RELATÓRIO - sata.pt · materializou-se num Beechcraft chamado “Açor”, pronto a descolar do aeródromo de Santana, na ilha de S.Miguel. Com o sucesso do primeiro voo, estava
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RELATÓRIOCONTAS´04
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RELATÓRIO E CONTAS
2004
2. Introdução
7. Mensagem do Presidente
8. Órgãos Sociais
9. Enquadramento Macroeconómico
13. Comportamento do Sector em 2004
15. Perspectivas para 2005
16. Factos Marcantes 2004
18. Valores da marca . Missão das empresas
20.29. Síntese do Desempenho de 2004
20. Actividade Operacional
22. Recursos Humanos
23. Sistemas de Informação
25. Desempenho Económico - Financeiro
30.52. Demonstrações Financeiras
30. Balanço
32. Demonstrações de Resultados por Natureza
34. Demonstrações de Resultados por Funções
35. Demonstrações de Fluxos de Caixa
36. Anexo ao Balanço e às Demonstrações Financeiras em 31/12/2004
55. Certificação Legal das Contas
58. Relatório e Parecer do Fiscal Único
59. Relatório de Auditoria
Sessenta e quatro anos de vida
Estávamos em 1947, com uma Europa ainda mal acordada do pesadelo da Segunda
Guerra Mundial, quando cinco amigos ultimavam preparativos para celebrar, com pompa e
circunstância, o culminar de um processo burocrático de quase dez anos.
“Sociedade Açoreana de Estudos Aéreos“ foi o primeiro passo, no sentido de realizar um
projecto arrojado. José Bensaúde, Augusto d’Athaide, Albano da Silva Oliveira, António de
Medeiros de Almeida, representando a firma Bensaúde e Augusto Rebelo Arruda estudavam,
ainda em 1941, as possibilidades de ligação, por via aérea, entre as nove ilhas que compõem
o Arquipélago dos Açores e destas com o Continente Português. Seis anos mais tarde, num
ensolarado fim de tarde de Junho, o projecto dos fundadores do Grupo SATA
materializou-se num Beechcraft chamado “Açor”, pronto a descolar do aeródromo de Santana,
na ilha de S.Miguel.
Com o sucesso do primeiro voo, estava dado o decisivo passo para ancorar a empresa ao
Arquipélago dos Açores. O pequeno “Açor” era a grande alternativa ao Cais da Caldeira do
Valverde, ao barco para Santa Maria e às incontornáveis horas de mar revolto.
A ligação da SATA ao seu arquipélago é quase umbilical. Perceber a evolução da empresa
e as suas opções, passa sempre por compreender os constrangimentos da insularidade e
as prioridades que sempre nortearam os objectivos da que foi, teoricamente, a primeira
Companhia Aérea Portuguesa. Servir os Açorianos, acabar com o seu isolamento
ou simplesmente encurtar distâncias, para dar a conhecer ao resto do Mundo um legado,
que afinal é de toda a Humanidade. Esta tem sido, ao longo destes sessenta e quatro anos,
a missão deste grupo de empresas.
Hoje, o Grupo SATA é composto por quatro empresas que operam em áreas relacionadas
de negócio. Duas transportadoras, SATA Internacional e SATA Air Açores e dois operadores
turísticos, SATA Express e Azores Express. Para além destas quatro empresas com personalidade
jurídica distintas, são ainda exploradas as áreas do “Handling” e a área da Manutenção e
Engenharia, ambas inseridas na SATA Air Açores.
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SATA Internacional
Estabelecida em 1998, com o objectivo de assumir edesenvolver as operações com aviões a jacto que vinhamsendo asseguradas pela SATA Air Açores desde Novembrode1995.Graças ao profissionalismo impresso a cada investida, aSATA Internacional foi mantendo assídua a sua presença nomundo da aviação comercial. Sempre ligada ao arquipélagoque a viu nascer e crescer, é inequívoco o seu empenho emcolocar os Açores na rota dos grandes destinos. O primeiroavião da nova companhia de transporte aéreo foi um Boeing737-300 que respondeu a contratos de fretamento comoperadores turísticos nacionais e estrangeiros. Um passodecisivo que permitiu entrar no concorrencial mundo daaviação civil. Hoje a transportadora conta com uma frota deseis aeronaves, e voa para quase duas dezenas de destinosregulares, completando ainda a sua operação com umaconsiderável actividade charter.
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Mensagem do Presidente do Conselho de AdministraçãoSe os anos 2002 e 2003 marcaram a aviação mundial pela sucessão de acontecimentos quese mostraram tão relevantes quanto negativos, podemos, sem reservas, afirmar que 2004ficará registado como o ano em que o petróleo ganha a oportunidade de marcar um máximohistórico. A astronómica escalada do preço do barril de crude, condicionou a prosperidadeanunciada para o sector. E este é um facto indelével, ao qual as empresas do Grupo SATAnão foram poupadas. Os resultados alcançados no ano 2004, ficaram assim aquém dasexpectativas orçamentadas, mesmo partindo do pressuposto, ainda em finais de 2003, queo combustível poderia chegar aos 42 dólares por barril. Alcançou em 2004 os 54 dólares,ultrapassando as previsões mais pessimistas quer dos analistas quer dos quadros decisoresdo Grupo SATA.Em 2004, as empresas do Grupo SATA apresentaram um resultado consolidado de 3,9 milhõesde Euros, para o qual contribuíram positivamente as quatro empresas do Grupo.Apesar do comportamento globalmente negativo da indústria, a empresa conseguiu equilibraro seu desempenho e apresentar um crescimento de 6% em relação ao ano anterior.O acréscimo de passageiros transportados, em relação ao ano de 2003, fruto da locaçãooperacional de mais um Airbus A310, acabou por aumentar os proveitos operacionais daSATA Internacional, o que, manifestamente, veio a repercutir-se no desempenho global dasempresas associadas. A par deste crescimento em 2004, a SATA manteve presentes na suagestão os grandes objectivos traçados nos anos anteriores: maior autonomia das áreas denegócio, modernização dos sistemas de informação da empresa, aumento da produtividade,controlo apertado de custos operacionais. Podemos hoje afirmar que o Grupo SATA, graçasao empenho de toda a equipa de colaboradores internos, não tem cessado de crescer. Novasparcerias possibilitaram economias de escala, novos acordos de code-share foram fundamentaispara conseguir aumentar a oferta sem hipotecar rotas, e, por fim, as apostas comerciais deanos anteriores consolidaram-se.Embora a actividade da empresa esteja condicionada pela dimensão reduzida do seu mercadotradicional, com uma forte componente social nas rotas de serviço público, estamos convictosque os próximos anos serão de abertura a novos nichos de mercado e consolidação dos jáexistentes. O Grupo SATA está absolutamente decidido a investir na modernização das suasestruturas de suporte e a levar por diante todo um esforço colectivo que se pretende aconvergir em permanência para as necessidades de cada cliente. Esperamos que em 2005reforcemos ainda mais os valores que mais prezamos: know how aeronáutico para umacompanhia que já voa há mais de sessenta anos; pontualidade numa organização que sequer rigorosa e profissional; amabilidade numa equipa que se procura destacar pela simplicidade;genuinidade e alma açoriana, num grupo de transporte aéreo que procura construir umamarca única. Touch the Azorean Spirit, o “baseline“ que acompanha desde 2001 a comunicaçãoda empresa, e que confessa a fidelidade ao destino Açores, vai manter-se coerente ao longodos próximos anos, reforçando uma aposta num destino que sabemos ímpar.
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ORGÃOS SOCIAIS/CORPORATE GOVERNANCE
SATA Internacional, SA
Conselho de Administração
Presidente: Eng. Manuel António Carvalho Cansado
Vogais: Dr. António Maurício do Couto Tavares de Sousa
Sr. José Adriano Pires Ávila
Fiscal Único: Dr. Manuel Herberto de Medeiros Quaresma ( ROC n º675 )
Assembleia Geral
Presidente: Drª. Luísa Schanderl
Secretários: Drª. Alexandra Pacheco Vieira
Sr. José Augusto Pavão de Sousa
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Conselho de Administração
Secretaria Geral Gabinete de Finanças
Gabinete de Qualidade
Gabinete de Segurança
Gabinete de Comunicaçãoe Imagem
Gabinete Jurídico
Gabinete de RecursosHumanos
Gabinete de Controlo de Gestãoe Sistemas de Informação
Direcção Geral Comercial Direcção Geral de Operações
Direcção de Manutençãoe Engenharia
Direcção de OperaçõesTerrestres
Direcção de Operaçõesde Voo
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OConjuntura internacional
O ano 2004 terá apresentado um dos maiores ritmos de crescimento das últimas décadas - o Banco
Mundial estima que a economia global tenha crescido cerca de 4% - devido essencialmente ao estímulo
das economias chinesa, americana e japonesa e a uma conjuntura de liquidez muito favorável, já que
as taxas de juro permaneceram a níveis historicamente baixos. No entanto, o ano ficou também marcado
por uma série de factores que são normalmente associados a um cenário de abrandamento: os preços
do petróleo atingiram o seu máximo histórico a 54.26 dólares e a Reserva Federal americana iniciou um
novo ciclo de subida de taxas depois de dois anos de estabilidade. O ano de 2004 assistiu, ainda, ao
alargamento histórico da União Europeia para 25 membros, num movimento que acolheu dez países da
Europa de Leste, e à reeleição do Presidente George W. Bush, num cenário de instabilidade política
continuada no Iraque e na Palestina.
Do ponto de vista estritamente económico, 2004 saldou-se por alguns factos dignos de nota: ao contrário
de choques petrolíferos anteriores, a subida repentina dos preços do petróleo a partir do 2º trimestre
afectou apenas moderadamente o ritmo de crescimento e teve um impacto inflacionista transitório; o
ritmo de crescimento da economia chinesa manteve-se bastante elevado, em torno de 9%, contrariando
expectativas que apontavam para um abrandamento abrupto; o agravamento dos défices público e
externo americanos – habitualmente designados por “défices gémeos” – e a necessidade de ajustamento
que daí decorre continuou a merecer grande atenção; o Japão apresentou o maior ritmo de crescimento
dos últimos 13 anos e parece estar à beira de vencer o problema da deflação; finalmente, o bloco europeu
caracterizou-se por um crescimento quase anémico, num cenário de apreciação acentuada do euro e
de estagnação do emprego.
Já no final de 2004, com a estabilização dos preços do petróleo e a recuperação notória da componente
empresarial (a que não será alheio um pacote de incentivos fiscais ao investimento) e dos mercados de
capitais, a generalidade dos indicadores mostrou sinais mais positivos, que terão permitido à economia
americana fechar o último trimestre com um crescimento estimado de 4,0%. No que diz respeito à
inflação, 2004 permitiu pôr de parte os riscos de deflação que tanto haviam preocupado as autoridades
monetárias em 2003. No entanto, enquanto a subida do petróleo afectou naturalmente a taxa de inflação
corrente, as taxas subjacentes, que excluem os preços dos bens alimentares e energéticos, sofreram
bastante menos, tendo oscilado dentro do intervalo de 1,1% a 2,2%, um patamar mais confortável do
ponto de vista dos bancos centrais e da Reserva Federal em particular.
A Zona Euro terá apresentado em 2004 um ritmo de recuperação bastante inferior ao de outros blocos
regionais, com o produto a crescer cerca de 1,8%. Apesar de um início de ano relativamente encorajador,
a subida dos preços do petróleo, por um lado, e a forte apreciação do euro, por outro, afectaram o
andamento da economia europeia, que constitui o maior bloco exportador a nível mundial e é por isso
particularmente sensível a alterações súbitas no câmbio e na procura externa – de resto, o abrandamento
notado a partir do Verão encontrará a sua principal explicação nos sinais menos positivos emitidos pela
economia americana nos meses anteriores. De um modo geral, o problema actual da economia europeia
assenta no fraco dinamismo da sua procura doméstica, para o qual contribui significativamente a
estagnação do mercado de emprego (a taxa de desemprego estabilizou no intervalo 8,9% - 9,0% desde
Março de 2003).
