Rain Skateboard Magazine #1

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A mais nova revista digital do Brasil acaba de lançar sua primeira ediçao, confiram!

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EDITORIAL 06

ÍNDICE

COLUNA 08

SHOW DE CALOUROS 60

AUDIOBLOG 62

PISTAS 12

4 Rain Skateboard Magazine | Fevereiro/2012

SUMMER TOUR 22

FILIPE FLOW 48

CROMO 34

5

6

EDITORIAL

CAPA

Alexsandro Corrêa acertou este Bs Nosebluntslide du-rante a Summer Tour. Foto: João Brinhosa.

Diretor EditorialGuilherme Nascimento

Editor RevistaGuilherme Nascimento

RevisãoJean C. Lamin, Mariana Fuccio e Yuri Orthey.

ColunistaGuilherme Nascimento

FotografiaAndre Calvão, Carlos Taparelli, Erick Bollmann, Guilherme Nascimento, Jean C. Lamin, João Brinhosa, Kennedy Ribeiro, Rodrigo Kbça e Tiago Pavan.

www.rainskatemag.com

Há alguns meses quando resolvi tirar o projeto da revista do papel não fazia nem ideia da dimensão que isso chegaria, estava basicamente dando um tiro no escuro, sem saber se teria algum apoio ou até mesmo

se as pessoas iriam gostar da ideia. Foram boas horas de conversa para con-seguir todo o material e cada vez me surpreendia mais com o apoio que estava recebendo, parece que todo mundo que tem contato com skate e fotografia tem essa idéia de lançar algo, porém só faltava o ponta pé inicial e aqui está: sessenta e quatro páginas do mais puro skate onde você poderá conhecer a nova pista pública de Joinville, que já é uma das melhores do estado. Viaja-rá com a galera de Floripa durante a Summer Tour para Tubarão e ainda irá conferir uma entrevista exclusiva com Filipe Flow, o engenheiro ambiental de Cubatão/SP que escolheu se dedicar aos estudos para poder andar de skate tranquilamente.

Da monótona Joinville para o Brasil, apresento-lhes a Rain Skateboard Magazine. Folheie sem moderação!

Por Guilherme Nascimento

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COLUNA

Bs SmithgrindFoto: Jean C. Lamin

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Que o skate foi criado por surfistas californianos entediados todo mundo já está cansado de saber, mas a dimensão que o skate vem atingindo a cada dia não.

Na última pesquisa realizada pela Datafolha, em 2006, seis por cento dos domicílios do Brasil tinham alguém que andava de skate. Seis anos depois esse número com certeza aumentou e arrisco-me, ainda, a dizer que talvez estejamos vivendo a melhor fase do skate no Brasil.

Somos hoje o segundo maior mercado de skate do mundo, perdendo apenas para os EUA, chegamos a movimentar cerca de 300 milhões de reais todo ano, temos marcas próprias e se hoje houvesse necessidade de não importar mais produtos, o skate não acabaria por aqui, temos marcas de qualidade e cada vez mais as empresas de fora do ramo estão nos vendo como uma oportunidade.

Estamos na mídia televisiva, nos jornais e revistas. Lançamos moda e conceitos. Muitos veem isto como algo ruim para o skate, como algo que foge aos ideais do skatista, de ser diferente e de fugir do comum. Mas ao meu ver só temos a ganhar. Mesmo aquela criança que quer um skate só por modinha e que vai andar só até o primeiro tombo, ela está contribuindo para o mercado. Está ajudando as marcas e isso em alguns casos volta como benefício pra gente em forma de material de ótima qualidade, eventos ou pistas.

Atualmente trabalho em uma grande loja de artigos esportivos e vejo cerca de vinte skates serem vendidos todos os finais de semana. São oitenta novos skatistas todos os meses. Di-mensione isso para o estado, para o país. Quantas caras novas você vê com skate em baixo do braço todos os dias na sua pista ou rua? Muita gente não tem noção da dimensão que é o skate e não os culpo, escolhemos esse estilo de vida justamente por isso, por não ter que se preocupar com os outros, simplesmente pra se divertir, para se expressar e esquecer os problemas.

Mesmo aquela criança que quer um skate só por modinha e que vai andar só até o primeiro tombo, ela está contribuindo para o mercado.

GuilhermeNascimentoNascido em Joinville, SC é skatista, fotógrafo e cursa o segundo ano de Design Gráfico.

