mente, é preciso ter pós, mestrado,doutorado. A pós-graduação agoratem o mesmo peso da graduação háalguns anos. Morar com os pais até
cerca de 30 anos de idade hoje é al-go normal. O que não é, é ter maisde 40 anos e não ter saído de casa.”
Para a psicóloga Aline Hessel, osjovens se manterem na casa dospais é mais questão social do quec o m o d i d a d e.
“Financeiramente está difícil pa-ra o jovem sair cedo de casa. Sãoexigidos cada vez mais anos de es-tudos, adiando sua experiência pro-fissional e portanto condições quefavoreçam a sua independência fi-nanceira. Manter uma casa no Bra-sil, tem um custo alto e a possibili-
dade da família permanecer juntafavorece um custo mais baixo.”
Para a médica e psicóloga Cláu-dia Calil, a ideia de ter de prestarcontas sobre horário, rotina e su-miços, ainda que não declarada-mente, cria uma sensação de su-pervisão constante.
“Alguns justificam: 'Quando eucasar, comprar apartamento oupassar no concurso, saio de casa'.Mas quem quer aprender a se vi-rar, mora de aluguel, república, enão fica esperando condiçõesideais para dar o passo decisivo.”RODRIGO GAVINI - 03/04/2012
PARA AP S I C Ó LO G AALINE HESSEL,os jovens semanterem nacasa dos paisé mais questãosocial do quecomodidade
KADIDJA FERNANDES/AT
Pra z e rO ator Vinicius
Moulin, 26, termi-nou um filme recen-temente e uma peçade teatro no Rio deJaneiro.
Para ele, o maisimportante é traba-lhar no que gosta.“Sou feliz no meutrabalho, busco fazerteatro, que é o quemais me inspira.”
Reportagem Especial
VITÓRIA, ES, DOMINGO, 22 DE DEZEMBRO DE 2013 ATRIBUNA 3
O QUE ELES DIZEM
“O jovem quer serpopular, pois é
mais fácil se tornar aceitosocialmente, o que afastao risco da rejeição”Cláudia Calil, médica e psicóloga
RODRIGO GAVINI - 23/07/2010
“Estar conectadoe ter muitos
contatos é questão desobrevivência para essageração que quer fama”Adriano Jardim, psicólogo
KADIDJA FERNANDES - 01/03/2012
“Se possível, osjovens querem
fama, dinheiro e poder,querem coisas fáceis, otripé de sua felicidade”Cássia Rodrigues, psicóloga
FERNANDO RIBEIRO - 03/08/2013
CO M P O RTA M E N TO
Eles preferemfama a dinheiroEm um mundo em que a ju-
ventude, em geral, entra nainternet regularmente, com-
partilha tudo o que faz e quer ter oseu perfil em redes sociais reco-nhecido pelo grupo, especialistasafirmam que os jovens preferemfama a dinheiro.
Para eles, é mais importante tervisibilidade no meio social do queficar rico, pois o reconhecimentopode abrir portas a eles.
Para o doutor em Psicologia doDesenvolvimento e PersonalidadeAdriano Jardim, os jovens de hojeacreditam que o dinheiro vem co-mo consequência de se fazer o quese gosta.
“Eles sabem que se tornar co-nhecido e reconhecido é funda-mental no mundo das redes so-ciais. Assim, eles querem antes detudo estar incluídos. Portanto, termuitos contatos é questão de so-brevivência para esta geração. Vemdaí a explicação sobre a preferên-cia de ter contatos e fama a ter di-nheiro no primeiro momento.”
O professor de Publicidade daFaculdade de Comunicação Socialda Pontifícia Universidade Católi-ca do Rio Grande do Sul (PUC-RS)Ilton Teitelbaum ressaltou que os
jovens querem gostar do seu tra-balho em detrimento da riqueza.
“Eles não querem dinheiro, massim gostar do que fazem. O seu pa-trimônio são as experiências e suademonstração de riqueza talvezseja compartilhar isso.”
A psicóloga, psicanalista e tera-peuta de família Cássia Rodriguesressaltou que os jovens querem ajunção de três desejos: fama, di-nheiro e poder.
“Esse é o tripé da felicidade paraa juventude e é isso que eles bus-cam. O jovem quer as coisas fáceis,principalmente a fama, se destacarna sociedade. Por isso que os pro-gramas de reality show (programade observação do comportamentosocial) têm espaço na sociedade evão continuar, pois trazem famai n st a n t â n e a .”
