PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENSINO … · −Instrução n 01/09 – SEED/SUED. 2. ... Volume Cor Luz Bidimensional Tridimensional ... paisagem, natureza-morta, Arte Brasileira
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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL SÃO JUDAS TADEU – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PALMEIRA
2011
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
ENSINO MÉDIO POR BLOCOS
SUMÁRIO
1 ASPECTOS LEGAIS................................................................................. 03
2 ESTRUTURA DO CURSO......................................................................... 03
3 DISCIPLINAS............................................................................................. 04
3.1 ARTE.......................................................................................................... 04
3.2 BIOLOGIA.................................................................................................. 15
3.3 EDUCAÇÃO FÍSICA.................................................................................. 21
3.4 FILOSOFIA................................................................................................. 30
3.5 FÍSICA........................................................................................................ 34
3.6 GEOGRAFIA.............................................................................................. 40
3.7 HISTÓRIA.................................................................................................. 50
3.8 INGLÊS...................................................................................................... 59
3.9 LÍNGUA PORTUGUESA............................................................................ 65
3.10 MATEMÁTICA............................................................................................ 82
3.11 QUÍMICA.................................................................................................... 88
3.12 SOCIOLOGIA............................................................................................. 98
Colégio Estadual São Judas Tadeu – Ensino Fundamental e MédioProposta Pedagógica Curricular Ensino Médio - 2010
1. ASPECTOS LEGAIS
− Lei nº 9.394/96 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional;
− Parecer nº 15/98 CEB/CNE;
− Resolução nº. 5.590/08 SEED;
− Deliberação nº. 07/99-CEE;
− Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, no Estado do
Paraná;
− Instrução nº. 021/2008 - SUED/SEED.
− Instrução n 01/09 – SEED/SUED.
2. ESTRUTURA DO CURSO
O curso de Ensino Médio do Colégio São Judas Tadeu, tem a duração
mínima de três anos e carga horária de 3000 horas/aula, perfazendo um total de
2500 horas. As aulas são no período da manhã com carga horária semanal de 25
horas/aula.
O curso iniciou neste ano letivo de 2010 com 2 turmas de 1º ano, com o
Ensino Médio em Blocos.
No Ensino Médio compreendido como parte integrante da educação básica,
o trabalho é o princípio organizador do currículo, uma vez que a lei reconhece que
nas sociedades contemporâneas todos, independentes de sua origem ou destino
sócio-profissional, devem ser educados na perspectiva do trabalho, conteúdo
imprescindível para dar significado às aprendizagens da escola média.
O colégio está viabilizando o processo de construção de um laboratório
específico para as disciplinas de Química, Física e Biologia.
Oferece salas de aulas amplas e bem equipadas, uma bem montada
biblioteca, dispondo de um bom espaço e outras dependências que atendem as
necessidades básicas que são exigidas para a formação do cidadão.
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3. DISCIPLINAS
3.1 ARTE
A dimensão histórica da Arte destaca alguns marcos do seu
desenvolvimento.
No Período colonial a congregação católica, Companhia de Jesus,
desenvolveu para grupos de origem portuguesa, indígena e africana, uma tradição
religiosa cujos registros revelam o uso pedagógico da arte, por meio da retórica,
literatura, música, teatro, dança, pintura, escultura e artes manuais. Ensinava-se a
Arte Ibérica da Idade Média e Renascentista, mas valorizava-se também, as
manifestações artísticas locais.
Esse contexto foi importante na constituição da matriz cultural brasileira e
manifesta-se na cultura popular paranaense, na música caipira em sua forma de
cantar e tocar a viola; no folclore, com as Cavalhadas, a Folia de Reis e a Congada.
Nos séculos XVI ao XVIII a Europa passou por transformações de diversas
ordens que se iniciaram com o Renascimento e culminaram com o Iluminismo e
nesse contexto, o governo português do Marquês de Pombal expulsou os jesuítas
do território do Brasil e estabeleceu uma reforma na educação e em outras
instituições da Colônia. A chamada Reforma Pombalina fundamenta-se nos padrões
da Universidade de Coimbra, que enfatiza o ensino das ciências naturais e dos
estudos literários. Dessa reforma, na prática não se registrou efetivas mudanças.
Nos colégios jesuítas passaram a funcionar colégios-seminários dirigidos por
outras congregações religiosas. Entre esses colégios-seminários, destacaram-se o
de Olinda e o Franciscano do Rio de Janeiro, no início do século XIX, incluíram em
seus currículos estudos do desenho associado à matemática e da harmonia na
música como forma de priorizar a razão na educação e na Arte, o que estava de
acordo com os princípios do Iluminismo.
Em 1808, com a vinda da família real portuguesa ao Brasil, destacou-se um
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grupo de artistas franceses encarregados da fundação da Academia de Belas-
Artes,na qual os alunos poderiam aprender as artes e ofícios artísticos.
A Missão Francesa, cuja concepção de Arte vincula-se ao estilo neoclássico,
fundamentado no culto à beleza clássica, propunha exercícios de cópia e
reprodução de obras consagradas, pensamento pedagógico tradicional de Arte.
Esse padrão estético entrou em conflito com a arte colonial e suas
características, como o Barroco presente na arquitetura, escultura, talhe e pintura
das obras de Antônio Francisco Lisboa (Aleijadinho); na música de Padre José
Maurício e nas obras de outros artistas, em sua maioria mestiços de origem humilde.
Uma das formas de conceber a importância da Arte é vê-la como forma de
expressão do pensamento, de manifestação de pontos de vista, de valores e de
tradições do sujeito, que a partir da necessidade de explicar, expor e manifestar
suas ideias, dela se vale para fazê-lo.
A real importância e particularidade do conhecimento em Arte estão no fato
de que, as produções artísticas, um conjunto de ideias é elaborado de maneira
sensível imaginativo, estético e crítico por seus produtores ou artistas (alunos).
Através de práticas sensíveis de produção, apreciações artísticas e reflexões,
críticas sobre as mesmas nas aulas de Arte, os alunos podem desenvolver saberes
que os levem a compreender e envolver-se com decisões estéticas, apropriando-se
nessa área, de saberes culturais e contextualizados referentes ao conhecer e
comunicar arte e suas manifestações.
É importante que os alunos compreendam o sentido do fazer artístico,
entendam que suas experiências de desenhar, pintar, cantar, dançar, filmar ou
dramatizar, não são atividades que visam a distraí-los da “seriedade” das outras
áreas. Sabemos que, ao fazer e conhecer Arte, o aluno percorre trajetos de
aprendizagem que propiciam conhecimentos específicos sobre sua relação com o
mundo. Além disso, desenvolvem potencialidades como: observação, percepção,
imaginação e sensibilidade, que podem contribuir para a consciência do seu lugar no
mundo e para a compreensão de conteúdos das outras áreas do currículo.
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Objetivos:
− Realizar produções artísticas, individuais e/ou coletivas, nas áreas da Arte
(Música, Artes Visuais, Dança, Teatro) analisando, refletindo e compreendendo os
diferentes processos produtivos, com seus diferentes instrumentos de ordem
material e ideal, como manifestações sócio-culturais e históricas;
− Apreciar produtos de Arte, em suas áreas , desenvolvendo tanto a fruição
quanto à análise estética, conhecendo, analisando, refletindo e compreendendo
critérios culturalmente construídos e embasados em conhecimentos afins, de caráter
filosófico, histórico, sociológico, antropológico, psicológico, semiótico, científico e
tecnológico, dentre outros;
− Analisar, refletir, respeitar e preservar as diversas manifestações da Arte
em suas áreas – utilizadas por diferentes grupos sociais e étnicos, interagindo com
o patrimônio nacional e internacional, que se deve conhecer e compreender em sua
dimensão sócio-histórica.
Conteúdos:
1º ANO
ÁREA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Música
Elementos FormaisAlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade
ComposiçãoRitmo MelodiaHarmoniaModal, tonal e fusão de ambos.Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, pop.Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista.
Movimentos e períodosMúsica Popular BrasileiraVanguarda Paranaense
Artes Visuais
PontoLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz
BidimensionalTridimensionalFigurativoAbstratoPerspectivaSemelhançaContrasteRitmo VisualTécnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação, performance, fotografia, gravura e esculturas...Gêneros: paisagem, natureza-morta,
Arte BrasileiraArte ParanaenseArte PopularArte de Vanguarda
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designer, história em quadrinhos...
Teatro
Personagem:Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.AçãoEspaço
Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-Fórum, Roteiro, Encenação, leitura dramática.Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico, Dramaturgia, Representação nas mídias, Caracterização, Cenografia- sonoplastia, figurino e iluminaçãoDireçãoProdução
Teatro Greco-RomanoTeatro MedievalTeatro BrasileiroTeatro ParanaenseTeatro PopularTeatro de Vanguarda
Dança
MovimentoCorporalTempo Espaço
EixoDinâmicaAceleraçãoPonto de ApoioSalto e QuedaRotaçãoNíveisFormaçãoDeslocamentoImprovisaçãoCoreografiaGêneros: Espetáculo, industrial cultural, étnica, folclórica, circular, populares, salão, moderna, contemporânea.
Pré-HistóriaGreco-RomanaMedievalVanguardaBrasileiraParanaense
2º ANO
ÁREA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Música
Elementos FormaisAlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade
ComposiçãoRitmo MelodiaHarmoniaModal, tonal e fusão de ambos.Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, pop.Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista.
Movimentos e períodosIndústria CulturalEngajadaAfricana
Artes Visuais
PontoLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz
BidimensionalTridimensionalFigurativoAbstratoPerspectivaSemelhançaContrasteRitmo VisualTécnica: Pintura, desenho,
Arte AfricanaArte EngajadaIndústria CulturalArte Ocidental
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modelagem, instalação, performance, fotografia, gravura e esculturas...Gêneros: paisagem, natureza-morta, designer, história em quadrinhos...
Teatro
Personagem:Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.AçãoEspaço
Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-Fórum, Roteiro, Encenação, leitura dramática.Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico, Dramaturgia, Representação nas mídias, Caracterização, Cenografia- sonoplastia, figurino e iluminaçãoDireçãoProdução
Teatro EngajadoTeatro EssencialTeatro RenascentistaTeatro RealistaTeatro Simbolista
Dança
MovimentoCorporalTempo Espaço
EixoDinâmicaAceleraçãoPonto de ApoioSalto e QuedaRotaçãoNíveisFormaçãoDeslocamentoImprovisaçãoCoreografiaGêneros: Espetáculo, industrial cultural, étnica, folclórica, circular, populares, salão, moderna, contemporânea.
Dança ClássicaDança EngajadaAfricanaIndígenaExpressionismo
3º ANO
ÁREA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Música
Elementos FormaisAlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade
ComposiçãoRitmo MelodiaHarmoniaModal, tonal e fusão de ambos.Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, pop.Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista.
Movimentos e períodosOcidentalOrientalLatino-Americana
PontoLinhaFormaTextura
BidimensionalTridimensionalFigurativoAbstrato
Arte ContemporâneaArte DigitalArte Latino-americana
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Artes Visuais
SuperfícieVolumeCorLuz
PerspectivaSemelhançaContrasteRitmo VisualTécnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação, performance, fotografia, gravura e esculturas...Gêneros: paisagem, natureza-morta, designer, história em quadrinhos...
Teatro
Personagem:Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.AçãoEspaço
Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-Fórum, Roteiro, Encenação, leitura dramática.Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico, Dramaturgia, Representação nas mídias, Caracterização, Cenografia- sonoplastia, figurino e iluminaçãoDireçãoProdução
Indústria CulturalTeatro DialéticoTeatro OprimidoTeatro PobreTeatro Latino-Americano
Dança
MovimentoCorporalTempo Espaço
EixoDinâmicaAceleraçãoPonto de ApoioSalto e QuedaRotaçãoNíveisFormaçãoDeslocamentoImprovisaçãoCoreografiaGêneros: Espetáculo, industrial cultural, étnica, folclórica, circular, populares, salão, moderna, contemporânea.
Hip HopDança ModernaDança PopularDança Contemporânea
A cultura Afro- Brasileira e Africana, Indígena, Sexualidade e Meio Ambiente
e serão inseridos e contextualizadas como o conteúdo das quatro áreas de Arte em
cada ano do Ensino Médio.
Metodologia:
O trabalho de Arte no Ensino Médio deve proporcionar aos alunos o sentir,
perceber e teorizar o trabalho artístico, abordando as seguintes áreas:
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Artes Visuais
O professor deve abordar as produções pictórias do conhecimento universal
e artistas consagrados bem como as diferentes imagens presentes na sociedade
contemporânea.
Nas artes visuais: o cinema, a televisão, o videoclipe e outras formas
artísticas, que contemplam as quatro áreas. O conteúdo de Arte deve estar
relacionado com a realidade do aluno, isto é, com produções artísticas e bens
culturais de sua região. Destaca-se também o trabalho com as mídias.
O processo de releitura não pode ser esquecido nas artes visuais.
Numa perspectiva histórica crítica é importante à realidade humana e social
e a possibilidade de transformação desta realidade.
O trabalho será através de análise e releitura de obras universais e
regionais, exposição de trabalhos individuais e coletivos.
Dança
No ensino de Arte é fundamental relacionar conteúdos próprios da Dança
com os elementos culturais que a compõem.
A Dança tem conteúdos próprios que desenvolvem aspectos cognitivos,
integrados aos processos mentais que possibilitam uma melhor compreensão
estética da arte.
Os elementos da Dança são: os movimentos corporais, espaço e tempo.
O trabalho deverá basear-se em atividades de experimentação do
movimento, improvisação, composições coreográficas, processo de criação,
tornando o conhecimento significativo para o aluno.
Através da Dança podemos compreender realidades próximas e distantes,
os aspectos sociais, culturais e históricos da sociedade.
Os encaminhamentos devem privilegiar:
- A criação de formas de registro gráfico da formação inicial e dos passos
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sequenciais:
- Uso de diferentes adereços;
- Proposta de criações, improvisações e exercícios coreográficos individuais
e coletivos;
- Identificação do gênero a que pertence à Dança e em que época foi
concebida;
É importante considerar o contexto social e cultural dos alunos. Não
esquecer questões como a de gênero, necessidades especiais motoras e as de
religiões que desaprovam a dança.
Teatro
O Teatro na educação destaca-se pela criatividade, memorização e
condenação, sendo um momento para que o aluno exercite, colocando-se no lugar
dos outros sem correr risco.
Não esquecer de proporcionar momentos para teorizar, sentir e perceber
para o trabalho artístico, não o reduzindo a um mero fazer.
Ao iniciar o trabalho com o Teatro, deve-se propor exercícios de
relaxamento, aquecimento e com os elementos formais do teatro: personagem –
expressão vocal, gestual, corporal e facial, composição: jogos teatrais,
improvisações e transposição de texto literário para texto dramático, pequenas
encenações construídas pelos alunos e outros exercícios cênicos.
A teorização poderá ser abordada com a discussão dos movimentos e
períodos artísticos importantes da história do teatro. O Teatro transforma a visão de
mundo, porque o ato de dramatizar é uma construção social do homem em seu
processo de desenvolvimento.
A metodologia de trabalho será através de elaboração de peças teatrais,
encenação de peças clássicas, confecções de figurino, análise de peças, danças
jogos e brincadeiras, folguedos folclóricos entre outros.
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Música
O aluno tem durante toda a vida um contato com a Música. As que
compõem suas preferências relacionadas à herança cultural e as integradas a
cultura de massa. Por isso é importante contextualizá-la, apresentando suas
características específicas e influências regionais.
É importante desenvolver o hábito de ouvir esses sons, identificar seus
elementos formadores e como esses sons são distribuídos e organizados em uma
composição musical.
A metodologia para trabalhar Música será através de apreciação e análise
de videoclipe, com ênfase na produção musical, observando a organização de
elementos formais do som, da composição e da relação com os estudos e gêneros
musicais. Seleção de música de vários gêneros para compor outra trilha sonora para
a mesma cena de videoclipe. Construção de instrumentos musicais, produção com
diversos arranjos, instrumentos vocais, compondo efeitos sonoros e Música.
Registro de todo o material sonoro produzido pelos alunos.
Avaliação:
A avaliação da disciplina de Arte será diagnóstica e processual, devendo
superar o mero instrumento de medição da apreensão de conteúdos e buscar uma
aprendizagem socialmente significativa para o aluno.
Ao ser processual não estabelece parâmetros comparativos entre os alunos.
Discute dificuldades, progressos de cada um a partir da própria produção de modo
que sistematize o conhecimento e compreenda a realidade que está inserido.
Os instrumentos de avaliação: avaliações teóricas e práticas, pesquisas
bibliográficas e de campo, seminários, atividades artísticas como exposições de
análises e releituras de obras apresentações teatrais, musicais e de dança.
Os registros serão em forma de relatórios, gráficos, portifólio, áudio-visual e
outros.
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REFERÊNCIAS:
ARNHEIN, G. H. R. Arte e percepção Visual, uma psicologia da visão criadora, 3 ed. , SÃO PAULO: Pioneira, 1986.
BOAL, Augusto. 200 Exercícios e Jogos para o Ator e Não Ator com vontade de dizer algo através do Teatro, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1985.
BOAL, Augusto. Teatro do Oprimido e Outras Poéticas Políticas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980.
CAMAROTTI, Março. A Linguagem do Teatro Infantil, São Paulo. Loyola, 1984.
BOSI, Alfredo. Reflexão sobre Arte, São Paulo: Ática 1985.
BOURCICER. P. História da dança no ocidente. São Paulo: Ática, 1991.
CANCLINI, Nestor Garcia. A socialização da Arte, teoria e prática na América Latina, São Paulo: Cultix, 1980.
FONTANEL BRASSAART, Simone. A prática da Expressão Artística 60 fichas de trabalho criativo, São Paulo: Martins Fontes, 1984.
FORQUIN, Jean-Claude e GAGNARD, Madaleine. A música in Louis Porcher. Educação Artística: Luxo ou necessidade, 2 ed, São Paulo: Summus, 1982.
HADJINICOLAU, Nicos. História da Arte e Movimentos Sociais, Lisboa, Edições 70, 1999.
KOUDELLA, Ingrid Dormien. Jogos Teatrais, São Paulo: Perspectiva. 1984.DCE - 2009.
LABAN, R. Domínio do Movimento. São Paulo: Cortez, 2005. LUQUET, G. H. O desenho Infantil. Porto (Portugal), Livraria Civilização, 1969.
MARQUES, F. Dançando na escola. São Paulo: Cortez, 2005.
PAULA, C. A. de. A música no Ensino Médio da Escola Pública do município de Curitiba: aproximações e proposições conceituais a realidade concreta. Curitiba: Dissertação (Mestrado) UFPR.2007.