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PISTAS

PISTA DOPARQUEDA CIDADE

PISTAS

Rafael Alvares - Fs 50-5014

Texto e fotos por Guilherme Nascimento

PISTA DOPARQUEDA CIDADE

Um projeto de dez anos que já tinha virado lenda para os skatistas da cidade de Joinville/SC se tornou realidade no dia 6 de Novembro de 2011

com a inauguração oficial do primeiro parque da cida-de, que além da pista de skate possui diversas outras opções de lazer.

Desenhada por alguns skatistas da cidade, nasceu do sonho e da necessidade de ter um local apropriado para a prática do skate. O projeto, apesar de ter mais de dez anos, não tem nada de antigo e já é, com certe-za, uma das melhores e mais modernas pistas públicas do estado.

Conta com opções para todos os tipo de skatistas: dos mais novos aos mais experientes, dos mais criativos aos mais técnicos, do cara da rua ao cara da transição. São corrimãos e bordas para todos os lados, dois eu-rogaps, pirâmide, quarters e rampas reta além de um bowl.

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PISTAS

360 FlipTiago Gaertner

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Hardflip Bs 50-50Eduardo Fagundes

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PISTAS

A inauguração contou com a apresentação dos atletas profissionais Daniel Vieira, Carlos Piolho e Marcos Mattozo que fizeram uma demo de arrepiar e afirmaram ter gostado da pista e a mesma ser cogitada para uma etapa do street profissional.

Apesar do pouco tempo, a pista já começa a revelar alguns talentos que em breve vocês provavelmente ouvirão falar, a evolução diária é nítida e chegan-do na pista você já identifica quem são, seja pela facilidade de andar ou pelas manobras difíceis acertadas rapidamente.

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19

PISTAS

Mas como nem tudo é um mar de rosas, a pista tem sim suas imperfeções. Por não ter sido construída por uma empresa especializada, o bowl ficou mal feito. O sistema de drenagem de água não estava funcionando, transforman-do-o em uma piscina por algumas semanas. A drenagem já está resolvida, mas a imperfeição das paredes ainda não. As transições estão muito cava-das, tornando algumas partes praticamente verticais e o coping está saltado dificultando as manobras de borda. Mas apesar de tudo ainda existem os mais aventureiros que se arriscam nas difíceis paredes enquanto aguardam uma reforma.

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Maykison Fagundes - Bs Lipslide21

TOUR2012summer

Texto por Mario Cachorro Junior e Rodrigo Jaca, fotos por João Brinhosa

Luiz NetoFs Ollie

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TOURsummer

2012Não sabemos exatamente quando essas histórias começaram, mas com certeza

a inspiração veio dos vídeos de skate onde as equipes realizavam as tours para promover sua marca. Assim, o MAMA CAVALO começou a organizar as barcas

para fazer a sessão de skate em outras cidades, porém com um objetivo um pouco dife-renciado: confraternizar com os amigos e fazer um rolê de skate descontraído.

A primeira barca que foi mais estuturada foi em 2004 quando fomos para o norte do estado de SC para visitar as cidades de Itajaí, Pomerode e Blumenau. Depois, em 2006 foi a vez do sul do estado: Tubarão e Laguna. A partir deste ano acabamos pegando o costume de viajar nos mês de Janeiro para Tubarão, contrariando todas as “leis da físi-ca” que fazem milhares de turistas seguirem o rumo a Floripa no verão - coisa de skatista mesmo, sempre querendo exclusividade, contrariando a cultura de massa.

Junior Cachorro, que lançou a ideia, convidou os amigos da PC3 Máfia para realizarem o evento então ele produziu um cartaz, e com suas habilidades internéticas, divulgou o evento nas redes socias, conseguindo uma adesão, que poucas vezes foi vista nos eventos do MAMA.

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Desta vez fomos visitar um local chamado Salvação, uma fábrica abandona-da que acabou se tornando uma releitura do extinto pico ANJELA, que foi um marco na história do skate em Santa Catarina. Após realizar o lançamento da tour, a expectativa era saber quantas pessoas iriam encarar a barca.