Para a modelo, DJ e ex-panicatAryane Steinkopf, a fama – quandotratada de forma inteligente e nãocom deslumbramento – traz di-nheiro. “Embora tenha formaçãode nutricionista, a base do meu tra-balho é minha imagem. Ser reco-nhecida pela mídia e pelo públicoagrega valor à minha imagem, maso resultado financeiro vem do pro-fissionalismo com que atuo.”
V I S I B I L I DA D E
“Fama é algo que vicia”O cantor Thyago Oliver, 26 anos,
acredita que a fama tem de vir an-tes do que o dinheiro, pois ela podechamar o aumento da renda.
“Penso que com a fama vem o di-nheiro, prefiro ter visibilidade, mi-
lhões de curtidas na rede social, poisquanto mais sou visto e fico famoso,mais propostas de trabalho recebo e,consequentemente, meu salário so-be. A fama é algo que vicia, querosempre mais, ser reconhecido em
seu trabalho é maravilhoso.”Ele foi finalista do programa do
SBT “Qual é o seu talento?”, e fez par-ticipações no programa “Cante sepuder ”. Hoje toca na banda Hitmus.
“Para ficar mais conhecido, parti-cipo de vários grupos, posto vídeos,músicas, comentários nas redes so-ciais e falo sobre coisas da moda.”
FERNANDO RIBEIRO/AT
R EC O N H EC I M E N TO
“Amo o que eu faço”A rainha do Carnaval de Vitória
2014, Ana Paula Assis, de 22 anos,afirmou que também prefere ser fa-mosa e reconhecida a ganhar muitodinheiro.
“O dinheiro é consequência domeu trabalho. É muito melhor serreconhecida na rua, dar os para-béns pelo trabalho, é gratificante.”
Ela contou que já representou oEspírito Santo em todo o País. “So uex-dançarina do grupo É o Tchan.”
“Hoje representar minha cidadeno meu trabalho é muito bom. Amoo que eu faço e é isso que importa. Afama vem e, em seguida, propostasde trabalho. Consequentemente, odinheiro virá. Ele não é prioridade,mas claro que precisamos dele.”
ANTONIO MOREIRA/AT
87% das crianças queremser mais populares
Uma pesquisa realizada comcrianças de 0 a 9 anos mostrou queo que elas mais querem (87%) é sermais populares e queridas.
O estudo foi feito pela EGMKids (Estudo Geral de Meios) –um braço da Ipsos (empresa depesquisa e inteligência) – para sa-ber sobre o comportamento dessafaixa etária. Para isso, ouviu 2.500crianças em 10 estados.
O diretor de contas da Ipsos Me-dia CT, Diego Oliveira, explicouque o objetivo foi ver se as criançasconcordavam com as frases ditaspelos pesquisadores e como o as-sunto fazia parte de sua vida.
“Eles querem ser mais popularese queridos pelos amigos, compraralgo e compartilhar com o colega,jogar e passar de uma fase e contar,querem se destacar no meio dogrupo. Mas para eles não basta es-tar em primeiro lugar no jogo, tem
de contar para todos.”Ele frisou ainda que 96% das
crianças afirmam que a família é aparte mais importante da vida de-las. “A família é importante não sócomo parte da vida delas, mas tam-bém porque gostam de ficar comos familiares, a relação é forte.”
A psicóloga Aline Hessel disseque nessa faixa etária a criançatem como principal referência ospais. “Sobre a necessidade de serpopular, ou seja, ter vários amigos,ser respeitado e conhecido em seumeio, isso está presente na adoles-cência há algumas gerações.”
A coordenadora do curso de Psi-cologia da UVV, Luciana Bicalho,ressaltou que desde bebê o ser hu-mano é movido pela busca das re-lações sociais. “Ser querido é umanecessidade de todo ser humano.O ser popular é influência dosmais velhos, que mostram que issoé algo bacana na sociedade.”
D I V U LG AÇ ÃO
DIEGO OLIVEIRA: pesquisa
96%das 2.500 crianças afirmaramque a família é a parte maisimportante da vida delas
63%queriam ser menos tímidas
7 3%delas preferem brincar ao arlivre a ver TV
OS NÚMEROS
Jornal A Tribuna
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