PORCHER, Louis. Educação Artística Luxo ou Necessidade. 2 Ed. São Paulo:
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Summus, 1982. VASQUEZ, Adolf Sanchez. As ideias de Marx, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
RAYNOR. H. História social da música: da Idade Média a Beethoven. Rio de Janeiro; Guanabara. 1986.
WISNIK. J. M. O som e o sentido: uma outra história das músicas: São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
WOLFF, Janet. A Produção Social da Arte, Rio de Janeiro: Zahar, 1981.
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO ENSINO MÉDIO –
2008.
3.2 BIOLOGIA
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A biologia estuda a VIDA em suas manifestações. Definir VIDA é tão
impossível quanto alcançar seu infinito, tamanha complexidade de aspectos que
esse fenômeno compreende. Para explorá-la é preciso estabelecer algum referencial
e, para tanto limitar a gama de aspectos a ser explorado. Sob o ponto de vista
biológico, VIDA é um sistema organizado e integrado, capaz de auto reprodução,
que responde a estímulos do ambiente e que integre com esse ambiente, através de
um ciclo de matéria e de um fluxo de energia. Se pensarmos nas diversidades
desses sistemas não nos escapará questões sobre a origem da VIDA, como e quais
condições teriam permitido o desenvolvimento da VIDA na terra; sobre a maneira
pela qual diversificou e vem se diversificando.
O conhecimento científico compõe uma das mais notáveis realizações da
humanidade por permitir a um só tempo uma visão de mundo abrangente e uma
nova interação com o planeta, com uma dinâmica de manipulação e transformação
sem precedentes.
Objetivos:
− descrever processos e características do ambiente ou dos seres vivos,
observado em microscópio ou a olho nu;
− perceber e utilizar os códigos intrínsecos da Biologia;
− apresentar suposições e hipóteses acerca dos fenômenos biológicos em
estudo;
− apresentar, de forma organizada o conhecimento biológico apreendido,
através de textos, desenhos, esquema, gráficos, tabelas, maquetes, etc.
− Conhecer diferentes formas de obter informações (observação,
experimento, leitura de texto e imagem, entrevista), selecionando aquelas
pertinentes ao tema biológico em estudo;
− Expressar dúvidas, ideias e conclusões acerca de fenômenos biológicos;
− Relacionar fenômenos, fatos processos e ideias em Biologia, elaborando
conceitos, identificando regularidades e diferenças, construindo generalizações;
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− Utilizar critérios científicos para realizar classificações de animais,
vegetais, etc;
− Relacionar os diversos conteúdos conceituais de biologia (lógica interna)
na compreensão de fenômenos;
− Estabelecer relações entre parte e todo de um fenômeno ou processo
biológico;
− Selecionar e utilizar metodologias científicas adequadas para a resolução
de problemas, fazendo uso, quando for o caso , de tratamento estatístico na análise
de dados coletados;
− Formular questões, diagnósticos e propor soluções para problemas
apresentados, utilizando elementos da Biologia;
− Utilizar noções e conceitos da Biologia em novas situações de
aprendizado (existencial ou escolar);
− Relacionar o conhecimento das diversas disciplinas para o entendimento
de fatos ou processos biológicos (lógica externa).
Conteúdos:
Conteúdos Estruturantes:
- Organização dos seres vivos;
- Mecanismos Biológicos;
- Biodiversidade;
- manipulação genética;
Conteúdos Básicos:
- Classificação dos seres vivos; critérios taxonômicos e filogenéticos;
- Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia;
- Mecanismos do desenvolvimento embriológico;
- Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos;
- Teorias Evolutivas;
- Transmissão das características hereditárias;
- Dinâmicas dos ecossistemas: relação entre os seres vivos e
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interdependência com o ambiente;
- Organismos geneticamente modificados;
Metodologia
A disciplina de Biologia terá os seguintes encaminhamentos metodológicos;
- Organização dos seres vivos: deve ser trabalhado dentro de uma
concepção metodológica que permita abordar a classificação dos seres vivos para
que os alunos conheçam e compreendam a diversidade biológica da VIDA.
- Mecanismos Biológicos: deve ser adotada a concepção metodológica, para
que compreendam os sistemas vivos como fruto da interação entre seus elementos
constituintes e da interação destes com os demais componentes do meio.
- Biodiversidade: deve ser adotada a concepção metodológica para que
permita abordar as contribuições de Lamarck e Darwin para superar as ideias
fixistas já superadas há muito pela ciência e supostamente pela sociedade. Procura-
se a aproximação das concepções científicas, procurando relacionar os conceitos da
genética, da evolução e da ecologia, como maneira de explicar a diversidade dos
seres vivos.
- Manipulação genética; deve ser adotada a concepção metodológica, para
que permita a analise sobre as implicações dos avanços biológicos e das técnicas
de manipulação do material genético para o desenvolvimento da sociedade.
Dentro da contextualização da Biologia, o aluno vivenciará situações
problema do cotidiano relacionadas ao ambiente e a integralização do ser humano
nesse contexto.
O professor usará metodologia científica adequada para resolução de
problemas e conhecerá diferentes formas de obter informações de ciência, e como
estratégias de ensino usará aula dialogada, a leitura de textos, imagens e
entrevistas, a escrita, a atividade experimental, o estudo do meio, os jogos didáticos.
Os conteúdos específicos a serem trabalhados devem estar relacionados
tanto aos conteúdos estruturantes, quanto aos conteúdos básicos da disciplina de
forma contextualizada, favorecendo a compreensão da diversidade biológica e
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cultural.
Saviani (1997) e Gasparin (2002) apontam a necessidade de adotar
estratégias pedagógicas baseadas no seguinte processo:
- prática social: é o ponto de partida, cujo objetivo é perceber e denotar, dar
significação às concepções alternativas do aluno a partir de uma visão sincrética,
desorganizada, de senso comum a respeito do conteúdo a ser trabalhado;
- problematização: é o momento para detectar e apontar as questões a
serem resolvidas na prática social e, por consequência, estabelecer que
conhecimentos são necessários para a resolução destas questões e as exigências
sociais de aplicação desse conhecimento;
- instrumentalização: consiste em apresentar os conteúdos
sistematizados para que os alunos assimilem e os transformem em instrumento de
construção pessoal e profissional. Os alunos devem se apropriar das ferramentas
culturais necessárias à luta social para superar a condição de exploração em que
vivem;
- catarse: fase de aproximação entre o conhecimento adquirido pelo aluno e
o problema em questão. A partir da apropriação dos instrumentos culturais,
transformados em elementos ativos de transformação social, o aluno passa a
entender e elaborar novas estruturas de conhecimento, ou seja, passa da ação para
a conscientização;
- retorno à prática social: caracteriza-se pela apropriação do saber concreto
e pensado para atuar e transformar as relações de produção que impedem a
construção de uma sociedade mais igualitária. A visão sincrética apresentada pelo
aluno no início do processo passa de um estágio de menor compreensão do
conhecimento científico a uma fase de maior clareza e compreensão, explicitada
numa visão sintética.
Ainda, com relação à abordagem metodológica, é importante que o professor
de Biologia, ao elaborar seu plano de trabalho docente, garanta o previsto na Lei nº
10.639/03 que torna obrigatória a presença de conteúdos relacionados à história e
cultura afro-brasileira e africana. Igualmente deve ser resguardado o espaço para
abordagens da história e cultura dos povos indígenas, em concordância com a Lei nº
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11.645/08.
A abordagem pedagógica sobre a história e cultura afro-brasileira e africana,
bem como, sobre a cultura indígena, poderá ser desenvolvida por meio de análises
que envolvam a constituição genética da população brasileira. Os conteúdos
específicos a serem trabalhados devem estar relacionados tanto aos conteúdos
estruturantes quanto aos conteúdos básicos da disciplina de forma contextualizada,
favorecendo a compreensão da diversidade biológica e cultural.
Avaliação:
A avaliação é um processo, cujo objetivo é obter informações necessárias,
sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela intervir e reformular os
processos de ensino e aprendizagem. Pressupõe que o aluno deve tomar
conhecimento dos resultados de sua aprendizagem, para assim organizar as
mudanças necessárias.
Em Biologia, a avaliação da aprendizagem deve ser um instrumento que
forneça um feedback para favorecer o progresso dos alunos. Ela traz o
aparecimento de erros e dúvidas dos alunos, mas não considera como obstáculos e
sim importantes elementos para avaliar o processo desencadeado pelo professor
entre o conhecimento e o aluno.
As avaliações serão num processo contínuo e cumulativo, com
possibilidades de recuperação dos conteúdos.
Os instrumentos utilizados para avaliação serão: seminários, debates,
pesquisas bibliográficas e de campo, produção escrita, leituras, exposições,
relatórios orais e escritos de outras praticas e avaliação escrita.
REFERÊNCIAS
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda & MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução a Filosofia. São Paulo, Editora Moderna, 1986.
BRUNER, J.S. O processo da educação. São Paulo, Editora Nacional, 1978.
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Colégio Estadual São Judas Tadeu – Ensino Fundamental e MédioProposta Pedagógica Curricular Ensino Médio - 2010
CARVALHO, Humberto C. Fundamentos de Genética e Evolução. Livros Técnicos e Científicos Editora S. A., Belo Horizonte, Universidade Federal de Minas Gerais, 1982.
CUNHA, Reinaldo Montavão de Morais. Ensino de Biologia no 2º grau: da competência “Satisfatória” à nova competência. In: Educação & Sociedade: São Paulo, Cortez-CEDES, 30:134-153, agosto de 1988.
DEMO, Pedro. Introdução à metodologia da Ciência. São Paulo: Atlas S.A.,1985.
SAVIANE, Demerval. Escola e Democracia. São Paulo, Cortez, 1983.
WALLACE, Bruce. Biologia Social. Editora da Universidade de São Paulo, 1978.
CARVALHO, Anna Maria Pessoa de. Prática de Ensino – Os Estágios na Formação do Professor. São Paulo, Livraria Pioneira Editora, 1987.
BARNES, R. D. Zoologia dos Invertebrados. São Paulo, Roca, 1984.
BOLD, Harold C. O Reino Vegetal. Trad. Antonio Lamberti. São Paulo Edgard Blücher, 1972.189p.
CARREIRA, Messias. Entomologia para você. São Paulo. EDART, 1973, FONSECA, A. Biologia. 24ª ed. São Paulo, Ática, 1984.
GUYTON, Arthur C. Fisiologia Humana. São Paulo, interamericana, 1985.
HARTMAN, P. E. &SUSKIND, S. R. Ação Genética. São Paulo, Polígono, EDU SP, 1972.
JOLY, A. B. Introdução à Taxonomia Vegetal. São Paulo, Nacional, 1979.
DIRETRIZES CURRICULARES DE BIOLOGIA DO ENSINO MÉDIO – 2008.
3.3 EDUCAÇÃO FÍSICA
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Educação Física tem a função social de reconhecer o próprio corpo, adquirir
uma expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas
corporais. Tendo assim, a responsabilidade de organizar e sistematizar o
conhecimento sobre práticas corporais, o que possibilita a comunicação e o diálogo
com as diferentes culturas.
A Educação Física propõe o desenvolvimento do indivíduo em
transformação contínua através da vivência dos movimentos, tendo por objeto
próprio do estudo a cultura corporal. No entanto, este corpo não deve ser entendido
como mera manifestação cinestésica, mas como um humano em movimento. Neste
sentido, encontra-se condicionado de forma contraditória pelo momento histórico e
cultural da sociedade em que se insere, pois o homem estabelece uma relação com
a natureza através do trabalho, onde ele retira elementos necessários para sua
sobrevivência, transformando-a para atender suas necessidades básicas;
proporcionando ao aluno uma visão crítica do mundo e da sociedade na qual está
inserido.
Objetivos:
− Aprofundar-se no conhecimento do funcionamento do organismo de forma
a reconhecer e modificar as atividades corporais, valorizando-as como recurso para
melhoria de suas aptidões físicas;
− Conhecer as noções conceituais de esforço, intensidade e frequência,
elevando-se à condição de planejador de suas práticas corporais;
− Buscar informações para o seu aprofundamento teórico de forma a
construir e adaptar alguns sistemas de melhoria de suas aptidões físicas;
− Refletir sobre as informações específicas da cultura corporal, sendo capaz
de discerní-las e reinterpretá-las em bases científicas adotando uma postura
autônoma, na seleção de atividades e procedimentos para a manutenção ou
aquisição da saúde;
− Adotar uma postura ativa de praticante de atividades físicas, consciente
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da importância das mesmas na vida do cidadão;
− Conhecer e compreender as diferentes manifestações da cultura corporal,
reconhecendo e valorizando as diferenças de desempenho, linguagem e
expressividade;
− Participar de atividades em grandes e pequenos grupos potencializando e
canalizando as diferenças individuais para o benefício e conquista dosa objetivos por
todos;
− Perceber na convivência e práticas pacíficas, maneiras eficazes de
crescimento coletivo, dialogando, refletindo e adotando uma postura democrática
sobre os diferentes pontos de vista postos em debate;
− Atentar para o surgimento das múltiplas variações da atividade física
enquanto objeto de pesquisa, área de grande interesse social e mercado de trabalho
promissor;
− Participar de atividades em grandes e pequenos grupos, potencializando
e canalizando as diferenças individuais para o benefício e conquista dos objetivos
por todos;
− Demonstrar autonomia na elaboração de atividades corporais, assim
como capacidade para discutir e modificar suas regras, reunindo elementos
componentes de várias manifestações de movimento podendo estabelecer uma
melhor utilização dos conhecimentos adquiridos sobre a cultura para um
reaproveitamento do seu tempo disponível.
Conteúdos:
Ginástica:
− Alongamento e flexibilidade;
− Ginástica rítmica – Apresentação;
− Estruturação Espaço Temporal;
− Ginástica como preparação para todas as modalidades;
− Ginástica corretiva;
− Ginástica rítmica – apresentação;
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− Ginástica como prevenção e manutenção da saúde;
− Ginástica rítmica – apresentação;
− Ginástica de lazer.
Dança:
− Consciência Corporal-Auto Imagem;
− Reconhecimento da dança como produção histórica dos povos;
− Bio-dança;
− Dança de salão;
− A dança como manifestação corporal;
− Atividades rítmicas expressivas;
− Danças populares;
− Dança folclórica.
Esporte:
− Identificação das capacidades físicas;
− Relação com habilidades motoras;
− Futsal;
− Basquetebol;
− Voleibol;
− Handebol;
− Futebol;
− Atletismo;
− O jogo enquanto fator educacional.
Lutas:
- Taekwondo;
- Karatê;
- Capoeira;
- Jiu-jitsu;
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- Judô;
- Histórico, Filosofia e características das diferentes Artes Marciais;
- Lutas X Artes Marciais;
- Histórico, estilo de jogo/luta/dança, musicalização e ritmo, ginga, confecção
de instrumentos, movimentação e roda.
- Artes Marciais, histórico, técnicas, táticas/estratégias;
- Apropriação da luta pela Indústria Cultural.
Jogo:
− O jogo como fator educacional;
− O jogo como recreação e lazer.
1ª série:
− Manifestações ginásticas;
− Alongamento e flexibilidade;
− Ginástica rítmica – Apresentação;
− Estruturação Espaço Temporal;
− Ginástica como preparação para todas as modalidades;
− Manifestações estético-corporais na dança e no teatro;
− Consciência Corporal-Auto Imagem;
− Reconhecimento da dança como produção histórica dos povos;
− Biodança;
− Dança de salão;
− Manifestações esportivas;
− Identificação das capacidades físicas;
− Relação com habilidades motoras;
− Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história;
− Futsal;
− Basquetebol;
− Voleibol;
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− Handebol;
− Atletismo;
− Jogos, brincadeiras e brinquedos;
− O jogo como fator educacional;
− O jogo como recreação e lazer;
− Futebol;
− Capoeira – jogo, luta ou dança?
2ª série:
− Manifestações ginásticas;
− Ginástica corretiva;
− Ginástica rítmica – apresentação;
− Ginástica como prevenção e manutenção da saúde;
− Manifestações estético-corporais na dança e no teatro;
− A dança como manifestação corporal;
− Atividades rítmicas expressivas;
− Biodança;
− Danças populares;
− Manifestações esportivas;
− Jogo enquanto fator educacional;
− Futsal;
− Basquetebol;
− Voleibol;
− Handebol;
− Atletismo;
− Jogos, brincadeiras e brinquedos;
− O jogo como fator educacional;
− O jogo como recreação e lazer;
− Brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados, rodas e
cirandas;
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− Capoeira – Jogo, luta ou dança?
3ª série:
− Manifestações ginásticas;
− Ginástica de manutenção e conservação da saúde;
− Ginástica rítmica – apresentação;
− Ginástica de lazer;
− Dança folclórica;
− Biodança;
− Auto gestão e organização de torneios – arbitragem;
− Futsal;
− Basquetebol;
− Voleibol;
− Handebol;
− Atletismo;
− Capoeira – Jogo luta ou dança?
Metodologia:
De acordo com os conteúdos essenciais propostos os conceitos CORPO
MOVIMENTO/ESPAÇO – TEMPO/RITMO/GRUPO, OBJETO, LUDICIDADE, são
atendidos como elementos concretos capazes de favorecer o desenvolvimento das
relações integradoras entre o sujeito e o meio. Estes conceitos deverão estar
presentes em todos os momentos da ação pedagógica.
É na relação SENTIR/PENSAR/AGIR/REFLETIR que acontece a
organização da consciência, que asseguram mudanças constantes, reveladoras de
contradições e conflitos.
Considerar importante o conhecimento do processo de desenvolvimento
motor, para que sejam sugeridas atividades que permitam a verdadeira tomada de
consciência do corpo pelo movimento.
As atividades como: jogo, dança, ginástica, esporte e lutas, como meios
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culturais, devem ser trabalhadas como produções históricas dos povos, inseridas
num contexto que lhes confira significado, servindo assim para desenvolver a cultura
do movimento.
Possibilitar o conhecimento das constantes mudanças das regras dos jogos,
favorecendo a criação de novos jogos de acordo com a realidade do aluno
despertando a sua consciência crítica.
As atividades físicas devem ser de quantidade e intensidade que permitam
um nível de desempenho compatível com as possibilidades do aluno, considerando-
se que a aquisição do hábito da prática das atividades só é alcançada quando estas
forem praticadas por gosto e prazer.
Práticas pedagógicas como cantigas de roda como forma de aquecimento e
alongamento, jogos mistos entre meninos e meninas para interação social,
fundamentos das moralidades a serem trabalhadas, parte teórica e prática.