O ano de 2004 será histórico para a Europa de Leste: a 1 de Maio, dez novos países aderiram à União
Europeia (UE), no que constituiu o maior alargamento numérico de uma vez só para a UE em toda a sua
história mas também o mais desafiante, dado o estágio de desenvolvimento da maioria das economias.
No grupo de novos membros da UE incluem-se: Chipre, República Checa, Estónia, Hungria, Letónia,
Lituânia, Malta, Polónia, Eslováquia e Eslovénia. Dum modo geral, este grupo tem apresentado taxas
de crescimento bastante sólidas, em torno de 5% na média, reflectindo fluxos de investimento estrangeiro
associados à integração, embora continue a enfrentar desafios em termos de consolidação da política
orçamental. No seu conjunto, a Europa de Leste, incluindo países não membros, nomeadamente a
Rússia, terá crescido cerca de 7,0% em 2004, face a 5,9% no ano transacto.
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Conjuntura Nacional
A economia portuguesa evoluiu de forma bastante diferenciada ao longo de 2004, devido a
factores internos e externos. Assim, e apesar do clima de confiança dos consumidores se
ter mantido bastante negativo ao longo de todo o ano, o 1º semestre saldou-se por uma
aceleração do ritmo de crescimento, com o PIB a crescer cerca de 1,4% no 1º trimestre e
2,1% no 2º, essencialmente estimulado pela procura externa e pelo investimento. No entanto,
os meses de Verão denotaram uma inversão abrupta, estimando-se que o ritmo de crescimento
tenha abrandado para cerca de 0,8% devido, sobretudo, a um contributo negativo da procura
externa líquida, reflectindo simultaneamente uma aceleração das importações e uma
desaceleração das exportações, que voltou a fazer agravar o saldo das contas externas
portuguesas. No conjunto do ano, a economia portuguesa terá crescido cerca de 1,1%, ainda
assim uma recuperação significativa face à queda de 1,3% registada em 2003. Em qualquer
dos casos, o desempenho foi inferior ao da média comunitária, implicando um novo atraso
no processo de convergência real da economia portuguesa no quadro da Zona Euro.
No que diz respeito às componentes do PIB, o maior contributo para o desempenho da
economia face ao ano transacto terá vindo do sector exportador, com crescimentos na ordem
dos 6,8%, embora o consumo privado tenha apresentado uma recuperação notável (2,2%
face a -0,7% em 2003) tendo em conta o cenário de deterioração do mercado de emprego
– a taxa de desemprego agravou-se de 6,5% para 6,8% no 3º trimestre - e de estagnação
dos salários reais. No que diz respeito ao investimento, o estímulo da procura externa terá
sido crítico: após uma queda de 9,6% em 2003, esta variável terá apresentado um crescimento
em torno de 1,9%. Finalmente, no capítulo das finanças públicas, o quadro restritivo implicado
pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento manteve-se, com o consumo público a evidenciar
um ritmo de crescimento modesto em linha com o observado em 2003 (0,6% contra 0,5%).
1010 Crescimento do PIBTaxa de variação real
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Crescimento do PIBTaxa de variação real
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Apesar da recuperação económica, o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC)desacelerou face a 2003, de 3,3% para cerca de 2,5%, embora essa redução esconda algumavolatilidade intra-anual motivada pela tendência altista dos preços do petróleo.
No que diz respeito às contas externas, e ao contrário das expectativas iniciais, o ano de2004 ter-se-á saldado por um agravamento da Balança de Transacções Correntes que, emconjunto com a Balança de Capital, terá atingido -5,4% do PIB face a -3,6% em 2003. Paraesse agravamento terá contribuído sobretudo a deterioração da Balança Comercial na segundametade do ano.
Conjuntura RegionalNo ano 2004 verificou-se na Região Autónoma dos Açores um ambiente económico globalmentefavorável, que prosperou em parte graças ao dinamismo do sector terciário e ao índice decrescimento das actividades relacionadas com o turismo, que se destacam uma vez maispela positiva.No que respeita à actividade turística, depois da estagnação ocorrida em 2003, decorrenteda crise económica que atravessou o país, o principal mercado emissor de turistas para aRegião, registou um crescimento de 22,3 %, evolução surpreendente que confere aos Açoresa maior taxa de crescimento nacional neste sector de actividade.Dados da Secretaria Regional da Economia, apontam um abrandamento nos próximos doisou três anos, da oferta hoteleira, mas não obstante os próximos anos serão de investimentoem áreas complementares, nomeadamente na animação turística. O esforço tem sidodesenvolvido na procura de novos mercados, assim como na qualificação de serviçoscomplementares à actividade turística. Aposta na qualificação de recursos humanos,consequente aumento da produtividade no sector e qualificação do destino Açores, sãoobjectivos preponderantes na estratégia delineada.Para além do investimento constante e vital com vista à melhoria do transporte aéreo paraa Região Autónoma dos Açores, ensino e novas tecnologias entram na linha da frente daspreocupações do executivo. O ano de 2004, caracterizou-se ainda pela tendência convergenteda economia regional com a média nacional. Saldou-se com uma taxa de desemprego dasmais baixas do pais, a rondar os 3.0%, enquanto a taxa média de inflação, situou-se em2.7% em 2004, mantendo a tendência decrescente que se regista, aliás, desde 2002.
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Inflação
PortugalEU
Confiança dos consumidores
PortugalEU
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Índice
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2,5
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1,5
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0,5
0,0 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Índice de preços harmonizado
Em 2004 e de acordo com os dados da IATA, o tráfego de passageiros
transportados à escala internacional cresceu 11%, enquanto que no contexto
europeu, a taxa de crescimento foi de 7,5%. Por sua vez, o tráfego regional
asiático mereceu destaque com uma taxa de crescimento na ordem dos 19,5 %.
Atribui-se este acréscimo de passageiros transportados, ao facto da epidemia
SARS, ter tido graves repercussões no fluxo de passageiros transportados no
ano anterior.
Considerando que os anos anteriores a 2003 foram atípicos no que respeita
ao transporte aéreo e aos acontecimentos que despoletaram um abrandamento
da actividade, em 2004 e depois de conquistada alguma confiança por parte
dos consumidores, assistiu-se a um significativo aumento do tráfego aéreo.
A procura acabou por sobreviver ao 11 de Setembro, à guerra do Iraque, à
epidemia SARS, e ao aumento do custo do fuel a partir da 2ª metade de 2004.
Contudo, e apesar da generalidade das transportadoras ter tido um retorno
evidente deste aumento de procura e das medidas implementadas em anos
anteriores com vista à redução de custos operacionais, as previsíveis receitas
acabaram por estar condicionadas pela constante e histórica subida dos preços
do petróleo.
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Em Setembro de 2004, o preço do barril do crude ultrapassou os $50 em Nova
Iorque. Esta escalada histórica acabou inevitavelmente, por abalar a capacidade
financeira do sector do transporte. Contudo, os economistas acreditam que o preço
do combustível não representará uma ameaça à recuperação mundial, pelo menos
durante os anos 2005 e 2006.
Estima-se que o tráfego mundial de passageiros aumente em cerca 4.5% entre os
anos 2005 a 2010, e 4.4% entre 2010 e 2015. Globalização, crescimento económico
global, e a tendência para o menor custo unitário das passagens aéreas parecem
ser os indicadores que fundamentam esta previsão optimista. O transporte aéreo
posiciona-se, nesta linha de raciocínio, como um dos sectores mais dinâmicos da
economia mundial. Cumprirá sempre um insubstituível papel, no intercâmbio de
pessoas e bens entre as nações, e consequentemente, manter-se-à como um
estímulo às relações económicas entre diferentes países. Tecnologia da informação
e aviação aparecem assim como principais condutores da globalização, veículos
transmissores, cuja acção influi inevitavelmente nos comportamentos dos
consumidores, que hoje e no futuro adquirem uma mobilidade sem precedentes.
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SATA Internacional em 2004
Janeiro . Mês que marcou a presença SATA na maior feira de turismo nacional. Touch theAzorean Spirit foi o conceito escolhido para este espaço de 80 m2, que procurou despertarsensações e a vontade de visitar o destino Açores.Foi igualmente em finais de Janeiro que o Grupo SATA e as suas empresas marcaram presençana maior Feira de Turismo da Península Ibérica. De 28 de Janeiro a 1 de Fevereiro a Fiturconheceu melhor o destino Açores.Ainda em Janeiro, a Direcção de Manutenção e Engenharia da SATA Air Açores iniciou oprocesso de formação de Técnicos de Manutenção, recursos humanos que passarão a estaraptos a prestar assistência em linha à frota Airbus A320 e Airbus A310 da SATA Internacional.Este importante passo, veio legitimar esta área na prestação de serviços a todas as companhiasaéreas que aterrem em solo açoriano com idêntica frota.
Março . Zurique passou a fazer parte dos destinos SATA em Abril de 2004. A cidade Suiçapassou a estar mais perto dos Arquipélagos portugueses. Zurique/ Funchal / Ponta Delgada,uma vez por semana todas as sextas-feiras.Também em Março, a SATA Internacional assinou um contrato para o fretamento operacionalde um Airbus A320 CS TKJ, que virá em substituição do Boieng 737 da transportadora. Esteavião chegou à base aérea de Lisboa em Maio do mesmo ano.Ainda em Março, a SATA Internacional assinou um contrato para outro fretamento, desta vezdois novos Airbus A320, que virão substituir por completo a frota Boeing da transportadora.Estas duas novas aeronaves estarão prontas para entrega em Março e Abril 2005.Este foi também o mês em que a SATA Internacional entregou à TAP Manutenção e Engenhariaa manutenção de toda a sua frota. O contrato foi renovado por um período de três anos.
Abril . Uma nova rota regular passa a fazer parte do mapa-mundo do Grupo SATA. A seguira Frankfurt, a Baviera recebe a visita da transportadora SATA Internacional uma vez porsemana com um voo directo Ponta Delgada / Munique.
Maio . A 13 de Maio 2004, o primeiro de três novos Airbus A320 cruza os céus dos Açores.Na primeira pernoita em Ponta Delgada, a aeronave com capacidade para 161 passageiros,foi formalmente apresentada à imprensa e parceiros da transportadora SATA Internacional.A receber este Airbus A320 estiveram também os Técnicos de Manutenção da SATA AirAçores recém formados e tecnicamente aptos a prestar assistência em linha à frota Airbus.
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Junho . Em Junho o grupo de empresas SATA comemorou mais um aniversário. Os cinquentae sete anos de voos da SATA Air Açores foram assinalados no mesmo dia em que o Conselhode Administração selou um novo acordo de empresa com o Pessoal Navegante Comercialda Transportadora SATA Internacional. Um passo a concorrer para uma maior coesão nogrupo de empresas SATA.
Julho . A 5 de Julho 2004 a SATA Internacional, iniciou uma ligação directa entre a capitalespanhola e a capital do Arquipélago dos Açores. Segunda-feira, foi o dia escolhido paralançar este Madrid / Ponta Delgada. Assim, a marcar o início do verão europeu, e até 27 deSetembro 2004, o Grupo SATA teve o prazer de encurtar a distância que separa o ContinenteEspanhol, das tranquilas ilhas do Arquipélago dos Açores.Ainda em Julho ocorre a 39ª Edição do SATA Rallye. A prova a que o Grupo SATA dá nome,coloca o Rallye da Volta à Ilha de São Miguel, no roteiro dos principais acontecimentos damodalidade. Uma prova a contar para a Taça da Europa de Rallyes, para o CampeonatoNacional de Rallyes e ainda para o Campeonato de Ralis dos Açores. Mais um evento acolocar os Açores no mapa dos grandes destinos.