O ponto de encontro foi a pista da Trindade em Floripa. No dia 07 de Janeiro de 2012 a partir das 8:30 da manhã começamos a reunir a turma no local com-binado e dali para frente foi só alegria. A primeira leva de skatistas já estava reunida: Junior Cachorro, Junior Choro, Guilherme Guivos, Luiz Neto, Denis Pitigliane, Rodrigo Grilo, Rodrigo Jaca, entre outros. Saindo da Trindade to-mamos o rumo ao centro da cidade, mas antes passamos no caminho para buscar outro integrante da tour, Luiz Pegoraro, que já recepcionou a tripulação com um serviço de bordo vip – 3 cervejas.

A segunda escala da barca era na pista do Jardim Atlântico – PC3, onde en-contramos o restante da turma que iria pegar a estrada e por sinal a grande maioria dos integrantes da tour: Alexsandro Et, Felipe Miranda, Felipe Lobão, João Brinhosa, Tiago Eldign, David Tolentino, Roberto Poleão, Gerson Dias e mais.

Com toda essa turma reunida pegamos a BR-101 trecho sul e logo chegamos a Tubarão. Encontramos o resto da turma que também estava vindo ao nosso encontro: Thales Prates, Guiri Reyes, Leandro Boca, Roberto Bebeto, Jesué Tomé, Daniel Bristot, Rodrigo Paulista, Felipe Chiclé e todo o resto da barca.

A primeira impressão ao chegar na Salvação é de um lugar sujo, abandonado e sem nada para fazer, mas como bons skatistas que somos, a visão da coisa já é bem diferente. O lugar é um parquinho de diversões, que se destaca pelas possibilidades de produzir boas fotos e filmagens devido ao ambiente diferen-ciado que apresenta.

De cara já podemos notar o know how que a turma de Tubarão adquiriu cons-truindo os obstáculos do ANJELA, dois bancos de concreto com pedra de már-more compondo uma das opções do pico. Além disso, um piso relativamente liso e enorme, e uma calçadinha para brincar de manobras de manual. Dentro do galpão da fábrica um gap para varar cheio de dificuldades para pegar gás e também para voltar na manobra.

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Guiri ReyesBs Flip

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Alexsandro CorrêaBs Grind

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Thales PratesBs Smithgrind

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Luiz NetoVarial Tailgrab

As possibilidades eram infinitas e cada um com suas idéias e equipamentos - skates e câmeras - tentou aproveitar o potencial da melhor forma, encarando o sol escaldante que rolava no dia e é claro que não podemos esquecer que o evento foi regado a muita cerveja gelada, pois evento do MAMA que se preza não passa no seco. Poderíamos até citar algumas manobras que rolaram na tour, mas isso é assunto para o video que você pode já conferir na internet.

E ainda, depois de andar praticamente o dia inteiro na Sal-vação, fechamos a sessão com um rolê no bowl do centro de Tubarão, conhecido pela curvas imperfeitas e transi-ções caverna.

Assim encerramos mais uma tour do MAMA CAVALO, sempre com aquele espírito de reunir os amigos, andar de skate e dar boas risadas.

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Junior Pereira BoySs HeelflipFoto: Carlos Taparelli

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Alex LekinhoBs Crooked

Foto: Kennedy Ribeiro

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Daniel MordzinNollie Heelflip

Foto: Erick Bollmann

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Diego FioreseBs OvercookedFoto: Rodrigo Kbça

Lucas GrambergerFs Flip

Foto: Andre Calvão

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Maikon BarackOllie

Foto: Carlos Taparelli40

Vitor GonçalvesSs Bs CrookedFoto: Tiago Pavan

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André HienaSs Fs OllieFoto: Rodrigo Kbça

Henrique FalcãoDropFoto: Guilherme Nascimento

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Guega CervoneBs LipslideFoto: Andre Calvão

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Filipe Flow

Filipe da Costa Ferreira "Flow", skatista formado em Engenharia Ambiental, tem 21 anos de idade, e anda de skate a oito, morador da pequena e pacata cidade de Cubatão/SP, trabalha na grande metrópole e busca ajudar o meio ambiente da melhor forma possível.

Entrevista e fotos por Andre Calvão

Pole Jam

Filipe, fale um pouco de como é sua rotina diária, e como você arruma tempo para ainda andar de skate?