O professor deve estar disponível, servindo de mediador entre a cultura do
aluno e a cultura elaborada.
Considerar as experiências de aprendizagem que permitam ao aluno
progredir no seu próprio ritmo, tendo em vista seus diferentes níveis de habilidades e
capacidades físicas.
O encaminhamento metodológico de uma proposta é a prática do discurso, é
a práxis que pretendemos, ou seja, o homem transformando consciente e
livremente, tanto a si como ao mundo que o rodeia.
Recursos Didáticos e tecnológicos a serem utilizados em aula serão: TV em
sala de aula, pendrive, retroprojetor, bolas dos demais esportes, rede de voleibol,
mesa e raquetes de tênis de mesa e balança digital.
Avaliação:
Entendendo a avaliação como sendo um processo contínuo, participativo,
descentralizado e fomentador da compreensão do ser humano em sua totalidade,
podemos dizer que ela representa o instrumento de reflexão, de diagnose, de
realimentação e de ponto de partida para uma ação voltada para o homem concreto.
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A avaliação deve estar em sintonia direta com os princípios, conteúdos e
objetivos, que expressam por sua vez, uma concepção de Educação Física numa
perspectiva histórico - crítica, visando fornecer ao corpo docente da escola,
informações que permitam compreender melhor cada aluno e entendê-lo nas suas
relações.
Durante os momentos de intervenção pedagógica, o professor utilizar-se-á
de vários instrumentos avaliativos, como: dinâmicas em grupo, seminários, debates,
júri-simulado, (re)criação de jogos, pesquisa em grupos, inventário do processo
pedagógico, entre outros, em que os estudantes possam expressar suas opiniões
aos demais colegas.
Os processos avaliativos incluem aspectos informais e formais,
concretizados em observação sistemática/assistemática e anotações sobre o
interesse, participação e capacidade de cooperação do aluno, auto avaliação,
trabalhos e provas escritas, testes para avaliação qualitativa e quantitativa de
habilidades e capacidades físicas, resolução de situações problemas propostas pelo
professor, elaboração e apresentação de coreografias de dança, exercícios
ginásticos, táticas de esportes coletivos, etc. Os instrumentos e exigências da
avaliação deverão estar em sintonia com o nível de desenvolvimento dos alunos e o
conteúdo efetivamente ministrado. A avaliação incluirá, ao longo do ano, várias
dessas estratégias, fazendo a recuperação paralela sempre que necessário.
REFERÊNCIAS
BERGE I. Viver o seu corpo por uma Pedagogia do Movimento. 3 ed. São Paulo. Martins Fontes 1986.
BRACHT, V. Educação Física. A Busca da Autonomia Pedagógica. In Revista da Fundação de Esporte e Turismo 1989.
A criança que joga respeita as regras do jogo capitalista. In CBCE Nº 2 1985.
BRUHMS H. Conversando sobre o corpo. Campinas: Papirus, 1985.
CASTELLANI FILHO, L. Diretrizes Gerais para o Ensino de 2º grau. Núcleo
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Colégio Estadual São Judas Tadeu – Ensino Fundamental e MédioProposta Pedagógica Curricular Ensino Médio - 2010
Comum Ed. Física Projeto SESG/MEC PUC-SP mimeo.
EDUCAÇÃO FÍSICA - Reprodução ou Transformação In Currículo Básico. 1988.
FERREIRA V.L.C. Prática da Educação Física no 1º grau Modelo de Reprodução ou Perspectiva de Transformação. São Paulo. IBASA, 1982
FARIA JR. A. G. Prática de Ensino em Educação Física. Rio de Janeiro. Interamericana, 1982
FREIRE J. B. Educação de Corpo Inteiro São Paulo: Scipione, 1989.
FREIRE R. A. A alma é o corpo. VI. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1985.
GAELZER L. Lazer Recreação e Trabalho. 2 ed. UFRGS, 1985.
GEBARA A. et. Al. Passos S. (Organização). Educação Física e Esporte na Universidade. Brasília, 1988.
GHIRADELLI JR. P Educação Física Progressista. São Paulo: Loyola, 1988.
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA – EDUCAÇÃO FÍSICA –
2008.
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3.4 FILOSOFIA
O mundo leva o homem a formular questões sobre a origem e a razão do
universo e a buscar o sentido da própria existência. Todos os aspectos da cultura
humana podem ser éticos, estéticos, políticos e epistemológicos, sendo objeto de
reflexão.
O Ensino Médio tem a finalidade de oferecer aos educadores possibilidade
de compreensão das complexibilidades do mundo contemporâneo dentro de uma
formação pluridimensional da realidade, garantido um pensamento racional e crítico.
A Filosofia convida constantemente nossos estudantes a indagações e a
reflexão filosófica, ou seja, ao pensamento.
É através da abordagem aos conteúdos clássicos e a articulação com a
realidade atual que conseguiremos um ensino de Filosofia capaz de provocar
estranhamentos, questionamento, problematização, análise, reflexão e crítica.
O mundo leva o homem a formular questões sobre a origem e a razão do
universo e a buscar o sentido da própria existência. Todos os aspectos da cultura
humana podem ser objetos de reflexão. A questão central de cada corrente filosófica
esta inserida na estrutura econômica, social e política de determinado contexto
histórico.
Com o avanço da ciência e da tecnologia, e o maior domínio do homem
sobre a natureza, busca-se uma análise dos conceitos e das suas relações
históricas.
O ensino de Filosofia é, acima de tudo, um grande desafio.
Objetivos:
− Reconhecer a filosofia como ciência do conhecimento;
− Conhecer o contexto histórico e político do surgimento da Filosofia
(passagem do pensamento mítico ao racional);
− Aprender a considerar as elaborações do conhecimento como histórico e
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temporais;
− Compreender a ética como estudo dos fundamentos da ação humana;
− Entender questões fundamentais da filosofia política;
− Perceber a estética como a dimensão do sensível;
− Entender questões fundamentais da filosofia política;
− Entender que a ciência e a tecnologia são frutos da cultura do nosso
tempo e a importância da filosofia.
Conteúdos:
1ª série:
Conteúdos Estruturantes:
− Mito e filosofia.
Conteúdos Básicos:
− O deserto do real;
− Ironia Maiêutica;
Conteúdos Estruturantes:
− Teoria do Conhecimento.
Conteúdos Básicos:
− O problema do conhecimento;
− Filosofia e método;
− Perspectivas do conhecimento.
2ª série:
Conteúdos Estruturantes:
− Ética.
Conteúdos Básicos:
− A virtude em Aristóteles e Senica;
− Amizade, liberdade, liberdade em Sartre;
Conteúdos Estruturantes:
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− Filosofia e política:
Conteúdos Básicos:
− Busca da essência do político;
− Política em Maquiavel;
− Política e violência;
− A Democracia em questão.
3ª série:
Conteúdos Estruturantes:
− Filosofia da Ciência;
Conteúdos Básicos:
− Progresso da Ciência;
− Pensar a Ciência e Bioética.
Conteúdos Estruturantes:
− Estética;
Conteúdos básicos:
− Pensar a Beleza;
− A universalidade do gosto;
− Necessidade ou fim da arte;
− O cinema e uma nova percepção.
Metodologia
A base da filosofia é filosofar, é desenvolver nos estudantes um estímulo
próprio de pensamento que priorize a capacidade de conceitos. A filosofia é um
momento para criação de conceitos, indissociáveis que dá vida às aulas de filosofia.
O ensino de filosofia se dá a partir de seis conteúdos estruturantes, temas
clássicos, que podem ser aproveitados para responder os problemas da vida atual.
Os conteúdos estruturantes devem estar relacionados aos problemas a serem
trabalhados com os alunos.
O professor será o mediador da problematização, ou seja, deve ajudar os
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alunos a criarem problemas e buscar soluções.
Através do diálogo entre os temas clássicos, as outras ciências e os
problemas contemporâneos, o aluno é capaz de compreender a sua realidade,
construindo se próprio discurso filosófico.
O professor como mediador, organiza a aula, propondo questionamentos,
leitura filosófica e análise de textos, organiza debates, propõe pesquisas,
sistematizações e elaboração de conceitos. O ensino aprendizagem em Filosofia se
concretiza na experiência.
Avaliação:
A avaliação deve ser diagnóstica e contínua, subsidiando e redirecionando o
curso do processo de ensino-aprendizagem, devendo estar inserida no contexto da
própria aula de Filosofia.
O professor deve ter profundo respeito pela pessoa e pelas posições dos
estudantes, mesmo não concordando com eles, o que é necessário é perceber a
capacidade de argumentar e identificar os limites da própria posição.
O que deve ser avaliado é percebido só quais os conceitos que foram
elaborados, que preconceitos foram quebrados, qual o discurso que se tinha e qual o
discurso que se tem após o estudo. A avaliação tem início na sensibilização do
conhecimento, o que se tem após o estudo. A avaliação tem início na sensibilização
do conhecimento, o que o aluno pensa antes (preconceito) e o que pensa após o
processo de criação dos conceitos que ocorrem no interior da própria aula de
Filosofia.
REFERÊNCIAS
CORBISIER, R. Introdução à Filosofia. São Paulo: Loyola, 2001.
GALLO, S.; KOHAN, W. O (orgs). Filosofia no Ensino Médio. Petrópolis: Vozes, 2000.
REALE, G; ANTISERI, D. História da Filosofia: Patrística e Escolástica. São Paulo: Paulus,2003.
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RUSSEL, B. Os problemas da Filosofia. Coimbra: Almeidina, 2001.
DIRETRIZES CURRICULARES DE FILOSOFIA DO ENSINO MÉDIO - 2008.3.5 FÍSICA
A Física, incorporada em nossa cultura e no aparato social e tecnológico de
nossos dias, torna-se ao mesmo tempo um instrumento necessário para a
compreensão desse mundo em que vivemos e para a atuação naquele que
antevemos, sendo seu conhecimento indispensável à constituição da cidadania
contemporânea. Sendo tão amplos e variados os conhecimentos desta ciência, é
preciso saber quais conteúdos ensinar para esses novos tempos, para possibilitar
uma melhor compreensão do mundo e uma formação para a cidadania mais
adequada. Não existe uma resposta única e definitiva para essa questão, nem
existem receitas prontas para o sucesso. Ao contrário, estas questões colocam um
novo problema a ser discutido e enfrentado pelos educadores de cada escola, de
cada realidade social. A questão central que deve ser levada em conta é que
vivemos um mundo em contínua transformação. Por isso, trata-se menos de alterar
a lista de conteúdos, mas, sobretudo, de atribuir ao ensino da Física novas
dimensões.
A aplicação da Física no Ensino Médio deve assegurar que a competência
investigativa resgate o espírito questionador, o desejo de conhecer o mundo em que
se habita.
Objetivos:
− Compreender enunciados que envolvam códigos e símbolos físicos.
− Compreender manuais de instalação e utilização de aparelhos;
− Utilizar e compreender tabelas, gráficos e relações matemáticas gráficas
para a expressão do saber físico. Ser capaz de diferenciar e traduzir as linguagens
matemática e discursiva;
− Expressar-se corretamente utilizando a linguagem física adequada e
elementos de sua representação simbólica. Apresentar de forma clara e objetiva o
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conhecimento apreendido através de tal linguagem;
− Conhecer fontes de informações e formas de obter informações
relevantes, sabendo interpretar notícias científicas;
− Elaborar sínteses ou esquemas estruturados dos temas físicos
trabalhados;
− Desenvolver a capacidade de investigação física, classificar, organizar
sistematizar, identificar regularidades, observar e estimar ordens de grandeza;
− Compreender o conceito de medir, fazer hipóteses e testar;
− Conhecer e utilizar conceitos físicos, relacionar grandezas, quantificar,
identificar parâmetros relevantes, compreender e utilizar leis e teorias físicas;
− Compreender a física presente no mundo vivencial e nos equipamentos e
procedimentos tecnológicos;
− Descobrir o “como funciona” de aparelhos;
− Investigar situações problema, identificar a situação física, utilizar modelos
físicos, generalizar de uma a outra situação, prever, avaliar e analisar previsões;
− Articular o conhecimento físico com conhecimentos de outras áreas do
saber científico;
− Estabelecer relações entre o conhecimento físico e outras formas de
expressão da cultura humana;
− Reconhecer o papel da física no sistema produtivo, compreendendo a
evolução dos meios tecnológicos e sua relação dinâmica com a evolução do
conhecimento científico;
− Dimensionar a capacidade crescente do homem propiciada pela
tecnologia;
− Ser capaz de emitir juízos de valor em relação a situações sociais que
envolvam aspectos físicos e/ou tecnológicos relevantes.
Conteúdos:
1º ano:
Conteúdos Estruturantes:
- Movimento.
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Conteúdos Básicos:
− Movimento e inércia;
− Leis de Newton – equilíbrio, momento, equilíbrio dos sólidos e dos líqui-
dos;
− Trabalho e energia – máquinas simples;
− Gravitação universal;
− Momentum (conservação de quantidade de movimento);
− Impulso (variação de quantidade de movimento);
− 2ª e 3ª Leis de Newton é condições de equilíbrio;
− Energia e princípio da conservação da energia;
− Gravitação.
2º Ano:
Conteúdos Estruturantes:
- Termodinâmica e Movimento.
Conteúdos Básicos:
− Calor e energia – calor, temperatura, máquina térmica, lei da
termodinâmica;
− Fontes de energia e seus impactos;
− Natureza, quantidade de luz e suas interações com os objetos – cores,
células fotoelétricas;
− Aparelhos tecnológicos – instrumental óptica em geral;
− Ondas (propriedades e intempéries);
− Leis da termodinâmica (Ceizero: 1ª lei, 2ª lei);
− Ondulatória (elementos e classificação, acústica, conceitos qualitativos de
som);
− Hidrostática.
3º Ano:
Conteúdos Estruturantes:
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− Eletromagnetismo e Ótica.
Conteúdos Básicos:
− Corrente elétrica;
− Dispositivos elétricos-sistemas resistidos e motores;
− Integrar fenômenos elétricos, magnéticos, mecânicos e outros;
− Elementos de eletrônica utilizados nas telecomunicações e na informática;
− Origem e evolução do Universo;
− Transformações da matéria;
− Radioatividade, uso das radiações;
− Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas;
− Força eletromagnética;
− Equações da Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática, Lei de Coulomb,
Lei de Ampére, Lei de Gauss Magnética, Lei de Faraday;
− A natureza da luz suas propriedades;
− Física moderna (relatividade restrita, efeito fotoelétrico e laser).
Os Conteúdos Educacionais Contemporâneos serão contemplados
juntamente com o conteúdo desta disciplina.
Metodologia:
Através da pesquisa-ação atingir-se-á os objetivos do currículo, acreditando
que “a pesquisa-ação educacional é um tipo de pesquisa que pode dar conta dos
problemas práticos vividos pelo professor.” (MION, 1996). Utilizaremos também a
espiral auto-reflexiva Lewiniana, que se trata de ciclos (planejamento-ação-
observação-reflexão) que orientarão os trabalhos prática reflexiva.
O conteúdo deverá ser sempre contextualizado numa dimensão histórica e
social como um produto da cultura humana bem como estar relacionado com as
outras áreas do conhecimento.
Durante as aulas os procedimentos metodológicos serão:
1. problematização;
2. sistematização do conhecimento;
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3. experimentação;
4. leituras científicas;
5. tecnologias;
6. informática – uso da Internet.
Avaliação:
Seguindo os conceitos de LUCKESI, a avaliação é um processo complexo e
contínuo, não sendo com verificações bimestrais que o educador poderá avaliar os
educandos.
A avaliação acontecerá nos processos contínuos da evolução das
competências e habilidades que serão desenvolvidas nos educandos no decorrer do
curso. Competências serão propostas continuamente para que os educandos
desenvolvam as habilidades de cada item. Verificações e seminários mensais serão
realizados. Atividades teórico-experimentais serão desenvolvidas e estas farão parte
da contínua avaliação. Listas de trabalhos (exercícios e pesquisas).
Se todo processo será sempre em busca do caráter prático-transformador e
teórico-universalista da física, desta forma o processo de avaliação também o será.
REFERÊNCIAS
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SEARS-ZEMANSKY-YOUNG Física vol. 1, 2, 3, e quatro Livros Técnicos Científicos Ed.s.a., 2ª edição, Rio de Janeiro e São Paulo.
TIPLER, Paulo A. Tradução de Horácio Macedo da UFRJ Física vol. 1A, 1b, 2a, 2b, 2ª ed Editora Guanabara Dois S.A.
ALVARZ, Beatriz Alvarenga/Ribeiro da Luz, Antonio Máximo. Cursos de Física Vol.1, 2, e 3. Harper & Row do Brasil. São Paulo.
CHIQUETO, Marcos José PARADA, Antonio Augusto. Física Vol.1,2 e 3 Scipione autores editores Ltda, São Paulo.
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Colégio Estadual São Judas Tadeu – Ensino Fundamental e MédioProposta Pedagógica Curricular Ensino Médio - 2010
LUCHESI, C.C. O que é mesmo o ato de avaliar a aprendizagem? In :http//wwwartemed.com.br-acesso 2009.
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PACHECO, Délcio. Tarefa de Escola. Papirus Livraria e Editora Campinas SPOsada Junlichi. Evolução das ideias da Física. Editora da Universidade de São Paulo.
HAMBURGER, Ernst W. O que é Física. Editora Brasiliense, 2ª edição.
RENAN, Colin A. História Ilustrada da Ciência vol. 1, 2,3 e 4 Jorge Zahar Editor Rio de Janeiro.
BERNAL, J.D. Ciência na História vol.1, 2, 3, 4, 5, 6, e 7 Livros Horizonte Ltda. Col. Movimentos.
BOAS, Newton Villas DOCA, Ricardo H. BIOMOLA, Gualter José. Tópicos de Física, vol. 1, 2,3 Ed. Saraiva.
RAMALHO/IVAN/NICOLAU/TOLEDO. Os fundamentos da Física. Vol. 1,2 e 3 Ed. Moderna Ltda.
DIRETRIZES CURRICULARES DE FÍSICA DO ENSINO MÉDIO - 2008.
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3.6 GEOGRAFIA
O ensino de Geografia começa pela compreensão do seu objeto de estudo.
Muitos foram os objetos da Geografia antes de se ter algum consenso, sempre
relativo, em torno da ideia de que o espaço geográfico é o foco da análise.
Entretanto, a expressão espaço geográfico,bem como os conceitos básicos da
Geografia – lugar, paisagem, região, território, natureza, sociedade – não se auto
explicam. Ao contrário, são termos que exigem esclarecimentos, pois, a depender do
fundamento teórico a que se vinculam, refletem posições filosóficas e políticas
distintas.