Setembro . First Flight foi o nome escolhido para marcar o lançamento de uma nova rota.Ponta Delgada / Londres. Embarcaram nesta acção de promoção 150 operadores turísticose jornalistas ingleses, que aceitaram o convite para um fim-de-semana de primeiro contactocom o destino Açores.
Outubro . SATA Open. O torneio de Golf a que o Grupo SATA dá nome, colocou em Outubroa Ilha de São Miguel e os seus dois belíssimos campos de golf da Batalha e Furnas, nocalendário dos eventos da modalidade. Presenças nacionais e internacionais para um torneiocom três dias de duração.
Novembro . Empresas do Grupo SATA marcam presença na maior feira de Turismo da Europa.A World Trade Market foi palco de apresentação da transportadora açoriana em Londres.Foi ainda o mês em que se encetaram negociações para o leasing financeiro do Airbus A310CS TGU. Esta aeronave com capacidade para 222 passageiros passará em 2005, a constituirpatrimónio da SATA Internacional.
Dezembro . SATA Internacional e TAP Portugal anunciam início de code-share para as ilhasdos Açores. Com este novo acordo comercial as duas transportadoras passam a oferecercinco portas de entrada ou saída do Arquipélago dos Açores. Para além da Ilha de SãoMiguel, Terceira e Faial, as companhias aéreas passarão a assegurar ligações directas à Ilhado Pico e à Ilha de Sta Maria.
Missão das empresas do Grupo SATA . valores da marca
“ Prestar com qualidade, serviços relacionados com o transporte aéreo, cumprindo obrigações
de serviço público relevantes para o mercado regional, ocupando de forma sustentada todos
os segmentos de mercado que criem oportunidades de negócio, numa perspectiva orientada
para a satisfação do cliente e para a viabilidade económica e financeira da empresa”.
Este é o espírito e a missão das empresas do Grupo SATA. Os valores que inspiram e norteiam
a actividade da SATA cruzam-se com a cultura profunda da comunidade açoriana. O contacto
estreito das populações das ilhas com os povos que ao longo da história foram fazendo parte
do seu povoamento, veio despertar um gosto especial pela descoberta. É parte desta alma,
pedaço desta paixão pela descoberta que as empresas do Grupo SATA procuram transmitir
em todas as suas investidas. Durante o ano 2004 alguns destes valores posicionais e
relacionais procuraram materializar-se nas mais diversas formas.
Qualidade . Foi em 2003 que a SATA Air Açores fez um dos investimentos mais significativos
com vista a melhorar o sistema de reservas das suas transportadoras. Facilitar o acesso à
empresa por partes dos agentes de viagem foi um objectivo consolidado em 2004. A entrada
para a SITA / Amadeus obrigou a um esforço considerável de formação aos colaboradores
da área comercial da empresa. Um processo que resultou numa verdadeira janela aberta
sobre o mundo do turismo e das viagens.
Eficiência . Com vista a melhorar a eficiência no atendimento em 2003, o Grupo SATA investiu
na aquisição de um Contact Center. O 707 22 72 82 colheu os frutos desta aposta na qualidade
e formação do atendimento SATA. Em 2004 foi possível através deste serviço, proceder ao
pagamento através de cartão de crédito das passagens reservadas via contact center.
Um serviço mais simples, mais rápido e mais amigável.
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Conforto . Em 2004 a SATA Internacional conta, em lease operacional, com três novos A320,
com capacidade para 161 passageiros. Assentos conversíveis, totalmente revestidos a
cabedal azul-escuro, com duas classes de serviço, e uma disposição de cabine que facilita
o serviço de bordo. O ar renovável a cada dois minutos, baixo índice de ruído, e o consumo
optimizado foram inequívocas vantagens apresentadas pelo consórcio europeu, Airbus
Industries.
Orientação para o Cliente . Oferecer sempre o que cliente procura. Orientar os objectivos
em função da expectativa dos passageiros. Tem sido esta a meta perseguida também ao
longo de 2004 pelo Serviço de Marketing e Vendas do Grupo SATA. Em 2004 a criação do
Serviço de Qualidade e Atendimento ao Cliente permitiu determinar a taxa de satisfação do
cliente e actuar em áreas cuja prestação ficou aquém das expectativas. Cliente mistério,
auditorias internas e inquéritos a passageiros foram algumas das ferramentas utilizadas para
identificar e quantificar as falhas do serviço e agir em conformidade.
Ainda em 2004, e depois do Blue Sky e do Silver Sky, nasce o Gold Sky. Ouro para todos
os que somam horas e milhas a bordo da SATA Internacional e SATA Air Açores. A partir de
2004 a fidelidade também se premiou a ouro.
Responsabilidade Social . Por acreditar que é possível voar mais alto, o Grupo SATA no
ano 2004 apoiou mais de uma centena de iniciativas. Da cultura ao desporto, do ensino às
áreas tecnológicas. Os apoios concedidos a entidades públicas e privadas, sem fins lucrativos,
lideram a lista de patrocínios. Poder contribuir para melhoria da vida das populações, conseguir
encurtar distâncias e facilitar sempre que possível acesso à cultura, ao desporto e ao ensino,
tem sido objectivo que guia a politica de mecenato das empresas.
Abertura da empresa ao exterior . Baptismos de voo, visitas de estudo, viagens oferecidas
até aos destinos SATA. O Mês de Junho convencionou-se que seria, nas empresas do Grupo
SATA, um mês dedicado aos mais pequenos. Equipas de colaboradores organizam-se em
torno de um mês de actividades. Ensinar a brincar, é um dos objectivos destas acções.
Mostrar o funcionamento da empresa, visitar os aviões da transportadora, acompanhar os
momentos emocionantes de um baptismo de voo, e proporcionar uma viagem inesquecível
aos meninos do quarto ano do ensino básico, provenientes de zonas socialmente
desfavorecidas. A estes passageiros do futuro, o Grupo SATA oferece um mês de actividades
personalizadas e muito pedagógicas.
Actividade Operacional
O ano de 2004 correspondeu ao último ano de vigência do modelo de exploração das rotasaéreas entre os Açores e Portugal Continental/Madeira, em regime de exclusividade, estandoconcessionadas à SATA Internacional as rotas Lisboa, Porto e Funchal/Ponta Delgada. Nodecurso deste ano, alguns factos mereceram destaque na actividade operacional da empresa,a saber:
1. A aposta na expansão do mercado norte-americano (EUA e Canadá) foi plenamentesucedida, como comprovam os seguintes indicadores:. O crescimento de 41% do número de passageiros transportados na rota directa entrePortugal Continental e o Canadá, que se traduz num aumento de 1,2 pontos percentuais(p.p.) no índice de ocupação.. O crescimento da rota Ponta Delgada - Boston, patente no aumento de 15,5% no númerode passageiros. Isto reflectiu-se também no índice de ocupação, cujo valor aumentou 6,2 p.p.. A rota Ponta Delgada – Providence também registou um aumento do número de passageirostransportados e do índice de ocupação, respectivamente 9 % e 7,3 p.p.. Por fim, na rota Ponta Delgada – Montreal, assistiu-se a um crescimento de 15,8% no totalde passageiros transportados, tendo o índice de ocupação também aumentado em 10 p.p.2. A devolução de uma das aeronaves Boeing 737-400 (a de matrícula CS-TGW) e entrada,em sua substituição, de um Airbus A320-200 (de matrícula CS-TKJ). Esta foi a primeira etaparumo à uniformização da frota (no final do exercício de 2005, pretende-se que seja constituídaexclusivamente por aeronaves Airbus).3. O lançamento de três novas rotas europeias, de cariz regular:. Ponta Delgada – Munique, com um índice de ocupação médio de 64,7%;. Funchal – Zurique (com ligação de e para Ponta Delgada), atingindo o índice de ocupaçãomédio de 70,8%;. Ponta Delgada – Madrid, cujo índice de ocupação médio foi de 44%.À excepção de Madrid, pode-se considerar que a aposta foi bem sucedida, tendo em contaque estamos a falar do primeiro ano de exploração. No caso de Madrid, a menor taxa deocupação resultou da tardia promoção por parte dos operadores turísticos envolvidos.4. Em termos de rotas domésticas, as rotas Ponta Delgada – Lisboa e Ponta Delgada – Portoverificaram, em termos do número de passageiros transportados, aumentos de 3,6% e de4,9%, respectivamente. Situação inversa foi verificada na rota Ponta Delgada – Funchal,tendo-se assistido a uma diminuição de 4,8% na quantidade de passageiros transportados.Um dos factores que contribuiu para esse decréscimo foi a alteração dos horários,designadamente para dar ligação de Ponta Delgada a Zurique, via Funchal, o que originoua perda de outras ligações, como as do Funchal para Toronto, via Ponta Delgada. A rotaLisboa – Funchal, operada em code-share com a TAP Portugal num mercado concorrencial,continua a ser a segunda rota em termos de passageiros (depois de Ponta Delgada – Lisboa),tendo verificado um aumento de 13,2% no total de passageiros transportados.
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Este desempenho da SATA Internacional num ambiente concorrencial permite encarar comoptimismo a sua performance em 2005 no mercado açoriano onde, como se sabe, passaráa vigorar um modelo de liberalização controlada e no qual a SATA Internacional operará emcode-share com a TAP Portugal.
Rotas Regulares e Operação Charter
De realçar o total de 6.262 voos realizados pela SATA Internacional, perfazendo 15.203 horasno ar, com uma média de 2 horas e 26 minutos por voo.
Frota Aérea
A SATA Internacional terminou o ano de 2004 com 3 aeronaves Airbus A310-300, 1 aeronaveA320-200 e 2 Boeing 737.
21
Rota
Ponta Delgada - LisboaPonta Delgada - PortoPonta Delgada - FunchalLisboa - FunchalPonta Delgada - FrankfurtPonta Delgada - MuniqueFunchal - ZuriquePonta Delgada - MadridTotal Rotas Regulares
E.U.A.Canadá
Total Charter AméricaTotal Charter EuropaTotal Outros Chartes
Carga (Kg)
4.898.463454.186276.887
1.816.873160736
1.432-
7.448.737
214.986360.165
575.1515.400
767
Correio (Kg)
1.372.208150
1.288110.654
----
1.484.300
--
-732
-
PassageirosTransportados
309.23959.78319.376
138.2077.8645.4226.6251.418
547.934
57.12372.600
129.72388.93217.635
Voos
2.310477222
1.43865556220
4.649
323478
80171894
Airbus A310-300Airbus A320-200Boeing 737
Comprimento
46,66 m37,57 m35,22 m
Envergadura
46,90 m34,10 m28,88 m
Altura
15,80 m11,76 m11,13 m
Velocidade
900 Km/h900 Km/h900 Km/h
Airbus A310-300Airbus A320-200Boeing 737
Altitude
11.900 m10.600 m10.600 m
Autonomia
9.200 Km4.400 Km4.100 Km
Combustível
68.260 Lt23.859 Lt20.300 Lt
Nº Passageiros
222161152
Recursos Humanos
Em 2004 os custos com pessoal representaram um aumento de 1,7 M Euros face a 2003, evidenciandoo esforço da empresa na manutenção dos seus recursos, na formação contínua e no crescimentosustentado. Esta tendência de crescimento tem-se verificado nos últimos 4 anos.
A SATA Internacional, a 31 de Dezembro de 2004, integrava nos seus quadros 413 trabalhadores, mais6% que no ano anterior, sendo que 62% são Pessoal Navegante (186 de Cabine e 68 Técnico). A médiade idades manteve-se perto dos 33 anos.O peso dos licenciados na estrutura da SATA Internacional subiu em 2004 para os 18%.
Apesar do peso dos contratos a termo na estrutura do quadro de pessoal (no final do ano) ter caído de55% em 2001 para 33% em 2004, a política de recrutamento da SATA Internacional mantém a necessidadede contratar a termo para dar resposta à sazonalidade do negócio. Se analisarmos o número decontratados ao longo do ano verificamos que, em 2001, o peso dos contratados a termo representavamenos de 10% e que em 2004 este número subiu para 70%, não afectando, no entanto, o quadro depessoal a 31 de Dezembro.