Desde que me formei na faculdade tenho uma rotina bem pa-recida com a maioria da população. Por morar em Cubatão eu acordo bem cedo e vou até São Paulo para trabalhar, passo praticamente o dia todo, e após o expediente, que é em horá-rio comercial, eu volto para casa. Na maioria das vezes tento fazer algo de útil para não ir dor-mir sabendo que só trabalhei naquele dia, tento sair da rotina. Durante a semana, nesse tempo livre de final de dia eu tento conciliar meu bem estar, e faço o possível para andar de ska-te em algum lugar ou encontrar com alguém em algum lugar agradável para ficar de boa.

1

2

Porque você escolheu os estudos ao invés de ten-tar a vida como skatista?

Na verdade eu nunca tomei essa decisão em algum momento da vida, eu sempre curti andar de skate e sempre levei meus estudos a sério. Antes do skate fazer parte da minha vida eu já tinha clara a idéia de que o estudo faz parte da base para desenvolver qualquer coisa no seu futuro. Desde meus primei-ros anos como skatista, sempre prestei atenção no mercado e na cena que o skate movimentava, ficava atento a vários detalhes, os quais me fizeram pensar a respeito sobre como seria viver de skate no Brasil. Em meia década observando isso, construí um ponto de vista sobre como o skate funciona no Brasil. No mesmo tempo que ia ganhando maturidade e responsabilidade, eu evoluía minhas manobras e no jeito de pensar como skatista. Ao analisar durante esse tempo todo o cenário brasileiro do skate e comparar com a oportunidade que tinha nas mãos de adquirir conhecimento técnico e tra-balhar no meio, fez com que eu pensasse lá na frente, sobre quais seriam os resultados que ambos iriam me proporcionar. De maneira bem simples, criei um ponto de vista, que aos pou-cos ele vai se moldando e evoluindo de acordo com a condição que estou, mas genericamente ele é tipo assim: Me dedicando ao trabalho/estudos tenho tempo livre para fazer o que bem entender e na intensidade que quiser, então posso andar de skate praticamente todo dia, na teoria, porém me dedicando somente ao skate que garantia eu teria de levar uma vida con-fortável? Claro que estudar e trabalhar não são sinônimos de estabilidade, porém viver do skate, mesmo sendo sua paixão, não obrigatoriamente fará de você uma pessoa realizada e fe-liz. De certo modo, estou muito satisfeito, levo uma vida con-fortável e ando de skate sempre que posso, me sinto realizado com tudo que faço e tenho uma vida quase como skatista.

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Bs Crooked

“Me dedicando ao trabalho/estudos tenho tempo livre para fazer o que bem entender e na intensidade que quiser, então posso andar de skate praticamente todo dia.”

“Me dedicando ao trabalho/estudos tenho tempo livre para fazer o que bem entender e na intensidade que quiser, então posso andar de skate praticamente todo dia.”

Fs Grind

Bs Suski

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Qual o seu ponto de vista em relação ao mercado do skate no Brasil, e como as marcas tratam seus atletas, em relação a experiências já vividas por você em outros países.

Acho que o Brasil tem um forte mercado se pensarmos que vivemos em um país de terceiro mundo, onde boa parte da galera não tem acesso a nada. O mercado nos países de primeiro mundo da até gosto de ver funcionar, mesmo eles tendo uma cena menor e menos influente que a nossa, o dinheiro acaba circulando e sendo aplicado de alguma forma em prol do skate. Apesar do grande número de pessoas que consomem produtos relacionados ao skate aqui no Brasil, você não consegue ver os verdadeiros skatistas ganhando alguma coisa em cima dessa movimentação toda. Assim como nos países de primeiro mundo a saúde, educação, etc. funcionam, o mercado do skate acaba refletindo a mesma coisa, o marketing funciona, o dinheiro circula por onde tem que circular e as coisas dão certo.No Brasil o dinheiro circula porém não para nas mãos “corretas”, acaba refletindo o mesmo na cena do skate, ou seja, skatistas levando uma vida nem um pouco estável e todo glamour que aparece na TV não é injetado no esporte.Ao mesmo tempo que circula dinheiro e o skate passa na Globo, os verdadeiros skatistas, pelo menos a grande maioria, não estão colhendo nenhum dos frutos que o skate é capaz de gerar. E se colhe é indiretamente, após ter passado pela mão de algum aproveitador. Não quero dizer que o skatista profissional é explorado, nem que o skatista da rua é um coitado, muito menos que o lojista ou o dono da marca são vilões nessa historia, mas acho que é um sistema. A ausência de boas práticas de alguma das partes reflete no equilíbrio do sistema todo, logo, o sistema não anda com 100% de aproveitamento.O UFC esta aí na mídia para qualquer um ver, até pouco tempo tinha poucos adep-tos e hoje a população se reúne para ver uma luta rolar. Você já viu acontecer algo parecido com o skate? Olha o número de adeptos do UFC e do skate, olha quanto tempo o skate e o UFC estão na mídia. Não é a toa que o UFC já anunciou no site da Transworld há um tempo atrás. Eu tive que fugir um pouco do foco da pergunta para tentar explicar o que está acontecendo, mas fica claro como as coisas funcionam para um esporte e para outros não, como funciona em um lugar e em outros não, não é por culpa do destino e sim de quem faz a cena acontecer.