Na geografia hoje se estuda a transformação do espaço pela ação social. As
mudanças no meio se tornam cada vez mais profundas, daí a importância de
compreendermos o espaço geográfico e para isso temos que analisá-lo com
profundidade estabelecendo a articulação com os conhecimentos de outras
“disciplinas”.
O objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, entendido como o
espaço produzido e apropriado pela sociedade (LEBEBVRE, 1974), composto pela
inter-relação entre sistemas de objetos – naturais, culturais e técnicos – e sistemas
de ações – relações sociais, culturais, políticas e econômicas (SANTOS, 1996).
As bases críticas da Geografia, adotadas nas Diretrizes, entendem a
sociedade em seus aspectos sociais, econômicos, culturais e políticos e nas
relações que ela estabelece com a natureza para produção do espaço geográfico,
bem como no estudo de sua distribuição espacial.
As desigualdades, conflitos e contradições, própria da sociedade capitalista,
se materializam na paisagem e podem ser reveladas sob uma análise crítica dos
espaços ocupados pelos diferentes segmentos sociais, culturais, étnicos que
compõem a sociedade.
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A escola é um dos principais locais para a produção e re-elaboração do
conhecimento e na atualidade contamos com inúmeras ferramentas (dados
estatísticos, imagens de satélites, fotos aéreas, geo - processamento, sistemas de
informações geográficas, etc.) e necessitam, ser melhor conhecidas para que o
cidadão esteja cada vez mais consciente da preservação e evolução da vida.
Analisar com os alunos e descobrir a gênese das transformações que vem
ocorrendo no mundo, faz com que a Geografia passe a auxiliá-los a desvendar o seu
espaço, a conhecer os agentes modificadores responsáveis por sua construção
compreendendo a sua responsabilidade, enquanto cidadãos, pela conquista de uma
sociedade justa e um meio ambiente que propicie mais qualidade de vida às futuras
gerações.
"Estudar Geografia é uma forma de compreender o mundo que vivemos. Por
meio desse estudo, podemos entender melhor o local em que moramos — seja uma
cidade, seja uma área rural — e o nosso país, assim como os demais países. O
campo de preocupação da Geografia é o espaço da sociedade humana, em que
homens e mulheres vivem e, ao mesmo tempo, produzem modificações que o
(re)constroem permanentemente. Indústrias, cidades, agricultura, rios, solos, climas,
populações: todos esses elementos — além de outros — constituem o espaço
geográfico, isto é, o meio ou realidade material em que a humanidade vive e do qual
é parte integrante.
Para nos posicionarmos inteligentemente em relação a este mundo temos de
conhecê-lo bem. Para nele vivermos de forma consciente e crítica, devemos estudar
os seus fundamentos, desvendar os seus mecanismos.
Ser cidadão pleno em nossa época significa antes de tudo estar integrado
criticamente na sociedade, participando ativamente de suas transformações. Para
isso, devemos refletir sobre o nosso mundo, compreendendo-o do âmbito local até
os âmbitos nacional e planetário. E a Geografia é, um instrumento, indispensável
para empreendermos essa reflexão, que deve ser a base de nossa atuação no
mundo em que vivemos." (VISENTINI, José William)
O estudo da ciência geográfica deve se adequar ás transformações do mundo
atual, preocupado com a justiça social e com uma compreensão do espaço
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geográfico, que é o espaço social, produto da ação humana sobre a natureza.
A Geografia, em seu processo de desenvolvimento, veio consolidando
teoricamente sua posição como uma ciência que busca conhecer e explicar as
múltiplas dimensões envolvendo a sociedade e a natureza, o que pressupõe um
amplo conjunto de interfaces com outras áreas do conhecimento científico.
Compreender essa realidade espacial, natural e humana como uma totalidade
dinâmica é um dos objetivos da Geografia.
A Geografia é uma ciência comprometida em tornar o mundo compreensível,
explicável e passível de transformações pelas sociedades. O ensino da Geografia,
por conseguinte, deve levar os alunos a compreender melhor a realidade na qual
estão inseridos, possibilitando que nela interfiram de maneira consciente e
propositiva.
A formação do aluno cidadão, deve ser construída paulatinamente em todas
as etapas da escolarização e as disciplinas que compõem a área de Ciências
Humanas contribuem efetivamente para este objetivo.
Ao longo dos anos, devemos sempre estar atentos para o que os alunos já
sabem a respeito do mundo social. Eles trazem muitas reflexões construídas a partir
de observações, do convívio social e de informações veiculadas nos meios de
comunicação. Esses saberes devem ser reforçados, ampliados e até mesmo
reelaborados por meio de incentivo à pesquisa, estimulo à argumentação. Apoio à
criatividade. Intercâmbio de ideias, análise e interpretação de diversas fontes e
linguagens.
O estudo do espaço geográfico pressupõe a compreensão da dinâmica da
sociedade, que nele vive e o (re)produz constantemente, e da dinâmica da natureza,
fonte primeira de todo real e permanentemente apropriada e modificada pela ação
do homem.
Ao buscar compreender as relações econômicas, políticas, sociais e suas
práticas nas escalas: local, regional, nacional e global, a Geografia se concentra e
contribui, na realidade, para pensar o espaço enquanto uma totalidade na qual se
passam todas as relações cotidianas e se estabelecem as redes sociais nas
referidas escalas.
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É preciso transformar a antiga ideia, aceita e amplamente praticada nas salas
de aula, da Terra enquanto espaço absoluto, cartesiano, ou seja, “uma coisa em si
mesma, independente [...], constituindo um receptáculo que contém coisas”, para o
espaço relacional, entendendo que “um objeto somente pode existir na medida em
que ele contém e representa dentro de si relações com outros objetos”.
Surge, pois, o objeto dos nossos estudos: o espaço geográfico. Definido por
Milton Santos em sua vasta obra sobre o assunto, é o conjunto indissociável de
sistemas de objetos (redes técnicas, prédios, ruas) e de sistemas de ações
(organização do trabalho, produção, circulação, consumo de mercadorias, relações
familiares e cotidianas), que procura revelar as práticas sociais dos diferentes
grupos que nele produzem, lutam, sonham, vivem e fazem a vida caminhar.
Nunca o espaço do homem foi tão importante para o desenvolvimento da
história. Por isso, a Geografia é a ciência do presente, ou seja, é inspirada na
realidade contemporânea. O objetivo principal destes conhecimentos é contribuir
para o entendimento do mundo atual, da apropriação dos lugares realizada pelos
homens, pois é através da organização do espaço que eles dão sentido aos arranjos
econômicos e aos valores sociais e culturais construídos historicamente. Com esta
ideia, procura-se, conforme o Artigo 35, inciso III da LDB “o aprimoramento do
educando como pessoa humana incluindo a formação ética e o desenvolvimento da
autonomia intelectual e do pensamento crítico”.
O educando deve portanto, compreender a dinâmica da sociedade em que
vive e a dinâmica da natureza, fonte primeira de todo o real e permanentemente
modificada pela ação humana para servir seus propósitos. Por isso o estudo da
geografia não deve perder de vista a especificidade de cada aspecto do real,
relacionando e contextualizando os conteúdos estudados na escola e os fatos
vivenciados no cotidiano, sendo assim ,esse estudo deverá levar a um ensino crítico
com o objetivo principal de desenvolver as potencialidades do educando: sua
criticidade, sua capacidade de pesquisa, de buscar coisas novas, de aprender por
conta própria, como também a preocupação fundamental de oferecer subsídios ao
desenvolvimento da cidadania, fazendo com que o aluno procure compreender o
mundo em que se vive, desde a escola local até a global ou planetária.
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Colégio Estadual São Judas Tadeu – Ensino Fundamental e MédioProposta Pedagógica Curricular Ensino Médio - 2010
Sobre a teoria e o ensinos da Geografia, se destacam a relevância que a
disciplina tem na escola que é desenvolver o raciocínio geográfico e despertar uma
consciência espacial.
Em síntese, a geografia é, um instrumento para a formação do cidadão
através da interação com as outras ciências que, com suas especificidades, enfatiza
a compreensão da paisagem como palco das transformações ocorridas no planeta.
Objetivos:
- Distinguir as variadas representações sociais da realidade vivida;
- Realizar a leitura das construções humanas como um documento importante
que as sociedades em diferentes momentos imprimiram sobre uma base natural;
- Compreender a formação dos novos blocos e das novas relações de poder e
o enfraquecimento do estado - nação;
- Compreender as transformações no conceito de região que ocorrem por
meio da história e da geografia;
- Compreender a redefinição do conceito de lugar em função da ampliação da
geografia para além da economia;
- Compreender o significado do conceito de paisagem como síntese de
múltiplas determinações: da natureza, das relações sociais, da cultura, da economia
e da política;
- Conhecer o espaço geográfico por meio de várias escalas, transitando da
escala local para a mundial e vice-versa;
- Ser capaz de buscar o trabalho interdisciplinar e a formação de um
coletivo, para aprofundar a compreensão de uma realidade;
- Compreender a natureza e a sociedade como conceitos fundantes na
conceituação do espaço geográfico;
- Compreender as transformações que ocorrem nas relações de trabalho em
função da incorporação das novas tecnologias;
− Compreender as relações entre a preservação e a degradação da
natureza em função do desconhecimento de sua dinâmica e a integração de seus
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elementos biofísicos.
−
Conteúdos Básicos – Geografia
Ensino Médio
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos
Básicos
1º ano 2º ano 3º ano
Dimensão
econômica
do espaço
geográfico
1) A formação e
transformação das
paisagens.
2) A dinâmica da
natureza e sua
alteração pelo
emprego de
tecnologias de
exploração e
produção.
- Coordenadas
geográficas.
- Os movimentos
da terra e suas
consequências.
- Cartografia:
construindo e
vendo mapas.
- Tempo geológico
e as placas
tectônicas.
- A estrutura da
terra.
- As várias
fisionomias da
superfície terrestre.
- A formação e a
expansão do
território brasileiro.
- Caracterização do
espaço brasileiro.
- Brasil: estrutura
geológica e relevo.
- Ecossistema
brasileiro.
- O capitalismo e a
formação do espaço
geográfico.
- O socialismo.
- capitalismo x
socialismo: a guerra
fria.
- O mundo pós-guerra
e a internacionalização
capital.
Dimensão
política do
espaço
geográfico
3) A distribuição
espacial das
atividades produtivas,
a transformação da
paisagem, a re
(organização) do
espaço geográfico.
- Paraná - físico
político e humano.
- Atividade industrial
do Brasil.
- O capitalismo e a
formação do espaço
geográfico.
- O socialismo.
- Capitalismo x
socialismo: a guerra fria.
- Cultura indígena e afro-
descendente.4) A formação,
localização e
- A população da terra
e suas adversidades,
- A população
brasileira: formação
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Dimensão
cultural do
espaço
geográfico
exploração dos
recursos naturais.
5) A revolução
técnico-científica
informacional e os
novos arranjos no
espaço da produção.
cultura afro-
descendente;
- Atividade industrial
no mundo e suas
consequências.
étnica, crescimento,
distribuição e
movimentos, cultura
afro-descendente e
indígena.
Dimensão
sócia
ambiental do
espaço
geográfico
6) O espaço rural e a
modernização da
agricultura.
7) O espaço em rede:
produção, transporte
e comunicação na
atual configuração
territorial.
- em busca do
desenvolvimento
sustentável.
- desafios
educacionais
contemporâneos.
- ecossistema
brasileiro.
- atividade industrial
do Brasil.
- Impactos ambientais
em ecossistemas
brasileiros.
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos Específicos Conteúdos
Básicos
1º ano 2º ano 3º ano
Dimensão
econômica do
espaço
geográfico
8) A circulação de
mão - de - obra, do
capital, das
mercadorias e das
informações.
9) Formação,
mobilidade das
fronteiras e a
reconfiguração dos
territórios.
- A atmosfera.
- Os grandes biomas
terrestres.
- A hidrosfera.
- A atividade industrial
no mundo e suas
consequências.
- A destruição da
natureza.
- Atividades humanas
e impactos ambientais.
- Hidrografia brasileira.
- A organização
político administrativa
do Brasil e as divisões
regionais.
- Brasil: de agro
exportador a país
industrializado
subdesenvolvido.
- Atividade industrial
do Brasil.
- O subdesenvolvimento:
América Latina, África e
Ásia.
- O comércio mundial.
- Blocos econômicos.
- Oriente Médio.
- China um país: dois
sistemas.
Dimensão
política do
espaço
geográfico
10) As relações entre
o campo e a cidade
na sociedade
capitalista.
11) A formação e o
crescimento das
cidades, a dinâmica
dos espaços urbanos
e a urbanização
recente.
- A atividade industrial
no mundo e suas
consequências.
- A organização
político administrativa
do Brasil e as divisões
regionais
- Brasil: de agro
exportador a país
industrializado
Subdesenvolvido
- Recursos Minerais e
energéticos do Brasil.
- Blocos econômicos.
- Novos países
industrializados.
- Paraná, físico-político e
humano.
- O comércio mundial.
- China um país: dois
sistemas.
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Dimensão
cultural do
espaço
geográfico
12) A transformação
demográfica, a
distribuição espacial
e os indicadores
estatísticos da
população.
13) Os movimentos
migratórios e suas
motivações.
- A atividade industrial
no mundo e suas
consequências
- Cultura Afro-
descendente e
indígena.
- Cultura afro-
descendente
-e indígena
Dimensão
sócia
ambiental do
espaço
geográfico
15) As manifestações
sócias espaciais da
diversidade cultural.
16) O comércio e as
implicações sócio
espaciais.
17) A nova ordem
mundial, os territórios
supranacionais e o
papel do Estado.
- Os grandes biomas
terrestres.
- Hidrosfera.
- A atividade industrial
no mundo e suas
consequências.
- A hidrografia
Brasileira.
- Recursos Minerais e
energéticos do Brasil.
Metodologia:
O estudo dos conceitos fundamentos da geografia, paisagem lugar, região,
território, natureza e sociedade deverão ser apresentados dentro de uma perspectiva
crítica, com diferentes óticas para serem problematizadas e analisadas.
Os instrumentos de leitura cartográfica e gráfica, como a compreensão de
signos, legenda, escala e orientação, são de suma importância para o entendimento
do espaço geográfico.
As relações sociedade e natureza, relações espaço – temporal são
fundamentais para a compreensão dos conteúdos.
A realidade local e paranaense deverá ser considerada sempre que
possível.
A cultura afro-brasileira e indígena deverá ser considerada no
desenvolvimento do conteúdo.
Os diferentes olhares sobre o lugar, através de variadas linguagens, fazem
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parte da compreensão do espaço geográfico no qual o estudante e seu grupo social
está inserido. Para compreender e atuar sobre esse espaço produzido através, das
diferentes temporalidades, é preciso observar as penalidades visíveis na paisagem e
as invisíveis que estão presentes muitas vezes apenas nas representações sociais
ou até no imaginário das pessoas e dos grupos sociais. O espaço geográfico pode
ser estudado sob diferentes óticas seja a clássica vidaliana, passando pela
Geografia que utiliza a análise sistêmica; pela Geografia que utiliza princípios
marxistas, considerando o método dialético, como as atuais correntes da percepção,
do comportamento ou do imaginário. A diversidade de enfoques é uma constante no
estudo da paisagem, da natureza, do território e da sociedade, tanto isso é real na
universidade como na escola fundamental e média. Essas óticas diferenciadas
precisam ser problematizadas e analisadas. A metodologia do ensino de Geografia
será realizada através de aulas expositivas com diálogo entre professor e aluno,
interrogatório, estudo dirigido, elaboração de poesias, paródias, dramatizações, uso
da cartografia, vídeos, TV pendrive, pesquisa bibliográfica e de campo, entrevistas,
interpretação de texto de jornais, revistas, literários, gráficos, músicas e outros.
Avaliação:
Dentro do processo de avaliação a ser proposto para a disciplina de
Geografia, deve necessariamente estar inserido o objeto de estudo a que se propõe,
através dos conteúdos de tal disciplina.
A avaliação como forma, ou seja, dentro do contexto histórico escolar, não
pode e nunca poderá, servir de mecanismo de impedimento, mas sim, mesmo em
sua complexidade filosófica e aplicativa, como forma de verificação, de observação
mesmo que momentânea da compreensão por parte do estudante dos diversos
conhecimentos adquiridos, tanto dentro como fora da escola.
Desta forma propomos uma avaliação contínua, formativa e cumulativa, em
seus diversos aspectos, tanto dentro do ambiente “sala de aula”, como fora dele.
Os instrumentos de avaliação serão através de atividades escritas, orais,
seminários, debates, relatórios e pesquisa bibliográfica e demais atividades
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correlatas à disciplina.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Manoel Correa de. Imperialismo e fragmentação do espaço. São Paulo: Universidade de São Paulo, 1988.
BRAZ, Fábio César. História do Paraná: das Origens à Atualidade. Arapongas: El Shaddai, 2000.
COELHO, Marcos de Amorim. Geografia geral. São Paulo: Moderna, 1995.
DORST, Jean. Antes que a Natureza Morra. São Paulo: Edgard Blücher, 1973.
MAGNÓLI, Demétrio; ARAÚJO, Regina. A nova Geografia Estudos de Geografia do Brasil. São Paulo: Moderna, 1992.
MAGNOLLI, Demétrio; ARAÚJO, Regina Geografia Paisagem e Território. São Paulo,. Moderna, 1997
PEREIRA, Demétrio; SANTOS, Douglas; CARVALHO, Marcos. Geografia ciência do espaço mundial. São Paulo, 1995.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica, temporização e emoção. São Paulo: huciter, 1996.
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único e consciência universal. Rio de janeiro: Record, 2001.
SCARLATE, Francisco Capuano; FURLAN, Sueli Angelo. São Paulo: Nacional, 1995.VÁRIOS, autores. Geografia. São Paulo: Universidade de são Paulo. 1995.
VESENTINI, William, VLACH, Vânia, Geografia Crítica 1 ed. São Paulo: Ática, 2002.
DIRETRIZES CURRICULARES DE GEOGRAFIA DO ENSINO MÉDIO - 2008.
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3.7 HISTÓRIA
O ensino de História pode ser analisado sob duas perspectivas: uma que o
compreende a serviço dos interesses do Estado ou do poder institucional; e outra
que privilegia as contradições entre a História apresentada nos currículos e nos
livros didáticos e a história ensinada na cultura escolar.
Nas Diretrizes Curriculares propõem-se analisar o ensino de História,
principalmente no período da década de 1970 até os dias atuais, buscando elencar
os aspectos positivos, as mudanças na disciplina, a influência do governo e bem
como ela vem sendo estrutura nos dias de hoje. Através da análise da disciplina é
que foi possível uma melhor organização curricular, baseando-se nos conteúdos
estruturantes, que aproximam e organizam os campos da História e seus objetos.