Formação
Assumindo particular importância a permanente atitude que a empresa mantém em apostar na formaçãocomo um elemento dinamizador da competitividade e, portanto, como um investimento, a empresarealizou, no exercício de 2004, 171 acções de formação, perfazendo um volume de quase 17.000 horas.Face a 2003, os custos de formação baixaram 41.7%. O decréscimo deve-se ao facto da formação equalificação em Airbus A320 ter sido suportada pela ILFC (Lessor do Airbus A320) Note-se, por exemplo,que em 2003, só na Direcção de Operações de Voo (DOV) foram ministrados 4 cursos de qualificaçãode tripulações (PNT e PNC), o que levou, naquele ano, a um investimento de 658 mEuros, representando60% do total dos custos com formação naquela área.Apesar da redução global do investimento em formação, a SATA Internacional formou mais pessoas (868em 2004 face a 664 em 2003) com um custo médio bastante inferior ao de 2003 (35 euros/hora em 2004face a 51 euros/hora em 2003).
Em virtude de uma prática consolidada de cumprimento das normas e da legislação, a DOV e a Direcçãode Manutenção e Engenharia (DME) são as duas áreas com maior investimento em formação, sendo aDOV responsável por 85% do investimento total da formação.A aposta da empresa na renovação de parte da sua frota, substituindo os B737 pelos A320, para fazerface aos novos destinos da companhia, levou à qualificação inicial na aeronave A320. Adicionalmente,juntam-se todas as acções de refrescamento realizadas de acordo com os requisitos da União Europeiapara Operações de Voo.A DME, com um investimento a rondar os 45.000 Euros, é a segunda área com maior representatividadenos custos totais de formação (7,15%). Tal justifica-se pela necessidade da DME de formar também osseus quadros em A320, bem como continuar com o processo de consolidar a qualificação e certificaçãodos seus recursos humanos nos vários tipos de aeronaves da empresa, de acordo com os requisitoslegais.
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2222
Áreas com maiores custos em Formação
DME 46.407 Euros 7%DOV 538.888 Euros 85%
Quadro de Pessoala 31 de Dezembro
Pessoal navegante de cabinePessoal de terraPessoal Navegante técnico
200
180
160
140
120
100
80
60
40
20
0
2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4
Custos totais de formação
Milhares de Euros
1.200,001.000,00
800,00600,00400,00200,00
0,00 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4
Custos totais de formação
Milhares de Euros
1.200,001.000,00
800,00600,00400,00200,00
0,00 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4
DMEDOV
23
Sistemas de Informação
Em 2004 foi ano de consolidação do arrojado projecto de substituição da aplicação de
Core Business da SATA, e de execução do plano delineado em 2003 que tinha como grande
objectivo, a dotação de uma infra-estrutura tecnológica que permitisse proporcionar um
adequado suporte às aplicações core da empresa.
A primeira vertente passou pela efectiva consolidação do projecto que marcou o ano de 2003
e que teve um impacto significativo tanto no modo de funcionamento interno das empresas
SATA, assim como nos serviços que procuramos oferecer aos nossos clientes. O grande
investimento realizado em 30 de Maio de 2003 com a substituição da aplicação Amsys pela
solução conjunta SITA / Amadeus – aplicação de Reservas / Emissão, Inventário e DCS
(Departure Control System) – onde podemos incluir os projectos relativos às vendas Internet
e à aplicação para gestão Passageiro Frequente, assumiu uma importância estratégica para
as empresas do Grupo SATA, já que traduziu, em termos de sistemas, a execução do “abrir
das janelas” da Região Autónoma dos Açores ao Mundo.
Podendo considerar o “consolidar” acima como um processo de continuidade, a segunda
vertente, passou por um verdadeiro “inovar”, em que se procedeu a uma forte consolidação
de infra-estruturas, tendo sempre presente objectivos de segurança, disponibilidade, capacidade
e performance.
O processo de consolidação encetado permitiu obter uma redução nos servidores remotos
superior ao rácio de 4 para 1, manutenção de um domínio único, utilização de uma única
plataforma para correio electrónico, redução dos gateways de acesso à internet em 50% e
a introdução de serviços de terminal – com todas as vantagens que lhes estão associadas
– o que permitiu tanto ganhos significativos em termos financeiros directos (racionalização
do investimento em hardware e software) e indirectos (custos de exploração dos sistemas),
bem como um aumento do nível de serviço prestado aos nossos clientes internos.
Complementarmente ao processo acima, a SATA procedeu a um investimento na criação de
uma VPN (Virtual Private Network) com base em internet, a qual, para além dos ganhos
imediatos em termos de produtividade dos colaboradores da SATA, irá permitir uma
racionalização de custos significativa no que concerne a comunicações, oferecendo um
acesso seguro, com um nível de fiabilidade crescente, aos nossos parceiros de negócio.
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SINTESE DE INDICADORES
TRÁFEGOPassageiros (número)Movimento de aeronaves (número)Carga (ton)Correio (ton)
PESSOALEfectivos no activo (número)
DESEMPENHO ECONÓMICOVolume de Negócios (mEuros)EBITDAR (mEuros)Resultado operacional (mEuros)Resultado líquido (mEuros)
BALANÇOActivo total (mEuros)Capitais próprios (mEuros)Capitais alheios (mEuros)
INDICADORESRendibilidade do Activo Total (%)Rendibilidade dos Capitais Próprios (%)
2004784.960
6.2708.0301.485
2004421
2004113.89014.2132.2322.289
200425.1199.461
15.659
20049.12%
24.20%
2003714.281
5.8377.7611.431
2003387
2003102.79515.8252.7501.567
200327.6937.171
20.522
20035.66%
21.85%
%9.907.423.473.77
%8.79
%10.79
-10.19-18.8446.08
%-9.3031.93
-23.70
3.46 p.p.2.35 p.p.
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SATA Internacional
Desempenho Económico e Financeiro
SITUAÇÃO ECONÓMICA
Resultados
Unidade: mEuros
Proveitos operacionais
Custos operacionais
Resultados operacionais
Resultados financeiros
Resultados correntes
Resultados extraordinários
Imposto sobre o resultado do exercício
Resultado líquido do exercício
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2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4
Resultados líquidos
mEuros
6.000
4.000
2.000
-
(2.000)
(4.000)
(6.000)
(8.000)
(10.000)
(12.000)2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4
Resultados líquidos
mEuros
6.000
4.000
2.000
-
(2.000)
(4.000)
(6.000)
(8.000)
(10.000)
(12.000)
2004
119.797
(117.565)
2.232
(584)
1.648
642
(1)
2.289
2003
108.662
(105.912)
2.750
(1.068)
1.682
(114)
(1)
1.567
2002
102.151
(100.758)
1.393
(688)
705
(619)
(1)
35
2001
99.017
(104.950)
(5.933)
194
(5.739)
(608)
(1)
(6.348)
2000
87.616
(98.149)
(10.533)
(175)
(10.708)
(254)
-
(10.962)
Resultados OperacionaisA Empresa alcançou em 2004, pelo terceiro ano consecutivo, um resultado líquido positivono montante de 2.289 mEuros, traduzindo este valor, face à posição alcançada no exercícioanterior, um acréscimo de 723 mEuros, ou seja, mais de 46 %.O conjunto dos Proveitos Operacionais representando cerca de 98% dos Proveitos Totais(valor idêntico em 2003), registou um acréscimo de 11.135 mEuros, relativamente ao valoratingido no ano transacto. Este aumento deveu-se, em parte, ao comportamento dos Proveitosgerados pelo Transporte Regular, que evoluíram de forma positiva, suportados sobretudopelo crescimento do tráfego, e também pelo aumento significativo das operações charternomeadamente, a continuidade dos voos para o Canadá e Estados Unidos da América, emque a Empresa passou a efectuar rotas directamente de Lisboa, Porto e Faro para essesdestinos.No que se refere à estrutura de Proveitos continuou a destacar-se a expressão da componentede operações charter, a representar cerca de 44%, facto que reflecte a orientação estratégicada Empresa no sentido da melhoria e dispersão dos seus negócios.
Custos e Proveitos Operacionais
Unidade: mEuros
Transporte regularTransporte não regularTotal transporte aéreoIndemnizações compensátoriasOutros proveitos operacionaisTotal proveitos operacionais
Fornecimentos e serviços externosCustos com pessoalOutros custos operacionaisTotal custos operacionaisResultados operacionais
Os Custos Operacionais aumentaram 11% em relação ao ano anterior, mantendo um nívelde actividade superior, em cerca de 3,3%, da actividade de transporte aéreo.
26
2004
61.14252.719
113.8615.897
39119.797
101.62114.5671.377
117.5652.232
2003
56.42646.210
102.6365.867
159108.662
91.72112.8681.323
105.9122.750
Proveitos operacionais
Transporte Aéreo 95%Indemnizações compensatórias 5%Outros proveitos operacionais 0%
Custos operacionais
Fornecimento eserviços externos 87%Custos com pessoal 12%Outros custosoperacionais 1%
95%5% 87%
1%
12%
Face aos níveis de realização em 2003, a aquisição de serviços externos registou umacréscimo de 9.900 mEuros , ou seja, mais 10,8%. decorrente do maior nível de actividadedesenvolvida. Os encargos com pessoal tiveram um acréscimo de 1.699 mEuros, ou seja,mais 13,2%, que corresponde ao aumento de pessoal de bordo em resultado da substituiçãode um Boeing 737 por um Airbus A320 ( o primeiro da SATA Internacional ).
Resultados Financeiros
Os resultados financeiros cifraram-se em 584 mEuros, menos 484 mEuros do que em 2003.O comportamento da função financeira foi, sobretudo, motivada pelas diferenças de câmbionos pagamentos e recebimentos ocorridos no exercício de 2004.
EBITDAR
Os meios libertos de exploração para fazer face a investimentos medidos pelo EBITDAR(Resultados antes de Encargos Financeiros, Impostos, Amortizações e Rendas de Leasingde frota) atingiram 14.213 mEuros, ficando abaixo do valor verificado no ano anterior em1.612 mEuros.
Unidade: mEuros
EBITDAR
SITUAÇÃO FINANCEIRA
O Activo Líquido da Empresa apresentou uma redução de 2.573 mEuros, facto que representouuma variação negativa de 9,3%, reflectindo, em larga medida, o efeito de:
I) Redução de 1.168 mEuros em Acréscimos e Diferimentos;II) Redução de 1.539 mEuros em Disponibilidades.
27
2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4
Evolução do Activo Líquido
mEuros
35.000
30.000
25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
-
2004
14.213
2003
15.825
Indicadores Económico - Financeiros
A análise dos indicadores económico-financeiros evidencia um significativo acréscimo daSituação Líquida da Empresa que, neste exercício, atingiu 9.461 mEuros, valor que representaum aumento da ordem dos 32%, ou seja, 2.290 mEuros.
A rentabilidade operacional decresceu 0,67 p.p devido ao maior aumento dos custosoperacionais face aos proveitos operacionais.
A rentabilidade dos Capitais Próprios, evidenciou um crescimento, concorrendo para esteresultado a expressiva melhoria do Resultado Líquido do exercício.O racio de Autonomia Financeira foi de 37,66%, verificando-se um aumento de 11,77 p.p.face a 2003. De igual modo, o racio de Solvabilidade de 60,42%, evidenciou uma melhoriade 25,48 p.p..O Passivo da Empresa sofreu uma redução de 24%, ou seja, menos 4.813 mEuros. Estemontante decorreu, essencialmente, da diminuição de 5.017 mEuros relativa às Dívidas aTerceiros de Curto Prazo, que representam, actualmente 82% do total do Passivo, ou seja,aproximadamente menos 28%. que em 2003.