4

O Brasil, que hoje é considerado uma potência do skate mundial, está sempre revelando atletas para o mercado americano e europeu, qual seu ponto de vista sobre esse assunto? O skatista corre atrás do que está ao alcance dele para melhorar sua situação, e as marcas gringas querem um nome novo para bombar ambos, é a mistura perfeita, alguém querendo investir dinheiro e outro querendo ganhar dinheiro. Se no Brasil o skatista não consegue viver da maneira que ele sonha, ele precisa correr atrás do que ele considera como melhor oportunidade, então acaba acontecendo esse lance de exportação.

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Qual sua expectativa em relação ao seu skate para esse ano, já que você acabou de se formar e se tornou um funcionário padrão com horários e deveres a serem cum-pridos?

Agora que eu entreguei meu TCC e acabei minha faculdade, tenho a cabeça mais tranquila e isso me deixa menos cansado no dia a dia. Assim sobra mais disposição e cabeça para o skate. Apesar de não ter flexibilidade nos horários do trabalho, estou tentando quebrar a ro-tina andando em lugares diferentes e tentando coisas novas sempre que consigo. A cidade está com picos novos e várias gerações mais novas andando. Estou contente em ver a cena do skate numa cidade pequena que é Cubatão tão aquecida!Pretendo andar cada vez mais de skate não só nesse ano mas tam-bém nas próximas décadas! Espero que as coisas melhorem tanto para estrutura do skate quanto para a essência da parada! Que o skate continue me proporcionando bons momentos, seja viajando, seja com os amigos, seja sozinho ou até mesmo num simples rolê do dia a dia!

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Você como skatista e ambientalista, pensa em alguma coisa que possa unir as duas coisas que gosta de fazer em uma só? Se é que tem como...

O skate não tem nada a ver com a minha formação de Engenheiro Ambiental. A área de meio ambiente ainda tem muitos paradigmas que a nossa sociedade não esta preparada para enfrentar.Sem hipocrisia, mas eu quero estar sempre andando com um skate bom e novo para fi-car mais agradável, ou seja, quero consumir mais e mais e isso vai totalmente contra os conceitos que a engenharia ambiental traz, que é o desenvolvimento sustentável. Não rola misturar, uma hora você pensa como engenheiro e outra como skatista, que convenhamos é a mais prazerosa.

5

Filipe Flow58

Fs Nosegrind

Nome completo: Douglas Marques PaulinoIdade: 21 anosTempo de skate: 10 anosCidade onde nasceu: São Paulo/SPCidade onde mora: Blumenau/SCApoios/patrocínios: Jah Bless, Jam SkateshopManobra preferida: 360º FlipUm skatista destaque: Vitor VitokaMelhor viagem: Buenos airesPara ouvir: Tim Maia - RacionalUm sonho: Conhecer o mundo em cima do skateUma mensagem: Nunca deixe de se divertir andan-do de skate, e nunca troque seus valores por cifrões.

Douglas PaulinoFs Ollie

SHOW DE CALOUROS

Fotos: Tiago Pavan

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Nome completo: Rafael Alvares da SilvaIdade: 17 anosTempo de skate: 6 anosCidade onde nasceu: Joinville/SCCidade onde mora: Joinville/SCApoios/patrocínios: Não temManobra preferida: Nollie CrookedUm skatista destaque: Luan OliveiraMelhor viagem: CuritibaPara ouvir: Big Sean - MemoriesUm sonho: Viver do skateUma mensagem: Acredite sempre, não importa o que aconteça, pois só será impossível se voce não tentar.