Na concepção de História, que está proposta nas Diretrizes, as verdades
prontas e definitivas não têm lugar, porque o trabalho pedagógico na disciplina deve
dialogar com várias vertentes tanto quanto recusar o ensino de História marcado
pelo dogmatismo e pela ortodoxia.
Do mesmo modo, são rechaçadas as produções historiográficas que afirmam
não existir objetividade possível em História, e consideram todas as afirmativas
igualmente válidas. Destaca-se que os consensos mínimos construídos no debate
entre as vertentes teóricas não expressam meras opiniões, mas implicam
fundamentos do conhecimento histórico que se tornam referenciais as diretrizes.
O professor precisa entender como se dá a organização do pensamento
histórico, para poder encaminhar suas aulas de maneira que o aprendizado seja
significativo para os estudantes. Diante disto, Rüssen (2001, p. 30-36) propõe alguns
elementos intercambiantes que devem ser observados na constituição do
pensamento histórico, quais sejam:
• a observação de que as necessidades dos sujeitos na sua vida cotidiana em
sua prática social estão ligadas com a orientação no tempo. Essas necessidades
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fazem com que os sujeitos busquem no passado respostas para questões do
presente. Portanto, fica claro que os sujeitos fazem relação passado/presente o
tempo todo em sua vida cotidiana;
• as teorias utilizadas pelo historiador instituem uma racionalidade para a
relação passado/presente que os sujeitos já trazem na sua vida prática cotidiana.
Essas teorias acabam estabelecendo critérios de sentido para essa prática
social.
Esses critérios de sentidos são chamados de ideias históricas;
• os métodos e técnicas de investigação do historiador produzem
fundamentações específicas relativas às pesquisas ligadas ao modo como as ideias
históricas são concebidas a partir de critérios de verificação, classificação e
confrontação científica dos documentos;
• as finalidades de orientação da prática social dos sujeitos retomam as
interpretações das necessidades de orientação no tempo, a partir de teorias e
métodos historiográficos apresentados;
• essas finalidades se expressam e realizam sob a forma de narrativas
históricas.
A partir dessa matriz disciplinar, a História tem como objeto de estudo os
processos históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo,
bem como a respectiva significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não
consciência dessas ações. As relações humanas produzidas por essas ações
podem ser definidas como estruturas sócio-históricas, ou seja, são as formas de
agir, pensar, sentir, representar, imaginar, instituir e de se relacionar social, cultural e
politicamente.
As relações humanas determinam os limites e as possibilidades das ações
dos sujeitos de modo a demarcar como estes podem transformar constantemente as
estruturas sócio-históricas. Mesmo condicionadas, as ações dos sujeitos permitem
espaços para escolhas e projetos de futuro. A investigação histórica voltada para
descoberta das relações humanas busca compreender e interpretar os sentidos que
os sujeitos atribuem às suas ações. Os processos históricos, então, não podem ser
entendidos como uma sucessão de fatos na ordem de causa e consequência.
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Segundo o historiador Christopher Lloyd (1995), os processos históricos estão
articulados em determinadas relações causais. Os acontecimentos construídos
pelas ações e sentidos humanos, em determinado local e tempo, produzem relações
humanas, que ensejam um espaço de atividade relativo aos acontecimentos
históricos. Isso ocorre de forma não-linear, em ações que produzem outras relações,
as quais também constroem novas ações. Assim, os processos históricos são
marcados pela complexidade causal; isto é, fatos distintos produzem novas
relações, enquanto relações distintas convergem para novos acontecimentos
históricos.
A produção do conhecimento, pelo historiador, requer um método específico,
baseado na explicação e interpretação de fatos do passado. Construída a partir dos
documentos e da experiência do historiador, a problematização produz uma
narrativa histórica que tem como desafio contemplar a diversidade das experiências
sociais, culturais e políticas dos sujeitos e suas relações.
Fenômenos, processos, acontecimentos, relações ou sujeitos podem ser
analisados a partir do conhecimento histórico construído. Ao confrontar ou comparar
documentos entre si e com o contexto social e teórico que os constituíram, a
produção do conhecimento propicia validar, refutar ou complementar a produção
historiográfica existente. Como resultado, pode ainda contribuir para rever teorias,
metodologias e técnicas na abordagem do objeto de estudo historiográfico.
A finalidade da História é a busca da superação das carências humanas
fundamentadas por meio de um conhecimento constituído por interpretações
históricas. Essas interpretações são compostas por teorias que diagnosticam as
necessidades dos sujeitos históricos e propõem ações no presente e projetos de
futuro. Já a finalidade do ensino de História é a formação de um pensamento
histórico a partir da produção do conhecimento. Esse conhecimento é provisório,
configurado pela consciência histórica dos sujeitos.
Entretanto, provisoriedade não significa relativismo teórico, mas sim que
existem várias explicações e interpretações para um mesmo fato. Algumas são mais
aceitas historiograficamente, de modo que são constituídas pelo estado atual da
ciência histórica em relação ao seu objeto e ao seu método. Com isso, outro aspecto
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fundamental da provisoriedade histórica é que as explicações e interpretações sobre
determinado processo histórico também se modificam temporalmente, ou seja, os
diferentes contextos espaços-temporais das diversas sociedades produzem suas
próprias concepções de História. De fato, o conhecimento histórico possui formas
diferentes de explicar seu objeto de investigação, a partir das experiências dos
sujeitos e do contexto em que vivem.
OBJETIVOS
− Analisar os processos históricos relativos às ações humanas praticadas
no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos deram às mesmas, tendo ou não
consciência dessas ações.
− Compreender que a consciência histórica é uma condição da existência
do pensamento humano e que sob esta perspectiva os sujeitos se constituem a
partir de suas relações sociais, em qualquer período e local do processo histórico,
ou seja, a consciência histórica é inerente à condição humana em toda a sua
diversidade.
− Entender que as relações de trabalho, as relações de poder e as
relações culturais se articulam e constituem um processo histórico.
− Questionar os feitos do presente por meio da análise de diferentes
documentos históricos do estudo do passado.
− Compreender que as relações de trabalho no mundo se constituem em
diferentes períodos históricos, considerando os conflitos inerentes às relações de
trabalho.
− Compreender que as relações de poder encontram-se em todos os
espaços sociais e também deve identificar, localizar as arenas decisórias e os
mecanismos que as construíram.
− Reconhecer a si e aos outros como construtores de uma cultura comum,
analisando a especificidade de cada sociedade e as relações entre elas.
− Construir um novo olhar sobre a história nacional, regional e local,
ressaltando a contribuição dos africanos, afro-brasileiros e indígenas na constituição
53
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da nação brasileira.
− Contemplar a História do Paraná...
− Desmistificar algumas visões equivocadas sobre o negro e o continente
africano: a do negro visto como escravo; a da África como um continente primitivo; a
de que o negro foi escravizado porque era mais dócil, menos rebelde que os
indígenas; a da democracia racial.
− Inserir os Desafios Educacionais Contemporâneos: Educação
− Ambiental, Educação Fiscal e Cidadania, Enfrentamento à Violência e às
Drogas,
− Sexualidade, Direitos Humanos no PTD integrando-os aos conteúdos
propostos, em todas as séries.
− Contemplar as dimensões: filosófica, artística e científica nos conteúdos
curriculares possibilitando um trabalho pedagógico que aponte na direção da
totalidade do conhecimento e sua relação com o cotidiano.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/CONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS:
1º ANO
Conteúdos Estruturantes: Conteúdos Básicos: Conteúdos Específicos:
- Relações de Trabalho
- Relações de Poder
- Relações Culturais
Tema 1 – Trabalho escravo, servil,
assalariado e o trabalho livre.
Tema 2- Urbanização e industrialização.
Tema 3 – O Estado e as relações de
poder.
Tema 4 – Os sujeitos, as revoltas e as
guerras.
Tema 5- Movimentos sociais, políticos e
culturais e guerras e revoluções.
Tema 6 - Cultura e religiosidade.
- Patrimônio histórico local. Mão de obra
escrava indígena e africana.
- Formação das primeiras vilas e cidade
do Paraná.
- Os ciclos econômicos paranaense.
- Os caminhos antigos do Paraná.
- Das aldeias primitivas aos primeiros
Estados – Pré História .
- As civilizações do crescente fértil: Egito,
Mesopotâmia, Hebreus e fenícios.
- Grécia.
- Roma.
- A Idade Média : Feudalismo.
- O Renascimento cultural e científico.
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- A Reforma Protestante e a Reforma
Católica.
2º ANO
Conteúdos Estruturantes:
Conteúdos Básicos: Conteúdos Específicos:
- Relações de Trabalho
- Relações de Poder
- Relações Culturais
Tema 1 – Trabalho escravo, servil,
assalariado e o trabalho livre.
Tema 2 – Urbanização e industrialização
Tema 3 – O Estado e as relações de
poder.
Tema 4 – Os sujeitos, as revoltas e as
guerras.
Tema 5 – Movimentos sociais, políticos e
culturais e guerras e revoluções.
Tema 6 – Cultura e religiosidade
- Organização política e administrativa
na América Portuguesa.
- Atividades econômicas na América
Portuguesa.
- Cultura Afro e o indígena.
- A presença holandesa no nordeste
açucareiro.
- A mineração no Brasil colonial. ( cultura
afro).
- O Iluminismo.
- A Revolução Francesa.
- A emancipação política do Paraná e a
formação do Estado.
- O processo de independência na
América Portuguesa.
- O governo de D. Pedro I
- O Período Regencial
- O Governo de D. Pedro II.
Conteúdos PSS:
- Crise no sistema colonial
- Conjuração Baiana e Mineira.
- A influência da cultura africana e
indígena no Brasil.
3º ANO
Conteúdos Estruturantes: Conteúdos Básicos: Conteúdos Específicos:
55
Colégio Estadual São Judas Tadeu – Ensino Fundamental e MédioProposta Pedagógica Curricular Ensino Médio - 2010
- Relações de
Trabalho
- Relações de Poder
- Relações Culturais
Tema 1 – Trabalho escravo, servil,
assalariado e o trabalho livre.
Tema 2- Urbanização e industrialização.
Tema 3 – O Estado e as relações de
poder.
Tema 4 – Os sujeitos, as revoltas e as
guerras.
Tema 5- Movimentos sociais, políticos,
culturais, guerras e revoluções.
Tema 6 - Cultura e religiosidade.
- O Brasil na I República.
- A Primeira Guerra Mundial.
- A Revolução Russa.
- A crise de 1929.
- O governo de Getúlio Vargas.
- A segunda Guerra Mundial.
- A Guerra Fria.
- Governos Populistas no Brasil.
- Experiências de esquerda na América
Latina.
- O regime autoritário no Brasil.
- Conflitos internacionais.
Conteúdos PSS- inserir nos temas
básicos
- O segundo Império e as
transformações sócioeconômicas.
- Imperialismo.
- República Velha.
- A primeira Guerra.
- Crise de 1929.
- A segunda Guerra.
- O período militar no Brasil.
- O Brasil, o Paraná e o mundo
contemporâneo ( O Paraná Hoje,
economia –industrialização, agricultura,
política, exportações, quilombolas e as
reservas indígenas).
METODOLOGIA
Nas Diretrizes Curriculares o trabalho pedagógico está organizado com os
Conteúdos Estruturantes, básicos e específicos, que tem por finalidade a formação
do pensamento histórico dos estudantes. Isso se dá, quando o professor e alunos
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Colégio Estadual São Judas Tadeu – Ensino Fundamental e MédioProposta Pedagógica Curricular Ensino Médio - 2010
utilizam, em sala de aula e nas pesquisas, os métodos de investigação histórica
articulados pelas narrativas históricas desses sujeitos. Assim, os alunos perceberão
que a História está narrada em diferentes fontes (livros, cinema, canções, palestras,
relatos de memória,etc), sendo que os historiadores se utilizam destas fontes para
construírem suas narrativas históricas.
Nesse sentido, o trabalho pedagógico com os conteúdos históricos deve ser
fundamentado em vários autores e suas respectivas interpretações, seja por meio
dos manuais didáticos disponíveis ou por meio de textos historiográficos
referenciais. Espera-se que, ao concluir a Educação Básica, o aluno entenda que
não existe uma verdade histórica única, e sim que verdades são produzidas a partir
de evidências que organizam diferentes problematizações fundamentadas em fontes
diversas, promovendo a consciência da necessidade de uma contextualização
social, política e cultural em cada momento histórico.
O professor poderá utilizar na sua prática educativa: as fontes históricas,
livros, textos, filmes, fotografias, quadrinhas, charges, música, passeios a locais que
possam ser visitados, etc. Não deixando de abordar a noção de tempo, para que o
aluno perceba a sucessão ou ordenação, simultaneidade, semelhanças, diferenças,
mudanças, permanências, que por sua vez serão construídas no decorrer de sua
vida e dependem de experiências culturais.
Ao trabalhar as noções de temporalidade, o professor deve tomar as ideias
históricas do aluno como ponto de partida para o trabalho com os conteúdos. O
contato com outras ideias históricas mais elaboradas permite que os estudantes as
relacionem com suas ideias históricas previas, para estabelecer uma cognição
histórica situada, ou seja, um conhecimento histórico reelaborado em seu contexto e
com experiências do tempo significativas para eles.
Avaliação:
Ao se propor reflexões sobre a avaliação no ensino de História objetivam-se
favorecer a busca da coerência entre a concepção de historia defendida e as
práticas avaliativas que integram o processo de ensino e de aprendizagem. A
avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, permeando o
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Colégio Estadual São Judas Tadeu – Ensino Fundamental e MédioProposta Pedagógica Curricular Ensino Médio - 2010
conjunto das ações pedagógicas, e não como elemento externo a este processo.
Ao considerar os conteúdos de História efetivamente tratados em aula,
essências para o desenvolvimento da consciência histórica, é necessário ter clareza
que avaliar é sempre um ato de valor. Diante disto, o professor e alunos precisam
entender que os pressupostos da avaliação, tais como: finalidades, objetivos,
critérios e instrumentos, podem permitir rever o que precisa ser melhorado ou o que
já foi apreendido.
O professor no seu dia a dia pode utilizar-se de diversas formas avaliativas,
tais como: a avaliação diagnóstica, avaliação formativa ou a avaliação somativa. As
três formas de avaliar podem ser usadas no Ensino Fundamental ou Ensino Médio.
Mas devemos buscar através delas a investigação e a apropriação de
conceitos históricos, a compreensão das relações da vida humana e o aprendizado
dos conteúdos básicos/temas históricos e específicos.
Deseja-se que, ao final do trabalho na disciplina de História, os alunos
tenham condições de identificar processos históricos, reconhecer criticamente as
relações de poder neles existentes, bem como intervirem no mundo histórico em que
vivem, de modo a se fazerem sujeitos da própria História.
REFERÊNCIAS
PARANÁ. Secretaria de Estado da educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro Didático Público de História. Curitiba: SEED-PR, 2006.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica, História. Curitiba-PR, 2008.
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 14 ed. São Paulo: Cortez, 2000.
BITTENCOURT, M. C. Ensino de história: fundamentos e métodos. São Paulo:Cortez, 2004.
BURKE, P. (org) A escrita da história: novas perspectivas. São Paulo: UNESP, 1992.
DIRETRIZES CURRICULARES DE GEOGRAFIA DO ENSINO MÉDIO - 2008.
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Colégio Estadual São Judas Tadeu – Ensino Fundamental e MédioProposta Pedagógica Curricular Ensino Médio - 2010
3.8 L.E.M. - INGLÊS
A língua estrangeira moderna apresenta-se como um espaço para ampliar o
contato com outras formas de contato com outras formas de conhecer, com outros
procedimentos interpretativos de construção da realidade, possibilitando maneiras
diferentes de produzir sentido e de se perceber no mundo. São muitas as
transformações no panorama mundial. Ao utilizar uma L.E.M. na interação com
outras culturas, os alunos podem ser levados a refletir sobre a língua como um
artefato cultural como um produto constrói e é construído por determinada
comunidade que reagem a determinados acontecimentos com base em histórias e
contextos específicos. Conhecendo-se a língua como discurso, conhecer e ser
capaz de usar uma L.E.M. permite aos indivíduos perceberem-se como parte
integrante da sociedade como participantes ativos no mundo em que vivem e
integrante de um mundo globalizado.
O conteúdo estruturante na deve ser entendido como isolado em si mesmo e
estanque, pois é uma dimensão disciplinar da realidade.
Dessa forma, estabelecem-se como elementos indispensáveis, integradores
e que estarão presentes em qualquer situação de interação do aluno com a língua
estrangeira seja em que prática for conhecimento linguística, culturais e sócio-
pragmáticos. E também uma abordagem do discurso em sua totalidade será
realizada e garantida através de disciplinas significativas em língua estrangeira nas
quais as práticas de leitura, escrita e oralidade, interajam entre si e constituem uma
prática sócio-cultural.
Objetivos:
− Propiciar ao aluno a chance de fazer uso da língua que está aprendendo
em situações significativas, reconhecidamente relevantes e não como mera prática
de formas linguísticas descontextualizadas;
− Desenvolver de forma integrada as habilidades de ouvir, falar, ler e
escrever a L.E.M., utilizando de estratégia que explore o conhecimento do aluno, a
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partir da análise contextual das condições existentes nas escolas;
− Utilizar habilidades comunicativas de modo a poder atuar usando a língua
inglesa;
− Escolher o registro adequado à situação na qual se processa a
comunicação.
− Saber distinguir entre as variantes linguísticas;
− Ter condições de escolher o vocábulo que melhor reflita a ideia que se
pretende transmitir;
− Compreender de que forma determinada maneira de expressão ode ser
literalmente interpretada em razão de aspectos sociais e/ou culturais;
− Compreender em que medida esses enunciados refletem a forma de ser,
de pensar, de agir, e de sentir de quem os produz;
− Utilizar aspectos como coerência e coesão na produção e língua
estrangeira (oral e/ou escrita);
− Dominar as estratégias verbais e não verbais que entram em ação para
compensar falhas na comunicação (como o fato de não ser capaz de recordar,
momentaneamente, uma gramatical ou lexical);
− Entrar em contato com universo e a cultura que a língua estrangeira
representa, possibilitando analogias e diferenciações enriquecedoras de sua
experiência.