28
2004
1,86%24,20%9,12%
60,42%62,34%37,66%
2003
2,53%21,85%5,66%
34,94%74,11%25,89%
Rácios
Rentabilidade OperacionalRentabilidade dos Capitais PrópriosRentabilidade do Activo
SolvabilidadeEndividamentoAutonomia financeira
2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4
Evolução da Situação Líquida
mEuros
15.000
10.000
5.000
-
(5.000)
(10.000)
2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4
Evolução do Passivo
mEuros
35.000
30.000
25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
-
Contribuição para as Receitas do Estado
A contribuição da SATA Internacional e dos seus colaboradores para o Estado ascendeu a4.662.807 Euros, divididos pelas seguintes rubricas:
Proposta de Aplicação de Resultados
Nos termos das disposições legais e estatuárias, o Conselho de Administração da SATAInternacional propõe a seguinte aplicação do resultado líquido apurado no exercício de 2004,no montante de 2.289.533,00 Euros.
- Reserva Legal 114.476,65 Euros
- Resultados Transitados 2.175.056,35 Euros
O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Manuel António Carvalho Cansado(Presidente)
António Maurício do Couto Tavares de Sousa(Administrador)
José Adriano Pires Ávila(Administrador)
Contribuição para as Receitas do Estado
A contribuição da SATA Internacional e dos seus cola4.662.807 Euros, divididos pelas seguintes rubricas:
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Taxa Social Única
IRS
IRC
Empresa
1.994.589
29.747
1.786.551
Colaboradores
923.610
1.714.861
2.876.256
Total
2.918.199
1.714.861
29.747
4.662.807
DE
MO
NS
TR
AÇ
ÕE
S F
INA
NC
EIR
AS
30
O anexo faz parte integrante do balanço em 31 de Dezembro de 2004
O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS
António Jorge Ferreira da Silva
Activo
IMOBILIZADO:Imobilizações corpóreas:Equipamento básicoEquipamento de transporteFerramentas e utensíliosEquipamento administrativoOutras imobilizações corpóreas
Existências:Matérias primas, subsidiárias e de consumo
Dívidas de terceiros - Curto prazo:Clientes, conta correnteClientes de cobrança duvidosaAdiantamentos a fornecedoresEmpresas do grupoEstado e outros entes públicosOutros devedores
Depósitos bancários e caixa:Depósitos bancáriosCaixa
ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS:Acréscimos de proveitosCustos diferidos
Total de amortizaçõesTotal de provisõesTotal do activo
Notas
1010101010
34 e 41
34
164849
5555
5050
Activobruto
1.012.303121.58263.019
564.057704.191
2.465.152
547.316
3.578.296377.280211.524
3.427.653662.406
12.565.95820.823.117
504.1681.849
506.017
1.347.994951.731
2.299.725
26.641.327
2004Amortizaçõese provisões
(347.390)(54.596)(9.794)
(389.708)(238.910)
(1.040.398)
(103.753)
-(377.280)
----
(377.280)
---
---
(1.040.398)(481.033)
(1.521.431)
Activolíquido
664.91366.98653.225
174.349465.281
1.424.754
443.563
3.578.296-
211.5243.427.653
662.40612.565.95820.445.837
504.1681.849
506.017
1.347.994951.731
2.299.725
25.119.896
2003Activolíquido
570.52646.409
-184.766573.076
1.374.777
571.874
3.237.563-
270.85213.799
426.17616.286.10020.234.490
2.043.642912
2.044.554
1.210.0372.257.4653.467.502
27.693.197
BalançoSATA Internacional - Serviços e Transportes Aéreos, S.A.Balanços em 31 de Dezembro de 2004 e 2003(Montantes expressos em Euros)
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Capital próprio e passivo
CAPITAL PRÓPRIO:CapitalPrestações suplementaresReserva legalReservas livresResultados transitadosResultado líquido do exercício Total do capital próprio
PROVISÕES PARA RISCOS E ENCARGOS:Outras provisões para riscos e encargos
PASSIVO:Dívidas a terceiros - Curto prazo:Dívidas a instituições de créditoFornecedores, conta correnteFornecedores de imobilizado, conta correnteAdiantamentos de clientesEmpresas do grupoEstado e outros entes públicosOutros credoresDocumentos pendentes de vôo
ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS:Acréscimos de custosProveitos diferidos
Total do capital próprio e do passivo
Notas
36, 37 e 404040404040
34
55
48513.e)
5050
2004
5.000.00017.446.294
136.614329.178
(15.741.058)2.289.5339.460.561
176.300
-8.802.760
9.064340.284
-392.357
1.847.3211.449.656
12.841.442
2.543.87097.723
2.641.593
25.119.896
2003
5.000.00017.446.294
58.267329.178
(17.229.644)1.566.9337.171.028
122.850
8.7786.828.809
235.93684.004
9.174.468334.653165.300
1.026.19117.858.139
2.261.665279.515
2.541.180
27.693.197
O anexo faz parte integrante do balanço em 31 de Dezembro de 2004
31
O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Manuel António Carvalho Cansado(Presidente)
António Maurício do Couto Tavares de Sousa(Administrador)
José Adriano Pires Ávila(Administrador)
O anexo faz parte integrante da demonstração dos resultados por naturezas em 31 de Dezembro de 2004
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32
O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS
António Jorge Ferreira da Silva
SATA Internacional - Serviços e Transportes Aéreos, S.A.Demonstrações dos Resultados por Naturezaspara os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2004 e 2003(Montantes expressos em Euros)
CUSTOS E PERDAS
Custos das matérias consumidas
Fornecimentos e serviços externos
Custos com o pessoal:RemuneraçõesEncargos sociais
Amortizações do imobilizado corpóreoProvisões
ImpostosOutros custos e perdas operacionais
(A)
Juros e custos similares(C)
Custos e perdas extraordinários(E)
Imposto sobre o rendimento do exercício(G)
Resultado líquido do exercício
Notas
41
52
1034
45
46
6 e 48
11.044.5563.522.630
349.485186.864
34.6021.785
804.592
101.620.027
14.567.186
536.349
36.387117.564.541
2.377.609119.942.150
172.605120.114.755
881120.115.636
2.289.533122.405.169
9.519.9143.347.807
247.268375.728
16.0261.798
682.728
91.720.874
12.867.721
622.996
17.824105.912.143
2.681.206108.593.349
165.077108.758.426
1.261108.759.687
1.566.933110.326.620
2004 2003
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O anexo faz parte integrante da demonstração dos resultados por naturezas em 31 de Dezembro de 2004
O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Manuel António Carvalho Cansado(Presidente)
António Maurício do Couto Tavares de Sousa(Administrador)
José Adriano Pires Ávila(Administrador)
PROVEITOS E GANHOS
Prestações de serviços
Proveitos suplementaresSubsídios à exploração
(B)
Juros e proveitos similares(D)
Proveitos e ganhos extraordinários
(F)
Resultados operacionais:Resultados financeiros:Resultados correntes:Resultados antes de impostos:Resultado líquido do exercício:
Notas
16 e 44
3.f) e 53
45
46
(B) - (A)(D-B) - (C-A)
(D) - (C)(F) - (E)(F) - (G)
39.1335.896.893
113.860.570
5.936.026119.796.596
1.793.546121.590.142
815.027
122.405.169
2.232.055(584.063)
1.647.9922.290.4142.289.533
158.9695.866.819
102.636.223
6.025.788108.662.011
1.612.844110.274.855
51.765
110.326.620
2.749.868(1.068.362)1.681.5061.568.1941.566.933
2004 2003
33
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Vendas e prestações de serviçosCusto das vendas e prestações de serviços Resultados brutos
Outros proveitos e ganhos operacionaisCusto de distribuiçãoCustos administrativosOutros custos e perdas operacionais Resultados operacionais
Custo líquido do financiamento Resultados correntes
Imposto sobre os resultados correntes Resultados líquidos Resultado por acção
Notas
4456
5656
6 e 48
2004
113.860.570(98.517.400)15.343.170
6.578.450(16.312.665)(2.196.343)
(790.868)2.621.744
(331.330)2.290.414
(881)2.289.533
2,290
2003
102.636.223(89.216.917)13.419.306
6.025.788(14.712.128)(1.358.304)(1.447.731)1.926.931
(358.737)1.568.194
(1.261)1.566.933
1,567
O anexo faz parte integrante da demonstração dos resultados por funções em 31 de Dezembro de 2004
34
SATA Internacional - Serviços e Transportes Aéreos, S.A.Demonstrações de Resultados por Funçõespara os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2004 e 2003(Montantes expressos em Euros)
O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Manuel António Carvalho Cansado(Presidente)
António Maurício do Couto Tavares de Sousa(Administrador)
José Adriano Pires Ávila(Administrador)
O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS
António Jorge Ferreira da Silva
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ACTIVIDADES OPERACIONAIS Resultado líquido do exercício Amortizações Variação de provisões Resultados financeiros Ganhos na alienação de imobilizações Perdas na alienação de imobilizações (Aumento)/Diminuição das dívidas de terceiros (Aumento)/Diminuição das existências Diminuição das dívidas a terceiros Diminuição dos custos diferidos Aumento/(Diminuição) dos proveitos diferidos Aumento dos acréscimos de proveitos Aumento dos acréscimos de custos Fluxos das actividades operacionais (1)
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTORecebimentos provenientes de: Juros e proveitos similares
Pagamentos respeitantes a: Imobilizações corpóreas Fluxos das actividades de investimento (2)
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTOPagamentos respeitantes a: Juros e custos similares Fluxos das actividades de financiamento (3)
VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES (4)=(1)+(2)+(3) Efeito das diferenças de câmbio Caixa e seus equivalentes no início do período Caixa e seus equivalentes no fim do período
Notas
401034454646
50505050
5555
2004
2.289.533349.48528.697
584.063-
24(82.841)24.558
(5.007.919)1.305.734(181.792)(137.957)282.205
(546.210)
12.705
(399.486)(386.781)
(344.034)(344.034)
(1.277.025)252.734
2.035.776506.017
2003
1.566.933247.268375.728
1.068.362(1.887)
-4.731.775
(82.487)(7.050.044)
503.29415.576
(564.981)1.273.1902.082.727
10.369
(960.138)(949.769)
(369.106)(369.106)
763.852709.626
1.981.5502.035.776
O anexo faz parte integrante da demonstração dos fluxos de caixa em 31 de Dezembro de 2004
35
SATA Internacional - Serviços e Transportes Aéreos, S.A.Demonstrações dos Fluxos de Caixapara os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2004 e 2003(Montantes expressos em Euros)
O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Manuel António Carvalho Cansado(Presidente)
António Maurício do Couto Tavares de Sousa(Administrador)
José Adriano Pires Ávila(Administrador)
O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS
António Jorge Ferreira da Silva
SATA Internacional - Serviços e Transportes Aéreos, S.A.
Anexo ao Balanço e às Demonstrações Financeiras
em 31 de Dezembro de 2004
NOTA INTRODUTÓRIA
A SATA Internacional – Serviços e Transportes Aéreos, S.A. (“Empresa ou “Sata Internacional”) foi
constituída em 10 de Dezembro de 1990, tendo sido designada por Oceanair – Transportes Aéreos
Regionais, S.A. até 20 de Fevereiro de 1998.
A Empresa é uma sociedade anónima, com sede na Avenida Infante D. Henrique, em Ponta Delgada, e
que tem por objecto social a exploração da indústria de transporte aéreo comercial regular e não regular,
de passageiros e respectiva bagagem, carga e correio.
O Estado Português, em resultado de concurso público, atribuiu à Empresa a concessão da exploração
do serviço de transporte aéreo regular nas rotas Ponta Delgada – Lisboa, Ponta Delgada – Porto e Ponta
Delgada - Funchal. Esta concessão foi atribuída à Empresa para o triénio de 2002 - 2004, nos termos
dos contratos celebrados em 31 de Janeiro de 2002 para a rota de Ponta Delgada – Funchal e em 26
de Fevereiro de 2002 para as rotas de Ponta Delgada – Lisboa e Ponta Delgada – Porto. Estes contratos
estabelecem o pagamento à Empresa, em cada exercício, de uma compensação financeira como
contrapartida das obrigações de serviço público.