FlipRafael Alvares

Fotos: Guilherme Nascimento

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AUDIOBLOG

Sete anos após o This Is Skateboarding, a Emerica lança mais um vídeo completo de seus skatistas: o Stay Gold. Foram

alguns anos de espera pelo lançamento, mas valeu a pena. São cinquenta e seis minutos de puro skate de alto nível. Vale a pena conferir!

O rock psicodélico do Dead Meadow encaixa perfeitamente com a identidade do vídeo e não é a toa que esta presente em outras partes. A entrada já deixa bem claro o que está por vir com uma edição de arrepiar.

Dead Meadow - Sleepy Silver Door 1

Mais rock psicodélico, mas agora apenas instrumental para ilustrar a parte do veloz e estiloso Brandon Westgate. Manobras altas e de altíssimo nível para abrir o vídeo.

Earthless - Jull 2

Um clássico de Tom Waits para a primeira parte de Bryan Herman, filmada toda na clássica escola americana com bancos e mesas de piquenique que foram massacradas pelas muitas linhas acertadas por ele.

Tom Waits - Top Of The Hill 3

Segunda parte de Bryan Herman, mas agora na rua. Voltando à sua origem, ao som do também clássico Black Sabbath agora quem é atacada são as escada-rias e corrimãos.

Black Sabbath - Fairies Wear Boots 4

Após sair da Velvet Underground e seguir carreira solo John Cale compôs essa música que parece ter sido feita especialmente para a parte do praticamente desconhecido Marquis Preston. Abusando de estilo e dos big spins, mostra que ainda dará o que falar.

John Cale - Big White Cloud 5

Ao som de Capatin Beefheart o garoto Kevin Long não apresenta uma das suas melhores partes, mas ainda assim mostra grandes manobras, sempre com muito estilo.

Captain Beefheart – Electicity 6

Por Guilherme Nascimento

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Mais Dead Meadow, agora para a parte de Collin Provost. Uma mini entrada com manobras em transições o até então amador da Emerica mostra toda sua base nesta parte que abusa da criatividade e das manobras.

Dead Meadow - Green Sky Green Lake 7

O som indie de Comets on Fire é a banda mais nova do vídeo e nada melhor que ilustrar a parte do mais novo integrante da equipe também. Jamie Tancowny após uma parte esmagadora no vídeo da Zero, mostra que tem um leque grande de manobras em todos os terrenos.

Comets on Fire - The Swallow’s Eye 8

A banda que tem apenas um disco falando da Segunda Guerra Mundial do ponto de vista oriental veio bem a calhar na parte de Aaron Suski, o veterano mostra vários combos e um estilo próprio bem legal de assistir.

Flower Travlin’ Band - Satori Pt. 2 9

Os britânicos do Hawkwind trazem um pouco de space rock para a parte de Braydon Szafranski, que com um estilo único executa manobras técnicas e agres-sivas em sua parte.

Hawkwind - We Took The Wrong Steps Years Ago 10

Justin Figueroa, ao som de mais um pouco de rock psicodélico do Dead Meadow, mostra todo seu estilo e base descendo muitos corrimãos com manobras cada vez mais difíceis e abusando de muita base trocada.

Dead Meadow - That Old Temple 11

E por falar em base trocada, que tal uma parte inteira? Jerry Hsu, ao som tran-quilo de Ultimate Spinach anda apenas de base trocada nesta sua parte. E pelo nível de dificuldade poderia se passar por regular tranquilamente.

Ultimate Spinach III - Somedays You Just Can’t Win 12

Mott the Hoople foi uma banda inglesa de glam rock. Leo Romero é um skatista profissional nascido na Califórnia. Após algum tempo sem aparições em víde-os faz uma das partes mais difíceis de todos os tempos. Com um skate muito agressivo e técnico ao mesmo tempo, Leo traz novas possibilidades ao skate quando começa a subir corrimãos ao invés de descer.

Mott the Hoople - Thunderbuck Ram 13

Aos 32 anos de idade Andrew Reynolds surpreende mais uma vez com uma parte histórica e ao som de Edward Sharpe executa manobras perfeitas, e pra quem assistiu também o bônus, sabe que algumas delas foram executadas di-versas vezes até que Andrew estivesse totalmente satisfeito com o resultado. Alguns dizem que esta parte será sua última, porém pelo que parece ele conti-nua na pegada e só nos resta esperar pela sua próxima façanha.

Edward Sharpe & The Magnetic Zeros - Om Nashi Me 14

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MaykisonVincentPróxima edição

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