Conteúdos:
Conteúdos Estruturantes:
− Discurso como pratica social;
Conteúdos Básicos:
− Oralidade, Escrita e análise linguística;
Conteúdos Específicos:
1º ano:
− Review-days of the week, months, seasons, dates, numerais ordinais e
cardinais, verbo to be, nas três formas no presente e passado;
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− Articles - definidos e indefinidos;
− Pronouns - pessoais, possessivos, demonstrativos e reflexivo;
− There to be (presente e passado)
− Text (compreensão e elaboração de pequenos textos);
− Ativites - names of animal, human body, professions;
− Presente simple e presente continuo;
− Verbs - regulares e irregulares;
− Future - imediate e simple;
− Nuns;
− New words;
− Prepositions;
− Adjectives;
− Film and music;
− Activity: ask about films and musics, fruit and vegetables, food, type of
sports.
2º ano:
− Present perfect e past perfect;
− Passive voice;
− Activity - products with name in English, inst. Musicals;
− Personalidades;
− Adverbas;
− Degree of adjec.
− Posessive case and genitive case;
− Words - types o food, objects of shool.
3º ano:
− Present perfect;
− Present perfect continuous;
− Quantifiers;
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− Articles
− Entertainments;
− Film, music;
− Occupations;
− Reported speech;
− Also, too, well, either;
− Future;
− Relative clauses;
− Adjectives and nouns.
Metodologia:
O aluno é parte integrante do processo e deve ser considerado como agente
ativo da aprendizagem, que acontece nas interações sociais. Para o aluno fazer uso
apropriado e significativo da Língua Inglesa ele poderá desenvolver quatro
habilidades lingüísticas (ler, falar, ouvir e escrever). Para desenvolver estas
habilidades usam-se algumas estratégias como: leitura e compreensão de texto,
levantamentos e verificação de hipóteses, trabalhos com aspectos gramaticais,
exercícios variados, trabalhos individuais e em grupos, produção de texto, pesquisas
em jornais, revistas, dicionários, filmes, música, encartes publicitários, folders,
comerciais de TV, e-mails, blog, contos, lendas e fotos.
O processo de criação do saber vincula-se a um tratamento metodológico
especifico em que a competência comunicativa sobrepõem-se a competência
linguística, sem anulá-la.
Na aprendizagem de uma língua estrangeira pretende-se que o aluno não
apenas manipule estruturas e tenha domínio formal da língua, mas que faça uso
apropriado e significativo da linguagem em seus vários contextos, interagindo com o
professor e outros alunos. Estratégias: leitura e compreensão de textos,
levantamento e verificação de hipóteses sobre assuntos abordados no texto,
trabalho com aspectos gramaticais em textos e exercícios variados, trabalhos em
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Colégio Estadual São Judas Tadeu – Ensino Fundamental e MédioProposta Pedagógica Curricular Ensino Médio - 2010
grupos e individuais, produção de pequenos textos, trabalhos em grupos, visando à
conversação e pesquisas em jornais, revistas e dicionário.
Avaliação:
A avaliação na disciplina de Língua Inglesa se desenvolverá constantemente
em todas as atividades executadas dentro e fora da sala de aula. Serão
considerados os aspectos diagnósticos, somativo e formativo, respeitando-se as
diferenças, individuais e oferecendo ao aluno diferentes oportunidades para
demonstrar sua evolução na aprendizagem.
A avaliação será diagnóstica, contínua e cumulativa. Os instrumentos de
avaliação serão escritos (produção e interpretação de vários gêneros textuais) e
orais (apresentação dos textos produzidos pelos alunos, teatros, relatórios e
seminários).
REFERÊNCIAS
ALMEIDA FILHO, J. C. P. Notas preliminares para uma discussão da questão das línguas estrangeiras. Interação - a revisa do professor. II (16). São Paulo, nov. 1985.
A fusão da gramática com a coerência comunicativa - trabalhos em linguísticas aplicada. 5/6: 85-91. Campinas, 1986.
O que quer dizer ser comunicativo na sala de aula. - perspectiva. 4 (8): 33-39. Florianópolis, 1987.
A aula comunicativa da língua estrangeira. Mimeo, out. 1987.
Alguns significados de ensino comunicativo de línguas. Mimeo, junho. 1988.
BRUMFIT, C. J. & JOHNSON, K (edit) The communicative approach to language teaching. Oxford University Press. 1983.
CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetizar - o que é e como fazer. Mimeo. Curitiba: SEED, 1988.
CARMAGNANI, A. M. A contribuição no ensino de leitura em língua estrangeira na escola de 1º e 2º graus. Florianópolis, 1987.
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Colégio Estadual São Judas Tadeu – Ensino Fundamental e MédioProposta Pedagógica Curricular Ensino Médio - 2010
COURTILLON, Janine & RALLARD, Sabine. Archipel Français langue étrangére - livre du professeur. Paris, Didier, 1982.
Estudos linguísticos. VIII Anais de seminários do GEL. Assis, 1984.
GRELLEF, Françoise. Developing reading skills. A pratical ouide to reading comprehension exercises. Cambridge, University Pres, 1981.
HUBBARD, P. ET. Al. A traiing curse for TEFL. Oxford University Press. 1983.
DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA DO
ENSINO MÉDIO – 2008.
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Colégio Estadual São Judas Tadeu – Ensino Fundamental e MédioProposta Pedagógica Curricular Ensino Médio - 2010
3.9 LÍNGUA PORTUGUESA
A Língua Portuguesa nem sempre teve papel de destaque no sistema de
ensino do país e, como disciplina, só passou a integrar os currículos nas últimas
décadas do século XIX. No entanto, as experiências de ensino de português
começaram com os jesuítas que as utilizavam com o intuito exclusivo de catequizar
os indígenas, servindo como “arma” no intuito de manter a “obediência à fé, ao rei e
à lei”.
Ainda no período colonial, as escolas organizadas pelos jesuítas propunham-
se a ensinar a ler e escrever, “favorecendo o modelo de sociedade escravocrata” e
de reprodutoras do interesse de Portugal. Já no século XVIII, o Marquês de Pombal
tornou obrigatório o ensino de Língua Portuguesa no Brasil e mesmo em Portugal e
proibindo o uso da língua usada na colônia até então: o tupi-guarani. Era a primeira
tentativa de efetivar a hegemonia da língua portuguesa na Colônia. Mesmo com
essas mudanças, o ensino de português continuava ineficiente, ministrado por
professores despreparados e voltado para a elite da colônia que continuaria seus
estudos na Europa.
Esse quadro continuou até a vinda da família real para o Brasil, em 1808,
quando surgiram aqui as primeiras instituições de ensino superior, privilegiando
ainda a classe dominante do Brasil-colônia. A população menos favorecida
continuou sem acesso à língua usada nas escolas. Em 1837, as disciplinas de
Gramática, Retórica e Poética (Literatura) foram incorporadas ao currículo e em
1871, o conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português.
A partir da metade do século XX, com a expansão do ensino primário
público, o ensino de Língua Portuguesa, já sob a concepção tecnicista, passou a ser
baseado em exercícios de memorização e contribuía para a consolidação da
ditadura militar, “impondo uma formação acrítica e passiva”, muito eficiente para
aquele contexto. Mantendo essa ótica, a lei 5692/71 mudou o Português para
Comunicação e Expressão (1° Grau) e Comunicação em Língua Portuguesa (2°
Grau). Nesse período, a teoria da comunicação de Jakobson postulava o ensino da
disciplina referente à língua materna.
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Na década de 70 outras teorias a respeito da linguagem passaram a ser
debatidas; desses debates surgiu o questionamento sobre a eficácia das aulas e
gramática no ensino de português, embora a prática em sala de aula continuasse
pautada em livros didáticos que reforçavam a concepção tradicional de linguagem,
não “possibilitando a todos os estudantes o aprimoramento no uso da língua
materna tanto no ensino da língua propriamente dito, quanto no trabalho com a
literatura.” (Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa, 2008, p. 11). Quanto ao
trabalho com a última, o objetivo era servir-se dela para exercícios gramaticais e
usá-la ainda para transmitir valores religiosos, morais e cívicos, com o intuito de
formar cidadãos respeitadores da ordem estabelecida. Nesse período o ensino de
Literatura ocorria somente no segundo grau com ênfase em aspectos estruturais
e/ou historiográficos, no qual cabia ao professor a condução da análise literária, e
aos alunos, a condição de meros ouvintes, sem papel ativo no processo de leitura.
Tal prática pode ser compreendida pela análise do contexto da época: à
ditadura militar não era interessante despertar o espírito crítico e criador dos alunos.
Assim, a literatura perdia muito do seu valor no sentido de instrumento para
ampliação do conhecimento, da reflexão e visão de mundo do leitor.
A partir de 1979, os cursos de pós-graduação aumentaram e
consequentemente houve o aumento de uma elite de professores e pesquisadores
voltados para o pensamento e discussões críticas em relação aos rumos da
educação. Esse fato aliado à abertura política da época possibilitou, a partir dos
anos 80, os estudos linguísticos centrados no texto e na interação social das
práticas discursivas chegaram ao Brasil quando as primeiras obras do Círculo de
Bakhtin passaram a ser estudadas nos meios acadêmicos. Surgiram daí produções
teóricas que influenciaram mudanças no ensino da língua não mais voltado a teorias
gramaticais, mas que possibilitassem o domínio efetivo de falar, ler e escrever,
nesse sentido, a linguagem passaria a ser vista como fenômeno social, pois nasce
da necessidade de interação (política, social, econômica) entre os homens. (DCE,
2009, p. 16)
A partir dessas mudanças influenciadas por Bakhtin, o ensino de língua
materna “requer que se considerem os aspectos sociais e históricos em que o
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Colégio Estadual São Judas Tadeu – Ensino Fundamental e MédioProposta Pedagógica Curricular Ensino Médio - 2010
sujeito está inserido, bem como o contexto de produção do enunciado” (DCE, 2009,
p.16). Nesse sentido, o discurso oral ou escrito é fundamental para o processo de
ensino/aprendizagem da língua, porque é a partir dele que se concretizam
experiências reais do uso da língua, do uso da palavra em toda sua amplitude,
enfim, o ensino pautado nessa teoria considera que a aprendizagem não ocorre a
partir de elementos linguísticos isolados, ela se a partir do trabalho com o texto. No
entanto, é preciso lembrar que texto não se restringe à formalização do discurso oral
ou escrito, isso porque ele abrange um antes e um depois, portanto não pode ser
pensado apenas em seus aspectos formais, uma vez que é a linguagem em uso
efetivo.
Para Bakhtin, os textos podem ser agrupados em gêneros discursivos,
porém essa definição não limita o texto a determinada propriedade formal, isso
porque “antes de o gênero constituir um conceito, é uma prática social e deve
orientar a ação pedagógica com a língua” (DCE, 2009, p.19). O trabalho pedagógico
desenvolvido a partir dos gêneros é importante uma vez que muitos deles já fazem
parte do cotidiano dos alunos, desenvolvendo assim sua prática pedagógica, a
escola não priorizaria apenas textos didatizados, mas levaria para sala textos
presentes nas diversas esferas da sociedade, possibilitando ao aluno a inserção
social no sentido de poder formular seu próprio discurso e interferir na sociedade da
qual faz parte.
O trabalho com gêneros, sejam eles os mais diversificados possíveis, no
entanto não exclui o ensino de gramática nem impede que o professor apresente
regras gramaticais aos seus alunos, contudo essas regras precisam reforçar a
compreensão de que como se estrutura um texto, como essas regras se juntam para
produzirem determinados efeitos de sentido, e não centrar-se apenas em suas
nomenclaturas e classificações.
Enfim, a partir dessas considerações, fica evidente que as DCEs (2009)
propõem o trabalho com uma língua “viva, dialógica, em constante movimentação,
permanentemente reflexiva e produtiva” (p. 48). Para isso, é importante que a escola
considere as práticas linguísticas que o aluno apresenta ao ingressar nela, para que
daí sejam trabalhados os saberes relativos ao uso da norma padrão e acesso aos
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conhecimentos para a construção do multiletramento, possibilitando que seus alunos
se utilizem da leitura, escrita e oralidade como forma de participação na sociedade
letrada.
Objetivos:
− Empregar a linguagem oral em diferentes situações de uso; saber
adequá-la a cada contexto e interlocutor; reconhecer as intenções implícitas nos
discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante
deles.
− Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de
práticas sociais que consideram os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado,
os gêneros e suportes textuais, além do contexto de produção/leitura.
− Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, de modo a atualizar
o gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua
organização.
− Aprimorar pelo contato com os textos literários, a capacidade de
pensamento crítico e a sensibilidade estética, bem como propiciar pela Literatura a
constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica da oralidade, da
leitura e da escrita.
− Reconhecer a importância da norma culta da língua, de maneira a
propiciar acesso aos recursos de expressão e compreensão dos processos
discursivos, como condição para tornar o aluno capaz de enfrentar as contradições
sociais em que está inserido e para a afirmação da sua cidadania, como sujeito
singular e coletivo.
− Compreender a importância das culturas: afro-brasileira, africana e
indígena na formação do povo e da cultura brasileira.
− Inserir os Desafios Educacionais Contemporâneos: Educação
Ambiental, Educação Fiscal e Cidadania, Enfrentamento à Violência e às Drogas.
− Sexualidade, Direitos Humanos no PTD integrando-os aos conteúdos
propostos, em todas as séries.
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− Contemplar as dimensões: filosófica, artística e científica nos conteúdos
curriculares possibilitando um trabalho pedagógico que aponte na direção da
totalidade do conhecimento e sua relação com o cotidiano.
Conteúdos
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL.
CONTEÚDOS BÁSICOS: LEITURA, ESCRITA E ORALIDADE:
LEITURA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Vozes sociais presente no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Contexto de produção da obra literária;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, funções das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
Progressão referencial;
Partículas conectivas do texto;
Relação de causa e consequência entre partes elementos do texto;
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Semântica:
- operadores argumentativos;
- modalizadores;
- figuras de linguagem;
- sentido conotativo e denotativo;
ESCRITA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade
Referência textual;
Vozes sociais presentes no texto;
Ideologia presente no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Progressão referencial
Partículas conectivas;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Semântica:
-operadores argumentativos;
- modalizadores;
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Colégio Estadual São Judas Tadeu – Ensino Fundamental e MédioProposta Pedagógica Curricular Ensino Médio - 2010
- figuras de linguagem;
- sentido conotativo e denotativo;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, funções das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
- Vícios de linguagem;
- Sintaxe de concordância;
- Sintaxe de regência.
ORALIDADE
Conteúdo temático;
Finalidade,
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões: facial, corporal e
gestual, pausa.
Adequação do discurso ao gênero;
Turno de fala;
Variações linguísticas: coesão, coerência, gíria, repetição;
Elementos semânticos;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetição)
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
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CONTEÚDOS ESPECÍFICOS POR SÉRIE.
1a. SÉRIE
Interpretação de textos:
Poéticos, narrativos, literários como fragmentos de romances, contos,
crônicas, resumos, descritivos, argumentativos, charges e tiras;
A produção literária no Brasil:
- Divisão da Literatura Brasileira e Portuguesa;
- Perfil histórico e literário das escolas;
- Escolas Literárias ou estilos de época;
- Trovadorismo, Humanismo e Classicismo em Portugal;
- Literatura informativa do Brasil.
Prática de análise linguística:
- Língua e Linguagem;
- Variação e norma;
- Os elementos da comunicação;
- A relação entre a oralidade e a escrita;
- A convenção ortográfica;
- O uso de acentos gráficos na escrita;
- A estrutura interna das palavras;
- As origens clássicas da língua científica;
- Formação de palavras.
Prática de leitura e produção de textos:
- O que é texto?;
- Linguagem verbal e não-verbal;
- Ler é só começar?;
*identificar o tema do texto;
*elaborar uma síntese do texto;
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*organizar as próprias ideias com relação aos elementos relevantes;
*estabelecer relações entre elementos relevantes e/ou entre eles e outras
informações de que o leitor disponha;
*demonstrar capacidade para interpretar os dados e fatos apresentados;
*elaborar hipóteses explicativas para fundamentar sua análise das questões
tematizadas no texto;
- Quando a imagem é um texto;
- A análise de gráficos;
- Arte de ler o que não foi dito;
- Os pressupostos;
- Os implícitos;
- Ambiguidade;
2a. SÉRIE
Interpretação de textos:
Poéticos, narrativos, literários como fragmentos de romances, contos,
crônicas, resumos, descritivos, argumentativos, charges e tiras.
A produção literária:
- ROMANTISMO:
*Da revolução política às transformações estéticas;
* O Romantismo português;
* Do romantismo histórico ao exagero sentimentalista;
* A terceira geração romântica;
* A riqueza do café e a exploração dos escravos;
* O romance urbano.
Prática de análise linguística:
- CLASSES DE PALAVRAS:
- Substantivo;
- Adjetivo;
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- Artigo;
- Numeral;
- Interjeição;
- Pronome;
- Colocação Pronominal;
- preposição;
- conjunção.
Prática de leitura e produção de textos:
- A EXPOSIÇÃO:
- Um olhar objetivo para o mundo;
- O texto instrucional;
-A apresentação de informações;
- A descrição;
- A definição;
- A enumeração;
- A comparação;
- O contraste;
- Por que disserta?
A ELABORAÇÃO DA DISSERTAÇÃO:
- Projeto de texto: um planejamento orientado;
- Da teoria à prática;
- Encontrando o caminho por meio de perguntas.
3a. SÉRIE
Interpretação de textos:
Poéticos, narrativos, literários como fragmentos de romances, contos,
crônicas, resumos, descritivos, argumentativos, charges e tiras.
A produção literária:
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NOVAS PERSPECTIVAS ESTÉTICAS:
- A chegada do Brasil ao século XX;
- Características literárias;
- Euclides da Cunha: o grande intérprete do sertão;
- Lima Barreto: o pintor dos subúrbios e dos tipos desventurados;
- Monteiro Lobato: o “pai”do Jeca Tatu;
- Augusto dos Anjos: poeta pessimista e enigmático;
- Novos caminhos para a cultura e a arte.
MODERNISMO EM PORTUGAL:
- Portugal chega ao século XX;
- Fernando Pessoa: o “drama” em gente;
- Do Presencismo à Literatura contemporânea.
MODERNISMO NO BRASIL:
- A primeira geração modernista;
- Uma nova Guerra Mundial abala o mundo;
- A poesia da segunda geração modernista.
Prática de análise linguística:
RELAÇÃO DE SENTIDO NO INTERIOR DO PERÍODO:
- Período composto;
- Período composto por coordenação;
- Período composto por subordinação substantiva;
- As orações que equivalem a adjetivos.