Em 2 Abril de 2002 a Empresa celebrou um acordo de code-share, com os Transportes Aéreos Portugueses,
S.A. (“TAP”) para a rota Lisboa-Funchal-Lisboa. Este acordo estabelece o pagamento à Empresa, em
cada exercício, de uma compensação financeira como contrapartida das obrigações de serviço público.
Em Dezembro de 2004, a Empresa ganhou o concurso relativo à exploração das rotas de serviço público
entre o Continente e a Região Autónoma dos Açores e entre esta e a Região Autónoma da Madeira, em
regime de code-share com a TAP para o período compreendido entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro
de 2005. Este novo modelo consubstancia a transição do modelo de obrigações de serviço público
assente no regime de compensação financeira para o de subsídio ao preço do bilhete.
Em 31 de Dezembro de 2004, a Empresa operava com um avião Boeing 737-300, um avião Boeing 737-
400, três aviões Airbus A310 e um avião Airbus A320 em regime de locação operacional (Nota 54).
As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no Plano Oficial de Contabilidade.
As notas cuja numeração é omitida neste anexo não são aplicáveis à Empresa ou a sua apresentação
não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras anexas.
3636
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3. Bases de apresentação e principais critérios valorimétricos
As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidadedas operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordocom princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal.Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeirasforam os seguintes:
a) Imobilizações corpóreas
As imobilizações corpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição.As amortizações são calculadas segundo o método das quotas constantes, a partir do mêsde aquisição ou de entrada em funcionamento, sendo determinadas em função da vida útilestimada dos activos, conforme segue:
Equipamento básico 7 - 10 anos de vida útilEquipamento de transporte 7Ferramentas e utensílios 6Equipamento administrativo 4Outras imobilizações corpóreas 3 - 8
As despesas de reparação e gastos de manutenção de natureza corrente, são registadascomo custo do exercício a que respeitam.
b) Activos em regime de locação operacional
As rendas relativas a contratos de locação operacional são registadas como custo no períodoa que respeitam.As despesas de reparação e gastos de manutenção de natureza corrente, relativas aequipamentos operados em regime de locação operacional, são registadas como custo doexercício a que respeitam.
c) Existências
As mercadorias encontram-se valorizadas ao custo de aquisição, utilizando-se o custo médiocomo método de custeio, o qual é inferior ao respectivo valor de mercado.
38
39
d) Especialização de exercícios
A Empresa regista as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização
de exercícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida em que são
geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças
entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas
são registadas nas rubricas de “Acréscimos e diferimentos” (Nota 50).
e) Reconhecimento da receita de transportes
O valor de venda do transporte de passageiros é, no momento da venda, registado como
um passivo na rubrica de “Documentos pendentes de vôo”. Quando o transporte é efectuado,
o valor de venda é transferido da rubrica de “Documentos pendentes de vôo” para receitas
do exercício, se prestado pela Empresa, ou transferido para uma conta a pagar, caso o
transporte seja efectuado por outra companhia aérea.
f) Indemnizações compensatórias
As indemnizações compensatórias atribuídas pelo Estado Português são reconhecidas no
período em que se origina o direito às mesmas e encontram-se registadas na rubrica de
subsídios à exploração. Estas indemnizações compensatórias são calculadas de acordo com
os contratos de concessão de serviços aéreos regulares entre Ponta Delgada e Lisboa, entre
Ponta Delgada e Porto e entre Ponta Delgada e o Funchal (Nota introdutória), em função do
déficit de exploração daquelas rotas.
g) Encargos com manutenção
A Empresa regista como custo do exercício os encargos a incorrer no futuro com revisões
gerais dos aviões, os quais são registados na demonstração de resultados dos exercícios,
por contrapartida de acréscimos de custos, em função do custo de manutenção por hora
voada por cada avião, estabelecido no respectivo contrato de manutenção, em que é
estabelecido o pagamento de um montante fixo por hora de vôo efectuada pela aeronave
(Nota 50).
h) Activos e passivos expressos em moeda estrangeira
Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira em 31 de Dezembro de 2004, foramconvertidos para Euros utilizando as taxas de câmbio vigentes nessa data, publicadas poruma instituição financeira, conforme segue:
USD 0,7330GBP 1,4140CAD 0,6099
As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre astaxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças,pagamentos ou à data do balanço, são registadas como proveitos e custos na demonstraçãodos resultados do exercício.
i) Impostos diferidos
Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos activose passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos detributação.
Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizandoas taxas de tributação que se esperam estarem em vigor à data da reversão das diferençastemporárias.
Os activos por impostos diferidos são registados unicamente quando existem expectativasrazoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. Na data de cada balanço éefectuada uma reapreciação das diferenças temporárias subjacentes aos activos por impostosdiferidos no sentido de reconhecer activos por impostos diferidos não registados anteriormentepor não terem preenchido as condições para o seu registo e/ou para reduzir o montante dosactivos por impostos diferidos registados em função da expectativa actual da sua recuperaçãofutura. Na Nota 6 encontram-se descritas as principais situações geradoras de impostosdiferidos, que se referiam a activos e que não foram registadas pela Empresa em 31 deDezembro de 2004, uma vez que não existem expectativas fiáveis de que ocorrerão lucrosfiscais futuros, que permitam a sua realização.
40
41
6. IMPOSTOS
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e
correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (dez anos
para a Segurança Social até ao exercício de 2000, inclusive, cinco anos a partir de 2001).
Deste modo, as declarações fiscais da Empresa dos anos de 2001 a 2004 poderão ainda vir
a ser sujeitas a revisão.
A Empresa entende que eventuais correcções resultantes de revisões/inspecções por parte
das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não poderão ter um efeito significativo
nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2004.
Nos termos da legislação em vigor os prejuízos fiscais são reportáveis durante um período
de seis anos após a sua ocorrência e susceptíveis de dedução a lucros fiscais gerados
durante esse período. Em 31 de Dezembro de 2004, os prejuízos fiscais reportáveis ascendiam
a aproximadamente, 12.080.000 Euros e foram fundamentalmente, gerados nos exercícios
de 2000 e 2001 nos montantes, aproximadamente de 6.244.000 e 5.762.000 Euros
respectivamente.
Em 31 de Dezembro de 2004, as situações geradoras de impostos diferidos são as seguintes:
7. NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL
Durante os exercícios de 2004 e 2003, o número médio de empregados ao serviço da Empresa
foi de 421 e 387 pessoas, respectivamente.
Activos porimpostos diferidos
2.325.51853.910
2.379.428
Descrição
Prejuízos fiscais reportáveisProvisões não aceites fiscalmente
Base
12.080.615280.053
12.360.668
Taxa deimposto
19,25%19,25%
10. MOVIMENTO DO ACTIVO IMOBILIZADO
Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2004, o movimento ocorrido no valor das
imobilizações corpóreas bem como nas respectivas amortizações acumuladas, foi o seguinte:
4242
Rubricas
Imobilizações corpóreas:Equipamento básicoEquipamento de transporteFerramentas e utensíliosEquipamento administrativoOutras imobilizações corpóreas
Saldo inicial
779.77781.624
-503.661704.191
2.069.253
Aumentos
232.52639.95863.01964.056
-399.559
Abates
---
(3.660)-
(3.660)
Saldo final
1.012.303121.58263.019
564.057704.191
2.465.152
Activo bruto
Rubricas
Imobilizações corpóreas:Equipamento básicoEquipamento de transporteFerramentas e utensíliosEquipamento administrativoOutras imobilizações corpóreas
Saldo inicial
209.25135.215
-318.895131.115694.476
Reforço
138.13319.3819.794
74.382107.795349.485
Abates
---
(3.636)-
(3.636)
Regularizações
6--
67-
73
Saldo final
347.39054.5969.794
389.708238.910
1.040.398
Amortizações acumuladas
16. EMPRESAS DO GRUPO
Os saldos e as transacções com empresas do Grupo SATA, no exercício findo em 31 de
Dezembro de 2004, foram os seguintes:
SATA Air AçoresSATA Express (EUA)SATA Express (Canadá)
Empresasdo grupo
2.881.269397.842148.542
3.427.653
Outrosdevedores(Nota 49)
--
430.898430.898
Prestaçõesde serviços
588.13514.565.3409.620.107
24.773.582
Fornecimentose serviçosexternos
5.341.554--
5.341.554
Saldos Transacções
25. DÍVIDAS ACTIVAS E PASSIVAS COM O PESSOAL
Em 31 de Dezembro de 2004, a Empresa tinha dívidas activas e passivas com o pessoal:
31. COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS E NÃO INCLUÍDOS NO BALANÇO
A Empresa tem responsabilidades pelo pagamento de rendas em seis contratos de locaçãooperacional não reconhecidas no balanço (Nota 3.b)) no montante de, aproximadamente,USD 18.310.000 (13.421.918 Euros), que se vencem como segue:
32. GARANTIAS PRESTADAS
Em 31 de Dezembro de 2004, a Empresa tinha assumido responsabilidades por garantiasbancárias prestadas às seguintes entidades:
A garantia a favor do Estado Português no valor de 3.857.828 Euros está relacionada coma concessão de exploração do transporte aéreo regular nas rotas Ponta Delgada-Funchal ePonta Delgada-Lisboa-Porto.As garantias prestadas a favor das entidades Gie RK BAIL (USD 885.000), Gie Tutak (USD 1.560.000),SPC Aircraft Holding (USD 270.000) e Aircraft Finance Trust (USD 640.000), estão relacionadas comos contratos de leasing dos três aviões Airbus A310 e dos dois Boeing 737, respectivamente (Nota 54).
43
Saldos devedoresSaldos credores
124.30355.179
Ano
Curto prazo:2005
Médio e longo prazo:20062007
Boeing
1.020.0001.020.000
---
1.020.000
Airbus
9.510.0009.510.000
6.880.000900.000
7.780.000
17.290.000
Total
10.530.00010.530.000
6.880.000900.000
7.780.000
18.310.000
Total
7.718.4907.718.490
5.043.728659.700
5.703.428
13.421.918
Montante (USD) Euros
Montanteem divisa
3.857.828 EUR1.560.000 USD
885.000 USD640.000 USD550.000 CAD270.000 USD120.202 EUR120.202 EUR100.000 USD101.750 CAD80.000 USD90.000 CAD
Entidade Beneficiária
Estado PortuguêsGie Tutak (Nota 54)Gie RK BAIL (Nota 54)Aircraft Finance Trust (Nota 54)SATA Express e Lawson ToursSPC Aircraft Holding (Nota 54)AENAIbériaShannon Engine Support LTDThe Greather Toronto Airport Auth.Aviam LimitedGlobal Ground North AmericaOutras
Euros
3.857.8281.143.480
648.705469.120335.445197.910120.202120.20273.30062.05758.64054.891
256.0247.397.804
34. MOVIMENTO OCORRIDO NAS PROVISÕES
Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2004, ocorreram os seguintes movimentosnas rubricas de provisões:
A rubrica “Provisões para outros riscos e encargos” inclui em 31 de Dezembro de 2004, omontante de 122.850 Euros referente aos encargos estimados com a acumulação dos pontosdo cartão dos passageiros “Club Sata”, o qual permite ao detentor do mesmo a acumulaçãode pontos de acordo com as viagens por si efectuadas.
36. COMPOSIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL
Em 31 de Dezembro de 2004 o capital da Empresa, totalmente subscrito e realizado, eracomposto por 1.000.000 acções com o valor nominal de cinco Euros cada.
37. DETENTOR DO CAPITAL
Em 31 de Dezembro de 2004, a totalidade do capital subscrito era detido pelaSATA Air Açores – Sociedade Açoriana de Transportes Aéreos, S.A..