Prática de leitura e produção de textos:
A ARTICULAÇAO TEXTUAL:
- A “argamassa” textual;
- Elementos coesivos: as “placas de trânsito” linguísticas;
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Metodologia:
“O ensino de Língua Portuguesa seguiu – e ainda segue, em alguns contextos
– uma concepção de linguagem não privilegiada, no processo de aquisição e no
aprimoramento da língua materna, a história, o sujeito e o contexto”. (DCE, 2009,
p.15)
Os conteúdos de Língua Portuguesa serão trabalhados de forma a
oportunizar o domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, interligando
teoria, prática e realidade, possibilitando, desta forma, a emancipação e autonomia
do educando em relação ao pensamento e às práticas de linguagem.
Espera-se que o aluno amplie o seu domínio quanto à oralidade, permitindo
que, gradativamente, possa conhecer e usar a variedade linguística padrão, bem
como entender a necessidade do seu uso em determinados contextos sociais. Tendo
em vista os objetivos que se pretendem com os gêneros, as possibilidades para o
trabalho com este serão realizadas por meio de diversas estratégias, como a
apresentação de temas variados; depoimentos de situações significativas
vivenciadas pelo aluno ou por pessoas do seu convívio; dramatização; contação de
histórias; declamação de poemas; troca de opiniões; debates; seminários e outras
atividades que possibilitem o desenvolvimento da argumentação. A partir das
propostas dessas atividades, o aluno poderá perceber, tanto pela sua fala quanto
pela fala do outro, as diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a
linguagem formal e informal; o papel do locutor e do interlocutor; os argumentos
utilizados; os procedimentos e as marcas linguísticas típicas da conversação
(repetição, gírias) entre outros.
Com relação à prática da escrita, deve-se levar em consideração o
aprendizado da língua sob a premissa de que o texto é um elo de interação social e
os gêneros textuais são construções coletivas. Nessa perspectiva, a escrita será
trabalhada associada ao estudo destes gêneros, uma vez que os mesmos são
dinâmicos e refletem as necessidades culturais e sociais.
Desta forma, o trabalho com a escrita deverá ser feito pela seleção de um
76
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gênero das diversas esferas sociais de circulação, como cotidiana, literária, artística,
científica, escolar, publicitária, política, imprensa, jurídica, produção e consumo e
midiática.
O trabalho com a prática da escrita poderá ser desenvolvido através de
atividades de discussão sobre o tema, leitura de textos sobre o mesmo assunto
(gêneros diferentes), adequação da linguagem ao gênero, organização de
parágrafos, coerência e coesão textual, argumentatividade, tipos de discursos, vícios
de linguagem e outras. Nesse trabalho, tanto o professor quanto o aluno precisa
planejar o que será produzido; em seguida escrever a primeira versão sobre a
proposta apresentada e posteriormente fazer a revisão, re-estruturação e re-escrita
do texto. Por meio desse processo, o aluno perceberá que a reformulação da escrita
é um importante recurso para o aprimoramento dessa prática.
Na concepção utilizada pelas diretrizes para nortear o letramento, a leitura é
vista como um ato dialógico, interlocutivo. O leitor, nesse contexto, tem um papel
ativo e para se efetivar como co-produtor, procura pistas formais, formula e reformula
hipóteses, aceita ou rejeita conclusões. Utiliza ainda estratégias baseadas no seu
conhecimento linguístico, nas suas experiências e na sua vivência sociocultural.
Visando um sujeito critico e atuante nas práticas de letramento da sociedade, o
trabalho pedagógico com a leitura, acontecerá pelo contato com diferentes textos
produzidos no âmbito social – jornalístico, artístico, científico, didático pedagógico,
cotidiano, literário, publicitário, etc, bem como a leitura de fotos, cartazes,
propagandas, imagens digitais e virtuais. Nessa perspectiva, serão desenvolvidas
atividades de interpretação e compreensão textual, analisando os conhecimentos de
mundo do aluno, os conhecimentos linguísticos, o conhecimento da atuação
comunicativa dos interlocutores envolvidos, dos gêneros e suas respectivas esferas
e do suporte em que o gênero está publicado.
Segundo Antunes, “A gramática é constitutiva do texto, e o texto é
constitutivo da atividade da linguagem. (...). Tudo o que nos deve interessar no
estudo da língua culmina com a exploração das atividades textuais e discursivas”.
Desta forma, o estudo do texto e da sua organização sintático-semântica
permitirá ao professor explorar as categorias gramaticais, conforme o texto em
77
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análise. No entanto, nesse estudo o que vale não é a categoria em si, mas sim a
função que ela desempenha para os sentidos do texto.
Sendo a análise linguística prática didática complementar às práticas de
leitura, oralidade e escrita, os conteúdos gramaticais serão estudados a partir de
seus aspectos funcionais na constituição da unidade de sentidos e enunciados. Daí
a importância de se considerar, não somente a gramática normativa, mas também as
outras, como a descritiva e a internalizada no processo de Língua Portuguesa.
Considerando a flexibilidade dada pelo trabalho com os gêneros textuais,
serão trabalhados ainda temas como cultura afro-brasileira, cultura indígena,
sexualidade, drogas, meio-ambiente entre outros que possibilitem o estímulo do
pensamento crítico do aluno.
Avaliação:
A avaliação deverá caracterizar-se como um processo contínuo, permanente
e cumulativo, onde o trabalho será organizado e reorganizado com a finalidade de
formar sujeitos que construam sentidos para o mundo, que compreendam
criticamente o contexto social e histórico de que são frutos e que, pelo acesso ao
conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na
sociedade.
Nesta perspectiva, a avaliação visa contribuir para a compreensão das
dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para
que essa aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da
comunidade, da sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço
onde os alunos estão inseridos.
Sendo assim, os instrumentos de avaliação devem ser pensados e definidos
de acordo com as possibilidades teórico-metodológicas, ou seja, avaliar a
capacidade argumentativa, a realização de um debate, a produção de um texto, a
criatividade, a interpretação, entre outros, visto que o processo de aprendizagem
deve ser contínuo e cumulativo, dando prioridade à qualidade e ao desempenho do
78
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aluno ao longo do ano letivo.
As atividades de avaliação serão vistas como uma oportunidade de reflexão
sobre o processo próprio de ensino. As provas serão centradas na leitura de textos e
na resolução de questões de compreensão e/ou breve atividade de escrita (resumo,
parágrafo, texto) alimentada pelo texto de referência, bem como análise linguística
dos fatos da língua. A literatura será avaliada por meio de pequenas dissertações
motivadas pelas discussões dos respectivos temas sem sala.
Portanto, cabe ao professor avaliar os alunos sob os seguintes aspectos:
Oralidade: A participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a
clareza ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, a argumentação que apresenta
ao defender seus pontos de vista, envolvendo os diversos gêneros textuais e esferas
sociais.
Leitura: A compreensão do aluno quanto ao significado das palavras
conhecidas a partir do contexto, o reconhecimento do gênero e o suporte textual, a
capacidade de se colocar diante do texto, seja ele oral, escrito, gráfico, infográfico,
imagem, etc. Também se faz necessário considerar as diferenças de leituras de
mundo e o repertório de experiências dos alunos, avaliando assim a ampliação do
horizonte de expectativas.
Escrita: O texto do aluno deve ser visto como uma fase do processo de
produção, nunca como produto final. O que determina a adequação do texto escrito
são as circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que o
texto escrito será avaliado nos seus aspectos discursivo-textuais, verificando a
adequação à proposta e ao gênero solicitado, a elaboração de argumentos
consistentes, a coesão e coerência textual, a organização dos parágrafos, se a
linguagem está de acordo com o contexto exigido. No momento da refacção textual,
é importante observar se a intenção do texto foi alcançada, se há relação entre
partes do texto, se há necessidade de cortes, devido às repetições, se é necessário
substituir parágrafos, ideias ou conectivos.
Literatura: O professor não ficará preso somente à linha do tempo da
historiografia, mas fará a análise contextualizada da obra, no momento de sua
produção e no momento de sua recepção (historicidade). Utilizará, também, no caso
79
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do Ensino Médio, correntes da crítica literária mais apropriada para o trato com a
literatura, tais como: os estudos filosóficos e sociológicos, a análise do discurso, os
estudos culturais, entre tantos outros que podem enriquecer o entendimento da obra
literária. Pensadas desta maneira, embora tenham um curso planejado pelo
professor, as aulas de Literatura estarão sujeitas a ajustes atendendo às
necessidades e contribuições dos alunos, de modo a incorporar suas ideias e as
relações discursivas por eles estabelecidas num contínuo texto-puxa-texto. Nesse
contínuo de relações, percebe-se que o texto literário dialoga, também, com outras
áreas, numa relação exemplificativa, temos: Literatura e Arte; Literatura e Biologia;
Literatura e... (qualquer das disciplinas com tradição curricular no Ensino
Fundamental e Médio); Literatura e Antropologia; Literatura e Religião; entre tantas.
(DCE-2009)
REFERÊNCIAS
ABAURRE, M. L. Portuguesa: língua, literatura, produção de texto: ensino
médio/
Maria Luiza Abaurre, Marcela Nogueira, Pontara, Tatiana Fadel. - 1a ed. - São Paulo:
Moderna, 2005.
ANTUNES, I. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola
Editorial, 2003.
BARBOSA, J. P.. Trabalhando com os gêneros do discurso: uma perspectiva
enunciativa para o ensino da Língua Portuguesa. Tese (Doutorado em Linguística)
Aplicada ao Ensino de Línguas, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São
Paulo, 2001.
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. De Michel Lahud e Yara
Frateschi. 9a ed. São Paulo: Hucitec, 1999.
_____. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
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Colégio Estadual São Judas Tadeu – Ensino Fundamental e MédioProposta Pedagógica Curricular Ensino Médio - 2010
PARANÁ. Secretaria de Estado da educação. Departamento de Ensino Médio. LDP:
Livro Didático Público de Língua Portuguesa. Curitiba: SEED-PR, 2006.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação
Básica, Língua Portuguesa . Curitiba-PR, 2008.
81
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3.10 MATEMÁTICA
O ensino da Matemática é indispensável à formação do cidadão, pois permite
uma articulação de toda visão de mundo. Ele é visto como instrumento para a
compreensão, a investigação, a interrelação com o meio ambiente, e seu papel de
agente de modificações do indivíduo, provocando mais que um simples acúmulo de
conhecimento técnico, o progresso do discernimento político.
No Ensino Médio a Matemática não propicia ao aluno somente o manejo de
fórmulas. O aluno aprende a interpretar, criar significados, construir seus próprios
instrumentos para resolver problemas. Ele é preparado para receber os problemas,
desenvolver o raciocínio lógico e resolvê-los.
Assim, o ensino da Matemática é um campo de investigação e de produção
de conhecimento. É fazer com que o estudante construa, por intermédio do
conhecimento matemático, valores e atitudes de natureza diversa, visando à
formação integral do ser humano e, particularmente, do homem público crítico,
capaz de agir com autonomia nas suas relações sociais.
Objetivos:
− Estimular a curiosidade do aluno, bem como seu interesse, a fim de que
ele explore novas ideias, descubra novos caminhos na resolução de problemas da
vida prática e adquira os conhecimentos necessários a sua interação ao meio em
que vive.
− Desenvolver a capacidade de análise, relação, comparação, abstração e
generalização através de conteúdos indissociáveis da realidade, oportunizando a
relação entre a teoria e a prática.
− Compreender a linguagem matemática, no que se refere ao conhecimento
sistematizado, sendo capaz de interpretar e expressar, verbal e textualmente, os
fenômenos naturais, físicos e socioeconômicos.
− Estabelecer relações do conhecimento matemático com fatos do
cotidiano, sendo capaz de intervir criticamente através da investigação, da
82
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interpretação, criando estratégias de resolução de problemas, adaptando-as nas
mais diversas situações.
− Compreender a importância das culturas: afro-brasileira, africana e
indígena na formação do povo e da cultura brasileira.
− Inserir os Desafios Educacionais Contemporâneos: Educação
Ambiental, Educação Fiscal e Cidadania, Enfrentamento à Violência e às Drogas,
Sexualidade, Direitos Humanos no PTD integrando-os aos conteúdos propostos, em
todas as séries.
− Contemplar as dimensões: filosófica, artística e científica nos conteúdos
curriculares possibilitando um trabalho pedagógico que aponte na direção da
totalidade do conhecimento e sua relação com o cotidiano.
Conteúdos:
Conteúdos
Estruturantes
ConteúdosBásicos
ConteúdosBásicos
ConteúdosBásicos
1º ANO 2º ANO 3º ANO
Números e Álgebras Números reaisEquações e inequações exponenciais,logarítmicas e modulares
MatrizesDeterminantesSistemas lineares
Números complexosPolinômiosEquações algébricas
Geometrias Sistema cartesiano Geometria das posiçõesGeometria planaGeometria Espacial
Geometria AnalíticaGeometrias não-euclidianas
FunçãoFunção AfimFunção QuadráticaFunção ModularFunção TrigonométricaFunção ModularFunção ExponencialFunção Logarítima
Função PolinomialProgressão aritméticaProgressão geométrica
Grandezas e Medidas TrigonometriaMedidas de grandezas vetoriais (pesquisa)
Medidas de áreaMedidas de energia (pesquisa)
Medidas de volumeMedidas de informática
83
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Tratamento da informação
Análise combinatóriaBinômio de NewtonProbabilidade
EstatísticaMatemática Financeira
Metodologia:
As práticas pedagógicas bem como metodológicas de ensino, são aplicadas
para colaborar na formação de um aluno reflexivo e criativo, respeitando a
diversidade cultural e utilizando recursos didáticos de diferentes formas, atendendo
as reais necessidades para a formação integral do educando.
O trabalho docente busca pautar abordagens a partir dos inter-
relacionamentos e articulações entre os conceitos dos Conteúdos Estruturantes e
dos Conteúdos Específicos; priorizando relações e interdependências que
enriquecem os processos de aprendizagem em Matemática, podendo ocorrer em
diferentes momentos e quando novas situações de aprendizagens possibilitam, pode
ser retomada e aprofundada.
A tentativa metodológica em Educação Matemática seguida é composta por:
1. Resolução de Problemas:
Os professores podem se envolver em práticas que apontem para resolução
de problemas, as quais tornam as aulas mais dinâmicas e não restringem o ensino
de Matemática a modelos clássicos de ensino, como a exposição oral e resolução
de exercícios. Possibilitando compreender os argumentos matemáticos e ajuda a vê-
los como um conhecimento possível de ser apreendido pelos sujeitos do processo
de ensino e aprendizagem.
2. Etnomatemática:
Dar ênfase às diferentes culturas, reconhecendo e registrando questões de
relevância social que produzem conhecimentos matemáticos, considerando que não
existe um único saber, mas vários saberes distintos e nenhum menos importante.
3. Modelagem:
Essa abordagem tem como pressuposto o ensino problematizando situações
84
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do cotidiano, propõe a valorização do aluno no contexto social.
4. Mídias e Tecnologias:
Este contexto abrange os ambientes de aprendizagem gerados por aplicativos
informáticos, estes dinamizam os conteúdos e potencializam o processo ensino-
aprendizagem.
5. História da Matemática:
É importante entender a história da matemática no contexto da prática
escolar. Faz-se necessário que os estudantes compreendam a natureza da
matemática e a sua relevância na vida da humanidade.
6. Investigação Matemática:
As investigações matemáticas podem ser desencadeadas a partir da
resolução de simples exercícios e se relacionam com a resolução de problemas.
Uma investigação é um problema em aberto e, por isso, as coisas acontecem de
forma diferente. O objeto a ser investigado não é explicitado pelo professor, porém o
método de investigação deverá ser indicado através, por exemplo, de uma
introdução oral, de maneira que o aluno compreenda o significado de investigar.
Assim, uma mesma situação apresentada poderá ter objetos de investigação
distintos por diferentes grupos.
Nenhuma das tendências metodológicas apresentadas nas Diretrizes esgota
todas as possibilidades para realizar com eficácia o complexo de ensinar e aprender
Matemática, por isso, sempre que possível, o ideal é promover a articulação entre
elas.
O aprofundamento dar-se-á através do uso das tendências metodológicas e
utilização dos conhecimentos adquiridos nas áreas anteriores, estabelecendo
conexões e integração entre diferentes temas matemáticos, oportunizando a
comunicação em diferentes linguagens e desenvolvendo atitudes positivas como
autonomia, perseverança e confiança em relação as suas capacidades para
resolução de situações problema envolvendo matemática, consequentemente
desenvolvendo o gosto pela disciplina e pelo trabalho cooperativo.
As atividades serão realizadas de forma a integrar a matemática com o
cotidiano dos alunos e relacionando-a as demais áreas do conhecimento, incluindo o
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trabalho pedagógico com a história da cultura afro brasileira, africana e indígena,
conforme preconizam as leis 10.639/03 e 11.645/08; e trabalhando os problemas
sociais contemporâneos como a questão, ambiental, a necessidade do
enfrentamento a violência, os problemas relacionados à sexualidade e à drogadição
e ainda, trabalhando a educação fiscal, esclarecendo dúvidas e fixando conteúdos
apresentados oralmente pelo professor, ou através de pesquisas e debates.
Confecção de materiais concretos que auxiliem o entendimento principalmente na
área da Geometria. Atividades desafiadoras, a fim de favorecer descobertas,
atividades complementares e trabalhos em sala de aula e extraclasse, para o
desenvolvimento do espírito cooperativo, reflexão matemática e diálogo entre alunos
e professor.
Avaliação:
A metodologia da avaliação, também fundamentada no princípio holístico,
priorizará a interação humana, social e ambiental com atividades diversificadas, tais
como: excursão a campo, problematização de questões relativas à excursão,
pesquisa na internet, aulas interativas, aulas práticas, leitura e interpretação de
textos científicos, recursos audiovisuais e informática, confecção de material
didático, vídeo, aulas expositivas.
REFERÊNCIAS
AAOBE, Asger Episódios da História Antiga da Matemática. Rio de Janeiro, Sociedade Brasileira de Matemática 1984.
BARBOSA, João L.M. Geometria Euclidiana Plana. Rio de Janeiro, Sociedade Brasileira de Matemática, 1984.
BOYER, Carls B. História da Matemática. São Paulo, Edgar Blücher, Ed. Da Universidade de São Paulo, 1974.
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CARAÇA, Bento de Jesus – Conceitos Fundamentais da Matemática. Lisboa, Livraria Sá da Costa Editora, 1984.
CARMO, Manfredo P. Da Trigonometria e Números Complexos. Rio de Janeiro, Sociedade Brasileira de Matemática, 1984.
DANTZIG, Tobias. Número - A linguagem da Ciência. Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1970.
FIGUEIREDO, Djairo G. De Números Irracionais e Transcendentes. Rio de Janeiro, Sociedade Brasileira de Matemática, 1984.
DIRETRIZES CURRICULARES DE MATEMÁTICA DO ENSINO MÉDIO - 2008.
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3.11 QUÍMICA
A química como disciplina escolar encontra-se arraigada nos conhecimentos
trazidos pela ciência Química, constituída por teorias, modelos e representações dos
fenômenos, que compõe o quadro teórico desta ciência que foram construídos ao
longo dos séculos, desde a ideia de átomo indivisível pelos filósofos pré-socráticos,
até os dias de hoje como o conceito atual do átomo ( modelo Padrão).
Na disciplina escolar, o quadro teórico da Química possibilita explicações
consistentes de suas teorias e representações, o que permite ao estudante o
entendimento do conhecimento de Química para além de uma conjuntura de
fórmulas e símbolos. Ou seja, os alunos compreendem a Química como um quadro
teórico unitário, na qual os conceitos não são fragmentados, mas articulam-se entre
si.
Para isso é preciso que se ensinem os conteúdos da Química em sua
construção histórica e social para que os alunos compreendam a importância dessa
gama de teorias para o desenvolvimento do conhecimento científico. Desta forma,
torna-se essencial que se aborde na escola, conhecimentos acerca dos conceitos
químicos presentes nos materiais por eles utilizados em seu cotidiano.
A contextualização acima deve ser feita respeitando a Química como ramo
da ciência não neutra, mas inserida num contexto social, cultural, e econômico.
Dentro desse pensamento devem se tratar os Desafios Educacionais
Contemporâneos, principalmente a cultura e a história Afro-brasileira (lei nº.
10639/03) indígena (lei nº. 11645/08) e Educação Ambiental (lei nº. 9795/99) os
quais se fazem presentes na construção do conhecimento científico e dentro da
disciplina devem ser abordados de forma conjunturada e contínua.
Em uma sociedade que busca a formação de um sujeito crítico e consciente
de suas ações é necessário que o estudante compreenda como se faz ciência e que
a Química, enquanto disciplina escolar contribua para que ele se aproprie do
conhecimento científico.
A busca do conhecimento e interpretação da Natureza, da procura de novas
fontes de energia, do entendimento dos mecanismos da vida, tem levado o homem a
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compreender o seu meio e as grandes forças que o dominam.
Ao se aproximar o que se ensina ao que se vive, ao permitir a compreensão
do que ocorre na natureza e os elementos benéficos que ela concede ao homem, ao
mostrar a necessidade de respeitar o equilíbrio natural coloca-se o aluno dentro de
um contexto onde terão a possibilidade de compreendê-lo como um todo para
analisar criticamente a sua aptidão a serviço da melhoria da qualidade de vida do
homem.
Assim, desenvolvendo conteúdos integrados à vida do educando,
oportunizando o desenvolvimento de sua capacidade de investigação e crítica,
posicionando junto a problemas advindos da evolução da Ciência Química em seus
aspectos econômicos, industriais, sanitários, ambientais, etc. A educação química
propiciará a discussão dessa ciência na sociedade e despertará o espírito crítico e o
pensamento científico.
A presença da Química como ciência e tecnologia nos dias de hoje é
indiscutível. É reconhecido o papel importante da Química no desenvolvimento
científico-tecnológico e social, mas também se toma consciência dos danos
advindos de práticas impróprias que não são específicas da Química. O
conhecimento químico está inserido na vida humana, interligando com os demais
campos do conhecimento. Conhecer Química significa compreender as
transformações que ocorrem no mundo físico e assim poder julgar de forma mais
fundamentada, as informações provenientes da tradição cultural, da mídia e da
escola, possibilitando ao aluno tomar suas próprias decisões, enquanto indivíduo e
cidadão, de acordo com sua faixa etária e grupo social.
Objetivos
− Descrever as transformações químicas em linguagens discursivas;
− Compreender os códigos e símbolos próprios da química atual;
− Traduzir a linguagem discursiva em linguagem simbólica da química e
vice-versa;
− Utilizar a representação simbólica das transformações químicas e
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reconhecer suas modificações ao longo do tempo;
− Traduzir a linguagem discursiva em outras linguagens usadas em
química: gráficos, tabelas e relações matemáticas;
− Identificar fontes de informação e formas de obter informações relevantes
para o conhecimento da química (livro, jornais, manuais, etc);
− Compreender os fatos químicos dentro de uma visão macroscópica
(lógico-formal);
− Compreender dados quantitativos, estimativa e medidas, compreender
relações proporcionais presentes na química (raciocínio proporcional);
− Reconhecer tendências e relações a partir de dados experimentais ou de
outros dados (classificação, seriação e correspondência em química);
− Selecionar e utilizar ideias e procedimentos científicos (leis, teorias,
modelos) para a resolução de problemas qualitativos e quantitativos em química,
identificando e acompanhando as variáveis relevantes;
− Reconhecer ou propor a investigação de um problema relacionado à
química, selecionando procedimentos experimentais pertinentes;
− Desenvolver conexões hipotético-lógicas que possibilitem previsões à
cerca das transformações químicas.
Formar alunos que compreendem e questionam a ciência do seu tempo.
CONTEÚDOS
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos
Básicos
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º 2º 3º
90
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Ma
téri
a e
su
a N
atu
reza
Ma
téri
a- Constituição da matéria;
- Estados de agregação;
- Natureza elétrica da matéria;
- Modelos atômicos:
(Rutherford, Thomson, Dalton,
Bohr...);
- Tabela Periódica;
- Estudos dos Metais
So
luç
ão
- Substância: simples e
composta;
- Misturas;
- Métodos de separação;
- Solubilidade;
- Forças intermoleculares;
- Temperatura e pressão;
- Densidade;
- Dispersão e suspensão;
- Tabela Periódica.
- Concentração;
Rea
çõ
es
Qu
ímic
as - Princípios da termodinâmica;
- Calorias;
-Reações exotérmicas e
endotérmicas;
- Variação de entalpia;
- Equações termoquímicas;
- Lei de Hess;
- Entropia e energia livre;
- Diagramas das reações
exotérmicas e endotérmicas;
- Calorimetria;
- Tabela Periódica.
91
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Lig
aç
ões
Qu
ímic
as
- Tabela periódica;
- Propriedade dos materiais;
- Tipos de ligações químicas em
relação às propriedades dos
materiais;
- Solubilidade e as ligações
químicas;
- Interações intermoleculares e
as propriedades das substâncias
moleculares;
- Ligações de Hidrogênio;
- Ligação metálica;
- Ligações sigma e pi;
- Ligações polares e apolares;
- Alotropia.
Bio
ge
oq
uím
ica
Vel
oc
ida
de
s d
as
Rea
çõ
es - Reações químicas;
- Lei das reações químicas;
- Representação das reações
químicas;
- Condições fundamentais
para ocorrência das reações
químicas.
- (natureza dos reagentes,
contato entre os reagentes,
teoria de colisão).
- Fatores que interferem na
velocidade das reações
(superfície de contato,
temperatura, catalisador,
concentração dos reagentes);
- Lei da velocidade das
reações químicas;
- Inibidores das reações
químicas;
- Tabela Periódica.
92
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Ra
dio
ati
vid
ad
e
- Modelos Atômicos
(Rutherford);
- Elementos químicos
(radioativos);
- Tabela Periódica;
- Reações químicas;
- Velocidades das reações;
- Emissões radioativas;
- Leis da radioatividade;
- Cinética das reações
químicas;
- Fenômenos radiativos (fusão
e fissão nuclear);
Qu
ímic
a S
inté
tic
a
Eq
uil
íbri
o Q
uím
ico
- Reações químicas
reversíveis;
- Concentração;
- Relações matemáticas e o
equilíbrio químico (constante
de equilíbrio);
- Deslocamento de equilíbrio
(principio de Le Chatelier):
concentração, pressão,
temperatura e efeito dos
catalizadores;
- Equilíbrio químico em meio
aquoso (pH, constante de
ionização, Ks ).
- Tabela Periódica
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Ga
ses
- Estados físicos da
matéria;
- Tabela periódica;
- Propriedades dos gases
(densidade/difusão e
efusão, pressão x
temperatura, pressão x
volume e temperatura x
volume);
- Modelo de partículas
para os materiais
gasosos;
- Misturas gasosas;
- Diferença entre gás e
vapor;
- Leis dos gases
Fu
nç
ões
Q
uím
icas
- Funções Orgânicas
- Funções Inorgânicas - -
- Tabela Periódica
- Reações Orgânicas
METODOLOGIA
O ensino de Química no Currículo do Ensino Médio tem como embasamento
teórico as Diretrizes Curriculares – DCE, na qual os conteúdos estruturantes Matéria
e sua natureza, Biogeoquímica e Química Sintética articulados aos conteúdos
básicos são o ponto de partida para a compreensão do objetivo de estudo dessa
disciplina.
Ao trabalhar os conteúdos de Química, o professor partirá do conhecimento
prévio do aluno, de suas ideias e concepções espontâneas sobre o conteúdo e a
partir destes conhecimentos sistematizará os conceitos científicos.
A sistematização dos conceitos acontecerá por meio da abordagem histórica,
sociológica, ambiental, representacional e experimental dos conteúdos químicos,
mas para o conteúdo estruturante, matéria e sua natureza tais abordagens são
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limitadas, pois pela sua origem, apenas a abordagem representacional como as
fórmulas químicas, modelos podem ser exploradas amplamente.
A escola é, por excelência, o lugar onde se lida com o conhecimento científico
historicamente produzido.
Os modelos no ensino da Química deverão ser utilizados pelo professor
dentro de uma análise epistemológica, analisando a função histórica, social, cultural
e econômica do conhecimento científico, sempre avaliando sua evolução como uma
construção humana histórica, a fim de criar um conhecimento realmente
contextualizado e reflexivo.
As atividades experimentais, dentro ou fora do laboratório escolar, visitas
técnicas e saídas de campo são o ponto de partida para a identificar o conhecimento
científico teórico materializado e conjecturado na sociedade.
Os textos científicos são instrumentos de mediação em sala de aula para
levantarmos questões e discussões a respeito do conteúdo bem como fortalecer o
senso de relação entre sociedade e ciência. Estes podem ser retirados de jornal,
revistas, livros e filmes.
Outros recursos didáticos e tecnológicos a serem utilizados no ensino de
Química são: TV Pendrive, vídeos, laboratório de informática, vidrarias,
estereoscópio, balança, esquema da célula, produtos químicos, microscópio, etc.
Os Desafios Educacionais Contemporâneos, principalmente a cultura e a
história afro-brasileira (Lei nº. 10639/03), indígena (Lei nº. 11645/08) e Educação
Ambiental (Lei nº. 9795/99) serão trabalhados de forma contextualizada nos
conteúdos desta disciplina.
Avaliação:
A avaliação da aprendizagem partirá daquilo que é básico e essencial, isto
é, deverá estabelecer as relações e mediações entre Homem-Ciência-Natureza, de
forma processual e formativa, mediando o que o aluno já conhece e o conhecimento
histórico produzido pela humanidade. Através da interação professor-aluno, aluno-
aluno, aluno-sociedade, se dará à construção e assimilação dos conceitos. Os
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instrumentos de avaliação deverão ser entendidos como um meio para melhorar a
aprendizagem a fim de diagnosticar as deficiências na ação pedagógica e de corrigí-
las. Nunca deve ser entendido como o fim da abordagem de um determinado
conteúdo.
A avaliação será qualitativa, diagnóstica, contínua, cumulativa e formativa o
que inclui a participação nas atividades em sala e laboratório, trabalhos de pesquisa
bibliográfica, apresentação em seminários, leituras e produções de textos, aulas de
campo, análise da tabela periódica, elaboração de relatórios, entre outros, buscando
orientar os alunos em seu trabalho, identificar dificuldades encontradas,
redirecionando a prática e propiciando momentos de recuperação paralela ao
processo.
O professor não avaliará somente por meio de provas, ele usará
instrumentos que possibilitem várias formas de expressão dos alunos, como: leitura
e interpretação de textos, produção de textos, leitura e interpretação da Tabela
Periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório, apresentação
de seminários, entre outras. Esses instrumentos serão selecionados de acordo com
cada conteúdo e objetivo de ensino.
Em relação à leitura de mundo, o aluno deverá posicionar-se criticamente
nos debates conceituais, articular o conhecimento químico às questões sociais,
econômicas e políticas, ou seja, deve tornar-se capaz de construir o conhecimento
a partir do ensino, da aprendizagem e da avaliação.
REFERÊNCIAS
ALLINGERN. L e outros. Química Orgânica. Tradução Ricardo B. Alencastro e outros. 2ª ed., Rio de Janeiro, Guanabara Dois, 1978.
ALVES R. Filosofia da Ciência, Introdução ao Jogo e suas Regras. 5 ed., São Paulo, Brasiliense, 1984.
AQUARONG E. e outros. Alimentos e Bebidas Produzidos por Fermentação. São Paulo, Edgar Blüncher, 1983.
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BENN F. R e MCAULIFFE C.A. Química e Poluição. Tradução Luis Roberto M. Pitombo e Sérgio Massaro. São Paulo, livros Técnicos e Científicos/ EDUSP, 1981.
BEVEREDGE W.I.B. Sementes da Descoberta Científica, Tradução A. Queiroz São Paulo EDUSP, 1981.
BRADY J. E. E HUMISTON. G. E. Química Geral. Tradução Ubirajara da Silva Valença e Pedro Paulo Nunes: Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos, 1983.
DAVIS H. M. Os Elementos Químicos. tradução E. Jacy Monteiro São Paulo IBRASA 1962.
D’OVIDIO, E. Ensenanza de la Química. Buenos Aires, Kapalusz. 1952.
GALLIANO, A. G. O Método Científico, Teoria e Prática. São Paulo, HARBRA, 1979.
GOLDFARB, A.M.A. Da Alquimia á Química. São Paulo. EPU/EDUSP 1960.
HALL, D. O e RAO, K.K. Fotossíntese. São Paulo, EPU/EDUSP 1960 HENNING, G. J. Metodologia do Ensino da Ciência Porto Alegre, Mercado Aberto, 1986.
DUFFI M. Cotidiano e Educação Química. Ijuí UNIJUÍ 1988
DIRETRIZES CURRICULARES DE QUÍMICA DO ENSINO MÉDIO - 2008.
3.12 SOCIOLOGIA
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A educação é dever de cada indivíduo para que atinja a liberdade plena da
justiça. Apregoar a liberdade e sacrificar a justiça é incomparável com a essência
humana. Sendo assim, cabe a escola a árdua tarefa de conservar cautelosamente a
capacidade de tornar o aluno consciente e crítico engajado na luta pela justiça social
e pela solidariedade humana.
A disciplina de Sociologia possibilita ao estudante a construção da cidadania
por meio da formação dos cidadãos: a preparação básica para o trabalho por meio
de entendimento das novas formas de organização no trabalho e produção em
tempos de globalização; a transformação das estruturas de poder vigente na
construção de novas relações sociais; a promoção de uma compreensão sociológica
da realidade na qual estamos inseridos especialmente pelo desenvolvimento de seu
modo específico de pensar.
Objetivos:
− Contextualizar historicamente o surgimento da sociologia, bem como
estudar as teorias sociológicas;
− Problematizar o etnocentrismo que permeia nosso imaginário cultural;
− Estabelecer a relação entre ideologia e indústria cultural;
− Aprofundar as questões relativas aos modos de produção, sociedade,
poder, política e movimentos sociais;
Conteúdos:
1º ano:
Conteúdos Estruturantes:
− O Surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas
Conteúdos Básicos:
− O surgimento da Sociologia;
− As teorias sociológicas na compreensão do presente;
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− A produção sociológica brasileira.
Conteúdos Estruturantes:
− Instituições Sociais.
Conteúdos Básicos:
− A Instituição Escolar;
− A Instituição Religiosa;
− A Instituição Familiar.
2º ano:
Conteúdos Estruturantes:
− Cultura e Indústria Cultural.
Conteúdos Básicos:
− Diversidade Cultural Brasileira;
− Cultura: criação ou apropriação?
Conteúdos Estruturantes:
− Trabalho, Produção e Classes Sociais.
Conteúdos Básicos:
− O processo de trabalho e a desigualdade social;
− Globalização.
3º ano:
Conteúdos Estruturantes:
− Poder, Política e Ideologia.
Conteúdos Básicos:
− Ideologia;
− Formação do Estado Moderno.
Conteúdos Estruturantes:
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− Direito, Cidadania e Movimentos Sociais.
Conteúdos Básicos:
− Movimentos Sociais;
− Movimentos Agrários no Brasil;
− Movimento Estudantil.
Metodologia:
O professor precisa oferecer aos alunos o contato com a linguagem
sociológica e por isso trabalhar com textos clássicos é de suma importância, pois é
através destes que compreenderemos como os teóricos fizeram suas pesquisas,
análises e métodos.
A pesquisa teórica aliada com a de campo, com temas como: Instituições
Sociais, Movimentos Sociais, Desemprego e Violência devem ser estudados para
que o aluno perceba como chegaram à população e como se organizam.
O trabalho com filmes, músicas, reportagens, fórum de discussão, blog e
documentos oficiais permitiram ao aluno problematizar, analisar, contextualizar e
entender a linguagem das ciências.
Avaliação:
A avaliação deve ser diagnóstica, contínua e formativa subsidiando e
redirecionando o curso do processo de ensino-aprendizagem, devendo estar
inserida no contexto da própria aula de Sociologia.
O momento da avaliação colocará o aluno como sujeito de sua aprendizagem,
onde relacionará teoria com o vivido, revendo conhecimentos e reconstruindo
coletivamente novos saberes.
A avaliação em Sociologia deve criar oportunidades para que o aluno
desenvolva o seu raciocínio sociológico e também perceba que esta “evolução” é
significativa em todo o processo de construção do conhecimento. Terá como
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instrumento: registro de reflexões críticas em debates, participação na pesquisa de
campo, produção de texto articulando teoria e prática e análises e reflexão de textos
sociológicos.
REFERÊNCIAS
ENGELS, F. A Origem da Família, da propriedade e do Estado. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.
GEERTZ, C. A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: Zahar, 1973.
GIDDENS, Anthony. Sociologia. Arimed, 2005.
ARANTES. A. A. O que é cultura Popular: leituras de operárias. 5 ed. Petrópolis: Vozes, 1981.
FERNANDES, F. A integração do negro na sociedade de classes. São Paulo: Ática, 1978, Vol. I e II.
LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO SOCIOLOGIA, SEED.
MARTINS, Carlos Benedito. O que é sociologia? 3 ED. São Paulo: Brasiliense, 199. (Coleção Primeiro Passos) DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇAO DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO PARANÁ, SEED, 2OO8.
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