40. VARIAÇÃO NAS RUBRICAS DE CAPITAL PRÓPRIO
O movimento ocorrido nas rubricas de capital próprio durante o exercício findo em 31 deDezembro de 2004 foi conforme segue:
44
Rubricas
Provisões para clientes de cobrança duvidosaProvisões para depreciação de existênciasProvisões para outros riscos e encargos
Saldo inicial
505.786-
122.850628.636
Aumentos
29.661103.75353.450
186.864
Utilizações
(57.780)--
(57.780)
Reduções(Nota 46)
(100.387)--
(100.387)
Saldo final
377.280103.753176.300657.333
Rubricas
CapitalPrestações suplementaresReserva legalReservas livresResultados transitadosResultado líquido do exercício
Saldo inicial
5.000.00017.446.294
58.267329.178
(17.229.644)1.566.9337.171.028
Resultadolíquido de
2004
-----
2.289.5332.289.533
Aplicação deresultados de
2003
--
78.347-
1.488.586(1.566.933)
-
Saldo final
5.000.00017.446.294
136.614329.178
(15.741.058)2.289.5339.460.561
Prestações suplementares: por deliberação da Assembleia Geral de Accionistas de 27 deDezembro de 2001, o accionista único da Empresa efectuou prestações suplementares nomontante de 17.446.294 Euros. De acordo com a legislação em vigor, as prestaçõessuplementares só podem ser restituídas aos accionistas desde que o capital próprio apósa sua restituição não fique inferior à soma do capital e da reserva legal.
Reserva legal: a legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquidoanual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da empresa,mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ouincorporada no capital.
41. CUSTO DAS MATÉRIAS CONSUMIDAS
O custo das matérias consumidas no exercício findo em 31 de Dezembro de 2004, foideterminado como segue:
44. PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS POR ACTIVIDADES E MERCADOS GEOGRÁFICOS
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2004 e 2003, as prestações de serviços foramas seguintes:
O aumento verificado na rubrica de “Prestações de serviços” relativamente ao mercadoexterno continua a dever-se, essencialmente, ao aumento do número de voos para o Canadáe Estados Unidos da América.
Em 31 de Dezembro de 2004 e 2003, os voos regulares incluem os montantes de 4.761.452e 4.249.751 Euros (Nota 49), respectivamente, relativos às indemnizações compensatóriasreferentes a reencaminhamentos.
45
Existências iniciaisComprasExistências finais
571.874780.034
(547.316)804.592
Vôos regularesOperações charter:Mercado externoOutros
2004
60.274.249
52.718.922867.399
113.860.570
2003
56.425.912
45.925.198285.113
102.636.223
45. DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS FINANCEIROS
Os resultados financeiros nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2004 e 2003 têm aseguinte composição:
46. DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS
Os resultados extraordinários nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2004 e 2003 têma seguinte composição:
A rubrica de “Proveitos extraordinários - Correcções relativas a exercícios anteriores” inclui,essencialmente, o montante 503.643 Euros relativo a uma regularização da rubrica de“Documentos pendentes de vôo” correspondente a um ajustamento da receita de passageirosde exercícios anteriores, com base em análises históricas e estatísticas realizadas pelaEmpresa.
46
Custos e perdas:Juros suportadosDiferenças de câmbio desfavoráveisOutros custos e perdas financeiros
Resultados financeiros
Proveitos e ganhos:Juros obtidosDiferenças de câmbio favoráveisOutros proveitos e ganhos financeiros
2004
4.2192.033.575
339.8152.377.609(584.063)
1.793.546
8.2221.780.841
4.4831.793.546
2003
29.6532.312.100
339.4532.681.206
(1.068.362)1.612.844
10.2821.602.474
881.612.844
Custos e perdas:DonativosPerdas em imobilizaçõesDívidas incobráveisMultas e penalidadesCorrecções relativas a exercícios anterioresOutros custos extraordinários
Resultados extraordinários
Proveitos e ganhos:Ganhos em imobilizaçõesCorrecções relativas a exercícios anterioresRedução de provisões (Nota 34)Outros
2004
1.00024
88217.519
153.10080
172.605642.422815.027
-708.347100.387
6.293815.027
2003
---
34.201130.867
9165.077
(113.312)51.765
1.88730.26318.770
84551.765
48. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS
Em 31 de Dezembro de 2004, os saldos com estas entidades tinham a seguintes composição:
49. OUTROS DEVEDORES
Em 31 de Dezembro de 2004 e 2003, os saldos destas rubricas tinham a seguinte composição:
Conforme mencionado na Nota Introdutória, a Empresa celebrou dois contratos de concessãode Serviço Público com o Ministério do Equipamento, Planeamento e Administração doTerritório para as rotas Ponta Delgada – Funchal – Ponta Delgada e Ponta Delgada –Lisboa/Porto – Ponta Delgada. Estes contratos tinham a duração de três anos até 31 deDezembro de 2004 e estabeleceram uma contribuição a efectuar pelo Estado a título deindemnização compensatória. Adicionalmente, a rubrica “Code-share - TAP” refere-se aovalor a receber de indemnizações compensatórias no âmbito do contrato de “code-share”com a TAP para a rota de Lisboa – Funchal – Lisboa, de acordo com a capacidade de ofertade cada uma das companhias. Estas compensações financeiras, a efectuar pelo Estado,estão sujeitas a aferição e verificação pela Inspecção Geral de Finanças.
47
Saldos devedores:Imposto sobre o Valor AcrescentadoImposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas - IRC
Saldos credores:Imposto sobre o Rendimento das Pessoas:- Colectivas - IRC - Tributação autónoma- Singulares - IRS - Retenção na fonteContribuições para a Segurança SocialOutros
2004
498.179164.227662.406
881153.975237.501
-392.357
2003
290.435135.741426.176
1.261130.454202.938
-334.653
Direcção Geral do TesouroVôos regulares e reencaminhamentosCode Share - TAP
BSPGECASILFC (Nota 54)Empresa do grupo (Nota 16)Valores a receber - Cartões de créditoFundo Social EuropeuGIE TUTACKGIE RK BAILOutros
2004
3.316.3211.877.3795.193.700
2.371.2612.117.3281.590.948
430.898238.165198.39819.30919.309
386.64212.565.958
2003
9.732.1291.537.652
11.269.781
2.423.887829.31097.253
-90.626
278.172-
1.127.390169.681
16.286.100
4848
Em 31 de Dezembro de 2004, o montante a receber da Direcção Geral do Tesouro tem aseguinte composição:
O montante apurado no exercício findo a 31 de Dezembro de 2004 relativo à indemnizaçãocompensatória do Code share – TAP ascendeu a 2.174.557 Euros (Nota 53), ao qual foideduzida a respectiva comissão, no montante de 297.178 Euros, registada na rubrica de“Fornecimentos e serviços externos”.As rubricas, “ILFC” e “GECAS”, referem-se, essencialmente, a custos com grandes reparaçõesefectuadas nos dois aviões Airbus A310 e no Boeing 737, propriedade destas entidades,pagos pela Empresa por conta das mesmas.A rubrica “Fundo Social Europeu ”, no montante de 198.398 Euros refere-se a valores desubsídios à formação ministrada pela Empresa, em anos anteriores, e ainda não recebidosà data de 31 de Dezembro de 2004. Estes subsídios são reconhecidos como proveitos narubrica de “subsídios à exploração” de acordo com o período de diferimento dos custos (trêsanos) (Nota 50).
50. ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS
Em 31 de Dezembro de 2004 e 2003, os saldos destas rubricas tinham a seguinte composição:
Indemnizações compensatórias referentes ao exercício de 2004:Reencaminhamentos (Nota 44)Vôos regulares (Nota 53)Code share - TAP
Recebimento relativo ao exercício de 2004 / Reencaminhamentos e vôos regulares
Indemnizações compensatórias referentes ao exercício de 2003
4.761.4522.988.0091.877.3799.626.840
(6.050.174)3.576.6661.617.0345.193.700
Acréscimos de proveitos:Outros acréscimos de proveitos
Custos diferidos:ManutençãoFormaçãoSeguros pagos antecipadamenteRendas pagas antecipadamenteOutros
Acréscimos de custos:Férias e subsídio de fériasPhase outOutros
Proveitos diferidos:Subsídios de formação - Outros
2004
1.347.994
390.572177.680
-374.172
9.307951.731
1.418.268810.970314.632
2.543.870
97.723
2003
1.210.037
1.088.082494.636189.392418.69866.657
2.257.465
1.264.794876.248120.623
2.261.665
279.515
49
A rubrica “Outros acréscimos de proveitos” refere-se, essencialmente, às receitas de tráfegodo mês de Novembro e Dezembro de 2004, obtidas no âmbito do acordo de “code-share”celebrado com a TAP.A rubrica “Custos diferidos – Manutenção” diz respeito aos custos incorridos com grandesreparações dos aviões e são reconhecidos na demonstração de resultados pelo períodoremanescente do respectivo contrato de locação.A rubrica “Custos diferidos – Formação” diz respeito a custos incorridos com a formação depessoal. Estes encargos, tal como o correspondente subsídio obtido (Nota 49), estão a serreconhecidos como custos num período de três anos.A rubrica de “Acréscimo de custos – Phase out” refere-se à estimativa de custos que aEmpresa terá de incorrer aquando da preparação dos aviões para entrega às respectivasentidades locadoras. Este montante foi apurado de acordo com as horas de voo realizadaspor cada avião e tendo em conta um custo médio estimado por hora de vôo.
51. OUTROS CREDORES
Em 31 de Dezembro de 2004 e 2003, os saldos desta rubrica tinham a seguinte composição:
52. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS
Os fornecimentos e serviços externos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2004 e2003, têm a seguinte composição:
A rubrica de “Rendas e alugueres” inclui os valores referentes aos contratos de leasingoperacional dos dois Boeing 737, dos três Airbus A310 e um Airbus A320 (Nota 54).O decréscimo desta rubrica face ao ano anterior deve-se à evolução favorável da taxa decâmbio do dólar face ao Euro e à renegociação do montante das rendas a pagar.
GECASTaxas de serviço a passageirosOutros
2004
1.442.10856.686
348.527405.213
2003
-50.585
114.715165.300
Rendas e alugueresCombustíveis e lubrificantesReserva de manutenção por horas de vôoTaxas relativas a vôosHandlingOutras taxasFretamentosCateringSegurosManutençãoComissõesOutros
2004
12.523.72623.209.75813.618.63210.709.46411.398.2617.743.8915.504.9803.699.4671.942.8193.841.7404.911.1602.516.129
101.620.027
2003
13.850.32616.857.24513.782.9919.714.9569.537.6246.592.3235.387.3353.425.6872.291.6423.763.8804.348.6272.168.238
91.720.874
50
53. SUBSÍDIOS À EXPLORAÇÃO
Em 31 de Dezembro de 2004 esta rubrica inclui: o montante de 2.988.009 Euros (Nota 49)referente a indemnizações compensatórias atribuídas pelo Governo da República relativasa vôos regulares; o montante de 2.174.557 Euros (Nota 49) referente a indemnizaçõescompensatórias relativas ao contrato de “code-share” com a TAP na rota Lisboa – Funchal– Lisboa; e o montante de 552.536 Euros referente a uma regularização a favor da Empresano apuramento final das indemnizações compensatórias do exercício de 2002. Esta rubricainclui ainda 181.791 Euros referente ao diferimento dos anos de 2002 e 2003 de subsídiospara formação atribuídos pelo Fundo Social Europeu.
54. FROTA AÉREA – LOCAÇÃO OPERACIONAL
Em 31 de Dezembro de 2004, a Empresa operava com aviões em regime de locaçãooperacional nos termos dos contratos que de seguida se descrevem:
O contrato de leasing operacional do avião Boeing 737-300 (“CS-TGP”), iniciado em 10 deNovembro de 1995 e que terminava em Maio de 2003, foi renovado para o período que seestende até Maio de 2005 e estabelece o pagamento de rendas mensais acrescidas de umareserva de manutenção por hora de vôo, não existindo opção de compra no fim do contrato.Para a garantia deste contrato a SATA Internacional apresentou uma carta de crédito irrevogávelno montante de USD 320.000 (Nota 32).
O contrato de leasing operacional do avião Boeing 737-400 (“CS-TGZ”) foi iniciado em 18de Abril de 2002, expira em Abril de 2005 e estabelece o pagamento de rendas mensaisacrescidas de uma reserva de manutenção por hora de vôo, não existindo opção de comprano fim do contrato. Para garantia deste contrato a SATA Internacional apresentou uma cartade crédito irrevogável no montante de USD 320.000 (Nota 32).
O contrato de leasing operacional do 1º avião Airbus A310 (“CS-TGU”), iniciado em 8 deMarço de 1999 e que terminava em Junho de 2002, foi renovado para o período que seestende até Agosto de 2005 e estabelece o pagamento de rendas mensais acrescidas deuma reserva de manutenção por mês. Para a garantia deste contrato a SATA Internacionalapresentou uma carta de crédito irrevogável no montante de USD 1.560.000 (Nota 32).
O contrato de leasing operacional do 2º avião Airbus A310 (“CS-TGV”), iniciado em 8 deMarço de 1999 e que terminava em Julho de 2002, foi renovado para o período que seestende até Julho de 2005 e estabelece o pagamento de rendas mensais acrescidas de umareserva de manutenção por mês. Para a garantia deste contrato a SATA Internacionalapresentou uma carta de crédito irrevogável no montante de USD 885.000 (Nota 32).
O contrato de leasing operacional do 3º avião Airbus A310 (“CS-TKI”), iniciado em Abril de2003 e que termina em Outubro de 2006, estabelece o pagamento de rendas mensaisacrescidas de uma reserva de manutenção por mês, não existindo opção de compra no fimdo contrato. Para a garantia deste contrato a SATA Internacional apresentou uma carta decrédito irrevogável no montante de USD 270.000 (Nota 32).
51
O contrato de leasing operacional do avião A320 (“CS-TKJ”) foi iniciado em 4 de Maio de2004, expira em Maio de 2007 e estabelece o pagamento de rendas mensais acrescidas deuma reserva de manutenção por hora de vôo, não existindo opção de compra no fim docontrato. Para garantia deste contrato a SATA Internacional efectuou um depósito de cauçãoa favor da ILFC no montante de USD 540.000 (Nota 49).
Em Março de 2004, a Empresa assinou um contrato de aluguer operacional de dois novosaviões A320 para a substituição dos dois Boeing da actual frota, que deverão entrar ao serviçoda Empresa em Abril e Maio de 2005.
Em Dezembro de 2004, a Empresa celebrou um contrato promessa com a GIE TUTACK,visando a alteração do contrato de aluguer operacional do avião A310 (“CS-TGU”) acimareferido e a sua conversão num contrato de locação financeira a partir de Abril de 2005 e aterminar em Julho de 2008 e que prevê a compra do avião pela Empresa no fim do contrato.
55. DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA
A discriminação dos componentes de caixa e seus equivalentes, reconciliando os montantesevidenciados na demonstração dos fluxos de caixa com as rubricas de balanço é conformesegue:
56. DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES
A demonstração dos resultados por funções (“DRF”) foi elaborada, tendo em consideraçãoo disposto na Directriz Contabilística nº 20, havendo os seguintes aspectos a salientar:
(a) A rubrica “Custo das vendas e prestações de serviços” inclui, essencialmente, os valoresda demonstração dos resultados por naturezas (“DRN”) registados nas rubricas: “Custos dasmatérias consumidas”; “Fornecimentos e serviços externos”; - Combustíveis e lubrificantes,Rendas e alugueres, Reservas de manutenção por horas de vôo, Handling, Taxas relativasa vôo e outras taxas, Fretamentos, Catering e outros (Nota 52); “Custos com pessoal” –relativo a pessoal de bordo.
(b) A rubrica de “Outros proveitos e ganhos operacionais” inclui, essencialmente, os valoresda DRN registados nas rubricas: “Subsídios à exploração”; “Proveitos suplementares” e parteda rubrica de “Proveitos extraordinários”.
NumerárioDepósitos bancários imediatamente mobilizáveis
Descobertos bancáriosDisponibilidades constantes no balanço
2004
1.849504.168506.017
-506.017
2003
9122.043.6422.044.554
(8.778)2.035.776
52
(c) A rubrica de “Custos de distribuição” inclui, essencialmente, os valores da DRN registados
nas rubricas: “Fornecimentos e serviços externos” – Comissões, Publicidade e outros
fornecimentos e serviços externos; e “Custos com pessoal” – relativo a pessoal da área
comercial.
O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS
António Jorge Ferreira da Silva
O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Manuel António Carvalho Cansado
(Presidente)
António Maurício do Couto Tavares de Sousa
(Administrador)
José Adriano Pires Ávila
(Administrador)
55
Relatório do Revisor Oficial de Contas
Ex.mo Conselho de Administração daSATA INTERNACIONAL - Serviços e Transportes Aéreos, S. A.
O presente Relatório é emitido nos termos do n.º 2 do art.º 451.º do Código das SociedadesComerciais e da alínea a) do n.º 1 do art.º 52.º do Decreto-Lei n.º 487/99, de 16 de Novembro,diploma que aprovou o Estatuto da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas.
Procedi à revisão legal das contas da SATA INTERNACIONAL - Serviços e Transportes Aéreos,S. A. relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2004, de acordo com as NormasTécnicas e as Directrizes de Revisão / Auditoria aprovadas pela Ordem dos Revisores Oficiaisde Contas e com a profundidade considerada necessária nas circunstâncias. Em resultadodo exame efectuado emiti a respectiva certificação legal das contas com data de 22 de Marçode 2005.
O meu trabalho incluiu entre outros aspectos, o seguinte:
a) Reuniões com a Administração e com o Técnico Oficial de Contas que preparou asdemonstrações financeiras e leitura das actas respectivas, tendo solicitado e obtido asinformações e os esclarecimentos que considerei necessários;
b) Apreciação da adequação e consistência das políticas contabilísticas adoptadas pelaEmpresa e que se encontram divulgadas no Anexo ao Balanço e Demonstração dos Resultados;
c) Verificação da conformidade das demonstrações financeiras com os registos contabilísticosque lhes servem de suporte;
d) Análise do sistema de controlo interno, com vista ao planeamento do âmbito e extensãodos procedimentos de revisão / auditoria, tendo sido efectuados os testes de controloapropriados;
e) Realização de testes substantivos de modo a ficar habilitado a avaliar da fiabilidade dainformação financeira produzida, nomeadamente a confirmação junto de bancos, clientes efornecedores dos saldos das contas, responsabilidades e garantias prestadas ou obtidas eanálise e teste das reconciliações subsequentes, análise das reconciliações bancáriaspreparadas pela Empresa, análise e teste dos vários elementos de custos, proveitos, perdase ganhos registados no exercício, dedicando também especial atenção ao seu balanceamento,diferimento e acréscimo e, ainda, à verificação da situação fiscal da Sociedade e do cálculoe registo do IRC respeitante ao exercício de 2004.
CE
RTIF
ICA
ÇÃ
O L
EG
AL D
AS
CO
NTA
S
56
O volume de negócios da SATA INTERNACIONAL em 2004, constituído pelas prestações deserviços, ascendeu a 113.860.570,26 Euros, mais 10,94% do que o conseguido em 2003,que foi de 102.636.222,70 Euros. Quanto aos custos e perdas, estes experimentaram umcrescimento de 10,79% em 2004, passando de 108.420.996,56 Euros para 120.114.754,83Euros, portanto um crescimento ligeiramente inferior ao verificado no volume de negócios.
Nos Proveitos e Ganhos de 2004 foram incluídas indemnizações compensatórias no montantede 5.715.101,65 Euros, a pagar pela Direcção Geral do Tesouro, as quais, apesar da prudênciahavida no seu cálculo, só poderão considerar-se realizadas depois de aprovadas pelo Ministériodas Finanças, precedida de verificação e parecer da Inspecção-Geral de Finanças.
6. Não detectei, no exercício em análise, a ocorrência de situações anómalas que mereçamdivulgação ou que invalidem as conclusões constantes da Certificação Legal das Contas,nem tenho conhecimento de factos supervenientes ao encerramento das Contas que afectema validade das demonstrações financeiras elaboradas sob a responsabilidade do Conselhode Administração.
7. Foi-me entregue pela Administração a Declaração de Responsabilidade a que se refereo § 20.º das Normas Técnicas emitidas pela Ordem dos Revisores Oficiais de Contas.
8. Em consequência das conclusões a que cheguei, através da análise efectuada, decidiemitir a Certificação Legal das Contas da SATA INTERNACIONAL - Serviços de TransportesAéreos, S. A., respeitante ao exercício de 2004, sem reservas ou ênfases, cujo conteúdo doucomo integralmente reproduzido neste Relatório.
Ponta Delgada, 23 de Março de 2005
Manuel Herberto de Medeiros QuaresmaR. O. C. n.º 675
CE
RTIF
ICA
ÇÃ
O L
EG
AL D
AS
CO
NTA
S
57
Certificação legal das contas
INTRODUÇÃO
1. Examinei as demonstrações financeiras anexas da SATA INTERNACIONAL - Serviços e Transportes
Aéreos, S.A., as quais compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2004, (que evidencia um total
de balanço de 25.119.896,23 Euros e um total de capital próprio de 9.460.561,34 Euros incluindo
prestações suplementares de 17.446.294,43 Euros e um resultado líquido de 2.289.532,98 Euros), as
Demonstrações dos Resultados por naturezas e funções e a Demonstração dos fluxos de caixa do
exercício findo naquela data, e os correspondentes Anexos.
RESPONSABILIDADES
2. É da responsabilidade da Administração a preparação de demonstrações financeiras que apresentem
de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa e o resultado das suas operações,
bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema
de controlo interno apropriado.
3. A minha responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada
no meu exame daquelas demonstrações financeiras.
ÂMBITO
4. O exame a que procedi foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão
/ Auditoria aprovadas pela Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja
planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações
financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu:
- a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das
demonstrações financeiras e avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pela
Administração, utilizadas na sua preparação;
- a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo
em conta as circunstâncias;
- a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e
- a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras;
5. Entendo que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da minha opinião
sobre aquelas demonstrações financeiras.
OPINIÃO
6. Em minha opinião as demonstrações financeiras referidas apresentam de forma verdadeira e apropriada,
em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira da SATA INTERNACIONAL -
Serviços e Transportes Aéreos, S. A. em 31 de Dezembro de 2004 e o resultado das suas operações e
os fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos
geralmente aceites.
Ponta Delgada, 22 de Março de 2005
Manuel Herberto de Medeiros Quaresma
R.O.C. n.º 675
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Exercício de 2004
PARECER DO FISCAL ÚNICO
Ex.mos Senhores Accionistas da
SATA INTERNACIONAL - Serviços e Transportes Aéreos, S. A.
Procedemos à acção fiscalizadora da SATA INTERNACIONAL - Serviços e Transportes Aéreos,
S. A., nos termos do art.º 420.º, por remissão do n.º 5 do art.º 413.º, do Código das Sociedades
Comerciais, em resultado da qual somos de parecer que:
a) Aproveis o Relatório, o Balanço, as Demonstrações dos Resultados por naturezas e por
funções, a Demonstração dos fluxos de caixa e os correspondentes Anexos, preparados pelo
Conselho de Administração com referência ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2004;
b) Aproveis a proposta do Conselho de Administração sobre a aplicação dos resultados do
exercício.
Ponta Delgada, 23 de Março de 2005
O FISCAL ÚNICO
Manuel Herberto de Medeiros Quaresma
R.O.C. n.º 675
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Sede AdministrativaAvenida Infante D. Henrique, 559504-528 Ponta Delgada
Conselho de AdministraçãoTel. (351) 296 209 710/711Fax (351) 296 209 716
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